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MARCO - N? 286

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1941 MARCO - N? 286
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24.° Anno N. 10 Março 1941

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tivo" grenat e ouro, que tanta imponência dá ao "fogão exhaustor".0 tapete é executado sob medida, em passadeira aveludada cinza, coma largura de 250 cmts. e cobre totalmente o salão.

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diga fluminense um facto que e

profundamente grato â aquelles quemourejâm na imprensa do paiz, ao

iado dos typographos a quem o

autor dedica este livro.Isto os typographos nunca deverão

esquecer porque foi concretizado

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es->ei-

Aivarus de Oliveira

a admiração do autor pela dedica-

tona do Romance que a própriavida escreveu

Já está á venda em todas as

livrarias o novo volume do autor

de 'Ritmo do Século" e e de se

esperar, pelo publico que já conta

o Sr. Aívarus de Oliveira, pelasua collaboração assídua á imprensa

do Brasil, que obtenha o mesmo

grande suecesso de todas as suas

obras anteriores.

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id<No [mundo das lettras

Surge a publicidade o Romance que a própria viaaescreveu. - . »

Com uma vistosa capa de um novo artista dc lápis que é

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Aivarus de Oliveira: "Romance que a própria vida es-

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ses" que o autor dirige e éedição da Companhia Bra-sil Editora do Rio de Ja-neiro

E' uma historia profun-darnente humana onde habelleza, poesia, tragédia,sexo, soffrimento1 E um ro-mance bem humano ondeparece que seus persona-gens falam e vibram, can-tam e choram, que sangram,pela verdade que ellasencerram e pelo que dizemde real.

Aivarus de Oliveira, oautor de

"Ritmo do Sé-

culo", de "Grito do Se-

xo", e de Hoje" (Con-tos da actual idade), apre-senta-se, dia a dia, commelhor linguagem, dotandoseus personagens de maisvida, de mais sabedoria,com profundas doses dephilosophia, com grandesenso psychologico.

Hd sobretudo,, neste no-vo trabalho do escriptorque faz questão que se

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(f o/u òeiyudo 24.° Anno N. 10 Março 1941

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vâdo um reino sem íimites, que seria, num dia, a cà-pita! do mundo inteiro e que o gênero humano se tor-naria judeu. Jerusalém e seu templo seriam paracomo uma cidaoe, coiiocada no cume de umapara a qual se dirigiriam

4

oráculo, ae onde sehiriaum reino espiritual, on-de a humanidade, paci-íicada por Jesus Christo,voltaria a encontrar asdelicias do Éden.

todosmontanha,

todos os povos da terra; como uma lei universal; como o centro de

scena, a dâ noite pas-sada no monte das OIi-

- — veiras, a prisão, o com-parecimento perante

os dous tribunaes o judeu e o romano — a exai-tação sacrilesa dd plebe, a ccndemnação, a flagelação,

a subida ao Calvário, a Crucificação, a morte, o sepul-chro e a resurreição !

Nunca a gloria eterna de Jerusalém poderáeclipsada, nem pela hierarchia imperial de Roma,

sernem

annunciaram asassim se cum-

t comoorofecias,priu.

Alli se exaltou o mar-tyrio e dalli sahiram oslamentos sobrenaturaes do'homem

de dor". Dailisahiu a palavra de Deuspara os povos da Terra.Alli, no regaço da Vir-

gem, filha de Sion, seelevou o scenano dodrama único na Historia,-alli, cada prophecia setornou esmagador factohistórico,- cada palavra doSenhor, um poderosoepisódio humano. Em Je-rusalem o povo emergee toma a parte que lhefoi destinada no drama. Amultidão aesfila. os disci-pulos adquirem persona-iidade e sobre elles, se-

adia

cidaoebre aHistorsus se elevagigantesca,

sobre agura de Jc-corno toneprojectando

sua sombra atravez dosséculos. Por alli andouElle, como um homem,cxhalando, em bor a, omysterio de um Deus. Allise desenrolou a ultima

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III

\ t K V C I I' I C A C A ° nr M < ) \ )' \ (; N \ , F. X I S T F N T K N O MUSEU DO LOUVRE.

pela poética Nazareth ou pela Bethlem legendária.O romantismo passa... Taes são os sentimentos que

agitam nosso espirito quando o trem um trem excellente,

que nada fica devendo aos melhores do centro europeunos approxima da Terra Santa.

No emtanto é preciso declarar aue esse progressodespoja o viajarte de todo romantismo. Pouco ou quasinada indica que se está nesses instantes, cruzando uma d essasregiões de mais profunda, de mais humana e commovedorahistoria.

Chegada a hora do almoço penetramos ^no luxuoso

wagon-restaurant, onde nos servem uma refeição compostados mais complicados pratos internacionaes; depois ha umabaldeaçao em Kantara occidental, cruzamos o Canal de

Suez em um vaporzinho de rio e chegamos a Kantara Oriental;isso é feito em poucos minutos, já alli nos esperü outro trem,composto quasi todo de wagons-dormitorios e nos deitamos

já na Ásia. Na manhã seguinte, apoz almoçar, deixamosesse trem por outro, mais próprio para galgar montanhas,sobre as quaes Jerusalém está encravada. Chegamos^ em fim,

desembarcando numa estação perfeitamente moderna e

2 4." Anno N. 10 Março 1941

que deu ao mundo as bellas mulheres do grande drama

chnstão: a cândida Sulamita, a meiga Cananea, a Magda-

lena apaixonada, a mystenosa Mana e chegar, assim, á anda

e triste Jerusalém, cujas obras, por indecifrável desígnio,

sempre foram marcadas .com um cunho de grandiosidade

perduravel.Longe d'isso, tínhamos chegado a ella com rapidez

e conforto, quasi sacnlegamente, como "tounstes

Esse grande erro estava prestes a nos custar as melhores

emoções da viagem. Não se pode ir a Jerusalém como"touriste" é preciso que se vá como peregrino. Ante o"touriste"! a veneravel cidade recata sua physiomonia. E

faz bem. A toda cidade encantada e Jerusalém é mais

que qualquer outra é preciso chegar consuma especia-

lissima disposição de espirito: ingenuidade, fé, mnocencia,receio. Venha comnosco, pois, intacta, nossa faculdade

de assombro, posto que no assombro ha sempre um elemento

positivo de revelação e de sonho.Porque em Jerusalém foram sonhados prodigiosos e

terríveis sonhos. E tudo ficou enfeitiçado!"Quando estes emmudecerem disse Jesus, assig-

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O enterra de Christo Dc Joan Mcnlic //«f Santas Mulheres <- -V. .loâo Dc Joan Mon lie

com outros viajantes tomamos um automóvel que nos ievaao Novo Hotel.

As pedras gritam, mas o touriste nao as ouve; só operegrino! Temos o presentimento de haver errado othema sentimental de nossa viagem. E' assim como havíamospensado ver surgir, um dia, Jerusalém? Penetramos na TerraSanta ào norte qõ península do Sinai, mais acima da estradaseguida pelos israelitas, quando, levados pelo grande cau-dilho de sua rãçãf foram em busca da terra promettida. Poremisso, que faz extremecer de emoção a barba de algum judeu,nosso companheiro de viagem, nos deixa impassíveis. Nãosão as tradições judaicas o que, no momento, buscamos esim as christãs. Preferíamos ter aqui chegados, descendo dasmontanhas de Nazareth, daquelles cimos onde Jesus tantasvezes se sentou, para meditar em sua obra, em sua rôçà, nobem da humanidade. Desejávamos ter vindo das regiõesmais para o norte; pela estrada de Sichem, erdre pequeninascidades e grandes aideas, âtrôvez campinas deliciosas, de¦frescos e puríssimos mananciaes, de vinhas, de laranjaes,¦limoeiros e figueiras, projectando sua sombra hospitaleira•em hortas opulentas e espaçosas D'aque!!e norre

nalando seus discípulos gritarão as pedrasE as pedras gritaram e gritam ainda e gritarão eterna-

mente. Os "tounstes",

porem, não as ouvem. Só poder-ouvil-as o peregrino ou o poeta.

Na rua de David:: Afortunadamente, somos domi-nados rapidamente pelo prestigio cJo passado. Deixamosa nova cidade, a Jerusalém dos Occidentaes, onde capnchosos millionarios construíram sumptuosas residências eonde se aloja o elemento official, que representa a autondade da Inglaterra no protectorado da Palestina. Penetramosna velha Jerusalém, pela porta de Jaffa, que se abre paraa rua de David. Junto de nós caminha um norte-amencanccom sua filha., é um Dôr verdadeiramente absurdo e comtempo chega a ser completamente msupportavel. Ella,

talvez do Arkansas ou do Ohio é instruída e agra-davel para uma mesa de chá, um salão de baile,, um garden-party ou um court de tennis. O pai, typo perfeito do yankeejá afastado dos negócios e satisfeitíssimo comsigo mesmo,tem nos lábios um sorriso sceptico, um sorriso de suoenondade, de sufficiencia e de ironia. Não se comprehende

om-) tenham ped;d^ á Aoenci-j Coo k oue os enviasse a

24.° Anno N. 10 Março 1941

um tal ponto da Terra.. Estãos deslocados e com razão.Não comprehendem nada. Não comprehendem nem sequerSua incomprehensão.

Cada vez que o guia indica um monumento, uma cousaou logar históricos, o "touriste", de Arkansas ou de Ohiosorri ou pede provas de sua authenticidade. Não acre-dita na tradição. Não quer que, por seu dinheiro lhedêem legendas,- quer realidades.

Se alguém pudesse lhe demonstrar que o Christianis-

sob a autoridade do legado imperial Publio SulpicíoOuirino, tendo Jesus vinte e seis annos de edade e sen-do já, portanto, bem conheciao em Jerusalém.

A rua de David é uma das príncipaes da cidade. Eestreita em Jerusalém não ha ruas largas e da portade Jaffa, onde começa, desce numa serie de largos degrause logo volta a subir, procurando a Rocha sobre a qual oa-lomão construiu seu templo e onde actualmente se encontraa grande mesquita de Ornar. Está sempre repleta de seres

¦¦rar '¦VSisyVtJ*' ^^^ÍEÍÍPímÍÈbbbbbbtbtbI R^B^PifflH&^fíSBBBBrBB^^^Sw^^í .-''" r" i^* i ffil^TÍTlPrMHI RWFfcrxi*"^' ' *'^$BncF':- '1 "¦ .oSÍ^bbtbibtbBb

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Christo carregando a Cruz De B. Montagna. existente no Museu Civieo de Florença

ho, esse homem efficiente eno é um sonho., um civmo son

pratico deixaria de ser christãoP Perounto ao guia se r.ao havena por ali, ma bo

realidade para o tounste: um autographo ae - ^

— P'- E!U' *enh° to" ned.na3 os perS «lligra-

fosse. "««X^doeiTue consCL pue" aquella lettra

pnOS Urn Cert'rd- proeurado, da Judéa Poncio P^tos,

pitorescos: bedumos do deserto, com suas roupas fhuctuantes-

judeus de longas barbas e longas túnicas, pouco hygiemcose pelludcs; negros da África, Armemos, Gregos, Chnstaoscamelleiros, burros e cabras, que., como se imagina fácil-mente, enchem o ar oe rusdos fantásticos. Sobem, descem,vão e vêm, gritam, gesticulam, commerciam.. E' um espe-ctaculo difficil de olvidar

Inesauecivel, realmente, e acabrunhador, ç>ãrâ aquelle,er a d M C tO

fáSíei^pZdo 24 d Anno N. 10 Março 1941

iiiiwmwiiiiiii'1'ii d"1'"' "' '" '|"'1»|""||,fl1r"nriTTllf"inn"'" '." ' ' ,..,.,, :".-r"".d'-'-- "d-' í

I ii ii UTlllwrffr"—~~***"— ¦ ' i u um ii i ".i»~'<ii'.»iiiMfi.<iiiai»iiiuijLU»ji»jB»»»^l»J»lli«il»H^ ..-.¦¦'¦¦¦¦ —-—~— .-.

A Paixão dc Christo — Quadro d"e Menlic, existente m. Museu dc lurim

y

que vai á Terra Santa com a alma saturada de mysticismo, ocoração angustiado, a consciência atordoada de remorsose os lábios mal contendo gemidos de arrependimento.

Não. Não era aquella a cidade, que o peregrino ima-

ginava encontrar, naquellas ruas íngremes e penhascosasEstão alli os mesmos typos. os mesmos camelleiros, a

turba de mercadores, os vendedores de água, a chusma dcsomnolentos Armênios, repousando á sombra, sentados econtemplativos. Mas o progresso, a variedade menve1 deindumentária, tudo concorre para apagar a impressão dequíetude, de mansidão e de divino mysteno. São ellesmesmos, os filhos de Jerusalém, com sua indifferença,seu ãr

"de casa", irreverente, sem ceremonia, com essa

sem ceremonia çr<zdóà pelo longo tempo de existência en-tre as ruasinhas sagradas, são elles mesmos os que desfa-zem o sonho.. .

Para aquelle que pisa Jerusalém pela primeira vez,contricto e mystico, todos esses habitantes estão deslocados.Não são, não podem ser d'al!i, não descendem daquellesantigos camelleireiros e vendedores de água, que repou-

mo solo rude. Dão a impressão de intrusos, que passam enão vêem os santos loçares, detêm-se e não ouvem o quegritam aquellas pedras, o que revelam aauellas sombras.

Parecem ignorar que estão em Jerusalém.

OS MAIS ARRISCADOS TRABALHOS DAGUERRA

levantaoores decurioso dispositivo

umcaça-mi nas

da guerra actual são pra-minas magnéticas. Usam,

que consta de umacabo submerso e extendido

Os imans provocam uma

savam á sombra das mesmas muradas e fc riam os pes no mes-

Os mais arriscados serviçost içados pelospara isso, umserie de imans, presos aentre dous naviosreacção no campo magnético e as minas explodem fora doraio de acção dos barcos.

As minas ordinárias são levantadas por meio de umcabo em cuja extremidade é preso um fluetuador. A curvanecessária é dada por urna plancha, que serve de leme eque fluetua para! leiam ente ao caça minas. A tensão docabo provoca a ruptura cia amarra, que retém a mina,-

esta sobe á superfície on-de se provoca sua expio-são com tiros de fusil oumetralhadora.

Esse trabalho deve serrealizado unicamente porsimples marinheiros, habi-tuados a sahir indemnesdos riscos dessa pescariade elementos bellicos.

^Vr,^^,V^I»«**W¥tt*'"»'TMif^ i«nmw'TOnwimiuiMi>»n i..r-.-—imni» ——^o, ".¦.—»¦—¦¦ "»""¦¦ i.in» !¦¦!¦—— -¦¦¦—¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦— ¦!¦!¦¦. ¦- -...— n .—.i i.i» ¦ .».¦¦! mi. ¦—i. ,.¦.¦—.¦¦¦..-¦. ¦¦

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J£S~síS^~?r! .— ¦ ¦—»—» .'"¦¦¦ '' > ¦¦ i' ¦¦" ¦ ¦ '" 'i '—ii»i in. ..xmmmmumm

O THESOURO QUASIINACCESSIVEL. .

Am e n o sd o s e

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f)(im cisco \ ista ítití)' '\n histofuji c\ i \m !•-, < < i n i h sua iirtiiusãfi o< <jon>< 1111 t w i r i ¦ f <

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a poucas centenaslometros do Oceanfico. Embora estejatão próxima da caltos picos dosrom uma n)Prji("1 <U'

) ry r

d e k i -o Paci-,, assim,)Sta, osAndes,

- 000

4.° An no N. 10 Mdrço 1941 fu Sa^füJõ

«metros de altura, apresentam formidável barreira para todaforma de transporte, excepção feita do avião. Nessas con-dicções, cada peça do machinisrno necessário ao funccio-namente dos ricos poços do petróleo, que não seja transpor-tavel pelo ar, deve ser levada até o Atlântico e, d'alli, àolonge Amazonas, até suas cabeceiras. Nessa viagem são

100 kiios. Aspira tão somente a metade do arcessita uma pessoa normal para viver.

d e que ne-

-empregados mais de dois mezes, mesmo na* condições matavoraveis.

O QUE OCCORE NOS ASTROS

Durante séculos•procuraram a denormmasse todos os me-taes cm ouro.

Esta idéia utopi-•ca tinha, entretanto,algo ce verdade.

Actualmente, em-bora não se tenhaencontrado a famosapeara, realiza-se noslaboratórios a trans-formação de um me-tal em outro. No em-tanto, o que o ho-mem, até agora, sóconseguiu realizarem reduzida escala,deve ser feito noin'.erior dos astros,em proporções gi-gantescas, sob pres-soes e temperaturaselevadíssimas.

Em accordo coma opinião do Dr.C. F. Von Welzae-cker, da Universi-dade de Berlim, atransformação de ele-mentos constitue, ;,oSol e demais estrel-ias, a fonte da irra-diação de calor e deluz. Por outro lado,ganha cada vez maiscorpo a hypothesede que phenomenosd'essa natureza te-nham produzido deuma só substanciaprovavelmente dohydro gênio todosos elementos conhe-cidos até hoje nouniverso.

Se o Sol, em seuprincipio, apenas es-tivesse constituídode hydrogenio, só acompleta transforma-ção d'esse elementoem hélio teria asse-gurado uma irradia-ção de luz e calorpara mais de trezen-tos mi! milhões deannos.

os alchinada oedra

j i

?nações

n sfor-

O 'DRAGÃO NEGRO'

Os jornaes têm faüado muito, ultimamente, no "Dra-

gão Negro", essa mysteriosa sociedade nippomca, que tempor chefe o temível Mitsuri Toyama.

Esse homem de setenta e cinco annos, consideradocomo o pontífice supremo da idéia pan-asiatica, está cer-cado por terrível celebridade, porque é, ao que dizam, oinstigador de todos os crimes políticos consummados no

CORTIÇA HUMANA

": Kaiy pffiSiW^ ij i li | i im ii ¦ mim ii hji ii in ii »iiiiii m imiii iull. IJ .1'." .iji m jíj l. j.l.ili.j. a u li i

®«SS<V'"v¦¦" "-I -i'TBwR> ¦•mi- ^zWmWtôfr'- ••¦'¦'í-,í;----'^^Wi^'^'Hf^^^^^^^^-pii ¦^v^^^^^^^m^^Êm^S^^-^^^^S&Ê^^ml^^^WÊÊmiJÊ^mwM'^1-'-" ''¦'¦ ' xsiP*- W& & ¦ %'$-<mmm\- ' - '¦^MIÉrnã&y : .x-x'- ''¦¦'¦^WifflmlmmmJS*--^*.'< • . •'. ^Mbu^bHb& ^BBt SS*" % 'i' ¦ '¦¦¦^'> X' "=¦ u ¦¦..¦•¦ v ¦¦¦..¦¦ .-^aç^slpaí^wiWfeW';» .' v^í. .SwShbi'- Oi v *¦"¦'.Ir.--' ¦ -;'¦ «âMm&BÈIb ilP - ^MWSmmmmJmWBÊ *Zà.a '* "' flBg

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TrSWgYaila^j^rffRHRTjRMBB *ig* ^ ¦ íi,'.i i *mlttl9lâ. j3flTRWupifci^5^Xifl5B ' ' i^lííí "•¦,¦*' '^^jBflnlflLvjHJlfift j^R^BBRB'^^BHMlíii^Sl^pP8yj^yji^aM I

Os quatro Evangelistas Quadro de Jordaens

Mr. William Claybrook, de Mmneapohs Estados

Unidos tem a virtude, segundo aífirma uma revista de Nova

York de ser, praticamente, insubmersivel. Conhece essa

extranha propriedade de sua pessoa desde que era menino.

Realmente, emquanto fluetua, sem fazer esforço algum

para se manter na superfície, pode comer, dormir, oarbear-

se e escrever sua correspondência. Ate agora os medie

que o examinaram não conseguiram explicar a causa

tão excepciona! condição.E\ positivamente, um homem cortiça.Mr. Claybrook mede 1 metro e 80 e pesa cerca

de

de

Japão, no correr d'este meio secuio, desde a bomba, queferiu as pernas do ministro dos Negócios Estrangeiros,marquez Okuma, em 1891, até a

"execução" do primeiro

ministro Inukai, em 1931.Mitsuri Toyama tinha apenas 17 annos, quando par-

ticipou de seu primeiro complot. No momento de escreverseu nome na lista dos conjurados, como alguns presentesnão parecessem satisfeitos com o indecifrável rabisco, quetraçara, sem dizer uma palavra, Mitsuri Toyama retirou dacintura um pequenino punhal, cortou inteiramente um dedoe, depois, empunhando a phalange decepada e sangrenta,

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&Se/^/<Ãze 24.° Anno N. 10 — Março 1941

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_, . . i i ii i-im i i miri — '»• —-¦ ¦¦ ¦" '*" ^

16

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Os pontos v'itaes do MediterrâneoValeta, na ilha de Malta, posição ;n^

da Sicilia, vem sendo a

Uma vista de Kingsway, principal rua cie Laleza do Mediterrâneo, que, por sua proximidadevo ele constantes bombardeios aéreos.

|sjjfl|9|,. {N «ífllfplí

calcou-a sobre o pape1,, como se fosse o smete, valonsandosua assignatura.

Isto é bastante para os senhores''1 perguntoucom calma.

Antesferocidade,

dos trinta annos, por seu zelo fanático eassumia a chefia óò temive! sociedade.

O Deshra^ador Bronze eqüestre repre-sentando o antigo presidente dos restadosUnidos, Iheodore Roosevelt e da autoria doesiulptor I nines Kafle Fraser, presenteada,u!o listado de Nova York á cidade dosarranba-cées e existente no Museu America-

n i > de Historia Na t ura! .sua

Quinze milhões de libras, que ninguém reclama— Nada parece tão absurdo como a idéia de que alguém

possa esquecer que possue dinheiro. Porem é o caso queoceorre na Inglaterra, onde, em differentes bancos se en-contram depositados 15 milhões de libras esterlinas,, quenunca foram reclamados. Todos os esforços effectuadospelo governo, para encontrar seus verdadeiros donos, fra-cassaram aré hoje. No momento, como é natura!, suggere-sea conveniência de gastar esse dinheiro na defeza do paiz.

Fm 1920 uma commissão, constituída com o fim deinvestigar os depósitos não reclamados, estabeleceu quefiguravam nos bancos 2.220 depósitos, 926 libras esterlinasem contas corren-tes e 14.787.659em depôs itos aprazo. Em accordocom a lei bntan-nica, chamada deLimitações, umbanco não é cbri-gado a entregar odinheiro deposita-do, depois de seisannos de interrup-ção de todo equalquer transito,nem mesmo ao le-gitimo dono, po-rem na pratica odinheiro é semprerestituido.

Muitas causaspodem explicar oabandono de di-nheiro, nos ban-cos. Certas mulhe-res excêntricasabrem quatro oucinco conta-cor-rentes em differen-tes estabelecimen-tos. Quando mu-dam de casa, es-quecem no mínimouma d'essas con-tas. Se um homemé assassinado e

nao se encon-tra seu cadáver,não podem re-gistrar sua mor-te, de modoque suas economias ficam no banco.

Durante a Grande Guerra de 1914 a 1918, muitossoldados, de passagem pela Inglaterra, abriram centenas decontas, nos bancos. Depois sahiram do paiz e jamais vol-taram para reclamar seu dinheiro.

MfBMIfSgMBSaBMgtBJMHiBMM

Plena Velocidade Foi esse o titulo dl.au.eixe Kronquist, oifioal aviador naval

ria recente e.xhibicão photographica organizada pelaRn' keieller C enter, No\a York

Pequenas vlcíimas da guerra — Como conseqüênciadc conflicto europeu, os monjes do convento de S. Ber-nardo, em Leicester, Grã-Bretanha, se viram obrigados acortar as longas e veneraveis barbas, para poder fazeruso conveniente das mascaras contra os gazes.

Também soffreram, com a guerra, os homens a!tos daAllemanha, porquanto o governo dispoz que fossem redu-zidas de dez centímetros, por força de economia de teci-

dos, as fraldas dascamisas.

Outras peque-nas victimas daguerra foram osgourmets de Hei-singfords, porqueem suas mesas]derestaurant não ap-parecem mais osappetitosos smors-gasbord. Comoconseqüência daguerra e da lutacontra a espiona-gem, também sof-freram os amantesdas

"palavras cru-

zadas" de Toron-to, no Canadá,porque o ministroda Guerra britan-nico prohibiu suapublicação.

Não menos con-trariados se viramos officiaes doExercito e da Ma-rinha dos E. Unidos, porque aug-mentou, em conse-quencia da guerra,o preço dos galõesde ouro em 331,2por cento.

essa esplendida photographia, <>anorte-americano e que obteve <

Assi >. iate»l 1 ress.

autoria de(>.'' premiu

em

24.° Anno - N. 10 Março 1941 j&J2^23b

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"lim Santo Dominifo de Ia CalzadaCanto (a gallina dcspacs dc asada.

Assim repete o povo, em recorda-ção de um dos mais espantosos pro-digios, atíribuidos ao santo iundadorda" pittoresca cidade.

Não nos permitíamos a liberdadede duvidar tio milagre. Acedíamos ascousas taes e como as encontramos.Nosso trabalho será o de dar a conhe-cer os curiosos pormenores, que acom-panham o ta-cio, por queentre outrosprot a gonistasintervém umairmã es pi ri -tual da extra-nha e ardoro-sa princeza deJerusalém, av a m pira decabellos a/.ues,a inimitávelexecutora dasagrada dansados sete véos,a louca ena-morada docasto precur-sor do suaveM e s s i a s , opropheta lio-kenaan, ado-rado nos alta-res com o no-me de S. JoãoRaptista.

A LEGENDADOURADA

Uma Salamehespanhola

nha presença do jovem peregrino e,ouvindo unicamente a voz ardenteda Natureza, não escondeu o gran-de amor, que invadira seu cora-cao. Porem o peregrino francez, qual

desprezou a tenta-outro casto José,dora occasiao.

Vendo a seduetora frustrados seusintentos, trocou o amor pelo ódio, sen-timentos quasi irmãos e determinoutirar vingança do desprezo. Para levara cabo sua desforra, imaginou occultar

entre os ha-veres do inno-cente, a taçade prata emque era servi-do o v i n hoaos hospedesd e considera-ção.

Assim o fez.irada e, no diaseguinte, mo-mento depoisda partida dosperegrinos, co-meçou a gri-tar, annun-ciando quetinham rouba-

a taça de

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dorata e que o

adrao não po-

o

O facto oc-correu em se-eu los distan-tes de nos,quando os mi-lagres e r a mfre(]U entes.

A' cidade deS. D o m ingochegou um ca-sal de peregn-nos trancezes,acom panhadopor sen t illiou n í c o . umsvmpa tlncov a r a o cujaedade oscilavaentre 16 e 18a n nos. Lrapuro de corpoe de alma, co-mo os mvsti-cos ao modode S. L u í zGonzaga, S.Estamslau deKostka e S.João Berch-maus, os trezsa n t os ma ísmoços. . .

Inm e -i peregrinação visitartolo S Thiàgô. I-'"" '— '-rK'nliul° '¦"'' 'd"--0":-de todo o oceidente catholico, durante

n^fivoram-se, uns dias, em,!.„« IX seu scpulchro o,,„ulo lervorosnmente

Durante sua estadia na cidadeem uma cs, modesta, cujos donosmais formosa d<> que recatada. Lia a

que chegara ao pleno apogeu de sua

va com o amor

O scpulchro de S. Domingo

ilíura do após-

de La Calzada, na Cathedral.

Edia ser outrosenão o jovemperegrino.

Correramseus pais, semperda de tem-po, em de-manda da jus-tiça, perante ocorregedor dalocalidade, quedispoz imme-diatamen tesahissem seisguardas no en-calço do sup-posto ladrão,ignorante deter roubado ataça e muitomais de leval-asobre seu pro-prio corpo.

V o 1 t a r a mtodos a cida-de, levandopreso o des-venturado pe-regnno, e sen-do, i n f eli z-mente, a pro-va concluden-te, foi co n -demnado, nãocomo o castoJosé a cárceresuave, mas apena capital,

sepu me ás expeclitivasr

comotor e

epocha.

malfei-con for-

Edade Mediaonde viDomingo,

oram se hospedartinham uma iilha

a da,ma dureza e sonha-

A centil cre.itn.anha se deixou prender p( •Ia extra

leis daquella\ sentença íoi executada sem mais d ilação, não

logrando salval-o da justiça as lagrymas e supphcas

de seus attribulados pais, que continuaram sua pere-errinação a S. Thiago. deixando pendente da forca

aquelle pedaço de suas próprias entranhas; pois era

costume d'aquelles tempos que os mstiçados na torça

fossem devorados pelos corvos e demais aves sims-

trílS Fm meio de tantas attribulações e amarguras,

chegaram a S Thiago de Compostella, visitaram o

17

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fu SdcpZic 24.tí Anno N. 10 Março 1941

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Gallinheiro da Cathedral de S. Domingo de Ia Calzada, situadoem frente tio sepulchro do Santo.

sepulchro do santo apóstolo e tornaram a sua pa-tria, pelo mesmo caminho, passando, nessas condi-ções. por S. Domingo.

A infortunada mài. fazendo um esforço, foi visi-tar seu filho enforcado, pendente ainda do suppli-cio, para o ultimo adeus, antes de emprehencler oregresso.

Porem, qual nao seria seuassombro ao ouvir, quando cho-rava desconsoladamente, a voz dofilho, que lhe disse o que fiel-cr. ente t ra n s c r e v e m q uan t o s c h ro -mstas trataram, do caso:

— "Minha mãi; por que mecho ra s mo r to. se di toso vi vo ? ( )bemaventurado S. Domingo daCalzada me conservou a vida con-tra o rigoroso cordel e a poderosafome de tantos dias sem alimento.Elle me sustentou c conservoucomo ainda me ves. Ide á jus-hça, dai conta d'este prodígio erogai que me desçam d'esta forca,pois minha innoeencia não mere-ceu este castigo."

Correndo foi a mãi dar a vi-so a seu esposo, que, menos ani-moso, nao quizera seguil-a nacruel visita e juntos foram á casado corregedor, que vivia não mui-to longe, onde relataram o sur-prehendente íaeto.

Estava o corregedor á mesa,com sua família, disposto a trm-char um gallo e urna gallmha, as-sados, quando se apresentaram ospais do justiçado. Ouviu o que

w/^m^^Sim^SSm^vmrmwm. *»Sí^^ UBBu&KalBRVS^Bí^nB^^^BTJBiBa¦ mbv^B '^-^ft ?« ¦"e* '"**^ *#* 3£> */~?*^i ^'^...jí' ¦ ,.

1 ' ' ,: '¦ —— ¦ i

Festa annual do "Milagre do gallo e da gallinha", em S. Domin-go de Ia Calzada A procissão, entrando na Cathedral.

lhe diziam, com a natural incredulidade e dirigindo-se a sobresaltada mãi, lhe disse:"Assim vive teu filho, a quem mandei enfor-car, como vivem este gallo e esta gallinha, que estãopara Ser sepultados em nossos estornados."

1 orem, quando se preparava para cravar a facaI1a vianda, resuscitaram ao mesmo tempo as duas

aves, vestiram se milagrosamentede plumagem branca e, de pé,sobre o travessão, o gallo cantoucom todas as forras, um stentoreoco-co-n >-co . . .

Admirados, todos os presentessaturam, atarantados, para o logardo suppiuio e encontraram o jo-vem peregrino milagrosamente vi-vo. Desceram o mteliz da forcae, espalhada a noticia, chegaramos visinhos, que, em solenne t ri-umpho, o levaram ao sepulchrodo santo, entre clamorosas ova-ções.

Naquelles dias a cidade de S.Domingo foi theatro de memora-veis festejos religiosos, dos quaesparticipou o principal persona-gem, o peregrino Hiigonel, (jueassim se rnaniava o novo José,ate que seus pais decidiram re-acessar a San tes, de onde eram

< irigina rios.Depois de muitos annos o pe-

regrmo íalleceu e em seu sepulchro, segundo nos conta Frec |i-menez, ha um epitaphio em quese relata todo o íacto.

Imagem de S. Domingo de Ia Calzada, cum ogallo r a gallinha da legenda. (Continua na f>ao. 100)

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Rythmo Moderno — Composição de um bailado norte-americano.

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A Sra. pode usar a "maquillage" para dar mais

realce á belleza de seu rosto. Não peça, porem,o impossível. A 'maquillage" apenas disfarça;não remove e nem corrige os defeitos da pelle.Si a Sra. quer evitar sardas, manchas e borbulhasuse Leite de Colônia. Seu rosto se conservarásempre moço e avelludado. Leite de Colônia limpa,alveja e amacia a pelle.

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STAFIX é indispensável para conservar o penteado das Senhoras e Cavalheiros!#1

24.° Anno --£N. 10 — Março 1941

A outra entrada dos Allemães em Paris (1871}

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O cerco de Paris —- Protegidas pór saccos e cestos cheios de terra, surgem duas grandes peças de artilharia de sitio; eihpregadas pelosAllemães, q.ue, das alturas de Chaville, bombardearam Paris, que decidira resistir. Desde 13 de Setembro de 1870*. o <primeiro e o terceiroexércitos prussianos se achavam diante de Paris, defendida pelo 13.° corpo do Exercito. (general Vinoy), pelos marinheiros,. os "GuardasVolantes" e os 270 batalhões da Guarda Nacional. O general Trochu, fraco e indeciso^ commandava a defeza. 'Os,

principaes combatesforam : Châtillon (19 de Setembro); Villejuif (23 de Setembro); • Chevilly e Thiaia (30 de Setembro); Bagneux (13 de Outubro); Malmai-son (21 de Outubro); Le Bourget (28 a 30 de Outubro); Champigny (30 de Novembro a 2 de Dezembro) evt Buzenval (19 de Janeiro),,onde um ultimo e desesperado esforço se tornava perdido por falta de , artilharia. Desde 5 de Janeiro, Paris, que . ;4 soffria fome, era.

vigorosamente bombardeada. A 29 capitulava. "X '-x vi

No numero deEU SEI TUDO, cor-respondente a Ja-neiro ultimo, publi-camos curiosa cor-respondencia illus-trada sobre a oc-cupaçao actual deParis, pelas forçasallemãs victoriosas.

Vamos, hoje, com-pletando essa repor-tagem, para um im-pressionador con-traste, relatar o quefoi a anterior oc-cupaçao da capitalfranceza pelo éter-no adversário vindodo outro lado doRheno.

Estávamos 'em

1870. O príncipeLeopoldo de Ho-henzollerjn Sigma-ringen era candidatoao throno da Hes-panha, vago pelaabdicação da rainhaIzabel. Apezar dosprctestos da França,o. rei da Prússia,Guilherme I, man-dou que fosse reti-rada essa candidatu-

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Cerca de 50.000 pessoas fpram presas, em conseqüência da guerra civil. 23.727 foramlibertadas no correr do julgamento. Houve 10.137 condemnações, sendo a maiorparte deportada para a Nova Caledonia. A photographiâ mostra o processo dos 17principaes accusados, em Versailles. Dous d'elles, Ferrer e Luller> foram condemnados

á morte. Somente Descamps e Ulysse Parent foram absolvidos'.

rray em geral mal vis-ta tanríbem pelo po-vo^ltespanbol. •

o>"' estar ia sa-ò, sem O espirito

de," intriga de Bis-ma r k.! A noticia pu-bl içada • na imprensaerque, deEmS/ noH esse - N a s s aju, a n-nunciava essa re-nuncia, foi truncadapeloxxpháríceljer deferro, de' modo aparecer insultuosapara a, França.;

No ^|^Í|€Julho, o governode Napoleão"! llldeclarava ferrar á;Çon f ed e ração :.::^'^r-manica, compi^sitapela Prússia e xpfEstados aa AMeíria^nha do Norte,: âo$quaes logoÉlWilfctaram ós Estados^daAllemanha ,;;cjo,:íSjjI(B a vi era, Wunfeem-berg> Bad e ^fejquetinham* com bebido .mPrússia quatro an-nos antes, zm1866.

O exercito alie-

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mão contava 390mil homens, em-quanto o francezapenas ¦',.£60.000.

— estamos pre-,parados. Não faltasequer um .botãonuma p eme ira—dissera o marechalLeboeuf, ministroda guerra.

Na verdade,porem, os arsenaesestavam vasios, oexercito mal orga-nisado, mal com-mandado.. . Foibatido emWissem-burg, em.Rroesch-willer, onde oc-correu a Famosa eruidosa carga doscouraceiros, emReichstoffen, emFórbach, em Spic-keren, Gravelotte,Rézonville, Saint-Privat... O exer-cito do marechalBãzaine se fecha-va em Metz. Odó general MacMahon batia emretirada para Cha-loris, tentando co-brir Paris. Repen-tinamente, recebeordem para. tentarse unir ás forças de Bazaine. Já estava, porem, cercadoe foi esmagado pelos Allemães, em Sedan, onde o impe-rador, á frente da tropa, teve que capitular.

Eis a guerra de 1870, num resumo tão rápido comoaccelerada, fulminante foi a sua marcha.

A noticia, do desastre chega a Paris em 4 de Setembro.Immediatamente é proclamada a Republica. Um governo

de Defeza Nacional, cujo animador era Gambetta, impro-visava.^va rios exércitos, para tentar salvar o paiz. Porem osAllemães já investiam a capital, rechassavam as sortidas daguarnição, nas batalhas de Bourget, de Buzenval, de Cham-pigny e outras. Bazaine, pouco depois, em 17 de Outubro,•capitulava em Metz. O exercito do Loire, commandado porChanzy, apoz ligeira vantagem em Coulmiers, era com-pletamènte batido, em Beaume-la-Rolande, em Loigny.O exercito de Faidherbe, no Norte, atacava teimosamenteo inimigo em Pont-Noyeiles e em Bapaume mas, finalmente,era também vencido em St. Quentin.

O exercito do Leste, sob o commando dé Bourbaki,apoz brilhante victoria; em Viller-Sexel, fracassava diantede Héricourt e, esquecido nas conversações do armisti-

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24.° Anno —- N. 10 - Março 1941

cio (pois a capitalda França já haviacapitulado em 28de Janeiro) atra-vessava a Suissa,onde era desarma-do, no dia 1 deFevereiro.

As preliminaresda paz foram as-signadas em Ver-sailles, no dia 26de Fevereiro; otratado, em Franck-fort, em 10 deMaio. Por essetratado, a Françaperdia a Alsacia,parte da Lorena epagava 5 billiões-

in-de

ouro, como

Se a sorte das armas mais uma vez não foi favorável aos Francezes, no correr da guerradesastrada, as provas de heroísmo de seus soldados foram numerosas, como, por exemplo,a resistência de Belfort ou a de Bitche, cujos defensores, reproduzidos no clichê, resistirama todos os assaltos e só se renderam por ordem do governo, que quiz impedir um sacrifi-

cio inútil, em 24 de Março de 1871.

demnisaçaoguerra.

Entretanto aFrança não termi-nara de soffrer.

Paris, como dis-semos, capitularaem 29 de Janeirode 1871.

No dia 18 deMarço, explodiaa guerra civil j

O governo re-guiar, sob a dire-cção de Thiers,tendo evacuadoParis, transporta-

ra-se para Versailles, onde logo constituirá um exercitode cem mil homens, sob o commando de Mac-Mahon.

Em Paris, o poder ficara com um Comité-Central, instai-lado no Hotel de Ville e cujos principaes membros foramCamélinat (morto recentemente, apoz ter sido o candidatosymbolico dos socialistas, em varias eleições presidenciaes);J. B. Clément, o pintor Courbet, Delescluze, th. Feere,Gustave Flourens, Paschal Grousset, Joúrde, Ch. Longuet(genro de Karl Max), J. Méline (que seria, trinta annosdepois, um dos chefes do partido mocerado), Protot, FelixPyat, Ranc, Raoul Rigault, Edouard Vaillant (que seria minis-tro durante a guerra de 1914-18), o grande escriptor JulesVallés, Varlin, etc. .

Os principaes actos da Communa foram. a aboliçãodo sorteio militar,- a suppressão do orçamento dos cultos,-o alistamento forçado de todos os cidadãos entre 19 e40 annos,- a demolição dd columna Vendôme (que symbo-lisava a gloria militar) assim como da residência de Thiers.

O exercito dos Federados "tentou innumeras sortidas,que foram rechassadas pelos de Versailles.

Estes, finalmente, puderam se apoderar de Paris, en-

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Pel« completa derrota de Napoleão III, em 1871. ta^«^fWw, sido" Cour^e^con^emnat ^arfXta

24.° Anno — N. 10 — Março 1941 fyó^táudo

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Os Prussianos evacuaram o território, em accordo com a paz assignada, á proporção em que a Franca effectu*™ « ™„»m^f„ A» ; A -çao de guerra. O el.ché acma representa o momento em que se retiraram de ^L^.SSb^SSTdSãJIS^A^T^'

tre 21 e 28 de Maio. Porem os Federados incendiaram amaior parte dos edifícios públicos, a proporção que se re-tiravam para as elevações do Pére-Lachaise, onde seusúltimos sobreviventes foram exterminados.

A repressão foi violenta, terrível. Cerca de vinte ecinco mil Parisienses foram mortos nas barricadas ou pas-sados pelas armas, sem julgamento.

Essa insurreição, que f2z correr tanto sangue, teve comocausa os soffrimentos supportados durante o assedio da cida-de, pelos Allemães.

Foi o ultimo sobresalto patriótico dd população, re-voltada pela mediocrida-de dos dirigentes e alar-mada pelo temor de umarestauração realista, pelaAssembléa de Bordeaux.

Foi esse o trágicoresultado da guerra desas-trada e dâ occupação deParis pelas tropas, allemãs,victoriosas em rápida cam-panha.

Agora, o mundo as-siste, mais uma vez, á oc-cupaçao de Paris, peloexercito allemão victo-rioso.

A campanha foi egual-mente rápida, surprehen-dente pela superioridadede material e de comman-'do, provada pelos inva-sores.

Vemos ainda o go-verno dâ França installadofora de sua maravilhosa ca-pitai. A França esta divi-dida em Zona Occupada,sob o controle de umKommandantur e Zona

.##$1Não Occupada, sob o controle do governo installadoem Vichy.

j -i^izí!nte cessâ âhi a similhança coirr a campanhade 1870-71.

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Outra barricada, construída# na rua Rivoli e tomada pelas tropas deVersailles em 23 de Maio. •

OS PLANOS MARAVILHOSOS PARA VIVERMUITOS ANNOS

Nota-se, no mundo, uma tendência crescente paraouvir com agrado tudo quanto possa ser considerado novi-dade surprehendente, particularmente se o, assumpto seacha, de algum modo, re-lacionado com a saúde eo^ comprimento da vida.E',_ justamente, por essarazão, que qualquer* novoplano para conservação dasaúde encontra immeaiata-mente ouvidos attentos émultidão de partidários.

A ultima idéia a esserespeito é que devemosusar menos roupa I Quan-do as mulheres começarama se aventurar pelas ruascom ^ um discreto decoteem "V",

logo os médicosse insurgiram, affirmandoque iam, com isso, apa-nhar pneumonias.

Hoje, entretanto, nãofaltam Galenos que acon-selhem os homens a seguiro exemplo das mulheres e,mesmo, acaba de se fun-dar na Inglaterra uma Ligapara a Reforma da Indu-men taria.

Porem, alguns cnthusias-tas querem realizar algo

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Os Federados tiveram innumeras muiheres,servindo em seus batalhões, como a, "canno-nière Christine d'Argent, que tomou parte na

defeza da barricada Maillot.

nhecido e as pessoas que o prati-cam se intitulam

"gymnosophistas",

o que, traduzido em linguagem sim-pies. significa que

"as pessoas in-

telligentes devem viver nuas".Em alguns pontos da Europa isso

chegou a ser religião. Existem so-ciedaaes

"gymncsophistas", jquc se

asseguraram grandes extensões deterra para seu uso exclusivo

Porem, embora essa theoria te-nha obtido algum êxito, é difficilque contenha os - elementos deattracção necessários para se tornarum grande culto popular. E os lei-tores, que, desde já, se sintam in-capazes de seguir essa ultima idéiapara a manutenção da* saúde, po-oerao se consolar reílectindo sobreoutras idéias tão revolucionárias co-mo a que nos occupa... emboraestivesse em moda ha muitos se-culos.

Os alimentos, por exemplo. Eisum thema favorito dos que se pre-occupam com a saúde. Ha poucosannos publicou-se um livro notável,provando terminantemente que quasi

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bbbbbbbbbbbbbbbbbbb^bbbbbbbbbbbbbbbF;Inflammada pela eloqüência da perigosa agi-tadora Louise Michel, Anne Rotchild, que oclichê apresenta, foi cantineira de um bata-lhão de Federados, o que lhe valeu ser depor-

tada por vários annos.d V;,

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O palácio das Tulherias —¦ Os rebeldes, que se assenhorearam de Paris, incendiaram, alem das Tulherias, o palácio das Finanças, oConselho do Estado, o palácio da J ustica e o da Municipalidade ( Hotel de Ville).

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mais do que reformar nossa roupa:querem abolil-a completamente, poissustentam que a nudez total é o maisaconselhável em aualquer momento, sal-vo quando se tem que ir á rua, nosdias de frio intenso. Mesmo as roupasinteriores devem ser atiradas na cestade cousas imprestáveis, quando brilhao soP...

Esta — acreditem ou não — não é aidéia de um maníaco solitário. Ao con-trario, já se converteu num culto reco-

todas as enfermidades, creadas navida civilizada eram devidas, quasipor completo, ao facto oe nossaalimentação ser cada vez mais arti-ficial. Devíamos, ao contrario, comeros alimentos taes como nos eramofferecios pela Natureza. Me!, fru-ctas, ovos, vegetaes, etc, tudo semcozinhar. Não era aconselhável pro-curar melhorar com temperos o sa-bcr de taes aumentos. Nessas con-dicções, segundo affirmam, as en-

fermidades se converteriam em cousasolvidadas.

Convenhamos que isso pode parecerconvincente, porem nao é seductor.

E o mais curioso é que seu au-tor advogava em favor do pão-pre-to, esquecendo —apparentemente —que o fazer pão, fosse lá ae que es-pecie, era tratar de superar a natu-reza.

Logicamente, para seguir suas pro-

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Os Prussianos acampados na Praça da Concórdia — As cláusulas do armistício franco-prussiano autorizaram 30.000 Prussianos adous dias entre a porta Maillot e as Tulherias. O clichê mostra os contingentes invasores enquadrados por carretas militares, sobaca pa a vigilância de guardas nacionaes francezes e policiaes parisienses.

. .v-44

""'" 24.° Anno — N. 10 — Março 1941 &jggk

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A famosa barricada da Chaussée Menilmontant. Em 19 de Março de 1871, revoltados com o desastrosos portas de Paris, os Federados se entrincheiraram na capital para enfrentar o governo

iphar ttographia serviria para

Uma photographia trágica - *» lauiuoofinal da guerra contra a Prússia, com os Allemães ás portas de Paris, os kedlegal de Versailles. Muitos se fizeram photographar em attitude 'marcial. Não su^ciut.vwiii wiio^ 4^, aciumioa «j

tographia serviria para identifical-os perante o tribunal, que puniria seus principaes elementos

u.».....<-»ijl« ^« w»,»««oww .^.,..1.,v>nrant. J^m iy de março ae 10/1, revoltadosAllemães ás portas de Paris, os Federados se entrincheiraram na capital para enirencar o go"1. Não suspeitavam, então, que, semanas depois, essa mesma pho-

ihunal. aue miniri» seus r>rincit>&es elementos.

o trigo, cru, como ali-prias idéias, devia aconselharmento.. .

Outra idéia ia multo mais longe. Consistia em que ocorpo de um anima! não é egual ao de outro. A "chimica"

mysteriosa de um variava, comparada com a do outro e, afim de obter os melhores resultados com os alimentos, eranecessário procurar as affinidades.

Foram feitas experiências e os cães.,com carne de cão. Porem a conclusãochegaria, por :iniha te systema, sóhumanos: o canibalismo!

. Acham que isto soa como o produeto de umaginação Desequilibrada?

Pois seu autor, mostrando espanto por nosso horror,nos perguntou:— Para que tens as mãos?

Qualquer homem de sciencia nos dirá — nos dizem —

que, na verdade, somos quadrúpedes... animaes de quatropatas e, quando permanecemos parades, estamos desfazendo"os trabalhos" de nosso organismo.

Consequentemente — cccrescentam — a verdadeira po-

. foram alimentadosa que fatalmente sepoclia horrorisar os

ima-

sição do corpo, para lograr a saúde perfeita é caminharsobre as quatro extremidades, como os macacos, os cães,os cavallos, etc. E que, se não fazemos assim, isso é devidounicamente a nosso orgulho, porque estamos irremedia-velmente presos a preconceitos,

"essas misérias da civili-zação", como o pagamento das contas, a obrigação do col-larinho ou as explorações polares.

Varias vezes nos aconselharam que é summamenteconveniente dormir sobre taboas duras, devido a que osleitos suaves não são naturaes e, ainda — o mais interes-sante de todes e particularmente horrível para o Carioca,que tanto soffre com o calor — que não devemosfjámais,tomar banho!

— Não tomar banho? Por que?Porque "o natural" é transpirar pelos poros e, ensa-

boando a pelle, reduzimos a efficiencia dos mesmos...E embora ainda não tenhamos adoptado nenhum d'esses

planos maravilhosos, que, de tempo em tempo, nos são pro-postos como a quinta essência da sabedoria para se alcançarlonga viaa, podemos ao menos nos alegrar por nos encon-trar ainda vivos. E, o que é ainda mais 'surprehendente:

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O quarteirão Concordie-Madeleine-Vendôme, transformado pelos Federados em cidadella. Em 21 de Maio as tropas do governo legal deVersailles er.traram em Paris, pelo bastião Du Point-Du-Jour. Começou, então, a chamada guerra de rua, que se prolongou até 28, mer-

guinando a cidade em indescriptivel drama, muito maior do que o representado pela entrada dos Allemães em Paris.

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nota-se um for-tal ec im en to dasaúde geral, em-bora, em sua• grande maioria,os seres humanosnão sigam nen-hum desses con-selhos.

Eis porque nãodeve inquietartanto essa nossadesattenção paraas novas formu-Ias, que, quasi'. diariamente, nosofferecem paraviver muitos an-nos. E' sabidoque os Conselhosquasi nunca seseguem nem agra-decem.

