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PESQUISAS GERAIS

Date post: 05-Apr-2023
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http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-12-23/ falta-de-medicos-especialistas-e-demanda-de-moradores-e- gestores-municipais Falta de médicos especialistas é demanda de moradores e gestores municipais 23/12/2013 - 12h10 Saúde Aline Valcarenghi e Thais Araujo Repórteres da Agência Brasil Brasília – Percorrendo várias regiões do Brasil, é fácil perceber que uma das principais reclamações da população na área de saúde é a falta de especialistas. Na cidade mineira de Pedra Azul, por exemplo, a demanda é tanto da população quanto dos gestores locais. A falta de especialistas é motivo de queixas também em Manaus. Na Unidade Básica de Saúde Alfredo Campos, no bairro Zumbi, a vendedora Alciléia Nunes de Souza, de 30 anos, conta que esperou por mais de quatro horas por uma consulta para as filhas, que estavam com sintomas de problemas respiratório. Depois de quatro horas, saíram sem atendimento. Segundo Alciléia, a situação é recorrente e o número de pediatras não é suficiente para atender à demanda. De acordo com a vendedora, disseram que o posto estava sem pediatra e que o atendimento só seria possível no dia seguinte. “Vai ser mais um dia sem aula, em que a gente vem e espera sem saber quando o médico vai atender", lembra Alciléia, dizendo que “vida de pobre é assim”. Apesar das queixas, Luiz Fernando Ferraz, professor de medicina da Universidade de São Paulo (USP), acredita que muitas das demandas encaminhadas aos especialistas, poderiam ser facilmente resolvidas por médicos generalistas, que, se bem formados, podem
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http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-12-23/falta-de-medicos-especialistas-e-demanda-de-moradores-e-gestores-municipais

Falta de médicos especialistas é demanda de moradores e gestoresmunicipais

23/12/2013 - 12h10

Saúde

Aline Valcarenghi e Thais Araujo

Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Percorrendo várias regiões do Brasil, é fácil perceber que uma das principais reclamações da população na áreade saúde é a falta de especialistas. Na cidade mineira de Pedra Azul, por exemplo, a demanda é tanto da população quanto dos gestores locais.

A falta de especialistas é motivo de queixas também em Manaus. Na Unidade Básica de Saúde Alfredo Campos, no bairro Zumbi, a vendedora Alciléia Nunes de Souza, de 30 anos, conta que esperoupor mais de quatro horas por uma consulta para as filhas, que estavam com sintomas de problemas respiratório. Depois de quatrohoras, saíram sem atendimento. Segundo Alciléia, a situação é recorrente e o número de pediatras não é suficiente para atenderà demanda.

De acordo com a vendedora, disseram que o posto estava sem pediatra e que o atendimento só seria possível no dia seguinte. “Vai ser mais um dia sem aula, em que a gente vem e espera sem saber quando o médico vai atender", lembra Alciléia, dizendo que“vida de pobre é assim”.

Apesar das queixas, Luiz Fernando Ferraz, professor de medicina da Universidade de São Paulo (USP), acredita que muitas das demandas encaminhadas aos especialistas, poderiam ser facilmenteresolvidas por médicos generalistas, que, se bem formados, podem

resolver entre 70% e 80% das demandas da rede pública de saúde, deixando para os especialistas os casos críticos.

“É da cultura do brasileiro ir ao neurologista quando está com dor de cabeça, ao gastro quando está com dor de barriga. Se a pessoa realmente precisa de um especialista, de um modo geral, éporque não cuidou do problema quando podia tratar dele com um clínico”, diz Ferraz, que há 16 anos participa da Bandeira Científica da USP, que anualmente leva atendimento a pequenas cidades e faz projetos para a resolução dos gargalos locais.

É com essa ideia central que o Programa Mais Médicos quer levar emergencialmente generalistas para os municípios sem médicos. Noentanto, Ferraz ressalta que o programa deveria fazer um controle da qualidade dos profissionais que contrata. “O número é importante, mas é preciso ter muito cuidado com a qualidade dos profissionais selecionados. Eles correm o risco de se tornarmeros encaminhadores de pacientes”, teme o professor.

Ferraz defende investimentos na boa formação do generalista, em clínica geral ou em medicina da família. “As pessoas pensam que o generalista sabe de tudo um pouco e não faz nada bem. Se este for o nosso generalista, estamos perdidos. É muito mais fácil ser um baita oftalmologista do que um baita generalista. É difícil, ele tem que ter boa formação, e é nisso que temos de investir, já que não temos dinheiro para tudo.” Ferraz deixa claro, porém, o país precisa de especialistas, mas precisa aindamais de generalistas.

O professor relata a experiência de um estudante de medicina, emPedra Azul, onde coordenou o 16º ano da Bandeira Cientifica, no início deste mês. Segundo ele, em atendimento supervisionado porum profissional, o estudante fez uma ultrassonografia em uma paciente e, em seguida, perguntou: “está sentindo mais alguma coisa?” Então, a paciente mostrou a perna e falou da dor que estava sentido há dias, mas à qual não deu a devida importância.

“A paciente estava com uma trombose venosa profunda, não sobreviveria nem uma semana, se não fosse tratada”, lembra Ferraz.

O caso foi levado ao hospital da cidade onde o médico da expedição mostrou ao plantonista local que, apesar da gravidade,a paciente não precisaria ser encaminhada para um especialista.

“O plantonista queria encaminhar a pacienta para um hematologista, mas ela morreria se precisasse esperar. O recado que nós queremos deixar é que eles podem fazer muito mais com o que já têm”, conclui Ferraz.

Edição: Nádia Franco

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http://acritica.uol.com.br/manaus/manaus-amazonas-amazonia-saude-omar-aziz-declaracao-susam_0_860913979.html

Falta de médicos no AM: Desabafo de Omar repercute

Secretário de Saúde lamenta burocracia para médicos ‘estrangeiros’ e CFM considera critérios do MEC para novas escolas ‘insuficientes’

Manaus (AM), 07 de Fevereiro de 2013

NELSON BRILHANTE

Secretário estadual de Saúde Wilson Alecrim

Para o secretário estadual Wilson Alecrim, abrir espaço para profissionais estrangeiros é uma saída para a crise no Estado (Audimar Arruda)

Ecoou por todos os setores da Saúde a declaração do governador Omar Aziz de que, no Amazonas, morrem tantas pessoas por dia quanto em Santa Maria (RS), onde mais de 230 estudantes morreramapós um incêndio na boate Kiss. Em linguagem figurada, Omar usouos efeitos da tragédia para dar uma dimensão do número de pessoas que morrem diariamente no Amazonas, por falta de atendimento médico.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, confirmou a grande carência de profissionais no mercado, principalmente de especialistas. “Não existem médicos formados e especialistas em quantidade suficiente para ocupar todos os postos. E nem adiantatentar trazer de outros Estados porque esse é um problema que está afetando o Brasil inteiro”.

Para Alecrim, somente um decisão do Governo Federal, abrindo o mercado para profissionais de outros países, poderia suprir a carência de médicos. No momento, a burocracia é tamanha que, segundo ele, poucos têm a chance de conseguir liberação para trabalhar no Brasil. “Uma prova nacional, coordenada pelos conselhos regionais, aprova no máximo 10% dos profissionais que se candidatam a trabalhar no Brasil. Um médico que se forma no

Brasil pode trabalhar 48 horas depois de passar pelo conselho regional, enquanto o que vem de outro país, por mais qualificadoque seja, tem pouquíssimas chances de ser aceito”, disse.

Nesta quarta-feira (06), o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Vianna, anunciou que, nos próximos dias, vai promover uma audiência pública para discutir a contratação de médicos estrangeiros e a redistribuição dos profissionais no Amazonas.

De acordo com Vianna, outra questão que preocupa o sindicato é avisão distorcida de algumas autoridades, que acreditam na possibilidade de atender o interior com especialistas, sem que esses locais ofereçam a estrutura necessária. “O interior e as grandes cidades precisam de referências, atenção básica com cobertura de 70% da população e uma gestão profissional com controle social. A maioria dos municípios do Brasil não oferece condições para a atuação de um especialista”, afirmou. O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Jeferson Jesini, não quis se pronunciar por telefone. Ele estava viajando.

NOVOS HOSPITAIS

A carência de médicos também preocupa o presidente da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Nelson Fraiji. “Neste semestre será licitada a obra do Hospital do Sangue e já estou preocupado com o corpo médico. Temos apenas12 hematologistas no Estado”.

Na segunda-feira, Omar Aziz anunciou para este ano a construção do hospital e pronto-socorro da Zona Norte, que será, segundo ele, o maior do Amazonas. O anúncio das duas unidades abre uma “temporada de caça” a profissionais da Medicina.

Sindicato defende plano de carreira

A contratação de médicos estrangeiros para atuar no interior da região Amazônica levou o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mario Vianna, a agilizar a proposta de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) e naCâmara Municipal de Manaus (CMM) para discutir o assunto.

