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FELIPE DE SOUZA MOTA
O Brasil vai à Guerra:
Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de
História da Universidade Estácio de Sá como
requisito parcial à aprovação na Disciplina
Metodologia da Pesquisa.
RIO DE JANEIRO
2016
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1) TÍTULO
O Brasil vai à Guerra: Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra
Mundial.
2) TEMA
Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
3) DELIMITAÇÃO DO TEMA
O tema apresentado discutirá a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial,
especificamente nos dois últimos anos de guerra: 1917 e 1918 e também no ano de 1919, pois
foi o primeiro ano após o conflito, e as consequências e resoluções do pós-guerra começaram
a se desenhar de uma forma mais clara a partir desse importante ano.
O evento intitulado na época de “Grande Guerra” ocorreu no recorte de tempo de 1914
a 1918, e justamente recebeu esse cognome em detrimento de sua abrangência e
consequências. Segundo Garambone, “A Grande Guerra foi o marco decisivo da guerra
moderna, a mãe de todas as batalhas que marcaram o século XX...”. (Garambone, 2003. p.13)
A Grande Guerra foi o primeiro conflito de amplitude mundial; ou seja, o primeiro
conflito envolvendo vários setores da sociedade, diversas nações e continentes diferentes. “A
Grande Guerra foi a mãe de todas as guerras do século XX e XXI ”. (Magnoli, 2006. p.320).
De acordo com Hobsbawm, a Primeira Guerra Mundial dá início a um período de
“guerra total”, o autor destaca que não há uma forma de contextualizar o século XX sem
compreender a Grande Guerra que foi um marco, pois através dela houve o colapso
civilizacional ocidental do século XIX, todo o otimismo e progresso se esfarelaram a partir do
conflito em 1914. (Hobsbawm, 1995. p.22-24).
O continente europeu no final do século XIX e início do XX estava tomado por um
sentimento de otimismo, acreditava-se que o mundo estava em progresso, e se tinha a
sensação que as condições de vida estavam a melhorar, muito por conta da influência
positivista. A Primeira Guerra Mundial rompeu com todos esses valores citados, a partir dela
foi possível classificar o mundo em antes e depois, e como o conflito se deflagrou na Europa
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o continente foi o que mais sofreu; a geografia do continente nunca mais foi a mesma, o
otimismo nunca mais foi o mesmo, a mentalidade do continente nunca mais foi a mesma:
“A Primeira Guerra Mundial pôs fim à belle époque, nome dado aos
primeiros anos do século XX, que teriam sido felizes e despreocupados.
Quando se fala em belle époque tem-se em vista os privilegiados da fortuna,
a gozar as custosas amenidades das grandes cidades, particularmente Paris. O
fato é que também o europeu comum já desfrutava de melhores condições de
vida e tinha esperanças de dias ainda melhores, trazidos pela Revolução
Industrial e pelas transformações sociais. ” (MAGNOLI, 2006: 320).
“Não era assim antes de 1914: a paz era o quadro normal e esperado das
vidas europeias. Desde 1815, não houvera nenhuma guerra envolvendo as
potências europeias. Desde 1871, nenhuma nação europeia ordenara a seus
homens em armas que atirassem nos de qualquer outra nação similar. ”
(HOBSBAWM, 2014: 460).
O conflito teve início no ano de 1914, e foi desencadeado após o assassinato do
arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do trono da Monarquia Austro-Húngara e de sua
esposa, pelas mãos de Gavrilo Princip um estudante nacionalista sérvio, após a visita do
arquiduque a cidade de Sarajevo capital da Bósnia-Herzegovina, no dia 28 de junho de 1914.
(Magnoli, 2006).
