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Normas técnicas ABNT - Desenho Técnico

Date post: 07-Feb-2023
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2 - Normas técnicas segundo a ABNT Normas técnicas de representação em desenho técnico, formatos, caligrafia, legendas, dobragem de cópias, cotagem. 2.1 - INTRODUÇÃO Desde os tempos mais remotos o homem se utiliza de meios de expressão para se comunicar, dentre esses meios pode-se apontar como exemplo as pinturas rupestres. Com o passar do tempo, em valor de sua importância, a expressão gráfica ao longo do desenvolvimento humano experimentou grande difusão de uso, tornou-se então necessária a criação de normas específicas às representações gráficas, especialmente no tratado de trabalhos de origem técnica. Ou seja, estas normas tem por objetivo a padronização e a uniformidade das técnicas de Desenho Técnico. É de fundamental importância para um engenheiro o conhecimento das técnicas de representação gráfica bem como das normas relacionadas a esta, pois uma vez que concebido o projeto, ele deverá ser traduzido e transcrito de maneira inteligível. Portanto, a principal motivação para essa normatização é permitir que haja um meio físico de comunicação entre os responsáveis de criação de projeto e execução do mesmo. Em praticamente todos os setores produtivos brasileiros existem procedimentos que são normatizados segundo recomendações de fabricação dos produtos ou de gestão de processos para uma padronização de qualidade. É de imprescindível importância que os projetistas envolvidos tenham conhecimento acerca das normas de desenho relacionadas à sua área específica de atuação, a título de exemplificação, no projeto elétrico. Neste capítulo iremos trabalhar as aplicações das principais normas técnicas ligadas ao processo de expressão gráfica.
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2 - Normas técnicas segundo a ABNTNormas técnicas de representação em desenho técnico, formatos,

caligrafia, legendas, dobragem de cópias, cotagem.

2.1 - INTRODUÇÃO

Desde os tempos mais remotos o homem se utiliza de meios deexpressão para se comunicar, dentre esses meios pode-se apontar comoexemplo as pinturas rupestres. Com o passar do tempo, em valor de suaimportância, a expressão gráfica ao longo do desenvolvimento humanoexperimentou grande difusão de uso, tornou-se então necessária a criação denormas específicas às representações gráficas, especialmente no tratado detrabalhos de origem técnica. Ou seja, estas normas tem por objetivo apadronização e a uniformidade das técnicas de Desenho Técnico.

É de fundamental importância para um engenheiro o conhecimento dastécnicas de representação gráfica bem como das normas relacionadas a esta,pois uma vez que concebido o projeto, ele deverá ser traduzido e transcrito demaneira inteligível. Portanto, a principal motivação para essa normatização épermitir que haja um meio físico de comunicação entre os responsáveis decriação de projeto e execução do mesmo.

Em praticamente todos os setores produtivos brasileiros existemprocedimentos que são normatizados segundo recomendações de fabricaçãodos produtos ou de gestão de processos para uma padronização de qualidade.É de imprescindível importância que os projetistas envolvidos tenhamconhecimento acerca das normas de desenho relacionadas à sua áreaespecífica de atuação, a título de exemplificação, no projeto elétrico.

Neste capítulo iremos trabalhar as aplicações das principais normastécnicas ligadas ao processo de expressão gráfica.

Figura 2.1 - Projeção das vistas no 1º diedro

Figura 2.2 - Representação em perspectiva

Figura 2.3 - Representação em perspectiva em ferramenta digital (CAD)

2.2 - NORMAS TÉCNICAS

As normas técnicas provêm da necessidade de se estabelecer códigostécnicos que regulem e uniformizem as relações entre os vários agentes de umacadeia produtiva, como produtores, consumidores, clientes, fornecedores,engenheiros, operários e projetistas. Cada país formula suas próprias normas,de acordo com os padrões que lhe são aceitáveis, e estes são acatados por todoo território nacional e também por todos aqueles com os quais este país serelacione. Estas normas são elaboradas através do trabalho em conjunto dosrepresentantes das partes interessadas. Eles são pesquisadores de competênciareconhecida, fabricantes e membros da sociedade em geral. Antes de sercolocada em vigor, a proposta de norma é posta frente ao crivo do público erevista, caso haja necessidade, aí então é realizado o seu registro.

