+ All Categories
Home > Documents > Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal I A Arte da Excelência

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal I A Arte da Excelência

Date post: 24-Feb-2023
Category:
Upload: independent
View: 0 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
77
Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal I A Arte da Excelência Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 1
Transcript

Gestão Emocionale

Desenvolvimento Pessoal

IA

Arte da Excelência

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 1

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 2

Introdução

O Programa de Marketing e Desenvolvimento Pessoal é simultaneamente ummanual de auto-ajuda que pode ser consultado e donde se podem tirarpreciosas lições para a vida do dia-a-dia e um rigoroso plano dedesenvolvimento pessoal que se devidamente lido e apreendido pode seruma grande mais-valia para o sucesso e o enriquecimento da vidapessoal de quem o ler.São desenvolvidos alguns temas e conceitos que poderão melindrar e atémesmo assustar quem nunca se debruçou a estudar estes assuntos, mas aforma como os assuntos são abordados e desenvolvidos é bastanteacessível e à medida que se for familiarizando com a leitura não teránenhuma dificuldade em a compreender.O principal assunto desenvolvido neste programa é uma técnica dedesenvolvimento pessoal que faz parte da psicologia moderna e que sedesigna por Programação Neurolinguística. Parece um palavrãoinacessível mas o seu significado é bem mais simples do que parece.A Programação Neurolinguística (PNL) é o estudo de tudo aquilo quepromove e contribui para o êxito na vida activa. Para isso tentareproduzir todos os comportamentos bem-sucedidos ao nível dopensamento, da linguagem e do comportamento, e transportá-los para aprática do dia-a-dia. É uma arte pragmática cujo único objectivo écontribuir para o sucesso e para a melhoria do bem-estar e daqualidade de vida das pessoas.No resto do programa são ensinadas técnicas de grande valor queutilizam os fundamentos da PNL e da Inteligência Emocional, que lhepermitirão praticar os conhecimentos adquiridos e assim enriquecerdecisivamente a sua cultura pessoal e desenvolver a sua personalidadee capacidade de ser bem-sucedido na sua vida.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 3

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 4

A inteligência emocional

Inteligência emocional é o termo utilizado para designar a capacidadede manipular as emoções, tornando-as fundamentais no processo decrescimento interno da nossa personalidade e das nossaspotencialidades intelectuais. Com a correta aplicação da inteligênciaemocional, as emoções dispersas, não controladas e até mesmoprejudiciais, podem ser analisadas, controladas e canalizadas para odesenvolvimento de pessoas e grupos.

A inteligência emocional foi popularizada a partir de 1995, pelopsicólogo, jornalista e escritor Daniel Goleman, com o fascinantelivro que traz o termo como título. Através de uma análise coerente einteligente, Goleman mostra-nos que o QI elevado de uma pessoa não égarantia de sucesso e felicidade, contrariando o saber científico

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 5

difundido até então. Servindo-se de métodos de pesquisa inovadores queavaliam estados mentais, ondas cerebrais e comportamentos, eledemonstra que pessoas de QI elevados, ou seja o que classicamente sechama de “pessoas inteligentes”, podem fracassar, enquanto pessoas queapresentam quociente mais moderado nos testes obtiveram êxito nos seusprojectos e metas pessoais e profissionais.

Daniel Goleman derruba categoricamente o mito de que a inteligência édeterminada pela carga genética. Para ele a Inteligência éemocionalmente construída através da forma como vivemos as nossasemoções. Assim, o êxito pode ser produzido por qualquer indivíduo, quetenha capacidade suficiente para controlar os seus impulsos, agindocom coerência e uma inteligência emocionalmente construída.

Alguém com um elevado quociente de inteligência emocional caracteriza-se pela habilidade e capacidade de perceber e controlar as suaspróprias emoções e as das outras pessoas. Tal pessoa tem ampliada asua capacidade de dominar as emoções com inteligência, passando autilizar o fluxo das suas emoções de forma coerente e construtiva,melhorando os seus relacionamentos conjugais, afectivos, sociais eprofissionais.

O processo de aquisição e domínio da emoção através da inteligênciaestá no princípio do “conhece-te a ti mesmo”. Ter autoconsciênciasignifica reconhecer e compreender os nossos próprios pensamentos,sentimentos e acções, estabelecendo uma relação produtiva entre esseselos para que se produzam reacções favoráveis. Assim, adquirimos opoder de dominar as nossas emoções. Com o tempo, o autodomínio énaturalmente estendido ao nosso círculo de relacionamentos, levando-nos a uma melhor compreensão do que se passa na cabeça daqueles queconvivem connosco, trazendo a perspectiva de uma melhoriasignificativa da nossa qualidade de vida.

Reserve um tempo no final do seu dia para fazer uma auto-análise.Procure perceber o modo como faz as suas reflexões, as suas avaliaçõese o seu julgamento acerca de factos, circunstâncias e eventosocorridos e repare bem na forma como reagiu. Para ampliar aautoconsciência é fundamental desenvolver a autocrítica. Seja críticopara consigo mesmo, prestando atenção aos seus sentimentos. Repare bemna sua actuação com os outros no decorrer do dia e analise os bons eos maus sentimentos experimentados nessa relação.

Além desse exercício diário de autoconhecimento, peça a alguémconfiável que teça uma análise da sua personalidade e lhe apresenteuma análise franca sobre a mesma. Os outros vêem-nos por um prismadiferenciado e, muitas vezes, podem revelar algo que desconhecemos

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 6

sobre nós. Portanto, é imprescindível estarmos atentos ao querepresentamos para o mundo. Para ampliar a consciência é necessário,além de ser um crítico positivo de si mesmo, ter a nobreza de aceitaras críticas construtivas dos outros.

As nossas emoções, quando descontroladas, dissipam grande quantidadede energia. É necessário dominar e redireccionar essa energiaemocional para alcançar os resultados positivos que desejamos.Controle a sua excitação, os seus medos, os seus ódios e o seudesânimo porque, tais sentimentos, dissipam grande quantidade deenergia, acabando por minar todas as suas forças.É necessário controlar o emocional, habituando-se a focar ospensamentos e sentimentos em expectativas positivas. Faça do bom humore do entusiasmo grandes aliados no seu dia-a-dia. Aprenda que novoshábitos são criados a partir de novos pensamentos mantidos comsentimento. Pode até parecer difícil no início, mas, na medida em queos seus novos pensamentos são mantidos e baseados numa novaperspectiva mais positiva, gradualmente vão-se tornando parte da suapersonalidade. Alimente os seus pensamentos diários através da emoçãoe você estará seguramente a construir novos hábitos.

A nossa vida é construída e mantida por uma teia de relações em todosos seus aspectos. E as nossas emoções são as bases que estabelecem anossa forma de nos relacionarmos com o mundo, determinando sucesso ouinsucesso nas mais diversas áreas. Portanto, o domínio das emoçõesconsiste numa grande e poderosa ferramenta capaz de nos transportar,daquilo que somos, para tudo aquilo que desejamos ser ou ter. Somosseres complexos diante de um universo dinâmico, mas ao mesmo temposimples no seu modo de funcionar. Seguindo a regra básica do “conhece-te a ti mesmo” e aplicando-a sob a forma de um autocontrole eficazpoderemos usufruir, positivamente, das poderosas energias da emoção.

A prática da inteligência emocional implica treinar um conjunto decompetências e habilidades, emocional e inteligentemente construídaspara se atingir a excelência nas mais diversas áreas de actuação, taiscomo: na família, no trabalho. Ter inteligência emocional significanão somente possuir os conhecimentos técnicos ou saberes intelectuais.É muito mais do que isso. É ter o controlo das nossas emoções eaplicar a nossa inteligência para obter êxito nos relacionamentosafectivos, sociais e profissionais. É ter amor-próprio e auto-estimaelevada. É desenvolver a capacidade de gostar do que fazemos. Éacreditar no nosso potencial. Ser capaz de gerir as emoções,produzindo um equilíbrio interno que se reflecte numa capacidadeeficaz de lidar com situações adversas e solucionar os problemas.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 7

Programação neurolinguística

É o estudo da estrutura da experiência subjectiva. Ela estuda ospadrões (“programação”) criados pela interacção entre o cérebro(“neuro”), a linguagem (“linguística”) e o corpo.A Programação Neurolinguística - PNL estuda como o cérebro e a mentefuncionam, como criamos os nossos pensamentos, sentimentos, estadosemocionais e comportamentos e como podemos direccionar e optimizaresse processo. Por outras palavras, ela estuda como o ser humanofunciona e como ele pode escolher a maneira como quer funcionar. Ela estuda como se processa o pensamento. Pensar é usar os sentidosinternamente. Pensamos vendo imagens internas, ouvindo sons ou falandointernamente e tendo sensações. Também estuda a influência dalinguagem que, embora sendo produto do sistema nervoso, activa,direcciona e estimula o cérebro e é também a maneira mais eficaz deactivar o sistema nervoso dos outros, facilitando a comunicação.

Como e quando Surgiu a PNL

Há cerca de 30 anos, Richard Bandler estudava matemática e psicologiana Universidade de Santa Cruz na Califórnia. Nos finais de semanatrabalhava gravando workshops e ficou muito impressionado com a

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 8

habilidade de comunicação e com os resultados de dois terapeutas comquem teve contacto, Fritz Perls e Virgínia Satir. Ele ficouinteressado em aprender o que eles faziam e pediu a ajuda do seuprofessor de linguística, John Grinder. Estudando os vídeos, eles começaram a descodificar os padrões delinguagem e de comportamento daqueles dois excelentes terapeutas eescreveram o livro A Estrutura da Magia, mostrando que algo queparecia magia tinha uma estrutura. Assim foi criado o primeiro modeloda PNL, o meta modelo de linguagem.Em seguida, eles passaram algum tempo estudando com Milton Erickson,médico e psicólogo e um dos maiores hipno-terapeutas da história. Eescreveram outro livro: Os Padrões de Linguagem Hipnótica de MiltonErickson. Erickson escreveu o prefácio do livro e comentou que aotrabalhar com hipnose não tinha consciência clara de como o fazia edos padrões de linguagem que usava e que foram descritos por Bandler eGrinder.Juntamente com as esposas e amigos, eles formaram um grupo de estudopara aplicar os modelos aprendidos e logo, mesmo sem serem terapeutas,começaram a obter os mesmos resultados daqueles que eles modelaram.Quando resolveram dar um nome para o que estavam a fazer, escolheramProgramação Neurolinguística.Então a PNL começou como um processo de modelagem. Se alguém faz muitobem uma coisa, com a PNL podemos levantar o processo, a estratégia,fazer igual e obter os mesmos resultados.

A PNL logo se expandiu para além do campo da comunicação e da terapiae começou ser utilizada no campo de aprendizagem, saúde, criatividade,liderança, gestão, vendas, consultoria e formação de empresas. Dos EUAexpandiu-se praticamente para o mundo todo. Hoje, o principal líder em termos de aplicações e criação de novosmodelos na PNL é Robert Dilts, que começou a fazer parte daquele grupoinicial quando tinha 20 anos e estudava Relações Internacionais naUniversidade de Santa Cruz. A aplicação da PNL na Saúde, na empresa ena espiritualidade foi desenvolvida principalmente por ele.

Programação neurolinguística e aprendizagem

A aprendizagem é um processo constante que pode ser definido comomudanças adaptativas no comportamento, decorrentes das experiências davida. Geralmente isto envolve um processo no qual a pessoa altera oseu comportamento para modificar os resultados que está a gerar no seu

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 9

ambiente e estabelece experiências pessoais de referência e mapascognitivos. Os comportamentos produzem resultados que variam de acordocom o estado do sistema e de quanto apoio ou interferência vem deoutros.

A aprendizagem, então, envolve a capacidade de estabelecer mapascognitivos e experiências de referência e perceber o estado doambiente para que os mapas e experiências adequados sejam activados,produzindo os resultados desejados no contexto em causa.Na PNL, considera-se que a aprendizagem ocorre através de programasneurolinguísticos, isto é, a pessoa constrói mapas cognitivos dentrodo seu sistema nervoso, conectando-os com observações do ambiente erespostas comportamentais. Mapas cognitivos são construídos porinfluência da linguagem e de outras representações que activam padrõescoerentes no sistema nervoso. A aprendizagem acontece através de umciclo "orgânico" no qual mapas cognitivos e experiências de referênciade comportamento são agregados para formar sistemas maiores deprogramas coordenados que produzem desempenho competente.A aprendizagem de "como aprender" envolve a aquisição de um conjuntode estratégias e aptidões que apoiam esse processo em várioscontextos, visando acelerá-lo e melhorar sua eficácia. A adopçãodessas técnicas de aprendizagem facilita a transferência dehabilidades do contexto onde foram aprendidas para outras situações davida pessoal de cada um. Para tanto, duas áreas de actuação sãofundamentais:

1. Estabelecer metas: A capacidade de criar metas de aprendizagem empassos viáveis no ambiente actual e que sejam motivantes osuficiente para manter o interesse.

2. Metacognição: A capacidade de se observar, tornando-se conscientedos seus próprios processos de pensamento enquanto aprende ouparticipa numa actividade ou tarefa.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 10

Lista de pressuposições úteis

Cada um de nós possui um “mapa” ou modelo do mundo e um conjunto depressuposições a partir das quais nos comunicamos. Essaspressuposições pessoais são comunicadas pelo nosso comportamento nasala de aula. O tom de voz, os gestos, as frases que usamos, aexpressão facial, o contacto visual etc. são comunicações depressuposições subjacentes e formam um “conjunto” que determina comosomos percebidos pelas pessoas a quem nos dirigimos. Essa percepção éprocessada principalmente pela mente inconsciente. É importanteficarmos atentos porque, de alguma maneira, “nós somos a mensagem!”As pressuposições ou princípios da PNL são chamados de pressuposiçõesporque nós pré-supomos que elas são verdadeiras e agimos de acordo.Elas não reivindicam serem verdadeiras ou universais.1 - O significado da sua comunicação é a resposta que você obtém.2 - O que o grupo percebe como tendo sido dito por você é que importae não aquilo que você pretendia dizer.3 – Estamos sempre a comunicar e a comunicação não-verbal transportacerca de 90% da mensagem. A comunicação é redundante e “você é amensagem”!4 - O mapa não é o território. As pessoas reagem ao seu próprio mapaou representação da realidade e não à realidade.5 - Para ter rapport com outra pessoa, é essencial respeitar o seumodelo de mundo. A chave para ensinar e influenciar as pessoas éentrar no seu modelo de mundo.6 - Não existem pessoas sem recursos, apenas estados sem recursos.Ninguém é totalmente errado ou limitado. É uma questão de descobrircomo a pessoa funciona e ver o que e como pode ser mudado para seobter um resultado mais útil e desejável.7 - As pessoas fazem as melhores escolhas que podem a cada momento.8 - Todo o comportamento é útil em algum contexto. Onde / quando /como essa pessoa aprendeu a reagir dessa maneira?9 - Ter escolhas é melhor do que não ter escolhas. A PNL ética expandea gama de escolhas da pessoa, sem escolher por ela.10 - As pessoas já possuem os recursos de que precisam ou podem criá-los. A questão é saber como ajudá-las a ter acesso aos recursos,quando adequado.11 - Qualquer pessoa pode aprender qualquer coisa.12 - O elemento mais flexível dentro de um sistema controla o sistema.13 - A pessoa que se comunica com o maior número de opções sai aganhar. (E os outros também).

