Date post: | 29-Jan-2023 |
Category: |
Documents |
Upload: | khangminh22 |
View: | 0 times |
Download: | 0 times |
Maria Rute Vilhena Costa
Pressupostos teoricos e metodolgicos
para a extracgo automtica
de unidades terminolgicas multilexmicas
Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Cincias Sociais e Humanas
LiSboa Agosto 2001
Mana Rute Vilhena Costa
Pressupostos tericos e metodolgicos
para a extrac?o automtica
de unidades terminologicas multilexmicas
V
Dissertaco para obtengo do grau de Doutor
em Linguistica. especialidade de Lexicologia- Terminologia
realizada sob a onentaco da
Professora Doutora Mana Teresa Rijo da Fonseca Lino
'O '.::
Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Cincias Sociais e Humanas
Lisboa. Agosto 2001
55300
Agradecimentos
Ao terminar este trabalho no posso deixar de agradecer a todos os que contribuiram
para a sua realizago, cujo contnbuto foi essencial. dentro e fora do mbito acadmico.
Professora Doutora Mana Teresa Rijo da Fonseca Uno. pela orientago da
dissertago. pela oportumdade de discutir ideias obtendo sugestes e esclarecimentos de
grande valor. pela total confianga e a liberdade de escolha cientfica que sempre me concedeu;
pela aposta que um dia fez em mim; pelos seus ensinamentos ao longo da minha progresso
universitna e pela ligo de humamsmo que quotidianamente me transmite, o meu muito
obngada.
Professora Doutora Maria Francisca Xavier e Professora Doutora Maria de Lourdes
Crispim agradego-lhes o apoio incondicional candidatura a uma Bolsa PRODEP.
Ao Professor Doutor Didier Bourigaut agradego ter aceite deslocar-se a Lisboa com o
intuito de debater questes cientificas de grande importncia para o desenvolvimento desta
dissertago.
Ao Eng Pedro Santos agradego a grande disponibilidade para o apoio ao nivel da
programago informtica.
Dr3. Helena Manuelito. pela leitura minuciosa que fez deste trabalho, os meus muito
snceros agradecimentos
Dr3. Raquel Silva agradego: para alm da amizade, todo o apoio. disponibilidade e
vontade incansvel para ajudar.
Dr* Ftima Ferreira agradego a atengo sempre demonstrada, nomeadamente para
colaborar nas obrigages comuns de relages universitnasinternacionais.
Ao Dr. Paulo Morgado Sousa e ao Dr Jos Carlos Ferreira reconhego e agradego o
esprito de solidariedade que sempre demonstraram.
Mana Joo Patinha agradego o precioso e contnuo apoio demonstrado em todas as
circunstncias da vida.
Esta dissertaco foi elaborada ao abngo da Medida 5-Acco 5.2. Concurso PUblico n1 PRODEP/96
NDICE
Introduco
1 . Objectivos
2. Apresentaco da dissertago
Capitulo I - Corpora
5
12
16
45
48
1. Lingusticas de corpora16
1 . 1 Definico de lingustica de corpora1 6
1.2 Arquivo e corpus19
2. Tipologia de corpora26
2.1 Corpora de textos integrais e corpora de extractosde textos 28
2.2 Corpora comparativos e corpora paraielos29
2.3 Monitor corporaou
2.4 Corpora de referncia31
2.5 Corpora de especialidade e corpora especiais35
3. Corpora anotados37
3.1 SGML39
3.2 TEI
3.3 CES
3.4 Etiquetagem gramaticalJU
Captulo II - Constituico de corpus57
1 . Comunidade cientifica, produtora de textos de especialidade57
2. Texto de especialidade60
2.1 Texto e discurso
2.2 Contextos67
70
2.3 Intervenientes
3. Tipologia de tipos ou tipologia de gneros^
4. Constituigo do corpus em Detecgo Remota
4.1. Definigo da rea de especialidade em anlise: Detecco Remota
4.2. Constituigo de tipologias
4.2.1 . Tipologia de tipos de discurso
4.2.2. Tipologia de gneros de discurso
90
90
96
96
102
1
Captulo III - Denominaco: expresses nominais multilexmicas107
1071. Denominagao
2. Expresses nominais multilexmicas113
1132.1. Lexias
1172.2. Sinapse
2.3. Nomecomposto
2.4. Colocago128
2.5. Frasemas145
1 df\
3. Fraseologia
Captulo IV - Etiquetador gramatical automtico: EtiqueLex156
1 . Tratamento do corpus informatizado1 56
2. Tabela de etiquetas158
3. Constituigo dos dicionrios166
3.1. Dicionrio de formas simples flexionadas1 66
3.1.1. Desdobramento de formas166
3.1.2. Variantes ortogrficas
3.2. Dicionrio de locuges
3.3. Dicionrio de unidades terminolgicas multilexmicas da Detecgo Remota 175
4. Etiquetadorgramatical: EtiqueLex178
5. Tipologia de matrizes terminognicas1 82
5.1. Tipologia elementar182
5.2. Anlise da composigo das unidades terminolgicas multilexmicas 186
1 Q7
5.3. Tipologia de base
168
171
5.4. Dicionrio de estruturas tipo200
Captulo V - Extractor automtico de unidades terminolgicas
multilexmicas: ExtracTerm203
203
203
1 . Concepgo do ExtracTerm
1.1. Aplicago do dicionrio de tipologias
907
1 .2. Anlise dos resultados
9 1 R
2. Regras de desambiguago
2.1. Preposigo, artigo definido femmmo singular e pronomes219
2
2.1.1. Regras lingusticas de aprendizagem221
2.2. Adjectivo e particpio passado ps-nominal. 224
2.2.1. Regras lingusticas de aprendizagem226
2.3. Nome e adjectivo 236
2.3.1. Regras lingusticas de aprendizagem238
3. ExtracTerm: utilizago das regras de aprendizagem 240
3.1. Anlise dos resultados 244
3.2. Teste do ExtracTerm sobre um corpus alargado 247
3.2.1. Anlise dos resultados 248
Concluso 251
Bibliografa 258
Anexos 301
Anexo 1 - Dicionrio de formas flexionadas 303
Anexo 2 - Dicionrio de locuges 314
Anexo 3 - Dicionrio de unidades terminolgicas da detecgo remota 323
Anexo 4 - Texto etiquetado com o EtiqueLex, sem a aplicago de regras de 326
desambiguago
Anexo 5 - Sequncias extradas com ExtracTerm a partir de texto etiquetado 332
no desambiguado
Anexo 6 - Texto etiquetado com o ExtracTerm. com a aplicago de regras de 339
desambiguago
Anexo 7 - Sequncias extradas com ExtracTerm a partir de texto etiquetado 345
desambiguado
Anexo 8 - Texto etiquetado com ExtracTerm, a partir de novo corpus, com 351
aplicago de regras de desambiguago
Anexo 9 - Sequncias extradas com ExtracTerm a partir de texto etiquetado 358
desambiguado
3
Introdugo
1. Objectivos
0 tratamento automtico da lngua produzida em contexto de especialidade
o pano de fundo que subjaz reflexo terica e metodolgica apresentada
nesta dissertago.
0 objectivo da nossa investigago consiste, desta forma. na formulago dos
pressupostos tericos da Lexicologia e da Terminologia que esto na base da
concepgo de um programa informtico destinado ao levantamento automtico
a partir de descriges de anlises de carcter linguistico de unidades
terminolgicas multilexmicas.
Com efeito, desenvolvemos neste trabalho uma investigago que, baseada
em critrios exclusivamente lingusticos permite a identificago automtica de
unidades terminolgicas multilexmicas da rea de especialidade da Detecgo
Remota.
No momento da concepgo do extractor, tommos conscincia da
necessidade da criago de um etiquetador que est na base do primeiro. Deste
modo, concebemos dois programas: o EtiqueLex e o ExtracTerm. O primeiro
atribui etiquetas gramaticais aos lexemas do corpus. Funcionando sobre o
corpus etiquetado, o ExtracTerm extrai unidades terminolgicas multilexmicas,
partindo de regras de reconhecimento e de regras de aprendizagem,
concebidas e fundamentadas a partir da observago do corpus.
5
0 EtiqueLex uma componente indispensvel do ExtracTerm, sem a qual
este ltimo no funciona. No obstante. o EtiqueLex pode ser utilizado
exclusivamente para a etiquetagem, sem que seja necessrio proceder-se ao
levantamento automtico de termos, gozando, assim, de autonomia face ao
extractor.
A emergncia e o desenvolvimento de uma abordagem lexicolgica
Terminologia coloca-nos no centro dos debates actualmente em curso. Neste
mbito, levantam-se questes como as seguintes: o que distingue uma palavra
de um termo? Que metodologia(s) adoptar em Terminologia?
Actualmente, a Terminologia uma rea de especialidade no seio da
Lingustica que estuda o comportamento lingustico das unidades
terminolgicas, recorrendo aos contextos e, de forma mais abrangente, aos
textos em que ocorrem.
Neste debate entram em confronto duas ideias distintas: por um lado, a
perspectiva que defende uma abordagem normativa terminologia, por outro, a
que encara a terminologia numa perspectiva descritiva.
A doutrina wsteriana apologista da normalizago terminolgica, porque a
univocidade dos termos uma condigo necessria comunicago entre
especialistas, sendo a redugo da sinonmia e da ambiguidade um dos
principais objectivos.
Foi nos anos trinta que Wuster levou a cabo trabalhos terminolgicos dando
especial relevo organizago sistemtica das terminologias, incrementando a
definico de postulados fundamentais para o desenvolvimento de mtodos de
trabalho. Porm, na URSS. pela mo de Lotte, responsvel do Comit de
6
Normalizago Terminolgica do Instituto de Normalizago do Concelho dos
Ministros da URSS e membro da Academia das Cincias, que a terminologia
nasce como cincia (cf. Rondeau, 1983).
Em consequncia das preocupages metodolgicas de Wuster e das
preocupages tericas de Lotte, criado um organismo, o ISA - International
Organization for Standardization, cujo objectivo o favorecimento do comrcio
intemacional, desenvolvendo a normalizago dos produtos e dos processos.
Os membros fundadores deste organismo so a Franga, a Gr-Bretanha, a
Alemanha e a URSS. A 2a Guerra Mundial interrompe as actividades da ISA,
mas em 1946 nasce a ISO - International Organization for Standardiaztion,
sendo criada em 1951 o Comit Tcnico 37 (TC 37) que, reunindo pela
primeira vez em 1952, tem por fungo a normalizago da Terminologia e dos
seus princpios metodolgicos.
A metodologia preconizada pelos seguidores de Wuster parte da anlise do
objecto para chegar denominago, uma vez que , essencialmente, atravs
desta que os especialistas veiculam conhecimentos. 0 conceito est no centro
da metodologia onomasiolgica, desempenhando a denominago a fungo de
etiqueta: [...] /a dmarche terminologique, au contraire de la dmarche
linguistique. ne part pas d'une appellation pour dcouvrir l'tre ou le groupe
d'tres reprsent par cette appellation: elle procde l'inverse, partir des
entits pour tudier leurs dnominations. (Rondeau, 1983:12).
A normalizago do termo passa pela normalizago do conceito,
pressupondo tal abordagem a sua universalidade, uma vez que para a ISO os
conceitos no esto ligados a cada uma das lnguas individualmente. Tal como
7
refere Lerat (1995), os linguistas no podem aceitar esta perspectiva, porque:
[...] les notions sont lies aux conceptualisations, donc aux locuteurs, leurs
cultures et leurs langues (Lerat.1995 17).
A rpida evolugo da tcnica, das cincias e da tecnologia fazem com a
conceptualizago dos factos cientficos no seja universal, porque dependente
de factores sociais e culturais evidentes. Por esta razo, linguistas como
Bjoint e Thoiron rejeitam a doutrina wusteriana, perspectivando a
normalizago como um processo artificialmente construdo, com vista a atingir
o ideal da biunivocidade: um termo para um conceito: [...] bref de la langue
fabrique de toutes pices et contrle par la communaut linguistique pour
fagonnerle monde (Bjoint; Thoiron, 2000:6).
Do ponto de vista terico e metodolgico, defendemos uma abordagem
descritiva Terminologia. Numa perspectiva lingustica, a automatizago
requer no so a descrigo do comportamento lingustico das denominages em
situago real. como tambm a descrigo dos contextos em que tais
denominages ocorrem.
A evolugo da capacidade de armazenamento da informago em suporte
electrnico, bem como o aumento crescente dos recursos linguisticos
plurilingues informatizados contribuem para as viragens metodolgica e terica
que neste momento atingem claramente a terminologia.
Os textos eschtos que compem os corpora so o meio mais efectivo para
os especialistas transmitirem e divulgarem o seu conhecimento quer no seio da
comunidade cientfica a que pertencem quer fora dela. Tais textos so um
potencial inegvel para o levantamento de terminologias, que reflectem o
estado do conhecimento de uma determinada comunidade
A quantidade de produgo cientfica textual, tal como a facilidade de aceder
a textos informatizados, enorme, levando o terminlogo a reequacionar as
suas metodologias. Assim, o texto passa a ser o centro das suas
preocupages. 0 estudo das denominages, com recurso ao contexto
lingustico em que estas ocorrem, leva-nos a preconizar a existncia de uma
terminologia textual: Les applications de la terminologie sont le plus souvent
des applications textuelles (traduction, indexation, aide /a rdaction); la
terminologie doit venir des textes pour mieux y retourner. C'est parce
qu'elle n'estjamais dlie du texte qu'on parle de terminologie textuelle. C'est
dans les textes produits ou utiliss par une communaut d'experts, quise sont
exprimes, et donc accessibles, une bonne partie des connaissances
partages de cette communaut, c'est donc par l qu'il faut commencer
l'analyse. (Bourigault, Slodzian, 1999:30).
Em nosso entender, esta abordagem vem manifestamente contribuir para
um desenvolvimento das anlise e descrigo em lingustica, permitindo um
desenvolvimento renovado de gramticas e dicionrios.
O levantamento e organizago da terminologia , actualmente, uma
necessidade politica, econmica e industrial ao servigo da inovago e da
Sociedade da Informago e do Conhecimento, mbito em que as aplicages
informatizadas so concebidas para fins especficos, sendo a identificago do
pblico alvo uma prioridade. Deste modo. uma denominago tem uma acepgo
reconhecida e identificada pelos indivduos pertencentes a uma comunidade
9
cientfica especfica. sendo que: /_a tche de description lexicale est un travail
de fixation, de stabilisation. d'homognisation d'une signification, dont le
rsultat est le terme. [...] C'est ainsi qu'on parle de normalisation, non plus au
sens que la planification terminologique donne au mot, mais au sens ou la
communaut d'experts entrine des signifis comme des termes du
domaine. (Bourigault, D.. Slodzian, M. 1999:30).
Apesar de os procedimentos metodolgicos propostos e de os
programas informticos desenvolvidos poderem servir qualquer rea de
especialidade, podemos interrogar-nos sobre a pertinncia da escolha dos
textos de Detecgo Remota como corpus de experimentago do nosso
trabalho.
Em primeiro lugar, a comunidade cientfica e os textos produzidos nesta
especialidade apresentam uma grande identidade, mesmo quando as fronteiras
tcnicas e cientficas dos discursos da Detecgo Remota evidenciam alguma
interdisciplinaridade com outros ramos do saber, nomeadamente com a Fsica,
a Matemtica, a Geografia e as Cincias da Terra (cf. Captulo 3). Esta
caracterstica faz com que o corpus constitudo seja seguramente
representativo do universo de discursos produzidos.
Em segundo lugar. a Detecgo Remota assistiu, em Portugal, nos
ltimos dez anos, a um desenvolvimento sem precedentes, quer ao nvel do
ensino quer da investigago. Esse facto traduziu-se na produgo exponencial
de textos de especialidade, nomeadamente a partir de meados da ltima
dcada, Assim, foi-nos possvel confrontar o corpus inicial com um corpus
final de referncia, com o objectivo de testar e de ennquecer as regras
10
criadas -
por via do enriquecimento tcnico e cientfico dos prprios discursos -,
com vista subsequente expehmentago dos programas informticos
desenvolvidos.
Em terceiro lugar, a comunidade cientfica da Detecgo Remota em
Portugal tem vindo a reconhecer a necessidade de harmonizago
terminolgica. no sentido de dar resposta s exigncias dos discursos
cientfico-pedaggicos. So um exemplo dessa preocupago, as concluses do
Workshop ROT'2000, subordinado ao tema 0 Ensino da Detecgo Remota
em Portugal, que reuniu, em Lisboa, cerca de 70 especialistas em ensino
destas matnas. Entre outras concluses, esta reunio salientou a necessidade
de harmonizago lingustica de termos, por forma a aumentar a qualidade do
saber produzido e ministrado nas universidades portuguesas.
Em quarto lugar. a Detecgo Remota detm um lugar de destaque entre
as Tecnologias de Informago Geogrfica para a Sociedade da Informago. A
difuso de inovago, que est inevitavelmente associada Sociedade da
Informago, requer qualidade; essa qualidade passa no s pelo
enriquecimento dos contedos disponibilizados via Internet - disso exemplo o
projecto GEOCID. promovido pela Centro Nacional de Informago Geogrfica
(CNIG), e o Programa para a Sociedade da Informago (POSI), em
desenvolvimento ao abrigo do Quadro Comunitrio de Apoio (QCA III) - como
tambm pela utilizago de um referencial tcnico e cientfico aperfeigoado do
ponto de vista terminolgico.
11
2. Apresentago da dissertago
A presente dissertago desenvolve-se em cinco captulos. Nos trs
primeiros expomos os pnncipais pressupostos tericos que fundamentam e
justificam as opges e onentages metodolgicas que apresentamos nos dois
ltimos captulos.
Captulo 1: Neste captulo, fazemos uma incurso pelas lingusticas de
corpora. Definimos o conceito de corpus, distinguindo-o do de arquivo, antes de
abordarmos os corpora informatizados. Em ntima associago com a nogo de
corpora informatizados. damos conta das mais recentes tcnicas de anotago,
ou seja, das diversas formas de acrescentar informago metalingustica aos
lexemas, sublinhando particularmente o papel da etiquetagem gramatical.
Captulo 2: Os corpora so constitudos por textos de especialidade
produzidos por comunidades cientficas. Descrevemos o que entendemos por
comunidade cientfica, antes de justificarmos. do ponto de vista teorico, a
selecgo dos textos que constituem o corpus em anlise. Debatemos, de igual
forma, os conceitos de texto e de discurso, bem como o papel desempenhado
pelos intervenientes activos e passivos na produgo de textos. Salientamos a
importncia dos contextos lingusticos e extra-lingusticos na constituigo de
tipologias, clarificando, para o efeito. os conceitos de tipo e de gnero.
12
Captulo 3: As denominages que nos interessam identificar e analisar so
as unidades terminolgicas multilexmicas, Neste ponto, debatemos a nogo
de expresses nominais multilexmicas e fazemos uma sinopse de algumas
abordagens lingusticas s expresses nominais. que se reflectem na
diversidade de terminologias utlizadas para as denominar.
Captulo 4: Iniciamos, neste captulo. a exposigo da metodologia que nos
permite proceder ao levantamento automtico de unidades terminolgicas
multilexmicas.
A primeira fase consiste na elaborago de dicionrios: dicionrios de formas
flexionadas, dicionrio de locuges e dicionrios de unidades terminolgicas
multilexmicas da detecgo remota. A todas as formas que os constituem so
atribudas etiquetas metalingusticas. O Etiquelex, etiquetador automtico,
adiciona etiquetas aos lexemas do corpus que consegue identificar.
Com base na observago do corpus etiquetado criamos uma tipologia de
regras elementares e de regras base, que servem de fundamento ao dicionrio
de regras de reconhecimento.
Captulo 5: A partir das regras de reconhecimento, o ExtracTerm, programa
que extrai automaticamente unidades terminolgicas multilexmicas, efectua
um primeiro levantamento automtico.
Com base nos dados observados, estabelecemos regras lingusticas de
desambiguago, que nos permitem elaborar regras de aprendizagem. Com
estas regras, o ExtracTerm opera sobre o texto etiquetado, levantando as
13
ambiguidades, antes de recorrer s regras de reconhecimento, que permitem
um levantamento mais rigoroso das unidades terminolgicas multilexmicas.
Atravs da reflexo terica e metodolgica que expomos nesta
dissertago. esperamos contribuir para a renovago das teorias e metodologias
em Terminologia no mbito do tratamento automtico da lngua de
especialidade.
14
Captulo I
Corpora
1 . Lingusticas de corpora
1 . 1 Definigo de lingustica de corpora
1.2 A rq u ivo e corpus
2. Tipologia de corpora
2.1 Corpora de textos integrais e corpora de extractos de textos
2.2 Corpora comparativos e corpora paralelos
2.3 Monitorcorpora
2.4 Corpora de referncia
2.5 Corpora de especialidade e corpora especiais
3. Corpora anotados
3.1 SGML
3.2 TEI
3.3 CES
3.4 Etiquetagem gramatical
Captulo I - Corpora
1. Lingusticas de corpora
1.1. Definigo de lingusticas de corpora
0 corpus, objecto de estudo que est na origem das lingusticas de corpora,
um lugar de observago que permite a descrigo de actualizages da lngua
organizadas em enunciados, discursos ou textos. Na base da constituigo
destes conjuntos de dados lingusticos esto critnos de selecgo
sistematizados, que facultam a legtima atribuigo do estatuto de corpus a tais
conjuntos de dados.
0 facto de o termo corpus linguistics no ser utilizado nos textos
anteriores a Chomsky, no significa que os corpora no fossem usados e
explorados com a finalidade de anlise lingustica. Assim, recorrer aos corpora
como objecto de anlise no um procedimento inovador. Em 1951, Harris
considerava j o corpus o nico objecto legtimo da lingustica e designava por
lingustica estrutural a investigago que operava, a priori ou a posteriori, com
corpora.
Aarts, por sua vez, considera que o conceito de corpus linguistics no d
conta de uma actividade totalmente nova em lingustica: [...] ifwe take corpus
linguistics as referring to linguistic research based on observed utterances, we
can say that this type of research has a very long history indeed. Only in earlier
days it was simply called linguistics ofphilology (Aarts. 1 990:1 3).
16
Chomsky (1957. 1965) modificou o objecto da lingustica, considerando que
os corpora no poderiam nunca ser entendidos como objectos de anlise teis
para o lingutsta; privilegia, recorrendo introspecgo uma aproximago
racionalista ao objecto, em detrimento de uma aproximago empnca:
Chomsky changed the object of linguistic enquiry from abstract descriptions of
language to theories which reflected a psychological reality, cognitively
plausible models of language (McEnery, Wilson, 1997: 4). Para este autor, os
corpora do conta exclusivamente dos actos de performance, no revelando os
actos de competncia, que podem ser unicamente determinados pelo falante.
No que concerne ao corpus, McEnery e Wilson sintetizam o posicionamento de
Chomsky do seguinte modo: A corpus is by its very nature a collection of
externalised utterances; it is performance data, and such it must ofnecessity be
a poorguide to modelling linguistic competence (1997:5).
Nos anos sessenta, as metodoiogias e as teorias associadas aos corpora
ganham uma nova dinmica. Vnos autores (Aarts, 1990; Leech, 1997; Habert,
1997) consideram esta dcada um marco na histria recente das lingusticas
de corpora: The year of 1961, which more famously saw then first manned
space flight, is the date to which corpus linguistics can look back as the date
when the entreprise now known as corpus linguistics (or more precisly
computer corpus linguistics) came into being (Leech, 1997:1).
a escola anglo-saxnica que populariza o termo corpus linguistics, que
recobre simultaneamente o objecto, bem como as metodologias e as teorias
que se constroem a partir dos corpora. A prpria definigo de corpus
actualizada tendo por referncia o suporte em que este armazenado, o seu
17
formato electrnico, incrementando as perspectivas de anlise: /n the past
thirty-five years. the term corpus has been increasingly applied to a body of
language material which exists in electronic form, and which may be processed
by computer for various purposes such as linguistic research and language
engineering (Leech, 1997:1).
Tambm Sinclair (1996) prope uma definigo de computer corpus,
independente da de corpus : A computer corpus is a corpus which is encoded
in a standardised and homogenous way for openended retrieval tasks. Its
constituent pieces of language are documented as to their origins and
provenance (Sinclair, 1996:6). Tal definigo pressupe, implicitamente, que o
corpus seja entendido como: [...] collection of pieces of language that are
selected and ordered according to explicit linguistic criteria in order to be used
as a sample ofthe language (Sinclair, 1996:6).
0 corpus informatizado pode apresentar-se sob duas formas, isto , na sua
forma bruta (raw corpus) ou anotada. Enquanto que o corpus bruto um
objecto para testar hipteses [...] the test bed for his hypotheses about the
structure ofthe language, which he has expressed in a formal grammar (Aarts,
1990:18), o corpus anotado enriquecido com informago de diversa
natureza: morfolgica. smtctica. semntica, prosdica, crtica, etc, e [...]
serves as a linguistic database for all linguists studying the structure of the
language,[...] (Aarts, 1990:18).
Pensamos, deste modo, que as lingusticas de corpora assumem um duplo
estatuto: por um lado, de sub-disciplina no seio da lingustica, por outro,
funcionam como disciplina auxiliar para todas as restantes disciplinas da
18
lingustica: lt creates textuat databases which have been ennched with
detailed morphological and syntactica information and where possible, with
phonological and semantic information. Within the foreseeable future, every
linguist will be able to make use of such databases. which means he will also
have at immediate numencal data about the use of constructions and sentence
pattems, the realisation ofgrammaticalsentences. etc. (Aarts, 1990:16).
Para que os resultados obtidos a partir de corpora sejam fiveis,
indispensvel que o objecto sobre o qual recaem as nossas hipteses seja
adequadamente definido e delimitado. Com o aumento crescente e variado dos
corpora, surge a necessidade de reflectirmos adequadamente, por um lado,
sobre as caractersticas do corpus merecedor dessa designago, por outro
saber como classificar a diversidade resultante de tal proliferago.
1.2 Arquivo e corpus
Possuir uma colecgo de textos mformatizados no condigo suficiente
para que possamos considerar estar em presenga de um corpus; para o
constituir necessno ter em conta um conjunto de pressupostos tericos e
metodolgicos considerados de importnciafundamental.
Com base nestes princpios, sentimos, numa pnmeira instncia, a
necessidade de distinguir corpus de arquivo, conceitos que, frequentemente,
so usados de forma arbitrria.
Em 1969, Foucault dedica grande parte da sua obra Archologie du
savoin> definigo e compreenso do conceito de arquivo. abordando para o
19
efeito os discursos cientificos caractersticos de cada poca, centrando a sua
reflexo na relago que cada um dos enunciados mantm entre si, com o
objectivo de se concentrar na organizago interna do conhecimento,
secundarizando os contedos particulares veiculados pelo mesmo.
Acredita, assim, que o arquivo /e domaine des choses dites. Para
chegar a esta concepgo de arquivo, Foucault (1969) aborda a questo das
formages discursivas, que define como conjuntos de enunciados,
historicamente demarcados utilizando o mesmo sistema de regras. Para este
autor, a unidade dos enunciados que. segundo ele, se organizam em famlias,
tais como a Medicina, a Economia ou a Biologia, identificvel atravs da
descrigo das dissemelhangas que caracterizam os mesmos, constituindo
sistemas de disperso merentes s formages discursivas: Une telle analyse
n'essaierait pas d'isoler, pour en dcrire la structure interne, des lots de
cohrence; elle ne se donnerait pas pour tche de soupgonner et de porter en
pleine lumire les conflits latents; elle tudierait des formes de rpartition
(Foucault, 1969:52). Foucault recorre ao conceito de formago discursiva para
contornar noges to genricas e abrangentes como as de cincia, ideologia e
teoria (cf. Foucault, 1969:53), que considera, no que conceme as suas
implicages. serem demasiadamente complexas: Dans le cas o on pourrait
dcrire, entre un certain nombre d'noncs, un pareil systme de dispersion,
dans le cas ou entre les objets, les types d'nonciation, les concepts,les choix
thmatiques. on pourrait dfinir une rgularit, [..,], on dira, par convention,
qu'on a affaire une formation discursive (Foucault 1969:53). Assim, a
formago discursiva compreende o conceito de enunciado, cujo espago de
20
comunicago restrito comparativamente ao espago de comunicago da
cincia, entendida aqui na sua acepgo mais ampla.
Desta forma, o conceito de nunciado fundamental para o entendimento do
conceito de arquivo, que Foucault define, no como uma estrutura, mas como
uma fungo : [...] qui croise un domaine de structures et d'units possibles et
qui les fait apparatre. avec des contenus concrets, dans le temps et l'espace
(Foucault, 1969:115). 0 enunciado o lugar onde os signos e as regras
existem e onde so actualizados.
Em Foucault, o sujeito do enunciado uma fungo vazia que, enquanto
entidade singular, desprovido de valor, quando equiparado aos valores de
espago e de tempo, elementos fulcrais na sua teoria para a construgo do
conceito de arquivo: [...] le sujet de l'nonc est une fonction dtermine, mais
qui n'est pas forcment le mme d'un auteur autre; dans la mesure o c'est
une fonction vide. pouvant tre remplie par des individus, jusqu' un certain
point, indiffrents, lorsqu'ils viennent formuler l'nonc; [...] (Foucault,
1969:123).
As formages discursivas que constituem um arquivo so geradoras de
sistemas discursivos: /_' archive c'est la loi de ce qui peut tre dit, le systme
qui rgit l'apparition des noncs comme vnements singuliers (Foucault,
1969:170). Por sua vez. os ltimos dependem de prticas discursivas, isto :
[...] un ensemble de rgles anonymes, historiques, dtermines dans le temps
et l'espace qui ont dfini une poque donne. et pour une aire sociale,
conomique, gographique ou linguistique donne, les conditions d'exercice de
la fonction nonciative (Foucault, 1969:153). 0 arquivo . deste modo, um
21
lugar aglomerador, que permite o acesso ao sistema geral da formago e da
transformago dos enunciados pertencentes a formages discursivas.
A fungo do arquivo situa-se entre a lngua e o corpus: Entre la langue qui
dfinit le systme de construction des phrases possibles. et le corpus qui
recueille passivement les paroles prononces, l'archive dfinit un niveau
particulier: celui d'une pratique qui fait surgir une multiplicit d'noncs comme
autant d'vnements rguliers, comme autant de choses offertes au traitement
et la manipulation (Foucault, 1969:171). Assim, no existe, em momento
algum, identificago entre arquivo e corpus, caracterizado o primeiro como um
lugar de actualizages e o segundo como um repertrio passivo de palavras
ditas.
0 que motiva Foucault, o objectivo de compreender e de descrever as
leis que regem os discursos de especialidade, para comprovar que a unidade
destes advm de irregularidades que esto elas prprias sujeitas a regulago:
Je voudrais montrer que ces units forment autant de domaines autonomes,
bien qu'ils ne soient pas indpendants, rgls. bien qu'ils soient en perptuelie
transformation. anonymes et sans sujet, bien qu'ils traversent tant d'oeuvres
individuelles (Foucault, 1969). Como afirma o prprio filsofo, a anlise do
discurso que preconiza no pretende dar conta da universalidade de um
sentido, mas sim de uma ordem do discurso independente do seu objecto
material, distanciando-se desta forma do formalismo lingustico (cf. Foucault,
1971:72-73).
Por seu turno, as reflexes explicativas de Maingueneau sobre corpus e
arquivo afiguram-se-nos menos consolidadas. na medida em que do ponto de
22
vista terico, os dois conceitos parecem aproximar-se no discurso deste autor.
No obstante, no que se refere a uma aproximago emprica aos referidos
conceitos. a sua perspectiva assume. porventura, uma vertente mais
operacional. Na qualidade de linguista, Maingueneau entende o arquivo como
sendo constitudo por enunciados que se organizam em corpora: On fera ici
distinction entre l'archive, sa surface discursive et les corpus que cette dernire
permet de dterminer. La surface discursive correspond l'ensemble des
inscnptions relevant d'une mme archive. [...] En fonction de ces objectifs le
chercheur peut extrair de multiples corpus de cette surface discursive (un
corpus de mots. de phrases de tel ou tel type, etc.) qu'il soumet
manipulations, un traitemenh (1991:25). 0 arquivo perfilha o valor de
instituigo, enquanto que o corpus est sujeito a manipulago, decorrendo este
ltimo do primeiro.
A anlise do discurso, domnio da lingustica que Maingueneau pretende
estabilizar, tem por objecto de estudo textos legitimados; a incluso de um
enunciado no arquivo o reconhecimento da sua legitimidade: L'AD [analyse
du discours] s'intresse en effet surtout aux discours autoriss qui, au-del de
leur fonction immdiate, supposent un rapport aux fondements et aux valeurs
(Maingueneau, 1991: 23). Neste aspecto, as posiges de Foucault e de
Maingueneau convergem: tanto um como outro consideram que o arquivo
constitudo por enunciados legitimados no seio de instituiges: [...] [les
noncs sont des] choses qui se transmettent et se conservent, qui ont une
valeur, et qu'on cherche s'approprier: qu'on rpte, qu'on reproduit, et qu'on
transforme: auxquelles on mnage des circuits prtablis et auxquelles on
donne statut dans l'instituion (Foucault, 1969:157).
Enquanto, para Foucault, o arquivo no analisvel no seu todo, uma vez
que, na sua essncia, demasiadamente complexo En sa totalit, l'archive
n'est pas descriptible; et elle est incontournable en son actualit (Foucault,
1969:171), para Maingueneau, o arquivo possui uma superfcie discursiva a
partir da qual podem ser extrados corpora. correspondendo estes ao conjunto
dos enunciados, sendo que para os identificar necessrio recorrer a saberes
discursivos e extra-discursivos.
Segundo estes autores, o_arquivo , assim, constitudo por um conjunto de
enunciados legitimados, que estabelecem relages de diversa ordem, quer
entre si quer com o mundo que representam. Uma anlise em concreto exige,
na perspectiva de Maingueneau, o trabalho a partir de corpora exrados dos
arquivos, e segundo a terminologia de Foucault, a extracgo de fragmentos
desses mesmos arquivos.
Desta forma, os corpora, partes constituintes de um todo - o arquivo-
caractenzam-se pela presenga ou ausncia de tragos lingusticos e/ou extra-
lingusticos, identificados aquando do estabelecimento dos crithos
subjacentes selecgo dos enunciados que os constituem.
A carga filosfica de que est impregnado o conceito de arquivo em
Foucault perde-se com a escola anglo-saxnica, que desenvolve uma
aproximago mais empnca a esse conceito. Em 1996, Sinclair rejeita
taxativamente o conceito de arquivo. no o considerando um objecto de estudo
pertinente para fins lingusticos:Words such as collections and archive refer to
24
sets of texts that do not need to be selected, or do not need to be ordered, or
the selection and / or ordenng do not need to be on linguistic criteria. They are
therefor quite unlike corpora (Sinclair, 1996:7). Para este autor, arquivo e
corpora so divergentes nos objectivos que justificam as suas existncias,
considerando que s o segundo pode ser seleccionado e organizado segundo
critrios lingusticos, os nicos parmetros a legitimarem os corpora.
Estabelecemos um paralelismo entre as terminologias de Foucault e de
Maingueneau e a de Sinclair. Este ltimo designa por monitor corpora o que
Foucault e Maingueneau designam por arquivo e por subcorpora o que
Maingueneau designa por corpora. Para Sinclair, A corpus can be divided in
subcorpora. A subcorpus has all the properties of a corpus but happens to be
partofa larger corpus (Sinclair, 1996:9).
Sinclair privilegia o conceito de monitor corpora. em dethmento do de
arquivo: [...] a dynamic rather than a static phenomenon, consisting of very
large amounts of electronicaily-held text ... A certain proportion of the data wiil
be stored at any one time, but the bulk will necessarily be discarded after
processing. The object will be to 'monitor' such data, from various points of
view, in order to record facts about the changing nature of the language
(Sinclair 1991:21). Este tipo de corpora desempenha, assim, a fungo de
observatrio da lngua. Para este autor, primordial a constituigo de um
monitor corpora para todas as lnguas que tenham um estatuto internacional
(cf. Sinclair, 1991:25), devendo a extenso deste. idealmente, igualar a da
prpria lngua: // is now possible to create a new kind ofcorpus, one which has
25
no final extent because, like the language itself. it keeps on developping
(Sinclair, 1991:25).
Apesar de Sinclair preferir o conceito de monitor corpora ao de arquivo
(cf. Leech, 1991:12), Leech no abandona este ltimo conceito sem
primeiramente o distinguir do de corpus. apontando algumas iniciativas que
surgiram no seio da escola americana, com o propsito de distanciar os
referidos conceitos, delimitando as respectivas funges. Assim, imputa
Association of Computational Linguistics Data Coding inttiative, nos Estados
Unidos, a intengo de querer : [...] make the concept of an archive almost
comparable in scope to that of a national copyright library (Leech, 1991:11),
sendo que [... ] the difference between an archive and a corpus must be that
the latter is designed or required for a particular 'representative' function
(Leech, 1991:11).
Como podemos constatar, os conceitos de arquivo e de corpus assumem
valores diferenciados nas escolas francesa e anglo-saxnica, revelando tais
valores posicionamentos filosficos e tericos distintos.
A investigago que subjaz a esta dissertago situa-se no mbito das teorias
lingusticas. Desta feita, o objecto sobre o qual efectuamos as anlises um
corpus informatizado que, numa pnmeira instncia. desprovido de qualquer
acrscimo informativo.
2. Tipologia de corpora
No devemos considerar todo e qualquer tipo de corpora um objecto vlido,
a priori, para todos os fins da anlise lingustica. Os critrios de selecgo dos
26
enunciados que compem o corpus, assim como as suas propriedades, tm de
estar, necessariamente, em consonncia com os objectivos pr-estabelecidos
pelo linguista,
Os corpora. tal como os enunciados que os constituem, podem ser
classificados em tipos distintos. Aludiremos, exclusivamente, tipologia de
corpora de textos escritos.
Em 1996, nas Preliminary recommandations on Corpus Typology,
Sinclair prope uma tipologia de corpus, que entendemos estar arquitectada
sobre pressupostos metodolgicos e tericos que determinam o seu desenho e
a sua constituigo. Um corpus deve ser edificado tendo por base parmetros
que permitam legitimar os resultados obtidos a partir da sua anlise.
Subjacentes compilago de um corpus, esto respostas a perguntas que
Kennedy equaciona do seguinte modo: lssues have included whether a
corpus should be a static or dynamic sample of a language, how best it can be
representative of a language or a genre. how big a corpus should be to be
representative or to serve particular purposes, and how big the text samples
shouldbe (Kennedy, 1998:60).
0 facto de os corpora poderem ser constitudos por extractos de textos ou
por textos integrais, leva Sinclair (1996) a evitar a utilizago do termo texto em
favor da expresso pieces of language, opgo terminolgica que indicia, no
que concerne ao conceito de texto, um posicionamento terico no explcito,
Note that the non-comminttal word 'pieces of language' is used above, and not
'texts'. This is because of the question of sampling techniques used. If samples
are to be all same size, then they cannot all be texts. Most of them will be
27
fragments of texts, arbitrarily detached from their contents (Sinclair, 1996:6).
Com esta observago, Sinclair faz uma tmida incurso nas questes tericas
relativas ao texto, admitindo que os corpora podem ser constitudos por outras
realidades que no textos, nunca chegando a explicitar o seu entendimento do
mesmo. amda com alguma surpresa que verificamos que Sinclair e Ball nem
mesmo no documento Preliminary recommandations on Text Typology
(1996) definem o conceito de texto, sendo a supracitada assergo desprovida
de valor, uma vez que no revela um posicionamento claro face s teorias do
texto.
Convictos da indispensabilidade de assumirmos um posicionamento terico
inequivoco no que se refere ao conceito de texto (cf. ponto 2.2.1), e por
entendermos no corresponder a expresso pieces of language de Sinclair
(1996) a um conceito da lingustica, recorremos, neste momento, para
mencionar os dados lingusticos que integram os corpora, ao conceito de
enunciado na acepgo de Greimas, isto , [...] toute grandeur pourvue de
sens, relevant de la chane parle ou du texte crit, antrieurement toute
analyse linguistique ou logique (Greimas, 1979:123).
Deliberadamente, exclumos da tipologia que apresentamos os corpora
lexicogrficos, isto , os corpora de frequncias, os corporade palavras, etc.
2.1. Corpora de textos integrais e Corpora de extractosde textos
Um dos princpios a partir do qual Smclair constri a sua tipologia diz
respeito aos atributos dos enunciados que constituem os corpora. Esses
28
enunciados podem corresponder a textos integrais ou a amostras de textos,
sendo o primeiro tipo de corpus designado por text corpus ou ainda por
whole text corpus e o segundo por samples corpus.
Kennedy, por sua vez, diz-nos que tambm os samples corpus podem
ser constitudos por textos integrais: A sample text corpus may consist of
complete texts sampled from a population of complete texts (sometimes called
a full-text corpus) or it may consist of samples of a specified size taken from
complete texts (Kennedy, 1998:21). Pensamos, na verdade, no poder
confundir a nogo de amostra com a de extracto. Efectivamente, tanto os textos
integrais como os extractos de textos podem servir de amostras, sendo que
corpus de amostragem no se pode opor a corpus de textos integrais.
2.2. Corpora comparativos e corpora paralelos
Os corpora comparativos e os corpora paralelos caracterizam-se por
recorrer, no mnimo, a dois sistemas lingusticos distintos.
Os corpora comparativos so conjuntos de enunciados bilingues ou
multilingues que permitem comparar dois ou mais sistemas lingusticos: [...]
some multilingual corpora might more truly be described as small collecttons of
individual monolingual corpora in the sense that they use the same or similar
sampling procedures and categories for each language but contain completely
different texts in those several languages (Mc Enery and Wilson, 1996:57).
Por sua vez, os corpora paralelos so constitudos por dois conjuntos de
enunciados idnticos representados, em geral, por dois sistemas lingusticos
29
distintos: Paralel corpora are corpora which. rather than simply employing the
same sampling procedures. actually hold the same texts in more than one
language (Mc Enery and Wilson. 1996:58). Frequentemente, os corpora
paralelos so constitudos por textos traduzidos, no se sabendo na maiona
dos casos, qual a lngua de partida e qual a lngua de chegada.
2.3. Monitor corpora
Originariamente. o monitor corpora era constitudo por uma quantidade
pr-definida de enunciados. Quando surgia a necessidade de renovar o corpus,
os enunciados mais desactualizados e antigos eram subtrados e passavam a
fazer parte de arquivos: t was originally envisaged that the monitor corpus
would remain the same size with 'old' material being relegated to the archives
as new material was added [...] (Pearson, 1998:45).
Mas de esttico, o corpus passou a ser considerada uma entidade
dinmica. Na definigo deste conceito apresentado no ponto 1.2, o monitor
corpora concebido como um objecto dinmico (dynamic corpora) que
permite a observago e o estudo de aspectos da lngua atravs das suas
actualizages ao longo de vnos perodos. Um monitor corpora dinmico
porque permite a introdugo de uma dimenso diacrnica aos corpora
contemporneos. que Kennedy explicita do seguinte modo: A monitor corpus,
more analogous to a moving picture than a snapshot, is so-caled because it
provides the means to monitor changing pattems of usage over time
(Kennedy. 1998:61).
30
Em 1996, Sinclair introduz a nogo de rate of flow, que vem reforgar o
carcter dinmico do monitor corpus, j explanado em 1991 (cf. ponto 1.2).
A introdugo deste conceito tem repercusses ao nvel do tamanho do corpus,
uma vez que o volume de dados aumenta com regularidade oportunista:
Quantity of text replaces planning of sampling as the main compilation
criterion (Kennedy, 1998:61).
A metodologia utilizada na recolha e na constituigo de dados no obedece
ao critrio de representatividade. nem de equilbrio que se refere a um mesmo
gnero ou a um mesmo tipo de texto: lnstead of setting, say 10 million words
as the proper proportion of that genre. the seeting could just as easily be 10
millions words a year. Or a month, or a week. The language would flow through
the machine, so that at any time there would be a good sample available,
comparable to its previous and future state (Sinclair, 1996:23).
Com a utilizago desta tcnica pretende aumentar-se o volume de dados,
por forma a permitir a observago de vrios estados da lngua.
2.4. Corpora de referncia
Num corpus de referncia, a representatividade e a extenso dos
enunciados que o constituem so parmetros essenciais para que Ihe possa
ser confendo o estatuto de objecto referencial, cuja finalidade a de
disponibilizar informago compreensiva sobre a lngua.
A representatividade do corpus traduz-se na diversidade e na
homogeneidade dos materiais lingusticos seleccionados, que devem exprimir o
31
maior nmero possivel de situages em que a lngua usada, estando deste
modo representadoo todos os sujeitos falantes que utilizam um sistema
lingustico, num determinado espago geogrfico. Desta diversidade so, porm,
excludos todos os enunciados de especialidade. Assim, corpus de referncia
definido do seguinte modo: [...] / recommand for a general corpus that any
specialized material is either kept out or stored separately as an ancillary
corpus. A general reference corpus is not a collection of material from different
specialist areas- technical. dialectical, juvenile. etc. . It is a collection of material
which is broadly homogeneous, but which is gathered from a variety of sources
so that the individuality of a source is obscured, unless the researcher isolates a
particular text (Sinclair, 1991:17).
Esta definigo de corpus de referncia no nos satisfaz na sua globalidade.
A que tipo de material se refere Sinclair, quando sugere que o corpus deve ser
constitudo por a collection of material which is broadly homogeneous?
Sabemos que os corpora de referncia so compostos, na sua grande maioria,
por textos jornalsticos, estando assim salvaguardado um critrio de
representatividade, se tivermos em conta o grande pblico a quem se destmam
os jornais.
No entanto. tambm sabemos que grande parte dos textos jomalsticos
incidem em reas especficas, tais como a Economia, a Crtica, a Arte, a
Poltica, etc. Quando estes assuntos so explanados em jornais, o grau de
especialidade dos conceitos, dos termos e dos discursos inferior ao grau de
especialidade de textos de especialidade, dado o pblico a quem se dihgem
estes ltimos ser composto por especialistas.
32
Devido penetrago cada vez maior das reas de especialidade na vida
quotidiana, podemos considerar o texto jornalstico um texto hbrido devido ao
recurso intercalar de vocabulrio usual com termos. Em 1971, Phal diz-nos a
este propsito: [...] /a langue courante fait des emprunts de plus en plus
nombreux aux vocabulaires scientifiques et techniques [. . .], ce qui traduit le fait
que notre vision du monde est de plus en plus influence par la science et
technique (Phal, 1971:7). A tecnologizago da sociedade torna a fronteira
entre a lngua corrente e a lngua de especialidade cada vez menos ntida.
Sinclair no se debruga suficientemente sobre o conceito de rea de
especialidade e por isso no tem em conta os vrios nveis de lngua usados
em contextos especializados distintos. Porm, tal investida seria fundamental
para se decidir que tipo de materiais deve constar de um corpus, para que ele
seja considerado de referncia.
Aceitar a validade da definigo de Sinclair, levar-nos-ia a considerar que o
Corpus de Referncia do Portugus Contemporneo (CRPC) se baseia em
pressupostos errados de selecgo de materiais: The CRPC [...] is an
electronically based linguistic corpus containing at the present 92 million words
by sampling from several types of written speech (literary, newspaper,
technicai scientific, didactic. economics, decisions of the supreme court of
justice parliament) and oral speech formal and informah (Bacelar, 2000:1603).
Tal como podemos constatar, este corpus constitudo por textos de
especialidade que, de acordo com Sinclair, no devem fazer parte de um
corpus de referncia.
33
Se relativamente definigo do conceito de corpus de referncia (cf.
Sinclair, 1991, 1996) e sua constituigo (cf, Bacelar, 2000) no ficmos
satisfatoriamente esclarecidos, ficmo-lo quanto fungo atribuda a um
corpus de referncia: lt aims to be large enough to represent all the relevant
varieties of the language, and the characteristic vocabulary, so that it can be
used as a basis for reliable grammers. dictionaries, thesauruses and other
reference materiah (Sinclair, 1996:21). a partir do corpus de referncia que
se extrai a informago pertinente para a constituigo de matehais de referncia,
tais como os dicionrios e as gramticas. entre outros.
Finalmente, queremos distanciar-nos de Pearson, quando esta afirma: [...]
a general reference corpus appears to be the superordinate in the hierarchy,
[...] (Pearson, 1998:44). Se partirmos do princpio que o conceito de monitor
corpora pode ser equiparado ao de arquivo, proporcionando uma abordagem
diacrnica aos corpora contemporneos, ento o monitor corpora funciona
como hipernimo de todos os outros tipos de corpora, uma vez que mais
abrangente e lato do que qualquer outro:
Monitor corpus 1 Arquivo
Corpus de referncia
Corpus de extractos Corpus de textos integrais
r''
Corpora paralelosJ
r
Corpora comparativos Corpora paralelos Corpora comparativosk *
34
As relages hierrquicas existentes entre os vrios tipos de corpora de
lngua corrente. assim como as suas dependncias, esto patentes nesta
representago. estando dela excludos os corpora de especialidade,
2.5. Corpora de especialidade e corpora especiais
Sinclair utiliza os termos sublanguage e special corpora para
designar todos os enunciados que so produzidos em situages sociais
especficas, devendo alm dos critrios internos, recorrer-se tambm a critrios
externos para definir tais conceitos que se opem, pela sua natureza, ao de
corpus ao de referncia: A sublanguage is at the other end of the linguistic
spectrum from a reference corpus (Sinclair, 1996:20). Assim, deduzimos que
todo o enunciado que, devido s suas caractersticas, no pode integrar o
corpus de referncia. faz parte integrante de corpora especiais. Baseando-se
em Sinclair, Pearson apresenta-nos alguns exemplos de corpora especiais:
Examples of special corpora given by Sinclair are corpora of the language of
children. the language of geriatrics, the language of non native-speakers and
the language ofvery specialized areas of communications (Pearson, 1998:46).
Geraimente, quando tais conjuntos de dados so abordados do ponto de vista
lingustico, cria-se a expectativa de encontrar desvios norma. a constatgo
desses desvios que impede de os incluir no corpus de referncia, em razo de
o resultado da extracgo de um enunciado deste tipo no constituir um
subcorpus, porque A subcorpus has all the properties of a corpus but
happens to be part of a larger corpus (Sinclair, 1996:9).
35
No podemos, no entanto, aceitar que enunciados resultantes de
situages de comunicago entre especialistas sejam includos num corpus
especial, ou sejam entendidos como uma sublngua, j que de forma alguma
podemos considerar que nestes enunciados existem desvios norma. 0 que
encontramos neste tipo de enunciados so termos utilizados com acepges
diferentes e construges morfossintcticas que. idealmente, reflectem
comunicages monorreferenciais e no ambguas, inerentes s situages de
comunicago especializada: Les corpus spcialiss runissent des donnes
linguistiques relatives une dimension particulire: un domaine, un thme, une
situation de communication (Habert et alii, 1998:37)
Consideramos que os discursos proferidos em situages de
especialidade constituem corpora de especialidade, que requerem
aproximages metodolgicas e tericas particulares.
Assim, o conjunto dos enunciados produzidos por especialistas em
Detecgo Remota constituem um corpus de especialidade. Se o conjunto de
enunciados de especialidade for representativo dos enunciados produzidos
pela classe profissional em causa e se a quantidade de enunciados recolhidos
for significativa, ento assumimos estar perante um corpus de referncia de
especialidade:
Corpus de referncia (LSP)
Corpus de extractos Corpus de textos integrais
Corpora paralelos Corpora comparativos Corpora paralelos Corpora comparativos
36
A representatividade dos enunciados que compem um corpus uma
questo central da constituigo dos corpora de especialidade, uma vez que a
diversidade dos textos no seio de uma rea de especialidade imensa: [...]
I'troitesse du sujet n'empche pas sa diversit interne, et le problme ne
consiste l encore concevoir un corpus quilibr, que l'on puisse considrer
comme chantillon de l'ensemble que l'on veut analysen> (Habert et alii,
1998:37).
A nogo de representatividade em corpora especializados no
pressupe a nogo de quantidade. dado que a produgo de textos numa rea
de especialidade, numa lngua determinada, pode ser diminuta, assumindo o
tamanho do corpus um valor relativo.
3. Corpora anotados
Com o intuito de ampliar as possibilidades das anlises textuais, surgem
os corpora anotados que pressupem uma selecgo rigorosa dos textos, aos
quais se adiciona informago em conformidade com os objectivos de um grupo
de investigadores ou com as necessidades gerais de um sector da
comunidade.
A informago acrescentada ao corpus no seu estado bruto (raw corpus)
pode ser da ordem da:
i) lingustica: informago morfolgica, sintctica, pragmtica,
semntica, etc,
37
ii) representago fsica e lgica: ttulo, subtitulos, maisculas,
sublinhados, pargrafos. etc.
Em ambos os casos estamos perante a introdugo de informago
metalingustica, representada atravs de um sistema de cdigos que obedece
a pressupostos tericos e metodolgicos, assim como a finalidades bem
distintas.
Para Leech, a anotago entendida como: [...] the practice of adding
interpretative, linguistic information to an electronic corpus of spoken and / or
written language data (Leech, 1997:2), que no se confunde com os conceitos
de mark-up ou de encoding.
Assim, anotar um corpus significa associar informago lingustica a
segmentos de texto, recorrendo para o efeito a um conjunto de smbolos, as
etiquetas. por forma a poder identific-los, com vista ao seu tratamento
automtico. Esta operago designada de etiquetagem, constituindo o produto
final um corpus etiquetado.
Anotar um corpus pode tambm ter por finalidade a introdugo de um
sistema de cdigos, cujo objectivo o de delimitar, por exemplo, um itlico, um
ttulo, um pargrafo, um sublinhado, etc: This record can be represented
eectronically in the computer by special codes and mark-up, and one-to-one
mapping between these and symbols can be maintained: the original
orthographic document is simply replaced by an unambiguous representation in
the forma of an electronic documenh (Leech, 1997:3). Os cdigos que
permitem, de forma no ambgua, dar conta da representago de um texto
38
designam-se por balizas, sendo esta operago designada de balizagem e o
produto final de corpus balizado.
Assim, anotar significa balizar ou etiquetar segmentos de textos no seio
de um corpus. Deste modo, consideramos a anotago o hipernimo de
balizagem e de etiquetagem, sendo ambos co-hipnimos:
Em lngua portuguesa, o termo anotago utilizado ora como sinnimo
de etiquetagem, ora como sinnimo de balizagem.
No contexto desta dissertago utilizaremos o termo anotago como um
genrico, para designar qualquer tipo de adigo de nformago ao texto na sua
forma bruta.
3.1. SGML
SGML - Standard Generalized Markup Language1 uma norma ISO
(International Organization for Standardization) que foi criada a fim de se atingir
uma maior flexibilidade na utilizago. na reutilizago e na permuta de
1
International Organization for Standardization, ISO 8879; Information processing- Text and
office systems- Standard Generalized Markup Language (SGML), ([Geneva]: ISO, 1986)
39
documentos. 0 objectivo desta norma a de facultar: [...] an unambiguous
format for text interchange and a markup language that would be sufficiently
rich to permite any (future) processing (Herwijnen, 1994:22), permitindo uma
codificago universal de algumas das componentes de um texto.
SGML uma metalinguagem que inclui a) uma sintaxe abstracta, cuja
finalidade a de permitir a balizagem descntiva dos elementos presentes num
documento; b) uma sintaxe concreta de referncia, que serve de base sintaxe
abstracta e c) declarages que exprimem uma sintaxe de balizagem aplicada,
A sintaxe abstracta d conta dos esquemas de codificago de
aplicages que podem ser empregues pelos utilizadores e que estabelece o
esquema conceptual da metodologia SGML. A sintaxe concreta , por sua vez,
uma realizago da sintaxe abstracta, que utilizada para codificar um
documento, fornecendo um lote comum de cdigos de caracteres e de
delimitadores que devem ser utilizados nas aplicages,
Os cdigos de caracteres esto definidos na norma ISO 646, enquanto
que os delimitadores fazem parte da sintaxe concreta de referncia usada pela
norma SGML:
Delimitadores Utilizago i
< Abertura de baliza de incio
</ Abertura de baliza de fim
<! Abertura de declarago de balizagem
<? Abertura de instruco de tratamento
> Fecho da baliza
- Incio e fim de comentno
# Indicadorde nome reservado
40
Os delimitadores so utilizados para construir etiquetas <MEMO> que
marcam os elementos, isto , as partes lgicas do documento (captulo,
secgo, ttulo, pargrafo, etc).
Um documento que tenha sido balizado com SGML est preparado para
permutar informages ao nvel da forma e da estrutura, separando, atravs da
utilizago de balizas, a representago fisica da representago lgica, propondo
convenges gerais para os vrios tipos de textos. (cf. Habert, 1997:153),
A norma SGML constitui, assim, um meio para descrever documentos,
independentemente dos tipos de computadores, dos sistemas operativos e dos
programas de pagmago.
Um documento SGML est dividido em trs partes lgicas: a declarago
SGML, a definigo de tipo de documento (DTD) e a instncia do documento.
A declarago SGML define a sintaxe concreta de referncia e especifica
toda a mformago dependente da mquina em que se trabalha. Esta
declarago antecede a DTD e corresponde primeira parte do documento
SGML : The SGML declaration defines which characters are used in a
document instance, which syntax the DTD is written in, which SGML features
are used, and so on (Herwijnem, 1994:269). Caso o utilizador no mencione
explicitamente uma declarago, o sistema assume uma declarago pordefeito.
Exemplifiquemos:
<! SGML"IS0 8879 : 1986"
CHARSET
BASESET "ISO 646 : 1983// CHARSET
Intemational Reference Version (IRV) / / ESC 2/5 4/0
DESCSET 0 9 UNUSED - the first 9 characters starting are not used--
9 2 9 - the next two, 9 and 1 0, map onto 9 and 1 0 of
the baseset --
41
11 2 UNUSED -- 11 and 12 are not used--
13 1 13 -- 13 is mapped onto 13on the baseset --
14 18 UNUSED -the next 18, satarting with 14, are unused
32 95 32 -- the next 95, starting with 32, are mappedonto 32-126 of the baseset --
127 1 UNUSED - the character 127 is unused --
CAPACITY PUBLIC "ISO 8879 : 1986/ / CAPACITY REFERENCE/ / EN"
SCOPE DOCUMENT
SYNTAX PUBLIC "ISO 8879: 1 986/ / SYNTAX REFERENCE/ / EN"
MINIMIZE
LINK
OTHER
FEATURES
DATATAG NO OMITTAG YES RANK NO SHARTTAG YES
SIMPLE NO IMPLICIT NO EXPLICIT NO
CONCUR NO SUBDOC NO FORMAL NO
APPINFONONE>
In Herwijnem (1994:122)
As componentes da declarago SGML esto explicitadas na norma e, a
ttulo de exemplo. apresentamos um quadro explicativo das palavras chave e
dos parmetros que podem constar de uma declarago:
Keyword Parameter Explanation
CHARSET document character st start of description of
document's character set
BASESET public identifier Document base character set
DESCSET 0 9UNUSED document's character set, in
terms of the base set
CAPACITY public identifier limits not to oe exceeded bydocument
SCOPE DOCUMENT syntax applies to DTD as well
as document
SYNTAX public identifier syntax used by document
FEATURES Start of features descnbes features used
(MINIMIZE, LINK, etc.)
APPINFO NONE application specific
information
Herwijnem (1994), Practical SGML, Boston/Dordrecht/London, Kluwer Academic, pp. 122-123
Todas as regras que definem os tipos de elementos prprios a um
documento esto contidas numa DTD. Assim, a DTD define as regras de
42
balizagem de um documento ou de uma classe de documentos, permitindo a
descrigo da sua estrutura lgica hierarquizada.
Segundo Habert, balizar um documento significa indicar as subdivises
e as suas relages que compem a estrutura de um documento. Tal
identificago passa por dois momentos distintos, mas consecutivos. Num
primeiro momento, define-se uma DTD. que pode ser equiparada escrita de
uma gramtica de classes de documentos e num segundo momento, introduz-
se: [...] des balises choisies dans le document relevant de cette DTD, en
respectant les rgles dites pour leur combinaison (Habert, 1997:1 54).
So consideradas componentes da DTD SGML os elementos, as
entidades e os atributos.
Os elementos definidos pela DTD [...] peuvent apparatre dans un type
de document prcis et leur associe un nom, qui fgure dans les balises
correspondantes. Elle prcise le contenu des lments (s'ils peuvent ou non
tre dcomposs dans des lments plus petits (Habert at alii, 1998:64). As
entidades, por sua vez, so formas abreviadas de cadeias de caracteres que
ocorrem com frequncia, reenvios ou servem ainda para incluir outras DTD.
Os atributos, finalmente, permitem associar informago complementar
ao documento balizado.
A estrutura da DTD bivalente, determinando, num primeiro momento,
os jogos de caracteres utilizados. fixando as opges permitidas; num segundo
momento, definindo de forma efectiva um documento.
Apresentamos uma DTD definida pelo autores do TEI (Text Encoding
Initiative) e retomada como exemplo por Habert (1998:65);
43
<! - - <'DOCTYPE tei.2 SYSTEM "tei2 dtd" [ - ->
<!-- TEI LiteDTD
<! - - Text Encoding Imtiative: Guidelines for Electromc
<! - - Text Encoding and Interchange. Document TEI P3, 1994
<! - - Copynght (c) 1994 ACH, ACL, ALLC. Permisson to copy
<! - - in any form is granted, provided this notice is
<! - - inculded in all copies
<!ELEMENT hstBibl -- ((head)?, (bibl | biblFull)+. (trailer)?)>
<!ELEMENT bibl - 0 (#PCDATA | ident| code | kw | abbr | address
date | name | num | rs | time | add | corr | del | gap | orig | reg |sic | unclear | emph | foreign | gloss | hi | mentioned | soCalled |
term | tilte | ptr | ref | xptr j xref | anchor | s | seg | gi |
formula | author | biblScope | edition | editor | extent | idno|
imprint | note| publisher | pubPlace | respStmt) *>
<'ELEMENT biblFull - 0 (titleStmt, (editionStmt)?, (extent)?,
publicationStmt, (senesStmt)?, (notesStmt)?, (sourceDesc)")>
<!ELEMENT title - 0 #PCDATA | ... | text)*)>
<!ATTLIST title
langlDREF #IMPLIED
rendCDATA#IMPLIED
level (a | m|j |s| u)#IMPLIED
typeCDATA#IMPLIEDTEIform CDATA "title">
<!ELEMENT impnnt-
(pubPlace | publisher | date i ciblScope.r>
Toda a informago contida na DTD definida pelo balizador, que
conjuga a sintaxe SGML com o conhecimento que tem de um documento,
construindo uma gramtica do documento estudado.
- ->
- - >
- - >
. - >
. - >
44
a mstncia que contem os dados balizados incluindo as referncias ao
DTD, caso este no esteja presente no texto. A utilizago do termo instncia
deve-se ao facto de ele remeter para uma realizago concreta de uma classe
de documentos que tem a estrutura definida por uma DTD: The document
instance is the part of SGML document that contains the marked up textual
data (Herwijnem, 1994:273).
0 SGML uma metalinguagem que permite definir uma gramtica
normalizada da representago fsica e lgica dos diferentes tipos de
documentos.
3.2. TEI
0 esquema de balizagem definido pelo TEI - Text Enconding Initiative -
uma aplicago do SGML, que foi desenhado para ser aplicado a qualquer tipo
de texto. abstraindo da lngua em que foi escnto, da data em que foi produzido
ou do gnero a que pertence.
O TEI um projecto que resulta do financiamento de trs grandes
associages- Association for Computational Linguistics (ACL), a Association
forLiterary and Linguistic Computing (ALLC) e a Association for Computers and
the Humanities (ACH), a fim de [...] provide standardised implementation for
machine-readable text interchange (McEnery. Tony e Wilson, Andrew,
1997:27).
45
A originalidade do TEI consiste em propor conjuntos de directrizes para
o uso adequado da norma SGML, aplicado codificago de textos (cf.
Sperberg-Mc Queen and Burnard, 1994).
No TEI, cada texto ou documento constitudo por um cabegalho
(headen>) e por um corpo, isto . o texto propriamente dito. Do cabegalho
consta informago acerca do texto : autor, ttulo, eto. Do texto. faz parte
nformago que permite uma interpretago no ambgua do mesmo.
Para a anotago do cabegalho e do texto de cada documento recorre-se
s balizas (tags) e s entidades referenciais (entity references), sendo o
texto, assumidamente, constitudo por elementos (elements) que so
anotados com as balizas ou os delimitadores que fazem parte da sintaxe
concreta de referncia proposta na norma SGML. Apresentamos um exemplo
da utilizago das balizas SGML que d conta da extenso de um pargrafo:
<p>
Isto foi a essncia.
</p>
Assim, as balizas < > e </...> indicam, respectivamente, a abertura e o
fecho de uma baliza, sendo que a letra minscula p remete para a nogo de
pargrafo.
Contrariamente s balizas, as entidades referenciais so delimitadas
pelos caracteres & e ;. Assim sendo, uma entidade referencial uma forma
abreviada (shorthand form) para codificar informago especfica dentro do
texto. Sempre que um elemento acompanhado do carcter & ou ; seguido de
uma forma abreviada significa que pode ser substitudo por uma informago
mais ampla e detalhada que se encontra fora do texto, designada por feature
46
system declaration (FSD). que considerado um tipo de documento auxiliar
no seio doTEI.
0 exemplo dado por McEnery, Tony e Wilson, Andrew (1997:28) ilustra
bem este procedimento. Quando, no seio de um texto, surge a forma polished
anotada com vvd . polished&vvd;, significa que o primeiro v est para verbo, o
segundo v para verbo de base lexical e o d para particpio passado. A entidade
referencial &vvd; pode referir-se a uma FSD que contm a informago extensa
referente ao significado da forma abreviada:
<fs id=vvd type=word-form><f name=verb-clas><sym value=verb>
<f name=base><sym value=lexical>
<f name=verb-form><sym value=past>
</fs>
A forma abreviada pode a qualquer momento ser substituda pela sua
descrigo.
No entanto, a DTD a nogo fulcral do TEI: This is a formal
representation which tels the user or a computer program what elements the
text contains, how these elements are combined, and also contains a set of
entity declarations, for example representations of non-standard characters
(McEnery, Tony e Wilson. Andrew (1997:28). 0 TEI contem normas pr-
definidas para balizar tipos de documentos, tais como poemas, artigos de
dicionrios, fichas terminolgicas, eto.
Na criago de uma DTD, cabe ao utilizador decidir o grau de
complexidade que quer conferir anotago de um documento. em consoncia
47
com o objectivo que o move: /f is important to remember that every document
type definition is an interpretation of a text. There is no single DTD which
encompasses any kind of absolute truth about a text. [...] (Sperberg C.M. e
Burnard, Lou, 1994:19),
o utilizador que interpreta um documento, recorrendo ao TEI para fixar
a sua interpretago.
3.3. CES
O CES (Corpus Encoding Standard) surge no seguimento do TEI em
consequncia dos projectos europeus EAGLES e MULTEXT. Tal como o TEI, o
CES ainda no uma norma, mas sim uma proposta de norma que tem por
finalidade [...] fournir des propositions d'encodage minimal pour les corpus
lectroniques. la fois pour faciliter leur intgration dans une base de donnes
textuelles et pour leur associer les informations structurales et linguistiques
ncessaires (Habert, 1998:100).
Tal como vimos no ponto anterior. o TEI visa a balizagem de todo o tipo
de documentago: corpus, artigos lexicogrficos, fichas bibliogrfias, etc 0
CES vem especializar-se e dedicar-se exclusivamente anotago de corpora,
retendo somente uma parte do TEI, que especifica e prolonga.
O objectivo explcito do CES a reutilizago dos corpora, incidindo o
seu campo de acgo no tratamento automtico dos dados, recorrendo para tal
a trs nveis de anotago. 0 pnmeiro nvel diz respeito anotago dos dados
estruturais de base do corpus, o segundo nvel de anotago ocorre nos
48
objectos lingusticos e o terceiro nos objectos textuais com um estatuto
lingustico menos nitido (cf. Habert et alii, 1998:101-102).
Ainda de acordo com Habert: Chaque niveau d'annotation doit tre
valid par l'utilisation d'un parseur SGML mum de la DTD correspondante
(Habert et aln. 1998:102).
0 CES corresponde a um proposta de norma mais completa e complexa
que visa a balizagem de corpora, permitindo associar-lhe etiquetagens
metalingusticas.visando o levantamento automtico de informago.
0 CES distmgue-se do TEI por aplicar-se exclusivamente a corpora,
permitindo diversos nveis de anotago, correspondendo cada nvel de
anotago a uma DTD diferente: L o la TEI insre dans le mme document
les balises correspondant aux diffrents niveaux d'annotation envisags, CES
repartit ces balises dans des documents distincts,relevant de DTD diffrentes
(Habert et alii, 1998:101). A anotago, assim, feita por camadas distintas e
no atravs da interacgo das diferentes anotages, podendo coexistir vrias
anotages do mesmo nvel: On peut ainsi utiliser diffrents tiqueteurs
morphosyntaxiques (Habertet alii, 1998:101).
A associago das diversas formas de anotago- balizagem e
etiquetagem- permite aumentar em qualidade e em quantidade o tratamento
automtico da lngua natural (TALN), obtendo resultados cada vez mais
performativos, necessrios para o desenvolvimento da lngua.
49
3.4. Etiquetagem gramatical (part-of-spech annotation)
As etiquetas metalinguisticas so adicionadas aos corpora brutos, por
forma a tornar explcita a informago sobre a lngua que est presente de modo
implcito no corpus, permitindo um tratamento mais rpido e eficiente da
informago e da anlise lingustica. A este propsito, McEnery e Wilson
apresentam o seguinte exemplo: For example. the pad-of-speech information
'third person singular present tense verb' is always present impiicitly in the
forma loves. but it is only retrieved in normal reading by recourse to our
preexisting knowledge of the grammar of English (McEnery; Wilson, 1997:24).
A etiquetagem de um corpus explicita a interpretago levada a cabo por um
anotador ou por uma equipa de investigago.
Para que um corpus seja reutilizado, multifuncional e facilmente
manejvel pelos utilizadores, essencial terem-se presentes algumas linhas
orientadoras no momento de proceder sua etiquetagem. Leech (1997)
menciona algumas mximas que devem guiar o anotador
Assim, o corpus etiquetado deve permitir uma grande flexibilidade aos
utilizadores, podendo estes a qualquer momento subtrair as etiquetas ao
corpus, facultando um regresso inequvoco ao corpus bruto. A bateria de
etiquetas, tal como as orientages que presidem etiquetagem, devem ser
disponibilizadas ao utilizador, devendo este ficar esclarecido sobre como e
quem procedeu etiquetagem. Geralmente, este tipo de informago est
contido num ficheiro, em apndice ao corpus.
50
A etiquetagem no sendo um processo infalivel, um instrumento de
grande utilidade Mas para que um corpus etiquetado seja reutilizvel pelo
maior nmero possvel de utilizadores, fundamental que a etiquetagem usada
obedega a critrios to consensuais quanto possvel e que se baseie em
princpios tericos neutros. No entanto, nenhum esquema de etiquetagem tem
a priori o condo de ser considerado uma norma, uma vez que a norma surge
de uma prtica consensual.
0 tratamento automtico ou semi-automtico da lngua natural
pressupe a etiquetagem de elementos lingusticos mediante uma bateria de
etiquetas concebidas em fungo do nvel lingustico e do grau de mincia com
que se pretende tratar o corpus. As etiquetagens podem ser atribudas aos
segmentos de forma automtica, utilizando para o efeito um etiquetador
(taggen>) ou podem ainda ser atribudas de forma manual.
0 corpus pode ser etiquetado totalmente ou parcialmente, obedecendo
aos critrios pr-estabelecidos pelo linguista.
Actualmente. os nveis lingusticos tratados com sucesso so os nveis:
ortogrfico, fontico, prosdico, gramatical, sintctico. semntico, discursivo,
pragmtico e estilstico.
A etiquetagem sintctica corresponde prtica de adicionar informago
sintctica a um corpus, ao incorporar indicadores de informago sintctica no
texto.
As etiquetagens gramatical e sintctica so, frequentemente, tratadas
em conjunto, j que ambas do conta das caractersticas gramaticais de um
texto, sendo a etiquetagem gramatical considerada um pr-estgio necessrio
51
etiquetagem sintctica. Leech considera estes dois nveis de tratamento
simbiticos: ln fact. there are strong argument that these are nor really distinct
levels at all: gramatical tagging is merely a specification of the leaves (or pre-
terminal nodes) of the phrase-structure (PS) tree which is favoured model for
syntactic annotation (Leech, 1997:19).
0 facto de uma etiquetagem sintctica pressupor uma etiquetagem
gramatical confere a esta ltima um valor acrescentado no seio do TALN.
Atribuir etiquetas gramaticais a um corpus significa associar a cada
unidade lexical a sua categoria morfossintctica, utilizando para o efeito um
conjunto de etiquetas pr-definidas. Embora no exista nenhuma norma que
mstitua e defina o conjunto de etiquetas a utilizar. tem-se por referncia as
batenas de etiquetas (tagset) utilizadas nas etiquetagens dos grandes
corpora, tais como a British National Corpus (BNC), o Lancaster-Oslo/Bergen
Corpus (LOB Corpus) e a Surface Underlying Structure Analysis of Natural
English (SUSANNE) para a lngua inglesa; para a lngua francesa, o Menelas e
o Mitterand 1, entre outros.
O resultado obtido aps a etiquetagem gramatical de um corpus pode
ser apresentado num formato horizontal ou vertical. Apresentamos um extracto
retirado do LOB corpus2 no seu formato horizontal, em que a cada unidade
lexical acrescentada uma etiqueta morfossintctica:
A01 2A *' *'
stop_VB electing_VBG life_NN peers_NNS *"_"'_A01 3
A
by_IN Trevor_NP Williams_NP ._.
A01 4 Aa_AT move_NN to_TO stop_VB \0Mr_NPT Gaitskell_NP from_INA01 4 nominating_VBG any_DTI more_AP labour_NNA01 5 life_NN peers_NNS is_BEZ to_TO be_BF made VBN at_IN a_AT meeting_NN
A01 5 of_IN labour_NN \0MPs_NPTS tomorrow_NR ._.
A01 6A
\0Mr_NPT Micheal_NP Foot_NP has_HVZ put_VBN down_RP a_AT
2
http://www hit.uib/no/icame/lob-eks.html
52
A01 6
A01 7
A01 7
A01 8
resolution_NN onJN the_ATI subject_NN and_CC
he_PP3A is_BEZ to_TO be_BE backed_VBN by_IN \0Mr_NPT Will_NP
Griffiths_NP '_' \OMP_NPT for_IN Manchester_NP
Exchange_NP ._.