Mas quem ne-&ará que são be-neficiosos em ai-to grau?

A vida é ago-ra melhor, graças'a elles.

A FOME E OSOMNO

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26

Não pretende-mos estudar, aqui, a razão de ser dafome nem abordar o problema, tantasvezes commentado e ainda sem solu-ção das causas do somno.

Desejamos, primeiro, demonstrar queo adulto e a creança normaes devemcomer, com bom appetite, em horasregulares, sem ter, antes, sentido fomee, principalmente, sem ter soffrido es->a fome violenta, dolorosa por vezes,que, se não é logo satisfeita, determi-na vagas perturbações, mal estar, esta-dos vertiginosos, caimbras dolorosas e,mais raramente embora, syncopes*

Não pretendemos, naturalmente, affir-mar que, se as horas das refeições fo-rem accidentalmente espaçadas, o ho-mem normal não possa sentir fome,-mas essa fome não deverá ser ago-niante, violenta, irresistível... Se assim

Execução do general Clement-Thomas, em 18 de Março de 1871 eminutos a do general Lecomte.

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Hortensia David foi artilheira dos Federados,a bordo de uma das barcaças utilizadas com

êxito contra os "Versailhezes" entreCherenton e Auteuil.

tal fome é pathologica,- denons-tra, apenas, a irritabilidade anormaldos centros nervosos digestivos.

O leitor talvez se recorde aindade outro artigo nosso sobre o regi-mem das bebidas, sobre a sede ouuma chronica em que começávamosassirTK "O

homem normal não sentesede".

Hoje poderíamos escrever: "Ohomem normal não tem fome",- en-tretanto, sentado diante da mesa,deve comer com bom appetite, comprazer, com a satisfacção do deverrealizado. Alimentar-se com pratossadios, sem excesso, que não sejamcousas indigestas. Esse alimento deveráser tomado em horas regulares, ab-sorvido com a natural lentidão, como esquecimento relativo das preoc-cupações da existência. Este é, r?al-mente, um dever conforme ás neces-sidades da vida que se oeseja con-servar sadia e que se deseja pro-Icngar.

Escrevendo estascom piedade nosque telephonam durante a refeição,'que têm, sentados diante oa mesa,uma ^discussão penosa; pensamos nospatrões ou nos empregados que selevantam dâ mesa para attender ai-gum cliente, etc.

Cremos, portanto, que a fome nãomotivada numa vida normal, em queos esforços physicos, o repouso e aalimentação^ sejam apropriados aoindivíduo, é anormal posto que nãose justifica e apenas testemunha umestado mórbido, que deve serlevado em consideração pelo medi-co cauteloso de prevenir o mal eatacal-o em seu germem.

Essa noções não são de ordemtheorica. A observação do homemsão e do homem enfermo, assim co-mo longas pesquisas radioscopicas,realizadas em collaboração com oDr. G. Barret, provam o valor in-

24.° Anno — N. 10 — Março 1941

discu tive I dasmesmas.

Realmente, ohomem, que inge-re, em sua pri-meira refeição,ás 8 da manha,300 grammas decafé com leite e60 ou 80 depão não podeter digerido essarefeição, apoztrez ou trez horase meia, conformeo demonstra, comcerteza indiscuti-vel, a radiosco-pia gástrica.

Deduz-sé detudo isso que,todo indivíduoque, duas horasou duas horas e"meia apoz tal re-feição, sinta fo-me. e>ta não én >rmal. Sua fomee unr.a fcme pa-hologica e umcuidadoso inque-rito sobre o es-taco d i ízx tu-bo digestivo con-firma sempre essa

asserção. A dysp^osia, embora discretaem suas manifestações e tendo a fomecomo o único symptDma mórbido, não1deixa de existir.

As informações- Lr tecidas pelo raioX, citadas mais acima, põem em evi-dencia duas verdades: 1 ) — A fomenão significa vacuidade gástrica/ 2) —Nossas sensações são enganadoras e,principalmente, as sensações gástricas.E' freqüente, em facto, verificar a p!e-nitude de um estômago, que o enfermosente vasio e notar a vacuidade das vis-ceras, que o enfermo sente cheias.

Os commentarios feitos sobre a re-feição de 8 horas, são applicaveis ásrefeições seguinte; e a fome, cerca de2, 3 ou 4 horas, num indivíduo quealmoçou ao meio dia, é também uma

que precedeu de poucos

nhas, pensamo!que trabalham,

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Clara Fournier, perigosa agitadora, foi tam-bem artilheira dos Federados, tendo se dei-xado aprisionar, logo.no inicio d*guerra ei vil.

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Paul Joseph Poensin, hoje com 87 annos e um dosraros sobreviventes d'esse período lamentável. Em18^ de Fevereiro de 1871, engajou-se no 149.o bata-lhao de Federados, sendo aprisionado pouco depois

e posto em liberdade apoz um mez de prisão.

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O rei Guilherme I, em Versailles, em sua sala de tra-balho, ornada com duas bandeiras tomadas aos

Francezes.

das, a ausência de sur-menage physica na cre-anca, o repouso duranteo dia, fizeram desappa-recer essa necessidadeimperiosa de som no,que siderava, outróra, acreança, durante as re-feições, absorvidas áspressas por esse motivoe, consequentemente,indigestas.

Uma creança, bem es-perta, alegre e dispostapara a refeição da noi-te como para a refei-ção matinal, dormiráiogo que esteja deita-dà, sem ter, antes, sen-tido somno.

O mesmo succederácom o adulto e com oedoso, mau grado to-dos os preconceitos re-lativos ás i n s o m n i a spseudo-physiologicas einevitáveis no indivíduode edade avançada'

desde que uns e ostros vi-vam sem preoccupaçõesexaggeradas, como a crean-ça e tenham uma hygienephysica e alimentar perfeitacomo a das creanças.

Devemos concluir, peloque precede, que, deitarapressado pelo somno ouadormecer apoz uma refei-ção demonstra um excesso

. de fadiga physica eu umasobrecarga gástrica ou, ain-da, uma irritabilidade gas-trica mórbida, devida a umaalimentação mal comprehen-dida, mal mastigada ou ra-pidamente absorvida.

O homem edoso norma!não dorme apoz a refeição,da mesma forma como não

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.'¦ -'."'¦ :,d*-;-.ít^f.

O commandante Gabriel-Marie Bernard, hoje com93 annos e único sobrevivente dos combatentes- de1870. Foi ferido em Sarrebrucken, tendo entrado

em Paris com os de VeríaUes.

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27

O general Chanzy (no centro) chefe do exer-,cito do Leste. No centro, no segundo plano,

o futuro general De Boisdefre.

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fome doentia, posto que seuestômago só estará vasio ás5 horas ou mais tarde ainda,nas condições, habituaes.

Se approximamos, no titulod*'esta chronica a fome e o som-no, foi porque um mesmo argu-mento pode valer para as duasnecessidades, embora pareçamtão differentes e cuja satisfac-ção enche uma boa parte daexistência humana. Á analysed'essas duas í sensações, escla-recida pela observação do ho-mem normal e "do homem en-fermo, conduz a conclusões óâmesma ordem.

O homem normal não tzmsomno:—Se, apoz um traba-lho excessivo, penoso, fora donorma!, o homem suecumbe a,um somno imperioso, não " émenos verdade que, em condi-ções normaes de fadiga e dealimentação, elle deve procu-rar o leito sem ter sentidosomno e dormir immediata-mente, da mesma forma comofoi se sentar diante da mesa,sem ter sentido fome e, noentanto, ingeriu seu alimentocom prazer.

Em nossos dias*, as necessida-

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des alimentares mais 'con heci-

> d. Quando " o seu dia chegou" .. . %

— Mas... Esses brilhantes parecem velhos... O senhornão terá novos?... Não gosto de cousas de segunda mão.

dormem o adulto e a cre-anca.

Ò somno irresistível, apoz arefeição é, por conseqüência,um somno pathologico.

Dirão que os animaes dor-mem apoz a refeição; mas ocão, que dorme, pode ter co-mido meio kiío de carne, emmenos de meio minuto! Nãodevemos tomar como exemploos hábitos caninos.

Nas condições de vida phy-sica, intellectual e alimentarnormaes, a fadiga, a alimenta-ção e ás bebidas sendo racio-

. naes, julgamo-nos autorizadosa dizer que a fome, a sedee o somno, sem ser manires-tações pathologicas não sãomais inteiramente manifesta-ções physiologicas.

Essas trez sensações nosrecordam os deveres desço-nhecidos ou apenas desde-nhados, sem ter o mérito denos fazer apreciar esses de-veres em seu justo valor, por-que não soubemos lhes daruma justa interpretação.

^ois não k verdade que ohomem, que/., tendo se reco--.Ihido ao leito, alquebrado,.vencido pela fadiga, . dorme

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DIANA,— Desenho de Walt Disney para o film "Fantasia" Estudo de nu — EsculpturaMori.

de Eishiro

profundamente, não sabe, aodespertar, que, na véspera,abusou de sua força ?

Chamará somno reparador, mais certo, chamar somno

ADEUS I — Esculptura de^Mi-zanuro Kizuno. .

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o|que nós achamos melhoravizador.

?. A fome, a sede, o somno, devem nos forçar a reflectir.

Pr. G. Leven.'I :K v Antigo Interno dos Hospitaes de Paris.

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CQUSAS DA GUERRA Como os antigos defensoresdas inúteis linhas Maginot e

Siegfrid, as tripulações dos submarinos se vêem ameaça-dás. por esses inimigos invisíveis que são as enfermidades,provocadas pela falta de luz solar.

Os primei-ros só abando-navam seus re-fugios subter-'raneosuma vezpor mez, em-quanto a tri-pulação dossu bma r in osapenas desfru-cta das ra-diações sola-res dous me-zes por anno,no máximo emperio'do.1 deguerra.

Nestas con-dições estãosempre expôs-tos a contrahiruma serie Ide;enfermidades'como o escor-buto, as erup-ções dà pelle,neurasthen ia,etc. Com o fimde neutralisartaes riscos, astropas das li-nhas defensi-vas, franceza eallemã, comodindâ hoje osque servemnos submari-nos, eram sub-mettidasperio-

irÜlÍlto ^ ° VENTO ASSUST°U-- Lücill» BALr., esfreila do' cinema norte-americano.um tratamento padaS) do seu film -A vida é uma dansa»

de radiações artificiaes, que as compensava de sua faltaverdadeira de luz solar.

As tripulações dos submarinos são expostas aos raiosultra-violetas, quando regressam á terra. Ambos tratamentosartificiaes corrigem as deficiências em vitaminas D e possuemqualidades germicidas, exterminando os micróbios queprovocam as enfermidades da pelle, impedindo também asinfecções dasi vias respiratórias e augmentando a quantidadede hemoglobinas. Os effeitos d'esse tratamento sobrea efficiencia do soldado ou do marinheiro são, comose imagina facilmente, Qã maior importância.

As tropas da linha Siegfrid padeceram, conforme senoticiou, de uma enfermidade chamada "bunkerkrankheit"

(febre das casamatas), que consistia em uma fraqueza geral edesordem do systhema nervoso, occasionada pela monotoniado meio que deprimia os soldados.,

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24.# Antio -N.10- Março 1941

Atirou a penna sobre aTfolha

de pape! em que acabara deescrever, ergueu-se, pas-

seou pelo quarto, foi se deixarcahir sobre um divan e perma-neceu, alguns instantes immovel,com expressão entre desesperadae escarninha. Depois, repentina-mente, empunhou o revolver e...

Nesse momento exacto... otelephone chamou.

O indicador se dispunha acalcar o gatilho. Uma leve pres-são seria bastante para

''acabarcom tudo"/ porem a campainha,estridente, se impoz a interrom-peu sua vontade.

Não sei se, caso tivesse re-solvido matar-se de outraneira, ati-rando-se áágua, porexemplo ti-ria sido bas-tante o to-que de umacam painhapara impe-a ir o actofatal. Porem,naqucl I equarto deportas her-mefcicamentefechadas, otoque ga-nhou maisforça e do-minou osnervos deRoberto.

Teve a im-pressão deque não po-deria con-sumaro ges-to i trágico,emquartto a campainha continuasse soando.

Quasi sem sentir, abandonara o revolver. A campainha insistiu, monótona, teimosa... Roberto seergueu e se dirigiu ao telephone. Empunhou o re-ceptor: Alio!

Roberto? Bom dia... Falia Kreimler... Você como vai?Kreimler?... Ah! Bem, obrigado.Imagine-, você... Receiava nao encontral-o em casa...

Ouça, Roberto... Preciso de lhe pedir um immenso fa-vor... Estou em difficuldaae.. . Cousa passageira, reliz-mente... Depois explicarei... Vou precisar de um contode reis para amanhã, cedo.. . Se você pudesse.. .

Comprehendo... Quer que lhe empreste um contode reis... Pois está muito bem!

Posso contar com esse dinheiro? Oh ! Magnífico...Você é um bom amigo... Irei ahi, dentro em pouco...Quando poderá ser?

Agora me:mo, se quizer.. . Porem não será precisosubir... Como vou sahir, deixarei o dinheiro, em enve-loppe fechado, com o porteiro, no pavimento térreo.

? ? ?

Robeito voltou a se sentar diante de sua mesa de tra-balho.* A mesma penna, que traçara o ultimo adeus e osúltimos protestos de amor á mulher ingrata, a penna aindahumida de tinta, assignou o cheque para Kreimler.

Empunhou outra vez o receptor telephonico, para secommunicar com a portaria. Porem ninguém attendeu a seuchamado. O porteiro devia ter se afastado de seu posto.

Imbecil ! — murmurou Roberto. — Sempre na cal-cada, conversando com amigos.. . Nunca se pode chamarpara um serviço... Ou terá ido até o café da esquina...

Certos pensamentos são, decididamente, estúpidos,em determinadas circumstancias. Roberto, esquecendo suacondicçâo de próximo suicida, pensou:

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— Hei deme queixar aoproprietáriodo edifício !

Immediata-mente sorriu,envergonha-do de sua pro-pria vulgari-dade.

Passeou maisalguns instan-tes pelo quar-to, impacien-te, nervoso,irritado. Fi-nalmente vol-tou a tentar aligação, como mesmo íe-sultado nega-tivo.

Ma is umavez se sentoudiante da me-sa. Olhandoo cheques jáa s s i g n a d o,pensou queaquella quan-tia podia ser,con si d era d aum verdadeirolegado. Nãolhe .oceorre-ra, até essemomento, dei-xar estabéle-"cido o desti-no de seus

ens. So se ¦in teressarapor sua trage-.dia, o factòde se saberdesprezado eabandonado

por essa creaturinha.a quem adorava...Por que não, examinar durante algunsminutos, a possível distribuição deseu dinheiro e de suas cousas ?

Percorreu mentalmente a lista de seus amigos. Seu pa-rente mais próximo era um primo, casado còm a mais anti-pathica das creaturas. Se não houvesse testamento, essasduas pessoas, com as quaes nunca convivera, seriam reco-nhecidas pela lei herdeiras do suicida. Receberiam o di-nheiro, os quadros, os livros. Era injusto! Injusto, princi-palmente que ficassem com sçus livros... O dinheiro nãoimportava tanto: o dinheiro, pape! ou nickel pode ir pararem qualquer mão, mas os livros não... E os quadrostambém não!

O olhar de Roberto percorreu as paredes e as estantes.Por fim a penna traçou a primeira linha de outra folhapapel: , •"Eu, Roberto Presvit.:.A quem deixaria seus quadros? E seus livros? O "Clau-

dio Monet" poderia ser para Bourdin.... E o "Lafontaine".Ah! Para Forbes.. . Hum! Forbes saberia apreciar o

valor d'esse quaaro? Oh! Como podia esquecer? Não.deixaria nada para o professor Laurenz? E a boa Lúcia?Eila, coitadinha, se mostrara tão paciente e prestativacom eile, em sua adolescência... E elle sempre tão indif-ferente a seus cuidados, á affeição/ que seus olhos tímidosnão tabiam oceultar !y: Jx

Outra folha de papel se encheu de nomes. Robertofazia paragraphos, evocava passagens de sua vida, analysavao espirito de seus conhecidos. Nesse trabalho foi surpre-hendido por novo toque de campainha. Agora, porem, eraa da porta e não a do telephone.

Num salto, ergueu-se, como se fosse despertado bru-talmente. Foi abrir. Era Kreimler!

— Sou eu, meu velho... Na portaria disseram quehavia enveloppe com o meu nome.. .— Enveloppe? Oh, sim, o enveloppe...

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

Velhas e novas danças, em New York

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Samba : — Nota-se boa vontade,mas pouco conhecimento. . . Emfim Carmen Miranda lá está

para dar licções.,.

Polka : — Uma velharia, dansada sem á graça e a levezade nossos avós. . .

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De cima para baixo : Rumba, Fox Trote a eterna Valsa, # que, "se um diamorrer... Que tristeza a gente vaiter!. . . — Tudo isso num mesmo baüe,ao qual compareceu a mais refinada so-

ciedade de Nova York, agora emplena temporada social.

O futuro suicida esquecerasua promessa.

Kreimler continuou :Imaginei que ainda não

cido e tomei a liberdade de subir.Fez bem.. . Como vês: ainda não

parti.E ao pronunciar taes palavras, Roberto

comprehendeu que já não partiria. Nuncamais poderia recomeçar o acto interrom-pido. Nessa curta meditação quasi todasua vida, quasi todos seus affectos e seusrancores tinham assomado a seurito... E isso era sufficiente.Era bastante ver seu próprio tes-tamento: balanço de seus bens,balanço de suas satisfacções e desuas alegrias!

Kreimler continuou fallando...Mas Roberto não o ouvia. Sóconcedia attenção ao surdo rumorque se erguia dentro de seupaito: o obscuro gozo de renas-cer para a vida.

Kreimler concluiu seu mono-logo:

—- Não preciso dizer maisnada, Roberto. Se minha situaçãonão fosse, em facto, angustiosa,não teria teíephonado.. .

Roberto ergueu, finalmente, oo.har para seu amigo e obser-vou-o com sympathia, com gra-tidão:

Fizeste bem em me tele-phonar, Kreimler.. .

Kreimlertando o relógio:

Tens ahi, o dinheiro?Roberto nãc respondeu logo.

Examinou a physionomia angus-tiada de Kreimler, que se esfor-çàwà por parecer calmo e, depoisdisse:

-— Sim, tenho... E em melhorescondições do que você espera-va. Ha vinte minuto3 disse quepodia emprestar essa quantia...Acabo, porem de fazer umas con-tas. e... vejo que estou emcondições de ceder esse dinheiro,para sempre ! Não, não estou ma-fuço, meu velho. Tive sorte, ul-timamente, emquanto você temsoffrido uma serie de revezes...Somos amigos desde os tempo;

do collegio... Dar, hoje, para que vocêpague amanhã não é ajudar... é adiar,prolongar uma preoccupação... Queroque você acceite- faço questão...

Kreimler abriu a bocca, bateu as pai-pebras, perplexo, gaguejou um agradeci-mento, suffocado pela emoção. Robertofez um gesto vago, de despedida.

_0 outro sahiu, sem insistir, como se aindanão comprehendesse a realidade ou recei-asse que tudo se desfizese num sonho...

André Birabeau

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24,° Anno — N. 10 — Março 1941

DA PERVERSA SCARLETT 0'HARA Á MEIGA E DEDICADALADY HAMILTON. — A TRANSFORMAÇÃO DE VIVIEN LEIGH.

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A notável similhança de Miss Leigh com o typo original que eila encarna em seu novotilm. A' esquerda Lady Hamilton, num famoso retrato de Romney. — A' direita, VivienLeigh caracterisada para seu novo

PETRÓLEO E PHOTOGRAPHIÂ

Entre as muitcS maravilhas, devidasao petróleo podemos incluir... a pho-tographia !

Realmente, ern 1827, o chimico fran-cez Niepce, inventor da photographiâ,applicou a uma chapa metálica urnafina camada de asphalto de petróleo,antes de a expor em sua improvisadacâmara. Depois revelou-a, lavando-a

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com água raz e mostrou-a aos scep-ticos scientistas da Inglaterra, que re-conheceram nella, immediatamente, areproducção photographica da egrejade Kew.

Assim nasceu uma das artes maisimportantes para a vida moderna. Foi,segundo se affirma, a sensibilidade doasphalto á luz o que tornou possívelo primeiro processo pratica da pho-tographia.

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Segundo dados cor-respondentes a Janeirode 1940, no mundoexistem 5.030 e clubsrotaryos, com um totalde 212.000 sócios.

—?_ .O vermelho, que é

considerado pelos chi-nezes a cor de bomaugurio, predomina nasdecorações matrimoni-aes como nas funerárias.

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Este vestido, usado por Vivien Leigh, em"Lady Hamilton" foi egual mente copiado de

um quadro de Romney.

Luz e sombra sobre a neve : — Nova York também se encon-tra era plena temporada de inverno, com festivaes em pistasartificialmente geladas e sobre as quaes se exhibem os maioresaZes do bailado sobre gelo, entre os quaes a famosa Son;a

Henie, que surge á esquerda e á direita nestas paginas.

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UMA SUBSTANCIA MUITODOCE _Muitas pessoas usam ta-

blettes' de sacharina para ado-çar o chá ou o café, poucas,porem, conhecem a origemd'esse interessante producto.

Os chimicos lhe deram nomecomplicado : ortobenzoicosulfi-nadol Em quantidade minimatem o mesmo poder dulcifi-cante de um torrão de assu-car. Realmente a sacharinaé tão doce que para suas ta-blettes terem um tamanhoutilisavel é mister juntar, paraaugmental-as, grande parte deoutras substancias anodinas.

Ha cerca de sessenta an-nos, dous chimicos do labo-ratorio norte-americano deJohn Hopkins realizavam umaexperiência de importânciasecundaria. Eram esses dousespecialistas Fahlberg e Ira ;não pensavam em assucar,porem, uma noite, quando oprimeiro jantava, notou queo pão tinha sabor muito doce.Procurando averiguar a razãodescobriu que esse sabor vinhade suas propras mãos.

Immediatamente abandonouo jantar e se dirigiu ao la-boratorio, com o intuito deexaminar todas as substanciaschimicas que manipulara na-quelle dia. Finalmente, en-controu a causa do surprehen-dente dulçor. Effectuou cuida-dosa investigação para esta-

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belecer a formula em que ocitado producto fora, inciden-talmente preparado e logra-ram descobrir o methodo,casualmente inventado. Talmethodo é, em sua essência,o mesmo que hoje se empre-ga em vasta escala. Talveza expressão "vasta escala"seja falsa porque essa subs-tancia é tão doce que são ne-cessarios apenas uns vinte ki-los da mesma, para fabricarum milhão de tablettes.

O ponto de partida da sa-charina é o alcatrão de carvãode pedra; porem sua prepara-ção é longa e complicada.Comparada com o preço desua matéria prima a sachari-na é, por conseguinte, eara.Porem as pequeninas quanti-dades requeridas tornam oproducto, em analyse final,baratissimo.

A sacharina não tem valoralimenticio de qualquer espe-cie, sendo empregada apenaspara dar sabor aos ahmen-tos. Em geral é usada quasiexclusivamente pelos diabeti-cos e as pessoas que seguemrégimem para emmagrecer.

O gago é um indivíduo queparece fallar com machina deescrever.

O "front" albanez — Nesse scenario grandioso e de deslum-brante belle2a, lutam os Gregos e os Italianos.

Copenhague possue 400.000bicyclettes registrada ou sejauma para dous habitantes.

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gigantes l>A TERRA de tio SAm -~ O porta-aviões Ranger-cujo preço foi de 20.000.000 de dollars C400.000 contos) tendo 72 aereoolanos 1.178homens de eqU1I>agem. 8 canhões de cinco pollegadas e 40 armas de menor calibre, entre canhões, metralhadoras e tubos ]L*TZtXs, passadiante de New-York

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

A OITAVA MARAVILHA DO MUNDOAs estradas intermináveis, construídas pelos Incas.

= "autostradas" do Reich. =Precursoras das

O império dos Incas — para a maioria dos homensesse nome significa um thesouro inexgottavel, montanhasde ouro ou, ainda, essa câmara do pateo real de Cajamarca,que o ultimo dos Incas, Atahualpa, prometteu, para seuresgate, encher de ou-ro até a altura de suamão estendida. E essapromessa foi cumpridaquasi integralmente,sem conjurar porem, aterrível sorte, que oaguardava.

No mundo inteiro,* o "thesouro dos Incas"excita um vivo interes-se e, tanto na Europa,quanto na America, éa pergunta, que semprese faz, com emoção.Esse ouro fez toda agrandeza do impériodos Incas e tambémcausou sua ruina?

Não. Averdadei-ra grandeza dos Incasnão foi constituída porseu ouro. Temos queadmirar com maior en-thusiasmo a organiza-

, ção de seu Estado, quegarantia a existência decada um dos habitantesd'esse império, que ex-cluira toda e qualquerpossibilidade de, ai-gum dia, vir a soffrero martyrio da fome. Oserviço obrigatório e acooperação constantede todos os esforçospuderam crear obrasque ainda hoje impressionam: tem-

1 pios, fortificações, cidades (reaes,canaes de irrigação, jardins suspen-sos, estradas...

Essas estradas não são apenaso testemunho mais admirável da te-chnica na America antiga. Figuramentre as obras de maior imponênciaque a cultura humana ae todas asepochas e de todos os povos já

produziu. As duas estradas principaes, a da costa e adas cordilheiras, atravessavam toda a extensão do império,,da fronteira norte ao longo do rio Ancasmayu, do "rioBranco" (hoje a parte da Colômbia, que fica ao norte do

Equador) até o sul doChile e pequenas es-tradas as ligavam entresi. Segundo o hespa-nhol Cieza de Leon,um dos chronistas maisseguros do secuio XVIe que visitou as estra-das dos Incas, seu com-primento (nas Cordi-rlheiras) passava de5.000 kilometros. Adistancia de um dia de

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As artérias vitaes do antigo império dos Incas — As celebresestradas reaes dos Incas iam do rio Ancasmayu (o Rio Branco,na Colômbia actualj ao sul do\ Chile, \ A estrada costeira de cadacordilheira constituía as principaes vias de communicação

comprimento total era de cerca de 10 kilometros.e seu

Estado es-tabelecera casas oe re-pouso e em uma dis-tancia mais longa, arma-zens de viveres paraas tropas em marcha*Nem vehiculos nemcavallos circulavam so-bre essas estradas. NaAmerica antiga, a rodaainda era desconheci-da e não se utilisavam.animaes de tracção.Um único animal erausado como transpor-te: a llama.

Nessas estradasdesfilavam as tropas eos guardas do impera-dor. Os funccionariosdo Estado e os habi-tantes mais destacadosviajavam em liteiras*.Minuciosa organização'regulava o serviço detal forma que, #duranteos primeiros annos do>regimem hespanhol, !oscorreios indígenas per-corriam a pé a'distah-cia de Cuzco (capitai'dos Incas) até Lima (anova capital dos Hes-panhoes), no quarto

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«O /rflA«//,o obriaatorio creou as intermináveis estradas dos Incas - A estrada costeira tinha 9 metros de largura, protegida porU trabalho oorigaxo^u muralhas de pedra porosa, que a defendiam das intempéries.

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ldo tenpo gasto pelos cavalleiros do serviço postdi he;-panhol.

Segundo fontes idôneas da epocha da conquista hes-panhola, os estafetas do correio faziam o trajecto de Cuzcoa Quito, ida e volta (cerca de 45.000 kilometros), em vinte«dias no máximo (12 dias, apenas, segundo outros chronistas).Cada corredor vencia uma distancia de um a trez kilo.netros,segundo o terreno.A mesma distanciaseparava os postosdo correio, sempre

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visitados pelos cor-redores. Cieza deLéon escreveu, tex-tualmente: "Não

podia haver tem-pestade, accidente,etc, capaz de se

•tornar um obstáculoao serviço dos CDr-redores, mesmo nasregiões mais selva-

-gens,- ma! um esta-feta corredor par-tia, outro tomavaseu logar."

As estradas atra-vessavam a areiados desertos, altis-simas montanhas eabysmos profundos/os pântanos eramgalgados graças, aum engenhoso sys-thema de diques,emquanto pontessuspensas domina-vam as torrentes,-sempre facer, su-biam até 5.00U me-tros de altura, attin-gindo as neveseternas d& Alta-Corailheira.

Outro ponto in-teressante: essas es-tradas seguiam,qua-si mathematicamen-te, uma linha recta,sem temor das mon-tanhas, nem dos vai-les. Como o immen-so traçado de umprojectil, essa estra-da, de 6 a 9 metrosde largura, condu-zia ao horizonte,parecendo aspirarpara o infinitoaquelles que a pa!-milhavam. Era prote-gida, de ambos oslados, por muralhasespessas, que as li-vravam contra astormentas de nevee os turbilhões deareia,

Foi o ultimodos grandes Incas,Huana Capac (cha-mado o "Jovem

Im-perador" e que rei-inou, Segundo todasas probabilidades,entre 1480 e1525,-era o pai do infelizAtauhalpa, que Pi-zarro mandaria es-tran guiar) quemmandou construir as

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24.° Anno — N. 10 — Março T941

entre si. Porem um systema de estradas sobre grandes dis-tancias, estradas, que, como artérias poderosas, riscariam ocorpo immenso do Império, foi uma idéia que remonta apenasaos trez últimos Incas e rezaliada pelo ultimo e mais poderosodos trez. Esse systema, naturalmente, foi obra de umaou duas gerações.

Desde o descobrimento e a conquista do Império dosIncas (15e2-1533), suas estradasforam objecto de grande admiração.Os chronistas hespanhoes as com-pararam ás sete maravilhas do mun-do dos Antigos,- no emtanto, ellasultrapassavam todas as mais sober-bas realizações do homem antigo.Realmente não faltam as descrip-ções enthusiastas, mas não existe,até hoje, uma obra especial, quetrate das estradas dos Incas, comexcepção de um pequeno livro, daautoria de um engenheiro peruanoe que se inspira, principalmente,em jDesquizas puramente litterariase não contem, infelizmente, a me-nor illustração. Antes de iniciarnossos trabalhos, conhecíamos ape-nas uma photographia de uma es-

trada dos Incas (umaAltivos e si-Iene io sos —Ketchua, indiodo valle dePauCartambo,no leste do Pe-ru. O professorU.belohdeDo-ering diz so-bre os mem-bros d'essa ra-ca: "Esses ho-mens poucofaliam e riemainda menos;assim; ulgam —e com razão— que deve seapresentar umdescendentedos Incas decasta senho-rial".

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longas estradas d'esse systema único nos annaes da Ame-rica antiga, único na historia de toda a HumanidadeJa nas epochas mais recuadas da historia dos Incas, nume-rosos caminhos e estradas ligavam as differentes

'regiões

só photographia, pa-râ um período quese extende de 1533a 1941 ) e tomadano correr de umaexpedição aéreanorte-americana.

Eis porque um dostrabalhos principaesda expedição âr^cheolegica allemã naAmerica do Sul (de1937_a 1939), ex-pedição que tive ahonra de dirigir,consistiu no estudodos vestígios d'essasestradas,- as pesqui-zas foram executadascom o apoio e oparticular desejo doInspector geral dasestradas allemães, oDr. Todt. Descobri-mos, próximo dacosta, longos seg-mentos d'essas estra-das celebres e ain-da em bom estado.

Quatrocentos an-nos tinham corridosem que alguém ti-vesse pensado nareconstrucção ousimplesmente na con-servàção d'essas.es-tradas reaes. Isso,porem, não impediuque suas linhas sim-pies e monumentaescontinuassem domi-nando, ainda, a vas-ta paizagem, nem oscaminhões, mesmopesados, de utilisal-as,- muitas d'ellas ser-vem de base ás no-vas autoestradas.

Nâ Cordilheira,descobrimos "calza-das", isto é: longosdiques de 6 a 7 me-tros de lâr^urâ, per-

mittindo que as es-tradas galgassem os pântanos, para que não perdessem asua linha recta.

Nossa expedição teria que explorar ainda a regiãode Cuzco, a capital dos Incas, situada na parte das Cor-

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24.° Anno — N. 10 - Março 1,41 ?' @g^> "M

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Na estrada dos Incas, ha 450 annos — Um grupo de viajantes ae alta estirpe acaba de chegar a um dos postos de repouso, que o Es-tado construiu em distancias de 20 a 30 kilometros. Um sacerdote saúda os I recém-chegados. Um estafeta deixa o posto do correio nòr-tador de uma mensagem importante. ' .:'"Xx"-'::' -'"*\

dilheiras, que fica ao sul do Peru: estudo dos edifícios(alguns, gigantescos), que permittiria reconstituir a historiados Incas do primeiro período, historia cujos primeiroselementos fazem grande falta.

Foram consagrados seis mezes ao estudo de mais decincoènta templos, fortalezas, cidades reaes e rochas sagra-das, trabalhadas por hábeis talhadores. Grande numerod'essas obras fci, pela primeira vez, objecto de pesquizasarcheologiças.

|Esses estudos se ligavam á civilização dos Incas dâmontanha e a suas origens. Por outro lado, ficara decididooperar excavações na costa septer trional do Peru, que bempoderiam nos revelar as correntes de uma civilização, que,ha mil annos, desceu de nDrte pa-râ sul, até attingir Cuzco, núcleocentral do maior império da Ame-rica antiga. Em Paratnamu, cidadeem ruínas e inteiramente desconhe-cida, onde nenhum archeologo ain-da tentara praticar excavações, meucollaborador, Dr. H. D. Deisselhoff,poude descobrir uma necropolequasi intacta sob um cemitério re-volvido pelos exploradores de the-souros. Esses túmulos devem ter de1.400 a 1.600 annos de existência.

No correr de todos esses tra-balhos, assim como das excavaçõessupplementares, realizadas pelo Dr.Dieselhoff na costa do Equador,sempre tivemos um grande objecti-vo: encontrar as origens dâ civiliza-ção dos Incas, reviver as grandesfiguras do passado americano, entreas quaes a do reformador Pacha-cutec, o maior de todos, talvez.

Esse gigantesco trabalho nunca teria sido possível semo apoio generoso do governo peruano e 6 acolhimentohospitaleiro, que a missão scientifica encontrou por todaparte.

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J^S ccmpanhias fabricantes de artefactos de borracha, nosEstados Unidos, estão fazendo actualmente exoeriencias

com pneumaticos de borracha synthetica, obtida" com gazde petróleo.Seu valor é de pouco mais dâ terça parte ou, quandomuito, metade do preço da borracha synthetica, produzida

pela hulha, na Allemanha. Affirma-se que na Rússia foram fabricados,durante o anno passado, 400.000pneumaticos de borracha synthe-tica.

Para consolar do calorBrrr I Está fazendo um frio cor-

tanle !Realmente. Mas deves notar

que estamos próximos da serra...

O esqueleto que3brilha — O craneo d'esse . princi-pe Inca tinha uma espécie de capacete, feito compequenas placas de cobre; cobertas com uma espe-cie de esmalte verde,: essas placas brilham comoo phosphoro. Descobrindo o esqueleto, os sábiosjulgaram, primeiro, que uma luz verde e mysteriosa

sania da própria terra.

j—Olá, velho amigo. Como es-tão todos, em casa ?

Minha mulher vai bem; masminha filhinha " anda mal "...v— Que tem eila ?

Apenas oito mezes...

Se você quer ser feliz sosinfio,nunca o será! — Mme. de Lambert.

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CWzo um cordão, esticado, a estrada cruza a Cordilheira : -— Aestrada atravessava os desertos de areia, como as altas montanhas,alguns diques permittiam cruzar os pântanos e as pontes suspen-

sas galgavam as torrentes.

A PROPÓSITO DO RECENSEAMENTO

O Brasil realiza, agora, os trabalhos do censo. Quersaber mil e um detalhes de nossa vida, de nossos recursos,possibilidades, etc. Breve teremos estatísticas, schemas . erelatórios, que nos revelarão, com certeza, factos surpre-hendentes. ,

Eis porque julgamos interessante revelar alguns dadosestatísticos, publicados pouco antes do inicio da guerraactual na França. „

Eil-os: A communa franceza de nome mais curto e x ,cantão de Ham, no Somme. A que possue nome mais Jongok Saint-Quentin-Lamitte-Croix-au-Bailly, cantão d Ault,egualmente no Somme. A de menor área é Castelmorand'Albert(Alta Garonne), com seus 4 hectares, muito inferior,portanto, á Praça da Concórdia, em Paris. A de área maior\ Aries, com 97.585 hectares, ou seja o dobro do Dcpar-tamento do Sena. A communa franceza de altitude maiselevada é Saint-Véran (Alpes), situada a 2.046 ^metrosde altura. Os maiores hospitaes de Paris são La Salpétriére,com 4.825 leitos, Bicêtre, com 4.220, Necker, para crean-ças débeis, com 1.360, Lariboisiere, com 1.315, Nou-veau-Beaujon com apenas 1.100 leitos. O scock de ouro,existente (sempre antesda guerra) no Banco deFrança é de duas mil etrezentas toneiladas. Só-mente um trem com 120vagons de 20 toneladascada um poderia trans-portar, de uma só vez,todo esse ouro.

Continuando com oassumpto estatístico vamosinformar, ainda que o ale-' xandrino mais longo é daautoria de Victor Hugo:Nous sommes grands, va-inqueurs, forts. Tout estPombre humaine.

Ao contrario, o maiscurto é de Racine.. . Lafilie de Minos et deParsiphaé.

O maior "gigante"

do mundo moderno é oRusso Machnow (exhibi-do ha tempos por toda aEuropa) com 2 metros e85 centímetros de altura.

Exploradores do ouro, que desprezam a morte : — O Huaquero ,rude explorador de ouro, movido pelo só pensamento do ganho,busca as antigüidades da região. Como uma toupeira, revolve aterra em todos os sentidos, onde* suspeita e existirem vasos preciososdo tempo dos Incas e nem pensa nos perigos que o ameaçam: osimmensos blocos de pedra e de barro, suspensos sobre sua cabeça.

O menor anão conhecido, actualmente é ainda o kmosoPequeno Pollegar, que foi apresentado ao rei Louis-Phil-lippe, de França e media apenas 57 centímetros deestatura.

O menor Estado do mundo é o do Vaticano, com meiokilometro quadrado.

VELOCIDADES AÉREAS

Se a sciencia permittiu a certos hydro-aviões alcançare, mesmo, ultrapassar, a velocidade horária de 600 kilo-metros, a natureza ja' dera ao vôo dos pássaros velocidadessenão eguaes, ao menos espantosas.

O maitinho, por exemplo, faz 316 kilometros porhora ou sejam: 88 metros por segundo. A andorinha voa,por sua vez, 241 kilometros horários, a razão de 67 metrospor segundo, deixando distanciada a águia, que não vaialem dos 112 kilometros por hora e, por segundo, cercade 31 metros. Mais modesto, o pombo correio transmittesuas mensagens numa media de 100 kilometros horários e27 metros por segundo. A própria perdiz, para fugir apontaria do caçador, consegue voar 17 metros por segundo,o que representa 62 kilometros horários.

E, sem duvida, foi o estudo dos differentes methodosde vôo dos pássaros, que

MMMMMMMPMMMT.»^^»-»-»»—-¦¦^'¦¦'¦——^ permittiu ao homem voar...e voar rapidamente.

A arte do escopro e do martello na Cordilheira : — Essa pedra de Conça-cha é uma das obras mais raras da arte do talhador de pedras, na Americade então. Taes obras, de caracter symbolico e religiosa não tinham ate

agora, despertado a curiosidade estudiosa dos archeologos.

Os povos da antigui-dade que levaram maislonge a arte da joalheriaforam os Egypcios, osEtruscos, os> Gregos, osPhenicios e os Romanos,que nos legaram jóias no-taveis, caracterisadas poruma elegância e um bomgosto excepcionaes queainda hoje inspiram osnossos ourives. As raçasorientaes sempre tiveramuma tendência accentua-da pelo ornamento e aspopulações dd Pérsia, daChina, das índias, daTurquia e de Java muitocontribuíram para o des-envolvimento dã joalheriacomo uma verdadeira egrande arte.

24.° Anno — N. 10 — Março 1941 ^JS^Zãb

O único período em queo mundo não esteve pertur-bado pela questão do Sta-tus foi o do primitivochãos.

Quando o homem come-çou a emergir do reino ani-mal, desprezou as leis de Deus e da Natureza, sem tentarconstruir tendo-as por base. Directamente, começou a im-por suas próprias idéias, na ordem e na Justiça, até sever diante do problema de determinar o que seria conce-dido e o que serianeqado a' frágil me-tade da humani-daae.

Innumeras solu-ções d'esse prcble-ma foram propostase tentadas, todascom o mesmo inva-riavel resultado: amulher teve semprea peior parte dasaecisões. O homemsempre se conside-rou o senhor, im-pondo restricções asuas subordinadas,-e essas restricçõesforam, em geral,inspiradas por seuorgulho.

O homem trans-formou a mulher emesposa unicamentepara estar seguroda paternidade deseus filhos. Tambémquiz, com isso, con-quistar prazer etranquil I idade, teralguém cuja presen-ça fosse agradável eo fizesse esquecer,com seus cuidadose labor,- os rigoresde sua vida do-mestiça.

Porem a mulherd'esse seu pontode. vista, considera-da capaz apenas delhe proporcionartranquillidade, co-mo esposa e mãi,não tardou a con-quistar o amor deseu senhor. Estenão tardou a mos-trar sua fraqueza,embora sempre pro-curasse provar des-interesse por el!a.Prohibiu que a es-posa se divertisse,se mostrasse empublico e estavasempre prompto alutar por sua causa.

O immediato re-sultado d'essa situa-ção foi a polyga-m i a autorizada elogo praticada emdifferentes partesao mundo, emboraem outras, não a acceitassem.

Com o avanço da civilizaçãosoffreu innumeras modificações.

Na Grécia, por exemplo, a polygamia não foi tole-rada. Apezar d'isso ou por essa razão — um extranhophenomeno da vida social agitou o paiz, chegando aconstituir um dos mais extraordinários acontecimentos daepocha.

Nesse paiz de belleza e de arte incomparaveis, de

::.— POR F. MATANIA. R. I. — y—

artistas fecundos e de des-lumbrante inspiração, o ele-mento feminino, imprescin-aivel em toaas essas mani-festações de harmonia, equi-Übrio e gênio creador, tinhaque assumir papel de im-

portancia incalculável. Por isso, foi dividido em duasclasses distinctas. A das esposas legaes, que viviam en-clausuradas com suas servidoras e as que se dedicavamás artes e cujo prestigio foi tal que mereceram considera-

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37

O encontro de Lais e Hippolocho foi um caso de amor á primeira vista.

esse schema de relaçõesiberdades deveis homenagens, obtiveram privilégios e

costumes e de linguagem.A religião grega reconhecia um deus ou deusa em

cada manifestação da vida. Muito particularmente, adora-vam a força creadora da natureza em suas varias formas }e imaginavam que seus deuses eram sujeitos, como ellespróprios, as fraquezas humanas communs.

Cada categoria feminina era, portanto, protegida porsuas deusas especiaes. Aphrodite Urania era considerada

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Saguão

a deidade do amor matrimonial. Seus innumeros ri tua es eramrealizados com o mais estricto decoro e devoção. MasAphrodite Pandemos erà todo o contrario, porque ella eraa deusa da belleza e da arte. Assim, como sua rival era a

protectora da esposa e da mãi, ella era a divindade dã outracategoria feminina, a das que inspiravam os artistas c ?oza-vam de liberdades e previlegios negados ás primeiras.

Cada deusa tinha seu templo, dos quaes os homenseram excluídos, não tomando parte em nenhum ceremonialque alli se realizasse. E alguns d'esses ritos, particularmenteno caso de Aphrodite Pandemos, seriam considerados ex-traorainariamente licenciosos em nosso tempo.

A primeira referencia á "belleza glorificada", na His-

toria, é collocada no anno 600, antes ce Christo. Um séculodepois, no tempo de Pericles, tinha assumido a importânciade uma instituição nacional.

Essas mulheres recebiam as mais expressivas homenà-gens de toda a população ; as mais bellas eram chamadas"Eleitas" e recebiam homenagens dos homens de altosaber e cultura. Tinham accesso em todos os centros oeensino e educação. Nada poupavam para ganhar cultura,esforçanoo-se rodas ellas para cultivar a philosophia, a po-litica e todas as artes.

Desnecessário é dizer que sua belleza physica constituíacondição sine qua non. Mas nesse tempo a belleza physicanão era bastante. Era preciso também dâr belleza ao espiritocom o saber.

A cidade de Corintho produziu ou attrahiu o maiornumero a'esses prodígios de talento e de belleza e ficouconhecida como a cidade da "Eleita". Seu maraviloosotemplo de Aphrodite Pandemos foi um riquíssimo e deslum-brante cofre de jeias e de sumptuosas offerendas, tornando-se, por centúrias, a Mecca de uma interminável peregrinaçãode ricos senhores e potentados, vindos de todos os recantosda Ásia.

Todos chegavam faustosamente a essa cidade de prazere belleza e invariavelmente a deixavam com a bolsa vasia.Muitos, deslumbrados, faziam questão de entregar todosseus haveres para o templo, porque a educação aas futuras"Eleitas" custava fabulosas quantias. Os mais ricos faziampesados donativos para conquistar o titulo, então invejável,de "hierodulae" ou contribuinte do templo. O grandePindaro escreveu uma ode immortal, descrevendo essas bel-lezas consideradas sagradas.

No tempo de Strabon, o templo de Aphrodite:, emCorintho, tinha nada menos de mil "hierodulae''. E comoconseqüência, a cidade se tornou o centro de todas asartes, de todas as bellezas e, também de todas as liberoa-des. Os mais extraordinários artistas e artífices alli encon-traram inspiração e modelo oara suas creações, deslum

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brantes palácios de prazer e diversão se elevavam constan-temente, todos de mármore branco, harmonisando com ascores brilhantes das edificações, que os cercavam seus ma-ravilhesos jardins, onde o cravo e o jasmim envolviam e per-fumavam seduetores caramanchões.

A despeito de sua apparente austeridade, a grandemaioria dos gregos philosophos, oradores, homens de Es-tado e guerreiros, que se refugiavam no lar para repousarna suavidade da vida domestica, procurava, em Corintho,um divertimento mais brutal e um delicioso recreio.

uma Eleita

comprehender

Freqüentemente se apaixonavam porcujo nome immortalisavam em seus trabalhos.

Essa pratica, cuja publicidade nunca chegava ão conhe-cimento de suas esposas, era considerada natural, comoparte normal de seu schema de vida.

A Corintho iam os poetas em busca de inspiração, osartistas por seus modelos e os meios adoradores da belleza,apoz caminhar centenas de milhas, se davam por satisfeitoscom um longo olhar lançado sobre todas essas delicias.

ínnumeras foram as regiões onde essas bellezas se recru-tayam. Algumas tinham sido escravas, outras representavamuma presa de guerra,- outras, em fim, eram mulheres, quetinham desejado vida independente e sonhado com afama e a fortuna. A belleza erà um dom divino, que mesmoa mais humilde podia possuir. A cultura seria conquistadacom afan.. .

A famosa Laena teve um monumento erigido em Athenas.Mas se acreditarmos nos chronistas contemporâneos, asmais famosas "Eleitas" foram originárias de Lesbos e Samos.Talvez por isso essas duas cidades produziram todos os refi-namentos da arte do prazer.

Tendo, até aqui, fugido a nosso assumpto original,

estamos, entretanto, mais orientados paraas principaes figuras de nossa historia.

? ? ?

Um dia, sumptuoso banauete se realizou numa deslum-brante villa, para o qual distinetos personagens foram con-vidados, juntamente com uma "Eleita".

A scena representava a habitual prova de opulencia,belleza e elegância. O famoso pintor Apelles, protegidode Alexandre, o Grande, era esperado de um momento

para outro e todos os presentes discutiam e faziam prognos-ticos sobrequem viriaem sua com-panhia, poiscada perso-nagem faziaquestão deescolher cui-dadosam en-te sua acom-panhante, aqual vestiade maneiramais elegan-te e sedu-ctora possi-vel.

Os escra-vos correramos vasos comágua limona-da, com quetodos lava-vam as mãos,emquantooutros dedi-lhavam har-pas e lyras,quando, ca-minha n d olentamente,surgiu Apel-les, condu-z i n d o pelamão uma me-nina tendoos pés nus esobre o ecr-po uma tuni-ca andrajo-sa. Podia terno maxi motreze annos.Sua chegadaprovocouemoção.

Exclama-ções e ges-tos de as-sombro sau-daram o ex-tranho par.Isolada, nocentro d'es-ses braçosergu idos ep r o c u radiapor todos osolhares, ainfeliz cre-anca se encolhia,

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incapaz \ôr ou se mover,demoradamente,aue outras mãos

de faQuando, finalmente, apoz lavar mais

as mãos nuas na mesma água limonada empesadas de jóias tinham passado, a menina se sentou do ladodo grande Apelles. este relatou a seus amigos uma simplese emocionante historia.

A caminho para o banquete, passava por uma dasruas de Corinthc, quando, ao contornar a fonte de Pireneavistou aquella creança e se deteve emocionado por suafascinante belleza. Approxirnando-se, examinou-a, como ar-tista, detalhe por detalhe. Seu olhar experiente immediata-mente o convenceu do bel Io specimen, que acabava de en-

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

contrar e das maravilhas que aquelle physico promettia,com o correr dos annos. Estava seguro de haver desço-berto uma flor, que em poucos annos seria a belleza maisfamosa ae Corintho.

Interrogando-a, soube que seu nome erã Lais e quetinha nascido de pais modestos.

A menção do nome provocou longos commentariosna brilhante assemblea pois, cem annos antes, uma famosabelleza do mesmo nome fora uma das maiores sensaçõesóà Grécia e se tomara a causadora de perda do infeliz Aris-tippo, fundador da escola de philosophia da Cyrenaica eque, em vãc, tentou ganhar seu affecto.

fêzJgfâfo

sico também foi entregue a peritos, que realçaram e defen-deram as perfeições d'aque!le corpo, que seria o maissoberbo specimem da flora corinthiana.

O facto de grande Apelles tomar tão fascinado inte-resse por La is, provocou a abysmada attenção de innumerose importantes personagens, que seguiram, passo a passo,esse progresso, que não era apenas physico, mas intelle-ctual.

A historia não nos revelou nenhum retrato de Lais,pintado por Apelles, mas é lógico que a tenha retratadoem variadas attitudes.

