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Factores que influenciam o desempenho da ligação GFRP/betão

Date post: 16-Nov-2023
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Factores que influenciam o desempenho da ligação GFRP/betão David Lucas 1 , Hugo C. Biscaia 2 , M. A. Gonçalves da Silva 3 e Carlos Chastre 4 1. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected] 2. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected] 3. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected] 4. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected]
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Factores que influenciam o desempenho da ligação GFRP/betão

David Lucas1, Hugo C. Biscaia2, M. A. Gonçalves da Silva3 e Carlos Chastre4

1. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected]. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected]. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected]. UNIC, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829 516 Caparica, Portugal. [email protected]

1. Introdução

2. Programa experimental (materiais, ensaios de corte duplo)

3. Resultados experimentais (forças máximas, comprimento efectivo, tensões de aderência, leis bond‐slip, superfícies de ruptura)

4. Modelação numérica

5. Modelação computacional

6. Análise e interpretação de resultados

7. Principais conclusões

RESUMO DA APRESENTAÇÃO:

INTRODUÇÃO PROGRAMA EXPERIMENTAL

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

1. Comprimento de colagem do GFRP;

2. Tipo de preparação da superfície de colagem;

3. Resistência à tracção do betão;

4. Exposição a agentes ambientais agressivos;

5. Campo de tensões gerado na interface e vizinhança.

Distinguem‐se os seguintes factores que influenciam o desempenho da ligação FRP/betão:

INTRODUÇÃO PROGRAMA EXPERIMENTAL

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

Ensaios de corte duplo Consiste na aplicação de uma força dearrancamento através de um cilindrohidráulico que pressiona uma peçasemi-circular de betão e teve a força dereacção na base do cilindro medida porcélula de carga colocada na parte de trásdo cilindro.

Nos casos em que se impôs uma tensão decompressão à ligação GFRP/betão oesquema de ensaio foi ligeiramentealterado.

Os provetes sujeitos a corte duplo sãocompostos por cubos ou prismas de betãocom arestas nunca inferiores a 150mm eem que se colou, após preparação desuperfície, uma faixa de compósito deGFRP unidireccional com 80mm de largurae com 2 camadas (1,27mm por camada) deespessura.

INTRODUÇÃO PROGRAMA EXPERIMENTAL

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

Ensaios de corte duplo

1. Tipo de preparação de superfície: (a) sem tratamento, (b) rebarbadora e (c)

jacto de areia seca (com 4bar de pressão);

2. Diferentes comprimentos de colagem (Lb): 60, 75, 100, 150 e 200mm;

3. Nos provetes com Lb=150mm, aplicou-se pressão uniforme externa (), para

valores =0; 0,5 e 1,0MPa;

4. Quatro betões diferentes.

Analisou‐se:

Sem tratamento Rebarbadora Jacto de areia superficial Jacto de areia profundo

INTRODUÇÃO PROGRAMA EXPERIMENTAL

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

Materiais

Quatro classes de resistência:

C12/15, C25/30, C30/37 e C45/55.

Betões:

Compósito de GFRP:

Propriedades mecânicas:

Extensão na ruptura média de 2,20% e tensão na

ruptura média de 513,9MPa.

Módulo de elasticidade igual a 23,49GPa.0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,00

100

200

300

400

500

600

ff (MPa)

f (%)

0 25 50 75 100 125 150 175 200 2250

5

10

15

20

25

30

Força máxim

a, F

max (k

N)

Comprimento de colagem, Lb (mm)

 C12/15 C25/30 C30/37 C45/55Jacto de areia

INTRODUÇÃO RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

Forças máximas transmitidas ao GFRP (Fmax)

PROGRAMA EXPERIMENTAL

0 25 50 75 100 125 150 175 200 2250

5

10

15

20

25

30

Força máxim

a, F

max (k

N)

Comprimento de colagem, Lb (mm)

 C25/30 C30/37Sem tratamento

0 25 50 75 100 125 150 175 200 2250

5

10

15

20

25

30

Força máxim

a, F

max (k

N)

Comprimento de colagem, Lb (mm)

 C25/30 C30/37Rebarbadora

Jacto de areia profundo.

Comprimento efectivo (Lef)1. A diferenciação entre os tipos de tratamento de superfície não permitiu

identificar grandes diferenças.

2. Os comprimentos efectivos para cada uma das situações estudadas situa-se

entre os 100mm e os 150mm.

INTRODUÇÃO RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕES

Tensões de aderência máxima (max)

PROGRAMA EXPERIMENTAL

Superfícies de ruptura (provetes com Lb=75mm)

Betão Preparação de superfície

τmax[MPa]

C12/15 Jacto de areia 2,02

C25/30 Sem tratamento 3,02

C25/30 Jacto de areia 3,48

C25/30 Rebarbadora 3,12

C30/37 Sem tratamento 3,17

C30/37 Jacto de areia 3,37

C30/37 Rebarbadora 3,39

C45/55 Jacto de areia exagerado 1,53

C45/55 Jacto de areia 2,74

Sem tratamento Jacto de areia Rebarbadora

Fmax = 17,7kN Fmax = 14,5kN Fmax = 13,0kN

0,0 0,5 1,0 1,5 2,00

1

2

3

4

 =  m

ax/med

 = Lb/Lt

ff

ctmb

ff

ctmb tE

fcLtEfcL 22

med

max

2coth

2

bf LbF

med

Leis de bond‐slip (‐s)

0,00 0,25 0,50 0,75 1,000

1

2

3

4

Slip, s (mm)

Tensão de ad

erência,  (M

Pa)

