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O Brasil vai à Guerra: Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.

Date post: 03-Dec-2023
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1 FELIPE DE SOUZA MOTA O Brasil vai à Guerra: Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de História da Universidade Estácio de Sá como requisito parcial à aprovação na Disciplina Metodologia da Pesquisa. RIO DE JANEIRO 2016
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FELIPE DE SOUZA MOTA

O Brasil vai à Guerra:

Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de

História da Universidade Estácio de Sá como

requisito parcial à aprovação na Disciplina

Metodologia da Pesquisa.

RIO DE JANEIRO

2016

2

1) TÍTULO

O Brasil vai à Guerra: Uma análise sobre a atuação do Brasil na Primeira Guerra

Mundial.

2) TEMA

Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial.

3) DELIMITAÇÃO DO TEMA

O tema apresentado discutirá a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial,

especificamente nos dois últimos anos de guerra: 1917 e 1918 e também no ano de 1919, pois

foi o primeiro ano após o conflito, e as consequências e resoluções do pós-guerra começaram

a se desenhar de uma forma mais clara a partir desse importante ano.

O evento intitulado na época de “Grande Guerra” ocorreu no recorte de tempo de 1914

a 1918, e justamente recebeu esse cognome em detrimento de sua abrangência e

consequências. Segundo Garambone, “A Grande Guerra foi o marco decisivo da guerra

moderna, a mãe de todas as batalhas que marcaram o século XX...”. (Garambone, 2003. p.13)

A Grande Guerra foi o primeiro conflito de amplitude mundial; ou seja, o primeiro

conflito envolvendo vários setores da sociedade, diversas nações e continentes diferentes. “A

Grande Guerra foi a mãe de todas as guerras do século XX e XXI ”. (Magnoli, 2006. p.320).

De acordo com Hobsbawm, a Primeira Guerra Mundial dá início a um período de

“guerra total”, o autor destaca que não há uma forma de contextualizar o século XX sem

compreender a Grande Guerra que foi um marco, pois através dela houve o colapso

civilizacional ocidental do século XIX, todo o otimismo e progresso se esfarelaram a partir do

conflito em 1914. (Hobsbawm, 1995. p.22-24).

O continente europeu no final do século XIX e início do XX estava tomado por um

sentimento de otimismo, acreditava-se que o mundo estava em progresso, e se tinha a

sensação que as condições de vida estavam a melhorar, muito por conta da influência

positivista. A Primeira Guerra Mundial rompeu com todos esses valores citados, a partir dela

foi possível classificar o mundo em antes e depois, e como o conflito se deflagrou na Europa

3

o continente foi o que mais sofreu; a geografia do continente nunca mais foi a mesma, o

otimismo nunca mais foi o mesmo, a mentalidade do continente nunca mais foi a mesma:

“A Primeira Guerra Mundial pôs fim à belle époque, nome dado aos

primeiros anos do século XX, que teriam sido felizes e despreocupados.

Quando se fala em belle époque tem-se em vista os privilegiados da fortuna,

a gozar as custosas amenidades das grandes cidades, particularmente Paris. O

fato é que também o europeu comum já desfrutava de melhores condições de

vida e tinha esperanças de dias ainda melhores, trazidos pela Revolução

Industrial e pelas transformações sociais. ” (MAGNOLI, 2006: 320).

“Não era assim antes de 1914: a paz era o quadro normal e esperado das

vidas europeias. Desde 1815, não houvera nenhuma guerra envolvendo as

potências europeias. Desde 1871, nenhuma nação europeia ordenara a seus

homens em armas que atirassem nos de qualquer outra nação similar. ”

(HOBSBAWM, 2014: 460).

O conflito teve início no ano de 1914, e foi desencadeado após o assassinato do

arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do trono da Monarquia Austro-Húngara e de sua

esposa, pelas mãos de Gavrilo Princip um estudante nacionalista sérvio, após a visita do

arquiduque a cidade de Sarajevo capital da Bósnia-Herzegovina, no dia 28 de junho de 1914.

(Magnoli, 2006).