O atentado em Sarajevo foi apenas um pontapé inicial nas pretensões imperialistas de
vários países, principalmente os dois países que “iniciaram” a guerra, a Áustria-Hungria e a
Sérvia. Lembrando que em 1908 a Áustria-Hungria anexou protocolarmente a Bósnia
Herzegovina, que é uma região eslava, e a relação entre os dois países já era bastante delicada
antes desse incidente; assim a Áustria exigiu uma retratação do governo sérvio e também
investigações em detrimento do atentado em Sarajevo, a Sérvia atendeu a todas as
reinvindicações da Áustria menos a de liberar seu território para investigações, assim a
Áustria não concordou com o posicionamento sérvio e no dia 29 de julho declarou guerra à
Sérvia, bombardeando sua capital Belgrado, no dia seguinte a Rússia se posicionou em favor
da Sérvia e decretou mobilização geral assim como a Áustria. A Alemanha saiu em defesa da
Áustria e assim foi dada a largada para a Primeira Guerra Mundial. (Magnoli, 2006).
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que teve origem no continente europeu;
por divergências de países europeus, mas a magnitude do evento modificou a economia e a
política do mundo todo, o evento refletiu em todos os continentes do mundo:
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“Ela começou como uma guerra essencialmente europeia, entre a tríplice
aliança de França, Grã-Bretanha e Rússia, de um lado, e as chamadas
“Potências Centrais”, Alemanha e Áustria-Hungria, do outro, com a Sérvia e
a Bélgica sendo imediatamente arrastadas para um dos lados devido ao
ataque austríaco (que na verdade detonou a guerra) à primeira e o ataque
alemão à segunda (como parte da estratégia de guerra da Alemanha). A
Turquia e a Bulgária logo se juntaram às Potências Centrais, enquanto do
outro lado a Tríplice Aliança se avolumava numa coalizão bastante grande.
Subornada, a Itália também entrou; depois foi a vez da Grécia, da Romênia e
(muito mais nominalmente) Portugal também. Mais objetivo, o Japão entrou
quase de imediato, a fim de tomar posições alemãs no Oriente Médio e no
Pacífico ocidental, mas não se interessou por nada fora de sua região, e —
mais importante — os EUA entraram em 1917. Na verdade, sua intervenção
seria decisiva. ” (HOBSBAWM, 1995: 24).
Este trabalho não consiste em tratar o passo a passo do desencadear do conflito, mas
sim analisar a participação do Brasil no decorrer da guerra. Sabe-se que o início do conflito
foi no ano de 1914, e a posição do governo brasileiro era de neutralidade, esse período de
neutralidade durou até o ano de 1917 quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a
Alemanha e posteriormente declarou guerra aos germânicos, e nesse intervalo de tempo foi
marcante o debate interno acerca da posição do Brasil no conflito; existiam os
“Germanófilos” admiradores da máquina de guerra alemã e de seu governo, os “Aliadófilos”
que eram a favor dos aliados e contra o eixo e também os neutros que não se inclinavam para
nenhum dos lados, assim destaca Bueno (2015):
“Havia os germanófilos — como Monteiro Lobato e Lima Barreto -, pró-
aliados, estes em maioria - como Rui Barbosa e Olavo Bilac -, e aqueles que
não se inclinavam por nenhum dos lados. ” (CERVO, BUENO, 2015: 224).
A Primeira Guerra Mundial para o Brasil se iniciou no ano de 1917, pois no dia 31 de
janeiro a Alemanha notificou o governo brasileiro referente à um bloqueio naval,
curiosamente 3 dias depois os Estados Unidos rompem as relações diplomáticas com a
Alemanha, dessa forma o Brasil entra metaforicamente na guerra. Inicia- se uma pressão da
opinião pública e da imprensa brasileira para que governo brasileiro siga o exemplo dos
Estados Unidos e rompa as relações diplomáticas com o Estado alemão. (Garambone, 2003.
p.81-82.).
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No dia 4 de abril de 1917 o navio brasileiro “Paraná” foi torpedeado por um
submarino alemão, que se quer prestou socorro às vítimas, esse incidente foi a gota d’água
para o governo brasileiro que no dia 11 do mesmo mês rompeu as relações diplomáticas com
a Alemanha por intermédio de uma nota publicada pelo governo brasileiro e assinada pelo
ministro Lauro Müller, no dia 06 do mesmo mês os Estados Unidos declaram guerra contra o
estado alemão. No dia 1° de junho de 1917 o Brasil revoga a sua neutralidade em relação aos
Estados Unidos e também a mais outros seis países. A declaração do estado de guerra contra a
Alemanha ocorreu após o torpedeamento do vapor “Macau” e da prisão de seu comandante no
dia 18 outubro de 1917 chegando a totalidade de quatro navios afundados, o Presidente
Wenceslau Brás comunica ao Congresso Nacional no dia 25 do mesmo mês e no dia seguinte
é sancionada a resolução legislativa e reconhecendo e proclamando o estado de guerra.