Alguns annos se passaram e Lais se viu compellida a

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Seus formosos braços foram impotentes r a iipara conter „ chuva de pedras... E Apelles encerrou

todas as duvidas, de-cl arando.

Antes que tenham decorrido trez annos, eu pro-prio a trarei a este templo e então lhes mostrarei uma bellezadivina !

Logo decidiu afastar Lais do meio miserável e obscuroem que até então vivera, educando-a e refinando-a comos maiores cuidados. Chamou para eila tutores, que a guia-ram em cada ramo do saber, nella encontrando a mais intel-ligente e dócil das pupillas. Musica, bailado e poesiaeram para eila artes instinetivas. O cuidado de seu phy-

collocar uma espécie de guarda de corpo em sua porta,pois não havia um só homem eminente em toda a Grécia,que não fosse centado entre seus admiradores.

Fm todos os logares públicos, nos banhos, no theatro,no mercado e especialmente nos círculos de arte era Laiso principal assumpto da conversação. As outras de suacategoria olhavam-a com certa apprehensão. Eila comple-'tara vinte annos e, na verdade, era uma mulher deslum-brante. Preciosas offertas foram depositadas a seus pés,emquanto presentes de admiradores conhecidos e igno-rados enchiam diariamente sua viila.

Começaram a dizer que a única mulher, em toda a

faSaípÃdo

que Lais,

por Lais

Grécia, que talvez tivesse mais admiradores doera a sua contemporânea Phrynéa, de Athenas.

"—Lais inflammou de amor tooa a Hellade ebrigaram dous mares."

Um dia um homem jovem e de bello aspecto se â^re-sentou em sua villa. Seu nome era Hippolocho e provinhadas regiões do norte, dã Thessalia, para ver com seus pro-prios olhos se existia, realmente uma rival de Phrynéa.

Desnecessário é dizer que ficou extactico diante dabelleza de Lais e que esse interesse foi mutuo. Em outras

palavras, aquelle foi um caso de amcr a' pri-meira vista.

innumeras vezes e Laismais esquiva para seus

Voltou a visital-ase foi tornando mais e

40

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ente a menina, como umartista, detalhe por detalhe.

era um casoinnumeraveis

difíerente paradeclarações de

ão se julgava

demais admiradores. Aquelleella. Apezar de ter ouvidoamor, nunca levara sequer uma só a serio.

Esse caso de amor causou escândalo. Ndireito que uma

"Eleita", que erã, de facto, propriedade

publica, pudesse ser monopolisada por um só. Lais era umadas attracções da cidade, assim como um monumento publicoe não o bem de um só particular. Mas Cupido é mais fertedo que a razão. Quanto mais graves eram os obstáculos aesse amor, mais os apaixonados se deliciavam e queriam.

Um dia a noticia correu por toda Coryntho, causando

24.° Anno - N. 10 — Março 1941

escândalo e desespero. Lais desapparecera e também deHippolocho nenhuma informação se possuía, nenhumapista!

Os enamorados tinham tudo tão bem preparado queninguém pudera suspeitar de suas intenções. Ninguém,mesmo, imaginava, que ousassem^ praticar tal affronta.

Lais, oor sua parte, não iamentava perder o thronoinvejável. Seu coração pela primeira vez conhecera o ver-dadeiro amor, amor pelo único homem que tivera c poderoe reconstituir e glorificar sua vida. Toda sua ambição se

transformara.Correu ao templo de Aphrodite Pandemos

onde rea!isou a ceremonia de dispensa de voto.Em seguiaa foi ao templo da outra Aphrodite on-de se tornou a esposa de Hippolocho.

E" lamentável que seu romance não possaser enaltecido e relatado com palavras felizes.

Bem que mereceram uma felicidade semnuvens. Infortunadamente tal não aconteceu.

Antes de seu casamento, Lais tinha areputação de sereia. Para ella muitos mari-aos se dirigiram, deixando suas respectivasesposas com o coração despedaçado dedor e a alma inflammada de cólera. Todaesposa era, inevitavelmente, inimiga mortaldas

'Eleitas", consideradas vampiroscuja existência era constante ameaça para

a santidade da família.Todo homem, menino ou adulto, corria

o risco de soffrer o hypnotismo d'essasadoradoras de Aphrodite Pandemos, queas esposas consideravam o symbolo detoda depravação.

Purificada e absolvida pelo casamentoegal, Lais entrou para o respeitável cir-

culo das esposas e mais. Estas a recebe-ram com apparente cordialiaade, con-vidando-a oara suas reuniões.

Lais nunca suspeitou que, desde en-tão, ellas tramavam vingança.

Chegou, em fim, o dia da ceie-bração de um grandioso festivalno templo de Aphrodite. Lais jun-tou-se á procissão de celebrantes,inconsciente do perigo que paira-va sobre sua cabeça.

Alli estavam, reunidas, somentemulheres. O templo e:tava ador-nado com flores e a estatua dadeusa surgia mais impressionadora,

envolvida na fumaçade insenso e de myr-rha.

Quando Lais sepreparava para tomarparte na ceremoniafoi, repentinamente,assaltada por todosos lados, suas roupasrasgadas com violen-cia e ella própria,atirada aos pés da es-tatua. Suas assaltantesnão largaram a presae num só movimen-to, cuidadosamenteestudado, usandoenormes pedras, lapi-daram sua formosa eindefesa victima.

Lais não poudeescapar. Seus formo-sos braços não pude-

ram conter a chuva de pearas. Rudemente attingida, ficouinerte, estirada junto da base da estatua da deusa. Asatacantes só cessaram o assalto, quando se certificaram deque sua victima estava morta.. .

Nem um só homem, em toda a Grécia, deixaria de arris-car a própria vida, para defender a linda Lais. Esta foi,justamente, a razão porque escolheram para o crime aquellelocal em que homem nenhum podia penetrar.

Da Thessalia a noticia se espalhou por toda a Grécia.Só uma esposa ciumenta e rancorosa poderia negar a bruta-lidade e injustiça do assassinato de uma creatura belld c

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941 M&,udo

troca de uma obscura respeitabilidade, realisando assimmansa, que abandonara uma vida de riqueza e de facilidadesemsua própria e gloriosa reaempçao

Coincidindo com a noticia do crime monstruoso, outra,terrível, amargurou o coração dos Gregos. Repentina eviolenta peste assolava toda a Thessaíia! Immediatamente ofacto foi attribuido a uma vingança desAphroidite Pandemos,aue assim castigava as matadoras de Lais. A peste, realmente,se espalhou tão rapidamente que, por assim dizer, não houveuma só casa que d'ella se livrasse. Innumeras lamentaçõesforam propostas para applacar a cólera da deusa e aindaficou decidido construir um novo templo em sua home-nagem, templo em que se immortalisaria a memória de umade mais perfeitas e bellas devotas.

Os trabalhos para essa construcção logo foram iniciados,real isando-se a collecta do dinheiro nas residências attin-gidas pelo mal. Não havia mulher que não tremesse delorror e medo

clusao a que sechega, examinandoa estatística publi-cada recentementepor MargaretGrant e HermanS. Hettingir, daFaculdade de Eco-nomia, da Univer-sidade de Pennsyl-vania. Eis algunsdados que figuramnesse trabalho.

Nos EstadosUnidos ha ap-proximadam ente45.000 or-

filho atacado pela peste. A cons-

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trucção proseguiu em pleno períodofurioso da epidemia, dividindo-se oshomens validos nos trabalhos do temploe no transporte dos corpos das victimas paraterras distantes e deshabitadas.

Conta a historia que, ao ser iniciaca aconstrucção, a epidemia amainou, o que en-cheu de esperança toda a população, animan-do-a a proseguir activamente com os traba-lhos. Tinha-se a certeza de que terminada aobra, cessaria a epidemia. E, realmente, quan-do emfim a nova estatua da deusa poude sercoüocada no pedestal do templo recem-aca-bado, a praga se extinguira por completo.

Os materialistas modernos dirão simples-mente que houve coincidência, mas antigamen-te como hoje em todas as nações, o povo venisso o resultado oe uma justiça superior.

Pobre Lais! O amor tirou-lhe todas as do-curas e encantos de uma vida de delicias. Oamor prometteu-lhe a suprema alegria... Masa inveja, o ciúme e o ódio a impediram dealcançar essa felicidade.

Porque, infelizmente o ciúme, a inveja e oódio sempre crescem entre as flores mais bellasda moralidade orthodoxa.

Mas Lais sobreviveu. Seu assassinato nãofoi em vão. E' hoje uma figura histórica, cujavida tem sido contada e recontada no correrde vinte e cinco centúrias. E', realmente umahistoria inesquecível, porque nella encontramosattracções do amor, do romance e da tragédia.

todas as

PHILARMONIANão ha paiz, em todo o mundo, em que se ouça tanta

musica symphonica como nos Estados Unidos. Esta é a con-

A construção do novo templo foiiniciada Quando a peste causava

o maior numero de victimasdiariamente.

chestras dedicadas exclusivamente a musica chamada "cias-

sica". D'ellas, 250 são organizações permanentes.Dezeseis das mencionadas 250 orchestras têm despezas

de mais de 100.000 dollars annuaes e são tão importantesque rivalisam com as melhores de toda a Europa.

Das mesmas dezeseis orchestras, trez (a Philarmonicade Nova York, a de Boston e a de Philadelphia) são con-

fyS^/Mào 24.,v Anno — N. 10 — Março de 1941

A alegria encantadora do bailado moderno

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«B^Kf-, '¦ jfljja. '- ^8wb^^^^^ ^^-mmbp ^^diéfflHs^BF k w^ ^flfl JiB Hp**' srKjhâ|SHB|^^^fl dd^jJKt"fsBBflK*^5tj * ¦wtJBttMffisBH ¦** ¦¦^BI^l^wmBr

•-'rjJBp JbH ufefl^^sS^BflXL « ^flB^jPySyMflHJftfHBBt^, j^fl^r^rt^MM^P*l^BÍ^^^^BBEÉf*flflnVTHff*BÍHBÍ^^BlB '

/J nova parada da Broadwui/—D.ms espectaculares bailados da nova ique, por seus imprevistos e contrastes deliciosos, \êm oi

evista "Boys and girls Together>tendo ruidoso êxito.

4 B.^^BBJjflMMflMlMH^

sideradas superiores a qualquer outra em todo o mundo.Cada uma d'ellas custa quantia superior a 600.000 dollarsannuaes.

Como se imagina, nenhuma d'essas philarmonicas deu,d'mais, lucro material de qualquer espécie.

A artilharia modernaNuma grande região do Mar do Norte, começando

no porto norueguez de Narvik, immensos canhões mon-tados ora em terra orã em embarcações de guerra, dispara-ram continuamente, por oceaisão da curta e violenta lutaalli travada entre Inglezes e Allemães.

Todos esses tiros porem seriam inúteis se essas formi-

daveis, peças de artilharianão contassem com artilhei-ros de grande perícia,encarregados de fazer apontaria, pois, como sesabe, essa operação é tãodelicada que quasi a po-demos comparar com otraçado do curso de umcometa, num mappa astro-nomico ou manter o cursode um navio, em alto mar.

Longe estão aquellestempos em que os com-bates navaes eram

"a quei-

ma roupa", em que os na-vios tinham que se appro-ximar para fazer disparosefficientes, em que os ca-nhões tenestres eram dis-parados como os fuzis, con-tra alvos perfeitamente vi-siveis e a poucas centenasde metros de distancia.

Hoje, no que diz res-peito ô artilharia, apenasos canhões anti-aereos dis-param contra alvos visíveis.Todos os demais canhões,desde os de campanha, de75 millimetros de calibre,até os immensos canhõesde costa, de 405 mÜime-tros que protegem o Ca-na! do Panamá, requeremcálculos mathematicos paraseus dispamos. E seus obu-zes sempre attingem alvos

que não se podem divisar.Nos disparos dos

canhões modernos, sejammarítimos ou terrestres,intervém muitos factoresque devem ser levadosem altíssima considera-ção, na pontaria, paraque as granadas caiamprecisamente no alvoou o mais próximo pos-sivel. Taes factores sãoa força da gravidade, adirecção e velocidadedo vento, a tempera-tura ambiente, a humi-dade da atmosphera, ograu de desgaste daalma do canhão e o pe-so e forma do proje-ctil, todo o que temque necessariamente fi-gurar no calculo, paraa trajectoria ou seja alinha descripta no espa-ço pelo projectil.

Quanto aos dispa-ros dos canhões navaes,

aos factores já citados,devemos juntar mais es-

tes: o balanço ou cabeceio, a velocidade e o curso do na-vio em que seja feito o disparo e a velocidade e o cursoda nave contra a qual se tenham que fazer os disparos.

Hà dous typos principaes de trajectoria, como bemsabem os leitores que jogam tennis, no que diz respeito abola de borracha. Os canhões gigantescos disparam, emgeral, num pequeno angulo de elevação, o que faz a traje-ctoria consistir em uma linha longa de pequeníssima curva-tura, emquanto que os obuses (ou Howitsers) são canhõescurtos, que disparam em grandes ângulos e suas granadasvão cahir a pequena distancia do ponto de disparo.

As mais poderosas peças de artilharia de que já se tevenoticia, foram os canhões com que os Allemães bombardea-ram a cidade de Paris, na Primavera de 1918, de uma dis-tancía de 120 kilometros. As granadas d'esses canhões,

A complicada sciencia do bailadoclássico

o: 4.°AO LADO Os ensaios dos 1.", 2.°,bailarinos, obedecem a um sehema, Iraçado nosoalho por meio de signaes rnysteriosos, queindicam a esses prodigiosos salladores, a posiçãoilos braços e pernas, segundo o movimento ge-

ral do conjunto.

1 ————— I ¦ 1MIIIJ ¦ I *-

Lendo a "dansa-escripta", segundo os mesmossignaes do soai lio, a bailarina pode praticar

num solo.

ao LADO — Dous bailarinos, com o olhar lixo nodesenho do soalho, executando um mesmo salto.

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O grupo ile bailarinos, estudandointerpretando ou corrigindo os-dií íereníes. passos,, segundo estáescripto no solo. Por este sys-tema qualquer alumno pode•executar, praticando, os mesmos

movimentos elo professor.

-que, ao sahir da bocca dosmesmos, levavam a velocida-¦de de 1.609 metros por se-gundo, pesavam 180 kilos.O calibre erã de 803 mili-metros pouco mais ou menos,-porem o cano do canhãoerã de tal comprimento, quetinha que ser apoiado emsupportes especiaes, paraque não dobrasse, vencidopelo próprio peso.

Ao sahir, o projectil seelevava a 38.000 metros, ap-proximadamente,- porem aíorça de gravidade reduziasua velocidade a pouco maisde 804 metros por segundo.Uma vez emprehendida a

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OS VELHOS BALUARTES DA Inglaterra — O caslcllo de Durham. Ponte-secca de Graham Chverd.

descida, a força de gravidade era a primeira a lherestituir, outra vez, a velocidade ao fender, em queda, oar rareificado da camada atmospherica superior^e, por fim,ao chegar á camada atmospherica immediata á superfícieda Terra, onde o ar é mais denso, voltava a perder velo-cidade. Até mesmo o movimento de rotação da Terra entravanos cálculos da pontaria d'esse prodigioso canhão. (

Canhões menores do que esse acima explicado e demenor alcance são os de usogeral nos exércitos e mari-nhas de hoje e a trajectoriade seus projectis descrevecurvas menos accentuadas.

O alcance máximo doscanhões de campanha, de 75millimetros, é de 9 kilome-tros e a altura máxima de suatrajectoria é de 4.000 me-tros. Os canhões de 155 mi-limetros têm um alcance ma-ximo de 26 kilometros e atrajectoria se eleva a quasi5.000 metros. O alcancedos canhões de costa, de405 milímetros é de 46 kilo-metros e seus projectis, quepesam 1.061 kilos, obtêm,em sua trajectoria, a alturamáxima de 18.000 metros,approximadamente.

A LUZ «CONGELADA»Uma Qãrrãfã de um com-

posto chimico de luz dava-galume e um frasco de luzcongelada cuja temperatura,na escala centigrada, erã de195 graus abaixo de zero,ambas sahidas do laboratóriode pesquizas da GeneralElectric, constituíram a pôr-ticipação de Schenectadypara as apparatosas ceremo-nias, verificadas em .Maio de1940, em East Orange,Nova Jersey, por oceasiãoda estréa do film cinemato-graphico, Edison, o Ho-mem.

Esse film, como ja todossabem, relata a vida do ge-

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nio até o descobrimentoda lâmpada incandescentee, dada a circumstancia-de ter sido Edison o ini-ciador, em Schenectady,da industria eleçtrica, essaempreza foi convidada aparticipar da mesma cere-monia. D'ahi sua aecisãode contribuir com a exhi-bicão de duas fontes op-postas de luz, represen--tando, a primeira, a luz dovaga lume e a segunda onovíssimo typo de luzfluorescente.

\-\à muitos annos queo estudo da luz emittida,pelos vagalumes vem sen-do de particular interessepara os homens de scien-cia. Sabe-se, hoje, o quedeve ser feito, para repro-duzi!-a artificialmente, po-rem o custo das substan-cias chimicas necessáriasé muito alto para quepudesse constituir meiopratico de illuminação.

Na realidade, o eus-to da quantidade d'essas

substancias, para a reproducção da luz de dous ou trez va-

galumes apenas, vem a ser de meio dollar, approximada-mente !

Para produzir a chamada luz congelada são applicadoscertos materiaes fluorescentes a algumas placas da espessurado envolucro de um masso de cigarros e depois bombardeia-se essas placas com raios X. Consegue-se, d'esse modo, exci-tar os átomos dos materiaes fluorescentes, que accumulam as

invisíveis radiações dos raiosX, que, deixados na tem-peratura normal das casas ehabitações, logo se conver-tem em luz.

Porem, antes que issoaconteça, é necessário in-troduzir as placas num fras-co de grandes proporções,que contenha ar liquido coma temperatura de 195 grausabaixo de zero, de modoque os átomos se congelempor completo. Tornam-se, as-sim, inactivos, e nada acon-tece emquanto as placas per-manecem no ar liquido.Quando, um ou dous diasdepois, são retiradas do fras-co, numa habitação de con-fortavel ambiente, degelam-se os átomos e logo come-çam a emittir primorosa luziridicente.

Um aspecto da Quinta Avenida de Nova York, ás 4 horas datarde. Apezar de seus 7 milhões de habitantes, não pensam em re-tirar os omnibus das Avenidas, que têm, com elles, aspecto mais

brilhante .garantido por excellente serviço do trafego.

UM SELLO FO'RA DOCOMMUM

Ha um sei (o curiosissi-mo, chamado

"seiIo do lutofinlandez", emittido em 1891,quando a Rússia se apode-rou do serviço postal dogrão-ducado e forçou os Fin-landezes a usar unicamentesellos russos. Todos os Fin-landezes juntavam, então, aosei Io russo o

' 'sei Io do lu-

to". Seu fundo é negro.Um escudo, que figura á es-querda, mostra o leão raste-jante de Suomi sobre a lami-na de um sabre.

fíüf SC-TCx"'""' IX'" "~ "¦F~ís*~ "' :'f.r,^-..~r->y^< ''"7^:., ¦ ¦ ¦' -,—. r^—t. -T- . r~r- X-...' -X- 7 ,,;.-, -,... ..X; ' -.,.--'.-X..rX-,.. ,-.,

24.° Anno — N. 10 — Março 1941 {&ifèí^<i5?<7

AQUELLA QUE VEIU AS 10 HORAS^^^^^^^^^^ Romance de HERBERT ADAMS ^^^^^^^^^^

CAPITULO I SÓSIAS

O homem desceu, correndo, a rampa que conduzá estação, precipitando-se para o guichet, depois correupara a gare na direcção de um trem, que partia e abriua porta do primeiro vagon, que poude alcançar, saltan-do com agilidade, quando já se movia.

— Tive sorte! — murmurou, arquejante, ao ter-minar essa corrida de meio kilometro — O ultimo tremi

Tirou o chapéo e lançou-o sobre o banco mais pro-ximo, onde se deixou cahir, emquanto respirava comforça. # t

O único viajante d esse vagon occupava o bancofronteiro e embora fosse homem, que, em geral, nãoprestava attenção aos desconhecidos, notou dous de-talhes: o recemchegado devia ser um indivíduo em gozode excellente saúde, ^ muito provavelmente habituado atodos os sports, pois vira, quando chegara, correndo,ao lado do vagon já em marcha bastante rápida e. noentanto, não parecia estar fatigado ou sem fôlego. Ape-nas ligeiramente corado e com a fronte humida de suor.Outro detalhe chocante era o lenço, com que seccava asfaces. Sem estar verdadeiramente sujo, estava menosperfeito que seu proprietário e com essa cor amarellada,que revela ter sido lavado por um profano e não poruma lavadeira digna d'esse nome. Em seguida, notououtra cousa, ainda e seu olhar indifferente passou a exa-me mais attento.

Seu companheiro de viagem guardou o lenço re-velador, seu olhar encontrou o do yisinho de banco elogo a expressão de seu rosto denunciou que tinha vistoqualquer cousa verdadeiramente espantosa.

Os homens em geral consultam menos vezes o es-pelho do que as mulheres. Mesmo assim sempre se olhamno crvstal Dolido— e com grande attenção, quando sebarbeiam. Assim conseguem adquirir uma idéia exacta daprópria physionomia. Ora, se, em vez de um espelho,um homem vê seu próprio rosto, num vagon de estra-da de ferro, é natural que detenha sobre elle um olharestupefacto.

No exterior, sem duvida, havia enormes differen-ças. O primeiro occuoante vestia um terno marron, decorte imoeccavel, calçava luvas e tinha no pulso umrelógio de platina de elegan-cia quasi feminina. Todasua pessoa revelava gosto su-perior e os meios para satis-fazei-o.

O secundo tinha aspectoagradável, porem sua roupa,de sarja a^ul, de qualidadeinferior e já estava bastanteusada, seus sapatos empoei-rados e o chaoéo, atiradosob^e o banco não deviam tercustado muito dinheiro. Alemdo mais, suas mãos mias,eram as de um trabalhador.Foi elle quem tomou a pa-lavra:

— Parece mentira, hein ?E parecia mesrno.^ Os

dous rostos eram quasi ab-solutamente eguaes, os o^hosescuros; com sobrancelhasfortes, o nariz, largo e deforma idêntica, mesma formade faces e de fronte, queixofendido, cabellos castanhos,escuros e pequeno bigode decor e corte perfeitamente

viajante de terno marron, erguendo-se com um gestoconvidativo. ~ "

O outro obedeceu e examinaram-se attentamente«Da cintura á largura dos hombros, nenhuma differen-çã apreciável. Quanto á edade, era difficil um pronun-ciamento; o de marron poderia talvez ter mais algunsannos, mas seu aspecto, bem cuidado, era uma compen-sação. Um e outro pareciam ter trinta annos.

Tem razão; ê prodigioso! — disse o de marronpsentando-se. — Se eu não estivesse vendo, nunca jul-garia possível. ..

O timbre da voz era também similhante, emborahouvesse ligeira differença no modo de fallar, o de azulmais vivaz emquanto o de marron arrastava, ligeira-mente, as palavras.Supponho — disse o primeiro — que a nature=za é forçada a fazer repetições, de quando em quando0Isso não deve surprehender, quando se pensa nos mui-tos milhões de humanos, que somos.. .

Como se chama ? Onde nasceu ?Talvez houvesse no tom uma amostra de superio-

ridade; mas o de azul não teve a impressão de estar sen-do dominado.

—Hum! Talvez eu tivesse que fazer revelações pai-pitantes — disse e^e» com bom humor — Concedo-lhea honra de inicial-as. Qual o seu nome?

O de marron fitou-o, em silencio, como se es ti-vesse tentado de achar mau que tratassem comoegual. Finalmente, disse, com frieza: *

Meu nome é Wantage.E o meu Flower, Jim Flower, recém-chegado

da Austrália. Não; não devemos ser parentes, nem se-quer de longe! E talvez seja para lastimar.

Seu olhar ia da roupa elegantíssima de Wantagea sua própria indumentária, já usada e o sorriso que il-lumínou seus olhos, emquanto fallava, era realmentesympathíco. Wantage não teve tempo para responder,pois a porta foi aberta para dar passagem ao cobrador.

As passagens, por obséquio.Os dous apresentaram os bilhetes ao empregado,,

que lançou um olhar severo a Flower.O senhor não pode viajar em l.a, com uma pas-

sagem de 3.a! Tem que pagar a differença sete shil-lings e dez.

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eguaes.— Vamos ver se. . ^ Por-

favor, levante-se! — disse o

A guerra na AJrica — Guerreiro Meharista. Corpo auxiliardo exercito britannico cm operações na Lybia. Retalham asfaces para que assumam aspecto feroz e por nada neste mun-

do renunciariam a essa horrenda tatuagem.

Vou trocar de carro— disse Flower, apanhandoo chapéo. — Foi com a pres-sa de alcançar o trem... Naonotei o vagon...

Como? Vai mudar decarro só por causa dos seleshillings e dez? —- perguntouo outro, com sua voz arras-tada.

Fstá claro!Então permitta que

eu pague, pelo prazer de via-jar com uma tão perfeita re-producção de minha pessoa..»Palavra! Vale muito mais doque isso !

Concordo. Mas coma moldura menos cara! — ob-servou Flower, emquanto seusósia pagava.

O inspector examinou coramanifesta surpreza os douspersonagens quasi idênticos,mas nada disse, afastando-sepouco depois.

Talvez queira me infor-mar um pouco mais a seurespeito — disse Wantage,uma vez sós — Palavra! Es-tou curioso!

45

MtiSeFpük

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iffy;¦...:

Pois olhe — disse Flower em tom irônico ~-

receio que não valha os sete shilhngs. — Alem domais não estou habituado a acceitar taes favores ea 3.a classe me serve muito bem, emquanto não hou-ver 4.a. Emfim... Que deseja saber?

Que faz para ganhar a sua vida lEspero que appareça qualquer cousa. . .Ha muito tempo? .. .Desde que voltei da Austrália. Perdi tudo, por

lá, criando porcos. As cousas iam tão mal que resolvivoltar. Mas aqui ainda é peor!

Que fazia nesse logar em que tomou o trem !...•em Fordover, creio.

Exactamente! Eu lera um annuncio, em quepediam um guarda de canil. Quando me apresentei,disseram que o logar já estava occupado.

Falta de sorte! Que pretende fazer agora lQualquer cousa... De preferencia um logar

em que tenha que cuidar de animaes. Mas acceito, na-turalmente, qualquer cousa. ,

Wantage approvava com lentos movimentos de ca-beca. Sabia reconhecer a energia alheia, quando a en-contrava. Ficou silencioso, reflectindo. Finalmente, per-guntou com súbita vivacidade.

— Se eu lhe conseguisse um emprego, onde po-deria encontral-o .

Coube a Flower reflectir. Os alojamentos baratos,com que se contentava, não permittiam ter endereçospermanentes. Não podia prever onde se acharia dentrode uma semana. Tratava de poupar para andar decen-temente vestido, sabendo que só a boa apparencia po-deria favorecel-o com um emprego melhor. E a modestaquantia, que trouxera da Austrália, estava prestes a seextinguir. _,

-— Pode me encontrar no 427, da avenida da l^on-te de Lambeth — disse elle.

Era um varejo de cigarros onde costumava ir, pro-ximo de seu alojamento actual e onde podiam recebercartas para os freguezes. .

Ha alguma probabilidade de conseguir qualquercousa ? — perguntou.

Não é impossível — respondeu o outro, anno-tando num caderno de algibeira — Não mude nada emseu exterior.

Não! — disse Flower, com seu bom sorriso —Vejo, agora, que não é nada máu.

Wantage voltara a reflectir, folheando, lentamen-te, um caderno. .

Se eu lhe offereCesse cinco libras, a titulo deauxilio, até que arranje uma collocação, isso o offendena?

Um empréstimo?Se entende assim. Ou chame isso multa, paga

por um homem, que não acreditava em coincidênciase verifica que estava errado.

Prefiro que seja um empréstimo, embora só Deussaiba quando me será possivel pagar.

Deus sabe guardar segredos — disse o outro,«entregando-lhe o dinheiro.

Agradeço muito, mas não acceito essa espéciede favor. Onde poderei restituir esse dinheiro? Só to-carei nelle em caso de extrema necessidade.

Procure-me, quando eu der um signal para¦seu endereço.

CAPITULO II — E' PRECISO QUE ELLE MORRA1.

Chegando á mazinha de Lambeth, onde dormianuma mansarda, Jim Flower encontrou na porta doprédio, um vizinho de quarto, que se tornara seu amigo,Dick Calder, jornalista profissional mas que poucoexercia a profissão, por não ser capaz de levar a vida aserio, aos quarenta annos, como não a levara aos vinte.Encontrava empregos mas não sabia conserval-os. Seuespirito independente lhe causava sérios prejuízos. Des-de que reunia alguns shillings nas algibeiras, achava queo mundo lhe pertencia e não devia temer fosse quemfosse. A medida que o dinheiro fundia, seu horror peladisciplina e pela vida regular augmentava. Tinha o domde descrever as cousas e as pessoas em traços vivazes e,nessas condições, conseguia , collocar artigos e contosquando a necessidade a isso o forçava. Considerava-seum observador da vida, mas, em facto, era a vida bo~hemia e das classes baixas o que estudava de preferencia.Tinha amigos e, quando tinha as algibeiras tilintan-

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tes dividia seu dinheiro com a maior facilidade, com

alguns companheiros menos afortunados.Arrastou, por assim dizer, Jim pelas ruas do bairro,

contando suas próprias aventuras em busca de um em-

Prego. Jim esteve quasi relatando seu extranho encon-

trono trem com o elegante sos.a, mas renunciou. O

detalhe das cinco libras vexava-o. Para Dick Calder -

tinha a certeza - essa quantia representava uma es-

mola, que devia ser dissipada quanto antes. E, nao se-

ria difficil reunir companheiros para passar uma noite

cheia, que terminaria, provavelmente numa delegacia.

Jim não era santo nem tinha assim tanto amor ao di-

nheiro mas pertencia a uma família respeitável e, acimade tudo tinha amor próprio. Aquelle dinheiro era um

empréstimo. Talvez nunca pudesse pagal-o, mas so to-

caria nelle em caso de extrema necessidade. Reilectin-

do melhor, os ares de superioridade de Wantage, come-

cavam a irrital-o. ,Pararam em uma ponte, junto de uma pharmacia;

Calder bateu vigorosamente quatro pancadas rápidase, depois, mais duas, espaçadas. A porta foi aberta e

elles desceram uma escada, chegando a uma grande salabaixa, no sub solo, repleto de mesas em redor das quaesse viam muitos homens, debruçados. A atmospnera, pe-sada de fumaça, revelava a proximidade de uma cozi-nha. Dick abriu passagem até uma mesa vasia, apanhouuma cadeira e fez signal a Jim para se sentar a seu lado.

— Que vem a ser isto? — perguntou Jim — Al-

guma "sopa' do Exercito da Salvação .'" — Trata-se de uma salvação de outro gênero —

respondeu Calder, zombeteiro. — Considero isto meu"club". Tem a vantagem de, uma vez por semana, ser-vir um jantar grátis ao qual cada membro pode tra-zer um convidado... uma alma necessitando de sal-

Em obediência a quaes princípios?Ao principio da fraternidade! Espera um ins-

vação!

tante. i i •Desappareceu por traz de uma parede de madeira

frágil para voltar pouco depois, com dous pratos iume-

gantes e inedio três, embora bastante appetitosos, paraum estômago vasio. Jim aproveitara esse intervallo paraexaminar o ambiente. ,

Uma centena de pessoas, entre as quaes cerca dedez mulheres, gente de ar rude, em sua maioria parecen-do mais desclassificada do que desesperada, nao d esseescopo de que se fazem os heroes, mas a canalha, quepode se tornar perigosa entre as mãos de um conductoraudacioso... No zumbido das conversações distinguia-se a gyria de differentes paizes. Na extremidade da salahavia um estrado baixo e Jim estava ansioso para sa-ber que gênero de representação ia ser ofíerecida.

Calder tornou a desapparecer, para voltar poucodepois, com dous chopps. m

A bebida é paga — disse elle — mas hoje a des-

peza corre por minha conta — Vamos beber.Durante alguns minutos, consumiram em silencio

a refeição, que lhe offereciam. Jim tinha excellente ap-

petite para torcer o nariz ao que lhe offereciam gene-rosamente.

Se' as opiniões, aqui, são tão fortes como o tem-pero, todos vocês devem ser perigosos. A propósito,a que tende essa annunciada fraternidade? fEspere mais um pouco e saberá. Olhe, e cosi-nha russa! ,

Ahn! Já desconfiava de que se tratava de com-munismo. . . Você acredita nessa historia ?

Ora, meu caro! — exclamou o jornalista — ^cre-dito em tudo e não ligo grande importância a nada! Se-ria capaz de almoçar no palácio de Buckingham, se tos-se convidado... ou com nosso visinho, o arcebispo deCanterbury. Sou o apóstolo da curiosidade, gosto desaber o que se passa em toda parte e em nenhuma ou-tra gasto menos meu dinheiro do que neste logar.

Repentinamente, trez ou quatro pancadas de mar-tello, dominaram o ruido geral e reinou completo silen-cio. Sobre o estrado, Jim viu um indivíduo baixo e gor-do, sem pescoço, com a enorme cabeça calva repousan-do sobre hombros espessos. Tinha olhos pequenos, viva-zes e bocca immensa. Seus braços tinham enorme com-primento e terminavam em mãos grandes, febris e co-bertas por espesso pello ruivo.

—• E' o camarada Lootz —¦ cochichou Calder —E' o chefe do grupo dezesete,

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

— "Vou fallar sobre os inimigos do homem — co-meçou o orador, com voz lenta e rouca. — Aqui mes-mo, já demonstrei que os reis e conquistadores da his-toría, considerados grandes, foram, na realidade, aggres-sores e assassinos, verdadeiros destruidores. Conquis-taram a gloria, deixando atraz de si um caminho san-

E' communista?Perigosal Faria mais conversões em um minu-

to do que Lootz em um mez. Mas vamos ouvir o im-becu...

Queremos actos e não palavras! — trovejava o»exaltado orador — Se uma pobre mãi mata um filhos

grento, juncado de miséria, de fome e de desespero. quem não pode alimentar, a lei a condemna á morte?Hoje, vou fallar -sobre outios—inimigos da humanídade, actualmente vivos e neste paiz.

Resoaram alguns applausos e todos recomeçarama comer, pois era possível «uvir e, ao mesmo tempo,encher o estômago.

"Declaro que não haverá mais guerras, por quea "carne para canhão" recusará lutar! Se o irmão nãoconsentir em erguer a mão contra seu irmão não pode-rão ser travados as batalhas! Mas ha cousas peiores doque a guerra: a lenta e abominável morte pela fome,em tempo de paz! Por que milhares de homens traba-lham, em troca de alguns shilllings, para que um só vivano luxo, com o ouro, que extrahiu de seus ossos? E' pre-ciso que isso acabe!

O camarada Lootz agitou as duas patas pelludasno ar, gritando sua resolução e as colheres se chocaramcom a mesa, alegremente como uma salva de approva-çSo. ,. T.Tudo isso é muito bonito — disse Jim a seucompanheiro. — Mas se não houver um cérebro pode-roso para organisar. . . Qualquer um pode ganhar a vidademolindo, emquanto outros constróem.

E é mais fácil. . . contanto que dure.Vamos ouvir.Sei de um homem que possue minas de carvão

e de ferro. Seus escravos, centenas, milhares, soffrempor elle, nos entranhas da terra. Também possue usi-nas, onde homens, mulheres e creanças trabalham paraelle noite e dia. Possue estabelecimentos commerciaespor toda a parte; nas cidades mais importantes estãoinstalladas suas caixas registradoras, onde mulheres pai-lidas vendem mercadorias fabricadas em # troca de sala-rios miseráveis. E esse homem sozinho junta milhões !Isso é peíor do que uma guerra! Todos, aqui, sabem a

quem me refiro: John Tatley, cognominado o rei da

quinam lharia , , ,Gritos e vaias sublinharam sua pausa theatral.

Conheço uma loja de Tatley. . • Será que e dif-ferente das outras?

Tatlev pretende supprimír oslucros dos intermediários e é peiordo que as mercadorias, que fabrica.Creio que houve, ha pouco tempo,uma verdadeira revolta em uma desuas usinas. Na verdade, não é umsugeito estimado.

Mas a attenção de Jim já esta-va presa em outra cousa. Surprehen-deu em uma mesa visinha um olharde mulher, que procurava o seu.Não era bonita essa mulher mas ha-via qualquer cousa de attrahente emseus olhos negros e em sua expres-são provocante, quasi feroz. Não ha-via meiçuice em seu olhar, mas umar de desafio. Sem se occupar como orador cacete, eila se levantou epassou lentamente junto de me*a emoue Tim estava sentado com Calder.Vestindo ronnas simples, collantes,de tecido ordinário, tinha o portede uma rainha, sem a menor rela-cão com a toilette e o ambiente sor-dído em que se movia.

Quem é? — perguntou Jima seu camarada, logo que eila seafastou.

Adona.Senhorita ...ou senhora/

Nunca ouvi nome assim.Realmente, não é nome de

santa. . . Não posso dizer se çlla temoutro ou se este é o verdadeiro. Sei,apenas, que é uma mulher espanto-sa! Os melhores artistas do "Salãoa tiveram por modelo.

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Se um homem provoca a fome de centenas de maisque merece? Tem o direito de viver? Houve tempo emque cem mãos se ergueriam para abater um tyrano comoJohn Tatley; em quem o sangue dos innocentes não pe-diria em vão vingança! Não é isso, porem, o que dese-jamos. Nem devemos pronunciar taes palavras. Res-geitaremos a lei até aue eila seja transformada. Podehaver, aqui, quem grite:

"Devemos matal-o!" Mas de-vemos ser pacientes até que nosso numero seja maior.

Continuou com a mesma cantilena de todos os"salvadores" de sua espécie mas o espirito de Jim es-tava distante. Adona voltou. Atravessou a sala nova-mente e, nessa vez, aproveitando a cadeira livre, sentou-se a seu lado. Examinou-o por algum tempo, com seuolhar sombrio, em silencio. Lootz continuava exhor-tando o assassinato e pregando a paciência. Mas a maiorparte. , . comia sem dar attenção a suas palavras e aseus gestos de actor dramático de segunda ordem.

Havia o mesmo ar de desafio no olhar de Adona*Jim tinha a impressão de que eila passara lentamente,para que elle pudesse admirar toda sua graça e que,agora, vinha conhecer sua opinião. Por que? Não po-dia comprehender.

E' novo aqui?Fez a pergunta com voz""suave, que não era a de

uma Ingieza ou, pelo menos, a de uma Ingieza do bair-ro de Lambeth.

E' a primeira vez em que venho.E' dos nossos?Sou novo e tenho muito que aprender.

—-Comprehendo. . .Depois, voltando-se para Calder, que evidentemen-

te conhecia, declarou:Parece camarada, e se me deixarem instruil-o,

em breve estará formado!Lootz terminava, aos gritos, proclamando

"que omundo esperava um libertador, um heroe, que seria lem-brado eternamente com amor e veneração. . . Mas era

preciso ter paciência. . . embora ocaminho mais certo e seguro fossea violência! Matar! Matar! Matar !— concluiu, rubro de cólera.

Quer vir commigo para con-versarmos? — murmurou Adona.

Hoje é impossível — disseJim, com embaraço.

Elle tem que escrever umascartas — affirmou Calders, subli-nhando com o mysterio no tom devoz e um raoído piscar de olho abanalidade do pretexto. — VamosJim! Havemos de nos encontrarainda, camarada Jim! — murmu-rou a extranha creatura.

CAPITULO III - UM SERVIÇO BEMPAGO

Curiosidade premiada — "Mobie Dixie ,considerado o melhor specimen, na ultimaexposição de gatos, realizada pe.o kmpireCat Club" de New-York. parece querersaber que espécie de prêmio lhe conferem.

Somente na terça-feira seguin-te Jim Flower pensou em ir á lojade cigarros, cujo endereço dera aseu sósia, no trem. Se não passassepor lá, naquelle dia, teria faltado aum encontro, que teria a maior in-fíuencia em sua existência e na deoutras pessoas.^

Apoz a noite passada em com-panhia de Calder, fora a uma com»panhia de navegação, que anuun-ciava um emprego e depois a firmaSmith & Adams, tudo sem jesuíta-do. Encontrara Calder mais umasduas vezes e o bohemio zombarad'elle, por ter desdenhado os encanvores de Adona.

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47'*.

E's o primeiro homem a lhe voltar as costas;e ella tem fama de irresistivell

Nem ella nem sua politica me interessam!Não será medo?Não... Apenas não me interessa. E' só!

Quando pensou na loja de fumo, foi verificar setinha chegado alguma carta com seu nome.

Jim Flowerl — annunciou ao homem do bal-cão.I — Dous pences! — disse o outro, entregando-lheum enveloppe.

Jim pagou e abriu apressadamente a carta. Erabreve e escripta com lettra firme sobre papel ordinário.

"Se o Sr. Jim Flower deseja se encarregar de umpequeno serviço, bem pago, deve estacionar na calça-da fronteira ao Memorial da Guerra, na esquina de Hy-de Park com o hospital S. Jorge, terça-feira, ás quatrohoras da tarde/'

Wantage'

Nem sequer o endereço promettido. O sello indi-cava que a carta fora depositada na caixa no sabbadoanterior; portanto, o encontro era para aquella tarde!Naturalmente, elle desejava obter trabalho bem pago...pequeno ou não. Alem do mais, ardia de curiosidade porsaber o que lhe reservava seu elegante "double". -A as-signatura era, pura e simplesmente, WTantage. Sem du-vida um nome supposto. . . Ninguém, que se preze,dá o nome completo ás pessoas desconhecidas.

Jim conhecia muito bem o monumento erguidono angulo de Hyde Park, como homenagem a todos osvalorosos representantes da Real Artilharia, vindos detodas as partes do Império. Era mesmo um dos monu-mentos que mais o impressionavam. Chegou bem a tem-po e foi se collocar na calçada, em face do hospital.

Centenas de pessoas passaram apressadamente jun-to d'elle. Alguns — sem duvida residentes fora de Lon-dres — se detinham para examinar as figuras de bron-ze ou de pedra e ler as inscripçces. A maioria, apressada,nem sequer lhe lançava um olhar. Nem um só transeun-

4g te se parecia com seu companheiro de viagem — o quesignifica dizer: com elle mesmo, Jim! Os ponteiios doenorme relógio, junto do gradil do parque marcaramquatro horas, depois passaram alem. Wantage estavaatrazado. Mas Jim não duvidava que elle comparecesseao encontro, que se lembrara de marcar.

Repentinamente, um elegante "coupé" azul escuroparou bem junto do meio fio, diante de Jim: Wantageestava sentado diante do guidon e Jim, com um sorri-so, indicou que o reconhecia.

Dê a volta e entrei — disse o outro, á guiza desaudação.

Jim obedeceu e o automóvel, cruzando a avenida,entrou no parque, tomando a direcção de Remingtonseguindo a fila incessante de vehiculos.

Recebeu minha carta ?E' claro. Do contrario não estaria aqui.Se a tem ahi, entregue-ma.

Jim tornou a obedecer e o enveloppe desappareceumo bolso do terno, nesta vez, cinzento.

Ainda procura um emprego?Ainda, infelizmente!

As respostas eram tão lacônicas e seccas como asperguntas e nenhuma outra palavra foi pronunciadaaté o instante em que ultrapassaram a embaixada daFranca e chegaram ás casernas, sempre em marcha re-duzida.

—^ Nossa similhança é por demais notável paraque não a aproveitemos. Desejo que me substitua du-rante uma hora.

Disse e fez uma pausa, esperando uma respostade Jim. Este, porem, nada disse, aguardando ouvir maisalguma cousa. Sabia tão bem como seu companheiroque sua similhança era prodigiosa e, pessoalmente jul-gava-se capaz de imital-o com alguma facilidade. Maspodia haver algum motivo muito serio para esse curtodisfarce, já que lhe offereciam pagamento generoso. . .

Concorda ? — interrogou laconicamente Wan-tage.

Sim. . . Desde que me diga como, onde e quan-do. . .

Nao disse "por que"e.. -— observou o outro.

Também gostaria de saber —- respondeu fria-mente Jim.

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E também quanto receberá ?A resposta foi um tanto irônica:

O senhor disse que seria trabalho bem pago.Para mim é bastante sua palavra.

Continuaram avançando, dando voltas lentas naSerpentina, de recantos tão deliciosos, no coração dacidade trepidante. f

Para me fazer ganhar uma aposta, terá que seencontrar com uma certa pessoa, uma mulher, paraceiar.

Perspectiva bastante agradável. Mas não pen-so que ella me acceite como o senhor, pelo menos apozalguns minutos. . . se o conhece bem. Poderá, por exem-pio, alludir a cousas que ignoro.

Você não ceiará com eíla. Apenas vai recebei-ae, depois, desapparece. . . e appareço eu.

Menos seduetora, a aventura! — disse Jim, sor-rindo — Forem muito mais fácil... Isso levará, no ma-ximo uma hora.

Tem casaca? — perguntou Wantage, sem pa-recer ouvir seu commentano.

Somente a. roupa que tenho no corpo. . .Deverá, nesse caso, ir a um alfaiate, que lhe vou

indicar; alugará, por uma noite, uma casaca decente,comprará camisa de peito auro, botões de pérolas, gra-vata branca... Aqui, no automóvel tenho um sobre-tudo preto e um claque. Podeiá ficar com elles. Sexta-teira á tarde, ás dez hoias e meia irá ao restaurant LeSuprême, onde verificará se reservaram a mesa segun-ao o peaido de lord Wantage. Ima mesa para duas pes-soas. Poderá vei-a e fazer as modificações que julgar ne-cessarias. "

O senhor é. . . Lord Wantage? — interrogouJim, não positivamente surprehenuiuo, mas impressio-nado. Nunca tivera relações com um personagem ti tu-lacio e, na verdade, sentia-se perturbaao por ter comosósia um nobre tão distineto.

Sou — disse o outro, seccamente. — Encontraráno mesmo restaurant e á mesma hora, um representan-te de hewdle & Holding, agentes inimobiiiano^, que lheproporão a venda ae um aomimo, no INoriolk.

Eu direi que não é uma hora própria para tra-tar de negócios V

As pessoas que vivem de commissões não con-sultam os relógios. Jroderá esperar, com elle, a chegadada senhora.

Que devo conversar com elle?Liíe mesmo dirigirá a palestra, como sempre fa-

zem os que piopcem, negócios. Você se limitara a ou-vil-o, pouendo ofieiecer algum drink. . .

¦— Como o distinguirei ?Nunca o ouvi e apenas lhe telephonei. Elle se

apresentai á. A's onze hoias ou pouco depois, ella che-gaia. Você a conduzirá ate mesa e mandará servirccck-taiis, de preíerencia Bronx. A's onze e quinze pedirálicença, pietextando ter esquecido a cigarreira no bolsodo sobretudo. Irá ao J,oilette para homens; alli eu esta-rei. Você me entregará o numero do vestiário para quepossa recuperar o sobretudo e o chapto e poderá se re-In ar com estes, que então lhe darei. Receberá ímmedia-tamente vinte libias, o que lhe permittirá pagar o aiu-guei da casaca e comprar a camisa e o resto. O aiugueroeve custar uma libra. Ganhará outras vinte, quandonos encontrai mos no toiiette.

Digamos quinze. Já recebi cinco, no trem. Assimacertaremos logo nossas contas.

Lord Wantage lançou para seu companheiro umrápido olhar, cheio de surpreza e disse:

Como quizer. Está tudo bem claro?Ainda não. . . Esqueceu de me dizer o nome dasenhora. . . Como poderei reconhecel-a ?Já ia explicar. E' miss Betty Barron... Já ou-viu fallar?

Nunca!lem cerca de vinte e trez annos e representa

numa peça que estão levando no Theatro da Graça.Poderá, antes, ir assistir o espectaculo. Poderá, ainda,ver uma boa photographia de miss Barron, no joyer. . .

Devo chamal-a... O senhor a trata por Bettyou miss Barron ?

Poderá, querendo, chamal-a simplesmente Betty.Pergunte-lhe como decorreu o espectaculo e, em segui-da, poderá desapparecer. . .

¦— Como me chamará ella. . . isto és cemo o chama?

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Sua Senhoria envolveu seu companheiro num olhareiramente contrariado.

E' possível que ella o trate por Minus. . . E'um sobrenome. . . Mas não tem importância.

Comprehendo. . . As mulheres nunca são exac-tas. . . No caso cTella se atrazar muito. . . Continuareiesperando ou irei procural-a no toilette?

Ella rlao se atrazará. . . muito. O theatro ficaa poucos passes do restaurant. Em todo caso, ficareiesperando um pouco... Ha mais alguma cousa?

Não haverá risco. . . Se outras pessoas, emquan-to eu estiver esperando, me.;. ou melhor, o reconhe-cerem e vierem fallar commigo?

Não acredito que tal aconteça — disse LordWantage com seu tom de voz ligeiramente superior —Mesmo por que estará oecupado com o representantede Fewdle & Holding. Sou conhecido da gerencia, mas aspessoas que freqüentam Le Suprême não são, em geral,de minhas relações. Se alguém procurar conversa, vocêse desculpará, dizendo que espera alguém... De resto,não haverá muita gente, até as onze horas, que é quan-do os theatros fecham.

Terei cuidado.Muito bem. Tenho sua palavra de honra, que

me garante que nem antes, nem depois dirá a ninguémnada de nossa combinação.

E pela primeira vez Wantage, voltando-se paraJim, fitou-o bem nos olhos.

Claro! — disse Jim, sorrindo — Serei um lorddurante meia hora. Depois esquecerei tudo...

Confio em sua promessa — replicou Wantage.Depois ficaram alguns segundos em silencio. Atra-

vessaram Marble Arch e terminaram o circuito, vol-tando pelo angulo de Hyde Park, quando Sua Senho-ria acerescentou:

Naturalmente não faço questão... Mas se qui-zesse deixar Londres, no dia seguinte, juntaria maisvinte libras ao que lhe prometti. Será, até, mais fácilachar um emprego como deseja, numa região agrícola,como Lincoln ou Cheshire. . .

Sim. . . Será bom tentar. . . Já tinha pensadonisso.