No Brasil a instituição responsável pela normatização de processos é aAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Fundada na década de 1940,a ABNT é uma empresa privada, sem fins lucrativos, reconhecido como únicoForo Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de24/08/1992. Em território brasileiro, é a ABNT quem fornece base para odesenvolvimento do progresso tecnológico.

A International Organization for Standardization (ISO) foi criada parafavorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar ointercâmbio de produtos e serviços entre as nações. É formada porrepresentantes de 91 países, cada um representado por um organismo denormas, testes e certificação; por exemplo, a ABNT é a representante do Brasilna ISO. Quando uma norma proposta por um dos países que fazem parte daISO é adotada por todos os países membros, essa Norma Técnica torna-seválida como Internacional.

A ABNT, além de representante brasileira, é membro fundador da ISO,da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN(Associação Mercosul de Normalização). As normas técnicas em vigor no Brasilestão em consonância com as outras normas internacionais aprovadas pelaISO. Normas que abordam o entendimento dos sistemas de projeção, tipos devistas, caligrafia, formatos das folhas, formas de cotagem, dentre outrosaspectos importantes.

O quadro abaixo traz algumas das normas técnicas existentes no Brasil.As normas são publicadas no site da ABNT (http://www.abnt.org.br/).

NORMAS DESCRIÇÃO

ABNT NBR 10067:1995Princípios gerais de representação em desenhotécnico - Procedimento  

Esta Norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico.

ABNT NBR 10068:1987  Folha de desenho - Leiaute e dimensões – Padronização

Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos.

ABNT NBR 10126:1987Cotagem em desenho técnico – Procedimento

Esta Norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos.

ABNT NBR 10582:1988  Apresentação da folha para desenho técnico – Procedimento

Esta Norma fixa as condições exigíveis paraa localização e a disposição do espaço para desenho, espaço para texto e espaço paralegenda, e respectivos conteúdos, nas folhas dedesenhos técnicos.

ABNT NBR 13142:1999  Desenho técnico - Dobramento de cópia

Esta Norma fixa as condições exigíveis parao dobramento de cópia de

desenho técnico.ABNT NBR 8402:1994Execução de caracteres para escrita em desenho técnico

Esta Norma fixa condições exigíveis paraa escrita usada em documentos técnicos e outros documentos semelhantes.

ABNT NBR 8403:1984    Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas – Procedimento

Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicose documentos semelhantes.

ABNT NBR 6492:1994Representação de projetos de arquitetura

Esta Norma fixa as condições exigíveis pararepresentação gráfica deprojetos de arquitetura,visando à sua boa compreensão.

ABNT NBR ISO 10209-2:2005    Documentação técnica de produto - Vocabulário Parte 2: Termos relativos aos métodos deprojeção

Esta parte da ABNT NBR ISO 10209 estabelece e define termos relativos aos métodos de projeção usados na documentação técnica de produto, abrangendo todos os campos de aplicação.

ABNT NBR 12288:1992    

Esta Norma fixa as condições exigíveis paraa representação simplificada de furos de

Representação simplificada de furos decentro em desenho técnico- Procedimento

centro e sua designação.A representação simplificada de furos decentro pode ser utilizada particularmente quando não for necessário mostrar a dimensão nem aforma exata, e quando a designação de furos de centro padronizados é suficiente para informação.

ABNT NBR 12298:1995    Representação de área decorte por meio de hachuras em desenho técnico – Procedimento

Esta Norma fixa as condições exigíveis pararepresentação de áreas de corte em desenho técnico.

ABNT NBR 13963:1997    Móveis para escritório -Móveis para desenho - Classificação e características físicas e dimensionais

Esta Norma especifica ascaracterísticas físicas e dimensionais e classifica os móveis para desenho para escritório.

ABNT NBR 14699:2001    Desenho técnico - Representação de símbolos aplicados a tolerâncias geométricas - Proporções e dimensões

Esta Norma fixa as condições exigíveis de proporções e dimensões para representação gráfica de símbolos de tolerância geométrica emdesenho técnico.