O atentado em Sarajevo foi apenas um pontapé inicial nas pretensões imperialistas de

vários países, principalmente os dois países que “iniciaram” a guerra, a Áustria-Hungria e a

Sérvia. Lembrando que em 1908 a Áustria-Hungria anexou protocolarmente a Bósnia

Herzegovina, que é uma região eslava, e a relação entre os dois países já era bastante delicada

antes desse incidente; assim a Áustria exigiu uma retratação do governo sérvio e também

investigações em detrimento do atentado em Sarajevo, a Sérvia atendeu a todas as

reinvindicações da Áustria menos a de liberar seu território para investigações, assim a

Áustria não concordou com o posicionamento sérvio e no dia 29 de julho declarou guerra à

Sérvia, bombardeando sua capital Belgrado, no dia seguinte a Rússia se posicionou em favor

da Sérvia e decretou mobilização geral assim como a Áustria. A Alemanha saiu em defesa da

Áustria e assim foi dada a largada para a Primeira Guerra Mundial. (Magnoli, 2006).

A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que teve origem no continente europeu;

por divergências de países europeus, mas a magnitude do evento modificou a economia e a

política do mundo todo, o evento refletiu em todos os continentes do mundo:

4

“Ela começou como uma guerra essencialmente europeia, entre a tríplice

aliança de França, Grã-Bretanha e Rússia, de um lado, e as chamadas

“Potências Centrais”, Alemanha e Áustria-Hungria, do outro, com a Sérvia e

a Bélgica sendo imediatamente arrastadas para um dos lados devido ao

ataque austríaco (que na verdade detonou a guerra) à primeira e o ataque

alemão à segunda (como parte da estratégia de guerra da Alemanha). A

Turquia e a Bulgária logo se juntaram às Potências Centrais, enquanto do

outro lado a Tríplice Aliança se avolumava numa coalizão bastante grande.

Subornada, a Itália também entrou; depois foi a vez da Grécia, da Romênia e

(muito mais nominalmente) Portugal também. Mais objetivo, o Japão entrou

quase de imediato, a fim de tomar posições alemãs no Oriente Médio e no

Pacífico ocidental, mas não se interessou por nada fora de sua região, e —

mais importante — os EUA entraram em 1917. Na verdade, sua intervenção

seria decisiva. ” (HOBSBAWM, 1995: 24).

Este trabalho não consiste em tratar o passo a passo do desencadear do conflito, mas

sim analisar a participação do Brasil no decorrer da guerra. Sabe-se que o início do conflito

foi no ano de 1914, e a posição do governo brasileiro era de neutralidade, esse período de

neutralidade durou até o ano de 1917 quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a

Alemanha e posteriormente declarou guerra aos germânicos, e nesse intervalo de tempo foi

marcante o debate interno acerca da posição do Brasil no conflito; existiam os

“Germanófilos” admiradores da máquina de guerra alemã e de seu governo, os “Aliadófilos”

que eram a favor dos aliados e contra o eixo e também os neutros que não se inclinavam para

nenhum dos lados, assim destaca Bueno (2015):

“Havia os germanófilos — como Monteiro Lobato e Lima Barreto -, pró-

aliados, estes em maioria - como Rui Barbosa e Olavo Bilac -, e aqueles que

não se inclinavam por nenhum dos lados. ” (CERVO, BUENO, 2015: 224).

A Primeira Guerra Mundial para o Brasil se iniciou no ano de 1917, pois no dia 31 de

janeiro a Alemanha notificou o governo brasileiro referente à um bloqueio naval,

curiosamente 3 dias depois os Estados Unidos rompem as relações diplomáticas com a

Alemanha, dessa forma o Brasil entra metaforicamente na guerra. Inicia- se uma pressão da

opinião pública e da imprensa brasileira para que governo brasileiro siga o exemplo dos

Estados Unidos e rompa as relações diplomáticas com o Estado alemão. (Garambone, 2003.

p.81-82.).