Seria vantajoso duplamente. Tenho a certeza.Agora repita o que tem a fazer, para que não possa haverconfusão.

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>» CAPITULO IV ADONA

Naquella noite, Jim Flower se offereceu um jantarsumptuoso, como não tinha ha muito tempo. Questão,talvez de precaução e não de gulodice. Os luxuosos res-taurants de West-End, em Londres, não tinham exis-tido para elle, desde seu re™gresso á terra natal. Sem-pre se alimentara nas casasmais modestas e -um gar-çon recusaria altivamente,como gorgeta, o que elle,ultimamente, costumavapagar por um jantar. Na-qella noite, era differente.Tinha o bolso bem guarne-cido e precisava se prepa-rar para o papel de quelhe tinham incumbido. Pre-cisava de ganhar ambiente.

Não foi, naturalmente,ao Suprême, onde, na Sex-ta-Feira, teria' que appare-cer sob aspecto differente.Isso poderia trazer compli-cações. Escolheu o grill-roomde um restaurant elegantede Piccadilly, onde podiase habituar ao luxo. Esfre-gou cuidadosamente seu ter-no modesto, tornando-se tãoelegante como possvel, poisnão queria gastar dinheiro,alugando casaca, antes queisso fosse necessário.

Estava resolvido a ga-ühar conscientemente a

Os Estados Unidos e a guerra — Ultimo typo de "tank am-

phibio" todo de duralumium, adoptado pelo exercito norte-ame-

^^mmmm ,..-¦- miiin-r I

ricano, apoz passar por severo» "tesís", 'fazendo 45 kilometroshorários em terra e 10 milhas sobre a.água, em uma hora.

quantia> que lhe offereciam, em tão singulares condições.Lord Wantage affirmava que se tratava de uma após-ta e quarenta libras era uma ninharia para um homemque devia ganhar milhares d'ellas. Talvez tivesse anos-tado uma pequena fortuna em como o veriam 4 em douslogares differentes. . . Elle, Jim, ia tornar possível suavictoria. Parecia-lhe haver uma espécie de trapaça nocaso, mas não tinha que ter remorso. Apenas conside-raria seu papel na operação e o dinheiro seria recebidocom alegria, sem contar as vinte libras suppiementarespara deixar Londres. . . precaução verosimil para sup-primir todo risco de divulgação do segredo.

O zelo de Jim nao se limitou ao sumptuoso jantar.Foi, antes, ao theatro da Graça, para vêr a photogra-phia de Betty Barron. A peça se intitulava "Uma mu-lher independente" e em um quadro, que tinha o nomede Betty Barron, viu meia dúzia de retratos da maislinda adolescente que jamais seus olhos tinham contem-piado.

Afastou-se com passos lentos. Pouco alem viu umbalcão em que eram vendidos cartões postaes com aphotographia de vários artistas da peça. Comprou um,com o retrato de Betty Barron.

Emquanto sorvia um cock-iail e esperava o pratocomplicado, que escolhera, examinou a photographia.Num rosto oval perfeito luziam dous olhos maliciosos,com sobrancelhas bem deenhadas e bocca deliciosa. Oconjunto era adorável e sedúctor. Pensou que ella de-via usar peruca, por que a massa de cabellos encachea-dos, muito sedosos, combinava com o taltleur.

E elle ia vel-a, embora por dous ou trez minutos,apoz o que Lord Wantage tomaria seu logar e ella desap-pareceria para sempre de sua existência. Era, não ha-via duvida, uma maravilhosa aventura. Talvez, em sum-ma, ella devesse todo o encanto ao make-up e á arte dophotographo... A realidade podia ser muito menos .en-cantadora. Nem por isso deixou de examinar com pra-zer os olhos magníficos, tão expressivos e pensava queprodigiosa felicidade seria para um homem nelles poderdespertar o brilho do amor.

Hello, Wantagel Que está fazendo, ahi, sozinho,pensativo? Oh! Contemplando a nossa Bettyl Vou di-zer aos amigos. . .

Jim estremeceu ligeiramente, ergueu a cabeça e viuum rapaz, muito jovem ainda, parado a seu lado e semduvida alguma satisfeitíssimo por ver a photographiaentre suas mãos. m

Boa noite — disse elle com voz arrastada, imi-tando o tom de Wantage. — Que faz você ? >

Acabo de comer qualquer cousa, rapidamente.Vou ver a primeira exhibição do novo film de Shecker.Uma droga, imagino! Vai me offerecer um drink ? >Não ! — replicou

Jim, no mesmo tom ante-rior. — Preciso estar só;quero reflectir. . .

A propósito de Bet-ty? Ah! Não quero pertur-bar o devaneio. . . Ou estáesperando alguém?

Você é perspicaz 1 —murmurou Jim — Nao seatraze. . .

Tem razão. . . Apre-sente-lhe meus cumprimen-tos. . . seja ella quem for. . .

E com um riso de sa-tisfação, desappareceu.

Jim guardou a photo-graphia. O incidente era,ao mesmo tempo, divertidoe espantoso. Vinha provarque elle podia, facilmente,passar por Lord Wantage,mas também provava que,alli, estava se arriscando aprovocar aborrecimentos aum ou a outro ou a am-bos. Até o instante em quea gorda aposta estivesse ga-nha seria melhor deixar-seficar pelos arredores deLambeth ou, pelo menos,evitar os ambientes aristo-

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era ticos de West-End, freqüentados por seu «obre so-sia. Já o encontro de ha pouco poderia dar logar acommentarios desagradáveis.

Jim honrou seu menu. Poderia passar muito tem-po antes que lhe fosse possível ter outro jantar egual.Assim comeu com satisfacção e terminou com um ex-cellente charuto. Ninguém mais o veiu incommodar equando, emfim, pagou a nota e deu larga gorgeta aogarçon, sahiu e tomou a direcção de Westminster e deLambeth.

Chegando á ruazinha onde tinha seu quarto modes-to, começava a perguntar a si mesmo se Díck Calderestaria em casa, quando viu apparecer Adona. Era im-possível evital-a.

Salve, camarada Jim! — disse eila, com os olhosbrilhantes de prazer. — Disseram-me que tinha sahido,assim como Dickie. Mas agora que o encontro, tudovai bem. . . Tenho sede. . .

Jim hesitou um instante. Devia acompanhal-a, oudesculpar-se com um pretexto qualquer?

Eila fingiu comprehender ou, realmente, illudiu-sequanto á razão do seu silencio.

Está combinado! — declarou, tomando-lhe umbraço — Quem paga sou eu! Vamos. . .

Tenho dinheiro. . ,Tal generosidade o envergonhava. Nunca acceita-

ria d'eila favor algum, principalmente favor de dinheiro.Quasi não fatiaram, (emquanto não se viram senta-

dos em um pequeno bar decente e, por sorte, quasi va-sio. Eila pediu cognac, emquanto elle se contentou comcerveja.

Conte-me sua vida — disse eila, curvando-separa elle e fitando-o bem nos olhos.

Documente, Jim relatou algumas de suas aventurasna Austrália. Era um assumpto banal e com isso ga-nhara tempo...

Pretende voltar?Não. . . Lá a vida é rude e chega a assustar. . .Por isso deixou a Austrália ?Não. . . A terra, sim, não sympathisou commi-

go. Perdi todo o dinheiro que d'aqui levei. Mas, emtodo caso, tenho saudade da vida simples, cheia de obs-taculos da natureza, de mysterios. . .

Pobre Jim — disse eila, pensativa — Mas agora. . . tudo passou, embora continue desempregado ?

Tudo passou, em um sentido. . . Contínuo pro-curando um meio de vida. Em fim, espero melhorar. . .

Eila se conservou calada, durante alguns segundos,depois, com uma expressão singular nos olhos negros,declarou:-

Jim! quando encontro um homem predestinado,sinto isso immediatamente. Não está com sorte, ulti-mamente. Mas sua situação não é tão má. . . Talvezeu possa ajudal-o. . .

Jim reflectiu rapidamente. Adona se mostrava mui-to generosa. . . Acceitar sua proposta seria dizer adeusá sua liberdade, escravísar-se á forte vontade da peri-gosa agitadora. Tinha, agora mesmo, no bolso o retra-to de uma creaturinha que parecia personificar um idealde que sempre tivera consciência. Entretanto, tinha queagir com cautela, para não desgostar tão estranha crea-tura e que tinha amigos tão desagradáveis.

Na verdade — disse elle — já tenho um emprego.Emprego? De que gênero?Garçon. . . no Suprême.Garçon!

Parecia revoltada.Já começou ?Não. . . Estou sendo instruído. . .

E elles acceitam pessoas sem pratica, como você ?Acha que poderei servir ? — perguntou elle, paradisfarçar o tremor de suas mãos.Não sei. . . . Quando começa ?Sexta-Feira.

Depois, vendo nisso uma escapatória, acerescen-tou:

Naturalmente, devo deixar o serviço muito tarde.Preciso de arranjar um quarto mais próximo... e esta-rei portanto, afastado de Lambeth e dos amigos. . .

Comprehendo... —- disse eila lentamente —Recusa continuar comnosco! Talvez tenha medo. . .

Jim sentia que sua fronte estava humida e que oar lhe faltava.

Nao é isso. . , — murmurou —- Sou um homem

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sem experiência da vida... Gosto de isolamento. . ,Tenho horror ás responsabilidades. . .

Comprehendo. . . — repetiu eila e em seus olhospassou novo íulgor, que fez Jim estremecer — Talvezainda venha a se arrepender!

CAPITULO V — BETTY

Boa noite, milord. . . Sim, Milord; reservamosa mesa. Vossa Senhoria quer ver ? Ha |Um senhor, quediz ter um encontro marcado. . .

Primeiro quero ver a mesa. Esse senhor pode es-perar um pouco mais, tenho a certeza.

Sim, milord.. . Se Vossa Senhoria quizer acom-panhar-me. . .

E Jim Flower, quando lhe entregaram o ticket nu-merado, em troca do sobretudo e do claque, seguiu oobsequíoso gerente pela galeria do restaurant, pergun-tando a si mesmo se gostaria de ser tratado assim parao resto de seus dias. Sentia que para o restaurant eraquasi um acontecimento receber um membro conheci-dissimo da aristocracia e que esperavam d'isso tirar pu-blicidade favorável no mundo elegante.

E' esta a mesa, milord, diante da orchestra,mas não muito próxima. Eu mesmo cuidei da disposi-ção das flores.

Assim como previra Wantage, havia pouca gente.Os garçons estavam reunidos no fundo da sala, prepa-rando-se para receber a affluencia elegante, quando ostheatros encerrassem seus espectaculos.

E esta mesa ? — perguntou J im, designandooutra, num canto.

Observara mie estava reservada, mas imaginavaque melhor serviria a seu orgulhoso patrão. Alem domais, naquelle local, sua presença e seu desapparecí-mento passariam despercebidos.

O gerente hesitou ligeiramente. Outra mesa pode-ria servir perfeitamente para o Sr. Belton e sua noiva,quando soubessem que tinham sido deslocados paraservir Lord Wantage. Até ficariam lisonjeados!

Se prefere, é sua, milord! Vou preparal-a pessoal-mente.

Muito bem; onde está a pessoa que me procura?No palmario, milord. Permitta-me que o con-duza.

Reconduziu Jim pela galeria, ornada com palmei-ras em enormes vasos, até uma poltrona onde o espe-rava um rapaz franzino, de pince-nez.Lord Wantage. . . — disse o gerente, bastantealto para ser ouvido por todas as pessoas presentes.Boa noite. — disse Jim, estendendo a mão comgraciosa condescendência, ao rapaz que se ergueu comprecipitação — Lamento, se o fiz esperar muito tempo...

Absolutamente. . . Nada, milord!O senhor é. . .Meu nome é Wells, milord. Da casa Fewdle &

Holding.Foi gentil em ter vindo a esta hora, Sr. Wells.

Que deseja beber? Whisky? Sim... dois whiskyscom soda.

Perfeitamente, milord.O gerente fez signal a um garçon c repetiu o pedi-

do, retirando-se depois, discretamente.Pois bem, Sr. Wells. . . Como se chama a pro-

prieda.de que tem para vender?;— A Abbadia de Thorbury, milord. Creio ser o

specímen mais perfeito de architectura do tempo deElisabeth, existente em todo o reino. A aza leste é deepocha posterior, mas de um estylo que harmonísa es-plendidamente com o resto. Tenho commigo algumasphotographias, exteriores e também dos principaes sa-lões. O interior conservou todo o encanto artístico deum passado histórico, sem nada impedir o conforto mo-derno. Salões de recepção, dormitórios, grande garage,salão de jogos, terrenos de golf, boas pastagens, boacaça...

Wantage tinha razão. . . Jim teria apenas que ou-vir. A menor pergunta, de sua parte, provocava umfluxo de eloqüência persuasiva, por parte do excellen-te auxiliar da firma commissionaria. Em que poderiaparar toda essa palestra, Jim ignorava. De resto naoprestava muita attenção aos frizos, ás janellas originaes,ao campo de golf. . . Ia contemplar, dentro de poucosinstantes, a adorável Betty Barron e affectando uma

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

attenção benevolente, ardia de curiosidade por se en-contrar com ella.

Vira-a ainda na véspera no palco e achara-a maisbella do que na photographia. Mas com que se parece-ria... ao natural, fora do palco? A cabelleira empoa-da mudaria muito suas feições ? Seus cabellos naturaesseriam ainda mais bonitos? Qual seria, exactamente,a cor de seus olhos ? Sorriria para elle com o mesmo en-canto cheio de intenções, como sorria para o grande fi-gurão da peça theatral?

. . .Como vê, milord, se trinta mil libras podemparecer um preço elevado, não representam, na reali-dade, uma parte do cjue foi empregado na propriedade.Os antigos proprietários tinham gosto refinado e gasta-ram sem contar. . . Quando tiver occasião de percorrer...

Ella surgiu, caminhando com desembaraço!Havia mais gente no restaurant. agora. Continua-

vam a chegar mais habitues. . . Porem Jim a reconhe-ceu immediatamente.

Pois bem, Mr. Wells, acho que o senhor tem ra-zão. Preciso ver a propriedade. Fico-lhe muito grato pelofavor de ter vindo. . . Eu o avisarei, quando for possi-vel. . . Agora tenho que receber uma pessoa. . . Boanoite. . . e mais uma vez, muito obrigado.

Atravessou apressado a galeria e extendeu a mão,com alegria, exclamando:

Em fim!Estou atrazada ?

Sorria e, no em tanto, não parecia feliz. Elle sen-tiu isso e ficou penalisado. Mas logo depois, ao contra-rio, pareceu satisfeito: não era elle e sim lord Wantageque ella via. . .

Não. . . Não se atrazou. . . — murmurou comvoz arrastada — Apenas, eu estava impaciente!

Mas apenas pronunciou essas palavras, estreme-ceu. . . Teria feito bem em dizer ? Qual seria, realmente,o sentimento que unia miss Barron a lord Wantage?Tinha que ser mais prudente, sem o que provocariasuspeitas... Levou-a até a mesa. Um garçon apresen-tou um menu, emquanto o gerente se atarefava, ner-voso, num segundo plano.Creio que toma um cocktail. . . ? — indagouJim — Sempre o mesmo. . . ? Optimo! Dous Bronx. . .Depois organisaremos o menu. . .

O garçon se afastou e ficaram em silencio por ai-guns instantes. Jim examinava Betty, sorrindo, comosuppunha que seu sósia faria. Seria preciso que fosse umanimal, para não sorrir... Betty era seduetora, muitomais que na photographia, muito mais que no palco.Quasi sem make-up, apresentava um rosto mais palh-do do que elle imaginara. Os traços, porem, eram os mes-mos mas os cabellos mais escuros, castanhos com refle-xos de cobre e os olhos cinzentos, de um cinzento pro-fundo, mysterioso, maravilhosamente expressivos. Ha-via, no em tanto, uma differença! pareciam tristes, umatristeza com a qual elle não contava.

E então?- — perguntou ella, bruscamente —

por que tinha necessidade tão particular de me ver estanoite?

Pergunta directa e bastante embaraçosa!Direi tudo dentro de poucos minutos. . . Mas,

diga-me; Está fatigada. . . # ou triste?Ella o observou com ligeiro ar de inquietação.

Um pouco fatigada,talvez.. .

Tem certeza de queé. . . tudo ? Não terá novosaborrecimentos ?

Nenhum.Somente os anti-

eos. . . Pois bem... Con-

^Sgffltíaò

te-me tudofazer por você ?

Osjue posso

E' devido a Euni-ce. . . Ninguém pode inter-

* vir...Trouxeram, nesse mo-

mento, os cocktails. Eramonze horas e quinze. Suamissão estava cumprida.Por um instante esteve ten-tado a esquecer lord Wan-tage, deixando-se ficar alli,com a deliciosa creaturinha,

gozando sua companhia encantadora e rogar-lhe permis-são para se collocar inteiramente a seu serviço. Seu pa-trão não poderia intervir, sem se trahir. . . Mas logo com-prehendeu, quão grande loucura seria. . . Que pode-ria fazer por quem quer que fosse, elle, um impostor, qua-si um vagabundo? Terminaria seu papel, conforme asinstrucções recebidas. Levantou-se:

Desculpe-me, Betty. . .Que delicia pronunciar seu nome, mesmo uma só

vez, tendo-a tão próxima!... Esqueci minha cigarreira. Volto immedía-tamente.

Desappareceu. No local combinado, o outro o es-perava. Lord Wantage tirou o chapéo de abas largas eo cache-nez, que escondiam em parte suas feições. Jimviu, então, seu "doble", vestindo casaca tão impeccavelcomo a que elle próprio en verga va. . . Entretanto, osobretudo que retirava estava ligeiramente empoeirado,cousa que lhe pareceu surprehendente num homem tãoelegante. Sacudiu-o e passou-a Jim. . .

Ella esta só, na mesa. Disse que vinha apanhara cigarreira. A ceia ainda não foi combinada com o gar-çon. O Sr. Wells ficou commigo, até o instante em queella chegou.. . Aqui está o ticket do vestiário. . .

Wantage ficou um momento em silencio. Jim tevea impressão de que seu sósia estava menos frio, menossenhor de si, do que de ordinário.

. . .Creio ter feito tudo como me indicou — ac-crescentou Jim. — Ah! Ella parece preoecupada comEunice. . .

Aqui tem o preço combinado — disse Wantage,encarando-o. — Diga ao porteiro que a pessoa que es-perava não veiu e não volte mais aqui.

E' o que vou fazer. . . Mas. . .Hesitou, antes de dizer:

O senhor disse que daria mais vinte libras, seeu deixasse Londres. . . Vou partir. . .

Wantage abriu novamente a carteira e pagou.E' melhor. . . Não se esqueça do que me pro-metteu. Felicidades. . .

Obrigado.Pouco depois, Jim chamava um taxi, junto da cal-

cada e saltava para seu interior, sem notar que umamulher, junto da porta do restaurant, observava todosseus movimentos. Approximou-se ligeiramente, no ins-tante em que o vehiculo iniciava a marcha. Jim não aviu. Ella o chamou em voz baixa:

Camarada Jim. . .O automóvel ganhou distancia.

CAPITULO VI — INCIDENTES QUE GANHARÃO IMPORTÂNCIA

E' necessário lembrar outros incidentes, d'essa mes-ma noite e, pela primeira vez, somos forçados a retro-ceder uma hora.

A's dez, Lord Wantage se achava com trez amigosno salão de fumar do Patrician Club, discutindo, comuma philosophia de sobremesa, os factos que agitavamo mundo.

Você, Gower, acha que progresso e catastro-phe marcham de mãos dadas?

Essa phrase era pronunciada pelo honorable CecilSourlay, um homem ainda moço, que tinha ambições

políticas e levava a vidamuito a serio.

Pois não é eviden-te? — respondeu o gene-ral Gower. — Não podenegar que vivemos numaepocha de progresso. Muitomenos poderá negar que omundo parece caminharpara um abysmo. . .

Creio que você exag-gera — disse lord Brandon,com sua voz sibilante.

Fumava enormes cha-rutos, que faziam grandemal a sua asthma, masnem por isso seus lábios dis-pensavam o fumegante or-namento.

—- Todas as epochastêm tido seu período de pro-

51

1

ALLAH E' GRANDE/ — Tropa nativa que luta na fronteira doEgypto com a Libya. Todo entardecer, esquece metralhadoras e

carros de assalto, para fazer fervorosa prece a Ailan.

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62

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cresso Do contrario seriamos selvagens. Ha tambémneriodos de desordem. Mas sempre temos galgado essesobstáculos. Recordem a guerra dos cem annos, a crise

que se seguiu a Waterloo, á grande peste e as persegui-ções religiosas. Occupam apenas algumas linhas nos Ir

vros de historia. Em todo caso foram epochas terríveis

para os de seu tempo. Temos caminhado as escuras,mas ainda é cedo para d'isso tirar uma idéia justa e umaimprensa ávida de informações, que necessita cada hora,de um novo horror, não é remédio para a situação. Formim, continuo optimista.. .

Sempre desejei saber — murmurou Wantage,com sua voz arrastada — se os aristocratas francezes,conduzidos á guilhotina, se consolavam pensando quese tratava, unicamente, de um caso de perspectiva! Fo-

diam achar que o túmulo era o carro alado do progres-so, que se accellerava ligeiramente/

Acho que estamos fugindo do assumpto: — ms-

se Sourlay — Gower pretende que as novas invençõescausam mais mal do que bem. O radio, o El^nograpbo,privam os músicos de seu ganha-pão os films empre-Sam os actores por curto período e, depois, projectamSobre centenas de écrans, ao mesmo tempo, o mesmo es-

pectaculo. Os automóveis suppnmem a criação de ca-

vallos e a seda artificial mata a industria do algodão. . .

E as usinas electricas arruinam, os accendedoresde lampeões — accrescentou Wantage com um sorrisozombetelro — Supponho que os avós de Gower e os meus,sustentara m até o ultimo alento a fabricação dos arcose das flechas. . . Mas, mesmo assim, surgiram os canhões.

As transformações sempre causam victimas —

sibilou Brandon — mas as novidades como os motorese o telegrapho sem fio, empregam muito mais operáriosdo que deixam outros sem trabalho.

E que dizer dos trusts ? — perguntou gravemen-te Surlev — Acha que não contribuem para o augmentode desempregados? Vejam Tatley. Gaba-se de ser omaior empregador e o é, de facto. Mas talvez reduza,com uma serie de trusts, o numero de empregados ametade. . . Talvez Gower tenha razão. O progresso cau-sa desastres. ,. n ,

Tatley é um caso excepcional — disse brandon— Organisador prodigioso, venceu por que fornece ao

publico objectos de que precisa, pelo menor preço. Isso,realmente, é progresso.

Na minha opinião — respondeu Gower — la-tley é uma peste! E não me surprehenderei se algumdia lhe acontecer alguma cousa

Informaram-me, hoje, que elle fez a tusao comDarrell __ disse Sourlay — Isso significa, talvez, maiseconomia de trabalho...

Dizem que elle encampou também a fabrica deRandolph Beckford.

Quem é Beckford?O homem que fabrica tudo quanto Darrell ven-

de... Tatley fez bom negocio..Não defendo Tatley — disse Brandon, tossm-

do desesperadamente — Em todo caso acho que ellefabrica e vende mercadoria ingieza,. . . Sempre ha umacompensação. Para lutar contra a concorrência estran-

geira, temos que reduzir o preço... Nesse caso devia-mos protestar contra o emprego das machinas. . .

E' o que faço! — vociferou o teimoso Gower —

E' a grande chaga de nossa epocha.Não... — declarou Wantage — a chaga, a ver-

dadeira chaga, é a educação! E' preciso educar o povo. . . E' nisso que devemos pensar . . . —disse Bran-

don.Pensar só? Devemos realisar. . .Foi interrompido por um garçon, que vinha tal-

lar com Wantage. Perdão, milord. São dez horas e um quarto e

eu chamei o Sr. Tatley ao telephone, conforme seu pe-dido. •

Obrigado. Quero o apparelho aqui mesmo, sefor possível. . .

E, dirigindo-se a Sourlay: E' a propósito do match de golt, amanha. Ç^ue-

ro preveníl-o de que você é meu secundo. Então pode- „rá dizer-lhe o que pensa a seu respeito. . .

0 telephone ligado a uma tomada, na própria mesa,ficou á sua disposição. m

A±l$t m % Tatley? Aqui falia Wantage. Esta com-

24.o Anno — N. 10 — Março 1941

binado, amanhã, em Walton Heath? Duas horas? Op-timo. Terei Cecil Sourlay por parceiro. Você com Dar-,reli? Será excellente. . . Hein? Esta trabalhando a sós t

Que actívidade! Maís algum projecto para surprehen-der o mundo! Um momento... Cecil quer tallar ... .

E com um sorriso malicioso, extendeu o receptora seu amigo, que protestava:

— Não... não. . . Oh! E' você, Tatley ? Nao, na-da Apenas espero que faça optimo tempo para nossa

partida de golf. Almoçaremos lá mesmo? Muito bem. ..Até amanhã. ¦. .

Desligou e Wantage se levantou preguiçosamente.Você perdeu boa occasião para discutir negócios

com elle. Emfim poderá dizer-lhe amanhã e fazer com

que perca um bom drive. . . Tenho que ir, marquei en-contro com um agente para tratar d aquella proprieda-de no Norfolk, de que você mesmo me fallou, Brandon.Depois, ceiarei com uma linda creaturinha. . . Boa noi-te para todos. . .

O relógio andou. ,Eram onze horas e cincoenta minutos, mais ou

menos, quando um taxi se deteve diante de um grandeprédio de esquina, numa das mais tranquilias praçasde Mayfair; um prédio de appartamentos. Um homemde edade mediana, ajudou uma mulher ainda mais mocaa descer. Sem chapéo, eila ostentava um chalé bordadoa ouro sobre toilette que devia ser originaria de um gran-de costureiro. O homem deixou o chapéo e o sobretu-do no vehiculo e ficaram algum tempo conversandosobre a calçada, diante da porta principal. Finalmente,eila extendeu a mão. .

Fui muito gentil, trazendo-me até aqui. lecLComprehendo, agora, que fui tola sentindo-me mal...Quero que me perdoe por tel-o tirado d essa reunião. ¦..

Mau grado sua pallidez extrema, era de belleza m-discutível. A ,.,

— Não fallemos mais nisso, Eumce. Acredita aueeu teria ido a essa pseudo

"soirée-musical da velhaCatterby, se não tivesse a esperança de encontral-afMas diga-me: tem certeza de que esta passandobem? Se me permitte subirei, para estar mais tran-

quillo. . .Não se preoccupe, por favor. Sinto-me muito

melhor e pretendo deitar-me immediatamente. .. a me=nos que queira ver John?

Não quero insistir, se me der a certeza de queestá melhor... John e eu vamos jogar golf, juntos,amanhã.. „ , ,

Trocaram um aperto de mão. Elle abriu a porta,que não estava fechada a chave e acompanhou-a até ovestibulo, junto do elevador. Eila perguntou:

Então... O grande negocio já está concluído/Creio que sim. . .Está satisfeito ?

Mais ou menos, Eunice. Você. .. está se sen-tíndo bem? .. _\ ,

Sim. sim... A sra. Loxwood cuidará bem demim. . . Se'você voltar depressa, ainda chegará a tem»

po de ouvir Pattoni. . .Deus me livre!...

Eila fechou a porta do elevador, calcou o botão do

quarto andar. . , -jElle a seguiu com o olhar, ate que o elevador des-

appareceu. Depois, voltando ao taxi, deu ao chautteurum endereço no Quensgate.

O relógio de uma egreja visinha, annunciou meia-noite.

CAPITULO VII — UM PONTO EM SEU ACTIVO

Quantas vezes somos forçados a reconhecer o pa-pel que a sorte, pura e simples, desempenha em nossaexistência í

Jim Flower raramente comprava jornal, pela ma-nhã; costumava percorrer as paginas de annuncios dos

jornaes, expostos nas bancas e. se podia gastar um pen-ny, para possuir um exemplar, só seu, esperava a ultimaedição da noite, para levar a mão ao bolso. Mas apoum copioso primeiro almoço, tendo diante de si, uma

(Continua no próximo numero)

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GENERAL METAXAS.

He*,.,-.— mmu.

General JOÃO METAXAS, chefe do governo greso(Fallecido em 29 de Janeiro ultimo)

A Grécia acaba de soffrer, com a morte do gencra1João Metaxas, um solpe muito rude. O dynamico estadista

que subiu ao poder em 1936, durante uma revolução, ra!-

leceu aos 70 annos,, em conseqüência de uma operação

sarganta. Era conhecido como o "Homem de Ferro l

Grécia e o mais notável estadista da historia contemporâneade sua pátria. Chegou ao poder apoz uma carreira cheia

de alternativas. Do período revolucionário, que precedeua restauração do rei George I!, Metaxas surgiu como dictador.embora não fosse mais do que o leader de. um partido, quetinha apenas 7 das 300 cadeiras da Câmara dos Deputados.Apezar d"isso, logrou occupar os ministérios da Guerra, dd

Marinha, da Aviação e das Relações Exteriores. Antes de

ascender ao posto de 1.° ministro viu-se obrigado a deixara Grécia duas vezes, vivendo exilado. Nasceu em 1871,na ilha de Ithaca, no mar Jonico. Escolhendo a carreiramilitar, era tenente em 1899. Sete annos depois, lutou na

guerra greco-turca, seguindo depois para Berlim, ondede 1899 a 1903 estudou estratégia. Em 1904., regressou a

Grécia, onde foi professor da Academia de Officiaes, atesua dissolução, em 1909. Pouco depois, foi nomeado aju-dante de campo do ministro da Guerra, Sr. Venizelos,com quem collaborou, até o rompimento entre ambos. Err1912 foi assignar uma convenção militar em Sofia e assisti''a uma conferência militar de Londres. Em 1913., era o chefedo E. Maior, cargo que renunciou ao quebrar relações coro Sr. Venizelos. Em 1915, voltou á chefia do Estado Maior,com o posto de coronel. Um anno depois, renunciou, dei-xando o paiz, paxá onde regressou somente em 1920. Err1923 soffreu novo exílio, regressando em 1924, quandc:oi decretada amnistia política. Em 1933, advogou a res-tauração do rei George. Ao fallecer Venizelos, Meta-xas ficou sendo a primeira personalidade do paiz. Quandco rei George I! voltou ao throno, Metaxas foi nomeadcchefe das forças armadas e vice-presidente do gabineteDemerdjis. Com a morte d'este, Metaxas occupou a pastado Exterior, logrando a sympathia de seus compatriotas,principalmente por occasião da conferência Balkanica deBelgrado em 1936.

...... ...„,,., .;¦...,.., ¦ ' x-iTxiyxxxx^xxx xxx^v I '-'-' • ¦'': ¦ V..'.; . ,-' ¦¦ -x' • '•

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24.° Anno I. 10 arco. 1941 faaeMMdo

Mickey Rooney é, realmente,um caso raro de precocidade.Muito creança, 5á obtinha êxito)üos dramas cinematographicos.Seu desempenho de "Puck" emSonho de Uma Noite de Verão,revelou verdadeira genialidade.Hoje, com 17 annos, ainda éproclamado o melhor actor de1940 e um des que melhor sala-

irio ganham. Mas ainda é ado-lieseente. Confirmará, mais tarde,

esse talento 'í

"Cedido a uma tia por 1.000libras, quando tinha apenas 5annos. Fredd v Bartholomew foipara Hollywood, onde sua inter-pretação de David Coperfieldassombrou e lhe valeu a gloriae a fortuna. Depois fez ainda,com êxito, Pequeno Lord Flaun-

teroy. Capitão Corajoso.. ,Cresceu e perdeu todo o

prestigio. Mas ain-da tivera tempo

para enriquecer

Fundada nos Estados Uni-dos uma "fabrica" de

creanças prodígios!

MAS O VERDADEIRO PRODÍGIONÃO PODE SER FABRICADO

Escola primaria,; escola de culturaiphysica, de declamàçao, de 'cozinhei-

ras, d s donas de casa, escola davida das divorciadas, das mais, dasjogadoras de bridge e de golf (porcorrespondência) todas essas já exis-tiam nos Estados Unidos. Agora, sur-ge outra. Foi inaugurada e logo pro-curadissima — a escola em que seaprende a ser um prodígio, a ser estrel-

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Bu&Hei Br 'i' ¦¦ - ^m ^Bmm mmtr^mfmmmmmmm mmWF\k'Üfr-'*' - .^\a^H ^B^Bk^Jmwffi™ mmWf'fâ y.' " --uú^íSSÍ^H

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fackie Coogan. Este foi o mak>r ^racam, e

1 mais surprehcndente revelação da falta de

foUao. Como gury de quatro annos, emono-«oú todo o mundo pelo talento revido.em The Kid, ao lado de Charles Cha, lm<Foi só! I^ogo que cresceu um- pouco, ioi

tragado no mar dos fracassados.

Bebê Abeilard! Quem se recordad elle ? Foi a primeira creança pro-digio do cinema, filmando com exitpmuito antes de 1914, quando reali-zou uma serie de comédias. . . De-pois cresceu e de idolo passou a sersimplesmente o quasi desconhe-cido actor René Dary, dos filmsfrancezes. .. Como creança foiquasi um milagre de intelligen-cia e naturalidade. . . Depois dehomem não passou de um artista

insignificante.

Ias de saias ou calças cur-tas.

Nessa escola primariadas Artes, as creanças es-quecerão depressa os pra-zeres da vida ao ar livre,com seu puzzíe de cores, ofrescor das frontes inge-nuas, o encanto da própriainfância, para adquirir ges-tos standardizados, risosautomáticos, uma mímicaestudada...

Ninguém pode se con-verter em creança prodi-gio por fabricação e prin-cipalmente por vontadedos pais e numa escolaem que se humilha e es-maga o natural.

No entanto, essa escola,que se intitula " EthelMeglin Studios" e annun-cia ser o "Lar das famo-sas creanças Meglin", co-mo se o material humanose comparasse a algumaqualidade de caramello oubiscouto, essa 'fabrica"

Shir'ey Temp'e, dos cinco aos dez annos, empolgouo mundo e mostrou que tinha talento como gentegrande... Agora, que já é também "grande*, quasiuma mocinha, teve que abandonar o Cinema, por-que se, como creança, foi um urodlgio, já o escutatornou-se —dizem — banalissima e nada natural

Sua fortuna, porem, deve ser quasi fabulosa.

está repleta de alumnos, pobres creanças..cujos pais, invejosos da formidável fortu-na dos pequeninos príncipes authenticosda arte, não hesitam em sacrificar poruma fortuna impossível, o verdadeiro üie-souro que possuem: a infância.

Eis a escola em que se obtém um di-ploma de "creança prodígio" 1. . . Os alum-nos soffrem contorsoes violentas dos mem-bros inferiores, para que saibam sapatear,dansar, trepidar ao som exhaustivo demusicas banaes. São as futuras ShirleyTemple, as Jane Withers de amanha, asgrandes artistas do drama, que desde hojeaprendem a chorar sem palmadas e se

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Jackie Coogan, quando surgiu e deu a impressão # deser um menino prodígio, um gênio da arte scenica.Alliava a sua rea belleza infantil signaes. evidentesde clarividencia e talento. Tudo, porem, era illusorins

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Seiscentos contos por mez, aos dezeseis annos l Eis o que

ganhava, um anno apoz sua estréa em Hollywood^ Deana

Durbin, como uma das "Trez pequenas do barulho . Ago-

ra iá está noiva, com casamento marcado. Porem — embora,

para muita gente, esse facto demonstre "falta de intelligen-

cia", — Deana continua a se manter entre os

prodígios do cinema.

tornam acimade tudo artifi-ciaes, ^presump-

cosas, in traga-veis, por faltade naturalidade!

Como se overdadeiro pro-digio pudesse serfabricado l

Que devemospensar da pre-coei dade extra-ordinária de cer-tas creanças,qualificadas commaior ou menorjustiça, de pro-digios ?

Tal precocida-de annuncia,verdadeiramen-te, um futuro degloria solida?Qual é, realmen-

Jackie Cooper tinha emeo annos, Quando^ foi con-tratado por um preço fabuloso O Campeão, A Ilhado Thesouro e outros films d essa epocha serviram-lhe oara se revelar um grande artista. Com o tem-po, á rapaz em cujo queixo a barba apparecia, per-deu toda a naturalidade, banalisando-se e perdendo

sua antiga posição de * prodígio .

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4 j ^J Fm rprlor e^forcando-se por gritar mais do que a vísinha, essas meninas "can-

Shirley ( po.s isso tóivez^a^ ^ ^ h86pais que confiam na realização do milagre)

g o X das obras executadas pelos actores infantu, o»

adolescentes? Esses gênios apressados poderão amadurecer?

Sem duvida, são innumeros os exemplos. Dante compoZ

seuprm\eiro soAeto, com nove annos.. Tasso escreveu seusseu piiuicnw primeiros versos, com

dez, Calderon começoua escrever, com treze an-nos. Victor Hugo erafamoso, com quatorzeannos. Byron compunhaversos admiráveis, comdoze annos. Haendel com-poz uma "missa", comtreze. Mírabeau escreveuum romance, com onze»Meyerber dava concertospúblicos, com sete.^ Ra-phael começou a pintar,com a mesma edade~Weber fez representarsua primeira opera, comquatorze annos e^ Pascal,com doze annos, já tinharesolvido as trinta e duaspropostas de Euclydes.

Todos esses eram p/r-tuoses como o é, hoje, oviolinista Jehudi Me-nuhim.

Entretanto, entre to-dos esses pequenos mu-sícos prodígios, que cons-tantemente se exhibemem publico, quantos sefazem virtuoses geniaes?

Na maioria não' seouve mais fallar, desdeque se fazem "grandes

e outros nunca passamde medíocres executan-tes.

Muito mais do queelles, os pequenos phe-nomenos do theatro e

principalmente do cine-ma são condemnados adesapparecer, mais oumenos rapidamente, noesquecimento, quandonão mudam inteiramen-te de gênero e posição,oecupando os postos maisbaixos. ^,nr.

A gloria, já tão diffi-cil de supportar paraum homem, é fatal paraa creança.

E' verdade que paraos pequeninos prodígios

24.° Anhò — N. 10 — Março 1941

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Outro grupo de creanças da famosa escola de Los Angeles. Que será^o? Uma canção infantil, em hora de recreio? Não... Uma aulade dicção para creanças de 3 a 6 annos, que imitam, lamentável-

mente, as expressões do protessor.

Apoz ter se esforçado porparecer com Shirley Tem-pie, essa "matéria priiW'da "Fabrica de Prodígios"esquece a gloria futurapara saborear um f sorve-te... Então, sim; é natu-

ral e encantadora.

de Hollywood resta,em geral, uma fortu-na, conquistada empoucos mezes e a qualnunca puderam pre-tender os sábios maisillustres.

Mas, perguntamos :o ouro poude jamaissubstituir o talento ?

VARIEDADES ME-DICAS

O samue, espe-lho da saúdeE' â Sciencia que

vem dar reforço as ve-lhas expressões popu-lares: sangue vigoroso,sangue fraco, sangueexgottado. Durantemuito tempo os cha-mados curandeiros exa-minaram o sangue con-servado' em um vidro,para tirar prognosticofavorável ou fatal.'• Os médicos de Ley-sin renovaram essesprocessos empíricos,mediram experimental-mente as qualidadesphysicas do sangue,qualidades que refle-ctem, de modo irre-cusavel, a capacidade

^P5ffjK®»3(G!?n(^^B ^BffitW^'" ' fll lT — j™^^i\Jtmdf™Tj!^f^^P^^^y" b™'* -^*flP PffT Pt vdd' '^^BBPBPKfiB^awpBPr^'• »BP BB.^BB BBl^v-^HB hBt

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Fís o cumulo 1 Como prêmio por sua applicação, essas exiladas da infância recebem "tratados de finanças",Eis o cumulo i tomo pr m o y

cheques banCarios que nem sequer sabem ler,,.

de resistência do organismo, permittindo, as- purpura se mantém valentementeJ^"|j||°•I 3r seus recursos de defeza contra tubo de ensaio, assim como certos corpos,

o mal. Ha sangues vigorosos, cuja columna cm gozo de plena força podem s.pporta,,

Sfe«^*^«Wl>»~.... .¦ MM,'. ,',.,_ ,1 .Mij.ll mi,.,,,..I.W|...?~^r~-^~ ~~— - ¦ ,- n'y, ,j.

24.° Anno — N. 10 — Março 1941

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Anton Rubinsíein, o celebre composi-tor russo, tinha apenas oito annos,quando tocou pela primeira vez erapublico, em Moseow. Dous annos de-pois, ia residir em Paris, onde as lie-ções de Liszt tiveram grande íntluen-cia sobre sua technica. Antes de qum-ze annos de edade, iniciava sua pn-

meira tournée atra vez a Europa.

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Auto retrato de Pedro Américo, feito aos12 annos de edade. Com 16 andos já se dis-tinguia como discípulo de Ingres, Leon Coi-

gnet, Flandrín e Horace VernetSua primeira obra de fôlego rox

Carioca, pintada com21 annos incompletos.

Com seis annos, Franz Liszt recebia sua pn-meira licção de piano. Mezes depois, em I»l/,tocava em publico, improvisando sobre tne-mas variados. Depois, em Presburgo, no pa-lacio do principe Esterhazy, tanto enthusias-mou seu illuslre auditório que este se cotizou

para conceder ao gênio, por seis annos,uma renda de 600 florins, que asse-

gurou sua educação musical.

sem um estremecimento, penas e Fadigas. Outros se mos-

tram esmagados, vencidos, no fundo do vidro, como seres

decrépitos. Correlação mysteriosa entre o aspecto exter or

do indivíduo e a physionomia secreta das cellulas, que

povoam, aos bilhões, seus tecidos ou correm

por suas artérias. mNenhuma analyse, nenhuma trituraçao de

laboratório. Um tubo estreito e alto de 20centimetros, sraduado de 0 a 200. A quan-tidade de sangue examinada é mínima. Paraevitar a coagulação, junta-se ácido nitrico aoliquido sangüíneo, que se deixa em repouso,durante vinte e quatro horas, no tubo de en-saio. O sangue se separa, mais ou menos de-

pressa, num serum amarellado, gue sobe asuperfície e em uma columna de glóbulosvermelhos. Ao fim de uma hora, nota-se umadescida da columna rubra. Se o indivíduo estana plena posse de suas forças, o movimentose effectua lentamente, ficando entre 3 e 10,isto é: a altura do serum não medirá mais que

3 ou 10 mili-metros. Se, aocontrario, oorganismo édeficiente, mi-nado peloselementosmórbidos, avelocidade daqueda aug-menta. Osglóbulos ver-melhos des-cem e seu es-paço se reduzao minimo, notubo de en-saio. Nos ca-

busta e corada, visita o marido num sanatório.

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Por curió-

sidade submette-se á experiência. Os médicos notam uma

velocidade de 18 para a sedimentação. No entanto, nem

a radioscopia, nem a auscultação revelam nenhum sympto-ma alarmante. Apenas a queda ultra-rapidaaccusa um enfraquecimento geral do orga-nismo.

Um mez depois, novo exame sangüíneo.Nesta vez, a jovem esposa se queixa deexgottamento, cansaço... O exame radiojo-

gico continua negativo, como a auscultaçao.Todavia, o indicio de sedimentação attmge42. Alerta! Infelizmente a jovem esposa nao

pode repousar. Algumas semanas depois, aradioscopia revela uma pequenina caverna nocume do pulmão direito.

Caso inverso.Um Sueco, de bella corpulencia, chega

com um pulmão perigosamente attingido. Avelocidade de sedimentação de 90 provaum estado gravíssimo. Ao fim de um anno detratamento, o indicio passa a 7. O pacientese julga inteiramente curado, vai praticarsports, sem

Em 1878, quando "Os Mise-raveis", de Victor Hugo, foirepresentada no m theatro daPorte-Saint-Martín, o papeide Cosette coube a uma me-nina de sete annos, CecileDaubray. Sessenta annos de-pois, ei ia ainda servia ao ge-nio de Hugo, classificando,na Bibliotheca Nacional deParis, os inéditos e os ma-

nuscriptos do immortalpoeta-

Com a edade de 5 annos. SachaGuitry se encontrava em S. Pe~tersburgo. com seu pai, o grandeactor Lucien Guitry e c0m eherepresentava pantomimas no The-atro Imperial, sendo ora Pierrot,

ora Cossaco ou, mesmo,Barba Azul!

sos graves, avelocidade de sedimenta-ção pode ser de 80 emesmo 95, o que significaque a altura do serum éde 80 ou 95 milímetros.Abaixo do liquido ama-rellado, o núcleo de glo-bulos vermelhos parece es-magado.

Milhares de fichas foramreunidas, dando a esseprocesso de investigaçãoalto valor comprobatorio.

Aqui temos um exemplo.Uma jovem senhora, ro-

necessáriaprudência e,no invernoseguinte, umacongestãopulmonar ofui m i na. Im-mediatamentea velocidadede sedimen-tação sobe a75. No tubotransparenteem que o san-gue pareceesmagado, a

progressão da enfermidademarca suas etapas sinistras...90... 100!

Systematicamente, os me-dicos medem a velocidadede seaimentação nos paisde tuberculosos declarados.A contaminação só é temi-vel, quando o terreno en-fraquecido não pode maisoppor barreira a invasãomicrobiana.

Sabe-se, também, por queo marido de uma tuber-culosa sahe indemne dos

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Quando completou trinta me*e«de vida, Camille Saint-Saens to>collocado diante de um piano mi-nusculo. Ainda não tinha ^°"*~pletado cinco annos de J"****"^quando começou a tocar Sonati-nas de Haydn e de Mozart. bm1846, com onze annos, dava seuprimeiro concerto, na sala Playel,executando o Concerto em si be-

mol, de Mozart, acompanhadopor orchestra

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/?/» Cí/wtf, <fo esquerda para a direita: — 1 — Desde quatorze annos de edade,Charle Vernet, filho de famoso pintor do século XVIII, demonstrou possuir extra-ordinárias disposições para o desenho.. Porem, como seu gosto se afastava das"marinhas" de seu pai, ingressou, ainda menino, no atelier de Lépicié. 2 — SeBeethoven tinha dez annos, quando escreveu sua primeira sonata, foi á força quese iniciou na arte em que se tornou supremo, immortalisando seu nome. Entre-tanto, quando Mozort o ouviu tocar clavecin, c0m dezesete annos, declarou: "Pres-tem attenção a esse rapazola. Hão de ouvir fallar nelle dentro de pouco tempo 1"3 — Victor Hugo tinha quatorze annos, quando foi coroado na Academia dos Jo-gos Floraes de Toulouse. Com dezoito annos escrevia Bug Jargal e Chateaubriand o

chamava "menino sublime". Seus primeiros versos já denunciavam seu gênio.

riscos de uma longa cohabitação, emquanto outro, mais cauteloso, éatacado do mesmo mal. A velocidade de queda do sangue do primeiroé excellente, egual a 3. Por seus próprios recursos de vida,, o^ homemneutralisa os germens nocivos. No segundo caso, o sangue é fraco,fgnora-se onde poderá ter inicio a offensiva. Mas tem-se a certeza deque, nos domínios desconhecidos onde se travam os combates contraos batalhões dã morte, a derrota ameaça o paciente, porque a cham-ma da vida começa a bruxolear. A medidada sedimentação sangüínea é simplesmentea vigia, assignalando o perigo. Suas indica-ções não devem ser despresadas.

Alem do mais, todos nós sabemos aimportância do optimismo no tratamento da

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fl dWÍ^^ W& Dante, com nove annos. Com treze annos.^^ -*|á»5Í_^2S^^3-SfllH rifava sonetos. Mas, c0n- Albert Durer, queW .-¦ M^^^^^mSB^^SmÊÊÊl^ÊÊ trariamente á legenda, es- se tornaria o maior

«__ mmMÊÊr^È:é^&ÊSÊ^B&m*mmmmm los podiam cm pintor da MlernaWM mmmwkW^mWm^^^^ÈiJ^mmmm homenagem a Beatriz, por- nha, desenhava,WÉá 1 PJsMr^^ KPlP^Ml (>ue ° P°c^a ainda não com auxilio de uibffiPB ^*wtvk','"''^!l conhecia aquella que mais espelho, esse curió-

B-? I \%^ytg^0^t tarde immortalisaria so retrato de siIvf. I IHfldsl B sua Divina Comedia. mesmo.*d: J fl IPP * - frt\ m Ifôifli mmmrW-y; ^isKfeàfll ¦ . ....

SS» H ^R.'.'*Vi\.!¦ *¦ -üSÈSFifmfriÈ '^B B 1^»^»»»»-»»-»—-»-^—-»——^~»———~**~—~*———~* ' ' ****,"J,'^********^*^*?rTT*r

A precocidade do talento de Raphael, que encarnariacom Vinci e Miguel Ângelo o gemo da Renascença,lhe valeu ingressar, com doze annos, na academia dePerugio, d qual foi. durante sete annos, o c0llabora-dor anonymo. Somente, em 1504, aquelle a quem se

oostuma chamar II Graziosissimo poude escapará tyrania de uma pintura impessoal.

Camareiro e não copeiro(como erradamente cons-ta em certas obras) daGrande Mademoiselle,filha do Rei Sol, Jean'Baptiste Lulli tinha dozeannos, quando, tocandoviolino, foi ouvido porLuiz XIV, que ficou en-thusiasmado com o me-nino. Quando completouvinte annos, o monarchao nomeou chefe de seusviolinistas e seu primeiro

compositor de musicainstrumental.

Todos os exemplos empalüdecem, comparados com ode Mozart, que não tinha completado trez annos»quando sua irmã o ensinou a tocar piano- Com cm-co,> o futuro autor de D. Juan tocava tão bem vio~lino como piano e são encantadoras as peças quecompoz" com essa edade. Com sete annos dedicavaduas sonatas a Mme. Adelaide, filha de Luxa XV.

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tuberculose. Comque ansiedade oindivíduo salvode uma pleurisiainterroga o tuboonde resistem seusglóbulos verme-lhos! Dar ao en-fermo uma certezade victoria é omesmo que lhe dard melhor arma pa-rà se curar.

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Joanna Martins Coelho, iirasileíra, nascida em Taubaté,S. Paulo, vencedora cia prova de acrobacia aérea, no Con-

curso da Asa. de 1940. Tem 11 annos.