Mario Vianna lamenta que seja preciso apelar a esse tipo de recurso para resolver um problema que não tem razão de existir. “Infelizmente a saúde pública das capitais, periferias e interiores dos estados, vivem o caos e verdadeiras catástrofes diárias há mais de 20 anos. Vamos nos mobilizar por soluções concretas e definitivas, como a Carreira de Estado e Piso Nacional, de R$ 10.412,00 por 20 horas semanais de trabalho e, para dedicação exclusiva, pelo menos o dobro. Essa carreira deverá acontecer por concurso, tendo como porta de entrada exatamente as localidades de difícil provimento de médicos”, declarou Mario Vianna.

Segundo Vianna, a audiência pública é necessária para ampliar o diálogo das entidades médicas e da categoria com a classe política do Estado, que precisa conhecer o cenário de atuação doprofissional.

CFM critica critérios do Ministério

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d’Ávila, considerou os critérios do Ministério da Educação (MEC)para a abertura de novos cursos de Medicina insuficientes para resolver o problema da desigualdade na distribuição de médicos pelo País.

Apesar de ter avaliado a medida como positiva, d'Ávila acredita que somente a criação de uma carreira de Estado para o médico noSistema Único de Saúde (SUS) e uma política de interiorização daassistência em saúde garantem a fixação de profissionais nas áreas de difícil provimento.

“Essa é uma medida que pode ajudar, a longo prazo, mas não podemos esquecer da qualificação do corpo docente dessas escolas”.

Segundo o presidente do CFM, é muito difícil levar um corpo docente qualificado para o interior de alguns Estados e garantiro acesso dos estudantes a hospitais de ensino com infraestruturaadequada.

Segundo ele, o aspecto positivo do anúncio é que ele oferece argumentação técnica capaz de se contrapor a interesses meramente econômicos e políticos de alguns grupos, que até entãotêm prevalecido. “A abertura indiscriminada de cursos, especialmente privados, é uma preocupação do CFM. Não somos contrários desde que seja comprovada a necessidade social, ocorra o preenchimento de todos os critérios do MEC e exista a garantia da qualidade de ensino, com vagas para a residência médica”, concluiu.

http://www.crmpi.org.br/artigo.php?id=193

Carência e fixação de médicos no sistema universal de saúde brasileiro

Alceu José Peixoto Pimentel

Conselheiro Suplente do Conselho Federal de Medicina (CFM) representante do estado de Alagoas

No segundo seminário que discutiu a fixação de profissionais de saúde em áreas remotas e de maior vulnerabilidade – promovido pelo Ministério da Saúde nos dias 14 e 15 de abril - um elementoimportante foi o grande destaque. O antigo discurso que colocavaa carência de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) em um patamar de igualdade com as outras categorias profissionais e que agora coloca - de forma procedente - a necessidade de médicos como o maior problema encontrado, atualmente na saúde pública. Este tipo de postura representa uma grande mudança de posicionamento político do Ministério da Saúde. Com certeza demonstra, de forma inteligente, que problemas desiguais devem ser tratados de forma diferente.

Estudo realizado e divulgado recentemente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, ao contrário do que se pensa, não há escassez de médicos no Brasil. Pelo contrário, os números indicam que o volume de profissionais da categoria cresceu, percentualmente, quase o dobro que o total da população brasileira durante o período de 2000 a 2009.

Ao longo desses anos, a quantidade de médicos em todo o país aumentou 27% – de 260.216 para 330.825 –, enquanto a população brasileira cresceu 12% – de 171.279.882 para 191.480.630. Atualmente, no Brasil, há um médico para cada grupo de 578 habitantes. Em 2000, essa relação era de um profissional para 658 habitantes.

Não é possível resolver este problema sem que os médicos do sistema sejam valorizados e respeitados em seus direitos trabalhistas como, por exemplo, com a criação de carreiras profissionais e planos de carreiras e vencimentos.

É compreensível este novo discurso em virtude da ordem de comando emitida pela presidenta Dilma Roussef, no início do seu governo, para que fosse resolvida esta situação crônica da deficiência de profissionais de medicina no SUS. No entanto, o que preocupa é que, a partir deste comando, todos os setores envolvidos estão trabalhando no sentido de construir um arcabouço teórico que justifique a necessidade do aumento do número absoluto de médicos no Brasil, ou seja, a criação de novos cursos de Medicina. Este é um argumento que, no momento correto iremos fazer o debate, não somente com a gestão pública,mas também com todo o conjunto da sociedade.

O aumento de profissionais, puro e simples, somente aumentará este problema de distribuição, ou seja, aprofundará o fosso. Os responsáveis por esta política devem alertar a chefe da nação que a carência de médicos é causada por vários fatores e, portanto, não somente o aumento da oferta de médicos irá resolver a situação podendo, inclusive, agravá-la.

O evento organizado pelo Ministério não colocou de forma clara anecessidade de que outras ações sejam desenvolvidas no sentido de resolver a questão do financiamento do SUS. Como produzir um incremento do número de médicos no Brasil se o sistema público de saúde não tem condições de absorvê-los? O ilustre professor Adib Jatene, em sua fala, defende que há necessidade da formaçãode 160 mil médicos no País. Ao mesmo tempo se mostra, extremamente, preocupado com a fragilidade do financiamento do nosso sistema de saúde pública, chegando a defender a diminuiçãoda taxa selic, com o objetivo de que o governo gaste menos com ofinanciamento da dívida pública e seja possível, consequentemente, aplicar mais na área da saúde.

Não podemos nem devemos repetir os erros do passado. Quando da municipalização do sistema de saúde no Brasil com o objetivo, que reputo, meritório, de ampliar a cobertura dos serviços de saúde como fator garantia de cidadania, no entanto a questão da gestão dos recursos humanos foi colocada em um segundo plano, oupior, foi entregue como responsabilidade dos municípios, os quais não tinham nenhuma competência ou experiência para realizar tal tarefa. O resultado foi a implementação de um processo perverso de precarização das relações de trabalho na área e que se mostrou muito mais intenso com relação aos médicos. No governo passado foi realizado um grande diagnóstico

desta situação, mas infelizmente quase nada foi feito no que dizrespeito a resolução desta situação.

O aumento do número de médicos como única forma de resolver estacarência somente criará um excedente de profissionais que, em virtude da falta de oportunidades, submeterá aos salários irrisórios e as situações de trabalho, quase de escravidão na medida em que há ausência de garantias trabalhista. Não devemos somente criar uma situação onde o discurso político de que foi resolvida a falta de médicos no SUS seja efetivado, pois poderemos de forma irresponsável atingir uma situação politicamente cômoda, mas sem que exista qualquer tipo de preocupação com a qualidade da assistência à saúde que está sendo oferecida à população brasileira.

http://www.insper.edu.br/conhecimento/politicas-publicas/ineficiencia-sistema-de-saude-tem-motivos-diferentes-nas-cinco-regioes-brasileiras/

Ineficiência do sistema de saúde tem motivos diferentes nas cinco regiões brasileiras

saude

Enquanto no Norte e Nordeste do Brasil a ineficiência do sistemapúblico de saúde é determinada pela carência de profissionais; no Sul e Sudeste, a principal deficiência está relacionada à falta de investimentos em infraestrutura. Já na região Centro-Oeste, a ineficiência é determinada de forma equilibrada por estes dois fatores. Este é um dos achados do estudo da professora Maria Cristina Gramani que analisou bases de dados doSUS, Sistema Único de Saúde, entre 2008 e 2010.

A pesquisa avaliou as quatro perspectivas que mais fortemente afetam o desempenho do sistema de saúde: investimentos; condições socioeconômicas da região; qualidade e capacidade de atendimento; e nível de desenvolvimento dos profissionais de saúde.

Após avaliar o desempenho do sistema de saúde das cinco regiões brasileiras, Gramani identificou quais são os determinantes de ineficiência, ou seja, qual ou quais das perspectivas analisadastêm maior potencial para serem melhoradas em cada região.

De um modo geral, os sistemas de saúde são ineficientes nas cinco regiões do País, sob qualquer das quatro perspectivas analisadas. O Sul e Sudeste, porém, de forma comparativa, estão melhores que as outras.

Os resultados mostram que no Norte e Nordeste, os principais determinantes da ineficiência do sistema de saúde pública estão relacionados ao baixo número de profissionais e de graduados nas

áreas da Saúde. “Isso mostra que os estados dessas regiões precisam elevar os incentivos para atrair e reter enfermeiros, médicos e cirurgiões”, afirma Gramani.

Já no Sul e Sudeste, as principais carências possuem natureza financeira, o que inclui baixo gasto com saúde per capita. Gramani explica que isso pode estar relacionado à alta densidadedemográfica e à migração de habitantes de outras regiões. Além disso, o valor médio gasto com hospitalização é inferior ao necessário, o que pode ser explicado pelo tamanho da população idosa, maior que em outras regiões, que demanda mais gastos.

“Os resultados podem ajudar os tomadores de decisão do governo para determinar onde recursos devem ser investidos para realmente afetar o desempenho do sistema de saúde em cada regiãodo país”, avalia a pesquisadora.