5

No dia 4 de abril de 1917 o navio brasileiro “Paraná” foi torpedeado por um

submarino alemão, que se quer prestou socorro às vítimas, esse incidente foi a gota d’água

para o governo brasileiro que no dia 11 do mesmo mês rompeu as relações diplomáticas com

a Alemanha por intermédio de uma nota publicada pelo governo brasileiro e assinada pelo

ministro Lauro Müller, no dia 06 do mesmo mês os Estados Unidos declaram guerra contra o

estado alemão. No dia 1° de junho de 1917 o Brasil revoga a sua neutralidade em relação aos

Estados Unidos e também a mais outros seis países. A declaração do estado de guerra contra a

Alemanha ocorreu após o torpedeamento do vapor “Macau” e da prisão de seu comandante no

dia 18 outubro de 1917 chegando a totalidade de quatro navios afundados, o Presidente

Wenceslau Brás comunica ao Congresso Nacional no dia 25 do mesmo mês e no dia seguinte

é sancionada a resolução legislativa e reconhecendo e proclamando o estado de guerra.

(Cervo, Bueno, 2015. p.225).

É notável como o posicionamento do governo brasileiro converge com o

posicionamento de Washington, como se o Brasil estivesse seguindo um protocolo prescrito

pelos Estados Unidos, são muitas as “coincidências” presentes.

Como a proposta desse trabalho é analisar e discutir a atuação do Brasil na Primeira

Guerra Mundial, é importante delimitar o viés dessa participação. Quando se fala em Primeira

Guerra, certas palavras descrevem o evento; destruição, barbárie, poderio militar etc.

Nenhuma dessas palavras descreve a participação do Brasil, que no seu viés militar foi

significantemente singela:

“Militarmente falando, foi uma experiência bem diferente da que seria vivida

22 anos depois, quando o país se engajou de forma muito mais ativa e

participativa na Segunda Guerra Mundial, seja através do exército brasileiro

no front de batalha...” (GARAMBONE, 2003: 24).

Dessa forma em dezembro de 1917 o governo brasileiro comunicou à Grã-Bretanha se

prontificando a dar sua colaboração prática aos aliados, uma colaboração bem modesta:

“Uma vez aceita, o Brasil enviou 13 oficiais aviadores, que, depois de

treinados, fizeram parte do 16- Grupo da RAF; uma missão de 100 médicos-

cirurgiões à França; um corpo de estudantes e soldados do Exército para dar

guarda ao Hospital do Brasil, que continuou prestando assistência aos feridos

mesmo depois de encerrado o conflito. Isto contribuiu para o Brasil angariar

simpatias nas negociações de paz. A missão médica na França seria extinta

em fevereiro de 1919. A contribuição mais expressiva, porém, foi a formação

6

da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), inicialmente composta

pelos cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul e pelos contratorpedeiros Piauí>

Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina. ” (CERVO, BUENO, 2015:

226).

O fato de o Brasil ter sido o único país sul-americano a entrar na guerra, deu a ele o

status de nação mais importante do continente elevando a importância internacional do país,

isso somado ao alinhamento com os Estados Unidos e ao lado aliado, resultando em

consequências positivas para o país em relação a sua política externa e também na economia,

assim o saldo da balança comercial brasileira foi positivo. (Cervo, Bueno, 2015)

Após o conflito no ano de 1919 o Brasil pode figurar entre as principais nações do

mundo, participando da Conferência de Paz de Paris, participando da elaboração do Tratado

de Versalhes e sendo um dos países fundadores da Liga das Nações conquistando o assento

temporário:

“Afora Cuba, então sob tutela norte-americana, o Brasil foi o único país da

América Latina que atuou no primeiro conflito mundial, conforme já

afirmado. A participação, embora já na fase final, assegurou assento na

Conferência de Paz. Participou, também, da organização da Liga ou

Sociedade das Nações (SDN), e prestou ativa colaboração no seu conselho

como membro eleito. ” (CERVO, BUENO, 2015: 239-240).

“A amizade norte-americana foi útil para Domício da Gama, então ministro

das Relações Exteriores, ver atendidas as pretensões brasileiras. Assim, o

Brasil participou da Conferência de Paz de Versalhes com três delegados,

graças ao prestígio que Domício desfrutava entre as autoridades norte-

americanas. Com efeito, devido ao esforço do presidente norte-americano

Woodrow Wilson junto aos aliados, o Brasil ficou com o mesmo número de

delegados reservado à Bélgica e à Sérvia. As grandes potências (Estados

Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) ficaram com cinco assentos e

