Date post: | 26-Apr-2023 |
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PROPOST
ADEDOIS
ECOPERCURSO
S-VALORIZ
AÇÃO
DO
PATRIM
ÓNIO
GEOLÓGIC
ODO
RIO
ALMANSO
RÍcaroDiasda
Silva,And
réJorgePinto,M
artaMattio
li,JerónimoCid
daSilva
RESU
MO:O
presente
trabalho
pretende
prop
ordo
isecop
ercursos
nasmargens
doAlm
ansor,tend
oem
vistaavalorizaçãoedivulgação
dosseus
conteúdo
sgeológicos
juntoda
popu
lação.Nesteartig
o,sugere-se
umaabordagem
integradado
saspectos
relacion
ados
com
ageoebiod
iversidade
local,assim
comocom
osrespeitantes
àacçãohu
manasobreas
paisagens.
1.Enq
uadram
ento
geológico
Opresente
trabalho
incide
sobreafloramentosgeológicos
observáveisnasmargens
dorioAlm
ansor,
localizadoasuld
acidade
deMon
temor-o-N
ovo,acercade
30km
aoestede
Évora.
Aregião
deMon
temor-o-N
ovoécaracterizadapo
rlitologiasdasmaisdiversas
naturezas.Po
demos
encontrarrochas
magmáticas
ácidas,intermédiasebásicas,rochas
metam
órficasde
baixoaalto
grau,e
rochas
sedimentares.
Asidades
desteconjun
tode
rochas
vãodesdetempo
sProterozóicos
atéao
Quaternário
(Carvalhosa,Zbyszew
sky,1994).Esta região
estádentro
deum
dosgrandesdo
míniosgeológicos
daPenínsula
Ibérica,
aZon
ade
Ossa-Morena(ZOM),
queinclui
rochas
daSérieNegra
(Proterozóico),Câm
bricas
eOrdov
ícicas,q
ueestãocortadas
porum
magmatismodo
tipoplutón
icode
idadeHercínica,q
ueprovocou
agénese
degranito
semigmatito
s,eum
variadocortejofiloniano.
Partedesteconjun
toencontra-secolm
atado
pelacoberturasedimentarceno
zóica(Carvalhosa,Zbyszew
sky,1994).
271
Aregião
abrang
idapo
reste
estudo
inclui,em
concreto,rochas
daSérieNegra
(Quartezitos
eMetalidito
sda
Form
ação
doEscou
ral(Carvalhosa,Zbyszew
sky,1994)),Migmatito
seGranitosassociados
eTo
nalitos
(rochasmagmáticas
intrusivas),os
últim
osde
idademaisrecentepertencentes
àfase
orog
énica
Hercínica.
Devidoàintrusão
deplutõesmagmáticos,ocorreuoaquecimento
region
alda
rochaencaixante,
indu
zind
oometam
orfísm
o,afusãoeaassimilaçãode
todasas
rochas
adjacentes.N
aárea,v
erifica-se
queas
rochas
daSérieNegra,q
ueestãoextrem
amentefoliadas,se
encontram
com
elevadas
taxasde
fusão,
restando
porvezesapenas
núcleosrefractários
quese
apresentam
rodado
sde
maneira
dextrógira
e/ou
sinistrógira,
segund
o um
a direcção aproxim
adam
ente N
W-SE,dando
a sensação de um fluxo de fund
ente.T
odo o conjun
-to
parece
estaraserafectado
pordu
asou
maisfasesde
deform
ação
quegeram,n
umaprim
eira
fase,umalin-
eaçãoepo
rvezesfoliação(Carvalhosa,Zbyszew
sky,1994).Nasegund
afase,a
rupturafrágiloriginou
falhas
efracturasem
todo
oconjun
to.
Noqu
eàgeom
orfologiadizrespeito,n
a região
deMon
temor-Évora-Regueng
os,p
redo
minaum
apais-
agem
derelevo,g
eralmente,m
oderadoe,em
bora
oaquífero
subterrâneosejapo
ucosignificativo(produ
tivi-
dadesinferiores
a50
m3/dia/km
2),o
ssolossão,
porregra,maisaptospara
aactiv
idadeagrícolado
quenas
regiõesmaisaLestedo
Alto
Alentejo.Asáreaselitologiasaqui
focadaspo
dem
serob
servadas
nafigura
1.
272
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
Figura1-Localização
dasáreasestudadas(1
e2)
retiradada
Carta
Geológica
dePo
rtugal
àescala
1:50
.000
-Folha
35-D
-Montem
or-o-
Novo,do
Instituto
Geológico
eM
ineir
o.