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jjhuuLijuijijj:.nT'i ix ~~——— ¦'¦""'

Exemplo únicode seu sexo — Deregresso de umaviagem pelos de-sertos arenososda Austrália, umjornalista norte-americano relatouuma extranha ap-parição, que ob-servou cm certodia de sol caus-ticante.

Quando menosesperava (nuncapodia esperar 1)viu surgir umamulher já cdosa,muito magra, to-da vestida com

crinoline, mitaimes, saia com anquinhas^ emuito longa, tudo segundo a moda de meia-des do secuio passado 1

O repórter esfregou os olhos, julgandoestar sonhando. Mas era tudo realidade!Tratava-se de um ser de carne e osso, aSra. Daisy Bates, que ha cincoenta annosvive nessas regiões desoladas. Conhece pro-fundamente os indígenas, seus costumes esuas origens.

Vestida á moda de 1860, cruzou, em com-panhia dos nativos, vastos territórios, que,antes d'ella, nenhum Branco pudera pisar,sem que isso lhe custasse a vida.

Os aborígenes a adoram e lhe attribuempoderes sobrenaturaes, obedecendo cegamen-te a todas suas ordens.

Ha cincoenta annos, Daisy Bates, tendoenlouquecido, se veste de mesma forma.

E', sem duvida, exemplo único, entre osmembros de seu sexo. E' a mulher que aModa esqueceu]

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HeÜo Marineck, o jovembrasileiro que, desde os

nove annos, dirige avião

e„ com doze, apoz varias

provas acrobaticas, realizou, sozinho, o raid

S, Paulo-Rio.

A origem da conti-nencia militar — Na an-tiguidade, não existia asaudação militar; o sol-dado se inclinava, purae simplesmente ou pou-sava um joelho em terra,para saudar um soberanoou um general vencedor.E as tropas soltavam bra-dos' de acclamação.

Na Edade Media, nãose podia entregar umacarta ou qualquer do-cumento a um superior anão ser na ponta deuma espada ou de umalança.

No tempo de Henri-que IV, permanecia-secom a cabeça coberta,diante de um chefe mili-tar. O habito de desço-brir a cabeça data douso do tricornioc De-pois, para evitar desar-

''¦¦¦' '.* y iT'*.' *' »?^> *¦ -*'' >'.' ¦;*íÍ^Ím^3^?^£'í ""- ***"^ ^< 'í.W^i^'^ ?*-'**. '' ^'Mr1' !— v

Muito antes de attingir a chamada adolescência,Yehudi Menuhin, nascido nos Estados Unidos, depai russo e de mãi georgiana, revelou seu dom ma-gnilico. Com sete annos, era solista da orchestraphUarmonica de San Francisco e, com nove, faziaestréa cm Paris. Com vinte e um annos, o violinista

prodigioso ganhava immensa fortuna.

ranjo nas apparatosas cabelleiras, limitou-sea saudação militar ao gesto de levar'a mão écabelleira ou ao chapéo, quando se ouvia

uma ordem. Essa saúda-ção foi regulamentadapor um decreto de1788.

A Revolução Francezatornou a saudação uni-forme para todos, comexcepção dos officiaesgeneraes, que se desço-briam para saudar.

QUE SIGNIFICA''TAUTOLOGIA"?

Com oito Samuel PzeschewiM era cam-peão de xadrez. Nascido na Polônia, em1911, tinha <-inco annos, quando seu pai oiniciou nesse jogo em que se tornaria rival

. dos Lasker e dos Alekine. Em 1919, emParis, bateu, simultaneamente, no Café daRotunda, 21 especialistas^ famosos, entre os

quaes vários campeões europeus

Essa palavra é umafigura de rhetorica pelaqual se exprime a mesmaidéia varias vezes, poremem termos differentes.Uma repetição de pala-vras, que o uso tenhaconsagrado, é tambémuma tautologia. Exemplo:"Venda feita e consum-mada", que é uma for-mula muitas vezes em-,pregada no? actos offi-ciaes.

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^4 phase final de uma obra cyclopicaOs Norte-Americanos, como os antigos Egypcios, resolveram mo-

defar na rocha viva, grandiosamente, suas figuras de maior i elevopolítico. Já emnumero publicadono ultimo anno,relatamos comonasceu essa idéiae como veiu sen-do executada emannos de trabalhointenso, em que aarte e a technicade engenharia secasaram num es-forço e numaunião felizes.

O famoso mon-te Rushmore, for-midavel massiçodas MontanhasNegras, do Da-kota do Sul, trans-formou-se poucoa pouco, sob aacção das gruaselectricas, segun-do o desenho for-

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Guerra e arte photographica — Corpoinglez, a caminho do "fron " da Libya, cruza

deserto, sob sol abrazador.

expedicionárioo immenso

Retoque final, execuca-do na face direita deJefferson pelo esculp-tor Borgum, que, ape-zar de já contar 73annos de edade, nãoparece receiar esse ar-

riscado gênero detrabalho,

necido pelo àr-tista e applicaao á rocha — transforma-da preliminarmente em pellicula photo-graphica, graças a um banho especialpela exposição longa e poderosamenteaugmentada, de uma formidável lanternamágica.

Agora, chega a seu termo o trabalhode cyclope. George Washington, Tho-mas Jefferson, Abrahão Lincoln e Theo-dore Rooseveít perfilam-se junto das nu-vens, numa contemplação eterna oa terrapela qual tanto fizeram.

Esse é, sem erro, o maior projectoesculptural jamais realizado pelo homeme foi autorizado pelo antigo presidenteCoolidge, approvando o grandioso pia-no da autoria do architecto Gutson Bor-glum.

Os clichês, que acompanham esta no-ticia dão uma idéia da grandiosidade eda perfeição da obra monumental do

Monte Rushmore.

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.á guerra moderna — Aviões germânicos acabam de "furar" as defezas dacosta ingieza. Lá vao elles, a caminho de Londres, deixando, em sua passagem,

longo rastro de vapor, devido á extraordinária velocidade, que desenvolvem.

Sabia ser chefe...

E' muito conheci-do um gesto de Ro-berto de Habsburgo,fundador da gran-deza da Áustria eo mais generoso doshomens.

Um dia lhe apre-sentaram um jarrocheio de água, em-quanto seu exercitomorria de sede.

— Nao quero sero único a beber —disse Roberto —Com esta quantida-de nem todos pode-rão alliviar a sede.E nao é por mimque tenho sede. Te-nho-a por todo meuexercito.

Foram vistos la-bios mais seccos rea-lizar sacrifícios maispenosos ainda. As-sim, por exemplo, sir

George Washington.

Thomas Jefferson

Abrahão Lincoln

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24.° Anno ~ N. 10 — Março 1941

Philippe Sydney, voltando dabatalha de Zutphen, gravemen-te ferido por um balaço que olevaria ao túmulo, deu a águaque já levava aos lábios a ummoribundo, cuja sede era aindamaior do que a sua.

Desde então esse acto serecorda, na Inglaterra, com umprovérbio:

"O copo d'agua quenao ficará sem recompensa''.

O preço de duas cabeças.— No tempo de Stanislau Po-niatowsky, ultimo rei da Polo-líia, estalou uma revolução con-tra o soberano. Um principepolonez, chefe dos rebeldes, nãoapenas se atreveu a pôr a pre-mio a cabeça do rei, offerecen-do pela mesma 20.000 florins,como ainda o participou ao rei,por meio de uma carta inso-lente. Stanislau respondeu: "Re-cebi sua carta. Muito me sa-tisfez saber que minha cabeçaainda vale tanto em seu con-ceito. Por mim, posso assegurarque não darei sequer meio fio-rim pela sua".

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.O monte Rushmore, ta) como era em 1927, antes de ter inicio sua titanica esculptura.

Conta certa. — O famosomusico Gluck, passando, umatarde, pela rua de Saint Ho-nore, em Paris, quebrou, semo querer, o vidro da porta de

uma loja. Logo surgiu o proprietário,cobrando um franco pelo prejuízo.

Cluck se apressou a indemnizar onegociante, entregando-lhe uma moe-da de dous francos. Este, agora riso-nho, desculpou-se:

— Obrigado. Mas não tenho tro

co commigo. Vou arranjar com o vi-sinho. . .

— Não. . . Não se dê esse trabalha— disse Cluck, muito calma — Que-brarei o outro vidro e acertaremos aconta.

E assim fez.

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npressíonador aspecto do monte Rushmore, illuminado, á noite por fogos de artificio, reconhecendo-se as cabeças de Washington,Jefferson, Rooseveft £ I neodoro; e kmcoin.im

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¦ ^S^MÜC 24.° Anno — N. 10 — Março 1941

COMO E' FÁCILSABER TUDO DICCIONARIO DE NOMES PRÓPRIOS PEQUENA ENCYCLO-

PEDIA POPULAR

ÜQGRftPHlà DÊ TODOS OS SANTOS E PERSONALIDADES HISTORIAS OU LEGENDÁRIAS

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Hemon (Myth) — Filho de Creon, rei de Thebas, um dos persona-gens de Antigone. de Sophocle. Amava Antigone,. filha de Uediijo.Quando esta prestou homenagem fúnebre a seu irmão 1 olyniceio,mau grado a prohibição do tyranno, foi condemnada a morte, ne-mon rogou a seu pai que revogasse a sentença e como nada conse-¦guisse, matou-se sobre o corpo de Antigone.

Henrique I, o Saxão, rei da Germania, nascido em.876, mor-to em Memleben (Saxe), em 936. Filho de Othon, o Illustre, duquede Saxe, da família dos Lindolfings, succedeu a seu pai em 9IZ, re-sistiu victoriosamente, durante seis annos, ao rei Uonrado 1, que«queria lhe impor sua supremacia. No leito de morte Conrado, d-s».

gnou Henrique para seu successor. Segundo a legenda, os príncipesallemães, que levaram a noticia a Henrique e com ella as insígniasda realeza, o encontraram preparando armadilhas para &s!f™s'Na verdade, foi eleito rei dos Saxões e dos brancos, em *n talar,em 919. Submetteu os duques Bouchard, da Suabia e ArnuLpho,da Baviera e conquistou, em 925, o duque Giselbeto, da Lorena,concedendo-lhe sua filha Gerberge, em casamento. Organisou o exer-cito feudal dos cavalheiros, fortificou numerosas cidades e fundou-novas. Os Wendes e os Slavos foram submettidos ate o Oder (9-.»).os Dinamarquezes expulsos do Slesvig 934). Em 933, Henrique >a-teu os Húngaros que, desde meio século devastavam a Allemanha.Segundo seu desejo, seu filho mais velho, Othon 1, o succedeu.

Henrique II. o Capenga ou o Santo, imperador da Allemanha,filho de Henrique, o Brigão, duque da Bávara e bisneto do. prece-dente, nascido na Baviera, em 973,. morto em Grona, próximo deGoettingue, em 1024. Foi o ultimo rei da dynasda saxonia. .Apoz amorte de seu primo Othon III, foi proclamado r.i da Germama, masfoi forçado a ceder o paiz situado a Leste do Elba a Boleslau, rei daPolônia. Boleslau reconheceu a soberania do imperador (1 ratadode Bautzen, de 1018). Henrique se firmou principalmente sobrej clero e augmentou os privilegies da nobreza. Foi sagrado imperador em 1014, Em 1146 f„i canonisado, com sua esposa Uunegundes.A egreja o festeja em 15 de Julho.

Henrique III, o Negro, imperador da Allemanha, filho e sue-:essor de Conrado II, o Salico, nascido em 1017, morto em Bodteld(Thuringia), em 1026. Eleito rei em 1026. coroado em 1028, rece-Ibeu de seu pai a Baviera, a Suabia e a Cannthia. Coma morte dcConrado II (1039\ tomou o titulo de imperador. Os reis da Bohe-mia e da Hungria tiveram que reconhecer sua supremacia. Uuiz dirigir a Reforma ecclesiastica, afim de estabelecer sua hegemoniana Europa, fez depor o papa Benedicto IX, nomeou successsivamen-te trez papas, por sua própria autoridade e subjugou completamen-te a Egreja ao Estado. Mas não poude consolidar sua obra e mor.reu com a edade de trinta e nove annos, deixando o império a um filho de seis annos.

Henrique IV, imperador da Allemanha. filho e successor doprecedente, nascido, provavelmente em Goslar, em 1050, morto emLiege, em 1106. Succedeu a seu pai, em 1056, foi collocado sob a tu-éella de sua mãi, Agnes. Declarado maior com treze annos, emprehen-deu luta tenaz contra os príncipes allemães, que se tinham revolta-do contra a autoridade real, vencendo-os, em 1075. O papa Grego-do VII interveiu e reivindivou o direito de investidura dos bisposallemães, exercida até então por Henrique. Este fez depor o papapelo concilio dos bispos allemães de Worms (1076). Gregorio excom-mungou o imperador e livrou todos seus subditos do Juramento defidelidade. Abandonado por seus partidários, Henrique teve que ce-der. Atravessou os Alpes, em pleno inverno e se lançou aos pés dooontifice, em Cánossa, ria Toscania (1077;. Este o humilhou pro-cundamente, fazendo-o esperar trez dias sob suas jandlas, depois operdoou. Henrique IV, entretanto, não desanimou. A luta recome-çou, complicada por uma guerra civil na Allemanha entre o impe-:rador e Rodolpho de Reinfelden, duque da Suabia, seu cunhado e*eu competidor. Apoz a morte de Rodolpho, Hsnrique depoz Gre-forio VII e se fez sagrar imperador, em 1084. Gregorio VII foi sal^•o pelos Normandos, que expulsaram os Allemães de, Roma. Apoza. morte de Gregorio, os papas Urbano He Paschoal II sublevarani.contra Henrique IV seus filhos e, finalmente, o velho imperador,fcrahido por todos os seus, morreu de desgosto. Somente em 1111 seufilho teve autorisação papal para enterral-o em terra benta. Henn-que IV se apoiara sobre a burguezia das cidades, que tomou, desdeentão, considerável desenvolvimento.

Henrique V, imperador da Allemanha, filho e successor doprecedente, nascido em 1081, morto em Utrec.ht, em 1125. Revoltou-se contra seu pai, em 1105, mostrou-se humilde para com os prin-cipes e o papado, apoderou-se do poder, graças ao apoio do papaPaschoal II. Uma vez rei, quiz firmar-se todo-poderoso e lutou durante todo seu reinado contra o feudalismo e a Egreja. Em 1110.invadiu a Itália, tomou Roma e como não se entendesse com o papa.forçou-o a renunciar á investidura dos bispos allemães e ainda aaagral-o imperador (1111). Porem Paschoal II annullou os decretos,üançou o anathema contra Henrique V e levantou toda a Allemanhacontra elle. Finalmente, o imperador teve que ceder. Prescreveu aos(príncipes allemães submetter de então por diante á dieta todas asquestões políticas e concluiu, em 1122, com o Papa, a Concordatade Worms, que marcou o fim momentâneo do famoso "Conflicto

das Jíivestiduras"*

Henrique VI, o Severo ou ó Cruel. Imperador da Allemanha,filho e successor de Frederico Barba-ruiva, nascido em Nimegue,em 1165, morto em Messina, em 1197. Proclamado rei dos Romanos,,em 1169, succedeu a seu pai, em 1190, sendo sagrado imperador em1191. Era um príncipe enérgico, mas cruel. Rotomando os ambicio-sos projecios de seu pai, venceu definitivamente Henrique de Lyon,duque de Saxe, retendo prisioneiro o rei da Inglaterra, Ricardo, Co-ração de- Leão, até que este reconhecesse sua. supremacia. Casadox>m Constância, filha de Guilherme, o Bom, rei de Nápoles e de Si-cilia, apoderou-se d'esses reinos, em 1194, apoz a morte de seu cunha :jo Tancredo. Queria estabelecer uma monarchia hereditária na. Al-

lemanha c emprehcnder uma Cruzada no Oriente, quando morreurepentinamente, com a edade de 32 annos.

Henrique I, cognominado Beauclere (sábio), rei da Inglaterra,quarto filho de Guilherme, o Conquistador, nascido provavelmenteem Selby (Yorkshire), em 1068, morto na floresta d: Lyons, em 1135.Com a morte de Guilherme, o Ruivo Í1100), fez-se reconhecer rei emdetrimento dc seu irmão mais velho, Roberto, mas teve que conce-der uma carta repleta de reformas c de promessas. Roberto, tendoregressado da Palestina, teve que reconhecer essa situação, mas Hen-rique o atacou, logo no inicio de 1105, cerçou-o e aprisionou-o emTinchebray (1106), apoderando-se da Normandia. O resto de seureinado foi dedicado inteiramente a lutas sangrentas contra Cliton,filho de Roberto, constantemente ajudado pelos senhores norman-dos, revoltados e por Luiz VI de França. Tendo morrido seu filho,no naufrágio da Branca de Neve, em 1120, fez reconhecer como suaherdeira sua filha, a imperatriz Mathilde (1126) e fel-a desposarGodoíredo Plantagenet. Astucioso, cruel, avaro, conseguiu, porem,restabelecer a ordem na Inglaterra e mereceu o cognome de Justi-ceiro.

Henrique II, rei da Inglaterra, filho de Godofredo Plantage-net, conde de Aniou e de Mathilde, filha de Henrique I, nascidoem Mans, em 1133, morto em Chinon, em 1189. Juntou ao reino deseu pai o ducado de Aquitania, por seu casamento com Eleonor (1152)e succedeu a Estevam, como rei da Inglaterra, em 1154. R.orgam-sou a cúria regis e estendeu o scutage ás terras eçclesiasticas. Tho-mas Becket, a quem fizera conceder a sé primacial de Cantorbe-ry, recusou reconhecer as constituições reformatorias cie Clarcndon,seguidas logo pelas Assembléas de Clarcndon (1166) e iniciou contraelle uma luta celebre, que terminou com o assassinato do preladopelos cavalheiros do rei (1170d Henrique II conquistou a Irlanda(1171), mas teve que enfrentar, em 1173, os barões revoltados, osÈscossezes e seu próprio filho, todos alliados dos Francezes. Venceuem todas as batalhas e a Assembléa de Northampton (1176> eomple-tou suas reformas. Seus últimos annos foram entristecidos pelas lu-tas contra seus filhos, Henrique e Ricardo, sustentados por FelippeAugusto. Tours e Mans foram tomadas por Felippe e Ricardo; Hen-rique, forçado a se entregar nas mãos dos alliados e a se humilharperante 0s mesmos, morreu de desgosto. Rei brutal, substituiu oregimem feudal pelo systhema dc administração monarchica. Seureinado é um dos mais importantes na historia constitucional daInglaterra.

Henrique III, rei da Inglaterra, filho mais velho de João semTerra, nascido em Winchester, em 1207, morto em Westminster,em 1272. Foi proclamado rei, em 1216; a regência foi attribuida aGuilherme Marechal, conde de Pembroke, que venceu Luiz de Fran-ça em Lincoln (1217), expulsou os Francezes da Inglaterra pela pazde Lambeth (1217d Henrique III foi declarado maior em 1227 efez uma expedição á França (1230), porem seu governo pessoal sócomeçou na realidade em 1232. Desposou (1236) Eleonora, tilha doconde de Provença, cercando-se de extrangeiros, Provençaes e Poi-tevinos, detestados pelos Inglezes. Em 1242 fez nova tentativa parareconquistar os antigos dominios dos Plantagenets, mas foi esmaga-do por Luiz IX, nos arredores de Saintes e reduzido a assignar umatrégua de quinze annos. O Parlamento de 1258 o forçou a acceitaras celebres provisões dc Oxford, que submettiam o rei ao controlede um conselho de quinze membros c de parlamentos convocadostrez vezes por anno. Henrique III assignou com a França o tratadode Paris (1259), que, pondo fim a um periodo de cem annos de lu-tas, sustentadas pelos reis de França, para destruir o império ange-vino, regulamentou por trez quartos de século, as relações entre osdous paizes. Conseguiu do papa a relevação dos juramentos presta-dos perante os barões, obteve contra esses o apoio moral de LuizIX (chamado Accordo de Amiens — 1264). Mas foi batido e apn-sionado em Lewes pelos barões sob o commando de Simon de Mont-fort (1264); este foi, durante algum tempo, senhor do governo, maso filho do rei, Eduardo, victorioso em Kenüworth, venceu e matouSimon em Evesham, em 1265. Henrique III loi restaurado e o kdi-to de Kcnilworth lhe restituiu todos os seus antigos direitos; somen-te algumas das Provisões de Oxford foram mantidas pelo I arlamen-to, em Marlhorough (1267). Rei medíocre, muito pouco In^ez' ticxx~rique III possuía virtudes domesticas e uma immensa piedade quecausava admiração a Luiz IX.

Henrique IV, rei de Inglaterra, filho de João de Gand, quartofilho de Eduardo III, nascido em B .lingbroke (Lincolnslnre) em1367, morto em Westminster, em 1413. Apoz uma rivalidade comRicardo III fez-se proclamar rei. Ricardo, impotente, o reconheceucomo tal. Seu reinado fui perturbado pelas continuas revoltas dos ba-rões, pelas guerras encarniçadas contra os GalL-nses e os Escosse-zes, pelo desapparecimento de Ricardo, assassinado — segundo to-das as apparencias — em sua prisão, pelo supplicio do arcebispo,de York, aprisionado de armas nas mãos, execução^ esta, que valeua excommunhão papal sobre o reino, pelas complicações políticas coma França, etc. Henrique triumphou de todos os seus inimigos, mas,rei constitucional, eleito pelo Parlamento, obrigado a ouvir e a obe-decer a seus conselheiros, foi pouco poderoso; sua péssima saúde oimpediu de ter grandes projectos, a partir dc 1406. Atacado de"furunculose labial" tornou-se horrendo e passava por ser leproso.

Henrique V — rei da Inglaterra, filho mais velho do Preceden-te, nascido em Monmouth, em 1387, morto em Vincennes, em LAZZ.Succedeu a seu pai, em 1413. Em 1415 desembarcou cm trança, re-gida por um rei demente, venceu os Francezes em Azincourt, re-gressando a Londres, triumphalmente. Em 1417, voltou a trança,conquistou Rouen, Pontoise, Gisor e Contentin. Pelo tratado deTroyes, em 1420 ganhou a mão de Catharina de França e regênciado reino, sendo ainda reconhecido herdeiro do throno em detrimen-to do delphim. Fez uma terceira expedição á França, em 1421, to-mando Meaux, em 1422. Vencido por terrível enfermidade, retirou.-se para Vincennes, onde morreu. Grande general, hábil diplomata,piedoso, temperante, era popularissimo. na_Inglaterra

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941 ^í7S2p2s&

Curiosidades ethnicas A ORIGEM JUDIA DOS ABYSSINIOS

Nova e interessantissi-raia cooperação para o de-batido problema da origemdo povo abyssinio foi aque, com o titulo acima,acabou de publicar o Dr.Hans De mel, director dasecção egypcio-oriental doMuseu de Arte Histórica,de Vienna e que vamos re-produzir.

A Abyssinia é um Es-fcado de remota origem,,cujo nascimento remonta,talvez, aos primeiros tem-pos de Jesus Christo. OsÃbyssinios se chamam a sipróprios

"ethiopes", voca-bulo, que já era empregadopor Homero. Por outro la-do, os historiadores gregosque o succederam, tiveramque designar todos os ter-ritorios ao Sul da primei-ra catarata do Nilo, inclu-úve o Sudon, com o nomegeral de Ethiopia. Herodo-to, entre outros, descreveprolixamente as riquezasd'esse paiz e falia no Im-perio de Meroe, ao nortede Jartum, cuja culturaderivava da civilização egy-pcia. Este poderoso focode civilização parece ter se

Antes de seu advento, occorrido ha cinco annos e meio, o4'Leao Conquistador da Tribude Judah, Rei dos Reis , foi o

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O REI DOS REIS, IMPERADOR HAILE SELLASSIE I

extinguido no tempo dos.Romanos.

Quanto ao que aAbyssinia propriamente serefere, documentos antigosaffirmam que na epochado pharaó Psam ético (663a 609 antes de Christo),um exercito de 240.000mercenários egypcios de-sertou por que seus solda-dos não eram pagos comregularidade e foi se es-tabelecer na Abyssinia, £mais alem de Assuan,onde introduziram a civi-lização egypcia.

A exactidão históricado facto foi reconhecidapor Diodoro, Estrabon ePlínio, embora estes asse-gurem que o numero deamotinados deve ter sidoconsideravelmente exagge-rado.

Mais tarde, sob Ptolo-meu III (247 a 222, antesde Christo), os documen-tos dão conta de certonáufragos gregos, chegadosás costas da Abyssinia edo activo commercio dosGregos, em marfim, chifresde rhinoceronte, pelles decrocodilo e escravos. Na-

Ras Tafari Makoanen, Hai-Se Sellassie era então prínciperegente, encarregado doa ne-gocios do Estado desde 1915.

AOS DOMINGOS É GRANDE O MOVIMENTO EM REDOR DA CATHEDRAL DE S. PAULO, EM ADIS-ABEBA

A cereja principal dedicada »°y^°^Zt^Z ^fn^1896, o então imperador Menehk II . deteve o avanço ll*™n°'*£lg*£?°

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• UM DESCENDENTE DE SALOMÃO.

O imperador Taffari, Menelick, com os altos dignatarios, na visita effectuada a Paris, dous annos antes desua morte. Era descendente de Menelik Haken, filho de, Salomão, rei de Israel c da pnnceza Abyeisiroa

Makeda, a famosa Rainha de Sabah.

quella epocha, a Abyssinia já existia como Pastado, ten-do Axum como capital do Império denominado Axu-mita. Esses axumitas eram de origem semitica ! Ti-nham adoptado a moeda grega e empregavam comoidioma nacional o grego, pois ainda hoje subsistem naAbyssinia monumentos com inscripçoes nesse edioma.

A dynastia que ainda se considera reinante noactual império abyssiniotem sua origem no reiSalomão. Quando Davidreinava em Israel, ummonarcha do mesmo no-me occupava o thronoda Abyssinia. Este ulti-mo tinha uma filha,chamada Makeda, quejoao era outra senão acelebre Rainha de Sabah,aquella formosa creaturaque informada da sabe-doria de Salomão empre-hendeu a viagem parajulgar pessoalmente suasciencia.

Embora Salomão de-vesse ser homem a pro-va de fortes impressões,em matéria de bellezafeminina, posto que che-gou a colleccionar sete-centas mulheres I.egiti-mas e trezentas escra-vas„ a princeza abyssí-nia Makeda devia serrealmente deslumbrante,por que o rei de Israelse deixou immediata-mente prender a seus en-cantos. Do idylio saio-monico nasceu MenelikHaken, com o tempofundador da dynastiaque ainda existia até oadvento de Hailé Sella-

pre o nome de Me-nelik.

Originaria mervte, os Abyssinios íoram pagãos, eml30-ra nao se tenhannminuciosas noticiai'sobre seu culto an-tigo. E' curioso, po-rem, observar quehoje perduram alliicertas chronologiasque guardam perfezta relação com aídos israelitas.

Por exemplo, o*Abyssinios fixam-como os hebreus, a>data da creação demundo no annc5.500 antes de Chris-to. O christíanismcentrou tarde, naAbyssinia. No pri-meiro terço do Se-culo IV encalhou umnavio na costa abys-sinia. Saqueada pe~los naturaes do paiza embarcação foi'abandonada e osdous tripulantes, quíse salvaram, levadosá corte da Abyssi-nia como escravos.Eram elles os chris-tãos Frumencio tEgydio, que, logran-do conquistar

sympathia da família imperial, foram encarregados át.educação dos pequenos príncipes. E tal foi sua infli>encia que, pouco depois de morrer o Ras, os príncipesmembros da família imperial, abraçaram o Chrístia-nismo.

O primeiro imperador abyssinio christão foi Eza-nas, que viveu nos tempos de Constantino. Frumencio

'ésitismsmssBmaBKumutmÊKmmutna. m i wiwi *wm>wamgmí$Bmffia®BmmmmmmwmWÊmvme5m^mi'immmmmmmmwmWÊiwsímitasmamáÊÊmiim^mwmimwmimwàà^

i :' sié e que conservou sem

HAILÉ SELLASIE, IMPERADOR DEMOCRÁTICO.O imperador Haíie Seilasie, durante a desastrosa guerra com a Itália e que terminou com seu exibo,visitando a guarda de honra da Imperial Cru7 Vermelha, nas proximidades do front de batalha, em t)eí^

sie, cjue araha^ra de snffrer í Tive! bombardeio dos aviões inimigos.

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accupou, muito mais(tarde, o patriarchadode Alexandria e oarcebispado da Abys-sinía. Porem até osecuio XV o povoabyssinio não poude«er, definitivamente,convertido á fé chris-

Devemos notar,entretanto, que odhristianismo experi-imentou alli bastantesmodificações, que se-iria longo enumerar.Em geral podem serobservados não pou-cos vestígios da influ-encia hebraica. As-sim, por exemplo,não se: festeja o Do-joningo como o dia doSenhor, mas sim oSabbado dos judeus.Todas as antigasprescripções relativasaos ritos religiososlaebraicos são cum-pridas pontualmente,entre ellas a circuin-eissão, a prohi bicãode certos alimentos5 a purificação.

O reino axumitadcançou uma grandeprosperidade no pe-ríodo histórico, quese extende do SecuioIV ao VII da EraChristã. Suas fronteiras chegavam até as do Sudão; aArábia, mais alem do Mar Vermelho, formava parted'esse reino. Foram, realmente, encontradas, na Ara-lbia meridional, numerosas moedas que comprovam oífacto, assim como a introducção do chrístianismo no•mesmo paiz.

Porem os Abyssinios encontraram * maior resisten-da no Oeste, resistência que foi mantida obstinada-mente pelo império dos Himjars, cujos guerreiros, va-llorosos e dominados pelo fanatismo hebraico, se oppu-seram encarníçadamente aos invasores christãos. Com-

O anterior monarcha da Abyssinia, Rassoai, entrando

Taffari, precedido dos guerreiros, que formavam sua guarda pes-em Adis Abeba, no dia de sua coroação.

tudo, no início do Secuio VI, o rei abyssinio Kales der-rotou os himjaritas submettendo o Yemen a seu do-minio. O império axumita durou até o Secuio VII, emque perdeu suas possessões da Arábia do Sul, tendo mi-cio, então, sua decadência.

O poderio e a civilização da Abyssinia experimen-taram, a partir do Secuio VI um franco retrocesso e em920, uma rainha judia, chamada Zagne, organisou naAbyssinia central formidável rebellião contra o "Negus"

Delnad, que se viu obrigado a fugir para Choa. A rai»nha Zagne pertencia ao povo falascha, que habitava

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UM DESFILE MILITAR, EM ADIS ABEBA, EM HONRA DO PRÍNCIPE HERDEIRO DA SUÉCIA.

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O próprio coraçãoda Abyssinia e vi-via quasi inteira-mente autônomo.

Os f a 1 a s c h a seram hebreus deraça pura, sendosua origem egualá dos himjaristas.Segundo suas tra-dições, os faíaschaseram descendentesdirectos de Abra-hão, Isaac e Jacob,provando sua ori-gem pelo próprionome, que em he-breu quer dizer"desterrado", porterem sido, seusascendentes, de Je-rusalem.

Todas as proba-bilidades são de quetal raça proceda doYemen, de o n d edeve ter emigradopara a Abyssinia.A familia real, deorigem judiaf rei-nou na Abyssiniadurante trez secu-los e foi desthro-nada em 1260 porum príncipe dacasa de Salomão.Os faíaschas foramextejfcninados oureduzidos á escra-vidão; porem, nãoobstante essas cir-cumstancias adver-

Mis. .-

Sacristãoa da egrcia copta, com seu trabalhado vestuário .W^.^^S^S»1^*nos festivaes realizados, em campo aberto, próximo de Adis Abeba. Us tcstivaes tem

importante papel na vida do povo £,tniope.

sas, ainda subsistem na Abyssinia, calculando-se seunumero em cerca de 200.000 indivíduos, que vivemseparados dos restantes agrupamentos ethnicos do paiz,formando bairros análogos aos antigos ghetos da Europae dedicados principalmente á agricultura.

A reconquista do poder pela dymnastia tradicio-nal foi origem de grandes discussões internas, que ar-minaram o poderio do império abyssinio. Lom tudoseus soberanos continuaram desfructando grande pres-tigio religioso. Recordaremos a esse propósito que emmeiados do Século XIVchegou até a Europa afama do celebre PadreJoão (Preste João, natraducção, de oitiva,dos primeiros explora-dores portüguezes, dofrancez Prête Jean), que,como rei da Ethiopiafoi forçado a enviarmensageiros a Roma eás cortes da Hespanhae Portugal, pedindo au-xilio militar contra ainvasão islâmica.

d<:.Í ¦''•¦•. D. R.

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batalha. Sem atransfusão, muitasvezes se torna inu-til tentar a inter-venção cirargicanum hospital.

Desde ha algumtempo, ura grupode médicos, enca-beçado pelos DrsStuart Nudd, pro-fessor de bacte-riologia da Uni-versidade de Pen-nsylvania e seucollaborador, EarlFlosdorf e por Jo-seph Hughes, docorpo medico doHospital de Pen«nsylvania, annun-ciou ter encontra-do uma soluçãopara o problema,O methodo d'es-ses facultativosconsiste em redu»zir á pó o soro dosangue humano,com o fim deque possa ser con-servado indefini-damente e trans-portado para ondese torne necessa-rio. Este methodojá foi adoptadopelo exercito bri-tannico.

O problema daprovisão de san-gue, difficilimop

mesmo para as instituições médicas melhor organizadas,foi outrora insoluvel para os hospitaes de campanha.No curso da conflagração 1914-18, os cirurgiões se vi-ram obrigados a empregar innumeros voluntários doa-dores de sangue. Mesmo assim o numero de doadoressempre foi inferior ás necessidades.

Na guerra actual, o systhema de "depósitos de san-gue" demonstrou ser também inadequado. Mesmo soba acção de um perfeito serviço de refrigeração a vida detão indispensável elemento não é inferior a 10 dias. Se

O USO DO SANGUEEM PO*

Não ha/ hoje, proble-ma mais gra\e para acirurgia'do que a provi-são de sangue, destina-da ás transfusões. Este,como se sabe, constitueo tratamento básico dashemorragias, que cons-tituem o mal principal,occasionado pelos feri-mentos nos campos de

HM barbeiro ETHiOPE E seu secretario - Emquanto o auxiliar move a pequena bomba que^trahe «rua do solo, o figaro raspa a cabeça do freguês, com o auxilio de --u»a-pa»ta oleosa ou,.

na falta d esta, manteiga rancosa.

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Uma elevada fronteira, formada por montes escarpados, livrou a Ethiopia, por muitos

annos, da visita mal intencionada de outras raças. Realmente todo o alto pia to abys-

sinio está defendido, na parte Leste e Norte, por immensos e abruptos picos, formando

eriçada cadeia. Muito dinheiro c muito tempo feram gastes antes de poder dar

á região estradas boas e seguras.

Pela montada se conhece o cayalleiro. Somente umethiope de elevada posição social pode possuir umamontaria completa e ricamente arreiada. A maioriaanda a pé, poucos, muito poucos possuem auto-

moveis e carruagens.

o sangue é agitado, pode oceorrer perigosa alteração emseu estado. Alem d'isso, mesmo estando em boas con-dições, apoz ser transportado, deve ser cuidadosamentetransmittido a um paciente do mesmo typo sangüíneo.

0 soro, o fluido cor de âmbar no qual üuetuamos glóbulos brancos e vermelhos, está isento de todosesses inconvenientes. Separado centrifugamente dos cor-

pusculose deshydratado, o pó de soro pode ser conser-vado indefinidamente mesmo sem refrigeração. Seu pe-so e volume se redu-zem a uma fracçãode todo o sangue.Misturado, no hospí-tal, com água este-rilisada, não é ne-cessario observar otypo de sangue dopaciente e pode serinjectado medianteuma simples injecçãona veia.

; O soro, assim, mos-trou ser superior aoemprego do sanguecompleto. Como tra-tamento para as com-moções durante asquaes o volume san-guineo se reduz, emconseqüência de umadiminuição do soronos vasos sangüíneos,a transmissão dosoro compensa essaperda dos corpuscu-los ou glóbulos desangue.

dos medem, actualmente^ as pequeninas correntes ele-ctricas continuamente emíttidas pelo cérebro.

O descobrimento de irregularidades de taes ou quaesondas cerebraes — segundo o Dr. Faph W. Gerard,professor adjunto de physiologia da Universidade deChicago, ajuda a diagnosticar e localisar os tumorescerebraes e permitte combater a epilepsia em suas pri-meiras phases.

Egualmente revelaram que a temperatura das cel-lulas augmenta se-gundo seu rythmoelectrico, o que po-de indicar a razãoda utilidade da ap-plicação de febre ar-tíficial, no tratamen-to da insomnía. Asdrogas sedativas eanesthesicas, queproduzem sorano,tornam lento o ryth-mo das ondas, em-quanto a cafeínaaugemnta mais dedez vezes o compri-mento normal dasmesmas,,

Os psychoSogosusaram as ondascerebraes para ave-ríguar quando sonhauma pessoa adorme-cída e estabeleceramque as ondas se tor-nam mais lentas comas emoções e a luzmuito forte.

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O QUE REVELAMAS ONDAS CEREBRAES.— Sábios e estúdio-sos dos Estados Uni«

Anfecinado-por enormes tambores, o clero conduz o serviço sagrado : — Sinos, cymVja-

Iní pS sãó usados no antigo ritual da Egreia Copta, pouca differença fazendo, hoje.

d«, dfas do°Re? Salema lamurioscs cânticos são entoados em Geez, linguagem usada

tlnàrJ^ol se^ vestuário dos sacerdotesapenas para os sv q

^ r&hyÁM e habxtués das Synagogas

As mulheres te-mem as cans, comoos homens detestama calvicie.

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0 precioso auxilio dá mulher ingleza — Innumerossr:o os serviços que a mulher vem prestando nos traba-lhos da defeza anti-aerea. Os clichê mostram as recrutasde serviço de barragem de balões, em differentes phasesdesse trabalho.

(QUIDADO COMAS BACTE-

RIAS. — Nestaepocha, em quea influencia dePasteur é todo-poderosa e écie rigor o te-mor dos micro-bios e agentespropagadoresde múltiplasenfermidadescontagi osas,poucas pessoaspensaram noperigo nada il-íusorio, que cor-rem, ao appli-car o receptortelephonico noouvido e a boc-ca na proximi-dade do bocca 1.

Ha dados in-ter es san tissi-imos. . . e assus-tadores, sobreessa matéria.

Os professo-res Sartory eLanglais de-mons t rar amque é muitomais hygienicoter o soalhodescoberto . atel-o protegidoou adornadocom tapetes ealmofadas.

No primeirocaso, cada cen-timetro qua-drado abrigaapenas 750.000bactérias, nosegundo, foramcontadas cercade 9.500.000

Quanto ao telephone, os mesmos sábios demonstraram quesobre cada centímetro quadrado de receptor existem 2.000 bacte-nas e 530.000 sobre cada cent.metro íe boccal. que, como secomprehende esta lateralmente coberto por minúsculas *ottasseccas de saliva pro, ectadas pelas pessoas que utilisam o appare-üio. ficou também provado que o mesmo boccal. collocado adous metros de distancia de uma pessoa, que esteja fallando emvoz alta recebe, em poucos minutos, vários milhares de micro-bios, entre os quaes se encontraram o estaphilococco e o co-

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O balão depois de prorapto é dobrado technicamenteconduzido para local conveniente

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A pintura final, que protegerá o tecido contra o calordo sol e da chuva.

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Innumeras recrutas, no trabalho de confecção de balõespara a defeza anti -aérea de Londres.

hbacyllo. Mais raramente, embora, foi encontra-do também o terrível bacylo de Koch, agente datuberculose.

m A Vida não deve ser apenas vivida, masprincipalmente vencida. Devemos olhar alegre-mente e de frente a vida e os deveres que ellaimpõe; nao desesperar jamais do futuro, amarpelos que odeiam, soffrer pelos que gozam.

Elisabeth Leseur

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Um aspecto nocturno de Regent Street (Londres) ~ por W, F. Wightmdn.

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S>4.° Anno — N. 10 —- Março 1941 jÊd2pZ»0

EYOEIKO Romance de VALENTIN WILLIAMS,o autor do "Allucinante Inquérito"

Sim, senhor.E durante esses vin-

te minutos nao faliou comninguém ?

Dickens mexeu-se, ner-voso, antes de dizer:

Creio ter dito a ai-guem que havia nevoeiro, oucousa parecida com isso.

No entanto, affir-mou ao commandante, aindaha pouco, que nao conver-sara com ninguém. Das duasdeclarações, qual devo consi-derar exacta ?

Se eu disse que nãofaliei é por que deve ser ver-dade.

Tem certeza?Dickens humideceu os

lábios.Tenho INeste caso, se alguém

affirmou que o viu conver-sando com uma senhora, essealguém mentiu?

O outro teve um sobre-salto e replicou:

Nao conheço ne-nhuma senhora neste navio!

Salvo a Sra. Alva!Já lhe affirmei que não a vi sequer uma vezl

— exclamou o pobre Dickens, com voz super-aguda.Muito bem! Agora, quero que preste attenção.

Quando se recolheu ao camarote, hontem, apoz o jan-tar, achou o Sr. Holt muito agitado?

O rosto do antigo secretario se fechou, emquantorespondia evasivamente.

Oral Elle quasi sempre estava colérico, Por issonão prestei attenção.

Quero saber o que irritava o Sr. Holt, hontem,Tenho a certeza de que pode nos dar essa explicação,querendo.

Dickens titubeou, depoisrespondeu:

Penso que se tratavaainda da Sra. Alva.

Brown se approximou maisainda de Dickens.

Foi, então, ella quemescreveu a carta ?

Que carta ?Estou cansado de seus

embustes! — gritou Mac Diar-mid tão bruscamente, que atestemunha se poz de pé. — Ostewart passou sob a porta umacarta dirigida ao senhor. Holttinha essa carta na mão, quan-do o senhor entrou. . . E quemescreveu a carta foi a Sra.Craven.

O infortunado Dickens pa-receu, por alguns segundos,prestes a perder os sentidos.

Vamos, confesse! — gri-tou Mac Diarmid — Que havianessa carta ?

Dickens extendeu asmãos magras, num gesto desupplica.

Não era nada de grave,senhores; posso jurar! Deseja-va, apenas, ver o patrão.

Mas quem é ella e queligação havia entre os dous?

RESUMO DA PARTE JA' PUBLICADAO transatlântico Barbárie vai partir de New York, em noitede intenso nevoeiro, levando, entre vários passageiros de renome,Maurício Brown, que, ainda moço, já é citado entre os mais sábiosbiologistas do mundo (Tendo perdido recentemente a mãi adora-da, que o criara, sozinha, desde muito creança, vai á Europa, embusca de esquecimento). O multi-millionario Alonzo Holt, (duasvezes divorciado, septuagenário de gênio irascivel, amargo); Mme.Alva (uma espirita vidente , que embarcou, com a esperança de re-

atar relações com o Sr. Holt. Durante vários mezes lograra illudil-oe lhe arrancar milhares de dollars, fora surprehendida em fraudepor Dickens. o secretario de HoltV Logo que embarca, Mme. Alvareconhece em um dos slewarts Fred Parsons, o marido de quem fu-giu na Inglaterra, depois de o ter compromettido em um processopor chantage. Outros viajantes notáveis são o Dr. Winstay, medi-co assistente do Sr. Holt; e miss Máry Fulton, (uma jovem new-yor-kina, que viaia sozinha, em 2.«* classe, recommendada a MaurícioBrown, por um de seus raros amigos, e uma mulher de aspecto ex-centrico e profundamente doloroso.

Logo que o navio parte, o Sr. Holt tem uma crise e é soecorri-dopelo tenente Alloway, um dos médicos do navio. Na noite se-guinte, miss Fulton encontra o Sr. Holt, morto, enforcado ,na amu-rada do Barbárie.

Accidente? Suicídio? Nao. Cousa mais grave. Os inspectoresHarris e Mullany, logo ao primeiro exame, verificaram que o multi-miHionario fora estrangulado por mãos grandes, fortes... Tendo,inexplicavelmente, desapparecido o doutor Alloway, chefe do ser-viço de saúde a bordo, o commandante exige a presença do tenenteYarrow, segundo medico de bordo, embora estivesse gryppado. EYarrow confirma as declarações dos dous detectives. Nesse momen-to, o professor Brown pede uma audiência ao capitão Mac Mia-mid, que, immediatamente, o admitte como seu assistente no in-querito.

Este, porem, pouco se adiantava, apavorando miss Fulton,que, por haver sido quem descobrira o Sr. Holt morto e se ver ob-jecto de especial vigilância, por parte de Brown, já se consideravagravemente compromettida. Em peior situação se encontra Dickens,obrigado a confessar que era um enjcitado e mentira durante o pri-meiro interrogatório.

testamento do marido.. .Dez milhões.Mas, nesse caso,

Isso, eu posso dizer...declarou Brown, interrom-pendo o debate, com sua vozcalma. — Ella é a esposa deHolt.

Peço desculpa, se-nhor.. . — disse, nesse ins-tante, o stewart do comman-dante, apparecendo, na portaentreaberta. — Uma senhorao procura...Quem ê ella?

Imagine! Diz que seunome é Mrs. Holt.. . Deveser maluca...

xm — os segredos deDICKENS

O commandante disse, ir-ritado :

Mande-a entrar, quan-do eu tocar a campainha.

O stewart se retirou e MacDiarmid, que parecia per-plex®, consultou com umlongo olhar, seus dous com-panheiros. Depois disse:

— Sua esposa ! Incrível]!Mas, segundo me informa-ram, seria beneficiada pelo

Quanto receberia ?

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NA FALTA DE COUSA MELHOR 1 A Ultima r>tgraphia de lord Lothian, embaixador da Inglaterranos Estados Unidos e falleeido recentemente. O embai-xador, recebe de uma menina norte-americana uma das30.000 bonecas, que, como presente de Natal das cre-ancas dos Estados Unidos, foram enviadas para as crean-

ças da Inglaterra.

ella. ..Sem duvida — respondeu Brown em tom per-remptorio — Ern outros termos, commandante, vamos

conhecer o motivo ^o assassinato, •¦•Uma vos aterrorizada interrompeu-os :Juro perante Deus, senhores! — exclamou Dic-

kens com vehemencia — que essa senhora não ê culpa-da pelo assassinato do Sr. Holt. Nem ella... nem eu!Menti, reconheço, mas apenas para protegel-a. E' umacreatura infeliz, semi-louca, que nunca fez mal a uma

mosca. O único erro de suavida foi ter se casado com essehomem. Que Deus a proteja!—- O.sfnhor quer deseul-pal-a —- replicou bruscamenteMac Diarmid — por que osdous são cúmplices! Que fezda carta ?

—r Rasguei-a e atirei-a aomar.. .

Ora! Quer que acreditenisso ?

Tem que acreditar, se-nhor. Não queria que o patrãolesse a carta. Elle pareceu re-conhecer a lettra da esposa,sobre o enveloppe, mas antesque pudesse abril-a eu a ar-ranquei de suas mãos. Sempretive pena de Mme. Holt. Es-crevia-lhe de tempos a tempos,para lhe dar noticias do ma-rido e ella me respondia. Po-rem elle a odiava de tal formaque nao hesitaria em matai-me,se viesse a saber dessa corres-pondencia.Supponho — interrogouseccamente o commandante —que vai pretender ter ignoradoa presença d'ella a bordo ?

Ignorava, realmente, se-nhor, até o momento em quereconheci sua lettra.

Que dizia a carta ?

A ultii >hoto-

73

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"^="Tolices. Declarava que desejava tornar a vel-o,protegel-o contra elle próprio, o seu mau gênio. Nun-ca liguei grande importância ao que cila dizia. . .

No entanto, teve o cuidado de destruir sua car-ta e de nos pregar, depois, uma serie de mentiras.

Apenas para hvral-a de qualquer suspeita. . .Commandante; é preciso que acredite em mim. Eu sa-bia que Mme. Holt herdaria enorme fortuna, com amorte de seu marido e eila sempre se referia a elle demaneira tão imprudente que eu tinha a certeza de queseria suspeitada, se descobrissem a carta. Eis a únicarazão que me levou a mentir, senhor.

Uma voz irônica se fez ouvir, nesse instante.Tem certeza, Dickens?

Era Mullany, que acabava de entrar. Seu rostorubro estava tão ameaçador, que Dickens — que sevoltara involuntariamente — recuou até a parede dacabine.

Com sua permissão, commandante — contí-nuou o detective — gostaria de fazer algumas pergun-tas a esse santinho.

Depois, dirigindo-se a Dickens, continuou:Em que anno entrou para o serviço do Sr. Holt ?

O homunculo sorriu beaticamente, antes de res-ponder: Ora, Chris, você bem sabe... em 1920.

Meu nome é Mullanv. Onde vivia, antes de tra-balhar em Butte?

Os olhos pallidos de Dickens se encheram de magua.•Foi em outro tom, que respondeu:

Já disse. . . Em Chicago.Brown se interpoz, declarando que isso já lhe fora,

realmente, perguntado.Um instante, senhor, por obséquio. Em que mo-

mento deixou seu ultimo emprego em Chicago ?O ultimo brilho de esperança se extinguiu nos olhos

tristes do infeliz, que murmurou, em voz quasi imper-ceptivel:

Em 1912.E que fez de 1912 a 1917?

74 Dickens nao respondeu.Não responde, hein ? Pois eu direi onde esteve

~ proseguiu o policial — Esteve na penitenciaria de Jo-liet, onde cumpria condemnação de sete annos.

Entregando uma folha de papel ao commandante,proseguiu:Encontrará ahi todos os detalhes. Telephona-ram-ine novamente de New York. Esse cavalheiro foicondemnado em Fevereiro de 1912, por ter praticadoroubo importante. Libertado condiccional em 1917, foidispensado do exercito por fraqueza constitucional epartiu para o Arizona.

A expressão do rosto de Mac Diarmid se tornoumais dura.

Ahi Esse era o motivo por que não abandonavaHolt] — exclamou — Elle sabia seu passado. Quetem a dizer, agora?

Dickens lançava em redor de si, olhares desespe-rados.

Tudo quanto acaba de ser dito é exacto — mur-murou elle -— Sei que não vão me acreditar, mas affir-mo que sou innocente. E' a verdade] Paguei a culpa deoutros. . .

Voltava agora um olhar implorante para o rostosevero do commandante.

Brown chamou o official para um canto e conver-saram, alguns segundos, em voz baixa. Depois, MacDiarmid tocou a campainha.