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 11

14 - Não existe fracasso, apenas informação (feedback). Utilizar tudoo que acontecer para aprender, crescer e avançar.15 - Resistência num aluno é um sinal de falta de rapport doprofessor. Não existe aluno incompetente, apenas professor com faltade flexibilidade.16 - Processamos todas as informações através dos nossos sentidos.Usamos os nossos sentidos para dar sentido ao mundo.17 - Se você quer entender, aja. O aprender está no fazer.18 - Modelagem de performances de sucesso conduz à excelência. Se umapessoa pode fazer algo, é possível modelar isto e ensinar a outras.19 - Todo o comportamento tem uma intenção positiva.20 - A vida e a mente são processos sistémicos. Mente e corpo formamum sistema.Eles interagem e influenciam-se mutuamente. Não é possível fazer umamudança num sem que o outro seja afectado.

Modelo da PNL de percepção e comunicação

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 12

Os nossos estados, sentimentos e emoções são criados por uma tríade: anossa fisiologia (corpo), o que nós falamos, o foco do nossopensamento e as nossas crenças ou convicções. O estado em que estamosdetermina o nosso comportamento. Então, cada um de nós é responsável pelo seu estado. Se estamosalegres ou tristes, desanimados ou entusiasmados, isso não caiu depára-quedas, somos nós que estamos a criar isso através da tríade queé a fonte do estado.A mudança ocorre através da alteração de um ou mais elementos datríade. Esse conhecimento pode nos tirar do papel de vítima e tornar-nos mais proactivos e mais no controlo da nossa própria vida.

Sistemas representacionais

A linguagem que usamos dá pistas para a nossa maneira de pensar. EmPNL palavras sensoriais são conhecidas como predicados. Usar palavrasdo sistema representacional principal do aluno é uma maneira eficientede construir rapport, apresentando a informação do jeito que elenormalmente usa para se expressar, sem fazer esforço para uma traduçãointerna mais próxima da sua própria maneira de pensar. Experienciamoso mundo, colhemos e juntamos informações usando os nossos cincosentidos:

Quando pensamos, representamos a informação para nós mesmos,internamente. A PNL denomina os nossos sentidos de SistemasRepresentacionais. Usamos os nossos Sistemas Representacionais o tempotodo, mas tendemos a usar alguns mais do que outros. Por exemplo,muitas pessoas usam o sistema auditivo para conversar consigo mesmas,essa é uma maneira de pensar.

O sistema cinestésico é feito de sensação de equilíbrio, de toquee das nossas emoções.

O sistema visual é usado para as nossas imagens internas,visualização, “sonhar acordado” e imaginação.

O sistema auditivo é usado para ouvir música internamente, falarconsigo mesmo e reouvir as vozes de outras pessoas.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 13

Tendemos a ter preferências nos nossos sistemas representacionais. Comuma preferência visual você pode ter interesse em desenhar, decorarinteriores, moda, artes visuais, TV e filmes. Com uma preferênciaauditiva, você pode ter interesse em línguas, escrever, música, ensinoe discursos.Com a preferência cinestésica, você pode ter interesse em desportos,ginástica e atletismo. O sistema representacional que usamos é visívelatravés da nossa linguagem corporal. Ele manifesta-se em:

PosturaPadrão respiratório

Tom de vozMovimentos oculares

Linguagem dos sentidos

A maneira de detectar qual é o Sistema Representacional que uma pessoausa conscientemente é escutar a sua linguagem, as frases que gera eperceber os predicados que adopta. Na linguagem, os predicados sãoverbos, advérbios e adjectivos que, na maioria dos casos, pressupõemum Sistema Representacional. O mais usado por cada indivíduo chama-se"Sistema Representacional Primário".

A seguir, uma lista de alguns exemplos de predicados e o SistemaRepresentacional ao qual pertencem.Visual – verOlhar, imagem, foco, imaginação, cena, branco, visualizar,perspectiva, brilho, reflectir, clarificar, prever, ilusão, ilustrar,notar, panorama, revelar, ver, mostrar, visão, observar, nebuloso,escuro.

Frases visuais Eu vejo o que você quer dizer Isso dá cor à sua visão da

vida Eu estou a olhar atentamente

para a ideia Parece-me

Temos o mesmo ponto de vista Sem sombra de dúvida Eu tenho uma noção vaga O futuro parece brilhante Mostre-me o seu ponto de

vista A solução explodiu ante seus

olhos Você vai olhar para trás e

rir Com os olhos da mente

Isso vai lançar uma luz sobre Isto é um colírio para os Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal

14

o assunto meus olhos

Auditivo – ouvirDizer, sotaque, ritmo, ruidoso, tom, ressoar, som, monótono, surdo,tocar, reclamar, pronúncia, audível, claro, discutir, proclamar,comentar, ouvir, tom, gritar, sem fala, oral, contar, silêncio,dissonante, harmonioso, agudo, quieto, mudo.

Frases auditivas Vivendo em harmonia Dar uma audição Isso é grego para mim Segure a sua língua Conversa fiada Maneira de falar Ouvidos de mercador Alto e claro Ouvir passarinhos a cantar Entrar no tom Nunca ouviu falar sobre... Música para os meus ouvidos Claramente expressado Palavra por palavra

Cinestésico – toque, acção e movimentoTocar, manusear, contacto, empurrar, esfregar, sólido, morno, frio,áspero, agarrar, pressão, sensível,stress, tangível, tensão, toque, concreto, suave, segurar, pegar,arranhar, firme, sofrer, pesado, leve.

Frases cinestésicas Eu entrarei em contacto

consigo Arranhar a superfície

Eu posso pegar nessa ideia Eu não consegui colocar o meudedo nisso

Segura um segundo Quebrando aos pedaços Eu sinto isso nos meus ossos Controle-se Um homem de coração quente Fundação firme Um cliente frio Argumento acalorado Ser insensível Não seguindo a discussão

Neutro ou Inespecífico

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 15

Decidir, pensar, relembrar, saber, meditar, reconhecer, assistir, entender,avaliar, processo, decidir, aprender, motivar, mudar, consciente, considerar.Olfactivo – cheiroPerfumado, mofado, fragrância, enfumaçado, fétido.Gustativo – gostoAzedo, sabor, gosto, amargo, salgado, suculento, doce.

Frases olfactivas e gustativas

Cheira a rato A situação cheira mal Uma pílula amarga

Um gosto pela boa vida Uma pessoa doce Um comentário ácido

Estilos de aprendizagem

Cada pessoa tem a sua própria maneira para aprender. Quando oprofessor percebe o estilo de aprendizagem do aluno, ele podeapresentar a matéria de uma maneira que torne a aprendizagem maisfácil. O conhecimento do estilo representacional preferencial de uma pessoapermite-nos apresentar a informação no canal (visual, auditivo,cinestésico) que a pessoa usa mais e, assim, ela absorverá ainformação com mais facilidade.Numa aula é mais eficaz utilizar todos os sistemas sensoriais paraexpor a matéria porque temos participantes com diferentes sistemaspreferenciais. Então mostre, apresente imagens, fale e dê actividadesque envolvam o corpo.

As pessoas que têm o sistema visual como preferencial, usam maispredicativos (verbos, adjectivos e advérbios visuais) e, além disso,olham muito para cima ao pensar e raciocinar. Quem usa como sistema representacional principalmente o canalauditivo, além de usar mais predicativos auditivos, movimentam osolhos mais na linha horizontal quando estão a pensar.Os de preferência cinestésica, além de usar predicativos cinestésicos,falam mais devagar, num tom mais para o grave e olham mais para baixoe para direita.Existe um grupo de pessoas que pensam em palavras, através do diálogointerno e ao falar usam muitos predicativos neutros e abstractos; alémdisso, quando estão a pensar, olham mais para baixo e para a esquerdae mantêm os braços cruzados. Este sistema representacional é chamadode auditivo digital ou apenas digital.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 16

Múltiplas inteligências

O investigador e escritor americano Howard Gardner identificou 8 tiposde inteligências. Todas as pessoas possuem essas inteligências mas,devido à forma de educação e às influências genéticas, familiares,ambientais, culturais etc. algumas desenvolvem mais umas que outras.Com treino e concentração todas podem ser desenvolvidas.A activação e uso de mais de uma inteligência durante as actividadesde aprendizagem facilitam e aceleram o aprendizado e promovem melhorretenção das informações. Quanto mais tipos de inteligência sãoutilizados mais activação cerebral acontece.1 – Linguística: Relacionada à capacidade de falar e escrever comfacilidade e comunicar-se bem. Oradores, escritores, atores, bonsprofessores, em geral, têm a inteligência linguística bemdesenvolvida.2 – Lógica e matemática: Relacionada com a capacidade de pensar eraciocinar de maneira lógica e abstracta. Também relacionada com afacilidade de lidar com números e fazer contas e operaçõesmatemáticas. Em geral, ela é bem desenvolvida em engenheiros,economistas, contadores, investigadores e juízes.3 – Visual e espacial: Relacionada com a facilidade de criar imagens evisualizar, de desenhar e de ter uma boa orientação espacial.Desenhistas, arquitectos, fotógrafos, montanhistas, geralmente, temessa inteligência bem desenvolvida.4 – Musical: Relacionada com a capacidade de apreciar música, tocaralgum instrumento musical, cantar, compor. Músicos, compositores,cantores têm essa inteligência bem desenvolvida.5 – Corporal ou cinestésica: Relacionada com a habilidade de usar bemas mãos e o corpo. Atletas, massagistas, dançarinos, cirurgiões,artesãos têm essa inteligência bem desenvolvida.6 – Interpessoal ou social: Relacionada com a capacidade de serelacionar e trabalhar bem com pessoas. Bons terapeutas, professores,vendedores e líderes têm essa inteligência bem desenvolvida.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 17

7 – Intrapessoal: Relacionada com a capacidade de se perceber, deentrar em contacto com os seus próprios sentimentos e fazer auto-análise. Pessoas emocionalmente equilibradas, filósofos, bonsterapeutas, pessoas que têm o hábito de fazer meditação têm essainteligência bem desenvolvida.8 – Naturalista: Relacionada com a capacidade de perceber e usar bem anatureza. Essa inteligência é bem desenvolvida nos agricultores,fazendeiros, botânicos e jardineiros.

Desenvolvendo aptidões

No canal visual

Junte-se a um parceiro

1. Pessoa A e pessoa B ficam em pé, olhando um para o outro. Bdecora a posição do corpo de A, olhando e guardando-a,movimentando os olhos para cima e para a esquerda, (pessoadestra), ou para cima e para a direita (pessoa canhota).

2. B fecha os olhos. A muda a posição de alguma parte do corpo (mão,perna, dedo, inclinação da cabeça etc.) enquanto B mantém osolhos fechados.

3. B abre os olhos, olha para cima e para a esquerda e compara o quevê agora com a imagem lembrada. B adivinha que parte do corpo Amovimentou.

4. Se B não acertar, fecha de novo os olhos. A não diz que partemudou, apenas volta à posição original e pede para B abrir osolhos e adivinhar de novo.

5. Troquem os papéis.

No canal auditivo

Em grupos de quatro 1. Formem um semicírculo em volta de A. OsExploradores B, C e D fazem um som ouruído (estalar os dedos, bater palmas

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 18

etc.), enquanto A escuta de olhosfechados. Imediatamente após fazer o som,a pessoa diz o seu nome para que A possaidentificar o som correspondente a cadapessoa.

2. Agora, B, C e D reproduzem os sons emqualquer sequência. A precisa deidentificar que pessoa fez o som,acertando em três rodadas.

3. Se A errar, B, C e D repetem o som e onome até que A possa identificarcorrectamente a correspondência.

4. Troquem os papéis.

No canal cinestésico

Em grupos de quatro 1. Formem um semicírculo em volta de A querespira profundamente e olha para baixo epara a direita, para ter o acesso máximoàs sensações.

2. A fecha os olhos. B, C e D tocam A nomesmo lugar, da mesma forma, cada umdizendo o seu nome logo após o tocar,para que A possa associar o toque aonome. Por exemplo, pode-se tocar ascostas da mão, com o dedo ou com umobjecto.

3. B, C e D, um a um, tocam A sem dizer onome. A precisa de identificar quem otocou. Se errar, repitam o passo 2 atéque A possa associar e identificarcorrectamente a pessoa com o toque. Aprecisa de acertar três sequências.

4. Troquem de papéis.

Elementos de estratégias eficientes na aprendizagem

1. Comece com um estado positivo. Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal

19

Pense numa ocasião na qual você foi capaz de aprender algumacoisa com facilidade e rapidamente.

2. Estabeleça um objectivo bem formulado e de tamanho administrável.Qual o primeiro passo? Colha informações.

3. Feedback da Própria Tarefa. Note o que está a funcionar. O que você sabe para fazer diferenteda próxima vez?

4. Compare sua habilidade agora com a sua habilidade no passado. Lembre-se de se comparar apenas consigo próprio, você não é umespecialista!

5. Estratégia de Convencimento. Como você sabe, agora, quando aprendeu alguma coisa bem?

6. Da Confusão para a Prática para a Compreensão. Fique fascinado em vez de derrotado.

7. Ponte ao futuro dos Aprendizados. Onde, quando e com quem essas novas estratégias e aprendizagensserão usadas?

Perguntas para evocar a estratégia de aprendizagem

Contexto: “Imagine uma situação futura em que você quer aprenderalguma coisa. O que fará?Pense numa vez em que você foi capaz de aprender facilmente ecompletamente”.Teste para começar (motivação): “Como sabe que é hora de começar aaprender?" "Como escolhe alguma coisa que sabe que vale a pena?"Operação: "O que faz para aprender isso?" "Que passos precisa dar paraaprender?"Teste: "O que demonstra que foi capaz de aprender?" "Como sabe queaprendeu alguma coisa?" "Como sabe que não teve sucesso?"Saída: (Convencedor) "O que o faz saber que está pronto para se moverpara algo mais?" "Como é a sensação de saber que aprendeu alguma coisamuito bem?"

Aprendizagem colaborativa

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 20

Estratégias eficazes podem ser transferidas de pessoa para pessoa. Porexemplo, dois professores, dois músicos ou dois escritores que tenhamestratégias distintas para realizar o mesmo tipo de tarefa, no mesmocontexto, podem aprender uns com os outros.Explicitar e compartilhar metas, evidências e operações podem ajudar aampliar e enriquecer as áreas da sua actuação, aptidões e habilidades.Junte-se a um parceiro e escolha uma tarefa ou situação que tenham emcomum. Cada um vai preencher a tabela abaixo e os dois farão umacomparação das semelhanças e das diferenças das acções de cada um.Imagine como seria acrescentar novas operações, evidências, metas ourespostas às dificuldades da sua estratégia. Como poderia mudar ouenriquecer sua maneira de abordar a situação?

Contexto: _____________________________PESSOA # 1 PESSOA # 2

Quais são as suasmetas?

Como sabe que está aatingir as suas metas?

O que faz para atingiras suas metas?

O que faz quando nãoestá a conseguiratingir as suas metas?