2.Flora,F
aunaeoc
upaç
ãohuman
aAfloralocalé
caracterizadapo
rform
açõesHelófitaspresentesno
slocaison
deum
excessivoperíod
ode emersão não perm
ite a in
stalação de mata ribeirinha.T
ais matas são dom
inadas por (v
er figura 2):A
mieiro
s(8),Freixos(12),U
lmeiros(9),Salgueiros
(7),emesmoCho
upos
(10),tod
asestasde
portearbó
reo.
Incluem
igualm
ente
umestratoarbu
stivo,
maiscomum
nasorlas,de
BorrazeiraNegra
(5)eBorrazeiraBranca
(6),
Sabu
gueiro (2
1),Sanguinho
s de água (4),Pilriteiro
(16),A
brun
heiro bravo (17),etc.E
xiste aind
a um
estrato de
trepadeirasàbase
deSilvas
(Rub
usulmifolius),R
oseiras(Rosasempervirens),H
eras
(Hederahelix),etc.
273
PATRIM
ÓNIO
Figura2-Distribuiçãodo
svários
tipos
deplantaseassociação
com
onívelfreático.
Amieiros
(8),Freixos
(12),U
lmeiros
(9),Salgueiros
(7),emesmoCho
upos
(10),tod
asestasde
portearbó
reo.Incluem
igualm
enteum
estratoarbu
stivo,maiscomum
nas
orlas,de
BorrazeiraNegra
(5)eBorrazeiraBranca(6),Sabu
gueiro
(21),S
anguinho
sde
água
(4),Pilriteiro(16),A
brun
heiro
bravo
(17).F
onte:
Diasda
Silva
,Í.,et
al.A
NANIL
-EventoCultural,Ecopercurso
Taisform
açõesdistribu
em-seem
cinturas
devegetaçãoperpendicularesao
leito
dorio,esqu
ematizan-
do-seum
cortena
figura
3.Nas
cotasim
ediatamenteinferiores
àmata(zon
ade
Helófitas)éfrequenteencon-
trar-seum
aform
ação
dominadapelo
Junco(Scirpus
holochoenu
s),seguindo
-se-lheos
caniçais,do
minados
pelo
Caniço(Phragmites
australis)mas
onde
ocorrem
aind
aas
Tabuas(Typha
latifolia)eaEspadana
(Sparganium
erectum).Segue-se
umano
vacinturavegetald
ominadapelo
Bun
ho(Scirpus
lacustris).À
medida
queosubstratofirm
evaificando
perm
anentementecobertopelaságuaseaprofun
didadescada
vezmaiores
encontra-seum
avegetaçãonitid
amenteaquática,Lentilhasde
água
Lem
nasp,R
anun
culuspeltatus.
274
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
Figura3-Distribuiçãodasform
açõesvegetaiserelaçãocom
osníveisde
estiagem
ede
cheia.
Fonte:Diasda
Silva
,Í.,et
al.A
NANIL
-EventoCultural,Ecopercurso
Aoníveld
afaun
averifica-seadiversidadepróp
riadesteHabitat.Sãofrequentes
osvestígiosde
lontra
(Lutra
lutra,espécieprioritáriada
DirectivaHabitats).Aoníveld
osanfíbios
erépteisverifica-seapresença
dealgumas
espécies
comoBufobu
fo,C
ágados,cob
ras-de-água...A
oníveldas
aves
estãopresentesespécies
como
Guarda-rios,G
arça
real,Á
guiacalçada.
Dopo
ntode
vistaantrop
ogénico,
podemos
verificaroestado
deabando
nodasestruturas
indu
striais,
comoos
moinh
os,aspedreiras,os
terrenos
agrícolasepecuários.Destasrestam
apenas
alguns
vestígios,con-
servados
actualmentepo
rvelhos
pastores,o
uruínas
emarcasdeixadas
pelo
serhu
mano.Destaca-seaexistên-
ciade
diversas
azenhasemoinh
osde
água
espalhados
aolong
odasmargens
dorio,
dosqu
aisnãose
sabe
a
275
PATRIM
ÓNIO
idade,po
dend
oalguns
tersido
construído
sdu
ranteoperíod
ode
ocup
ação
Rom
anaou
Mou
risca,po
vosqu
etin
ham
umgrande
conh
ecim
ento
nasáreasda
engenh
ariahidráulica.Provavelm
ente
associadaaeste
tipode
indú
stria,ob
servam
-sediversas
pedreiras,naszonasde
leito
rochoso,
norm
almente
próxim
asde
umou
mais
moinh
os,que
serviriam
para
retirar
rochausadana
construção
deedifícios,assim
comona
prod
ução
dasmós
usadas nos m
oinh
os.C
omo se pod
e constatar no
local,estas actividades pou
co in
fluenciaram as características
naturaisda
paisagem
.