Sou Mme. Holt.A dignidade da recém-chegada e seu tom altivo

apresentavam extraordinário contraste com seu aspectoexterior. Tinha caminhar e altitude distinctos e seusdedos emaciados estavam ornados com anneís de va-lor, com montagens antigas. Porem seu vestido estavafora de moda e parecia evidente que estava reduzidaaos vestígios de um guarda-roupa outrora elegantíssimo.

Disseram-me — continuou, sem a menor emoção— que meu marido foi assassinado.

O commandante a examinou com surpreza, curió-sidade e perguntou:Soube. . . ha pouco tempo?

Eila inclinou a cabeça com ar autoritário.Sim. Hontem a noite me af firmaram que elle

tinha praticado um suicídio. Procurei, em vão, fallar-lhe,

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commandante. O stewart recusou transmittir meu pe-dido de entrevista e acabo de escrever ao director daCompanhia, pedindo que elle seja demittido, por nãosaber cumprir com suas obrigações. Queixei-me tam-bem contra o commandante deste navio, que não semostra accessivel aos passageiros.

Interrompeu-se, depois continuou:Quem matou meu marido?E' o que procuramos saber, minha senhora — repli-

cou Mac Diarmid. — Depois, voltando-se para Brown,que fitava a recém-chegada, accrescentou — Este éo Sr. Mauricio Brown, que me auxilia no inquérito.

Eila encarnou Brown com calma, sentou-se na ca-deira que Mac Diarmid lhe indicou e pareceu pelaprimeira vez, perceber a existência de Dickens, quea olhava com evidentes signaes de inquietação. Masnada lhe disse.

Minha senhora — disse o capitão, procurandofallar com cortezia — Ha innumeras perguntas, quedesejaria lhe fazer. Assim, por exemplo. . . A senhorae o Sr. Holt estavam separados ha muitos annos?

A histioria de minha vida conjugai com o Sr.Holt é fácil de resumir — replicou eila — Meu mari-do queria dominar todo o mundo. Quando eu resisti,elle pensou que podia me tratar como sua primeira es-posa, a quem abandonou com um filho ainda pequeno.Mas eu não permitti que rompesse nossos laços ma-trimoniaes para casar com outra. Julgou, que me le-varia facilmente a submisão, recusando recursos. Po-rem minha vontade era tão forte como a d'elle. Soua uníca pessoa no mundo que Alonzo Holt não poudeescravisar e isso o enfureceu. Era homem violento etinha que morrer de morte violenta. O facto não mesurprehendeu.

Admitte, portanto, que elle tinha razoes paraodial-a ?

-— Quasi tenho a certeza de que não se passou umsó dia sem que Alonzo Holt desejasse minha md^te. . .e eu a d'elle!

Foi por isso que se inscreveu na lista de passa-geíros sob nome falso ?

Naturalmente. Do contrario, elle me teria mata-do, como eu já tentei matal-o!

Dickens, com um grito, precípitou-se para o cen-tro da sala, gritando:Não liguem ao que eila diz; eila não sabe o queestá dizendo]

A senhora confessa que tentou assassinar seumarido ?

Não quiz, exactamente, matal-o... Apenas as-sustal-o, para vel-o soffrer. Elle me insultara diantede convidados e tinha que ser punido. Dickens sabeisso tudo. Recorda-se d'aquella recepção em Irvington,Dickens ?

Vejo, pela expressão de seu rosto, que eila diza verdade. — declarou o commandante, dirigindo-se aojac-totum. — Vamos. . . Falle.l

Eila está delirando — gemeu o infortunado —Sempre foi assim, semi-louca e não surprehende nin-guem o modo como o Sr. Holt a tratou. Uma noite, apozo jantar, elle foi atacado por vômitos e murmurou quealguém puzera qualquer cousa em seu alimento. Semprepensei que fosse pura imaginação de sua parte.Não] — exclamou eila, vivamente — Não. Eraverdade! Era a única maneira de agir com elle. Olhopor olho, dente por dente, era a sua máxima. Procurou,depois, prender-me, mas eu era mais esperta do que elle.Não poude conseguir nenhum indicio. Joguei no fogoo resto de sua omelette e eu própria lavei cuidadosamente o prato. Apenas, desde então, elle decidiu livrar-se de mim, por que comprehendeu que eu lutaria comelle em seu próprio terreno e elle tinha medo da morte.Ahi Eu o conhecia muito bem!

Calou-se, refugiando-se num silencio doloroso.Foi com a intenção de matar seu marido, que

embarcou neste navio ?Eila teve um sobresalto, moveu energicamente a

cabeça e murmurou, com ar discreto:Não; nesta vez, queria apenas salval-o de si

mesmo. Estava prompta para arriscar minha própriavida e ser assassinada por elle, na esperança de me di-rigir ao melhor lado de sua natureza, impedindo-o dedilapidar de maneira indigna sua grande fortuna...que cabia a mim distribuir.

; ¦! :¦/

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Seu olhar melancólico se animou e suas palavrasforam mais rápidas:

Quer saber o que me aconteceu ? Residia em Pa-ris, pobre, isolada. Essa cruz que carreguei serviupara me fazer digna da tarefa, que teria a cumprir.E, um dia, tive a visão de um mundo no qual não have-ria mais misérias e que estaria cheio de casas pequeni-nas e bonitas, jardins deliciosos e creanças risonhas.Depois, uma vez, ouvi uma voz que se erguia e me or-denava voltar á America. Procuraria meu marido,reclamaria d'elle os milhões que ganhara espoliandodesgraçados e purificaria esse dinheiro, construin-do o universo novo, que sonhara. Não perdi tempo eembarquei no primeiro navio. Quando cheguei a NovaYork, soube que Holt deixava a America no dia seguin-te, neste vapor. Não me escaparia como poderia occorrernuma grande cidade. O destino o collocava ao alancede minha mão. "Vá

procural-o", murmurava a voz an-nunciadora —- por que será o instrumento de sua sal-vação.

Findo esse pequeno discurso, deteve-se. com ardramático.

O commandante Mac Diarmid era homem de sensopratico. Passou, com ar perplexo, a mão sobre as cabel-los cinzentos e disse:

O Sr. Holt foi assassinado ás onze horas e oitominutos. Que fazia a senhora a essa hora ?

Ella o envolveu num extranho olhar e murmurou,num sopro: t

Está suggerindo que eu matei meu marido?Não costumo fazer suggestões. Peço apenas que

responda.Não conheço, sequer, os detalhes relativos a sua

morte. ((Que fazia com Dickens, no tombadilho "B ,

cerca de onze horas da noite?Ella lançou um longo olhar sobre o infeliz secreta-

rio, sorriu e declarou:Pobre Dickens! Minha carta o encheu de terror.

Foi me procurar, emquanto eu passeava, para me sup-plicar que não lhe escrevesse mais, nem tentasse de vero Sr. Holt.

E depois elle a deixou só?Levei Mme .Holt até a bibliotheca — interrom-

peu Dickens — ella queria trocar um livro.Por favor... — rogou Mac Diarmid, contraria-

do — Prefiro que ella mesma responda.Elle disse a verdade — continuou f Mme. Holt,

calma — Fiquei lendo, na bibliotheca, até o momentoem que alguém entrou, gritando e annunciando que oSr. Holt se matara. Pedi para serlevada immediatamente á presençado commandante, mas, conformejá expliquei, o stewart imbecil. . .

Que fez, então ?Voltei para minha cabine.

Estava nervosa e tomei um seda-tivo para poder dormir. Foi a ca-mareira quem me informou, quan-do despertei, pela manhã, que oSr. Holt fora assassinado. Vesti-me immediatamente e. . . aquiestou.

A porta da cabine foi abertacom violência. Harris entrou comouma ventania e exclamou :

Perdoe-me, senhor, mas.. .No momento não attendo

ninguém, Sr. Harris — disse ocommandante, rubro de indigna-ção. — Estou occupado.

Lamento muito, senhor,mas como se trata de assumptourgente.

Só então Mac Diarmid notouque o inspector-chefe perdera afieugma habitual e parecia aomesmo tempo sem fôlego.

Um instante — disse elle,fazendo um signal a Mullany e aBrown. Levou-os para jjjnto dajanella. — E' preciso conservarDickens sob estreita vigilância, atéinformações mais amplas. Não o

fmraiiT n.-.-^-.^,.^-»-»»»»»»——b^m—mm^m^—^^^^^^^Mcwajig^x^-^^r^"V-*N- ¦ \' *^i^J ':. . *ii v/* *• ..*, * • í .".!• 9jBflfc,

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O NOIVADO DE UMA ESTRELLA DO CINEMA: Dean-

na Durbin, a popular "star" da Universal, posandocom seu noivo, Vaughn Paul de 25 annos de edade,no dia da celebração de seu 19.° anniversario na-talicio, quando, justamente o noivado toi oüicial-

mente annunciado.

deixem se communicar com quem au'er que seja. Colloqueainda — accrescentou, sempre se curgindo a Mullany —-uma camareira de guarda, noite e dia, junto de Mm*Holt. Evidentemente, não está regulando muito bem epoderia tentar contra a própria vida. Depois interro-gue o stewart da bibliotheca e as camareiras de sua ca-bine, para verificar o álibi que nos deu. Volte para mecontar tudo, dentro de uma hora. Vou ouvir o que Har-ris tem a me dizer, depois pretendo fazer minha toilette.

Quando o detective se retirou levando os dous pri-sioneiros, o inspetor declarou:

Emfim, minha memória despertou, a respeitodo tal Parsons. Embarcou commigo no Aiaric; duran-te uma das viagens, uma senhora perdeu um braceletede diamantes. Confesso que suspeitei d'elle, na occa-sião, mas como apresentou um álibi irreprehensivel. . .Em todo caso, ha pouco, emquanto elle servia os viajantesnas cabines, aproveitei para ir examinar suas malas egavetas. Nada encontrei nas malas, mas Smeturst meinformou que Parsons utilisava um armário numa ca-bine vasia. Fui examinar e vejam o que achei em umde seus uniformes brancos, já usados.

Terminando, Harris tirou do bolso uma carteirade couro e a collocou sobre a mesa, diante do comman-dante. Este abriu e teve um sobresalto, por que acabarade ler, impresso no interior de couro, "Leonard

J. Al-loway".

XIV — UMA INNOCENTE QUE FALA DE MAIS

A orchestra tocava na pequena sala, que precediao restaurant. No passadiço, passageiros bem agasalha-dos se alongavam nas deck-chairs. Na cabine do comman-dante, este se curvava sobre seu código cifrado e com-punha um longo telegramma, dirigido á companhia denavegação. Elle próprio levaria o papel ao operador,na cabine de T. S. F., o que provaria a este ultimo quea mensagem deveria ser mantida no mais absoluto se-gredo.

Mary Fulton caminhava no tombadilho; alguémfoi a seu encontro e perguntou:Então ? Como se passou tudo, hontem ?

Era o Dr. Winstay.A jovem norte-americana enrugou o narizinho, ten-

tando caretear.Não foi muito penoso. . . O commandante é

gentilissimo e sem esse homem, chamado Brown. . .Brown ? Que fez elle ?Céos! Foi quem me denunciou ao comman-

dante. Não lhe disse que elle estava próximo de mim,hontem, á noite, quando gritei ?E como se isso não fosse bastante,obrigou-me a relatar ao comman-dante meu encontro com o Sr.Holt.

Holt ? Não sabia que co-nhecia o Sr. Holt.

Encontrei-o pela primeiravez, naquella manhã. Alguém que-ria me expulsar do tombadilho deprimeira classe e elle se interpoz.Em seguida passeamos juntos, ai-guns instantes...

Deteve-se, olhou para seu in-terlocutor e perguntou :

O senhor o conhecia bem,não é verdade ? Posso lhe fazeruma pergunta ?

Certamente.Por que razão elle pareceu

tão emocionado quando eu reveleique Mme. Alva estava a bordo?

-— Simplesmente por que ellaera uma de suas "azas negras".Em certa epocha, elle se interes-sara pelo espiritismo e cônsul-tara-a. Depois brigaram. Ignoro oque se passou, exactamente, masHolt declarou que ella o haviaenganado. Bem sabe como costu-mam agir essas "mulheres. ..

Miss Fulton sorriu, excla-mando: '

— Oh! Agora comprehendo

!

75

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feJjgpSaSg 24.° Anno — N. 10 — Março 1941

76

como fui imprudente! Mas por que fez o Sr. Brown quês-tao de contar tudo isso ao commandante?

Está certa de que elle disse isso?Sem duvida e, alem do mais, interrogou-me como

se fosse um juiz.Interrogou-a? A que propósito?Não sei. Penso que elle foi obrigado a revelarao commandante a cólera que se apoderara do Sr. Holt,ao saber da presença de Mme. Alva.

Talvez... Mas era inútil complical-a nesse as-sumpto. Eu próprio podaria lha revelar que o velhoHolt não pocfia supportar aquella mulher e que aindaha dias d'eila me fallara em termos amargos. Em todocaso, continuo a não comprehender em que isso podeter interessado Brown. . .

Miss Fulton lhe lançou um olhar apertado entrea dupla fila de seus longos cilios:

Sabe guardar um segredo? — perguntou.Sim... E' um habito em minha profissão, porque um psychiatra é uma espécie de confessor.Serio?

Elle se approximou mais.Pode dizer. Adoro ouvir segredos. . .

~ Creio que suspeitam de ter sido Mme. Alva aassassina de Holt.

O medico ergueu os hombros, como se o facto nãoo interessasse ou duvidasse da sua veracidade.

Essa hypothese pode ser tão boa como outraqualquer. Tudo nesse drama é estonteante. Creio, po-rem, que uma mulher não possue força physica surfi-ciente para agir como deve ter feito o assassino.E' verdade que o pobre hom;m foi estrangulado?

Winstay fez um gesto affirmativo.Exactamente. Acabo de assistir a autópsia.Tem alguma idéia sobre esse crime?

Elle respondeu, com ar pensatívo:Nada se pode affirmar. . .Acha que Dickens é culpado?Dickens! — repetiu elle, com um sorriso de des-prezo -— Foi o seu amigo Brown quem suggeriu isso?Em minha opinião todos os que viajam neste navio sãosuspeitos. . .

Miss Fulton estremeceu:Que horror!

—L^im ^mao^o o que está sentindo, minha filha;mas não se deve deixar dominar pelo systema nervoso.

Eila respirou com força e sorriu novamente:O senhor, ao menos, consola e dá coragem.E' outro habito meu. Devo inspirar conFiançaa todos os meus doentes.

Mary Fulton pousou timidamente uma das mãossobre um braço do medico, dizendo:Não sei por que, sinto que o senhor através-sa, nesse momento, um período penoso... Acertei?

Winstay olhava qualquer ponto indistincto, mui-to longe, em sua frente. Deixou passar algun3 instantes,antes de responder:

Realmente. Fora de qualquer outra considera-ção, a morte de H}lt quasi vai me arruinar. Estávamoslançados, juntos, num grande negocio e estremeço sóde pensar qd preço em que taes valores foram cotados,esta manha, na bDlsa de New York... Mas não queroaborrecel-a com negócios. ..

Quando Brown deixou o capitão Mac Diarmid,apoz longa conversação, desceu lentamente até o pas-sadiço. A sineta para o almoço lembrou-lhe que, se fos-se fazer sua refeição na sala geral, estaria exposto a curió-sidade dos diversos passageiros, o que não poderia to-lerar. Por outro lado, a perspectiva de almoçar só nãolhe era agradável. Estava ainda indeciso, quando avis-tou Mary Fulton.

Mas só viu seu acompanhante, quando chegou bempróximo. Entretanto, a presença de Winstay não o fezmudar de idéia. Cumprimentou o medico com um levemovimento de cabaça e, dirigindo-se a Mary, fallou:Estava á sua procura, Miss Fulton... Dese-java convidal-a para almoçar em minha companhia.Era, justamente, o que eu ia propor a miss Fui-ton! — exclamou vivamente o medico.

Pois então, meu caro, está sem sorte — reíor-

quiu Brown, que insistiu, dirigindo-se á norte-amenca-na. — Fui eu o primeiro a pedir, não é verdade?

Winstay desatou a rir e disse:Pois sabe o que vamos fazer? — perguntou,

voltando-se para Brown — Vamos almoçar juntos. . .os trez e jogaremos

"cara-ou-corôa" para saber, depois,

qual de nós dous pagará a despeza.Miss Fulton vai almoçar commigo! — declarou

Brown, com súbita firmeza.O medico esboçou um gesto de indifferença e ac-

ceitou a situação com bom humor:Pois bem, acceite seu convite.

Miss Fulton corara ligeiramente.*Era minha intenção acceitar — disse. E accres-

centou — Mas terá que esperar, emquanto endireitomeus cabellos. . .

Esperarei.. . — disse o sábio. E Mary se afastou.E' adorável essa creaturinha — declarou Wins-

tay, seguindo-a com um olhar carinhoso. Depois, comoBrown nada dissesse, continuou: — Espero que não te-nha levado a serio meu offerecimento para almoçarmosjuntos, os trez. Foi apenas gracejo e nada feliz, reconhe-ço — concluiu, emquanto seu interlocutor conservavaa physionomia fechada. .

Não tem importância — affirmou Brown.Winstay abriu a cigarreira, escolheu um cigarro

e lentamente perguntou:Já sabe que terminamos a autópsia?O capitão me entregou copia do relatório.

O medico hesitou, antes de perguntar:-— Supponho que o senhor está auxiliando o in-querito. . .

Estou, sim; por que pergunta?Não tenho nada com o caso, é claro... Mascreio que suspeitam de Dickens, como autor do crime. . .

E então ?Já pensou na extraordinária amizade, quasi af-

feição, que unia esses dous homens?Os indícios que recolhemos não provam que se

estimassem tanto assim...Claro! Bem sei que Holt injuriava, constante-

mente, o pobre Dickens. Muitas vezes o ouvi in-suitar o infeliz...' Mas, na realidade, sympathisavamuito com elle. Quer saber? Na primeira noite passa-da a bordo, tive uma conversa bastante intima comHolt. Disse-lhe, francamente, que Dickens não estavaa altura do cargo que exercia e propuz que o substituíssepor um secretario mais experiente e um camareiro per-feito. Holt nada quiz ouvir.

Pela primeira vez, Brown parecia interessado peloque o medico lhe dizia.

Isso é serio? — perguntou.Declarou-me, ainda, que JDickens era o únicoamigo que possuia e terminou recusando seccamentesubstituil-o. Por isso, não possopode ter colhido... Em fim, eradizer.

^ — Agradeço muito, doutor -mais interesse e amabilidade dotrará. Depois, como miss Fultontay se afastou.

O ambiente do grllL-room encantou Mary. A salaera elegante, o serviço rápido e a mesa principal pesa-da de pratos appetitosos, dispostos sobre enormes blo-cos de gelo.

Brown, começou por declarar:Deve ter notado que eu estava decidido a não

me deixar vencer pelo medico...Por que ?Por que é a primeira pessoa, que tive o prazer

de conhecer neste navio.Muito gentil. . . — disse eila, com seu mais

bello sorriso.Mas ha ainda outra razão — accrescentou elle,

gravemente — Desejo que sejamos amigos.Ahi No entanto, não pareceu enthusiasmado,

quando Wiilie nos apresentou um ao outro...Não tinha tido tempo, então, para observal-a

bem. . .Deteve-se, humedeceu os lábios e continuou com

com um mixto i npressionador, quasi comovente de ti-mi dez e reso'ução: ^*

A " ^unca . travei relações com uma mulher de sua

edade; mas creio que vou gostar muito de sua companhia.

imaginarsó o

que indíciosque tinha a lhe

- replicou o sábio comque até então mos-

reapparecesse, Wins-

24.° Anno — N. 10 — Março 1941 fy.S!etâMcfo

Havia uma espécie de coragem na sua declaraçãoquasi ridícula.

Muito bem. Pelo que vejo, é capaz de prever,sempre, a sympathia que vai sentir pelas pessoas?Exactamente. Sempre!

O Dr. Winstay, por exemplo, não lhe é agradável ?Brown fez um gesto evasivo, antes de dizer, sem-

pre muito serio.Não é, realmente, o typo de homem que me agra-

da. No entanto, < eu próprio devo ter certos preconcei-tos. . . As sciencias pouco exactas, como a psychana-lyse, não me attrahem...

—¦ No entanto, o Dr. Winstay parece confiar emsua sciencia.

E' um caso de presumpção.Sim. . . Deve ser isso — reconheceu Marycom deliciosa franqueza — Ouviu quando elle "per-mittiu", que eu almoçasse com o senhor? Tenhohorror ás pessoas que procuram me proteger. . . O ra-paz de quem estive noiva queria dictar minha conducta.Não pude supportal-o. . .

Esteve noiva?Sim e essa é, justamente, a razão por que me

encontro aqui. Era um casamento arranjado por nos-sas iamilias e a minha ficou zangadíssima, quando rom-pi o noivado e fugi. . .

Lamentável... Diga-me: Tinha affeição a seunoivo ?

A expressão do rosto de miss Fulton se modificou.Fez um signal affirmativo e começou, em outro tom:Creio que sim. . . Até certo ponto. . .

Deteve-se, hesitou e logo proseguiu:Mas, voltando ao Dr. Winstay, não devia serí;ão secco com elle. A morte do Sr. Holt foi rude golpepara o infeliz que parece ser um homem dotado degrande sensibilidade...

Realmente, acaba de fazer calorosa defeza deDickens... — declarouBrown — E, a propósito,accrescentou, fitando Marycom severidade. — Quemlhe disse que eu suspeitavade Dickens?

Mary confessou, comar penalisado:Eu... Mas nãopensei que houvesse mal,estando o medico ligadoao Sr. Holt.. .

Em facto, não temgrande importância... Emtodo caso, acredito que ocommandante não vai gos-tar, por que Winstay poderepetir a outras pessoas oque elle me disse confiden-cialmente. . .

Insensivelmente, Marycontinuou:

O Sr. Holt e o Dr.Winstay estavam lançandograndes negócios. . .

Brown estremeceu eperguntou:

Tem certeza d'isso ?Eila fez um gesto affir-

inativo.E ainda accrescen-

tou que a morte de Holttalvez o levasse á ruína.Acredito que seja verdade.

Sr. Brown! — gri-tou, nesse instante, umgroom, junto da porta.

O sábio interrogou-ocom um olhar e o servidorexplicou que alguém o cha-»nava no exterior. Brown sa-hiu, voltou e disse a Mary:

Estou desolado. . .Mas o commandante man-dou me chamar. Terá que t> i i m~ ik« aa<.r .\ — Responda! JNao lhe doetomar o caie sem mmna uma senhora?companhia. —Doer, dóe... Mas doem

vwr- Mary pareceu visivelmente desapontada, por quejá havia mais intimidade entre elles e contava que Brownlhe confiasse os primeiros resultados do inquérito. Alemdo mais, achava o sábio extremamente sympathico.

Devo dizer-lhe, senhor — insistiu o groom —que o commandante deseja vel-o immediatamente. Nãoestá na cabine — accrescentou, quando Brown se er-.gueu — Devo leval-o até onde elle se encontra.

E, fallando, dirigiu-se para o elevador. Desceramate o tombadilho "D",

percorreram vários corredorese chegaram finalmente ao gymnasio com piscina. Pe-quena escada os conduziu, depois, a uma parte do na-vio, que Brown jamais visitara. Seguiu o criado comsurpreza, ao longo de um pequeno corredor, ao fim doqual avistou um grupo de officiaes. Estes voltaram parao recém-chegado, physionomias consternadas e Brownnão tardou a se achar diante de Mac Diarmid.

O commandante estava de pé, diante de um cofre,cuja porta fora arrancada. Mac Diarmid recuou paraum lado e apontou com a mão.

O sábio seguiu a direcção do gesto e viu, no inte-rior do cofre, um official com olhos vidrados. Num doslados do pescoço, as mesmas marcas encontradas no deHolt. O commandante murmurou com voz rouca:

E' o Dr. Alloway. . .

XV — A CORTE DE MME. ALVA

A Sra. Hawksley, estirada num rocking-chairt ob-servava com ar critico os passageiros que subiam da sa-Ia de jantar.

Levantou-se, de súbito, por que Mme. Alva sur-gia no fundo do tombadilho.

Querida amiga! — exclamou a Sra. Hawks-ley, apoderando-se da mão da médium. — Alegro-mepor verificar que está passando bem, a ponto de viraté aqui... Pobre Alva! Parece triste... Venha sentar

commigo.. . Trouxe umacaixa do chocolate francez,de que tanto gosta.. .

lnstailou sua amiganuma cadeira visinha, col-locou uma aimolaüa sobsua cabeça e cobriu-a commagnitica capa de pciies.Depois, apannando a caixade bombons, coüocou-a so-bre os joelhos de Muie.Alva.

Sinto-me extenua-dal — declarou a médiumcom ar theatral — Nãodormi um só minuto estanoite...

Fez mal em não meprevenir de que estava pas-sando bem — declarou aSra. Hawskley — 6o soubehoje pela manhã. Que hou-ve? Minna me contou quetinha mandado chamar omedico. Certamente a mor-te trágica do velho Holt aemocionou fortemente...Conhecia-o, não é verdade ?

Não foi isso... Umasimples crise nervosa — res-pondeu Alva. — Durmomal ha bastante tempo. Sóhoje, pela manhã, íui in-formada da morte de Holt.

Realmente, minhacara amiga, parece doen-te... Não acha que seriamelhor voltar a se deitare chamar o medico?

Não falle mais emminha saudei — exclamoua vidente com visível irri-tação. — Não serve denada...

a consciência, vendo viajar de pé E morcleu um bom-muito mais os meus pés! bom com ar ennojado.

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&$£f£jMdo 24.° Anno-=-Nr10 — Março 1941

Querida! Não foi minha intenção aborrecel-a —murmurou a outra, com meiguice — Fallava no seu pro-prio interesse. Os seus nervos estão sempre em acçãoe não toma cuidado. . . E' isso. . . E' muito boa e per-mitte que os outros abusem de sua paciência.. . No seulogar, eu teria dito ao commandante, esta manhã, oque pensava de sua grosseria. Que idéia, mandar cha-mal-a ás nove horas da manhã! E' absurdo!

Quem lhe disse que o commandante me chamou ?Foi Minna. Eu entrei para visital-a e soube que

já tinha sahido da cabine. . .Ah! Minna... — respondeu Mme. Alva, cujos olhos

verdes baixaram para a caixa, onde escolheu um segun-do bombom. Depois, erguendo a cabeça, continuou:— Peço desculpa, se estou nervosa, minha boa amiga.Passei uma terrível manhã. E' verdade... 0 comman-dante mandou me chamar. Pensava que eu podia in-formar sobre quem matou Alonzo Holt.

Você! Oh!...A médium, com um ar sombrio, fez um gesto

affirmativo, suspirou e proseguiu:Oh! Todos os prophetas são forçados a carregar

uma cruz. Já lhe contei de que maneira abominávelaquelle velho me tratou... Pois bem, alguém foi con-tar ao commandante que eu extorquira dinheiro de Holt...Quantias enormes!

E elle acreditou?Supponho, pela maneira como me interrogou.

E sei a quem devo agradecer essa intriga! Foi Dickens,o secretario. Nunca me perdoou por não ter querido mealliar a elle para roubar o millionario. Dickens queriaque eu enviasse contas exaggeradas, que depois dividi-riamos.

Que miserável! Você contou isso ao capitão ?Não. Não era necessário, porque todo o peccado

cedo ou tarde encontra punição. No instante em queo Sr. Holt foi assassinado, eu estava doente, em minhacabine, tratada pela camareira e o medico. . . Holt tra-tou-me de maneira injusta, mas eu não lhe tinha guar-dado rancor. Todavia, ser accusada, quando se está ín-

78 nocente, é horrível, mesmo para uma pessoa humilde.Por isso tenho estado assim, nervosa, toda a manhã. . .

Mas, minha querida Alva. . . E' preciso abriros olhos do commandante sobre Dickens! Não vê quepode ter sido elle mesmo o assassino de Holt? Um ho-mem capaz de propor uma patifaria como a das contas,pode muito bem praticar crime maior!

A médium assumiu um ar desolado, suspirou edisse:

Não temos o direito de julgal-o. . . E, por fa-vor, não diga a ninguém o que acabo de contar. . .

Deteve-se, por que um homem de certa edade; ves-tindo terno cinzento, detivera-se diante d'ella. Mme.Alva apresentou o recém-chegado á Sra. Hawksley:

Sir Henry Faucon, antigo funccionario nas In-dias. . . Lady Faucon — accrescentou — é norte ameri-

-cana e uma de minhas melhores amigas...Occorrem cousas extranhas neste navio — ob-

servou o recém-chegado — Sabe da ultima? O medicodesappareceu!

Qual medico ?0 de bordo. Estão procurando por toda parte.

Justamente antes do jantar, eu passeava por um dostombadilhos inferiores, em busca do compartimento debagagens, quando um marinheiro me informou de quenão podia ir adiante e notei que rebuscavam todo o na-vio; Soube, então, que procuravam o medico, desappa-recido desde hontem, ao meio dia.

Baixou a voz e continuou:.— Parece haver uma correlação entre o desappare-

cimento do medico e o assassinato de Holt. . .Oh!E* apenas minha opinião, por que as autorida-

des parecem estar tacteando no vácuo... O detectivede bordo já me perguntou o que eu fazia na noite docrime. . .

Ora essal Por que ? — interrogou a Sra. Hawks-ley, estupefacta.

Todos os passageiros serão interrogados. Feliz-mente, o primeiro tenente attestou minha ínnocencía,por que jogava bridçe com minha senhora e eu, na horaem nue o crime foi praticado. . .

Voltou-se para interrogar um homem, que passava,perguntando:

O detective já o interrogou, Sr. Travers?O homem quasi deu um pulo.

A mim? Por que motivo? — perguntou comvoz tremula.

A respeito do crime. . .A respeito do. . . ? Certamente não! E' muito

boa...Sir Henry Faucon desatou a rir, piscou um olho na

direcção da Sra. Hawksley e proseguiu:Pois acho bom ir procurando um álibi.

Travers pareceu consternado.Elle... Elle citou meu nome? — balbuciou o

infeliz.Mas certamente. E parecia desconfiado...Deus meu] — disse seu interlocutor, gaguejan-

do. Depois rodou nos calcanhares e se afastou rápida-mente.

Idiotal — murmurou sir Henry, seguindo-o comum olhar de compaixão.

Desculpe... Mas acho que fez mal em ame-drontar o infeliz! — disse a Sra. Hawksley, em tom decensura. — O coitado levou a cousa a serio.

Também acho. . . — disse um homem de óculosde tartaruga, que viera juntar-se ao grupo.

Oh! E' você, Breckinridge ? — disse sir Henry.A Sra. Hawksley parecia conhecer o intruso. Po-

rem Mme. Alva cerrou os olhos, parecendo não querertomar parte na conversação.

Quem é elle? — perguntou Breckinridge, apon-tando Travers, que se afastava.

Faucon desatou a rir e explicou:E' um passageiro que se chama Travers. Esta-

va gracejando com elle, porem o idiota pareceu acreditai"piamente no que eu dizia.. .

E' extranho. . . — murmurou seu interlocutor.Que quer dizer ? — interrogou a Sra. Hawksley ?

O outro esboçou um leve sorrisoOh, nada! Apenas um detalhe, que hontem no-

tei. Eu me achava no salão de fumar. Observava unse outros. Esse tal Travers jogava bridge e prestei atten-ção por que havia um medico em sua mesa e por quevieram chamar este ultimo para cuidar de uma passa-geira enferma. . .

A Sra. Hawksley levou um dedo aos lábios, desig-nando com um olhar sua visinha.

Era para Mme. Alva... — murmurou.Ahi. . . — exclamou Breckinridge — Seja como

for, eram onze horas exactamente — devem me compre-hender por que me recordo da hora — e notei tambémque Travers se erguia e se afastava. Chegando a meiocaminho do salão, deteve-se e voltou-se para o bar. Foinesse instante que notei a hora, no relógio da parede.Trez homens bebiam, de pé. Um d'elles nada tinha deextraordinário, mas os dous outros pareciam gangs-ters. . . se comprehendem o que desejo explicar. . . Eunão podia desviar a attenção do grupo, que formavam.Travers fez-lhes uma espécie de signal, pois logo quese deteve, o homem mais corpulento disse qualquer con-sa aos dous outros e os trez seguiram Travers, que jáse afastava.

Foi essa a ultima vez em que o viu? — inter-rogou Faucon.

Não. Cerca de onze e quinze, Travers voltousó. Recomeçou sua partida de bridge. .Alas chamo suaattenção para o facto de que, de onze horas a onze equinze, esteve ausente do bar.

E Holt foi assassinado ás onze e oito minutos. . .E' isso o que quer dizer?

Exactamente.Acho, Breckinridge — disse sir Henry, enfren-

tando o interlocutor — que devia ir contar tudo ao com-mandante. E' um dever. . .

Pigarreou, para esclarecer a voz e concluiu:Afinal todos nós somos suspeitos.Talvez, realmente, fosse melhor eu ir conversai'

com o commandante — concordou Breckinridge.Mas já Faucon proseguia, interessado:

Ha, a bordo, um estudante de Oxford, chamadoRolfe e que é primo de um dos officiaes. Fallei-lhe hapouco e elle foi consultar seu parente, para tentar obterinformações. Eil-o, justamente que chegai Rolfe! — cha-mou, dirigindo-se a um rapagão louro, que caminhavaem direcção a elles — Soube alguma cousa?...

24.° Anno — N. 10 — Março 1941

Quasi nada, senhor... O medico desappareceue apenas encontraram sua carteira, que um dos stewarts,Parsons, roubara. Já está preso. Segundo oarece, esseera também o stewart do Sr. Holt. Bob diz que aindanão têm provas, mas que acredita tenha sido elle mes-mo o assassino do miHionario.

Nesse instante, ligeiro movimento despertou a at-tenção da Sra. Hawksley, que estivera, até então, at-tenta ao que dizia o jovem Rolfe. Mme. Alva reppeliraa capa protectora, erguera-se e dizia com voz um tan-to rouca.

Não me sinto bem. . . Creio que vou descer.-~ Minha querida! — exclamou a Sra. Hawksley,precipitando-se para amparal-a.

Não se preoccupe commigo, minha amiga —respondeu a médium — Vou deitar um pouco. Não meacompanhe. . . Prefiro estar só. . .

Assim dizendo, quasi empurrou sua amiga, apanhoua caixa de bombons e com seu passo arrastado, dirigiu-se para a sahida do tombadilho principal.Ella é maravilhosa. . . Maravilhosa! — mur-murou a Sra. Hawksley, seguindo-a com um olhar en-ternecido.

Minha esposa tem grande admiração por Mme.Alva! — disse sir Henry. —- Pelo que vejo a senhora seinteressa pela sobrevivência da alma?

-— Oh, sim! Sou humilde e dedicada discípula daquerida Alva. Pobre amiga! Ella bem necessita de ami-gos dedicados como o senhor e lady Faucon. Imagine!O commandante chamou-a esta manhã e quasi a accu-sou de cumplicidade no assassinato do infeliz Holt!Impossível!

E' verdade. . . E Alva não quer que se falle,comprehende? Mas sei que posso ter confiança no se-nhor. Mas, por favor, queira se sentar a meu lado. . .

Breckinrídge já se afastara e o jovem Rolfe o imitou.

ç^S^ei^Mdo

XVI — A HORA DO CHÁ

A' hora em que o chá foi servido, nesse fim de tar-de, todas as luzes do navio brilhavam, por que á appro-ximaçao do crepúsculo, a bruma se tornara mais densa,mais impenetrável. O Barbárie avançava cautelosamen-te e, mesmo, desde a hora do almoço, chegara a se detercompletamente, duas vezes, iio espaço de poucas horas,emquanto suas sirenes lançavam prolongados gemidos.

Até então, a noticia da morte de Alloway permane-cera estrictamente entre as quatro paredes da cabinede Mac Diarmid, que dera ordem a todos seus subor-dinados para que mantivessem a mais rigorosa discreçao.

O quadro que se formava, pouco a pouco, á luz dostestemunhos, era espantoso. O cofre no qual o corpofora descoberto ficava num corredor sombrio, na partefinal do alojamentodo medico. Um bo-tão de uniforme,apanhado na cabi-ne de Alloway ga-nhava sinistra sisr-niricaçao, por quedevia ter sido ar-rançado violenta-mente da túnica domorto, como pro-yava o pedaço defazenda, preso aoaro de metal. Asdeduções que d'issodecorriam eramevidentes. O medi-co fora estrangu-lado em sua cabinee, depois, seu corpotransportado parao corredor e fecha-cio nesse cofre deroupa, que rara-mente era aberto.

Nessas condi-ções, podia-se affir-mar que, alli, a bor-do, um assassinocruel e sem pieda-de, agia á vontade.

flflS SSjS ^^BwjSv'si mêÊi ^tt^mB^&mmwmwF'¦ sí "'"'¦'^'''yií-^^^ííflB BBl

Camouflage rural — Uma typica residência ingleza do South Devon, com camou-ilage ornamental, de rara inspiração e própria para o ambiente em que está edificada.

Matara duas vezes e, sempre, por estrangulamento. Acólera e o horror se reflectiam no rosto de todos os quese succediam na cabine de Diarmid. Mas um só nomevoava, de bocca em bocca: o de Parsons. Já então nin-guem ignorava que o stewart fora preso, sob aceusaçãode ter roubado a carteira do medico.

As testemunhas eram numerosas. Havia, primeiro,o official que dirigira o grupo de marinheiros, encarre-gados da busca. O cofre estava fechado a chave e estadesapparecera. Fora necessário forçar o movei. Em se-guida, um velho marinheiro declarou que esse cofre con-tinha apenas lâmpadas sobresalentes e que a chave es-tava na fechadura, quando o navio levantara âncoras.O assistente do cirurgião, interrogado depois, declarouque a morte devia ter oceorrido vinte e quatro horasantes do macabro encontro. A victima fora estrangula-da como Holt e, nesse, como no primeiro crime, o as-sassino dera prova de possuir força descommunal. Ostewart, ligado á pessoa do medico, também depoz, ex-plicando como descobrira o botão. Accrescentou queo Dr. Alloway desapparecera desde a véspera, ao meiodia, affirmação que foi reforçada pela declaração do en-fermeiro chefe. O commissario e Harris também con-cordaram, ao declarar que o medico fora visto pela ul-tima vez, vivo, no instante em que deixava a cabine domiHionario. Dickens, mais cadaverico ainda, foi con-vocado por Harris afim de certificar se, ao entrar na ca-bine de Holt, com o Dr. Winstay, já Alloway se retira-ra. Parsons disse, então, que Holt enxotara brutal-mente o medico de bordo.

Sempre Parsons!— Devemos acreditar, nessas condições — disse

o commandante com ar significativo — que o stewartfoi o ultimo a ver o Dr. Alloway vivo.

O commissario e Harris concordaram e a cabineficou aliviada da concorrência, com excepção do Sr.Mellow, dos dous detectives e de Brown. Mandaramtrazer Parsons.

Este, com os pulsos algemados, compareceu, pelaterceira vez no dia, perante Mac Diarmid; a segundaentrevista se realisara pouco antes do almoço, quan-do descobriram a carteira do medico entre sua baga-gem. Então, elle se mostrara confuso, mas negara, quasichorando, ter praticado o roubo. Era verdade. . . Tinhavisto Alloway penetrar na cabine do Sr. Holt, de ondesahiu, pouco depois. Então ouvira o miHionario gritar'Vá

para o inferno!" Mas — jurava perante Deus —era tudo quanto sabia!

Neste instante, o commandante o aceusou brutal-mente de ter matado Allowray e, completamente allu-cinado, Parsons protestou mais uma vez sua innocen-cia. Perante Deus, que o julgava, jamais tocara no me-dico. Não podia affirmar cousa alguma em contrario,

pois somente issoera verdade!

? ? ?Brown estava

sentado em facede Harris, em suacabine. Os dous ho-mens estavam ain-da sob a influenciada scena violentaque acabavam deassistir.

— O caso parececlaro — declarouHarris. — Sem que-rer offendel-o, Sr.Brown, isso vemprovar a superio-ridade do policialprofissional sobreo amador. O se-nhor, sem favor, émuito intelligentee não nego quetrouxe boa ajudaao caso. Não es-queço que foi o se-nhor quem nos fal-lou de Mme. Cra-

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comprehender... Conheço os bandidos! iviais ae aousmijá passaram por minhas mãos, desde que ingressei n

ven e sua hypothese a seu respeito era boa, embora nãotenha conduzido a nada que valesse. Mas, como vê. esseParsons é o pívot do drama. E quem o descobriu ? Deve

a

polícia. E jamais esqueço um rosto... Isso taz parte deminhas qualidades profissionaes. Mal avistei Parsons,tive a certeza de já o haver encontrado antes.

Suppõe que elle é o autor dos dous assassina-tos? — interrogou Brown com calma.

Não pode haver duvida. São trez cúmplices:Mme. Craven ou melhor: Mme. Holt, que foi ajnsti-

gadora do crime, para herdar a fortuna; Dickens, queserviu de intermediário e Parsons o executante. Onde

já viu mãos como as d'elle? De resto, o senhor mesmofoi o primeiro a notar, reconheço!

Mas por que razão mataria Alloway ? — per-guntou Brown.

Muito simples... Recorda-se da carta, escnpta

por Mme. Craven a Dickens e que cahira em poder domillionario ?

Siim.Estava, sem duvida, destinada a fixar a Dic-

kens a hora escolhida para o crime, fosse por que eilao determinara com Parsons — foi a elle que eila entre-

gou a carta, se está lembrado e é pouco provável que atenha introduzido sob a porta — fosse para dar, uni-camente, ordem a Dickens, afim de ultimar detalhescom Parsons. Apenas, o enveloppe cahiu nas mãos deHolt. Que terá feito, então, o millionario? Dirigiu-se áprimeira pessoa que encontrou, pedindo protecção. Essapessoa deve ter sido Alloway.

E por que Holt não se confiou... ao senhor ?Estou lembrado de que chegou á cabine antes do medico.

Por que ainda não recobrara inteiramente ossentidos, quando entrei. Voltava, lentamente, a si. Queoccorreu, depois? Parsons, que tudo ouvia, junto daporta, surprehendeu Holt, quando fazia revelações aAlloway e, quando este sahiu, atirou-se sobre elle e oestrangulou. Depois, para esconder o cadáver, escolheu

80 esse velho cofre, que ninguém abriria senão em casode accidente na electricidade.

Brown acquiesceu, com um lento movimento decabeça.

Sua versão é bastante plausível — declarou— Mas como pode provar sua veracidade ?

O inspector curvou a cabeça, desolado.E' isso, justamente, o que me atormenta. Não

me inquieto, quanto a Parsons, por que as presump-ções de culpabilidade accumuladas contra elle, pelamorte do medico, serão sufficientes quando ScotlandYard tiver respondido a meu telegramma; mas o outrocrime. . .

Esfregou violentamente a ponta do nariz, com arde duvida, depois continuou:

Precisaremos de encontrar a carta de Mme. Cra-ven. Por mais louca que pareça, conseguiu ludibriar-me,pois arranjou um excellente álibi. Fui verificar e nãovejo como alienal-o. Realmente, eila estava na biblio-theca, conforme declarou. Como prova temos o regis-tro do empregado, a quem restituiu o livro, ás onze ho-ras e trez minutos. O homem vai alem e affirma que eilanão deixou o salão de leitura até que a noticia da mor-te de Holt se espalhou por todo o navio. Nesse instan-te, precípitou-se para o corredor e discutiu com umstewart que se recusava a leval-a ao commandante. In-terroguei o stewart, que recordou perfeitamente, o in-cidente. Depois tenho a palavra da camareira, que meaffirmou ter ajudado Mme. Craven a se recolher á ca-ma. Não pode, assim, haver duvida. Quanto a Dickens,as cousas não são assim tão satisfactonas. Temos pro-vas, unicamente, de seu triste passado.

E Mme. Alva ?Oh! Esta é completamente innocentelComo pode affirmar ? — perguntou Brown sec-

camente.O inspector titubeou, antes de declarar:

Concordo. . . Eila não está acima de qualquersuspeita. Mas nunca foi condemnada por crime e a po-licia nada tem a dizer contra eila.

Já obteve resposta de Londres, a esse respeito?Sim; hoje, á tarde. Segundo os signaes que en-

viei, parece ter sido identificada como uma tal AdaDahl, que por muitos annos exerceu a profissão de py-

24.° Anno — N. 10 — Março 1941

thonisa no sul do paiz. Suspeitam que tenha praticadoalgumas chantages. Mas drsippareceu ha cinco annos,em companhia de um famoso trapaceiro dos casinoschamado Banks. ,

E de New York? Que disseram) a seu respeito?— Nada... Sabem que eila se occupa de espíri-

tismo. E' só; e, isso, ha de concordar, não significa queseja culpada. De resto, fiz um inquérito sobre suas oc-cupações de hontem, á tarde e nada descobri. Não creioque esteja implicada no crime e vou lhe dizer por quePrimeiramente (contava com os dedos) nada tinha aganhar com a morte de Holt. Podia, ao contrario, emquanto elle vivesse, esperar uma reconciliação com elle.Segundo: quasi não sahiu da cabine, desde que parti-mos. Terceiro: não temos nenhum indicio de que eilatenha se communicado com Dickens. E, finalmente,no momento do crime, estava acamada, ligeiramenteenferma.

Brown ergueu rapidamente a cabeça, tirou o ca-chimbo dos lábios e respondeu:

E' exacto. Eu jogava bridçe com o Dr. Winstay. Elle foi chamado á sua cabeceira, por que não conseguiam encontrar o medico de bordo, que, infelizmente, como sabemos, não podia mesmo comparecer!

Bem vê... Além do mais, conversei» com o sle-wart, que foi chamar o medico e comas camareiras quenão cessaram de entrar e sahir da cabine de Mme. Alva,Não, Sr. Brownl Essa creatura nada tem com o drama!

Parece evidente. . .# — respondeu Brown, quelogo se deteve e, em seguida, perguntou:

E o Dr. Winstay?Winstay ? — repetiu o inspector, surprehendido.E' o único, a bordo, que conhecia bem o Sr.

Holt- ii riEm facto. Mas não comprehende que o álibi

de Mme. Alva se applica também a elle, posto que aexaminava, no instante do crime?

Tem razão. . .Alem do mais, creio que Holt cuidava, junta-

mente com o medico, da collocaçao de grandes quanti-as. Contou, mesmo, a alguns passageiros, por miminterrogados, que o millionario lhe proporcionara grandes lucros.

Brown pigarreou, reflectiu, depois, disse:E' exacto. . . Eu estava presente, quando elle

disse isso.Portanto... não tinha interesse em matar o

millionario e de certo não ignora o que aconteceu hoje, com os valores de propriedade de Holt, naBolsa de New York... Ha ainda outro detalhe: pare-ce que Winstay fez tudo para ver Holt despedir Dic-kens.

O olhar de Brown revelava admiração e elle observou detidamente o inspector.

Sr. Harris. . . O senhor é admirável — disseelle — Onde soube tudo isso ?

O policial sorriu com satisfacção .^Arranquei a maioria do próprio Parsons, depois

que foi encarcerado. Parece que esse rapaz não faziaoutra cousa senão escutar o que diziam na cabine deHolt...

O que me surprehende é como estava informa-do... Winstay me procurou, antes do almoço e con-tou-me tudo. Accrescentou que Holt não queria ouvirfallar em despedir Dickens e o medico diz que isso e

prova de que se entendiam bem. . .Creio que elle se engana sobre esse ponto -—

disse o inspector mal humorado — Agora que Holt estamorto, Dickens finge desespero. Mas não me engana,Elle detestava o velho e Mullany affirma que elle se

queixava sempre da maneira como era tratado pelopatrão.

Harris levantou-se e concluiu:Preciso ir andando. Se pudesse fallar com o com-

mandante... Quero obter permissão para telegraphar paraNew York e Paris, indagando sobre a Sra. Craven. Dickens confessou a Mullany que eila estava completamente arruinada e jogava na Bolsa. Se pudermos pro-var isso, será interessante.

Como Brown permanecesse em silencio, o inspec-tor proseguiu, nervoso:

Sem querer offendel-o, senhor, a tendência detodos os detectives amadores é a de procurar difficuldades onde não existem.

(Continua no próximo numero).

24.° Anno - N. 10 — Março 1941 fySeitfMtio

dldi

.:1d

E M seu vastonete de to

gabi-ilette,

cuja janella prin-ei pai se abria sob asarvores do Bois, Lau-rencia Lattier acaba-va de se vestir para seu habitual passeio da manhã.

Ja prompta, foi se observar no grande espelho centrale pareceu satisfeita com o exame.

Pequenina, frágil, esbelta, comos cabellos louros e macios, os olhosazues e frescos, parecia ler apenasvinte e oito annos, quando, em ia-cto, estava viuva havia dez- Roberto Lattier, indus-trial importante e autoritário, deixara-a viuva aos 25annos apoz cinco de união sem alegria.

No instante em que Laurencia abria a poria da ga-binete em que sevestia, o u v i usoar a campai-nha da porta deentrada e poucodepois sua crea-da surgiu.

E' a Srta.Laurencia. Pedique esnerasse nosalão.

Muito bem,Maria.. Vou im-media tam ente.

Laurencia en-trou no salão ea outra Lauren-cia. uma adoles-cente mais altado que ella, masegualmente lou-ra, esbelta e ágil,se atirou emseus braços. A •Sra. Lattier era,ao mesmo tem-po, sua tia emadrinha e, poresse motivo, jus-lamente, lhe de-ra seu nome.

Bom dia,querida — disseella — Fez bemem vir para pas-sear commigo.

Hoje nãovim para o pas-seio, minha tia...em b o r a tenhadito a mamai...Venho para con-versar. . . Preci-so muito de Ia!-lar com a senho-ra.

Pois bem;falle, querida.E' que. . .eu fiz uma toli-ce. . . Uma levi-andadel Não re-i lecti; deixei-melevar, sem pen-sar que Io s s ecousa seria. Ago-ra estou preoc- .cupada e não sei o que fazer... Não tenho coragem

para contara mamai... Ella é tão rigorosa. Considera-ria o caso uma verdadeira tragédia! Mas a senhora, nu-

nha tia, ha de comprehender. . ,Será preciso,' primeiro, que me conte tuao.

- V: o seguinte. Sabe que mamai organisou uma"missão" de guerra... %f

Sei, naturalmente, por que também laço pai te.