Níveis neurológicos

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 21

Níveis neurológicos da aprendizagem

Espiritual/MissãoQual é a minha missão? Qual é aminha visão para a aprendizagem? Aquem mais eu estou conectado?

Identidade Quem sou eu? Que tipo de pessoasou eu em relação à aprendizagem?

Crenças/Valores

Por que eu quero aprender essashabilidades e mudar essescomportamentos? Que valores sãoimportantes? O que eu acreditosobre o processo da aprendizagem?

Capacidades

Como eu aprendo fácil eeficientemente? Que habilidades eutenho agora, e que estratégias ehabilidades eu quero que sejamadicionadas?

ComportamentosO que eu faço quando aprendoeficientemente? Que comportamentosme trazem sucesso?

Ambiente

Onde e quando eu quero aprender?Que elementos fazem o meu ambienteapoiar o meu estado deaprendizagem?"

1. Começando com Ambiente, entre em cada nível respondendo àsperguntas acima em relação a uma situação particular deaprendizagem ou objectivo, ou para a aprendizagem em geral.

2. Ancore a sua experiência no espaço Espiritual/Missão. Agarreessas sensações, imagens e sons e entre de volta no espaçoIdentidade. Crie uma metáfora ou imagem para a sua identidadecomo um aprendiz de sucesso.

3. Agora vá para o espaço Crenças. Inspire e perceba como esteestado e imagem aumentam e enriquecem as suas crenças e valores.Existe alguma mudança nas suas crenças?

4. Traga o seu senso de espírito, identidade e crenças para o espaçoCapacidades. Note como essas experiências fortalecem e guiam assuas habilidades e estratégias. O que é possível agora?

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 22

5. Vá para o espaço Comportamento, traga a sua visão, identidade,crenças e capacidades e note que comportamentos serão diferentesagora e o que você estará a fazer para ser ainda mais bem-sucedido?

6. Traga todos os níveis de aprendizagem para o espaço Ambiente esinta como ele está transformado e enriquecido. Que mudanças estáa fazer no seu ambiente?

Agora, saia para o seu mundo e manifeste este enriquecido estadode ser, através das suas acções, com determinação e uma maiorsensação de força, segurança, curiosidade e divertimento!

Acções para criar alinhamento pessoal

Pontos fortes Áreas a melhorar O que possofazer paramelhorar?

Ambiente

Quais são ascoisas boas nomeu ambiente?O que funcionapara mim?O que funcionapara as outraspessoas?

Quais são ascoisasdesagradáveis?O que nãofunciona paramim?O que nãofunciona para asoutras pessoas?

Comportamento

O que eu façoque funciona?Isso alcança osmeus objectivos?

O que eu façoque nãofunciona? O queeu faço que nãoatinge os meusobjectivos?

CapacidadesQuais são asminhas melhorescapacidades?

Que capacidadesme faltam?

Crenças e Que valorestenho que apoiam

Que valorestenho que

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 23

Valores

quem eu sou epara onde estouindo?Que crençastenho que mefazem maisforte?

interferem comquem eu sou epara onde meestou a dirigir?Que crenças meatrapalham?

Identidade

Quais são ascoisas maissalutares sobreo meu senso deidentidade?

Que coisas souque meenfraquecem?Como possotransformar issoem vantagenspara mim?

Espiritual

Quais são osbenefícios domeu entendimentode significadona vida?

Quais são asdesvantagenssobre o meuentendimento designificado navida?

Meta esperta

Específica: Você precisa especificar exactamente o que quer no tempopresente, numa linguagem que use imagens, sons e sensações, paraactivar padrões neurológicos que gerem novos resultados. A sua metaprecisa ser iniciada por você e depender de si.

O que você quer? Em que contextos? Onde? Quando? Com quem? O que, especificamente, você vai ver? Sentir? Ouvir? Estar a

fazer?

Sistémica: Você deve considerar o efeito que a realização da sua metaterá num nível sistémico, isto é, como vai combinar com as suas outrasmetas, como vai afectar outras áreas de sua vida, a sua família, o seuambiente de trabalho etc.

Como a realização da meta vai afectar a sua vida? O que você vaiganhar? Perder? Ela é congruente com os seus valores?

Positiva: A sua meta precisa ser elaborada em termos positivos. Umameta negativa, do tipo

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 24

"Eu não quero comer demais", cria um ensaio mental dessecomportamento. Também se inclui nesta categoria: "Eu quero pararde...," "Eu quero viver sem...”

A minha meta gera imagens daquilo que eu quero ao invés daquiloque não quero?

Evidência: Você precisa de ter uma evidência de que conseguiu a suameta e precisa ter "feedback" durante o processo para se autocorrigir.

Como vou saber que estou a conseguir aproximar-me da minha meta?Que evidência vou usar?

Recursos: Você precisa identificar que recursos já tem e que recursosprecisa para levá-lo do estado actual para o estado desejado.

Que capacidades e recursos eu já tenho para me ajudar a conseguira minha meta? Que outros mais eu preciso?

Tamanho: A sua meta precisa ser trabalhada com um enfoque de tamanhoadequado. A meta grande demais precisa ser dividida em áreas a seremtrabalhadas separadamente.

O que me impede de alcançar o objectivo? Que efeito positivo a realização desta meta vai gerar na minha

vida?

Alternativas: A sua meta precisa ter opções no plano de acção. Umaopção é limitada; duas cria um dilema e, três, permite a escolha.

Qual é o seu plano de acção? Como vai lidar com as dificuldadesou os desafios?

Especificação de metas e objectivos

1. Qual é o seu objectivo? O que quer você? Em que prazo? (Definir oobjectivo em termos positivos, iniciado por você mesmo,específico, com contexto (onde, quando e com quem) e tamanhoadequados).

2. Como vai você saber que está a conseguir o objectivo e como vaisaber que já conseguiu? (Quais são as evidências em todos ossistemas sensoriais, isto é, uma representação do objectivousando imagens, sons e sensações: o que vai ver, ouvir e sentir).

3. O que o impede de alcançar o seu objectivo? O que já tentou nopassado para conseguir o seu objectivo?

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 25

4. Como o objectivo irá afectar a sua vida? O que poderá ganhar ouperder? Quem mais vai ser afectado? Como poderia o objectivointerferir com outras partes da sua vida? O objectivo écongruente com os seus valores?

5. Que capacidades e recursos tem para o ajudar a conseguir o seuobjectivo? De que outros mais necessita?

6. O que, especificamente, você vai fazer para realizar esta meta?Qual é seu plano de acção? (Especificar um conjunto deoperações).

Rapport

Rapport ou empatia acontece quando há sincronia no comportamento,pensamento e nível de energia entre duas ou mais pessoas pessoa. Orapport acontece naturalmente quando as pessoas tomam consciência umada outra e começam a comunicar. É como uma dança na qual uma pessoaconduz e a outra segue. Pessoas em rapport têm uma maneira cooperativae harmoniosa de estarem juntas, um senso de reconhecimento mútuo esabem que está bem ser quem elas são.O rapport funciona melhor quando está fora da consciência e aconteceespontaneamente. No entanto, é algo que se pode aprender e é possívelvocê aumentar o rapport com os outros.O rapport é um pré-requisito para uma comunicação eficaz. Então, antesde fazer qualquer coisa com uma pessoa ou um grupo, você precisaestabelecer rapport com eles. Precisa ter flexibilidade suficientepara ser capaz de entrar, de alguma maneira, na realidade do outro.Quando você faz isso, ele se sente reconhecido e estará disposto a seengajar com você. Com rapport, as pessoas tendem a ficar mais abertase ter menos objecções e têm mais probabilidade de aceitar o que vocêdiz.O rapport funciona ao sincronizar com a outra pessoa a todos osníveis. Ao estabelecer rapport você cria semelhanças.

Criando rapport

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 26

Você pode criar rapport com uma pessoa, comunicando da mesma forma: Use as palavras que ela usa. Use o seu jargão, os seus termos

preferidos, mesmo que você pense que ela está a usar uma palavraerrada. É o que significa para ela que interessa.

Use a mesma tonalidade, velocidade e volume de voz. Fale da mesmaforma.

Adopte a mesma fisiologia. Use a mesma postura e gestos.

Fazer backtracking também ajuda a estabelecer rapport. Backtracking éa repetição dos pontos-chave usando as palavras da pessoa com quemestá interagindo, acompanhando-a com o mesmo tom de voz e linguagemcorporal. É importante repetir as palavras-chave que assinalam osvalores da outra pessoa. O tom de voz ou os gestos vão enfatizá-los.

Além de criar e demonstrar rapport, mostrando que você está a ouvircom atenção, o backtracking ajuda a reduzir mal entendidos e permite-lhe clarificar os valores da pessoa.As pessoas criam rapport ou vínculo com outros ao encontrarexperiências compartilhadas. Quando encontra alguém pela primeira vez,você faz perguntas para descobrir algo em comum: Talvez vocês tenhamfrequentado a mesma escola, torçam pela mesma equipa, visitaram omesmo lugar, gostam da mesma comida, música ou outra coisa. Logo queencontram algo em comum, o relacionamento começa a formar-se. Então éprovável que vocês comecem a adoptar a mesma postura. Isto aconteceinconscientemente. Você faz isso permanentemente, mas pode não tertido consciência desse facto até agora.Você pode notar, num restaurante, por exemplo, que sempre que aspessoas estão envolvidas numa conversa ou numa actividadecompartilhada elas tendem a se equiparar ou espelhar-se uma à outra.Quando uma pessoa muda a sua fisiologia, a outra logo a acompanha.Quando se está em rapport com alguém ele estará prestando atenção avocê, aberto a ouvir o que você tem a dizer e isso facilita acordos.Então, o rapport pode facilitar a maneira de conseguir os resultadosque você quer.Equiparando a Fisiologia

Preste atenção à postura da pessoa, aos gestos, aos movimentos e entãoequipare ou espelhe:

A posição da cabeça, ombros, braços, mãos, pernas. Como ela está: sentada, em pé ou andando. Qual é o seu modo de

andar? Como ela está sentada: pernas cruzadas ou descruzadas?

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 27

Posição das mãos e braços: abertos ou fechados? Quanto se move,se está parada ou em movimento.

Expressão facial: está animada, sorrindo ou com o rosto sério? Algum gesto em particular? Use os gestos da pessoa somente quando você estiver a falar, e

não quando ela estiver a falar, pois isso irá atrair atenção eela vai ficar a imaginar o que você está fazer. E isso quebrará orapport.

Como ela está a respirar? Profunda, superficialmente? Respirar em sincronia com alguém ocorre naturalmente. Obter

rapport ao equiparar a respiração é fácil. Se faz assim: Se alguém está a falar com você, ele está a expirar. Então,

enquanto ele está falando você expira. Quando ele pára parainspirar, você inspira também.

Observe na sua visão periférica qualquer parte do tórax que estásubindo e descendo para perceber a inspiração e a expiração.

Quebrando o rapport:Você não quer manter rapport o tempo inteiro; existem momentos quequer quebrá-lo. Por exemplo, quando você quer terminar uma conversa,uma sessão, quando quer continuar o seu trabalho ou, simplesmente,sair quando alguém está a ocupar muito do seu tempo. Para fazer isso,comece a desequiparar a outra pessoa no grau que for necessário:falando mais alto ou mais rápido, levantando-se etc.

Feedback

Feedback significa, conscientemente, dar informações a alguém sobrecomo ele se está a sair numa dada actividade. Você, frequentemente,dará feedback às pessoas quando está a ensinar. Por isso, é importantesaber como fazê-lo eficazmente.

Como dar feedback de tal maneira que funcione:1. Dê feedback logo nos primeiros 5 minutos após a ocorrência da

acção ou comportamento específico.2. Diga à pessoa o que ela fez bem. O feedback é, apenas, das coisas

que o aluno fez bem: “Você fez isso bem, aquilo bem...” Sejaespecífico a respeito dos comportamentos que funcionaram. Diga oque ele pode fazer ainda melhor na próxima vez ou o que podefazer de maneira diferente que melhoraria ainda mais. É muitoimportante não fazer referência ao que não funcionou. Quando der

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 28

feedback, focalize somente no positivo: o que ele poderia fazerpara obter um resultado ainda melhor. Isso não é apenas o poder de pensar positivamente e que tudo émaravilhoso. Lembre-se: “Não pense numa árvore azul”. Se vocêdisser para alguém “você fez X, e isso não funcionou”, elepensará sobre o que você não quer que ele faça e o que nãofuncionou. Isso é reforçar o que não deu resultado.

3. Faça um comentário geral positivo. Na aula, se você realmentedisser ao aluno que ele fez algo bem, ele fará mais daquilo. Sevocê disser, “Você fez isso bem e ficou realmente bom”, ele ofará de novo.

Ao dar feedback Se você quer que o aluno melhore, considere o seguinte: Ele vai ouvirmais sobre o que você diz e estará mais aberto a aceitar melhor acomunicação se você estiver em rapport com ele. Estar em rapportsignifica que ele estará a sentir-se seguro e confortável com você. Aodar um feedback positivo, o seu aluno terá mais hipóteses de aceitar ede mudar o que está a pensar sobre si mesmo e o que é capaz de fazer.Se você está acostumado a receber feedback como: “Você fez issoerrado” ou “Você não fez um bom trabalho”, isto é totalmente o oposto.Pode parecer estranho ou mesmo inocente no começo, mas funciona. Sevocê estiver habituado a dar feedback de outra maneira, sugerimos quenão julgue essa nova maneira, apenas ponha-a em prática e observe adiferença nos resultados que obtém.O propósito e a intenção do feedback é possibilitar e permitir que oaluno aprenda e cresça como pessoa. Se você supõe que o aluno é,realmente, fraco em algo, pense em como pode dar-lhe um feedbackpositivo. Encontre algo que ele fez bem, ainda que tenha que inventar,e descubra aspectos passíveis de melhoramento. Ao focalizar nas coisaspositivas, você vai perceber que ele, de fato, começa a melhorar. Aotrabalhar com alguém ou com um grupo, tenha a crença de que ele podeconseguir o resultado que quer se estiver disposto a fazer tudo o queé preciso para conseguir. Se você estiver a pensar “Esse aluno não vaiser capaz de fazer isso”, essa crença pode estar a impedi-lo de ofazer.Finalmente, é importante que o rapport seja dado de maneira específicae em termos sensoriais, o que você viu, ouviu e sentiu.

Como dar “feedback”: “reconhecimento-burger”1 - O que foi bom. O que eu gostei.2 - O que pode melhorar.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 29

3 - Qual foi o ponto alto. O que eu mais gostei.

Posições perceptuais

O ponto de vista que uma pessoa assume no exame de uma situaçãoparticular pode mudar completamente o seu significado e impacto. Istotambém irá determinar a profundidade em que ela é capaz de aceder a umestado em particular. Na PNL existem quatro posições básicas depercepção de onde tarefas e relacionamentos podem ser avaliados:Primeira Posição

Associado no seu próprio ponto de vista, crenças e suposições,vendo o mundo externo através dos próprios olhos - posição “Eu”.

Segunda Posição Associado no ponto de vista, crenças e suposições do outro, vendo

o mundo externo através dos olhos dele - posição “Você”.Terceira Posição

Associado num ponto de vista fora do relacionamento entre você eo outro; o ponto de vista de um observador não envolvido, fora dasituação- posição “Eles”.