3.In
teresses
temáticos
i)Inter
esse
geom
orfológico
Em
oposição
àsregiõesenvolventes,aserrade
Mon
furado
constitui
umrelevo
salienterecortadopo
rum
adensarede
dedrenagem
,naqu
alse
insere
orioAlm
ansor.
Asecção
dorioaqui
estudada
situa-se
naextrem
idadeocidentald
aserra,on
deébem
evidenciadoo
forteencaixedo
rioatravésdo
alto
gradientemorfológico
quese
pode
observar
entreesteeacolinado
caste-
lode
Mon
temor-o-N
ovo,situadana
margem
norte.
A existência de diversos terraços fluviais é testem
unho
das várias etapas de encaixe,po
dend
o-se obser-
vararelaçãoentreoleito
colm
atado e o respectivo terraço,assim com
o o encaixe com m
igração lateral do rio.
Ofactode
oriocorrer
sobreleito
rochosoindica-nos
incisãorecentecom
adescidado
níveld
ebase.
Ocorreerosão
diferencialn
asrochas
doleito,sendo
escavadaslitologiasmenos
resistentese,preferen-
cialmente,as
zonasde
contacto
entrediferentes
tipos
derocha,
form
ando
-sepequ
enas
bacias
quepo
dem
evoluirpara
depressões
demaiores
dimensões,através
deum
processo
deabrasãosemelhanteao
daform
ação
demarmitasde
gigante.
ii)Inter
esse
tectono-estr
utural
Nolocal,po
deob
servar-seaevolução
doprocesso
demigmatização
desdeazona
maisafectada,n
ocontacto
com
oMaciçodo
sHospitais,atédistâncias
decercade
10km
para
mon
tante.Po
deob
servar-setam-
bém
queoprocesso
degranitizaçãofoim
aisacentuadojuntoao
contacto,ond
edificilm
entese
distinguepale-
ossomade
neossoma.Àmedidaqu
eno
safastamos
verifica-sequ
eopaleossomase
encontra
muito
deform
a-do,bandado
e transportado
segun
do um fluxo com
sentid
o WNW_E
SE,envolvido
por um neossom
a graníti-
co(fun
dente),que
émaisclarojuntoao
contacto
emaisalaranjado
àmedidaqu
eno
safastamos
deste.
Tam
bém
sepo
dem
observar
vários
tipos
deestruturas
comodo
bras
cilíndricas
com
oseixossub-ho
r-izon
tais,falhasconjugadas
com
cristalização
demateriald
ecompo
siçãogranítica
nosespaçoscriado
sefalhas
276
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
frágeiscom
osrespectiv
osespelhos
bem
marcado
sperm
itind
oum
acaracterização
cinemática.
iii)I
nteresse
petrológico
Neste
local,os
aspectos
petrológicos
demaior
interesseencontram-seassociados
àinstalação
doMaciçodo
sHospitais.A
interacção
entreocorpointrusivode
compo
siçãotonalíticaeas
rochas
encaixantes
deu-se
atravésde
umprocesso
demigmatização
com
assimilaçãoefusãoparciald
asmesmas,d
ando
origem
aum
tipode
litologiatíp
icodasfrentesde
anatexia,os
migmatito
s.A
observação
destas
rochas
perm
ite-nos
diferenciar du
as com
posições distin
tas,neossoma,com com
posição semelhante ao m
aciço,diferind
o deste po
rse
encontrarcontam
inadodevido
àassimilaçãodo
materialencaixante,epaleossoma,representand
opo
rções
darochaencaixanteoriginalmaisrefractárias
quenãofund
iram
completam
ente,envolvido
pelo
neossoma.As
rochas
queconstituem
opaleossomasãoessencialm
ente
quartzito
snegros
eMetalidito
sdo
Pré-Câm
brico,
equivalentes
àsrochas
daSérieNegra.