A pesquisa foi publicada neste ano no journal acadêmico PloS ONEe pode ser acessada aqui.

http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0086687

ResumoAnteriores estudos cross-country revelaram uma relação entre saúde e fatores sócio-econômicos. No entanto, estudos multinacionais que usam os dados agregados poderiam ofuscar a situação real em cada região, ou mesmo em cada unidade federativa indivíduo, principalmente em um país em desenvolvimento que se estende por um continente e tem grandes desigualdades socioeconômicas. Foi realizado um estudo dentro de cada país, no Brasil, do desempenho do sistema de saúde que examinaram os dadosem quatro perspectivas que afetam mais fortemente o desempenho dos sistemas de saúde pública: financeira, do cliente, processos internos e aprendizado e crescimento. Após estimar o desempenho do sistema de saúde inter-regional de cada perspectiva, foram identificados os determinantes da ineficiência (ou seja, os fatores que têm o maior potencial de melhoriaem cada região). Os resultados mostraram que os principais determinantes da ineficiência nas regiões menos eficientes (N e NE) estão concentrados na perspectiva de aprendizagem e crescimento (o número de profissionais desaúde e do número de diplomados com um curso de graduação relacionados coma saúde) e, nas regiões com o melhor desempenho (S e SE) os principais determinantes da ineficiência estão concentrados nas perspectivas financeiras (os gastos com cuidados de saúde e o valor pago por internação).

Figuras

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Citação: Gramani MC (2014) Desempenho Inter-Regional do Sistema Único de Saúde em uma alta desigualdade Country. PLoS ONE 9 (1): e86687. doi: 10.1371 / journal.pone.0086687Editor: David W. Dowdy, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Estados Unidos da AméricaRecebido: 20 de setembro de 2013; aceito: 14 de dezembro, 2013; Publicado em:janeiro 21, 2014Direitos de Autor: © 2014 Maria Cristina Gramani. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença Creative Commons Attribution , que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor original ea fonte sejam creditados.Financiamento: O autor não tem nenhum apoio ou financiamento ao relatório.

Competindo interesses: O autor declarou que não existem interesses conflitantes.Introdução

O Brasil tem hoje o sétimo maior produto interno bruto (PIB) do mundo; no entanto, o Brasil ocupa o 85 th sobre a dimensão da saúde do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), colocando-o entre os países em desenvolvimento. Esta discrepância pode ser parcialmente explicado pelo Brasil de grande tamanho e economia heterogênea entre as unidades federadas (UF). Por exemplo, " a região do sudeste cobre apenas 11% do território Brasis mas responde por 43% da população e 56% do produto interno bruto " [1] .

Muitos estudos anteriores ligaram desigualdades socioeconômicas com a saúde da população.Por exemplo, R Wilkinson informou que " as sociedades iguaissão mais saudáveis " [2] , e ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair afirmou: " Não há dúvida de que as estatísticas publicadas mostram uma ligação entre renda, desigualdade e problemas de saúde ... A necessidade urgente é para investigar o papel que desempenha a renda na promoção da saúde - se os efeitos da renda vem de si mesmo, ou a partir de correlatos, como a educação, a riqueza, o controle, ou posto de renda . " [3] .

Outros estudos analisaram os determinantes da saúde. Por exemplo, as comparações entre países argumentou que o nível de escolaridade é um fatordeterminante da saúde nacional [4]- [5] . Um estudo [4] encontraram diferenças na morbidade entre os indivíduos com níveis educacionais de alta e baixa, e os autores sugerem que a magnitude da desigualdade relacionada à saúde varia de acordo com a educação entre os 11 países da Europa Ocidental considerados. Outro estudo [5] usou dados transversais em50 países em desenvolvimento e de transição para mostrar que " o aumento dasdespesas públicas em educação e cuidados de saúde está associada com melhorias tanto em acessoe realização nas escolas, e reduz as taxas de mortalidade de bebês e crianças. "Além disso, uma variação em toda a Europa na magnitude da desigualdade relacionada à saúde foi associada com o nível socioeconômico:" . estas desigualdades pode ser reduzida, melhorando as oportunidades educativas, distribuição de renda, comportamentos relacionados à saúde, ou de acesso aos cuidados de saúde " [6] .

Análises das disparidades de saúde dentro do país também foram realizados. No Canadá, quatro dos 12 fatores sociais de saúde mais relevantes para os canadenses foram analisados: o desenvolvimento início da vida, renda e distribuição de renda, desemprego e do emprego de segurança e habitação [7] . Mais recentemente, um estudo realizado um exame anual de um painel na Alemanha concluindo que " os modelos que levam umaperspectiva reducionista e não permitem a possibilidade de que as desigualdades na saúde são gerados por fatores além do seu efeito sobre a variação na saúde canalizada através de um das medidas sócio-econômicas são underspecified e pode não conseguem captar os determinantes das desigualdades na saúde . " [8] . Apesar desses trabalhos já revelam as relações entre saúde e outros fatores socioeconômicos, eles consideram apenas os países desenvolvidos ou em desenvolvimento como um todo. Os estudos que utilizam dados agregados poderiam ofuscar a realidade em cada região, ou mesmo de cada unidade federativa individual (FU), particularmente em um país em desenvolvimento que tem dimensões continentais e alta desigualdade socioeconômica.

Estudos de saúde brasileiros têm ligado fatores socioeconômicos com o nível de saúde. Por exemplo, a aceleração do declínio em crianças desnutridas (no Nordeste) entre os dois períodos estudados (1986-1996 e 1996-2006) foi consistente com a melhora acelerada da escolaridade materna, abastecimento de água e esgoto, serviços de saúde, bem como com oexcepcional aumento do poder aquisitivo dos mais pobres durante o segundo período [9] . No entanto, apesar desses progressos, no Brasil, as disparidades sociais e econômicas permanecem inaceitavelmente alta, e muito esforço ainda é necessário para melhorar as condições básicas de vida de uma parte substancial da população [10] . Por exemplo, apenas metade das cidades brasileiras têm acesso à rede de esgoto, e apenas 37,5%do esgoto é tratado. Nos estados com as maiores taxas de internação, o acesso aos serviços de saneamento é menor, e vice-versa [11] . Como conseqüência, " quase metade das pessoas no mundo em desenvolvimento têm uma ou mais

das principais doenças ou infecções associadas ao abastecimento de água e saneamento inadequados. " [12] .

Outros estudos sobre o desempenho de saúde brasileiro pode ser encontrada na literatura;alguns dos estudos focam a eficiência dos hospitais ou hospitais universitários [13] - [14] , e outros se concentram sobre a eficácia dos gastos com a saúde [15] - [18] , ou, menos comumente, em hospitais com fins lucrativos [19 ] . No entanto, esses estudos se concentram principalmente nas comparações entre hospitais e não sobre a disparidade da saúde pública e hospitais nas diversas regiões do país performance.

O sistema de saúde brasileiro tem três subsetores: 1) o subsector pública; 2) o privado (com fins lucrativos e sem fins lucrativos) subsector, em que os serviços são financiados por várias fontes de financiamento públicas e privadas; e 3) o subsector seguro de saúde privado. Os cidadãos podem utilizar os serviços em todos os três segmentos [1] . Atualmente, 60% da população tem acesso apenas ao setor público; 61% desses indivíduos avaliar a qualidade da sua saúde como ruim ou ruim, e apenas 10% avaliar sua saúde como excelente ou bom. Em termos regionais, a região sul oferece a melhor avaliação do sistema de saúde pública do país: 30% dos moradores relatam que a qualidade do sistema é "excelente" ou Os piores classificações vêm da região nordeste, onde 62 "bom". % dos moradores relatam que a qualidade do sistema público de saúdeem sua cidade é "ruim" ou "terrível" [20] .

Para o sistema de saúde pública brasileiro, desde 1988, cada um dos 27 UFsé responsável pela sua própria saúde por meio do Sistema Único de Saúde ( Sistema Único de Saúde; SUS).De acordo com o governo brasileiro ( http://portaldasaude.saude.gov.br ), o SUS lista as mesmas responsabilidades para todas as UFs; o SUS " aborda os procedimentos de procedimentos de saúde simples para transplantes de órgãos ambulatorial, garantindo FullAccess e cobertura universal e gratuito para toda a população ". No entanto, a gestão descentralizada do sistema de saúde pode levar a variações de desempenho entre UFs.

O principal objetivo deste trabalho foi investigar a partir de várias perspectivas do desempenho do sistema de saúde pública entre as unidades federativas, desagregando os fatores que têm uma influência significativa no sector da saúde e identificação de potenciais áreas de melhoria para cada FU no país (que são provavelmente para ser diferente para cada FU).

Métodos

Definições de Health Perspectives e suas variáveis Respectivas

Os estudos que avaliam o desempenho dos sistemas de saúde normalmente usamvariáveis diretamente relacionadas à assistência à saúde, tais como o número de profissionais de saúde, os custos, o número de pacientes internados, a expectativa de vida do paciente no momento do nascimento, e outros [21] - [24] . Em geral, esses estudos não incluem fatores

ambientais, tais como educação, renda, emprego, e tratamento de esgoto, que também têm uma influência sobre o desempenho da saúde.