(Cervo, Bueno, 2015. p.225).
É notável como o posicionamento do governo brasileiro converge com o
posicionamento de Washington, como se o Brasil estivesse seguindo um protocolo prescrito
pelos Estados Unidos, são muitas as “coincidências” presentes.
Como a proposta desse trabalho é analisar e discutir a atuação do Brasil na Primeira
Guerra Mundial, é importante delimitar o viés dessa participação. Quando se fala em Primeira
Guerra, certas palavras descrevem o evento; destruição, barbárie, poderio militar etc.
Nenhuma dessas palavras descreve a participação do Brasil, que no seu viés militar foi
significantemente singela:
“Militarmente falando, foi uma experiência bem diferente da que seria vivida
22 anos depois, quando o país se engajou de forma muito mais ativa e
participativa na Segunda Guerra Mundial, seja através do exército brasileiro
no front de batalha...” (GARAMBONE, 2003: 24).
Dessa forma em dezembro de 1917 o governo brasileiro comunicou à Grã-Bretanha se
prontificando a dar sua colaboração prática aos aliados, uma colaboração bem modesta:
“Uma vez aceita, o Brasil enviou 13 oficiais aviadores, que, depois de
treinados, fizeram parte do 16- Grupo da RAF; uma missão de 100 médicos-
cirurgiões à França; um corpo de estudantes e soldados do Exército para dar
guarda ao Hospital do Brasil, que continuou prestando assistência aos feridos
mesmo depois de encerrado o conflito. Isto contribuiu para o Brasil angariar
simpatias nas negociações de paz. A missão médica na França seria extinta
em fevereiro de 1919. A contribuição mais expressiva, porém, foi a formação
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da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), inicialmente composta
pelos cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul e pelos contratorpedeiros Piauí>
Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina. ” (CERVO, BUENO, 2015:
226).
O fato de o Brasil ter sido o único país sul-americano a entrar na guerra, deu a ele o
status de nação mais importante do continente elevando a importância internacional do país,
isso somado ao alinhamento com os Estados Unidos e ao lado aliado, resultando em
consequências positivas para o país em relação a sua política externa e também na economia,
assim o saldo da balança comercial brasileira foi positivo. (Cervo, Bueno, 2015)
Após o conflito no ano de 1919 o Brasil pode figurar entre as principais nações do
mundo, participando da Conferência de Paz de Paris, participando da elaboração do Tratado
de Versalhes e sendo um dos países fundadores da Liga das Nações conquistando o assento
temporário:
“Afora Cuba, então sob tutela norte-americana, o Brasil foi o único país da
América Latina que atuou no primeiro conflito mundial, conforme já
afirmado. A participação, embora já na fase final, assegurou assento na
Conferência de Paz. Participou, também, da organização da Liga ou
Sociedade das Nações (SDN), e prestou ativa colaboração no seu conselho
como membro eleito. ” (CERVO, BUENO, 2015: 239-240).
“A amizade norte-americana foi útil para Domício da Gama, então ministro
das Relações Exteriores, ver atendidas as pretensões brasileiras. Assim, o
Brasil participou da Conferência de Paz de Versalhes com três delegados,
graças ao prestígio que Domício desfrutava entre as autoridades norte-
americanas. Com efeito, devido ao esforço do presidente norte-americano
Woodrow Wilson junto aos aliados, o Brasil ficou com o mesmo número de
delegados reservado à Bélgica e à Sérvia. As grandes potências (Estados
Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) ficaram com cinco assentos e
as potências menores com dois ou um delegado.61 Pelo mesmo motivo deve-
se a participação do Brasil no Conselho da Liga das Nações como membro
temporário, para um mandato de três anos. O Conselho Executivo, o órgão
mais importante da Liga das Nações, era integrado por membros permanentes
e membros provisórios. Os assentos destes eram providos por eleição, salvo o
primeiro mandato que derivou de nomeação da Liga. O Brasil seria
sucessivamente reeleito para o referido Conselho. A atuação conjunta das
delegações brasileira e norte-americana nas negociações de paz e na
formação da SDN trouxe dividendos materiais ao país (como na questão dos
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navios alemães), mas houve, também, ganho em termos de prestígio. A
delegação brasileira, ao acompanhar, nas conferências, a delegação dos
Estados Unidos, deu continuidade à tradição de amizade com esse país.