Apresentamos o mesmo extracto na sua forma vertical, em que cada
unidade lexical apresentada em linhas separadas, acompanhada da sua
etiqueta, assim como de alguma informago adicional:
A012001
A012002
A012010
AO12020
A012030
A0 12040
A0 12041
A012042
A013001
A013010
A013020
A013030
A0 13031
A014001
A014010
A014020
A014030
AO 14040
A014050
AO 14060
A014070
A014080
AO 14090
A014100
A014110
AO 15010
A015020
AO15030
AO 1 5040
A015050
A015070
A015080
A015090
A015100
A015110
A015120
A015140
A015141
VB
VBG
NN
NNS
IN
NP
NP
stop
electing
life
peers
AT
NN
TO
VB
NPT
NP
IN
VBG
DTI
AP
NN
NN
NNS
3EZ
Tu
BE
IN
A.T
NN
IN
NN
NPTS
NR
by
Trevor
Williams
move
to
stop
\0Mr
Gaitskell
froma
nominating
any
more
labour
hfe
peers
is
to
be
at
a
meetingof
labour
\0MPs
tomorrow
\Q
\0
Cada uma das etiquetas que acompanham as unidades lexicais so
etiquetas que constituem baterias de etiquetas: que permitem identificar em
contexto cada uma das formas constituintes do corpus.
53
Assim, a ttulo de exemplo. no LOB corpus ,a classe de palavras 'nome'
apresenta as seguintes classificages:
N
NP
NPS
NPL(S)
NPT(S)
NNP(S)
JNP
noun
'true proper name'
plural proper name
locative nouns with word-initial capital
titular names with word-initial capital
common noun habitually written with a word-
capital
adjective habtually written with a word-initial
capital
Outro jogo de etiquetas o utilizado pelo corpus francs Mitterand 1, em
que a frase:
[ . . . ] moi, je suis de la France - je ne dis pas: je suis la France
etiquetado da seguinte forma:
moi, je,5II II II M
Kf."i i i H
je.je,5suis.tre.1 1
de,de,81
la,le,7
France,France,22
--,P
je,je,5ne,ne,6
dis,dire.11
pas,pas,6
:,:,p
je.je,5suis,tre,1 1
la,le,7
France,France,22
[...]-
54
0 texto etiquetado e constitudo por conjuntos de trs elementos. em
que o pnmeiro corresponde a unidade lexical tal como surge no corpus. o
segundo corresponde ao lema e o terceiro corresponde sua categona, que
est representada por um nmero.
Os poucos exemplos de baterias de etiquetas que apresentmos,
deixam antever uma grande disperso e disparidade quer na cnago e na
utilizago de etiquetas, quer, mais particularmente, das realidades lingusticas
que estas cobrem: On peut ainsi par exemple avoir des tiquettes pour les
articles. et considrer les possessifis (mon, ton, son. etc.) comme faisant partie
des adjectifs. ou bien mclure les uns et les autres dans une catgorie
"dterminants" (Vronis J. .Khouri L, 1995: 236).
As divergncias tericas subjacentes etiquetagem das unidades
lexicais e dos segmentos lingusticos constituem um dos maiores entraves ao
consenso entre os especialistas. A identificago e a atribuigo das etiquetas
adequadas s entidades lingusticas, assim como o estabelecimento de regras
lingusticas localizadas que permitam. num pnmeira fase, um levantamento
automtico dos termos e a desambiguago automtica. numa segunda,
representam. para ns, o grande desafio do tratamento automtico da lngua
natural.
3
Exemplo retirado de HABERT (1997 22)
55
Captulo II
Constituigo de corpus
1 . Comunidade cientfica. produtora de textos de especialidade
2. Texto de especialidade
2.1 Texto e discurso
2.2 Contextos
2.3 Intervenientes
3. Tipologia de tipos ou tipologia de gneros?
4. Constituigo do corpus em Detecgo Remota
4.1 . Definigo da rea de especialidade em anlise: Detecgo Remota
4.2. Constituigo de tipologias
4.2.1. Tipologia de tipos de discurso
4.2.2. Tipologia de gneros de discurso
Captulo II - Consttuigo de corpus
1. A comunidade cientfica, produtora de textos de especialidade
A comunidade cientfica compe-se de indivduos que possuem
conhecimentos especficos para exercer, ensinar, discursar e escrever sobre
uma especialidade cientfica.
Kuhn reflectiu longamente sobre a questo da pertenga a uma
comunidade cientfica e aponta como razo principal para definir essa pertenga
a existncia de um paradigma comum aos seus membros: Un paradigme est
ce que les membres d'une communaut scientifique possdent en comum. et
rciproquement, une communaut scientifique se composent d'hommes qui se
rfrent au mme paradigme (Kuhn, 1070:240).
Assim, ser membro integrante de uma comunidade cientfica implica, na
perspectiva kuhniana, ser portador de um conjunto de conhecimentos
baseados em investigages slidas (cf. Kuhn, 1970:30). Para que um membro
de uma comunidade cientfica seja aceite e reconhecido como especialista.
necessno que active mecanismos discursivos (escritos e/ou orais) que Ihe
permitam partilhar o seu saber com os membros da comunidade a que
pertence. Os grupos receptores da comunicago especializada so
constitudos por indivduos de uma comunidade cientfica que, teoricamente,
detm um elevado grau de conhecimento cientfico.
No entanto, estamos cientes de que a comunicago cientfica tambm
pode ser dingida a mdivduos exteriores a ela. Se quisssemos introduzir uma
57
nogo de escala. diramos que, no que respeita ao conhecimento, tais
indivduos encontram-se em oposigo simtrica aos membros de uma
comunidade cientifica, correspondendo, desta forma, ao grupo com o menor
grau de conhecimento cientfico.
Os mecanismos discursivos que o especialista activa nestas duas
situages de comumcago so distintos. No primeiro caso. estamos perante um
discurso cientfico especializado: no segundo caso, estamos perante um
discurso vulganzado. 0 grau de complexidade conceptual representado nos
textos resultantes dos respectivos discursos vai do mais complexo. o texto
especializado. ao menos complexo, o texto vulgarizado.
0 especialista produz textos com diferentes graus de dificuldade, ao
nvel do conhecimento, para veicular e difundir o seu saber, sendo. no entanto,
atravs do texto de especialidade que contribui de forma mais efectiva para a
evolugo do conhecimento no seio da comunidade cientfica a que pertence. 0
texto de especialidade uma das formas privilegiadas ao qual o especialista
recorre para transmitir e aceder ao conhecimento.
A comunidade cientfica rene indivduos que, nas mais diversas
situages de comunicago, podem assumir tanto o papel de produtor como o
de receptor de discursos e/ou textos. Na situago em que existe um debate de
ideias, os papis invertem-se, altemadamente. Para que a comunicago seja
possivel, imprescindvel que os intervenientes tenham os mesmos referentes,
que tenham conhecimentos e leituras que Ihes permitam, a cada momento do
debate, actualizar o seu saber e contribuir, a longo prazo. para o progresso das
58
cincias e para a transformago das representages sociais (Bronckart,
1996:111).
Os membros da comunidade auto-regulam os seus discursos, sendo
eles os nicos verdadeiros juzes da sua produgo cientfica: [...] les membres
d'un groupe scientifique se considrent et sont considrs par les autres.
comme les seuls responsables de la poursuite d'un ensemble d'objectifs qui
leur sont communs et qui englobent la formation de leurs sucesseurs (Kuhn,
1970:241).
Ao especialista, produtor e receptor de discursos e de textos,
reconhecida legitimidade para debater paradigmas e referncias.Estabeleceu-
se um contrato. tacitamente aceite, entre os mtervenientes que se propem
debater ideias, uma vez que possuem a mesma memria cientfica. [...] /a
connaissance scientifique est intrinsquement la proprit d'un groupe [...]
(Kuhn, 1970:284). 0 saber que um mdivduo detm sobre uma cincia consiste.
na essncia. no conhecimento e na capacidade de cnago de discursos e de
textos que podero servir de referncia a outros ou a futuros membros da
comunidade cientifica. Dominar as referncias, que so comuns a uma mesma
comunidade, significa pertencer-lhe de pleno direito.
0 especialista . consequentemente, o produtor e o receptor dos textos
de especialidade que so produzidos e consumidos por e para uma
comunidade de especialistas, que perfaz uma comunidade de comunicago,
tambm ela restrita. Assim, fazer parte de uma comunidade cientfica implica,
entre outras percias, dominar um discurso prprio a um conjunto de indivduos
que tm em comum saberes especficos sobre uma rea do conhecimento.
59
0 texto escrito. expresso de um saber, poder transformar-se em
conhecimento. sendo o consenso entre os especialistas relattvamente
verdade explanada no documento uma condigo sine qua non. Maingueneau
refere-se importncia do texto escrito, enquanto produto. para confenr e
consolidar a identidade de uma comunidade restnta; [...] la production crite
impiique crucialement un groupe, une communaut associe ses rites [...]
(Maingueneau, 1992:117). A nogo de autondade, a existncia de ntuais e a
importncia da memria so fulcrais para que a relago entre os membros que
constituem uma comunidade cientfica seja coesa, sendo os textos, atravs das
relages sociais, conceptuais e lingusticas que neles esto expressas. um elo
de ligago entre os seus membros.
, efectivamente. o texto escrito que permite a um grupo de mdivduos
perpetuar a sua memria cientfica, porque [...] I'crit conserve le discours et
en fait une archive disponible pour la mmoire individuelle et collective
(Ricoeur, 1986:139).
2. Texto de especialidade
2.1 Texto e discurso
0 texto escrito. produto estvel resultante de uma actividade intelectual e
profissional, provindo de uma comunidade de comunicago restrita, o objecto
de estudo desta dissertago.
Mas abordar o texto, entendido como um objecto matenal e concreto,
acarreta necessanamente uma reflexo terica sobre o texto, entendido como
60
um objecto em abstracto (cf Adam, 1999:40). Intimamente ligado ao conceito
de texto. surge o conceito de discurso. sendo que. nos planos terico e
metodolgico. nem sempre se conseguem distinguir cabalmente um do outro.
Para Maingueneau discurso e texto tm em comum o facto de designarem
produges verbais. Na sua obra intitulada Analyser les textes de
communication (1998), o autor define longamente o conceito de discurso e
aborda de forma sumria o conceito de texto. Tambm Rastier evidencia a
primazia do conceito de discurso sobre o de texto, reconhecendo que este
ltimo tem vindo a ser substitudo por uma panplia de novos conceitos com
caractersticas interdisciplinares. centrados nos contextos extralingusticos
inerentes ao acto verbal: [...] /e concept de texte a t supplant par ceux de
discours. d'interaction verbale. etc. (Rastier, 1998:106).
A razo pela qual o conceito de discurso abundantemente utilizado nas
cincias da linguagem deve-se ao facto de isso representar [...] le symptme
d'une modification dans notre fagon de concevoir le langage (Maingueneau,
1998:38). Maingueneau defende que tal modificago se operou devido
confluncia de diversas correntes das cincias da linguagem que compem a
pragmtica, que se consubstanciam numa forma particular de apreenso da
comunicago verbal. Aceitar tal constatago implica perspectivar o discurso em
termos das propostas tencas e metodolgicas inerentes pragmtica.
Greimas considera a pragmtica da linguagem, na perspectiva da escola
amencana, como [...] un des aspects de la dimension cognitive, car elle
concerne en fait la comptence cognitive des sujets communicants, telle qu'on
peut la reconnatre [...] l'intrieur des discours-noncs [...] (1979:288).
61
Desta forma, os mtervenientes na comunicago, isto , o autor e o destinatno,
fazem parte integrante do processo da comunicago, uma vez que so
indivduos com competncias especficas.
Enquanto Greimas introduz aqui o conceito de enunciado. que equipara a
discurso, Maingueneau equipara tal conceito ao de texto. Para este autor, o
enunciado e o texto so co-ocorrentes de discurso, admitindo. no contexto da
sua obra, que [...] nonc possde donc une valeur peu prs quivalente
celle de texte (1998:42), enquanto o enunciado for entendido como [...]
une squence verbale qui forme une unit de communication complte relevant
d'un genre de discours dtermin (1998:42).
Na obra supracitada, o texto merece pouca atengo em termos definitrios
0 texto incluido no mbito do estudo da lingustica textual, devendo ser
apreendido como um todo coerente, caracterizado por ser uma produgo oral
ou escrita. estruturado de forma a perdurar fora do contexto em que foi
enunciado.
Em Les termes cls de l'analyse du discours, Maingueneau ope discurso a
texto. com base na seguinte afirmago: En parlant de discours. on adicule
l'nonc sur une situation d'nonciation singulire; en parlant de texte, on met
l'accent sur ce qui lui donne son unit. qui en fait une totalit et non une simple
suite de phrase (Maingueneau, 1996:82). Depreende-se desta afirmago que
tanto o discurso como o texto so enunciados; o que os distingue, na realidade,
o ponto de vista sob o qual so abordados.
O discurso deve ser apreendido como um enunciado associado s
condiges em que foi produzido, enquanto o texto deve ser sentido, numa
62
pnmeira instncia, como um todo coerente, sendo tal coerncia um dos
parmetros que permite definiro conceito de texto.
O texto um documento que faz parte do todo, o arquivo, na acepgo de
Foucault. e pode ser analisado segundo duas realidades distintas: as
realidades inerentes sua produco e as realidades inerentes sua leitura,
isto . o momento em que o texto est a ser actualizado luz dos
conhecimentos e das realidades histncas e sociodiscursivas do leitor. Os
discursos so, maiontanamente, apreendidos sob forma de textos, recorrendo
o linguista ao conceito de texto ou de discurso em fungo da anlise que
pretende efectuar. 0 texto uma das formas privilegiadas para veicular um
discurso,
Distinguir discurso e texto, com base na essncia deste ltimo conceito, isto
, [...] productions verbales orales oucrites qui sont structures de manire
durer, tre rptes. circuler loin de leur contexte onginah (Maingueneau.
1998:43), parece-nos insuficiente para decidir, por exempio, se estamos a
trabalhar o texto jurdico ou o discurso jurdico, um texto cientfico ou um
discurso cientfico.
A possvel ambiguidade resultante da opgo por um ou por outro conceito,
texto ou discurso, deve-se, tambm, ao facto de o suporte fsico sobre o qual
se trabalha ser o mesmo. O texto escrito pode ser abordado do ponto de vista
discursivo e/ou textual, nem sempre sendo consciente e explcita a passagem
de um a outro nvel de anlise.
Bronckart considera que os textos podem ser apreendidos a diversos nveis:
o texto enquanto entidade gennca ou geral e o texto enquanto entidade
63
singular ou empnca (1996:73-79) 0 texto. na qualidade de entidade genrica.
definido do seguinte modo; [...] chaque texte est en relation
d'interdpendance avec les propnts du contexte dans lequel il est produit;
chaque texte exhibe un mode dtermin d'organisation de son contenu
rfrentiel; chaque texte est compos de phrases articules les unes aux autres
selon des rgles compositionnelles plus ou moins strictes; chaque texte enfin
met en oeuvre des mcanismes de textualisation et de prose en charge
nonciative destins lui assurer sa cohrence inteme (Bronckart, 1995:74).
O texto, enquanto entidade singular, definido como um objecto concreto que,
embora apresentando semelhangas com outros textos, possui caractersticas
especficas que o distinguem de todos os outros: Chaque texte singulier exibe,
en d'autres termes. des caractristiques individuelles et constitue de ce fait un
objet toujours unique (Bronckart, 1996:79).
Adam. por sua vez, tenta distinguir, do ponto de vista teorico e
metodolgico, texto de discurso. revendo algumas considerages que teceu,
nomeadamente, nos Elments de linguistique textuelle (1990). Nesta obra, ele
apresenta uma frmula para distinguir o discurso de texto, que sintetiza na
seguinte expresso:
Discours = Texte + Conditions de production
Texte = Discours - Conditions de production
Adam (1990), lments de linguistique textuelle. Bruxelles-Lige. Mardaga, p.23
54
De acordo com esta formulago. o texto um objecto desprovido das
condiges discursivas em que foi produzido. Na sua obra mais recente. Adam
afirma. actualmente. discordar da frmula que tinha proposto. uma vez no se
poder descontextualizar o texto das prticas discursivas: Cette formule ne doit
pas oprerla dcontextualisation queje prconisaisalors. II s'agit d'une formule
d'inclusion du texte dans le champ plus vaste de pratiques discursives [. . .]
(Adam, 1999:39). Por conseguinte, apresenta uma nova frmula, em
substituigo da antenor, que obedece seguinte expresso:
D I SCO U RSCONTEXTE
Conditions de production
et de
rception-interprtationTEXTE
Adam (1999). Linguistique textuelle. Des genres de discours aux textes,
Paris, Nathan. p. 39.
Decorrente desta remodelago, Adam prope definiges renovadas de texto
e de discurso, em que texto assume duas acepges distintas. Na primeira
acepgo, o texto entendido como um objecto abstracto que [...] I'objet
d'une thorie gnrale des agencements d'units [...] au sein d'un tout de rang
de complexit linguistique plus ou moins lev. [...]: na segunda acepgo, o
texto entendido como [...] objet[s] concret[s], matriel[s], empririque[s].
Chaque texte se prsente comme un nonc complet, le rsultat toujours
singulier d'un acte d'nonciation. C'est pas excellence, l'unit de l'interaction
textuelle [..,] (Adam, 1999:40).
Por seu turno, falar em discurso, acarreta implicages a dois niveis, que
Adam explicita do seguinte modo: [...] ouvnr le texte, d'une part. sur une
55
situation d'nonciation-interaction toujours singulire et. d'autre part. sur
l'interdiscursivit dans laquelle chaque texte est pns- en particulier celle des
genres (Adam, 1999:40). Inequivocamente. texto e discurso mantm uma
relago de interdependncia. no podendo um ser pensado sem o outro, uma
vez que o discurso actualizado apresenta-se, geralmente, sob forma de texto.
Deste modo, a separago entre o que pertence ao nivel do textual e do
discursivo . para este autor, essencialmente uma questo metodolgica:
Dans la pratique d'analyse qui nous retiendra prioritairement dans cet essai,
cette distinction tend a s'estomper (Adam, 1999:40-41). Pode infenr-se da
afirmago de Adam que a tendncia a de no distinguir os dois conceitos, a
no ser que tal distingo seja benfica para os objectivos da anlise em
questo.
Conclusivamente, falar em texto implica a nogo de discurso. uma vez que
o texto fixa um discurso que foi proferido por um indivduo, num espago e num
tempo especficos. Na perspectiva de Ricoeur (1986:137), o texto entendido
como [...] tout discours fix par l'cnture. Quanto a esta matria, Rastier
parece seguir a linha de pensamento de Ricoeur, uma vez que afirma: 11 nous
semble en effet que le concept de texte s'etend toute pratique linguistique
attest. produite dans une pratique sociale dtermine,et fixe sur un support
(1998:106) Deixa, assim, implcita uma aproximago terica entre os conceitos
de texto e de discurso.
A relago entre texto e discurso pressupe um entrecruzar constante dos
pressupostos tericos que suportamos dois conceitos, sendo, porm, o nosso
66
objecto de estudo. p texto enquanto entidade singular e concreta resultante de
uma produgo verbal especficajp verdadeiro objecto do nosso estudo.
Tendo em conta o exposto e a afirmago Le discours est concu comme
l'association d'un texte et de son contexte (Maingueneau. 1996:29), assim
como a asseverago de Rastier :[...] le texte est le lieu de rencontre entre le
contexte et l'intertexte (1998:107). julgamos pertinente abordar o texto
atravs dos seus contextos sociodiscursivos e lingusticos.
2.2 Contextos
0 texto pode, simultaneamente, ser entendido como produgo e produto de
uma comunidade de comunicago restrita (Maingueneau, 1992) ou nuclear
(Beacco, 1995). Nele concentram-se todos os elementos lingusticos e
extralinguisticos que do conta da interacgo da linguagem com a vida social,
que fazem com que o texto possa ser analisado ao mesmo tempo como um
processo e um resultado
A importncia dos parmetros extralinguisticos no momento da produgo
textual, perceptvets na anlise do texto enquanto produto de uma actividade
intelectual e social de um ou de um grupo de indivduos , presentemente, um
facto irrefutvel.
Diversas so as designages propostas para referir de forma no ambgua
a realidade que no pertence esfera da Lingustica, mas sim s esferas
social, psicolgica, pragmtica e/ou fsica, e que interfere na produgo textual,
reflectindo-se no produto final, o texto.
67
Designaremos a prion por contexto as realidades lingusticas ou no. que
envolvem o texto e a sua produgo. Rastier introduz o conceito de contexto
como elemento indispensvel interpretago de um texto. Para ele, o contexto
pode ser problematizado de distintas formas: [...] il est utilis soit pour
rintroduire une forme limite de globalite dans l'interprtation. soit pour lier la
langue une exteriorit en conditionnant la construction du sens la
connaissance de cette extenorit (Rastier, 1998:98).
Deste modo. o contexto pode assumir vrias significages, podendo o seu
uso ser gerador de ambiguidades. Bronckart um dos autores que evita a
utilizago do termo contexto por o considerar ambguo e por no o considerar
suficientemente abrangente. Prefere recorrer ao conceito de extralangage.
que considera um conceito operatrio, definindo-o como: [...] I'ensemble
thoriquement infini de toutes les entits mondaines en dehors du langage
(1995:26). Mas quando, por necessidade, se reporta ao contexto, f-lo
utilizando-o como sinonimo de extralangage. distinguindo este ultimo do
conceito de co-texto que remete, mequivocamente. para questes do foro
lingustico: [...] /e concept de contexte s'adresse 'extralangage, et qu'il faut
viter de le confondre avec l'environnement linguistique d'un conc. Pour
dsignerce dernier. nous utiliserons le conceptde co-texte [...] (1995:27).
Tambm Rastier distingue estes dois tipos de contextos considerando que o
contexto lingustico se define como un voisinage locah (Rastier, 1998:106), o
contexto extraverbal como uma situago.
68
Para que o texto seja apreendido como um todo. necessno que se
tenham em conta todos os parmetros lingusticos e extraverbais que intervm
no acto da escrita.
Na sua obra. publicada em 1996. Bronckart utiliza a expresso situation
d'action langagire para referir os parmetros que influem na anlise do texto,
entendido como objecto referencial. Diz-nos que Cette expression gnrale
dsigne les proprits des mondes formels (physiques, sociales et subjectifs)
qui sont sucpectibles d'exercer une influence sur la production textuelle
(1996:93). Tais parmetros podem ser subdivididos em situation d'action
langagire exteme e situation d'action langagire interne. A pnmeira diz
respeito as caracteristicas do mundo formal, isto , do mundo observvel. a
segunda. est relacionada com acgo interiorizada dos indivduos, tanto do
autor como do destinatno.
Para se referir s mesmas realidades, Dcles utiliza uma terminologia
distinta Distingue o contexto externo - Les contextes externes Ke font appel
des connaissances sur le domaine externe. sur les interlocuteurs. sur les
conditions de dialogue. sur les buts poursuivis et les tches resoudre....
(1997:216)- do contexto interno - Les contextes mternes K, reposent sur des
connaissances linguistiques qui entrent dans le co-texte d'une unit
linguistique (1997:216). Enquanto Bronckart utiliza o termo de co-texto para
designar o ambiente linguistico de um enunciado, Dcles utiliza-o para
designar o ambiente lingustico que envolve a unidade lingustica em anlise.
Para este autor, o conceito de co-texto abrange uma realidade linguistica
delimitada e curta, em comparago com o conceito de co-texto de Bronckart,
69
que remete para uma realidade linguistica que pode ser to vasta, quo vasta
pode ser o enunciado
Rastier sintetiza. de forma clara. as duas perspectivas de contexto
lingustico empregues pelos dois autores supracitados: [...] on peut opposer
deux conceptions du contexte linguistique: comme zone d'extension,
relativement au signe; ou de restriction. relativement au texte (Rastier.
1998:99). 0 contexto linguistico remete para duas realidades diferentes. Por
um lado, o contexto que envolve a unidade de significago em anlise.
correspondendo nogo de contexto utilizada por Dcles; por outro, o
contexto perspectivado como uma zona lingustica mais alargada, o texto na
sua amplitude. que esta em consonncia com o ponto de vista de Bronckart.
0 contexto lingustico, entendido como uma zona de extenso. permite
alargar a mformago conceptual, semntica e sintctica da unidade de
significago atravs da sua anlise. 0 contexto lingustico. entendido como
uma zona de restrigo, define-se como uma zona de localidade, sendo que
[...] un contexte n'est plus le contexte d'un mot, mais un passage du texte. Un
mot peu certes servir a choisir un passage dans une recherche [...]; mais
ensuite, c'est le passage qui devient l'unit tudie (Rastier. 1998:99).
Tanto Bronckart como Dcles tm por objecto de estudo o texto. sendo que
Bronckart desenvolve um mtodo de anlise baseado num modelo psicolgico,
ao passo que Dcles desenvolve um mtodo de explorago contextual que tem
por intuito a construgo de um sistema informtico baseado em conhecimentos
exclusivamente lingusticos. patentes no texto (cf. Dcles, 1997:215)
70
Bronckart (1997) analisa o funcionamento do texto e a sua arquitectura
interna partindo de pressupostos tencos sociodiscursivos subjacentes sua
cnago, enquanto que a abordagem de Dcles puramente linguistica.
pretendendo este autor cnar um modelo que parta de uma descngo lingustica
fina, por considerar que as unidades lingusticas soindices pertinentes para o
desenvolvimento de tarefas especficas. Assim sendo, isolar e observar o
contexto que envolve uma unidade lingustica primordial. uma vez que este
contm os elementos necessrios para melhor entender a unidade lingustica
em anlise. deixando marcas sua volta, que so passveis de serem
identificadas.
Pensamos que Bronckart pretende chegar a um entendimento sobre o
funcionamento do discurso e Dcles gnese do texto, para dele retirar
informago com vista ao tratamento automtico do texto.
Novamente, pensamos que os contextos lingusticos e extralingusticos se
subjugam. na medida em que o indivduo e o objecto produzem-se
reciprocamente. 0 contexto desempenha uma fungo mediadora entre o
indivduo e o mundo objectivo, ideia que Rastier expnme do seguinte modo:
[...], de mme que l'environnement est un concept intermdiaire entrecelui de
monde propre du sujet et celui du monde objectif, il semble que le concept de
contexte soit un pseudo-concept, qui tout la fois souligne et voile l'unit
entre le mot et le texte. comme le lien entre la situation et la pratique en cours
(Rastier, 1998:110).
71
0 contexto um conceito operatno. mediador entre o intralinguistico. o
linguistico e o extralingustico, sendo os mtervenientes os pnncipais
protagonistas da mediago.
2.3 Intervenientes
Para que haja comunicago, necessno a mtervengo de vnos actores.
No caso do acto da parole. os intervenientes so, no mnimo, dois, que ora
assumem o papel de falante, ora o de ouvinte. 0 outro. est presente, podendo
ou no intervir no acto de comunicago.
Mas se entendermos a nogo de parote no seu sentido mais lato,
podemos considerar que o discurso uma forma de parole. Falar em
parole na perspectiva saussuriana implica que se tenha subjacente a nogo
de lngua, o segundo elemento da construgo dicotmica. semelhanga desta,
podemos construir uma outra dicotomia constituida pelo par lngua- discurso:
En effet, si on entend par parole, avec Ferdinand de Saussure, la ralisation
de la langue dans un vnement de discours, la production d'un discours
singulierpar un locuteur singulier, alors chaque texteest par rapport la langue
dans la mme position d'effectuation que la parole (Ricoeur, 1986:138).
Ricoeur considera que o acto da escrita pode ser equiparado ao acto da
parole. na medida em que estes actos representam uma forma de
actualizago da lingua: La fixation par l'ecnture survient la place mme de la
parole, c'est--dire la place o la praole aurait p naitre (Ricoeur, 1986:138).
72
Tal aproximago dicotmica deve-se ao facto de, em consonncia com
Saussure, se poder considerar a lngua como um produto social e a parole.
tal como o discurso como um acto individual dependendo da vontade e da
inteligncia do individuo.
No caso da realizago da comunicago atravs do texto, sendo este
entendido como um produto material com contornos fsicos finitos, que fixa um
discurso profendo por um ou por vnos indivduos insendos em contextos
especficos, a relago entre o autor e o leitor caracteriza-se pelo facto de, regra
geral. a comunicago se concretizar na ausncia de um dos intervenientes,
sendo o texto, objecto fisico. o nico elo de ligago entre eles.
A actualizago da lngua uma actividade cooperativa que tem implicages
ao nivel dos seus mtervenientes. Para Charaudeau Tout acte de
communication est un objet d'change entre deux instances. I'une d'nonciation
l'autre de rception. dont le sens dpend de la relation d'intentionnalit qui
s'instaure entre celles-ci (1997:15). o que pressupe a existncia de trs
lugares distintos associados produgo, ao produto e recepgo da
transacgo verbal mediatizada pelo texto. Assim. a produgo integra-se no
lugar das condiges de produgo, o produto. no lugar da construgo do
discurso e a recepgo no lugar da interpretago.
0 processo de transacgo verbal realiza-se segundo quatro principios que
se complementam: o pnncipio da altendade. o princpio da pertinncia. o
princpio da influncia e o princpio da regulago (cf. Charaudeau. 1995:98-
100).
73
Para que a comunicago se realize, e necessrio que os intervenientes
tenham referentes em comum e que estejam aptos a reconhecer o universo de
referncias do outro (pnncpio da pertinncia), no obstante o autor e o leitor se
reconhecerem como sujeitos estrutural e psicologicamente diferentes (prmcpio
de altendade): Ainsi. ce pnncipe dit que chacun des partenaires est engag
dans un processus rciproque (mais non symtrique) de reconnaissance de
l'autre, dans une interaction ie lgitimant du mme coup dans son rle, ce qui
est une condition de validation de l'acte du langage (1995:99). 0 autor produz
um discurso ou um texto com a intengo de exercer influncia sobre o outro,
com o intuito de faz-lo agir, modific-lo (princpio da influncia). 0 leitor, por
seu turno. consciente ou inconscientemente, regula o jogo de influncias de
modo a viabilizar o intercmbio verbal (princpio da regulago).
Charaudeau considera que o processo acima explanado entra no campo
daquilo que ele convencionou designar por machine mdiatique (1997). Este
autor trabalha com o discurso de informago meditica, podendo, no entanto, a
sua perspectiva ser alargada ao discurso cientfico, na medida em que a
institucionalizago do discurso cientfico permite estabelecer simetnas com
outros discursos, onde a nogo de espago uma componente importante da
legitimago do discurso.
Os intervenientes so uma das componentes que Bronckart insere nos
parmetros extraverbais. mais especificamente na situation d'action
langagire interne, que identificmos como sendo a acgo interionzada dos
indivduos, tanto do autor como do destinatrio.
Este autor qualifica os intervenientes uns de activos.os autores. e os outros
de passivos, os destinatnos.0 interveniente activo o produtor de texto que
incorpora toda a situago social e psicolgica. 0 interveniente passivo o
destinatno do texto. o leitor, que tal como o interveniente activo, tambm
incorpora uma situaco social e psicolgica, cuja fungo ler, compreender e
interpretar o texto.
0 interveniente activo, neste caso. o especialista produtor de um texto
de especialidade, estrutura o seu saber em fungo de um pblico modelo, do
qual possui uma imagem prototpica. 0 pblico assim constituido por um
conjunto de indivduos que, numa primeira instncia, so considerados
intervenientes passivos, na medida em que. no momento em que o texto est a
ser construdo. eles no exercem qualquer tipo de acgo directa sobre o
mesmo.
No entanto. so intervenientes, porque esto presentes na mente do
autor que constri uma imagem do potencial leitor, instituindo deste modo a
competncia do leitor-modelo: [...] prever o prpno Leitor-Modelo no significa
apenas esperar que exista, significa tambm conduzir o texto de forma a
construi-lo (Eco, 1979:59). com base na imagem que construiu da
competncia do seu leitor-modelo que o especialista estrutura a complexidade
conceptual e lingustica que se reflecte num todo coeso: o texto de
especialidade. A elevada competncia atnbuida ao leitor-modeio, permite ao
especialista elaborar um texto com um alto nvel de cientificidade que se
repercute, geralmente, num texto denso e rigoroso. incompreensvel para o
no-especialista no conhecedor dos conceitos, das redes conceptuais e
referenciais que compem o discurso patente no texto.
Qualquer texto tem por fungo ser lido: [...] lire, c'est en toute
hypothese. enchainer un discours nouveau au discours du texte (Ricoeur,
1986:152). 0 leitor intervm, no momento em que o autor do texto considera o
seu trabalho de escnta acabado e o pe disposigo do outro A mudanga dos
meios histnco e social em que o texto foi produzido tem repercusses
imanentes ao nivel dos conhecimentos veiculados pelo texto: Si l'entour
change. le contenu du texte change aussi puisqu'il est immanentune situation
de commumcation matntenant modifie. En rgle gnrale. dans le cas d'un
changement d'epoque ou de culture. il s'appauvrit, par deperdition des
connaissances (Rastier. 1989:51).
Nestas circunstncias, deixamos de considerar o leitor um interveniente
passivo para assumir a fungo de mterveniente activo. com funges e graus de
intervengo diferentes da do autor.
Segundo Rastier, o leitor adopta duas posturas: a da leitura produtiva ou
a da leitura descntiva. No caso da leitura produtiva, o leitor [...] rinterprte le
texte au gre du rcepteur, pour la faire correspondre des situations et des
rfrents nouveaux. quitte ies recnre en partie (Rastier, 1989:51); no caso
da leitura descntiva, o seu objectivo a de restituir o contedo do texto, [...]
en reconstituant l'entour de la communication imtiale (Rastier, 1989:52).
Estamos convictos de que o leitor especialista faz, regra geral, uma
leitura produtiva, 0 leitor especialista apropna-se do texto, reestrutura a
informago recebida a luz do seu proprio saber e conhecimento. Ao ler o texto,
~6
o leitor - especialista acrescenta uma mais-valia ao seu saber. acrescenta
saber ao saber que j detem e. teoncamente. leitura aps leitura deste e de
outros textos. adquire competncias para produzir novos textos Os textos por
ele produzidos so adicionados aos textos j existentes e, conjuntamente.
desencadeiam processos semelhantes noutros leitores. Como refere Rastier:
En somme. tout texte est un centon (Rastier, 1989:39).
0 conjunto de todos estes textos constituem arquivos documentais e
arqueolgicos (Foucault, 1969) comuns aos membros de uma comunidade
cientfica: Dans cette chane les premiers mterprtants servent de tradition
pourles derniers interprtants [...] (Ricoeur, 1986:158).
3. Tipologia de tipos ou tipologia de gneros?
Para atingirmos o objectivo que nos propomos levar a cabo,
imprescindvel seleccionar cnteriosamente um conjunto de textos da
especialidade que ser o objecto de anlise, e que, de ora em diante, ser
considerado o pnncipal objecto de estudo. Tal deciso obnga-nos a reflectir
sobre os cntenos subjacentes selecgo, organizago e sistematizago
dos textos que passaro a constituir o corpus de referncia.
0 conceito de texto de especialidade demasiadamente genrico e
complexo por forma a permitir um tratamento uniforme de todas as ocorrncias
de textos produzidos no seio de uma mesma comunidade cientfica. O(s)
pblico(s) a quem se dinge(m), a pluralidade das situages e o enquadramento
77
espacio-temporal em que os diversos textos so produzidos e consumidos so
to divergentes. que se impoe a constituigo de uma tipologia.
Por tipologia entende-se [.. ] un ensemble de procdures permettant de
reconnaitre et detablir des corrlations entre deux ou plusieurs objets
smiotiques, ou leur rsultah (Greimas. 1979:403). 0 estabelecimento de uma
tipologia implica a classificago e a reunio de um conjunto de textos. que
mantm entre si relages de semelhanga ao nvel das respectivas macro e/ou
microestruturas, sob uma mesma etiqueta, atravs da identificago de
regulandades de uns conjuntos de textos, por oposigo s regulandades de
outros conjuntos. Para Petitjean, classificar significa [...] operer un
rapprochement entre des objets langagiers, toujours univoqueset diffrents, a
partir de caractnstiques (propnets) qui leur sont communes
(Petitjean, 1989:93). Na identificago, designago e classificago das
regulandades. que podem ser da ordem do sociolgico, do psicolgico, do
histnco e/ou do lingustico, entre outros, que se situa a essncia da
problemtica da tipologia. Contudo, uma classificagotraduz sempre, de forma
mais ou menos clara, uma redugo de informago das partes para se poder
compreender o todo.
A construgo de uma tipologia , assim, um processo cognitivo que passa
pelo estabelecimento de trs parmetros: 1) Une base typologique. 2) Un
domaine d'application caractns. 3) Une descnption des formes de mise en
rappod entre la base et le domaine d'application (Petitjean, 1989:95).
Identificar uma base tipolgica o ponto de partida para a estruturago de
quaiquer tipologia, uma vez que absolutamente indispensvel estabelecer os
~8
critnos que devem ser usados para a sua construgo. Os cntnos de base
devem ser adequados ao objecto de estudo, devendo ser reconhecidos e
aplicados parcial ou totalmente. estabelecendo a relago entre a base, o
objecto de estudo e a finalidade da anlise.
Petitjean distingue trs tipos de classificages: as classificages
homogneas, as classificages intermdiase as classificages heterogneas.
Por classificages homogneas entende-se [...] rava///e[r] partir d'une
base typologique unique et homogne sous la forme d'un modle abstrait,
souvent dductif, qui se ralise compltement ou partiellement dans un
domaine d'application donn (Petitjean, 1989:97). 0 resultado obtido atravs
da classificago homognea designada por tipo de texto.
Contranamente a classificago homognea, a classificagomtermdia parte
de uma base tipolgica heterognea, cujos cntnos se baseiam no modo
enunciativo, na intengo da comunicago e nas condiges de produgo. As
tipologias que resultam dessas classificages reflectem a mise en sttuation
des textes, das quais procedem as tipologias enunciativas. as tipologias
comunicacionais e as tipologias situacionais que o autor designa por tipos de
discursos.
Petitjean designa de heterognea a terceira e ltima classificago: [...] la
base typologique est totalement htrogne et comprend des critres qui
relevent des foyers classificatoires aussi diffrents que l'intention
communicative. le mode nonciatif. la stratgie illocutoire, [...] (Petitjean.
1989:117). Ao objecto de estudo, obtido atravs desta classificaco. Petitjean
atribui a designago de gneros de textos.
79
Se a tipologia das classificages. assim como as tipologias resultantes da
classificago intermdia, vingaram e so refendas como tipologias pertmentes
e funcionais, o mesmo no sucedeu relativamente s designages utilizadas
para distinguir os objectos resultantes de cada uma das classificages. que
Petitjean designou por tipo de texto. tipo de discurso e gnero de textos.
Existe. hoje, alguma confuso terminolgica no que diz respeito
classificago de textos e discursos em gneros ou tipos.
Tal constatago leva-nos a repensar a problemtica da distingo entre texto
e discurso Algumas questes podem ser colocadas e este respeito. A partir de
que realidades que podemos conceber tipologias^ Tivemos oportunidade de
referir autores como Adam que. em determinadas circunstncias, optaram por
no distinguir texto de discurso. Significa isso. que podemos falar
indiferentemente de tipos de textos e de tipos de discursos, de gneros de
textos e de gneros de discursos?
A tentativa de resposta a tais questes ocasiona a reflexo sobre o gnero,
conceito que. embora geralmente associado ao de discurso, tem repercusses
ao nvel da classificago dos textos.
Para ilustrar o que atrs ficou dito, optmos por apresentar um quadro
revelador da diversidade terminolgica, reflexo de posicionamentos tencos
diferentes, face aos mesmos objectos de estudo:
80
Tipos de texto Tipos de discurso
+ +
+
+
+
Gnero de texto Gneros de discurso
Schaeffer(1986)
Petitjean (1989)
Rastier(1989)
Bronckart(1996)
Maingueneau (1998)
Adam(1999)
Classificar os textos em tipos uma actividade de cariz sociolgica e no
lingustica, sendo o gnero o conceito constitutivo da acgo verbal: Les
genres de discours relvent de divers types de discours. associs de vastes
secteurs d'activit sociale (Maingueneau, 1998:47). Para este autor, a
elaborago de tipologias de discursos e de textos s pertinente caso se tenha
em conta o gnero, conceito fundador da actividade verbal : Tout texte relve
d'une catgorie de discours. d'un genre de discours (Maingueneau, 1998:45).
Falar em tipos de discurso, significa estabelecer parmetros em harmonia com
os diversos sectores da sociedade, cada um desses sectores produz discursos
e textos que podem ser classificados em tipos. A investigago cientfica um
81
Schaeffer(1986)
Petitjean (1989)
Rastier(1989)
Bronckart(1996)
Maingueneau (1998)
Adam(1999)
+
+
+
+
+
+
sector de actividade. cuja produgo textual e discursiva constitui um tipo.
porque o produto de uma actividade social especfica.
Quando o discurso ou texto analisado como o resultado de uma
actividade verbal interdependente de parmetros extralingusticos. que so
uma componente intrinseca da actividade da parole saussunana. estamos
perante os gneros. [...] c'est-a-dire des dispositifs de communication qui ne
peuvent apparaitre que si certaines conditions socio-histonques sont rumes
(Maingueneau, 1998:47).
Existe, assim, uma relago de dependncia hierrquica entre os conceitos
de gnero e de tipo. necessno que determinadas condiges sociais sejam
preenchidas para que exista um tipo de discurso ou de texto do qual decorrem
gneros
Na perspectiva defendida por Maingueneau, a relago entre tipo de discurso
e gnero de discurso pode ser esquematizada do seguinte modo:
Tipo de discurso
Meditico
"\ r
Tipo de discurso
Radiofnico
Tipo de discurso
Televisivo
Tipo de discurso
Imprensa
Gnero de discurso
Talk Show
82
Os mdivduos reconhecem estruturas- do nvel do textual, discursivo.
histnco, pragmatico. social, psicoidgico.etc. -
que. obedecendo a protdtipos
interiorizados, Ihes permitem ordenar os textos ou discursos em gneros.
Segundo Kleiber. [...] le prototype est le meilleur exemplaire qui es reconnu
comme tan le meilleur par les sujets* (Kleiber, 1991:104) Kleiber relembra
que o reconhecimento de um objecto como sendo prototpico implica uma
perceppo mdividual estando. na globalidade, em conformidade com a
percepco do colectivo.
0 conceito de protdtipo implica um modelo conceptual gennco que nos
leva a refenr Schaeffer. autor que considera a generacidade como sendo
uma caracteristica mtrnseca constituco do gnero. Segundo Schaeffer, o
conceito de gnero pressupe uma extenondade gennca, que este defme do
segumte modo: [...] c'esf /a procdure qui consiste a produire la notion d'un
genre non a partir d'un reseau de ressemblance existant entre un ensemble de
textes. mais en postulant un texte idal dont les textes reels ne seraient queles
dnvs plus ou moins conformes. de mme que selon Platon les objets
empiriques ne sont que de copies imparfaitesdes Idees eternelles* (1986:190)
O conceito de gnero surge. assim, comouma realidade abstracta ideal. do
qual decorrem textos empncos, que so ocorrncias de um ou de diversos
gneros.
Schaeffer acredita que um texto especifico no tenta reproduzir de forma
fiel um modelo gennco, tenta sim modifica-lo: [..] tout texte modifie son
genre: la composante gnrique d'un texte n'est jamais (sauf exceptions
ranssimes) la s,mple rduplication du modele gnrique constitu par la classe
83
de textes (supposes antneurs) dansla ligne desquels il se situe. Au contraire
pour tout texte en gestation le modele genenque est un matenel parmi
d'autres sur lequel il travaille (Schaeffer, 1986:197).
Os conceitos de texto e de gnero implicam-se mutuamente. sendo que a
no existncia e o desconhecimento de gneros impossibilitana a
comunicago. na medida em que seria necessno estar constantemente a
re.nventar novas formatages ou modelos para poder profenr um discurso
adequado a uma situago especfica: Si les genres de discours n'existaient
pas et si nous n'en av,ons pas la maitnse. et qu'il faille les creer pour la
premire fois dans le processus de la parole, qu'il nous faille construire chacun
de nos nonces, l'change verbal serait impossible (Bakhtine, 1984, p.285).
Independentemente de se pnvilegiar o texto em detnmento do discurso, ou
vice-versa, ambos decorrem de gneros. cabendo-nos,neste mbito, reflectir
sobre que objectos teoncos que se concebe tipologias: tipologias de tipos de
discurso ou de texto ou tipologias de gneros de textoou de discurso?
Optar. em conscincia. recorrer a um genero de discurso. implica o
conhecimento das condiges necessanas para que o discurso seja bem
sucedido em termos sociais: Acte de langage d'un mveau de compiexit
supneure. un genre de discours est soumis lui aussi a un ensemble de
conditions de russite (Maingueneau, 1998:51).
Tais condiges obedecem a cntnos diversos da ordem do social e do
lingustico. No campo sociolgico, so requeridas quatro condiges: a
finalidade do discurso, a legitimago dos intervementes no discurso, a
adequago do discurso ao espago e ao momento em que profendo e a
84
identificago ou a utilizago do suporte adequado em conformidade.
particularmente. com a intengo do discurso (cf. Maingueneau, 1998:50-54). A
ltma condigo situa-se no campo do lingustico e diz respeito prpria
organizago textual.
A distmgo entre tipo e gnero, preconizada por Maingueneau, no
adoptada por Adam. que rejeita, na globalidade, o conceito de tipo de texto:
J'ai consacr plusieurs articles. entre 1987 et 1992. et en un livre (1992)
tenter d'expliquer pourquoi il est mon sens, profondment erron de parler de
types de textes (Adam, 1999:82). Para este autor. o texto uma unidade
demasiadamente heterognea e complexa para se poder identificar
regulandades lingusticas, que possam ser consideradas o sustentculo de
uma tipologia. Sugere que se elaborem tipologias das sequencialidades
presentes no texto, reduzindo para a sua anlise a extenso do texto.
Partindo do pressuposto de que Adam tem o mesmo entendimento que
Maingueneau da concepgo de tipo. compreensvel que rejeite as tipologias
de tipos de textos, uma vez que a sua abordagem predominantemente
lingustica: C'est dire qu'au-del des formeslementaires de squentialisation
dontje vais parler des codifications sociales- gnriques
- sont l'oeuvre dans
toute communication verbale (Rastier. 1989:37), codifications qui de toute
vidence. ne relvent pas d'une theonsation strictement linguistique et que je
suis bien oblig. de ce fait, d'carter provisoirement de ma rflexion (Adam,
1992:15).
Mais recentemente. Adam afirma aceitar o conceito de tipo, quando
utilizado como sinnimo de gnero Si l'on tient parler de types au niveau
8
global et complexe des organisations de haut niveau. ,1 ne peut s'agir que de
pratiques sociodiscursives. c'est--dires de genres (Adam, 1999:83). Segundo
este autor, o conceito de gnero permite congregar anlises lingusticas e
sociais.
Em 1985, Bronckart defendia a existncia de tipos de textos, conceito que
abandona postenormente: La notion de type de texte sera notamment
abondonne. au profit de celles de genres de texte et de types de discours
(1996:13). Enquanto Maingueneau e Adam utilizam preferencialmente o
conceito de gnero associado ao de discurso, Bronckart usa a nogo de gnero
associada ao conceito de texto: Et dans la mesure ou tout texte s'inscrit
ncessairement dans un ensemble ou dans un genre, nous avons adopt
l'expression de genre de texte. de prfrence ceile de discours (Bronckart,
1996:78). Pensamos, no entanto, que a definigo de tipo utilizada por Bronckart
no corresponde de Maingueneau. Bronckart considera haver uma
multiplicidade de gneros, provocada pela multiplicidade de actividades
humanas, o que dificulta a abordagem ao gnero. Em contrapartida. os
segmentos (segmentos de argumentago, de dilogo, ...) que entram na sua
composigo so fmitos e podem ser identificados pelas suas regularidades
linguisticas, o que justifica a sua escolha terica: Ces segmentes diffrents
entrant dans la composition d'un genre constituent le produit d'un travail
particulier de smiotisation ou de mise en forme discursive. et c'est pour cette
raison que nous les qualifierons dsormas de discours. Dans la mesure o ils
prsentent de fortes rgularits de structuration linguistique, nous considrons
qu'ils relvent de types, et nous utiliserons donc pour les dsigner l'expression
86
de type de discours. de prfrence a celle de type textueh (Bronckart,
1996:78). Bronckarl diverge dos outros autores. no s quanto a distingo de
texto e de discurso. como tambm relativamente s definiges de tipo e de
gnero. Tal divergncia deve-se ao posicionamento terico assumido por cada
um dos autores Bronckart defme, a priori. o seu enquadramento terico: Nos
propositions thonques relevent d'une psychologie du langage. elle-mme
onente par les principes pistmologiques de l'interactionisme sociah
(Bronckart, 1996:11). Tal nvel de anlise situa-se a um nvel diferente da de
Adam. cuja perspectiva se msere na ptica da lingustica textual, posicionando-
se Maingueneau na senda da anlise do discurso.
Da definigo de discurso dada por Rastier, depreende-se que a nogo de
gnero est ligada de discurso e a nogo de tipo de actividade social. Para
este autor discurso [un] ensemble d'usages lingistiques codifisattach a un
type de pratique sociale (Rastier. 1991:247). Esta ideia j tinha sido expressa
antenormente: Puisque le sens d'un texte est immanent a une situation de
communication. et que les situations typiques dterminent des types de textes.
les parcours interprtatifs qui permettent de re(construire) le sens textuel sont
dtermins par le type de texte (Rastier, 1989:35). Contranamente a
Maingueneau e a Adam, Rastier admite distinguir claramente os conceitos de
discurso e de texto: Nous cartons l'usage tnspir de la linguistique anglo-
saxonne qui assimile discours et texte (1989:39). Consequentemente,
segundo este autor, no pode proceder-se constituigo de tipologias
indiferenciadas de textos e de discursos. Utiliza a expresso tipo de texto
para refenr-se s diversas funges perceptveis num texto, que designa por
87
tipologia das funges ou por tipologia funcional dos textos, enquanto relaciona
o conceito de gnero de discurso com as prticas sociais associadas a um tipo
de uso lingustico considerando que: Tout locuteur participe plusieurs
pratiques sociales et doit donc possder plusieurs comptences discursives.
Chacune suppose la maitnse d'un ou plusieurs genres (1989:40). Se o texto e
o discurso esto mterligados atravs do gnero. ento poder-se- identificar as
funges textuais mais usuais no seio de um gnero de discurso, permitindo
assim chegar a um maior entendimento do mesmo.
Pensar o texto implica pensar o discurso. e pensar texto e discurso implica
pensar tipo e gnero. Para Rastier [...] un genre est ce qui rattache un texte
un discours (Rastier, 1989:40), no deixando este autor, porm. de considerar
as relages de dependncia mutuas que unem os tipos aos gneros: Les
rgimes interprtatifs des types de discours (politiques. religieux, etc.) sont
enfin spcifis par les contrats interprtatifs propres aux genres (Rastier,
1998:109).
Na sequncia deste debate. adoptamos a perspectiva de Rastier que
defende a distingo entre texto e discurso, perspectiva contrna defendida
pela escola anglo-saxnica. 0 ponto de vista. segundo o qual se aborda o
enunciado que pr-determina a sua aproximago textual ou discursiva.
Deste modo, consideramos que a elaborago de tipologias de tipos. assim
como as tipologias de gneros resulta da observago das condiges
sociodiscursivas em que foi produzido um texto. testemunho representativo de
uma colecgo de textos que, no seu conjunto, caracteriza um discurso.
88
Se, peio contrno, os critrios de classificago forem consequncia de uma
anlise linguistica apurada, estamos, em nosso entender. claramente perante
uma tipologia de textos, organizada segundo denominadores comuns aos
textos que a compem. Esta tipologia e designada de tipologia a posteriori: La
typologie a postenon part des donnes textuelles elles-mmes pour proposer
des catgories issues de l'examen et du regroupement de traits linguistiques
(Habert, Fabre, Isaac. 1998:40).
A tipologia a pnon corresponde ao que ns convencionmos denominar de
tipologia de tipos de discursos e de tipologia de gneros de discursos. que
Habert, Fabre. Isaac, influenciados por Sinclair e Ball (1996) definem como:
La typologie a pnon s'appuie sur des catgories pr-tablies de genre [...]. de
domaine ou sur ia dtermination du contexte de production [...] (Habert. Fabre
Isaac, 1998:40).
0 textos decorre de um discurso, porm no podemos tomar a parte pelo.
todo. 0 estudo minucioso de um texto cientfico, no nos permite afirmar
conhecer e dominar o discurso cientfico. Julgamos, contudo que um corpus
reflecte as propriedades de um tipo de discurso ou de vrios tipos de discursos.
tendo em conta que um texto uma ocorrncia de um ou vrios gneros. que
estabelece(m) o elo de ligago entre o texto e o(s) discurso(s).
89
4. Constituigo do corpus em detecgo remota
4.1 . Definigo da rea de especialidade em anlise: Detecgo Remota
0 termo Detecgo Remota, ou Teledetecgo. designa todo o sistema de
aquisigo de mformago sobre os objectos terrestres - reunidos nos trs
grandes dominios gua, solo e vegetaco- sem contacto fisico entre o
instrumento de medida e o objecto. Nesta acepgo geral. a Detecgo Remota
rene um vasto conjunto de conhecimentos cientficos. tcnicos e tecnolgicos
que conduzem observago da Terra a partir do espago, essencialmente por
satlite e por avio, utilizando as propriedades da radiago electromagntica.
Lillesand e Kiefer definem Detecgo Remota como (...) the science and
art of obtaining information about an object. area. or phenomenon through the
analysis of data acquired by a device that is not in contact with the object, area
or phenomenon under investigation (Lillesand: Kiefer, 2000:1). Estes autores
baseiam a defmigo, exclusivamente. na distncia que separa o objecto
observado e o sensor, entendido este como dispositivo de medida de energia
electromagntica emitida e/ou reflectida pela superfcie terrestre.
Campbell (1996:5), pelo contrrio, no d nfase distncia entre
objecto observado e o sensor, mas sim ao papel da radiago electromagntica
(REM), ou seja, propagago da energia atravs do vazio ou de um meio
natural. sob forma de ondas vectonais transversais, velocidade da luz e em
interacgo com a matria: Remote sensing is the practice of deriving
information about earth's land and water surfaces using images acquired from
an overhead perspective. usmg electromagnetic radiation in one or more
90
regions of the electromagnetic spectrum. reflected or emitted from earth's
surface (CampbelP.1996:5).
As definiges anteriores. baseadas, como refenmos. na nogo de
distncia fisica e de REM, no contemplam, contudo. todos os processos que
envolve a Detecgo Remota. nem fazem referncia tecnologia que Ihe est
associada. Aquilo que omisso nas definiges de Lillesand e Kiefer (2000:1) e
de Campbell (1996:5) est claramente expresso na definigo de Bonn. segundo
o qual: La tldtection est la discipline scientifique qui regroupe l'ensemble
des connaissances et des techniques utilises pour lobservation, l'analyse.
I'interprtation et la gestion de l'environnement partir de mesures et d'images
obtenues l'aide de plates-formes aroportes, spatiales, terrestres ou
maritimes. (...) (Bonn. 1992:3). Este autor admite, na sua definigo, embora
de forma indirecta, a evidente nogo de distncia que incorpora o formante
"tele-" - (...) partir de mesures et d'images obtenues l'aide de plates-
formes aroportes (..,) -. mas no Ihe atribui a importncia dada por Lillesand
e Kiefer e por Campbell.
A anlise dos mais recentes manuais de referncia em Detecgo
Remota dingidos ao ensino e investigago e escntos em francs, castelhano
ou em ingls- alm dos citados podemos referir, entre outros, Girard e Girard
(1999), Chuvieco (1996). Jensen (1996) - permite concluir que a definigo do
conceito de Detecgo Remota abarca:
A nogo de distncia. a partir da qual se pode definir a Detecgo
Remota como o conjunto de mtodos e tcnicas utilizadas para
determinar as caractersticas fisicas e biolgicas dos objectos por
91
intermdio de medidas efectuadas a distncia, sem contacto material
com os mesmos objectos. A nogo de REM, meio pelo qual possvel
conhecer um objecto ou um conjunto de objectos distnbuidos
espacialmente em fungo de um ou mais sinais electromagnticos
numa ou mais bandas do espectro; da evolugo do sinal
electromagntico do objecto no tempo (hora, ano, estago do ano ou
dcada); da repartigo espacial do objecto: das ligages espaciais e
temporais do objecto com outro que Ihe seja vizinho, mas de natureza
qumica. geoqumica ou biolgica diferente.
A nogo de aplicago, que faz da Detecgo Remota um conjunto de
mtodos e de tcnicas necessrios para determinar a natureza de um
objecto ou de um conjunto de objectos, considerando o seu
comportamento espectral num contexto espacial e temporal definido. A
nogo de aplicago inclui a no menos importante nogo de
processamento digital de imagem- ou tratamento numnco de imagens
-
que incorpora os procedimentos para extrair os dados de Detecgo
Remota (fotografias areas. imagens de satlite. termografias, imagens
radar, entre outras), a informago sobre a natureza e a forma e a fungo
dos objectos superfcie da Terra.
No contexto das Cincias Sociais e Humanas, nomeadamente em
Geografia- uma das Cincias que mais uso faz das imagens de satlite -, a
Detecgo Remota sustenta-se nos dois elementos seguintes:
92
- os pxeis de uma imagem no so considerados apenas como uma
medida de REM, mas sim como um meio de acesso a uma mformago
caracteristica do espago geogrfico estudado:
- a anlise. visual ou numnca, reporta-se, frequentemente. aos objectos
geogrficos, s texturas, s estruturas e s formas de organizago espacial
que traduzem o estado de interacges mltiplas e as respostas- actuais ou
passadas- das sociedades s modificages das paisagens.
Pode concluir-se, ento, que o conceito de Detecgo Remota. em
sentido amplo, no engloba apenas os meios (plataformase sensores areos e
orbitais) e os processos (REM, radar, sonar, etc.) que permitem obter dados
sobre a Terra mas abrange tambm o seu postenor tratamento no mbito de
uma determinada aplicago ou duma 'reflexo pura", que conduz ao
conhecimento cientfico.
0 esquema seguinte ilustra a forma como pode ser entendido o conceito
de Detecgo Remota.
OBJECTOSFSICOS
SENSORES AEREOS E ORBITAIS
EXTRACQO DE INFORMAgOESPECTRAL E CONTEXTUAL
m
RADIAQOELECTROMAGNETICA
TECNOLOGIA AERO-ESPACIAL
PROCESSAMENTO DIGITAL
DE IMAGEM
.-
USO DO SOLO
APLICAQES
SOLOS VEGETAQO AGUA GEOLOGIA
93
A ideia central esquematizada a de a Detecgo Remota no
representa apenas o conhecimento tecnolgico exigido pela observago da
Terra; esta nogo entendida tambm como uma cadeia de processamentos
numricos. que d forma s aplicages nas mais vanadas reas do
conhecimento (Cincias Agrrias. Geografia, Oceanografia, Geologia.
Climatologia. Ecologia. Pedologia, Urbanismo, etc).
Os textos produzidos pela comunidade cientfica portuguesa utilizam
sempre as denominages Detecgo Remota e Teledetecgo como smnimos
totais. Este fenmeno constata-se, por exemplo. em artigos publicados em
revistas de especialidade, em comunicages apresentadas em colquios, em
seminrios e em congressos, em teses de mestrado e de doutoramento e at
na designago oficial das disciplinas dos planos de estudos dasLicenciaturas e
dos Mestrados
Em Portugal, existe um nmero considervel de universidades onde se
lecciona Detecgo Remota. Esta disciplina ensina-se, mais precisamente, em
15 universidades e institutos politcnicos. mcluindo os sectores pblico e
privado, de acordo com o apuramento realizado a partir dos dados disponveis
na Internet em Julho de 2001 - relativos ao nmero de instituiges de ensino
supenor e politcnico e contedos programticos de Detecgo Remota. 0
ensino ministrado quer ao nvel das Licenciaturas (74%) quer ao nvel dos
Mestrados (26%); cerca de 50% das disciplinas esto circunscritas s
universidades e institutos politcnicos da regio de Lisboa. Os contedos
programticos compreendem, na sua maioria, reas de aplicago terrestre ou
costeira; as aplicages ao domnio ocenico so ainda muito incipientes.
94
Exclumdo apenas um caso em que o ttulo evidencia uma clara articulago da
Detecgo Remota com os Sistemas de Informago Geogrfica- o que
significa, no nosso entender, uma transversalidade clara da Detecgo Remota
em muitas reas de aplicago -. as restantes disciplinas ou se intitulam
Detecgo Remota ou de Teledetecgo (51%) ou especificam, na
designago. a rea de especializago (49%); por exemplo: Detecgo Remota
em Ecologia (Departamento de Ecologia da Universidade de vora);
Cartografia e Teledetecgo (Departamento de Geologia da Faculdade de
Cincias da Universidade de Lisboa).
Da anlise efectuada podemos concluir, quer do ponto de vista tcnico e
tecnolgico quer do ponto de vista cientfico, nada de substancial diferencia a
definigo dos conceitos de Detecgo Remota e de Teledetecgo. sendo
estes dois termos igualmente correctos do ponto de vista da sua formago. Por
esta razo, so usados indiscriminadamente, sem gerar ambiguidades na
comunicago entre especialistas. 0 que pode afirmar-se. ainda que tendo por
base uma observago empnca. que existe uma relago entre a utilizago de
uma ou outra designago e a "escola" que serviu de formago cientfica aos
docentes e investigadores: Detecgo Remota - do ingls Remote Sensing-
mais utilizada pelos docentes e investigadores de formago anglfona e
Teledetecgo- do francs Tldtection - pelos especialistas de formago
francfona.
95
4.2. Constituigo de tipologias
4.2.1. Tipologia de tipos de discurso
A tipologia de tipos de discurso em Detecgo Remota que propomos
baseia-se na observago e na anlise dos textos escritos em portugus
europeu que constituem o corpus . A primeira sntese dessa anlise.
esquematizada na figura seguinte, pressupe que:
a) a Detecgo Remota tem o seu prprio discurso e estando tambm
presente nesta rea do saber o discurso das outras cincias. das outras
tecnologias e das outras tcnicas que Ihe so conexas. Na verdade. entre, por
exemplo, a Detecgo Remota e a Geografia existe um objecto de estudo
comum: a superfcie da Terra. Contudo. enquanto a Detecgo Remota
pertence, em pnmeiro lugar, ao largo espectro das Cincias da Informago e de
Observago da Terra, a Geografia est onentada para a explicago das
relages espaciais entre lugares geogrficos caracterizados por diferentes
atributos. Neste sentido, a Detecgo Remota poder ser entendida como uma
tcnica auxiliar da Geografia, fornecendo-lhe a informago espacial necessria
compreenso dos fenmenos localizados. Este exemplo pretende mostrar a
dificuldade - e at a relativa artificialidade - em estabelecer uma tipologia de
tipos de discurso numa rea do conhecimento com elevado nvel de
transdisciplmaridade.
b) a "atomizago" das aplicages da Detecgo Remota produz
"'discursos temticos" fundamentados na cincia, na tecnologia e na tcnica
que a Detecgo Remota incorpora. Esses discursos, que designamos
"temticos" por terem origem nas mais diversas cincias, associam o
96
TIPOS DE DISCURSO EM DETECQO REMOTA
DISCURSOCIENTIFICO DISCURSOTECNOLOGICO DISCURSOTECNICO
DISCURSOSDASCINCIASFUNDAMENTAIS.
Fisica (fisica da atmosfera.
electromagnetismo optica,
optico-electrnica, metrologia,
acustica)
Matemtica (lgica. derivago,
pnmitivago, trigonometria)
Estatistica (estatistica
descntiva. estatistica inferencial
e probabilidades, estatistica
multivanada e classificages de
dados)
Informtica (algontmia.
Iinguagens de programaco)
DISCURSOSCIENTFICOSINTERDISCIPLINARES
Cincias Geogrficas
Cincias da Terra
Cincias Sociais
Telecomumcaces
******* *:m^;^r.<h-mr
DISCURSOS DAS
TECNOLOGIAS
Tecnologia aerea
Tecnologia espacial
Tecnologia acstica
Instrumentos de registo
de dados
Sistemas de armazenamento
e de transmisso de dados
Instrumentos de tratamento
de dados
Instrumentos de edico
de dados
Instrumentos de gesto
e de difuso de dados
DISCURSOS TECNOLOGICOS
INTERDISCIPLINARES:
Geodesia
Topografia
Cartografia
Sistemas de Informagc
Geogrfica (SIG)
DISCURSOS DAS
TCNICAS
Processamento Digital
de Imagem
Anlise visual de imagem
Tcnicas analgicas
Tcnicas digitais
Tcmcas
aerofotogramtncas
Tcnicas cartogrficas
Tcmcas topogrficas
Tcnicas infogrficas
DISCURSOSTCNICOS
INTERDISCIPLINARES:
"Tcnicas temticas"
Tcnicas de trabalho de
campo
Tcnicas geomticas
'^^^11; :U<^
DISCURSOS EM DETECQO REMOTA APLICADA
Ambiente
Cartografia e Geodesia "*-.
Geografia
Geologia
Hidrologia
Meteorologia
Oceanografia
Ordenamento do Territrio
Pedoiogia ^,^"'Outras aplicages,.
-"'"
97
conhecimento fundamental - no sentido estrito de discurso das cincias
fundamentais - ao conhecimento tecnolgico e ao conhecimento mais prximo
da acgo, para darem ongem aos discursos da Detecgo Remota Aplicada.
Apesar de a Detecgo Remota ser uma rea em que grande a
transdisciplinanedade, podem a ser reconhecidos quatro tipos pertinentes de
discurso. isolados a partir da intervengo conjugada de dois tipos de fronteiras:
- a fronteira da natureza do conhecimento - responsvel pela
determinago do conhecimento cientfico. do conhecimento tecnolgico
e do conhecimento tcnico;
- a fronteira dos contedos, determinada a partir da utilizago das
unidades terminolgicas em contexto de discurso de especialidade-
conhecimentos de Detecgo Remota aplicados em disciplinas muito
diversas.
A fronteira da natureza do conhecimento implica a ufilizago de um conjunto
de conceitos caractensticos e prpnos de cada um dos supracitados tipos de
discurso. Esta especificidade. reconhecvel nos trs tipos de discurso em
Detecgo Remota - discurso cientfico, discurso tecnolgico e discurso tcnico
- no encontra paralelo no quarto tipo, designado discurso em Detecgo
Remota Aplicada, dado que, por exemplo, termos diferentes podem apresentar
significados iguais em contextos discursivos de especialidade. Por exemplo. os
termos resolugo espectral e separago espectral- muito frequentes no corpus
constitudo - denominam o mesmo conceito; o pnmeiro vulgarmente utilizado
por gelogos, gegrafos, entre outros especialistas, enquanto o segundo
96
especialmente utilizado pela comunidade cientifica da Engenhana do Ambiente
e da Biologia.
Assim, entendemos que as fronteiras mais rgidas que servem esta
tipologia de tipos encontram-se na natureza dos discursos e no natureza dos
contedos temticos.
0 pnmeiro tipo de discurso refere-se ao que designamos por discurso
cientfico. Este tipo decorre dos dominios cientificos fundamentais a que est
associada a Detecgo Remota: a Fsica. a Matemtica, a Estatstica e a
Informtica. Pela propria natureza do conhecimento que estas disciplinas
envolvem - o conhecimento das cincias duras- os discursos, recorrendo
formulago matmtica, revelam o uso de mtodos quantitativos e experimentais
(por exemplo, da fsica atmosfrica e do electromagnetismo). Os fenmenos
so apresentados como fenmenos isoladose controlados cientificamente para
se proceder modelago no espago e no tempo ( o caso, por exemplo, dos
discursos que apresentam os resultados da espectrometna da vegetago ou
dos solos). A complexidade da formulago matemtica. nomeadamente da
primitivago e da denvago. e, claramente, o trago mais emblemtico deste tipo
de discurso.
0 segundo tipo, o discurso tecnolgico, envolve uma componente
fortemente ancorada na descngo dos sistemas de observago da Terra. A
este nvel, os discursos apresentam a panplia de tecnologia disponvel
(sondas espaciais. satlites de observago passiva da Terra. sistemasRADAR
e LIDAR e SONAR. avies para observago a muito grande escala) para medir.
armazenar e/ou transmitir s estages de recepgo em Terra, o smal que
99
contm, de forma codificada, a informago sobre os objectos. A utilizago
intensiva de noges tecnolgicas relativas aos instrumentos de medida,e sua
importncia estratgica para a evolugo do conhecimento sobre a Terra,
constitui o denominador comum dos discursos que designamos por
tecnolgicos.
0 discurso tcnico trata o conhecimento tcito da Detecgo Remota.
Isso significa que se trata de um discurso que agrupa os fundamentos dos
discursos enunciados anteriormente para, a partir deles. construir a base de
conhecimentos tcnicos necessrios percepgo espectral, espacial e
temporal dos objectos observados a distncia.
0 discurso tcnico integra. por isso, o tratamento da informago contida
em imagens (de satlite, de avio. de RADAR, etc.) para. a partir dele,
reconhecer as caractersticas fsicas, biolgicas e funcionais dos objectos Este
discurso baseia-se na descrigo e anlise da investigago e desenvolvimento
das tcnicas de processamento digital de imagem; integra uma forte
componente de informtica aplicada, na medida em que traduz formalizages
rnatemticas e estatsticas em algoritmos para reconhecer objectos. quer pelos
atributos relativos sua radiometria quer pelos atributos relativos forma.
Estes discursos caracterizam-se na maior parte dos casos, pela
existncia de noges frequentemente utilizadas pelas aplicages temticas Por
isso, anunciam a passagem entre a Detecgo Remota e aquilo a que
poderemos chamar Detecgo Remota Aplicada. Na verdade, as diferentes
disciplinas e as diferentes comunidades de investigadores fazem uso do
discurso tcnico da Detecgo Remota, quer para equacionar problemas de
100
reconhecimento dos objectos (geogrficos, ambientais, pedolgicos,
meteorolgicos. oceanogrficos, etc). usando a cincia e a tecnologia aero-
espacial. quer para renovar os mtodos de investigago.
0 quarto tipo de discurso em Detecgo Remota decorre da utilizago
implcita dos trs discursos anteriores. Os discursos em Detecgo Remota
Aplicada, conforme o designamos, so discursos claramente disciplinares; ou
seja, utilizam intensivamente os conceitos do ramo de saber especializado-
Cincias do Ambiente, Engenharia Geogrfica, Geografia, Urbanismo. Biologia,
Engenhana Florestal, Engenharia Agrcola, etc.- sem deixarem de reconhecer
os fundamentos cientficos, tecnolgicos e tcnicos dos outros discursos 0
que distingue este tipo de discurso dos anteriores (trata-se de um problema de
fronteira de contedos, j referida) , por outro lado, a elaborago da
problemtica a partir da qual se elaboram as hipteses, se tratam os dados
espectrais, se cnticam os resultados e se retiram as concluses.
Estas etapas (equago do problema, elaborago das hipteses.
tratamento dos dados, crtica dos resultados e concluses) esto fortemente
condicionadas pela especificidade do discurso disciplinar no seio do qual
ocorrem. . por isso, frequente encontrar tendncias paraa sinonimia, para a
polissemia e para a homonimia.
Em sntese, podemos considerar que a fronteira da natureza do discurso
funciona bem na delimitago dos trs pnmeiros tipos, porque a sua unidade
discursiva mais forte. por apresentar maior identidade. Por outro lado, a
fronteira da natureza dos contedos- com manifesta repercusso nas unidades
terminolgicas- fundamental para balizar, por vezes dificilmente, os
101
discursos da Detecgo Remota Aplicada, dado os numerosos campos de
aplicago disciplinar e a diversidade de comunidades cientificas que produzem
estes discursos de especialidade.
4.2.2. Tipologia de gneros de discursos
A prtica da anlise dos tipos de discurso revela, tambm, o gnero de
discurso. Esta prtica denuncia, com relativa facilidade. uma separago entre
as abordagens estritamente cientfica, estritamente tcnica e estritamente
didctica.
Considerando o conjunto de textos recolhidos e mformatizados.
podemos identificar sete gneros. de acordo com o discurso dominante.
conforme se indica no quadro seguinte:
Cientfico Tcnico Didctico
Teses (Mestrado e Doutoramento)
Artigos em revistas de Detecgo Remota"
Artigos em revistas temticas"
Comunicages em eventos de Detecgo Remota*
Comunicages em eventos temticos**
Manuais e sebentas
Relatnos de projectos de l&D
*
As revistas e os eventos tendem a incluir a Detecgo Remota no grupo das Tecnologias
de Informaco Geogrfica (TIG), grupo que associa os Sistemas de Informago Geogrfica
e a Cartografia Digital s tecnologias e sistemas de observago da Terra
**
"Temtico' significa. neste contexto, a produco cientfica das diferentes reas
disciplinares (Engenhana Geogrfica Geografia. Geologia, Urbamsmo Cartografia, etc ).
102
As teses de Mestrado e Doutoramento. denotam estruturas discursivas
dominantemente cientficas; aliam o quadro terico. baseado no tipo de
discurso cientfico - leia-se das cincias fundamentais -. experimentago
tcnica desenvolvida com recurso algoritmia. Neste gnero, o texto revela
forte conceptualizago matemtica. estatstica e informtica, quase sempre
aliada ilustrago atravs de imagens resultantes do processamento digital de
dados de satlite. Embora as imagens tenham sido subtradas ao texto, assim
como as frmulas, julgamos que elas podem servir como material para explorar
uma vertente ainda pouco investigada: a ligago do texto imagem e o
"modelo semntico" que Ihe est associado. Na realidade, a imagem constitui
outro tipo de discurso que aqui deixamos como pista de mvestigago futura:
Que discurso substitui uma imagem? Que terminologia estar associada a esse
discurso?
Os artigos em revistas de Detecgo Remota evocam, em pnmeiro lugar.
a tcnica como justificago da mvestigago: o 'paradigma dominante' , por
isso, a resolugo de um problema concreto decorrente da vontade explcita da
comunidade cientfica em determinar uma solugo ou melhorar um processo j
existente (por exemplo, a aplicago de redes neuronais no melhoramento das
classificages automticas de dados de satlite).
Os artigos em revistas temticas articulam o discurso dominantemente
cientfico (proposigo de um problema novo, de indole geogrfica. geolgica,
urbanstica, etc.) com o discurso tcnico (uma tcnica nova, ou reformulada),
ao servigo da resolugo de um problema. frequente encontrar neste gnero a
103
reflexo terica sobejamente debatida a luz de novos dados e de novas
tcnicas de Detecgo Remota.
As comunicages em colquios, congressos e seminrios de Detecgo
Remota pnvilegiam o discurso tcnico, enquanto as apresentadas em eventos
temticos revelam o lugar pnmordial da reflexo cientfica conjugada com a
utilizago de novas tecnoiogias. Muitas vezes difcil entender se os resultados
so apresentados como evolugo real da temtica analisada (novas
interpretages e novas descobertas sobre um mesmo ou diferente problema),
se apresentados como 'propaganda cientfica' de novos matenais (os dados de
Detecgo Remota) disposigo da comunidade. Este gnero mostra, por
vezes, marcas muito fortes da oralidade. facto que no se estranha
considerando as circunstncias sociodiscursivas em que ocorre.