Quarta Posição Associado na perspectiva do sistema como um todo; como o sistema

vê a situação e a interacção da perspectiva de todos – posição“Nós”

Metaposição

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 30

A metaposição é utilizada quando se quer uma descrição do ponto devista de um observador. Ela pode ser empregada no início de umexercício, como uma "base" neutra para escolher experiências a seremrevividas, ou durante um exercício para avaliar informações de umaperspectiva mais "segura", caso fique difícil permanecer numdeterminado estado. Ela é usada ainda para comparar diferenças esemelhanças entre estados. Outro uso é para dar "feedback" de comopercebeu a experiência.Associado Vivenciar uma experiência, percebendo como é estar dentro dela, vendoatravés dos seus olhos, ouvindo e sentindo "na pele" tudo o que fazparte da experiência.Desassociado Observar uma experiência sua, vendo-se e ouvindo-se de fora, como sefosse um filme.

Linguagem e imagens mentais

O cérebro humano está continuamente a criar imagens mentais. Esta éuma das maneiras fundamentais pela qual nos orientamos no mundo quenos cerca. A estruturação mental de imagens permite ao cérebro criarrelações entre os objectos no espaço físico que os nossos sentidospodem detectar. Baseado nessas imagens, escolhemos como interagir como mundo. Outra maneira de descrever esse processo seria:

Imagens são a fonte primária da escolha do nosso comportamento.Existem duas maneiras-chave pelas quais a mente recebe os dados dossentidos com os quais criamos essas imagens. Uma é pelo que vemos e, aoutra, é a da linguagem que ouvimos. Essa é conhecida tecnicamentecomo Imagem verbal, que tem um efeito poderoso no comportamentohumano, e é o tema dessa seção: Como usar isso conscientemente paranos comunicarmos de maneira mais clara?Quando uma pessoa ouve palavras, o cérebro imediatamente processa esse"dado sensorial" como uma imagem. Frequentemente, a imagem criada nocérebro é contrária à ideia de que as pessoas estão a tentarcomunicar. Na verdade, muitas vezes, é exactamente o oposto!Entretanto, em todas as áreas da comunicação humana torna-seimportante, senão crítico, escolher conscientemente palavras paracriar o efeito desejado que estamos a procurar numa dada situação.

Aqui está uma simples demonstração dessa ideia

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 31

Uma das mais curiosas palavras da língua portuguesa é "não". Acuriosidade vem do fato de que, em termos de imagem visual, o cérebronão pode processar a palavra "não". É como se, dentro da mente humanaa palavra "não" não existisse. Quando apresentado com um "não", océrebro imediatamente cria uma imagem que "não" era para ser criada.Você experiencia isso quando tenta "não" imaginar um gorila rosa. Ocaso mais clássico dessa situação é o exemplo seguinte:

Exemplo: A mãe dirigindo-se ao filho e diz as seguintes palavras:"Agora, querido, não derrame o seu leite!"

Qual é a imagem visual criada imediatamente na mente da criança?Claro: leite derramado!

Aqui estão algumas das palavras negativas mais usadas:Não posso, Não, Não devo, Evitar e Nunca

É útil tornar-se consciente de quando e como você usa essas palavras.Quanto mais consciente você está, mais o seu cérebro começará aoferecer alternativas!Existe um segundo factor em relação a como a nossa mente lida comessas imagens que é importante entender. O cérebro opera com umprocesso interno conhecido como Dissonância Cognitiva que trabalha emconjunto com a imagem visual, uma vez que uma imagem é criada, océrebro procura transformar aquela visão em realidade.Com essa ideia em mente, pense no exemplo passado. A criança estava a"imaginar" o leite derramando pela mesa. O que você acha queacontecerá depois? Você provavelmente adivinhou. Em alguns segundos, obraço da criança baterá "acidentalmente" no copo e o leite sederramará, porque num nível inconsciente o cérebro, através domecanismo de dissonância cognitiva, está a procurar trazer para arealidade a imagem visual que ele está a ver! Embora a mãe repreenda acriança por "não prestar atenção", a criança, verdadeiramente, estavaa prestar muita atenção a exactamente ao que a mãe disse!O termo Imagem Mental é mais útil se for expandido para incluir umaspecto adicional. As imagens que queremos eliminar, frequentemente,contêm o que poderia ser denominado de acções negativas ouconsequências. Aquelas que queremos criar são, comumente, positivas.Adicionando essa ideia à primeira, de criar imagens, chegamos aotermo:Imagens Mentais PositivasImagens Mentais Positivas são a meta de qualquer pessoa que está,conscientemente, a escolher as suas palavras para comunicar uma ideiade maneira correta. Aqui está um exemplo para ilustrar este ponto que

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 32

inclui duas imagens mentais que devem ser ajustadas de imagensnegativas para positivas...

Exemplo: Um professor faz a seguinte declaração:"Não cometa muitos erros ou você não passará no teste!"

Estão sendo criadas duas imagens: erre e falhe!Em vez disso, o professor poderia ter dito...

"Certifique-se de acertar o máximo que você puder, evocê receberá uma nota excelente no teste!"

Conscientemente, escolher com cuidado que palavras usar pode parecerestranho no princípio. Essa estranheza é resultado de fazer algodiferente do que lhe é familiar. Fazendo uma analogia, lembre-se daprimeira vez que você andou de bicicleta. Isso pode ter sidoextremamente estranho no início. Eventualmente, no entanto, foi-seacostumando e, então, andar de bicicleta tornou-se algo completamentenatural para você.

Refaça cada frase usando Imagens Mentais Positivas. Escreva as suas respostas no espaço abaixo.

Exemplo:Frase: "Não saia sem o seu casaco".

Refazendo: "Lembre-se de levar seu casaco se for sair".

1. “Não olhe para lá”.2. “Tente não se atrasar”.3. “Seja cuidadoso, não torça o tornozelo”.4. “Por favor, complete essa avaliação sem olhar para o seu caderno,

o quadro na frente da sala ou a prova dos outros”.5. “Esteja consciente do perigo de perder a paciência”.6. “É importante evitar áreas escuras na rua, isso vai prevenir que

ladrões tenham a oportunidade de o atacar”.7. “Em nenhum momento durante uma emergência, você deve permitir que

o pânico e as emoções atrapalhem você”.8. “Evite sair dessa sala por essa porta porque você pode disparar o

alarme de incêndio”.

Os dez auxiliares linguísticos

A linguagem dirige os nossos pensamentos para direcções específicas e,de alguma maneira, ela ajuda-nos a criar a nossa realidade,potencializando ou limitando as nossas possibilidades. A habilidade de

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 33

usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmosmelhor.A seguir estão algumas palavras e expressões que devemos observarquando falamos, porque podem dificultar a nossa comunicação.

1. Cuidado com a palavra NÃO, a frase que contém "não”, para sercompreendida, traz à mente o que está junto com ela. O “não”existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo,pense em “não”... (não vem nada à mente). Agora vou-lhe pedir“não pense na cor vermelha”, eu pedi para você não pensar novermelho e você pensou. Procure falar no positivo, o que vocêquer e não o que você não quer.

2. Cuidado com a palavra MAS que nega tudo o que vem antes. Porexemplo: “O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, mas...”Substitua MAS por E quando indicado.

3. Cuidado com a palavra TENTAR que pressupõe a possibilidade defalha. Por exemplo: “vou tentar encontrar com você amanhã às 8horas”. Tenho hipóteses de não ir, pois, vou “tentar”. Evite“tentar”, FAÇA.

4. Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, quepressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas useQUERO, DECIDO, VOU.

5. Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO que dão a ideia deincapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, DECIDO NÃO, ou NÃO PODIA,NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai poder ou conseguir.

6. Fale dos problemas ou descrições negativas de si mesmo,utilizando o tempo do verbo no passado ou diga ainda. Isto liberao presente. Por exemplo: “eu tinha dificuldade de fazer isso”“não consigo ainda.” O ainda pressupõe que vai conseguir.

7. Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo doverbo no presente. Por Exemplo, em vez de dizer “vou conseguir”,diga “estou a conseguir”.

8. Substitua SE por QUANDO. Por exemplo: em vez de falar “se euconseguir ganhar dinheiro eu vou viajar”, fale “quando euconseguir ganhar dinheiro eu vou viajar”. “Quando” pressupõe quevocê está decidido.

9. Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo, em vez de dizer, “euespero aprender isso”, diga: "eu sei que eu vou aprender isso”.“ESPERAR” suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 34

10. Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo, em vez dedizer “eu gostaria de agradecer a vossa presença”, diga “euagradeço a vossa presença. O verbo no presente fica mais concretoe mais forte.

Comunicação e estilos de pensamento ou metaprogramas

Quando estamos a tentar ensinar e influenciar uma pessoa, o que mais aatrapalha é estar a pensar (processando a informação) de mododiferente dela. Modificando nosso próprio estilo de pensamento,podemos aumentar a nossa habilidade de criar relacionamentos deconfiança e influência. Muito tem sido escrito sobre os vários estilos de pensamento queusamos, que são também conhecidos como “metaprogramas”. Eles funcionamcomo filtros de percepção da realidade para criar o nosso próprio mapado mundo. Há sempre um grande volume de informações que poderíamosperceber a cada momento, os metaprogramas funcionam como padrões queusamos para determinar que informações perceber.Podemos notar os metaprogramas das pessoas através da sua linguagem edo seu comportamento. Os metaprogramas são importantes nas áreas deensino, aprendizagem, motivação, comunicação e tomada de decisão. Osbons comunicadores moldam a sua linguagem para combinar com o modelode mundo da outra pessoa. Quando usamos uma linguagem que esteja deacordo com os metaprogramas do outro, isto facilita o entendimento e aaprendizagem.

Estilos-chave de pensamento

Categoria de estilosde pensamento Dimensões

Abordagem em relaçãoàs metas

Em direcção à metaGosta de pensar sobrea meta e em comochegar lá

Afastando-se doproblemaGosta de pensar sobreo problema e comoevitá-lo

Tamanho do enfoque Grande segmentoPensa em termos davisão geral

Pequeno segmentoO seu pensamento tendea ser orientado paradetalhes

Local de controlo Proactivo Reactivo

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 35

Faz o mundo encaixarem como ele acha quedeveria ser – “Temreferência interna”

Adapta-o a si mesmo eaos seus projectos àmaneira que o mundoacha que deveria ser.“Tem referênciaexterna”

Abordagem em relaçãoàs tarefas

Opções e EscolhasProcura a melhormaneira de fazer ascoisas e gosta de teropções

ProcedimentosGosta de seguirmaneiras testadas eexperimentadas defazer as coisas

Ponto de vista Eu – Outros – ObservadorOlha para as coisas do seu próprio ponto devista (Eu), do ponto de vista do outro(Outros) ou como um observador.

Escolha da informação Pessoas – Tarefa – Informação – CoisasEscolhe informações em termos do impacto sobreas pessoas, realização da tarefa, qualidade dainformação ou em termos de objectos materiais.

As leis do mapa mental

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 36

Usos do mapa mental

Como as memórias são formadas

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 37

Tipos de memória

Excelentes estratégias de memória

1. Pratique regularmente técnicas de relaxamentoUma das maneiras mais eficazes de melhorar a memória pode ser relaxarconscientemente todos os músculos antes de aprender alguma coisa nova.Parece que o relaxamento muscular reduz a quantidade de ansiedadefrequentemente sentida por um pessoa tentando aprender algo novo.Numa pesquisa na Universidade de Stanford, um grupo voluntário de 39homens e mulheres (de 62 a 83 anos), foram divididos em dois grupospara fazer um programa de melhoramento de memória conduzido. Antes decomeçarem um curso de 3 horas de treino da memória, um dos grupos foiensinado a relaxar os seus grandes grupos musculares, enquanto o outro

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 38

grupo foi, simplesmente, exposto a uma palestra sobre como melhorar asua atitude perante o envelhecimento. Os resultados da experiênciamostraram que o grupo que foi instruído nas técnicas de relaxamentoteve um desempenho 25% melhor que o outro grupo para lembrar o queaprendeu (nomes e rostos).

2. Ouça música clássicaNa Universidade da Califórnia, o Dr. Frances Rauscher e o Dr. GordonShaw, demonstraram em experiencias conduzidas no início dos anos 90,que pessoas expostas à música clássica, especialmenteMozart, demonstravam um significante reforço nas habilidades deraciocínio espaço temporal. Essa descoberta, rapidamente apelidada de“Efeito Mozart” tem despertado um grande interesse. Alguns eruditos,incluindo Don Campbell, autor do livro O Efeito Mozart, acredita queouvir músicas clássicas pode também ajudar a memória e a aprendizagem;no entanto, esta premissa ainda não foi comprovada empiricamente.

3. Valorize o poder das históriasA nossa memória semântica vive num mundo de palavras. Ela é activadapor associações, similaridades ou contrastes. As histórias provêm umesquema ou script para ligar ou ancorar informações na nossa memória.Imagens concretas engajam as nossas emoções e senso de significadofornecendo um contexto e pista para a nova informação. Contarhistórias tem sido uma tradição nas culturas antigas para passar aslembranças e memórias de uma geração para a outra.

4. Apoie-se em estratégias mnemónicasAdquira o hábito de usar ferramentas mnemónicas regularmente.Codificar a sua memória de uma maneira sistemática é a melhor maneirade ter a certeza de que você vai lembrar. Algumas pesquisasdemonstraram que pessoas que usam mnemónicos aprendem 2 ou 3 vezesmais do que aqueles que confiam nos seus hábitos normais deaprendizagem.

5. Escreva o que você quer lembrar em detalheHá muito tempo, diários, catálogos, jornais e transcrições têm sidoreconhecidos de grande ajuda para assegurar uma memória acurada.Escrever a descrição de uma experiência, imediatamente após ela teracontecido, é a melhor maneira de lembrá-la em detalhes. Caixas debanco são treinados para fazer isto imediatamente após um assalto.Mesmo antes deles fazerem um relato para a polícia, já que podeocorrer uma distorção de memória, por exemplo, simplesmente pelamaneira como o policial faz uma pergunta ou por um comentário ouvidoao acaso. É exigido pela Marinha que os comandantes dos naviosmantenham um diário de bordo da viagem. Além de deixar uma gravaçãosem contaminação, o acto de escrever, por si só, melhora a memória.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 39

Por isso é aconselhável escrever ou reescrever anotações de estudos eresumir um tópico com as suas próprias palavras.

6. Organize o seu pensamentoImpor uma ordem física na informação ou dar-lhe uma estrutura lógicafaz com que ela fique mais fácil de lembrar. Se você deseja lembrar-sedos mamíferos da América do Sul, por exemplo, agrupe-os por cor,habitat, tamanho, a letra com que eles começam ou a ordem na cadeiaalimentar. Organizar as informações para o cérebro pode fornecer umponto de referência imediato para o seu resgate.

7. Use movimento para engajar o sistema corpo/menteO movimento reforça a memória por fornecer uma âncora ou estímuloexterno para conectar com o estímulo interno. Se você quer lembrar que“hola” significa olá em espanhol, toque a sua boca com a ponta de seusdedos (como o gesto italiano para bom) e diga “hola”. Você acabou deassociar um gesto físico conhecido com uma nova palavra. Quando vocêrepetir o movimento lembrará da palavra.Investigações recentes sugerem que os NÚCLEOS DA BASE e o CEREBELO,duas áreas cerebrais que se pensava anteriormente estarem relacionadasapenas com o controle do movimento muscular, são importantes também nacoordenação do pensamento. O movimento inicia o processo de memóriaexactamente como o sabor, cheiro e a visão o fazem.