Jacto de areia

 C30/37 C25/30

0,00 0,25 0,50 0,75 1,000

1

2

3

4

Rebarbadora

Slip, s (mm)

Tensão de ad

erência,  (M

Pa)

 C30/37 C25/30

Betão Preparação de superfície B [mm‐1] GF [N/mm] τmax [MPa] smax [mm]

C25/30 Jacto de areia 12,5 0,627 3,92 0,055

C30/37 Jacto de areia 12,3 0,600 3,70 0,056

C25/30 Rebarbadora 10,2 0,612 3,11 0,068

C30/37 Rebarbadora 10,2 0,712 3,62 0,068

2

2max ff

F

tEG

Energia de fractura:

INTRODUÇÃO RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕESPROGRAMA 

EXPERIMENTAL

Leis bond‐slip (‐s)

INTRODUÇÃO MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕESPROGRAMA 

EXPERIMENTAL

02

2

ff tE

sdxxsd

Equação diferencial de equilíbrio:

(b) Linear 1 (c) Linear 2 (a) Rigido-plástico

(d) Elasto-plástico 1 (e) Elasto-plástico 2 (f) Bi-linear

(g) Quadrático 1 (h) Quadrático 2 (i) Quadrático-plástico

(l) Exponencial 2(k) Exponencial 1(j) Quadrático-linear

A solução depende da lei bond-slip que

melhor traduz o comportamento da ligação. A

introdução de leis bond-slip não lineares

exigem a aplicação de métodos numéricos

para resolver o problema.

Desenvolveu-se uma rotina de cálculo

baseada no método das diferenças finitas

(MDF) sendo o sistema resultante de

equações não lineares resolvido através do

método de Newton-Raphson.

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Resultados numéricos

INTRODUÇÃO MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕESPROGRAMA 

EXPERIMENTALRESULTADOS 

EXPERIMENTAIS

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,50

5

10

15

20

25

Fo

rça

trans

miti

da a

o G

FRP,

F (k

N)

Slip na extremidade solicitada, s (mm)

Lb=150mm

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6150

125

100

75

50

25

0Fmax

C

ompr

imen

to d

e co

lage

m, L

b (m

m)

Extensões no compósito de GFRP, (%)0 1 2 3 4

150

125

100

75

50

25

0

C

ompr

imen

to d

e co

lage

m, L

b (m

m)

Tensões de aderência, (MPa)

Fmax

0 25 50 75 100 125 150 175 2000

5

10

15

20

25

Fo

rça,

F (k

N)

Comprimento colado, Lb (mm)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5150

125

100

75

50

25

0Fmax

C

ompr

imen

to d

e co

lage

m, L

b (m

m)

Slip, s (mm)

C25/30 - Jacto de areia C30/37 - Jacto de areia C25/30 - Rebarbadora C30/37 - Rebarbadora

INTRODUÇÃO MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕESPROGRAMA 

EXPERIMENTALRESULTADOS 

EXPERIMENTAISMODELAÇÃO NUMÉRICA

ATENA 3D Tensões de aderência

Tensões longitudinais no compósito de GFRP

Malha de elementos finitos

1. Modelo com 150mm de comprimento de colagem;

2. Betão C30/37;3. Preparação da superfície

com jacto de areia.

INTRODUÇÃO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÕESPROGRAMA 

EXPERIMENTALRESULTADOS 

EXPERIMENTAISMODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

0 1 2 3 4 50

5

10

15

20

Fo

rça

máx

ima,

Fm

ax (k

N)

Tensão de tracção média do betão, fctm (MPa)

0 1 2 3 4 50

4

8

12

16

Te

nsão

de

ader

ênci

a m

áxim

a, m

ax (M

Pa)

Tensão de tracção média do betão, fctm (MPa)

Comparação com os códigos/normasBetão Preparação

de superfícieExperimental Análise numérica

Fmax [kN] Fmax [kN] Erro [%]

C25/30 Jacto de areia 21,6 21,1 ‐2,3

C30/37 Jacto de areia 20,9 20,7 ‐1,0

C25/30 Rebarbadora 22,0 20,6 ‐6,4

C30/37 Rebarbadora 21,1 22,4 6,2

 Sem tratamento Jacto de areia Rebarbadora CIDAR (1) [12] CIDAR (2) [12] CNR‐DT [13] JCI [14] Boletim 14 da fib [15]

INTRODUÇÃO CONCLUSÕESPROGRAMA EXPERIMENTAL

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAÇÃO NUMÉRICA

MODELAÇÃO COMPUTACIONAL

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

1. No caso do betão de resistência mais baixa, as superfícies de betão que foramtratadas por jacto de areia tiveram maiores forças na ruptura, isto é, os métodosde tratamento que induziram maior rugosidade à superfície proporcionam umaligação GFRP/betão mais eficiente;

2. Os comprimentos efectivos da ligação GFRP/betão (Lef) cujo tratamento desuperfície de betão foi feito por rebarbadora são maiores do que numa superfíciesujeita a tratamento por jacto de areia.

3. Quando se procedeu à preparação da superfície de betão, as superfícies deruptura obtidas foram essencialmente coesivas pelo betão. Nos provetes semtratamento de superfície, as superfícies de ruptura evidenciaram, em algumaspartes da ligação, uma ruptura mais do tipo adesivo (pela interface).

4. As leis bond-slip nos provetes sujeitos ao jacto de areia não sofreram variaçõessignificativas com a classe de resistência do betão ao invés, no tratamento porrebarbadora evidenciaram um aumento da tensão de aderência máxima (max) edo slip máximo (smax).

Principais conclusões:


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