as potências menores com dois ou um delegado.61 Pelo mesmo motivo deve-

se a participação do Brasil no Conselho da Liga das Nações como membro

temporário, para um mandato de três anos. O Conselho Executivo, o órgão

mais importante da Liga das Nações, era integrado por membros permanentes

e membros provisórios. Os assentos destes eram providos por eleição, salvo o

primeiro mandato que derivou de nomeação da Liga. O Brasil seria

sucessivamente reeleito para o referido Conselho. A atuação conjunta das

delegações brasileira e norte-americana nas negociações de paz e na

formação da SDN trouxe dividendos materiais ao país (como na questão dos

7

navios alemães), mas houve, também, ganho em termos de prestígio. A

delegação brasileira, ao acompanhar, nas conferências, a delegação dos

Estados Unidos, deu continuidade à tradição de amizade com esse país.

Deve-se, todavia, registrar que a representação brasileira na Conferência de

Paz, já antes da chegada de Epitácio Pessoa (que seria o chefe da delegação),

isto é, pela voz de Pandiá Calógeras, trabalhou no sentido de ampliar a base

das decisões, que, no seu entender, não deveria ficar restrita às grandes

potências vencedoras. ” (CERVO, BUENO, 2015: 240).

Portanto a temática desde trabalho permeia entre a Primeira Guerra Mundial, a

participação brasileira e os desdobramentos dessa participação, de maneira que ao delimitar o

tema, o trabalho passa a ser muito mais tangível, facilitando assim o desenvolvimento do

projeto de pesquisa.

4) PROBLEMA

Qual a relevância da participação do Brasil na Grande Guerra e seus desdobramentos?

5) HIPÓTESE

O ingresso do Brasil na Primeira Guerra Mundial reverberou na projeção do país no

cenário político internacional, especialmente nos dois últimos anos do conflito e no primeiro

ano posterior à guerra. Como consequência da participação do Brasil na guerra, o governo

brasileiro e a imprensa nacional foram tomados por um sentimento de otimismo.

6) OBJETIVOS

6.1 GERAL

Analisar a significância da participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial e

seus efeitos no recorte temporal de 1917 a 1919.

8

6.2 ESPECÍFICOS

Analisar a contribuição da participação do Brasil na Primeira Guerra para a história

diplomática do país.

Analisar a participação do Brasil na Conferência de Paz e na elaboração do Tratado

de Versalhes.

Analisar o alinhamento com os Estados Unidos.

Analisar o ingresso do Brasil na Liga das Nações.

7) JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa tem como proposta documentar o advento da participação brasileira na

Primeira Guerra Mundial e sua significância para a História do Brasil, mesmo sendo uma

participação militarmente falando modesta.

Já no âmbito das relações internacionais e da representatividade política do Brasil foi

um marco; pois a partir desse evento o Brasil foi inserido no cenário internacional, por

intermédio do diálogo com nações aliadas como Inglaterra, França e principalmente os

Estados Unidos. Assim o Brasil pôde alçar voos mais altos em relação a sua política externa

como: A participação na Conferência de Paz em Paris com o envio de três delegados, o Brasil

esteve presente também na Conferência de Versalhes onde através do chefe da delegação

brasileira Epitácio Pessoa teve participação significativa na elaboração da carta fundadora da

Liga das Nações e inclusive sendo o único país da América Latina a estar presente na

Conferência de Versalhes.

Entretanto, os interesses diplomáticos do Brasil estiveram sempre apoiados aos

interesses estadunidenses, ou seja, as resoluções e objetivos do governo brasileiro no cenário

político internacional estiveram quase sempre alinhados às determinações de Washington,

desde a declaração de guerra à Alemanha em 1917 até ao assento temporário no conselho da

Liga das Nações em 1919, sendo o Brasil um dos países fundadores da Liga.

Portanto dada a escassez de estudos na esfera acadêmica que aborde acerca da

relevância da presença brasileira no evento que na época foi titulado de “A Grande Guerra”

referente à sua abrangência global, faz- se a análise deste trabalho que não deve se estorvar de

qualquer debate ou estudo histórico acerca do recorte entre 1917-1919.