8. Mantenha padrões de boa saúdeSaúde comprometida, incluindo condições não graves como gripe oupressão alta, podem atrapalhar a memória. Um estudo demonstrou que numperíodo de mais de 25 anos, homens com pressão alta perderam até duasvezes mais a habilidade cognitiva quando comparados com os de pressãonormal.Por outro lado, um estudo da Universidade da Califórnia do Suldemonstrou que pessoas na faixa dos 70 anos tinham menos probabilidadede sofrer declínio mental durante um período de 3 anos se eles semantivessem fisicamente activos. Sono e nutrição adequados eenriquecimento mental desempenham um papel-chave num estilo de vidacom corpo/mente/memória saudáveis.

9. Quando a sua memória lhe escapa, investigue-aVocê pode investigar uma memória “perdida” retraçando seus passos,passando pelo alfabeto para ver se uma letra sugere uma pista,recapturando o humor em que você estava quando a memória foi formadaou, simplesmente, pensando sobre o contexto da memória que está atentar reaceder.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 40

10.Use estratégias de ligaçãoPara relembrar itens de uma lista, ligue-os com uma acção imaginária.Por exemplo, visualize-os chocando-se, ficando colados ou agindo comoamigos. Coloque os itens abaixo, acima, dentro ou ao lado um do outro.Coloque-os dançando, conversando ou jogando juntos. Mesmo os antigosreconheciam a importância de ligar informações de forma a usar aimaginação e a ordem, muito tempo antes de nós termos evidênciasobjectivas de que o lado esquerdo do cérebro se lembra de uma formasequencial, enquanto o lado direito se lembra de cor, ritmo, dimensõese abstracções. As ligações podem ser engraçadas, não reais ouridículas; elas não têm que ser realistas ou razoáveis. Seja como for,você lembrar-se-á com mais facilidade de uma associação concreta eorientada para a acção do que de uma associação abstracta.

11.Desafie-se a si mesmoO cérebro produz substâncias químicas chamadas NEUROTRANSMISSORES quetransportam mensagens entre as células responsáveis pela memória. Adisponibilidade de tais neurotransmissores, incluindo a substânciaquímica construtora da memória, a ACETILCOLINA, parece aumentar noscérebros que estão frequentemente acostumados a enfrentar problemas ea resolver desafios. Estudos importantes conduzidos no final dos anos60 pela Dra. Marian Diamond na Universidade da Califórnia em Berkeley,demonstraram que ratos colocados em ambientes enriquecidosdesenvolveram uma rede mais complexa de dendritos do que ratos nãodesafiados. Talvez, isso ocorra porque pessoas com QI´s altos,frequentemente, têm um desempenho melhor nos testes de memória: Elestem mais “ligações de memória” ou circuitos neurais disponíveis,demonstrando o efeito bola de neve da memória e o papel de ambientesenriquecidos.

12.Durma adequadamenteFalta de sono, especialmente durante a fase de sonho (REM), podereduzir a habilidade da pessoa de lembrar aprendizagens complexas. Umapesquisa na Universidade de Lilly mostrou que a mente realmentedepende do sono para reter na memória tarefas difíceis. Os sonhospodem, de facto, servir como um reforço para a aprendizagem elembrança; bem como um meio para processar as emoções – separando ojoio do trigo – e eliminando as informações desnecessárias doscircuitos sobrecarregados da sua memória. Alguns cientistas afirmamque uma redução de apenas 2 horas de sono pode atrapalhar a habilidadepara lembrar coisas no dia seguinte.

13.Coma alimentos leves, coma adequadamente e beba muita águaPrefira alimentos com baixo teor de calorias e gorduras. Os cientistasdemonstraram que pessoas que fizeram uma refeição pesada de 1000calorias antes de fazer teste de habilidade mental, cometeram 40% mais

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 41

erros do que um grupo de pessoas que fizeram uma refeição leve de 300calorias. Alimentos com baixo teor de gordura e alto teor de proteínasão: galinha (sem pele), peixe, crustáceos e carne magra. Vegetais combaixo teor de gordura e bom teor de proteína são ervilhas e feijões.Produtos lácteos com baixo teor de gordura são queijo tipo Minas ecottage, leite desnatado e alimentos à base de soja. Tomar boaquantidade de água durante o dia ajuda a digestão, a respiração,aumenta a capacidade do sangue de transportar oxigénio e mantém asaúde das células.

14.Exponha-se a estímulos novosAlguns estudos mostram que as pessoas se lembram melhor de coisas quesão novas para os seus sentidos. Os estímulos não familiares podemdesencadear a liberação de neurotransmissores que reforçam e ajudam nafixação da memória.

15.Envolva as emoçõesAs emoções têm um tratamento privilegiado no nosso sistema de memóriacerebral. Os estudos sugerem um aumento da memória para osacontecimentos associados com grandes emoções. As emoções negativasparecem ser lembradas mais facilmente, mas todas as experiênciascarregadas emocionalmente são mais facilmente lembradas que asneutras. “Eu não consigo memorizar as palavras sozinhas; tenho quememorizar os sentimentos e emoções”. Marilyn Monroe

16.Divida as informações, especialmente os númerosAs informações são mais fáceis de serem lembradas quando quebradas oudivididas em padrões significativos; por essa razão, o número detelefone, CPF, número da conta bancária etc são divididos em subgruposde 3 ou 4 dígitos.

17.Use rimas, acrónimos e acrósticos

18.Enfatize a memória dependente do estadoO que se aprende num determinado estado mental ou circunstânciaexterna, será melhor lembrado no mesmo estado ou circunstância. Então,se você toma café enquanto estuda para o teste, esteja preparado paratomar café durante o teste. Da mesma maneira, eventos tristes são maisfacilmente lembrados quando você está triste e eventos alegres quandovocê está alegre.

19.Use a sua modalidade preferencial de memóriaDetermine qual é a sua modalidade preferencial de memória e apoie-senela. Aprendizes visuais beneficiam-se de fazer listas e desenhos.Aprendizes auditivos beneficiam-se em falar a respeito do que estão aaprender e criar rimas e jingles. Todos nós somos aprendizescinestésicos, o que significa que a nossa capacidade de aprender vai

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 42

aumentar à medida que tocamos e manuseamos as coisas. Portanto,experiências reais, excursões, movimentos e artes são extremamentebenéficos para o processo da memória.

20.Interaja com o material para aumentar o significadoDê significado à informação que você deseja lembrar encontrando umarelação entre o aprendizado novo e o anterior. Faça julgamentospessoais a respeito dele e você aumentará imenso as suas hipóteses delembrá-lo. Resuma, reafirme, faça perguntas, desenhe, marque,dramatize, cante, faça uma piada sobre ele, manipule, discuta, faça ummapa mental.

21.Desenvolva a sua acuidade sensorialA maioria das pessoas com boa memória tem boa percepção sensorial esensibilidade. Quando você quer lembrar alguma coisa, faça uma pausapor um momento, ligue-se e note (internamente ou externamente) o quequer lembrar a respeito da experiência.

22.Desenvolva uma atitude mental positivaTroque a atitude de autocrítica como “Estou a ficar muito velho paralembrar coisas como essas” para afirmações como “Se eu aplicar umamnemónica para essa informação, aposto que posso lembrá-la”.Examine as suas dúvidas e bloqueios mentais. A maioria deles foiestabelecida sem uma base real ou produtiva quando você era muitojovem.

23.Pratique uma acção imediataProcure fazer as coisas quando você se lembra delas. Se você fazer umtelefonema, faça-o agora.Se isso for impossível, faça um lembrete: deixe uma mensagem nasecretária electrónica, escreva um bilhete ou deixe o telemóvel numlugar visível.

24.Faça revisões intervaladasInformações que são revistas em 1 hora, 1 dia, 1 semana e 1 mês após aaprendizagem inicial serão lembradas. Quanto maior a exposição detempo a um conceito ou habilidade, mais firmemente ele será embutidona sua memória. O velho ditado “A prática leva à perfeição”, nãovaloriza muito a necessidade do corpo por feedback e correcção noprocesso de aprendizagem. Faça revisões frequentes como parte da suarotina de aprendizagem.

25.Dê ao seu cérebro uma injecção de glicoseA glicose, um dos 3 açúcares simples (os outros 2 são frutose egalactose) é a fonte primária de energia para o cérebro. Se a glicosenão estiver disponível na corrente sanguínea, o cérebro não podeoperar com a sua eficiência máxima. Alguns estudos concluíram queingerir açúcar durante ou logo antes de um novo aprendizado melhora a

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 43

lembrança do novo material. Mais especificamente, a glicose é ocomponente do açúcar que provê este benefício. O perigo, porém, écomer muito açúcar. Algumas pesquisas relacionaram dietas muito ricasem açúcar com hiperactividade, dificuldade de aprendizagem, comobesidade e outros problemas. Bebidas diet que contêm aspartamo nãodevem ser consumidas. Alguns problemas de saúde foram relacionadas comesse aditivo químico. A stévia, no entanto, não tem efeitos colateraise parece ajudar no metabolismo do açúcar.

26.Faça exercício regularmenteAlém de melhorar a sua força física, os exercícios físicos ajudam amanter a sua memória a funcionar bem ao assegurar um suplementosaudável de sangue e oxigénio no cérebro. Eles também estimulam alibertação de endorfinas (neurotransmissores do prazer), que aumentama alegria, que é um óptimo precursor para uma boa aprendizagem e boaretenção.

27.Evite sedativos e substâncias que induzem sonolênciaTudo o que seda o cérebro incluindo álcool, benzodiazepínicos (usadospara tratar ansiedade) e muitas drogas “recreacionais” impedem océrebro e a memória de trabalharem com eficiência máxima. Se você querrelaxar, coma alimentos ricos em carboidrato, que estimulam a produçãode triptofano e agem como um sedativo natural.

28.Lembre-se do princípio: início e fimPreste atenção redobrada às informações apresentadas no meio de umasessão de aprendizagem, devido à tendência natural do cérebro delembrar, com mais facilidade, o que é apresentado no início e nofinal.

29.Tome consciência dos seus ritmos ultradianosA nossa mente e o nosso corpo operam na base de um ciclo deactividade-repouso de 90 a 120 minutos.Esse ciclo é conhecido como ritmo ultradiano. O nosso desempenhomental, bem como outras funções como sono, controle de stress,dominância cerebral e actividade do sistema imunológico, estãodirectamente ligadas a esse ciclo básico. Para aumentar o desempenhoda memória, nós precisamos de prestar atenção às variações nos nossosritmos ultradianos. As tarefas que exigem muita demanda, devem serrealizadas quando estamos na fase ascendente do ciclo. As tarefas queexigem menos demanda física ou mental podem ser realizadas quandoestamos na fase descendente.

30.Use a imaginação activaVisualizar informações abstractas com imagens concretas é a base paramuitas ferramentas mnemónicas. Uma estratégia que incorpora o uso da

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 44

imaginação é tirar uma foto imaginária de algo que você queiralembrar: focalize, dispare e diga “essa lembrança vale umacomemoração”. Uma outra maneira é visualizar algo tranquilizante edesejável que ajuda a relaxar. Um estado de relaxamento alerta é omelhor para aprender. O uso de imagens tem mostrado mudanças naquímica corporal e dá-nos mais controle corpo-mente. Dê à imaginaçãopermissão para criar maneiras divertidas, bem-humoradas, absurdas esurreais. Essas imagens terão o poder de permanecer. Faça-ascoloridas, em 3 dimensões, em movimento, orientadas para a acção,realistas ou ficcionais. A imaginação é só sua. O que chega a ela éorganizado e, portanto, uma poderosa pista para recuperá-la maistarde.

31.Use locais como cabidesAssocie o que você quer lembrar a partes de seu corpo ou cómodos dasua casa. Faça isso: determine dez coisas que você queira lembrar eassocie a primeira da lista ao topo da sua cabeça. Desça para osolhos, nariz, boca, garganta, peito, barriga, nádegas, quadris, coxasetc., ligando pedaços da informação a cada local com uma associaçãoimaginativa. Quando você quiser lembrar de cada informação os locaisserão um gatilho para a memória.

32.Dê ao seu cérebro tempo para descansarPara funcionar bem, o cérebro precisa de descanso para a consolidaçãoda memória. Se não der ao cérebro um descanso, com intervalosregulares, você pode continuar a estudar, mas tem grande hipótese dediminuir muito o rendimento da aprendizagem. O tempo de descanso éimperativo e varia em número de vezes e extensão, dependendo dacomplexidade e da novidade da informação, bem como da experiênciaprévia da pessoa com a informação. Uma regra boa é fazer uma pausa de3 a 10 minutos depois de cada 10 a 50 minutos de estudo ouaprendizagem.

Interface cerebral: activando o cérebro

Em pé, olhando para a folha com as letras, os braços à frente do corpocom as palmas juntas. Fale o nome da letra em voz alta e, ao mesmotempo, represente-a com os braços.NOTA: Volte sempre à posição inicial. Entre uma letra e outra, batauma palma e fale o nome da próxima letra, representando-a com osbraços. Aumente a velocidade gradualmente.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 45

II

Práticas, Conselhos e

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 46

Reflexões

As próximas páginas, serão preenchidascom exemplos, sugestões e exercíciospráticos sobre a prática dainteligência emocional e daprogramação neurolinguística. Tambémserão apresentados vários conselhospráticos de como melhorar a suaqualidade de vida tanto ao nívelfísico como mental e espiritual.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 47

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 48

1. O movimento da retina ocular

Uma das técnicas mais espectaculares e eficazes que empregam técnicas deprogramação neurolinguística é a observação da retina ocular. Ou seja aquelapequena bolinha que está no centro do olho humano. Há reacções no ser humanoque não são dominadas nem controladas ao nível consciente. Ou seja reacçõesque nas mais diversas circunstâncias não podemos evitar que aconteçam poissão resultado de reflexos inconscientes do nosso sistema nervoso e como talnem sequer nos apercebemos delas.Uma dessas reacções é o movimento da retina ocular. Estudiosos da programaçãoneurolinguística chegaram à conclusão que estes movimentos inconscientespodem revelar muito sobre as pessoas, inclusivamente sobre o padrão dapersonalidade, gostos pessoais e até comportamentos de consumo.

Conforme já foi abordado anteriormente no programa, as pessoas podem serclassificadas, ao nível sensorial como:

Visuais: predominância do elemento visão na percepção e captação dosestímulos sensoriais.

Auditivas: predominância do elemento auditivo. Cinestésicas: predominância do elemento físico, contacto e estimulação.

Obviamente que ninguém é totalmente uma destas categorias. A grande maioriatem em maior ou menor escala as três classificações. Podem é serpredominantemente uma ou outra delas.

No esquema gráfico abaixo descreve-se as classificações da direcção do olharem resultado do movimento da retina.