Os manuais e sebentas so um gnero muito distinto dos restantes. com
dominncia do discurso didctico. combinando o detalhe e o rigor dos
discursos cientifico, tecnolgico e tcnico. Apesar de a produgo deste gnero
no proliferar em Portugal, podemos referir que os manuais existentesmostram
grande abundncia terminolgica. Nos textos representativos deste gnero de
discurso acedemos. por exemplo, s formas extensas de siglas e de
acrnimos, sendo a maior parte destas formas abreviaturas de unidades
terminolgicas multilexmicas de lnguas inglesa e francesa. o caso dos
acrnimos pixel (picture element), RADAR (radio detection and ranging) e de
HRV (Haute Rsolution dans le visible) Por outro lado. tambm neste gnero
de discurso que o especialista tem a preocupago de descrever e de definir os
conceitos que utiliza no decorrer do seu discurso.
104
Os relatnos de projectos de l&D revelam uma combinago equilibrada
dos discursos cientfico e tcnico. 0 atributo mais peculiar o de insistir na
pertinncia da demonstrago dos resultados e no erro envolvido na formulago
das hiptese imciais. Constituem. frequentemente, um gnero que denota
ambiguidades na definigo de conceios, facto que se explica pelo contexto em
que tais textos se produzem (o da investigago de novas soluges para novos
problemas) e pela necessidade, aparente. de designar a mesma coisa com
termos diferentes. Esta observago tambm se justifica na medida em que este
gnero elaborado em circunstncias disciplinares muito diversas. quer quanto
substncia quer quando forma como produzido.
0 corpus que, no mbito desta dissertago, serve de base anlise e
descrigo composto por textos representativos dos gneros acima referidos,
que decorrem de discursos cientficos. tecnolgicos, tcnicos, assim como da
detecgo remota aplicada.
105
Captulo III
Denomina^o:
expresses nominais multilexmicas
1. Denominago
2. Expresses nominais multilexmicas
2.1. Lexias
2.2. Sinapse
2.3. Nome composto
2.4. Colocago
2.5. Frasemas
3. Fraseologia
Captulo III - Denominago: expresses nominais
multilexmicas
1. Denominago
A criago e a produgo cientficas implicam a sistematizago, a
estruturago e, eventualmente. a modelizago do conhecimento, sendo estas
actividades o resultado da conceptualizago dos objectos. 0 objecto
entendido, aqui, como o que dado experincia, o que independente do
espnto. A organizago e a hierarquizago da estrutura conceptual so factores
essenciais para a apropnago dos conhecimentos em qualquer rea de
especialidade. o que demonstra que a identificago e a delimitago dos
conceitos pressupem um julgamento por parte do especialista, tarefa que no
isenta de dificuldades. Diz-nos Moles a este respeito: Nous vivons au milieu
des phnomnes vagues, de choses imprcises. de situations perptueliement
variables dans lesquelles il faut nous dcider. ragir ou agir prendre position.
Si vagues soient-elles. pourtant. toutes les choses apparaissent notre
conscience comme des objets conceptuels, nous leur donnons des noms. et
nous faisons sur elles des oprations, mentales d'abord, pratiques ensuite,
nos hsques et prils (1995:13).
A terminologia, enquanto teoria, debruga-se sobre a relago entre o
conceito e o termo. A identificago do conceito e sua definigo esto na base
da terminologia uma vez que, teoricamente. a terminoiogia utiliza uma
metodologia onomasiolgica, isto . isola o conceito e estabelece,
107
seguidamente. a relago entre os vrios conceitos que constituem o sistema
conceptual dentro de uma area do saber. Para que o conceito seja perceptivel
e a comunicago possvel necessrio denominar o conceito. Segundo Felber,
Les notions ne peuvent pas tre pergus par les sens. C'est pourquoiil faut aux
fins de la communication. utiliser des symboles linguistiques. qui sont aussi des
objets individuels (Felber.1 987:141). Repare-se que, na verso francesa da
referida obra, o termo ingls concept traduzido pelo termo francs
notion. em deterimento do seu equivalente mais prximo. concept.
Tambm a norma ISO/FDIS 1087-1:2000 segue esta onentago terica,
considerando conceito e nogo sinnimos um do outro.
Por sua vez, Rey distingue claramente nogo de conceito. definindo a
nogo como l'objet de connaissance -
qui pose un objet et le dfinit en tant
que vise de son activit e o conceito como l'acte de pense de l'objet de
pense (ide) en tant qu'abstrait et que gnra/(1 979:29).
No pretendemos debater mais longamente esta questo, optando por
utilizar, preferencialmente, o conceito de conceito, respeitando, neste texto, a
designago utilizada por cada um dos autores.
Muitas tm sido as definiges que se tem dado de conceito numa
perspectiva terminolgica. isto . funcionalista. com o mtuito de contribuir para
uma metodoiogia das prticas terminogrficas. A mais conhecida, porque
normalizada, a definigo que nos dada pela norma ISO/FDIS 1087-1:2000
(E/F), que define conceito como sendo uma [...] unit de connaissance cre
par une combinaison unique de caractres. Sager apresenta outras
definiges, tais como a seguinte: A concept is a unit of thought, produced by
108
grouping of individual objects related by common characteristics (Sager
1990:23),
No entanto, pensamos que a defmigo mais prxima do que acabmos
de expor a definigo que provm de uma alterago que a ex-Unio Sovitica
prope norma ISO 1087:1990 (E/F), que obedece seguinte formulago: A
concept is a coherent group ofjudgements concerning an object whose nucleus
is made up of those judgements which reflect the inherent characteristics of the
objech (Sager, 1990:23).
Todas as definiges de conceito aqui apresentadas so fluidas; fluidos
so tambm os conceitos nas reas de especialidade, particularmente nas
cincias moles (cf. Moles. 1995). A no delimitago clara do conceito
reflecte-se na transmisso dos conhecimentos. isto . na comunicago
especializada, assim como nas definiges desses mesmos conceitos e,
portanto, na relago biunvoca entre o conceito e sua denominago, isto , o
termo.
Efectivamente, o especialista e/ou o terminlogo apreende o conceito
delimitando-o em fungo da sua prpria formago, em fungo da viso que tem
do mundo, 0 especialista olha e reflecte sobre o conceito, sob um determinado
prisma que tentar retratar o melhor possvel. no momento de transmitir o
conhecimento que tem acerca desse conceito. Como observa Bjoint. On
pourrait dire que le concept n'existe que dans l'esprit du spcialiste (1997:20).
A comunicago, neste caso, especializada. diz respeito transmisso de
conhecimentos, havendo um intercmbio de formas e de representages entre
o emissor e o receptor. Para Lamizet, [...] le rel [...] est exclu [de la
109
communication]. car le rel ne se communique pas: il se vit. il se pergoit. il fait
l'objet d'expriences (Lamizet, 1992:19). Embora seja o emissor a transmitir o
seu conhecimento, impregnado da sua viso do mundo, o receptor que filtra a
mensagem e a reconstri em fungo do seu conhecimento: L'acte de pense
s'accomplit dans l'individu. mais les rsultats de cet acte sont communiqus et
controlbles par d'autres. Car la communication langagire est toujours
conceptuelle: elle est le rsultat de l'utilisation des concepts (Czap, 1989 71 ).
Ao abordarmos os conceitos operatrios de conhecimento e de
conceito, temos conscincia de que nos encontramos ao nivel do
extralingustico. na medida em que a fungo do termo a de veicular
informago cientfica e tcnica. No plano lingustico, a insergo do termo no
enunciado, especializado ou no. inteiramente dependente do sistema da
lngua em causa.
Em terminologia, e fundamental no confundir os dois planos distintos
de anlise, o extralingustico e o intralingustico, que coabitam, mas no se
sobrepem. No pode confundir-se conceito com significado, uma vez que este
ltimo, na perspectiva de Saussure, no se dissocia do significante. formando
ambos uma unidade indivisvel, o signo lingustico. Em contrapartida, o
conceito tem uma existncia independente; existe alm da denominago. Desta
forma, so os tragos conceptuais que compem um conceito e o distinguem de
outro, no devendo ser confundidos com os tragos distintivos, tragos
semnticos ou semas dos significados (cf. Manuelito, 1995:137-141).
As componentes que constituem os conceitos so por sua vez, tambm
elas, conceitos. Tal como defende Felber, Le caractre est un lment de la
110
notion qui sert a dcrire ou identifier une qualit d'un objet individuel. Le
caractre lui-mme est une notion( 1984:99). No entanto. este autor faz a
distingo entre as caractersticas. componentes dos conceitos e as
propriedades, componentes dos objectos; [...] the concept is a thought unit
composed of characteristics assigned to properties of objects (Felber, 1994 /
1995:164).
Sager utiliza, indistintamente, caractersticas e propriedades, afirmando
que as caracteristicas do conceito so cada uma das propriedades que o
descreve: Characteristics can be expressed as properties of the conceph
(Sager, 1990:25).
Se no nos parece de grande relevo terico a diferenciago entre
propriedade e caracterstica, no podemos dizer o mesmo relativamente
utilizago indiferenciada de sema e de propriedade ou caracterstica. uma vez
que os planos de anlise em que estes termos devem ser aplicados so
distintos. Podemos. no entanto, estabelecer aproximages tericas e
considerar que os semas esto para a significago como as propriedades ou
caractersticas esto para o conceito.
A actualizago lingustica do conceito faz-se atravs da denominago,
no havendo, necessariamente. uma relago de correspondncia entre os
tragos conceptuais que possui um conceito e os elementos de nominago que
constituem a respectiva denominago. Thoiron (1996 : 514) defende que ao
designar-se um conceito, nem todos os tragos conceptuais so activados,
considerando que os que no so designados podem, eventualmente, ser
inferidos a partir dos conhecimentos enciclopdicosdos locutores.
1 1 1
O texto escrito uma das formas pnvilegiadas ao qual o especialista
recorre para transmitir e aceder ao conhecimento. Partindo de um corpus
textual. o terminlogo acede s denominages, podendo. numa primeira
instncia identificar alguns tragos conceptuais por intermdio dos elementos de
nominago. Os outros, os que no so perceptveis atravs da leitura do texto,
so os que nos so dados a conhecer pelos especialistas: Les traits
conceptuels les plus immdiatement acessibles aux tudes terminologiques
(par opposition ceux qui n'apparaissent que par l'interrogation des
spcialistes) son ceux auxquelles correspondent des lments de nomination.
L'accs au concept se fa'it alors par la mdiation du terme et en particulier de
ses lments de nomination (Bjoint; Thoiron. 1997:515). Mas nem sempre o
especialista consegue dar todos os esclarecimentos de que necessitamos
porque, como refere Bjoint (1997:20), no se pode conhecer um conceito na
sua globalidade, mesmo quando se especialista. Alm do mais, nem tudo se
pode exprimir atravs da lngua.
Porm, o que nos motiva so as actualizages da lngua mais em
concreto, as unidades terminolgicas estruturalmente complexas. cuja fungo
no texto a de denominar conceitos.
Assim, as denommages so. na sua essncia. unidades terminolgicas
que designam conceitos especficos de uma ou de vrias esferas do
conhecimento e que, teoricamente. so comuns aos indivduos que constituem
uma comunidade de comunicago especializada.
De um ponto de vista morfossintctico. os termos estruralmente complexos
so constitudos por dois ou por mais lexemas separados por um espago em
112
branco, podendo entre eles existir gramemas autnomos (artigos, preposiges,
...) ou uma marca grfica. tal como o hifen: imagem de satlite, imagem-
textura, filmes infravermelhos coloridos.
As denominages que nos interessa analisa. so unidades terminolgicas,
cujas estruturas morfossintcticas so monolexmicas ou multilexmicas (cf.
Capitulo 3, p. 112).
Numa perspectiva meramente lingustica, as unidades termmolgicas so.
na sua maior parte, expresses nominais complexas; so essas as estruturas
que nos interessa identificar, descrever e seleccionar atravs de processos
inerentes ao tratamento automtico da lngua natural.
2. Expresses nominais multilexmicas
2.1. Lexias
A tentativa de determinar as fronteiras das expresses nominais complexas
recorrendo para o efeito ao estabelecimento de critrios que permitem apartar
uma sequncia fixa de uma sequncia livre. tem sido largamente explorada.
A multiplicidade de terminologias cnadas pelas diferentes escolas
lingusticas para designar, descrever e analisar as unidades de significago
constitudas por dois ou mais elementos lexicais. originariamente com
autonomia morfolgica, sintctica e semntica. separados por um espago em
branco mterligados entre si por valores que se fundamentam em critrios
linqusticos e/ou conceptuais, um indcio da dificuldade em estabelecer
113
condiges necessrias e suficientes para a delimitago e subsequente
definigo dos vnos tipos de expresses nominais complexas.
A dificuldade em designar e em definir as unidades complexas. que no so
abrangidas pela composigo, segundo a definigo dada pela gramtica
tradicional, leva alguns autores a propor novas designages e a delinear
critnos que permitem a demarcago das diferentes estruturas que podem
assumir as unidades linguisticamente complexas.
Em 1967. Pottier introduz a nogo de lexia como elemento de base da
estruturago sintctica, opondo-a a morfema, unidade mnima de significago e
a palavra. unidade mnima construda. A lexia caracteriza-se por ser uma
unidade de comportamento, constituda por palavras, que se realiza como uma
unidade de comportamento significativa em discurso.
Pottier considera que as lexias se actualizam em lexias simples, em lexias
compostas e em lexias complexas.
A lexia simples corresponde inequivocamente palavra simples e palavra
derivada da gramtica tradicional. Em contrapartida. a distingo entre lexia
composta e lexia complexa no est suficientemente demarcada. Da lexia
composta, Pottier d-nos a seguinte definigo: La iexie compose contient
plusieurs mots dj en part'ie ou totalement intgrs (graphiquement, ou dans
leur comportament tactique: un bnse-glace (Pottier, 1967:17). No que se
refere lexia complexa, esta definida como: [...] une squence pius ou
moins fige de mots: faire une niche. en avoir plein le dos. pomme de terre, au
furetmesure, [...] (Pottier, 1967- 17)
Estas duas definiges no so claramente distintivas. uma vez que ambas
remetem claramente para uma coeso morfossintctica e semntica. De um
ponto de vista terico. as duas classes de entidades lingusticas,
pressupostamente distintas, que so cobertas pelas duas designages, lexia
composta e lexia complexa, no so, em consonncia com as respectivas
definiges. demarcadas umas das outras. A pnmeira definigo est prxima da
definigo de palavra composta dada pela gramtica tradicional, em que o hfen
um elemento identificador. Por sua vez, a definigo de lexia complexa, e de
acordo com os exemplos apresentados, remete pressupostamente para todas
as estruturas que indiciam um determinado grau de coeso e que no so
abrangidas pela definigo de lexia composta.
No nos parece que as definiges apresentadas por Pottier sejam
suficientemente esclarecedoras para permitirem a elaborago de critrios para
demarcar a lexia composta da lexia complexa.
Pottier tem, no entanto. o mrito de apontar para a existncia de sequncias
fixas que se distinguem das sequncias compostas. Tal facto evidenciado
pela introdugo do modificador complexo, que deixa supor um grau de
estabilidade lingustica mais ou menos fixa entre os constituintes de uma
estrutura morfossintctica, que podem co-ocorrer com uma frequncia mais ou
menos elevada. Os critnos que permitem a identificago dos parmetros para
a avaliago da sua estabilidade no se confundem com os critnos que
permitem definir a composigo da gramtica tradicional.
O termo de lexia complexa , em nosso entender, um genhco
extremamente produtivo e operacional, na medida em que frequentemente
115
empregue para designar toda e qualquer sequncia discursiva fixa,
independentemente da descrigo lingustica a que sujeita.
Tambm Mel'cuk (1995), no mbito da Teona Lmgustica Sentido-Texto,
privilegia a nogo de lexia. Para este autor, a lexia a unidade de base da
lexicologia, que deve ser considerada nas suas vertentes semntica, sintctica
e lxico-combinatria, e que engloba todas as suas possveis actualizages:
simples, composta e complexa: [...] il nous suffit de dire que lexie ou unit
lexicae, est soit un mot pris dans une acception b'ien spcifique (=lxeme), soit
encore une locution, elle aussi prise dans une acception bien spcifique
(=phrasme) (Mel'cuk, 1995:16).
Mel'cuk no se detm nas premissas que permitem distinguir um lexema de
um frasema. A lexia assume o valor de qualquer sequncia morfolexical que
possa ser objecto de descrigo lexicolgica, conferindo este autor uma
importncia maior lexia, em detrimento das regras que permitem agrupar o
conujunto das lexias em unidades coesivas de um nvel estrutural supenor: En
exagrant quelque peu, on pourraitdire que l'ensemble des lexies est
la langue.
En effet. une langue est constitue de lexies et de rgles servant ia
manipulation de ces dernires. Les rgles qui runissent les iexies en
syntagmes, les syntagmes en phrases, et les phrases en discours sont donc
nettement secondaires par rapport aux lexies - en ce sens que leur nature et
leurforme sont determines par les lexies (Mel'cuk, 1995:17).
A descrigo semntica do Ixico est no centro do quadro terico de
Mel'cuk, sendo a lexia monolexmica ou multilexmica (cf. Mel'cuk, 1995:45),
que assume o valor de lexema e de frasema, respectivamente, o plo de
atracgo, relegando a sintaxe para um plano secundrio.
2.2. Sinapse
Em 1974, Benveniste isola estruturas morfossintcticas complexas que se
distinguem dos compostos, propondo um novo termo para as designar: a
sinapse: 11 consiste en un groupe entier de lexme, relis pardivers procds,
et formant une dsignation constante et spcifique (Benveniste, 1974:172).
Para este autor, a smapse designa realidades lingusticas estruturalmente
complexas. cujo estatuto no est claramente definido. No entanto, a sua
elevada produtividade, particularmente, nas nomenclaturas tcnicas, justifica
uma observago mais minuciosa.
A sinapse identificada como um fenmeno predominantemente sintctico,
que se define por um conjunto de propriedades. que se elevam a sete: 1. a
natureza sintctica que liga os constituintes; 2. a utilizago dos determinantes
de e a que unem os seus constituintes; 3. a ordem linear determinado mais
determinante. 4. a conservago da forma plena dos seus constituintes e a livre
escolha do substantivo ou do adjectivo; 5. a ausncia de artigos antes do
determinante: 6. a possibilidade de expanso de um ou de outro constituinte e,
finalmente, 7. o carcter nico do significado (cf. Benveniste. 1974: 172-173).
Os critrios elaborados por Benveniste demonstram a pertinncia do
estabelecimento de parmetros para a delnmtago das fronteiras entre
117
composigo e outras estruturas coesas. Porm, os cntenos apresentados nem
sempre so distmtivos e, consequentemente, funcionais.
Repare-se, a titulo de exemplo. no segundo cntrio, que diz que para se
estar perante uma sinapse necessrio a presenga das preposiges de ou a.
No entanto, podemos apresentar inmeros exemplos em que tal facto no
acontece: imagem textura, camio reservatrio, entre muitos outros. Estas
duas unidades no so consideradas compostas. uma vez que no obedecem
aos cntnos que nos permitem identific-las como tal. mas encaixam na
definico dada por Benveniste, apesarde no obedecerem aos parmetros por
ele elaborados. Nestes dois exemplos, alm de no recorrerem s preposiges
de ou a, ficando o segundo parmetro anulado, tambm o terceiro critrio no
pode aplicar-se, na medida em que a ordem linear determinado mais
determinante no est claramente identificada.
Os critrios elaborados so da ordem do sintctico. uma vez que
Benveniste classifica os compostos e as sinapses como pertencentes s
funges sintcticas. No entanto, o ltimo critno situa-se no mbito do
semntico e do conceptual: C'est toujours et seulementla nature du dsign
qui permet de dcider si ia dsignation syntagmatique est ou n'est pas une
synapsie [...] (Benveniste ,1974:173).
Benveniste acaba por nos dar indcios querevelam de modo claro que no
nos podemos reger exclusivamente por cntrios sintcticos para delimitar
fronteiras entre as vnas sequncias estruturalmente complexas que abundam,
essencialmente, nos textos de especialidade.
118
Acreditamos que os cntnos que determinam as regras lingusticas para a
delimitago de fronteiras dos diversos tipos de unidades complexas, denvam
de diferentes niveis de anlise lingustica, que devem ser explorados caso se
demonstrem profcuos e operacionais
2.3. Nome composto
0 nome composto a designago mais frequentemente utilizada para se
designarem as expresses nommais complexas, sendo na composigo que
este fenmeno lingustico encontra a sua maior expresso. No entanto, os
cntnos para a delimitago da entidade lingustica para a qual o nome
composto remete. nem sempre so muito ngorosos e nem sempre renem o
consenso dos linguistas.
Em 1992, Corbin coloca algumas questes fundamentais, que permitem
reequacionar a nogo de nome composto, bem como os cntnos para o
estabelecimento das suas fronteiras. A autora aponta duas abordagens
lingusticas distintas s palavras compostas que, embora frequentemente
efectuadas de forma uniangular, se complementam.
A primeira abordagem palavra composta considerada externa, uma vez
que tem por objectivo a sua identificago enquanto unidade lexical, sendo o
resultado final o reconhecimento de uma sequncia complexa lexicalizada. A
segunda abordagem interna. na medida em que tenta compreender a
formago de palavra a fim de entender os processos linguisticos que Ihe esto
119
subjacentes. sendo o objecto de estudo, neste caso, as sequncias complexas
cuja estruturainterna corresponde aos pressupostos tencos pr-defmidos
Propondo-se descrever o papel que assumem os constituintes na
estruturago do sentido das palavras construdas por derivago e por
composigo, que se opem s palavras simples. defimda pela incapacidade de
se decompor em elementos mais pequenos, independentementedo seu valor,
Corbin entende que: Un mot complexe est une umt lexicale complexe
construite par des rgles lexicales conjoignant des units lexicales a pouvoir
rfrentieh (Corbin, 1992),
Embora a diferenciago entre a denvago e a composigo possa por vezes
ser fluida e as denominages destes dois processos difceis de fixar, tal
diferenciago no minimo reveladora de uma percepgo mtuitiva que deve ser
perscrutada.
Corbin parte do pressuposto terico de que as palavras construdas podem
ser definidas como: [...] I'association, gouverne par une rgle. d'unschma
d'interprtation a une structure (Corbin, 1992), concluindo que o modo de
construgo do sentido se faz por duas vias distintas, consoante se trate de
palavras construdas por afixago ou por composigo, Contranamente aos
afixos, os constituintes das palavras compostas tm um poder referencial.
situado ao mesmo nivel da base da palavra construida: [...] un mot compos
est un mot complexe dont le sens est construit par la combinaison de
constituants a pouvoir rfrentielLa regle de composition rgit la combinaison
de ces constituants, leur nature, leur ordre dans lequel ils apparaissent et
impose un schma d'interprtation plus ou moins dtermin (Corbin, 1992).
120
Esta inferncia inerente a estrutura interna da palavra composta, sendo
objecto de estudo da morfologia lexical.
Mas a descngo morfolexical da palavra composta no nos permite, s por
si. distingui-la de outras estruturas livres ou de outras construidas por outras
vias, que no sejam as regras de composigo ou de afixago. Por este motivo,
Corbin restringe a significago da etiqueta palavra composta a um [...] sous-
ensemble d'units lexicales construites par des rgles lexicales de
composition (Corbin. 1992), sendo todas asestruturas que no se definem por
esta via outra coisa que no palavras compostas, no obstante serem
formadas por palavras construdas.
Em 1997, Corbin define palavra composta como [...] des unts lexicaes
construites morphologiquement a partir des constituants sens rfrentieh
(Corbm, 1997:82), o que corresponde lexicalizago de unidades
morfologicamente construdas.As unidades que correspondem lexicalizago
de sequncias sintacticamente construdas, so designadas por mots
construits syntaxiquemenh, recorrendo a autora etiqueta unidade
polilexemtica para designar, genencamente, as unidades lexicais
morfossintcticas complexas.
O que nos interessa reter da abordagem terica de Corbin, a distingo
que estabelece entre sequncias lexicalizadas, sequncias em via de
lexicalizago e sequncias coesas.
Tal como G. Gross, Corbin sustenta a sua teoria na identificago das
propnedades que determinama solidanedade entre os constituintes que firmam
as expresses complexas. Enquanto que G. Gross elabora uma teoria dos
121
compostos. partmdo do pressuposto de que a coeso escalar. Corbin
considera a coeso uma consequncia da lexicalizago, produto terminado,
resultante de um processo lexical que conduz coeso En effet. la
lexicalisation envisage soit un processus en devenir. soit un processus
accompli. mais pas le processus en tant que potentialit, c'est--dire dans sa
dimension prdictible (Corbin. 1997:58). 0 que a motiva, no o produto
acabado, mas os factores ligados ao modo de construgo que favorece a
lexicalizago. que se caracteriza por: a) a sua extenso longitudinal entre duas
extremidades e a complexidade da sua estrutura, b) o tipo de estrutura e c) a
natureza do mecanismo gramatical que est na ongem da estrutura (cf. Corbin,
1997:58-59).
A coeso de uma sequncia o produto de um processo de transigo da
sintaxe para o lxico. em que as propriedades smtcticas e semnticas de cada
um dos constituintes que compem a sequncia ficam diludas pelas relages
de solidariedade que mantm entre si. Deste modo, [...] c'est [...] la
lexicalisation qui favorise le figement et donc la fixation de certaines proprits
(Corbin, 1997:87),
As unidades polilexemticas podem, assim, ser classificadas em fungo de
critrios sintcticos e morfolgicos, que permitem a identificago da estrutura e
da construgo das palavras compostas. que ocasionam a produgo de
sequncias complexas lexicalizveis.
Deste modo, prope a designago de palavra composta para denominar
sequncias morfologica e sintacticamente construdas e etiquetas como GN
lexicalizado para designar o tipo de categona lexicalizada:
122
1 . palavras compostasEx: timbre-poste
2. predicado lexicalizado Ex: pousse-au-cnme
3. GN lexicalizado ^' coffre-fort
4. SN prp lexicalizado Ex: hors-la-loi
5. predicado complexo lexicalizado Ex: va-et-vient
6. frase formulno lexicalizada Ex: on-dit
Enquanto Corbin restringe a significago de palavra composta nominal, G.
Gross expande a significago desta, na medida em que reformula a definigo
de nome composto, propondo uma designago nova. Tal reformulago denva
da influncia crescente do desenvolvimento da informtica aplicada aos
estudos da lingustica. Assim, o seu ponto de partida [...] Iister les noms
composs sur la base de leur structureet dcnre avec prcision l'ensemble des
paramtres qui sparent les suites f'iges des suites libres. et montrer par l
que le figement est un phnomne scalaire (Gross, G., 1996:26-27).
Tambm G. Gross preconiza a nogo de palavras construdas. que podem
ser derivadas ou compostas, sendo estas ltimas mais difceis de identificar
uma vez que existem palavras intermdias que podem ser uma ou outra das
realidades. Quando os elementos constitutivos das palavras so nomes ou
palavras com autonomia dentro da lngua. impe-se uma anlise mais
depurada.
G. Gross aborda a composigo numa perspectiva sintctico-semntica e
considera o composto o ncleo privilegiado do grupo nominal, sendo o nome a
categona gramatical mais produtiva do ponto de vista da estabilidade
123
morfossinttica e semntica. estabilidade essa que designa de figement e
que ns traduzimos por coeso.
Tambm Mathieu-Colas aceita a nogo de composigo de G. Gross
afirmando: [...], nous convenons de dsigner, sous l'appelation de noms
composs. toutes les formes nominales non soudes prsentant un certain
"degr" de figement. quelles qu'en soit la prsentation (1997:72).
Uma definigo estritamente formal no serve para distinguirmos uma
sequncia livre de uma sequncia composta. No caso da sequncia N + Adj
temos, por exemplo a sequncia imagem digital que segundo a terminologia de
G. Gross um composto e 'imagem original que uma sequncia livre. embora
as suas estruturas sejam as mesmas de um ponto de vista meramente
gramatical.
A coeso para G Gross a propriedade que mais fortemente caracteriza os
compostos, sendo esta o resultado de um processo que une de forma durativa
os constituintes de uma sequncia, qual G. Gross atribui a designago
composto sempre que este constitua o ncleo de um grupo nominal. Para este
autor, uma sequncia adquire o estatuto de nome composto quando existem
constrangimentos sintcticos e semnticos que coagem a liberdade mdividual
de cada um dos seus constituintes. A redugo parcial ou total da liberdade
exercida por cada um dos constituintes que formam um composto, leva G.
Gross a determinar a existncia de uma gradago de estabilidade lingustica
que agrega os seus elementos lexicais. sendo o grau de coeso vanvel e
medvel. preconizando a coeso como [...] un phnomene scalaire (Gross.
G., 1996:27).
124
Para a medigo desse grau de estabilidade. G. Gross recorre a cntrios
smtcticos e semnticos: Une squence est fige du po'mt de vue syntaxique
quand elle refuse toutes les possibilits combinatoires ou transformationnelles
qui caractrisent habituellement une suite de ce type. Elle est fige
smantiquement quand le sens est opaque ou non compositionnel, c'est--dire
quand il ne peutpas tre rduit au sens deslments composants [...] (Gross,
G., 1996: 154).
Deste modo. os constituintes tm uma actuago sintctica e semntica que
nos permite distinguir uma sequncia livre de uma sequncia composta; esses
constituintes mantm relages entre si, no seio do grupo nominal, nico grupo
que nos interessa abordar.
A coeso deve ser calculada tendo em conta a quantidade de palavras que
compem a sequncia, podendo a coeso do grupo nominal ser parcial ou
total.
0 grupo nominal constitudo por um ncleo, que no caso dos compostos
designado por substantif-tte, e pelassuas extenses esquerda e direita:
On pourrait qualifier ce figement de priphrique par rapport au noyau du
groupe nominal (Gross. G., 1996:38). So as relages privilegiadas entre os
elementos perifricos e o seu ncleo que originam a coeso.
A coeso total caracteriza-se por nenhum dos seus constituintes poder ser
substitudo ou sofrer alterages sintcticas. Assim. G. Gross tem a opinio de
que uma sequncia totalmente coesa tem de ser memorizada pelos falantes e
o seu tratamento lingustico requer esforgos reduzidos, uma vez que lls ne
relvent d'aucune analyse syntaxique interne car il n'existe ni paradigmes ni
125
transformations. Les seules modifications sont de nature formelle: [...] (Gross.
G., 1996:40) .
0 grau de coeso, dentro do grupo nominal. analisavel a partir das
combinages que unem os seus constituintes. sendo possivel identificar
relages sintcticas e semnticas motivadoras da coeso, estando essas
relages dependentes da natureza semntica do ncleo nominal.
G. Gross considera compostos os grupos nominais: [...] dont aucun
lment n'est actualis de fagon autonome et. en particulier, dont la
dtermination interne ne peut faire l'objet d'une vanation; qui ne constituent pas
de prdication interne; entre les lments ne peut faire l'objet d'une substitution
synonymique; et dont lesens global correspond un concept existant dans la
langue et qui pourrait. a l'occasion. tre expnm par un substantif umque
(Gross.G., 1996:42),
Com base nesta definigo, G. Gross prope uma tipologia de nomes
compostos, constituda por 17 tipos, que corresponde a uma verso elementar
da tipologia de Mathieu-Colas (1996), composta por 700 tipos.
Da tipologia apresentada por G Gross (1996:48-49). s daremos conta dos
tipos cujo ncleo constitudo por um nome, obtendo-se para a lngua francesa
a seguinte tipologia:
1 . compostos adjectivo+ nome Ex: beau-frre
2. compostos nome+ adjectivo Ex: table ronde
3. compostos nome+ nome Ex: poche revolver
4. compostos nome+ de + X Ex: pomme de terre
126
5. compostos nome+ a + X Ex: cuillere a soupe. machine laver
6. compostos nome+ Prep + X Ex: service aprs-vente
7. compostos nome+ divers Ex: traction avant
Para completar a tipoiogia, G. Gross acrescenta um conjunto de oito tipos
que permitem dar conta da estabilizago de algumas expanses de compostos
acima mencionados:
1. Expanses de A + N Ex: bon vieux temps
2. Expanses de N + A Ex: produit national brut
3. Expanses de N + N Ex: opration ville morte
4. Expanses de N + de + N Ex: offre publique d'achat
5. Expanses de N + + N Ex: film grand spectacle
6. Expanses de N + en + N Ex: requte en suspicion lgitime
7. Expanses de N + Prep + N Ex: acte sous seing priv
8. Expanses diversas: Ex: non-assistance en personne en
danger
G. Gross defende a necessidade da criago de tipologias de compostos
para o tratamento automtico da lngua, por considerar no ser possvel obter
resultados objectivos tendo por base generalidades: a identificago dos limites
da coeso assim uma pnondade: En effet, pour reconnatre
automatiquement les noms composs,il faut tre en mesure d'en montrer les
limites et de prdire leur morphologie [...] et tablir au pralable une typologie
127
de la composition. afin de percevoir les problemes spcifiquesa chaque type
(Gross, G., 1996.48).
Um conjunto de parmetros sintctico-semnticos (que no vamos aqui
abordar) permite-lhe testar a unio dos constituintes de uma sequncia, por
forma a consider-la. no seu todo. um composto.
2.4. Colocago
As escolas anglo-saxonica (Halliday (1996), Sinclair (1996), Benson
(1986,1997)) e alem (Hausmann (1989). Heid (2001)) optam,
preferencialmente, pelo termo colocago para designar os conjuntos de
unidades que co-ocorrem em contiguidade com uma determinada frequncia
no eixo sintagmtico.
No quadro tenco da anlise do discurso de Halliday, so os conjuntos de
unidades lexicais coesas que merecem particular atengo.
Para Halliday, a coeso que fundamenta a estabilizago dos constituintes
que co-ocorrem. podendo infenr-se a partir dessa co-ocorrncia uma relago
sintctico-semntica pnvilegiada: Cohesion occurs when the interpretation of
some elements in the discourse is dependent on that other. The one
pressuposes the other,in the sense that it cannot be effectively decoded except
by recourse to it (Halliday, 1996:4).
Neste quadro teorico, a colocago pode ser analisada numa perspect.va
gramat.cal ou lex.caP sendo a coeso. essncia da colocago enquanto
128
entidade linguistica, identificada pelas relagesestabelecidas entre as diversas
unidades lexicais.
Numa perspectiva lexical, a colocago da conta de uma forma de coeso
que se atinge atravs da [...] association of lexical item that regulary co-
occurn> (Halliday. 1996:284). Porm. a unidade lexical no intnnsecamente
portadora de uma relago coesiva, sendo a coeso determinada por referncia
ao texto em que esta unidade ocorre: [...] It is the occurrence ofthe item in the
context ofrelated lexical items that provides cohesion and gives to the passage
the quality of texh (Halliday, 1996:289). As unidades lexicais que formam uma
colocago lexical so actualizadas como um todo em discurso. porque existem
proximidades lexicais pr.vilegiadas que o sistema lingustico permite. As
proximidades lexicais no so todas da mesma ordem, nem da mesma
natureza: There are degrees of proximity in the lexical system, a function of
the relative probability with wh'ich one word tends to co-occur with another.
Secondly, in the text there is relatedness of another kind. reative proximity in
the simple sense of the distance separating one item from another. the number
of words or clauses or sentences 'in between (Halliday, 1996:290). Desta
forma, a densidade da coeso est relacionadacom o modo como os locutores
activam o sistema lingustico e, consequentemente, com o modo como
actualizam as unidades lexicais, em fungo da construgo de um discurso ou
de um texto.
Tambm Sinclair aborda a colocago na sua dupla faceta gramatical e
lexical. conferindo ao mtodo estatstico um papel essencial na delimitago da
colocago. para melhor poder descrev-la: Collocation is the occurrence of
129
two or more words within a short space of each other in the text (Sinclair.
1996:170). Sinclair preocupa-se, particularmente. com a vertente lexical da
colocago, numa perspectiva lexicogrfica, detendo-se nas suas descriges
formais.
A colocago , assim, abordada de acordo com metodologias lexicais e
estatsticas, que permitem, recorrendo ao conceito de distncia. compreendida
como o compnmento do segmento de recta definida por dois pontos, calcular e
medir a densidade entre as unidades que constituem a colocgo. As anlises
lexical e estatstica so, neste mbito, ferramentas complementares. A
frequncia com que cada uma das unidades constituintes da colocago se
actualiza numa determinada ordem sintagmtica um indicador para a
identificago, descrigo e classificago da colocago.
Cada uma das unidades que compem a colocago pode assumir
importncia e valor distintos. A unidade em observago constituda por um no
[node] e por um co-ocorrente [collocate], podendo qualquer unidade
assumir o estatuto de no ou de co-ocorrente, consoante o valor atnbudo a
cada uma das unidades.
Quando, na colocago AB, o A considerado o n, estamos perante uma
downward collocation, quando a unidade B assume o valor de no, fala-se em
upward collocatiomx As diferentes designages adoptadas permitem-nos
inferir que a abordagem teorica a uma e a outra distinta: There appears to
be systematic difference between upward and downward collocation. Upward
collocation, of course, is the weaker pattern in statistical terms, and the words
tend to be elements of grammaticai frames, or superordinates. Downward
130
collocation by contrast gives us a semantic analysis of a word (Sinclair,
1996:116).
Para Sinclair. em termos metodolgicos. a nogo de n est intimamente
relacionada com a nogo de concordncia informtica:
. - c .
v 1 S I
T3 ilbl
T2 "cl
T3 9b|
T3 12gi
T3 ;3f I
7r i4h I
T> l~b !
7 1 21il
7? 23hi
7- __ 3i I
T~ 2 3 il
T" 2 4e
77 24f i
_,-,
I4f I
7~ 24g|
T7 0 J .
T"7 24C
rT "*j Z5e
7-7 2:a
T^ 2 6a
T-> 2b
T" 26c
T" 2 6c
T7 26a
T~ 26i
T7 281
T7 32g
ibl adiac" suoerficie terrestre infraverirelhc med:: ou if:co ( :ig_.--. :^i i^ = -=-.<= zas bancas dc Visivei e Inravermelhc trr.icc- permite icca^-^c
^ Aa. ~ai"di ="^s%-uisce de um- filne ir.f raverrr.elh ccicndc . C facto oe tc
:: -.\: Ztl* nr- -r-~c---a-i-r-o de um fiime mmavermelho r.c correspcndem as ccre
:.: -;"! '<=' 1.-^ = ap^Cprrsdas pcr um fUrr.e mf ravermelhc colcridc seiam cersimer.t
:: ::-, 'f^^l coloncc vuiaar e um ilme inf ravermelhc cclcncc Recentemente ,
T: "-i ,n ac^o-v- auase mteiramer.ee nc mf raverr.eiho ,car.do cricerr. a vamres
^: *:.;. ^ -er* pmersa ,nesta banca cc inf ravermeiho prcximc . Inicialmente c
cr'm.mr.cia r.cs canais verde e dc mf ravermelhc prcximc : Fics .2,4,
no , qusr.do secos ,nc do proximo mf raverr.elhc . Ccr.scata
-
se , amc^
"-.* caotaoas r.as bancas dc oroximc mf ravermeiho . Esse facto deve-
se a
-f-^c-rc-a na fcanda 00 proximc inf ravermelho , associaaos a baixcs va
err. ^oe-ial dcs canais vermelhc e mf raverrr.elhc , e a relaco que se pco
s pspectrais , Verde ,Vermeiho e Inf raverrelho proximo . Neste caso , a
s -a-ai^ Xc2 vermelho e XS3 .inf raverrneiho prxirao . mostra uue e p
r^u^ al'T- fctoorrica ce filne ir.fr avermeihc .faisa cor : existente
car.ca dc visivel e jir. na bar.da =c mfravermelhc prcximc . A cutra imagem
nda oc visivel ,dcis na fcanda 00 mfraverrr.elhc crcximc e ura r.a oar.aa ao
,.evTBu-.' o?ximc e un r.a bar.da do ir.fraverrr.elhc meci: . As aiferentes
i^'-'r' a :.r. ir:ai r,ais elevadc no ir.f r avermeiho oc que nas cjtras bancss
. a 0 w
-,,; r. j
- Recic cc mfravermelho prcxinc ,ccm ccrr.pnmer.r
-'g Ir= -'7 rr,
- Feio dc ir.f ravermeihc rr.edio , que mciui vaicr
~3 '"n '&-'* l i t, '. - Recio oc miravermeinc terT.icc . 8 ir.- 14 ( m
o de ca-r,:no absorve radiacces no inf raverirelr.c trTico e no mfraverniel
ces nc mfravermeiho trmico e no infraverrr.elhc mcio . entre 2 . d e 4
amente r.-la a partir da reg:c cc mL=vemelho . 0 ccrr.pcrtame:,to tsp*
-vidade decresce . Em relacc ac ir.f ravermeiho prximc e necio .. a resp
re a rec:o visivei e a recio dc mf ravermelhc prcximc tradu:-
se peic
on^'ar' as esocies vecetais . c mfravermelhc proximo revela-
se ur.a
I_ AC;ppr-ral entre o visivei e o mfravermelho proximo , perr.ite ccnclu
ividade da veaetacc na regic dc ir.f ravermelho mdio , prmcipalmente p
ces ormoipalmente r.c dcminio dc mfravermelho rr.dic 1 em tonc acs . .
oue permitem abranger a regio 00 mf ravermeinc prcximc : estes rnmes s
v'^x^c-da*. oe' - vere , vermelho e nravermelhc prcximc dc sspectrc .
V^*vi"--l"" qur n dommio do mfravermelhc . 0 sistema RGV r.unca fu
t? 'a\ sceitrc , e imagens no dor.ir.io do inf ravemelho proximo , uma situada en
T8 33dl r.dc-
se cs 120 m cara a banda do infravermelho trrnco bar.da 6 : ;
Tg-
5 f | abrancida , tal oomc a regic dc ir.f ravermelho . 'esta forma , existem
-t i3*i s bandas cue actuam nc dcminic oc mravermelhc mdic e uma banaa na reg
:S I3f no mdic e uma banda na regio 00 mfravermeihc trmicc , mantencc-
se
Te 33f, mioc , mantendo-
se uma banda no mfravermelhc proxim: , tai ccmo o MSS
T8 3?al o os niveis igitais oa imagem do ir.f ravermelho proximo e Nci , ] ,iv o
^8 "b1 ec-r-i oa .eae^arc nc domir.ic dc ir.fr avermeiho prcximo ser maior e as a
;t :-b! se: _aicr e as dirarer.cas entre c mravermeihc e c vermelhc sc deste n
79 i-2e s areas em fiimc-s pancromaticc e in ravermelhc . k classificagc atmce
A concordncia permite organizar em coluna a unidade que assume a
funco de n, com todas as suas expanses esquerda e direita, isto . os
seus co-ocorrentes. Desta forma^ a colocaco identificada de forma eficaz.
proporcionando um levantamento exaustivo num dado corpus.
131
Tambm, Benson distingue as colocaces lexicais das colocaces
gramaticais: o seu mteresse pelas colocages prende-se com questes do foro
lexicogrfico. Na introduco ao BBI Combinatory Dictionary of English. Benson
afirma: ln English, as m other languages, there are many fixed. indentifiable.
non idomatic phrases and constructions Such groups of words are called
recurrent combinations. fixed combinations. orcollocations.Collocations fall into
two majorgroups: grammatical collocationsand lexical collocations (Benson e
aln, 1997:XV).
A utilizaco do termo colocaco empregue com uma dupla acepco. Por
um lado: considera-o sinnimo de combinatrias fixas e recorrentes; por outro
lado, considera a colocaco um subtipo de combinaco lexical claramente
identificado, distinguindo-a dos outros tipos.
Benson parte de uma tipologia, elaborada com base em possveis
combinaces lexicais, organizado em quatro grupos, representando as
colocaces um subtipo:
1. combinages livres;
2. expresses idiomticas;
3. colocages;
4. composto.
As combinaces livres lexicais so aquelas estruturas que ocorrem com
mais frequncia em discurso, uma vez que apresentam um grau reduzido de
coeso. por as suas hipteses combinatriasserem livres: Free combinations,
132
[...], consist ofelements that are joined in accordance with the general rules of
English syntax and freely allow substitution (Benson et alii, 1997:XV).
0 facto de determinadas combinages lexicais ocorrerem com frequncia
num corpus no nos autonza a afirmar, desde logo. estarmos perante
colocages. Com efeito, tais combinaces lexicais discursivas ou livres. que se
distinguem das colocages. unidades de lngua apresentando restriges
lexicais que permitem a sua identificaco e consequente delimitago. S estas
ltimas merecem um tratamento lexicogrfico. tendo. nesta ptica. a frequncia
um interesse relativo.
As expresses idiomticas que ocorremcom menor frequncia em discurso
so definidas por Benson como: [...] relatively frozen expressions whose
meanings do not reflect the meaning of their component parts (Benson,
1985:4).
A meio caminho entre a combinago livre e a expresso idiomtica est a
colocago que definida como: [...] semi-fixed combinations (Benson.
1997IX) Segundo este autor. a particulandade da colocago encontra-se no
facto de a totalidade do seu significado ser o resultado do significado individual
dos seus constituintes, o que permite distingui-la da sequncia livre.
Para alm do mais, no comum encontrarem-se sinnimos dos
significantes e dos conceitos veiculados pelas colocages, o que as torna
particulares.
Dentro desta categoria, Benson distingue as colocages gramaticais das
colocagoes lexcais. A colocago gramatical [...] is a phrase consisting of a
dominant word (noun. adjective, verb) and a preposition or gramatical structure
133
such as an infintive or clause (Benson. 1997.IX). enquanto a colocago iexical.
em contraste com a colocago gramatical. se define por: [...] normaly do not
contain prepositions. infimtives. or clauses. Typical lexical collocations consist
ofnouns. adjectives. verbs and adverbs (Benson. 1997:XXX).
Os compostos. a quarta categonaidentificada, definida por Benson como
completely frozen (Benson. 1985:4).
Para identificar as colocages de forma sistemtica numa perspectiva
lexicogrfica, Benson subdivide as colocages lexicais constitudas por [V + N]
em dois tipos. que designa de colocages CA e de colocages EN,
respectivamente. Estes tipos de colocagesso reconhecidas como tal, a partir
de uma tipologia de funges lexicais elaboradas por Benson, tendo por base a
tipologia de funges lexicais deMel'cuk (1984).
As colocages CA exprimem a fungo cnago (creation) (C) e a fungo
activago (activation) (A); as colocages EN so estruturas combinatnas
que traduzem a fungo irradiago (eradication) (E) e a fungo
neutralizago (nullification) (N).
Alm destas duas combinages lexicais que apresentam uma estrutura
idntica. mas um formalismo distinto, Benson identifica mais cinco tipos de
estruturas combinatonas, que do conta de relages paradigmticas e
sintagmticas que se estabelecem entre os lexemas, cuja delimitago se
fundamenta nas diferengas que permitem descrever as ligages entre os vrios
lexemas que const.tuem a colocago: [Adj+N]. [N+V]; [N+N]; [Adv+Adj] e
[Adv+V].
134
Nestes conjuntos apresentados. Benson imputa a um dos lexemas o papel
de determinante e a outro o de determinado. concedendo aos lexemas que
intervm na colocago o estatuto de um ou de outro. de acordo com a fungo
que Ihe e atnbuida: Lexical collocations [...] do not have a dominant word.
[...] (Bensonetalii, 1997;IX)
Em 1989, Hausmann define a colocago como: [...] /a combinaison
caractnstique de deux mots dans une des structures suivantes: a) substantif+
adjectif (pithte); b) substantif + verbe; c) verbe + substantif; d) verbe +
adverbe; e) adjectif + adverbe; f) substantif + (prp.) + substantih (Hausmann,
1989:1010). Para Hausmann, a colocago define-se por oposigo a
combinago livre e a expresso idiomtica, pela restngo combinatna das
unidades que compem a colocago. pela sua transparncia e pela sua no
coeso. sendo apreendida e utilizada como uma unidade de lingua e no como
uma unidade de paroe na acepgo saussunana. 0 facto de a colocago
poder assumir o estatuto de unidade lexicogrfica, implica, num determinado
momento. a passagem do discurso para a lngua.
Hausmann defende tal afirmago pelo facto de considerar que um
estrangeiro pode perceber o significado da colocago como um todo. acto que
resulta da sua transparncia, mas no acto da parole no ser capaz de utilizar
as combinatnas lexicais adequadas. o que comprova a imprevisibilidade da
colocago. Ele precisa aprender e memonzar as combinatrias lexicais para
poder us-las, do mesmo modo que aprende e memonza qualquer outro signo
lingustico: [...] parce que les langues. dans la totalit des combinaisons
logiquement possibles. fontun choix idiosyncratique (Hausmann, 1989:1010).
135
Para este autor a descodificago de uma colocago no traz qualquer tipo de
contranedade. A dificuldade situa-se ao nivel da codificago: [...] I'tranger ne
peut pas prvoir a l'aide de quelverbe la langue frangaise met fin au silence:
*briser. *casset: rompre le silence (Hausmann, 1997:282).
Hausmann considera que as colocages so identificveis atravs dos elos
que unem cada uma das suas unidades constituintes, o que designa por
Wortverbindungen. Assim, distingue as fixierte Wortverbindungen das
nicht fixierten Wortverbindungen. Nas unidades fixas. ele inclui expresses
como se laver la tte. assim como as tradicionais palavras compostas,
chambre forte. sendo as unidades fixas apreendidas como um nico signo
lingustico. enquanto as outras estruturas so apreendidas como dois signos
lingusticos distintos.
Independentemente de se tratarem de unidades fixas ou no, Hausmann
identifica trs tipos de combinages lexicais: a co-cnago (Ko-Kreationen), a
colocago (Kollokationen) e a contra-cnago (Konter-Kreation).
0 pnmeiro tipo de combinago lexical a co-cnago (Ko-Kreationen), que
Bahns interpreta do seguinte modo: Als Ko-Kreationen bezeichnet Hausmann
Verbindungen von Wrtern, deren Kombinationsfhigkeit praktisch unbegrenzt
ist; be'i 'ihrer Verbindungen sind ledigliche gewisse semantische Mindestregeln
zu beachten. [...] Ko-Kreationen werden entsprechend den Reglen des
Sprachsystems kreativ zusammen gestellh (Bahns, 1996:23).
As colocages (Kollokationen) resultam de relages de palavras que
possuem uma capacidade combinatria limitada. Por oposigo s co-criages,
136
as colocages no so construdas de forma cnativa. [...] sondern werden as
Kombinationen aus dem Gedchnis abgerufen (Bahns. 1996:24).
Por ultimo. temos as contra-cnages [Konter-Kreation): Be Konter-
Kreationen handelt es sich um d'ie Verbindungen zwischen einem begrenzt
kombinierbaren Wort und einem Wort, mit dem es normalerweise nicht
gemetnsam aufzutreten pflegh (Bahns. 1996:24). Normalmente. nestes casos
as regras semnticas so violadas. requerendo por parte do falante uma
capacidade cnativa supenor que activada no acto da co-criago.
Para Hausmann, uma colocago uma combmago onentada, isto , as
unidades que a constituem no tm o mesmo estatuto, sendo uma delas o plo
responsvel pelas relages lexicais pnvilegiadas que mantm com a sua
vizinhanga local. Por esse motivo. essencial distinguir a base do colocador
{Kollokaton>), equivalente s noges de n e de co-ocorrente. uma vez que a
sua identificago indispensvel para a descngo linguistica e o tratamento
lexicogrfico da colocago, assim como para a sua aprendizagem e
consequente assimiliago. Estes dois elementos que constituem a colocago
tm estatutos de parcena diferentes. sendo tambm diferente o tratamento a
que so sujeitos consoante a nfase seja dada base ou ao colocador.
A colocago , assim, constituda por uma base com autonomia sintctica e
semntica e por um colocador, que acrescenta uma caracterstica base, no
modificando a sua identidade.
Em 1997. Hausmann (1997:288) apresenta uma organizago hierrquica
das denominages das estruturas lexicais que, em parte, reflecte a teoria de
Mel'cuk. sendo. no entanto. a sua classificagomais pormenorizada:
137
lexia
lunidade lexical)
lexemafrasema
unidade monolexical) (unidade multilexical)
palavra composta
construgo / valncia
colocago
locugo
provrbio
citago
Adaptado de Hausmann (1997), Tou est idiomatique dans les langues, La locution entre
iangue et usages. Saint-Cloud.ENS ditions, p 288
Heid segue, parcialmente, a linha de pensamento de Hausmann,
destacando-se deste pelo facto de a sua abordagem colocago ser
terminolgica. Heid defende, explicitamente. que a colocago pode
corresponder a um termo com caractersticas e propriedades distintas das dos
termos identificados, tradicionalmente, comonomes compostos.
Heid (2001) tambm se refere polaridade da colocago. A colocago
constituda por dois lexemas e por possiveis determinantes. quantificadores e
preposiges, sendo um dos lexemas o determmado e o outro o determinante.
correspondendo estas noges ao node e ao collocate de Sinclair e
Basis e ao Kollokaton> de Hausmann.
Sendo a sua abordagem colocago terminolgica. um dos lexemas tem
de ser. obrigatoriamente, um termo, podendo ambos os lexemas assumir esse
estatuto.
Do ponto de vista lingustico, as colocages so [...] a phenomenon of
lexical combinatones: they involve the iexical, semantic. and syntactic
138
properties of lexical items and their syntagmatic co-occurrence (Heid,
2001:788). que tal como os signos lingusticos, resultam de uma convengo,
rather than being explicitly rule-governed (Heid, 2001 :788).
Os elementos que constituem uma colocago, podem. ja por si. ser
colocages que. recorrendo s mesmas estruturas, permitem a cnago de
novas colocages. Heid faz um levantamento das estruturas constituintes mais
relevantes das colocages:
1. [N+V]
2. [N+Adj]
3. [N+N]
Estas trs estruturas so as mais frequentes nas lnguas de especialidade e
so aquelas que, segundo Heid, constituem, regra geral. a estrutura das
unidades terminolgicas. Alm destas, ocorrem outro tipo de estruturas, menos
frequentes, contudo tambm representativas:
1. [V+Adv]
2. [Adj +Adv]
A identificago das propriedades lingusticas das colocages essencial
para o tratamento automtico das lnguas naturais. Por esse motivo. Heid
considera que as colocages so delimitveis e descntas atravs das suas
propriedades sintcticas, semnticas. mas tambm conceptuais.
139
Quando se refere as propnedades s.ntact.cas, He.destabelece uma relago
entre a colocago e a palavra composta. umavez que considera que
a escolha
das componentes dos compostos est determmada do ponto de vista
colocacional: The choice of the components in such noun groups. Iike the
choice of the components of the compounds. is often collocationally
determined: there are clear combinatory preferences, often merely
conventional. that in many cases go as far as the complete terminological
"fixing" of the coumpounds and noun groups (He.d, 2001 791 ).
Heid assume a dificuldade que sente em distinguir a colocago da
composigo com base em critrios meramente lingusticos, sabendo que a
fronteira , do ponto de vista terico, muito tnue. Numa perspectiva
terminolgica, tal distingo no se revela muito operacional, uma vez que em
terminologia a denominago que est na base da identificago da realidade
lingustica, independentemente. da etiqueta que Ihe atribuda: From a
terminological point of view, we may be more interested in whether the
combination of term and collocate can be seen as the domination of a new
concept 'in its own nghh (Heid. 2001:791). Numa perspectiva meramente
terminolgica, no podemos deixar de concordar com o seu posicionamento,
independentemente, de em fungo da estrutura lingustica, determinada
unidade ser considerada uma colocago ou um composto, o que nos motiva
verdadeiramente na abordagem terminolgica a denominago.
Contudo. na qualidade de linguistas, e numa perspectiva de tratamento
automtico da lngua natural, preocupa-nos encontrar os cntnos formais para
delimitar as fronteiras da expresso lingustica da denomingo que ocorre em
140
texto. So as teorias lingusticas que permitem a criago de formalismos
conducentes ao tratamento automtico das Iinguas naturais.
Por isso, pensamos no ser produtivo confundir o plano lingustico com o
plano extralingustico. sendo todavia essencial acautelar as suas
complementaridades.
No que diz respeito s propriedades semnticas, Heid inspira-se na teoria
de Mel'cuk. Mel'cuk defende que os falantes, no pleno uso da parole.
recorrem s colocages para expnmir a significago gennca, descrevendo
deste modo as colocages a partir de funges lexicais que Ihe permitem dar
conta dessa generecidade e que Heid expnme do seguinte modo: ln
lexicography, examples of collocations are usually treated 'in terms of a given
collocate with a g'iven base being arbitrary phenomenon that must be
memorized* (He\d, 2001:793).
Em lngua de especialidade, tal fenmeno tambm ocorre. com a diferenga
que a escolha do co-ocorrente , regra geral. o resultado de uma convengo e
no de um livre arbtno.
Desde modo, Heid (2001) e Martin (1992) distinguem as colocages lexicais
das colocages conceptuais, que Martin define como se segue: By conceptual
structure we can mean the semantic valency or argument structure of a concept
(or the conceptual meaning of a lexeme). This way modifying concepts in
"collocations" [...] are conditioned or expected from "definitional knowledge". In
other words: the conceptual meaning ofdisease contains a slot for CAUSE.that
of system contains one for FUNCTION. that of vowel one for articulation. that
the dictionary one for INFORMATION. etc. In this respect the above
'coliocations' are concept bound (Martin. 1992)
Segundo estes autores, as diferencas entre as colocages lexicais e as
colocages conceptuais prendem-se com o facto de as primeiras serem
determinadas por questes meramente lexicais e idiomticas, que ocorrem
com mais frequncia em lngua corrente.
Por seu turno, as colocages conceptuais so mais relevantes nas lnguas
de especialidade e podem assumir o estatuto de termos: Terminologically
relevant collocations are more often than not situated at the content-related end
of the spectrum. with the meaning of the coilocates fa'irly often dervable from
definitional elements of the base. its properties. typical actions usages. etc.
(Heid, 2001, 796) Em terminologia, a relago entre o conceito e as unidades
que constituem a colocago justificam a coeso lexical, uma vez que a base
subcategoriza determinadas unidades terminolgicas constituintes das
colocages, sendo a colocago um reflexo da conceptualizago.
A colocago conceptual um conceito que poder permitir a distingo
tenca entre colocago livre e colocago restrita numa perspectiva
puramente termmolgica. No entanto. rejeitamos tal denominago, uma vez
que confunde os dois planos de anlise que nos so muito caros: o lingustico
que se reflecte na colocago e o extralingustico que est presente no conceito
de conceptual.
Do ponto de vista da sua estrutura, a colocago organiza-se segundo as
regras da lngua, enquanto que o conceptual se rege por critrios
extralingusticos que, em lngua, denominado por signos lingusticos.
142
0 facto de uma colocago denominar um conceito, no nos impele a
consider-la conceptual. Preferimos consider-la uma colocago terminolgica.
estando, deste modo. a relago entre o termo e conceito ressalvada.
Tal como a nossa exposigo deixa antever, a colocago no definida, nem
entendida do mesmo modo por todos os autores, nem a realidade lingustica
para a qual remete consensual entre os especialistas.
Todos os autores citados abordam a colocago numa perspectiva lexical,
sendo. no entanto, as reas de investigago distintas: textual para Halliday.
lexicogrfica para Sinclair. Benson e Hausmann, terminolgica para Heid.
Para uns, a coeso o que justifica a existncia da colocago (Halliday),
para outros. a combinago restrita dos lexemas que a compem, sendo a
coeso uma caracterstica da locugo (Hausmann).
Quanto designago e ao valor que assumem cada uma das unidades que
constituem as colocages, tambm a os autores usam terminologias distintas.
Por outro lado. as tipologias das entidades lingusticas no so
consentneas umas relativamente s outras. Benson apresenta a sua tipologia
para a lngua inglesa, Hausmann e Heid para a lngua inglesa, francesa e
alem:
Benson
V^N_
ADJ__N_N + V
_
N + N
ADV + ADJ
ADVtV
Hausmann
V + N
N + V
N + ADJ
V + ADV
"
N + PREP + N
Heid
N + V
N + N
N + ADJ
V + ADV
ADJ + ADJ
143
Em sntese. conclumos que as colocages so constituidas por.
exclusivamente, dois lexemas. Tendo em conta as tipologias apresentadas
pelos autores, constatamos, com alguma perplexidade. que s a estrutura N+V
consensual. No que diz respeito s estruturas V+N; N+N: N+Adj e V+Adv, s
dois autores em trs esto em acordo. Hausmann apresenta ainda a estrutura
N+Prep+N, Benson as estruturas Adj+N e Adv+Adj e Heid apresenta a
estrutura Adj+Adj.
De todas as definiges de colocages apresentadas e respectivas
matrizes, s Heid faz referncia existncia de gramemas autnomos no seio
das colocages: Collocations involve two lexemes (plus possibly determiners,
quantifiers. and prepositions (Heid, 2001:788).
Curiosamente. nem todos os exemplos que Hausmann apresenta
correspondem fielmente sua tipologia, uma vez que neles inclui gramemas
autnomos. preposiges ou determinantes, que no esto representados nas
suas matrizes
A ttulo de exemplo, para a estrutura V + Adv apresenta o exemplo
em lngua francesa /7 pleut verse. onde ocorrem gramemas que no esto
representados. No entanto, apresenta a matriz N+Prep+N, estrutura em que a
preposigo claramente considerada uma classe gramatical de relevo. no
justificando do ponto de vista terico a sua incluso na matriz.
Desta diversidade terminolgica e conceptual, retemos os seguintes
cntrios para a definigo de colocago:
1 ser constituda por dois lexemas;
2 poder conter determinantes. preposigesou quantificadores;
144
3. ser o resultado de combinatnas lexicais;
4. ser apreendida pelo falante como um nico signo lingustico:
5. no caso da perspectiva terminolgica ser o resultado da
conceptualizago de um objecto.
2.5. Frasemas
Como j tivemos oportunidade de referir no ponto 1. deste captulo,
Mel'cuk considera a lexia o elemento de base de qualquer estudo lexicogrfico.
mdependentemente da sua forma lingustica. 0 Dicionrio Explicativo e
Combinatrio (DEC) um dicionrio de lexias, que pretende apresentar uma
teoria lexicogrfica, baseando-se numa descrigo semntica, combinatna e
explicativa das lexias de uma lngua natural: Un DEC se doit de dcnre non
seulement les lexmes de la langue L mais encore tous ses phrasmes (dont le
nombre est nettement suprieur celui des lexmes), en devenant de ce fait un
dictionnaire de MOTS et de PHRASMES. donc un dictionnaires de lexies
(Mel'cuk, 1995:45).
Mel'cuk refere-se co-ocorrncia lexical para dar conta da capacidade que
os lexemas tm de se combinarem em sintagmas, por forma a exprimirem uma
dada significago. Esta uma propriedade inerente a todos os lexemas.
No entanto, esta co-ocorrncia lexical considerada resthta quando [...]
un lexme A signifiant 'A' et un iexme B signifiant 'B' ne peuvent pas se
combiner pour expnmer le compos 'A + B\ cela n'tant pas interdit par la
syntaxe (Mel'cuk, 1984:4). Podemos, deste modo, concluir que sempre que
145
A+B * AB estamos perante uma co-ocorrncia lexical restrita. que Mei'cuk
denomina de frasema, caracterizada por, estruturalmente, ser uma unidade
multilexmica, que detm propriedades que no so dedutve.s a part.r da
interpretago dos seus constituintes.
Para Mel'cuk. o frasema um s.gno l.ngust.co: A linguistic sign is an
ordered triple: X = <'X'; /X/; Ix>, where 'X' is the signified of the sign X (= its
meaning), /X/ is its sigmfier (=its phonetic form), and Ix. its syntactics (= the set
ofdata on its co-occurrence with othersigns) (Mel'cuk. 1998:26).
Especifica trs tipos distintos de frasemas: os frasemas completos, os semi-
frasemas e os quase-frasemas (cf. Mel'cuk, 1995: 45-48).
Os frasemas completos correspondem s estruturas sintagmticas
compostas pelos lexemas AB, cuja significago igual a C, em que o C no
contm nem o significado de A, nem de B: C' u'A' & 'C' & 'B'
Os frasemas so um conceito equivalente s expresses idiomticas
definidas pela escola anglo-saxnica.
So considerados semi-frasemas todas as co-ocorrncias restritas,
constitudas pelos lexemas AB, cuja significago igual a 'AC' ou a 'BC': [...]
qui inclut le signifi de l'un des constituants. alors que l'autre ne garde pas son
sens, soit - mme s'il garde son sens - n'est pas slectionn libremenh
(Mel'cuk, 1995:46). Para este autor, semi-frasema sinnimo de colocago.
Por fim, apresenta os quase-frasemas, que se compem dos lexemas AB,
cuja significago corresponde a ABC. Assim, o frasema comporta o significado
dos respectivas lexemas A e B, sendo-lhe ainda acrescentado um outro
significado no dedutvel e imprevisvel, o significado C.
146
Nas definiges propostas dos diferentes tipos de frasemas, Mel'cuk no
identifica as categonas gramaticais, nem as funges smtcticas dos lexemas
que os constituem. Deste modo, no restnnge as hipoteses de classificago
dos lexemas. recorrendo em sua substituigo, a expresses semnticas que
Ihe permitem obter uma tipologia, cuja finalidade a descngo exaustiva das
lexias: [...] une descnption d'une langue L est un systme de rgles qui tablit
la correspondance entre ie sens et les textes de L. Le DEC de L dott fournir au
systme toutes les donnes sur les mots individuels, donnes indispensables
son fonctionnemenh (Mel'cuk, 1984:3).
Mel'cuk representa, esquematicamente. a classificago geral dos frasemas
do seguinte modo (cf. Mel'cuk, 1998:30).
Phrasemes
Pragmatic phrasemesSemantic phrasemes
Pragmatemes Idioms Collocation Quasi-idioms
Mel'cuk (1998), Collocations and Lexical Functions, Phraseology. Theory. analysis. and
applications ed A P Cowie, Oxford, Oxford University Press. p.30
No mbito desta dissertago e na sequncia das leituras efectuadas,
optmos por considerar frasemas ou unidades multilexmicas todas as
unidades terminolgicas nominais que so constitudas por. no mnimo. dois
lexemas ou unidades monolexmicas separados por um espago em branco,
147
resultando das suas combinatrias morfolexmicas e sintcticas numa
denominago.
Enquanto frasema, a denominago assume o estatuto de unidade
lexicogrfica e, em contexto terminolgico textual, desempenha a fungo de
uma un.dade monolexmica ou lexema.
3. Fraseologia
Ao reflectirmos sobre o conceito de fraseologia, verificmos que grande
parte dos autores consultados (Kjr (1990). Picht (1990), Rousseau (1993),
Roberts (1993), Rey (1997)), distinguem a fraseolog.a que ocorre em lngua
corrente. e que abordada de um ponto de vista lexicogrfico, da fraseologia
que ocorre em lngua de especialidade, e que objecto de estudo da
Terminologia.
Kjr aborda a fraseologia na sua dupla vertente torica e prtica. Considera
a fraseologia como uma teoria no seio da Lingustica e, simultanemante, como
um inventno de palavras combinadas. Do ponto de vista da teoria. a
fraseologia relaciona-se com: [...] syntagmatic combinations of words - or. to
be more precise, of lexical units. In this sense phraseology can be paraphrased
as the theory ofphraseology (Kjr, 1990:4).
Do ponto de vista prtico, a fraseolog.a, enquanto inventrio, diz respeito a
aphraseological word combinations no seio de uma lngua de especialidade, o
que leva esta autora a estabelecer um paralelismo com a terminologia.
148
af.rmando: /n this sense. phraseology is comparable to terminology as
denoting the inventory of terms of a sublanguage (Kjr, 1990:4).
Como refenmos oportunamente (cf. Captulo 1). no entendemos a lngua
de especialidade como uma sublngua. mas sim como a lngua utilizada em
especialidade. 0 que nos interessa aqui debater , no entanto, o conceito de
fraseologia enquanto objecto de estudo da Terminologia.
De forma pouco clara, Kjr tenta distinguir as combinages lexicais. objecto
de estudo da Lexicologia, das combinages lexicais terminolgicas. objecto de
estudo da Terminologia.
Numa perspectiva terminolgica, a fraseologia entendida como [...] the
object of linguitsic study [that] denotes the environment of the terms (Kjr,
1990:4), o conjunto das unidades lexicais combinadas, designadas por
terminological phrases ,em que o termo o ncleo ou o plo da fraseologia.
Num perspectiva lexicolgica, a fraseologia entendida numa dupla
acepgo: Phraseology denotes the branch of study concemed with the
analysis of word combinations with make up lexical units of which have the
character of f'ixed expressions for some reason other than their lexicalization
(Kjr, 1990:4). Desta afirmago inferimos que, em Lexicologia, a fraseologia
designa, por um lado. uma disciplina, por outro lado, as fraseologias que Kjr
ope s unidades lexicalizadas. designadas de multi-word units ou de fixed
multi-word expressions. As fraseologias desfrutamde caractersticas merentes
s expresses fixas, no ficando esclarecido quais os processes ou causas
que determinam a sua coeso.
149
Kjr recorre a mltiplas denominages para dar conta de fraseologias em
Lexicologia- frasemas, multi-palavras, expresses multi-palavras fixas -, que
insere num grande grupo: phraseological word combinations. da mesma
forma que Hausmann (1997) e Mel'cuk (1995) consideram frasema um
gnrico para colocages. palavras compostas ou locuges.
Picht (1990) aborda a fraseologia. numa perspectiva terminolgica, de uma
forma mais sistematizada. Tambm estabelece a distmgo entre a teoria e o
mventno de entidades lingusticas combinadas, sendo a LSP phraseology a
disciplina que se debruga sobre as LSP phrases:
Phraseology
LSP phraseology
(disciplina / teoria)
LSP phrases
(inventrio de proposiges)
Para Picht. a LSP phraseology corresponde a uma disciplina, que se
ocupa do estudo das lnguas de especialidade, e que opera com os seguintes
aspectos: [...] with deals on the on hand, with syntactic links which appear 'in
LSP as expression level, their synonymy and equivalence. and on the other
hand, with the conceptual relationships and their modifications of those LSP
elements which may be combined so as to create a proposition which is both
valid according to the percepts of the special f'ield, and linguistically correch
(Picht, 1990:43).
150
0 objecto de estudo da LSP phraseology . para P.cht. a LSP
phrase. que def.ne como [...] the product of a syntactic linkage between at
least two elements in a propos,t,on with an LSP content. whose inner coherence
depends upon conceptual connectability (Picht, 1990:43).
Sendo assim. a LSP phrase deve ser analisada tendo em conta o
nivei do conceito e o nivel da expresso que. conjuntamente. formam uma
proposigo
No plano conceptual, Picht refere as propriedades combinatnas dos
conceitos que se definem por possuirem caractersticas inerentes aos objectos:
[...] the first type of relational charactenstics are instrumental for the ordering
of concepts. the second for the creation of a proposition with an LSP contenh
(Picht. 1990:37).
Em segundo lugar, identifica as propriedades dos conceitos com
caractersticas de verbos. que se diferenc.am das caractersticas dos objectos
por darem conta de uma acgo: [...] all concepts which are expressed by
means of a verb possess at least one characteristic which distinguishes them
from the first category and which is essential for the creation of a proposition:
the notion of DOING - the essential action (Picht, 1990:37). De facto, nas
lnguas de especialidade h determinados verbos que so claramente de
especialidade, devendo ser tratados como termos. No caso da Detecgo
Remota, verbos como digitalizar e colonr so recorrentes, porque
conceptualmente impenosos, merecendo um tratamento terminolgico ao
mesmo nvel dos substantivos.
151
No que concerne a abordagem conceptual da LSP phrase. h que ter
em considerago a existncia de uma conexidade entre, pelo menos. dois
conceitos no seio de uma proposigo: [...] where both concepts exhibit
relational characteristics which render capable of being joined together so as to
form a proposition which fulfills the special requirements to the subject fteids
(Picht, 1990:37-38).
Pensamos. ser este um dos cntrios mais relevantes para distinguir
fraseologia de todos os outros conceitos apresentados nos pontos antenores, e
que iremos ter em especial considerago, no desenvolvimento desta
dissertago.
Ao nvel da expresso. a proposigo a manifestago de um relago
lingustica entre uma expresso nominal e uma expresso verbal: At this level
a proposition manifests itself as the linguistic linkage of one term whcih is
nominal in character. be it a simple or a compound term, an abbreviation, etc,
with another. verbal in character and expressed by means of a verb or a verbal
group, [...]. (Picht. 1990:38).
Segundo Picht. para estarmos perante de uma fraseologia necessrio
a congregago de dois conceitos numa nica proposigo, sendo um dos
conceitos expresso por um verbo ou grupo verbal e o outro por um nome ou um
grupo nominal. Os exemplos que apresenta so os seguintes: to forge iron;
elevar un bomba; der Strom flie/t; to retneve data.
Mais uma vez. nem todas as definiges de fraseologia so concensuais
e autores como Greciano (1993, 1997) referem-se ainda a fraseotermos e a
fraseolexemas para designar termos, lexemas, frasemas, fraseologias, entre
152
outros. Mas no vamos desenvolver todas estas perspectivas, porque no se
evidenciam produtivas, nem em termos tencos. nem em termos
metodolgicos.
Parece-nos que a proliferago de terminologias, reflexo de uma profuso de
teonas, vem dificultar o estabelecimento de cntnos fundamentais para a
identificago das realidades lingusticas estruturalmente complexas.
S iremos deter-nos nas denominages, isto , nas unidades terminolgicas
multilexmicas e nas suas combinatnas a fim de entendermos e
descrevermos o seu comportamento num contexto textual terminolgico, com o
intuito de procedermos ao seu tratamento automtico.
A extenso sintagmtica das unidades terminolgicas multilexmicas ou
frasemas terminolgicos so imprevisveis, sendo as fronteiras entre elas e a
fraseologia fluidas. Cowie (1998:5) designa as primeiras. genericamente, por
Word-like (or semantic) unih e as segundas por sentence-like (or pragmatic)
unih.
Assim. entendemos a fraseologia como um conceito operatrio que, no
mbito desta dissertago, serve para designar frasemas que possuem
estruturas proximas da frase. entendida, neste contexto, como: Elemento
terico abstracto. no interior do qual funcionam outros elementos menores,
[,..] (Xavier, Mateus, 1990:185).
Tendo por base este pressuposto terico, podemos definir a fraseologia
como uma parte de frase, ou proposigo, que se caracteriza por ser constituda
por vrias denominages ligadas entre si por elementos gramaticais que, regra
geral. so extrnsecos s unidades terminologicas multilexmicas.
153
As denominages por sua vez so constituidas por unidades terminolgicas
monolexmicas e unidades terminolgicas multilexmicas.
Pensamos. assim, que a denominago denomina uma realidade
extralingustica. que pode ser tratada como unidade lexicogrfica, enquanto a
fraseologia constituida por vrias denominages, ligadas entre si por
elementos caractersticos de frases.