Para categorizar todas as variáveis relevantes (diretamente relacionados àsaúde e não directamente relacionados com a saúde), usamos o método balanced scorecard clássica (BSC), originalmente desenvolvido por Kaplan eNorton [25] , que foi adotado por uma ampla gama das organizações de saúde. De acordo com o Instituto do Balanced Scorecard, " O Balanced Scorecardé um sistema de planejamento e gestão estratégica usada para alinhar as atividades de negócios para a visão e estratégia da organização, melhorar a comunicação interna e externa, e monitorar o desempenho organizacional em relação aos objetivosestratégicos. "

Este método permite que os gerentes de olhar para os sistemas de saúde a partir de quatro perspectivas importantes: financeira, do cliente, processos internos e aprendizado e crescimento. O significado ea integração dessas quatro perspectivas define o sistema de BSC, que deve ser conectado com os objetivos estratégicos da organização. Assim, o modelo BSC difere de outros sistemas de medição em que ele requer relaçõesentre as perspectivas [26] .

Uma ampla revisão mostra que BSC foi introduzido em todas as áreas relacionadas com a saúde, tais como hospitais, sistemas de saúde, departamentos universitários de Medicina / Saúde, serviços de cuidados de longo prazo, centros de saúde mental, a assistência farmacêutica e companhias de seguros de saúde [27] . Os autores concluíram, entre outras coisas, que " as perspectivas que são comumente adicionados ao balanced scorecards para asorganizações de cuidados de saúde incluem a qualidade do atendimento, resultados e acesso ". Outros estudos também têm utilizado perspectivas do BSC nos sistemas de saúde[28] - [30] , embora a relação entre saúde e outros fatores ambientais não foram ponderou, ou apenas um distrito foi considerado (ou seja, o foco não estava na comparação entre as regiões ou unidades federais dentro de um país). Mais recentemente, um conceito derivado do BSC foi desenvolvido como um scorecard nacional para avaliar osistema de saúde da Nova Zelândia, mas, novamente, não foi o propósito do trabalho de incluir indicadores relacionados com as desigualdades socioeconômicas altas [26] . Desta forma, Kaplan e Norton quatro perspectivas (financeira, cliente, processos internos e aprendizado) parecem ser o modelo para implementações na área da saúde, não importa como eles foram modificados na prática [31] .Portanto, " apesar do aumento da adoção da metodologia BSC por numerosas organizações de negócios durante a última década, estudos de casos limitados dizem respeito a organizações sem fins lucrativos (por exemplo, do setor público, instituições de ensino, organizações de saúde, etc.) " [32] . Assim, BSC ainda estão em um estágio evolutivo em ambientes de cuidados de saúde, e mapeamento estratégia ainda não é comum [31] .

Uma vantagem de usar a metodologia BSC para categorizar as perspectivas desaúde acima mencionados é que ele permite a consideração de outros fatoresque impactam significativamente os sistemas de saúde, tais como educação, renda, emprego e tratamento de esgoto. Esses quatro fatores não relacionados à saúde são muito significativos quando se considera o bem-estar dos cidadãos no Brasil e são fundamentais para melhorar a assistência nacional. Por exemplo, uma análise das causas e conseqüências da melhoria na expectativa de vida entre os municípios brasileiros mostra que as melhorias na educação, o acesso à água e saneamento parecem ser os

principais determinantes da dimensão das mudanças na expectativa de vida não correlacionadas com o rendimento [16] .

Assim, as variáveis significativas utilizadas para analisar o sistema de saúde pública no Brasil são divididos em quatro perspectivas. A tabela 1 ilustra a visão geral do sistema de saúde pública no Brasil (SUS) e os objectivos estratégicos para cada perspectiva BSC, como derivado de algumaliteratura Referências [31] - [36] .

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Tabela 1. Vision, BSC-perspectivas e metas estratégicas para o SUS.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.t001

Seguindo os objectivos estratégicos apresentados na Tabela 1 , é proposto um conjunto de indicadores, como detalhado a seguir (um código para cada variável é designada em parêntesis).

1. Perspectivas Financeiras.

Essa perspectiva indica se a gastos com a saúde pública está sendo feito de forma eficiente, a fim de atender a população. Para isso, usamos as duas variáveis como os recursos financeiros (inputs): os gastos com cuidados de saúde (I1), ou os gastos com ações e serviços públicos de saúde, bem como o valor médio pago por internação (I2). Porque nós investigamos os sistemas de saúde pública (organizações ou seja, não fins lucrativos) em vez de considerar as variáveis financeiras como saídas (como receita, lucro, etc.), usamos o número de leitos disponíveis (O1) como um indicador da disponibilidade da prestação de serviços de saúde, uma vez que " um maior número de leitos hospitalares sugerem uma maior disponibilidade de serviços de saúde de internação. " [12] . Assim, nesta perspectiva irá indicar quais as regiões melhor desempenho em termos de disponibilidade de serviços de saúde hospitalares e utilizando menos recursos financeiros.

2. perspectiva do cliente.

Essa perspectiva indica se a capacidade de atender os pacientes atende às necessidades dos cidadãos com o atendimento ao paciente de alta qualidade. Nesta categoria, o número de leitos disponíveis (I3), usado como um

proxy para a capacidade de servir os pacientes, é o recurso (input) que impacta o número de pacientes internados (O2) e expectativa de vida ao nascer (O3). A ligação entre o número de leitos disponíveis e o número de pacientes internados é baseado em "medir a capacidade de atendimento de pacientes". A ligação entre onúmero de leitos disponíveis e esperança de vida ao nascer é baseada na "qualidade da assistência ao paciente". A expectativa de vida ao nascer também é usado como uma medida da realização de saúde na literatura [37] - [39] . Para Sistemas de Saúde 20/20 (2012, p.101), este é um indicador comum da qualidade do sistema de saúde, como os países com baixa expectativa de vida geralmente são percebidos como tendo sistemas desaúde mais fracos do que aqueles com maior expectativa de vida [12] . Assim, essa perspectiva vai mostrar quais áreas um melhor desempenho em termos do número de pacientes internados servido com cuidados de saúde de alta qualidade ( expectativa de vida ao nascer) usando menos recursos.

3. Interno processa perspectiva.

Saúde no Brasil é um problema multifatorial que abrange a sociedade, economia e políticas públicas [36] . Esta perspectiva tenta captar condições ambientais particulares das unidades federais, a fim de explicaro desempenho da saúde no contexto de um sistema. Usamos como insumos planos de cobertura de saúde - I4 (um proxy para a população servida por cuidados),o desempenho de atendimento ao cliente - I5 (um proxy para a qualidade do atendimento) etratamento de esgoto - I6 (um proxy para a condição ambiental), que afetam educação (O4),renda média e as taxas de desemprego (o5). Assim, essa perspectiva tenta demonstrar que os níveis mais elevados de educação, renda e emprego estão relacionados com melhores condições ambientais e de saúde. "

4. Aprendizagem e perspectiva de crescimento.

Essa perspectiva tem como objectivo assegurar a capacidade do capital humano do sistema de saúde a longo prazo. Essa perspectiva tem a intenção de vincular nível de educação (I7),taxa de desemprego e renda média (I8) com o número de profissionais de saúde (O6) e donúmero de diplomados com um curso de graduação relacionados com a saúde (O7). Ou seja, essa perspectiva capta o fato de que um maior número de profissionais de saúde e estudantes de pós-graduação são atraídas para regiões com níveis mais elevados de educação, renda e emprego.

Como pode ser notado, algumas variáveis pode ser utilizado em mais de um ponto de vista, porque as perspectivas do BSC estão interligados; por exemplo, o número de leitos disponíveispode ser visto como um produto das perspectivas financeiras ou como um recurso na perspectiva do cliente. A Tabela 2 apresenta a conceituação de todas as variáveis utilizadas nas quatro perspectivas.

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Tabela 2. Conceituação de todas as variáveis utilizadas no BSC-perspectivas.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.t002

Diferentemente de estudos em países desenvolvidos com equidade socioeconômica (e, de acesso geral, universal e gratuito aos cuidados hospitalares), onde as melhorias são mais relacionados ao desempenho e à saúde, como a obesidade, consumo de álcool, triagem, cuidados preventivos,etc. [ 26] , [40] , o grupo de indicadores proposta apresentada acima tende a incluir o acesso financeiro para cuidar barreiras, necessidades desaúde não atendidas, a proximidade da população aos cuidados de saúde, aspectos sócio-econômicos, etc.

Fonte de Dados

Os dados transversais utilizados neste estudo estão disponíveis ao públicoe foram coletadas a partir de dados do Datasus, um banco de dados do SUS ( http://tabnet.datasus.gov.br ).Datasus é um centro de informação do governo que mede a saúde da população. Esta base de dados recolhe vários indicadores, incluindo informações demográficas e sócio-econômico, recursos financeiros, acesso à saúde, e serviços sanitários. Entre esses indicadores são muitas variáveis que estão direta e indiretamente relacionadas com a saúde.