Mamai confiou a varias moças minhas amigas

e a mim, o serviço de correspondência Mu ençarre-

gada de responder ás cartas de um ofticial, que dizia tci

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'^^MsÁ^Sj^Aj^Ê^&W^Í^^'^^S^Bn^^^^^^^^^^^^ ^SSsSImm^^mmmmmmmVfmwmmm^^mi^e^^

Os logáres em que mais se fálU actualmente - Uma estrada na Transylvania

(iiie

regressado, no m~men-to da mobilisação, doextrangeiro, onde resi-dia ha vários annos.Não tinha família nemamigos na França. A

carta era muito bem escripta e estava assignada PierreMarnier. Respondi o melhor que pude. Elle tornou a

escrever, dizendo que não precisavaser encorajado e ironisando discreta-mente minhas bellas phrases. Res-pondi em tom differente do da pri-meira carta. Elle pareceu satisfeito,

perguntou minha edade, o que eu fazia, como era erelatando-me sua existência fora da pátria. Emíim, con-tinuamos a nos escrever Suas cartas eram agradáveis,simples, tinham personalidade ; algumas engraçadas,

outras emocio-nantes. . . En-tão...

Então, vo-cê, que é umazougue, roí seenthusiasman-do. . .

Laurencia co-rou.

Oh, titia!Não é isso. Sounoiva de JoãoEriguy e amomeu noivo . . .Mas, a verdadeé que gosteido... incidente,e me esforça-va por escre-ver cartas, quefossem... quefossem agrada-veis a Pierre!E, creio... queelle se mteres-sou por mim.Talvez de-mais. Sou umatola e só dei porisso na sua ulti-ma carta. Fi-quei aborrecida.Elle vai ser li-cenciado e querme conhecer,naturalmente.Mas eu nãoquer o vel-o.Não querocomplicações. . .Acho melhorcessar tudo, serfranca, sem re-cusar brutal-ment e encon-t r a r-m e comelle. Mas opeior é que ma-mãi nada sabe..-Nao sabe quecaminhos to-mon nossa cor-respondencia.E para cumulomeu noivo vaiser licenciado

também e estou louca por vel-o em nossa casa. A se-

nhora comprehende. . . Pobre Pierre! Fui culpada.

Não reflecti... E' horrível! E' preciso que me a;ude,

titia.Mme. Lattier, que ouvira tudo com um sorriso com-

placente, teve um sobresalto.Eu, Laurencia? Como, menina?Elle vem. . . Quero que o receba. Diga-lhe que

as cartas sao suas. Sempre escrevi em papel commum

e elle sempre respondeu para o endereço da missão .

Vou escrever dizendo-lhe que pode vir e procurar-me

8

BBBBfJj^BBffJ^jBHff-^v^BrSSsBÇjflBB^fflBcftr.'-1^1 jft»w. X ' ^ _^flPttJNflfleflL ¦ -^^^^ Jr JGe* j^*^^*V'^ .^i^r '¦ >h, 4 *"fc ¦ tf^' *^*üc h ^T*^--***^J ^-^sl^*^r ¦ Jr í^í *jl

82 OS ENCANTOS DA PRIMAVERA .4S QUATRO ESTAÇÕES, NA ARTE

>

em casa de LaurenciaLacroix-Lattier... O no-me é o mesmo. Dareiseu endereço. . . Nuncadei informações detalha-das de minha pessoa.Comprehende. . . Eradivertido ser um tantomysteriosa . . . Elle nãopoderá, suspeitar de na-da e, coitado, não teráum desgosto justamen-te em seu período de li-cença. Está vendo co-mo é fácil? Ah! MeuDeus. . . A photogra-phia ]

Que photogra-phia ? — perguntouMme. Lattier.

A minha, ti ti a]Elle pediu. . . e. . . e eumandei! Elle mandou,também, a d'elle. . . E'esta !

Mme. Lattier exa-minou a photographiâe viu um rapaz de fei-ções regulares, svmpa-thico, com ar intelligen-te. Reflectiu um ins-tante.

Minha queridaLaurencia. Você sempre foi estouvada... mas nem porisso a quero menos. Vou fazer o que me pede. Realmen-te, não se pode deixar o infeliz sem lhe dar o que elleespera. Se é verdade que elle se mostrou um tanto sen-timental, eu o farei socegar. Quanto á photographiâ,não se j^reoecupe. Temos o mesmo semblante, quasi osmesmos cabellos. Uma photographiâ pode muito bem serantiga. Direi que escolhi uma, tirada ha alguns annos,por vaidade.. .

Oh, titia] A senhora é um amor. . . E eu

Estes celebres quadros foram pintados pard Mme. Pom-padour e expecialmente para ornar as paredes de umpequeno salão, no estylo rococo, de seu palácio. Expri-mem a alegria e o espirito leviano da Ecole Galante, quenos dias faustosos de Luiz XV creou a theatral Arcadia,em que a juventude se divertiu com representações roman-ticos em deslumbrantes scenarios. Em todos elles, a figuracentral é a própria Mme. de Pompadou.

O pintor foi François Boucher (1703-1770), suecessorde Watteau e predecessor de Fragonard; Boucher começoucomo gravador de trabalhos de Watteau, conquistou oPrêmio de Roma com 21 annos, foi eleito para a Academiacom 31 e, pouco depois, escolhido como Primeiro Pintordo Rei, com studio no próprio Louvre. A Pompadour foisua protectora por muitos annos e Boucher pintou innumerosretratos dâ favorita. Decorou sua sala de banho, com "AToÜette^de Venus" e sua capella com "A

Adoração dosPastores". Para seu boudoir pintou quatro famosos painéisallegoricos e os fez de tal forma que Luis XVI, apoz subirao throno e visitar esse boudoir, como curioso, não escon-deu sua indignação.

Boucher pintou, ainda, todos os scenarios do theatroprivado da Pompadour, para sua "Opera"

e para OperaCômica. Desenhou para as tapeçarias de Beauvais e Gobelin,sendo, mais tarde, nomeado director d'essas fabricas. Issofoi no mesmo anno em que executou as "Quatro

Estações"(1755). Suas pinturas são contadas ás centenas, sendo-lhecreditados cerca de 10.000 desenhos. As pinturasreproduzidas pertencem á famosa Collecção Frick.

aqu

os dias. . . Sahimos juntostranquilla . . . Disse apenastava muílo parecida . . .

i' que o originalLaurencia, com um risinhopara sua linda e jovem ti

¦ Ainda bem . . .que, de agora em diante,a missão de lhe escreverrancor.

que tinha remorsos...Pierre Marnier de-

via chegar cinco diasmais tarde. A pari ird'esse momento Lauren-cia Lacroix deixou, ai-guns dias, de visitar suatia. Pudera! seu noivochegara e o tempo erapouco para passeios elongas palestras em queesboçavam um futuropróximo e roseo. . . Portelephone soube da c\\v-gatla de Pierre e poroutro telephonema sou-be de sua partida. En-tão, correu á casa deMme. Lattier.

— Oh, titia! Como6 elle? Sympathico, nãoé verdade? Gostou d'el-le? Veiu muitas vezes?Não suspeitou de nada?E a photographiâ ? Oh,conte, conte tudo, titia!

Elle é muito sym -pathico disse Mme.Lattier -Não quiz que,por culpa de tua le-viandade, tivesse umadecepção. Recebi-o va-rias vezes, quasi todos

. Quanto a suspeitar... fiqueque a photographiâ não es-

cia muito melhor dissesecco, olhando attentamente

a, que, sob seu exame, coroucontinuou E o melhor é

i senhora fique também comconcluiu com inesplicavel

MARAVILHOSA DE FRANÇOIS BOUCHER OS PRAZERES DO VERÃO.8«j

AS DELTCTAS DO OUTOMNO

24 ° Anno N. 10 Março 1941

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SPORTS DE INVERNO

EVAPORAÇÃO MARINHA

Estão redondamente enganados os que julgam ser muitomaior no verão a evaporação da água do mar. Verdadexramente, não pôde haver evaporação alguma, a menos que

|\ o ar seja mais frio do que o mar.No verão o ar é, naturalmente, quente. Applicando

esse principio ao oceano, o Dr. H. U. Svendrup, da Uni-versidade da Califórnia, verificou que a temperatura sobeem Março, voltando a esfriar no fim de Agosto, quando,justamente, tem inicio uma maior evaporação.

Na bahia da Biscaya a media da evapcraçao é bastanteelevada. Porem, muito provavelmente, a mais accelerada éa que se verifica por intermédio da corrente de Kurosio,que nasce próxima do Japão e leva águas quentes para onorte, onde os ventos frios, vindos dd Sibéria causam tre-mendas evaporações.

IM MEMOR!AM~"~

Annualmente, em 30 de Janeiro, data anniversariadà execução do rei Carlos I, da Inglaterra, é realizadorápido serviço religioso diante do monumento, erguidoem Trafalgar Square, ôo infortunado monarcha.

Hà justamente 292 annos (fim da guerra civil entreos cavalheiros e os

"cabeças-redondas") que Carlos I foi

decapitado. Mesmo assim numerosa multidão se reúne regu-larmente em torno de sua bella estatua eqüestre.

Mesmo agora, com guerra e radis aéreos, no dia 30de Janeiro ultimo um grande e brilhante cortejo, encabe-çado por apparatosos tocadores de gaita de folie (os Stuartsfc nm reis dd Escossia) depositou immensas coroas deflores na base do monumento.

PRO' E CONTRA O EGOÍSMO...

Pró: E' preciso rehabilitar a única verdadeira vir-tude do homem, a ambição do poder, o egoísmo integral,o egoísmo radica! e intransigente, o egoísmo sem disfarce,alteração ou mistura... — Nizlzs-rh».

Que o "Eu"

seja antípathico, concordo ( Mas oode

e no nosser evitado^ Ha tanta hypocnsia no "elles'

( Desconhecido ).Não podemos deixar de ser egoístas. Primo vivere

Para que possamos pensar nos meios de evitar que os outrosmorram de fome, é preciso, primeiro, que tenhamos comido.

Poco-CuranteO egoísmo ! Eis o que deve prevalecer. Elle conserva

o homem, como o gelo conserva a carne. J. Marni.O egoísmo se mantém afastado dos seres e das

cousas que elle não tem o prazer de ver ou o interesse defreqüentar,- quer ignorar o que lhe desagrada e, assim, esta-belece, ordinariamente, condições de equilíbrio, algumasvezes de felicidade e sempre de serenidade. La Fou-chardiere.

Devemos nos liberta- do sentimento de piedade,do ciúme, em fim de todas as paixões artificia es e nos aban-donar inteiramenre a um egoísmo sadio. - Maurois.

Um egoísmo bem conduzido e conforme á intelh-gencia do coração e do espirito não pode deixar de ser aforma mais elevada da condição humana. Talvart.

Contra: Não existe, talvez, uma só paixão ma', umsó vicio que não tenha por principio o egoísmo ou a vai-dade. De Latcna.

Quem só pensa em si mesmo, quando a fortuna éb oa, na aesgraça não encontrara' amigos. Florian

MÚMIA AMERICANA

Em geral se acredita que as melhores múmias são asegypcids. Porem em nenhum túmulo real, descoberto noEgypto, poude ser enccntrada múmia alguma que tão nota-velmente conserve similhança com um ser vivo, como a deum índio edoso,. que se acredita tenha pertencido a' guer-reira tnbu dos Chimus, na erâ primitiva sul-americana, muitosséculos antes da chegada dos Hespanhoes.

Despojada de sua cobertura de tecido trançado a mão,a múmia apparece tão magnificemente preservada que sedim ter vida, quando se a contempla, sentada, no MuseuNacional do Peru, em Lima.

24.® Anno — N. 10 — Março 1941

? ? ? ?

pigarreou e disse:uma das mais curiosasum amontoado de casaslambris marron, janellas

aldeiasvelhas,

largas

Nosso amigo Lorentz— Hochbach.sdorf é

do Baixo-Rheno. Imaginemcom fachadas raiadas pore baixas, telhados longos, descendo quasi até o solo e su-bindo em aresta para o céo, como para melhor servir de

poleiro as cegonhas, tudo isso atirado no confluente dedous valles e dous riosinhos que rolam a legremente águasopalinas.

Assim é Ho-chbachsdorf.

A aldeia, pro-priamente, se.agarra ao espo-râo do monte apé do qual seunem os dousvalles. Dominan-do tudo, perfi-!a-se a egreja,uma extrdordind-•ria egreja gothi-ca, toda renda-¦da, cujos arcosponteagudos efinos se des-tacam sobre ofundo negro deum bosque depinheiros. O ef-feito é extraor-•d i na rio.

Não tendohistoria, Hoch-bachsdorf é umaaldeia feliz. Noemtanto, em1868, um dramabizarro em quese casam extra-nhamente a ver-dade e o sobre-natural, veiu, noespaço de umanoite, lançar oterror entre seusmansos habitan-tes. Nelle aindase falia em vozbaixa e os edo-sos, que assisti-¦ram o fdeto, comseus olhos de¦creança, não ad-mittem que oscontradigam.

N a q u e l l e stempos, vivia emHochbachsdorfmeu bisavô,Hanz Lorentz,com cincoenía edous annos. Eraum homem gran-de, forte, alta-neiro como umolmo, de facesrosadas e sem-pre bem barbea-

-dos, lábios sem-pre oecupadosem sugar um lon-go cachimbocom forno de

Embora sempre pontual¦ções, estas, na veraade eramSua verdadeira razão de v

por se tratar de meu bisavô. Era, real-mente. Tinha talento; mas que seria essetalento sem a alma que elle lhe juntava?* Mal se installava diante dos teclados,parecia transfigurado. Deixava de ser um

homem para dar a impressão de um deus, desencadeando,alternativamente, os trovões de um céo colérico, alleluiasde alegria e hymnos irreaes entoados por anjos... Em todaa Bdixd-Alsdcid, sud reputação exâ immensa e vinham devinte léguas em redor para ouvir suas execuções.

Esse gênio creara em redor de meu avô, uma aureolade superstição e mysticismo. Diziam que só um predestina-do podia dar a sua arte uma força capaz de subjugar to-

-'^^flsBk^Kfli 89JB»*t„ I* *^iâe^S*Çj JPb

mmWmWWm

porcelana. Era professor,em suas func-

para elle apenas um ganha-pãover

4 I NCON SO LA V EL Quadro de J. B.

egreja.Hanz Lorentz zfà um organista

era o cuidar do ergão dâ

'nvukar. Não digo

das as almas, percorrendo-as cem esse iramito

de arrebatamento, signal de esperança de fe!

Hanz Lorentz ria discretamente d essas

anachronicas. Estava muito longe de ser um santo. Enviuvara

Burges s.

de amor c

exaltações

85

&%£e/ffifo24.° Armo N. 10 Março 1941

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A FILHA DO ARCHITECTO — FAMOSO g UADRO DE PIIIL MORRIS.

fT,nlcior,ariontola|SemPre Vidâ deCente Como c°nv™ ^ umrunccionano publico,- mas isso não o impedia de D?nJmuitas vezes em mudar de estado. ,mpeaiâ

de P^sar

Ultimamente, essas suas idéias eram partilhadas com

Porem ambos acariciavam esse projecto com calma. Nos sonhos de casamento de um homem com Lis decmcoenta annos e de uma mulher com quasi cincoenta aipreoccupaçoes de conforto e segurança pelo futuro pesam

mais do que as idéias ga-lantes. A propriedade,que Gertrude ostentavana orla da estrada, estavadependenoo de uma de-manda quasi ganha. Con-vinha esperar e elles es-peraram sem ansiedades,nem mesmo impaciencias.Apenas uma vez ou eu-tra, apoz uma palestra,junto da cerca, Hans, aopartir, deixava um beijosonoro em uma das facesvermelhas de Gertrude.

E tudo correu bem, atéo dia em que uma de-vota zelosa, foi revelardo Sr. vigário essas abo-minações.

Ora, o vigário Grusch,sob um enveloppe frágil,escondia uma consciênciade granito e uma austeri-dade de apóstolo. Quan-do descobriu a verdade,sua indignazão explodiu.Uma noite, Hans Lorentzterminava sua refeição,quando a porta se abriu,dando passagem á silhue-ta esguia do velho viga-rio. Pela physionomia ge-lada do visitante, meu avôsentiu o vento da tempes-tade e enterrou a cabeçasubmissa entre os hom-bros largos.

Hans disse o sacerdote Temos queconversar.

Depois, recusando a ca-deira, que meu bisavô lheofferecia, accrescentou:

"E* inútil. Só tenho

poucas palavras a te dizerHans. Não podes maisservir Deus no órgão deseu templo. Hans, ja' seide tudo! Tu te deixastestentar pelo peior dos de-monios: o da Luxuria e ésindigno de nossa egreja.Lamento, porque eu teestimava e eras a gloriade Hochbachsdorf. P^rernmais vaie que os órgãosemundeçam, a serem Uca-dos por mãos i.ioignas!

Fm vão, Hans protes-tou, supplicou. O vigáriosahiu, sem querer ouvi|-o.

Meu bisavô adoeceu.Quando recuperou as for-ças e se arriscou a sahirpara a rua, comprehendeuque toda a aldeia estavacontra elle. Embora semcomprehender bem qual^xà a sua culpa, as crean-ças fugiam, apontando-ocom um dedo e as coma-dres, na soleira das po-

olhando-o de soslaio.rtdS'

FA«hÍííaT eT€ elldS' —""-o ae sósia,

o Peccador! rude",ente do alto de seu Pedestal.. . Era

Hanz Lorentz resignou-se. Só lhe restava partir...distante: n, 1^ ^

^ P°St° pãra outrd aldeid be"'distante, quando a obteve, o inverno chegara.

hv^r^0.dÍdrrCâd° ?â,,a Suâ pdrtidd' dirigiu-se ao pres-recebeu d.Pn'U ^ fa"ar C°T ° v^âno ° "«'dote orecebeu de pe e nao o convidou para sentar-Senhor vigário - disse Hans. - Se pequei, já fui

24.° Anno - N. 10 Março 1941

cruelmente punido. Conceda-me, rogo-lhe, um supremofavor. Antes de deixar para sempre Hochbachsdorf, per-mitta que eu toque uma vez mais o órgão. Será' minha des-pedida á querida egreja, que tanto amei e onde creio terfeito algum bem. Depois... nunca mais ouvirá fallar em mim.

Sem descerrar os lábios, o vigário Grusch moveu acabeça, negando.

— Senhor vigário — insistiu o infortunado - - O pro-prio Deus não quer a morte do peccador.. . Apenas quersua redempção pelo soffrimento... Porque seu ministro nãoperdoa? Não me recuse a graça, que lhe peço e, porminha fé, esquecerei o mal terrível, que me fez.

Mais uma vez o vigário moveu a fronte, repetindo onão implacável. Meu visavô curvou-se como se tivesse rece-bido golpe mortal e, cambaleante, sahiu.

A diligencia passava ás seis horas da tarde. Cruzandoa grande praça, com a ajuda de um antigo soldado, HansLorentz para alli transportou sua velha mala e pousando-asobre a neve esperou.

Fazia um frio de vinte graus e uma lua pallida e geladaenvolvia toda a aldeia em uma claridade metallica. Só,junto de sua bagagem-, Hans batia os pés, para não seenregelar. Sem levantar a cabeça, sentia que por traz dasvidraças ennevoadas, toda Hochbachsdorf o espreitava.

Arrastada com gemidos de ferragens, por seus quatrocavallos, a diligencia desemboccou na praça e se deteve.Ajudado pelo postiíhão, o velho professor collocou a ma-Ia ^obre o tecto gradeado e, em seguida, subiu para oseu banco.

O choque da porta, batendo, resoou sinistramente nosilencio e o pesado vehiculo, sem outro ruido alem dosguizos dos arreios, enveredou pela estrada em rampa, nadirecção de egreja.

Então — os mais velhos de Hochbachsdorf o testemu-nham sob juramento — o sobrenatural oceorreu.

Repentinamente, os rosaceos mais altos da egreja bri-lharam, como se em seu interior mi! cyrios queimassem aomesmo tempo... E os órgãos começaram a mugir!

Sobre a aldeia abys-mada, esmagada peloterror, as notas ala-das passavam, faziamtremerem as vidraçasdas janellas contra asquaes se apoiavamfrontes anciosas. Nãopodia haver duvida:somente os dedos deHans Lorentz eram ca-pazes de arrancar dosteclados aquella tem-pestade de sons har-moniosos. Alem domais, todos os ouvi-dos reconheciam niti-damente trechos desuas improvisaçõestaes como "Sahidas

N u p c i a es ", "Te

Deum ", ' Victorias

",

Hosannas paschoaes,de gloria, de alegria,de ameaças.. .§

E a egreja continua-va fechada com trezvoltas de chave eHans Lorentz se afãs-tava, em carne e osso,sacolejado no interiorda diligencia.

O rude vigáriotambém ouvia e, dei-xando que seus joe-lhos magros pousassem— Ai de mim !

PO L VIL HOv/>

/

BROTOEJASASSADURAS

FRIEIRASSUORES FÉTIDOS

um lia, m

rudemente no solo, gemeu, sucumbido.Deus perdoou o Peccador: Perdoará

inha implacável severidade?— Mareei Dupont.

jP-flnhMrii^BflBlilBBBIifl 'WlMummMSMmi

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A PAZ SEJA COMVOSCO — Quadro de John H. Bacon.

fu$£lf-fâfo 24.° Anno N. 10 - Março 1941

88

TREZ BEIJOSDOMINA-

DORES

Encantadoresde serpentes,com seus cestoscheios de rep-tis (privados deseus dentes e deseu veneno e,portanto, inof-íensivos), sãoespectaculo ba~na| nas estradasda I n d i a . Asprovas que rea-lizam, para ga-nhar alguns cen-tavos, são vesti-gios de um ritoreligioso, quasiesquecido des-de ha muito eque se celebra-va em homena-Sem a deusa-serpente índia-nâ, chamadaNaga.

Hassaldt Da-vis, membro daexpedição Ar-mand-De n n i s-Leila Rooseveít,que esteve re-centemente naBirmânia, Nepale índia, poudetomar uma serie

le photogra-(ias — recém-

publ içadas narevista "Life",

de Nova York— que revelam ter tal rito, embora extinctonà índia, se conservado na Birmânia, ondeconstitue ímpressionador duello entre a friaintelligencia do ser humano e a fúria doireptiL Os actores do drama, legistrado

BBkflft*úflKk>0k^flfl BKÍ3 IbB BVf^^V^flBfl^'^3BflHE^ uflBAJ^^^^flBl ' ¦:^^^^M^mWv^^M^W.''-^ i^ • ^*«:>" iyíKÍvnSr ffiftlrWMTTy/lh^BBE^iff"^^^^"L™*^ K»^*7Ji i5 i

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I r-lreslsi, »j^a leõr & 9 f f ¦ . t í à * ' fflafltMWBB^BflelB^^JL^Bflí^k. ^B~ %^^BBflJ^xBV^^BPflC!3PBpl^^8 -' ¦ i * ^flfl ÍV> * ^ flflr ]^B MnSy— :

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' fin^^^^-flr^^BW ^^"iSOBBM'' -l^i^.í'- -alHHHb - ¦ > - 'MyWmsMÊÊÊsm, m

S&flBBwP^ti^ •*-' 3 ^^IPL^^7.'. *•¦'- •';*'''

^ r grandiosidade dos festejos deNatal nos Estados UnidosRockefeller Plaza, ornamentadapela Municipalidade j)ara a noitede Natal, tendo em seu centrouma arvore com 44 metros ciealtura, illumínada com SOO lan-ternas. Em sua base vários gru-

pos choraes executaram hymnospróprios para a oceasiao.

provocada. Seuveneno, se at-tinge os olhos,pode cegar. Poroutro lado, nãopode atacar pa-ra cima e é limi-tado o espaçoem que podemorder, de umadeterminada po-sição.

A sacerdoti-sa, nessas con-dições, fatiga oréptil, a taça n-do-o sempre empontos próximosda horrenda ca-beca, poremsempre for a deseu alcance e,nessa forma, aca-b a por to n -teal-o.

Cinco milquatrocentos eoitenta e oitoannos teria hoje,se ainda existis-se, uma cidadedo Oriente,cujas ruinasacabam de serdescobertas.

Trata-se deTepe G a w r a ,que significa"Baluarte

Gran-de" e seus res-tos foram en-contrados no-Ira k, nas imme-

diações do Tigre. Seus habitantes amavamas bellas artes, como demonstram muitosfresques e obras de cerâmica encontradospelos archeologos e que são, todos, deexplendida confecção e gosto apurado.

Uma das dez gigantescas arvores de Natal, espa-lhadas pela famosa Broadway de New York,

dominando o feérico espectaculo de HeraldSquare.

pela machma photographicade Hassaldt-Davis são uma sa •czrdotLa birmana do interiordo paiz e uma ferocissima"hamadriada"

ou cobra-real,de 3 metros e 60 de com-primento, o mais mortífero dosfeptis orientaes.

A sacerdotisa faz a cobra-real sahir de seu antro rocho-so, excita-a, inicia um ataqueengenhoso, sempre se livran-do dos golpes do réptil, quesibilam como chicotadas e,finalmente, domina-o, impon-do-lhe estonteada submissão,terminando por beijar trez ve-zes sua cabeça.

O segredo da arte da sa-cerdotisa não é - como ge-raímente se julgava o hyp-notísmo. E' a coragem, a sere-nidade e o perfeito conheci-mento dos movimentos e aspossibilidades mecânicas dacobra-rea|.

Devemos explicar que a co-bra-real é a única serpente,que ataca o homem sem ser

?".x^,SKÍ!ilíeB8>-i-;x-::,-yr x '£-»*£flW^BIBl ~ ', :'X^""f- -"iíÇiííto-T' "i*i''^''-^'jSs^mWSSms^Sf&i.' Bn^Sh vóK^'*'íSÍ^WÍbi ||^^ HBKM^É^^^I^Hra':^IÉÍ^^TC HBnflflBflflflBl

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Um dos gigantescos arranlia-céos de Chicago,.run as suas janellas illuminadas em forma de

a ciu-¦ annun •de Iesus .

immensa estrellaciou o nascimento

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Manha no campo: de James C. Chap.

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941 fâ^ífâãb

OLHANDO 0 MUNDOSESSENTA DIAS

***"^ ..

OS FACTOS 0CC0RRI00S

EM JANEIRO DE 1941

QUARTA-FEIRA, l — Depois de uma noite de trégua de AnnoNovo, recomeça, furiosamente, a luta aérea sobre a Mancha. —Bremem violentamente atacada pela Raf. — Por sua vez, a avia-ção .allemã ataca Londres e o sul da Inglaterra. — Prosegue sem in-terrupção o avanço grego, estando El Basan ao alcance de tiro defuzil. — Torpedeado pelos Gregos, no Adriático, um transporte ita.üano. — Os Inglezes, na África, preparam o assalto final a Bardia— Cresce a rebelliâo indígena na Abyssinia. — O governo hunga-ro chama, inesperadamente, duas classes ha pouco licenciadasNavios inglezes caçam activãmente corsários allemães no Atlan-tico sul. — Também no Pacifico surgem corsários allemães. — Novavreducção da carne, na Inglaterra. — Excluídos do exercito francezpelo governo de Vichy, vários generaes. — Os EE. UU. empresta-rão cargueiros á Inglaterra.

Quinta-Feira, 2 — Violento e prolongado bombardeio de Lon-<ires — A Raf volta a atacar os portos de invasão, incendiando de-zenas de kilometros da costa occupada pelos Allemães. — Aviõesinglezes bombardeiam Nápoles e Taranto, na Itália. — Roma an-o.uncia que está retirando a população civil de Valona. — Fraca aresistência italiana na África, ante os ussaltos dos Inglezes. — Bar-dia quasi inteiramente cercada pelas tropas neozelandezas, ingle-zas e australianas. — De Belgrado informam que a Bulgária cedeu&o Reich, permiltindo a passagem de tropas allemães por seu terri-£.:<rio. — Divulga-se que a Inglaterra encomniendou 600 navios mer-cantes aos Estados Unidos. — Os jornaes inglezes criticam seu go-'verno em relação á industria bellica. — Forte estremecimento dasrelações entre Vichy e Berlim e Vichy e Paris. — O Japão cria le-gaçao na Austrália.

Sexta-Feira, 5 — A Raf ataca Emden e Amsterdam, alem deentroncamentos ferroviários dos arredores de Berlim. — Grandesiceendios em Bremem e nos chamados portos de invasão. — Aviões

desconhecidos atacam Dublin. — Violento ataque dos aviões do Reichcontra o Paiz de Galles e o porto de Cardiff. — Aviões inglezes bom-barde iam El Basan. — Prosegue o avanço grego em Klisura. — OiItalianos dispostos a resistir em Valona, para onde os Gregos con-vergem em duas columnas.—Iniciada a offensiva final contra Bardiatravando-se violento duello de artilharia. — Os tanks britannicosarrazam as defezas finaes de Bardia. — ColloCadas minas magneti-cas nas costas da Irlanda. — O submarino inglez "Thunderboa.t"afunda submarino italiano, no Adriático. — A Rússia não parecesatisfeita com a attitude germânica relativamente á Bulgária. —A Inglaterra resolve bloquear inteiramente a zona de Tanger.Preso o presidente do Congresso da índia. — Processo na Hungriacontra os membros do famoso partido das "Cruzes Flexadas". —Annunciada a reorganização do gabinete francez com um tiiumvi-rato. — Choques entre patrulhas indo-chinezas e siamezas nas mar-gens do rio Mekong. — Grave incidente em Shanghai entre fuzilei-ros navaes norte-americanos e guardas japonezes. — Os EE. UU.annunciam a construccão immediata de 200 navios mercantes.Em sete mezes o Corpo Aéreo dos EE. UU. duplicou seus effeeti-vos. — Informa-se ter sido preso em Vichy o ex-ministro hespanholNovo Caballero. — (Brazil) — Fallece, em Poços de Caldas, o Dr.Carlos Noel, presidente cia Câmara dos Deputados da RepublicaArgentina.

Sabbado, 4 — A Raf realiza terrível bombardeio contra Bre-mem, attingindo diques e estaleiros. — Aviões nazistas bombardeiamBristol durante 12 horas consecutivas, causando enormes estragos.— Devido ao ultimo bombardeio de Dublin, tornaram-se tensas asrelações entre o Eire e o Reich. — O mau tempo prejudica as opera-ções na Albânia. — Progridem os Gregos na direcção de El Basane Valona. — Rebeldes albanezes atacam de surpreza vários postositalianos. — Fulminante- offensiva ingleza contra Bardia. tendo as

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iropas australianas atravessado'as defezas italianas numa profun-didade de duas milhas. — O governo turco resolve mobilisar dousmilhões de homens. — - Segue para a Allemanha, o rei Boris da Bul-garia.^ — Chega á cidade do Cabo o gigantesco transatlântico in-glez "Queen Elizabeth". — Chega a Vichy o novo embaixador nor-te-americano. — Violentas tempestade** assolam o norte de Portu-gal. — 37 judeus vindos da Allemanha são impedidos de desem-barcar no Chile.

Domingo, 5 — Aviões inglezes realizam novo raid contra Brest,afundando um destroyer allemão. — Aviões allemães atacam a cos-ta ingleza em differentes pontos.—- Os Gregos occupam novas po-sições na costa albaneza do Adriático. — No sector de Tepelinioccupam vários pontos estratégicos; — As forças britannicas oc-cupam Bardia e avançam na direcção de Tobru. — São superio-res a 50.000 os prisioneiros Italianos feitos em Bardia. — A impren-sa allemã reconhece a importância da queda de Bardia, mas diz quepara dominar completamente os Italianos a Inglaterra terá que con-quistar Benghasi. — O Sr. Churchill resolve estabelecer um qua-drumvirato para dirigir a producção bellica. — Annuncia-se que aBulgária está na imminencia de ser occupada pacificamente pelosAllemães. — Mensagem do Sr. Roosevelt ao Congresso norte-ame-ricano exprime sua confiança na política adaptada por seu governoe na victoria da Inglaterra. — Num discurso o Papa resalta a impor-tancia da herança espiritual sobre a physica. — A neve cobre todaa França, aggravando a crise de alimentação. — Forças siamezasinvadem o norte do Cambodge. — Violenta tempestade sobre a ei-dade de La Plata, Republica Argentina.

Seounda-Feira, 6 — No sul do paiz de Galles, verificaram-sevários alarmas anti-aereos. — A Raf ataca navios allemães nas cos-ias da Noruega e longamente bombardeia Hamburgo. — Os Itália-nos tentam reagir no sector do rio Stern, sendo rechassados pelosGregos. — Prosegue o avanço inglez na direcção de Tobruk. — Oh-serva dores norte-americanos acreditam que a tomada de Bardia

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•pode mudar todo o aspecto da guerra. — E*~\ pera-se para qualquer momento a queda <kl Sidi-Haecen, entre Bardia e Tobruk, esta jà\ hosti!Í8ada pela vanguarda ingleza. -— Au-/ gmenta a possibilidade de invasão da Bulga-í ria pelos Allemães.— A Rússia reforça, apres-

sadamente, sua guarnição na fronteira com aBulgária. — Chega a Vichy novo embaixa-dor norte-americano. — A Rússia amplia oserviço militar. — O effectivo do exercitedos EE. UU. já é de 606.000 homens. -~Interrompidas as communicações telegraphi-cas entre Manilla e Hong-Kong.

Terça-Feira, 7 — Prolongado ataque no-cturno da aviação allemã sobre Londres. —Outras cidades inglezas do interior são egual-mente atacadas. — A Raf, impedida pelemau tempo, não effectuou vôos. — Duas ve-zes attingidas pelas bombas allemães a sededa British Broadcast Corporation. — Muito

rápido o avanço britannico sobre Tobruk. -—Annuncia-se cfficialmente que c>Sm Italianos yèperderam 94 mil homens, desde o inicio da offen-siva grega. —A Raf bombardeia Tnpoli. -— OsGregos augmentam a pressão contra os Itália-nos, quebrando sua resistência em Klisura ecapturando varias unidades de "camisas negra»*.

Aviões inglezes bombadelam Valona. — Fio-tilha de destroyers gregos bombardeia o mesmoimportante porto. — Chile e Inglaterra chegama um accordo para cessão de navios allemães edos paizes neutros, oecupados pelo Reich, an-coradoB em portos chilenos. — Autorizado, ogoverno dos EE. UU., a entregar aviões é

Quarta-Feira, 8 — O mau tempo preju-dica a actividade da aviação. — Pequeno gru-po de aviões allemães realiza raids isolados. —Os EE. UU. resolvem dar á esquadra tripula-ções-de tempo de guerra. — O ex-embaixadornorte-americano Bullit defende o principio deassistência á Grã-Bretanha, China e Grécia. —Os Gregos apertam cada vez mais o cerco de Va-lona. — A Raf e a aviação grega continuamagindo em conjunto contra as posições italianasna Albânia. — Um submarino inglez afundaum navio tanque e um submarino allemães. —Confusa a situação interna da Bulgária, antea ameaça de oecupação pelas tropas do Reich.— Fracassa no Paraguay uma conspiração doantigo partido Colorado. — Prorogado o accor-do commercial germano-sovietico. —-*¦ (Brazil) —Ampliado o convênio rodoviário existente entrea rede Paraná — Santa Catharina. e a Sorocaba-na de S. Paulo. — Chega a Curityba, o famosourbanista Agache, que estudará a remodelaçãoda capital paranaense. — Fallece em Recife obarão de Suassuna.

Quinta-Feira, 9 — A Raf effectua violeistos bombardeios contrajas bases allemães deWilhelmshaven, Emden e Bartum e as cidadesitalianas de Nápoles* Palermo. — Pequena aactividade da aviação allemã. — Derrotado unuccolumna italiana, que tentava contra-atacar nosector de Pogradec. — Revolta dos Abyssinio*

força os italianos a se retirar de Gubba. —A Raf desencadeia violenta offensiva em to-das as frentes africanas. — Afundado o sub-marino "francez-livre': "Narval". — Perdidoo submarino inglez "Regulus". —Aggravada.a situação interna rumena. — Aviões france-zes em offensiva contra os siamezes— Refor-çadas as forças inglezas na Malásia. — Ri"goroso frio na França^ Hespanha e Portugal.— O Congresso Argentino vota uma lei sobreinjurias jornalísticas contra chefes de Esta-dos Estrangeiros. — Regressa a Montevidéco Sr. Baptista Luzardo, embaixador do Bra-

«I. — (Brazil) — Grande carregamento de algodão da Parahybasegue para a Hespanha.

Sexta-Feira, 10 — Aviões allemães voltam a atacar rudemen-te a Inglaterra. — Aviões inglezes atacam os "portos de invasão".Colônia e Dusseldorf. — Onze cidades inglezas atacadas pela aviarção allemã. — Tobruk e Benghasi atacadas pela Raf. — Os Gre-gos, apoz conquistar Klisura, convergem rapidamente sobre Va-lona, cercando um grande contingente de forças "alpinas" italianas.

Uma carga de bayoneta dos Gregos faz fracassar um inesperadocontra-ataque italiano. — Annunciado novo estremecimento dasrelações entre o Reich e Vichy.'— Berlim desmente que tencioneinvadir a Bulgária. — Porem da Suissa informam que essas tropaspretendem mesmo invadir a Bulgária para atacar a Grécia. — Ro-ma ordena uma campanha submarina em grande escala contra aInglaterra. — Nova mensagem do general VVeygand aos Mossul-manos, para que esperem e palavra de ordem do general Petain*

Muitas victimas do inverno em Portugal. — (Brazil) — Chuvasabundantes na Parahyba, na zona de Cajazelras, Anthenor Navarroe Souza, no alto sertão, prenunciando bom inverno.

Sabbado 11 — A Raf bombardeia com êxito as zonas portuáriasde Brest e Havre. — A aviação allemã desfecha terrível ataque con-tra Portsmouth. — Roma informa que a Hungria, a Hespanha ea Rumania entrarão, breve, na guerra, ao lado do "eixo". — Lon-dres aguarda formidável offensiva aérea contra a Grã-Bretanha. —Acredita-se que o Reich sacrificará um milhão de homens na tenta-tiva de invasão. — Espera-se para qualquer momento a rendiçãode Tobruk. — Tripoli novamente bombardeada pela Raf. —> So-mente em Bardia, segundo nota official ingleza, os Italianos perde-ram ou tiveram aprisionados 2.041 officiaes e 42.827 soldados. -*¦•Os Inglezes occupam Burma e Turbi. — Mais um general italianoaprisionado, quando, sozinho, tentava attingir Tobruk. — Espe«ra-se a queda de Tepelini, atacada por trez lados pelos Gregos. —Valona sob intenso bombardeio dos aviões anglo-gregos. —¦ Roi»«

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I 7» «•Todo meai Lúcia M» era uma victi-ma do medo! Anciã va por passeia?mas a idéa de um vexame certoapavorava-a. Um dia uma amigarecommendon-lhe "Alodesa".

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¦y^Wt b'tí e 'omana'° a b<^a- tomar a bola.

| corpo e com a parta interno.

EímiÈÊí \ 3ÊÈ Uma "Puxada"- ou Shoot rasteiro, para

rrematar. I

O CAMPO DO JOGO76m'5. -

Modos de cabecear, parafráz e para a frenfe.

/~\ jogo da bola com os pés, conhecido de quasi todos os^ povos antigos, era praticado na Grécia com uma bexigade boi. Os soldados romanos alli o aprenderam e, mais tarde,o introduziram na Inglaterra, onde se tornou um jogo po-pular. Em sua origem, o "Association" confunde-se com o"Rugby", embora menos violento. Ao contrario deste, não épermittido aos jogadores se agarrarem, e só os goal-keeperspodem segurar a bola ou tocal-a com os braços.O foot-ball "Association" teve no Brasil uma acceitação sur-prehendente: não ha logarejo que não possua o seu campo.A diffusão deste sport entre nós foi rápida e intensa. Rápidac intensa, também, foi a acceitação conquistada por Gillette.Mesmo nas mais longínquas localidades ella é considerada omelhor meio de fazer a barba. Graças á Gillette podem, hoje,milhões de brasileiros barbear-se diariamente em casa, com

economia e hygiene. Tur-ne-se V. S., também, umenthusiasta de Gillette.Use, sempre, lâminasGillette Azul.

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Posição dos jogadores, onfes do"kkk-oft".

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annuncia ter attingido, num raid aéreo,dous porta-aviões inglezes. — Bem rece-íbido nos EE. UU., o projecto dc plenospoderes a Roosevelt. — Acredita-se queo Congresso apoiará o projecto dentro deírinta dias, apesar da obstrucção dos iso-íacionistas. — Grassa grande epidemia degryppe na Suécia. — (Brazil) — Fundadaem Mossoró a Cooperativa dos Salinei-ros do Rio Grande do Norte.

Domingo, 12 — Aviões desconheci-dos alarmam as populações suissas. —Aviões allemães voltam a atacar Londres.

A Raf ataca o norte da Itália, os por-tos de invasão e os aerodromos da zonaoccupada, na França. — Também as do-cas de Brest e Bayreuth atacadas pelaaviação ingleza. — Dezenas de officiaese milhares de soldados italianos aprisio-nados em Klisura. — Os Gregos se ap-proximàm de Berat.— Roma envia refor-ços para Tepelini, emquanto augmenta apressão grega contra Valona. — Os Ingle-zes preparam o ataque final contra To-bruk, onde os Italianos já soffrem faltad'agua. — A progressão ingleza provocadiscussões na Itália. — O "Mendoza",

navio francez que procurava furar o blo-queio inglez tendo sahido cie Buenos Ai-res, foi capturado pelos Inglezes. — Des-íituidos vários parlamentares francezespelo governo de Vichy. — A Turquia ea Yugoslavía inquietas com uma possívelpenetração allemã na Bulgária. — Londresaguarda com enthusiasmo a chegada deWendeH Willkie. — Berlim volta a des-mentir sua annunciada intenção de inva-dir a Bulgária. — Apprehendido um jor-nal allemão na Suissa. — Chegam a Ca-bo Verde, num bote salva-vidas, quasimortos de fome e sede, vinte e cinco nau-fragos do vapor britannico "Nalgosa". —O Sr. Wendell Willkie declara-se partida-rio da lei de plenos poderes. — (Brazil)Inaugurada a nova Casa de Detençãode Campina Grande, Parahyba. — Maisde 60 mil kilos de mamona de Pernambu-co segue para os EE. UU.

SEGUNDA-FEIRA, 13 — Novo ataqueinglez contra os portos de invasão, as zo-mas do Ruhr e cidades do sul da Itália.

A aviação allemã atacou prolongada-mente a zona do Tâmisa. — Critica afituação dos Italianos em Tobruk. —Aviões italianos atacam a rectaguarda in-gleza. — Os Gregos se approximam de Be-rat. — Substituído o commandante ita-Hano das forças que operam na Grécia

Insustentável a posição italiana emValona. — Annuncia-se um rápido com-bzte aero-naval no Mediterrâneo, faltan-do detalhes. — A Bulgária desmente quetropas allemães tenham violado seu ter-ritorio. — O rei George VI recebe o Sr.Harry Hopkins, representante do presi-dente Roosevelt. — Ankara declara queentrará na guerra ao lado da Grécia, logoque tropas allemães pisarem o territóriobúlgaro. — Oe mais calma a situação in-terna da Rumania. — Continuam as hos-tilidades entre Indo-Chinezes e Siamezes.Encalhado o vapor norte-americano'"Manhattan", na bahia de Nake-Worth.

Terça-Feira, 14 — A Raf volta aAtacar a base de submarinos de Lorient eobjectivos militares em Dunkerque. — Aaviação allemã bombardeou Plymouth. —O Reich adverte os Hollandezes de queserão tomadas represálias contra os actosde hostilidade á tropa allemã de oecupa-ção. — Os Allemães estão destruindo aLinha Maginot. — Imminente a quedade Tobruk. — Bombardeio das obras por-íuarias de Benghasi. — Na sua primeiraparticipação da guerra na África, a avia-ção allemã perde 9 apparélhos. — Presoo general Argentina, um dos fugitivos deBardia. — A Itália deseja retirar crean-ças e mulheres italianas que se encon-iram na África, obtendo immediato con-sentimento da Inglaterra. — Tropas in-clezas cercam Djaraboub, na Erythréa."7 Hailé Sellassié na chefia de um exer-cito abyssinio, que luta pela liberdade desua pátria. — Luta-se na Albânia pelaposse de Tepelini. — Mais 13 mil Gre-Bos foram lançados na offensiva. — Aviõeswüemães chegam a Tirana, com o fim dereforçar a resistência italiana. — Desmen-Indo official búlgaro, sobre a passagemde tropas allemães por seu território. —Chega a Montevidéo uma delegação deestudantes brazileiros. — Suspensas asrelações commerciaes entre a Indo-China« o Siam. — Mais cinco Fortalezas Voa-doras partem dos EE. UU. para a Ingla-terra. — (Brazil) - - A bordo do "Pedro I"

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CRAVOS c espinhas que se

accumulam em certas par-tes do rosto são um perigo cons-tante, que cumpre evitar, cmbeneficio da belleza das feições.A pelle flacida, sem viço, quecomeça a encarquilhar-se pre-maturamente, k campo propicioao apparecimento de espinhas,cravos c outras imperfeições.Para fortalecer a pelle, revigo-rando os tecidos, use Rugól emmassagens nas faces, na testa eno pescoço. Rugól penetra pro-fundamente nas camadas sub-

cutâneas e fortifica os tecidos,dando viço e belleza á cutis.Use Rugól como seu creme debelleza, retirando o excesso comuma toalha secca ou humida edepois de enxuto poderá fazersua "maquillage" ou applicar opó de arroz para sahir. Á noite,antes de se deitar, retire comuma toalha humidecida o cre-me usado durante o dia. Depois,lave bem o rosto e applique no»va camada de Rugól. Em pou-co tempo sua cutis terá de novoo aspecto sadio da juventude.

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alumnos da Es-B,=S«eni para o Norte em viagem de instrucção oscola Naval, que concluíram o curso.Quarta-Feira, 15 — O mau tempo prejudica as operações**wea*. — Annuncia-se próxima entrevista dos Srs. Hitler e Mus-

.'íolini. — Aviões inglezes atacam diversos pontos da Noruega, —Aviões allemães realizam simples vôos de reconhecimento sobre oíittoral inglez. — Aviões itaüano<= bombardeiam Preveza. — Os Gre-gos augmentam a pressão contra Valona. — Bombardeio de Berat

24.* Anno — N. 10 — Março 1941

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Matriz : R. Uruguaiana, 47 — Escr.° e Fabrica :R. Gmstitiiiçio; 36 —Rio. ? Fiíiaes: S. Paulo —

R, S, Bento, 78 — Bello Horizonte —Av. Affonso Penna, 932.

Peçam catalogo {'Ilustrado.-

pelos Italianos e de Valona pelos Gregos. — A Inglaterra está envian-do tropas para a Abyssinia. — Dueüo de artilharia em Tobruk. —Mats unidades navees pesadas para auxiliar o combate contra osit&lwnos ao porte da África. — Prepara-se. segundo noticias de Bet-grano. Fulminante accão angio-turca, nos Baikans. — Formado umConselho Bntanmco de Abastecimento, nos EE. UU. — Continuapreso num botei de Sevilha, o ex-rei Carol. — Violento temporalvarre a costa norte de Portugal, sorfrendo todo o paiz os terríveisetreitos aa onda de frio. — O México considera qualquer aggressãoa paiz americano como aggressão a seu próprio território. — (Bra-züA Decreto modificando as regras geracs da neutralidade bra-ziieira. — chegam dos EE. UU., pilotados por aviadores militaresbf^ilefros, mais sete apparelhos de bombardeio, comprados no*A tT l'xx~^ ?.'° }?g° d* Peikor de 3 do Campeonato Brazüeiroae i-oot-Bah, reausado no Rio, os cariocas vencem os paulistas por4 a V.

n. 1 ^NTA"F|,IIL^ 16 — Violento bombardeio da Raf contra Wi-Ifaetmshaven, ^vinden, Bremerhaven, Rotterdam e os portos e aero-aromos de invasão. — Catania, na Itália, também bombardeadaPn n

' ~~ ^f00830 a actividade aérea allemã contra a Inglaterra.*J lapa solicita aos belbgerantes aue não bombardeiem cidade"

% Rff-S ^P^^8 C1^1S- — Patrulhas inglezas approximam-seoe Oerna, na Atnca. — Roma procura reprimir a rebeldia dos Abys-lÜHÍ' T- <vTrWS occuPam novas posições na Albânia. — Novobombardeio de % alona por aviões anglo-gregos. — Afundados noAdriático doas navios < italianos. — Negados "navicerts"

para ^etenavios sxaocezes reiugiados em Buenos Aires. — Perdido um cruza-dor inglez, porem salvo e em logar seguro, o "Iílustrious", gieantes-co po^-avioes. — O Secretario da Guerra dos EE. UU., defende oprojecto de píetws poderes a Rooseveít. — A imprensa iaponeza vol-te aatacar os t.E UTJ. - Votado o credito para immediata cons-rrucçao de 400 unidades oe guerra e 200 mercantes, nos EE. UU.— Bolívia e Chile as-signam accordo de não-aggressão. — Prosesruea crise ministerial argentina.