Deve-se, todavia, registrar que a representação brasileira na Conferência de
Paz, já antes da chegada de Epitácio Pessoa (que seria o chefe da delegação),
isto é, pela voz de Pandiá Calógeras, trabalhou no sentido de ampliar a base
das decisões, que, no seu entender, não deveria ficar restrita às grandes
potências vencedoras. ” (CERVO, BUENO, 2015: 240).
Portanto a temática desde trabalho permeia entre a Primeira Guerra Mundial, a
participação brasileira e os desdobramentos dessa participação, de maneira que ao delimitar o
tema, o trabalho passa a ser muito mais tangível, facilitando assim o desenvolvimento do
projeto de pesquisa.
4) PROBLEMA
Qual a relevância da participação do Brasil na Grande Guerra e seus desdobramentos?
5) HIPÓTESE
O ingresso do Brasil na Primeira Guerra Mundial reverberou na projeção do país no
cenário político internacional, especialmente nos dois últimos anos do conflito e no primeiro
ano posterior à guerra. Como consequência da participação do Brasil na guerra, o governo
brasileiro e a imprensa nacional foram tomados por um sentimento de otimismo.
6) OBJETIVOS
6.1 GERAL
Analisar a significância da participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial e
seus efeitos no recorte temporal de 1917 a 1919.
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6.2 ESPECÍFICOS
Analisar a contribuição da participação do Brasil na Primeira Guerra para a história
diplomática do país.
Analisar a participação do Brasil na Conferência de Paz e na elaboração do Tratado
de Versalhes.
Analisar o alinhamento com os Estados Unidos.
Analisar o ingresso do Brasil na Liga das Nações.
7) JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa tem como proposta documentar o advento da participação brasileira na
Primeira Guerra Mundial e sua significância para a História do Brasil, mesmo sendo uma
participação militarmente falando modesta.
Já no âmbito das relações internacionais e da representatividade política do Brasil foi
um marco; pois a partir desse evento o Brasil foi inserido no cenário internacional, por
intermédio do diálogo com nações aliadas como Inglaterra, França e principalmente os
Estados Unidos. Assim o Brasil pôde alçar voos mais altos em relação a sua política externa
como: A participação na Conferência de Paz em Paris com o envio de três delegados, o Brasil
esteve presente também na Conferência de Versalhes onde através do chefe da delegação
brasileira Epitácio Pessoa teve participação significativa na elaboração da carta fundadora da
Liga das Nações e inclusive sendo o único país da América Latina a estar presente na
Conferência de Versalhes.
Entretanto, os interesses diplomáticos do Brasil estiveram sempre apoiados aos
interesses estadunidenses, ou seja, as resoluções e objetivos do governo brasileiro no cenário
político internacional estiveram quase sempre alinhados às determinações de Washington,
desde a declaração de guerra à Alemanha em 1917 até ao assento temporário no conselho da
Liga das Nações em 1919, sendo o Brasil um dos países fundadores da Liga.
Portanto dada a escassez de estudos na esfera acadêmica que aborde acerca da
relevância da presença brasileira no evento que na época foi titulado de “A Grande Guerra”
referente à sua abrangência global, faz- se a análise deste trabalho que não deve se estorvar de
qualquer debate ou estudo histórico acerca do recorte entre 1917-1919.