Utilizaremos ainda o termo colocago para dar conta de sequncias de
lexemas terminolgicos que co-ocorrem, frequentemente, mas que no
designam conceitos. no podendo desta feita ser confundidos com unidades
terminolgicas multilexmicas.
Numa perspectiva de terminologia textual e de tratamento automtico da
lngua natural, a fraseologia deve ser identificada como um todo, uma vez que
as denominages surgem em discurso de forma encadeada, por vezes de
forma ocasional, outra vezes de forma sistemtica. podendo o seu conjunto ter
interesses diversos para a tradugo automtica, para a constituigo de bases
de dados terminolgicas, para tradutores humanos e para o tratamento da
informago.
154
Captulo IV
Etiquetador gramatical automtico: EtiqueLex
1 . Tratamento do corpus informatizado
2. Tabela de etiquetas
3. Constituigo dos dicionrios
3.1 . Dicionrio de formas simples flexionadas
3.1.1. Desdobramento de formas
3.1.2. Variantes ortogrficas
3.2. Dicionrio de locuges
3.3. Dicionrio de unidades terminolgicas multilexmicas da Detecgo Remota
4. Etiquetador gramatical: EtiqueLex
5. Tipologia de matrizes terminognicas
5.1. Tipologia elementar
5.2. Anlise da composigo das unidades terminolgicas multilexmicas
5.3. Tipologia de base
5.4. Dicionrio de estruturas tipo
Captulo IV - Etiquetador gramatical automtico:
EtiqueLex
1. Tratamento do corpus informatizado
Para tirar o mximo proveito do corpus informatizado, necessrio
procedermos sua preparago, por forma a podermos explorar todas as suas
potencialidades
0 objectivo desta dissertago o tratamento automtico dos signos
lingusticos que compem o texto. Mas o texto de especialidade caracteriza-
se por ser constitudo por outros smbolos, que no os signos lingusticos, tais
como imagens, frmulas, grficos, mapas, esquemas,entre outros.
Assim, a primeira tarefa a de subtrair ao texto todo e qualquer elemento
que no seja considerado lingua natural, para dar incio pr-fase da
automatizago. que se traduz na constituigo de dicionrios.
Os dicionrios foram elaborados a partir do corpus. Para o efeito,
utilizmos o Hyperbase, um programa de tratamento documental e estatstico
que foi concebido para o tratamento de grandes corpora.
Com este programa obtivemos todas as ocorrncias do corpus, isto ,
235.893 ocorrncias para 12888 formas, que so apresentadas por ordem
alfabtica.
Apesar das sucessivas correcges pelas quais passouo corpus, ainda
permaneceram elementos parasitrios. que s se tornaram visveis no
dicionrio. Da totalidade das formas constavam a pontuago, os ordinais, a
156
indicago de alneas, as citages em lngua estrangeira, os erros ortogrficos,
as gralhas, os nomes de autores citados, etc.
Muitas destas formas foram, postenormente, supnmidas para que so
subsistissem vocbulos, tendo sido. por esta via, eliminadas cerca de 1500
formas.
Cada uma das formas acompanhada da respectiva frequncia, isto ,
do nmero de vezes que cada uma dessas formas ocorre no corpus:
FormasFQ.
Total
FQ.
T1
FQ.
T2
FQ.
T3
FQ.
T4
FQ.
T5
FQ.
T6
a 6909 3815 80 601 945 748 720
a 25 13 0 5 1 2 4
a 931 509 9 76 83 90 164
abaixo 5 2 0 0 2 0 1
abandonado 1 1 0 0 0 0 0
abandonadas 3 3 0 0 0 0 0
abandono 2 0 0 0 0 1
abarcando 1 0 0 0 0 0
abarcar 1 0 0 0 0 0
abastecer 1 0 0 0 0 0
abcissas 1 0 0 0 0 0
aberrantes 1 0 0 0 0 0
aberta 1 0 0 0 0 0
aberto 5 5 0 0 0 0 0
abertos 3 3 0 0 0 0 0
abertura 39 35 0 1 0 1 2
aberturas 5 5 0 0 0 0 0
aborda 1 0 0 0 1 0 0
abordada 1 0 0 0 0 0 1
abordados 5 2 0 0 0 2 1
abordagem 17 9 0 0 2 2 4
A primeira coluna contm as formas, a segunda a frequncia total com
que uma forma ocorre na totalidade do corpus. ao passo que as restantes
157
seis colunas indicam a frequncia com que cada forma ocorre em cada sub-
corpus.
0 dicionno das formas , assim. constitudo. numa primeira instncia,
por todas as formas flexionadas que compemo corpus.
Para que este dicionno cumpra a sua fungo. mdispensvel atribuir
etiquetas a cada uma das formas. o dicionrio de formas flexionadas
etiquetadas que est na base do EtiqueLex.
2. Tabela de etiquetas
Atribuir uma etiqueta aos diversos funges gramaticais que uma forma
pode assumir. implica uma reflexo sobre o conjunto de etiquetas que deve
ser criado, em consonncia com os objectivos que nos propomos atingir.
Assim, a quantidade e o grau de explicitago da etiqueta devem adequar-
se aos objectivos do tratamento dos dados lingusticos. No til
sobrecarregar o dicionrio de informago metalmgustica e,
consequentemente. o corpus, se ela no tiver uma funcionalidade
comprovada.
Por este motivo, ao longo de todo o processo de etiquetagem do dicionrio
e do corpus, fomos adaptando a bateria de etiquetas s nossas necessidades
de investigago.
Passamos a apresentar os resultados deste processo e a reflexo que
presidiu criago das etiquetas.
Numa primeira fase. seleccionmos as classes gramaticais principais:
158
6
Classes gramaticais
Adjectivo
Advrbio
Artigo
Conjungo
Nome
Preposigo
Pronome
Verbo
Etiquetas
Adj
Adv
Art
Conj
N
Prep
Pron
V
As preposiges sofrem um tratamento particular. Optmos por
desdobrar a etiqueta em duas sub-etiquetas e Foram
etiquetadas com as preposiges. tais como de, em, com, trs, etc,
enquanto que todas as contracges das preposiges foram etiquetadas com
Alm destas classes gramaticais. seleccionmos Outros elementos
gramaticais', que pnvilegimos ao mesmo nvel das classes gramaticaisacima
referidas:
6
Outros elementos gramaticais
Gerndio
Locugo
Nome proprio
Numeral
Particpio passado
Sigla
Etiquetas
Ger
Loc
Np
Num
Pp
Sigla"
159
A etiqueta e atribuda a todas as locuges. independentemente
do seu fungo gramatical. no fazendo qualquer distingo entre elas.
Numa primeira mstncia. a etiqueta atribuda ao particpio
passado. independentemente de ter uma valor adjectival ou verbal. Aps o
levantamento de ambiguidades entre um e outro, atnbuimos a etiqueta
aos particpios passados com valor verbal e a etiqueta aos participios
passados com valor adjectival.
A etiqueta , por sua vez. atribuda a toda as formas abreviadas.
sejam elas, truncages, siglas, acrnimos, ou outras.
Consideramos, no entanto, que para a extracgo automtica de
unidades terminolgicas complexas, as classes gramaticais seleccionadas.
assim como as classes que classificmos com 'Outros elementos gramaticais',
so demasiadamente genricas. Acrescentmos, a todas as classes que o
permitem, a indicago de gnero, de nmero e de pessoa:
Gnero
masculino
feminino
dois gneros
invanavel
Etiquetas
m
2gen
mv
Nmero
smgular
plural
dois nmeros
Etiquetas
pi
2num
160
Pessoa Etiquetas
1 1apessoa i 1p_i
2 2a pessoa 2p
3 3a pessoa 3p
Aos verbos. adicionmos a seguinte informaco:
Conjugaco Etiquetas .
1 conjuqado cj
2 infinitivo inf
As etiquetas atribudas aos verbos so muito pouco descritivas e
precisas. uma vez no ser necessria mais informago do que aquela que
est mencionada na tabela para a extracgo que pretendemos efectuar.
Para os artigos, que designam 'modo indeterminado', crimos as
etiquetas:
Definido / Indefinido Etiquetas
1 definido def
2 indefinido indef
Os pronomes podem ser pessoais. possessivos ou demonstrativos:
Pronomes Etiquetas
1 pessoais pes
2 possessivos poss
3 demonstrativo dem
161
Combinando todas as propnedades que cada uma das classes
gramaticais pode assumir, chegmos a 168 etiquetas, que apresentamos no
quadro seguinte:
10
11
12
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
13
14
15
16
Classes gramaticais
Outros elementos gramaticais
Adjectivo
Adjectivo
Adjectivo
Adjectivo
Adjectivo
Adjectivo
Advrbio
Artigo
Artigo
Artigo
Artigo
Artigo
Articjo_
Artic|o_
Artigo
Conjungo
ConjungoGerndio
Locugo
Nome
Nome
Nome
Nome
Etiquetas
_
Adj:m:s
Numeral
Numeral
Participio passado
Participio passado
Particpio passado
Particpio passado
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Adj:m:pl
Adj:Ls_
Adj:f:pl
Adj_2g_en._sAdj:2gen:pl
Adv
Art:def:m:s
Art:def:m:plArt:def:f:s
Art:def:f:plArt:indef:m:s
Art:indef:m:plArt:indef:f:s
Art:indef:f:pl
Conj:e
Conj:ouGer
Loc
N:m:s
N:m:plN:f:s
N:fl_Nome N:m:2num
Nome N:f:2num
Nome N:2gen:s
Nome N:2gen:pl
Nome prprio Np
Num:ord
Numxard
Pp:m:s
Pp:m:pl
Pp:f:s
Pp:f:pl
Prep1:a
Prep1:aps
Prep1:at
162
38 Preposico Prep1:com
39 'j40
Preposigo
Preposico i
Prep1:conforme
Prep1:consoante
41 i Preposigo
Preposigo
Prep1:contra
42;
Prep1:de
43 Preposigo Prep1:desde
44 Preposigo PrepV.durante
45 Preposico PrepT.em
46 Preposigo PrepT.entre
47 Preposigo PrepTexcepto
48 Preposico Prep1:fora
49 Preposigo PrepTmenos
50 Preposigo Prep1:para
5'
Preposigo Prep1:perante
52 | Preposigo PrepTpor
53 Preposigo PrepTsem"
54 Preposigo PrepTsob
55 Preposigo Prep1:sobre
56 Preposigo PrepT.trs
57 Preposico Prep2::f:s
58 I Preposigo Prep2:ao:m:s
59 Preposigo Prep2:aos:m:pl
60 Preposigo Prep2:quela:f:s
61 Preposigo Prep2:quelas:f:pl
62 Preposigo Prep2:s:f:pl
63 Preposigo Prep2:da:f:s
64 Preposigo Prep2:da
65 Preposigo Prep2:daquela:f:s
66 Preposigo Prep2:daquelas:f:pl"
67 Preposigo Prep2:daquele:m:s
68 Preposigo Prep2:daqueles:m:pl
69 Preposico Prep2:daqui
i 70 Preposigo Prep2:daquilo
71 Preposigo Prep2:das:f:pl
72 Preposigo Prep2:dela:f:s
73 Preposigo Prep2:delas:f:pl
74 Preposigo Prep2:dele:m:s
75 Preposigo Prep2:deles:m:p!
76 Preposigo Prep2:dessa:f:s
77 Preposigo Prep2:dessas:f:pl
78 Preposigo Prep2:desse:f:s
79 Preposigo Prep2:desses:f.pl
80 Preposigo Prep2:desta:f:s
81 Preposigo Prep2:destas fpl
82 Preposigo Prep2:deste:m:s
83 Preposigo Prep2:destes:m:pl
163
84
85
86
87
"88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
_101_102
103
104
105
'106
107
108
109
110
111
112
113"
114
115
116
117
118
119
120
121122
123
124
125
126
127
128
129
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposi_go
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Preposigo
Prep2:disso
Prep2:do:m:s
Prep2:dos:m:pl
Prep2:doutra:f:s
Prep2:doutras:f:pl
Prep2:doutro:m:s
Prep2:doutros:f : pl_
Prep2:dum:m:s
Prep2:duma:f:s
Prep2:dumas:f:pl
Prep2:duns:f:pl
Prep2:na:f:s
Prep2:nalguma:f:s
Prep2:nalgumas:f:pl
Prep2:nalgum:m:s
Prep2:nalguns:m:pl
Prep2:naquela:f:s
Prep2:naquele:m:s
Prep2:nas:f:pl
Prep2:nela:f:s
Prep2:nelas:f:pl
Prep2:nele:m:s
Prep2:neles;m:pl
Prep2:nessa:f:s
Prep2:nessas:f
Prep2:nesse:m
Prep2:nesses:f
pl
pi
Prep2:nesta:f:s
Prep2:nestas:f:pl
Prep2;neste:m:s
Prep2:nestes:f:pl
Prep2:no:m:s
Prep2:nos:m:pl
Prep2:noutra:f:s
Prep2:noutras:f:pl
Prep2:noutro:m:s
Prep2:noutros:m:pl
Prep2:num:m:s
Prep2:numa:f:s
Prep2:numas:f:pl
Prep2:nuns:m:s
Prep2:pela:f:s
Prep2:pelas:f:pl
Prep2:pelo:m:s
Prep2:naquelas:f:pl
Prep2:naqueles:f:s
164
130 Preposico Prep2:pelos:rr?pi
131 Pronome Pron:pes:1p:s
i132
'
Pronome Pron;pes:1p:pl
133 Pronome Pron:pes:2p:s
134 Pronome Pron:pes:2p:pl
135
'
Pronome Pron:pes:3p:m:s
136
'
Pronome Pron:pes:3p:m:pl
137 Pronome Pron:pes:3p:f:sI
"
v.s
V38
"
Pronome Pron.pes 3p:f:p
139 Pronome Pron:poss:1p:n
140 Pronome Pron:poss:1p:m:pl
141 Pronome Pron:poss:2p:m:s
142 Pronome Pron:poss:2p:m:pl
143 Pronome Pron:poss:3p:m:s
144 Pronome Pron:poss:3p:m:pl
145 Pronome Pron:poss:1p:f s
I 146 Pronome Pron:poss:1p:f P' ,
147 Pronome Pron:poss:2p:f s
148 Pronome Pron:poss:2p:f pl
149
150
Pronome Pron:poss:3p:f s
Pronome Pron:poss:3p:f pl
151 Pronome Pron:dem:1p:m:s
152 Pronome Pron:dem:1p:nT-Pl .
i:sf~T53 Pronome Pron:dem:2p:n
154 Pronome Pron:dem:2p:m:pl
155 Pronome Pron:dem:3p:m:s
156 Pronome Pron:dem:3p:m:pl
157 .
Pronome Pron:dem:1p:f s
158 Pronome Pron:dem:1p:f pi
159" Pronome Pron:dem:2p:f s
160 Pronome Pron:dem:2p:f pi
161 Pronome Pron:dem:3p:f s
162 Pronome Pron:dem:3p:f pl
163 Sigla Siglai
1 164 Verbo V:cj
165 Verbo V:inf
A relevncia que assumem as preposiges nas unidades
terminolgicas multilexmicas e, consequentemente, na constituigo das
tipologias, levou-nos a discriminar mmuciosamente as preposiges, por forma
165
a obter melhores resultados na apiicago das regras lingusticas no momento
da concepgo do ExtracTerm (cf. Capitulo IV, ponto 5 e Captulo V).
Tambm desdobrmos os pronomes. por serem classes gramaticais
que se encontram na proximidade contextual de nomes. adjectivos e
preposiges. que so as classes mais frequentes nas matnzes que
constituem a tipoiogia. sendo necessno levantar ambiguidades com base
nestas etiquetas (cf. Captulo V).
A informaco metalinguistica. sob forma de etiqueta, foi adicionada
manualmente a todas as formas constituintes dos dicionrios.
3. Constituico de dicionrios
Aps madura reflexo, optmos por construir trs dicionrios distintos,
mas complementares. que so os pilares do EtiqueLex:
1 . um dicionrio de formas simples flexionadas:
2. um dicionrio de locuges;
3. um dicionrio de termos complexos da detecgo remota.
3.1. Dicionrio de formas simples flexionadas
3.1.1 Desdobramento de formas
Tal como j demos conta no ponto 1 deste captulo. o dicionno que
construimos a partir do corpus. com a ajuda do Hyperbase. const.tuido.
166
exclusivamente, por formas simples que ocorrem no corpus Aps sucessivas
fases de eliminago de rudo. o dicionno de formas acumula.
aproximadamente, 10.800 formas.
A cada uma das formas encontradas no dicionno atnbuda uma
etiqueta. necessno proceder-se ao desdobramento de cada uma das
formas registadas a fim de obter todas as suas formas flexionadas.
Do dicionno elaborado a partir de um corpus pode. por exemplo.
constar unicamente a forma ,sendo preciso acrescentar a sua forma
no plural,
No caso do adjectivo . adicionmos a sua forma plural.
assim como a forma feminina no singular e no plural, e
Nas situages em que uma mesma forma pode assumir funges
gramaticais distintas. impenoso desdobr-la e etiquetar as formas
resultantes do desdobramento efectuado, com todas as etiquetas gramaticais
correspondentes s funges gramaticais que podem assumir em diferentes
contextos
o que acontece com as formas etiquetadas com as etiquetas e
Formas Etiquetas
colorida Adj:f:s
colorida Pp:f:s
coloridas Adj:f:pl
coloridas Pp:f:pl
colorido Adj:m:s
colorido Pp:m:s
coloridos
coloridos
Adj:m:pl
Pp:m:pl
167
A forma foi pnmeiro desdobrada em duas. para assumir o valor
de adjectivo e o de particpio passado. De seguida, acrescentmos a forma
masculina plural. assim como as formas femininas no smgular, e o plural para
cada uma das classes gramaticais.
3.1.2. Variantes ortogrficas
Os termos cujas grafias no esto fixadas levam o especialista a
hesitar no momento da redacgo. Desta hesitago nascem diversas variantes
ortogrficas para um mesmo termo, em textos redigidos pelo mesmo autor.
Assim. o acrnimo [ 1 importado do ingls para o
sistema lingustico portugus. surge no corpus com as seguintes grafias:
Formas Frequncia
pixel 198
pixel 2
pixels 88
pixeis 51|
pxeis 16
A nogo de acrnimo j se perdeu. sendo este termo sentido como
uma unidade monolexmica. No estando o termo normalizado. os
especialistas optaram pelas distintas situages, acima indicadas:
V mantm a grafia inglesa, sendo o seu singular. e o seu plural
. Em termos de frequncia, esta a opgo mais recorrente;
168
2 efectuam um decalque e acentuam o /. assinalando uma vogal
aberta no tonica. . passando o termo a pertencer classe das
palavras graves. formando-seo seu plural de acordo com a regra
de formago do portugus:
Nenhuma das outras opges desejvel, na medida em que nem
respeitam a grafia portuguesa, nem a grafia inglesa.
Mas como a nossa fungo no normalizadora, decidimos etiquetar
todas as variantes ortogrficas do termo que ocorrerem no corpus.
Enquanto para a grafia da forma ,a hesitago dos especialistas
justificada, outras situages h em que a hesitago advm de
desconhecimento das regras da lngua.
Que fazer perante termos da especialidade sistematicamente mal
grafados? Temos o caso de e toda a sua famlia morfolgica
que est, frequentemente, grafadacom um s r, numa s palavra. Nestes
casos, decidimos corngir o corpus, por consideramos estar perante um erro
ortogrfico. Mantivemos. no entanto, as vanantes ortogrficas:
Formas
geo-referenciago
geo-referenciada
geo-referenciada
geo-referenciadas
geo-referenciadas
geo-referenciados
geo-referenciados
Etiquetas
N:f:s
Pp:f:s
Adj.f.s
PpT.pl
AdjT.pl
Pp:m:pl
Adj:m:pl
169
geo-referenciado Pp:m:si
Georreferenciado Adj:m:s
Georreferenciago
Georreferenciada
Georreferenciada
N:f:s
Pp:f:s
dj:f:s
Pp:f:pFGeorreferenciadas
Georreferenciadas Adj:f:pii
Georreferenciados Pp:m:pi
Georreferenciados Adj:m:pl
Georreferenciado Pp:m:s
Georreferenciado Adj:m:s
Tal como podemos venficar. a partir do exemplo antenor. o especialista
junta o formante sua base. recorrendo ao hfen ou ao processo
tradicional da derivago por prefixago.
Neste corpus, estas situages so muito frequentes, uma vez que a
terminologia da Detecgo Remota recorre com alguma regulandade a
formantes, tais como: , , , .. .
Em todas estas situages, mantivemos a dupla grafia:
Formas
Multibanda
multi-banda
Multibandas
Etiquetas
N:f:s
N:f:s
N:f:pl
multi-bandas NT.pl
Multiespectral
multi-espectral
Adj:2gen:s
Adj:2gen:s
Multiespectrais
multi-espectrais
Adj:2gen:pl
Adj:2gen:pl
170
Por este processo, o dicionnode formas flexionadas foi drasticamente
aumentado, perfazendo a totalidade do dicionano, aproximadamente, 17200
formas.
3.2. Dicionrio de locuges
No captulo dedicado s expresses nommais complexas debatemos
demoradamente as terminologias e os pressupostos tencos que Ihes esto
subjacentes. utilizados pelos diversos autores para designar expresses
coesas. Atravs da bibliografia consultada, verificmos que. para muitos
autores, palavra composta. colocago, lexia complexa, frasema ou locugo
remetem para estruturas morfolgicas. lexicais e sintcticas coesas (cf.
Captulo 3. p.113). sendo, frequentemente, empreguescomo smnimos
Porm. reservamo-nos o direito de conservar o termo locugo para dar
conta de uma sucesso de elementos lexicais e gramaticais que co-ocorrem
de forma constante. no podendo os seus elementos constituintes ser
actualizados mdividualmente, desempenhando o seu conjunto a fungo de um
gramema. Estamos a refenr-nos s locuges prepositivas. s locuges
conjuncionais. assim como s locuges adverbiais. Esclarece-nos Rey [1997]
a este respeito: Locution (du iat'm locutio . de ioqui. parler) est exactement
maniere de dire. manire de former le discours, d'organiser les lments
disponibles de la langue pour produire une forme fonctionnelle. Ceci pourquoi
on peut parler de locutions adverbiales ou prpositives, alors que ces
171
mots grammaticaux ne seraient jamais appels des expressions (Rey.
1997A/I).
Os elementos que constituem cada uma destas locuges pertencem a
diversas classes gramaticais. ou podem amda, isoladamente, no ter
autonomia na lingua. Este caso venfica-se com o elemento , que s
tem existncia enquanto constituinte das locuges prepositivas
ou da locugo conjuncional
A locugo prepositiva composta por um conjunto de unidades que
tm o valor de uma s preposigo. Regra geral. a locugo prepositiva
constituida por um advrbio ou por um nome seguido da preposigo ,ou
: .
A
locugo prepositiva pode ainda ser constituda por duas preposiges:
As componentes das locuges conjuncionais so adjectivos, advrbios
e nomes seguido da conjungo ,.
Por sua vez, as locuges adverbiais incorporam preposiges seguidas
deumnome: , , ,. ... que no seu conjunto
desempenham a fungo de um advrbio. 0 nome que co-ocorre pode estar
no masculino ou no feminino. no singular ou no plural.
O facto de os elementos componentes das locuges pertencerem s
classes gramaticais que, maioritariamente, esto na base da estrutura dos
termos complexos. isto , preposiges, nomes e adjectivos, levou-nos a trat-
las diferenciadamente.
172
Uma locugo como seria etiquetada pelo
EtiqueLex da segumte forma:
Se a forma que preceder a preposigo for um nome e a
forma que suceder a preposigo for um nome, o ExtracTerm gerar um
falso termo, porque a regraum dos tipos que esta
mcludo no dicionrio de tipologias, sobre o qual ir actuar o ExtracTerm
Assim, a etiquetagem prvia das locuges permite a redugo do rudo
no resultado da extracgo dos termos. o que justifica a criago de um
dicionrio de locuges.
Em entrada, o dicionno de locuges apresenta a seguinte
constituigo:
a fim de@Loc
frente da@Loc
frente das@Loc
frente de@Loc
frente do@Loc
a frente dos@Loc
a jusante@Loc
medida de@Loc
medida que@Loc
a par com@Loc
a par de@Loc
parte@Loc
a ponto de@Loc
a princpio@Loc
a propsito de@Loc
a propsito@Loc
173
a respeito da@Loc
a respeito das@Loc
a respeito de@Loc
a respeito do@Loc
a respeito dos@Loc
Este dicionno sera o primeiro a ser comparado com o corpus. 0
EtiqueLex procede identificago da sucesso de elementos que se
encontram no eixo smtagmtico. Ao encontrar as locuges registadas no
dicionno, o EtiqueLex prossegue, unindo os elementos constituintes com o
sinal . dando. deste modo, conta da sua coeso. acrescentando a etiqueta
,sendo o formato de sada o seguinte:
Neblinas ligeiras, poetras, fumos mesmo no detectveis na imagem da
banda visivel so, susceptveis de distorcer bastante a
temperatura aparente do solo verdadeiro. No se pode,
comparar directamenteo mapa de registo termogrfico de um
espago continental com o construdo por interpolago a partir dos clssicos
registos meteorolgicos pontuais.estes no pretendem
traduzir a temperatura da superfcie terrestre mas
escapar s suas irregulandades e fornecer a temperatura do ar, mantido
sombra do abngo e um metro solo.
Esta etiquetagem evita que na comparago do corpus com o dicionno
de formas flexionadas. o EtiqueLex atnbua, autonomamente. etiquetas aos
elementos constituintes das locuges.
Deste modo. previne-se uma etiquetagem errada, reduzindo a margem
de erro do ExtracTerm. Ao ser-lhe vedado a hiptese de etiquetar os
174
constitu.ntes das locuges. o ExtracTerm encontra-se na impossibilidade de
aplicar as regras linguisticasdo qual depende. em parte. a sua existncia.
3.3. Dicionrio de unidades terminolgicas multilexmicasda detecgo
remota
A criago de um dicionuo de unidades terminolgicas complexas de
uma rea de especialidade s pertinente caso haja recursos lingusticos j
disponveis. Pensamos. efectivamente.ser proveitoso em tempo e em esforgo
recorrer a trabalho previamente desenvolvido.
Os recursos lingusticos da Detecgo Remota que dispomos so o
resultado de um projecto, desenvolvido no seio do Praxis1. Para o efeito
cnmos uma base de dados terminolgicos. utilizando para o efeito uma
metodologia de processamento semi-automtico de corpora. As unidades
terminolgicas recolhidas por este processo j foram. parcialmente, validadas
por especialistas. o que nos permite utiliz-las com seguranga.
Deste modo. chegamos ao terceiro dicionno que, tambm ele, faz
parte do EtiqueLex. Tal como para o dicionno das locuges, este dicionno
tem o propsito de fazer ganhar tempo ao ExtracTerm. evitando que ele
aplique regras lingusticas a estruturas que.a priori, j conhece.
O recurso a este dicionrio s faz sentido se o corpus tratado for da
rea de especialidade correspondenteaos recursos lingusticos j existentes.
'
Arquivos Electrnicos de Terminologias e -corpora"*, PRAXIS XXI (Projecto PRAXIS
xxi INICT n CSH - 717 - 95 U.N.L). Projectos de InvestigacoCientlfica e Tecnoiogica de
pequena e mdia dimenso. direcco c.entif.ca a cargo da ProfaDoutora Maria Teresa Rijo
da Fonseca Lino.
175
0 dicionno contem a seguinte informago:
absorgo atmosfnca@N:f:s
agregago de objectos@N:f:s
agregago espacial@N:f:s
gua lquida@N:f:s
gua profunda@N:f:s
amplitude trmica@N:f:s
ngulo azimutal@N:m:s
ngulo de iluminago@N:m:s
ngulo de varrimento@N:m:s
ngulo zenital de iluminago@N:m:s
ngulo zenital@N:m:s
assinatura espectral@N:f:s
detecgo remota@N:f:s
filmes pancromticos@N:m:pl
filmes pancromticos@N:m:pl
filtragem de imagens@N:m:s
filtragens de imagens@N:m:s
fluxo de calor@N:m:s
fotointerpretago assistida por
foto-interpretago assistida por
imagem de textura@N:f:s
computador@N:f:s
computador@N:f:s
Tal como tivemos oportunidade de referir. o frasema, na sua totalidade,
pode em situago textual comportar-se como uma unidade monolexmica.
Assim, ao conjunto do frasema atribuda uma nica etiqueta,
correspondente fungo gramatical que desempenha no texto
176
No momento em que o EtiqueLex compara o corpus ao respectivo
dicionno e estabelece a correspondncia. o formato final que se alcanga e o
seguinte:
Incluram-se, nesta unidade, os pequenos bancos de ostra da Palma,
Zambujal. Carrasqueira e Comporta. que. por estarem cobertos de algas
verdes e castanhas, apresentamsemelhante a
vegetago supenor halfita. Na -a
metodologia seguida foi semelhante usada na
Itendo-se escolhido os limites
das classes de acordo com os histogramas bidimensionais, as
e os perfis radiomtricos.
No caso do lexema que segue ou antecede a unidade etiquetada ser
um elemento que conste numa das estruturas que constitui a matriz
terminognica, o sistema reconhece a totalidade do frasema como um e
opera sobre esta damesma forma que opera sobre um lexema.
Apesar do termo ser identificado como um
o EtiqueLex tambm identifica e
noutros contextos, uma vez que eles se encontram no dicionrio de formas
flexionadas. Assim, registamos todos os frasemas em que ocorrem os
lexemas terminologicos e ,embora no estejam
armazenados no dicionno de Detecgo Remota.
Este sistema permite-nos uma constante actualizago do dicionrio de
frasemas. uma das possveis aplicages resultantedeste sistema.
177
4. Etiquetador gramatical: EtiqueLex
0 EtiqueLex foi concebido e construido tendo por base os trs dicionrios
acima descntos. Na atribuigo de etiquetas, o etiquetador EtiqueLex percorre
o corpus. comparando este com os contedos do dicionno de locuges e do
dicionno de Detecgo Remota. uma vez que a estrutura de dados a
mesma.
Se, no momento da comparago, a pnmeira forma do corpus encontrada
corresponder primeira forma da sequncia que constitui as locuges e os
frasemas que constam dos devidos dicionrios, o EtiqueLex continua a sua
comparago no eixo sintagmtico, at atingir o fim da sequncia comparada,
assinalando-a com a etiqueta correspondente, unindo os seus elementos com
um
Caso a forma encontrada no corpus no corresponda pnmeira forma de
uma locugo ou de um frasema previamente identificado, o EtiqueLex passa
de imediato comparago com o dicionno de formas simples flexionadas,
atribuindo a etiqueta correspondente. As formas no etiquetadas equivalem a
formas que no se encontram em nenhum dos dicionrios.
Desta feita, o EtiqueLex percorre o corpus uma s vez. executando, em
complementaridade, os dicionrios de locuges e de frasemas e o dicionrio
de formas simples flexionadas.
0 algontmo que permite desempenhar esta tarefa o seguinte:
CDicionricEx*
dicLccucoesFrasenas;
178
.i: : str ir.a].,
xre:. -i ,
r =c:e:&_:ra:acics-
u;
i c : : ve :tor<XF:::r..:aa> : : i rera
os civid i c: ;>? _ C .-
h a r
r c : :ve:'.ur<stc: : st r i r:g> : : : ter
;: d : : vec:or<s:c : : s". r ing>
.Enf rada
r ioFticueoas;
.:t.pcJr.: 11C
_mp; Fin. [ 10
. ique tc? ;
icbraraca;
dicLccucoes:- raserr.as= i^jicior.o r :o _.__"' .
::_Dicicr.arics i FFASE:-'.A::_LOC'JCOES ] ;
d:cFt:cueoas= rri iicicnarios .
FLEXICii-.DAS] ;
s t 'i : '. vect c r < s z : : s t r i r. c > : t = o i c E t : qu e t a s-
>Devclve_:.iq"Jeta : "os" j ;
boc s . : : t : ke r. i z e r < > t o Ik ( n _Co r pu s . ;
s t r : i rce 1 1 e~
po I r. i ) ;
std::cout << te::ir,clr:i <<"
: Ir.iczo etique: agez. corpus caoa
lOOk tratacos)" << stc:
Lrost : tc?enizero: : rteratcr De:= tc'? . beqi r. i ) ; bec
o? . er.c
okcnlC-; =- '\r.'
tir.pFntrada . entraca = "<br>";
trr.oFnt r._;d.. . '-! icueta=- vazi o_e:iqu'~'t a s ;
tnicint rada . or guet.scc= :a_se;
rr,_c::rpus_divid:co.pusn_cac< i trr.pEntraca , ;
roken = t oken . substr 1, tokeri . ler.gtr: ( ) ; str
tmpTok= token. c_s:r ( ; ;
vvhile ( dicLocccoesFraserr.as-
> :-; rocu raEr.tr 3 da : striwr ( :.cnar zmpTc-:. c_s"
er.t rada . tx.sh b<
-
tccj ;
token = *oeg ;
::up7ok=
tc:.er..c_:
179
:,: rajc
i t= <:-
er.r raaa .
zmpEr.t rada . e r_:r=da - :.*it
r.crad . end i' )-
:.Zip_.ntraa . et.icueta . pusn_oac< (etiquei
trrzEntraca . e'. iquetad: = :. rue;
m_ zorpus_di vi
ent rada . clea:
:u s n ba c ? tmo F n : r a d o )
r ;,. : = er.trada . cec::_ ( ; :: != en: rada . eno i. ) ;
C F n-
r a da t rr.pE n z r ada ;
:mp . c.-:= : -z i c_ sti i . ;
cmpEr.trada.er.trada= trr.pTc k . c_st r i. j
:z.pEr.zrada.eticue:a= cicEr. iquets-
DevclveEtiqueta (_striwr ( (cr.ar'i t~pTok. c_st r . . ) ) ;
if : tmpEntraca . etiqueza . size ( ) > 0
tnipFntrada . et iquet ado= true;
:::pEn:racs .etiquetaco= :"a~se
rus civzciz n back ( zmpEnt. rad<
-.-.- ra:a . :. '.'. r . .) ;
; f zoker. ienqth : : < 102 4 ;
tir.oiok = L' U
tr'ip.En: rada . er.t rada = to?en;
zncEr.r rada . eti que'.a= dicFtiquet. as-
>DevclveEtiqueta (_strlwr : 'char* ) tzip'Tok. c_s:r . ) ) : ;
i: tr.pEntraca . et. iqueta . size ( ) > 0
tmpFn z rad a . e 1 1 qu e t a oo= t r u e ;
e_se
tnpEnzrada . et ;. quetade= false;
m ccrpus c:vic:d: . push_cac.?'
tn.pEntrada ) ;
rsr: f.ro: itacos 1-- . size 1; // conu- :r,ai
spacoi
180
102
caraozeres tratacos= 0;
stc: :cout <<"
";
100
szrtime ( tenpctim; ;
std::ccut << std: :er.dl << te
;rpus .
"<< std::endi;
<<"
: Firr. eticuetage:
Para cada forma encontrada, o EtiqueLex atribui todas as etiquetas
correspondentes a essa mesma forma,sendo o resultado como se segue:
A Utilizago Possvel
dos Registos de Satlites em
Infravermelho Trmico na
Climatologia Regional
Os satlites destinados
afacilitar a
1previso dc t tempo
registam ,em geral , conjuntamente
no comprimento de ondas que
corresponde viso humana
e ao mximo da radiaco
solar (Visvel e Infravermelho
prximo ,entre 0
,4 e 1
,1 ( m ) e
no correspondente janela
atmosfrica (entre 10 e 12 ,5 (m) que
deixa escapar
espaco uma
irradiaco da
(Infravermelho
em direcc-o ao
parte da
superfcie terrestre
mdio [Adj] ou trmico
181
Partindo da observaco dos resultados obtidos com o EtiqueLex. falta-nos
percorrer duas grandes etapas.
A primeira etapa consiste no estabelecimento de matnzes terminognicas
que contenham as tipologias correspondentes s estruturas morfolexicais
mais produtivas desta terminologia.
A segunda etapa consiste no estabelecimento de regras lingusticas que
nos permitam levantar as ambiguidades das classes gramaticais por forma a
obtermos o maior nmero possvel de frasemas correctos. de acordo com a
tipologia estabelecida.
5. Tipologia de matrizes terminognicas
5.1. Tipologia elementar
No mbito desta dissertago. pretendemos identificar e delimitar os
frasemas que, num contexto terminolgico textual, assumem o estatuto de
denominaces. Partimos do pressuposto terico de que o frasema remete
para um nico conceito, correspondendo a sua denominaco a uma unidade
terminolgica. As unidades terminolgicas so denominaces que, sendo
monolexmicas, assumem, maioritariamente, o estatuto de nome. No caso de
serem unidades multilexmicas comportam-se em contexto textual como uma
unidade monolexmica, sendo, por esse motivo. a sua forma base um nome.
Considera Sager que: Du point de vue formel. le terme est [...] un signe
linguistique (il se prsente alors sous la forme d'un nom). [...]. Dans le
discours crits ces signes sont considrscommes des noms [...]. S'il [terme]
182
est pns comme un signe linguistique et comme une unit syntagmatique. le
terme est une varit fonctionnelle du nom comum (Sager. 2000:53).
Na observaco do corpus da Detec^o Remota. tal como j tinha
acontecido com o corpus da Economia Monetna (Costa, 1993). venficmos
que. na constituico das unidades termmolgicas, as classes gramaticais
mais produtivas so os nomes, os adjectivos e as preposices, que fazem
parte das 100 formas mais frequentes do corpus:
Ordem
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
J__
2___28
Frequncia
13072
11938
9166
7762
5411
3932
3825
3626
3266
3157
2814
2708
2633
2540
2028
1942
1875
1831
1812
1769
1664
1607
1592
1554
1413
1337
1228
1031
Forma
de
da
_____
_que_
se
em
os
uma
para
______
As
um
com
por
das
no
na
imagem
ou
183
29 1010 imagens
30 987i
31 931
806
791
782
767
32 1
33"
34 nao
35 ao
36 766 como
37 758
38 716 2
ser
so
39 700
40 685
41 628 mais
42 607 informago43 577 3
44 552 entre
45 538 dados
satlite46 512
47 488 sobre
48 445 cada
49 414 energia
50 401 valores
51 378 pode52 377 pela53 363 este
54 360 foi
55 356 pelo56 353 sua
57 346 solo
58 345 sistema
59 343 forma
60 342 detecco
61 336 reas
62 333
63 328 X
64 323 anlise
65 322 4
66 319 superfcie67 316 i68 314 regio
69 306 terreno
70 305 classificagonas71 297
72 296 diferentes
73 294 tem
74 281 nos
^84
75
76
77
_78_
_7$__80
81
278
274
270
264^
26^261
260
0
Utilizaco
rea
foram
resoluco
conjunto
tipo
82 260 agua
83 257 5
84 252 remota
85 252 partir
86 252 bandas
87 251 podem
88 249 reflectncia
89 247 m
90 246 tambm
91 243 s
92 242 esta
93 236 espectro
94 233 assim
95 231 sistemas
96 231 pontos
97 230 Terra
98 228 /
99 226 banda
100 225 espectral
Alm destas classes, privilegimos os nomes prprios e as siglas que
tambm desempenham um papel relevante nesta terminologia.
Partindo deste conhecimento, elabormos uma primeira matnz que d
conta das estruturas elementares das unidades terminolgicas.
Obtivemos a seguinte tipologia:
185
A tipologia . deste modo. constituda por sete tipos principais,
correspondentes s estruturas elementares das unidades terminolgicas que
desempenham a fungo de uma unidade monolexmica em texto.
5.2. Anlise da composigo das unidades terminolgicas
multilexmicas
A extenso sintagmtica das unidades terminolgicas multilexmicas
imprevisvel, sendo as fronteiras entre a colocago. o frasema e a fraseologia,
a fraseologia e a proposigo nem sempre muito transparentes. Identificar e
proceder ao processamento automtico das unidades terminolgicas no seio
destas diferentes realidades lingusticas, constitui um grande desafio, inerente
ao tratamento automtico dos textos de especialidade.
Em lngua de especialidade, as denominages so na sua essncia
constitudas por lexemas e frasemas, podendo da sua conexidade resultar
fraseologias. Apesar de, do ponto de vista terico, a distingo entre umas e
outras estar estabelecida, na prtica as diferengas nem sempre so
facilmente detectveis.
Em 1991, Jacquemin (in Daille, 1994) utiliza o conceito de
sobrecomposigo para dar conta da forma como as estruturas elementares se
conjugam entre si, dando origem a novas unidades multilexmicas.
De acordo com a tese defendida por Jacquemin. a sobrecomposigo
recorre a duas operages: a sobrecomposigo por justaposigo e a
186
sobrecomposigo por cobertura (recouvremenh). podendo esta ser
parcial.
Estamos perante um processo de sobrecomposigo por justaposigo
quando, por exemplo, se acrescentaum adjectivo a uma estrutura elementar
j atestada. No exemplo
adjectivo adicionado unidade terminolgica
cuja estrutura corresponde a uma das estruturas
elementares que constam da tipologia acima apresentada:
A sobrecomposigo por cobertura (recouvremenh) equivale jungo
de duas unidades terminolgicas j atestadas, deixando cair o segundo
elemento da primeira unidade ou o pnmeiro elemento da segunda unidade:
e resulta
no termo Que corresponde a uma das seguintes
estruturas: N. ou ento N2
Daille reformula o conceito de sobrecomposigo. Aceita a
sobrecomposigo por justaposigo, rejeita a sobrecomposigo por cobertura
(recouvremenh). preferindo neste caso utilizar o conceito de
sobrecomposigo por substituigo, que define do seguinte modo: [...] tant
donn un nom compos de longueur 2, l'une des units lexicales pleines est
substitue par un nom compos dont la tte est cette unit lexicale (Daille,
1994:58).
Podemos ilustrar esta definigo com o exemplo seguinte:
+ -> , cuja tipologia corresponde
seguinte estrutura:+ ~*
187
A unidade terminologica retoma. assim. o primeiro lexema
da pnmeira unidade muitiiexmica e o ltimo lexema da segunda unidade
multilexmica sendo cnado, desta forma. um novo frasema. Este tipo de
composigo possvel quando o termo base desempenha a fungo de
hipernimo. sendo este o caso de . termo extremamente produtivo na
rea da Detecgo Remota.
Mas, para Daille, o conceito de sobrecomposigo insuficiente para
dar conta dos processos de modificago operados sobre os tiposelementares
por esta autora definidos: Les modificateurs apparaissent avant, l'intrieur
ou aprs le nom compos. Les modificateurs qui apparaissent avant ou aprs
ne cassent pas la structure, au contraire de ceux qui apparaissent l'intrieur.
Ces deux cas de modifications peuvent donner l'ieu de nouveaux noms
composs [...] (Daille. 1994:59).
Mas a distingo entre a sobrecomposigo e a modificago tambm no
satisfatria, uma vez que um processo muitas das vezes pressupe o outro,
o que no os torna totalmente operativos. A prpria autora assim o considera:
Ces deux phnomnes ont des dfintiions linguistiques diffrentes mais les
donnes tudies rvelent que ia frontire rlle est floue. (Daille, 1994:66).
Pensamos que o conceito de sobrecomposigo pode ser utilizado
como um gennco, para dar conta de processos morfolgicos que permitem
combinar entre si as vrias estruturas que compem as matrizes
terminognicas. O resultado desses processos morfolgicos redundam em
sequncias que designamos por colocages, frasemas ou fraseologias.
consoante os casos em anlise.
188
Passamos a analisar algumas das estruturas que as unidades
terminolgicas complexas ou 'frasemas terminolgicos' podem assumir e as
diferengas que estes apresentamrelativamente s fraseologias.
Para ilustrar os nossos propsitos. partimos de um enunciado retirado
do corpus em Detecgo Remota Assinalmos a azul as sequncias que
correspondem aos tipos que constituem a tipologia elementar e a vermelho as
formas que se repetem no fim e no pnncpio de dois tipos distintos:
De entre os vnos sistemas de mais geral utilizago destacam-se os que
permitem medir astonalidades [N]
(os microdensitmetros). efectuar a
composigesde imagens de vrias
do espectro.
De acordo com a tipologia elementar (cf. Captulo IV, ponto 5. 159),
obtm-se as seguintes sequncias:
(1) densidades das tonalidades
(2) tonalidades das imagens
(3) anlise estereoscpica
(4) pares de fotografias
(5) obtengo de composiges
(6) composiges colohdas
(7) bandas distintas
Apesar das sequncias (1) e (2) obedecerem estrutura elementar e
dos lexemas que as compem serem terminolgicos, no podemos
189
consider-las unidades terminolgicas complexas, porque no denominam
nenhum conceito. Como o ltimo lexema da pnmeira sequncia corresponde
ao pnmeiro lexema da segunda sequncia, podemos fundir os dois tipos
elementares. para passar a ter um estrutura combinada que integrar a
tipologia de base (cf. Capitulo IV. ponto 5.3. p. 170):
N2 + N2 + -> N2
Esta fuso d origem sequncia tonalidades
que no corresponde a uma unidade terminolgica. nem a uma
fraseologia. Podemos considerar esta sucessode lexemas uma 'sequncia
terminolgica livre', pois embora a concentrago de lexemas monolexmicos
terminolgicos no eixo sintagmtico seja elevada, da proximidade destes no
resulta qualquer coeso. no podendo a sequncia ser confundida com um
colocago terminolgica. um frasema terminolgico ou uma fraseologia.
Procedendo da mesma maneira para as sequncias (5) e (6),
alcangamos, porm, resultados diferentesdos anteriores:
N2 + N2 * N2
A sequncia obtida composiges
Neste caso, consideramos estar perante um exemplo de fraseologia,
da qual se pode extrair uma unidade terminolgica complexa
na medida em que esta ltima denomina um conceito. Identificamos
190
na sequncia composiges ,uma fraseologia. por o
lexema ser um nome deverbal. que denva do participio passado do
verbo . denotando este tipo de nome acgo.
Assim. estamos perante dois conceitos, umcom caracterstica de verbo
(cf. captulo 3, ponto 3) se bem que expresso por um nome. ,outro
com caracterstica de objecto, sendo expresso por uma unidade terminologica
complexa0 nome ,
facilmente. pode ser
substitudo pelo verbo , passando a sequncia a se
A obtengo e a aquisigo de informago esto na base da Detecgo
Remota, o que justifica a frequncia dos paradigmas dos verbos e
Num corpus, que conta com 12.888 formas, o nome tem
um frequncia de 77 ocorrncias, o particpio passado ... tem uma
frequncia 364 e a totalidade das formas conjugadas ocorre 129 vezes,
perfazendo um total de 647 ocorrncias.
As fraseologias, as colocages e algumas sequncias terminolgicas
livres, embora no correspondam a unidades terminolgicas, tm uma
importncia crescente em terminologia textual, uma vez que nos permitem
identificar unidades discursivas recorrentes numa rea de especialidade,
fundamentais para o processamento automtico da informago.
Em (sequncia 3), identificamos dois lexemas
terminolgicos. sendo o primeiro um termo gennco de onentago cientfica
geral, considerando que utilizado, em reas to diversas como a literatura, a
qumica, a psicanlise,...
191
Em contrapartida. o adjectivoum lexema
terminolgico da Detecgo Remota. No entanto. a sequncia no corresponde
a uma unidade terminolgica, podendo ser retida como uma colocago,
porque emborano seja um termo especificamente da especialidade.
tem uma frequncia 323 (cf. Captulo 4, ponto 5.1), sendo a sexagsima
quarta frequncia mais elevada do corpus. Em conformidade com esta
estrutura, encontramos sequncias como: ,
e
, ..., comprovando a produtividade desta combinatria.
No entanto, mais uma vez as realidades lingusticas em anlise so
djstintas e so frasemas terminolgicos,
enquanto queuma colocago que est ao mesmo
nvel que. Os dois primeiros denominam conceitos, os
dois ltimos no.
Estas distinges compreendem-se pelas caractersticas dos adjectivos
que modificam os nomes. Os adjectivos e so relacionais,
porque derivam de uma base nominal, posicionando-se sempre direita do
nome, no aceitando gradago:
Por outro lado, so sempre subcategorizados pelos substantivos que
modificam, mas no qualificam, podendo esta subcategorizago dar conta de
192
uma relago estvel ou efmera entre o substantivo e o adjectivo. Se a
relago for estvel [...] /a lexicalisation entraine le blocage de la formule. qui
ne peut subir aucune modification sans perdre sa rfrence habituelle [...].
(Noailly. 1999:22), se: em contrapartida. a relago for efmera [...] une
paraphrase rintroduisant enjeu le substantif qui est la base de la drivation
permet de restituer le sens souhait sans problme (Noailly. 1999:22).
No caso de , pensamos que a relago efmera
por dois motivos: o primeiro, prende-se com uma questo extralingustica:
esta combinago de lexemas no coesa, porque no d conta de nenhum
conceito.
0 segundo motivo, de ordem lingustica. Os adjectivos relacionais
indicam uma relago com o referente do nome do qual derivam. 0 nome
no subcategoriza o adjectivo . j que neste caso o
resultado da observago de e no o
resultado da anlise de uma tcnica em si. Assim, no podemos substituir
por*
,ou ainda
por*
Em compensago. os termos e
referem-se a anlises de resultados obtidos sobre o espectro e sobre a
textura, podendo por estes motivo serem substitudos por
e . constituindo, e os equivalentes
sintcticos e semnticos de um complemento de nome.
S o nome . lexema base da sequncia seguinte (4),
, que permite a subcategorizago do adjectivo
193
que este sim. uma unidade terminolgica, cuja estrutura elementar
corresponde expresso
0 frasema sofreu um processo de elipse. sendo o
lexema termmolgico. ,omitido. 0 termo , assim,
. sendo a sua estrutura
que no est contemplada na tipologia elementar.
Caso juntemos as sequncias (3) e (4) obtemos a sequncia
, cuja estrutura tambm no pertence
aos registos da tipologa elementar:
0 adjectivo relacional est sintacticamente mal
colocado, no podendo este ficar separado do lexema ,uma vez que
por ele subcategorizado, concordando o adjectivo em nmero e em gnero
com o respectivo nome. Apesar desta m colocago sintctica somos
induzidos a fazer o levantamento desta sequncia, uma vez que ela ocorre tal
e qual no corpus e com ela que temos que operar:
(D
(2)
->
Nestes dois exemplos, estamos perante duas fraseologias.No primeiro
exemplo, a fraseologia constituda por uma colocago,
, que atravs da anlise se demonstrou ser incorrecta no seu
194
processo de formago. e uma unidade terminolgica complexa,
. No segundo exemplo, a fraseologia constituida por uma unidade
terminolgica simples. . e por uma unidade terminolgica complexa,
Em ambos os casos estamos perante a jungo de dois conceitos. com
caractersticas de objecto.
Se o processo de elipse acima operado sobre for
aplicado neste contexto fraseolgico, obtemos as seguintes variantes:
(3)
(4)
A sequncia 3 continua inaceitvel, uma vez que o adjectivo continua
mal colocado. Por sua vez. a sequncia 4, sem a omisso , equivale
a um encunciado correcto, deixando de o ser com a aplicago do processo
elptico. Neste contexto, a elipse no desejvel, uma vez que altera a
correcgo sintctica do enunciado, trazendo essa modificago alterago ao
nvel do conceito. introduzindo ambiguidade no discurso.
Resta-nos ainda analisar o ltimo exemplo, que
corresponde a uma sequncia livre de lexemas: um lexema
terminolgico monolexmico, acompanhado de um outro lexema, um
adjectivo qualificativo de uso corrente.
195
No entanto, se juntarmos tal sequncia seguinte
obtm-se uma combinatria interessante a reter
. que corresponde seguinte estrutura: Neste
caso concreto. h o encaixe do adjectivo que vem modificar.
temporanamente. o termo base da unidade terminolgica
multilexmica ,acarretando, neste caso, uma alterago na
sua estrutura tipo. Esta unidade faz parte das estruturas que nos interessa
reter, podendo ser representada da seguinteforma:
Destas anlises retemos alguns fundamentos para a construgo do
ExtracTerm:
(i) As estruturas que compem a tipologia elementar podem ser
combinadas por forma a obter sequncias mximas, colocages
e fraseologias, que se revelam ser contextos minimos de
frasemas terminolgicos.
(ii) O alargamento da tipologia elementar impe-se. As
combinatrias gramaticais e estruturais comprovam-se
profcuas, originando uma tipologia de base, derivada da
tipologia elementar. que estar na cerne do dicionrio de
matrizes sobre o qual concebido o ExtracTerm.
(iii) A comprovago da importncia das colocages e fraseologias
para a identificago de frasemas terminolgicos e para a
apreenso de estruturas discursivas mais alargadas que podem
servir, entre outros, a tradugo automtica.
196
'
5.3. Tipologia de base
Com base na tipologia elementar. crimos a tipologia de base que
reflecte, com uma maior fidelidade. as estruturas morfossintcticas das
unidades terminolgicas da Detecgo Remota,
Da observago e anlise desenvolvidas ao longo deste captulo,
elabormos a seguinte tipologia:
Ni + Adji
=> [satlite meteorolgico ]
=> [sistema [multi- espectral ] ]
=> [sistema [multi- cmara ] ]
N^ + Adji + Adj2
=> [[filmes infravermelhos ] coloridos ]
N^ + Adji + Adj2 + Adj
=> [[[banda espectral ] infravermelha ] prxima ] ]
N^ + Adji + Conj + Adj2
=> [filmes preto e branco ]
Ni + Adji + Prep + N2
=> [[tratamentos numricos ] por computador ]
197
Ni + Adji + Sigla^
=> [[magens digitalizadas ] Landsat ]
Ni + N2
=> [imagem textura ]
Ni + hfen + N2
=> [imagem- textura ]
=> [imagens- carta ]
Ni + N2 + Adji
=> [imagem satlite ] digitalizada ]
Ni + N2 + Siglai
=> [[imagens textura ] Spot ]
Ni + Prep + N2
=> [imagem de satlite ]
Ni + Prep + Np^
=> [lei de Planck ]
Ni + Prep + Npi + Conj + Np2
=> [efeito de Doppler e Lorentz ]
N, +Npi
=> [efeito Doppler ]
Ni + Npi + Conj + Np2
=> [efeito Doppler e Lorentz ]
Ni + Siglai
=> [imagem Landsat ]
Ni + Siglai + Adji
=> [[imagem SPOT ] colorida]
Ni + Siglai + Sigla2
=> [[imagem Landsat ] MSS ]
Sigla^ + Sigla2
=> [Landsat TM ]
Acrescentando as siglas e os nomes prprios s trs classes
gramaticais, nomes. adjectivos e preposiges, construmos a tipologia de
base, que conta com 19 matrizes, que resultam de processos de
199
sobrecomposigo e de combinatrias de 7 estruturas elementares (cf.
Captulo IV. ponto 5.1.).
5.4. Dicionrio de estruturas tipo.
Os 19 tipos de base que compem a matriz terminognica foram
desdobrados em todas as suas variantes, tendo em conta as regras da lngua
portuguesa e de acordo com a informago contida na tabela de etiquetas (cf.
Captulo 4, ponto 2).
Alm das variantes, demos conta de todas as suas combinatrias, o
que resultou num dicionrio de estruturas tipo de unidades terminolgicas
complexas.
0 Dicionrio de tipologias , por conseguinte, constitudo por 666
matrizes, do qual apresentamos uma amostra exemplificativa:
N + Adj
N:m:s Adj:m:s
N:m:pl Adj:m:pl
N:f:s Adj:f:s
N:f:pl Adj:f:pl
N:2gen:s Adj:2gen:s
N:2gen:pl Adj:2gen:pl
N+Prep+N => N + Prepl de + N
N:m:s Prepl de N:m:s
N:m:s Prepl de N:m:pl
N:m:s Prepl de N:f:s
N:m:s Prepl de N:f:pl
N:m:s Prepl de N:2gen
N:m:s Prepl de N:2gen
N:m:pl Prepl de N:m:s
200
N:m:pl PrepT.de N:m:pl
N:m:pl Prep1:de N:f:s
N:m:pl Prep1:de N:f:pl
N:m:pl Prep1:de N:2gen:s
N:m:pl Prep1:de N:2gen:pl
N:f:s Prep1:de N:m:s
N:f:s PrepTde N:m:pl
N:f:s PrepT.de N:f:s
N:f:s PrepTde N:f:pl
N:f:s Prep1:de N:2gen:s
N:f:s PrepTde N:2gen:pl
N:f:pl PrepTde N:m:s
N:f:pl Prep1:de N:m:pl
N:f:pl PrepTde N:f:s
N:f:pl PrepTde N:f:pl
N:f:pl PrepTde N:2gen:s
N:f:pl PrepTde N:2gen:pl
N:2gen:s PrepTde N:m:s
N:2gen:s PrepTde N:m:pl
N:2gen:s PrepTde N:f:s
N:2gen:s PrepTde N:f:pl
N:2gen:s PrepTde N:2gen:s
N:2gen:s PrepTde N:2gen:pl
N:2gen:pl PrepTde N:m:s
N:2gen:pl PrepTde N:m:pl
N:2gen:pl PrepTde N:f:s
N:2gen:pl PrepTde N:f:pl
N:2gen:pl PrepTde N:2gen:s
N:2gen:pl PrepT.de N:2gen:pl
N + Adj + Prep + N => N + Adj + Prep1:pelo + N
N:m:s Adj:m:s Prep2:pelo:m:s N:m:s
N:m:pl Adj:m:pl Prep2:pelo:m:s N:m:s
N:f:s Adj:m:s Prep2:pelo:m:s N:m:s
N:f:pl Adj.fpl Prep2:pelo:m:s N:m:s
N:2gen:s Adj:2gen:s Prep2:pelo:m:s N:m:s
N:2gen:pl Adj:2gen:pl Prep2:pelo:m:s N:m:s
com base neste dicionrio de estruturas tipo que o ExtracTerm
efectuar a primeira identificago de frasemas. (cf. Captulo V).
201
Captulo V
Extractor automtco de unidades
terminolgicas multilexmicas: ExtracTerm
1 . Concepgo do ExtracTerm
1.1. Aplicago do dicionrio de tipologias
1.2. Anlise dos resultados
2. Regras de desambiguago
2.1 . Preposigo, artigo definido feminino singular e pronomes
2.1.1. Regras lingusticas de aprendizagem
2.2. Adjectivo e participio passado ps-nominal.
2.2.1. Regras lingusticas de aprendizagem
2.3. Nome e adjectivo
2.3.1 . Regras lingusticas de aprendizagem
3. ExtracTerm: utilizago das regras de aprendizagem
3.1. Anlise dos resultados
3.2. Teste do ExtracTerm sobre um corpus alargado
3.2.1. Anlise dos resultados
Captulo V Extractor automatico de unidades
terminolgicas multilexmicas: ExtracTerm
1. Concepgo do ExtracTerm
1.1. Aplicago do dicionrio de tipologias
0 ExtracTerm foi concebido tendo por base conhecimentos previamente
adquiridos na observago de textos de especialidade. 0 seu funcionamento
assenta num dicionrio de tipologias terminognicas flexvel. que pode ser
alterado em qualquer momento do processo. 0 ExtracTerm funda-se em
princpios tericos deterministas. segundo os quais as condiges de existncia
de um fenmeno so determinadas e fixadas, de tal forma que o fenmeno
ocorre de modo obrigatrio.
Extrair sequncias reconhecidas como colocages, frasemas terminolgicos
ou fraseologias o objectivo que nos propomos alcangar com o ExtracTerm,
que opera, exclusivamente. sobre textos etiquetados.
Com base nos textos etiquetados, o ExtracTerm aplica as matrizes contidas
no dicionno de tipologias (cf. Captulo IV, ponto 5.4), apresentando o algoritmo
correspondente a essa fungo o seguinte cdigo:
ior iterat cr_ccrpus_divicidc=
corpus_diviGidc . begir: ( ;
iterator_corpus_divicido := ccrpus_divicidc . enc : : ;
iteratcr_ccrpus_d: vicico^- )
I
1 1 e r 3 1 o r_
c c rpu s_
c i v i d i c o ;
203
's T 3 t C i
Prrsl i j? d:
r.ei
i. c r
irstor cor
-
:.,];
*
'= "rr..__. uivigg: . ;:.. .;ir.
_ _ eratcr cc rpu.-: =.i _i v: dico2-- ;
"<r loc kcu: ; -
"
;
: : erot cr_ccrpus ajvidicoc =
noc.2; :~ei 3\cr_ccrpu=_ divididco=
dc; it.cratcr ccrpus c__vid:cc : ++ '.
i' b. ua
: : iterdi ci c,rpus_civGidcJ->errr.
out <<" "
<< neratcr ccrpus
:G3 <<
ou*. <' "< /fciock .uote
o.:* << "<_";!' ><c>";
for : iieradcr_tipclocias= tr._tipoiogia . beqm ; ;
i:eracor_iipclcgias : '- nr,_t ipclogia. er.d t : ; : teradcr__t ipclogis-i--)
I
'"/ r'a:iZS partes rem est-j regra
ini paries= i :.erador_: ipjicgias->si ze
' ) ;
i: iterator_corcus_dividido->Ccrr.cara_Eciqueta"
oiioci as j'
0 1 j ;,
""
:t srcCor_.
I
fcv:i enccritre:= true;
i:ert or_corpu s_d i vi di co i=
1 1 e r a t o r c o rpu s _d i v i d r do ;
;:il:.c - itera:or_ccrpus_d: vididcl ->entrada ;
fcr ( itEtiquetas=
;~iterator_cciL js _civ i ci do i ; . eriqueta . becir, ( ) ; LtEticut-tas ! =
'
" "
r erar.or cciujs oivicido': .r-r iqur- a . end ( ) ; itEt quetas1
-
(
dbq-=
"
<:or.t ccior=\"-C0 C6 "J\"> i"
'oc * = :.'
z Et quet a s ) ;
cbq + ="
| < i on t > ";
irpus div: . enc .
i .;._... a i."
teracor
..:::. __
= 1; i < partes ; i~~
i: :. itei'atcr_ccrpus_divicido .
i z e r a t o r_cc rpu s_d i v i d i dc 1
i: ! i ;. eratcr_ccrpus_civicGOi: i p..;i l.-u i.-ss ) _
i : ; )
CT'iCOV. r e .: Ld.S,'
204
>er."." r
1 L t ):_:"" i_
~crc :_:_- ^x-.r
;r -- r r-:
- -
r ccrcjs divicid-
crc-=
i:ertor_corr.us c_.
-* .end : j ; : cE: :qu&: as- 4
.
': l. _tiCU'(;:
i</:cnt:> ";
,,cr= \,,=CGCCCO\"
'iterador ::
out << c;:g <<"
<cr_:
*
c r i r. z i = C ; i < c a r t e s ; i + +
cu: <<
:ias! [i] . etiquef s ;0] ;
if ( i < parr.es-*
)
cur <<"
- ";
>
cu: << "i</for.t> <fcr>";
dt' c =
" "
;
paiavrss ti:itacas+~;
:: caiavias :ra:. aca. JCO
palavras_:ra:adas= 0;
stc: : cout <<"
.
"
;
o comportamento das formas base. etiquetadas come que, no
mbito desta dissertaco. nos interessa observar.
0 ExtracTerm procede ao reconhecimento consecutivo de cada forma
contida no corpus. acompanhada da etiqueta metalinguistica ou
sendo estas duas etiquetas os pontos em que o programa se detm para iniciar
o processo subjacente extracco
205
Assim, o extractor micia a seu percurso detendo-se no pnmeiro ou
que encontrar Venfica se a sequncia de etiquetas que se posiciona
direita do ou corresponde primeira das 666 sequncias matriciais
contempladas no dicionno.
Se a pesquisa for profcua. o ExtracTerm extrai a sequncia, acompanhada
da matnz correspondente sua estrutura. para um ficheiro HTML. Caso no
encontre a estrutura correspondente, passa regra seguinte, at percorrer as
666 matrizes. Esta operaco repete-se, sequencialmente, para todas as
etiquetas e de uma pontuaco forte a outra pontuaco forte.
Assim, ao enunciado,
Teledetecgo em reas periurbanas: combinaco de ndices temticos para
localizar a mudanca de uso do solo com recurso s imagens digitais SPOT
HRV.
aplicado o EtiqueLex, sendo o formato de sada, como se apresenta de
seguida
Teledetecco em reas periurbanas
combinaco de ndices temticos para
localizar a
mudanga de uso [N:m:s] [V:cj] do solo
com recurso s imagens digitais
SPOT HRV
Com base no texto etiquetado, o ExtracTerm efectua a seguinte extracgo:
206
1 . Teledetecgo em
2. reas penurbanas
3. combinago de
4 combinago de
Prepfde + N m.pl + Adj m:pl}
5. indices temticos
6. mudanga de
7. uso
8. solo
9. imagens
lO.imagens
H.imagens
do
com
digitais
digitais
digitais
Adj.2gen pl + Sigia*
Sigls}
12.SPOT HRV
areas
{N' p "r Adjf
ndices
ndices
{N f.s -
Prepl em* h pi}
N:f. 'recl :ie- N m pl}
temticos ;n*'s
{N nrp' + Aaj'm.pl}
USO {Nfs + Drep1 de - N:rr s}
SOlo {N rr. s-
Prep2 dorrs- N.m s}
recurso {N m s-
Prepl com- N m s)
{N: p + Adj.2gen pl}
SPOT {N:
pl + Adj:2gen pl + Sigla}
SPOT HRV {Nfpl
{Siga + Sig'a)
0 texto a preto corresponde s sequncias extradas, a informago a
azul, entre parntesis rectos, contm a mformago metalingustica e a
informago a vermelho, entre chavetas, equivale s regras que o ExtracTerm
aplicou.
Os resultados obtidos, exemplificados com este pequeno enunciado,
permitem-nos avangar com a sua anlise, explanando o funcionamento
dinmico do ExtracTerm.
1.2. Anlise dos resultados
Retomamos o exemplo apresentado no ponto 1.1. de forma a comentar
os resultados obtidos a partir do funcionamento do ExtracTerm
207
Para ilustrar o nosso propsito, apagrnos parcialmente a informago
metalmgustica do texto etiquetado. deixando exclusivamente as etiquetas
e
Teledetecgo em reas penurbanas. combinago de
indices temticos para localizar a mudanga de uso do
solo com recurso s imagens digitais SPOT
HRV
0 ExtracTerm comparou o corpus ao dicionno de tipologias. Sempre
que direita do se encontra uma etiqueta que corresponde s sequncias
registadas no dicionno de tipologia, ele efectua uma extracgo. Foi o que
sucedeu com com mas no aconteceu com o
nome por na tipologia no estar prevista uma sequncia
Para os restantes , o ExtracTerm extraiu todas as sequncias
previstas no dicionrio de tipologias.
Vejamos as sequncias (2). (3) e (4), que correspondem ao enunciado
(2) combinagode ndices {N:f:s+ Prepfde
-
N:m:p}
(3) combinago de ndices temticos {N:f:s*
Prepl :de + N:m:pl + Adj:m:pl}
(4) ndices temticos {N:m:pl + Adj.m.pl}
Para extrair a sequncia mxima
aplicmos uma regra complexa {N:f:s + PrepVde + N:m:pl + Adj:m:pl}, que
208
resulta de duas regras elementares {Nfs + PrepVde + N:m:p} e {N:m:pl +
Adj:m:pl}.
Nesta situago, verificmos que a regra {N:f:s + PrepVde - N:m:pl+
Adj:m pl} dispensvel. uma vez que a fraseologia recuperada com as
primeira e terceira regras. 0 resultado desta opgo a seguinte:
(2) combinago de ndices {Nf.s+ PrepV.de + N:m:p}
(4) ndices temticos {N:m:pl+ Adj:m:pl}
0 reconhecimento da fraseologia resulta do facto de o ltimo da
primeira regra coincidir com o primeiro da segunda regra. obtendo-se a
sequncia ndices ,em que um dos
eliminado no momento da interpretago do contexto que envolve o e
que designamos de contexto lexical: Although not as common, the lexical
context of a unit can be defined as the set of words, terms or candidate terms
which appear in the same given dependency relation within a syntactic
structure. For example, the lexical context of a noun could be defined as all the
distinct nouns that adjoin onto it to make a compound noun (Bourigault, D. et
aln, 200VXIII).
No obstante. preferimos manter as trs regras, apesar da redundncia
manifesta da regra {N:f:s + PrepVde + N:m:pl + Adjmpl} e desta estrutura
corresponder, no a uma unidade terminolgica mulitlexmica, mas a uma
fraseologia, Em nosso entender, prefervel que o resultado da extracgo
contenha mais rudo e menos silncio.
209
Enquanto a primeira extracgo, {N f:s + Prepl :ae
+ N m p} deve ser ignorada. por corresponder a uma 'sequncia livre
terminolgica', a aplicago da segunda regra provocou a extracgo de uma
fraseologia composta pelo lexema ,termo genrico de onentago
cientfica, e pelo frasema terminolgico Consideramos,
assim, a fraseologia um contexto mnimo do frasema terminolgico. ou seja, um
contexto lexical. porque, em acordo com Boungault: [...] the lexical context of
a unit is the set of words which occur in the same dependency relation with ih
(Bourigault, D. et aln, 200VXVI).
A composigo da fraseologia pode ser representada desta forma:
N:f:s + PrepVde + N:m:pl + Adj:m:pl
Das trs sequncias que se seguem:
(5) mudanga de uso {N ,f s + Prepi de + N-m.s}
(6) USO do solo {N.m s + Prep2 dom s + N n.s}
(7) solo com recurso {N rr s + Prepl com + N m s}
a sequncia (6) e (7) so excludas de per se, na medida em que as
classificamos como 'sequncias livres terminolgicas'.
No entanto, a sobreposigo da matnz aplicada em (5) com a matriz
aplicada em (6) permite-nos chegar a uma interpretago prxima da anterior:
210
uma fraseologia da qual se pode extrair o termo
N:f:s + PrepVde + N:m:s + Prep2:do + N:m:s + PrepVcom + N:rrvr
Neste caso, a pnmeira regra retm . a segunda regra
retm a sequncia . a combinago de duas regras que nos
permite isolar a unidade terminolgica, sendo o termo,o de ligago
entre as duas regras: Nms +
As sequncias e so 'sequncias
livres terminolgicas'. por a sequencialidade dos seus lexemas corresponder a
um corte sintctico pertinente no texto, no havendo, no entanto, combmages
lexicais que os solidarizem. e tm
ambos frequncia 1 e ocorrem em contextos em que os seus especificadores,
que se apresentam sua direita. so omissos. por terem sido amplamente
referenciados antes.
0 mesmo no acontece com . Neste caso, a estrutura
ocasiona uma ciso errnea de duas sequncias
sintcticas coesas: a unidade terminolgica e a locugo
preposicional
Tal facto sucedeu. por o ExtracTerm se deter em e constatar que a
expanso direita corresponde a uma matnz pr-registada. A falha deve-se,
essencialmente, a dois factores.
211
0 pnmeiro, relaciona-secom o facto de termos includo a preposigo
na lista dos gramemas pertinentes para constituigo de unidades
terminolgicas multilexmicas. Da observago dos resultados, venficmos que
ela no uma preposigo constituinte. mas uma preposigo cuja fungo e a
de associar dois frasemas. como podemos comprovar com os exemplos
seguintes:
com
com
com
com
A preposigo tem a fungo de associar no eixo sintagmtico dois
termos dotados ambos de autonomia semntica.
0 segundo factor, diz respeito no incluso da locugo no
dicionrio das locuges, o que levou o EtiqueLex a etiquetar
agindo, desta feita, o ExtracTerm sobre a locugo preposicional como se de
uma sequncia livre se tratasse.
Em resultado desta anlise, acrescentmos a locugo . no
dicionno de locuges e eliminmos as mathzes que continham a etiqueta
na medida em que o rudo provocado por esta matriz superior
ao silncio provocado pela sua ausncia.
212
As quatro ltimas sequncias so exemplos de uma extracgo fina, bem
q
sucedida:
(9) imagens digitais {N:f:pl+ Adj:2gen:pl}
(10) imagens digitais SPOT {N:f pl + Adj.2gen:pl+ Sigla}
(11) imagens digitais SPOT HRV {N:f:pi - Adj:2gen:pl+ Sigla + Sigla}
(12) SPOTHRV{Sigla-Sigla}
Neste caso, os quatro exemplos correspondem a quatro unidades
terminolgicas multilexmicas. uma vez que correspondem a quatro
denominages distintas, sendo que as expanses direita de (10) e (11) vm
especificar o tipo das .tendo. para estes casos, o ExtracTerm
funcionado de acordo com as suas mximas potencialidades.
[[[imagens digitais ] [[SPOT ] HRV ] ]
Se entendermos que desempenha a fungo de um nome.
podemos. por extenso, considerar que e desempenham a
fungo de 'siglas epitetos' ao mesmo nvel dos substantivos eptetos: Les
substantifs pithtes, s'ils passent un statut d'adjectif, le font donc toujours
par le truchement de la fonction pithte. C'est en s'attachant directement un
substantif recteur qu'ils se dchargent de leur poids rfrentiel et deviennent
progressivement des tndicateursde propnts (Noailly, 1999:24).
Para o especialista, o adjectivo pode ser omisso, sem que a
ambiguidade conceptual se estabelega. De facto,todas as imagens de satlite
so, actualmente. digitais (forma de registo dos dados), podendo ocorrer o
213
termo sendo que a sigla ,nome do satlite francs.
qualifica o nome ou o nome
Por sua vez, a sigla . que significa Haute Rsolution dans ie
Visible. um sistema de aquisigo de imagem inerente ao o que
nos permite inferir que a sigla desempenha a fungo de um adjectivo
qualificativo, tendo consequentemente. de ser subcategorizado por um nome
ou por outro elemento que desempenhe a fungo de um nome, sendo este. na
realidade. o caso da sigla
A sequncia uma unidade terminolgica e pode,
consequentemente. ser classificada como um nome. o que nos permite atribuir-
Ihe a fungo de nome epteto, ao mesmo nvel da sigla ,uma vez que.
inequivocamente, qualifica o termo
A extracgo correcta destes quatro exemplos leva-nos a concluir que as
regras tm em determinadas condiges uma boa aplicabilidade, o que nos
induz a melhor-las.
Nestes ltimos exemplos apresentados, as regras permitiram extrair
todos as unidades multilexmicas da sequncia mxima, partindo do menos
complexo , para atingir o mais complexo.
e , voltando, novamente, ao menos
complexo. , ficando assim exploradas todas as hipteses deste
contexto lexical:
N:f:pl + Adi:2qen:pl + Siq a + Siqla
214
Uma das caractersticas do ExtracTerm podermos visualizar todos os
momentos de um processo que resultam do encaixe sucessivo de matrizes,
permitindo-nos decidir. de entre o leque apresentado, quais as sequncias a
reter. Neste caso. o encaixe decorreu de um processo morfolgico. Com
excepgo do ltimo termo, este processo pode ser considerado um processo
de sobrecomposigo. na medida em que cada expanso a direita, permite a
especificago de um conceito. o que em termos Iingusticos resulta numa nica
denominago.