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8) REVISÃO DA LITERATURA

Para essa pesquisa é proposta uma revisão historiográfica acerca do tema “A

participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial”, alguns trabalhos foram feitos em

detrimento desse tema e alguns autores convergem e divergem em alguns conceitos e ideias,

Como referenciais teóricos para a análise desta revisão historiográfica será utilizada a

obra A primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira1 de Sidney Garambone na qual o

autor contextualiza a participação do Brasil no evento global chamado na época de Grande

Guerra através da imprensa brasileira. Nesta obra o autor aponta para diferentes

posicionamentos e interesses do governo brasileiro no decorrer do conflito, que vai da

neutralidade inicial até a declaração de guerra inerente à Alemanha.

Segundo o autor, “o Brasil era um país que não se autopatrulhava ideologicamente2”,

na sociedade existiam os apoiadores da causa aliada, os admiradores da Alemanha e os que

eram neutros. De certa forma isso explica o estado de neutralidade do Brasil em maior parte

do conflito e também pelo fato da influência da Doutrina Monroe e pelo pan-americanismo

adotado pelo governo Brasileiro3.

Dentro do debate acerca da posição inicial do Brasil em relação à guerra, destaca-se a

obra História da política exterior do Brasil4, escrita pelos autores Amado Cervo e Clodoaldo

Bueno. Na qual Bueno aponta para a coexistência de “Aliadófilos, Germanófilos e neutros5”.

Ainda sobre o posicionamento do Brasil em relação à guerra destaca-se a obra Entre a

América e a Europa: A política externa brasileira na década de 19206, de Eugênio Vargas

Garcia onde o autor delimita a existência de apreciadores da política alemã, os de posições

neutra em relação à guerra, e os simpatizantes pela causa aliada; esses o autor deu uma

significância maior, pois segundo ele era maioria7.

1 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:

Mauad,2003. 2 Idem, op. cit., P 25 3 Idem, Pg 44 4 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 2015 5 Idem, op. cit., P 225 6 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora

da UnB, 2006. 7 Idem, Pg 21

10

Em relação ao fortalecimento do pensamento diplomático brasileiro, é buscada origens

no início da República e destaca-se a já mencionada obra História da política exterior do

Brasil8, na qual Bueno aborda a importância da figura do Barão do Rio Branco na política

externa brasileira, respaldado pela doutrina Monroe. Segundo o autor, o Barão entendia o

Monroísmo expressado pelo pan-americanismo como uma forma de defesa do continente

americano a prováveis intervenções europeias. Ainda sobre essa origem da ascensão da

política externa do Brasil na figura do Barão do Rio Branco, recorre-se a obra já abordada

Entre a América e a Europa: A política externa brasileira na década de 19209, na qual o

autor trabalha a influência da política pan-americanista nas resoluções de Rio Branco e

também a partir de Joaquim Nabuco, mas também relativiza essa influência estadunidense

defendendo que ela coexistia com uma ideia voltada pra Europa, ou seja, era presente a

dicotomia América- Europa na política externa brasileira desde os primórdios da república.

Ainda acerca desse debate é utilizada a obra anteriormente trabalhada cujo titulo é A

primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira10, na qual o autor analisa a projeção

política do Brasil no cenário internacional buscando a origem em figuras como Barão do Rio

Branco e Joaquim Nabuco, isso uma década antes do ingresso brasileiro na Grande Guerra em

1917, e como eles já objetivavam uma aproximação com os Estados Unidos visando à

inserção do Brasil no cenário mundial. Adentro dessa questão será utilizada a obra Política

externa brasileira11, de Henrique Altemani onde o autor trabalha com a ideia de

“Americanização da política externa12” e declara que a política externa brasileira até 1930 era

herança e legado do Barão do Rio Branco13.