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8) REVISÃO DA LITERATURA
Para essa pesquisa é proposta uma revisão historiográfica acerca do tema “A
participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial”, alguns trabalhos foram feitos em
detrimento desse tema e alguns autores convergem e divergem em alguns conceitos e ideias,
Como referenciais teóricos para a análise desta revisão historiográfica será utilizada a
obra A primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira1 de Sidney Garambone na qual o
autor contextualiza a participação do Brasil no evento global chamado na época de Grande
Guerra através da imprensa brasileira. Nesta obra o autor aponta para diferentes
posicionamentos e interesses do governo brasileiro no decorrer do conflito, que vai da
neutralidade inicial até a declaração de guerra inerente à Alemanha.
Segundo o autor, “o Brasil era um país que não se autopatrulhava ideologicamente2”,
na sociedade existiam os apoiadores da causa aliada, os admiradores da Alemanha e os que
eram neutros. De certa forma isso explica o estado de neutralidade do Brasil em maior parte
do conflito e também pelo fato da influência da Doutrina Monroe e pelo pan-americanismo
adotado pelo governo Brasileiro3.
Dentro do debate acerca da posição inicial do Brasil em relação à guerra, destaca-se a
obra História da política exterior do Brasil4, escrita pelos autores Amado Cervo e Clodoaldo
Bueno. Na qual Bueno aponta para a coexistência de “Aliadófilos, Germanófilos e neutros5”.
Ainda sobre o posicionamento do Brasil em relação à guerra destaca-se a obra Entre a
América e a Europa: A política externa brasileira na década de 19206, de Eugênio Vargas
Garcia onde o autor delimita a existência de apreciadores da política alemã, os de posições
neutra em relação à guerra, e os simpatizantes pela causa aliada; esses o autor deu uma
significância maior, pois segundo ele era maioria7.
1 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:
Mauad,2003. 2 Idem, op. cit., P 25 3 Idem, Pg 44 4 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2015 5 Idem, op. cit., P 225 6 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora
da UnB, 2006. 7 Idem, Pg 21
10
Em relação ao fortalecimento do pensamento diplomático brasileiro, é buscada origens
no início da República e destaca-se a já mencionada obra História da política exterior do
Brasil8, na qual Bueno aborda a importância da figura do Barão do Rio Branco na política
externa brasileira, respaldado pela doutrina Monroe. Segundo o autor, o Barão entendia o
Monroísmo expressado pelo pan-americanismo como uma forma de defesa do continente
americano a prováveis intervenções europeias. Ainda sobre essa origem da ascensão da
política externa do Brasil na figura do Barão do Rio Branco, recorre-se a obra já abordada
Entre a América e a Europa: A política externa brasileira na década de 19209, na qual o
autor trabalha a influência da política pan-americanista nas resoluções de Rio Branco e
também a partir de Joaquim Nabuco, mas também relativiza essa influência estadunidense
defendendo que ela coexistia com uma ideia voltada pra Europa, ou seja, era presente a
dicotomia América- Europa na política externa brasileira desde os primórdios da república.
Ainda acerca desse debate é utilizada a obra anteriormente trabalhada cujo titulo é A
primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira10, na qual o autor analisa a projeção
política do Brasil no cenário internacional buscando a origem em figuras como Barão do Rio
Branco e Joaquim Nabuco, isso uma década antes do ingresso brasileiro na Grande Guerra em
1917, e como eles já objetivavam uma aproximação com os Estados Unidos visando à
inserção do Brasil no cenário mundial. Adentro dessa questão será utilizada a obra Política
externa brasileira11, de Henrique Altemani onde o autor trabalha com a ideia de
“Americanização da política externa12” e declara que a política externa brasileira até 1930 era
herança e legado do Barão do Rio Branco13.