Com o ExtracTerm extramos:
i. colocages
ii. frasemas terminlogicos
111. fraseologias
No entanto, tambm extraimos sequncias menos interessantes tais
como 'sequncias livres terminolgicas' e correntes, unidades multilexmicas
correntes, bem como sequncias resultantes de cortes mal efectuados.
Para que os resultados tenham uma melhor resolugo necessrio
melhorar a qualidade da matria prima do extractor: o texto etiquetado.
Se o ExtracTerm funcionar sobre informago metalingustica
desambiguada, as hipteses de erro so mais reduzidas. Pretendemos, assim
criar regras de desambiguago. exclusivamente aplicadas a determinadas
classes gramaticais.
215
2. Regras de desambiguagao
0 EtiqueLex atribui a cada forma todos os funges gramaticais que esta
pode assumir nos diferentes contextos. podendo uma forma estar marcada por
diversas etiquetas metalingusticas. Esta etapa equivale pnmeira fase de
procedimento do ExtracTerm, que foi concebido para extrair informaco tendo
por base textos etiquetados. 0 EtiqueLex tem, assim, a particularidade de
funcionar como ferramenta autnoma ou, ainda, como ferramenta integrada do
ExtracTerm.
Aps a etiquetagem efectuada, o ExtracTerm parte do dicionrio de
tipologias. que contm as estruturas que nos interessa identificar no corpus.
Quando uma forma est duplamente etiquetada, o ExtracTerm extrai duas
vezes a mesma sequncia. caso esta corresponda a uma das matrizes contida
no dicionrio de tipologias
Assim, para a sequncia ,em que
acompanhada da etiqueta e da etiqueta ,o ExtracTerm aplica
duas regras de reconhecimento: {N:f:s + N fs} e {N:f:s + Adj:f:s extraindo,
desnecessanamente, duas vezes a mesma sequncia, estando neste contexto.
a classificago errada para o lexema
Todavia, esta classificago desacertada no afecta o resultado da
extracgo. na medida em que ao especialista s interessa saber se a realidade
lingustica extraida ou no uma denominago, independentemente da
classificago gramatical atribuda a cada um dos seus elementos constituintes
216
De entre estas classes gramaticais. s nos interessa
distinguir a preposigo, uma vez que esta uma das classes que consta no
dicionrio de regras de reconhecimento.
Neste corpus. a forma tem frequncia 7762. no nos sendo possvel
saber quantas vezes ocorre cada uma das classes gramaticais. A primeira
consequncia contraproducente desta indeterminago desconhecermos a
posigo diferencial que cada uma das classes ocupa no eixo sintagmtico,
sendo difcil a avaliago da sua importncia na constituigo das unidades
termmolgicas multilexmicas. Deste desconhecimentodecorre a dvida sobre
a pertinncia da elaborago de regras de reconhecimento que contemplem a
etiqueta
S depois da aplicago das regras de desambiguago que iremos
decidir se a estrutura assim como as suas combinatrias,
so regras enriquecedoras para a extracgo automtica ou se, pelo, contrrio,
so geradoras de rudo.
Tomemos como exemplo o enunciado seguinte:
[...] combinago automtica
temticos calculados
[Pron:dem:f:s] [Prepl :a] partir de
Neste enunciado ocorrem duas formas, s quais so atribudas mais do
que uma etiqueta e
Embora a distingo entre particpio passado verbal
e particpio passado adjectival seja tratada no ponto 2.2, importa desde j
220
de ndices
a
[...].
No entanto. a dupla extracgo no tem qualquer utilidade: sobrecarrega
os resultados, aumentando, naturalmente. o volume de informago a
descodificar.
Se neste contexto, o resultado no afectado, outras situages h em
que tal sucede. Notexto:
[...] permite
extracgo
do
Contudo
obtidos
quanto_aos
dos niveis
coberto
. os
se_bem_que
nveis de
de reflectncia
vegetal
resultados
elucidativos
actividade clorofilina
identificmos diversas situages de etiquetagens erradas, que influenciaram
negativamente a extracgo:
1) nveis
coberto
resultados
de reflectncia
vegetal
do
obtidos
No primeiro exemplo, o lexema est duplamente mal etiquetado.
Na construgo do dicionrio de formas flexionadas. a forma no foi
marcada com a etiqueta , porque descontextualizada no a reconhecemos
como um lexema da especialidade.
217
0 efeito imediato desta etiquetagem errada reflectiu-se na incapacidade
do ExtracTerm extrair a unidade terminolgica multilexmica
por a etiquetagem atnbuda. automaticamente. a esta sequncia, no
corresponder a nenhuma matriz pr-determinada.
Tambm o lexema est duplamente etiquetado. mas de forma
correcta, embora, neste contexto, a etiqueta seja inadequada. uma vez que
se trata, inequivocamente, de um
No caso do ltimo exemplo, a sequnciao resultado
da aplicago de uma regra elementar {Nm.pl + Adj:m:pl}. A etiqueta
ignorada, uma vez que no faz parte das classes constituintes mestras das
unidades terminolgicas multilexmicas retidas e, deste modo, obtm-se uma
sequncia livre de lexemas. Nesta fase, o ExtracTerm ainda no detm a
informago necessna para distinguir um participio passado com valor verbal
de um particpio passado com valor adjectival, o que resulta numa extracgo
no produtiva.
0 nosso objectivo o de aumentar ao mximo a correcgo lingustica,
para diminuir o erro na extracgo. Para esse efeito. imprescindvel reduzir a
ambiguidade provocada pela atribuigo de mltiplas etiquetas a uma mesma
forma, porque quanto mais monoetiquetadas forem as formas. mais
probabilidades o ExtracTerm tem de melhorar a qualidade da extracgo.
Desta feita. preciso criar regras que permitam levantar as
ambiguidades entre as diferentesclasses gramaticais.
218
Para levar a cabo tal procedimento, tivemos que deliberar sobre que
classes gramaticais devem incidir as regras de desambiguago e em que
momento aplic-las.
Assim, optmos por associar as regras de desambiguago ao processo
da etiquetagem 0 EtiqueLex identifica os contextos lexicais das classes
gramaticais a desambiguar e aplica as regras, de maneira a conceder uma
nica etiqueta a cada forma para um dado contexto.
A partir do momento em que o corpus esteja, parcialmente,
desambiguado, o ExtracTerm tem menos etiquetas a percorrer, uma vez que
as formas monoetiquetadas provocam uma quebra do nmero de
combinatrias possveis, reduzindo ainda o seu tempo de pesquisa.
As regras de desambiguago foram elaboradas a partir de uma primeira
extracgo (cf. Anexo 2) que fizemos sobre corpus no desambiguado (cf.
Anexol). Dessa observago. constatmos que os conjuntos de classes
gramaticais sobre as quais pertinente criar regras so:
particpios passados ps-nominais e adjectivos
artigos, pronomes e preposiges
nomes e adjectivos.
2.1. Preposico, artigo definido feminino singular e pronomes
No dicionrio de formas flexionadas. forma esto associadas quatro
etiquetas metalingusticas:
219
De entre estas classes gramaticais. s nos interessa
distinguir a preposigo, uma vez que esta uma das classes que consta no
dicionrio de regras de reconhecimento.
Neste corpus, a forma tem frequncia 7762, no nos sendo possvel
saber quantas vezes ocorre cada uma das classes gramaticais. A primeira
consequncia contraproducente desta indeterminago desconhecermos a
posigo diferencial que cada uma das classes ocupa no eixo sintagmtico,
sendo difcil a avaliago da sua importncia na constituigo das unidades
terminolgicas multilexmicas. Deste desconhecimentodecorre a dvida sobre
a pertinncia da elaborago de regras de reconhecimento que contemplem a
etiqueta
S depois da aplicago das regras de desambiguago que iremos
decidir se a estrutura assim como as suas combinatrias,
so regras enriquecedoras para a extracgo automtica ou se, pelo, contrrio,
so geradoras de ruido.
Tomemos como exemplo o enunciado seguinte:
[...] combinago automtica
temticos calculados
[Pron:dem:f:s] [Prepl :a] partir de
Neste enunciado ocorrem duas formas. s quais so atribudas mais do
que uma etiqueta e
Embora a distingo entre particpio passado verbal
e particpio passado adjectival seja tratada no ponto 2.2, importa desde j
de ndices
220
referir que a identificago inequvoca da preposigo em determmados
contextos pnmordial para a elaborago das regras de desambiguago entre
outros conjuntos de classes gramaticais.
Com base na regra de reconhecimento {N;m:pl- Adj:m:pl + Adj: nr.pl}, o
ExtracTerm extrai a sequncia uma vez que a
regra no contempla a etiqueta . 0 facto de a classe gramatical que est
direita da forma ser uma forma multietiquetada dificulta a criago de
uma regra de desambiguago para distinguir o do . Deste modo,
julgamos pertinente, a criago de uma regra de desambiguago que permita
distinguir a preposigo das outras classes gramaticais, de maneira a criar
regras para o conjunto de classes gramaticais seguintes.
2.1.1. Regras lingusticas de aprendizagem
As regras lingusticas de aprendizagem so construdas a partir da
anlise do contexto lexical da forma a desambiguar. Sempre que o Extracterm
identifica a classe gramatical a desambiguar, ele pesquisa esquerda e
direita da forma e aplica as regras, optando pela etiqueta adequada ao
contexto em questo.
As regras podem, assim, ser construdas pela positiva. Quando se
realiza a condigo A e a condigo B, obtm-se a situago C :
Em determinados contextos mais produtivo construir regras pela negativa.
Deste modo, quando se realiza a condigo A e a condigo B, no se obtm a
situago C : '
221
Regra 1
Leitura da Regra 1:
Sempre que a forma etiquetada com
e a classe gramatical que se encontra sua direita
acompanhada da etiqueta ,ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta
em detrimento das outras.
Exemplo:
Regra 2
Leitura da Regra 2:
Sempre que a forma etiquetada com
e a classe gramatical que se encontra sua direita
acompanhada da etiqueta ,ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta
em detrimento das outras.
Exemplo: [...] []
Regra 3
Leitura da Regra 3:
222
Sempre que a forma etiquetada com
e a classe gramatical que se encontra sua esquerda
acompanhada da etiqueta , e a classe gramatical que se encontra sua
direita ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta em
detrimento das outras.
Exemplo:
Regra 4
Leitura da Regra 4:
Sempre que a forma etiquetada com
e a classe gramatical que se encontra sua direita
acompanhada da etiqueta . ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta
em detrimento das outras.
Exemplo: [...]
Regra 5
Leitura da Regra 5:
223
Sempre que a forma etiquetada com
e a classe gramatical que se encontra sua direita
acompanhada da etiqueta ,ento o ExtracTerm selecciona a
etiqueta em detrimento das outras.
Exemplo:
Com os resultados obtidos com a aplicago destas cinco regras de
aprendizagem, que permitem desambiguar a forma em cinco contexto
diferentes. pensamos poder testar a matriz (cf. ponto 2.5.)
2.2. Adjectivo e particpio passado ps-nominal
0 adjectivo , a par do nome, a classe gramatical que nos interessa
identificar, na medida em que inclui as matrizes que constituem o dicionrio de
tipologias.
A distingo entre adjectivo verbal e particpio passado com valor verbal
impe-se.
0 particpio passado uma forma verbal que participa da natureza do
verbo e do adjectivo, sendo denominado particpio passado verbal no primeiro
caso e particpio passado adjectival, no segundo; ambas as formas do
particpio passado so variveis em nmero e em gnero.
Os particpios passados verbais caracterizam-se por no poder, regra
geral, desempenhar a fungode adjectivos e contriburem para exprimir valores
224
temporais e aspectuais. Podem. por um lado, participar dos tempos compostos.
por outro. podem ocorrer isoladamente. exprimindo deste modo uma acgo
temporal.
Formados a partir de verbos, os particpios passados adjectivais
cumprem a fungo de adjectivos qualificativos. em posigo atributiva ou
predicativa, expnmindo propriedade
De acordo com os objectivos preconizados no nosso estudo, interessa-
nos exclusivamente, observar o comportamento dos particpios passados que
ocorrem em posigo ps-nominal, por terem um comportamento idntico aos
dos adjectivos eptetos.
Relembramos que o EtiqueLex atribui a dupla etiqueta e a
formas como No momento da desambiguago
automtica, a nossa opgo consiste em atribuir a etiqueta aos particpios
passados verbais e a etiqueta aos particpios passados adjectivais, uma
vez que estes ltimos tm uma fungo qualificadora, ao mesmo nvel dos
adjectivos qualificativos.
Para o tratamento automtico das unidades terminolgicas
multilexmicas. a distingo entre particpio passado com valor verbal e
particpio passado com valor adjectival passa pela anlise do contexto lexical
que antecede e sucedeo particpio passado.
Se o particpio passado construdo com um complemento, introduzido
por uma preposigo. considera-se queo particpio passado tem um valor verbal
e, por isso, etiquetado com a etiqueta Caso o particpio passado ps-
225
nominal seja construido sem complemento. ele assume valor adjectival e,
consequentemente. deve ser etiquetado com a etiqueta
Perante a aplicago desta regra de aprendizagem, o EtiqueLex opta.
exclusivamente. por atribuir uma das etiquetas respectiva forma. Desta
maneira, a informago metalingustica acrescentada ao corpus simplificada.
aumentando a preciso e a correcgo da etiquetagem.
As regras de aprendizagem tm como consequncia imediata um
melhoramento da qualidade dos dados obtidos com o ExtracTerm, uma vez
que este se depara com menos etiquetas, aplicando as regras de
reconhecimento sobre formas monoetiquetadas, reduzindo as hipteses de
extracgo erradas ou de duplas extracges. Por no se deter na etiqueta
o ExtracTerm reduz o tempo de pesquisa.
2.2.1. Regras lingusticas de aprendizagem
Para o texto no etiquetado,
A informago obtida sobre o uso do solo, por segmentago e interpretago de
fotografia area, extraordinariamente precisa e exaustiva e a unidade de
anlise, a zona urbana homognea, responde satisfatoriamente abordagem
do crescimento urbano das periferias.
obtm-se a seguinte etiquetagem:
A
obtida sobre
uso
segmentago e
226
informago
o
do solo , por
interpretago de
fotografia area ,extraordinariamente precisa
exaustiva e a
unidade de anlise ,a
zona urbana
homognea , responde satisfatoriamente
abordagem do crescimento urbano
das periferias
Com base na regra de reconhecimento {N::s + Adjfs} o ExtracTerm
extrai a sequncia . .ue no
corresponde a nenhuma realidade lingustica que nos interesse reter.
Aps a aplicago da regra de aprendizagem, o EtiqueLex opta por
marcar a forma com a etiqueta ,uma vez que a sequncia
no contemplada no dicionrio de tipologias, levando o ExtracTerm a ignorar
todas as sequncias que obedecem a esta estrutura tipo.
Com base no que expusemos, crimos as seguintes regras de
aprendtzagem:
Regra 1
->
->
->
->
->
->
227
->
-
->
->
->
->
Leitura da Regra 1:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um e a classe
gramatical que se encontra sua direita um ,ento o ExtracTerm
selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo (1):
][-];
Exemplo (2):
[...]
228
0 asterisco. que acompanha o e o ,o smbolo que nos permite
representar todas as realizages possveis das formas abstractas e
assim como das combmatnas entre elas.
Recorremos ao astensco, em todas as regras, sempre que as
complexidade das actualizages e das combinatnas. assim o exigiram.
Regra 2
-
->
-
-
-
->
->
229
->
->
->
->
->
-*
->
->
^
->
Leitura da Regra 2:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra a sua esquerda um e a esquerda
deste um e a classe gramatical que se encontra sua direita um
e
230
ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta em detrimento da
outra.
Exemplo:
Regra 3
->
->
->
->
->
->
->
->
Leitura da Regra 3:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um e a classe
gramatical que se encontra sua direita um . ento o ExtracTerm
selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
231
-}
Leitura da Regra 4:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um e esquerda
deste um e a classe gramatical que se encontra sua direita um
ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta em detrimento da
outra.
Exemplo:
[]
Regra 5
Leitura da Regra 5:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um e a classe
gramatical que se encontra sua direita um ,ento o ExtracTerm
selecciona a etiqueta em detrimento da outra
Exemplo:[...] []
233
Regra 6
Leitura da Regra 6:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra sua direita uma e
desta se encontre um .ento o ExtracTerm selecciona a etiqueta
em detrimento da outra.
Exemplo: [...]
[]
Regra 7
->
Leitura da Regra 7:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um
ExtracTerm selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo: [...]
Regra 8
Leitura da Regra 8 :
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra esquerda um ento o
ExtracTerm selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
234
e
,ento o
Exemplo
Regra 9
Leitura da Regra 9:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra esquerda um . e a classe
gramatical que se encontra sua direita um . ento o ExtracTerm
selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo:
Regra 10
Leitura da Regra 10:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um ,e a classe
gramatical que se encontra sua direita um ,ento o ExtracTerm
selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo:
235
2.3. Nome e adjectivo
0 nome e o adjectivo so duas classes gramaticais que mantm
relages muito estreitas entre si, sendo frequente a concentrago numa nica
forma das duas classes de palavras. S a observago do contexto lexical
permite a identificago da classe gramatical do lexema, tendo em conta a sua
fungo sintctica no enunciado. Desde modo. o nome pode desempenhar a
fungo de adjectivo e o adjectivo a fungo de nome.
Vejamos o caso do lexema que, no dicionrio de formas
flexionadas. foi marcado com duas etiquetas e
0 nome um termo que d conta da cincia que tem por
objecto elaborar tais estatsticas, determinar correlages que apresentem os
seus dados e tirar delas as suas consequncias para descrigo e explicago do
que passou e previso e organizago do futuro (Porto Editora, 8a Edigo). 0
adjectivo correspondente, na sua forma feminina, grafado da mesma
maneira, sendo, do ponto de vista morfolgico, um homnimo: . A
pandade das duas formas faz com que s o contexto lexical nos permita
identificar claramente a respectiva classe gramatical, mediante a intervengo
de uma anlise sintctica. No exemplo ,o lexema
desempenha, inequivocamente, a fungo de um adjectivo epteto
relacional, por se encontrar em situago ps-nominal, indicando uma relago
com o referente do nome do qual deriva.
Esta questo no pode, no entanto, ser confundida com as sequncias
cuja estruturas apresentam ordem gramatical . Em
236
o substantivo um substantivo epteto, que tem o estatuto de
adjectivo relacional, at porque, neste contexto. o substantivo pode ser
substitudo pelo adjectivo
Assim. tem uma vanante ortogrfica
e uma vanante grfica . sendo um sinnimo
das trs variantes.
No entanto, para o ExtracTerm esta situago no ambgua, uma vez
que forma corresponde exclusivamente a uma nica etiqueta
apesar de tal forma poder assumir a fungode
Outras formas h que esto lexicograficamente registadas com duas
etiquetas metalingusticas distintas, por corresponderema definiges distintas.
o caso. por exemplo, do lexema . adjectivo que significa que
varia ou pode variar e do substantivo ,termo da Matemtica que se
define como: (mat.) smbolo- geralmente uma letra - com que se designa
qualquerdos elementos de um conjunto, (domnio da varivef) (Porto Editora,
8a Edigo). No seio de cada uma das classes gramaticais, o lexema
polissmico.
Para o funcionamento do ExtracTerm, s construmos regras de
aprendizagem que nos permitem distinguir, em alguns contextos. o adjectivo do
susbstantivo, no nos detendo na distingo das polissemias no seio de cada
classe gramatical.
237
2.3.1. Regras lingusticas de aprendizagem
Tanto o nome como o adjectivo ps-nominal so as duas classes
gramaticais plenas. que constam da tipologia de regras de reconhecimento.
Como tai, importante que elas sejam. tanto quanto possvel. monoetiquetadas
para que o ExtracTerm actue correctamente sobre o maior nmero possivel de
lexemas.
Regra 1
Leiturada Regra 1:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra sua esquerda uma
Extracterm selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo: [...]
Regra 2
-
Leitura da Regra 2:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra sua esquerda uma
Extracterm selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo:
e
ento o
e
ento o
238
Regra 3
->
Leitura da Regra 3:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda uma ,ento o
Extracterm selecciona a etiqueta em detrimento da outra.
Exemplo:
Regra 4
->[
Leitura da Regra 3:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta
a classe gramatical que se encontra sua esquerda uma
Extracterm selecciona a etiqueta em detnmento da outra.
Exemplo:
Regra 5
Leitura da Regra 5:
Sempre que uma forma etiquetada com a dupla etiqueta e
a classe gramatical que se encontra sua esquerda um e a classe que
se encontra sua direita um . ento o Extracterm selecciona a etiqueta
em detrimento da outra.
e
,ento o
239
Exemplo:
3. ExtracTerm: utilizago das regras de aprendizagem
A partir das regras de aprendizagem constitumos um dicionrio de regras
de desambiguago, que o ExtracTerm aplica logo aps a primeira
multietiquetagem. De ora em diante, deixamos de nos referir ao EtiqueLex,
para s referirmo-nos ao ExtracTerm, sendo a etiquetagem, assumidamente.
uma fase prvia ao funcionamento do ExtracTerm.
Assim, a ordem de aplicago das regras altera-se:
(i) etiquetagem do corpus: corresponde atribuigo de todas as
etiquetas metalingusticas que uma dada forma pode assumir,
independentemente do contexto em que ocorre;
(ii) aplicago das regras de desambiguago: o ExtracTerm aplica as
regras de desambiguago, cuja finalidade a de anular as
multietiquetas, para poder proceder aplicago das regras seguintes
(cf. anexo 6);
(iii) aplicago das regras de reconhecimento: a aplicago destas regras
consiste na identificago das estruturas pr-definidas que podem
assumir as unidades terminolgicas multilexmicas;
(iv) levantamento das unidades terminolgicas multilexmicas (cf. anexo
7).
240
S acedemos aos resultados que decorrem da aplicago das regras de
desambiguago (ii) e do levantamento das unidades terminolgicas
multlexmicas (iv), ambos apresentados em ficheiros HTML.
As regras de aprendizagem esto registadas no dicionrio de regras de
desambiguago, que estruturmos do modo que se segue:
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][PrepVa]>[N:f:s]@[Art:def:]
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][PrepVa]<[Ger]@[Art:def:]
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][PrepVa]<[Pp]>[Pron:poss:]@[Art:def:]
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][PrepVa]<[N]>[V:inf]@[Art:def:]
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][PrepVa]>[Art:indef:]@[PrepVa]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepV.a]@[Pp:]
[Adj:][Pp:] <[N:]>[PrepVaps]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVat]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :conforme]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :consoante]@[Pp:
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :contra]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVdesde]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :durante]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVentre]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVexcepto]@[Pp:]
[Adj:](Pp: <[N:]>[PrepVfora]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :menos]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVpara]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[Prep1 :perante]@[Pp:]
[Adj:][Pp: <[N:]>[PrepVpor]@[Pp:]
241
0 algoritmo correspondente a aplicago das regras de desambiguago
apresenta o seguinte cdigo:
b c c 1 CAr.i: i j u :Coe s : : c c nc i cac ap i i c a v e 1 ; C.-jnc i g u i dac e <_
ni^iauicce , stc : : vectcr<CEr_t :aaa> : : teratci & it)
I
std: : vector<CEr.trada> : : iteratcr it_tmp= it;
std: : vec: or<std: : s: ring> : : iterat c< it_rgrs_esq, it_rgrs_dir;
//' nas mesir.as pcsicces dcs vectcres de etiquetas ca regra
//std: :
>et icueta ! ;
cunp_er.tr ada=
durr.p_st rVector_2_s:rinq ;it_tnp-
or ! i:_rgrs_esc= anbiguicace . r_co.ncicao_esquerda . begin ; ; ;
it_rgrs_esq != anbiguidade .m_cor:dicac_esquerda . end ( : ; ic_rgrs_esq-+ )
{
it_trrx--;
/Vstd: :string durr.p_curr=
dump_strVector_2_strmg ( it_ticp-
>etiqueta ) ;
//std: : string duiTip_esq
dump_strVector_2_string (ambiguidade . m_ccndicao_esquerca ) ;
if ( ! i t_trnp->Ccnter_Etiqueta : ( *it_rgrs_esq) . }
return false;
it_tir.p=
t;
fcr ( it rgrs_dir= amc iguidade .m_condicac_direita . begin ; ) ;
it rgrs cir != i.r.biguicade .m_cor.dicac_direita . end ( ) ; it_rgrs_dir+- )
[~it tmp+- ;
/ /s:.a: : string durr.p_curr=
cump_st rVector_/_ st r ir.g it_tnp
>etiqueta ) ;
//std: : string dump_dir
cum.p strVeccor 2 st ring (ambiguidade .m_cor.dicao_direita ) ;
if ; : i t_tmp->Contem_Etiqueta ( ( *it_rgrs_dir ) ) )
return false;
// Se cneguei aqui pq a cor.dic
direita, vou trocar etiqueta
if : ambcguidade . m sinai_resolucao ;
se aplica esquerda e a
std:
std:
std:
CEntrada
copia entrada;
ofstream out ;
vectcr<std: :string>: riteratcr itEt iquetds ;
veci"or<std: : st ririo : : i i. eratcr iter ;
242
copia_e.it rada= 'it';
out.opcr. ; "AmbiOut . txt"
, std: : ics_base : : app. ;
cut << "Arr.oiguidade:"
<< cop:..a_er.t rada . encracla;
for ;tEticuetas copia_entrada.eticueta.begm
rEtiquetas != copia ent rada . ecicueta .er.d ( .: ; itEtiquetas + + )
out "[";
c-ut << (+itE_iquetas) ;
out << "1 ";
it->et_queta . ciear ( ) ;
for [ ter= ambiguidace . ::_resciucao . beqir. ( ) ; iter
ar.biguicade.m_resolucao.end '. . ; iter++ i
stc: : string trr.c
cocia ertrada.Cevoive Etiqueta_Semeinar.te { (*
iter ; );
it->etiqueta .push _
oack (tmp. ;
out <<"
XrResclucc:"
<< (*
: t ) . entrada;
for ( itEticuetas= (Tit ) . etiqueta .begir. ( ) ;
t) .etiqueta . end ( : ; itEticuetas+- )
{
out "[";
out << (*itEtiquetas) ;
out << "] ";
itEtiquetas !=
re'
out << std: : endl ;
out . ciose ( ) ;
i t r u e ;
stc: :vectcr<std: :string>
CAiribicuidades: : P-esolve_Ambiguidade (std : : vector<CEntrada> : :iterat
orS it)
sta :
stc:
stc:
vector<stc: :strmg> novas_etiquetas ;
vec t c r < CAmb i gu idace> arr.bi gu idades ;
vectcr<C.Ambicuidade>: : iterator it.Anbiguidade;
ambiguicaces= Existe_Am:biguidade ( it->etiqueta );
if ( ambiguidades . size { ) > 0 )
{
for ( itAmbiguitade= ambiguidades . begm ( ) ; itAnioiguidaae
!= arabig_idaces.er.dO; itAmbiguidade+f )
if (concicac_dpiicave: ( ( *itAr.biguidace) , t) )
return it ->et iqueta;
return it- ->etiqueta;
243
A extracgo obtida com a aplicago destas regras permite-nos avaliar a
eficcia da metodologia adoptada.
3.1. Anlise de resultados
Para avaliar com rigor o campo de actuago do extractor, comparamos
um exemplo de corpus etiquetado antes da aplicago de regras de
ambiguidades e o mesmo exemplo depois da aplicaco das regras de
ambiguidades.
Assinalamos a vermelho, as etiquetas metalingusticas sobre as quais as
regras de desambiguago iro actuar:
A [Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prepta] figura [N:f:s] [V:cj] 2
mostra os resultados
obtidos [Pp:m:pl] [Adj:m:pl] para a [Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:s]
[Pron:dem:3p:f:s] [Prep1:a] zona da rea em
estudo . A [Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s]
[Prep1:a] preto [Adj:m:s] esto representadas [Pp f pl] [Adj:f:pl] as
reas homogneas do ponto
de vista [N;f:s] [Pp:f:s] [Adjfs] radiomtrico ,a [Art:def:f:s]
[Pron:pess:3p:f:s] [Pron.dem:3p:f:s] [Prep1:a] branco as
transiges ] radiomtricas fortes
O mesmo texto etiquetado com o ExtracTerm, que agora contempla as
regras de desambiguago, apresenta o seguinte formato de sada:
244
A [Art:def:f:s] figura [N:f:s] 2 mostra os
resultados obtidos [Pp:m:pl] para a [Art:def:f:s]
zona da rea em estudo . A
[Prep1:a] preto [Adj:m:s] esto representadas [Pp:f:pl] as
reas homogneas do ponto de
vista [N:f:s] radiomtrico . a [Prep1:a] branco as
transiges ] radiomtricas fortes
As regras permitiram levantar a ambiguidade de 9 formas, reduzindo
consideravelmente, a margem de erro na extracgo de unidades
terminolgicas.
Para o levantamento das 9 formas. foram aplicadas as seguintes regras
de desambiguago:
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][Prep1:a]>[N:]@[Art:def:]
Ex: a figura; a zona; a cor
[N:][V:cj]<[Art:def:]@[N:]
Ex: a figura
[Pp:][Adj:]<[N:]>[Prep1:para]@[Pp:]
Ex: os resultados obtidos para
[Art:def:][Pron:pess:][Pron:dem:][Prep1 :a]>[Adj:]@[Prep1 :a]
Ex: a preto esto ... ; a branco esto ...
[Pp:][Adj:]@<[V:cj]@[Pp:]
Ex: esto representadas
[N:][Pp:][Adj:]<[Prep1:]@[N:]
Ex: ponto de vista
245
Apesar de os resultados serem encorajadores, consideramos que as
regras de desambiguago carecem de aperfeigoamento. Tal melhoramento s
ser atingido com o estudo mais aprofundado do comportamento de cada uma
das entidades que constituem as classes gramaticais.
As regras que concebemos no abarcam todas as situages de
ambiguidade em que ocorrem cada uma das classes gramaticais que fazem
parte das regras de desambiguago. A titulo de exemplo. a identificago das
diferengas entre e no exaustiva, o que tem por consequncia o
no levantamento de ambiguidades em situages como as que passamos a
apresentar:
seguida [Adj:f:s] da [Prep2:da:f:s] Eroso [N:f:s] por [Prep1:por] B do
[Prep2:do:m:s] conjunto [N:m:s] obtido [Pp:m:s] [Adj:m:s].
ou ainda
seguido [Adj:m:s] da [Prep2:da:f:s] Dilatago [N:f:s] por [Prep1:por] B do
[Prep2:do:m:s] conjunto [N:m:s] obtido [Pp:m:s] [Adj:m:s] e [Conj:e] cuja
[Pron:rel:f:s] notago ...
Apesar de as regras de desambiguago no estarem esgotadas, o
ExtracTerm actua sobre todas as sequncias que contm ambiguidades,
correspondentes s regras identificadas.
A comparago entre os resultados obtidos com ExtracTerm sem
aplicago das regras de ambiguidades:
246
resultados obtidos {N.mpl + Adj:m:pl}
rea em estudo {N:f:s + Prept.em + N m:s}
reas homogneas {N f pl-
Adjfpi}
ponto de vista {N:m:s + Prepl de + N:f:s}
transiges radiomtricas {N:f:pl + Ad;:f:pl}
e os resultados obtidos com o ExtracTerm com as regras de desambiguago:
area em estudo {N:f s + Preptem + N :m:s}
reas homogneas {Nfpl + Adjfpl}
transiges radiomtricas {N fpi + Adj:f:pl}
permitem-nos corroborar a vantagem desta metodologia. De seis propostas
iniciais de unidades terminolgicas multilexmicas, passamos a trs, o que
demonstra ser uma redugo notvel no esforgo de anlise e de validago dos
dados por parte do especialista.
3.2. Teste do ExtracTerm sobre um corpus alargado
Atingindo este ponto, necessrio fazer incidir o ExtracTerm sobre
novos textos. por forma a verificar a sua exequibilidade.
Assim, optmos, por fazer correr o ExtracTerm a partir de uma tese
para obtengo de grau de especialista categoria de Investigador Auxiliar do
Laboratrio Nacional de Engenharia Civil (Fonseca, 1998). Este texto
constitudo por 49834 ocorrncias para 4330 formas.
247
3.2.1. Anlise dos resultados
Este texto ento varrido pelo ExtracTerm. Verificmos que, das 49834
ocorrncias. 3040 no foram etiquetadas, o que corresponde.
aproximadamente, a 937 formas, aps a eliminago de nmeros, alneas,
palavras estrangeiras, erros grficos e ortogrficos, entre outros.
As palavras no etiquetadas correspondem ausncia de registo no
dicionrio de formas flexionadas. Aps verificago de tal facto, adicionmos
uma fungo ao etiquetador. Optmos por extrair para um ficheiro todas as
formas no etiquetadas. Desta forma, podemos atribuir etiquetas
metalingusticas a estas formas e, posteriormente. adicion-las ao dicionrio de
formas flexionadas. Deste modo, o EtiqueLex, numa fase final, ou o
ExtracTerm numa fase inicial. permite a auto-alimentago do dicionrio de
formas flexionadas.
Exemplifiquemos com o corpus teste, a qualidade da etiquetagem:
A aquisigo de imagens por
Detecgo Remota ( DR ) baseia-se no facto
de os objectos
da superfcie terrestre reflectirem
radiago_electromagntica ( REM ) proveniente do
Sol e emitirem eles
prprios REM . A intensidade e
composigo espectral da REM emitida
assim_como a percentagem de
REM reflectida dependem das
caractersticas fsicas e qumicas
do objecto . Assim, possvel
inferir das caractersticas fsicas
e qumicas de objectos
superfcie da Terra atravs da
REM proveniente desses
248
objectos e registada por sensores
a bordo de satlites artificiais
da Terra , designados
satlites de Detecgo Remota
A extracgo obtida a partir deste pargrafo a seguinte:
aquisigo de imagens {N-f.s + Prepl de + N fpl}
Detecgo Remota {N:f s + Adjf s}
objectos da superfcie {N:m:pl + Prep2:da:f s + Nfs}
superficie terrestre {N:f:s + Adj:2gen:s}
composigo espectral {N:f;s + Adj:2gen s}
superfcie da Terra {N::s * Prep2:da:f:s + Nfs}
bordo de satlites {N:m:s + Prepl de + N:m:pl}
satlites artificiais {N:m:pl + Adj:2gen:pl}
satlites de Detecgo {N:m:pl + Prep tde + N:f:s}
satlites de Detecgo Remota {N:m:pl +
Preptde + N:f:s + Adj:f:s}
Detecgo Remota {N:f:s + Adj:f:s}
Com cada corpus novo podemos enriquecer os dicionrios de base, o
que nos garante, partida, a qualidade da etiquetagem, facto que tem
consequncias na qualidade da extracgo. Quanto mais alargado for o nosso
corpus. menores so as hipteses de encontrar formas no etiquetadas e
maiores as hipteses de identificar neologismos terminolgicos.
Com esta amostra, podemos verificar que, na globalidade, a quantidade
de formas no etiquetadas no muito elevada. Tal facto permite-nos concluir,
de forma empirica, que o corpus de partida representativo no que conceme a
terminologia utilizada pelo especialistas em Detecgo Remota.
249
Concluso
Na dissertago que ora apresentamos debatemos um conjunto de
pressupostos tericos cuja reformulago se revelou de importncia fundamental
no desenvolvimento da metodologia que esteve na base da concepgo e da
construgo de dois programas informatizados para o tratamento automtico da
lngua de especialidade: um etiquetador, o EtiqueLex. e um extractor, o
ExtracTerm.
Os resultados, que consideramos bastante satisfatrios. obtidos a partir
do funcionamento destes dois produtos, so, em parte, consequncia do
estabelecimento de critrios rigorosos no que diz respeito selecgo dos textos.
Por outro lado, a identificago. do ponto de vista terico, das entidades
lingusticas sobre as quais incidiu o nosso estudo, as unidades terminolgicas
multilexmicas, permitiu-nos isolar as estruturas terminognicas mais frequentes
no nosso corpus.
A partir da observago deste mesmo corpus, elabormos as regras de
reconhecimento que permitiram ao ExtracTerm reconhecer todas as estruturas
previamente contempladas no dicionrio de regras de reconhecimento por ns
concebido.
Tambm as regras de desambiguago foram elaboradas a partir da
observago dos primeiros resultados obtidos com o ExtacTerm.
O ExtracTerm um programa dinmico. Os dicionrios que estona base
do seu funcionamento, isto , o dicionrio de formas flexionadas, o dicionrio de
251
locuges e o dicionno de Detecgo Remota, so dicionnos abertos. aos quais
possvel a qualquer momento adicionar informago, sempre que tal se revele
necessrio.
A funcionalidade que permite ao ExtracTerm extrair todas as formas no
etiquetadas para um ficheiro de uma enorme utilidade, uma vez que possibilita
acrescentar etiquetas metalingusticas a todas as formas presentes nesse
ficheiro e adicion-las posteriormente ao dicionrio de formas flexionadas. Deste
modo, o ExtracTerm proporciona uma actualizago permanente do dicionrio,
garantindo a qualidade da etiquetagem dos textos de uma determinada rea de
especialidade.
No se verifica qualquer impedimento do ExtracTerm ser aplicado a
outras reas de especialidades. No caso de, por exemplo, recorrermos ao
ExtracTerm para a etiquetagem de um corpus em Medicina, empregamos a
mesma metodologia, sabendo a priori que as formas no etiquetadas sero, no
nicio, em nmero superior.
Todos os dicionrios que suportam o ExtracTerm encontram-se
actualmente em ficheiros TXT, sendo a sua capacidade virtualmente infinita,
limitados. exclusivamente, ao espago do disco rgido em que se encontram
instalados.
0 acrscimo de textos ao corpus, bem como o enriquecimento gradual do
dicionrio de formas flexionadas, so mecanismos que permitem uma
actualizago constante da terminologia empregue pelo especialista. Perante tais
252
circunstncias. o ExtracTerm ir encontrar cada vez menos formas no
etiquetadas, sendo a probabilidade de vir a encontrar nenimos considervel.
No podemos, no entanto, descuraruma observago minuciosa e regular
aos corpora, a fim de detectar eventuais inovages smtcticas ao nvei da
estrutura das unidades terminolgicas multilexmicas. Caso tais movages se
verifiquem. acrescentar-se-. no dicionnos de regras de reconhecimento, a
regra que d conta desses processos inovadores, para que o ExtracTerm possa
proceder ao levantamento das unidades que encontram correspondncia nas
novas matrizes terminognicas. Os bons resultados obtidos com a aplicago
desta metodologia, no nos impedem, porm. de apontar algumas lacunas que,
conscientemente, no foram preenchidas, por ultrapassarem claramente o
mbito desta dissertago. Reconhecemos, no obstante, a necessidade de
continuarmos a desenvolver uma reflexo apurada em torno de tais lacunas
como um factor imprescindvel para o futuro aperfeigoamento da metodologia
que ora utilizmos e, consequentemente, para um meihoramento das
potencialidades deste programa.
Neste estudo, pnvilegimos uma aproximago lexical s unidades
terminologicas multilexmicas cuja base um nome, por serem as mais
representativas de qualquer terminologia.No podemos, contudo, ignorar outras
classes gramaticais que, embora menos frequentes,so de extrema importncia
para o tratamento automtica da lngua natural. Estamos, por exemplo, a
referirmo-nos aos verbos que, embora com propriedades distintas, tambm
253
denommam conceitos fundamentais para o entendimento de uma lingua de
especialidade.
Assim, o estudo das unidades termmolgicas multilexmicas no ficou
esgotado. Consideramos de uma grande utilidade o aprofundamento do
comportamento lingustico assumido isoladamente pelas classes gramaticais
mais frequentes: os nomes. os adjectivose as preposiges.
As regras de desambiguago que concebemos foram criadas a partir da
observago que efectumos ao contexto lexical em que ocorrem as unidades
terminolgicas multilexmicas. No fomos exaustivos no levantamento das
ambiguidades para cada classe gramatical atribuda a uma mesma forma: por
exemplo, no identificmos todas as situages lexicais em que um se
confunde com um . 0 levantamento dos contextos lexicais em que ocorrem
as ambiguidades pnmordial para a concepgo de regras de desambiguago
mais rigorosas e abrangentes.
Tambm no fazia parte dos objectivos desta trabalho estabelecer
critnos e elaborar regras que permitissem distinguir o comportamento de um
do comportamento de outro . A equipa de G. Gross visa obter a descrigo
exaustiva de todas as unidades lexicais, procedendo a uma classificago
semntica e sintctica, tendo por base o conceito de classes de objectos. Tal
descrigo lingustica tem por finalidade a construgo de dicionrios electronicos.
De acordo com esta metodologia, considera-se que um nome pertence. por
exemplo, classe dos meios de transporte <mt>. que por sua vez se divide em
meios de transporte em comum <mt-a>. meios de transporte areos <mt-a>,
254
etc Todas as unidades lexicais esto associadas, desta forma, a classes e
subclasses (cf. Blanco, 1999).
Passamos a ilustrar com algumas entradas lexicogrficas, a construgo
de um dicionrio electrnico bilingue, francs- espanhol:
auto huit cylindres/G:nf/T:inc/C:mt-tmi/D:transp.ter/Es: coche de ocho cilindros
auto arodynamique/G:inf/T:inc/C:mt-tmi/D:transp ter/Es:coche aerodinmico
auto de course/G:inf/T:inc/C:mt-tmi/D:trasnp:ter/S:voiture de course/Esxoche de carreras
Embora esta metodologia tenha sido concebida para a construgo de
dicionrios electrnicos monolingues e bilingues, julgamos que esta descrigo
sintctico-semntica pode ser utilizada para descrever as unidades
terminolgicas e elaborar regras de desambiguago. Esta descrigo de tal
forma minuciosa que nos permite distinguir o comportamento lingustico das
unidades de classe de objecto para classe de objecto.
Por outro lado, a nossa metodologia pode funcionar como uma
metodologia complementar da de G. Gross. As unidades lexicais - muitas
delas terminolgicas- descritas pela equipa de G. Gross so retiradas de
dicionrios j existentes. 0 levantamento automtico de unidades a partir de
corpora permite um aumento das unidades a descrever para uma determinada
rea do conhecimento.
No obstante, uma inevitvel da metodologia, consideramos os
resultados obtidos muito encorajadores: a forma de funcionamento do programa
255
est estabelecida. dependendo da qualidade da sua actuago exclusivamente
do melhoramento da descrigo lingustica.
Resta-nos. ainda, fazer uma referncia utilizago diminuta que fizemos
da estatstica. Tal opgo metodolgica, no invalida a futura utilizago de uma
abordagem estatistica mais desenvolvida, no em substituigo da aproximago
lingustica, mas em complementaridade a esta.
Acreditamos que a estatstica pode validar os resultados obtidos atravs
da anlise lingustica, na medida em que permite quantificar a taxa de sucesso
do etiquetador ou de uma determinada regra. Com o recurso estatstica,
podemos saber em percentagem o valor que assume uma determinada classe
gramatical no corpus ou ainda se uma determinada estrutura merece ser melhor
observada com vista criago de regras de desambiguago.
Este tipo de informago permite-nos gerir a investigago em fungo da
repercusso que pode ter o estudo de uma entidade lingustica num
determinado corpus e deste modo estabelecer prioridades de investigago.
Com esta dissertago, pretendemos demonstrar que o tratamento
automtico da lngua natural a consequncia de uma acgo concertada
transdisciplinar, que resulta da fuso do saber lingustico com o saber
informtico. Do saber lingustico resulta a anlise lingustica, do saber
informtico a construgo dos algoritmos que permitem a aplicago das regras
lingusticas.
256
Bibliografia de referncia
AARTS, Jan (1990), Corpus Linguistics: An Appraisal, Computers in Literary
and Linguistics Research, Proceedings of the International Conferences of the
Association for Literary and Linguistic Computing, Paris-Genve, Hamesse, J.,
Zampolli, A., pp. 13-28.
AARTS, Jan (1996), Grammatical Annotation, ICAME Journal No. 20,
ICAME, The Norwegian Computing Centre for the Humanities, Norway, Bergen
University, pp. 104-107.
AARTS, Jan (1991), lntuition-based and observation-based grammars,
English Corpus Linguistic. Studies in Honour of Jan Svartvik, ed. by Karin
Aijmer & Bengt Altenberg, London and New York. Longman, pp. 44- 62.
ADAM, Jean-Michel (1990), lments de linguistique textuelle. Thorie et
pratique de l'analyse textuelle, Lige, Mardaga, 265 p.
ADAM, Jean-Michel (1997), Les textes: types et prototypes. Rcit, description,
argumentation, explication etdialogue, Paris, Nathan,223 p.
ADAM, Jean-Michel (1999), Linguistique textuelle, des genres de discours aux
textes, Paris, Nathan, 208 p.
AMOSSY, Ruth; PIERROT, Anne Herschberg (1997), Strotypes et clichs.
Langue, discours, socit, Paris, Nathan,128 p.
ASCOMBRE. Jean-Claude (1999), Le jeu de la prdication dans certains
composs nominaux, Langages, n 122, Le groupe nominal: contraintes
distnbutionnelles et hypothses de descriptions, sous la direction d'Anne
Daladier, Paris, Larousse, pp. 52- 69.
258
ASSADI, Houssem: BOURIGAULT, Didier (2000), Analyses syntaxique et
statistique pour la construction d'ontologies partir de textes. Ingnere des
connaissances, volutions rcentes et nouveaux dfis, Ed. Jean Charlet,
Manuel Zacklad, Gilles Kassel, Didier Bourigault, Paris, Eyrolles, pp.243 - 256.
AUGER, Pierre; DROUIN. Patrick; L'HOMME, Mane-Claude (1991),
Automatisation des Procdures de Travail en Terminographie, META, Vol.
36, n 1. Montral, PUM, pp. 121- 127.
BACELAR, Feranda; PEREIRA, Lusa; SARAMAGO, Joo (2000),
Portuguese corpora at CLUL, Proceedings of the Second Intemational
Conference on Language Resources and Evaluation, Vol. III, Athens, Greece,
pp. 1603-1607.
BAHNS, Jens (1996), Kollokationen als lexikographisches Problem. Eine
Analyse allgemeiner und spezieller Lernerwrterbucher des Englischen,
Tbingen, Max Nieymer Verlag, 135 p.
BAKHTINE. Mikhal (1984), Esthtique de la cration verbale, Paris, Gallimard,
400 p.
BAKHTINE, Mikhal (2000) The problem of the speech genres, The
Discourse Reader, Ed. Adam Jaworski and Nikolas Coupland, New York,
Routledge, pp. 121 -132.
BALDINGER, Kurt (1984), Vers une semantique moderne, Paris, Klincksieck,
255 p.
BARNBROOK, Geoff (1996), Language and Computers, A Pratical Introduction
to the Computer Analysis of Language, Edinburgh, Edinburgh University Press,
209 p.
259
BARREIRO, Anabela Marques (1998), Propriedades Sintctico-Semnticas
dos Padicipios Passados em Portugus Europeu, Dissertago de Mestrado em
Lingustica, Universidade Nova de Lisboa, 149 p.
BEACCO. Jean-Claude (1995), propos de la structuration des
communauts discursives: beaux-arts et apprciatif, Les enjeux des discours
spcialiss. Coordination ditoriale, Jean-Claude Beacco. Sophie Moirand,
Paris. Presses de la Sorbonne Nouvelle. pp. 135- 157.
BEACCO, Jean-Claude, MOIRAND. Sophie (1995), Autour des discours de
transmission de connaissances. Langages n 117, Paris, Larousse, pp. 32 -
53.
BECHARA, Evanildo (2001), Moderna Gramtica Portuguesa, Rio de Janeiro,
Ed. Lucerna, 672 p.
BJOINT, Henri (1997), Regards sur la dfinition en terminographie, in
Cahiers de Lexicologie, Vol. LXX 1997 - 1, Pans, Didier Erudition, pp. 19- 26.
BJOINT, Henn (1993), La dfinition en terminographie,Aspects du
vocabulaire, Arnaud, P. et Thoiron (ds), Lyon, PUL, pp. 19- 26.
BJOINT, Henn. THOIRON, Philippe (1997), Modle relationnel, dfinition et
dnomination, Autour de la Dnomination, Boisson, H., Thoiron, Ph. (ds)
Lyon, PUL, p. 187-204.
BENNETT, Paul (1993), Noms composs, termes,dnominations complexes:
problmatiques linguistiques et traitements automatiques, Traitement
Automatique des Langues, 34, 2. Paris, Revuede l'ATALA, pp. 43 - 58.
260
BENSON, Morton: BENSON, Evelyn, ILSON, Robert (1997), The BBI
Dictionary of English Word Combinations. Amsterdam / Philadelphia, John
Benjamins, pp. VII- XXXIX.
BESS, Bruno de (1990), La dfinition terminologique, Actes du Colloque La
Dfinition, Paris, Larousse, pp. 252- 261.
BIBER, Douglas; CONRAD, Susan; REPPEN. Randi (1998), Corpus linguistics:
investigating language structure and use, Cambridge, Cambridge University
Press, 300 p.
BLANCO, Xavier (199), Lexicographie bilingue frangais-espagnol et classes
d'objets, Barcelona, Universitat Autnoma de Barcelona. 87 p.
BONNAFOUS, Simone, TOURNIER, Maurice (1995), Analyse su discours,
lexicomtrie, communication et politique, Langages n 117. Paris, Larousse,
pp.67-81.
BOUILLON, Pierrette (1998), Traitement automatique des langues naturelles,
Paris, Bruxelles, Co-dition AUPELF- UREF, 245 p.
BOURIGAULT, Didier (1993), Analyse syntaxique locale pour le reprage de
termes complexes dans un texte, Traitement Automatique des Langues, 34, 2,
Paris, Revue l'ATALA, pp. 105-118.
BOURIGAULT, Didier (1994), LEXTER un Logiciel d'Extraction de
TERminologie. Application l'extraction des connaissances partir de textes,
Paris, Thse en mathmatiques, informatique applique aux sciences de
l'homme, cole des Hautes tudes en Sciences Sociales
BOURIGAULT, Didier (2001), lntroduction, Recent Advances in
Computational Terminology, Ed. by Didier Bourigault, Christian Jacquemin,
261
Mane-Claude l'Homme, Amsterdam / Philadelphia, John Benjamins, pp. VIII -
XVIII.
BOURIGAULT, Didier; SLOZDIAN, Monique (1999), Pour une terminologie
textuelle, Terminologies Nouvelies, N 19. Bruxelles. Revue codit par
l'Agence de la Francophonie et Communaut frangaise de Belgique. pp. 29-
32.
BOUTET, Josiane; GARDIN. Bernard; LACOSTE, Michle (1995), Discours
en situation detravail, Langages, n117, Paris, Larousse, pp. 12-31.
BRONCKART, Jean-Paul (1994) - Le fonctionnement des discours. Un modle
psychologique et une mthode d'analyse. Lausanne. Delachaux & Niestl. 175 p.
BRONCKART, Jean-Paul (1997), Activit langagire, textes et discours. Pour
un interactionisme socio-discursif. Lausanne, Delachaux & Niestl, 351 p.
BUDIN, Gerhard (1990), Terminological Analysis of LSP Phraseology, in
Journal of the Intemational Institute for Terminology Research- IIITF - Vol. 1,
no 1-2, Wien, Intemational Network for Terminology (TermNet), pp. 64-69.
BUDIN. Gerhard; BHLER, Hildegund (1999), Grunstze und Methoden der
neuen Terminographie, Hoffmann, L.; Kalver-Kmper. H.; Wiegand, H. E.
[eds.]. Fachsprachen. / Languages for Special Purposes. Ein internationales
Handbuch zur Fachsprachenforschung une Terminologiewissenschaft. Berlin /
New York, deGruyter, pp. 2097- 2108.
BUVET, P- A. (1998), Dtermination et classes d'objets, Langages, N 131,
Les classes d'objets, sous la direction de Denis Le Pesant et Michel Mathieu-
Colas, Paris, Larousse, pp. 91- 102.
262
CABR, Teresa (1993). La Terminooga. Teoria, metodologia. aplicaciones,
Barcelona, Editorial Antrtida/Emprries, 529 p.
CADIOT. Pierre (1992). entre deux noms: vers la composition nominale.
Lexique. n 11. Les prpositions. Mthodes d'analyse. Lille, Presses
Unviersitaires de Lille, pp. 193- 240.
CADIOT, Pierre (1997), Les prpositions en frangais, Paris, Armand Coiin, 295 p.
CARAQA, Joo (1997), 0 que a cincia, Lisboa, Difuso Cultural, 111 p.
CARNAP, Rudolf (1997), Signification et ncessit, Paris, Gallimard, 382 p.
CARR, Ren; DGREMONT, J.-F.; GROSS, Maurice et al. (1991), Language
Humain et Machine. Paris, Presses du CNRS. 298 p.
CHARAUDEAU, Patrick (1995), Une analyse smiolinguistique du discours,
Langages n 1 1 7. Paris, Larousse, pp. 96- 1 1 1 .
CHARAUDEAU, Patrick (1997J, Les discours d'information mdiatique. La
construction du miroir social, Paris, Nathan, 286 p.
CHARLET, Jean, ZACKLAD, Manuel, KASSEL, Gilles, Bourigault, Didier (2000)
lngnerie des connaissances: recherches et perspectives... , Ingnerie des
connaissances, volutions rcentes et nouveaux dfis, Ed. Jean Charlet,
Manuel Zacklad, Gilles Kassel, Didier Boungault, Paris, Eyrolles, pp. 1 - 24.
CHOMSKY, Noam (1980), Estruturas Sintcticas, Lisboa, Ed. 70, 126.
CINTRA, Lindely, CUNHA, Celso (1994), Nova Gramtica do Podugus
Contemporneo, Lisboa, Ediges Joo S da Costa, 734 p.
263
CONCEIQO, M. Clio (1996), Terminologie et transmission du savoir:
(re)construction(s) de concepts, Daylang, Smatique des termes et
construction des connaissances, dir. Delavigne V., e Bouveret M.T Rouen,
Universit de Rouen, pp. 33- 42.
CONCEIQO, M. Clio (1997), La mmoire des termes: analyse
conceptuelle. Mmoire des mots, Actes des Vmes Journes Scientifiques du
Rseau LTT de l'AUPELF-UREF, Tunes, AUPELF-UREF, Serviced, pp. 369-
376.
CONCEIQO, M. Clio (2000), Terminologie, connaissance et industrie,
Actas da Conferncia sobre cooperago no domnio da terminologia na Europa,
dir S. Lervad. Paris, Unio Latina, AET, pp. 91- 96.
CONDAMINES, Anne, REBEYROLLE, Josette (2000), Construction d'une
base de connaissances terminologiques partir de textes: exprimentation et
dfinition d'une mthode. Ingnerie des connaissances, volutions rcentes et
nouveaux dfis, Ed. Jean Charlet, Manuel Zacklad, Gilles Kassel, Didier
Bourigault, Paris. Eyrolles, pp. 225- 242.
CORBIN, Danielle (1992), Hypothses sur les frontires de la composition
nominale, Cahiers de Grammaire, n 17, pp. 26- 55.
CORBIN, Danielle; TEMPLE. Martine (1994), Le monde des mots et des sens
construits: catgories smantiques, catgories rfrentielles, Cahiers de
Lexicologie, n 65, Paris, Didier, 5 -28.
CORBIN, Danielle (1997) Locutions, composs, units polylexmatiques:
lexicalisation et mode de construction, La Locution entre langue et usages,
Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 53- 102.
264
CORMIER, Monique; RIOUX. Louis-Paul (1991), Procds de Formation et
Matrices Termmogniques en Terminologie des Systmes Experts. META,
Vol. 36, n 1 . Montral. PUM. pp.248- 268.
COSTA. M. Rute V. (1990)- "A coeso interna das lexias complexas enquanto
unidades terminolgicas", Actas do Colquio de Lexicologia e Lexicografia,
Lisboa, Centro de Estudos Comparados, Linha de Acgo 2 - INIC, pp. 167 -
122.
COSTA. M. Rute V. (1993). Terminologia da Economia Monetria. Relages
conceptuais e semnticas numa sistemtica terminolgica e lexicogrfica,
Dissertago de Mestrado em Lingustica, Universidade Nova de Lisboa, 191 p.
COSTA. M. Rute V. (1994), Bases de donnes textuelleset automatisation en
terminographie. Terminologie et Phrasologie. Acteurs et amnageurs.Actes
de la Deuxime Universit d'Automne en Terminologie, Paris, La Maison du
Dictionnaire, pp. 83- 92.
COSTA, M. Rute V. (2001)- "0 termo como veculo de especificidades
conceptuais e semnticas", Polifonia, UNIL,N 4, Lisboa. Colibn, pp. 199
- 204.
COSTA, M. Rute V. (2001), 0 conceito, a denominago e a definigo
terminolgica, Terminologias 12, Termip, Lisboa, Colibri (no prelo).
COSTA, M. Rute V. (2001)- "Contribuigo para a delimitago do texto de
especialidade", L'loge de la diffrence: la voix de l'autre, Actas das Vles
Journes scientifiques du Rseau Lexicologie, Terminologie et Traduction,
organizado pela Agence francophone pour l'enseignement suprieur et ia
recherche, l'cole de traducteurs et d'interprtes de Beyrouth (ETIB) de
l'Universit Saint-Joseph, Beyrouth, 11-13 novembre 1999, (no prelo).
265
COSTA, M. Rute V., LINO, M. Teresa, CONCEIQO, M. Clio (1996)- (em
colaboragoj "Terminologia, Informtica e Multimdia', Jornada Panllatina de
Terminologia. Perspectives i camps daplicaci. Barcelona. Institut Universitari
de Lingistica Aplicada, Universitat Pompeu Fabra. pp. 73-81.
COUTINHO, M. Antnia (1999), Texto(s) e competncia lexical, Tese de
Doutoramento em Lingustica, Universidade Nova de Lisboa, 413 p.
COWIE, A. P. (1998), lntroduction, Phraseology, Theory, Analysis, and
Applications, Oxford, Oxford University Press. pp. 1 - 20.
COWIE, A. P. (1998), Phraseological Dictionaries: Some East-West
Comparisons, Phraseology, Theory, Analysis, and Applications, Oxford, Oxfod
University Press, pp. 209- 228.
CUSIN-BERCHE, Fabienne (1999), La noton d'unit lexicale en linguistique
et son usage en lexicologie, Statut de l'unit lexicale, Revue LINX, n 40, sous
la direction de Grard Petit, Nanterre, Univerist Paris X, pp. 11 - 31.
CRISPIM, Maria de Lourdes; XAVIER, Maria Francisca (1999), Constitution
(et utilisation d'un corpus de portugais mdival, Revue frangaise de
linguistique applique, IV-1,Amsterdam, Ed. 'De Werelt', pp. 41
- 45.
CZAP, H. (1989), Le concept de concept, in Terminologie Diachronique,
Actes du Colloque organis Bruxelles les 25 et 26 Mars 1988, Centre de
Terminologie de Bruxelles, Institut Marie Haps, Conseil Intemational de la
Langue Frangaise, pp. 69- 70.
DAHLBERG, I. (1981), Les objets, les notions, les dfinitions et les termes,
Textes choisis de terminologie, I. Fondements thoriques de la terminologie,
dir. V.l. Siforov, Qubec. GIRSTERM, pp. 221- 282.
266
DAILLE, Batrice (1994), Approche mixte pour l'extraction de terminologie:
statistique lexicale et filtres linguistiques. Thse de doctorat en informatique
fondamentale, Universit Paris VII, 228 p.
DAILLE. Batnce (1995), Reprage et extraction de terminologie par une
approche mixte statitsique et linguistique. Traitement Automatique des
langues. 36, 1 - 2, Paris, pp. 101-118.
DAILLE, Beatrice (1996), Study and Implementation of Combined Techniques
for Automatic Extraction of Terminology, The Balancing Act. Combining
Symbolic and Statistical Approaches to Language, ed. by Judith L. Klavans and
Philip Resnik, Cambridge, Massachusetts, London, England, The MIT Press,
pp. 49- 66.
DAILLE, Batrice (1996), Study and Implementation of Combined Techniques
for Automomatic Extraction of Terminology, The Balance Act: Combining
Symbolic ans Statistical Approaches to Language. ed. Judith L.KIavans, Philip
Resnik, London, The MIT Press, pp. 49- 66.
DANISH STANDARDS ASSOCIATION (1991), SGML - ODA. Prsentation des
concepts et comparaisons fonctionnelle, Paris, AFNOR, 87 p.
DANLOS, Laurence (1988), lntroduction: lexique-grammaire des expressions
figes, Langages, n 90, Les expressionsfiges, sous la direction de Laurence
Danlos, Paris. Larousse, pp. 5- 6.
DANLOS, Laurence (1994), Coder les informations monolingues sur les noms
pour viter des rgles bilingues sensnibles du contexte, Le traducteur et
l'ordinateur. Langages. n 116. sous la direction de Jean-Ren Lamiral, Paris,
Larousse, pp. 95-110.
267
DARMSTETER, Arsne (1967), [18/4], Trait de la formation des noms
composs, Pans, Champion, 365 p.
DAVID, Sophie; PLANTE, Pierre (1990), Le la ncessit d'une approche
morpho-syntaxique en analyse de textes, Revue de liaison de la recherche en
informatique cognitive des organisations. Vol 2, n 3, Qubec, ICO, pp. 140 -
165.
DAVID, Sophie; DUMAS, Lucie; MARANDIN, Jean-Marie: PLANTE, Andr;
PLANTE Pierre (1990) , Termino. Version 1.0 -
Rapport de Recherche par le
Groupe R.D.L.C. - Recherche et Dveloppement en Lmguistique
Computationnelle, Centre d'Analyse de Textes par Ordinateur, Universit du
Qubec Montral. 57 p.
DAVID, Sophie (1993), Remarques propos du mode de construction des
units de forme NN. Traitement Automatique des Langues, 34, 2. Paris,
Revue l'ATALA, pp. 59- 74.
DESCLS, Jean-Pierre (1997), Systmes d'exploration contextuelle, Co-
texte et calcul du sens, (dir. Claude Guimier), Caen, Presses Universitaire de
Caen, pp. 215-231.
DROZD, L. (1981), Science terminologique: objet et mthode, Textes choisis
de terminologie, I. Fondements thoriques de la terminologie, dir. V.l. Siforov,
Qubec, GIRSTERM, pp. 1 15 - 132.
DUBOIS, Danile (dir.), Smantique Cognitive. Catgorie, prototypes, typicalit,
Coll. Sciences du Langage, Paris, CNRS dition, pp. 342.
DUBOIS, Danile (1997), Catgories, prototypes et figements. Constructions
d'invanants et systmes symboliques, La Locution entre langue et usages,
Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 103 - 130.
268
DUCROT. Oswald (1980). Les mots du discours. Les ditions de Minuit. Paris,
241 p.
ECO, Umberto (1993), Leitura do Texto Literrio. Lector in Fabula, Lisboa,
Presenga, 263 p.
EL-BZE Marc, SPRIET, Thierry (1995), lntgration et contraintes
syntaxiques dans un systme d'tiquetage probabiliste, Traitement
Automatique des Langues, 36, 1 - 2. Paris, Revue l'ATALA, pp. 47- 66.
FELBER. Helmut (1987), Manuel de Terminologie, Paris, Unesco / Infoterm,
447 p.
FELBER, Helmut. BUDIN, Gerhard (1989), Terminologie in Theorie und Praxis,
Tbingen, Gunter Narr Verlag, 315 p.
FELBER, Helmut (1994/1995), Terminology Research: Its Relation to the
Theory of Science, in Terminologie et Linguistique de Spcialit. tudes de
vocabulaires et textes spcialiss, ALFA, Volume 7/8, 1994 /1995, Actes de
langue frangaise et de linguistique, Universitas Dalhousiana, Nova Scotia,
Canad, pp. 163- 172.
FNAGY, Ivan (1997), Figement et changement smantiques, La Locution
entre langue et usages, Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 131- 164.
FOUCAULT, Michel (1969), L'archologie du savoir, Coll. Bibliothque des
Sciences Humaines, Paris, Gallimard, 275 p.
FOUCAULT, Michel (1971), L'ordre du discours, Paris, Gallimard, 82 p.
FRADIN, Bernard (1996), L'ldentification des units lexicales, Smiotiques,
n 11, Savoirs lexicaux et savoirs encyclopdiques, t.1 Lgitimer la description
269
lexicale, n ding par david Piotrowski et Peter Stockinger. Paris. Didier
rudition, pp. 55 -93.
FREY, Claude: LATIN, Danile (1997), Le corpus lexicographique. Mthodes
de constitution et de gestion. Actes des troisimes joumes scientifiques du
rseau thmatique de recherche Etude du frangais en francophonie, Actualit
scientifique. Louvain-la-Neuce, Duculot, AUPELF UREF, Recueils, 424 p.
FUCHS, Catherine; DANLOS, Laurence; Lacheret-DUJOUR, Anne et alii.
(1993), Linguistiques et traitements automatiques des langues, Paris, Hachette,
303 p.
FUCHS, Catherine (1996), Les ambiguits du frangais. Paris, Ophrys 184 p.
GALINSKI, Christian (1990), Terminology and Phraseology, in Journal of the
International Institute for Terminology Research- IIITF - Vol. 1, no 1-2, Wien,
Intemational Network for Terminology (TermNet), pp.70-86.
GAUDIN, Frangois (1996), L'ombre du concept, in La Dnomination, Mta,
Numro spcial, vol. 41, n4, Montral, Presses Universitaire de Montral, pp.
604-621.
GLSER, Rosemarie (1994/95), Relations between Phraseology and
Terminology with Special Reference to English, Terminologie et Linguistique
de Spcialit. tude de vocabulaires et textes spcialiss, Halifax, ALFA, pp
41-60.
GOFFIN, Robert (1989), La terminologie des sciences et des techniques
nuclaires. Un cas de diachronie rcente, Terminologie Diachronique, Actes
du Colloque organis Bruxelles les 25 et 26 Mars 1988, Centre de
Terminologie de Bruxelles, Institut Marie Haps, Conseil Intemational de la
Langue Frangaise, pp. 94- 107.
270
GOUADEC, Daniel (1994), Nature ettraitement des entits phrasologiques,
Terminologie et phrasologie. Acteurs et amnageurs, Paris. Maison du
Dictionnaire, pp.167- 193.
GRECIANO, Gertrud (1993), Vers une modlisation phrasologique: Acquis et
projets d'EUROPHRAS. Terminologies Nouvelles, N 10, Bruxelles, RINT, pp.
16 -22.
GRECIANO. Gertrud (1997), La phrasognse du discours, La Locution
entre langue et usages, Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 179 - 200.
GREIMAS. Algirdas Julien (1966), Smantique structurale, Paris, PUF, 216 p.
GREIMAS, Algirdas Julien (1976), Smiotiques et Sciences Sociales, Paris,
ditions du Seuil, 262 p.
GREIMAS. Algirdas Julien; COURTS. Joseph (1979), Smiotique.
Dicitionnaire raisonn de la thorie du langage, Tome 1, Paris, Hachette, 443 p.
GREIMAS, Algirdas Julien; COURTS, Joseph (1979), Smiotique.
Dcitionnaire raisonn de la thorie du langage, Tome 2, Paris, Hachette, 270 p.
GREFENSTETTE, Gregory (1996), Evaluation techniques for Automatic
Semantic Extraction: Comparing Syntactic And Window Based Approches,
Corpus Processing for Lexical Acquisition, ed. by Branimir Boguraev and James
Pustejovsky, Cambridge, Massachusetts, London, England, The MIT Press, pp.
205-216.
GROSS, Gaston; CHARAND, Jacques; VIVS. Robert; MATHIEU-COLAS;
Michel; BILLY, Pierre (1986), Typologie des noms composs, Rapport
technique A.T.P. du C.N.R.S., - Nouvelles Recherches sur le Langage. Paris,
Universit de Paris 13.
271
GROSS, Gaston (1988), Degr de figement des noms composs, Langages,
n 90. Les expressions figes, sous la direction de Laurence Danlos, Paris,
Larousse. pp. 57- 72.
GROSS, Gaston (1988), Strcuture des noms composs, Actes du Colloque
Informatique et Langue Naturelle, Nantes. Universit de Nantes, pp. 357- 381.
GROSS, Gaston (1990), Dfinition des noms composs dans un lexique-
grammaire, Dctionnaires electronique du frangais, Langue Frangaise, n 87,
sous la direction de BlandineCourtois, Max Silberstein. Paris, Larousse, pp. 83-90.
GROSS. Gaston (1991), Des noms composs dans un dictionnaire
lectronique, Les industries de la langue, Perspectives des annes 1990,
Tome II, Montral, Office de la Langue Frangaise, Socit des traducteurs du
Qubec, pp. 681 -702.
GROSS, Gaston (1996), Les expressions figes en frangais. Noms composs
etautres locutions. Coll. L' Essentiel Frangais, Paris, Ophrys, 61 p.
GROSS, Gaston (1997), Du bon usage de la notion de locution, La Locution
entre langue et usages, Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 201 - 223.
GUERRA. Javier Prez (1998), Anlisis computarizado de textos. Una
ntroduccin a TACT, Vigo, Universidade de Vigo, Servicio de Publicacins,
274 p.
HABERT. Benot, JACQUEMIN, Christian (1993), Noms composs, termes,
dnominations complexes: problmatiques linguistiques et traitements
automatiques, Traitement Automatique des langues, 34, 2, Revue de l'ATALA,
Paris, pp. 5 - 42.
272
HABERT. Benot, SALEM, Andr (1995). L'utilisation de catgonsations
multiples pour l'analyse quantitative de donnes textuelles, Traitement
Automatique des Langues. 36, 1 -2, Paris. Revue l'ATALA, pp. 249- 276.
HABERT, Benot; NAZARENKO. Adeline: SALEM. Andr (1997;, Les
linguistqiues de corpus, Paris, Armand Colin, 240 p.
HABERT, Benit; FABRE, Ccile; ISSAC. Fabrice (1998), De l'crit au
numrique, Constituer, normaliser et exploiter ies corpus lectroniques. Paris,
Masson. 320 p.
HALLIDAY. M.A.K.; HASAN. Ruqaiya (1976), Cohesion in English, London and
New York, Longman. 374 p.
HALLIDAY, M.A.K. (1991), Corpus Studies ans probabilistic grammar,
English Corpus Linguistic, Studies in Honour of Jan Svartvik, ed. by Karin
Aijmer & Bengt Altenberg, London and New York, Longman, pp. 30- 43.
HAUSMANN, Franz Josef (1989), Le dictionnaire des collocations,
Wrterbcher, Ein internationales Handbuch fur Lexicographie, Herausgegeben
von Franz Josef Hausmann, Oskar Reichmann, Herbert Ernst Wiegand,
Ladislav Zgusta. Berlin, New York. Walter de Gruyter, pp. 1010 -1019.
HAUSMANN, Franz Josef (1997), Tout est idiomatique dans la langue, La
Locution entre langue et usages, Fontenay Saint-Cbud, ENS ditions, pp.277-290.
HEID, Ulrich (1992), Dcrire les collocations - deux approches
lexicographiques et leur application dans un outil informatis, Actes du
colloque Anniversaire de l'ETI, Genve, Universit de Genve, 24 p.
HEID. Ulnch; FREIBOTT, Gerhard (1991), Collocations dans une base de
donnes terminologique et lexicale, META, Vol. 36, N 1. mars, PUM,pp.77-91.
273
HEID, Ulrich (1992). Notes on the use of lexical functions for the description of
collocations m an NLP lexicon., DRAFT. 12 p.
HEID. Ulrich (2001), Collocations m Sublanguage Texts: Extraction from
Corpora, Handbook of Terminology Management. Application-Oriented
terminology Management. Volume 2, compiled bay Sue Ellen Whright. Gerhard
Budin, John Benjamins publishmg Company. Amesterdam, Philsdelphia, pp.
788 - 808.
HERWIJNEN, Eric van (1994), Practical SGML, Boston / Dordrecht / London,
Kluwer Academic Publishers, 288 p.
HYMES, D. (1980, tradugo). Modles pour l'inteaction du langage et de la vie
sociale, tudes de Linguistique Applique 37, Paris, Didier Erudition, pp. 127-153.
JEANDILLOU, Jean-Frangois (1997). L'Analyse textuelle. Armand Collin, Coll.
Cursus, Paris, 192 p.
JUNG, Ren (1990), Remarques sur la constituion du lexique des noms
composs Dictionnaires electronique du frangais, Langue Frangaise, n 87,
sous la direction de Blandine Courtois, Max Silberstein, Paris, Larousse, pp. 71 -83.
KANDELAKI, T.L. (1981), Les sens des termes et les sytmes de sens en
terminologies scientifiques et techniques, Textes choists de terminologie, I.
Fondements thoriques de ia terminologie, dir. V.l. Siforov, Qubec,
GIRSTERM, pp. 135-184.
KENNEDY, Graeme (1998), An introduction to Corpus Linguistics, Longman,
London and New York, 315 p.
274
KJAER. Anne Lise (1990), Context-Conditioned Word Combinations in Legal
Language, Journal of the International Institute for Terminology Research -
IIITF - Vol. 1, no 1-2, Wien, International Network for Terminology (TermNet),
pp. 21-32.
KJAER. Anne Lise (1990), Phraseology Research - State-Of-The-Art,
Journal of the International Institute for Terminology Research- IIITF - Vol. 1.
no 1-2. Wien, International Network for Terminology (TermNet), pp.3-20.
KLEIBER, Georges (1990), La smantique du Prototype. Catgories et sens
lexical, Paris, PUF, 199 p.
KLEIBER, Georges (1991), Prototype et prototypes: encore une affaire de
famille, Smantique et cognition. Catgories, prototypes, typicalit, sous la
direction de Danile Dubois, Paris, CNRS dition. 130 p.
KOCOUREK, Rostislav (1991), Textes et termes, META, Vol, 36, N 1, mars
1991, PUM, Montral, pp. 71
- 76.
KOCOUREK, Rostislav (1994/95), Les textes spcialiss et la terminologie en
tant qu'objet de l'analyse linguistqiue, Terminologie et Linguistique de
Spcialit. tude de vocabulaires et textes spcialiss. Halifax, ALFA, pp. 9-16.
KOCOUREK, Rostislav; ROUSSEAU, Jean-Louis et collectif (1993),
Terminologie, discours et textes spcialiss, Actes du XV6 Congrs
international des linguistes, Vol. 1, Qubec, Les Presses de l'Universit Laval,
pp. 187-212
KUHN, Thomas S. (1970), La structure des rvolutions scientifiques,
Flammarion. Paris, 284 p.
275
KWON-PAK, Song-Nim (1997), Les Prpositions, rvlateurs de polysmie
nominale, Units lexicales et identit smantique, sous la direction de Pierre
Cadiot, Smiotiques, N 13. Paris. Didier-Erudition, CNRS-INALF, pp. 31 -40.
LAMIZET, Bernard (1992), Les lieux de la communication, Mardaga, Lige, 347 p.
LAPORTE, ric (1988), Reconnaissance des expressions figes lors de
l'analyse automatique, Langages. n 90, Les expressions figes, sous la
direction de Laurence Danlos, Paris, Larousse, pp. 5- 6.