Refletindo sobre a importância da entrada do Brasil na Grande Guerra destaca-se o

decisivo ano de 1917, pois no decorrer desse ano o Brasil rompeu as relações diplomáticas

com a Alemanha no dia 13 de abril, no dia 28 de Julho revogou a neutralidade perante os

Estados Unidos e no mês de Outubro do mesmo ano, especificamente no dia 26 declara guerra

contra a Alemanha, contra as potências do eixo14. Entretanto na obra já mencionada Entre a

8 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 2015. Pg.191-192 9 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora

da UnB, 2006. Pg.19-20 10 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:

Mauad,2003. Pg. 84 11 OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Política externa brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. Pg32-34

12 Idem, op.cit., P 32 13 Idem, Pg.42 14 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:

Mauad,2003. Pg. 29

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América e a Europa: A política externa brasileira na década de 192015 o autor também

aponta para o fato de que o ano de 1917 foi o ano que o Brasil deu inicio ao estágio de

mundialização das suas relações exteriores, sofrendo influências tanto da europeização como

do pan-americanismo. Já na obra O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia

brasileira e as grandes potências16 Francisco Vinhosa declara que o ano de 1917 foi

importante para o Brasil, mas também foi importante para os demais países, pois os mesmos

já estavam se mobilizando para uma provável divisão dos espólios de guerra, o próprio

ingresso do Brasil na guerra tinham interesses direcionados: cujo interesse principal era

participar da conferência de paz, mas também objetivava defender seus interesses materiais e

pensava em conseguir um lugar ao lado das grandes nações na Liga das Nações. Dessa forma

há um consenso entre os autores presente nesse debate historiográfico acerca da relevância do

ano de 1917 perante a participação do Brasil na guerra.

Analisando as perspectivas do alinhamento do Brasil com os Estados Unidos presente

no marcante ano de 1917, encontram-se convergências e divergências. Portanto há de

mencionar a obra A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa brasileira17onde Garambone

defende acerca do alinhamento entre Brasil e Estados Unidos, apresentando que esse

alinhamento não foi automático, ou seja, o autor mostra com clareza a diferença significativa

de tempo de seis meses entre o ingresso estadunidense na guerra e o ingresso brasileiro;

derrubando assim a teoria do alinhamento automático. Ainda acerca desse debate a obra

História da política exterior do Brasil18 no capítulo: “A participação brasileira” Bueno analisa

a entrada do Brasil na guerra pouco tempo depois da entrada dos Estados Unidos, embasado

pela “solidariedade hemisférica19” invocada pelo Brasil. Bueno ainda trata o fato de ser

benéfica a entrada do Brasil na guerra para os Estados Unidos, pois a posição do Brasil

refletiria nos demais países latino-americanos e também da existência de uma teoria que o

Brasil obedecera cegamente às pressões do governo estadunidense. Henrique Altemani20

também defende a teoria do alinhamento automático, segundo ele devido à forte influência da

Doutrina Monroe e do pan-americanismo presente no governo brasileiro. Já Francisco

15 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora

da UnB, 2006. Pg.21-22 16 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes

potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990.

17 GARAMBONE, Sidney. A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro:

Mauad,2003. Pg.30 18 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 2015. 19 Idem, op.cit., P 227 20 OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Política externa brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

12

Vinhosa21 relativiza o alinhamento do Brasil com os Estados Unidos e suas benesses também,

para ele o alinhamento com a Alemanha traria mais benefícios econômicos e ajudaria o Brasil

a fugir do imperialismo britânico. Segundo Vargas Garcia não existiu o alinhamento

automático do Brasil aos Estados Unidos, mas segundo ele houve apoio do Brasil em prol de

uma solidariedade continental22.

Como este trabalho também propõe em falar sobre a participação do Brasil nas

conferências de paz, faz-se necessário o uso da obra já mencionada anteriormente Entre a

América e a Europa: A política externa brasileira na década de 192023 na qual o autor relata

a representatividade do Brasil e sua postura ao participar das conferências de paz objetivando

o assento no conselho da Liga das Nações. É dada também importância ao fato do Brasil

caminhar lado a lado com os Estados Unidos nessas resoluções, e como o governo

estadunidense representado na figura de seu presidente Woodrow Wilson; um exemplo disso

segundo o autor foi à posição do presidente dos Estados Unidos que queria elevar a

participação do Brasil na Conferência de paz, pois anteriormente teria sido determinado que o

Brasil levasse somente dois delegados, Wilson argumentava que o Brasil deveria ter três

delegados; pois segundo ele foi o único país latino-americano, e um dos poucos países com

uma considerável densidade demográfica a entrar na guerra , e também utilizou da

justificativa do risco que era o Brasil em ter uma considerável colônia alemã, Wilson chegou

a bater de frente com potências europeias, como Inglaterra e França. Com os questionamentos

de Wilson, ficou definido que o Brasil enviaria três delegados para a conferência de paz de