Quadro 2.1 - Normas aplicadas ao desenho técnico

Nas Normas Técnicas existem alguma Normas específicas para algunstipos de desenho, como, por exemplo, para o desenho mecânico, desenhoarquitetônico e desenho elétrico. Seguem-se no Quadro alguns exemplos deNormas para Desenho Elétrico.

NORMAS DESCRIÇÃO

ABNT NBR 13531:1995  Elaboração de projetos de edificações - Atividades técnicas

Esta Norma fixa as atividades técnicas de projeto de arquitetura ede engenharia exigíveis para a construção de edificações.

ABNT NBR 5280:1983    Símbolos literais de identificação de elementos de circuito.

Esta Norma estabelece ossímbolos literais para elementos de circuitos.

Quadro 2.2 - Normas técnicas sobre desenho elétrico

De agora em diante neste capítulo, vamos estudar as normas técnicas aplicadas à representações gráficas a começar pela normas referentes às pranchas (ou folhas) de desenho.

2.2.1 - FORMATOS DAS FOLHAS DE DESENHO (PRANCHAS)

As folhas empregadas no desenho técnico seguem as determinações dasnormas técnicas assim como qualquer outro produto ou procedimentovinculado à este ramo de atividade. Estas tem suas características enunciadasem duas normas, a NBR 10068 e a NBR 10582.

As folhas de desenho são comumente denominadas "pranchas". Umprojeto arquitetônico de uma edificação pode ser composto por diversaspranchas, ou folhas de desenho. Isto decorre da especialidade ou da formacomo melhor uma prancha pode se adaptar aos desenhos. Mais do que isso,ela precisa manter condições mínimas de legibilidade, distribuição e equilíbriopara que haja um bom aproveitamento da mesma. Ou seja, a folha deve serescolhida no menor formato possível desde que não se comprometa ainterpretação do desenho.

Existe entre os formatos de pranchas, uma normalização dos seustamanhos e das proporções entre largura e comprimento da mesma. Partindo-se da referência 1m² (um metro quadrado) de área, têm-se o formato "A0" (lê-se: A zero) cujas dimensões possuem razão de 2 /1 (raiz quadrada de dois√sobre um). Os formatos seguintes recebem a mesma nomenclatura daprimeira, mantendo-se a ordem - A1, A2, A3 e A4 - constituindo uma série deformatos denominados Série "A".

Classes

Formato(mm)

Margens (mm) Largura dalinha da

margem (mm)

Comprimentoda Legenda

(mm)Esquerd

aOutras

A0 841 x 1189 25 10 1,4 175A1 594 x 841 25 10 1,0 175A2 420 x 594 25 7 0,7 178A3 297 x 420 25 7 0,5 178A4 210 x 297 25 7 0,5 178

Os tamanhos básicos da Série "A" seguem na tabela abaixo:

Tabela 2.1 - Formatos e outras dimensões da série "A"

Como pode ser visto na tabela 2.1, a dimensão maior de cada formato éigual ao dobro da dimensão menor do formato subsequente, e assim,sucessivamente. Ou seja, o formato A0 é dobro do A1 que é o dobro do A2, esteúltimo é o dobro do A3, e assim, sucessivamente. A figura abaixo ilustra melhoresta relação de dimensão.

Figura 2.4 - Formatos derivados da Série A

A figura a seguir demonstra melhor a relação de proporcionalidade entre os formatos da série A:

Figura 2.5 - Semelhança geométrica entre os formatos da Série A

Equipamentos como impressoras e plotters são concebidos seguindo osformatos padronizados de desenho. Portanto, é obrigatório que as pranchasutilizadas no desenho técnico utilizem os formatos recomendados pela normavigente. As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical (retrato) comona posição horizontal (paisagem).

2.2.4 - CALIGRAFIA TÉCNICA

O objetivo da normalização da caligrafia técnica é a de obter condiçõesexigíveis de escrita, tais como: uniformidade, legibilidade e adequação àmicrofilmagem e a outros processos de reprodução.