LAPORTE, ric (1997), Les mots. Un demi-sicle de traitements, Traitement
Automatique des Langues, 38, 2, Paris, Revue l'ATALA. pp. 47- 68.
LAPORTE, ric (2001), Resolugo de ambiguidades, Tratamento das
Linguas por Computador Uma introdugo Lingustica Computacional e suas
aplicages, Org. Elisabete Marques Ranchhod, Lisboa, Caminho, pp. 49- 89.
LASZLO, Pierre (1995), A Palavra das Coisas. A Linguagem da Qumica, Coll.
Cincia Aberta, Lisboa, Gradiva, 283.
LE PESANT, Denis (1996), Principes d'organisation des donnes lexicales
dans un dictionnaire lectronique, in Smiotques, n 11, Savoirs lexicaux et
savoirs encyclopdiques, t.1 Lgitimer la description lexicale, n dirig par
David Piotrowski et Peter Stockinger, Paris, Didier rudition, pp. 35- 54
LE PESANT, Denis (1998), lntroduction aux classes dobjets, in Langages, n
131, Les classes d'objets, Paris, Larousse, pp. 6- 33.
LEBART, L; SALEM, A. (1994), Statistique Textuelle. Paris, Dunod. 34 p.
LEACOCK, Claudia: TOWELL, Geoffrey; VOORHEES. Ellen V. (1996),
Towards building Contextual Representations of Word Senses Using
276
Statistical Models, Corpus Processing for Lexical Acquisition, ed. by Branimir
Boguraev and James Pustejovsky. Cambndge, Massachusetts. London,
England, The MIT Press, pp. 97- 112.
LEECH, Geoffrey (1991), The state of the arte, English Corpus Linguistics:
Studies 'm HonourofJan Svartvik, London & New York. Longman, pp. 8 - 29.
LEECH, Geoffrey (1997), lntroducing corpus annaotation, Corpus
Annotation, Linguistics Information from Computer Text Corpora, ed. Roger
Garside. Geoffrey Leech, Tony MacEnery, London&NewYork, Longman,pp.1 -18.
LEECH, Geoffrey (1997), Grammatical tagging, Corpus Annotation,
Linguistics Information from Computer Text Corpora, ed. Roger Garside,
Geoffrey Leech, Tony MacEnery, London & New York, Longman, pp.19- 33.
LEECH, Geoffrey; GARSIDE, R.; BRYANT, M. (1994), CLAWS4: The tagging
of the British National Corpus, Proceedings of the 15th International
Conference on Computational Linguistics (COLING 94). Kyoto, Japan,pp.662-628.
LERAT, Pierre (1983), Smantique descriptive, Paris, Hachette, 126 p.
LERAT, Pierre (1995), Les langues spcialises, Paris, PUF, 201 p.
LERAT, Pierre (1996), La notion de connaissance est-elle un concept
oprationnel en linguistique?, Kleiber, G., Riegel, M. (ds) Les formes du
sens, tudes de linguistique frangaise mdievale et gnrale offertes Robert
Martin l'occasion de ses 60 ans, Louvain-la-Neuve, Edrtions Ducubt pp. 241 -248.
LINO, M. Teresa (1994), Base de donnes textuelles ne terminographiques,
Meta 39 / 4, Montral, PUM, pp. 786- 789
277
LINO, M, Teresa (1994/95). Corpus informatiss et travail en terminographie:
exprience portugasie. Terminoiogie et Linguistique de Spcialit. tude de
vocabuiaires et textes spcialiss, Halifax. ALFA, pp. 421- 425.
LOTTE, D.S. (1981). Prmcipes d'tablissement de la terminologie scientifique
et technique, Textes choisis de terminologie. I. Fondements thoriques de la
terminologie. dir. V.l. Siforov, Qubec, GIRSTERM, pp. 1 - 54.
LYONS, John (1978), Smantique Linguistique, Paris, Larousse, 495 p.
MAINGUENEAU, Dominique (1984), Gense du discours, Mardaga, Coll.
Philosophie et Langage, Lige, 209 p.
MAINGUENEAU, Dominique (1991), L'analyse du discours. Introduction aux
lectures de l'archive, Paris, Hachette, 268 p.
MAINGUENEAU, Dominique (1992), Le 'tour' ethnolinguistique de l'analyse du
discours, Langages 105, Larousse, Paris, pp. 114- 125.
MAINGUENEAU, Dominique (1996), Les termes cls de l'analyse du discours,
Editions su Seuil, Coll. Mmo, Paris, 94 p.
MAINGUENEAU, Dominique (1998), Analyser les textes de communication,
Paris, Dunod, 211 p.
MAINGUENEAU, Dominique, COSSUTTA, Frderic (1995), L'analyse des
discours constituants, Langages n117, Larousse. Paris, pp. 112-125.
MALACA, Jean Malaca (19981), Sintaxe transformacional do adjectivo, Lisboa,
INIC, 561 p.
278
MANUELITO, Helena (1995), A terminologia da franchia. franchise ou
franchising- a problemtica da ambiguidade num vocabulrio no harminizado,
Dissertago de Mestrado, Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, 316 p.
MARQUEZ, Eduardo (1998), Classification des adjectifs: tude exploratoire
sur l'organisation smantique-pragmatique des adjectifs. Langages n 132,
Larousse, Paris, pp. 87-107.
MARTIN, veline (1993), Reconnaissance de contextes thmatiques dans un
corpus textuel. lments de lexico-smantique. Paris, Hachette,283 p.
MARTIN, Robert (1983), Pourune logique du sens, Paris. PUF, 268 p.
MARTIN, Robert (1990), La Dfinition Naturelle, in Actes du Colloque La
Dfinition, Paris, Larousse, pp. 86- 95.
MARTIN, Robert (1997), Sur les facteurs du figement lexical, La Locution
entre langue et usages, Fontenay Saint-Cloud, ENS ditions, pp. 291 - 306.
MARTIN, Willy, HEID, Ulrich (2001), Frame-based definitions and the
selection of multiword term candidates in DOT, Actes des quatrimes
rencontres "Terminologie et Intelligence Adificielle, Nancy, Unit de Recherche
et Innovation. INIST - CNRS, pp. 55- 65.
MATEUS, M. Helena; BRITO, Ana Maria, DUARTE, Ins; FARIA, Isabel Hub
(1989), Gramtica da Lngua Portuguesa, Lisboa, Caminho,417 p.
MATHIEU-COLAS, Michel (1994), Les mots traits d'union. Problmes de
Lexicographie informatique, Paris, Hachette, 351 p.
MATHIEU-COLAS. Michel (1996), Typologie des noms composs frangais,
Cahiers de Lexicologie, 69, 1996-2. Paris, Didier Erudition, pp. 71- 125.
279
McENERY. Tony. WILSON. Andrew (1996). Corpus Linguistics. Ed. Tony
McEnery And Andrew Wilson, Manchester, Edinburgh University Press, 207 p.
McENERY, Tony LANG, Jean-Marc. OAKES. Micheal, VRONIS, Jean
(1997), The exploitation of multilingual annotated corpora for term extraction,
Corpus Annotation, Linguistics Information from Computer Text Corpora, ed.
Roger Garside. Geoffrey Leech. Tony MacEnery, London & New York,
Longman, pp. 220- 230.
MEJRI, Salah (1997), Binarisme, dualit et squences figes, Kleiber. G.,
Riegel, M. (ds) Les formes du sens, tudes de linguistique frangaise
mdievale et gnrale offertes Robert Martin l'occasion de ses 60 ans,
Louvain-la-Neuve, Editions Duculot, pp. 249- 256.
MEJRI, Salah (1998), Le figement et la linarit du signe linguistique,
L'information grammaticale, Numro spcial Tunisie, sous la direction de Taeb
Baccouche et Salah Mejri, Paris, Socit pour rinformation grammaticale, pp. 17-21.
MEJRI, Salah (1998), La conceptualisation dans les squences figes,
L'information grammaticale, Numro spcial Tuntse, sous la direction de Taeb
Baccouche et Salah Mejri, Paris. Scot pour l'information grammaticate, pp.41 -48.
MEL'CUK, Igor A. (1993), Cours de Morphologie Gnrale (Thorique et
Descriptive), Vol.1.: Introdution et Premire partie: Le mot, Montral, PUM,
CNRS ditions, 412 p.
MEL'CUK, Igor A. (1994). Cours de Morphologie Gnrale (Thorique et
Descriptive), Vol.2.: Deuxime partie: Significations morhologiques, Montral,
PUM, CNRS ditions, 456.
280
MEL'CUK, Igor A.: CLAS. Andr: POLGURE, Alain (1995), Introduction la
Lexicologie explicative et combinatoire, Coll. Champs Linguistiques, Manuels,
Louvain-la-Neuve, Duculot, 256.
MEL'CUK, Igor A (1996), Lexical Functions: A Tool for the Description of
Lexical Relations in a Lexicon, Lexical Functions in Lexicography and Natural
Language Processing, Ed. by Leo Wanner, Amsterdam / Philadelphia, John
Benjamins. pp. 37- 102.
MEL'CUK, Igor A (1998), Collocations and Lexical Functions, Phraseology,
Theory, Analysis, and Applications, Ed. A. P. Cowie, Oxford, Oxford Univesity
Press, pp. 23- 54.
MENNDEZ, Fernanda Miranda (1997), A Construgo do Diccurso
Setecentista. Dos Processos Discursivos Histria da Lngua, Dissertago de
Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa, 482 p.
MERIALDO, Bernard (1995), Modles probalilistes et tiquetage
automatique, Traitement Automatique des Langues, 36. 1- 2, Paris, Revue
l'ATALA, pp.7-22.
MIKKELSEN, Hans Kristian (1990), Two New Bibliographies about Special
Language Research, in Journal of the International Institute for Terminology
Research - IIITF - Vol. 1, no 1-2, Wien, International Network for Terminology
(TermNet), pp. 90-93.
MOIRAND. Sophie (1995), L'valuation dans les discours scientifiques et
professionnels)), Les enjeux di discours spcialiss, coordination ditorale,
Jean-Claude Beacco. Sophie Moirand, Paris, Presses de la Sorbonne Nouvelle,
pp. 81- 94.
281
MOLES, Abraham A. (1995), Les sciences de l'imprcis. Pans, ditions du
Seuil, 360 p.
MORTUREUX. Marie-Frangoise (1995), Les vocabulaires scientifiques et
techniques, Les enjeux du discours spcialiss, coordination ditorale, Jean-
Claude Beacco, Sophie Moirand. Paris. Presses de la Sorbonne Nouvelle. pp. 13-26.
MULLER, Charles (1992), Initiation aux Mthodes de la Statistique
Linguistique, Rimpression de Tdition Hachette de 1973, Paris, Honor
Champion, 185 p.
MULLER, Charles (1992), Principes et Mthodes de Statistique Lexicale,
Rimpression de l'dition Hachette de 1977, Paris, Honor Champion, 206 p.
NORME internationale (2000), Travaux terminologiques- Vocabulaire. Pariie 1:
Thorie et application, Numro de rfrence ISO/FDIS 1087 - 1: 2000 (E/F),
Genve, ISO, 30 p.
NORME internationale (2000). Travaux terminologiques- Vocabulaire, Partie 2:
Applications logicielles, Numro de rfrence ISO/FDIS 1087 - 2: 2000 (E/F),
Genve, ISO, 26 p.
NEDOBITY, Wolfgang (1990) , Simple Phrase Structure Grammars and their
application in Terminology, in Journal of the International Institute for
Terminology Research- IIITF - Vol. 1, no 1-2, Wien, International Network for
Terminology (TermNet), pp. 59-63.
NKWENTI-AZEH, Blaise (1994), Positional and combinational characteristics
of terms: consequences for corpus-based terminography, TERMINOLOGY, vol
1 (1), Amsterdam / Philadelphia, John Benjamins Publishing Company, pp. 61- 95.
282
OESER, Erhard; BUDIN, Gerhard (1999). Grundlagen der
Terminologiewissenschaft, in Hoffmann. L.; Kalver-Kmper. H.; Wiegand, H.
E. [eds.]. Fachsprachen. / Languages for Special Purposes. Ein internationales
Handbuch zur Fachsprachenforschung une Terminologiewissenschaft. Berlin /
New York. deGruyter. pp. 2172 -2183.
PEARSON. Jennifer (1998), Terms in Context, Coll. Studies in Corpus
Linguistics, Amsterdam / Philadelphia, John Benjamins Publishing Campany. 242 p.
PRY-WOODLEY. Marie-Paule (1995), Quels corpus pour quels traitements
automatiques, Traitement Automatique des Langues, 36, 1 -2, Paris, Revue
l'ATALA.pp. 213-232
PETITJEAN, Andr (1989), Les typologies textuelles, Pratiques 62. pp. 86 -125.
PHAL, Andr. (1971), Vocabulaire gnral d'orientation scientifique (V.G.O.S.).
Part du lexique commun dans l'expression scientifique, cole normale
Suprieure de Saint-Cloud, Centre de Recherche er d'tude pour la Diffusion
du Frangais, Paris, CRDIF, 90 p.
PICHT, Herbert (1990), A Study of LSP Phraseological Elements in Spanish
Technical Texts, in Joumal of the International Institute for Terminology
Research - IIITF - Vol. 1, no 1-2. Wien, International Network for Terminology
(TermNet), pp.48-58.
PICHT, Herbert (1990), LSP Phraseology from the Terminological Point of
view, in Journal of the International Institute for Terminology Research- IIITF
- Vol. 1, no 1-2. Wien, lnternationalNetwori<forTerminology (TermNet), pp. 32-48.
PIERREL, Jean-Marie; ROMARY Laurent (1996), Lexique, langue et tche
dans le dialogue homme-machine finalis, in Smiotiques, n 1 1 Savoirs
283
lexicaux et savoirs encyclopdiques, t.1 Lgitimer la description lexicale, n
dirig par david Piotrowski et Peter Stockinger, Paris, Diderrudition,pp.95-117.
PLANTE, Pierre, DAVID. Sophie (1991), Le progiciel Termino: de la ncessit
d'une analyse morphosyntaxique pour le dpouillement terminologique des
textes, Les industries de la langue. Perspectives des annes 1990, Office de
la langue frangaise. Socit des traducteurs du Qubec, Montral, 21-24
novembre 1990, tome I, pp 71 - 88.
PLUNGER, Christine (1990), Synoptic Analysis of the Workshop on
Phraseology, LSP and Terminology, November 24 and 25, 1989, Vienna, in
Journal of the International Institute for Terminology Research- IIITF - Vol. 1
,
no 1-2, Wien, International Network for Terminology (TermNet), pp.87-89.
POTTIER, B. (1967), Prsentation de la linguistique. Fondements d'une thorie,
Paris, ditions Klincksieck, 78 p.
POTTIER, B. (1987), Thorie et analyse en linguistique, Coll. Langue
Linguistique Communication, Pahs, Hachette, 224.
POTTIER, Bernard (1992), Smantique Gnrale, Coll. Linguistique Nouvelle,
Paris, PUF, 237.
QUEMADA, Bernard (1992), Avant-propos, Dictionnairique et Lexicographie.
FRANTEXT: Autour d'une base de donnes textuelles. Tmoignages
d'utilisateurs et voies nouvelles. Vol 2, coll. dirige par Bernard Quemada,
Paris, Didier Erudition, pp. 9- 15.
RABATEL, Alain (1991), La construction textuelle du point de vue, Lausanne,
Delachaux et Niestl, 202 p.
284
RANCHOD, Elisabete Marques (2001), 0 uso de dicionrios e de autmatos
finitos na representago lexical das lnguas naturais, Tratamento das Lnguas
por Computador. Uma introdugo Lingustica Computacional e suas
aplicages. Org. Elisabete Marques Ranchhod, Lisboa, Caminho, pp.13- 47.
RASTIER, Frangois (1987), Smantique interprtative. Paris, PUF, 284 p.
RASTIER, Frangois (1989), Sens et textualit, Paris. Hachette, 286 p.
RASTIER, Frangots(1991), Smantique et recherches cognitives, Paris, PUF,262p.
RASTIER, Frangois (1997), Dfigements smantiques en contexte, La
Locution entre langue et usages, Fontenay Saint-Cbud, ENS ditions, pp. 307- 323.
RASTIER, Frangois (1998), Le problme pistmologique du contexte et le
statut de l'mterprtation dans les sciences du langage, Langages 129.
Larousse, pp. 97- 111.
RASTIER, Frangois; CAVAZZA, Marc; ABEILL, Anne (1994), Smantique
pour l'analyse. De la linguistique l'informatique, Paris, Masson, 240 p.
REBOUL, Anna; MOESCHLER, Jacques (1998), Pragmatique du discours. De
l'interprtation de l'nonc l'interprtation du discours, Paris, Armand Col'in, 220 p.
RENOUF, Antoinette; SINCLAIR, John (1991), Collocational frameworks in
English, English Corpus Linguistic, Studies in Honour of Jan Svartvik, ed. by
Karin Aijmer & Bengt Altenberg, LondonandNewYori<,Longman, pp. 128- 143.
REY, Alain (1976), Thories du signe et du sens, Lectures II, ditions
Klincksieck, Pans, 408 p.
REY, Alain (1979), La terminologie: noms et notions, Paris,PUF 127 p.
285
REY, Alain (1997), Phrasologie et pragmatique, La Locution entre langue et
usages. Fontenay Saint-Cloud. ENS ditions, pp. 333 -346.
REY, Alain (1997), Prface, Dictionnaires des Expressionset Locutions, Le
Robert, Coll. "les usuels", Le Robert, Paris, 888 p.
RICOEUR, Paul (1986), Du texte l'action. Essais d'hermneutique, II, Seuil,
Coll. Esprit/Seuil, Paris, 409 p.
RICOEUR. Paul (1990), Soi-mme comme un autre, ditions du Seuil, Coll.
Points, Srie Essais, Paris, 425 p.
RITCHIE, Graeme D.; RUSSELL, Graham, J.; BLACK, Alan W. et al. (1992),
Computational Morphology. Pratical Mechanisms for the English Lexicon,
London, The MIT Press, 291 p.
ROBERTS, Roda P (1993), La phrasologie: tat des recherches,
Terminologies Nouvelles. N 10, Bruxelles, RINT, pp. 36- 42.
ROBERTS, Roda P. (1994/95), ldentifying the Phraseology of Language for
Special Purposes, Terminologie et Linguistique de Spcialit, tudes des
vocabulaires et textes spcialiss, ALFA, volume 7/8, Halifax, pp, 61-74
ROUSSEAU, Louis-Jean (1993), Terminologie et phrasologie, deux
composantes indissociables des langues de spcialits., Terminotogies
Nouvelles, N 10, Bruxelles, RINT, pp. 9- 1 1.
ROUSSEAU, Louis-Jean (1999), De nouvelles avenues pour la terminologie,
N 19, Bruxelles, Revue codit par l'Agence de la Francophonie et
Communaut frangaise de Belgique, pp. 3- 5.
286
SABAH, Grard (1997), Le sens dans le Traitement Automatique des
Langues, Traitement Automatiquedes Langues, 38, 2. Paris. Revue l'ATALA,
pp. 91 -134.
SAGER, Juan (1990), A Pratical Course m Terminology Processing,
Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins Publishing Company, 254 p.
SAGER, Juan (2000), Pour une approche fonctionnellede la terminologie, Le
sens en terminologie, sous la dir. d'Henri Bjoint et Philippe Thoiron, Lyon,
PUL, pp. 40-53.
SANROMN, lvaro Iriarte (2001), A umdade lexicogrfica. Palavras.
Colocages, Frasemas, Pragmatemas, Braga, Centro de Estudos
Humansticos, Colecgo Polierdo 5, Universidade do Minho, 394 p.
SANTOS, Diana (2001), Processamento da linguagem natural: uma
apresentago atravs das aplicages, Tratamento das Linguas por
Computador Uma introdugo Lingustica Computacional e suas aplicages,
Org. Elisabete Marques Ranchhod, Lisboa, Caminho, pp.229 - 260.
SCHAEFFER, Jean-Mane (1986), Du texte au genre, Thorie des genres,
Paris, Seuil, pp. 179-205.
SCHEMANN, Hans (1989), Das phraseologische Wrterbuch Ein
intemationaies Handbuch fur Lexicographie. Herausgegeben von Franz Josef
Hausmann, Oskar Reichmann, Herbert Ernst Wiegand. Ladislav Zgusta, Berlin,
New York, Walter de Gruyter, pp. 1019 -1032.
SCHMITZ, Klaus-Dirk (1999), Computergesttzte Terminographie: Systeme
und Anwendungen. in Hoffmann, L; Kalver-Kmper. H.; Wiegand, H. E. [eds.].
Fachsprachen. / Languages for Special Purposes. Ein intemationales
287
Handbuch zur Fachsprachenforschung une Terminologiewissenschaft. Berlin /
New York, deGruyter, pp. 2164 -2170.
SCHNEFELD, Doris (1999), Corpus Linguistics and Cognitivism,
International Journai of Corpus Linguistics. Vol 4, Amsterdam / Philadelphia,
John Benjamins Publishing, pp. 137- 171.
SEEWALD, Uta (1993), Traitement morphosmantique des noms composs
de structure N - N partir de l'analyse morphosmantique des mots simples,
Traitement Automatique des Langues, 34, 2, Paris, Revue l'ATALA, pp. 75- 88.
SIFOROV, V.l. (1981), Problmes de terminologie scientifique et technique,
Textes choisis de terminologie, I. Fondements thoriques de la terminologie,
dir. V.l. Siforov, Qubec, GIRSTERM, pp. 301- 316.
SILBERSTEIN, Max (1990), Le dictionnaire lectronique des mots
composs, Dictionnaires lectronique du frangais, Langue Frangaise, n 87,
sous la direction de Blandine Courtois, Max Silberstein, Pans, Larousse, pp. 71-83.
SILBERSTEIN, Max (1993), Dictionnaires lectroniques et analyse automatique
des textes.Le systme INTEX, Paris, Masson, 233 p.
SINCLAIR, John (1991), Corpus, concordance, collocation, Oxford University
Press, Oxford, 179 p.
SINCLAIR. John (1996), EAGLES: Preliminary Recommendations on Corpus
Typology (EAG -- TCWG -CTYP/P), Version of May. pp. 25, disponvel em
http://www.ilc.pi.cnr.it.
SINCLAIR, John: BALL, J, (1996), EAGLES: Preliminary Recommendations on
Text Typology (EAG - TCWG - TTYP/P), Version of Jun, pp. 71, disponvel em
http://www.ilc.pi.cnr.it.
288
SOUSA SANTOS, Boaventura de (1987), Um Discurso sobre as Cincias,
Lisboa, Afrontamento, 58 p.
SOUSA SANTOS. Boaventura de (1993), Introdugo a uma Cincia Ps-
Moderna, Lisboa, Afrontamento, 199 p.
SPERBERG, C.M. e BURNARD, Lou (1994), Guidelines for Electromc Text
Encoding and Interchange, TEI P3. Text Encoding Initiative. ACH, ACL, ALLC,
Chicago, Oxord. 1290 p.
STA, Jean-David (1995), Comportement statistiquedes termes et acquisition
terminologique partir de corpus, Traitement Automatiquedes Langues, 36, 1
-2, Paris, Revue l'ATALA, pp. 119-132.
STEIN, Achim, SCHMID, Helmut (1995), tiquetage morphologique de textes
frangais avec un arbre de dcisions, Traitement Automatique des Langues.
36, 1 -2, Paris, Revue l'ATALA, pp. 23- 36.
THOIRON, Philippe, ARNAUD, P., BJOINT,Henri & BOISSON, C.P. (1996),
Notion d' archi-concept et dnomination, La Dnomination, Mta, Numro
spcial, vol. 41. n 4, Montral, PUM, pp. 512-524.
VARELA, Fernando, KUBARTH, Hugo (1994), Diccionario Fraseolgico del
Espahol Moderno, Madrid, Gredos, 296 p.
VRONIS, Jean; KHOURI, Liliane (1995), tiquetage grammatical multilingue:
le projet MULTEXT, Traitement Automatique des Langues, 36, 1 -2, Paris,
Revue l'ATALA, pp. 233-248.
VIVS, Robert (1990), Les composs nominaux par juxtaposition,
Dictionnaires electronique du frangais, Langue Frangaise, n 87, sous la
direction de Blandine Courtois, Max Silberstein, Paris, Larousse, pp. 98- 103..
289
WEHRLI, nc (1997). LAnalyse Syntaxique des Langues Naturelles.
Problmes et Mthodes, Paris, Masson, 249 p.
WSTER, Eugen (1981), L'tude scientifique gnrale de la terminologie,
zone frontalire entre la linguistique, la logique, l'ontologie, l'informatique et les
sciences des choses, Textes choisis de terminologie, I. Fondements
thoriques de la terminologie, dir. V.l. Siforov, Qubec, GIRSTERM, pp. 55- 1 14.
WUSTER, Eugen (1985). Einfuhrung in die allgemeine Terminologielehre und
terminologische Lexicographie, Copenhagen, The Copenhagen School of
Economics, 213 p.
WYNNE, Martin (1994), A Post-Editor's Guide to CLAWS 7 Tagging, disponvel
em http://www.comp.lancs.ac.uk/computing/users/eiamjw/claws7
290
Bibliografia da Detec^o Remota
ATKINSON. Peter M.. TATE, Nicholas J., dir., (1999), Advances in Remote
Senstng and GIS Analysis. Chichester, John Wiley & Sons, 273 p.
BONN, Ferdinand. dir., (1996), Prcis de Tldtection. Applications
Thmatiques, vol.2, Qubec, Presses de l'Universit du Qubec / AUPELF-
UREF,633p.
BONN, Ferdinand, ROCHON, Guy (1992), Prcis de Tldtection. Principeset
Mthodes, vol. 1. Qubec, Pressesclel'UniversitduQubec/ AUPELF-UREF, 485 p.
CAMPBELL, James B. (1996), Introduction to Remote Sensing, 2a ed., London,
Taylor & Francis, 622 p.
CHUVIECO, Emilio (1996), Fundamentos de Teledeteccin Espacial, 3a ed.,
Madrid, RIALP, 568 p.
GIRARD, Michel-Claude, GIRARD, Colette M. (1999), Traitement des Donnes
de Tldtection, Paris, Dunod, 529 p.
DONNAY, Jean-Paul, BARNSLEY, Mike J., LONGLEY, Paul A., dir. (2001),
Remote Sensing and Urban Analysis, London, Taylor & Francis, 268 p.
JHNE, Bernd (1997), Digital Image Processing. Concepts, Algorithms, and
Scientific Applications, 4 ed., Berlin, Springer, 555 p.
JENSEN, J. R. (1996), Introductory Digital Image Processing: A Remote
Sensing Perspective, 2" ed., Englewood Cliffs, Prentice-Hall, 330 p.
LILLESAND, Thomas M., KIEFER, Ralph W. (2000), Remote Sensing and
Image Interpretation. 4a ed., New York, John Wiley & Sons, 724 p.
291
LLIBOUTRY. Louis (1992), Sciences Gomtriques et Tldtection, Paris,
Masson, 289 p.
LUNETTA, Ross S., ELVIDGE, Christopher D., dir., (1999), Remote Sensing
Change Detection. Environmental Monitoring, Methods and Applications,
London, Taylor & Francis, 318 p.
MARION, Andr (1987), Introduction aux Techniques de Traitement dlmages,
Paris, Eyrolles, 278 p.
MATHER, Paul M. (1996), Computer Processing of Remotely-Sensed Images.
An Introduction, Chichester, John Wiley & Sons, 352 p.
PAUL, Serge, DEPECKER, Lo'c, GOILLOT, Charles, LENCO, Michel (1991),
Introduction l'tude de la Tldtection Arospatiale et de son Vocabulaire,
Paris, La Documentation Frangaise, 316 p.
PAUL, S. et al. (1997), Terminologie de Tldtection et Photogrammtrie,
Paris, Conseil International de la Langue Frangaise, 455 p.
PINILLA, Carlos R. (1995), Elementos de Teledeteccin, Madrid, Ra-ma, 313p.
RICHARDS, John A. (1995), Remote Sensing Digital image Analysis. An
Introduction, 2 ed., Berlin, Springer-Verlag, 340 p.
ROBIN, Marc (1995), La Tldtection. Des Satellites aux Systmes
d'lnformation Gographiques, Paris, Natthan, 318 p.
SABINS, Floyd F. (1997), Remote Sensing. Principles and nterpretation, 3a ed.,
New York, W. H. Freeman and Company, 494 p.
292
Corpus
ANDRADE, E. Lmhares de (1992), lnventrio de terreno, contacto com a rea
teste de Benavente (Coruche). Teledetecgo Aplicada s Estatsticas
Agrcolas. Inquritos por reas de Sondagem, Lisboa, Commission of the
European Communities . Joint Research Centre, Ispra-ltaly, 16 p.
BARATA, Teresa (1995), Tratamento Digital de Imagens de Detecgo
Remota in Geostatstica, Detecgo Remota e Sistemas de Informago
Geogrfica Aplicados Gesto do Ambiente e Recursos Naturais, Seminrio
COMMETT, Lisboa, Instituto Superior Tcnico, 27 p.
CAETANO, Mrio, SANTOS, Joo, P. NAVARRO, Ana (1997), Uma
Metodologia Integrada para a Produgo de Cartas de Uso do Solo utilizando
Imagens de Satlite e Informago Geo-Referenciada no Espectral,
Cartografia e Cadastro, Lisboa, Publicago do Instituto Portugus de
Cartografia e Cadastro, pp. 71- 78.
CASACA, Joo (1993), Movimento orbital de satlites artificiais da terra,
Lisboa, LNEC, 21 p.
CASACA, Joo (1994), A observago da terra com imagens numricas
multiespectrais, Ingenium, Revista da Ordem os Engenheiros, Lisboa pp. 13-25.
CATALO, J., REBORDO, J. M. (1989), Utilizago dos modelos digitais do
terreno no contexto das aplicages da detecgo remota, Congresso 89, Pela
Valorizago Profissional do Engenheiro, Cartografa Automtica e Sistemas de
Informago Geogrfica, Coimbra, pp. 1-14.
CORREIA, Maria dos Santos, BESSA, Maria Joo, FERNANDES, Delfim
(s.d.), Contributo da Imagem de Satlite na Cartografia Temtica, CING,
293
Lisboa, Ministno do Planeamento do Territrio, Secretaria de Estado da
Administrago Local e de Ordenamento do Terntrio, 5 p.
DIRECQO de Servigos de Estatsticas Agrcolas (1992), Projecto Piloto
da Teledetecgo s Estatsticas Agrcolas. Inventrios de Terreno. Preparago
do Inventrio de um Segmento, Teledetecgo Aplicada s Estatsticas
Agrcolas. Inquritos por reas de Sondagem, Lisboa, Commission of the
European Communities ,Joint Research Centre, Ispra-ltaly, 20 pp.
DAVEAU. Suzanne (1982), A Utilizago possvel dos registos de satlites em
infravermelho trmico na climatologia regional, // Colquio Ibrico de
Geografia, Lisboa, pp. 253- 263.
FERNANDES, Joo Cordeiro (1994), A Detecgo Remota na avaliago do
uso e ocupago do solo em meio rural, Ingenium, Revista da Ordem os
Engenheiros, Lisboa, pp. 114- 118.
FERNANDES, Joo Manuel Cordeiro (1989), Elaborago duma carta temtica
a partir de imagens de satlite, Congresso 89, Pela Valorizago Profissional
do Engenheiro, Cartografia Automtica e Sistemas de Informago Geogrfica,
Coimbra, 8 p.
FONSECA, Ana Maria (1989), Aquisigo de Informago Geogrfica por
sensores remotos orbitais, seu processamento e expiorago, Trabalho de
sntese apresentado a concurso de acesso categoria de assistente de
investigago do LNEC, Departamento de Barragens, Ncleo de Medidas
Geodsicas, Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Comunicages,
Lisboa, LNEC, 94 p.
FONSECA, Ana Maria (1994), Utilizago de imagens numricas multiespectrais
no controlo da reserva nacional, Lisboa, LNEC, 17 p.
294
FONSECA, Ana Maria (1997), Melhoramento de uma classificago de
ocupago do solo urbano utilizando informago textural, Lisboa, LNEC, 9 p.
FONSECA, Ana Maria (1998), Anlise quantitativa de imagens: utilizago de
imagens numricas multiespectrais no controlo do desenvolvimento urbano,
Lisboa, Lnec, 278 p.
FONESCA, Ana Maria, RIBEIRO, Helena Cnstina, LEAL, Joo (1992),
Contribuigo das imagens orbtidas por sensores remotos orbitais para
actualizago de cartografia escala 1: 50 000, Lisboa, LNEC, 23 p.
HENRIQUES, Rui Gongalves (1982), Tcnicas de Detecgo Remota, Ministrio
da Habitago, Obras Pblicas e Transportes, Lisboa, LNEC, 35 p.
HENRIQUES, Rui Gongalves (1985;.. Aplicago de Tcnicas de Detecgo
Remota a problemas de recursos hdricos, Lisboa, LNEC, 65 p.
HENRIQUES, Rui Gongalves, BESSA. Maria Joo Souto (1992), A
Cartografia Corine Land Cover e o Mtodo de Abordagem da Estratificago e
Amostragem Areolar no mbito dos Inventrios Regionais, Teledetecgo
Aplicada s Estatsticas Agrcolas. Inquritos por reas de Sondagem, Lisboa,
Commission of the European Communities ,Joint Research Centre. Ispra-ltaly, 16 p.
LE GORGEU, J. P. (1992), Sistemas de Observago da Trrea, Satlites
caractersticas das imagens, processos de aquisigo, Teledetecgo Aplicada
s Estatsticas Agricolas. Inquritos por reas de Sondagem, Lisboa,
Commission of tte Euiopean Communities ,Joint Research Centre, Ispra-ltaly, 7 p.
MADUREIRA, Maria Oflia; ALBUQUERQUE, Maira Ragina (1991),
Cartografia biofsica de Portugal com base na interpretago de imagens de
satlite "Landast", Comunicages do Instituto de Investigago Cientfica
295
Tropical. Lisboa. Ministrio do Planemamento e de Administrago do Territno.
Secretaria de Estado da Cincia e Tecnologia. pp. 5-18.
MEYER-ROUX. Jean (1992), lntrodugo geral, Apresentago do Projecto
MARS, Teledeecgo Aplicada s Estatsticas Agricolas. Inquritos por reas
de Sondagem, Lisboa, Commission of the European Communities ,Joint
Research Centre, Ispra-ltaly, 4 p.
MINISTRIO DO EQUIPAMENTO SOCIAL, (1984), Caracertizago
fisiogrfcia, estudo hidrogeolgico das regies do Aientejo e Ordenamento do
Territrio utilizando tcnicas de detecgo remota, Aplicago de Tcnicas de
Detecgo Remota nas regies do Algarve e do Alentejo, Lisboa, LNEC, 23 p.
MOREIRA, M. Eugnia S. A. (1982), Ensaio de Cartografia Automtica da Foz
do Guadiana a partir de registos Landast 1, // Colquio Ibrico de Geografia,
Lisboa, pp. 291- 302.
MOREIRA, M. Eugnia S. A. (1989), Cartografia Temtica do Arrozal nos
cursos inferiores de alguns rios portugueses, Lisboa, LNEC, 43 p.
MOREIRA, M. Eugnia S. A.; COELHO, Valentina: SILVESTRE, Sabino; DIAS,
Cristina; OLIVEIRA Eduardo; GONQALVES, Henriques e alii (1993), Litoral do
Algarve: Interpretago de imagens digitalizadas obtidas por satlites LANDSAT,
Lisboa, LNEC, pp. 53-68.
MOREIRA, M. Eugnia S. A., OLIVEIRA, Eduardo M. (1988), Esturio do
Sado: identificago de unidades fisiogrficas a partir de imagens LANDSAT,
Lisboa. LNEC, 47 p.
MORGADO, Ana Maria (1997), Fotogrametria Digital- Automatizago da
Orientago de Imagens Digitais, Cartografia e Cadastro, Lisboa, Publicago
do Instituto Portugus de Cartografia e Cadastro, pp. 3- 1 1.
296
MUTHMANN. R. (1992), lntegrago da Teledetecgo nos Modelos do
Eurostat, in Teledetecgo Aplicada s Estatstcas Agrcolas. Inquritos por
reas de Sondagem. Lisboa. Commission of the European Communities ,Joint
Research Centre, Ispra-ltaly, 6 p.
NETO, Francelina A. (1997). Projecto de um Sistema Automtico de
Integrago de Imagens e Dados Cartogrficos na Detecgo de Alterages da
Superfcie Terrestre, Cartografia e Cadastro, Lisboa, Publicago do Instituto
Portugus de Cartografia e Cadastro, pp. 63- 70.
OLIVEIRA, Eduardo (s.d.), Tcnicas numricas de processamento de
imagens, Lisboa, LNEC. 17 p.
OLIVEIRA, Tiago, PAL, Jos C, PEREIRA, Jos (1994), Cartografia de
formages arbustivas empregando sistemas de informago geogrfica e detecgo
remota, BIG. Boletim de Informago Geogrfica, Usboa. USIG, pp. 10- 12.
PERDIGO, Antnio (1992), lnventrios de terreno, metodologia, documentos
de terreno, instruges, nomenclatura in Teledetecgo Aplicada s Estatsticas
Agrcolas. inquritos por reas de Sondagem, Lisboa, Commission of the
European Communities ,Joint Research Centre, Ispra-ltaly, 13 p.
PERDIGO. Vanda (1992), Estratificago, Etapa Preparatria da Constituigo
da Amostra, Teledetecgo Aplicada s Estatsticas Agrcolas. Inquritos por
reas de Sondagem, Lisboa, Commission of the European Communities ,Joint
Research Centre, Ispra-ltaly, 8 p.
PINA, Pedro (1995), Contribuigo da Morfologia Matemtica no Tratamento
de Imagens de Detecgo Remota, Geostatstica, Detecgo Remota e
Sistemas de Informago Geogrfica Aplicados Gesto do Ambiente e
Recursos Naturais, Seminrio COMMETT, Lisboa, Instituto Superior Tcnico,
52 p.
297
PORTUGAL. Jorge Marini (1984/1986), Notas para um Curso sobre Cartografia
e Teledetecgo no Ordenamento do Territrio, Lisboa, FCSH / UNL, 82 p.
PORTUGAL Jorge Marini (1992), Introdugo s Tecnologias de levantamento
de Informago Geogrfica Fsica, Lisboa. Edigodo autor,171 p.
RAMALHO. Jos: JAN, Lina; PERDIGO, Maria Vanda; OLIVEIRA, Eduardo;
HENRIQUES, Rui Gongalves (1988), Caracterizago Fisiogrfica da Regio do
Alentejo. Classificago do Uso do Solo na Zona de Estremoz, Borba e Vila
Vigosa, Lisboa, LNEC, 27 p.
RAMALHO, Jos; JAN, Lina; PERDIGO, Maria Vanda; OLIVEIRA, Eduardo;
HENRIQUES, Rui Gongalves (1988), Caracterizago Fisiogrfica da Regio do
Alentejo. Classificago do Uso do Solo na Sub-regio de Mrtola, Lisboa,
LNEC, 13 p.
REBORDO, J.M. (1986), Dificuldades na Interpretago de Dados de
Detecgo Remota em Sistemas de Informago Geogrfica, Simpsio
Ordenamento do Territrio Assistido por Computador, Relatrio Final, Lisboa,
Ministrio do Plano e da Administrago do Territrio, pp. 82- 94.
REBORDO, J.M.(1988), Foto-interpretago assistida por computador de
dados digitalizados: aplicago a contagem de espcies quase-regularmente
distribuda, in Photo-lnterprtation, Paris, ditions Technip, pp. 33- 40.
REBORDO. J.M., HENRIQUES, R. G. (s.d), Recursos Naturais -
Detecgo
Remota, CNIG, Ministrio do Planemamento e de Administrago do Territrio,
Lisboa, Ministrio do Planeamento e da Administrago do Territrio, 15 p.
ROMANA, J.M., REBORDO, J.M., MELO, F. (1989), lmagens SPOT e
ndices temticos aplicados Cartografia da regio do rio Tejo (Portugal),
Photo-lnterprtation, Paris, ditions Technip, pp. 31- 32.
298
ROSA. Manuel (1992), Programa Portugus de Utilizago da Teledetecgo,
Teledetecgo Aplicada s Estatsticas Agricolas. Inquritos por reas de
Sondagem. Commission of the European Communities ,Joint Research
Centre, Ispra-ltaly, 19 p.
SILVA, Erivaldo Antnio de (1997), Extracgo de Feiges Cartogrficas de
Imagens Multiespectrais Fundidas Usando Morfoiogia Matemtica, Cartografia
e Cadastro, Lisboa, Publicago do Instituto Portugus de Cartografia e
Cadastro, pp. 63- 70.
SILVA. Joo Manuel Romana da (1987), lnfluncia da Atmosfera na estrutura
local da imagem satlite. (Calibrago e correcgo atmosfrica de imagens),
Lisboa, Relatrio de Estgio cientfico do curso de Fsica da Faculdade de
Cincias de Lisboa, 132 p.
STAKENBORG, J. (1992), Processamento de Dados para estatsticas
agrcolas, Teledetecgo Aplicada s Estatsticas Agrcolas. Inquritos por
reas de Sondagem. Lisboa, Commission of the European Communities ,Joint
Research Centre, Ispra-ltaly. 6 p.
TENEDRIO, Jos Antnio (1989), Concepgo de uso e de evolugo de uso
do solo por interpretago de fotografia area vertical. Almada: exemplo
metodolgico, Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional,
Lisboa, FCSH/UNL, INIC, 79 p.
TENEDRIO, Jos Antnio (1995), Teledetecgo em Geografia: extracgo
automtica do contornodamanchaconstruda a partir do processamento digital de
imagens SPOT HRV, Actas do II Congresso da Geografia Portuguesa, Vol. I,
Lisboa, APG, pp. 41 -48.
TENEDRIO, Jos Antnio (1995), Introdugo Teledetecgo. Manual terico,
Lisboa, Geoviso / CEFA, 34 p.
299
TENEDRIO, Jos Antnio (1995), Teledetecgo em reas penurbanas:
combinago de ndices temticos para localizar a mudanga de uso do solo com
recurso s imagens digitais, Actas do VI Colquio Ibrico de Geografia, Vol.
III, Porto. Universidade do Porto, pp. 1241- 1249
TENEDRIO. Jos Antnio (1998). Sobre o ensino da Teledetecgo em
Geografia (e Planeamento Regional) Inforgeo, n 12 / 13, Lisboa, Ediges
Colibri, APG, pp. 627-635.
TENEDRIO, Jos Antnio (2000), Tecnologias de Informago Geogrfica e
Identificago de Corredores Verdes, in MACHADO, Reis (coord.), Corredores
Verdes: Contributo para um Ordenamento Sustentvel Regional e Local,
Lisboa, FFCT/UNL, (noprelo).
300
Anexos
Anexo 1 - Dicionno de formas flexionadas
Anexo 2 - Dicionrio de locuges
Anexo 3 - Dicionrio de unidades terminolgicas da detecgo remota
Anexo 4 - Texto etiquetado com o EtiqueLex, sem a aplicago de regras de
desambiguago
Anexo 5 - Sequncias extraidas com ExtracTerm, a partir de texto etiquetado
no desambiguado
Anexo 6 - Texto etiquetado com o EtiqueTerm, com a aplicago de regras de
desambiguago
Anexo 7 - Sequncias extradas com ExtracTerm. a partir de texto etiquetado
desambiguado
Anexo 8 - Texto etiquetado com ExtracTerm, a partir de novo corpus, com
aplicago de regras de desambiguago
Anexo 9 - Sequncias extradas com ExtracTerm, a partir de texto etiquetado
desambiguado
a Art :def : ' : s
a Pron : pess : 3p : : s
a Pron:derr. : 3p : f :s
a Prepl : a
Frep2 : : f : s
abaixo Adv
abandonada Ad j : f : s
abar.donada ?p : f : s
abar.donadas ?p:f:pi
abandcnadas Adj : f :pi
abandcnado Adj:m:s
abandonado Fp : m : s
abandonados Ad^:m:pl
aba.ndor.adcs Pp : m : p ~.
abandonar V : inf
abandono N:m:s
abarca V: cj
abarcando Ger
abarcar V:inf
abas N:f:pi
abastecer V:inf
abastecida ?c : f : s
abastecida Adj : f : s
abastecidas Adj:f:plabastecido Pp:m:s
abastecido Adj:rr. :s
abastecidos ?p:m:pi
abastecidcs Adj:m:pl
abcissas N:f:pl
aberrantes Adj :m: s : f : pl
aberta Ad j : f : s
aberta ?p:f:s
abertas Adj:f:pl
abertas Pp:f:plaberto Adj:m:s
aberto Pp:m:s
abertos Adj :m:pl
aberios Pp:m:pl
abertura N: f : s
aberturas N : f : pl
abcrca V:cj
abordada Ad j : f : s
abordada Pp:f:s
abordadas Adj:f:pl
abordadas Pp:f:pl
abordado Adj:m:p".
abordado Pp:m:s
abordados Ad j : m : pl
abordados Pp:m:pl
abordagem N:f:s
abordagens N:f:pl
abordam V:cj
abordar V:inf
abordaremos V:cj
abrange V:cj
abrangem V:cj
abrangendo Ger
abranger.te Adj:2gen:s
abrangentes Adj:2gen:pl
abrancer V : i n T
abrar.ger\T /- "i
abrangerc V : c i
acrar.gida Adi::s
afcrangida ?p:f :s
abrar.gicas Adj :f :pi
aorangidas pp : f : p .1
acrangidc Adj :_n: s
abrar.gicc ?p : m : S
abrar.gicos Adj :m:pl
abrangidos Fp:rr.:pi
abraso
abrem V:cj
abreviacaner.te
abreviatura N : f : s
abriga v:cj
abrigada Ad j : f : s
abrigada Pp:f :pl
abrigadas Adj :f :pl
abrigadas Pp:f:s
abrigado Adj :m: s
abngadc ?p : m : s
abriqadcs Adj :m:pi
abngadcs Pp:rr.:pl
abrigar V:inf
abrigc K : rr. : s
abriqo V : c j
abrii N:rr.:s
abrir V:inf
abriram V:cj
abrupta Adj:f :s
abrupto Adj : m : s
abruptamente
absolutamenze Adv
absolutas Adj:f :pi
absoluto Adi :m: s
absolutos Adj :rn:pl
absorcc N: f :s
absorcces N: f :pl
absorva V :ci
abscrvam V:c-j
abscrve V:c:
absorverr. V:ci
absorvendo Ger
absorvente Adj :m: s : f
absorventes Adj:m:s:f:pl
absorver V : inf
absorverem V:cj
absorvida Adj:f:pl
absorvida Pp: f : s
absorvidade N:f:s
absorvidas Ad j : f : cl
absorvidas
absorvido
absorvido
abscrvidos
abscrvidos
abstraindo
abur.dncia
?p:f:pi
Adj :m: s
Pp : m : s
Adj :m:s :ps
?p:m: s : os
Ger
N: f :s
304
abundante Ad: : 2gen : s
abondanterr.en te Acv
acuncantes kj :2cen:pl
acabada Ad : : f : s
a cat.cu ?p : f : s
acabacas Aoj:f:pl
acabadas Fp: f :pl
acabado Adj : m : s
acabadc ?p :m: s
acabacos Acj :m:pl
acabadcs Pp:m:pl
acabrr.cs V : c j
acabar 7:ir_f
acabara V : c i
acabaram V : c j
acabcu V:cj
accia N : f : s
acadmica Aci : f : s
acadmicas Adj : f :pl
acadr.ico Adj :m: s
acadmicos Adj :~:pl
acarretar V : i n f
acarretaria V:cj
acarretcu V:cj
acasc Acv
acasc N:m:s
acast ar.hada Adj : f : s
acautelaca Ad" : f :s
acauteiada ?p : f : s
acauteladas Adj : f :pi
acauteladas Fp:f :pl
acautelado Adj : m : s
acauteiado ?p:m: s
acautelados Adj :m:pl
acautelados Fo: m: pl
acauteiando Ger
acco N: f :s
accicna V:cj
accionada Ad j : f : s
accior.eda Fp: f :s
accionadas Ad: :f :pl
accicnadas ?p:f :pl
accicnaco Ad j : m : s
accior.adc Fp : rr. : s
accionadcs Ad: :m:pl
accicnacos ?p:m:pl
accior.ar V:inf
acges N:f :pl
acedendo Ger
aceder V : i n f
acedermcs V : c :
aceita V : c :
aceitacao N : f : s
aceitanco Ger
aceitar V:inf
aceitaria V:ci
aceitveis Adj :2gen:p
aceitvel Adj :2gen:s
aceite Adj :2gen:s
aoeite Pp:2gen:s
a c e 1 1 e s Adj :2gen: pl
aceites ?p : 2cen : pl
aceitcu V : ci
aceleracc N : f : s
acelerada Adj : f :pl
acelerada Fr : f : s
aceleradas Ad] : f :pl
aceleradas Fp:f :pl
aceleradc Adj : ~.: s
aceleradc ?p : m : s
aceieradcs Adj :m:s
acelerados Fp:r. :pl
acelerar v':inf
acentc N : rr. : s
acentuada Adj : f : s
acentuada Pp : f : s
acentuadamente
acentuadas Adi : f :pl
acentuacas Pp:f :pl
acentuado Ad j : m : s
acentuado ?p:m: s
acentuados Adj :m:pl
acentuadcs ?p:m:pi
acentuar V : i n f
aconselnvieis Adj : 2cen :
aconselnV'el Adj :2gen:
acepgces N: f :pl
acertada Ad j : f : s
acertada ?p : f : S
acertadas Ad] : f :pi
acertadas ?p:f :pi
acertadc Adj :m: s
acertado Fp:m: s
acertados Adj :m:p_
acertados ?p:m:pl
acertar V:inf
acessibilidade N:f:pl
acessiveis Adj:2gen:pl
acessivel Adj : 2gen: f : s
acessc N:m:s
acetato N:m:s
achatamento N:m:s
acicentada Ad j : f : s
acidentada Fp:f:s
acidentadas Adj:f:pl
acidentadas ?p:f:pl
acidentado Ad]:m:s
acidentado ?p:m:s
acidentados Adj:m:pl
acidentados ?p:m:pi
acidentais Adj:2ger.:pl
acidental Adj:2gen:s
acidentar V: mf
acidentes N:_r.:pl
acima Adv
acinzentados Adj:m:pl
aclarar V:inf
acompanha V:cj
acorr.panhada Ad j : f : s
a :crr.panhad5 Pp : : : s
a : cmpanh ad a s Ac ] : f : p1
acompanhadas Fp : f : pi
a z omp a nh adc Ad i : m : s
a companhadc ?p : m : s
acompanhados Adj:m:pl
acompanhados Pp:m:pl
a ccmpanh ame n t o N : m : s
a ccmpanh a r V : i r. f
aconselha ''J'-C-Z
aconselhada Adj : f : s
aconselhada Fp:f:s
a cor. s e 1 hada s Ad j : f : p i
aconselhadas Pp:f:pl
aconseihado Adj :m: s
aconseihadc Pp:m:s
aconselhados Acj:f:pl
aconselhados Fp:f:pi
aconselhamos V:cj
aconselhar V:inf
aconselhvel Adj:2gen:s
aconteca V : cj
acontece V:cj
acontecendc Ger
acontecer V:inf
acontecer V:cj
aconteceu V:ir.tra: cj
acontecia V:intra:cj
accntecimentcs N:m:ol
acoplada Ad j : f : s
acoplada Pp:f:s
acoplacas Adj:f:pl
acopladas Pp:f:pl
acopiadc Adj:m:s
acopladc ?p:m:s
acopladcs Adj:m:pl
acopiadcs ?p:m:pl
acoplar V:inf
acordada Adj : f : s
acordada Pp:f:s
acorcadas Adj : f :pi
acordadas Pp:f:pl
acordado Ad j : m : s
acordado Pp:m:s
acordadcs ?p:m:pl
acordados Adj:m:placordar V:ir.f
acordo N:m:s
acordos N:m:pl
agores Np
acostagem N : f : s
acp Sigla
acreditamos V:cj
acrecitar V: ir.f
acredite V:cj
acrescentada Adj : f : s
acrescentaca Pp:f:s
acrescentadas Adj:f:pl
Pp::pj
Ac : : m : s
?p : m :
Adj : m. : pl
Po:m:oi
Ad]:f:s
Fp : f : s
Adj:f :pl
?p:f :plAdj : m : s
Fp:m: s
Adj :m:pl
Fp:m:pl
N : m : o 1
V : 1 n f
N : m : s
N:m:ol
acresoentadas
acrescentado
acrescentado
acrescer.tadcs
acrescentados
ac rescentam V
acrescica
aorescida
acrescidas
acrescidas
acrescido
acrescido
acrescicos
acrescidos
acrscimc
acrscimcs
acrescentar
acrnimc
acrnimos
acta N:f:s
actas N: f :pl
activa V:cj
activa Adj:f:s
activago N:f:s
activamente Adv
activar V:inf
activas Adj:f:pl
actividade N:f:s
actividades N:f:pl
activo V:cj
activo Acj:m:s
activos Adj :m: pl
actc N:m:s
actos N:ir.:pl
actua V:cj
actuaco
acfjages
actuais
actuai
actuaiidade
actualidades
actualizaco
actualizaces
actualizada Adj : f : s
actuaiizada ?p:f: s
actualizadas Adj:f:p:
actualizadas Fp:f:pl
actualizado Adj:ra:s
actualizado Pp:m:s
actualizados
actualizados
actualizar V:inf
actualizarem
r_ctuali.ivcis
actual_2ve .
actualmente Adv
actuam V:c]
actuandc Ger
actuar V:inf
N:f s
N:f pl
Acj 2gen:pl
Adj 2gen : s
N : f s
N : f : p
N : f : s
s N : f : C
-1
Adj :m:pl
Pp:m: pl
Acj : ?gen:pl
Acj : 2gen : s
acautelar V:ir_r
acuidace N : f : s
acumulaco N::s
a cumu 1 a coe s N : f : p 1
acumulada Adi : f : s
acumulada Fp : f : s
a c urr.u 1 ada s Ad j : f : p 1
acumuladas Fp:f:pl
a rurriu! adc Adj :m: s
acumuladc Fo:m:s
acumulados Acj:rr.:pl
acumulados Fp:m:pi
acumulando Ger
acumular V:inf
acusando Ger
adapta V:cj
adaptapo N:f:s
adaptaces N:f:pi
adaptada Adj : f : s
adaptada Pp:f:s
adaptado Ad]:m:s
adaptado Adj:m:s
adaptaco Pp:m:s
aaaptado Pp:m:s
acaptados Adj:m:pl
adaptados Pp:m:pl
adaptar V:inf
adaptou V:ci
adeigagamentc N:::s
ade . gacamer.tcs N : f :pl
adenca N:f:s
adendas N:f:pi
adequa V:cj
adequabilidace N:f:s
adequaco N : f : s
adequada Ad j : f : s
adequada ?p : f : s
adequadamente Adv
adequadas Adj : f :pl
adequadas ?p: f :pl
adequado Ad j : f : s
adequado Pp : f : s
adequados Acj:f:pl
acecuados Fp:f:ol
adequar V:in
adeso N:f: s
adiada Adj : f : s
adiada Pp:f:s
adiadas Adj : f :pl
adiadas Pp:f:pl
adiado Adj :m: s
adiado Pp:m:s
adiados Adj:m:pladiados Pp:m:pl
adiantar V:inf
adiante Adv
adipo N:f:s
adiciona V:ci
adicicnada rtG] : t : s
adicionada ?p : f : s
aoicionadas Ad4:f :pi
acicionadas ?p: :pi
adtcionado Adj :m: s
adicicnado F o : m : s
adicicnados Adj :m:pl
adicior.acos ?p:m:pi
adicior.ais Adj : 2gen:pl
acicior.al Adj : 2gen: s
adictor.am v : c ]
adicior.ar V : i n f
adicoes N:f :pl
adimensiona;ls Acj:2gen:p
adimensiona: Ac-' : 2oen : s
aditivicade N : f : s
acitivo N :m: s
aditivos M:m:pl
adjacente Acj : 2gen: s
adjacentes Adj : 2gen:pl
adjudiccu V: c:
administrac:20 N:f:s
administrativa Ac j : f : s
a dmin i s t r a t i vame r. t e A d v
administrat.ivas Adj : f :pi
admir.istrativos Adj:m:pi
admissiveis Adj:2ger.:pl
admissivei Adi:2gen:s
admite V:cj
admiitico V:cj
admitmdc Ger
aamitir V:ir.f
adopgo N:f:s
adoptada Adj : f : s
adoptada ?p:f:s
adoptadas Adj:f:pl
adoptadas Pp:f:pl
adoptado Adj:m:s
adoptadc Pp:m:s
adoptados Adj:m:pi
adoptados ?p:m:pl
adoptamos V:cj
adcptando Ger
adcptar V:inf
adcptou V:cj
adquire V:cj
adquirem V:cj
adquirida Adj : f : s
adquirida Pp:f:s
adquiridas Ac::f:pl
adquiridas Pp:f:pl
adquiridc Adj:m:s
adquirido ?p:m:s
adquiridos Adj :m:pl
adquiridos ?p:.m:pl
adquirindo Ger
adquirir V: inf
adquiriram V:cj
adquiriu V:cj
aduzimos
acversa
adversas
acverso
adversos
V:ci
Adi :: :s
Adj ::pl
Adi :m: s
Ac : : m : p 1
Ar!- f 1
area Adj : f : s
areas
areo Aci :m: s
areos Adj :m:p~
aerodinmica d;
aerodinmicas Ac;
aerodmr.icc Ac;
aerodir.miccs Ad;
aerdromo N:m. :s
aerdrcmos N:m:pl
f :s
f :pl
rr. : s
m:pl
Adj : 2
Adj : f
Acj : f
Adj :m
Adi :m
. '..
P*
aercespacial
aercfotogrf ica
aerofctogrfcas
aerofctogrf icc
aerofotogrf icos
aeromotor N:m:s
aercmotores N:m:pl
aercnave N: m:s
aercr.ives N:m:pl
aeroplano N:m.:s
aeroplanos N:m:pl
aeroporto N:m:s
aeroportos N:m:pl
aerosois N:m:pl
aeroscis N:n:pl
aerosol N:m:s
aerossis N:m:pl
aerotranspcrtaca Adj:m:s
aerc: ranspcrtaca ?p:f:s
aerotranspcrtadas Adj:f:pl
aerotransportadas Pp:f:pl
aerotransportadc Ac::m:s
aerotransportado ?p:m:s
aerotransportados Adj:m:pl
aerotransportacos ?p:m:pl
aerctranspcrtveis Adj : 2gen:pl
aerotrar.spcrtvel Adj :2gen:s
aerotriangulacc N:f:s
afasta V:cj
afastada Ad j : f : s
Pp: f :s
Adj :f :pl
Pp:f :plAd j : m : s
Pp :m : s
Adj :m:pl
Pp : m : p 1
afastada
afastadas
afastadas
afastado
afastadc
afastadcs
afastadcs
afastamento N:m:s
afastamer.tcs ol
afastar
afecta
afecta
afecta
afectaco
V:inf
Adj : f :s
Pp : f : s
V : c :
N:f :s
311
aiectacces
afectada
a ect ada
afectacas
af ectadas
afectadc
afectado
ectac;
afecta<
N:f :?1
Adj : f : s
Fp:f :s
Adj:f :pi
?p:f:pl
Adj :m: s
Fp:m: s
Acj :m:pl
Fp:m:pl
312
aqum. de@Loc
beiraLoc
beira deLcc
certaSLcc
a custc@Loc
a cespeito de@Lcc
a fim ce@Loc
frente caisLoc
frente dasLoc
frente de@Lcc
frente do@Lcc
frente dosGloc
a jusanteQLocmedica de@Loc
rr.edica queSLcc
a par com.l_.Loc
a par de@Loc
parceLoc
a pcntc deLoc
a principio@Loca propsito@Loca propsito deLoc
a respeito ca@Loc
a respeito das@Lcc
a respeito desLoc
a respeito co@Loc
a respeito dcs@Loc
a rigcr@Locrisca@Lcc
rcda da@Loc
roda dasLoc
rcda de@Loc
rcda do@Loc
rcca dos@Loc
a seguir@Lcc
a seguir a@Loc
a titulo deLoc
vista de@Loc
volta ceSLcc
abaixo da@Loc
abaixo das@Loc
abaixo de@Loc
abaixo do@Loc
abaixo dos@Loc
acerca da@Loc
acerca das@Loc
acerca de@Loc
acerca doLoc
acerca dos@Loc
acima da@Loc
acima das@Loc
acima deLoc
acima dc@Lcc
acima dcs@Loc
adiar.te da@Loc
adiante das@Loc
adiar.te de@Loc
adiante do@Loc
adiante dos@Loc
314
afim de@Loc
ainca agoraLoc
ainca assim@Lcc
amca que@Loc
alm da@Lcc
alm das@Loc
alm de@Loc
alm do@Loc
alm dos@Loc
antes da@Lcc
antes das@Loc
antes de@Lcc
antes do@Loc
antes dos@Loc
antes cue@Loc
ao acasoLoc
ao certo@Loc
ao envs@Loc
ao ir.vs de@Loc
ao iado da@Loc
ao lado das@Lcc
ao lado ce@Loc
ao lado do@Loc
ao lado cos@Loc
ao lcngo ca@Loc
ao lcngo das@Loc
ao lcngo de@Loc
ao lcngo do@Loc
ao longo dos@Loc
ao passo que@Lcc
ao passo que@Loc
ao prmcipio@Loc
ac redor da@Loc
ao redor das@Loc
ao redor de@Loc
ao redor do@Loc
30 redor dos@Loc
30 todo@Loc
apesa;r da@Loc
apesar das@Loc
apess;r de@Loc
apesar do@Loc
apesa;r dos@Loc
aps da@Lcc
aps das@Loc
aps de@Loc
aps do@Loc
apcs dos@Loc
aquando de@Lcc
as avessasLoc
s vezes@Loc
assim como@Loc
assim que@Locat @Loc
at ao@Loc
at aos@Loc
at s@Loc
at que@Loc
atrs da@Loc
avs da@Lcc
atrs das@Lcc
atrs de@Lcc
atrs ac@Lcc
atrs dcsLoc
a*"""
atravs das@Loc
atravs de@Loc
atravs do@Loc
atravs cos@Lcc
bem assim@Loc
oaca vez@Loc
cada vez que@Loc
cerca de@Loc
com certeza@Loc
com efeitc@Lcc
com propsito@Loccom recurso a@Loc
com. referncia a@Lcc
com. respeito a@Lcc
ccm respeito a@Lcc
com respeitc @Loc
com respeitc ao@Loc
com respeitc acs@Loc
com respeito s@Lcc
da mesma forma@Loc
dadc que@Locde acordo@Loc
de acordc com@Loc
de antemo@Loc
de assentc@Lcc
de certezaLoc
de cima da@Loc
de cima das@Loc
de cima de@Loc
de cima do@Loc
de cima dos@Loc
de conformidade com@Loc
de facto@Loc
de feito@Loc
de forma a@Lcc
de forma que@Locde frente@Loc
de graca@Locde modo a@Loc
de modo algum@Loc
de modo que@Locde nenhum modcLoc
de propcsito@Locde que@Loc
de resto@Loc
de rigor@Loc
de seguida@Locde sbito@Loc
de tcdc@Loc
debaixo da@Loc
debaixc das@Loc
debaixc de@Loc
debaixo do@Loc
debaixo dcs@Loc
em lugar ca@Lcc
em luaar das@Loc
em lugar de@Loc
em lugar do@Lco
em iuqar dos@Loc
em prol da@Loc
em proi das@Lcc
em prci de@Loc
em prcl do@Lcc
em prci cosLoc
em. razo daLoc
em. razc das@Loc
em razc de@Lcc
em razc do@Lcc
em razo dos@Loc
em redor da@Loc
em redor das@Loc
em redor de@Loc
em redcr doLoc
em redor dos@Loc
em rigorsLoc
em seguica@Lccem seguica a@Lcc
em termos ce@Loc
em torno da@Loc
em torno das@Lcc
em torno de@Lcc
em torno do@Lcc
em tcrno dos@Loc
em troco daLoc
em trocc das@Loc
em troco de@Loc
em trcco do@Loc
em trcco dos@Lcc
em voLcc
em vez daLoc
em vez das@Loc
em vez de@Loc
em vez do@Loc
em vez dos@Lcc
em virtude de@Lcc
enquanto que@Loc
fora da@Loc
fora das@Loc
fora de@Loc
fora do@Loc
fora dosLcc
grapas a@Loc
grapas @Loc
gracas ac@Loc
gragas aos@Lcc
gragas as@Loc
j acora@Loc
j que@Loc
junto a@Loc
junto @Loc
junto ao@Loc
junto aos@Loc
junto s@Loc
318
jur.tc da@Loc
]untc das@Lo _
]unto de@Loc
: unto do@Lcc
unto dos@Lo c
lcgo que@Lo c
mal queSLc c
mesmc assim@Loc
nao obstan te@Loc
nem q-je@Lc c
no entant o@Loc
no tocant e a@Loc
once cuer queLcc
para alm da@Loc
para alm das@Loc
para 3m ce@Lcc
oara alm do@Loc
03 ra alm dos@Loc
para baixo da@Loc
para baixc das@Lcc
para baixc de@Lc ::
para baixo do@Loc
para baixo dosLcc
para cima da@Loc
para cima das@Loc
pa r a oim.a de@Lcc
o a r a cima co@Loc
para cima dos@Loc
para com@Loc
para diante@Loc
para j@Loc
pela certaLoc
perto da@Loc
pertc das@Loc
pertc te@Loc
pertc do@Loc
pertc dos@Loc
por acaso@Loc
por alto@Loc
por baixo ca@Lcc
por baixo das@Loc
pcr baixo ceLcc
c c r baixo do@Loc
por baixc dos@Loc
por causa da@Loc
por causa das@Loc
por causa de@Loc
por causa do@Loc
por causa dos@Loc
por ci.ma da@Loc
por cima dasLoc
por cima de@Loc
por cima do@Loc
por cima dos@Loc
por conseguinte@Lcc
por consequncia@Loc
pcr defronte da@Lc
por defronte das@l
lw"._.' _ cei ror: te de@Lcc
pcr de! ron te co@Lcc
pcr def ron te acs@Loc
pcr iei t : : do@Loc
pcr der.trc das@Loc
por dent rc i de@Lcc
por cent rc do@Lcc
oor denr.rc COScLOC
oor cietrs ; oa@Loc
C O I detras das@Loc
pcr det rs de@Loc
r ; r detrs dc@Lcc
por decrs dos@Lcc
por diante da@Lcc
por diante das@Lcc
por diante ; de@Lcc
Pu~ *" diante; CO@Lcc
por diante; dos@Loc
por enquarito@Loc
por entretj'Loc
por forma a@Loc
por isso@Loc
por meio da@Lcc
por meio das@Loc
por meio deLoc
por meio do@Loc
por meio dcs@Loc
por oposicc a@Loc
por oposicc @Loc
por oposico ao@Lcc
por oposico aos@Loc
por oposico s@Lc
por cutro ladoSLcc
por parte da@Loc
por parte das@Loc
por parte de@Loc
pcr parte do@Loc
pcr parte dosLoc
pcr seu turnc@Lcc
FC sua vez@Loc
pc r t rs 0a@Lco
pcr t ras das@Loc
por trs de@Lcc
por trs doLoc
por trs dcs@Loc
por lt imo@Loc
por .::'! lado@Lcc
por vezes@Loc
por v_ a de@Loc
posr o que@Loc
primeirc que@Loc
cua ndc de@Loc
quan tc a@Loc
quan to @Loc
quan ; c ao@Lcc
quan aosLoc
quan to s@Loc
quantc mais@Lcc
que nem@Loc
def ronte da@Loc
def rcnte cas@Loc
de f r cnte ce@Loc
cefrcnte do@Loc
cefrcnte dos@Lcc
dent re de&Lcc
cen t rc daC-Loc
dent ro das@Lcc
cenc ro de@Lcc
dent ro dc@Lcc
dent rc dcs@Loc
dent ro em@Loc
depc. ^ da@Lcc
depc is das@Loc
depcis de@Loc
depo is do@Loc
depc is dos@Loc
desde j@Locdesce logo@Lccdesc e que@Locdetrs de@Loc
dian t e da@Lcc
dian*
p das@Loc
dian t e de@Lcc
diante dcLoc
dian te dos@Loc
em baixo da@Lcc
em baixc das@Loc
em baixc de@Lcc
em baixo do@Lcc
err! baixo dos@Loc
em breve@Loc
em cima da@Loc
em cima das@Lcc
em ciir.a de@Loc
em cima do@Loc
em cima dos@Loc
em comumdiLoc
em conformidade com@Loc
em detrimento da@Loc
err detrimentc dasLoc
em detrimento de@Loc
er: detrimento do@Loc
em detrimento dos@Loc
err. favor da@Lcc
em favor dasLoc
err. favcr de@Loc
PTTi favor dc@Lcc
em favor dos@Loc
em frente a@Loc
em frente @Loc
em f rente aoLcc
em f rente : aos@Loc
em frente sLoc
em frente GLcC
em f rente da s@Loc
em f rente de@Loc
em f rente i do@Loc
em frente i dos@Loc
317
se tm. queisLoc
sem derr.oraiLoc
sem dvida@Loc
sem embargc de@Lo;
sern que@Loc
sempre que@Loc
sempre queLoc
s emp r e qu e 5 Loc
suoostc que@Lcc
tal que@Loc
tanr.o mais que@Loc
tani.c que@Lccuma vez que@Loc
visto que@Loc
321
absorco a^mosfr ica@N: i :s
agregaco de objectcsCN: l : s
agreqaco espacial@N: f : s
agua liquida@N : f : s
gua prcf unda@N : f : s
amplitude trmi ca@N: f : s
nculo azimutal@N :m: s
ngulo ce iiuminaco@N:m : s
ngulo de varrimento@N :m: s
ngulo zenital de i luminaco@N: m: s
ngulo zenital@N :m: s
assinatura espect rai @N : f : s
assinaturas espec:rais@N : f : p_
deteccc remota@N:::s
f ilmes ortocron.:iccs@N :m: pi
f ilmes pancromticos@N :m : pl
filtragem de imagens@N :m: s
fiuxc de calor@N:m:s
fctointerpretagc assistida por computador@N: f : s
fcto-interpretaco assistida por computadcr@N : f : s
imagem assitida por computadcr@N: f : s
imager.s assistidas por compitaccr@N : f : pi
imacem de t ;-::' u: =@N : f : s
imagemi de satlite@N: f : s
imagens de satiite@N : f : pl
imagem filme@N:f:s
imagem f iltrada@N: f : s
imagem LANCSAT TM@N : : s
imagem >_SS@N:f:s
imagem multibanda@N: f : s
imagem no ccrrigida@N : f : s
imagem numricc hiperespectral@N : f : s
imagem obliqua@N : f : s
imagem oroital multiespectrai@N : f : s
imagem termal area@N:f:s
imagem termal@N:f:s
imagem textura@N : f : s
imagem-textura@N : f : s
inclinaco orbital@N : f : s
inclinapo solar@N:f:s
indice de ciomassa@N :m: s
indice de brilho@N:m:s
indice de ref racpo@N :m: s
indice de textura@N:m: s
lei de difuso@N: f : s
iei de Kepler@N:f:s
lei de Pianck@N:f:s
iei dos ccrpos negros@N:f:s
lente convergente@N: f : s
ler.te divergente@N: f : s
luminncia hiperf requncia@N: f : s
mtodos de correcco@N : f : s
modeic de ref lectncia@N :m: s
modo imagemN :m : s
or.das electrcmagnticas@N : f :pl
ondas longitudinais@N : f :pi
ondas sonoras@N: f : pl
polarizacao HV@N:f:s
polarizaco vertical@N: f : s
323
pctncia espec: ralgN : : : s
racar altirr.tr: oo@N :m: s
radar iateral@N :m: s
raciacc electrcmaqnt ica@N : f : s
radiacc solar mciderteiN: f : s
ra:c X@N:m:s
ref lectncia aosciuta@N: f : s
reflexo di:usa@N:f:s
reflexo especuiar@N : f : s
resolucc espaciai @N: f : s
resclugc espectral@N: f : s
resolucc transversal@N: f : s
rugcsidace de superf icie@N : f : s
satiite de observacc da terra@N:m:s
satlite de ieledetecco@N :m: s
satlite ceoestacionric@N :m: s
satlite LANDSAT@N:m:s
satiite militar@N:m:s
s a t 1 1 1 e RADARSAT @ N : m : s
satlite SFOT@N:m:s
satlite TIR0S@N:m:s
segmentaco de imagem@N:f:s
segmentaco de imagem@N:f:s
si.nal analgico@N:m:s
sinal digital@N:m: s
sintese de abertura@N: f : s
sistema de Xursell@N :m: s
sistema de varrimento espectrai@N :m: s
sistema de varrimento cpticc@N:m:s
sistema fotogrf ico@N:m: s
S?CT IMAGE@N:f:s
stress vegetal@N :m: s
supcrte fotcgrf ico@N:m: s
taxa de polarizaccC3N: f : s
tcnicas ce com.presso@N : f : s
temperatura de brilho@N : f : s
temperatura radiativa@N : f : s
tratamento de imager.s@N:m: s
variago de radiodifuso@N :m : s
variago de temperatura@N :m: s
variago espectral@N : f : s
variapo temporai@N: f : s
varrimentc espectral@N :m: s
varrimentc multidimensional@N :m: s
va r r i men t c t erripo r a 1 @ N : m : s
viso estereoscpica@N : f : s
zona espectral@N : f : s
zonas espectrais@N : f : pi
324
Teledetecco |M's| em |l'repl:cmi reas |VfiPl| periurbanas|Adj:f:pl| : combinao
J N
"
nl :de ndlees |N:m:pH temticos |Adi:m:pl| para Prcpl :Para| locahzar
v i I \,rdePP 'l ll'ronpes-Mvfs] |Pron:demAp:P_l PrepU] mudanga |Vl.s[de
,, ( Vm' 'lSl do |WU:s, solo ,N:M com UVpVann, -rso
|N:m :s| s |Prep2:a-s:pl| imagens |N:f.Pl| digitais|Adj:2gcn:pl] Spot |S,_ia|
HR\
M l'vrdcfi Ppl| manifestaces [VfipH territoriais |Adj:2gcn:pl] do |Prep2:do;,r,:s[ac c mento |Vn,:s| das |Prep2:das:r:Pl| periferias |Vfipl] urbanas | Au, : :pl | tem
VI sido l'pl abundantemente |Adv| tratadas |Pp<: plj |Adj..:p.|nas
^f^oticas I Adifpll |\:l:pl| econmica | Adj:l:s| e |l onj:e| fmanceira |.\dj Ps|
. social
S e unro poltica [N:f:s] . demogrfica | Ad.i:>:s] e | Conjx hab, acion i
'ucn . fimdi-ia |Adj::s] e |Con,:e| funcional [A<jj2gensj . As |An:<k : t:p J
cn icas |N fpH e |Coni:c| os (Art:def:m:pl| |Pron:poss| [Promdemmetodos Vm.pl |
Ta Prepl :pmal loca.izar'
| V:,nf| ,descrever [V:inf| e [Conj.e] anahsar [V:,nf|
esse
l'ron-dem m:m:s| crescimento [N:m:s] baseiam-se . sobretudo [Adv| na
S estatisnca | Adj:f:s] [N:f:sJ descritiva [Ad.pfis] e [Conj* na [Prep2:na:fisJ
nis'elVf: ] de |Prerl:de| dados |PP:m:pl| |N:nnpl|( anlise \:f:s| ind.v.dual
S"en:sl de |PrePl:de] variveis [Ad.i:2gen:pl[ |\:fpl| ,analise V :s| de
[Prepfide] variveis |Adj:2gen:pl] | Vfipl] duas [Numxard] a [A:dcl:l:sj
Lrpes :3p:f: s| |Pron:dem:3p:f sj [Prepl :a|
duas |M.m:card anal.se VI. | em
Prepl cm| componentes |\:f:pl[ principais |Ad.j:2gen:pl|. anal.se ]VPS] factonal
Ad l.en' | de |Prepl:de| correspondncias |\:f:rl|,class.ficacao |VI:s| ascendente
Adj-emsl hierrquica |Adj:fi s] ,etc . ) . A |An:def fs| [Pron:pcss:,p:.sl
Pronxlcmopd-.IH'repPalinformaolNd-sl V;ciltratada Pp:1:s| Ad.,:l.s|
diacronicamente |Adv| para |P,epl:para]deduz.r [Vmnfl a|Arl^,:
-,
|Pron:pess:3P:f:s[ |Pron:dem:3P:f:s| |Prepl:a| part.r| V:,nt| de l'rep de escalas
Vf-P 1 muito [Ad. | [Pronnndefnnsl variadas |Adj:l:pl] ,as |Art:del:1:pl]
IransfoUJ iNd'pll que [Advj [Promre,] vo [V:e.il ocorrendo I;e,
em [PreplxmJ
unidades |N:1:pl| territoriais |Ad.,:2gen:pl|defimdas |Adj:l:pl| I p.l.pU
administrativamente | Adv] ( freguesia | N:f:s| .eoncelho [N:m:s[ . commune .
dpartement . ln | N : | ,etc ) .