Paris: Pandiá Calogeras, Olinto de Magalhães e chefiada por Epitácio Pessoa. O Brasil ainda

tinha um delegado “curinga” que era Domício da Gama, pois era Ministro das relações

exteriores e enquanto a conferência estivesse sendo sediada em Paris ele participaria como

delegado. O presidente estadunidense foi uma espécie de porta voz do Brasil nas resoluções

secundárias na Conferência de Paz, e também reivindicava a devolução dos 30 navios alemães

confiscados pelo Brasil em abril de 1917. Referente à magnitude e choque cultural inerente à

Grande Guerra se via a necessidade de um órgão regulador da paz no mundo, e Wilson já

objetivava isso antes da guerra acabar, ao término da mesma, esse idealismo saiu do papel e

foi fundada a Liga das Nações que seria responsável pela ordem mundial acerca das

negociações de paz. Segundo o autor a Liga foi nascida dos escombros da Primeira Guerra

21 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes

potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990 22 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora

da UnB, 2006. Pg.21-32 23 Idem.

13

Mundial, e o Brasil foi uma das nações fundadoras da SDN, mesmo tendo assento temporário

na Liga, mas figurou com as principais potências do mundo24.

Analisando o legado da participação do Brasil na Grande Guerra o autor Francisco

Vinhosa25 defende que o principal legado da guerra para o país foi revelar o atraso político e

econômico. Já Bueno26 relativiza as benesses da participação do Brasil na guerra, pois

segundo ele o Brasil se iludiu em achar que estava participando das decisões internacionais,

sob uma sensação de autoconfiança e superestimação do seu valor internacional. Segundo o

autor o conflito foi importante, pois foi determinante para transferir a influência britânica no

Brasil para a influência estadunidense.

Portanto o debate historiográfico que compõe este trabalho dialoga constantemente

com o tema proposto, trazendo assim um maior entendimento acerca do tema e agregando

valores importantes. Ainda assim, após analisar todos os autores mencionados nessa revisão,

de acordo com a proposta desse trabalho, nota-se a ausência, na verdade de uma lacuna que

certamente esse projeto pretende preencher. Todos os autores mencionados nessa revisão

tratam a questão do alinhamento do Brasil com os Estados Unidos na Primeira Guerra

Mundial, uns tratam sobre um alinhamento constante, outros refutam a ideia do alinhamento;

mas esse trabalho perpassa sobre um projeto que teve origem no início da nossa república,

mais especificamente no final do século XIX.

A proposta desse trabalho é contextualizar a ideia de que a ascensão da política

externa do Brasil em 1917 e seu ápice em 1919 não foram obras do acaso, e sim um projeto

iniciado com o Barão do Rio Branco e outras figuras, e que para isso seria necessária à

aproximação com Washington e, portanto, de forma bem visível um projeto bem delineado.

24 GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de 1920. Brasília: Editora

da UnB, 2006. Pg.25-32 25 VINHOSA, F.L.T., O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes

potências.1.ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1990 26 CERVO, A. L.; BUENO, C.. História da política exterior do Brasil. 5.ed. Brasília: Editora Universidade de

Brasília, 2015. Pg.216-218

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9) METODOLOGIA

Como este trabalho é realizado aos moldes de um debate historiográfico, visando

legitimar e questionar a participação do Brasil na Grande Guerra e suas resoluções entre 1917

a 1919 tem-se o uso da história política, baseado nas propostas da obra Novos Domínios da

História de Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas, a coleta de fontes escritas e

iconográficas foi feita através de acesso a jornais, revistas e sites. Onde as fontes dão voz ao

tema discutido.

O projeto de pesquisa trabalhado segue uma ordem cronológica de pesquisa, na qual

sem o uso da metodologia será impossível desenvolvê-lo acerca do tema. Essa ordem

cronológica se evidencia através de etapas e segue uma ordem lógica, primeiramente é levado

em consideração o recorte temporal acerca do tema a trabalhar e assim inicia-se o processo de

procura e coleta de fontes, a priori pesquisado em jornais e periódicos utilizando a hemeroteca

digital brasileira, que é um portal de periódicos nacionais que possibilita a pesquisa pela

internet de seu acervo. Assim obtendo o êxito ao encontrar as primeiras fontes que darão voz

ao tema. São utilizados três jornais distintos, no total de seis reportagens: Quatro reportagens

do Jornal "O Paiz", uma reportagem do Jornal "O Imparcial" e uma reportagem do Jornal "O

Correio da Manhã".