Para cima e para a esquerda: Construção visualde imagens.Se pedir a alguém para imaginar um “elefante amarelo”, será nesta direcção que os seus olhos se moverão enquanto pensa no assunto, ouseja, enquanto ele cria a imagem de um elefante amarelo na sua mente.

Para cima e para a direita: Memórias visuais.Se perguntar a alguém “Qual a cor da primeira casa onde morou?” será nesta direcção que os seus olhos se moverão enquanto tenta recordar-se.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 49

Para a esquerda: Criação de um somSe pedir a alguém para “imaginar o ruído de passar um prego numa chapa de metal”, será nesta direcção que os seus olhos se moverão enquanto cria esse comportamento.

Para a direita: Memórias auditivasSe pedir a alguém para se recordar do “som davoz da sua mãe”, será nesta direcção que osseus olhos se moverão enquanto pensa naquestão acerca da sua memória auditiva.

Para a esquerda e para baixo: Memória sensorial Se pedir a alguém para se recordar do “cheirode um perfume”, será nesta direcção que osseus olhos se moverão enquanto pensa naquestão, quer seja um cheiro, um sabor ou umestado de espírito.

Para baixo e para a direita: Diálogo pessoalEsta é a direcção na qual os olhos se moverão quando alguém fala sobre si próprio. Reacção sensorial sinestésica.

Não será difícil imaginar a quantidade de possibilidades que esta técnicaabre no estudo do comportamento. Técnicos da área de psicologia usam-na nassuas terapias conseguindo assim respostas sensoriais que contrariam muitasvezes as respostas verbais dadas pelos pacientes. Técnicos de marketing e devendas também a usam para convencer os seus clientes a adquirir os seusprodutos, conseguindo “adivinhar” os seus gostos e preferências.Qualquer pessoa pode praticar esta técnica, na sua vida social eprofissional, ou simplesmente para se divertir surpreendendo os seusfamiliares e amigos com os seus “diagnósticos”.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 50

2. O detector de mentiras

Infelizmente o recurso à mentira é uma prática frequente. Acompetição, as fraquezas e os medos falam mais alto e nem sempre aspessoas são sinceras para com aqueles que os acompanham de perto. Combase em conceitos de programação neurolinguística eis como age alguémque esconde algo:

Linguagem corporal O sujeito evitará qualquer contacto visual. Uma pessoa que esteja

a mentir fará tudo para evitar olhar nos seus olhos. A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos

braços e mãos. Os movimentos presentes parecerão presos, emecânicos. As mãos, braços e pernas estão contraídas, o indivíduoocupará pouco espaço.

As suas mãos podem ir até à sua cara ou garganta, especialmente àboca. O contacto com o seu corpo é limitado a estas áreas. Étambém improvável tocar no seu queixo com um gesto de mão aberto.Pode também tocar no nariz, ou coçar atrás da orelha.

Se o suspeito estiver a tentar parecer calmo e relaxado, elegesticulará bastante.

Estados Emocionais – Consistência e contradição Se a expressão facial surgir depois da expressão verbal, soa a

falso. Os gestos não combinam com a mensagem verbal.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 51

A expressão será limitada à área da boca quando a pessoa está afingir determinadas emoções – felicidade, surpresa, e assim pordiante

Interacções interpessoal Quando somos acusados injustamente, apenas uma pessoa culpada

começa na defensiva. Alguém que é inocente ficará revoltado. O sujeito poderá colocar um pequeno objecto (um copo de água por

exemplo) entre ele e quem o está a questionar, com o sentido decolocar ali uma barreira que revela intenção de esconder algo.

3. Comportamentos e características quedevem ser aperfeiçoados para desenvolver ainteligência emocional

Autoconfiança:

Tenha o controlo dos seus hábitos, atitudes e comportamentos:Para ter autoconfiança, pratique hobbies, passatempos, desporto.Melhore a cada dia a sua capacidade e aptidão em tudo o querealizar.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 52

Auto-estima:

Ela é conseguida pelos projectos realizados, sucessos obtidos epela pessoa maravilhosa em que você se torna: Para isso crie umamissão, um projecto, faça pequenas, ou grandes realizaçõespessoais, adopte uma ética de vida, uma filosofia de vida etorne-se indispensável para as pessoas ao seu redor.

Comunicabilidade:

Capacidade que você tem de expressar os seus sentimentos e captaras mensagens dos outros: Quando falar, procure dizer algointeressante, com conteúdo. Mantenha-se sempre bem informada elembre-se: comunicação tem duas vias. Fale e ouça o que os outrostêm a dizer também!

Sinergia

Capacidade de trabalhar com os outros em equipa, de liderar e serliderado. Saber compreender e superar diferenças em prol dosobjectivos: Essa é a arte da parceria, de estar com as pessoas,de tocá-las, de senti-las, de tentar colocar-se no lugar delaspara compreendê-las melhor.

Bom humor e optimismo

Ver sempre o lado bom das coisas, tirando proveito dos momentos eacontecimentos: Enfrente os seus problemas com coragem,reconhecendo falhas e dificuldades e estando sempre disposto aagir e aprender. Nunca perdendo o bom humor e o espíritodesportivo. Pessoas com essas características estão semprerodeadas de muita gente!

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 53

4. Os Seis Chapéus Pensantes

Edward de Bono, na década de oitenta, criou a metodologia dos “SeisChapéus Pensantes”. O objectivo foi criar um modo de pensar,incorporando o pensamento lateral e outras formas de pensar. Com essametodologia incentivou o pensamento em paralelo, o pensamento em todoo espectro de análise e a separação entre o ego e a performance. Osseis chapéus metafóricos são:

Chapéu Branco Utilizado para a informação conhecida ou de que se necessita,cobre também, factos, figuras e diferenças constatadas.Quando usa este chapéu, o participante lida com a informação,examina a informação, verifica se há a necessidade de maisconteúdo, etc.

Chapéu Vermelho Utilizado para intuições, “feelings” e emoções. Este chapéupermite ao indivíduo “pensante”, expor uma intuição, sem tercom que se preocupar em justificá-la, permitindo, assim, a

sua introdução na discussão. Geralmente a intuição e/ou emoção éfidedigna sem embasamento lógico.

O Chapéu Preto É o chapéu do julgamento e da precaução. Utilizado paracolocar o porquê de uma sugestão anterior, não se “encaixar”nos factos. Também tem por objectivo evidenciar uma falha,uma ameaça, um problema ou uma inconsistência. O chapéu pretodeve sempre ser lógico, no entanto, não deve ser consideradocomo lógica negativa e sim como a voz da racionalidade.

O Chapéu Amarelo Tem sempre lógica positiva. Ele explicita porque algo vaifuncionar e vai trazer benefícios. Utilizado para perscrutaro futuro, antever os resultados de alguma acção proposta.

Também pode ser utilizado para encontrar os resultados positivos dealgo já feito.

O Chapéu Verde Quando o participante “coloca este chapéu”, ele assume o papel decriativo, de gerar alternativas, de criar novas propostas e de

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 54

provocar mudanças. Geralmente é utilizado para iniciar: acções decrescimento, acções inovadoras, e ideias férteis.

O Chapéu AzulQuem o utiliza tem uma visão geral do controle do processo.Ele atua com uma visão sistémica e vê o todo. Pode sugerir autilização de algum outro chapéu para cobrir uma área que, na

visão global, pode estar com falhas.

Um método eficaz para tomada de decisões

Tomar decisões é um dos componentes mais importantes da nossa vidaquotidiana, seja no trabalho, na nossa vida familiar ou social. Aprincipal dificuldade em escolher reside no facto de que quandopensamos lidamos simultaneamente com emoções, factos, lógica,criatividade. Muitas vezes, perdemo-nos quando damos demasiada atençãoà opinião dos outros. Isso dificulta a tomada de decisões e comprometeas nossas escolhas. Também podemos paralisar-nos se deixarmos que omedo de escolher nos domine. Essa mistura do pensamento que por muitasvezes torna as nossas decisões difíceis de serem tomadas.  O que aTeoria dos Seis Chapéus vem sugerir é, precisamente, a separação entreos vários tipos de pensamento, de forma a conseguir-se obter maiorclareza e lucidez. Ela propõe, para a hora de tomar uma decisão, umaanálise do contexto na perspectiva de pensamento de cada um doschapéus. Cada chapéu representa um conjunto de pensamentos que devemosaprender para usar como filtros decisórios.

Modo de Utilização dos Chapéus

O mais comum é a utilização dos chapéus em reuniões, conversas ediscussões envolvendo várias pessoas. Deve ser determinado um tempoespecífico para o uso de cada chapéu. Como desenvolvimento da prática,o tempo de uso de cada chapéu é reduzido, aumentando assim aperformance e os resultados. Não existe uma sequência pré-determinadapara a utilização dos chapéus, mas pode-se definir uma para um usosistemático. Um dos segredos do sucesso da metodologia é saber

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 55

abstrair os pensamentos do outro chapéu quando se está a utilizar umespecífico. Outra vantagem é que quando definida a utilização de umchapéu, todo o grupo deve focar os seus pensamentos para o tipo dechapéu determinado. Se vier um pensamento de outro chapéu, este deveser descartado e toda a concentração deve ser direccionada ao chapéuem uso. Não deve nem ser feita uma anotação desse pensamento tido.Isto requer disciplina no pensamento e no controle do tempo.

Exemplo da utilização da teoria dos seis chapéus numa decisão pessoal

Pensamento: “Compro umas botas novas ou não? ”

Pensamento “Branco”Sim. Nesta cor, com este cano longo, eu ainda não tenho.

Pensamento “Vermelho”Talvez. Essa cor não cai bem com tudo e não tenho certeza se gosto.

Pensamento “Verde”Não foi paixão à primeira vista. Ainda posso ver outras mais bonitas e

querer comprar.

Pensamento “Amarelo”É certo que neste preço, não vou encontrar outras.

Pensamento “Preto”Talvez o barato saia caro. O que me adianta comprar umas botas baratas

se não a for usar!Pensamento “Azul”

Acho que não vou comprar as botas. Apenas um factor foi totalmentefavorável e se há tantas dúvidas, não existe certeza de que desejo

estas botas, realmente.

5. Resolução de conflitos

Todas as relações interpessoais implicam uma dinâmica que envolve duaspessoas distintas e únicas, pelo que é natural que ocorram situaçõesem que não se está de acordo, em que se têm opiniões e pontos de vistadiferentes… Estes “desentendimentos” podem levar a conflitos que,quando resolvidos, podem gerar um progresso significativo na relaçãoentre as pessoas, levando ao seu fortalecimento. Por outro lado, estesconflitos, quando mal resolvidos podem fazer com que ambas as pessoas

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 56

se sintam incompreendidas, zangadas, contrariadas ou magoadas, podendolevar à estagnação das relações, ao seu deterioramento ou até àruptura.

Os conflitos podem surgir através de uma incompatibilidade entrevários tipos de conteúdos e das opiniões diferentes que temos sobreeles:

Incompatibilidade de pontos de vista sobre o mesmo facto ou seja,diferenças em relação àquilo que pensamos

Exemplo: Conhecer a família do meu parceiro é um sinal de que ele gosta de mim. OuConhecer os pais do outro é um sinal de que o nosso namoro está a acabar.

Incompatibilidade entre formas de agir. Diferenças em relação àsformas como costumamos fazer as coisas.

Exemplo: Numa relação costumo conhecer os pais do meu parceiro o mais depressa possívelOuNuma relação só conheço os pais do meu parceiro após dois anos de namoro.

Incompatibilidade de resultados desejados. Diferenças em relaçãoàquilo que queremos.

Exemplo: Quero que o primeiro encontro com os pais do meu parceiro seja muito duradouro e intenso.OuQuero que o primeiro encontro com os pais do meu parceiro acabe o mais depressa possível.

Incompatibilidade de valores e ideias. Diferenças em relaçãoàquilo que nos é importante.

Exemplo: A família é um dos aspectos mais importantes na minha vida.OuA família está em segundo plano.

Incompatibilidade de sentimentos e emoções

Exemplo: Gosto muito dos meus pais.Ou

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 57

Não gosto dos meus pais.

Sendo assim, e sabendo que não podemos evitar os conflitos, torna-seimportante compreendê-los para os podermos resolver da melhor forma.De seguida dar-se-á pistas sobre a melhor forma de resolver osconflitos.

Como resolver conflitos?

Escolher um local e uma altura – Quando e Onde?

Muitas das vezes não é aconselhável resolver um conflito imediatamentequando ocorre, mas sim permitir um pequeno intervalo, para que asemoções fortes que aparecem na altura da sua ocorrência não façam comque sejam ditas coisas das quais mais tarde nos vamos arrepender. Paraalém disso, este intervalo também lhe dá um tempo de preparação -pensar bem no que se quer e como se quer dizer as coisas.

É também importante escolher uma altura em que haja tempo para sefalar calmamente – por exemplo, não escolher um espaço de 5 ou 10minutos antes de entrar para o trabalho. Em privado - deve-se escolherum local em que se possa falar a sós, sem ser interrompido.

Como conduzir a discussão?

De forma organizada - é importante dar a voz a cada um dos envolvidos,consecutiva e alternadamente e resolver o conflito em conjunto.

1ª Etapa: Preparação

Identificar o problema - tentar perceber claramente o que nosincomoda e como isso nos faz sentir.

Descrever o problema de forma compreensível com frases simples econcretas.

Preparar os pontos essenciais que vão ser expostos ao outro. Podeser pedida a colaboração de amigos ou outras pessoas, não paraconfirmar um ponto de vista, mas sim para dar uma opiniãohonesta. Também poderá ser útil, no caso da exposição de assuntosmais delicados ou difíceis de partilhar, treinar previamente odiscurso com outra pessoa.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 58

Pensar em resultados razoáveis e aceitáveis - quais são osobjectivos satisfatórios que é possível atingir?

2ª Etapa: Exposição

Assegurar que podem ser expostas todas as ideias sem se serinterrompido.

Atenção à forma como é exposto o que se pretende dizer: Utilizar frases na primeira pessoa “Eu sinto que…”; “Eu penso

que…”. Limitar-se a dizer as coisas importantes/essenciais. Limitar-se

aos pontos fundamentais explicando a importância que eles têm semculpar ou apenas reagir ao outro.

Evitar generalizações. Expressões como “Sempre” e “Nunca”. Respeitar o outro. Não ridicularizar, não utilizar o sarcasmo,

não deitar abaixo ou utilizar comentários pouco adequados. Utilizar frases claras. Focar-se naquilo que quer e não naquilo que não quer. Expor um problema de cada vez. Focar-se no presente e não no passado. Não ter receio em admitir os seus sentimentos.

3ª Etapa: Assegurar-se que foi compreendido

Por vezes pode ser mal compreendido e isso pode perpetuar ou agravar oconflito que está a tentar resolver, daí a importância de confirmarcom o seu parceiro que ambos estão a falar da “mesma coisa” e no“mesmo idioma”.

Peça ao outro para lhe devolver o que ouviu – por exemplo: “O queachaste daquilo que acabei de dizer?”.

Conjuntamente cheguem a um acordo sobre o que disse.

4ª Etapa: Ouvir o outro

Como o conflito envolve duas pessoas é também importante que seoiça a outra pessoa.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 59

Não interrompa a outra pessoa, deixe-a expor o seu ponto devista.