Refletindo sobre a importância da entrada do Brasil na Grande Guerra destaca-se o
decisivo ano de 1917, pois no decorrer desse ano o Brasil rompeu as relações diplomáticas
com a Alemanha no dia 13 de abril, no dia 28 de Julho revogou a neutralidade perante os
Estados Unidos e no mês de Outubro do mesmo ano, especificamente no dia 26 declara guerra
contra a Alemanha, contra as potências do eixo14. Entretanto na obra já mencionada Entre a
8 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2015. Pg.191-192 9 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora
da UnB, 2006. Pg.19-20 10 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:
Mauad,2003. Pg. 84 11 OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Política externa brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. Pg32-34
12 Idem, op.cit., P 32 13 Idem, Pg.42 14 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:
Mauad,2003. Pg. 29
11
América e a Europa: A política externa brasileira na década de 192015 o autor também
aponta para o fato de que o ano de 1917 foi o ano que o Brasil deu inicio ao estágio de
mundialização das suas relações exteriores, sofrendo influências tanto da europeização como
do pan-americanismo. Já na obra O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia
brasileira e as grandes potências16 Francisco Vinhosa declara que o ano de 1917 foi
importante para o Brasil, mas também foi importante para os demais países, pois os mesmos
já estavam se mobilizando para uma provável divisão dos espólios de guerra, o próprio
ingresso do Brasil na guerra tinham interesses direcionados: cujo interesse principal era
participar da conferência de paz, mas também objetivava defender seus interesses materiais e
pensava em conseguir um lugar ao lado das grandes nações na Liga das Nações. Dessa forma
há um consenso entre os autores presente nesse debate historiográfico acerca da relevância do
ano de 1917 perante a participação do Brasil na guerra.
Analisando as perspectivas do alinhamento do Brasil com os Estados Unidos presente
no marcante ano de 1917, encontram-se convergências e divergências. Portanto há de
mencionar a obra A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira17onde Garambone
defende acerca do alinhamento entre Brasil e Estados Unidos, apresentando que esse
alinhamento não foi automático, ou seja, o autor mostra com clareza a diferença significativa
de tempo de seis meses entre o ingresso estadunidense na guerra e o ingresso brasileiro;
derrubando assim a teoria do alinhamento automático. Ainda acerca desse debate a obra
História da política exterior do Brasil18 no capítulo: “A participação brasileira” Bueno analisa
a entrada do Brasil na guerra pouco tempo depois da entrada dos Estados Unidos, embasado
pela “solidariedade hemisférica19” invocada pelo Brasil. Bueno ainda trata o fato de ser
benéfica a entrada do Brasil na guerra para os Estados Unidos, pois a posição do Brasil
refletiria nos demais países latino-americanos e também da existência de uma teoria que o
Brasil obedecera cegamente às pressões do governo estadunidense. Henrique Altemani20
também defende a teoria do alinhamento automático, segundo ele devido à forte influência da
Doutrina Monroe e do pan-americanismo presente no governo brasileiro. Já Francisco
15 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora
da UnB, 2006. Pg.21-22 16 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes
potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990.
17 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:
Mauad,2003. Pg.30 18 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2015. 19 Idem, op.cit., P 227 20 OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Política externa brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
12
Vinhosa21 relativiza o alinhamento do Brasil com os Estados Unidos e suas benesses também,
para ele o alinhamento com a Alemanha traria mais benefícios econômicos e ajudaria o Brasil
a fugir do imperialismo britânico. Segundo Vargas Garcia não existiu o alinhamento
automático do Brasil aos Estados Unidos, mas segundo ele houve apoio do Brasil em prol de
uma solidariedade continental22.
