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Relacion Universidad y Sociedad: La Experiencia del 'Nucleo Tematico Associação das Mulheres...

Date post: 30-Nov-2023
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LA INTEGRACION DE LA DOCENCIA, LA INVESTIGACION Y LA EXTENSION PARA LA TRANSFORMACION SOCIAL Y EL BUEN VIVIR. [email protected] / [email protected] TÍTULO: RELACION UNIVERSIDAD Y SOCIEDAD: LA EXPERIENCIA DEL NUCLEO TEMATICO ASSOCIACION DAS MULHERES RENDEIRAS EN LA CIUDAD BRASILIEÑA EJE: Relación Universidad - Sociedad AUTORES: Gilney Costa, Edmo Martins, Alvany Maria dos Santos Santiago CONTACTO: [email protected] RESUMEN: Este artigo apresenta as atividades realizadas no Núcleo Temático das Mulheres Rendeiras que se caracteriza como atividade de integração entre a Universidade e a Sociedade. Essas atividades foram desenvolvidas pela equipe formada por um estudante de psicologia e outra de engenharia da computação sob a coordenação de uma professora do curso de Administração e foram organizadas no formato de roda de conversas. Foram realizadas quatro rodas de conversas na Associação das Mulheres Rendeiras e duas no Assentamento Terra da Liberdade no município de Petrolina, no semiárido nordestino, no Brasil. A primeira teve como objetivo de ampliar a conscientização sobre a cidadania legal e plena, a segunda objetivou trabalhar a questão de gênero a partir da metáfora da natureza e cultura. A terceira roda de conversa focalizou nos desafios inerentes à violência contra a mulher e em desenhar a formação da rede de enfrentamento a este tipo de violência. A quarta e última roda de conversa, teve como ponto central de discussão a noção de políticas públicas e compromisso social. Ademais, ainda constitui-se como atividade deste núcleo a assessoria ao projeto Tecendo a Cidadania, financiado pela Codevasf, com elaboração de Protocolo de Convênio, assessoria a gestão financeira, a elaboração de registro das atividades através de relatório e vídeo e a realização de oficinas de danças e bisquit. O referencial teórico utilizado foi Freire (1970) e atendeu a um público de 150 pessoas entre mulheres integrantes da referida associação, moradores do Assentamento Terra da Liberdade, estudantes e professores. OBJETIVO: Oportunizar aos discentes e docentes trabalhar uma demanda social de forma sistêmica e multidisciplinar; Contribuir com a divulgação científica e desenvolver o proceso ensino/aprendizagem além da sala de aula para a realização de intervenção com uma organização não governamental. Colaborar para a promoção da emancipação humana, política e social.
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LA INTEGRACION DE LA DOCENCIA, LA INVESTIGACION Y LA EXTENSION PARA

LA TRANSFORMACION SOCIAL Y EL BUEN VIVIR. [email protected] / [email protected]

TÍTULO: RELACION UNIVERSIDAD Y SOCIEDAD: LA EXPERIENCIA DEL NUCLEO TEMATICO

ASSOCIACION DAS MULHERES RENDEIRAS EN LA CIUDAD BRASILIEÑA

EJE: Relación Universidad - Sociedad

AUTORES: Gilney Costa, Edmo Martins, Alvany Maria dos Santos Santiago

CONTACTO: [email protected]

RESUMEN:

Este artigo apresenta as atividades realizadas no Núcleo Temático das Mulheres

Rendeiras que se caracteriza como atividade de integração entre a Universidade e a Sociedade.

Essas atividades foram desenvolvidas pela equipe formada por um estudante de psicologia e

outra de engenharia da computação sob a coordenação de uma professora do curso de

Administração e foram organizadas no formato de roda de conversas. Foram realizadas quatro

rodas de conversas na Associação das Mulheres Rendeiras e duas no Assentamento Terra da

Liberdade no município de Petrolina, no semiárido nordestino, no Brasil. A primeira teve como

objetivo de ampliar a conscientização sobre a cidadania legal e plena, a segunda objetivou

trabalhar a questão de gênero a partir da metáfora da natureza e cultura. A terceira roda de

conversa focalizou nos desafios inerentes à violência contra a mulher e em desenhar a

formação da rede de enfrentamento a este tipo de violência. A quarta e última roda de

conversa, teve como ponto central de discussão a noção de políticas públicas e compromisso

social. Ademais, ainda constitui-se como atividade deste núcleo a assessoria ao projeto