Foque a sua atenção naquilo que o outro está a dizer naquelemomento e não pense logo nas eventuais respostas que lhe podedar.

5ª Etapa: Assegure-se que compreendeu o outro

Tal como é importante que seja efectivamente compreendido, também deveter a certeza que compreendeu o que ouviu. Por vezes pode acontecerque o conflito tenha resultado de uma interpretação errada que fez doque o outro disse.

Devolva ao outro o que ouviu - para isso pode utilizar frasescomo “Eu penso que o que disseste foi que…”, “Do que dissestepercebi que…”.

Em conjunto tentem chegar a um acordo sobre o que o outro disse.

6ª Etapa: Identificação conjunta do problema

Assegure-se que ambos estão de acordo relativamente ao que é oproblema a ser resolvido.

Identifique diferenças relativamente aos resultados que espera.

7ª Etapa: Procura de soluções

Proponha as soluções que acha que podem resolver o problema. Deixe que o outro também sugira soluções.

8ª Etapa: Negociação

O objectivo da resolução do conflito não é “ganhar”, mas sim chegar auma solução que seja satisfatória para ambos.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 60

Após ter ouvido as soluções propostas pelo parceiro, tentemchegar a uma solução com a qual ambos “possam viver”, ou seja,que agrade a ambos.

Por vezes, se estiver preparado para se adaptar às necessidadesdo outro, concordando com um compromisso, o outro também estarámais disponível para fazer o mesmo consigo.

Não negue as soluções do outro, poderão ser muito valiosas. E se não conseguirem encontrar uma solução? Podem concordar ou discordar. Existem situações ou assuntos que

simplesmente não podem ser resolvidos ou mudados Podem combinar uma próxima altura para tentarem novamente

resolver o conflito - por vezes as condições não são as ideais:cansaço de um dos envolvidos, local da discussão…

9ª Etapa: avaliação.

Quais foram os resultados da discussão? Auto-avalie-se: o que é que correu bem, o que é que da próxima

vez deveria correr melhor… Resumo do Guião Fale enquanto o outro ouve. O seu parceiro diz-lhe o que ouviu. Em conjunto chegam a um acordo relativamente ao que disse. O outro fala enquanto ouve. Diga o que ouviu. Em conjunto cheguem a um acordo relativamente ao que o outro

disse. Em conjunto definem o problema. Cada um sugere soluções. Em conjunto cheguem a um acordo relativamente à solução a

implementar.

O que se ganha com os conflitos?

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 61

Pensando numa perspectiva evolutiva, para sobreviver temos de nosadaptar às mudanças do meio. Esta adaptação só é possível através danossa própria mudança, que é estimulada pelos conflitos e problemasque vão surgindo. Como tal, numa relação, o objectivo não é o deevitar completamente todo o tipo de conflitos, uma vez que um conflitonão tem que ser necessariamente uma coisa negativa. Muito pelocontrário, a ocorrência de conflitos é normal em qualquer tipo derelação e, se geridos de forma eficaz, podem ter resultados positivospara os envolvidos e para a sua relação.

O conflito pode ajudar a:

Fortalecer a relação - aumenta a confiança que temos em quepodemos resolver eficazmente os nossos desentendimentos e quepoderemos resolver conflitos futuros.

Libertar a relação de mal-entendidos e ressentimentos. Perceber quais são os problemas que são importantes para resolver

- conflitos motivam-nos para resolver os problemas. Conhecer a outra pessoa - o que é importante para ela, quais são

os seus valores. Conhecer-se a si próprio - normalmente discute-se mais sobre

temas e aspectos que são importantes para nós e que têm valor,também discutimos mais com pessoas que são verdadeiramenteimportantes para nós.

Libertar emoções - que, se ficassem por expressar, poderiamprejudicar a relação.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 62

6. O pensamento positivo

A motivação vem do pensamento. Cada acção que temos é precedidapor um pensamento que inspira essa acção. Mas, quando “deixamosde pensar”, perdemos a motivação para agir. Eventualmente caímosno pessimismo e isto leva-nos a pensar ainda menos. E assimsucessivamente. Uma espiral descendente de negatividade epassividade, que se alimenta de si própria como uma sanguessuga.A maior parte do nosso tempo é preenchido com comportamentosautomáticos. Diariamente fazemos as mesmas coisas, da mesmaforma, com o mesmo ritmo, criticando os outros e a nós próprioscom as mesmas frases, como se tivéssemos decorado o guião de umfilme e desempenhássemos esse papel, dia após dia.

Os nossos hábitos

Grande parte das nossas rotinas criaram-se na nossa vida por nosserem úteis, por nos servirem e nos facilitarem as tarefas quefazemos. Sentimo-nos confortáveis a fazer aquilo que semprefizemos, aquilo que nos é fácil, que fazemos sem ter que prestaratenção. Podemos chamar a este processo, os nossos hábitosinstituídos.

Mas, se alguns desses hábitos passam a não ser adequados,prejudicam-nos, incapacitam-nos e impedem de sentirmo-nos bem, de

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 63

sermos apreciados pelos outros, de sermos aceites em sociedade, ede atingir os nossos sonhos e objectivos

Os nossos hábitos podem passar a ser a nossa maior dor de cabeça.Habituámo-nos a eles por um processo de repetição até chegarmosao ponto de julgarmos que nós somos mesmo assim, que isso fazparte da nossa personalidade. Mas, nada poderia estar maiserrado. Só julga ser assim porque fechou a janela daspossibilidades, das alternativas, da consciência, de pensaracerca das coisas, das suas coisas, daquilo que quer e que nãoquer. Se continuarmos a percorrer os trilhos da vida num estado“adormecido”, muito provavelmente iremos atingir um ponto decristalização do nosso pensamento, perdemos a flexibilidade depensamento e criamos uma inclinação mental desadequada.

Exemplo: Digamos que uma pessoa com uma inclinação mental para opessimismo levantou-se num sábado de manhã e colocou na sua ideiaque tinha de arrumar e limpar a garagem. Dirige-se à garagem,abre a porta e fica chocado por ver a quantidade de lixo edesarrumação. “Esquece isso” Diz o pessimista no maior doslamentos. “Ninguém conseguiria limpar esta garagem num só dia!”Perante esta situação e num estado mental de incapacidade, fechaa porta da garagem e volta para outra divisão da casa para fazeroutra coisa qualquer.Os pessimistas têm um pensamento de “tudo ou nada”. Têm umpensamento catastrófico e absolutista. Ou fazem as coisas deforma perfeita ou não fazem. Vejamos como é que o optimistaenfrentaria o mesmo problema. Vamos assumir que até dizia a mesmacoisa: “Esquece isso”. Ninguém conseguiria limpar esta garagemnum só dia!” No entanto, uma grande diferença entre o pessimistae o optimista saltaria à vista. Ao invés de voltar para casa, ooptimista continuaria a pensar. “Pronto, não consigo limpar todaa garagem, mas ainda assim, o que é que eu posso fazer?” Elepensa durante um pouco, e tem a ideia de dividir a garagem em 4secções e limpar apenas uma nesse dia. “De certeza que consigolimpar uma secção, e se limpar uma parte por semana, certamente

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 64

até ao final do mês consigo limpar toda a garagem”. Ao fim de ummês os cenários serão diferentes: O pessimista terá a garagemnuma desgraça e o optimista uma garagem limpa.

O sabotador interno

O pessimista tem uma inclinação mental para pensar de formadesanimada ou que não consegue fazer nada, que as coisas nãovalem a pena, desiste de pensar positivo muito rapidamente. Nagrande maioria das vezes, o pessimista é um desistente crónico,foca-se nos piores cenários e não acredita que as coisas possamvir a dar certo. A estes aspectos negativos do programa mental dopessimista podemos chamar de sabotador interno. É um sistema autoperpetuador de ligações entre as células cerebrais, uma presençaneurológica que parece ser tão intrínseca a nós, que normalmentenão temos consciência da sua influência. O sabotador interno éuma consequência da forma como você pensa acerca das coisas. Podeser muito difícil desaprender aquilo que aprendeu e julga serparte de você, mas é possível.

Sabemos que um músculo se desenvolve através do esforço repetido.Se você deixar de o usar, se parar de o exercitar, as ligaçõesentre as células musculares irão enfraquecer. Assim, acontecerácom os vários aspectos da sua inclinação mental, do seu sabotadorinterno. Assim que você o identificar, e inibir essas ideias ecomportamentos, as ligações entre as células cerebrais irãodiminuir, perdendo a sua força, enfraquecendo a sua inclinaçãomental pessimista.

Especialização neuronal

O nosso cérebro especializa-se através de um processo derepetição de comportamentos, através do reforço de grupos deredes neuronais. Na infância, à medida que vamos enfrentando os

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 65

desafios e dificuldades da vida, vamos colocando em acção algumasformas de lidar com as situações. Algumas destas estratégiasfuncionam e são retidas. O sabotador interno nasceu.

Por exemplo, se uma criança é criticada pelos seus pais, aestratégia de lidar com a situação pode ser agir “erradamente”dado que esta é a única forma da situação lhe fazer sentido. Elairá desenvolver comportamentos “errados” para dar razão aos seuspais. Uma criança que é ignorada pode achar que só terá atençãoquando está doente, assim, a doença, queixas somáticas oupequenos acidentes tornar-se-ão num mecanismo de enfrentamentoinconsciente. A criança “aprendeu” a ser um falhado, aceitar acrítica e a ter relacionamentos sem apoio. Estas estratégias, atépodem ter funcionado na infância para diminuir a fúria da mãe,mas certamente serão disfuncionais na idade adulta. A durarealidade, é que estas estratégias tornaram-se a sua“especialização” desenvolvida para lidar com um conjuntoparticular de circunstâncias.

Se registássemos uma possível lista dos comportamentos auto-sabotadores desenvolvidos através dos mecanismos de lidar com assituações, ficaria algo do género:

“Eu assumo que vou falhar, por isso não tento.”

“Eu comporto-me como se nada de bom me aconteça.”

“Eu dificilmente confiarei em alguém.”

“Eu critico os outros e acho que os outros me criticam.”

“Eu acho difícil fazer amigos.”

“Eu rejeito as pessoas que são boas para mim ou que me tentamajudar.”

“Eu evito confrontar-me com situações em que as pessoas mepossam julgar.”

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 66

Este é apenas um exemplo como o nosso sabotador interno sedesenvolve. Estas especializações infelizmente não se ficamapenas pela infância, podem sedimentar-se em qualquer altura danossa vida. Tal como esta criança, também nós nascemos com acapacidade para aprender um conjunto quase ilimitado de respostascomportamentais. Importa referir, que a especialização neuronalformada pelas nossas reacções a situações sobre as quais nãotemos controlo, limita-nos severamente as nossas opções.

Um testemunho do valor do pensamento positivo

Para testemunhar uma das mais profundas ilustrações daefectividade prática do optimismo na história da América, vocêtem de relembrar-se do filme, Apollo 13, ou então visioná-lo.Para além do trabalho de trazerem os astronautas do outro lado dalua ter sido assustador e esmagador, o desafio foi realizado empequenas tarefas de cada vez. As pessoas que estavam no controloda missão em Houston e que salvaram os astronautas, conseguiramesse feito extraordinário porque mesmo perante a“impossibilidade” dos problemas tecnológicos, eles continuaram apensar positivo. Eles nunca desistiram. Procuraram por soluçõesparciais, e declaram que iriam agarrar-se a essas soluçõesparciais e trazer os seus homens em segurança para casa.

Dica: Sempre que você se sinta pessimista ou oprimido,relembre-se para continuar a pensar positivo. Continue a pensar,continue a pensar positivo.

De acordo com a abordagem da psicologia positiva, pensar positivonão se resume de forma alguma apenas a afirmações positivas ou decapacidade. Estas podem formar a base da intenção daquilo que sequer e pretende que aconteça. Mas, provavelmente a estratégia quemais conta, é a estruturação de um encadeamento de acções quesuportadas pelas afirmações irão expressar as forças, valores,objectivos e crenças adaptativas da pessoa ou grupo de pessoas.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 67

As pessoas que pensam de forma optimista, capacitadora epositiva, escolhem fazer um uso diferente da imaginação humana. Aimaginação que cada um de nós possui deveria ser usada, não parafugir à realidade, mas para a criar.

Não hesite em pensar, não hesite em pensar positivo. Não se deixelevar pelos caminhos vincados (inadequados) da sua mente.Desperte, acorde, fuja à rotina da sua inclinação mental para adesistência. Resista à sua paragem de pensamento para a solução,insista na busca de possibilidades e caminhos alternativos,persista na reestruturação do seu pensamento positivo.

7. Técnicas de relaxamento

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 68

O Bem-estar é um conceito pessoal e individualista e começa com adescoberta e aprendizagem de tudo o que funciona melhor para nóspróprios. A prática do exercício físico é um método bastante eficazpara promover e melhorar a nossa saúde. O relaxamento é outra formabastante eficiente para atingir a harmonia e o equilíbrio físico emental. Apesar de serem verdades admitidas por praticamente toda agente, a maioria das pessoas ainda não faz regra delas. Porém quantomais familiarizados estivermos com o nosso corpo, melhor conhecemos assuas potencialidades e limitações e melhor o sabemos utilizar a nossofavor.

São inúmeros os benefícios da prática do exercício físico,nomeadamente na saúde, longevidade, resistência à fadiga, masprovavelmente o maior benefício consiste no facto de ficarmos aconhecer melhor o nosso próprio corpo, as suas limitações e as suaspotencialidades ou seja aquilo que os psicólogos chamam deautoconsciência corporal.

Aumentar a consciência que se tem do próprio corpo é uma aptidão quese pode desenvolver, recorrendo a programas específicos de treino,naturalmente orientados por pessoas especializadas, tais como,cardiofitness, técnicas de respiração, relaxamento imagético etc. Istopermite uma consciência aumentada do corpo, aumento de energia,clareza mental, aumento das aptidões físicas e equilíbrio emocional.

Todos nós temos aquilo que se chama memória física, ou seja toda aactividade física é registada nessa memória acabando por se tornar numcomportamento ou hábito. O mesmo se passa com todo e qualquercomportamento repetido ao longo do tempo. As boas e as más posturas,os comportamentos adequados e os inadequados são registados quer namemória muscular quer no cérebro. Boas posturas conduzem a melhoresposturas, e más posturas conduzem a piores posturas. O mesmo severifica para qualquer comportamento.

Um exemplo negativo disso é quando o stress se acumula no nosso corpocomo tensão muscular. Se a tensão não é activamente libertada, ela éarmazenada nos músculos. O músculo não tem escolha a não serincorporar a tensão em posições estáticas. Por outras palavras, quantomais tensão é acumulada, menos flexíveis nos tornamos. E isto éigualmente verdadeiro em termos cognitivos e emocionais.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 69

É surpreendente verificar que tão poucas pessoas consigam relaxar daforma correcta. Relaxar é mais do que livrar-se da tensão de um dia detrabalho, e é mais do que libertar o stress acumulado. É algo positivo eagradável. É uma sensação na qual se experimenta paz de espírito. Pararelaxar de verdade, é necessário tonar-se sensível às própriasnecessidades fundamentais de paz, autoconhecimento e reflexão – eestar disposto a reconhecer tais necessidades, ao invés de ignorá-lasou subestimá-las. As pressões constantes da vida quotidiana causamgrandes prejuízos ao bem-estar físico e mental de milhões de pessoastodos os anos.