Como este trabalho também propõe em falar sobre a participação do Brasil nas
conferências de paz, faz-se necessário o uso da obra já mencionada anteriormente Entre a
América e a Europa: A política externa brasileira na década de 192023 na qual o autor relata
a representatividade do Brasil e sua postura ao participar das conferências de paz objetivando
o assento no conselho da Liga das Nações. É dada também importância ao fato do Brasil
caminhar lado a lado com os Estados Unidos nessas resoluções, e como o governo
estadunidense representado na figura de seu presidente Woodrow Wilson; um exemplo disso
segundo o autor foi à posição do presidente dos Estados Unidos que queria elevar a
participação do Brasil na Conferência de paz, pois anteriormente teria sido determinado que o
Brasil levasse somente dois delegados, Wilson argumentava que o Brasil deveria ter três
delegados; pois segundo ele foi o único país latino-americano, e um dos poucos países com
uma considerável densidade demográfica a entrar na guerra , e também utilizou da
justificativa do risco que era o Brasil em ter uma considerável colônia alemã, Wilson chegou
a bater de frente com potências europeias, como Inglaterra e França. Com os questionamentos
de Wilson, ficou definido que o Brasil enviaria três delegados para a conferência de paz de
Paris: Pandiá Calogeras, Olinto de Magalhães e chefiada por Epitácio Pessoa. O Brasil ainda
tinha um delegado “curinga” que era Domício da Gama, pois era Ministro das relações
exteriores e enquanto a conferência estivesse sendo sediada em Paris ele participaria como
delegado. O presidente estadunidense foi uma espécie de porta voz do Brasil nas resoluções
secundárias na Conferência de Paz, e também reivindicava a devolução dos 30 navios alemães
confiscados pelo Brasil em abril de 1917. Referente à magnitude e choque cultural inerente à
Grande Guerra se via a necessidade de um órgão regulador da paz no mundo, e Wilson já
objetivava isso antes da guerra acabar, ao término da mesma, esse idealismo saiu do papel e
foi fundada a Liga das Nações que seria responsável pela ordem mundial acerca das
negociações de paz. Segundo o autor a Liga foi nascida dos escombros da Primeira Guerra
21 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes
potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990 22 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora
da UnB, 2006. Pg.21-32 23 Idem.
13
Mundial, e o Brasil foi uma das nações fundadoras da SDN, mesmo tendo assento temporário
na Liga, mas figurou com as principais potências do mundo24.
Analisando o legado da participação do Brasil na Grande Guerra o autor Francisco
Vinhosa25 defende que o principal legado da guerra para o país foi revelar o atraso político e
econômico. Já Bueno26 relativiza as benesses da participação do Brasil na guerra, pois
segundo ele o Brasil se iludiu em achar que estava participando das decisões internacionais,
sob uma sensação de autoconfiança e superestimação do seu valor internacional. Segundo o
autor o conflito foi importante, pois foi determinante para transferir a influência britânica no
Brasil para a influência estadunidense.
Portanto o debate historiográfico que compõe este trabalho dialoga constantemente
com o tema proposto, trazendo assim um maior entendimento acerca do tema e agregando
valores importantes. Ainda assim, após analisar todos os autores mencionados nessa revisão,
de acordo com a proposta desse trabalho, nota-se a ausência, na verdade de uma lacuna que
certamente esse projeto pretende preencher. Todos os autores mencionados nessa revisão
tratam a questão do alinhamento do Brasil com os Estados Unidos na Primeira Guerra
Mundial, uns tratam sobre um alinhamento constante, outros refutam a ideia do alinhamento;
mas esse trabalho perpassa sobre um projeto que teve origem no início da nossa república,
mais especificamente no final do século XIX.
A proposta desse trabalho é contextualizar a ideia de que a ascensão da política
externa do Brasil em 1917 e seu ápice em 1919 não foram obras do acaso, e sim um projeto
iniciado com o Barão do Rio Branco e outras figuras, e que para isso seria necessária à
aproximação com Washington e, portanto, de forma bem visível um projeto bem delineado.
24 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora
da UnB, 2006. Pg.25-32 25 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes
potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990 26 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2015. Pg.216-218
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9) METODOLOGIA
Como este trabalho é realizado aos moldes de um debate historiográfico, visando
legitimar e questionar a participação do Brasil na Grande Guerra e suas resoluções entre 1917
a 1919 tem-se o uso da história política, baseado nas propostas da obra Novos Domínios da
História de Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas, a coleta de fontes escritas e
iconográficas foi feita através de acesso a jornais, revistas e sites. Onde as fontes dão voz ao
tema discutido.
O projeto de pesquisa trabalhado segue uma ordem cronológica de pesquisa, na qual
sem o uso da metodologia será impossível desenvolvê-lo acerca do tema. Essa ordem
cronológica se evidencia através de etapas e segue uma ordem lógica, primeiramente é levado
em consideração o recorte temporal acerca do tema a trabalhar e assim inicia-se o processo de
procura e coleta de fontes, a priori pesquisado em jornais e periódicos utilizando a hemeroteca
digital brasileira, que é um portal de periódicos nacionais que possibilita a pesquisa pela
internet de seu acervo. Assim obtendo o êxito ao encontrar as primeiras fontes que darão voz
ao tema. São utilizados três jornais distintos, no total de seis reportagens: Quatro reportagens
do Jornal "O Paiz", uma reportagem do Jornal "O Imparcial" e uma reportagem do Jornal "O
Correio da Manhã".