AIAmdeffis] |Pron:Pess:.T:fs) [Pron:dem:3p:l:s][Prep :a| abordagem [V .s)
estatstica I Adj-fisl | Vfis| do |Prep2:do:m:s|fenmeno [N:m:sJ e [V :ej| del.cada
Em [Prepl :em| primeiro |Ad,:,n:s| | Ad . | |Num:ordl lugar |Vm:sl porque
Vfisl da PrepVk,:fis| unidade [N:fis| administrat.va |Adj:l:s)como [Adv [Conjj
unidade |Vfis| mnima |Adj:,:s|de |Prepl de| referencia9o [N:fis| espac.a
I Ad, 2 JmsJ e conde | V:ei| a [ArtdefifisJ |PrompcAp::s [Pron.dem:3p:,.s|
,P, PPa| dilersidade |N:,",| de [Prepl :dc) s,tua9es [ Nl:pl no Prep2:no:m.s ] seu
P onno sqnm:>| interior [Adj:2gen:s, [N:m:s.|. Em [Prepfiemj segundo |.\d |
vIT||Numordl lugar |N:,n:s| . porque | Adv| |Conj| difclmente Adv| se Con,|
Pronpossl obtm |V:ei| um |,\ri:?ief| conjunto |N:m:s| completo | Ad,:m:s| de
Pd]variveis|Ad:2gen:pl]|N:r:pl|(demogrficas[A'
de Prep :de) uso [N:m:s| |V:cj] e [Conj:e| ocupao[VfisJ fis.ca |Adj:l:s [Nd.s do
j lic 2:do:,n:s territno [K:n,:s| ) que )Adv ) [Pron:rcl| responda | :,,] em P r p emj
m dtneo [Adj:,n:s| | Prer2:a:fis) defmico |N:f:s| de [PrepPdej coroas [Nd.pl) ,
^ores \m:, 1| ou [Coni:ou] zonas [N:f:pl] periurbanas [Adj:,:Pl|e |Con,:e) a
326
|Prep2:a:f:s| sua |Pron:poss:3p:f:sj caracterizaco |N:t*:>| detalhada |.\dj:f:s| |Pp:f:.s| .
Os [Ari:dcf:m:pl| | Promposs] [PromdemJ dados [Pp:m:pl] |N:m;pl] . quando [Ad\|
|Conj| existem | V:ci| ,so [\":cjj de [Prepl :dc| difcil | Adj:2gcn:sJ similaridade [N:f:s|
e |(.'onj:c| raramente | Adv) permitem |\":cj| a | \rt:dcl:f:s| |Pron:pess:3p:f:s|
[Pron:dem:3p:f:s| |Prepl:a| detecco [N:f:sJ de |Prepl:deJ descontinuidades 'N:t':plJ e
|Conj:c| de [Prep; :Jc| fronteiras [N:f:pl| de [Prepl:de| forma |N:f:s| sistemtica
|Adj:f:s| . como |Adv| K.'onjj exige [V:ej| a |.\ri:def:f:s| |Pron:pess:3p:f:s|
|Pron:dem:3p:f:s:| |Prepl:a| reflexo |N:f:s| sobre |Prepl :sobrc| o |An:def:s|
[Pron:pcss:3p:s| | Pron:dcm:3p:s] fenmeno |N:m:s| de |Prepl:dc| periurbanizaco
|\:f:s|.A | An:dcf:f:s| |Pron:pcss:3p:f:s| |Pron:dem:3p:l:s| |Prcpl:a| classiticaco |\::s]e
|('onj:e| a | \n:def:f:s| |Pron:pcss:3p:f:s| |Pron:dcm:3p:f:s| |Prcpl:a| representaco
|N:f:s| cartogrfica |Adj:f:s] do |Prcp2:Jo:m:s| uso |N:m:s| |V:cj| do |Prep2:do:m:s|
solo [N:m:s| e |Conj:e| da |Prcp2:cla:f:sj sua [Pron:poss:3p:f:s| evoluco |N:f:sJ
permitem |V:cj| abordar |V:infJ o |Ari:def:s| |Pron:pcss:3p:s| |Pron:dem:3p:sJ
crescimento [\:m:s| urbano |Adj:m:s| segundo | \dv| |\:m:s| |\um:ord] uma
|Art:indcf:f:s| ptiea |.\dj:f:s] |\:f:s| fsico-funcional . 0 |An:def:sJ |Pron:pcss:3p:s|
|Pron:dem:3p:sJ clculo [N:m:s| [\:m:s] . a |Ari:def:f:sJ [Pron:pess:3p:l':s]
[Pron:dcm:3p:f:s| |Prepl :a| partir [V:inf] de [Prepl :dc| cartas |\:f:pl| . das
[Prep2:das:f:pl| muta^es |N:f:plJ de [Prepl :de| uso [N:m:s| |V:cj| e |Conj:eJ da
|Prep2:da:f:s| rea |N:f:s| ocupada [Pp:f:sJ [Adj:l.s] por [Prepl:porJ cada [Pron:indefJ
uso |N:m:s| [V:cj"| . possibilita [V:cjJ a [Art:def:f:sJ [Pron:pess:3p:f:sJ [Pron:dem:3p:f:s|
|Prepl :a| introduco |N:f:s| de [Prepl :de| dados [Pp:m:pl| |\:m:pl| de |Prepl :de|natureza |\:f:s| fsica [Adj:f:s| |\:f:sj na |Prcp2:na:f:s| anlise [\:f:s| quantitativa
|Adj:f:s| do |Prep2:do:m:s] probiema |\:f:s| de |Prcpl:de| crescimento [N:m:s| das
|Prep2:das:f:pl| periferias |\:l':pl| urbanas | \dj:f:pl| .
Partindo |(icr| destas |Prep2:destas:f:pl| duas |\um:card| hipteses |N:f:plJ conclumos
|\':cjJem[Prcpi:cm| 1989 a |Art:def:f:sJ [Pron:pcss:3p:f:s| [Pron:dem:3p:f:sl [Prepl:a]
primeira | Adi:f:s| [AdvJ etapa [\:f:sj de [Prcpl :dej um [Art:indef| trabalho |\:m:s] que
| Ad\ | [PromrclJ teve |V:cj| por [Prepl :por| objectivo [Adj:m:s| a | Arl:def:f:s|
|Pron:pess:3p:f:s| [Pron:dcm:3p:f:s| |Prcpl:a| defini^o |N:f:s| duma |Prep2:duma:f:s|
metodologia |N:f:s| para |Prepl:para| a |An:def:f:s| |Pron:pess:3p:f:s|
|Pron:dem:3p:f:s| [Prcpl :a| realiza^o \S:\:>,\ de [Prcpl :dc] cartas |N:f:pl| de
[Preplxie] uso [N:m:s| [V:cjJ do [Prep2:do:m:s] solo |N:m:sJ e [Conj:eJ de [Prepl :dej
evolu^o [N:f:s| de | Prepl :de| uso |N:m:s| [V:cj| do [Prcp2:do:m:s| solo |N:m:s| . por
|Prepl:por| interpreta^o [N:l':s] estereoscpica |Adj:f:s| de [Prcpl:de] fotografia
|N:f:sJ area [Adj:f:sJ vertical [Adj:2gen:s| . 0 |Art:def:s] [Pron:pess:3p:sJ
|Pron:dem;3p:s| resultado [N:m:sj final |Adj| |V:cj| constitudo |Adj:m:s| [Pp:m:sJ
por |Prcpl :por| duas [Nun?cardJ canas |N:f:pl| temticas |Adj:f:pl| do |Prcp2:do:m:s|
Concelho |N:m:s| de |Prcpl :de| Almada . onde |Ad\ | est | V:cj| representado |Pp:m:s|
[Adj:m:s| o [Ari:def:s| |Prun:pcss:3p:s| |Pron:dem:3p:s| uso |N:m:s| | V'xjJ do
|Prep2:do:m:s| solo |N:m:s| em |Prepl :em| 1986 ( Carta [N:f:s| de |Prepl:deJ Uso
|N:m;s| [ V:cj| do | Prep2:do:m:s| Solo [N:m:s| )e |Conj:e| a | Ari:def:f:sj
[Pron;pess:3p:f:s| [Pron:dem:3p:f:sJ [Prepl:a| sua |Pron:poss:3p:f:sJ evolu^o |N:f:s]
entre [Prepl :cuuc| 1967 e [( onj:e| 1986 ( Carta |N;f:s| de[Prcpl:de| Evoluco |N:f:s]
de [Prcpl :de| Uso |\:m:s| |V:cj] do [Prep2:do:m:sJ Solo [\:m:s| ) . segundo [Advj
|\:m:s| |\um:ord| uma | Art:indef:f:s| legenda |\:f:s| em [Prepl :em| 12 classes
327
[Vf-pl'l . A |Art:def:f:s| |Pron:pess:3p:f:s| ;Pron:dcm:3n:f:s| |PrePl:a] quantificaco
|\-f-s] das |Prep2:das:fpl| cartas [Vfpl! permiliu [V:ci| apurar |\:inlj a [Art:c,e::l:s]
[Pron:pess:3p:f:sj |Pron:dem:3p:f:s| |Prepl:a|rea [N:f:.| ocupada [Pp:f:s| |Adj:t:s| por
|Prcpl:por] cada |Pron:indcf|uso |\:m:s| |V:cj| em |PrcPl:em| 1986 e |( onj:e| a
| Arrdcl'-f-s] |Pron:ncss:3p:f:s| |Pron:dem:3p:fsl [Prepl :a|rea jVfs] das
[PrepVlavfplj zonas [Vfpl| que [Adv| [Pron:rci|sofreram IV:cj) modificaco |N:l:sJ
entre |PrePl:enirc| 1967 e [Conj:eJ 1986 . Postenormente [AdvJ procedeu-se
|Prcp2::f:sl anlise [N:f:s| quantitativa [Adj:f:s| das |Prep2:das:_:pl|transformacoes
(VfplJ ocorridas [Pp:f:pll I Adj:f:pl] em [Prepl :cm] 20 anos [N:m:pl] .
A [Arrdeffs] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:sJ [Prepl:aJmormaco [N:l:sJ obtida
[Pp-fsJ [AdffsJ sobre [Prepl:sobreJo [Art:def:sJ [Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:s|
uso
|N'ms| |V:c)| do |Prcp2:do:m:s|solo |N:m:s| , por [Prepl :por| segmentaeo |N::s| e
|Conj;el interpretaco |N:f:s|de [Prepfde] fotografia |Vfs] area [AdpfsJ , | V.cjJ
extraordinariamente | Adv | precisa [Y:c|J e [Conj:e] exaustiva [Adi:l:s] e [Conj:eJ a
| \irdef:f:s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s| [Prepl:aJunidade |N:l:s] de
[Prepl :dc| anlise [N:f:s| . a | Art:dcf:f:s| |Pron:pess:3p:f:s| [Pron:dem:3p:f:sJ [Prepl :a|
zona |\:f:s| urbana |Adj:f:s| homognea |Adj:f:s]. responde [V:cj] satisfatonamente
[AdvJ [Prep2::f:sJ abordagem [N:f:s] do [Prep2:do:m:sJ crescimento [N:m:sJ urbano
| Adj:m:sJ das |PreP2:Jas:f:pij periferias |\:l:pl| . Contudo [Conj] . a [Art:del:f:s]
[Pron:pess:3p:f:s| |Pron:dcm:3p:f:s| [Prepl:a|fase |\:f:s| de [Prepl:de]
fotointerpreta^o |\:f:s| combinada [Adj:f:s| [Pp:f:s'| ( interpreta^o [N;f:s]
comparativa [Adi:f:s| de [Prepl:deJ fotografia [N:f:sJ area [Adj:f:s| vertical
[Adj:2gen:sJ de [Prepl:deJ datas [N:f:pl]diferentes [Adj:2gen:pl| ) |V:cj| muito [AdvJ
[Pron:indef:m:sJ morosa [Adj:f:s] e |Conj:e]no |Adv| evita |V:cj] a [Art:def.t:s|
[Pronpess:3p:f:s] [Pron:dcm:3p:f:s] [Prepl:a]introduco |N:f:sJ de [PrephdeJ
subjectividade |N:f:sJ na [Prep2:na:f:sJ classifica^o [N:f:sJ das |Prep2:das:f:pl]
muta^es [N:f:pl] de |Prepl:de| uso [N:m:sJ [Vxj] do [Prep2:do:m:sJ solo [N:m:sJ . A
[ArPdeffsJ [Pron:pess:3p:f:sJ [Pron:dem:3p:f:s| [Prepl:a]utilizaco [N:t:s] dos
[PreP2:dos:m:pl] dados [Pp:m:pl] [N:m:pl]de [Prephde] satlite [N:m:s] e [Conj:eJ do
|Prep2:do:m:s] tratamento |N:m:s] numrico [Adjmv.sJ de [Prepl:de| magem [N:l:s|
anula |\':cjl parcialmente [AdvJ os |Art:def:m:pl| |Pron:poss'| [Pron:dem|
inconvenientes | Adi:2uen:pl| enunciados |Adj:m:pl] |Pp:m:pI|e |Conj:e] permite [V:cj]
respeitar [V:infJ a [Airdeffs] |Pron:pess;3p:f:s[ |Pron:dem:3p:fs|[Prepl:a] no^o
|\-f sj de [Prepl :de] anlise [V.f s[ por [Prepl :por|zona [VfsJ .
1 Problema 0 problema [N:f:s| que [AdvJ |Pron:rel| se [ConjJ [Pron:poss| pe |\ :cj]e
| V-cjJ o |Airdefs| |Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:s[da [Prep2:da::s] construco
[N-f:s] de [Prepl :dej um [Art:indetl mtodo [N:m:sJ que [ AdvJ [Proiv.relJ permita
[V:cjJ"
simular [V:inf|"
o | An:def sj [Pron:pess:3p:s] |Pron:dem:3p:sJ processo
|N-ms| |V:cj| de [PrcpfdeJ fotointerpretaco |N:fs| analgica|Adj:f:s] utihzando
|Ger| a | Airdeffs] |Pron:pess:3p:fsJ [Pron:dem:3p:fs] [Prepl:aJ teledetec^o [N:f:sJ
por [PrepfporJ satlite [N:m:sJ . Por [PrepfporJ outro [Pron:dem:m:s] [Proimndefm:sj
lado [N:m:s| , trata-se de [Prepl :de| saber [V:inf| se [ConjJ [Pron:possJos
|Art:defm:pl] [Pron:poss| [PromdemJdados [Ppampl] |N:m:plJ registados |Pp:m:pl|
[Adjnrpll por [Prepl :por] satlite |N:m:s] possibilitam [V:cj] a [Art:def:f:sl
[Pron-pess:3p:fsJ |Pron:dem:3p:fs| [Prepfa] classifica^ao [N:f:s| do [Prep2:do:m:sJ
uso [NmrsJ [V cjj do |Prep2:do:m:s] solo |N:m:s|em |Prepl:em| meio [Adjairs] [AdvJ
densamente [AdvJ edificado | Ad:m:s| [PpairsJ e [Conj:e| o [Art:defs| [Pron:pess:3p:s|
328
|Pron:dcm:3p:s| estudo [N:m:s] diacrnico |Ad,, ;] das [Prc, ::das:f: Pl] modilcaces
| V.fpl] ocorridas !Pp:fpl] [Adj:f:pl].
A l\rl:Jcf:l>l |P:on:pcs Pron:dcm:3p:f:s| |Prepl:a| aplicacol'
0.-...O s;nrpl| mtodos |N:m:pl| de |Prepl:dcj fotointerpretaco|N:l:s ao
Prep^ao nrsl tratamento [N:m:s| dos |Prep2:dos:m:pl| dados |PP:m:pl| |N:m:Pllde
[Prepfdc] satlite |Vnrs', | V:ci| possvel |Ad,:2ccn:s| e |Conj:eJ frequentemente
\dv| eficaz [ \di 2_ci-s] atravs_da |foc|utilizaco |N:f:s| de [PrepfdeJ suporte
Vm-sl |V-ci| em |Prepl:cml papel |\:m:s| . de |Prcpl:de] filme [N:m:s| ou |C onj:ou|
directamente |.\u\ | do [PreP2:do:m:s| monilor |N:m:s| da [PreP2:da:f:s]estacao |\:!:s|
de |Prepl:dc| tratamento |\:m:s]numrico |AJj:m:s| de [PrepfdeJ imagem |N:l:s| .
quer |Vc,| em |Prepl:cmJ modo |N:m:s| pancromtico [Adjmrs] quer |\:ej| em
IPrepl -em| composico |N:fs|colorida |Adj:f s| [Pp:fs| . E importante |Adj:2gen:s|
referir |Vinf| que |AdvJ [PromrelJ a |Art:deff:s| |Pron:Pcss:3p:f sj [Pron:dem:.m:fs|
[Prcpl :a| resoluco |N:f:_] de [Prepl :de] 10 metros [Vnv.pl] das [Prep2:das:fplJ
imagens |Nf pl] SPOT [SielaJ ,em [Prepl :em| modo |Vm:s| pancromtico [Adj:nrs| .
permite |VxjJ obter | V:inf|uma | Airindeff s| imagem |N:fs| prxima [Adj:t:s| duma
|Prep2:duma:f s] fotografia |N:f:s] area [Adj:fs| [Prep2::f s] escala |N:l:s|
aproximada [Pp:f:s| [Pp:f:s] de [Prepl :de|1 : 50 . 000 e [Confe] at [Adv] [Prepl :ate|
de |Prepl-de| 1 : 30 . 000 . A [Art:def\| |Pro.rpess:3p:t:s| |Pron:dem:^p:l:s|
|Prepl-a| fotointerpretaco !N:fs| | V:c|| desdejogo |foc] possvel |Adj:2gen:s| (
segmentaco |N:fs| do |PreP2:do:m:s| territrio [N:m:sJ em [PrePl:em| entidades
[N:fPl| diferentes |Ad|:2gcn:pl]. identificaco |N:f:s| das [Prep2:das:l:pl] grandes
|Adi_cn:pl| unidades |Vi:pl| de |Prcpl:dc| paisagem |N:nrs| . . . . ) mas |Adv|
IConjfa [Arl:def fs| |Pron:Pcss:3P:f:s| [Pron:dem:3P:fs| |Prepi:a| subjectividadeNfs | V:cj ] inevitvel [Adj:2gcn:s] .
O |Airdcf:s| |Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s| que |.\d\] [Promrel]vamos |\ :c,| expor
IV-infJ | V:cj| um [Airindefj procedimento |N:nrsJ . ainda [Advj expenmental
[\dj:2een:sl [ que [Adv] [Promrell permite | V:cj| reconhecer [V:inf| automaticamente
| .\dv] as [Artxleffp!] zonas [N:f:pl] que |Ad\ | |Pron:rel] mudaram [V:cj] de
|Prepl :de| afecta^o |N:fs)utilizando |(ier| a |\rt:def f sj [Pron:pess:3p:t:s]
|Prondem:3p:f:s| |Prepl:a| combina^o |N:f:s| automtica [Adj:f:s] de [PrepfdeJ
ndices |N:m:pIJ temticos [AdjmrplJ calculados |Adj:m:pl] [Ppmrplla |Art:del:t:s]
[Pron:Pess:3p:fsJ |Pron:dem:3p:f sj [Prcpl :a| partir [Y:inf]de [PrepfdeJ dados
|Pp-nrpl| [NmrplJ de |Prepl:dejsatlite |N:m:s| de |Prepl:de] alta |Adj:l:s|
resoluco_espacial |N:f:s| . Consideramos | V :cj| , pois |Adv] [Conj| . a | Art.de! :f:s|
|Proivpesv ,p:fs| |Pron:denr3p:fs| |PrePl :a|combina^o |N:l:s| de [PrePl:dc| indices
[\-nrpll temticos |Adi:m:pl[ como [Adv| |( onj | um | \n:indef| ensaio [N:m:s]
preliminar [ Ad',:2ecn:s| de [Prepl :de|"
simula9o | N:fs)"
do [PreP2:do:m:s| processo
|N-m-s| [V-cJI de [Prepfde] fotointerpretaco [N:fs|. Exclm-se desta |Prcp2:dcsta::s)
fase [N-fsl a |Ari:dcffs| |Pron:pcss:3p:f:s| |Pron:dem:3p:fs] |Prepl:aJdeterminacao
[NfsJ do |Prep2:do:m:sJ sentido [N:m:s| |Pp:m:s| [AdjmrsJ das [Prep2:das:fpl]
modifica^es [Vf:Pl| ( por [Prepl :por| exemplo |N:m:s] : rea |N:f:s| agrcola
|Adi:2ccn:s| C? habita^o |N:f:s| . rea |N:f:s| floresial |Adj2gen:s] uarea |N:l:s|
industrial |Adj:2gcn:s] ,...) ,.
2 Material O trabalho [N:nrs| foi | V:ej ] desenvolvido [Adp.nrsJ [PpmrsJ em
|Prepl-em| esta?es |N:i:pl| de |Prepl:dc|tratamento [NairsJ de [PrepfdeJ imagem
\f s) de |Prepl :de] tipo [N:m:s| SUN ( SUN 3 / 80 , SUN 3 / 1 10 e |Con,:e| SUN
329
SPARC ) em |PrcPl:em] ambiente [Vm:>|UNIX . Para [PrcPl:para| os | Art:det:m:Pl|
| P.oivposs] [Pron:dem| trabalhos [\:m:Pl]de |PrePl :dej tratamento |\:m:s]
numenco
Adj-nvM de IPrepi :de| imagem |N:f <] . de |PrePt:dc| correc9o |N:t:sJ geometnca
| AdVfsl de (Prepl :dc| imagem |N:f:sJ e |Conj:e] de |Prep1:de| gestao [Vfs
tratamento |N:m:s| e |Coni:e| cartografia |N:f:s|dos [PreP2:dos:m:Pl| dados [PP:m:pl|
[Vm:pl] geogrficos [Adj:m:pl]foram [Y:cj] utilizados [Pp:m:pl] [Adjmrpl]
os
| \rrdefmpl] [ProirpossJ [ProirdemJ programas [VnrpljPLANETES . RECAL e
Conrcl SAVANE . respectivamente [Adv] . Estes [Pron:dem:lp:m:pl| programas
[N-m-pll foram 1 V:cil desenvolvidos [Adjmrpl] |PP:m:PP, integralmente |Adv| no
| iWnom:^] Laboratoire d'
Informatique APpliquee ( LIA ) do [Prep2:do:m:s]
Institut Francais de | Prepl :de| Recherche Scientifque pourle Dveloppement en
Coopration- ORSTOM . centro |N:m:s| de [Prepl :de| Bondy
. laboratono |Vm:s|
onde |Adv| realizei |Y:cj] a [A.rdeff s| |Pron:Pess:3p:fs] [Proirdem:3p:fsl[Prepl :a
parte [N:fsJ [V:cj] de [Prepfde] tratamento [N:m:s] numnco |Adj:m:s] de [1 rcpl :dej
imaeem |N:fs| .
,
As I Airdcf f-pl| imagens |N:f:pl|seleccionadas |PP:fpl| | Adj:t:pl| cobrem [\ :ci| uma
[Art:indeff s| rea |N:f:s] de [Prepl :de[ 10 Km |N:m:s| x 10 Km | Vm:s| ,rea [Vt.s]
que [AdvJ [Promrclj se [Conj] [Pron:poss| situa [V:cjJ na [Prep2:na::sJ penfena [N:i:s]
da Prep->:da:f:s] cidade [N:fsJ nova [Adj:f:s|de [Prepf.deJ Marne la Vallee ,
a
| Arrdcf f CJ [Pron:pess:3p:fsj [Pron:dem:3P:fs] [Prepl :a]NE da [Prep2:da:f:s] cidade
[N-fsl de [Prepfdc] Paris . e [Conj:e] apresentam [V:cj] os [Art:defm:plJ [Proirposs]
[Proir.dem] parmetros [N:m:pl] que [AdvJ [Pron:relJ constam [V:cj] no [Prep2:no:m:s]
Quadro [Nm-| 1 . Os [Art:def:m:pl] [Pron:possJ [Proir.dem]dados [Pp:m:plJ [NmrplJ
foram [Y:ci| registados |Pp:m:pl| | Adj:nrpl| com [Prepl:eom| inclinaco |N:i:s| quase
[AdvJ vertical | Adj:2gen;sJ # # # para [Prcpl :para] quaisquer |Pron:indet:pl | dos
|Prep2-dosmrplJ canais |N:m:pl] considerados | Adimrpl] [PpmrplJ .
Para|Prepl:para|alm[Ad\]das|Prcp2:das:fPl|imagens|N:fpl]enunciadas ^
[ Adjfpll [Pp:fpll foi [V:cil utilizada [Pp:f:s] |Adj:fs| a [Airdef fs] [Pron:pess:.>P:fsJ
Pron-denr3p-fs| |PrePl:aJ Carta |N:fs]dos [PreP2:dos:m:PIJ Modos |N:m:pl] de
IPrepl -del Ocupaco |N:fs| do [Prcp2:do:m:s| Solo | Vur.sJ . |Prep2::l:s[ escala
N-fslde|Prepl:del 1 : 25000 .folha |N:f:s| n 18 . de |PrePl :dc| 1982 ,
elaborada
[Adffsl [Pp:f s'| pelo |Prep2:pelo:m:s] lnstitut d'
Amnagement et d'
Urbanisme de
IPrepl de] la Reion Ile-de-France . no [Prep2:no:m:s] mbito |N:m:sJ do
|Prep2domrs] Atlas [N:m:s| de [Prepl :de]1
'
Occupation du Sol |N:m:s] / Modes d
Occupation du Sol [N:m:sJ ( MOS |Sigla| ) da [PreP2:da:f sj regio [N:f:sJ [N:t:s| de
[PrepfdeJ lle-de-France . Esta [Proirdem:lp:f:s] carta |N:t:s] serviu [\:cj]de
| Prepl :de] base [N:f:s] para [Prepl :para] a [Artxleffs] [Pron:pess:3p:t:s]
Prondem 3Pf:s] [Prepl :a| determina9o [N:f s| da [Prep2:da:f sj mudan9a |N:f:sJde
|Prepl -de| afecta9o |N:f:s] das [Prep2:das:fpl| zonas |N:fpl]MOS [SiglaJ . Por
[PrepfporJ zona |N:fs| MOS [Si-la] deve [VxjJ entender-setoda |Adj:fsJ [Adv] a
[Arfdeff s| [Pron:pess:3p:fs| [Pron:dem:3p:fs| [Prepl:a]unidade [N:f:s| minima
| Adifs[ de [PrePl :de| referencia9o |N:f:s| espacial [ Adj:2gen:s| para [Prepl :para[
efeitos |Nmpl| de |Prepl:de| classifica9o |N:f:s| da |Prcp2:da:f: s| ocupa9o |N:l:s|
do |Prep2:do:m:s] solo |N:m:sJ fPreP2::f:s| qual |Pron:rcl| tambm [AdvJ estao
[VxjJ associados [Adjmrpl] [Pp:m:pl]dados [Pp:m:pl] [N:m:plJ de [Prepl
:de natureza
[N-f sj demogrfica [Adi:fsJ e [Conj:e|socio-econmica que [AdvJ [Pron:rel| no
[Prep>ncvm:s| conjunto |N:m:s] . constituem |V:cj| uma |Art:.ndet:l:s| base |N:fs[de
330
Teledetecco |\:f:s|em |Prcpl:em| reas |\:f:P| ;N:f:s Prepfem-
Vfpl
Teledetec9o |Vfs| em [Prepi :cm| reas [N:f:pl| periurbanas | Adj:f:pl| i N:fs +
Prepfem :- N:fpl-
Adi:f:pl}
reas |N:f:pl] periurbanas | -\dj:f:pl] [N:fpl-
Ad?fpl;
combina9o [Vfs| de [Prepfde] ndices |\:m:pl] !N:fs+ Prepl:de- Nairpi;
combinaco [N:f:s] de [Prepl.dej ndices [N:m:nl| temticos |Adj:m:pl| {Vfs-
Prepfde Vnr.pl Adjmrpl!
ndices |N:m:pl| temticos |Adj:m:piJ {N:m:pl-
Adjmrplj
mudan9a |N:f: s| de [Prepl :de| uso |N:m:s| [V:cj| {N:f:s+ Prepl :de + N.m.sJ
uso |N:nrs] [V:cj| do |Prep2:do:nrs] solo [N:m:s] {Nmrs-
Prep2:do:m:s + Nmrsj
imaeens [N:f:pl] digitais [Adj:2gen:plJ {Vfpl+ Adj:2gen:pl)
imagens [VfplJ digitais |Adj:2geirplJ Spot [SiglaJ {N:f:pl-
Adj:2gen:pl-
Sigla}
imagens [N:f:pl] digitais | Adj:2gen:pl| Spot [SiglaJ HRV [Sigla| |N:f:pl-
Adj:2gen:pl
Sigla Sigla}
Spot [SigiaJ HRV |Sicla| I Siela-
Siglaj
em reas periurbanas : combinaco de ndices temticos para localizar a
mudan9a de uso do solo com recurso s imagens digitais Spot HRY .
manifestaces |N:f:pl| territoriais |Adj:2gen:pl| [N:f:pl+ Adj:2gen:plj
crescimento [N:m:s] das [Prcp2:das:f plj periferias |N:fplj {N:m:s-
Prep2:das:fpl-
N:fpl)
periferias [VfplJ urbanas |Adj:fplJ {N:f:pl-
Adffplj
estatstica [Adj:fs] [N:f:s] descritiva [Adj:f sj {N:f s+ Adj:fsJ
anlise [N:f sj de |Prepl :dc] dados [Pp:nrplJ |N:nrplJ ;N:fs-i Prepl :de
-
N:m:pl)
anlise [N:fsJ individual [Adj:2gen:sJ {N:f s-r Adj:2gen:s!
anlise |N:fs| individual [Adj:2gen:sJ de [Prepl:de| variveis [Adj:2gen:plJ |N:f: plj
|N:f:s + Adj:2gen:s-
Prepfde-
N:fpl)
anlise|N:f:s]de|Prepl:deJvariveis[Adj:2gen:plJ |N:fpl| N:f:s Prepfdc
N:f:pl}anlise j VfsJ em [PrcnfemJ componentes |N:fpl| {Vf:s- Prepfem
+ N:t:pl|
anlise |N:f:sJ em [Prepfem] componentes |N:f:pl] principais |Adj:2gen:pl| ;N:fs-
Prepfem + Vfpl + Adj:2gen:pl]
componentes[\:f:pl]principais[Adj:2gen:pl| !\:f:pl Adj:2gen:plj
anlise [\:f:s| factorial [Adj:2gen:sJ {N:f:s-
Adj:2gen:s}
anlise [N:f:s| factorial |Adj:2gen:sJ de [Prepl :dej correspondncias |N:f:plj (N:f:s +
Adj:2gen:s-
Prepl :de-
N:f:pl !
classifica9o [N:fs'| ascendente |Adj:2geirsJ (N:f:s + Adj:2gen:s)
unidades[N:fpl|territoriais[Adj:2geirpl] (N:f:pl - Adj:2gen:pl]
As manifestaces territoriais do crescimento das periferias urbanas tm sido
abundantemente tratadas nas pticas econmica e financeira . social e poltica .
demogrfica e habitacional . fundiria e funcional . As tcnicas e os mtodos
para localizar . descrever e analisar esse crescimento baseiam-se . sobretudo , na
estatstica descritiva e na anlise de dados ( anlise individual de variveis .
332
anlise de variveis duas a duas ,anlise em componentes principais . anlise
factorial de correspondncias . classifica9o ascendente hierrquica . etc . ) . A
informaco tratada diacronicamente para deduzir ,a partir de escalas muito
variadas . as transformaces que vo ocorrendo em unidades territoriais
definidas administrativamente ( freguesia . concelho . commune . dpartement .
ln . etc ) .
abordagem [Vfsj estatstica [Adj:f:s] |N:fs] !\:f:s + Adffs}
abordagem [N:fs| estatistica |Adj:f sj |N:f: sj ;Vfs-
N:f:sj
estatistica |Adj:fs| |N:fs| do |Prep2:do:m:sJ fenmeno |N:m:s| ! Vfs~ Prep2:do:nrs
N:m:s|
considera9o |N:f:sJ da [Prep2:da:fs| unidade [ Vfs| |N:f:s t Prep2:da:fs + N:f:sj
unidade [N:i:s] administrativa |Adj:f:sJ ;N:fs + Adf.fs}unidade [N:f:sJ mnima |Adj:f:s] JN:f s -r Adj:f:s)unidade [N:fs] mnima [Adj:f:s] de [Prepl :de] referencia9o [N:f:s] |N:f:s + Adj:fs +
Prepl:de-N:f:s!
referencia9o [N:fs| espacial |.\dj:2gen:s| [N:f:s-
Adj:2gen:sJdiversidade [ Vf s| de | Prepl :de| situa9es |Vfpl | |N:f:s
-
Prepl :de + N:fpl}
conjunto |N:nrs| completo |Adj:m:s] (N:nrs+ Adj:m:sj
conjunto [N:m:s| completo [Adj:m:s| de [Prepl :de] variveis |Adj:2gen:pl] [Vfpl]
!N:m:s-
Adj:nrs-
Prepl :de + Vfpi]
ocupa9o | N : f: s] fsica | Adj : f:s] | N : f: s ] [ N : f : s -
Adj : f: s J
ocupaco | Vf s] fsica [Adj:fsJ [N:fs| {Vfs N:fs}
fisica [Adj:f:s] [VfsJ do [Prep2:do:m:sJ territrio [N:nrsJ (N:fs + Prep2:do:m:s-
N:nrs}
definico |N:fsj de [PrepfdeJ coroas [N:f:pl| |N:f:s ' Prepfde + N:i':p}
zonas [N:f:pl] periurbanas [Adj:f:pl] {N:f:pl + Adj:f:pl)
caracteriza9o [N:f:s] detalhada [Adj:f sj [Pp:f:s] {N:f:s + Adj:fs]
detec9o |N:f s] de [Prepl :dej descontinuidades [N':f pl] {N:f:s-
Prepl :de- N:f:pl j
fronteiras [N:f pl) de [Prcpl :de] forma [N:fs| {N:fpl + Prepl :de+ N:fs]
fronteiras [N:f:pl] de [Prepl :dej forma [N:f:s] sistemtica [Adj:f s] [N:f:pl + Prepl :de +
N:fs-r Adj:fsjforma [N:f:sJ sistemtica [Adj:fsJ |N:f:s
-
Adj:fsjfenmeno [N:m:s| de [Prepl :dej periurbaniza9o |N:f s| [N:nrs
-
Prepl :de"
N:f:s|
A abordagem estatstica do fenmeno delicada . Em primeiro lugar porque a
considera9o da unidade administrativa como unidade mnima de referencia9o
espacial esconde a diversidade de situa9es no seu interior . Em segundo lugar .
porque difcilmente se obtm um conjunto completo de variveis ( demogrficas
. socio-econmicas . de uso e ocupaco fsica do territrio ) que responda em
simultneo a defmico de coroas . sectores ou zonas periurbanas e sua
caracteriza9o detalhada . Os dados . quando existem ,so de difcil similaridade
e raramente permitem a detecco de descontinuidades e de fronteiras de forma
sistemtica . como exige a reflexo sobre o fenmeno de periurbaniza9o .
333
representaco |Vf:s| cartogrtlca |Adj:fs| ;\:f:s! Adj:l:s;
uso |\:m:s| |V:ci| do |Prep2:do:nrsJ solo [\:nrs] !\:m:s- Prep2:do:nrs-
N:m:s!
crescimento |N:nrs| urbano [AdjmrsJ |N:m:s-
Adj:m:s]
muta9es|N:fpl|de|Prepl:deluso[N:nrs| |V:cj| |N:f:pl+ Prepl:dc+ \:m:s|
rea |N:fs| ocupada |Pp:f:s| |Adj:fs] iVfs Adj:f:sj
introduco |N:(:s| de [Prepl.de] dados |Pp:m:pl| |N:m:pl] jN:f:s t Prepfde-
N:m:pl}
dados |Pp:m:pl| |N:m:p] de [Prepl :de| natureza |N:f:s| ! Vnrpl + Prcpl :de-
Vfs}
dados |Pp:nrpl| |\:m:plj de [Prepl:de| natureza |\:f:s| fsica |Adj:f:s| |\:f:s| }N:m:pl
Prepfde- Vfs Adj:f:}
natureza | VfsJ fsica [AdffsJ [\:f:s| ;\:fs-
Ad'pfs!
natureza |\:l':s| fsica ;Adj:fs| |\:i':s| [N:f:s-
N:f:sj
anlise [N:f:sj quanlitativa |Adj:f:s| ;N:fs AdjTV
problema |N:f:s| de | Prepl.de] crescimento |N:nrs| Vfs Prcpfde N:m:s|
crescimento |N:nrs| das [Prep2:das:t':PiJ periferias |N:f:pl] ! N:nrs + Prep2:das:fpl-
Vfpl!
periferias |N:fpl| urbanas |Adj:fpl] {Vfpl+ Adj:f:pl|
A classifica9o e a representa9o cartogrfica do uso do solo e da sua evolu9o
permitem abordar o crescimento urbano segundo uma ptica fsico-funcional . 0
clculo,a partir de cartas . das muta9es de uso e da rea ocupada por cada uso ,
possibilita a introduco de dados de natureza fsica na anlise quantitativa do
problema de crescimento das periferias urbanas .
realiza9o|N:fs]de[Prepl:de]cartas|N:f:pi| jN:f:s~
Prepl :de N:f:pl|
cartas|N:f:pl|de |Prcp]:de| uso |N:m:s| |V:cj| jVfpl Prepl :de + N:m:s}
uso |N:m:s| |\':cj| do |Prcp2:do:nrs| solo |N:m;s| {N:m:s-t Prep2:do:m:s-
N:m:s|
evolu9o |N:fs| de [Prepxle] uso [N:nrs] [V:ej] {N:fs+ Prepfde
-
N:nrs}
uso |N:m:s[ |V:cj| do |Prep2:do:nrs] solo |N:m:s| {Nmrs+ Prep2:do:nrs + N:m:s!
interpreta9o |\:f:s| estereoscpica [Adj:f:s| |N:f:s Adj:f:sj
interpreta9o |N:f:s| estereoscpica |Adj:i:s| de [PrepfdeJ fotografia |N:f s| (N:f:s+
Adj:fs+ Prepfde N:f:sJ
fotografia |N:fs| area |Adj:fs| !N:f s + Adj:f:s)
fotografia |N:fs| area |Adj:f:s] vertical |Adj:2gen:s| [N:fs+ Adj:f:s
-
Adj:2gen:s}
cartas [N:f:pl] temticas [Adj:fpl] {N:fpl-
Adffpl!
uso |Ni:m:s] |V:cj| do |Prep2:do:m:s] solo |N:m:s] [N:m:s + Prep2:do:m:s + Nrnrs}
Carta |N:f:s| de |Prcpl:dc| Uso |N:m:s| |V:cj| !N:f:s+ Prepl :dc
-
N:m:sj
Uso | Vm:s| |V:ej| do |Prep2:do:nrs] Solo | Vm:s| }N:nrs-
Prep2:do:m:s + Nmrsj
Carta | N:f:s'| de [Prepl :de] Evolu9o [N:f:s| :N:fs + Prepl :de + N:f:sj
Evolu9o |N:fs| de | Prepl.de] Uso [N:nrs| |V:cj| !N:l':s + Prepf.de + N:m:s|
Uso |N:m:s| |V:cj| do [Prep2:do:m:s| Solo |N:nrs| [N:m:s + Prep2:do:nrs-
Nmrs}
quantifica9o | N : V | das |Prep2:das:f:pl| cartas |N:f:pl| |N:t:s*
Prep2:das:fpl +
N:fpl;
rea |\.l':s| ocupad |f'p:f:s] [Adj:f:si {N:fi; < \dj.f.s|
rea |N:f:s] das | Prep2:das:f:pl] zonas [N:f:pl | \ N:f:s-
Prep2:das:fpl + N:fpl j
anlise |N:fsj quantitativa |Adj:f: s| {N:fs f Adj:fsJ
334
transformaces | Vfpl] ocorridas |Pp:f:plJ |.\dj:f:pl] {Vf.pl Adi:fPl]
Partindo destas duas hiPteses conclumos em 1989 a primeira etapa de um
trabalho que teve por objectivo a defini9o duma metodologia para a realizaco
de cartas de uso do solo e de evoluco de uso do solo . por interpreta9o
estereoscpica de fotografia area vertical . 0 resultado final constitudo por
duas cartas temticas do Concelho de Almada . onde est representado o uso do
solo em 1 986 ( Carta de Uso do Solo ) e a sua evolu9o entre 1 967 e 1 986 (
Carta de Evolu9o de Uso do Solo ) . segundo uma legenda em 12 classes . A
quantificaco das cartas permitiu apurar a rea ocupada por cada uso em 1 986 e
a rea das zonas que sofreram modifica9o entre 1967 e 1986 . Posteriormente
procedeu-se anlise quantitativa das transforma9es ocorridas em 20 anos .
informaco |Vi:s| obtida |Pp:f:s| |Adj:fs| [Vfs Adj:fs]
uso |N:m:s| [V:cj| do |Prep2:do:nrs| solo [N:nrs| |N:m:s + PreP2:do:m:s + Nrnrs;
interpretaco |N:f:s| de [PrepfdeJ fotografia |N:f:s| !\:l':s Prepfde + N:fs)
interpreta9o |N:l':s| de |Prepl:deJ fotografia |N:f s| area |Adj:f:s| [N:f:s + Prepl :de-
N:f:s- Adj:fsJ
fotografia |N:fs| area [Adj:fsJ [N:f:s + Adffsj
unidade [N:fsJ de [PrepfdeJ anlise [N:f:s] {N:f:s + Prepl.de-
N:fs}zona | VfsJ urbana |Adj:f:s'| |N:f:s + Adffs]
zona |N:f:s| urbana |Adj:f:s| homognea |Adj:fs| jVfs-
Adffs + Adj:f:sJ
abordagem [ Vfs) do [Prep2:do:nrsJ crescimento [N:m:s| [Vfs Prep2:do:m:s4-
N:m:s}
crescimento |N:nrs| urbano [AdjairsJ [N:m:s-
Adjairsjfase Vfs| de |Prepl :dc| fotointerpretaco |N:f:s| {N:f:s -t Prcpl :de
-; N:f:s)
fase [N:f:s| de |Prepl:de| fotointerpreta9o [N:f:s| combinada |Adj:f:s| [Pp:fsJ ;N:l':s -
Prepl.de tVI.s Adj:fs!
fotointerpreta9o |\:fs| combinada |Adj:fs| |Pp:f:s| [N:f:s Adi:f:sj
interpreta9o [Vfsj comparativa [Adj:f:s] {N;f:s * Adj:f:s]
interpreta9o [N:i':s| comparativa [Adj:fsJ de |Prepl:de| fotografia |N:fs] {N:fs-u
Adj:fs+ PrepfdeT N:fs}
fotografia [N':fs| area [Adj:f:s] [N:f:s Adj:f sj
fotografia | Vf:s| area |Adj:f s| vertical |.\dj:2ccn:s) j\':f:s i Adj:fs Adj:2gen:s!
datas [\':f:plj diferentes [Adj:2gen:plJ |N:f:pl Adj:2gen:plj
introdu9o |N:fsJ de [Prepl :dej subjectividade [N:fs| {N:f s-
Prepl :de-
N:f:sj
classifica9o |N:f:s| das |Prep2:das:fplJ muta9es [N:f:pl| |N:f:s + Prep2:das:f:pl +
N:f:pl)
muta9es | Vfpl] de [Prepl :dej uso [NmrsJ [Vxj] |N:f:pl + Prepl :de+ N:m:s}
uso |N:m:s| | V:cj| do [Prep2:do:m:s| solo [N:m:s| jN:m:s*
Prep2:do:m:s + N:m:s)
utiliza9o |N:f:sj dos |Prcp2:dos:m:pl] dados |Pp:m:pl| |\:m:pl| |N:f:s +
Prep2:dos:nrpl r N:m:pl}dados |Pp.!n.|)l| |\:in.pll de [Prepfdc] satlitc |N:m:s| {\:m:Pl PrcPl:dc \:m:sj
tratamento [\':m:s| numrico [Adj:m:sJ i Vm:s-
Adjmrsjtratamento |N:m:s| numrico [Adj:m:s| de |PrcPl:dc| imagem | Vfs| {N:m:s
-
Adjmrs
335
Prepl:de + Vfs
no9o [N:f:sJ de [Prepl :de] anlise |N:f:s|! Vt:s
-
Prepl :dc-
N:t:s!
A informa9o obtida sobre o uso do solo , por segmentaco e interpreta9o de
fotosrafia area . extraordinariamente precisa e exaustiva e a umdade de
anlise . a zona urbana homognea . responde satisfatoriamente abordagem do
crescimento urbano das periferias . Contudo . a fase de fotointerpretaco
combinada ( interpreta9o comparativa de fotografiaarea vertical de datas
diferentes ) muito morosa e no evita a introdu9o de subjectividade na
classifica9o das muta9es de uso do solo . A utiliza9o dos dados de satlite e
do tratamento numrico de imagem anula parcialmente os inconvenientes
enunciados e permite respeitar a no9o de anlise por zona .
processo |N:m:s| |\':cj| de (Prenf.dc] fotointerpreta9o |N:fs| JN:m:s-
Prepl :de-
N:f:sj .. ..
processo [N:nrs| [YxjJ de [PrepfdeJ fotointerpreta9o [N:t:sJ analgica [Adj:l:s]
jN:m:s + Prepl :de- N:f:s
-
Adj:f:sj
fotointerpreta9o [VfsJ analgica [Adj:f:s] J\:f:s + Adj:t:s!
dados |Ppmrpl| [N:m:pl| registados [Pp:m:pl| |Adj:m:pl| [Nmrpl-
Adjampl}
classifica9o [N:f:s] do [Prep2:do:m:s] uso [NmrsJ [V:cj] {N:f:s-
Prep2:do:m:s-
Nrnrsjuso [Vm:s| [V:cj| do [Prcp2:do:m:sJ solo |N:m:s] ;N:m:s
-
Prcp2:do:m:s + N:m:s!
estudo | Vm:s| diacrnico |Adj:m:s| {N:m:s + Adj:m:s{
modifica9es [Vfpl] ocorridas |Pp:f:pl] [Adj:f:pl] !N:f:pl-
Adj:f:plj
1 . Problema 0 problema que se pe o da construco de um mtodo que
permita"
simular"
o processo de fotointerpreta9o analgica utilizando a
teledetec9o por satlite . Por outro lado . trata-se de saber se os dados registados
por satlite possibilitam a classifica9o do uso do solo em meio densamente
edificado e o estudo diacrnico das modi1ca9es ocorridas .
aPlica9o | VfsJ dos |Prep2:dos:m:pl] mtodos [NairpiJ (N:f:s-
Prep2:dos:nrpl t
N:m:pl| .
mtodos [NmrplJ de [Prepl :dej fotointerpreta9o |N:f:sJ {N:m:pl - Prepl :de-
V:s,
tratamento [N:m:s| dos [Prep2:dos:m:pl| dados [PpmrplJ |\:nrpl| {\:nrs+
Prep2:dos:nrpl-
\:m:pl}
dados [Ppmrpl] |\:m:plj de [PrepfdeJ satlite [\:m:s] [Nmrpl + Prepfde- N:m:s,
utiliza9o [N:fsJ de |PrePl:deJ suporte [NmrsJ [VxjJ:N:fs + Prepf.de + N:m:sj
suporte | Vm:s| [Vxj] em [PrepfemJ papel jN:m:s| [N:m:s+ Preplxm -Nmrs}
monitor [N:m:s] da [Prep2:da:f sj esta9o |N:fsJ {Nmr.s-
Prep2:da:1:s + N::s}
esta9o [N:fs] de [Prepl :dej tratamento [N:m:s] N:f:s-
Prepf.de-
N:m:s)
esta9o [Vfs'j de [Prepl :de] tratamento [NmrsJ numrico [Adj:m:sJ [N:f s- Prepl :de
- N:m:s-
AdfmV
336
tratamento |N:nrs| numrico [Adj:m:s| jNmrs-
Adjmrs}
tratamento [N:m:s] numrico |Adj:m:sJ de [Prepl :dej imagem |N:fsJ {N:m:s-
Adj:m
-
Prepl:de+ VfV
modo [N:m:s| pancromtico |Adj:nrs| ! Vm:s h Adj:m:s;
composi9o |N:f:s| colorida [Adj:f s| [Pp:f:sJ !N:fs AdfV,
metros |N:m:pl] das [Prep2.das:f:pl| imagens | N:f:pl; |N:m:pl Prep2:das:f:pl +
N:fpl]
imagens |N:fpl| SPOT |Sigia| ;Vfpl Sigla;
modo [N:m:s| pancromtico |Adj:nrs| {Vnr.s-
Adj:m:sj
imagem [Vfsj prxima |Adj:f:s] [N:f: s-
Auj:l':s;
fbtografia |N:fs| area |Adj:f:s| ;Vfs + AdjT.s}
segmenta9o |N:f>| do |Prcp2:do:m:s| territrio |N:nrs) |N:f:s-
Prep2:do:m:s
Nmr.s}
territrio [Nmrs] em [Prepfem] entidades |N:f:pl] {Vm:s- Prepfem+ Vfpl)
territrio [N:m:s] em [Prepl :emj entidades [N:f:plJ diferentes [Adj:2gen:plJ [N:nrs-
Prepl :em + Vfpl + Adj:2gen:plj
entidades |N:f pl] diferentes [Adj:2gen:pl] {N.fpl-
Adj:2gen:pl)
unidades |N:fpl] de [Prepl :de| paisagem [N:m:s| |N:f:pl-
Prepl :de-
N:m:s)
A aplica9o dos mtodos de fotointerpreta9o ao tratamento dos dados de
satlite possvel e frequentemente eficaz atravs_da utiliza9ode suporte em
papel ,de flme ou directamente do monitor da esta9o de tratamento numrico
de imagem . quer em modo pancromtico quer em composi9o colorida . E
importante referir que a resoluco de 10 metros das imagens SPOT ,em modo
pancromtico . permite obter uma imagem prxima duma fotografia area
escala aproximada de 1 : 50 . 000 e at de 1 : 30 . 000 . A fotointerpretaco
desdejogo possvel ( segmentaco do territrio em entidades diferentes s
identifica9o das grandes unidades de paisagem . . . . ) mas a subjectividade
inevitvel .
337
Teledetecco |Vf:sl em [Prepl :em| reas |\:f:Pi| periurbanas |Adj:l:pl|: combina9ao
|Vfs| de |Prep Vic1 indices |N:nr.Pl| temticos | Adjampl) para |Prepl :Para| locahzar
|V:inf| a | Atrdcf.fs] mudan9a |N:f:s|de [Prepfdc| uso |N:nr.s] do [Prep2:do:m:s] solo
|Vm:s| com |PrcPl :com| recurso |N:m:s| as |Prep2:as:s:pi| imagens |N:i:Pl| digitais
|\di:2ecn:Pl| Spot |Sigla|HRV|Sigla|.Manifestaces (N:fpl| territoriais |Adj:2gen:pl|
do |Prep2:do:m:s| crescimento [NmrsJ
das [PrepVlas.:fpl| periferias [Vfpl]urbanas [Adj:f:plJ tm [Vxj] sido [PpJ
abundantemente [Adv] tratadas |Pp:f:pl| [Adj:f:pl]nas |Prep2:nas:t:plJ pticas ]N:i: pl|
econmica |Adj:f:s| e |Conj:e| financeira |Adj:fs| ,social |Adj:2gcn:s| e |C onjx|
poltica |N:fsl ,demoerfica |Adj:fs|e ,('onj:e| habitacional |Adj:2gen:s| . tundiana
\\AyH e |Conj:c| funcional [Adi:2gen:s|. As |.\n:dcf:f:pl| tcmcas |N:l:pl| e
|ConjeJ os |Arl:dcfm:plJ [Pron:poss| |Pron:dem| mtodos [NmrplJ para [PrepfparaJ
localizar |V:inf| . descrever | V:inf| e |( onj:c| analisar | V:inf| esse |Pron:dem:3p:nrs|
crescimento |N:m:s| baseiam-se . sobretudo |Adv| ,na |Prep2:na:t:s] estatistica |N:f: sj
descritiva [Adj:f:s| e |Con]:eJ na [Prep2:na:f:s| anlise [VfsJ de [Prepl:de| dados
[PP:m:plJ |Vm:pl| ( anlise [N:f:s| individual |Adj:2gen:sJ de |Prepl:de|variveis
|VfplJ . anlise |\:f:s| de |Prepl:dc| variveis |\:fpl|duas [Vumxard] a |An:dct::s|
|Proirpcss:3p:fs| |Pron:dem:3p:f:s| [PrepfaJduas |\um:card| . anlise |\:fs| em
[PrepfemJ componentes [VfplJ principais [Adj:2gen:pl]. anlise |V.f sj factorial
| Ad'):2en:sJ de |Prepl :dej correspondncias [VfplJ,classificaco [N:f.s] ascendente
| Adj:2oen:s| hierrquica [Ad'pfsJ . etc . ) . A [Aii:def:fs| informa9o |Vf:s| |V:cj]
tratada^[Pp:fs| diacronicamente [AdvJ para [Prepl :para] deduzir [V:inf| ,a [Art:de:i:s|
partir [V:inl] de |PrePl :dejescalas [N:f:pl] muito [AdvJ [Pron:indei:m:s| vanadas
| Adj-fpjj ,as [An:dcf:fpl]transforma9es |N:fpl| que |Adv| [Proir.rel]vo |V:cj]
ocorrendo |C.er| em |Prepl :em| unidades |N:f:pl| territoriais |Adj:2gen:pl|detinidas
|Pp:fpl| administrativamente [Adv| ( freguesia [N:fs| . concelho [N:m:s| . commune .
dpartement ,ln | N : | . etc ) .
abordagem [Vf s| estatstica [Adj:f:s| do [Prep2:do:m:sJ fenmeno [N:nrs| e [\ xjj
delicada |Adj:f:s| . Em |Prepl:cm| primeiro |Adj:m:s| |Adv| |Nunrord| lugar |N:m:s|
porque |Adv| |t onjj a [Art:deffsJconsideraco [N:f:s| da [Prep2:da:f:s| unidade
|VfsJ administrativa [Adi:f:s) como |Ad\ | [Conj] unidade |N:fsJ mnima |Adj:fsJde
[Prepfdel referencia9o [N:f:s| espacial |Adj:2gen:s| esconde |\':cj]a |Art:def:l:s]
diversidade |N:fs| de |Prepl:deJ situa9es |N:f:pl|no |Prep2:no:m:s| seu
|Pron-poss:^p:nrs| interior | Adj:2gen:s] [N:m:s] . Em |Prepl:em| segundo [Ad\!
[N:m:s] [Nunrord| lugar [NmrsJ. porque |Adv| [ConjJ dificilmente [AdvJ
se [C onjj
|Pron:poss| obtm |V:cjJ um [An:indefJ conjunto |\:nrsj completo |Adj:m:s)de
|Prepl -de| variveis |\:fpl| ( demogrficas |Adj:f:pl| . socio-econmicas ,de
|Prepl:de| uso |N:m:s| e [Conix] ocupa9o |N:f:s| fsica |Adj:fs] do [Prep2:do:m:s]
territrio |N:m:s| ) que [Adv] [Pronael] responda [V:cj| em [Prepl :emj simultneo
| AdjnrsJ |Prep2:a:f:sJ defini9o |N:fsJ de [Prepl :de| coroas [N:f:pl|. sectores
|N:m:pl) ou |Conj:ou] zonas [N:fpl| periurbanas | Adj:fpl| e [Conjxj [Prep2:a::s|
sua |Pronposs:3p:fs[ caracteriza9o |N:f:s] detalhada |Adj:f.s| [Pp:(:sJ. Os
[Arrdefimpl] |Pron:Poss] [Proirdcm]dados |Pp:m:pl] |N:m:plJ . quando [AdvJ [Com]
existem | Vcj| . so | V:cj| de |Prepl :de| difcil | Adj:2gcms| similaridade |\:l:sje
U onj:c] raramente |AdvJ permitem | V:cj| a |A.i:del:f:s| detec9o [N:f:s| de |Prcpl:deJ
descontinuidades |N:f:pl] e |Conj:c| de [Prepfdej fronteiras [N:fpUde [PrcpfdcJ
forma [N:f s'J sistemtica [Adi:f:s] . como [AdvJ [Conj] exige [VxjJ a |Art:det:fsJ
339
reflexo |Vf<| sobre |Prcp". :sobrc| o |An:defs| |Pron:Pcss:3P:s| [Promdem:3P:s|
fenmeno | VmV de [Prcpfde] periurbaniza9o | Vf:s| .
classifica9o |N:f:sj e |Conj:c| a [Arrdefi.s] representa9o |N:f:s| cartogrfica
|Adj:fs| do |Prcp2:do:m:s| uso |N:m:s| do |Prep2:do:m:s| solo |N:nrs| e |Conj:c| da
|Prcp2:da::':s| sua |P_\m:pos>:3p:f:s] evolu9o |N:f:s| permitem |V:cj] abordar |V:infJ o
|.\rt:dct:s| |Pron:pcss:3p:s| |Pron:dem:3p:s|crescimento [N:m:sJ urbano |Adj:m:s]
segundo [AdvJ |Vm:s| |Num:ord| uma | Ail:indef:f:s| ptica |N:f:s| fsico-funcional . 0
|Aii:def:s| |Pron:pcss:3p:s| |Pron:dem:3p:s| clculo | VimsJ |N:nrs| . a | *\rt:dc1 :l :s]
partir | V:inf| de |Prepl :de| canas |N:f:pi| . das |Prcp2:das:fpl] muta9es |N:f:pl] de
[Prepl :dej uso [N:m:sj e [Conj:eJ da [Prep2:da:f:s| rea [N:f:sj ocupada [Pp:f:s] por
[PrepfporJ cada [ProirindefJ uso |N:m:s| [V:cj| , possibilita [Vxjj a |Art:deffsJ
introdu9o |N:fsj de |Prepl:de| dados [Pp:m:pl| |N:m:plJ de [PrepfdeJ natureza
|N:fs| fsica [Adj;f:s| na |Prep2:na:fsJ anlise |\:fs| quantitativa |Adj:fs|do
[Prep2:do:m:sJ problema [\:fs] de [Prepfde] crescimento [N:m:s'| das |Prep2:das:i:pl|
periferias |N:.pl| urbanas |Adj:f:pl| .
destas |Prep2:dcstas:f:pl| duas |Numxard| hipteses |\:f:pl| conclumos |V:cj|em
[Prepl:cm| 1989 a |Art:dcf:f:s| |Pron:pess:3p:f:s| |Pron:dcm:3p:fs| |Prcpl:a| primeira
|.\di:f:s] [Ad\J etapa | VfsJ de [PrepfdeJ um |Art:indel] trabalho | V.imsJ que [Adv]
(PromrelJ teve [Vxj| por [PrcpfporJ objectivo [Adjmrsj a [Ari:def:fs| defmi9o
[\:fs| duma |PrcP2:duma:fs| metodologia |\:f:sj para |Prepfpara|a [Aii:deffs|
realiza9o [N:f:s] de |Prcpl:deJ cartas |N:f:pl'| de |Prepl:dc| uso [Vm:s| do
[Prep2:do:m:s| solo [N:m:s| e |Conj:e| de [Prepl:dej evolu9o [N:fs| de [Prepfde] uso
| VnrsJ do [Prep2:do:m:sJ solo [Vimsj . por |Prepl :por| interpreta9o |N:fsJ
estereoscpica [ Adj:f:s| de [Prepl :de| fotografia [ VfsJ area | Adj:fs| vertical
|Adi:2gems] . O |.\rt:defs| [Pron:pess:3p:s| |Pron:denr3p:s] resultado [Nmr.s] final
[AdjJ [V'xjJ constitudo [Pp:m:sJ por [Prepl :por| duas [Nunrcard] cartas |N:fplJ
temticas [AdffplJ do [Prep2:do:nrs| Concelho |N:nrs| de [Prepl :dejAlmada
,onde
[Adv] est [V:cj] representado [PpairsJ o [An:def:s] [Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:sl
uso [N:m:s] [V:cj| do |Prcp2:do:nrs] solo [N:nrs| em [PrepfemJ 1986 ( Carta |Vfs)
de |Prepfde| Uso [\:m:s| do [Prep2:do:m:s] Solo [N:m:sJ )e |Conj:e| a |Ari:defi':s]
|Proirpcss:3p:f.s| |Pron:dem:3p:f sj [Prepfa] sua [Pron:poss:3p:f:s| evolu9o |Vfs|
entre |Prepl :cntre| 1967 e |Conj:e| 1986 ( Carta |\:fs| de [Prepl :de| Evolu9o |\:f s|
de [PrepfdeJ Uso |N:m:s| do [Prep2:do:m:s| Solo [N:nrs] ) , segundo [Advj [N:m:sJ
|Num:ord| uma |An:indef:fs| legenda |N:f:s| em |Prcpl:emJ 12 classes |N:f:plJ . A
| Arrdcf !":s| quantifiea9o |N:f:s| das |Prep2:das:fpl| cartas [N:f:pl| permitiu | V:cj|
apurar |N:inf| a | Ai1:def:f:sJ rea [N:f:s| ocupada |Pp:l:sJ por [Prcpl:porJ cada
[Pronnde] uso | VnrsJ |V:cjJ em [Prepfem] 1986 e [ConjxJ a |Ari:def:l:s] rea
|N:fs| das [Prep2:das:f:plJ zonas [N:fpl] que [Adv] |Pron:rel|sofreram |V:cj|
modifica9o [N:f:s| entre | Prepl :entre'J 1967 e [Conj:e| 1986 . Posteriormente |AdvJ
procedeu-se |Prep2:a:fs| anlise [N:fs| quantitativa [Adj:fsJ das |Prep2:das:fpl]
transforma9es |N:l:pl| ocorridas [Pp:f:pl] [Adj:f plj em [PreplxmJ 20 anos ["Vrmpl] .
informa9o [N:f:sJ obtida |Pp:f:s| sobre [Prcpl :sobreJ o [Ari:defs| |Pron:pess:3p:sJ
|Pron:dem:3p:s| uso |N:m:s| [V:cj| do |Prep2:do:nrs| solo [N:m:s| , por [Prepl:por|
scgmenta9o [N:f:s| e [Conj:e] interpreta9o |N:f:s'| de [Prepl :de] fotografia [N:fsJ
area [Adj:f:s] , [ V:cjJ extraordinariamente |Ad\J precisa [Y'xjJ e [ConjxJ exaustiva
|Adj:fsJ e [Conj:e| a |Art:deffsJ unidade |N:i':s| de [Prepfde]anlise |N:fs| ,
a
|Art:deffs[ zona |N:f:s| urbana [Adj:f:s| homognea |Adj:f s|. responde |\':cj|
340
satisfatoriamente "uh | |Prep2:a:fs] abordagem |N:l:s] do |Prep2:do:nr.s|
crescimento [N:nrs] urbano [Adf.ims] das [Prep2:das:f:pl] perifenas |N:i:pl]. Contudo
[Coni] . a 1 \n:def:f:s[ fase |N:f:sJ de [Prepl :dc| fotointerpreta9o [N:l:s] combinada
f\dj:fs| [PP-f>| ( interpretaco | Vf:s| comparativa [Adi:f:s| de |Prepl:de| fotografia
|N:f:s| area |Adj:f:s| vertical |AJj:2gen:s| de |Prcpl:de)datas |N:f:pl| diferentes
|-\di ^er-pli )"'V:ci] muito | Adv| [Pro:rindcf:m:s| morosa |Adj:f:s|e [Conjxj no
|Ad\ | evita |Vxj| a |Art:def:f:s] introduco [\:f:s|de [Prepf.deJ subjectividade [VP.sJ
na |Prep2:na:fs| classificaco [Vf:s|das [Prer2:das:f:pl| muta9es |N:f:pl| de
[Prcpl :de] uso |\:m:s| do [Prep2:do:m:s] solo [ Vm:s) . A |A.l:def:fs| utihza9o
[Vfs] dos [Prep2:uos:nrpi] dados |Pp:m:pl] [N:m:pl]de [PrepfdeJ satlite [N:m:s| e
[Conjxj do |Prep2:uo:nrsJ tratamento [N:m:sJ numrico [Adj:m:s] de [Prepl :de|
imagem |N:f s| anula [Y:cj| parcialmente |Ad\ ] os [Art:def:m:pl| |Pron:poss|
[PronxlemJ inconvenientes | AdixgemplJ enunciados [Ppmr.plJ e [ConixJ permite
[V:cjJ respeitar [\':'mt] a [Arrdeffs]noco |N:f:s| de [Prepfde] anlise [Vfs] por
[PrepfporJ zona[N:f:sJ .
. Problema |N:fs]
problema |N:fsJ que [Adv] [Proirrel] se [ConjJ [Promposs] pe [YxjJ [VxjJ o
[Art:def:s]"[Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s] da [Prep2:da:fs] constru9o [Vfs]de
[Prepl :dej um [Ari:indef| mtodo |N:m:s] que [Adv] [Promrel] permita | VxjJ"
simular
[V:inf|"
o |A.i:dcf:s| |Pron:pess:3P:s| |Pron:dem:3p:s| processo |N:m:s| |V:cj|de
[PrepfdeJ fotointerpreta9o |\:fs| analgica |Adj:fs|utilizando [GerJ a [Anxieffs]
teledetec9o [\:f:s| por [Prepl :por] satlite [Vnr.s]. Por |Prepl :por] outro
[Pron:denrm:s| [ProirindefnrsJ lado [NmrsJ ,trata-se de [PrepfdeJ saber [V:in] se
|ConjJ [Pron:poss| os j Arrdefnrpl] [Pron:poss| [ProirdemJ dados |Pp:m:plJ [N:m:pl|
registados [Pp:m:plJ por [Prepfpor]satlite |Vm:s] possibilitam |V:cjl a [An:deffs|
classifica9o ]\:fs| do [Prep2:do:m:s] uso | Vm:s| do |Prep2:do:m:s| solo [N:m:s] em
|Prepfem| meio |Adj:m:s| |Ad\ ] densamente [Advj edificado [AdjmrsJ [Pp:m:s| e
[Conjx] o [Art:defs] [Pron:pess:3p:s| [Pron:dem:3p:s|estudo |\:nrs] diacrnico
[Adj:m:s] das [Prep2:das:fpl] modifica9es [\:fpl]ocorridas [Pp.fplJ [Adj:f:pl] .
aplica9o [N:f sj dos [Prep2:dos:m:plJ mtodos [NmrplJde [Prepfde]
fotointerpreta9o [N:fs| ao |Prep2:ao:m:s| tratamento [N:m:s| dos [Prep2:dos:m:pl|
dados [Pp:m:plJ [N:m:pll de [Prepfde] satlite [Vm.sl [Vxj] possvel [Adj:2gen:s] e
|Conj:eJ frequentemente |Ad\ J eficaz [Adj:2gen:s] atravs_da [l.oc] utiliza9o [N:l:s|
de [PrepfdeJ suporte |N:m:s] em [Prepl:em| papel [NmrsJ . de [PrcPl:de| filme
[N:m:s| ou [Conj:ou| directamente [Adv] do |PrcP2:do:m:s| monitor |N:m:s| da
[Prep2:da:f:sJ esta9o |N:fs'| de [Prepl:dc| tratamento |N:m:s| numrico [AdjmrsJ de
|Prepf.de] imagem [N:fsJ , quer [Yxj] em [Prepl :em| modo [N:m:sJ pancromtico
[ Adimrsj quer [V:ci] em [Prepl :emj composico |N:f:s] colorida [Adj:fsJ [Pp:f:s] . E
importante |Adj':2en:s| referir |V:inf| que |Adv| [PronxelJa | Arrdef f:s| resolu9o
|\:f:sj de [Preplxiei lOmetros |N:m:pl|das [Prep2:da>:f:pl| imagens |N:t:plJ SPOT
[SiglaJ . em [Prepfcmj modo [NamsJ pancromtico [AdjmrsJ . permite [ VxjJ obter
[VanfJ uma [Art:mdef:fs] imagem [N:fs| prxima | Adj:f sj duma [Prep2:duma:i:sJ
btografia |N:f: sj area |Adj:f:s| |Prep2:a:f s] escala [N:fs| aproximada |Pp:1:s]
[Pp:fs| de [Prepl :dc[ 1 : 50 . 000 e [Conjx] at [Adv] [Prepl :at] de [Prepl :de]1 : 30 .
000 A [ \rt:deff:s] fotointerpreta9o |N:fs] [V:cj] desdejogo [focj possvel
[Adj:2cen:s] ( segmenta9o [N:f:s| do [Prep2:do:m:sJ territrio [NmrsJ em [Prepfem]
entidades |N:f:pl| diferentes [Adj:2gcn:pl] , identifica9o [N:fs] das |Prep2:das:f:plJ
341
grandes |Adj:2geu:pl] unidades [N:f:pl] de [Prepl :de] paisagem [N:m:s| ) mas
[Ad\J [Conj] a [An:def:f:sJ subjectividade [N:fs| [VxjJ inevitvel |.\dj:2gemsj .
que [Adv| [ProirrelJ vamos [Y:cj| expor [V:in"| [V:cj] um [ArrindefJ procedimento
|Vm:s| . ainda | Ad\ | experimental |Adj:2gen:s| . que |Adv| |Pron:rel| permite |V:cj'|
reconhecer | V:mf| automaticamente [AdvJ as |An:def:fpl] zonas |\:f plj que [Adv]
[Promrei] mudaram [V'xi'j de [Prepl :de| afectaco [Vfs] utilizando [Ger] a
[ArrdcffsJ combina9o |\:f:sj automtica |.\dj:f:s| de [Prepl :dej ndices [Nmrplj
temticos |Adj:nrPl| calculados [Ppmrpl] a [Art:def:f:s[ partir [V:inf| de |Prepl:de|
dados |Tp:m:pl| |\:m:plj de [Prepl :dc| satlite [\:nrs| de [Prepl :dc'| alta | Adpfs]
resolu9o_espacial [\:f:s| . Consideramos | V :cj J , pois [AdvJ [Conjj . a [Art:dei:l:sj
combina9o ! Vf s| de |Prcpl :de| ndices |\:nrpi| temticos [AdjairplJ como [Adv|
|Conj| um [Art:indef| ensaio |\:nrs| preliminar [Adj:2gen:s| de [Prepfde]"
simula9o
[VfsJ"
do [Prep2:do:m:s] processo [N:nrs| de [Prepfde'] fotointerpreta9o [N:f:s] .
Exclui-se desta |Prep2:desia:fsJ fase [VfsJ a |An:def fsj determina9o [N:fs] do
[Prep2:do:nrsJ sentido [NmrsJ [Pp:m:sJ [AdjmrsJ das |Prep2:das:fpl| modifica9es
[N:f:plJ ( por [PrcpfporJ exemplo |N:m:s| : rea |N:f:s] agrcola [Adj:2gen:s|
habita9o |N:l":s] , rea [N:f:sJ florestal [Adj2gen:sJ rea [N:f: s] industrial
[Adj:2gen:s]....).. Material [Nmrsjtrabalho |N:m:sJ foi | VxjJ desenvolvido [Pp:m:s'| em [Prepl :em] esta9es [N:f:plJ de
[Prepl:de| tratamento [N:m:s| de [Prepfde] imagem |Vf:sJ de [Prepfde] tipo |N:m:sJ
SUN ( SUN 3 / 80 . SUN 3 / 1 10 e [ConjxJ SUN SPARC ) ,em [Prepl xm] ambiente
|\:m:s| UNIX . Para [PrepfparaJ os [ArrdefurplJ [Pron:poss| [ProirdemJ trabalhos
|\:nrpl| de [Prepl :de] tratamento |\:m:s| numrico [Adj:m:s| de | Prcp 1 :dc[ imagem
|\:f:s| . de [Prcp :de| correc9o ;N:f:s| geomtrica |Adj:fs| de |Prepl :de| imagem
[N:f:sj e |Conj:e| de [Prepfde] gesto [Vfs| . tratamento [NmrsJ e [Conjx]
cartografia |N:f:s] dos [Prep2:dos:m:pl| dados |Pp:nrpi] |N:m:plJ geogrficos
|Adj:m:pl| foram | Vxj] utilizados [PpmrplJ os | An:def:m:pl] [Pron:poss| |Pron:dem]
programas [NmrplJ PfANETES , RECAE e [ConjxJ SAYANE , respectivamente
[AdvJ . Estes [Pron:dem:lp:m:pl] programas [Ninrpl] foram | VxjJ desenvolvidos
|Pp:nrpl| integralmente [Adv| no [Prcp2:no:nrs| faboratoire d'
Informatique
Applique ( LIA ) do |Prep2:do:m:s] Institut Fran9ais de [Prepl :de'J Recherche
Scientifique pour le Dveloppement en Coopration- ORSTOM , centro [N:m:s] de
[Prepl :dej Bondy . laboratrio [N'amsJ onde [Ad\ J realizei [VxjJ a [Art:def:fsJ parte
|\:fs| |Y:cjJ de |Prepl:de| tratamento [Vims] numrico [AdjmrsJ de [Prepfde]
imagem [N:fs] .
imagens |N:fpl| seleccionadas [Pp:f:pl] cobrem | Vxj] uma |Ail:indef f.s] rea [N:i':s]
de[Prepfde] 10 Km |N:nrs[ x 10 Km [N:m:s| , rea |N:fs] que [Adv] [Promrel] se
[ConjJ |Pron:poss| situa | Vxj| na |Prep2:na:f:s| periferia |N:f:s| da [Prep2:da:fs|cidade [N:f:s] nova [Adj:fsj de [Prepl :dej Marne la Valle . a | Art.deffs]
[Prompcss:3p:f s| |Pron:dem:3p:f:s] [Prepl :a] NE da [Prep2:da:fs] cidade [N:fs'| de
[PrepfdeJ Paris . e [ConjxJ apresentam |V:ejj os | Aii:def:m:pl| [Pron:possJ [PromdemJ
parmetros |N:m:pl| que [AdvJ [Proirrel| constam |V:cj] no [Prep2:no:nrs] Quadro
[N:nrs] I . Os [Anxlefnrpl] |Pron:poss'| |Pron:demj dados [Pp:m:pl] [N:m:pl| foram
[ Vxj| registados |Pp:m:pl| com [Prepl :com| inclina9o [N:fs| quase [AdvJ vertical
| Adj:2gen:sJ # #"
para [Prepl :para| quaisquer |Promindef:plJ dos [Prcp2:dos:m:plJ
canais | NampIJ considerados [AdjmrplJ [PpmrplJ .