Tecendo a Cidadania, financiado pela Codevasf, com elaboração de Protocolo de Convênio,

assessoria a gestão financeira, a elaboração de registro das atividades através de relatório e

vídeo e a realização de oficinas de danças e bisquit. O referencial teórico utilizado foi Freire

(1970) e atendeu a um público de 150 pessoas entre mulheres integrantes da referida

associação, moradores do Assentamento Terra da Liberdade, estudantes e professores.

OBJETIVO:

Oportunizar aos discentes e docentes trabalhar uma demanda social de forma sistêmica e

multidisciplinar;

Contribuir com a divulgação científica e desenvolver o proceso ensino/aprendizagem além da

sala de aula para a realização de intervenção com uma organização não governamental.

Colaborar para a promoção da emancipação humana, política e social.

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METODOLOGIA:

Os Núcleos Temáticos Multidisciplinares (NT) são componentes curriculares que integram a

matriz dos cursos oferecidos no ámbito da Universidades Federal do Vale do São Francisco

(Univasf). Tem por objetivo contribuir para que a universidade atenda o seu compromisso

social e possibilite a atuação critíca e criativa na identificação e solução de problemas

socioeconômicos, ambientais, culturais, científicos e/ou tecnológicos da região através do

estudo, pesquisa e aplicação do conhecimento integrado (UNIVASF, 2004). As atividades dos

NT’s correspondem a 120 horas.

Um dos núcleos temáticos implantados foi o da Associação das Mulheres Rendeiras do Bairro

José e Maria e Adjacências e contou com a participação de estudantes e professores dos

cursos de Administração, Psicologia, Enfermagem, e das Engenharias Civil, Elétrica e de

Produção. Esse núcleo surgiu da demanda para a construção da sede da referida associação a

partir do projeto de extensão: identidade cultural do semiárido: o impacto da uva e do vinho,

hoje denominado de Univasf-Rendeiras.

Os estudantes foram organizados em subgrupos, que ficaram responsáveis por tratar de

demandas específicas e foram coordenados por professores dos diferentes cursos

supracitados. Os trabalhos desses subgrupos eram socializados mensalmente, precedido por

leitura e discussão da temática ligado ao problema trabalhado, oportunizando, também, a

socialização do conhecimento independente do curso de graduação do discente.

Esses subgrupos realizaram visitas, entrevistas e observação participante na sede da

associação das Mulheres Rendeiras, como também no Assentamento Terra da Liberdade.

A Associação das Mulheres Rendeiras do Bairro José e Maria e Adjacências está localizado em

um bairro periférico da cidade de Petrolina, no estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil.

Especificamente na região chamada de semiárido nordestino. Esta associação, fundada em

1990 a partir do trabalho de um Grupo de Mulheres, teve como presidente a senhora Angelita

Maria dos Santos, tem por objetivo oportunizar a discussão sobre direitos e deveres das

mulheres, para a partir daí trabalhar a busca pela melhoria da qualidade de vida. O trabalho

focaliza as mulheres chefe de família, desempregadas e crianças. Dessas discussões surgiu a

necessidade de realizar atividades de geração de renda que permitissem as mulheres realizar o

devido acompanhamento dos filhos/as. Assim, o público é formado por mulheres chefe de

família, desempregadas e crianças e desenvolvem cursos de bordados, salgados, culinária,

trabalhando sempre as questões da cidadania e empoderamento das mulheres, a questão de

gênero e raça e a identidade cultural.

Os participantes foram estudantes, professores, as integrantes da associação das mulheres

rendeiras e suas famílias e moradores do Assentamento Terra da Liberdade, perfazendo um

toatl de 150 pessoas.

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Este artigo apresenta o trabalho realizado por estudantes de Psicologia e Engenharia da

Produção sob a coordenação da professora do curso de Administração. As atividades foram

realizadas no ano de 2009.