A importância do desenho de letras e números para Números e letrasbem escritas favorecem em muito à diminuição de erros de interpretação porparte de quem realiza a leitura dos mesmos. Quando o desenho for feito à mãolivre, deve levar em conta uma série de fatores condizentes com suasdimensões, lembrando que estas que já são pré determinados por efeito danorma técnica. Portanto, faz-se necessário treinamento da caligrafia técnica demodo que se obtenha certa regularidade de escrita. Assim, no intuito deauxiliar a escrita e a uniformidade dos caracteres, é aconselhável o uso delinhas auxiliares, como a figura abaixo:

Figura2.6 - Exemplos de caracteres feitos com linhas auxiliares

Vale ressaltar que para o uso de algarismos em "itálico", todos oscaracteres obrigatoriamente se apresentarão com inclinação de 75°, que podeser formado com os dois esquadros, um deles de 30°/60° e o outro de 45°.

Para um melhor esclarecimento da norma específica quanto aoscaracteres de escrita, encontra-se abaixo um quadro com as relações de alturaentre os caracteres maiúsculos e minúsculos, de espaçamento de caracteres epalavras, além de distâncias entre linhas de base e largura das linhas.

CARACTERÍSTICAS RELAÇÃO DIMENSÕES (MM)

Altura das letras maiúsculas -h

(10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20

Altura das letras minúsculas -c

(7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14

Distância mínima entre oscaracteres - a

(2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4

Distâncias mínimas entre aslinhas de base - b

(14/10)h 3,5 5 7 10 14 20 28

Distância mínima entre aspalavras - e

(6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12

Largura da linha - d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

Tabela 2.2 - Relações entre altura e demais dimensões

Abaixo segue um exemplo das relações apresentadas no quadro x.x

Figura 2.7 - Relações de dimensão na caligrafia técnica

Em todo caso, com o atual uso de computadores e softwares de desenho,a Caligrafia Técnica se tornou mais simplificada de tal forma que já se obtenhauma fonte padronizada para a realização da mesma. Porém, é de sensocomum que a fonte de letras utilizada deverá ser semelhante aos algarismosarábicos simples.

Eventualmente, nem todo texto do projeto estará presente apenas no corpo de legenda. Então, sempre que se fizer necessária a existência de algumainformação elucidativa acerca do projeto representado na prancha, este deveráocupar o espaço para texto conforme ilustra a figura 2.7 (Seção destinada à Legendas).

2.2.6 - LEGENDAS

As legendas são elementos de grande valor e importância na utilizaçãoem Desenho Técnico, pois nela está contido um corpo de informações que édado como um registro do que está representado na prancha de desenho. Arigor, é determinado que as legendas estejam sempre localizadas no cantoinferior direito da prancha, estando essa regra valendo para todos osformatos, sendo eles utilizados em posição de retrato ou paisagem.

Outro aspecto a respeito do corpo da legenda é de que este deve sempreestar visível após a dobragem da folha de desenho, e como tal, seucomprimento deve corresponder, junto da margem direita, à 185mm. Logo, ocorpo da legenda poderá variar de comprimento de acordo com o tamanho damargem direita. Relembrando as informações da Tabela 2.1, para os formatosA0 e A1 as margens possuem 10mm de comprimento, para os formatos A2, A3e A4 as margens apresentam apenas 7mm de comprimento, sendo assim, as

legendas terão de apresentar 175mm e 178mm de comprimento para oprimeiro grupo (A0 e A1) e para o segundo grupo (A2, A3 e A4) respectivamente.

Quanto à altura da legenda, não existe norma que regule estadimensão. Sua determinação depende das informações que nela deverãoconstar e da configuração adotada para o corpo da legenda. As informaçõesconvencionais apresentadas na legenda são: nome da instituição/empresa edepartamento responsável; título do desenho; data; escalas adotadas;unidades em que são expressas as grandezas; números e classificaçõesempregados no registro; data e assinatura do(s) responsável(is).

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF

Faculdade de Engenharia

Disciplina: Desenho Técnico Básico

Trabalho: Construções Geométricas Data: ../../....

Aluno: <nome completo> Turma: Escala

Figura 2.8 - Exemplo de corpo de legenda Trabalho, Turma

Ainda deverão constar outros tipos de texto que não são de ocorrentefrequência, porém, sempre que houver necessidade de uma complementaçãode informação é permitido a utilização de áreas da folha de desenho para taldescrição. Esta margem de complementação deve apresentar a mesmadimensão do corpo de legenda ou ter no mínimo 100mm de comprimento.Para melhor entendimento observe abaixo a Figura 2.9.