342
almjias II oc| imagens [\:f:pl] enunciadas |Pp:f:pl| foi |Vxi| utilizada |Pp:fs|a
|Ari:dcf:f:s| Carta |N:f:s| dos |Prep2:dos:m:pl| Modos [\:m:pl| de [Prepfde]
Ocupaco |'\:l>| do |PrcP2:do:m:sj Solo |N:m:>| . |!'reP2:a:f:s| eseala ]N:f:s| de
[Prepfdc] 1 : 25000. folha |Vfs j n 18.de |Prenfde| 1982 . elaborada | Adj:f:s]
|Pp:f:s| pelo |Prep2:pelo:m:s| Institut d'
Amnagement et d'
Urbanisme de [Prcpl :de|
la Rgion Ile-de-France . no |Prep2:no:nrsJ mbito | Vims] do [Prep2:do:m:sJ Atlas
|\:nrs| de |Prepl xlej 1'
Occupation du Sol [VrmsJ / Modes d'
Occupation du Sol
| Vimsj ( MOS |Sigla| ) da |Prep2:da:fs| regio |N:f:s| |N:fs| de |Prepl:dc| lle-de-
France . Esta [Promdenrlp:f:s] carta |'N:f:s] serviu [V.cfl de |Prepf.de| base [Vfs]
para [PrepfpaniJ a |Aii:def:f:sJ determina9o |N:::s| da [Prep2:da:f:s| mudan9a [N:f:s]
de [PrepfdeJ afectaco |N:f:sJ das [Prep2:das:f:pl| zonas |N:l':pl| MOS [SiglaJ . Por
|Prcpl :por| zona [\:fs| MOS |Sigla| deve | V:cj | entender-se toda | Adj:f:s| | Adv| a
|Art:dcf:1':s| unidade | Vf:s| mnima [Adj:f:s| de |Prepfde| referencia9o |\:fs]
espacial |Adj:2geirsJ para [PrepfparaJ efeitos |\:nrpl| de [PreplxleJ classifica9o
|\:l':s| da |Prep2:da:f:sJ ocupa9o [N:f:s| do |Prcp2:do:m:s| solo |\:m:sj [Prep2::f:sJ
qual |Pron:rel| tambm |.Ad\ ] esto [Y:cj| associados |Pp:m:pl| dados |Pp:m:pl|
|N:m:pl| de [Prcpfde| natureza [Vf;s| demogrfica |Adj:f:s| e [Conjx] socio-
econmica que | \d\ | [PromrelJ ,no [Prep2:no:nrsJ conjunto [\:nrsj , constituem
[ Vxjj uma |Art:mdef:f:s] base [Vf.sJ de [Prepl :dej dados [Pp:nrpi| [Nairpl]
relacionveis |Adj:2gen:plj .
I - caractersticas |Adj:fpIJ |N:m:pl] das |Prep2:das:f:plJ imagens [N.fplJ e |Conj:eJ
das [Prep2:das:fpl| bandas |N:f:plJ espectrais | Adj:2gemplJ [ Quadro [N:m:sJ ]
Mtodo |N:nrs| .
. 1 . Procedimento |\:m:s| geral |Adj:2gen:sJ .
Quadro |N:nrs| II descrevem-se as [Art:def:f:pl] etapas |N:f:pl| fundamentais
|Adj:2gen:plj do |Prep2:do:m:sJ procedimento |N:m:s| adoptado |Adj:nrs| [Pp:m:sJ .
Esse |Pron:dem:3p:nrsJ procedimento [N:m:s| apoiou-se em |Prepl:cm| dois
(NunrcardJ princpios |N:m:pf| . 0 |An:dcf:s| |Pron:pess:3p:s| |Pron:dem:3p:s|
primeiro | Adj:m:s| | \d\ | |Num:ord| . considera |\ :cj| que |Ad\ I |Promrel| a
|Ari:det':fs| detecco |N:l:s| das |Prep2:das:f:pl| modifica9es |N:f:pl| na |Prep2:na:fs|
ocupa9o |N:fs| do |Prep2:do:m:s| solo |N:m:s| se [ConjJ |Pron:poss| faz |V:cj'|
tomando |Cier| como [AdvJ |Conj] unidade |N:f:s| mnima |Adj:fs| de |Prepl:de|
anlise |N:l':s| a [Art:def:f:s] zona [N:l':s] MOS |Sigla] , o |Art:dcfs| [Pron:pess:3p:s]
|Pron:dcm:3p:s| segundo |Ad\ j [NmrsJ |Num:ord| supe [V:cj| que |Adv| |PromrelJ as
|Art:dcff:pl| muta9es |N:f:plJ procuradas |Pp:f:pl| obrigam |\ :cj| [Prep2::f:s|
generaliza9o |N:f:s| da [Prep2:da:f:s| legenda |\:f:s| e [Conj:c| da [Prep2:da:fs] Carta
|\:f:s] dos [Prep2:dos:m:pl| Modos [\:m:plj de [Prepfde] Ocupa9o |\:fsj do
[Prep2:do:m:s| Solo | Vrmsj .
generaliza9o |N:f:s] da [Prep2:da:fs| legenda [N:f:s|-
passagem |N:fs| de |Prepl:de|
47classes |N:f:pl] a |Art:deffsJ [Pron:pess:3p:f:s| |Pron:dem:3p:f:s| [Prepfa] 12
classes [N:fpl] de |Prepfde] uso [Nmrs] do |Prep2:do:nrs] solo [N:nrs]- baseou-se
no |Prcp2:no:m>| agrupamento |N:m:s| . numa |Prep2:numa:f:s| mesma [Ad\ | [N:f:s]
|Promdcm:f:s| classe |\:t:s| ,dos |Prcp2:dos:m:pl| usos |Vimpl] do |Prep2:do:m:s|
solo |\:m:s| pertencentes [Adj:2gen:plJ [Prep2::fs| mesma |Ad\ | |\:fs]
[Pron:dem:f:s| famlia |\:fs] de [PrcpfdcJ funcionalidades [N:f:pl].
343
Teledetecco |\:f:s| em |Prepl:eml reas IVfPi| [\:f:s- Prepfem V.fpfl
Teledetecco |N:f:s| em [Preplxm] reas |\:fp!| periurbanas |Adj:fpl| ! Vfs
Prepfem Vfpl Adffplj
reas [Vfpfl periurbanas | Adffpl] {Vfpl-
Adj:f:pl!
combina9o|\:f:s|de|Prepl:de|ndices|\:m:pl| ;Vfs Prcpfdc Vimpfl
combina9o |N:f:s| de |Prepl:de'| ndices |N:m:pl'| temticos [AdfrmplJ jVfs
Prepfde-
Vimpl Adj:m:pl|
ndices |N:m:pl| temticos |Adj:m:p!] [N:m:pl * Adjmrpf
nuidanca [Vf.s|de |Prcpfdc]uso[N:m:s| [Vfs-
Prcpfdc VnrsJ
uso |N:m:s| do |Prcp2:do:m:s] solo [N:nrs| [Vims + Prep2:do:nrs-
NmrsJ
imagens [VfplJ digitais [Adj:2gen:plJ [Vfpl-
Adj:2geirpl|
imagens |N:f:pl| digitais |Adj:2gen:plJ Spot [SiglaJ {Vfpl+ Adj:2gen:pl
-
Siglaj
imagens |N:fpl| digitais | Adj:2gen:pl| Spot [Sigla| HRV [Sigla] [N:f:pl + Adj:2gen:pl
+ Sigla-
Sigla!
Spot"[SiglaJ HRY |Sigla| [Sigla- Sigla]
Teledetecco em reas periurbanas : combinaco de ndices temticos para
localizar a mudan9a de uso do solo com recurso s imagens digitais Spot HRV .
manifestaces |N:f.pl| territoriais |Adj:2gcmpl| [N:f:pl-
Adj:2gen:plj
crescimento |N:m:>| das [Prep2:das:fPl| periferias |N:f:pl| |N:m:s;
Prep2:das:fpll
Vfplj
periferias |N:f:pl| urbanas |Adj:f:pl| !N:l:pl+ Adj:f:plj
estatstica |N:fs| descritiva | Adj:f:s| |N:f:s-
Adj:f:sJ
anlise [N:f:sJ de |Prepfdc| dados [PpairplJ [NmrplJ ;N:f:s + Prepfde-
N:m:plj
anlise [N:l':sJ individual [Adj:2gen:s] {N:fs+ Adj:2gen:s|
anlise [N:f:s| individual |Adj:2gen:s] de [Prepl :de| variveis |N:fpl| {N:fs-
Adj:2gen:s- Prcpfdc + N:f:pl]
anlise |N:f:s| de [Prepfdc] variveis [N:f:pl] |N:f:s+ Prepfde + N:f:pl}
anlise [N:f:s] em |Prepl:cm] componentes [N:f:pl] [\l:f:s+ Prepfem-
N:f:pl}
anlise |N:f:s| em |PreplxmJ componentes |N:f:pl| principais |Adj:2gen:pl] !N:f:s-
Prcpfem + N:fpl Adj:2gcn:plJ
componentes |N:f:pfl principais |Adj:2gen:pl| {N:f:pl+ Adj:2gen:pl}
anlise | Vfs) factorial | Adj:2gen:s| {N:fs'-
Adj:2gcn:s
anlise |N:fs| factorial [Adj:2gerrs| de |Prcpl:de| correspondncias [N:f:pl| [N:f:s-
Adj:2gen:s- Prcpfdc N:f:pjclassifica9o |\:f:s| ascendente [AdjxgeirsJ {\:fs
^ Adj:2gen:sJ
unidades |'N:f:pl] territoriais [Adj:2gen:pfl ;N:fpl Adj:2gen:plj
manifesta9es territoriais do crescimento das periferias urbanas tm sido
abundantemente tratadas nas pticas econmica e fmanceira ,social e poltica .
demogrfica e habitacional . fundiria e funcional . As tcnicas e os mtodos
para localizar , descrever e analisar esse crescimento baseiam-se ,sobretudo . na
estatstica descritiva e na anlise de dados ( anlise individual de variveis .
anlise de variveis duas a duas ,anlise em componentcs principais ,
anlise
345
factorial de correspondncias . classifica9o ascendente hierrquica , ete . ) . A
informaco tratada diacronicamente para deduzir . a partir de escalas muito
variadas . as iransformaces que vo ocorrendo em unidades territoriais
defmidas administrativamente ( freguesia . concelho , commune . dparlement .
ln . etc ) .
abordagem |\:!:s estatstica | Adj:fs| |N:f:s Adj:fs!
considera9o [N:f:sl da [Prep2:da:f:s| unidade |N:f:s| |N:f:s- Prep2:da:f:s N:i':s|
unidade |N:f:s| administrativa |Adi:f:s| |N:f:s- -\dj:f:sjunidade |N:l:s| mnima |Adj:fs|unidade |\:f:s| mnima |Adj:f:s] de |Prepi :de| referencia9o |N:f:s| (N:f:s + Adj:f s
-
Prepfde-i N:':sJ
referencia9o |N:f:s| espacial |Adj:2gcn:s| [N:f:s-
Adj:2gen:sJ
diversidade |N:fs| de |Prepfde| situa9es |N:i':pl| |N:f:s+ Prcpfde
-
N:f:plJ
conjunto |\:m:s| completo [AdjmrsJ jN:m:s + Adjams)
conjunto |N:m:sJ completo [AdjmrsJ de [PrepfdeJ variveis [Vfpfl [N:m:s + Adjmrs
+ Prepl:de-N:f:pl!
ocupa9o [N:f:s| fsica [Adj:fs| [N:fs + Adj:f:sj
defini9o [N:f:s| de [PrepfdeJ coroas |N:f:pl| |N:f:s t- Prepl :de -t VfplJ
zonas |N:f:plJ periurbanas [Adj:f:pl] N:l":pl + Adpfpflcaracterizaco |N:f:s| detalhada [Adj:f:s] [Pp:f:s| |N:f:s + Adffsj
detec9o |N:f:s| de jPrcpl:dc| descontinuidades [\:fpl| [\:f:s-
Prcpfdc \:f:pl]
fronteiras [Vfpfl de |Prepl:de| forma [\:fs] [\:fpl Prepfde - N:fsJ
fronteiras | VfplJ de [Prepfde] forma [N:f:s] sistemtica [Adj:fsJ {N:f:pl + Prepl :de*
N:fs+ \dj:fs!forma |\:f:s| sislemtica |Adj:f:s| [N:f:s \di:f:sj
fenmeno |N:nrs| de [PrepfdeJ periurbaniza9o |N:fs| [N:m:s + Prepf.dc N:fsj
abordagem estatistica do fenmeno delicada . Em primeiro lugar porque a
considera9o da unidade administrativa como unidade mnima de referencia9o
espacial esconde a diversidade de situa9es no seu interior . Em segundo lugar .
porque dificilmente se obtm um conjunto completo de variveis ( demogrficas
. socio-econmicas ,de uso e ocupaco fsica do territrio ) que responda em
simultneo defini9o de coroas,sectores ou zonas periurbanas e sua
caracterizac-o detalhada . Os dados , quando existem . so de difcil similaridade
e raramente permitem a detec9o de descontinuidades e de fronteiras de forma
sistemtica ,como exige a reflexo sobre o fenmeno de periurbaniza9o .
representa9o |N:f:s| cartogrfica |Adj:f:s| {N:fs + Adffs}
uso |N:m:s| do |Prcp2:do:m:s| solo |N:m:s| |N:nrs + Prep2:do:nrs + NmrsJ
crescimento |N:m:s| urbano [Adj:m:s| JN;m:s* Adjmrsj
muta9es [N:f:pl| de |Prepl :de] uso |N:nrs| |N:f:pl -i Prepl :de-
N:m:sj
introdu9o |N:f:s| de [Prepfde] dados [PpmrplJ |N:m:pl| {Vfs + Prcpl :dc-
NmrplJdados |Pp:m:pl| [N:m:pfl de |Prepl:de| natureza [N:f:s| N:m:pl
-
Prepfde + N:f:sJ
346
dados |Pp:m:p_] |N:m:pl| de |Prepl:de| natureza |N:f.s| fsica |Adj:f:sJ |N:m:pl
Prepl.de- N:fs-
Adj:f:s!natureza ]N:f:s| fsica [AdffsJ |N:f:s + Adj:f:s;
anlise |N:fs| quantitativa [AdffsJ J Vfs Adffsj
problema [N:f:s| de |Prepl:dc] crescimento [\:nrs| {N:fs Prepfde + Vm:s!
crescimento [N:nrs] das [Prep2:das:f:pfl periferias [VfplJ |N:m:s + Prep2:das:':pl-
Vfpli
periferias [N:f:pl| urbanas | Adj:f:pl] {Vfpl-
Adj:f:pl}
classifcaco e a representa9o cartogrfica do uso do solo e da sua evoluco
permitem abordar o crescimento urbano segundo uma ptica fsico-funcional . 0
ciculo,a partir de cartas . das mutaces de uso e da rea ocupada por cada uso ,
possibilita a introdu9o de dados de natureza fsica na anlise quantitativa do
problema de crescimento das periferias urbanas .
realizaco |N:f:s] de [Prepl :dej cartas [VfplJ |N:f:s-
Prepl :de-
Vfpl)
cartas [N:fplJ de [PrepfdeJ uso [N:m:s| N:l':pl + Prepfde + Vimsj
uso |Vm:s| do [Prep2:do:m:sJ solo |N:m:s| !\:nrs-
Prep2:do:nrs-
Nmrs;
evolu9o [N:fs| de [Prcpfde] uso |N:m:s| {Vfs-
Prepfde N:m:sj
uso [N:m:s] do [Prep2:do:nrs] solo [N:nrs] {N:nrs + Prep2:do:nrs-
N:m:s[
interpreta9o [N:f:sJ estereoscpica [AdffsJ [N:f s + Adj:f:s|
interpretaeo |N:fsJ estereoscpica |Adj:f:sJ de [PrepfdcJ fotografa [VfsJ ! N:f:s*
Adj:f:s- Prepfde + N:f:s)
fotografia [N:f:s] area [Adj:f:s] [N:f:s + Adrfs)
fotografia [N:f:sj area | Adffs] vertical |.-\dj:2gcn:sj JN:f:s -r Adj:f s-
Adj:2gen:s!
cartas [N:f:pl] temticas [Adj:f:pfl jVfpl-
Adj:f:pl|
uso [Nmrs] [V:cj| do [Prep2:do:m:s] solo |N:m:sJ |N:m:s-
Prep2:do:m:s + Vnrs}
Carta|N:f:sJde [Prepfde| Uso [N:m:s| N:f:s + Prepfde + N:m:sJ
Uso |N:m:s| do [Prep2:do:nrsJ Solo |\:m:s| !\:nrs- Prep2:do:m:s+ N'mrs;
Carta [Vfs] de [Prepl :dej Evolu9o [N:fsJ ; Vf.s + Prepl :de N:f:sj
Evolu9o [N:f:s| de |Prepl :de| Uso |N:m:s| :N:f:s + Prepfde-
N:m:sJ
Uso |N:m:sj do [Prcp2:do:nrs| Solo |N:m:s| [N':m:s-
Prep2:do:m:s-
Nmrsj
quantifica9o |N:f:s] das [Prep2:das:fpl| cartas |N:f:pl.| N:f:s + Prep2:das:f:pl +
N:fp]Jrea [N:f:s] das [Prep2:das:':pfl zonas [Vfpl] | N:i':s
-
Prep2:das:fpl + N:f:pl !
anl i se [N : f: sj quantitativa [Adj : f : sj { N : f: s + Adj :f:s }
destas duas hipteses conclumos em 1989 a primeira etapa de um trabalho que
teve por objectivo a defini9o duma metodologia para a realiza9o de cartas de
uso do soo e de evolu9o de uso do solo . por interpreta9o estereoscpica de
fotografa area vertical . 0 resultado fnal constitudo por duas cartas
temticas do Concelho de Almada . onde est representado o uso do solo em
1 986 ( Carta de Uso do Solo ) e a sua evolu9o entre 1 967 e 1 986 ( Carta de
Evoluco de Uso do Solo ) . segundo uma legenda em 12 classes . A
quantifica9o das cartas permitiu apurar a rea ocupada por cada uso em 1986 e
347
a rea das zonas que sofreram modifca9o enlre 1967 e 1986 . Posteriormente
procedeu-se anlise quantitativa das transforma9es ocorridasem 20 anos .
uso | Vm.si |\ xj| do |Prep2:do:m:s| solo | Vm:s| ;N:m:s- Prcp2:do:m:s
-
N:m:s}
interpreta9o |N:f:sJ de [Prepi xiej fotografia |N:fsj {N:fs-
Prepl :de-
N:t:s
interpretaco |N:f:s| de |Prcpl:dc| fotografia IVf.s] area [Adj:f:s| ! Vfs + Prepfde
N:fs~
Adj:f:s|
fbtografia [N:fs| area [Adr.fsJ {Vfs t Adj:l':s!
unidade |Vf:sJ de [PrcpfdeJ anlise [N:l:s| {Vf.s-
Prepl :dc-
N:t:s
zona |N:fs| urbana |Adj:f:s| ;N:f:s-
Adffsj
zona | N:fs] urbana | AdrfsJ homognea |Adj:f:sJ {Vfs+ Adj:f:s * Adj:fs}
abordagem [Vf s| do [Prep2:do:m:sJ crescimento [N'mrsJ !Vfs + PreP2:do:m:s +
VrmsJ
crescimento |N:m:s| urbano |Adj:m:sJ [Vims-
Adj:m:s]
fase [N:f:s| de [Prepl ;dej fotointerpreta9o [N:f:s'| '.Vfs + Prepl :de + VfsJ
fase [ V.fsJ de [Prepl :dej fotointerpreta9o | Vfs] combinada [AdffsJ |Pp:l: sj {Vf s-
Prepfde- Vfs- \di:fs)
folointerpretaco | Vfs, combinada |Adj:f:>| |Pp:f: s|'N:l:s
~
Adj:i:s!
interpreta9o |N:f:s| comparativa [Adj:f:s| [N:f:s+ Adj:f: s)
interpreta9o |N:fsJ comparativa [Adj:f:s] de [Prepl :de] fotografia [N:l:s| !N:i:s+
Adj:fs- Prepl:de+ N:f:s{
fbtografia |N:fs| area [Adj:f:s'| {N:f:s + Adj:f:sj
fotografia[N:f:s|area|Adj:fs]vertical[Adj:2gcn:s| |N:f:s* Adj:1:s
~
Ad,:2gen:s!
datas |\:f:plj diterentes |Adi:2gen:pl| N:f:pl+ Adj:2gen:plj
introdu9o [\:fsj de [Prepfdej subjectividade [VfsJ {N:fs-
Prepl :de-
N:t:s}
classifica9o |N:fs| das |Prep2:das:fpl] muta9es |N:f:plJ [N:f:s + Prep2:das::Pl-
N:fplj
muta9oes [N:fpfl de [Prepl :de] uso [N:m:s] { Vfpl + Prepl :de-
Nmrs,-
uso |N:m:s] do [Prep2:do:m:sJ solo |N:m:sJ [N:m:s + Prep2:do:m:s + Nmrsj
utiliza9o [N:fs| dos [PreP2:dosmrpl| dados |Pp:m:pl| [Nmrpl];N:f:s +
Prep2:dos:m:pl+ N:m:pl;
dados [Ppmrpl] [VimplJ de [PrepfdeJsatlite [N:m:s| [Vnrpl
> Prepfde-
N:m:s!
tratamento [N:m:s| numrico |Adj:nrs| jN:nrs -5 AdjamsJ
tratamento |N:m:s| numrico |Adj:m:s| de [Prepfdc] imagem |N:fs] [Nmrs + Adj:m:s
r Prcpf.de + N:fsJ
no9o [N:fs| de [Prepfde] anlise [N:fs] !N:f:s + Prepf.de-
Vl:s}
informa9o obtida sobre o uso do solo . por segmentaco e interpreta9o de
fotoerafia area . extraordinariamente precisa e exaustiva e a unidade de
anlise . a zona urbana homognea . responde satisfatoriamente abordagem do
crescimento urbano das periferias . Contudo ,a fase de fotointerpretaco
combinada ( interpreta9o comparativa de fotografia area verticalde datas
diferentes ) muito morosa e no evita a introdu9o de subjectividade na
classifica9o das mutaces de uso do solo . A utiliza9o dos dados de satlite e
do tratamento numrico de imagem anula parcialmente os inconvenientes
348
enunciados e permite respeitar a noco de anlise por zona .
. Problema
processo [N:m:s| [ V:cj| de [Prepl :c\ fotointerpreta9o |N:f:s| [\:m:s Prepfde t
processo |\:m:s| |V:cjJ de jPrcPl:de| fotointerpretaco |N:f:sJ analgica [Adffsj
;N:nrs-
Prepl :de- Vf.s
-
Adff.s}
fotointerpreta9o |\:f:sj analgica [Adj:fs'| {N:f;s-
Adj:f:sj
classificaco [VfsJ do [Prep2:do:nrs] uso |VimsJ [N:f:s-
Prep2:do:m:s -Nmr.s!
uso [N:m:s] do [Prep2:do:m:sJ solo [N:m:s] |N:m:s-
Prep2:do:nrs-
N:m:sJ
estudo |Vm:s| diacrnico [Adjmr.s] {N:m:s+ Adj:m:sJ
modifica9es [N:f:pl] ocorridas [Pp:f:pl] [Adj:fpfl {N:fpl-
Adpfplj
problema que se pe o da construco de um mtodo que permita"
simular"
o
processo de fotointerpreta9o analgica utilizando a teledetec9o por satlite .
Por outro lado . trata-se de saber se os dados registados por satlite possibilitam
a classifica9o do uso do solo em meio densamente edificado e o estudo
diacrnico das modifica9es ocorridas .
349
Anexo 8
Texto etiquetado com ExtracTerm,
a partir de novo corpus, com aplicaco de regras de desambiguaco
Captulo [N.m.s] 1 - A [Artdeffs] radiaco [Nf s] electromagntica Introduco
aquisigo [N:fsJ de [Prepl :de] imagens [Nfpl] por [Prepl :por]Detecco [Nfs]
Remota [Adj:f:sJ ( DR ) baseia-se no [Prep2:no:m:s] facto [N:m:s] de [Prep1.de]
os [ArfdefrmplJ [Pron:possJ [Pron.dem] objectos [N:m:pl]da [Prep2:da:f:s]
superfcie [N:f:sJ terrestre [Adj:2gen:s] reflectirem radiaco_electromagntica
[N:f:s] ( REM [SiglaJ ) proveniente [Adj:2gen:s] do [Prep2:do:m:s] Sol [N:m:s] e
[Conj:e] emitirem eles [Pron:pess:3p:m:pl] prprios [Adj:m:pl] REM [Sigla] . A
[Art:def:f:s] intensidade [N:f:s] e [Conj:eJ composico [N:f:sJ espectral
[Adj:2gen:s] da [Prep2:da:f:s] REM [Sigla] emitida [Adj:f:s] [Pp:f:s] assim_como
[Loc] a [Art:def:f:s] percentagem [N:f:s] de [Prep1:deJ REM [SiglaJ reflectida
[Pp:f:s] [Adj:fs] dependem [V:cj] das [Prep2:das:f:pl] caractersticas [N:m:pl]
fsicas [Adj:f:pl] e [Conj:e] quimicas [Adj.fpl] [N:f:pl] do [Prep2:do:m:s] objecto
[N:m:s] . Assim [Adv] , [Vcj] possvel [Adj:2gen:s] inferir [V:inf] das
[Prep2.das:f pl] caracteristicas [N:m:pl]fsicas [Adjf.pl] e [Conj:e] qumicas
[Adj:f:pl] [N:f:pl] de [Prepfde] objectos [N:m:pl] [Prep2::f:s] superfcie [N:f:s]
da [Prep2:da:f:s] Terra [N:f:s] atravs [Adv] da [Prep2:da:f:s] REM [Sigla]
proveniente [Adj:2gen:s] desses [Prep2:desses:m:pl] objectos [N:m:pl] e
[Conj.e] registada [Pp:f:s] [Adj:f.sJ por [Prepl.porJ sensores [N:m:pl]a
[Arfdeffs] bordo [N:m:s] de [Prep1:deJ satlites [N:m:plJ artificiais [Adj:2gen:pl]
da [Prep2:da:f:s] Terra [N:f:s] , designados [Adj:m:pl] [Adj:m:pl] satlites [N:m:pi]
de [Prepfde] Detecco [N:f:s] Remota [Adj:f:sj .
Propagaco [N:f:s] da [Prep2:da:f:s] Radiago [N:f:sJ Electromagntica A REM
[Sigla] propaga-se atravs_do [Loc] espago [N:m:s] sem [Prep1:sem] suporte
[N:m:s] matenal [N:m:s] e [Conj:e] s [AdjJ [V:q] observvel [Adj:2gen:s]
atravs_dos [Loc] efeitos [N:m:pl] que [Adv] [Pron:rel] provoca [V:cjJ . Apresenta
[V:cj] propriedades [N:f:pl] ondulatrias [Adj:f:pl] quando [AdvJ [Conj] se [Conj]
[Pron:poss] propaga [V:cj] no [Prep2:no:m:s] espago [N:m:sJ e [Conj.eJ quando
[AdvJ [ConjJ interage com [Prep1:com] a [Arfdeffs] matria [N:f:sJ a [Prepfa]
uma [Art:indef:f:s] escala [N:f:s] macroscpica [Adj:f:s] [Adj:f:s] e [Conj:eJ
apresenta [V:cj] propriedades [N:f:pl] corpusculares quando [Adv] [Conj]
interage com [Prep1:comJ a [Art:def:f:s] matria [N:f:s] a [Prep1:a] uma
[ArfindeffsJ escala [N:f:sJ atmica [Adj:f:s] .
fenmenos [N:m:pl] de [Prep1:de] interferncia [N:f:s] e [Conj:e] difracgo [N.fs]
explicam-se atravs_da [Loc] teoria [N:f s] ondulatria [Adj:f:s] , proposta [N:f.s]
[Pp:f:s] pelo [Prep2:pelo:m:s] fsico [Adj:m:s] britnico James C . Maxwell ; este
[Pron:dem:1p:m:s] elaborou uma [Arfindef f:sj formulago matemtica [N:f:sJ
para [Prep1:para] os [Art:def:m:plJ [Pron:poss] [Promdem]fenmenos [N:m:pl]
elctricos [Adj:m:plJ e [Conj:eJ magnticos [Adj:m:plJ que [AdvJ [Pron:rel] postula
que [Adv] [Pronrel] a [Arf.deffs] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prepfa]
REM [Siga] [V:cjJ a [Art:def:f:s] manifestago [NfsJ da [Prep2:da:f:sJ
existncia [N:f:s] de [Prepl :de] dois [Num;card] campos [N:m:pl]de [Prepl :de]
forgas [N:f:pl] ( elctrico [Adj:m:s] e [Conj:e] magntico [Adj:m:s] ) , conjugados
[AdjmplJ [Pp:m:plJ ; a [Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:sJ [Pron:dem:3p:f:sJ [PrepT.a]
REM [Sigla] [VcjJ gerada [Pp:f:s] quando [Adv] [Conj] se [Conj] [Pron.poss]
produzem [V:cj] variages [N:f:pl] na [Prep2:na:f:s] intensidade [N:f:s] ou
[Conj:ouJ direcgo [N:f:sJ de [Prepl :de] qualquer [Pronandef]dos
[Prep2:dos:m:plJ campos [N:m:plJ de [Prepl :dej forgas [N:fpl] presentes
[Adj:2gen:pl] e [Conj:e] propaga-se na [Prep2:na:f:s] forma [N:f sj de [Prep1:de]
351
duas [Numxard] ondas [N.fpl)sinusoidais [Adj:2gen:pl] ,
em [Prepem] fase
[N f s] ,situadas [Pp pl) [Adj:f:pl] em [Prepl em] dois [Num:card] planos
[Adjmpl] [N m:pl] ortogonais [Adj:2gen:pl] ,como [Adv] [Conj] se [Conj]
[Pron poss] apresenta [V:q] na [Prep2:na:f:s] figura [N:f:s] 1 1 .
outro [Pron denrm.s] [Pron ,ndefm.s]lado [N m:s] ,
outros [Pron:dem:m:pl]
[Pron ,ndefm:pl] fenmenos [N:m:pl] ,tais [Ad,:pl] [Promdempl] como [Adv]
Conj] o [Artdefs] [Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s]efeito [N:m.s] fotoeednoo
explicam-se atravs.da [Loc] teoria [N:f:s] corpuscular , proposta [N.f s [Pp.f.s]
por [Preprpor] Max Planck [Np] , que [Adv] [Pron:rel] postula que [Adv]
[Pron-rel] a [Art:deffs] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:fs][Prep1:a] REM
[Siqlal [V cj] constituida [Ppfs] por [Prep1:por] corpsculos [N:m:pl]
designados [Adjmpl] [Adj:m:pl]fotes [N:f:pl] cuja [Pron:rel:f:s] quantidade
INfs] de [Prepl de] energia [N:f s] ( Q ) [Vcj] directamente [Adv] proporcional
[Adj:2gen.s] [Prep2::f:s] frequncia [N f s] ( f ) da [Prep2:da f:s] onda [N:f:s]
de [Preplde] propagago [N:f:s] :
[ Frmula [N:f s] ] ,
h = 6 626 x 10-34 Joules [V:cj] designada [Pp:fs] por [Prep1:por]constante
[Adil [N fs] de [Preplde] Planck [Np] . Em [Preplem] Detecco [Nf.s] Remota
lAdi f sl analisam-se os [Arfdefm:pl] [Pron:poss] [Pron:dem]fenomenos
N-m-pll 'de [Preprde] propaga?o [N:f:s] da [Prep2:da:f:s] REM [Sigla] a
[Prep2 f s] luz [N:f:s] da [Prep2:da:f s] teoria [N:f s] ondulatna [Adj:f:s] e
[Coni-el os [Art:def:m:pl] [Pron:poss] [Pron:dem]fenmenos [N:m:pl] de
PrepVde] interacpo [Nfs] da [Prep2:da:fs] radiapo [N:f:s] com [Prep1:com]
a [Art def f s] matria [N:f s] [Prep2::f s] luz [N:f:s] da [Prep2:da:f:s]teoria
[N f s] corpuscular . As [Art:def:f: pl] alterapes [N:f:pl] que [Adv] [Pron:rel] a
Art def f s] energia [N:f:s] electromagntica [Adj.f s] provoca [V.cj] quando [Adv]
Conj] interage com [Prep1:com] um [Artindef] corpo [N:m:s] explicam-se pela
[Prep2 pela fs] transferncia [N:fs] da [Prep2:da:f s] energia [N:f s]
transportada [Ppf:s] pelos [Prep2:pelos:m:pl]fotes [N:f:pl] para [Prepfpara]
os [Art.defm:pl] [Pron:poss[ [Promdem]tomos [N:m:pl] desse
[Prep2 desse:m:s] corpo [N:m:s]
prmcipais [Adj:2gen pl] sensores [N:m:pl] em [Prepl :em] operacao [N:f s] que
[Adv] [Pron-rel] registam [Vcj] informa9o [Nf.s] para [Preplpara] o [Art:defs]
(Pron pess 3p s] [Pron:dem:3p:s] desenvolvimento [N:m:s] de [Prep1:de]
aplicaces [N:f:pl] no [Prep2:no:m:s] mbito [N:m:s] da [Prep2:da:f s] avaliago
[N-f-s] dos [Prep2:dos:m:pl] recursos [N:m:pl]naturais [Adj:2gen:pl] sao [V:cj]
sensores [N:m:pl] pticos [Adj:m:pl] que [Adv] [Pron:rel] registam [Vcj] a
[Art deff s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:fs] [Prep1:a]REM [Sigla] reflectida
Pp-fsl [Adi-fs] ou [Conj:ou] emitida [Adj f:s] [Pp:f:s] pela [Prep2:pela:f:s]
superfcie [N:f:s] terrestre [Adj:2gen:s] ou [Conj:ou] dispositivos [N:m :pfl de
[Prepl de] microondas [N:m:pl] designados [Adjm.pl] [Adj:m:pl]RADAR [N:m:s]
RAdio Detection And Ranging ) . Este [Pron:dem:1p:m:s] captulo [N:m:s] vai
Vcil descrever [V:inf] os [Art:def:m:pl] [Pron:poss] [Pron:dem] processos
N m pl] subjacentes [Prep2::f:s] aquisico [N:f:s] de [Preplde] imagens
[N-fpll por [Prepl por] sensores [N:m:pl] pticos [Adj:m:pl] ,sensiveis
Adi 2gen pl] s [Prep2:as:s:pl] bandas [N;f pl] em [Prep1:em] que [Adv]
Pron rel] se [Conj] [Pron:poss] propaga [V:cj] a [Art:def:f:s] [Pron:pess.3p:f:s]
Pron dem 3p f:s] [Prepfa] REM [Sigla] Solar [Adj:2gen:s] que [Adv] [Pron:rel]
352
se [Conj] [Pron:poss] reflecte [V:cjJ na [Prep2:na f.s] superfcie [N:f:s] terrestre
[Adj:2gen:sJ .
Espectro [N:m:s] Electromagntico [Adj:m:s]
ondas_electromagnticas [N:f:pl] propagam-se ,no [Prep2:no:m:s] vcuo
[Adj:m:s] , [Prep2::f:s] velocidade [N:f:sJ da [Prep2:da:f:sJ luz [N:f:sJ ( c=
299792458 m / s ) e [Conj:e] com [Prepl :com] uma [Art:indef:f:s] frequncia
[N:f:sJ ( f ) e [Conj.eJ um [Arf.indef] comprimento [N.nr.s] de [Prep1:de] onda
[N:f:sJ ( ( ) tais [Adj:plJ [Pron.dem.pl] que [Adv] [Pron:rel] :
[Frmula[N:f:s]]frequncia [N:f:sJ e [Conj.eJ o [Art:def:s] [Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:s]
comprimento [N:m:sJ de [Prep1:deJ onda [N:fs] estabelecem [V:cj] a [Art:def:f.s]
forma [N:f:s] da [Prep2:da:f:s] onda [N:f:s] electromagntica [Adj:f:s] e [Conj:eJ
esta [Pron:dem:1p:f:s] est [V:cj] relacionada [Pp:f:s] com [Prep1:com] a
[Art deffs] quantidade [N:f:s] de [Prep1:de] energia [N:f:s] transportada [Pp:f:s]
[Adj:f:s] atravs_da [Loc] expresso [N:f:s] [N:f:sJ que [AdvJ [Pron:rel] se [Conj]
[PrompossJ obtm [V:cj] resolvendo [Ger] ( 1 . 2 ) em [Prepl :em] ordem [N:f:s] a
[Arfdeff s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prepl :ajf e [Conj.e]
substituindo [Ger] em [Prepl :em] (1.1):
[ Frmula [N:f:s] ]
assim_que [LocJ a [Art:def:f:s] quantidade [N:f:s] de [Prep1:de] energia [N:f:s]
transportada [Pp:f:sJ pela [Prep2:pela:f:s] onda [N:f.s] electromagntica [Adj:f:s]
[V:cj] inversamente [Adv] proporcional [Adj:2gen:s] ao [Prep2:ao:m:s]
comprimento [N m.s] de [Prepfde] onda [N:f:s] . Este [Pron.dem:1p:m:s] efeito
[N:m:s] [V:cjJ responsvel [Adj:2gen:sJ pelo [Prep2:pelo:m:s] facto [N:m:sJ de
[Prep1:de] sensores [Nm.pl] que [Adv] [Promre!] funcionam [V.cj] em
[Prepl :em] bandas [N:f:plJ de [Prep1.de] comprimento [N:m:s] de [Prepl :dej
onda [N:fsJ maiores [Adj:2gen:pl] ,como [AdvJ [Conj] por [Prep1:porJ exemplo
[N m:sj as [Art:def:f:plJ bandas [N:f:pl] trmicas [Adj:f:pl] do [Prep2:do:m:sJ
satlite [N:m:s] Landsat [Sigla] ,terem [V:cjJ de [Prep1:de] registar [V:inf] a
[Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prep1:a]REM [Sigla] de
[Prepl :de] um [Art:indef] elemento [N:m:s] de [Prepl :de] terreno [N:m:s] de
[Prep1:de] maiores [Adj:2gen:plJ dimenses [N.fplJ , para [Prep1:para] que
[AdvJ [Pron:relJ a [Art:def:f:s] quantidade [N:f:sJ de [Prepl :de] energia [N:f:s] que
[AdvJ [Pron:rei] chega [V.cjJ ao [Prep2:ao:m:s] sensor [N:m:s] seja [V:cj]
detectvel [Adj:2gen:s] . Por [Prep1:por] outro [Pron:dem:m:s] [Pron:indefm:s]
lado [N.m s] explica [V:cjJ tambm [AdvJ o [Artdefs] [Pron:pess:3p:sJ
[Pron:dem:3p:sJ facto [N:m:sJ de [Prep1.de] os [Arfdefm:pl] [Pron:poss]
[Pron:dem] sensores [N:m:pl] de [Prep1.de] alta [Adj:f:sJ resolugo_espacial
[N:f:s] ( que [Adv] [Pron:rel] detectam [V:q] a [Art:def:fs] [Pron:pess:3p:f:s]
[Pron:dem:3p:f:sJ [Prep1:aJ REM [SiglaJ que [Adv] [Pron:rel] parte [N:f:s] [V:cjJ
de [Prep1:deJ elementos [N:m:pl] de [Prep1:de] terreno [N:m:s] de [Prep1:de]
pequenas [Adj:fpl] dimenses [N.fplj ) ficarem limitados [Pp:m:plJ [Adj:m:pl] a
[Arfdeffs] comprimentos [N:m:pl] de [Prepfde]onda [N:fs] mais [Adj] [Adv]
[Pron:indef] baixos [Adj:m:pl] como [Adv] [Conj] as [Art:def:f:plJ bandas [N:f:pl]
do [Prep2:do:m:sJ visvel [Adj:2gen:sJ e [Conj:e]infravermelho [Adj:m:s] [N:m:sJ
proximo [Adj:m:s] .
REM [SiglaJ [V:q] classificada [Pp:f:s] em [Prep1:em] fungo [N:f:s] da
[Prep2:da:fsJ sua [Pron:poss:3p:f:s] frequncia [N:f:s] ( da [Prep2:da:f:s] sua
353
[Pron poss-3p:f:s] quantidade [N.fs] de [Prepl :de] energta [N.f.s] ) por
[Preptpor] intermdio [Adj:m:s] do [Prep2:do:m:s] espectro [N:m:s]
electromagntico [Adj:m:s] que [Adv] [Pron:rel] consiste [V:cj] numa
[Prep2numaf s] escala [N:f:s] de [Prepl :de] frequncias [Nt.pl] , cujos
[Pronrelm-.pl] intervalos [N:m:pl] so [V:cj] designados [Adj:m:plJ [Adj:m:pi]
bandas [N:f:pl] espectrais [Adj:2gen:pl] Fig1 . 2 - Espectro [N:m:s]
Electromagntico [Adj:m:s]
sensores [N m:pi] multiespectrais [Adj:2gen:pl] de [Prep1:de]REM [Sigla]
colocados [Adj:m:pl] [Pp:m:pl] em [Prepl em] plataformas [N.fpl] espactais
[Adj 2gen pl] so [V.cj] concebidos [Pp:m:pl] para [Prepl :para] adquinr [V'.infJ
mformago [N:fs] em [Prep1:em] bandas [N:f:pl] muito [Adv] [Pron:mdef:m:s]
estreitas [Adj:f:pl] do [Prep2:do:m:s] espectro [N:m:s] electromagnetico
[Adjm-s] . A [Arfdeffs] localizago [N:f:s] destas [Prep2:destas:f:pl] bandas
[Nfpl] est [V:cj] condicionada [Pp:f:s] s [Prep2:s:s:pl] zonas [N.f.pl] do
[Prep2 dom s] espectro [N:m:s] , designadas [Adj.fpl] [Pp:f:pl] por [Prept.por]
janelas [N:f:pl] espectrais [Adj:2gen:pl] ,em [Prep1:em] que [Adv] [Promrel] a
[Arfdeffsj atmosfera [N:f:sJ deixa [V:cj] passar [V:inf] a [Artdeffs]
[Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prep1:a]REM [Sigla] proveniente
[Adj'2gen:s] do [Prep2:do:m:s) Sol [N:m:s]e [Conj:e] quelas
[Prep2:quelas:f:pl] zonas [N:f:pl] em [Prepl :em] que [Adv] [Pron:rel] a
[Arfdeffs] Terra [N:f s] emite [V:cj] REM [Sigla] .
banda [N:f:s] de [Prep1:de] rdio [N:f:s] [N:m:s] cobre [V:cj] a [Art.deffs] regiao
[Nfs] [Nfs] dos [Prep2:dos:m:pl] comprimentos [N:m:pl] de [Prep1:de] onda
[Nfs] supenores [Adj:2gen:plJa [Art:def:f:s] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p:f:s]
[Prepta] 10 cm ; esta [Pron:dem:1p:f:s] banda [N:fs] [V:cj] utilizada [Pp:f:s] ,
principalmente [AdvJ , por [Prep1:por] sensores [N:m:pl] de [Prep1:de] rdio
[N f s] [Nms] activos [Adj:m:pl] como [Adv] [Conj] os [Art:def:m:pl] [Pron:poss]
[Prondem] dispositivos [N:m:pl] de [Prepl :de] RADAR [N:m:s] de [Prepl :de]
imagem [N:f:s] ,os [Art:def:m:pl] [Pron.poss] [Pron:dem] altmetros
e [Conj:e] os
[Arfdefm.pl] [Promposs] [Pron:dem]sonares . A [Arfdeffs] banda [N:f:s] das
[Prep2:das:f:plJ microondas [N:m:pl] cobre [V:cj] a [ArtdeffsJ regio [N:f:s]
[Nf sj adjacente [Adj:2gen:s] quela [Prep2:quela:f:s] , at_ao [Loc]
comprimento [N:m:s] de [Preptde] onda [N:fs] de [Preptde] 1mm ; [V:q]
utilizada [Pp:f:s] por [PreptporJ radimetros [N:m:plJ de [Prep1.de] microondas
[Nm.pl] , espectmetros [N:m:pl] e [Conj:e] sistemas [N:m:pl] de [Preptde]
RADAR [N:m:s] . A [ArfdeffsJ banda [N:f:s] dos [Prep2:dos:m:pl]
infravermelhos [N:m:pl] cobre [V:cj] a [Arfdeffs] regio [N:f:s] [N:f:s] espectral
[Adj'2gens] desde [PreptdesdeJo [Artdefs] [Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:s]
comprimento [N:m:s] de [Preptde] onda [N:f:sJ de [Prep1.de] 1mm at [Adv]
[Preptat] 0 . 7 ( m : esta [Pron:dem:1p:fs] regio [N:f:s] [N:f:sJ [V:cj]
subdividida [Pp:f:s] em [Preptem] sub-regies designadas [Adj:f:pl] [Pp:f:pl]
infra- vermelho [Adj:m:s] longnquo [Adj:m:s] ,infravermelho [Adj:m:s] [N:m:sJ
trmico [Adj:m:sJ e [Conj:e] infravermelho [Adj:m:s] [N:m:s] prximo [Adj:m:s] .
Nestas [Prep2:nestas:f:pl] bandas [N:f:pl] utilizam-se muitos [Adv]
[Pron:.ndef:m:pl] sistemas [N:m:pi] de [Preptde] imagem [N:fs] : espectro-
radimetros ,radimetros [N:m:pl] , polarmetros e [Conj:e] lasers . Estes
[Pron demip:m:plj sistemas [N:m:plJ tambm [Adv] so [V:cj] utilizados
[Ppmpl] na [Prep2:na:f:s] banda [N:f:s] do [Prep2:do:m:s] visvel [Adj:2gen:s] ,
354
de [Preptde] 0.4(m-0.7(m.As [Art:def:f:pl] bandas [N + pl] dos
[Prep2:dos:m:plJ ultravioletas [Adj:2gen:pl] . dos [Prep2:dos:m:pl] raios [N:m:pl]
x e [Conj:e] dos [Prep2:dos:m:pi] raios [N:m:pl] gama [N:m:s] no [Adv] so
[V:cjJ muito [Adv: [Pron:mdef:m:sJ utilizadas [Pp:f:pl] [Adj:f:pl] em [Prept.em] DR
por_causa_da [LocJ opacidade dos [Prep2:dos:m:pl] gases [N:m:pl]
atmosfricos [Adj:m:pl] em [Preptem] relago [N:fs] [Prep2::f:sJ REM
[SiglaJ proveniente [Adj:2gen:sJ do [Prep2:do:m:s] Sol [N:m:s] ,nestes
[Prep2:nestes:m:pl] comprimentos [N:m:pl] de [Prept.de] onda [N:f:s]
e [Conj:e] Definigo [N:fs] das [Prep2:das:f:pl] Grandezas [N:f:pl]
Radiomtricas [Adj:f:pl] .
neste [Prep2:neste:m:s] pargrafo [N:m:s] algumas [PromindeffplJ grandezas
[N:f:pl] radiomtricas [Adj:f:pl] utilizadas [Pp f pl] para [Preptpara] caracterizar
[V:inf] a [Arfdef f s] [Pron:pess:3p f:s] [Pron:dem:3p:f:s] [Prepl :a] REM [Sigla] e
[Conj:e] a [Art:def:f:s] [Pron;pess:3p:fs] [Pron:dem:3p:f:s] [Prepta] sua
[Pron:poss:3p:fs] interacgo [N:fs] com [Preptcom] a [Arfdeffs] matria
[N+s] , cuja [Pron:rel:f:s] sntese [N:f:s] se [Conj] [Pron:poss] apresenta [VxjJ
no [Prep2:no:m:sJ quadro [N:m:sJ 1.1.
Radiante [Adj:2gen:s] : a [Arfdeff s] energia [N+s] radiante [Adj:2gen:s] [V:cj]
a [At+deffs] quantidade [N:f:s] de [Preptde] energia [N:f:sJ transportada
[Pp:fs] pela [Prep2:pela:f:s] REM [Sigla] . uma [Arf.indeffs] medida [N:f:s]
[Pp+sj [Adj+ sj da [Prep2:da:f:sJ capacidade [N+sJ que [Adv] [Pron:rel] a
[Ar+deffs] [Pron:pess:3p:f:s] [Pron:dem:3p+sJ [Prepta] REM [SiglaJ tem [V:cj]
de [Preptde] produzir [V:inf] alterages [N:f:plj nos [Prep2:nos:m:pl] objectos
[N:m:pl] em [Preptem] que [AdvJ [Pron:relJ incide [V:cjJ ,alterando [GerJ a
[ArfdeffsJ sua [Pron:poss:3p:f:s] temperatura [N:f:s] ou [Conj:ou] o [Art:def:s]
[Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s] seu [Pron:poss:3p:m:s] estado [N:m:sJ fsico
[Adj:m:sJ . A [Art:def:f:s] quantidade [N+s] de [Prept.de] energia [N+s] radiante
[Adj:2gen:sJ por [Prepl :por] unidade [N+s] de [Prepl :dej volume [N:m:s]
[V:cj] designada [Pp+.s] densidade [N+.s] de [Preptde] energia [N+s] radiante
[Adj:2gen:s](W)Radiante [Adj:2gen:sJ : [V:cjJ a [Ar+deffs] velocidade [N+s] com [Preptcom]
que [Adv] [Pron:rel] a [Art:def:f:s] energia [N:f:s] radiante [Adj:2gen:s] chega
[V:qj a [Art:deffs] [Pron:pess:3p:fsJ [Pron:dem:3p:f:s] [Prepta] um [Art:indef]
determinado [Adj:m:s] [Pp:m:s] ponto [Nms] .
de [Preptde] Fluxo [N:m:s] Radiante [Adj:2gen:s] : [V:cj] o [Art:defs]
[Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:sJ fluxo [N:m:sJ radiante [Adj:2gen:s] que [Adv]
[Promrel] chega [V:cjJ ( irradincia [N:f:s]- E [Conj:e] ) a [Prepta] uma
[Art:indef+sJ unidade [N+s] de [Preptde] rea [N+s] de [Preptde] uma
[Artindeffsj superfcie [N:f:s] plana [Adj+s] ,ou [Conj:ou] que [AdvJ [Pron:rel]
parte [N:f:s] [V:cj] ( exitncia- M ) , por [Preptpor] reflexo [N+s] ou [Conj:ou]
emisso [N:f:sJ ,da [Prep2:da:f:s] unidade [N+sJ de [Preptde] rea [N+s] de
[PreptdeJ uma [Art:mdef:f:s] superfcie [N:fs] plana [Adj:f:s] .
[ Quadro [N:m:s] ] - Grandezas [N+pl] Radiomtricas [Adj:f:pl]
Radiante [Adj:2gen:s] : [V:cj] o [Art:def:sJ [Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:s]
fluxo [N:m:sJ radiante [Adj:2gen:sJ por [Prep tpor] unidade [N:f:s] de [Prepl :de]
ngulo [N:m:s] slido [Adj:m:s] , que [Adv] [Pron:rel] deixa [V:cjJ uma
[Art:indef:f:s]fonte [N:f:sJ pontual [Adj:2gen:s] de [Preptde] REM [Sigla] ,numa
[Prep2;numa:f:s] determinada [Adj+s] [Pp:f:s] direcgo [N:f:s]
355
[Vxj] o [Arfdef s] [Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s]fluxo [N:m:s] radiante
[Adj:2gen:s] , por [Preptpor] unidade [N.fs] de [Prept.de] ngulo [N:m:s] slido
[Adj:m:s] , que [Adv] [Pron.re!] deixa [V:cjJ uma [Art:indef:f:s] fonte [N+sJ de
[Preptde] radiago [N:f:sl ( no [Adv] pontual [Adj:2gen:s] ) ,numa
[Prep2numa:f s) dada [Pp+s] direcgo [N:f:s] , por [Preptpor] unidade [N:f:s]
de [Preptde] rea [N+s] projectada [Pp+s] [Adj:fs] da [Prep2:da:f:s]fonte
[N.f s] ,nessa [Prep2:nessa+s] direcgo [N:f:s] .
1.3- Nogo [N:f:s] de [Prepl :de] Radincia Os sensores [N:m:pl] pticos
[Adj:m:pl] instalados [Pp:m:pl] em [Prept.emJ plataformas [N:fpl] espaciais
[Adj 2gen:plJ medem [VcjJ a [Art:def+sJ radincia [N+s] dos [Prep2:dos:m:p!]
objectos [N:m:pl] [Prep2::f:s] superfcie [N+s] da [Prep2:da:f:s] Terra [N:f:s] .
Para [Preptpara] cada [Pron:indef] elemento [N:m:sJ de [Preptde] rea [N:f:s]
do [Prep2:do:m:sJ terreno [N:m:s] ,a [ArfdeffsJ informago [N+s] registada
[Pp.fs] [Adj:f:s] , por [Preptpor] banda [N+s] espectral [Adj:2gen:s] , [V.cj]
um [Art:indef] nmero [N:m:s] inteiro [Adj:m:s] proporcional [Adj:2gen:s]
[Prep2:+s] radincia [N+s] desse [Prep2:desse:m:s] elemento [N:m:sJ de
[Preptde] rea [N f:s] .
imagem [N:f.s] numrica [Adj:f:s] que [Adv] [Pron.relJ o [ArtdefsJ
[Pron:pess:3p:sJ [Pron:dem:3p:sJ utilizador [N:m:sJrecebe [V:cj] para
[Preptpara] processamento [N:m:s] consiste [V:cj] num [Prep2:num:m:s]
conjunto [N:m:s] de [Preptde] matrizes [N:f:pl] Inteiras [Adj:f:pl] ,tantas
[Pron:indef:f:pl] quantas [Pron:interr] as [Ar+deffpl]bandas [N:f:plJ espectrais
[Adj:2gen:plJ em [Preptem] que [Adv] [Promrel] a [Arf.deffs] imagem [N:f:s] foi
[Vq] registada [Pp:f:s] . Cada [Pronindef] elemento [N:m:s] da [Prep2:da+s]
matriz [N:f: sj [V:cjJ designado [Pp:m:s] [Pp:m:s] elemento [N.nr.s] de
[Prepl :de] imagem [N+s] ou [Conj:ou] pxel [N:m:s] ("
picture element"
) . 0
[Ar+defs] [Pron:pess:3p:s] [Pron:dem:3p:s]Inteiro [Adj:m:sJ atnbudo [Pp:m:s] a
[Arfdeffs] [Pron:pess:3p:fs] [Pron:dem:3p+sJ [Prepta]cada [Pron:indefJ
elemento [N:m:s] de [Preptde] imagem [N:f:s] [V:cj] designado [Pp;m:s]
[Pp:m:s] por [Prepl :por] nvel [N:m:s] de [Prepl :dejintensidade [N+s]
radiomtnca [Adj:f:s] ou [Conj:ou] nvel [N:m:s] radiomtrico [Adj:m:s] ( NR ) .
356
1 - A radia^o eleclromagnlica Introdugo .
aquisigo [N+s] de [Prepl :de] imagens [Nf.pl] {N:f:s+ Prept.de + N+pl}
Detecgo [N:f:s] Remota [Adj:f:s] {N+s + Adj+s}
objectos [N:m:pl] da [Prep2 da+s] superfcie [N f s] {N:m:pl + Prep2:da+s +
N + s}
superficie [N+s] terrestre [Adj:2gen:s] {N+.s+ Adj:2gen:s}
composigo [N+s] espectral [Adj:2gen:s] {N+s+ Adj:2gen s}
qumicas [Adj:f:pl] [N+pl] do [Prep2:do:m:s] objecto [N:m:sJ {N+.pl +
Prep2:do:m:s+ N:m:s}
qumicas [Adj+pl] [N:f:pl] de [Prepl :de] objectos [N:m:pl] {N+pl+ Prepl :de -*
N:m:pl} ,
superficie [N+s] da [Prep2:da:f:s] Terra [N+s] {N:f:s + Prep2:da+s + N:f:s}
bordo [N:m:s] de [Prepl :dej satlites [N:m:plJ {N:m:s + Preptde + N:m:pl}
satlites [N:m:pl] artificiais [Adj:2gen:pl] {N:m:pl+ Adj:2gen:pl}
satlites [N:m:pl] de [Preptde] Detecgo [N+s] {N:m:pl + Prept.de+ N+s}
satlites [N:m:p!] de [Preptde] Detecgo [N:f:s] Remota [Adj+s] {N:m:pl+
Preptde + N:f:s + Adj:f:s}
Detecgo [N:f:s] Remota [Adj:f:s] {N:f:s+ Adj+s}
aquisigo de imagens por Detecco Remota ( DR ) baseia-se no facto de os
objectos da superfcie terrestre reflectirem radiaco_electromagntica ( REM )
proveniente do Sol e emitirem eles prprios REM . A intensidade e composigo
espectral da REM emitida assim_como a percentagem de REM reflectida
dependem das caractersticas fsicas e qumicas do objecto . Assim . possvel
inferir das caractersticas fsicas e qumicas de objectos superfcie da Terra
atravs da REM proveniente desses objectos e registada por sensores a bordo de
satlites artificiais da Terra . designados satlites de Detecco Remota .
Propagago [N:f:s] da [Prep2:da+sJ Radiago [N:f:s] {N+.s + Prep2:da:f:s +
N:fs}
propriedades [N:f:pl] ondulatrias [Adj:f:pl] {N:f:pl + Adj:f pl}
escala [N:f:sJ macroscpica [Adj:f:sJ [Adj+.s] {N+s+ Adj+.s}
escala [N:fs] atmica [Adj+.s] {N:f:s+ Adj:f:s}
Propagago da Radiago Electromagntica A REM propaga-se atravs_do
espago sem suporte material e s observvel atravs_dos efeitos que provoca .
Apresenta propriedades ondulatrias quandose propaga no espaco e quando
interage com a matria a uma escala macroscpica e apresenta propriedades
corpusculares quando interage com a matria a uma escala atmica .
fenmenoslNirmpl] de [PreptdeJ interferncia [N+sJ {N:m:pl + Preptde
N+s}teoria [N+.s] ondulatria [Adj:f:sJ {N+s + Adj:fs}
fenmenos [N:m:pl] elctricos [Adj:m:pl] {N:m:pl+ Adj:m:pl}
fenmenos [N:m:plJ elctricos [Adj:m:pl] e [Conj:e] magnticos [Adj:m:pl]
358
{N:m:pl + Adj:m:pl + Conj:e+ Adj:m:pl}
manifestago [N:f:s] da [Prep2:da:f:s] existncia [N:f:s] {N:f:s + Prep2:da+s +
N+s}
campos [N:m:pl] de [Preptde] forgas [N:f:pl] {N:m:pl + Preptde + N+pl}
campos [N:m:plj de [Preptde] forgas [N:f:plj {N:m:pl + Preptde + N+pl}
forgas [N:f:pl] presentes [Adj:2gen:pl] {N:f:pl+ Adj:2gen:pl}
ondas [N+plJ sinusoidais [Adj:2gen:p!] {N+pl+ Adj:2gen:pl}
planos [Adj:m:pi] [N:m:pl] ortogonais [Adj:2gen:p!] {N:m:pl+ Adj:2gen:pl}
i'enmenos de interferncia e cliiracco explicam-se atravs_da teoria
ondulatria . proposta pelo fsico britnico James C . Maxwell : este elaborou
uma formulago matemtica para os fenmenos elctricos e magnticos que
postula que a REM e a manii'estaco da existncia de dois campos de forcas (
elctrico e magntico ) , conjugados ; a REM gerada quando se produzem
variages na intensidade ou direcco de qualquer dos campos de forgas presentes
e propaga-se na forma de duas ondas sinusoidais . em fase,situadas em dois
planos ortogonais . como se apresenta na figura 1 . 1 .
corpsculos [N:m:pl] designados [Adj:m:pl] {N:m:pl + Adj:m:pl}
quantidade [N+s] de [Preptde] energia [N:f:s] {N:f:s + Prept.de + N+s}
onda [N+sJ de [Prepl :dej propagago [N+s] {N.f.s + Prepl :de + N+s}
outro lado . outros fenmenos . tais como o efeito fotoelctrico . explicam-se
atravs_da teoria corpuscular . proposta por Max Planck , que postula que a
REM constituda por corpsculos designados fotes cuja quantidade de
energia ( Q ) directamente proporcional frequncia ( f ) da onda de
propagaco :
[ Frmula ]
constante [Adj] [N:fsJ de [Prepl :de] Planck [Np] {N:f:s + Prepl :de + Np}
Detecgo [N.f: sj Remota [Adj+sJ {N:f:s + Adj+s}
fenmenos [N:m:pl] de [Prepl :de] propagago [N+s] {N:m:pl + Prepl :de +
N:fs}luz [N:fsJ da [Prep2:da:f:s] teoria [N+s] {N:f:s
+ Prep2:da:f:s + N+s}
teoria [N+s] ondulatria [Adj:f:s] {N+s + Adj:f:s}
fenmenos [N:m:pl] de [Preptde] interacgo [N.f.s] {N:m:pl + Preptde + N+s}
interacgo [N+s] da [Prep2:da:f:s] radiago [N:f:s] {N+s + Prep2:da:f:s + N:f:s}
luz [N:f s] da [Prep2:da:fs] teoria [N+sJ {N+.s+ Prep2:da:f:s + N+s}
energia [N:fsJ electromagntica [Adj:f:s] {N+s + Adj:f:s}
transferncia [N:f:s] da [Prep2:da+sJ energia [N.f.sJ {N+s + Prep2:da:f:s +
N:f:s}
h = 6 . 626 x 10-34 Joules designada por constante de Planck . Em Detecgo
Remota ,analisam-se os fenmenos de propagaco da REM luz da teoria
359
ondulatria e os fenmenos de interacco da radiago com a matria luz da
teoria corpuscular . As alterages que a energia electromagntica provoca
quando interage com um corpo explicam-se pela transferncia da energia
transportada pelos l'otes para os tomos desse corpo .
sensores [N:m:plJ em [Preptem] operago [N:f:sJ {N:m:pl + Preptem + N:f:s}
desenvolvimento [N:m:s] de [Prepl :de] aplicages [N+pl] {N:m:s + Prepl :de +
N+pl}mbito [N:m:sJ da [Prep2:da:f:s] avaliago [N:f:sJ {N:m:s + Prep2:da:f:s + N:f:s}
avaliago [N:f:s] dos [Prep2:dos:m:pl] recursos [N:m:pl] {N+s + Prep2:dos:m:pl+ N:m:pl}recursos [N:m:pl] naturais [Adj:2gen:plJ {N:m:pl
+ Adj.2gen:pl}
sensores [N:m:pl] pticos [Adj:m:plJ {N:m:pl + Adj:m:pl}
superfcie [N:f:s] terrestre [Adj:2gen:s] {N:f:s + Adj:2gen:s}
dispositivos [N:m:pl] de [Preptde] microondas [N:m:pl] {N:m:pl + Prepl :de +
N:m:pl}
dispositivos [N:m:pl] de [Preptde] microondas [N:m:plJ designados
[Pp:m:pl][Adj:m:pl] {N:m:pi + Prepl :de + N m:pl + Adj:m:pl}
microondas [N:m:plJ designados [Adj:m:pl] {N:m:pl- Adj:m:pl}
aquisigo [N.fs] de [Preptde] imagens [N:f:pl] {N+s + Preptde + N+pl}
sensores [N:m:pl] pticos [Adj:m:p!] {N:m:pl + Adj:m:pl}
superfcie [N.fs] terrestre [Adj:2gen:s] {N:f:s + Adj:2gen:s}
principais sensores em operago que registam informaco para o
desenvolvimento de aplicages no mbito da avaliago dos recursos naturais so
sensores pticos que registam a REM reflectida ou emitida pela superfcie
terrestre ou dispositivos de microondas designados RADAR ( RAdio Detection
And Ranging ) . Este captulo vai descrever os processos subjacentes aquisico
de imagens por sensores pticos , sensveis s bandas em que se propaga a REM
Solar que se reflecte na superfcie terrestre .
Espectro [N:m:s] Electromagntico [Adj:m:s] {N:m:s + Adj:m:s}
Espectro Electromagntico
velocidade [N:f:s] da [Prep2:da:fsJ luz [N+s] {N+s + Prep2:da+s + N:f:s}
comprimento [N:m:s] de [Preptde] onda [N+s] {N:m:s+ Preptde + N+s}
ondas_electromagnticas propagam-se ,no vcuo . velocidade da luz ( c
=
299792458 m / s ) e com uma frequncia ( f ) e um comprimento de onda ( ( )
tais que :
[ Frmula ]
360
comprimento [N.m:s] de [Prepl :de] onda [N+s] {N:m:s-
Prepl :de + N:fs}
forma [N+.s] da [Prep2:da:f:s] onda [N f.s] {N+s + Prep2:da:f:s + N:f:s}
onda [N+s] electromagntica [Adj+s] {N:f:s r Adj+s}
quantidade [N+sJ de [Prepl :de] energia [N+.s] {N+s+ Prepl :de + N:f:s}
quantidade [N+s] de [Prepl :de] energia [N+sJ transportada [Pp+s] [AdJ:f:sJ
{N+s + Preptde + N+s + Adj+s}
energia [N:f:s] transportada [Pp+s] [Adj+s] {N:f:s+ Adj+.s}
frequncia e o comprimenio de onda estabelecem a forma da onda
electromagntica e esta est relacionada com a quantidade de energia
transportada atravs_da expresso que se obtm resolvendo (1.2 ) em ordem a
f e substituindo em ( 1 . 1 ) :
Frmula
quantidade [N+sJ de [Preptde] energia [N+s] {N:f:s + Preptde + N+s}
onda [N+s] electromagntica [Adj+.s] {N:f:s+ Adj.f.s}
comprimento [N:m:s] de [Preptde] onda [N+.s] {N:m:s+ Prept.de + N.f s}
facto [Nm:s] de [Prepl :de] sensores [N:m:pl] {N:m:s+ Prept.de + N:m:pl}
bandas [Nf pl] de [Prepl :dej comprimento [N:m:s] {N+pl+ Prepl :de + N:m:s}
compnmento [N:m:s] de [Preptde] onda [N+s] {N:m:s+ Preptde + N:f:s}
bandas [N+pl] trmicas [Adj:f:pl] {N+pl+ Adj+.pl}
satlite [N:m:s] Landsat [SiglaJ {N:m:s+ Sigla}
elemento [N m:s] de [Prept.de] terreno [N:m:s] {N:m:s+ Prepl :de + N:m:s}
quantidade [N:f:s] de [Preptde] energia [N+s] {N:f:s + Prept.de + N.f.s}
parte [N+sJ [Vcj] de [PreptdeJ elementos [N:m:pl] {N+s+ Preptde + N:m:pl}
elementos [N:m:pl] de [Preptde] terreno [N:m:s] {N:m:pl+ Preptde + N:m:s}
comprimentos [N:m:plJ de [Preptde] onda [N+sJ {N:m:pl+ Preptde + N+.s}
infravermelho [Adj:m:s] [N:m:s] prximo [Adj.nr.s] {N:m:s+ Adj:m:s}
assim_que a quantidade de energia transportada pelaonda electromagntica
inversamente proporcional ao comprimento de onda . Este efeito responsvel
pelo facto de sensores que funcionam em bandas de comprimento de onda
maiores ,como por exemplo as bandas trmicas do satlite Landsat ,
terem de
registar a REM de um elemento de terreno de maiores dimenses , para que a
quantidade de energia que chegaao sensor seja detectvel . Por outro lado
explica tambm o facto de os sensores de alta resolugo_espacial ( que detectam
a REM que parte de elementosde terreno de pequenas dimenses ) ficarem
limitados a comprimentos de onda mais baixoscomo as bandas do visvel e
infravermelho prximo .
quantidade [N+sJ de [PreptdeJ energia [N+.s] {N+s+ Prept.de + N+s}
espectro [N:m:sJ electromagntico [Adj:m:s] {N:m:s+ Adj:m:s}
escala [N+.s] de [Preptde] frequncias [N+pl] {N+s+ Preptde + N+pl}
361
bandas [N + pl] espectrais [Adj:2gen:pl] {N:f:pl+ Adj:2gen:pl}
Espectro [N:m:s] Electromagntico [Adj:m:s] {N:m:s + Adj:m:s}
REM e classificada em fungo da sua frequncia ( da sua quantidade de energia )
por intermdio do espectro elcctromagntico que consiste numa escala de
frequncias . cujos intervalos so designados bandas espectrais Fig . 1 . 2 -
fspectro Electromagnetico
sensores [N:m:piJ multiespectrais [Adj:2gen:plJ {N:m:pl+ Adj:2gen:pl}
plataformas [N:f:pl] espaciais [Adj:2gen:p!] {N+p!+ Adj:2gen:pl}
informago [N:f:sJ em [Prepl :em] bandas [N:f:pl] {N+s + Prep t.em + N+pl}
espectro [N:m:s] electromagntico [Adj:m:sJ {N:m:s + Adj:m:s}
zonas [N+pl] do [Prep2:do:m:s] espectro [N:m:sJ {N+.pl + Prep2:do:m:s +
N:m:s}
janelas [N+pl] espectrais [Adj:2gen:pl] {N:f:pl + Adj:2gen:pl}
sensores multiespectrais de REM colocados em plataformas espaciais . so
concebidos para adquirir informago em bandas muito estreitas do espectro
electromagntico . A localizago destas bandas est condicionada s zonas do
espectro , designadas por janelas espectrais ,em que a atmosfera deixa passar
a
REM proveniente do Sol e quelas zonas em que a Terra emite REM .
banda [N+s] de [Preptde] rdio [N:f:s] {N+s + Preptde + N:m:s}
banda [N+s] de [Preptde] rdio [N+sJ {N.+s + Preptde + N+s}
regio [N:f:sJ [N+sJ dos [Prep2:dos:m:plJ comprimentos [N:m:plJ {N:fs+
Prep2:dos:m:p! + N:m:pl}
comprimentos [N:m:plJ de [PreptdeJ onda [N.+sJ {N:m:pl + Preptde+ N+s}
sensores [N:m:plJ de [Prepl :de] rdio [N+s] {N:m:pl + Prepl :de + N:m:s}
sensores [N:m:pl] de [Prep+dej rdio [N:f:s] {N:m:pl + Preptde + N+s}
dispositivos [N:m:pl] de [PreptdeJ RADAR [Sigla] {N:m:pl + Preptde+ Sigla}
RADAR [Sigla] de [Prepfde] imagem [N:f:sJ {Sigla+ Preptde + N:fs}
regio [N+s] [N+s] adjacente [Adj:2gen:s] {N+s + Adj:2gen:s}
comprimento [N:m:s] de [Preptde] onda [N:f:s] {N:m:s + Preptde + N+s}
radimetros [N:m:pl] de [Preptde] microondas [N:m:p!] {N:m:pl + Preptde+
N:m:pl}sistemas [N:m:pl] de [Preptde] RADAR [Siglaj {N:m:pl + Preptde
+ Sigla}
banda [N.f.s] dos [Prep2:dos:m:pl] infravermelhos [N:m:pl]N:fs +
Prep2:dos:m:pl + N:m:pl}
regio [N+sJ [N+sJ espectral [Adj:2gen:s] {N+s+ Adj:2gen:s}
comprimento [N:m:sJ de [Preptde] onda [N:f:s] {N:m:s + Preptde + N:f:s}
infravermelho [Adj:m:s] [N:m:s] trmico [Adj:m:sJ {N:m:s + Adj:m:s}
infravermelho [Adj:m:s] [N:m:sj trmico [Adj:m:sj e [Conj:e] infravermelho
[Adj:m:s] [N:m:sJ {N:m:s+ Adj:m:s + Conj:e + Adj:m:s}
infravermelho [Adj:m:s] [N:m:s] prximo [Adj:m:s] {N:m:s + Adj:m:s}
sistemas [N:m:pl] de [Prepl :de] imagem [N+s] {N:m:pl + Preptde + N:f:s}
gases [N:m:pl] atmosfricos [Adj:m:pl]
gases [N:m:pl] atmosfricos [Adj:m:pl] em [Preptem] relago [N:fs] {N:m:pl +
362
*
Adj:m:pl + Preptem + N+s}
comprimentos [N:m:pl] de [Preptde] onda [N+s] {N m:pl + Preptde + Nf.s}
banda de rdio cobre a regio dos comprimentos de onda superiores a 10 cni :
esta banda e utilizada . principalmente . por sensores de rdioaclivos como os
dispnsitivos de RADAR de imagem . os altmetros e os sonares . A banda das
microondas cobre a rcgiao adjacente quela . at ao comprimento de onda de
lmm : utilizada por radimetros de microondas. espectmetros e sistemas de
RADAR . A banda dos infravermelhos cobre a regio espectral desde o
comprimento de onda de lmm at 0 .7 ( m ; esta regio c subdividida em sub-
regiocs designadas infra- vermelho longnquo . infravermelho trmico e
infravermelho prximo . Nestas bandas utilizam-se muitos sistemas de imagem :
espectro-radimetros . radimctros . polarmetros e lasers . Estes sistemas
tambm so utilizados na banda do visivel . de 0 . 4 ( m- 0 . 7 ( m . As bandas
dos ultravioletas . dos raios x e dos raios gama no so muito utilizadas em DR
por causada opacidade dos gases atmosfrieos em relagao REM proveniente
do Sol . nestes comprimentos de onda .
363