Inúmeras investigações médicas sobre as origens de doenças comuns,como a hipertensão arterial, doenças cardíacas, úlceras, e enxaquecas,demonstram a relação entre o stress e o desenvolvimento destesproblemas. O stress é causa frequente de problemas emocionais e decomportamento, levando ao desgaste e até ao esgotamento nervoso.Existem também factores ambientais desde o ruído e poluiçãoatmosférica até circunstancias da nossa vida económica, como odesemprego, a inflação e a recessão que podem tornar a vida ainda maisstressante.

O que nos impede de relaxar verdadeiramente, está sempre connosco, e éa nossa mente. Os nossos pensamentos, quando se tornam repetitivos,obsessivos e extremos, ocupam toda a atenção do cérebro. E como essapreocupação se torna a sua prioridade, ele coloca todo o organismo emestado de alerta. A mente irá trabalhar permanentemente para resolvero problema, o que só vai complicar.

A mente desenvolveu um sistema de alarme, uma espécie de detector deameaças, que responde antecipadamente a tudo o que nos coloca emperigo. Mas se é verdade que todos nós temos esse alarme, quando ele“apita” de forma exagerada leva-nos na grande maioria das vezes aesquecermo-nos do nosso corpo, das boas sensações que este nostransmite, e as quais deveremos estimular e usufruir, no sentido decriar caminhos no cérebro para o bem-estar e satisfação.

Os segredos para relaxar

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 70

Erradamente muitas pessoas quando tentam relaxar, fazem-no mantendo amesma atitude e preocupação com o tempo, a obtenção de resultados epressa que demonstram nos seus padrões de actividade do dia-a-dia.

O segredo para se conseguir bons resultados nas tentativas derelaxamento é simples: descubra as actividades que lhe dão prazer e,quando você as praticar, empenhe a sua energia em obter total bem-estar físico e mental. A melhor forma de o fazer é aproveitar as suasaptidões, gostos e inclinações pessoais. A sua distracção e obtençãode prazer pode resultar da produção artística, do desenvolvimento dehabilidades musicais, do aprimoramento da educação pela leitura, doexercício físico, ou o que quer que seja. Mas lembre-se que relaxar éo seu principal objectivo.

Algumas sugestões para praticar a arte de relaxar:

1. Defina quais as actividades em que você acha que poderia relaxar,e escolha actividades de que você realmente goste.

2. Não tenha medo de se aventurar em algo novo e diferente. Estará adar oportunidade a si mesmo de descobrir novas formas de serelacionar com o seu corpo e assim usufruir das fontes de prazerque ele lhe pode proporcionar.

3. Verifique a existência de actividades de lazer onde vive eprovavelmente que pouco frequenta (cinemas, praias, clubes,actividades culturais, parques, etc…)

4. Um amigo que o acompanhe nas horas de lazer costuma ajudar nadescontracção e no compromisso de persistir nas actividades derelaxamento.

5. Por exemplo: tente perceber quais as principais barreiras na suavida que o possam impedir de fazer aquilo de que gosta enecessita.

6. Procure praticar exercícios leves como caminhar, andar debicicleta, dançar, nadar, praticar jardinagem, etc.

7. Por exemplo: sinta o peso do seu corpo ao caminhar, sinta arespiração, sinta a sensação do ar a entrar e a sair dos seuspulmões, o cabelo ao vento, os músculos que usa, a sensação dovestuário…entre muitas outras coisas.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 71

8. Para aqueles com uma condição física mais desenvolvida, oexercício mais intenso pode ser mais eficiente. Actividades comocorrer, jogar ténis, levantar, pesos, basquetebol, vólei, etc…podem produzir um agradável efeito relaxante, após um treinopuxado.

9. Por exemplo: podem usar ainda o relaxamento como funçãorecuperadora e restauradora da fadiga.

10. Caso tenha interesse, procure praticar algumas técnicas derelaxamento mental para criar a sensação de paz e tranquilidadede corpo e mente.

11. Outras técnicas de relaxamento mental incluem a leitura de umbom livro ou deixar-se envolver na tranquilidade de uma músicasuave, ou concentrar-se na contemplação.

12. Actividades criativas como pintura, desenho, cerâmica,carpintaria, tricô e mesmo arte culinária, por prazer, podem-lhedar também um sentido de realização, paralelamente aotranquilizante relaxamento de se concentrar em algo que vocêdeseja fazer.

13. Você também pode aliviar o cansaço do dia-a-dia do trabalhocom um banho bem demorado, logo que chegar a casa. Este pode serconsiderado um exercício excelente de estimulação dos sentidos.Aprecie a água a cair no seu corpo, o som que faz, a temperaturaque sente, o impacto das gotas do chuveiro, o estado derelaxamento que consegue atingir, sinta isso e contemple o prazerque está a presenciar, foque-se nas sensações e perceba o nívelde bem-estar que sente.

Pratique o relaxamento diariamente

Após descobrir a sua técnica favorita de relaxamento, planeie dedicar-lhe alguma atenção diária. A maior parte das pessoas aceita aresponsabilidade de prazos e deveres que lhe são impostos por outros,mas é igualmente importante dar atenção à necessidade de períodos dedescontracção solicitados pelo corpo e pela mente.

Donas de casa “incansáveis” ou profissionais “sempre ocupados” devemdar a si mesmos oportunidades de relaxamento, se quiserem conservar oseu equilíbrio mental em períodos stressantes ou de agendaspreenchidas. O hábito de lembrar que se tem um corpo que necessita de

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 72

atenção é de extrema importância para quem pretende investir na suasaúde e bem-estar.

O último princípio da arte de relaxar é envolver-se em actividades derelaxamento com entusiasmo e compromisso pessoal. Envolva-secompletamente na actividade escolhida. Solte-se física e mentalmente.Lembre-se que encontrar técnicas eficazes de relaxamento pessoal não émeramente um passatempo para os mais afortunados e ociosos. Éessencial para o bem-estar físico e mental de qualquer um.

8. É assim tão difícil ser feliz?

Todos nós já fizemos a nós próprios esta pergunta. Se existe algumacoisa comum a todos os seres humanos, é o desejo de ser feliz. Porcerto, também todos nós gostamos de comer, dormir, e todas as outrasnecessidades básicas que fazem parte da nossa subsistência. Existemmil e uma coisas que podem contribuir para a nossa felicidade, mas poralguma razão, subitamente todas elas perdem a sua importância, a vidatonar-se complicada de gerir, ficamos vulneráveis, angustiados etristes. Este é o princípio da nossa desesperança, da nossainfelicidade.

Ser feliz é algo muito mais fácil de realizar, do que parece, desdeque consigamos acertar com as setas no alvo certo e que tenhamos asprioridades bem definidas. Podemos aprender a ser feliz. Se já nossentimos pessoas felizes, certamente encontraremos formas de tornaresse humor consistente e duradouro e assim promover o nosso bem-estar.Se estamos a atravessar um momento menos bom e gostaríamos de voltar asentir felicidade, só temos que nos concentrar na prática de algumasregras básicas que nos ajudem a ultrapassar essa realidade.

O estado de felicidade pode ocorrer em muitas situações e perantemuitas circunstâncias. Pode ocorrer porque ganhámos a lotaria ouporque estamos a assistir à nossa série de televisão favorita.Independentemente de tudo, o único factor em comum é o sentimento dealegria. O caminho para a infelicidade começa quando se permite que

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 73

alguns obstáculos se coloquem no caminho da alegria e consequentementenos trazem a infelicidade. Importa no entanto perceber que quando aspessoas dizem que são felizes nas suas vidas, habitualmente não queremdizer que estão sempre alegres ou que experienciam prazer o tempotodo. O que elas querem dizer, é que após reflectirem sobre o balançode prazeres e infortúnios, sentem que a longo prazo o saldo é bastantepositivo.

Não sabotar a alegria

A principal razão para as pessoas não serem felizes é porquesimplesmente não se deixam ser felizes. Seja por duvidarem de sipróprios, focando-se naquilo que os outros fazem, por adiarobjectivos, fazer as coisas por fazer, não planear, viver no quase, outantas outras coisas que apenas servem para tornar o caminho maisárduo e mais longo acerca dos assuntos e acabam por ser apenas e só aestrada directa para a infelicidade. Perdemos a noção das nossasnecessidades básicas e realizações pessoais e enveredamos por umcaminho errado.

Aceitar os contratempos

Um outro problema que se torna um obstáculo à felicidade é o facto deestarmos tão presos à nossa rotina quotidiana que perdemos a noção darealidade e das limitações da nossa condição humana. Perdemos muitotempo com preocupações acerca de coisas normais do dia-a-dia que fazemparte da vida. A não-aceitação de algumas coisas que fazem parte davida de todos nós, como a perda de algo, erros, fracassos e também asexigências sociais e pessoais, como expectativas elevadas,perfeccionismo desmedido, comparação social, levam-nos a pensar nessascoisas vezes sem conta. Acreditamos que temos de analisar uma e outravez, até que nos torne a vida num inferno.

Uma forma de ultrapassar este tipo de problemas é perceber que nem tudo tem de seruma situação ideal ou da forma como nós queremos.

Este é um passo importante para se sentir mais feliz com a vida quetem. Se conseguirmos aprender a aceitar determinados factos acerca denós próprios e da vida, tal como aceitamos o facto de o céu ser azul e

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 74

a erva verde, o panorama será muito melhor. Não devemos ficarsubmissos perante as contrariedades da vida mas, que existem coisas asquais não controlamos e que inevitavelmente acabarão por acontecer,nem sempre como queremos ou gostaríamos que acontecesse. No entanto,mesmo perante uma catástrofe, podemos decidir o que fazer depois dascoisas terem acalmado. Ou podemos ficar eternamente a lamentar-nos,mas isso não ajuda nada a melhorar a nossa situação!

Alguns dos obstáculos que enfrentamos, que criamos ou que se colocamna nossa vida serão mais fáceis de ultrapassar se os aceitarmos.Aceitar-se a si próprio, é perceber que é possível reestruturar-se,procurar ajuda, redefinir crenças e trabalhar na autoconfiança e forçainterior. Todos nós, na grande maioria das vezes possuímos forças quedesconhecemos. Tente perceber quais são as suas, procure ajudar-se asi mesmo. Tente não colocar-se numa posição de vítima eterna, deprofeta das desgraças e dos infortúnios. Aceite, aceite-se, reaja,recomponha-se, aja, acredite, avance, a alegria está a caminho.

Perseguir a felicidade…

Sim, existem muitas pessoas que são felizes, é possível ser-se feliz.Mesmo para quem está a passar por dificuldades na vida, por muito queseja difícil acreditar, é possível melhorar o seu estado, é possívelrecuperar o seu estado de desesperança e tristeza. Muitas são aspessoas que partilham desse estado de felicidade e também todas elasapresentam algumas características em comum. Não há coincidências,existem sim é algumas regras que se expressam nas suas atitudes.

Não são excessivamente auto conscienciosas Não são excessivamente auto conhecedores Não são excessivamente preocupados Não estão sempre à procura de respostas Não se levam demasiado a sério Vivem no presente Conhecem e aceitam o seu lugar no mundo Aceitam o fato de nem sempre estar no controlo das coisas

Naturalmente toda a gente já praticou algumas destas regras, e tambémjá observou esse comportamento em outras pessoas, mas na verdade a

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 75

maioria ainda não juntou o dois mais dois. É provável que se considereesses comportamentos como demasiado simples, ou até mesmo que essaspessoas sejam demasiado simples. Mas, quando se observa os pais abrincarem com os seus filhos, ou as pessoas que gostam daquilo quefazem e que não correm atrás de uma promoção ou de mais dinheiro, oque se retêm é que estas pessoas estão acima de tudo focadas nopresente.

Claro que estas pessoas também pensam no futuro e certamente também oplaneiam, e também tiveram um passado, e pensam nele, mas não vivemnecessariamente por uma coisa que ainda não aconteceu, nem ficamparalisadas por algo que não conseguiram ou que correu mal. Nãosacrificam a sua vida por algo que pode ou não vir a acontecer nofuturo, nem condicionam o seu presente por “fantasmas” do passado.

Não ligar o “complicador”

O acto de pensar deu-nos vantagem sobre todas as outras espécies, e éum processo indispensável à gestão da nossa vida e consequentemente dafelicidade. Num cenário de desvantagem e problemático, pensar é algoque se aprende no sentido de encontrar soluções e evitar danos oudecepções. Nestas circunstâncias o pensamento é algo valioso econstrutivo. Desde que se desligue o “complicador”. Aquele bichinhoescondido num canto do cérebro, que quer resolver os problemas todosde uma vez e que pensa, repensa, avalia, projecta todo o tipo decenários, de forma tão obsessiva que acaba por inibir qualquer alegriae satisfação. Ficar demasiado preocupado que as coisas corram mal ouse tornem piores congela o pensamento. O resultado é ficar refém deuma situação de incapacidade para fazer seja o que for, paralisadopelo medo de que alguma coisa má possa acontecer.

Pensar nos cenários positivos é uma boa táctica para evitar estebloqueio. Quando se imagina uma solução raramente se pensa que omelhor cenário possível possa acontecer. Porém a única forma decombater o pensamento catastrófico, é insistir no pensamento positivo.Com treino, dedicação e muita repetição de pensamentos orientados paraa solução, pensar positivamente, insistir no pensamento positivo émeio caminho andado para a descoberta da solução.

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 76

Uma das maiores causas para que as pessoas se sintam infelizes é ofacto de se sentirem impotentes para fazer que as coisas aconteçamcomo desejam. Ou seja, quando se torna óbvio para essas pessoas quenão controlam a sua vida. A explicação pode parecer muito simples, masnão é. A perda de controlo, quando existe um grau de percepçãoreduzido sobre as próprias acções e os acontecimentos da vida, dá umagrande sensação de impotência, e no limite, torna as pessoas incapazesde levar a vida para a frente. Para combater o sentimento deimpotência e de falta de esperança:

Manter a calma e avaliar bem a situação. Com cenários positivos e construtivos Tentar perceber por que razão se sente impotente Pensar sobre o que pode ser feito para mudar e melhorar a situação Formular um plano Colocar o plano em acção

Resistir, insistir e vencer

Ainda que no início algumas das coisas possam não dar certo, não sedeve desesperar. Reformular, insistir, fazer um esforço para mudar ascoisas, persistir, certamente haverá uma forma de melhorar a situação.Não devemos interiorizar a ideia de que é demasiado fácil, mas podeeventualmente não ser tão difícil como parece.

Quem consegue ultrapassar os sentimentos de impotência, é certamente capaz devencer a infelicidade.

Toda a gente se sente mal acerca de alguma coisa em determinada alturada vida. Este sentimento é humano. A diferença é que algumas pessoassabem que não é permanente. Estas são as pessoas que aumentam aprobabilidade de serem felizes. Deve-se aceitar que por vezes ascoisas na vida se complicam e se tornam um fardo, mas também porvezes, as coisas correm de feição e tornam-se maravilhosas. Agora quesabemos quais os sentimentos que estão na raiz da infelicidade, nadanos pode impedir de seguir em frente… E de ser feliz

Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal 77


Recommended