Mas seguindo uma ordem lógica e uma pesquisa minuciosa, tais fontes não são o
suficiente para o desenvolvimento do trabalho, então o próximo passo foi à procura e
obtenção por charges que retratem o tema proposto, e ao pesquisar o acervo digital da extinta
Revista "Careta" são encontradas charges que dialogam com o tema, não somente charges,
mas também reportagens que trabalham o recorte temporal.
Então são utilizadas quatorze edições da Revista "Careta", onde se encontram sete
charges e oito reportagens acerca do tema e seus desdobramentos. Com bastante parcimônia e
organização o trabalho metodológico foi sendo desenvolvido, e o próximo passo
desempenhado foi à procura por cartazes que fizessem alusão à participação do Brasil na
Primeira Guerra Mundial, essa pesquisa foi realizada em sites na internet e foi encontrado
somente um cartaz que relata a missão médica brasileira e estadunidense em 1918, lançado
pela Cruz Vermelha Americana contendo a bandeira dos Estados Unidos e do Brasil, esse
cartaz foi encontrado no portal digital da BDM- Biblioteca Digital Mundial.
Por último e não menos importante, o recurso metodológico de pesquisa trabalhado foi
o das fotografias, uma pesquisa árdua, pois se tratando de um tema que tem como recorte
15
temporal as primeiras décadas do século XX subentende-se de uma dificuldade ao encontrar
fotografias da época. Ainda mais fotografias que de certa forma coloquem o Brasil no
contexto da Primeira Guerra Mundial. Mas em meio a toda dificuldade foram encontradas
duas fotografias no site da Revista Brasil-Europa. Uma fotografia mostrando a sessão plenária
no Salon de l'Horloge, Ministère des Affaires Étrangères, em Paris com os delegados do
Brasil O.de Magalhães e E.Pessoa no dia 10/05/1919 e outra fotografia com a assinatura dos
delegados brasileiros no Tratado de Versalhes.
10) CRONOGRAMA
Atividades Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Levantamento Bibliográfico X X X
Fichamentos dos textos selecionados X X
Redação do relatório X X
Apresentação e discussão dos dados X X X
Entrega do TCC X X
11) REFERÊNCIAS
11.1 FONTES PRIMÁRIAS
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.452, fev.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.467, jun.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.468, jun.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.472, jul.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.473, jul.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.487, out.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.488, out.1917.
16
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.489, nov.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.490, nov.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.494, dez.1917.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.551, jan.1919.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.559, mar. 1919.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.563, abr.1919.
REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.574, jun.1919.
JORNAL CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro: Edmundo Bittencourt, a.17,
n.6819, out.1917.
JORNAL O IMPARCIAL. Rio de Janeiro, a.9, n.1192, jan.1919.
JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11913, mai.1917.
JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11916, mai.1917.
JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11953, jun.1917.
JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.35, n.12517, jan.1919.
BISPO, Antônio Alexandre. Conferência de Paz de Versalhes. Alsácia, relações franco-
alemães e o papel do Brasil: Epitácio Pessoa, Colônia, n.2467, ago.2009.
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11.2 REFERÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS.
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FUNAG, 1995.
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17
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https://www.academia.edu/7983771/A_candidatura_do_Brasil_a_um_assento_permane
nte_no_Conselho_da_Liga_das_Na%C3%A7%C3%B5es.pdf. Acesso: 30 mar. 2016.
GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de
1920. Brasília: Editora da UnB, 2006.
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2014.
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Companhia das Letras, 1995.
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Formuladores e Agentes da Política Externa (1750-1964). Brasília: Ed. FUNAG, 2013.
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Internacionais. São Paulo: Multimídia, 2003.