Os dados para todas as variáveis mencionadas na seção anterior foram coletadas de todos os 27 UFs brasileiras em 2008, 2009, ou 2010 (os dados mais atuais disponíveis), e as estatísticas descritivas são apresentadas na Tabela 3 .

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Tabela 3. As estatísticas descritivas para todas as variáveis.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.t003

Análise Quantitativa: Análise Envoltória de Dados

" ... enquanto BSC fornece uma vasta gama de indicadores quantitativos individuais, ele não prevê valores de desempenho consolidado, tanto para as perspectivas individuais ou para a sua consolidação. " [34] . Mais recentemente, " Quando muitas perspectivas são consideradas no âmbito BSC com várias medidas em cada ponto de vista, a capacidade dos gestores de compreender o enorme volume de informações torna-se limitado . " [30] .

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), " Um sistema de saúde difere dos outros na estrutura, quantidade e tipos de recursos utilizados e os resultados obtidos. No entanto, as autoridades de saúde anseiam para os mesmos objetivos, que são baseados em valores como: boa saúde para toda a população, capacidade de resposta e equidade no financiamento . " [41] . Desta forma, alguns autores procuram metodologias quantitativas para consolidar os valores de cada perspectiva na abordagem BSC desempenho. Análise envoltória de dados (DEA) é um método que pode ser utilizado para fins de consolidação.

DEA é uma técnica de programação linear não paramétrica que pode ser usadopara fins de consolidação, comparando unidades de decisão (DMU), que usam as mesmas entradas para gerar os mesmos resultados, mas diferem em quantidade ( Figura 1 ). A DMU com a maior proporção de saídas para entradas é considerado o top performer [42] .

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Figura 1. Ilustração da DEA.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.g001

As unidades de tomada de decisões consideradas neste estudo são os 27 UFs,e DEA fornece um método quantitativo para avaliar o seu desempenho relativo de cada uma perspectiva de saúde BSC. Embora este método não identifica o melhor desempenho possível DMU, ela identifica que DMU está realizando a melhor entre as DMUs consideradas. Além disso, esta metodologia também revela como ineficiente DMU pode atingir o máximo de eficiência.

Propomos um modelo BSC-DEA integrada que avalia o desempenho das FU de cada uma das quatro perspectivas do BSC, conforme mostrado na Figura 2 . Acreditamos que o BSC pode oferecer uma estrutura útil para estruturar vários modelos DEA interligados [43] .

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Figura 2. Integrado modelo BSC-DEA para o SUS.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.g002

As linhas pontilhadas na Figura 2 mostram as seguintes dependências entre as perspectivas: as saídas do ponto de vista financeiro são as entradas para a perspectiva do cliente; o escore de eficiência a partir da perspectiva do cliente é uma entrada para a perspectiva dos processos internos ; e, finalmente, as saídas da perspectiva dos processos internos são os insumos para a perspectiva de aprendizado e crescimento . Esta integração segue a abordagem de rede DEA onde as saídas de uma perspectiva BSC são considerados como insumos para a seguinte perspectiva [44] e reflete que os objetivos em uma perspectiva de enfatizar os objetivos de outra perspectiva. A integração do BSC e DEA também foi proposto para avaliar o desempenho dos cuidados primários trusts no Reino Unido. Os autores utilizaram seis perspectivas para o BSC considerando diferentes conjuntos de entradas e saídas para o modelo DEA em cada perspectiva e, utilizando variáveis diretamente relacionadas com asaúde em todas as perspectivas, ou seja, nenhuma variável socioeconômica foi considerado[30] .

É importante mencionar que muitas variáveis (entradas e saídas) pode refletir vários DMU eficiente, portanto, alguns componentes encontrados emoutros BSCs de saúde (como variáveis diretamente relacionadas às doenças) não foram consideradas no modelo proposto.Para atingir um nível razoável de discriminação, o número de unidades (DMU) deve ser de pelo menos 2 x S , onde S é o produto do número de entradas e o número de saídas [45] .Além disso, foram utilizadas as variáveis retornos de escala (VRS) para o modelo DEA para todas as perspectivas, porque nós determinou que os aumentos nas entradas e saídas não são proporcionais. Além disso, apenas as perspectivas financeiras considera o modelo orientado a entrada; as outras três perspectivas considerar o modelo orientado a saída.

Resultados

Saúde Comparação de desempenho

A Figura 3 apresenta os resultados dos quatro modelos DEA gerando o desempenho relativo de saúde pública de cada perspectiva BSC. O FUs N1 para N7 estão localizados na região norte do país; NE1 para NE9 estão localizados na região Nordeste; CW1 a CW4 estão localizados na região Centro-Oeste; SE1 para SE4 estão localizados na região sudeste; e S1 a S3 estão localizados na região sul.

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Figura 3. desempenho do sistema de saúde pública.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.g003

A Figura 3 mostra três resultados principais: em primeiro lugar, existem diferenças de desempenho associados a diferentes perspectivas: as UFs apresentam melhor desempenho da perspectiva do cliente e executar pior do aprendizado e crescimento e perspectivas financeiras . Em segundo lugar, há diferenças no desempenho entre as UFs: as UFs das regiões S e SE são claramente superior ao UFs das regiões N e NE. E, finalmente, todas as UFsda região de S são 100% eficientes do ponto de vista do cliente (ou seja, a região poderia servir de referência para essa perspectiva).

Determinantes de ineficiência e de potenciais melhorias

Esta seção descreve as causas da ineficiência em cada região e discute áreas potenciais de melhoria.

A Figura 4 indica a medida em que cada variável em cada região deve melhorar para atingir a máxima eficiência. Os eixos verticais representam o decréscimo percentual na entrada ou a percentagem de aumento na saída que tem de ser conseguida para atingir o máximo de eficiência (notar que os modelos de DEA tentar minimizar as entradas e as saídas de maximizar a [45] ). Por exemplo, a partir da perspectiva financeira , a região N deve diminuir I1 entrada ( os gastos com cuidados de saúde per capita / PIB per capita ) em 74%, diminuir I2 entrada ( valor médio pago por internação / PIB per capita ) em 60%, e aumentar a produção O1 ( número de leitos disponíveis por 1.000 habitantes ) de 11% para tornar esta região 100% eficiente.

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Figura 4. melhorias potenciais.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.g004

Além disso, as regiões com melhor desempenho têm menos a melhorar. Por exemplo, a região de S não tem nada a melhorar na perspectiva do cliente, pois essa região é muito melhor do que os outros nessa perspectiva.

Vale ressaltar que as regiões N e NE têm as maiores figuras melhoria potencial em comparação com as outras três regiões; este resultado é consistente com os resultados que mostram a eficiência inferior nas regiões N e NE ( Figura 3 ).

Também é importante notar que os "mais fortes" determinantes da ineficiência de cada perspectiva pode ser diferente entre as regiões. Os dois determinantes mais fortes de ineficiência em cada região também pode ser observado na Figura 4 . Esta figura mostra as diferenças nas necessidades, em particular entre dois grupos de regiões: N / NE e SE / S. Para as regiões N / NE, as principais melhorias potenciais estão concentrados no número de profissionais de saúde-O6 e o número de graduados com uma licenciatura-O7 relacionada com a saúde (as saídas da perspectiva de aprendizado e

crescimento ), enquanto que a maioria dos os potenciais melhorias para as regiões SE / S estão relacionadas a gastos com cuidados de saúde capita-I1 per eo valor médio pago por internação no atendimento público de saúde sistema de I2 (as entradas da perspectiva financeira ). A maioria dos potenciais melhorias para a região da CW são quase igualmente dividida entre duas perspectivas,financeiros e de aprendizagem e crescimento.

Discussão

Encontramos evidências de que indica a importância de separar avaliações do sistema de saúde pública de desempenho em quatro perspectivas. Os resultados mostram claramente que, se considerarmos apenas uma perspectivageral, vamos simplesmente obter uma classificação geral de saúde, e uma série de indicadores-chave provavelmente será esquecido.Além disso, as informações obtidas podem ajudar os tomadores de decisão do governo determinar quais recursos vai realmente afetar o desempenho do sistema de saúde em cada região do país.

Descobrimos que apenas um FU supera em todas as quatro perspectivas (CW1, que é a menor unidade federal do Brasil - Distrito Federal - e contém 31 regiões administrativas, incluindo a capital brasileira), mas ao contráriodos resultados obtidos por outros pesquisadores [30 ] , descobrimos que asregiões que apresentam um bom desempenho a partir de uma perspectiva também um bom desempenho das outras perspectivas. Os autores[30] não encontrou um único HA que executou bem consistente em termos de todos os seis perspectivas; Além disso, eles concluíram que um HA que executa bem apartir de um ponto de vista não é necessariamente um bom desempenho das outras perspectivas. A razão para esta diferença pode ser a grande desigualdade socioeconômica no Brasil, onde as regiões mais ricas melhor desempenho.

Além disso, nossos resultados indicaram que a diferença entre o desempenhodas regiões N / NE e as regiões S / SE é notável, e é claro que as regiõesN / NE deve melhorar mais do que as outras regiões para alcançar a eficiência.