Um
aspectode
grande
interessequ
etambém
merecesersalientadoéaexistênciade
elucidativas
tex-
turasde
fluxono
smigmatito
s,qu
eperm
item
aovisitanteum
afácilvisualização
daevolução
dosprocessosde
anatexia. iv)I
nteresse
histó
rico
Autilizaçãoindu
strialda
área
emestudo
pelo
Hom
emécomprovadaatravésda
existênciade
diversos
moinh
osde
água,o
ndefoiaprov
eitada
acorrente
dorio,
comoomoinh
odo
Ananile
moinh
oda
Borracha
(deidadeindeterm
inada),e
depedreirasde
onde
foram
extraído
sblocos
derochamigmatítica.
4.Tipodevalor
i)Valor
científico
Estaárea
apresentaaspectos
deelevadovalorcientífico,ao
níveld
ascaracterísticas
petrológicas
etec-
tónicas,essencialm
ente.
Do po
nto de vista petrológico,esta zona é representativa do
tipo
de magmatismo associado a zonas de
subd
ucção,
pelo
tipode
intrusão,com
assinaturasgeoq
uímicas
demagmatismode
arco
vulcânico,com
com-
posiçãointerm
édia.N
estelocalo
bservam-setodasas
características
deum
afrentede
anatexiaeconsequentes
form
ações rochosas,relacionadas com este processo.Pod
emos observar variações na cor das rochas consoante
aproximidadeao
Maciçodo
sHospitais,qu
emarca
umavariação
dacompo
siçãoqu
ímicado
neossoma
migmatítico,com
ataxa
deassimilaçãodo
encaixante
porpartedo
magmaintruído
queaumentana
proxim
i-dade
domaciço.
277
PATRIM
ÓNIO
Dopo
ntode
vistatectón
ico,
observam
-seestruturas
dedu
asou
maisfasesorogénicas.A
prim
eira,
identificável,afecta
aSérieNegra,aqui
representada
pela
Form
ação
doEscou
ral,de
idadePré-Câm
brica,
deform
aemetam
orfisa
emmédio
aalto
grau
aform
ação,con
ferind
o-lheum
afoliaçãoeum
band
ado.Po
de-
se também identificar as relações de corte entre os vários eventos presentes.Num
a segund
a fase,possivelm
ente
Hercínica,o
bserva-seodo
bram
ento
detodo
oCom
plexoGneisso-M
igmatítico.Ainda
sepo
dem
identificar
estruturas
derupturafrágilqu
ese
traduzem
emplanos
defalhaconjugados
eem
espelhos
defalha.
ii)Valor
didá
ctico
Apresentaum
grande
valordidáctico,qu
erpelavariedadelitológica,qu
erpelo
próp
riomod
eladocria-
dopela
rede
dedrenagem
local.Po
dem
observar-sein
situ
eventosde
depo
siçãoeerosão
fluvial,com
osrespectivos
terraços
eleito
sabando
nado
spelamigraçãolaterald
orio.Assim
comono
valorcientífico,toda
aestruturaassociadaao
processo
demigmatização
tem
umgrande
valordidáctico,qu
erpelaacessibilidade,qu
enuns
casosébo
aeno
utrosésatisfatória,qu
erpelaexpo
siçãocontínua
deafloramentosao
long
odo
rio.
iii)Valor
biológico
A Fauna e Flora presente é representativa do
s cursos de água doce mediterrâneos.As margens são ocu-
padaspo
restratos
arbó
reos,arbustivos
ede
trepadeiras,form
ando
umadensamataribeirinha.E
ncon
tram
-se
diversos
anim
aiscomoaLon
tra,Guarda-rios.G
arça-real,algumas
dasqu
aiscom
algum
grau
deam
eaça,e
que
habitam
estelocalapesarda
frequentepo
luição
queoafecta.
iv)Valor
antropológico
earqu
eológico
Existem
aolong
odo
rioAlm
ansor,diversos
vestígiosde
activ
idadehu
mana,qu
emostram
umlong
operíod
o de ocupação indu
strial artesanal.O
bservam-se antig
as pedreiras m
uito rud
imentares e locais agrícolas,
quesãoactualmenteapenas
vestígiosde
indu
strias
extractivas,com
muito
poucoim
pactona
natureza.A
forte
presença
demoinh
osde
água
ede
ventonasmargens
dorioenasencostas,m
ostram
aforteindu
strialização
da região baseada em
energias reno
váveis.E
stas in
dústrias perderam com
petitividade para as no
vas,mais po
lu-
entesequ
eprovocaram
oabando
nodo
Hom
emdestas
zonashá
cercade
20-50anos.
v)Valor
paisa
gístico
Este local m
ostra um
mod
elado típ
ico do
processo de peneplanação,com a in
cisão recente das ribeiras
contem
poraneam
enteao
levantam
ento
tectón
icodo
continente,m
ostrando
antecessão
emmuitoslocais.É
deenalteceramaneira
com
está
ordenado
oterritó
rio,
mantend
o-se
muitascaracterísticas
naturais,com
muitas
estruturas
humanas
antig
asaind
aconservadas.