Sexta-Fitira, 17 — Br isto l longamente atacada pela aviaçãoaílem^ — Um grande hotel de Londies quasi arrazado pelas bom-bas aéreas aikmaes, — A Rat bombardeia as bases de invasão e re-nova fero* at&que a Wiihelmshaven, assim como o noroeste daAüemanha. —_Mais condemnações de communistas militares, nafrança. — Aviões italianos sobre Athenas. — Noticia-se que Berlimestá mtereaeatía em convocar a Paz italo-grega. — Novamente ata-çado o pprta-aviões/lllustrious", no Mediterrâneo. — Torpedea-dos o, Almeda Star e o cargueiro "Zeelandie", inglezes. — Bom-oardew àe Deroa, na África. — Avançam os Inglezes na Cyrenaí-?j~~

Fl^Param^€ °8 inglezes para o ataque final a Tobruk — Pedida ao Congresso norte-americano urgência para o proiecto de au-xiho a_ Inglaterra. — Antonescu vai a Berlim. — Proseguem as ne-gociaçoes anglo-turcas. — O Sr. Wendell Willkie recommenda in.teiro apoio ao Presidente Rooseveít. — O Uruguay inicia a coostru-cçao deum estaietro navai. — Ractifiçado em Madrid o accordo com-merctal gennano-hespanhoi.Sabru>0, 18 — Reduzida de ambos os Lados a acttvidade aérea

7" o -Hl poren1'' homoardeta longamente as bases de submarinosdo Ke*co e a navegação do "eixo" nas costas da Holiaada e D»namar

ca. — A aviação aüema bombardeia Swansea, — Mobilísadoa todoe os ervis de 16 a 60 annos na Inglaterra, para combater os incendios ateados petos bombardeiros aéreos. — Novas e importante;posições montanhosas conquistadas pelos Gregos, que fazem mai*quatro mil prisioneiros italianos. — Cercada inteiramente a cidadede Tepelini pelos Gregos. — Chega a Athenas o enviado especial depresidente Rooseveít. — Lançadas bombas sobre o Canal de Suez

Aviões italianos bombardeiam a rectaguarda britannica na Lybia. — Tempestades de areia prejudicam o assalto inglez contreTobruk. — Torpedeados os transatlânticos italianos "Lombardia"e "Liguria",

que conduziam tropas para a Albânia. — Continuama chegar tropas allemães á Rumania. — O Secretario da Marinha,norte-americana affirma que os EE. UU. não permittirão a derrotados que lutam pela liberdade. — Fallece o pianista Joan Strausa

Failecem na Itália o philosopho Michelle Ferrari e o escriptc«Cario Pracci. — (BraziT> — Sobe para Petropolis, onde passaráverão, o Dr. Getuiio Váreas, presidente da Republica.

Domingo, 19 — A aviação allemã renova seus pesados ataquescontra a Inglaterra, particularmente contra objectivos militares n*Swansea. — O mau tempo prejudica a acção da Raf. — Forças brt-tannicaa retomam Kas&ala, registrando-se ainda grande actividade dos Inglezes em Tobruk, que soffre pesado bombardeio aere^Contmua- o avanço grego, que mantém forte pressão contra Vaiona, onde os Italianos se defendem nas poderosas fortificações hatempos construídas pelo rei Zogú. — Violento bombardeio de Mai-ta por aviões allemães. — Roma annuncia que o "Iílustrious"porta-aviões inglez, foi novamente attingido. — Os indorchinezesattingem seriamente trez navios de guerra siamezes. — Annuncia-seviolenta campanha dos oppositores de Rooseveít, para diminuir oaamplos poderes por eile pedidos ao Congresso. — Nova agitaçãopolítica em Bucarest. — O presidente Rooseveít inaugura seu terceiro período presidencial. — Encalha em Palm Beach, o immensotransatlântico norte-americano "Manhattan". — Nascem quadru-pios, todos com boa saúde, em Michigan City, EE. UU. — (Bra-zit) — Em jogo final de "melhor de trez" os Cariocas empatamcom os paulistas, no estádio de Pacaembú, de S. Paulo, tornan.do-se tri-campeões brazileiros de foot-ball.

Seounda-Feira, 20 — Baterias allemães de longo alcance bombardeiam comboio britannico na Mancha. — A Raf ataca o sul daItália- — Roma annuncia que o Reich iniciará fulminante offensiva contra a ^Inglaterra. — Nova conferência dos Srs. Hitler e Mussol ini. — Violento ataque inglez contra Tobruk, sendo quebradasas linhas de defeza italianas. — Da Suissa informam que tropasallemães penetraram na Itália. — A mesma fonte informa que maistropas inglezas chegaram á Grécia. — Berlim annuncia remodelações no gabinete francez, com a volta de Lavai. — Vichy nada diz erespeito. — A França quer provocar a paz com o governo siamez

P. Sr. Willkie appelLa para os Republicanos para que apoiem apolítica internacional do presidente Rooseveít. — A Terra Nova íicará sob o inteiro controle dos EE. UU. — Toda a America d»Sul solidaria com o governo do BraziL relativamente ao apresa

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

oaento do "Mendoza". em águas territoriaes brazileíras — Ocônsul geral da Colômbia em New York, morre tragicamente, tom-bando do 38.° andar de um arranha-céo naquella cidade. — (Bra-siD 7- O Sr. presidente da Republica assigna decreto-lei creando oMinistério da Aeronáutica e nomeando para essa pasta o Sr..Salgado Filho. — Decretos-lei, incorporando a E. F. Petroli-&a a Therezina á Viação Férrea Federal Leste Brazileiro — Inicia>sew8 trabalhos o Congresso Brazileiro de Urbanismo. — Sobe paraPetropolis, para passar o verão, o Sr. presidente da Republica. —Inaugurada em Campos a Grande Exposição de Canna de Assu-car e Derivados, — Cresce a exportação de mamona da Bahia;^\ara os EE. UU.

Terça-Feira, 21 — Novos choques entre o exercito regularrumeno e elementos da Guarda de Ferro. — Periga o gabinete deAntonescu. — Assassinado em Bucarest o major Doering, do E.Maior allemão, sendo aceusados do crime alguns membros da colo.>aia grega na capital da Rumania. — Suspensos na Inglaterra os or-gãos communistas "Daily Worker" e "The Week". — Vichy reaffir-ma que a esquadra franceza não será entregue ao Reich para serasada contra a Inglaterra. — A embaixada ingieza em Tokio acon-telha os subditos brítannicos a que deixem o território nipponico.Novos e terríveis temporaes sobre Portugal;. Naufraga uma escuna norte-americana, perecendo 18 pessoas. — (Brazil) — Decreto-lei incorporando ao patrimônio da União a "Compagnie du Portoáe Rio de Janeiro". — Decreto-lei regulamentando exposições ar-dísticas e scientificas no Brazil. — Num bairro do Rio de Janeirodezenas de pessoas são atacadas por escorpiões, enfurecidos comas enchentes. — Inaugurados no Panará£grande hospital c a4Biblio-(checa Publica,

Quarta-Feira, 22 — 0 mau tempo prejudica as operações ae-reas. -— Londres annuncia que vai intensificar a campanha contraa Itália. — Mobilisados na Inglaterra um milhão e meio de civisi[>ara "a pagar^ incêndios". — Os Inglezes oecupam Tobruk, 24 ho-ras apoz o inicio do assalto final. — Tropas inglezas penetram pro,fundamente na Erythréa italiana. — Capturado em Tobruk o quar-tel general do 22.° corpo do exercito italiano. — A Raf bombardeiaintensamente El Basan, na Albânia, — Os Gregos são senhores daiituação nas montanhas de Ostrovica. — A Itália envia grandes re-forços para supportar a pressão grega em Berat, El Basan e Valo-aa. — A Guarda de Ferro, revoltada, se apossa de todos os ministe-rios na Rumania, emquanto o exercito permanece fiel a Antonescu

Chega a Paris um trem com prisioneiros francezes, feridos. •—Os Allemães reforçam seus effcctivos ao norte de Dobrudia. — Ashostilidades franco-siamezas tomaram a forma de uma guerra emLarga escala. — O rei da Bulgária recebe enviado especial do presi-íente Rooseveít. — Segue em avião para Londres o Sr. WendellWillkie. — Com excepção de um, foram entregues todos os destro verscedidos á Inglaterra. — Votado o credito de 500 milhões de dollars,oara reforçar as defezas anti-aereas da esquadra norte-americana(Brazil) — Calculada em 18.500.000 kilos a safra do trigo catha•.inense, com um acereseimo de 60 % sobre a do anno anterior.

Quinta-Fejra, 23 — A Raf bombardeia os portos de invasãos' as zonas do Ruhr e Dusseldorf. — Fraca a actividade aérea alie-mS sobre a Inglaterra. — Proseguem as operações de limpeza emTobruk, onde foram aprisionados mais 21 mil soldados italianos-¦inclusive quatro generaes e um almirante. — A vanguarda ingle-3a já está cercando Derna. — Prosegue a offensiva britannica na Ery-éhréa. — Também no Kenya os Italianos iniciaram um recuo geral.Annuncia-se que o Negus já se encontra na Abyssinia. — Os Gre-jos mantêm todas as iniciativas nas frentes da Albânia, vencendo-novas batalhas nas frentes de Valona e Klisura. — Afundados trez

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produzidas por excesso de ácido unco.

caça-minas inglezes. — Annunciada a perda do destroyer "Hyperion".Submarinos italianos operam no Oceano Arctico. — Antonescu

declara-se dictador e recupera o domínio da Rumania. — O celebreaviador Lindbergh declara-se contra a concessão de plenos poderesa Rooseveít e auxilio á Inglaterra, e favorável a uma "paz negocia-da". — O secretario da Marinha norte-americana declara que aesquadra ingieza é o único obstáculo que impede o ataque do Reichaos EE. UU.— Berlim informa que os Siamezes estão em re-tirada. — Estes, porem, annunciam que os Francezes é que se re-tiram de Aranya. — Piratas Chinezes atacam a ilha de Pingtcheou

Annuncia-se que foi acceita a mediação do Japão na luta entrea Indo-China franceza e o Siam. — Proposta a cidade do Rio deJaneiro para próxima sede do Congresso Latino Americano de Cri-minologia. — Washington prevê a possibilidade de completar-se avia-ferrea de Arica a Santos.

Sexta-Feira, 24 — O mau tempo prejudica a actividade aéreaallemã. — Também a Raf fica immobilisada. — Roma annunciaque a Allemanha tentará a invasão na próxima ^ primavera- -•-•Ogeneral Antonescu domina a situação na Runania. — Rendem-Sevários membros da Guarda de Ferro. — Restabelecido o trafegoentre a Rumania e a Bulgária. — Os Inglezes realizam movimentoenvolvente contra Derna. — A Raf bombardeia a base aérea ítalo-allemã de Syracusa. — Tropas britannicas oecupam Keren, na Ery-thréa. — As forças inglezas e ethiopes avançam contra Adis-Abe-ba, capital da Abyssinia. — Os Italianos começam a abandonar Va-lona. — De Buenos Aires annunciam que 5 vapores francezes tenta-rão furar o bloqueio inglez. — Chega a Lisboa, pelo "Clipper" oSr. Wendell Willkie. — Fortes tempestades continuam causandoprejuízos em Portugal. — Melhora o estado de saúde do Sr. LloydGeorge. — Fallece o ultimo descendente de Christovam Colombo-

Os EE. UU. estudam a construcção de um só motor com 2.000cavallos de forca. — A imprensa norte-americana ataca fortementeo aviador Lindberg. — O presidente Rooseveít vai a Annapolis.receber lord Hallifax, enviado especial do governo inglez. — (Brazil)

Inaugurado o novo e importante porto do recôncavo bahiano, S-Roque. — Creadas em Minas Geraes mais 22 escolas districtaes.

Sabbado, 25 — O mau tempo prejudica as operações aéreas,tendo a Raf bombardeado acenas a base de Lorient. — Derna estásendo abandonada pelos Italianos. — Kerú é capturada pelos Ingle-zes. — Calcula-se em 20.000 o numero de soldados italianos captu-rados em Tobruk.^ — O Negus assume o commando das tropas re-beldes na Abyssinia. — A Raf bombardeia a Sicilia. —- Submarinoinglez afunda transporte italiano. — Cruzador pesado inglez attin-.gido pelas bombas allemães numa batalha aero-naval,- no Mediter-raneo. — Noticia-se que outro cruzador inglez foi posto ao fundopor um submarino italiano. — Progridem os Gregos sobre Valona

Importante posição capturada pelos Gregos em Klisura. Ogeneral Antonescu assume a chefia da Guarda de Ferro. Fecha-das as fronteiras rumenas com a Rússia e a Bulgária. • Mats 12navios norte-americanos vendidos á Inglaterra. — Autoridades ai-temâes destituem e prendem o prefeito de Paris. — Pede demissãoo Sr. Júlio Roca, chanceller argentino— (Brazil) — Grande exporta-çSo de cacau bahiano para os EE. UU, ,

Domingo, 26 — Aviões allemães voltam a effectuar simplesvôos de reconhecimento sobre a costa ingieza. — Cabem, porem»bombas pesadas sobre o Cormvalles. — A Raf bombardeia Narvti?,na Noruega e Marua. na Lybia. — Combatem nos arredores de Der-

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ma inglezes e Italianos.— Grande actividade daRaf na Albânia. — Re-chassada contra-offensi-va italiana em Tepelini-Klisura e Berat. — OsGregos capturam a ai-deia de Arga. — Novasdesordens na Rumaniaprovocadas por remane-centes da Guarda dePerro. — Chega á In-glaterra o Sr. WendellWülkic. — Mysteriososinicios de incêndios emestabelecimentos do go-verno, em Nova York.—O ex-rei Affonso XIII,da Hespanha, renunciaa seus direitos ao thro-no hespanhol, em favorde seu filho o infanteD. Juan. — Lord Hal-lifax faz entrega de suascredenciaes ao presiden-te Roosevelt. — Pro-cura-se activamente sal-var o grande transatlan-tico norte-americano"Manhattan". — Forteoffensiva japoneza naprovíncia de Honan e aolongo da estrada de íer-ro Pekim-Kankéou.

Segunda-Feira, 27— Installaçõcs e portosmilitares da costa oríen-tal ingleza sob o bom-bardeio aéreo allemão.—A Rai bombardeia o no-roeste e zona central daAllemanha, sendo causa-dos grandes estragos emHanover. — Londresnão toi atacada pelaaviação allemã. — OsInglezes conquistam acidade fortificada deBJscia na Erythréa. —Os Italianos resistem te-nazmente em Klisura eValona. — Bombardeiode Salonica. — MedidaspouciaesFerro.

enérgicas, emRestabelecidoBucarest, contra elementos da Guarda deem parte o trafego ferroviário na Rumania. -- O Sr. Cordelí HÜÍÍdeclara que uma nova ordem no Oriente", segundo o desejo doJapão e contraria aos interesses dos EE. UU. — Chegam mais tro-pas allemães á Rumania, tendo ainda vários contingentes germani-

25*£te"p °

«fSO d^^rrI?TnTer- ~ Cresce a Popularidade do pre-confücto T°nTr • n°S

P~ UU' T A<:ceita a inedi*Ç3o japoneza no2U 5 a d°"Ci"naxf.,?,ao- :~ &r«*ib — Ceremonia da incorpora-çao da Aeronáutica Militar e Naval ao Ministério da Aeronáutica.zil ™XL*A 5 • f rlaneir.° ° novo embaixador da França no Bra-ailj conde de Saint-Quentin.

^„fTE?ÇAjFE1RA' 2? ÍT ,Intenso e prolongado raid aéreo allemãocontra Londres A r £ bombardeia Na^les e Q n£ ™

ha. — Lord Halhfax affirma nos EE. UU. que a Inglaterra neutrtH ^«^er tentativa de invasão allemã -

"glaterra neutr*-

gm Jokme annunciado próximo e espectacular ..^ipedo eixo contra a Inglaterra e os EE. UU.

^'í-V- Sa° ?nf,.eza Contra Aeordat, na Erythréa.—Cresce a rebelliaò em toda a Abyssinia. — Os Ita-¦Jianos iniciam a retirada em Hagar. -- Aviõesanglo-gregos atacam terrivelmente Valona.—Der-jota

italiana em Klisura. — Offensiva grega emHimara ê no sector costeiro. - Vários naviostransportes italianos, afundados no Adriático. —Wã ITr notlcl"m ter havido desordens no nor-lf da italia. — Seguem para o front da Albânia

; tfez mlnKstros italianos, inclusive o conde Ciano.7- peneral Antonescu declara que a Rumania.^poialo eixo'.3- O general Marshall, chefe doJLí jn. do E xercit o norte -americano declara querá a Allemanha. — Continuam os choques en-tre francezes e Siamezes, apezar de ter entradoem vigor o armistício. - Acceita a demissão cbchanceller argentino. — (Brazil) — Parte em no

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va viagem de instrucção o navio escola "Almirante Saldanha'Quarta-Feira, 29 — Londres aguarda nova tentativa de in-vasão allemã. — A artilharia allemã de longo alcance abre fogo con-

ira o sul da Inglaterra. — A Raf se atira contra os portos de inva-são. — Cresce a pressão grega na zona costeira da Albânia. — Avj-Ões italianos bombardeiam varias cidades da Macedonia. — Os Gre-gos a vista de Valona. — Tropas francezas "livres'' invadem o sul-da Tripolítania, capturando o oásis italiano de Murz.uk..— Os In-glezcs iniciam o ataque linal contra Derna, Agordat e Barentu. —Os Italianos batem retirada em todas as frentes, desde a Albâniaaté a Erythréa. — Também a Somália Italiana invadida pelos In-glezes. — Os Francezes Livres capturam o posto italiano de Gatruru.,na Lybia. — Fallece o general Metaxas, chefe do governo grego.— Novos submarinos norte-americanos lançados ao mar. — Appro-vados em Washington novos e vertiginosos créditos para construoção de tanks, canhões, navios e aviões. — Os EE. UU. comprarão200 mil toneladas dc cobre na America do Sul. — Esperado em An-kara o enviado especial do presidente Roosevelt. — (Brazil) — De-cretos exonerando o Sr. Osman Loureiro de interventor federa! emAlagoas e nomeando para o mesmo cargo o capitão Ismar de GóesMonteiro.

Quinta-Feira, 30 — Reiniciadas intensamente as aetividadesaéreas, tendo Londres soffrido novo e rude ataque. — A Raf atacao território allemão, incendiando vários pontos de Dusseldorf eEmden. — Canhõesde grande alcance alvejam Dover. — O Sr. Hi-tler em discurso affirma que ainda este anno a guerra estará termi-nada. — Annuncia para a próxima primavera a offensiva final con-tra a Inglaterra. — Derna está em poder dos Inglezes. — Tropa*sul-africanas entram em contacto com o inimigo cm território Ethio-pe. — Continua em desordem a situação rumena. — Insiste-se nopossibilidade do Reich invadir a Bulgária. — O Chile favorável aum protesto americano collectivo no caso do "Mendoza". — Criseministerial na Colômbia. — Cessam as hostilidades entre France-zes e Siamezçs. — (Brazil) — Decreto autorizando a constituiçãoda Companhia Siderúrgica Nacional.

Sexta-Feira, 31 — Favorecidos pelas nuvens baixas, os aviõesallemães atacam violentamente o território britannico. Londres foio alvo principal das bombas. — O Sr. Wendell Willkie visita as de-fezas costeiras da Grã-Bretanha. — Roma informa que os portositalianos estão fechados ao trafego neutro. — Os Gregos capturamGoenca e Mazza. — Aprisionados mais 2.000 soldados italianos nolront de Klisura. — Novo bombardeio de Valona. — Contra-ata-quês italianos nas zonas costeiras, são repellidos pelos Gregos. -rerdido um submarino inglez. — Afundados mais quatro navioscargueiros italianos, no Adriático. — Submarino suspeito á vista dalerra Nova. — Mais prisões de communistas na França. — Aindanao foi assignado o armistício franco-siamez. — Jornalistas norte-americanos intimados a deixar o território yugo-slavo. — Terrive?batalha entre chinezes e japonezes, ao sul de Jankeou

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>ma Salomé hespanholaCONCLUSÃO DA PAGINA 18 )

La cZ*T T*' ° CabÍd<? e toda a População deLa Calzada foram em solenne procissão á casa docorregedor, onde estavam o gallo e a gallinha 4u7

SSfeo?T ^ ^ " da ^"ei^do enforcldoperegnno;. levando a as. a ves para a cathedral collo

^ram-á*n„ma gaiola, diante da capella? qúe o „ão sepulchro do santo, emquanto se construía o ar "s

faço e monumental gallinheiro, que se w«ue hoL ,&reita da entrada principal da basílica ' 'Porem como o poder milagroso de S. Domine-oaao pod>a dar a essas aves. a vida eterna, eUaTacfbaram por morrer; e desde então o Cabido as substt

tue em tempo op-portuno.

Na cathedral deS. Domingo se dá,P^is, a curiosa cir-cumstancia de ter,em seu sagrado re-cinto, um authenti-co gallinheiro, ondese alojam um galloe uma gallinha, ex-cepto nos mezesmais frios em queas m felizes morre-riam geladas sob asamplas naves dotemplo. No resto do

té m :a:-;y

TOME O PODEROSOEORTIFf CANTE

À BASE DE FOSFATOSgm&LmjÊb. igflfB .mt^j^ÊSk. A£Êmm iiBIBiUi Sm

£M EÜXfflt OU JNJECÇÔES

24,° Anno — N. 10 — Abarco 1941anno o alvo par pas-seia diante do sepul-chro do santo, perpe-tuando seu milagrosopoder.

Nos dias claros emque o sol penetra pe-los vitracs das ogivas,o gallo costuma inter-romper a augusta ma-gestade dos officios di-vinos, com sua ma tu-tina saudação aos as-tros, emquanto a gal-linha cacareja, annun-ciando que mais umovo veiu enriquecer acolheita annual do Ca-bido.

Sobre a porta dacasa em que teve lo-gar o milagre foi gra-vada inscripção, quedizia:

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âTAQUES NERV. OU EPIIEPTIC

NOVO TRATAMENTOO trotomento mais eficaz e sea,. «,o medicina tem h,|e em dic^oV*ataques nervosos ou epiléptico, 1o que se foz com MARAVAL - soíçflaeste poderoso medicamento, ararai afeliz combinação de elementos opóferápicos e vegetais de sua fórmula, resWuiem pouco tempo a saúde, a alegriasossego aos doentes. MARAVAL - Jluçao - é verdadeiramente o tratamentoraciona, e cientifico dos ataque» n«?vosos e epilépticos.

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M A R A V £mm mBi* «flflMnm

"Nesta casa oceorreu o milagre do gallo e daa." >Md.linhInfelizmente, nem da inscripção nem da casa restahoie vestígio, cousa singularmente extranha, porque anostel-a comprado, em 1439, segundo affirma frei Luís de

c uSa,j° T,m.°Stfir°r.de rell*giosos Jeronymos de Noaeabenhora da Estrella, ficou convertida em hospedaria doatra des do mesmo mosteiro...L jDf f°rCa do.P.ereg«no é conservado na prooria ca-thedral um madeiro, collocado sob andor e, no alto-para a esquerda do sepulchro do santo, sobre o arco danave claustral que dá accesso ao altar-mór, pelo ladoda ^pistola. Junto delia se lê:

^Esta madeira é a da forca do peregrino".E, diante d'ella, sobre o gallinheiro, pende

'uma col-iecçao de correntes, que a tradição também attribue aoperegrino Hugonel.

Pintor desconhecido passou para a tela esse portexrtoso milagre. De resto outros milagres do santo' conhe-cido como o Abrahão de Ia Calzada, enchem a "muralha

exterior do magnífico parlatono da cathedral. "

.P; aí? vTTTÍOr SOrílr T como é fama que fez o ex-rei Affonso XIII, quando da sua visita á cathedral deO. JJommgo e apoz inquirir pela existência do sumptu(^ogallinheiro, com seus hospedes, no interior da basílica,rorem como narrado-res simples, nos limi-tamos a relatar o queescreve a tradição.

O que não dizemos chronistas é a sor-te que ficou reservadaá temível creaturinha,cujas iiisopitaveis am-bicões amorosas foram-o" D

lÍ™Ld\Í?d0-'QJa&ae Cronista de S.?Domm-em «jlÍT S° Marti"«. Í«Iga recordar ter lido» Porém q.«e.

a Pecçadora soffreu exemplar casti-ae menciona

ma,oriat *» historiadores do facto esqueceae mencionar sua sorte.

oor fu^^Úen-Cl° faz penSar (3ue nada tev^ que pagairpoi sua reroz vingança.

Guilherme Fittwagen.

B •] RR1Q 3DE /ENHORA/ E VERRÜGA/

ELIMINAÇÃO GARANTIDATRATAMENTO/ DA CUT!/"* «LA /CIÊNCIA MODERNA

SÀO PAUIO AV. BRIG LUIZ ANTÔNIO IW

Aos Agentes de RevistaInterior

Os que ainda não recebem a magnífica re-vista semanal Sport IUustrado. dedicada *todos os sports, no Brasil e no estrangeiraquenram escrever para Rua Maranguape, 15,

Rio de Janeiro, soijpreços e condicçoes.

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24.c Anno — N. 10 — Março 1941

ANNO XXIV

N.° 10

MARÇO 1941

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QUEEKA CABEÇAS«fia I

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DICCIONABIOS AD0PTAD0S NESTA SECÇÃO - Simões da Fonseca,Fonseca e Roquete (2 vols.) j Antônio M. de Souza ^vofe.),DeücaT

~ "^^lo^» '.Compre - Fábula; Chaves - RifoneLo ,Delicado - Adagios ? Alexina - Provérbios i Lamenza - Provérbios.

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ISECRETARIO

ABLIUToda a correspondência sobre charada* do»* **.* *itJ. ^

'""~"— RUA MARANGUAPE, 15 lo andar ^/ %"<" "?" a Kf*<*&<> de EU SEI TUDO

.__; andar — g endereçada ao director desta secção. W |1.» TORNEIO — Janeiro a Março Numa *>ne/a do Vaticano, perto éojntíar,

CHARADAS NOVÍSSIMAS80 ~".5í^"Uma ~~ E e^tdetth que nao concorda com o frio quem

Dr. Zinho — (Taubaté)

^ . Uma-duas .. •>«*.!«*. if/otja. iw» irm.-üoasio,. x«rw o» *:«ar.encontrei um livro sobre a vida de um áw pacificadores da Revoltede Alagoas em 1844.Aaron Menda — {P. Alegre)

mMo tem capote.

Para o João Evangelista87 — Duas-duas — O ferimento, profundo suico» £os causado

R. Ktjrban — (S. Paulo);ükw uma cunha.

}°}.r~ P«af.-duas —

Que cousa degenerada aquelle rapang Toma bebida alcoólica muito forte em troca somente do eostWo d«homem bebedo.Almirante Togo — (Cascata Paracamfy,}

88 ~ Uma-duasí"ijud idiota, boçal.

Antecipadamente lhe digo que este homem

102 — Uma-uma — Executando com graça o instrumento, acharas o animal pnospflorescente.Oirtemeo — (Porfo //fe^r»)

Roldão

89 — Duas-duas — Com as-tecia e tempo apanharei a umbel-toda do Líbano.

Andorinha — \Rio)

90 — Duas-duas —So è chris~ião catholico aquelle que tem ja-cidade intelectual de seguir asíoraias do chrtstianismo á risca.

Sertaneja 2,*

9l_ — Duas-uma — O rei datâangria não quiz /altar para não"jdfocar a revolta.

Berto — {Grupo dos XX)— {Piracicaba)

\

92 — Uma-duas — Na igreja9. mullier quasi entrou com o carro#tm rodas de arrastar pelo gelo.

Ariwer — (Curitj/ba)

93 — Duas-duas — Não prin-lioie a reunião emquanto se janta.

J anota — (Santos)

Ao Dr. Lavrud94 — Uma-trez — Elle zomba

do trabalhador que vae retardar osesrviço, em lugar de fazel-o maisÍkvío e progressivo.

Anaxagoras — (S. Paulo)

95 — Duas-cinco — Anterior-mente, para se obter créditos, não•e tratavam questões preliminares.

Madame de Stael —{Banquete — E. do Rio)

96 ¦— Duas-uma — Ç°.m apalmeira da America Meridional&P£parase optimo refugio.

Cantio — (Rio)

97 — Duas-uma — SegundoAristóteles, somente o vegetal é(ruameciâo de Jolhas.

Nequinho

98 — Duas-duas — Concorre>tm grande numero para as margens¦<kn rio da Hespanha o povo que^e tornar parte no grande concurso.Ajax — (Rio)

99 — Duas-trez — Num bar-•o* de pescador; o poeta brazileiro^a?ou com a mulher buliçosa.

Anhanguera — (Tabapuan— S. Paulo)

K/w^.ium. mm ,

Braço Axiílas se aculaLIVRES DE PELLOS QUE TANTO AFEIAM

E ESTRAGAM COM O SUOR OSSEUS VESTIDOS

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

Não é"preciso quente humilhes, ~Porém deves recordar,(Que és^simples sobreviventeDc um^naufragio em alto mar.

10-6-9-8-5-4-6

Violeta ¦ (Recife)

108 Manhã na praia, cheia de banhistas,Entre gente modesta e gente nobre. — 7-10-6-5-8Traz um deslumbramento ás nossas vistas,A paisagem, ao longe, que o céu cobre. — 5-8-7-3-4

Linda sereia o seu maillot aperta, — 10-5-1-9-2-Exercita-se um pouco e vai ao banho.Expõe-se ao mar, o andar esbelto acerta, — 3-8-7-9-10E todos seguem seu perfil estranho.

Loura menina já lhe embarga o passo,Com Boneca de. trapos a brincar —

E pergunta: Mamai, como é que eu faço?Minha filhinha não mais quer nanar. . .

Çompeu Júnior — (Boiucatú — E. São Paulo'

ENIGMA FIGURADO — 109

PJD OD BRRSÍL

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> 103 — Duas-duas — Próximo á barra, cada passageiro contri-bmu com sua quota parle para a fe ta de despedida pela grata con-vivência dos dias passados a bordo.

Conselheiro

ENIGMA PITTORESCO — 104

i

fDimas — (Timbauba)

CHARADAS ANTIGASAo Dr. Lavrud, mestre insigne, com

amizade e respeito

105 — Manifesto nesta secção — 1O prazer em que vivo immerso.A todos e sem restricção — 2Na singeleza d'este verso.

Eco Ipse — (Ca mpos.

Para o conterrâneo Arievilopagar com outra

106 — Numa agitação violenta —Paira o bebèrrao sem parar — 2E, a todo o que vê, apoquenta,Para mais zurrapa lhe dar. .

Almirante Togo

LOGOGRIPHOS

107 — Suspende logo este quadroQue está quasi p'rá cahir. — 3-5-10-6-7-4-1Vè bem que não Jaca estrondo —9-5-2-3-8-7-10

is quero logo dormir.

Não penses que sujeitei-me — 6-2-3-10-5-4-8A da morte te livrar,Para com tua preguiçaViveres a me excitar. — 5-10-3-5-2-8-5

ZÉ Kanuto — (Colina)

CHARADAS CASAES

110 — Duas — Com certo arranjo consegue-se uma graduação.Lahyr (G. dos XX) — (Piracicaba)

Retribuindo ao Almirante Togo

111 —Trez — E diverso o seu pensar quanto a variedade defruetos.

K. Ni vete — (Recife)

U2 — Duas — Aquelle homem pequenino, dizem, /az • rendaJcem bilroj.

Xenopiionte Braga

113 — Duas — E' um feio costume creança fazer manha.

Uedaht — (Cardoso Moreira:

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24.° Anno — N. 10 — Março 1941

tí 14 — Duas —

mentira a existen->??j de certo pássaro.

Ciro Pinales

1. lõ — Duas —i\ cobra é um animalpequeno .

Conde de Rog-ger — (Parahybd)

116 — Duas —•Quem não tem forçade vontade sempre va-ei Ha.

Tácito (Grupodos XX) — (Pi- ,

racicaba)

117 — Cinco —De má catadura, era ofsteu parceiro numcerto fogo de cartas.

K. Reca I —(S. Paulo)

* ^*>*íte^ («* "*"< **W /ÊÊÉÊW ''

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Que menino cheio de vida!Não parece o mesmo que, há somente alguns meses,estava fraco e doentio!Antes, estava 3empre cansado, não participava dosjogos ativos corn os outros meninos, não tinha apetitelNo entanto, desde que começou a saborear os ali-mentos nutritivos, como sopas, legumes cereais epudins preparados com MAIZENA DURYEA, 3euapetite aumentou consideravelmente.Resultado: um menino sadio, feliz, cheio de energia.Compre MA IZENA DURYEA, A venda em toda parte.

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|[g — Quatro — E' bom officio comparecer aos funeraes daspoderosos. T .. . r. . ,1 . NlENTE — (Limeira.)

12.5 — Duas — A má herva que se arranca torna o jardim asseado-AuGUSTUS

]jc> — Trez — Homem de fama, homem discutido.ZÉ Kanuto

124 Duas — Direito de herança.Bígi Neto

120 •— Duas — Serve duas vezes quem serve depressa .Maegí — (Rio Grande)

121'.— Trez — Todo o homem deseja um amor sincero.

Dequinhas — (Joinville)

122 — Trez — Este homem, quando vem até cá, sempre appa-:e com alguma innovação.

Anatolio — (S. Paulo)

DESPERTE A BIUSDO SEU FÍGADO

Sem Calomelanos—E Saltará da CamaDisposto Para Tudo

Seu fígado deve derramar, diariamente,no estômago, um litro de bilis. Se a bilis nãocorre livremente, os alimentos não sã©digeridos e apodrecem., Os gazes incham oestômago. Sobre vem a prisão de ventre,Você sente-se abatido e ramo que envene-nado. Tudo é amargo e a vida é um martyrio.

Uma simples evacuação não tocará acausa. Nada ha como as famosas Pillula3CARTERS para o Figado, para uma accãocerta. Fazem correr livremente esse litrode bilis, e você sente-se disposto para tudo.Não causam damno ; são suaves e contudosão maravilhosas para fazer a bilis correrlivremente. Peça as Pululas CARTERSpara o Figado Não acceite imitações-Preço 3$000.

Ao Cernira

125 — Cinco — Demonstrativa de minha gratidão é esta ehacada. Será o men trabalho convincente?

Z. P. LiNr — (Curilyba)

ENIGMAS

126 — Por um tris, mas até pareceUm milagre de São Diniz !A bala não ir attingirA cabeça do infeliz.

D. BíL — (Cardoso Moreira

127 — Deixe a fita com o caixeiro,Basta de tanto impecilho.Não gaste tanto dinheiro.Venha cá, meu peralvilho.

— E. do Rio)

Ego Ipse — (Campai

A Raul Petrocelü, grato pela gentileza

128 — Se aqui com peias existem,Pontinhos, como os do amigo,Que a tudo, feros resistem.Este só, que mal rediio.Sinceramente. !he digo,E' manso, d nada de rijo.

Cartos (ABC-LAC) (Rio)

129 — Quando prego nos extremos.No resto deve se acharUma pipa. E sem os demos.A rico deves chegar.

Madame de Stael — (Banquete — E. do Rio,

SOLUÇÕES DE SETEMBRO

94 _ Regula-o; Q5 — Aderenca-o: 96 — Arca-o; 97 — Baldo-a;98 _ Nerva-o; 99 — Monitoria-o; 100 — ínfesto-a; 101 — Repor-ío-a- 102 — Baixa-o: 103 — Pega-o; 104 —- Amouco-a; 105'— Vul-neraria-o; 106 - Narra-o; 107 — Chamiça-o; 108 — Prego-a; 109

Desaprimorada-o; 110 — Pomposo-a; 111 —- Navalhas-os; 112Altanada-o; 113 — Partida-o; 114 — Peto-a; 115 — Manda quempode, obedece quem deve: 116 — Alienado; 117 — Matamouros;118 — Galana; 119 — Beyruth; 120 — João Grande; 121 — Miaco;122 — Orama; 123 — Marcapés; 124 — Empelota; 125 — Cabala;126 __ Voga-avante; 127 — Refocilamento; 128 — Cevada; 129

Lanterna mágica: 130 — Exímio; 131. — Labe; 132 -~ Fossark>;133 __ Enxovedo; 134 — Apresentado: 135 — O bem nao dura efTomal chega: 136 — Carolina: 137 ¦— Vedeira; 138 —- Escarmento;139 — Valete; 140 — Tem-tem.

DECIFRADORESle Al.K Nivete El Príncipe, Iracema de Alencar, Pompeu Júnior,

Anatolio, D. Fuás, Joaquim Três, Dr Kcan, Anhanguera, Oicaroh,Lis, Mawercas, Don Road. Durmel, Paço, Centauro. Gondemaga,Cartos, Roldão, Uedaht, Dr. Jomond, Ibsen, Tibinça Sarmento, Se-gon, Dr. Zinho. Augustas, Bisilva, Joliver, Ego Ipse, Almirante Togo,.Debrito. El Príncipe, Pituca, Violeta, Paraná, Pequenino, Clara Ma-ria, Antomarepe, Hircio, Helena, Florentino Jor., Dopasso, Z.P.Lm,

Joanes Latimn. Conde de Rogger, Miss Fly, Janota, Roazo. H. Pito.

1)3

«¦MON M~~¦ **f

Mm&mi&nhwm

Figueiroa. lsa AbeL-, Aglaé Natal, 46,,«a<h£4f>fAlvasco, 42; O Sine&o, 40; Maegi, 39, Gre-

Sadi, Welton; Notryaf Deq«»^ Gilk Anm,Oiwara, Emauro. Bigi Netto, 32, Cwo Finales,30; Aarois Menoa, 16.

PALAVRAS CRUZADASJ»R©BLBMA *.• 3

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1-t-y

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(oooooora. *5 _r ^r TÜW fl ^fc .Mr Jr

El Re¥ — (Jui* -rf# Wra)

B+risontaes: — 3 — Domarí 6 — Ficarconfusos 7 — Amulatado; 8 — Gamenho.

Vévtieaese — 1 — Fenecer; 2 —¦ Impudico;4 — A flor, inv. 6 — Mez.

-JPROBLEMA «.• 4

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Andorinha — (Rio)Horizontaes: — 1 — Lago do Maranhão;~£ X.^P0 do Brazil; 6 — Flauta pastoril; 7•—• Estilhaço; 8 — O mesmo que trans; 10 —

Capella; 11 — Sulcado, mesclado; 13 — Espe-cie de peneira de couro cru com muitos bura-quinhos para limpar o trigo;16 — Planta ras-

I ^5j

JANECKE - SCHNEnover

m mu m estômagoCONDUZI-LO A UMA MESA DE

OPERAÇÃOI Efttre oi órgõos

que mais cuida-dos requerem,está o estômago.Qua Iquer per-t.urbação, como,por exemplo, aaxia freqüente,o máu hálito, ateólicas, etc, de-vem ser imedia-tamente tra-ia do» com wmm edicamentoque seja de íateeficax. Dessafôrma, evitará

que o mal se alastre, e impedirá uma ope-ração. BISMUBELL é um medicamentode efeitos seguros e decisivos sobrequalquer caso de males do estômago,BISMUBELL é o mais poderoso cico-trixante de ulcerações do estômago, sen-do, porlsso indicado em todos os casosde úlceras gastro-duodenais, máu hálito,yxios, eólicas e distúrbios gástricoe eintestinal. BISMUBELL age como pro-tetor e como cicatrixante da mucosodo estômago, no qual forma uma verdo-delro muralha contra as doenças, evitandoas operações e acalmando as dores.BISMUBELL acha-se à venda empó • em comprimidos. Não encontrandoBISMUBELL nas Farmácias e Drogarias,©screvo poro o Depositário, C. Postal1.874 . S. Paulo.

S>4,° Anno — M 10 — Março 1941SOLUÇÕES^DE SETEMBRO

PEOBLEMA N.« 5Horizontaes: — 3 — Il&>; 5 — M„i<. '}

O* 8 - Alp; 9 - Noel; 13 - Sob; 16 Uma; 17 — Poa; 19 — Ai; 20 — Calcu.4,2|-™) 23-AWear; 26-La; JtT^fô28 — Ernst.

Verticaes: — 1 — Ae; 2 — Corpo; 3íí; ? ,7~ Lea,; 6 ~~ Nones; 6 —- Aco; 10Embolha; 11 — Mu; 12 — Gaiolas; 14Opra; 16 — Madre; 18 — Acinos; 20Chalé; 22 — Pro; 24 ~ Lar; 25 — Cat

PROBLEMA N.° 6Horizontaes: — 1 — Webb; 4 — Pís&—I Aviste; 6 — Saka 7 — Asir.Verticaes: — 1 — Wiski; 2 — Estar; 3

Bae; 4 —- Puas; 5 — Asa.

<WB_M__—

ieira; 18 — Notamusical; 20 —-Sorte; 21 — Des-pacha;23—Voto.

Verticaes: — 1Historiographo

suisso; 2 — Gr»-ia; 3 —- Serra noEspi rito Santo;4 — Desigual; 5—• Cidade da Ita-lia; 6 — Constei-lação austral; 9

Planta dcÉra-ml; 10 — Notamusical (inv.); 12¦*« Gancho defer-ro em forma des; 13 — Cidadeda França; 14 ¦—Attractivo»' 16 —Habitei; 16 —Inula Campana;17 — Cidade deS. Paulo; 19 -.Cousa, origem;22 — Nota musi-

ai (inv.).

DECIFRADORESIxmrinho, Anhanguera, Mawercas, O Sá.neiro, D. Cexar de Baaan, Mme. PompaoW

Gondemaga, Certos, Breque, Cabo; 29. DjJomond,, Ibsen, Flora. 0'Magro e o GordoA>ax, Ciro Ptoales. Sadi< ..Welton, Notry*Paulistmha, Padre Pedra, Gilk Araújo, Ojuar*Nadiu, Emauro, Tibiricá Sarmento, Segon,Augustus, Zé Kanuto, Bisilva. Joliver, Cale-pino. Rose Mary, Dequinhas, Bigi NettoParaná, H. Pito Jorobar, Violeta, Pequenaeiara Mana, Alvasco, Antomarepe, Botuca.rahy, Iracema, de Alencar Hercio, Helexu*igueiroa, K. Nivete, Domador, G. C. OrtandcRego, Florentino Jor.. Sertanejo 2.©, Dopasso&. r. Lm, lsa Abel, Johanes Latium, Mae* ¦Conde de Rogger, Miss Fly, Aglaé NatóJanota, Roazo.

PUBUCAÇÕES

O Charadista — Apesar da irregular»dade nos transportes marítimos, temos reoebidccom certa pontualidade esta optima revistecharadistica portuguesa, hoie sob a competente direcção de Euristo, o nosso velho amigo

Brazil-Portugal— Já está quasi ex-. gottada a edição de 1941 deste importanti

^Do^?° 5ob,a,.dlr«Çfio de Sylvio Alves. Foi tal a~ acceitaçSo destemagnitica publicação, que o seu autor pensa em publicar duas ed;çoes por anno, caso único em publicações d'este gênero.

^_ r° Acad.EMi,a T- P «ynipathico orgSo dos alumnos da Acedem*,de Commercio de Juiz de Fora. continua a sahir, melhorando sempreU ultimo numero que nos visitou está repleto de boa litteratui*charge* sobre os alumnos e uma magnífica secçSo de charadas d:»rígida por ÍLl Rey, nosso collaborador. Tra* também elogiosa refcrencia aos 20 annos da nossa direcção nesta secçSo,

CORRESPONDÊNCIA

EXPEDIENTE DE JANEIROPlUON (Rio) —[O ponto foi contado.Falstaff (Maceió) — Inscripto com o máximo prazer,Z. P. Lin (Curityba) —' O certificado é de sua propriedade,K. Nivete (Recife) — O seu prêmio, uma obra litteraria, fo

remettido para a Rua Visconde de Uruguay n.° 162 e devolvido coroa declaração do car-teiro que não obteveindicação. Mande oseu novo endereço.

BüT IRIGUARA(Porto Alegre) «— Ins-cripto com muito pra-zer. Procure ahi onosso distineto amigoe confrade A a r o nMenda, á rua CoronelFernando Machado,814, que não se arrependerá.

£íJ^L(CflP<7fô ~ °» ^^^ de Agosto estão registrados.Botucarahy (Passo Fundo) - O seu problema de paUvrs.cruzadas está muito bonito, mas ê feito quasi só de geographicoeo que estamos evitando. As horizontaes começam assim: poeta gre

JSrfimi5S.a A. í"oman°' l&So, cidade, cabo, cídade, auto^ cidad*costa, etc. Assim, não, amigo Botucarahy.

PRAZO

_n ,rParWefeP&°àas Jistas de cada mez; Capital e NictherosPortugal 120 '

' PauI° e MínaS 60; outroS E3^08 *

Dr. Lavruc

1UK r^rà'PELOS INDESEJÁVEIS EOUTROS

DEFflTOS DO ROSTO£uÀvwdstâaa*íJcJasziE/PF(T/ GUILHERME KLOT2

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o Armo l 10 — Março 1941 wáeicJMdc

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- mas AMBAS seguemo MESMO tratamentode 2 Cremes! ponds POND'*

os tecidos e evita assim rugas, cravos e manchas,

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N. 286Março

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ArtigosA outra entrada dos Allemães em Paris. 21

A 8.a maravilha do Mundo. — As Estra-das Internacionaes dos Incas -( 33

Fundada nos Estados Unidos uma "fabrica"

• de Prodisios! 55A origem judia dos Abyssinios 65Uma Salomé. hespanhola 17Impressões dd Terra Santa 11

ArteA Crucificação 11O enterro de Christo 12As santas mulheres 12Christo carregando a Cruz 13Os quatro Evangelistas 15Rhythmo moderno 19General Metaxas 53Um aspecto nocturno de Regent Street... 71Manhã no campo 89Arte moderna 28As quatro estações na arte maravilhosa de

Boucher 82A inconsolavel 85A filha do architecto 86A paz seja comvosco 87

Contos e episódios históricosA trágica historia de Lais 37Balanço Final 29A Legenda de Hachbachsdorf 85A Suave Substituição 81

Novidades e invençõesO ultimo typo de canhão para aviões. ..'... 70O ultimo typo de "tank"

amphibio 49Camouflage rural 79

A sciencia ao alcance de todosA Fome e o Somno 26Luz congelada 44Uma substancia muito doce 32O sangue, espelho de saúde 55Que significa "Tantologia"? 50

Diccionario de nomes próprios 64Cuidado com as bactérias 70O uso do sangue em pó 58O que revelam as ondas cerebraes 69Evaporação marinha 84Artilharia moderna 42

RomancesAquella que veiu as 10 horas 45Nevoeiro 73

Cousas que 2 bom saber

Os planos maravilhosos para viver muitosannos 23

Petróleo e photographia 31A propósito de recenseamento 36Velocidades aéreas 3ó

Tourismo por photographiaO palácio das Tulherias 24O

"front" albanez 32Gigantes da terra de Tio Sam 32Para causar inveja ao Carioca 61A phase final de uma obra cyclopica. ... 62A cothedral de S. Paulo, em Adis-Abeba. 65Uma estrada na Transylvania 81Os festejos do Natal nos Estados Unidos 88O castello de Durhan 44A Quinta Avenida 44

Diversos

Uma photographia trágica 25E o vento assustou 28Cousas da guerra 28Velhas e novas dansas em New-York. 30A transformação de Vivien Leigh 31A guerra moderna 62Sabia ser chefe 62O preço de duas cabeças 63O precioso auxilio da mulher na guerra. 70Na falta de cousa melhor 73O noivado de Deana Durbin 75Guerreiros Meharistas 45Curiosidade premiada 47Allah é Grande! 51Meninas americanas 84Trez beijos dominadores 88Philarmonica 41A alegria encantadora do bailado moderno 42A complicada sciencia do bailado clássico. 43Um selo fora do commum 44Os pontos vitaes do Mediterrâneo 16O desbravador 16Pequenas victimas ód guerra 1615 milhões de libras que ninguém reclama 16

ANECDOTAS, CARICATURAS, INFORMAÇÕES, CHARADAS ETC* * ? * Esta revista contem 108 paginas. ???'??

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otivo superior causou certo retardamento na expedição e venda do EU SEITUDO de Fevereiro passado Mas, vencido o pequeno atraso, foi a ediçãoexposta a venda em todo o território nacional

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ciência affirma que o IODORAL em doses regulares, é

indispensável ao restabelecimentode pessoas magras, esgotadas

fracas e nervosas!Resultados garantidos ou o dinheiro de volta

<p está mauro o osuotado; se ostá sempre cansado,nervoso o irrita.In; se se aborrece com facilidade, o

liiasi certo que sou sanuuo está fraco o pobre, neeessi-tando do substancias nuti'iti\as capa/.'- «Ie aiiumeiitar..... „(»so <uas forcas o energias, som o tpm jamais,M]e'a \'' S. s(Mitir->o bom. Kstá descoberta, loli/.mcnto.

!t verdadeira causa dostos transtornos, bom como umr.otlKidu novo o rápido do coiTmil-os.

Os alimentos o os romodios nada adoantam em tae-r:|s(,s lan ui-ral. inuerinios alimentos om quantidade..Yticionte O mal ostá na falta de assimilação completaoos mesmos, processo polo qual as substancias dmoridasx,> transformam om oarnos rijas, musiados. enoruia oMtalidado. Sao peqneiiinns ulandulas que m>\ ornam osto¦.[•oi-osso Kssas idamiulas neeessYam de uiiki dose re-*;l|ar de IODO NATDIíAI. que so oncontra em po-ca,-na- quantidades im o-pinaiiv. na alface, etc. o queido deve sei' mi.fundido om o nulo obtido por preces-sus ebimieos, ;i< \>>/v< toxioo. O modo mais lacil o ra-

do de so consoL :•:• indo \ VITIiAL. essa substanciaindispensável ao hem e-mir oruanioo. o tomar \ ik«" 11>. *

[,M\() eonooniraoo do mmeraes marinln-. Vikelp o Id.un\.'/(>s mais rico om iodo do que as ostras, ato ha poiimconsideradas a sua melhor fonte. O iodo contido omVikelp normalda a- ulamlulas que uo\ ornam o poso o

a resistcneia oreauiea. estimula a asdmilaeao dos ab-,, -armue. da saúde o \ imm \ iKolpiaontos, onnquoo

eoatoia tamtiem o. o /.o inineraes muispem ,\ eis a

() seuuma digestão perfeita.Kxperimonto Vikelp. por uma semana apemeniedieo approvara

' ode tratamento. Olxoru; como

somno torna-se tranquiilo. Como seu aspoiá . dispo-n/no o

appetite melhoram. As possoas que tomam \ iko p emí<n-dam. uoi-almonto. J kilos na priuioira semana. \ ikoip i u-ta pouco o encontra-se nas boas pharmacias e oro-a: ia>.

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1'aneira maüreza, fadiga, pelle. manchada,Vnetuholismo deficiente, nervosismo.

A mania, dores de cabeça, debilidade.•\nemia. perda de vigor.Moléstias do estornado, raclntismo, eczema.

(¦•trie dentaria durante a gravidez,:,: , .„ ,, montai. (TCscinuMitüSubnormal!,;,;;[',„ dos rias, bexiga e estômago, rheU-

Ao"u.VS"l»Vst»)KKiSO, debilidade do coração.

I.;/mVnnÍli-Ss'da pelle, cutis ^^^atosaConstipação, desordens do sangue e ^.\o ügado,

iutvi isismo. .11 1Anemia, ^n^Yob^UY^^

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