Conforme relatado para a Europa [6] , as desigualdades na assistência à saúde no Brasil também são altamente associado a status socioeconômico ( Tabela 4 ). As regiões com melhor desempenho em termos de educação (avaliada utilizando os dados da última versão do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes - PISA) e da produção econômica (avaliada utilizando os dados do PIB) também são superiores em termos de cuidados desaúde.

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Tabela 4. As correlações entre os índices de eficiência (para cada região)e PISA / PIB.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.t004

No entanto, os principais determinantes da ineficiência (ou seja, os fatores que mais precisam de melhorias em cada região) diferem por região. Os resultados mostram que a perspectiva de aprendizado e crescimento merecemais atenção nas regiões N / NE, devido à falta de profissionais de saúde ( Tabela 5 ). Os resultados sugerem que as regiões N / NE precisam de maisincentivos para atrair e reter profissionais de saúde em seu UFs. Estes resultados podem ser parcialmente explicadas por causa da concentração dosprogramas de residência na região de S / SE. Estas residências poderia serum dos fatores que promovem a distribuição geográfica desigual dos médicos, enquanto as regiões N / NE se destacam como atrativo para médicosmigrantes [46] .

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Tabela 5. Número de profissionais de saúde por mil habitantes, densidade demográfica e o número de habitantes com mais de 60 anos de idade no Brasil.doi: 10.1371 / journal.pone.0086687.t005

Outros fatores têm o maior impacto sobre a eficiência nas regiões S / SE, ou seja, os gastos com saúde e o valor pago por internação , ambas voltadas para a perspectiva financeira. O primeiro fator pode estar relacionado com a maior densidade demográfica destas regiões ea alta em migração de outras regiões; a última, que está relacionado com a elevada despesa nestas regiões, podem ser em parte explicada por uma grande população idosa nas regiões S / SE, como se mostra na Tabela 5 . Uma comparação do tratamento hospitalar dos idosos entre Brasil e Índia mostra que não havia nenhuma evidência de desigualdade no Brasil tanto no recebimento ou tempo de permanência pela renda per capita, mas as pessoas de maior escolaridade teve longas estadias no hospital no Brasil [47] . Como as regiões S / SE

têm o mais alto nível de educação no país, o que também poderia explicar oalto gasto com internações pela população idosa. Assim, nessas regiões (S / SE), os determinantes da ineficiência estão sobretudo relacionadas com as perspectivas financeiras.

Por fim, tanto no regiões S / SE N / NE e, a população sofre com problemasde acesso e atrasos substanciais na prestação de cuidados. Nas regiões N /NE, este problema pode ser atribuído à falta de profissionais de cuidados de saúde, e nas regiões S / SE, que é causada pela falta de fundos para aumentar e / ou melhorar a infra-estrutura. É claro que as desigualdades socioeconômicas afetar o desempenho de cuidados de saúde, e a maioria das políticas são de âmbito geral visam atingir todo o país. Este trabalho temcomo objetivo ajudar os decisores políticos na escolha de programas e políticas de saúde para as diferentes regiões do país.

Autor Contribuições

Concebido e desenhado os experimentos: MCNG. Interpretada os experimentos:MCNG.Analisados os dados: MCNG. Contribuíram reagentes / materiais / ferramentas de análise: MCNG. Escreveu o jornal: MCNG.

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http://acritica.uol.com.br/manaus/Saude-publica-desafio-Manaus_0_1005499464.html

Saúde pública ainda é um desafio em ManausPara os especialistas, o problema do sistema de saúde em Manaus é que entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e as grandes unidades não há nenhum serviço especializado que pudesse atender o paciente e ao mesmo tempo reduzir a demanda em unidades que já estão superlotadasManaus (AM), 06 de Outubro de 2013

FLORÊNCIO MESQUITA

Polo de desenvolvimento regional, unidades médicas da cidade recebem uma demanda que vem do interior e de outros estados (Arte/Celso Paula)Manaus superou grandes desafios ao longo de seus quase343 anos de história, mas prestes de comemorar mais umaniversário, alguns temas como saúde ainda são motivo dequeixas da população, principalmente, a de baixa rendaque depende do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUScomemorou 25 anos neste sábado, trouxe conquistas, masainda está longe de ser o sistema dos sonhos manauenses.

As dificuldades nesta área surgem sempre no plural.Manaus tem três grandes hospitais e pronto-socorrosadministrados pelo Estado, para um universo dehabitantes 1.982.179 habitantes. Aproximadamente 30% dapopulação têm plano de saúde particular, mas quandosofre acidentes ou outra situação de emergência na rua,por exemplo, é atendida pelo Serviço de AtendimentoMóvel de Urgência (Samu) e acaba dividindo lado a ladoos leitos ou macas em corredores com quem tem como opçãoapenas o SUS.

Se os hospitais 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcioficam lotados com uma demanda de pacientes que não parade aumentar, filas nas calçadas das unidades básicas desaúde de Manaus ainda são uma realidade presente na vidade quem precisa marcar apenas uma consulta. Outrosprecisam se deslocar de onde moram para outros bairrosporque não contam com assistência no local de origem.

Até o ano passado, existiam 166 Unidades Básicas deSaúde da Família (UBSFs) na capital amazonense. A ex-gestão anunciou a construção de 107 novas UBSFs, tambémchamadas de “Casonas” da saúde, para este ano. Todasterão o modelo ampliado de 130 metros quadrados. Haviatambém um projeto de ampliação de 160 Unidades Básicasde Saúde (UBS), conhecidas como “Casinhas” para o modelo“Casona”. Desde total, 70 estão localizadas na ZonaNorte, 50 na Zona Leste, outras 30 na Zona Oeste e 10 naZona Sul. As casinhas foram construídas com apenas 32metros quadrados que limitavam o atendimento aospacientes.

A atual gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sema)informou que serão construídas 40 UBSF, outras 45 serãoreformadas e 28 serão ampliadas com R$ 85,5 milhões queManaus vai receber do Governo Federal. Os recursos sãoreferentes ao programa de Requalificação das UBSs, doMinistério da Saúde.

População enfrenta falta de estrutura em corredores

Quem consegue atendimento nos grandes hospitais sedepara com velhas dificuldades. No Pronto-SocorroInfantil João Lúcio, o Joãozinho, pais que levaram osfilhos em busca de atendimento, há duas semanas, porexemplo, passaram à noite e madrugada com as criançasnos braços, sentados em cadeiras de plástico porquetodos os 34 leitos e macas nos corredores estavamocupados. “Ficar com a criança nos braços a noite todanuma cadeira sem nenhum conforto é muito difícil. Aoinvés de ajudar, faz é piorar a recuperação porque acriança que está com soro na veia quer esticar aspernas, acorda assustada durante a madrugada e você nãopode fazer nada quando ela pede ajuda”, disse Maria doCarmo Guedes, mãe de uma menina de sete anos que ficoudois dias internada com crise de asma e bronquite noJoãozinho. O mesmo ocorre na unidade para adultos, comomostrados por A CRÍTICA em várias oportunidades.

Para os especialistas, o problema do sistema de saúde emManaus é que entre a Unidade Básica de Saúde e asgrandes unidade não há nenhum serviço especializado quepudesse atender o paciente e ao mesmo tempo reduzir ademanda em unidades que jã estão superlotadas.

Mais informações na versão impressa do Jornal A Crítica deste domingo(6)

DESAFIOS BRASILEIROS: SAÚDE PÚBLICA

Ao reconhecer a saúde como um direito social e um dever do Estado, a Constituição Federal de 1988 garante a toda população o acesso ao atendimento médico, à adoção de um modelo mais amploque não trata apenas da doença, mas da prevenção e do bem-estar físico, mental e social. Portanto, o Estado deve disponibilizar ações e serviços que recuperem os pacientes, promovam a saúde e protejam os cidadãos. Alguns avanços foram sentidos nas últimas décadas, o Brasil é considerado hoje referência mundial no tratamento de AIDS e recordista na realização de transplantes, outra conquista foi a redução da mortalidade infantil e a

regulamentação da medicina paliativa que visa aliviar dor e sintomas e a melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas ou em fase terminal (como pessoas com câncer, transtornos mentais ou doenças cardíacas, renais e pulmonares). Apesar

disso, o que presenciamos nos noticiários é um total descaso nosatendimentos em hospitais públicos das principais cidades no Brasil. Relatamos situações do descaso nos atendimentos e tambémalguns dados informativos de como a saúde publica do Brasil se encontra.