RESULTADOS:

Inicialmente apresentaremos as atividades desenvolvidas nos dois semestres que o Núcleo

Temático da Associação das Mulheres Rendeiras foi oferecido. Foram elas: a) produção de dois

vídeos sobre momentos marcantes do Núcleo Temático, sendo um do Assentamento Terra da

Liberdade e o outro na Associação das Mulheres Rendeiras 2009.1 e 2009.2; b)

elaboração de minuta do Protocolo de intenções (convênio entre UNIVASF, CODEVASF e

Associação das Mulheres Rendeiras); c) realização de oficinas de Biscuit e Dança no

Assentamento Terra da Liberdade; d) aprovação do projeto Tecendo a Cidadania pela

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF) que

culminou com a construção da sede da referida associação (incluir fotos; e e) assessoria para

alteração do estatuto realizada por advogado especializado em ONGs; e finalmente

assessoria administrativa para a definição do preços dos produtos, desde o levantamento dos

principais custos da confecção de roupas até a verificação de sua base de cálculo nos

preços de vendas. É importante ressaltar o processo de monitoramento e avaliação do núcleo,

que contemplou a avalição de cada atividade realizada e avalição final, sempre com a

participação de todos os atores e atoras envolvidas no processo de construção do

conhecimento e reflexão do mundo e os resultados obtidos.

A Figura 1 apresenta a equipe de estudantes, professores e da Associação das Mulheres

Rendeiras durante a realização de uma das atividades do Núcleo.

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Figura 1 – Estudantes, professores desenvolvendo atividades na Associação das Mulheres

Rendeiras.

As atividades desenvolvidas pela equipe formada por um estudante de psicologia e outra de

engenharia da computação sob a coordenação de uma professora do curso de Administração

foram organizadas no formato de roda de conversas. Em sequência estão apresentados o

embasamento teórico e a descrição de cada uma delas. A primeira teve como objetivo ampliar

a conscientização sobre a cidadania legal e plena, enquanto na segunda, o objetivo constituiu-

se em trabalhar a questão de gênero a partir da metáfora da natureza e cultura. A terceira

roda de conversa focalizou nos desafios inerentes à violência contra a mulher e em desenhar a

formação da rede de enfrentamento a este tipo de violência. A quarta e última roda de

conversa, teve como ponto central de discussão a noção de políticas públicas e compromisso

social.

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As rodas de conversas configuraram-se como uma (re)edição dos círculos de cultura, proposto

pelo Paulo Freire. Segundo este pedagogo: no círculo de cultura, a rigor, não se ensina,

aprende-se em “reciprocidade de consciências”, não há professor, há um coordenador, que

tem por função dar as informações solicitadas pelos respectivos participantes e propiciar

condições favoráveis à dinâmica do grupo, reduzindo ao mínimo sua intervenção no curso do

dialogo. (FREIRE, 1970, p. 3)

Assim, as rodas de conversas foram constituídas privilegiando o diálogo e a escuta sensível, a

fim de problematizar o pensamento e de (re) significá-lo quanto aos temas cidadania legal e

plena, gênero e políticas públicas e compromisso social. Tais ações foram construídas de forma

lúdica, não usando escrita nem leitura da palavra, mas a leitur-ação das imagens e da vida

cotidiana. As rodas de conversa nos trouxeram como contribuição o entrosamento e a

confiança que foi propiciada, através do descentramento sujeito objeto, a ponto das mulheres

rendeiras se sentirem a vontade para colocar fatos de suas vidas como, por exemplo, situações

de violência doméstica. A primeira roda teve como tema cidadania legal e plena. Adotamos

como marco teórico da discussão o texto “notas sobre cidadania e modernidade” de autoria

de Carlos Coutinho (2005). Nesse texto, o autor faz uma retomada histórica do conceito de

cidadania do ponto de vista teórico e prático. Iniciando pelo conceito de cidadania adotada na

Grécia. Segundo o referido autor, a noção de cidadania é anterior ao mundo moderno, apesar

de que foi, no mundo moderno, que tal noção alcançou o seu apogeu.