278
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
5.Eco
percu
rsos
OsEcopercursosdo
Alm
ansor,
foram
elaborados
tend
oem
contaas
características
epo
tencial
Ecoturísticodesterio.Osseus
principaisinteresses
partilham
entresium
agrande
ligação,com
ose
pode
ver-
ificar
nocampo.T
orna-se,po
rtanto,ind
ispensávelcriarpercursosqu
erealcem
eprom
ovam
olocald
eform
aasensibilizarapo
pulaçãoatravésda
educação
ambientalem
plenaNatureza.Assim
,propõ
em-sedo
ispercur-
soscom
grausde
dificuldadedistintos,atravésdo
squ
aisse
interpretaaGeologiaeaBiologialocal,eos
locais
deintervençãohu
mana,perfeitamenteintegrados
napaisagem
natural.
Definim
osdu
asáreasdiferentes,qu
ese
caracterizam
poraspectos
distintosentreas
texturas
dos
Migmatito
sHeterogéneos,pelaGeomorfologiaepelo
tipode
acesso.A
Área1(Figura4)
écaracterizadapo
rum
acesso em
boas cond
ições para levar qualquer tipo
de grup
o.Ao nível científico e didáctico é muito im
por-
tantepara
aob
servação
eestudo
dosMigmatito
s,da
distribu
ição
dafaun
aefloraedasintervenções
antro-
pogénicas.AÁrea2(Figura5)
possui
entreos
seus
principaisinteresses
apo
ssibilidade
deinterpretaravari-
ação
dascaracterísticas
dosMigmatito
seotip
ode
contacto
com
osTon
alito
s.Tam
bém
éum
bom
localp
ara
sesalientar
ograu
depo
luição
doAlm
ansorajusanteda
ETARde
Mon
temor-o-N
ovo.
Oacesso
aesta
área
estará
maisrestringidoapequ
enos
grup
osqu
enãoapresentem
dificuldades
demob
ilidade,jáqu
eafacilidade
mod
eradada
caminhada
nestelocalo
tornaselectivoem
relaçãoapo
tenciaisvisitantes,p
ormotivos
desegu-
rança.
279
PATRIM
ÓNIO
Figura5-Mapada
área
2.Ver
notado
percurso
notextoabaixo.A
daptadoda
Carta
Geológica
dePo
rtugal
àescala
1:50
.000
-Folha
35-
D-M
ontem
or-o-N
ovo,do
Instituto
Geológico
eM
ineir
o.
280
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
Notadopercu
rsodaÁrea1
0-M
oinh
odo
Ana
nil:
-Amecânicado
moinh
oeusode
energias
reno
váveis(in
terior
eexterior
domoinh
o).
1-P
egodo
Zan
galho.
Aba
rragem
dalev
adado
Moinh
odo
Ana
nil:
-Localde
observação
defaun
aeflora;
-Hum
anização
emharm
onia
com
aNatureza.
Infra-estruturas
criadaspara
oaproveitamento
daenergiahidráulica.
Características
deum
moinh
ode
água.
2-I
nicio
dalev
ada(o
“cam
inho”da
água
):-Características
geológicas
e(geo)m
orfológicasda
zona.Exp
licação
sumária
darochalocal(relação
entreMigmatito
se
Granitos);
-Observaçãode
faun
aeflora.Relaçõesentreentid
ades
abióticas
(clim
a,geologia,etc.)ebiológicas.
3-V
árzeado
rio:
-O
queéum
avárzea?;
-Observaçãode
faun
aeflora;
-Aspectosda
geologiaeda
morfologia.
4-M
argens
dorio
,jun
toao
moinh
odo
Ana
níl:
-Observaçãode
faun
aeflora;
-Aspecto
dosmigmatito
sda
área;
-Características
davegetação;
-Intervenções
humanas.
5-“
OsBan
hista
s”:
-Vegetação,L
iqueneseMusgo
s.Relação
com
apo
luição;
-Chamadade
atençãopara
aqu
alidadeda
água;
-Discussão
acerca
dagestão
dosrecursos
naturais,n
ogeral,ehídricos,em
especial.