Mas seguindo uma ordem lógica e uma pesquisa minuciosa, tais fontes não são o

suficiente para o desenvolvimento do trabalho, então o próximo passo foi à procura e

obtenção por charges que retratem o tema proposto, e ao pesquisar o acervo digital da extinta

Revista "Careta" são encontradas charges que dialogam com o tema, não somente charges,

mas também reportagens que trabalham o recorte temporal.

Então são utilizadas quatorze edições da Revista "Careta", onde se encontram sete

charges e oito reportagens acerca do tema e seus desdobramentos. Com bastante parcimônia e

organização o trabalho metodológico foi sendo desenvolvido, e o próximo passo

desempenhado foi à procura por cartazes que fizessem alusão à participação do Brasil na

Primeira Guerra Mundial, essa pesquisa foi realizada em sites na internet e foi encontrado

somente um cartaz que relata a missão médica brasileira e estadunidense em 1918, lançado

pela Cruz Vermelha Americana contendo a bandeira dos Estados Unidos e do Brasil, esse

cartaz foi encontrado no portal digital da BDM- Biblioteca Digital Mundial.

Por último e não menos importante, o recurso metodológico de pesquisa trabalhado foi

o das fotografias, uma pesquisa árdua, pois se tratando de um tema que tem como recorte

15

temporal as primeiras décadas do século XX subentende-se de uma dificuldade ao encontrar

fotografias da época. Ainda mais fotografias que de certa forma coloquem o Brasil no

contexto da Primeira Guerra Mundial. Mas em meio a toda dificuldade foram encontradas

duas fotografias no site da Revista Brasil-Europa. Uma fotografia mostrando a sessão plenária

no Salon de l'Horloge, Ministère des Affaires Étrangères, em Paris com os delegados do

Brasil O.de Magalhães e E.Pessoa no dia 10/05/1919 e outra fotografia com a assinatura dos

delegados brasileiros no Tratado de Versalhes.

10) CRONOGRAMA

Atividades Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Levantamento Bibliográfico X X X

Fichamentos dos textos selecionados X X

Redação do relatório X X

Apresentação e discussão dos dados X X X

Entrega do TCC X X

11) REFERÊNCIAS

11.1 FONTES PRIMÁRIAS

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.452, fev.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.467, jun.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.468, jun.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.472, jul.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.473, jul.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.487, out.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.488, out.1917.

16

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.489, nov.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.490, nov.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.10, n.494, dez.1917.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.551, jan.1919.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.559, mar. 1919.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.563, abr.1919.

REVISTA CARETA. Rio de Janeiro: Jorge Schmidt, a.12, n.574, jun.1919.

JORNAL CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro: Edmundo Bittencourt, a.17,

n.6819, out.1917.

JORNAL O IMPARCIAL. Rio de Janeiro, a.9, n.1192, jan.1919.

JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11913, mai.1917.

JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11916, mai.1917.

JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.33, n.11953, jun.1917.

JORNAL O PAIZ. Rio de Janeiro, a.35, n.12517, jan.1919.

BISPO, Antônio Alexandre. Conferência de Paz de Versalhes. Alsácia, relações franco-

alemães e o papel do Brasil: Epitácio Pessoa, Colônia, n.2467, ago.2009.

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11.2 REFERÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS.

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FUNAG, 1995.

BUENO, C.. Política externa da Primeira República. Os anos de apogeu - de 1902 a

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17

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Editora Universidade de Brasília, 2015.

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https://www.academia.edu/7983771/A_candidatura_do_Brasil_a_um_assento_permane

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GARCIA, E. V.. Entre América e Europa: a Política Externa Brasileira na Década de

1920. Brasília: Editora da UnB, 2006.

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HOBSBAWN, Eric. Era dos impérios: 1875-1914. 18. ed. São Paulo: Paz e Terra,

2014.

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2003.


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