SITUAÇÃO NOS PRINCIPAIS HOSPITAIS PÚBLICOS DO BRASIL

Bebês nas filas das UTI, pais que não conseguem ajuda para os filhos, filhos que não conseguem ajuda para os pais, acompanhantes no papel de enfermeiros, corredores lotados, faltade médicos especializados, demora nos atendimentos, familiares desesperados quando é preciso procurar a justiça para conseguir uma vaga na UTI e até óbitos por falta de atendimento médico estas são as principais dificuldades que os brasileiros que não tem condições de pagar um plano de saúde particular enfrentam diariamente nos principais hospitais do Brasil. Em Profissão Repórter, São Paulo/SP o repórter refaz o caminho de Laura (24

anos) em busca de socorro, ela morreu 03 três dias depois de passar em cinco hospitais públicos de São Paulo. No primeiro hospital Mandaqui em que Laura procurou, o repórter se depara com o descaso, ele encontrou um rapaz que chegou 02 horas da manhã e que às 12:30 do dia seguinte ainda continuava sentido dores muito forte na região

do abdômen, somente às 14:00h recebeu o diagnóstico de apendicite, depois de 12 horas de espera, sabemos que casos de apendicite o atendimento precisa ser de urgência pois o pacientecorre sério risco de morte, o rapaz foi entrar na sala de cirurgia às 20 horas. Outra situação que o repórter se deparou foi com a falta de leitos e enfermeiros, havia idosos nos corredores sendo medicados por seus acompanhantes. A situação sendo vista é

muito triste e revoltante ao mesmo tempo por que os representantes que elegemos para melhorar nossa qualidade de vida não fazem nada, é governo saindo e governo entrando sem tomar medidas que melhorem nossa saúde pública . Retornando a história de Laura - A mãe da jovem conta que chegaram no dia 22/07/2011 no Hospital Mandaqui às 09:00h e somente às 19:00h deram diagnóstico de Trombose uma das veias de Laura estava entupida, e sem atendimento urgente esse tipo de

trombose pode levar a morte. A mãe de Laura questionou com o médico se o caso é grave porque não internam minha filha e fazemos procedimentos, mas o médico disse que ela tinha que fazer o

exame que era feito somente no dia seguinte, a mãe de Laura insistiu com o médico para transferir-la para outro hospital mais a resposta foi negativa, Laura volta pra casa.

Nesta mesma noite, sua mãe liga para o SAMU desesperada porque Laura ainda continua sentindo muitas dores e dar entrada no segundo Hospital Pirituba e é atendida às 02 h da manhã de 23/07/2011 , lá passam somente medicação. Retornam para casa como SAMU, técnicos do SAMU aconselham a Laura ir para o Hospital da Santa Casa naquele

mesmo dia, na Santa Casa o diagnóstico é de gravidez, a mãe conversa com o médico dizendo que o diagnóstico do Hospital Mandaqui era Trombose e que Laura não estava grávida. A Cada hora que passava a jovem sentia mais dores. O repórter foi no hospital Pirituba e encontra a mesma situação do primeiro hospital, pacientes aguardando por atendimento por horas, corredores lotados assim também na Santa Casa. Aline, amiga de Laura, acompanhou a busca desesperada por ajuda,disse que em dois dias ela passou por três hospitais. Na madrugada do 3º dia (24/07/2011 procurou o quarto hospital Pronto Socorro V.N. Cachoeirinha, elas chegaram às 02 h e foram atendidas as

03:30 h pelo ortopedista, 04:30 h pelo Clinico. às 05:00 h pelo ortopedista só então encaminharam para fazer exame de sangue e oresultado sairia às 16 horas da tarde. Laura não agüentava mais estava cansada e com muita dor queria ir para casa. O repórter também foi ver

a situação do Hospital de V.N. Cachoeirinha e encontrou a mesma situação dos outros hospitais. No quinto Hospital das Clinicas, as 20 h de 24/07/2011 recebeu o diagnóstico de Trombose, já era tarde demais, pois Laura estava com muita falta de ar, com os olhos vermelhos, muito pálida e até chegou a chamar a mãe e se despedir. O que aconteceu com Laura, conforme conta o repórter, enquanto Laura ia de um hospital para outro, o coagulo que entupiu a veia da coxa se soltou e caiu na circulação e atingiu seu pulmão, e isso ocasionou uma parada cardíaca, os médicos tentaram reanimar mas ela teve outra e não resistiu. A mãe de Laura lamenta muito pela morte da filha pois sua filha não deveria ter morrido. Outro caso que chama atenção é em Brasília,as famílias com pacientes em estado grave, têm que entrar na Justiça para lutar com uma vaga na UTI. Os casos de descaso e falta de estrutura são em todos os hospitais públicos no Brasil,conforme esta reportagem a situação é de calamidade, somente relatei o caso que mais ocorre pois se fossemos relatar todos com certeza daria mais de cem paginas este trabalho. Diferente nos Hospitais particulares onde existe uma estrutura para atendimentos emergenciais, com exames laboratoriais, raios-x. A demanda com certeza é

menor se for comparar com os hospitais públicos. investimentos deveriam ser aumentados no setor público. O grande desafio para o governo será construir de fato um sistema público universal de

saúde, de qualidade, como é o pretendido pelo SUS. O nosso segueum modelo inglês, sem contribuição prévia, financiado pelos recursos fiscais. O Por isso, os

primeiro grande desafio é ampliar os recursos. Nos países europeus, os valores destinados à saúde chegam a 8% do PIB. Os gastos brasileiros são, em média, de 3,6%. Considerando-se a riqueza nacional, é muito pouco. A princípio, precisamos dobrar os gastos com saúde pública. As famílias brasileiras financiam amaior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do totalgasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público. O Brasil gasta hoje apenas 3,4% do seu PIB em saúde, enquanto nos países como Canadá e Reino Unido que adotam também o Sistema universal gastam pelo menos o dobro.

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http://revistas.ucpel.tche.br/index.php/rsd/article/viewFile/339/297

Resumo

O presente artigo analisa o Sistema Único de Saúde no contexto de Manaus, como se deu sua implementação e como está organizado na atualidade, afim de, verificar seus desafios e perspectivas para a superação do modelo curativo de saúde. Para a realização deste estudo, foi necessário recorrer a autores que analisam e interpretam acerca desta realidade do sistema de saúde no contexto manaura, assim como planos e relatórios acerca do tema proposto.

Pode-se dizer que o SUS é uma realidade no contexto amazonense, que ocorreu a partir dos distritos de saúde, porém ainda não se efetivou enquanto política social de acesso universal, pois o acesso aos serviços ainda são limitados em alguns bairros da cidade, a demanda é crescente e o serviço não é suficiente para atender os usuários, o que ainda repercute é uma estrutura de assistência dos serviços desarticulados e mal distribuída, que comunga com quetões que o descaracteriza como uma política de saúde social igualitário.

Introdução

Na década de 90, tivemos uma importante ruptura da cultura de paradigma nas políticas de saúde no Brasil. A reforma de saúde trouxe profundas mudanças no modelo de assistência à saúde pública, legitimada e legalizada na Constituição de 1988, que foi um marco de prioridades da política do Estado garantindo a saúde como direito, partindo do princípio da universalidade, da descentralização municipal, da integralidade, da regionalização e da hierarquização, onde suas ações e serviços pressupõem a promoção, a proteção e recuperação da saúde.

Daí iniciou a construção do SUS que não foi um processo fácil, talvez um ideal de saúde que ainda se esbarra por profundas relações ditadas pelas forças políticas e econômicas, e ainda impedem sua real consolidação do Sistema Único de Saúde no país,e que até hoje encontramos desafios para sua operacionalização nos seus diversos contextos realidade brasileira. Haja vista

que, no ano 2000, 99%3 dos municípios brasileiros já haviam implantado o SUS (ARRETCHE, 2005).

Mas nos cabe questionar: será que os princípios e diretrizes do SUS, como a universalidade no acesso e a igualdade na assistência, a integralidade, a participação da comunidade, a descentralização, regionalização e hierarquização de ações e serviços de saúde, estão realmente sendo efetivadas em quanto garantia dos cidadãos e dever do Estado? Abaixo buscamos analisar a organização dos serviços de saúde do Sistema Único deSaúde no contexto manaura.

O que não deverá ficar só em aspirações da necessidade de dar cobertura na atenção sanitária aos mais pobres e abandonar a exclusão, assim como a seletividade do assistencialismo que atenta contra a equidade, a universalidade e os direitos a uma vida digna e saudável.

Assim sendo, este estudo visa contribuir na reflexão da organização dos serviços de saúde em Manaus com informações que poderão orientar no direcionamento das políticas públicas regional.

Objetivamos neste estudo analisar sobre o Sistema Único de Saúdeno contexto de Manaus, como se deu sua implementação e como estáorganizado na atualidade.

Conclusão

Há mais de uma década as políticas neoliberais têm demonstrado incapazes de resolver os problemas sociais, inclusive os problemas de saúde que se apresentam com o aumento da pobreza e da desigualdade.

A reforma do sistema de saúde no Brasil ver-se dentro de um contexto social mais amplo o que necessariamente implicará em ummaior gasto público em saúde, com uma utilização mais eficiente e eqüitativa dos recursos, e por sua vez com uma maior participação dos diferentes autores, sejam eles o Estado, as famílias e os usuários.