6-L
eitoemargens
dorio
:-Erosãodiferencial.Marcasde
correnteedisjun
çãoesferoidal;
-Aspectosindicado
resde
fluxoemov
imento
nasrochas.N
eoePaleossoma.Rotação
deblocos.A
nalogiacom
ofluxoda
água
dorio.
-Chamadade
atençãopara
olixodespejadona
encosta.
-Antigas
pedreiras:O
impactona
paisagem
.Blocosretirados
darocha,aproveitand
oas
suas
discon
tinuidadesnaturais.
7-P
atrim
ónio
Geológico:
-Geo
eBiodiversidade:Que
relações
existem?;
-O
quesãofalhas?Observaçãoeleitu
rado
mov
imento
em“espelho
sde
falha”.A
relaçãocom
osSism
os;
-Observaçãode
faun
aeflora;
-Geomorfologia
281
PATRIM
ÓNIO
Figura5-Mapada
área
2.Ver
notado
percurso
notextoabaixo.A
daptadoda
Carta
Geológica
dePo
rtugal
àescala
1:50
.000
-Folha
35-
D-M
ontem
or-o-N
ovo,do
Instituto
Geológico
eM
ineir
o.
282
IICONVERSA
SÀVOLT
ADO
RIO
29e30
deOutub
rode
2005
Notadopercu
rsodaÁrea2
1-M
oinh
od'água
:-Semelhanças
com
osmoinh
osdo
Ananile
Borracha.
-Características
daGeomorfologialocal:Ausênciade
terraços
fluviaisetraçadorectilíneodo
Alm
ansor.
-Con
statação
dograu
decontam
inação
doAlm
ansorepo
ssíveisfontes
decontam
inação.
2-M
igmatito
sheter
ogéneos:
-Aspectostexturaisede
corteentreneossomaepaleossoma.
-Características
demaior
temperatura
duranteapetrogéneselocal.
-Bou
dinagem,p
inch
andsw
ell,sigm
óidesedeltasde
fluxo.Relação
com
adirecção
gerald
etransporte
dofluxomigmatíti-
co.
-Aspectosde
deform
ação
frágiledú
ctil.Plano
sconjugados
defalha.
3-T
onalidad
esnosmigmatito
s:-Observaçãoecomparaçãodastonalidades
doneossomaepaleossomaem
relaçãocom
aárea
1.-Vestígiosde
pedreiras.Aproveitamento
dasdescon
tinuidadesnaturaispara
aextracçãode
blocos
derocha.
4-E
rosãodifer
encia
l:-Relevos
residu
ais,Marmitasde
Gigante,encaixe
recentedo
rio,etc.
-Aspectospeculiaresdo
sMigmatito
sHeterogéneosjuntoao
contacto
com
osTon
alito
s:um
aou
maisfasesde
migmatiza-
ção?
5-C
ontacto
entreTonalito
semigmatito
s:-Con
statação
dafontetérm
icaqu
eoriginaamigmatização
eopo
rquê
dadirecção
defluxobem
marcada.
-Con
tactogradualentre
encaixante
emagma,dand
oasensação
deassimilaçãomagmáticagradualacompanh
adade
difer-
entesgrausde
fusãoparciald
oencaixante.
-Características
demagmas
cada
vezmaisinterm
édiosem
direcção
aointerior
doMaciçodo
sHospitais.
6.Biblio
grafia
Carvalhosa,A,Z
byszew
sky,G,(1994),C
arta
Geológica
dePo
rtugal,n
aescala
1:50
000.
NotíciaExp
licativada
folha35
-D(M
ontem
or-o-
Novo),InstitutoGeológico
eMineiro
86pp
.Diasda
Silva,I,Mattio
li,M,C
idda
Silva,JH,(2005),ANANIL
-EventoCultural,Ecopercurso,O
ficinasdo
Con
vento6pp
.JorgePinto,A
.,Diasda
Silva,Í.,L
ima,J.,Ribeiro,M
.,Ressurreição,R.,,R
eis,T.,(2005),Trêse
xemplos
dePa
trim
ónio
Geológico
emter
-ritório
Naciona
l:Afloramentosgeológico
sdo
Alm
ansor,
PraiaGrand
edo
Rodízio,D
unaconsolidad
aeArribalitoral
dapraiade
Magoito.T
raba
lho
realizad
ono
âmbito
dadisciplin
ade
Patrim
ónio
Geológico
eGeoturis
mo,Dep.d
eGeol.da
FCUL,n
ãoeditado,72p.
283
PATRIM
ÓNIO