Figura 2.9 - Aproveitamento das pranchas de desenho

2.2.7 - DOBRAGEM DE FOLHAS

Ao final de todo projeto, todas pranchas de formato superior ao formatoA4, devem ser dobradas seguindo normas de dobragem já especificadas pelaABNT através de NBRs. Ao contrário do que se possa pensar e considerar mais"costumeiro", as pranchas de desenho não são enroladas e ficam armazenadasem forma de canudos. Muito pelo contrário, eles são armazenadas em pastas esão dobradas de modo a possuir, após o dobramento, dimensões semelhantesàs do formato A4. Vale ainda lembrar que a legenda deverá semprepermanecer na parte da frente do formato agora já dobrado.

As orientações para realizar a dobragem dos formatos A0, A1, A2 e A3,estão ilustrados a seguir nas figuras 2.10 a 2.13:

Figura 2.10 - Dobragem do formato A0

Figura 2.11 - Dobragem do formato A1

Figura 2.12 - Dobragem do formato A2

Figura 2.13 - Dobragem do formato A3

Note que em todas as dobragens, a legenda sempre fica visível naprimeira dobra. Isto para gerar maior facilidade de identificação do projetosem que haja necessidade de serem retirados e desdobrados.

As ilustrações acima mostram a ordem das dobragens horizontais (ouem "sanfona"). Porém, para os formatos A0, A1 e A2 ainda existe necessidadede dobragens verticais (para trás da folha). A dobra no canto superioresquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitandodesdobrar o desenho sem retirar do arquivo.

As figuras 2.14 a 2.16 procuram ilustrar melhor a maneira de realizar asdobragens verticais.

Figura 2.14 - Dobragem vertical para o formato A0

Figura 2.15 - Dobragem vertical para o formato A1

Figura 2.16 - Dobragem vertical para o formato A2

2.2.8 - TIPOS DE LINHAS

No Desenho Técnico até mesmo os traços empregados nas representações seguem normatizações bem específicas. Independentemente se a representação de um projeto é feito à mão ou com ferramentas digitais de desenho, as linhas destes se orientam conforme sua espessura.

São recomendados dois tipos de espessuras para as linhas, elas são: larga e estreita. A relação entre essas duas espessuras não deve ser inferior a 2 (dois). Nas representações feitas à mão são empregados grafites e lapiseiras dediferentes espessuras, a título de exemplo, pode-se usar grafites de espessuras 0.5mm, 0.7mm, 0.9mm e 1.6mm.

Além disso, existe também o uso de tipos diferentes tipos de linhas, destinados à representações específicas em Desenho Técnico. Todos esses tipos de linha obedecem à recomendações da normalização técnica.

Segue no Quadro abaixo os exemplos mais frequentes de tipos de linhas com seu respectivo uso.

LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL

A Contínua largaContornos e arestas

visíveis.

B Contínua Linhas de interseção

estreitaimaginária; cotas;

auxiliares, dechamadas; hachuras.

CContínua

estreita à mãolivre

Limites de vistas oucortes parciais.

DContínua

estreita em"zig-zag"

Linhas de rupturas

E Tracejada largaContornos e arestas

não visíveis

FTracejada

estreitaContornos e arestas

não visíveis

GTraço e ponto

estreita

Linhas de centro, desimetrias e de

trajetórias

H

Traço e pontoestreita, larga

nasextremidades enas mudanças

de direção

Descrição de planos decortes

JTraço e ponto

largo

Indicação das linhas ousuperfícies com

indicações especiais

KTraço e dois

pontos estreita

Contornos de peçasadjacentes; linhas decentro de gravidade;

cantos antes daformação.

Quadro 2.3 - Tipos de linhas e suas respectivas aplicações

2.3 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Desenho Técnico.Informações sobre a aquisição disponível em http://www.abnt.org.br.

SERRA, S.M.B.,PARSEKIAN, G.A.Representação e Expressão Gráfica Auxiliada por Computador. São Carlos: EaD UAB/UFSCar, 2009.


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