Constatamos neste estudo que o SUS é uma realidade no contexto amazonense, mas ainda não ocorreu de forma efetiva, pois o acesso aos serviços são mais amplos e acessíveis do que em outras décadas, o que ainda repercute é uma estrutura de assistência dos serviços desarticulados e mal distribuída, que

comunga com questões que o descaracteriza como uma política de saúde social universal, questões com o a estrutura política do Estado, o paralelismo de ação, assim como a seletividade e a focalização dos serviços e ações de saúde, onde estão concentradas em algumas áreas geográficas, a oferta de serviços de saúde, enquanto que em outras áreas ficam à mercê de alternativas de organizações populares para resolverem questões relacionadas as doenças, com isso, atinge um dos mais importantes princípios do SUS, que é a sua universalização, que deve ser garantido a todo o cidadão, independente de classe social, área geográfica, gênero e etnia. E a seletividade ou a focalização devem estar restritas nos direitos do cidadão usuário de saúde.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manaus#Sa.C3.BAde

Saúde[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Lista de hospitais de Manaus

Para garantir a prestação de serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde da população, Manaus conta com 9.299 servidores e ainda com uma rede composta por 1 maternidade, 1 central SAMU-192 com oito bases descentralizadas (18 ambulânciasde suporte básico, 05 de suporte avançado e duas ambulâncias de suporte avançado), um SOS social, dez serviços de pronto atendimento (SPAs), oito policlínicas, um centro de referência em saúde do trabalhador, um serviço de fisioterapia, três centros de especialidades odontológicas, dois centros de apoio diagnóstico distritais, um laboratório de citopatologia, um laboratório de vigilância em saúde, um centro de controle de zoonoses, uma central de medicamentos, 46 unidades básicas de saúde, três módulos de saúde da família, 20 postos de saúde rural e 158 unidades básicas de saúde da família, todas distribuídas nos distritos de saúde norte, sul, leste, oeste e rural.

A cidade tem 16 hospitais de grande porte.207 O Ministério da Saúde investe cerca de R$ 100 milhões na região para combater oscasos de malária.208 A região responde por 99% dos casos de malário do país.209 A mortalidade infantil é de 21,26 por mil habitantes,210enquanto a média nacional é de 25,8 por mil habitantes.211 É referência na Região Norte do Brasil em tratamentos de câncer.O crescimento da taxa de incidência da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) em Manaus foi de 149,1% de 1997 a 2007. Na lista das 39 cidades brasileiras com 500.000 habitantes ou mais que apresentaram crescimento na taxa, Manaus ficou na 5ª posição, ficando atrás de Belém (230%), Teresina (254%), São Luís (272,1%) e Ananindeua (380%).212

Segundo o Ministério da Saúde, no ranking das capitais, Manaus apresenta a sexta maior taxa de incidência da aids, com 33,1 casos por grupo de 100.000 habitantes. Porto Alegre lidera o ranking, com uma taxa de 111,5, seguida de Florianópolis (57,4) e Porto Velho(38,1).212

Referências

206Saúde  Prefeitura de Manaus.207Ir para cima ↑  Hospitais de Manaus (AM) Web Busca. Visitado em 11 de

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malária.210Ir para cima ↑  Cidade de Manaus - Economia, geografia, dados

sociais, pontos turísticos e culturais, informações gerais, bandeira, clima e turismo

211Ir para cima ↑  População Brasileira212↑ Ir para:a b Jornal A Crítica, Edição de 9 de março de 2010

http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/

HTTP://WWW.JOAQUIMNABUCO.EDU.BR/ARTIGO/EXIBIR/CID/10/NID/619/FID/1

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Artigo10/06/2014 às 18:01 PAULISTA | CENTRO

Os desafios da saúde pública no Brasil0retwitte

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Por: Janguiê Diniz – Mestre e doutor em Direito – Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional

Tornou-se lugar comum dizer que o Brasil têm inúmeros problemas e que há enormes dificuldades em serem solucionados, seja devido ao descaso do governo, aos problemas com a corrupção ou ao pouco tempo para colocar em prática políticas públicas queprecisam ser implantadas em longo prazo.

A melhoria da saúde pública é um desses grandes desafios que o Brasil precisa vencer, principalmentequando avaliamos o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, não podemos negar que a recente polêmicaem torno da vinda de médicos estrangeiros para o país reacendeu a discussão.

Historicamente, a Constituição Federal de 1988 instituiu o SUS, que tem sua origem no movimento conhecido como Revolução Sanitária, nascido nos meios acadêmicos na década de 1970. A implantação doSistema foi de grande valia no setor da saúde do brasileiro, porém, hoje, sabe-se que esse Sistema não funciona essencialmente conforme seus

princípios: saúde como direito de todos, pregando pela Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira.

Para garantir saúde pública de qualidade a toda população, o Brasil ainda precisa percorrer um longocaminho. A falta de médicos em regiões afastadas em contraponto à intensa concentração nas grandes cidades, a ausência de estrutura nos hospitais da rede pública, além da dificuldade em conseguir atendimento no SUS são apenas alguns dos inúmeros problemas que atingem os brasileiros que tentam utilizar a saúde pública diariamente. 

Para entendermos a dimensão do SUS, de acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde é considerado o maior sistema público de transplantes de órgão do mundo, e, em 2013, respondeu por 98% do mercado de vacinas e por 97% dos procedimentos de quimioterapia, tendo atendido entre 2010 e 2012 maisde 32,8 milhões de procedimentos oncológicos.

No entanto, o primeiro desafio do SUS esbarra no suporte dos postos e centros de saúde, além das unidades do Programa Saúde da Família, já que, se estes serviços funcionassem plenamente, seriam capazes de atender e resolver 80% dos problemas de saúde da população, desafogando assim os hospitais eclínicas especializadas, que poderiam dar mais atenção aos casos de maior complexidade. Além disso,muitas vezes, as doenças dos pacientes encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas, com ações mais efetivas na área da prevenção ou se tratadas em estágio inicial.

Infelizmente, o Brasil ainda tem muito que aprender e melhorar. Enquanto bilhões de reais foram

aplicados em arenas esportivas, milhares de pessoas esperam nas filas em postos de saúde e hospitais públicos, além da falta de leitos e carência de médicos. Não basta apenas ampliar os investimentos em saúde pública, é preciso reverter a má distribuição dos recursos e melhorar a infraestrutura nas regiões mais desassistidas.Tornou-se lugar comum dizer que o Brasil têm inúmeros problemas e que háenormes dificuldades em serem solucionados, seja devido ao descaso do governo,aos problemas com a corrupção ou ao pouco tempo para colocar em práticapolíticas públicas que precisam ser implantadas em longo prazo. A melhoria da saúde pública é um desses grandes desafios que o Brasil precisavencer, principalmente quando avaliamos o Sistema Único de Saúde (SUS). Alémdisso, não podemos negar que a recente polêmica em torno da vinda de médicosestrangeiros para o país reacendeu a discussão. Historicamente, a Constituição Federal de 1988 instituiu o SUS, que tem suaorigem no movimento conhecido como Revolução Sanitária, nascido nos meiosacadêmicos na década de 1970. A implantação do Sistema foi de grande valia nosetor da saúde do brasileiro, porém, hoje, sabe-se que esse Sistema nãofunciona essencialmente conforme seus princípios: saúde como direito de todos,pregando pela Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde dapopulação brasileira. Para garantir saúde pública de qualidade a toda população, o Brasil aindaprecisa percorrer um longo caminho. A falta de médicos em regiões afastadas emcontraponto à intensa concentração nas grandes cidades, a ausência deestrutura nos hospitais da rede pública, além da dificuldade em conseguiratendimento no SUS são apenas alguns dos inúmeros problemas que atingem osbrasileiros que tentam utilizar a saúde pública diariamente.  

http://www.joaquimnabuco.edu.br/artigo/exibir/cid/10/nid/619/fid/1

Para entendermos as questões da saúde pública, deve-se entender a dimensão doSUS, de acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde éconsiderado o maior sistema público de transplantes de órgão do mundo, e, em2013, respondeu por 98% do mercado de vacinas e por 97% dos procedimentos dequimioterapia, tendo atendido entre 2010 e 2012 mais de 32,8 milhões deprocedimentos oncológicos. No entanto, o primeiro desafio do SUS esbarra no suporte dos postos e centrosde saúde, além das unidades do Programa Saúde da Família, já que, se estesserviços funcionassem plenamente, seriam capazes de atender e resolver 80% dos

problemas de saúde da população, desafogando assim os hospitais e clínicasespecializadas, que poderiam dar mais atenção aos casos de maior complexidade.Além disso, muitas vezes, as doenças dos pacientes encaminhados aos hospitaispoderiam ser evitadas, com ações mais efetivas na área da prevenção ou setratadas em estágio inicial. Infelizmente, o Brasil e por consequência os estados e cidades como Manausainda tem muito que aprender e melhorar. Enquanto bilhões de reais foramaplicados em arenas esportivas, milhares de pessoas esperam nas filas empostos de saúde e hospitais públicos, além da falta de leitos e carência demédicos. Não basta apenas ampliar os investimentos em saúde pública, é precisoreverter a má distribuição dos recursos e melhorar a infraestrutura nasregiões mais desassistidas.

http://veja.abril.com.br/tema/desafios-brasileiros-saude-publica

https://esclerosemultipla.wordpress.com/2006/03/04/direito-a-saude-e-demanda-em-saude/


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