Para Coutinho (2005), a cidadania do ponto de vista legal - documentos, representatividade -

surgiu na Grécia Clássica, com as experiências gestadas no bojo dos princípios democráticos de

então, neste sentido, ser cidadão ou cidadã dizia respeito a ter direitos e deveres. Vale

salientar que é interessante essa observação, pois, modernamente, a ideia de cidadania é

concebida a partir desses deveres e direitos. Segundo Coutinho (2005, p. 3): foi com base nos

direitos e deveres que Aristóteles cunhou a definição de cidadão como todo aquele ser que

tinha direito (e, conseqüentemente, também o dever) de contribuir para o governo,

participando ativamente das assembléias onde se tomavam as decisões que envolviam a

coletividade e exercendo os cargos que executavam essas decisões.

Assim, na primeira roda de conversa, exploramos a importância da documentação para o

exercício da cidadania legal, articulando a discussões sobre a cidadania plena, chamando

atenção para o fato de que ter documentos não significa ser cidadão ou cidadã, mas

sim, o acesso aos direitos e o exercício dos deveres. Entendendo, a título de esclarecimento, o

papel do estado frente às conquistas dos direitos, o papel de ONG’s, associações e demais

movimentos sociais organizados. A segunda roda de conversa teve como provocação a

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discussão sobre natureza e cultura. Ambas, como metáfora das relações de gênero.

Buscamos definir natureza como algo que é dado, pronto, acabado e imutável, a priori, e

cultura como o trabalho de homens e mulheres sobre a natureza, com o objetivo de criar,

inventar e produzir significados a partir de sua rede social e experiência de vida. Portanto,

durante o desenvolvimento da roda, fomos atrelando o conceito de natureza ao sexo e de

cultura ao gênero, estabelecendo diferenças entre um e outro. O primeiro conceito – natureza

/ sexo – corresponde ao biológico ao que o sujeito “traz” no corpo e que por hora o

define frente ao olhar do outro, ou seja, o pênis ou a vagina como diapasão da experiência

corpórea do ser homem e do ser mulher. É nesse domínio das relações sociais e culturais que

buscamos discutir o gênero como uma construção de papeis sociais para dizer o que é o

homem e o que é mulher. Se por um lado falamos em sexo ligado aos caracteres biológicos de

machos e fêmeas, buscamos pontuar que o gênero está além do sexo. Assim, gênero,

pressupõe relação, na maioria das vezes, para não dizer quase sempre relações de poder.

Adotou-se como subsídio teórico dessa discussão os textos “Gênero como

configuração da desigualdade: o gênero desvelado” de autoria Queiroz e Barbosa (2006)

e “Gênero: uma categoria útil para a análise histórica” de Joan Scott (1995). O primeiro

texto – Queiroz e Barbosa (2006), buscam promover considerações sobre o gênero como uma

relação de poder socialmente construída. Os autores analisam que, mesmo, na Revolução

Francesa, século XVIII, quando se postulavam idéias de liberdade, igualdade e

fraternidade, as mulheres foram maciçamente proibidas de acessar os direitos políticos e

sociais. Portanto, o conceito de gênero se refere às relações entre mulheres e homens,

mulheres e mulheres, homens e homens. Todas estas relações criam várias desigualdades,

fazendo com que alguns tenham mais poder sobre os outros, sejam considerados mais

importantes e respeitados na sociedade. Também faz com que algumas pessoas tenham mais

liberdade e oportunidade para se desenvolverem do que outras (QUEIROZ e BARBOSA, 2006,

p. 38).

Scott (1990) por sua vez, analisa o gênero como uma produção de um determinado tempo

histórico e social, a partir de contribuições do movimento feminista. Um ponto de destaque

nesse trabalho consiste em mostrar que o próprio movimento feminista não deseja reproduzir

a violência de gênero com os homens, nem tampouco criar uma sociedade andrógena, onde as

diferenças sejam suprimidas, na verdade, o que o movimento feminista busca contestar nessa

relação de gênero, é a heteronormatividade como valor de norma social, e as desigualdades de

acesso ao direitos a partir daí criadas. Ressalta o autor que: a natureza desse processo, dos

atores e das ações, só pode ser determinada especificamente, se situada no tempo e no

espaço. Só podemos escrever a história desse processo se reconhecermos que “homem” e

“mulher” são ao mesmo tempo categorias vazias e transbordantes; vazias porque elas não têm

nenhum significado definitivo e transcendente; transbordantes porque, mesmo quando

parecem fixadas, elas contêm ainda dentro delas definições alternativas negadas ou

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reprimidas (SCOTT, 1990, p. 9). Com base nessa reflexões, foi realizada a terceira oficina que

abordou a violência contra a mulher. Ao pensar, nessa roda, tivemos por objetivo também

desenhar a formação da rede de enfrentamento a violência contra a mulher. Para tanto, fora

apresentada a história de Maria da Penha e as mudanças legais com o advento da nova

legislação. Buscamos desmitificar, também, a crença de que em briga de marido e mulher não

se mete colher, já que esta crença tem diminuído ações em defesa da mulher em situação de

violência. Trabalhamos, ainda, a noção de controle social, conselhos de direitos e associações.

Hífen (1994) esquadrinha o conceito de gênero em diversas sociedades, fazendo um

levantamento da literatura a fim de compreender a relação entre gênero e violência. Ao fim, o

autor conclui que o homem é vitima de violência na esfera pública, e a mulher vitima no

âmbito doméstico, geralmente, pelo próprio parceiro. É um artigo de fácil compreensão que

ao que parece o autor analisa os determinantes da violência contra mulher, presente na

literatura.

Nossa discussão, em termos globais, aponta para o abismo existente entre a realidade da

violência doméstica e a definição da sexualidade como direito humano inalienável e como

“forma de expressão integral dos seres humanos” que é (isto é, poderia ser) prazerosa,

afetiva, comunicativa, criativa, ética e procriativa, conforme Basso, 1993 apud GIFFIN, 1994,

p. 8).

Outro levantamento bibliográfico, que veio somar as leituras já realizadas foi o livro “Mulheres

semeando a cidadania” de autoria de Pernambuco (2008), que retrata três tipos de violência

contra as mulheres, e que são recorrentes nos dispositivos de proteção. A primeira é

denominada violência de gênero e configura-se como a violência praticada pelo homem

contra a mulher pelo fato dela ser mulher, ela se efetiva, pela violação dos direitos

fundamentais, pelos atos de agressão física, verbal, moral, sexual. O segundo tipo de

violência, tão comum quanto o primeiro, é a violência intrafamiliar, definido como a

violência que atinge aos membros da família. E, por último, a violência doméstica que

alcança todas as pessoas que convivem no espaço familiar em regime integral ou parcial. Vale

ressaltar, que esses tipos de violência, não esgotam todos os outros que atinge as mulheres:

violência simbólica, psicológica, econômica, dentre outros. A roda de conversa foi

encerrada chamando atenção para o fato de que combater a violência de gênero e a violência

domestica é um dever de toda comunidade, e é um direito da mulher em situação de

violência. A quarta e última roda de conversa, teve como ponto central da discussão a noção

de políticas públicas e compromisso social. Durante a discussão exploramos as diferenciações

entre política e política pública. A noção imbricada no processo foi a de políticas públicas como

uma tecnologia social saudável e de proteção aos direitos dos cidadãos e cidadãs. Foi

ressaltado o fato de que essas tecnologias são resposta do Estado frente às pressões sociais.

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Iniciou-se assim, a articulação entre participação popular e controle social atrelado a noção de

direito, que assegura a participação social no desenho, acompanhamento e controle das ações

do Estado. (PERNAMBUCO, 2008, p.23).

Por fim, a Figura 02 apresenta estudantes, professores da Univasf, técnico da Codevasf e

rendeiras em encontro de avaliação das atividades.

Foto 2 – Troca de saberes Associação das Mulheres Rendeiras e equipe da Universidade e

Codevasf.

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BIBLIOGRAFIA

COUTINHO, Carlos N. Notas sobre cidadania e modernidade. Revista Ágora: Políticas Públicas

e Serviço Social, Ano 2, nº 3, dezembro de 2005. Disponível em:

<http://www.assistentesocial.com.br>. Acesso em: 30 jul. 2013

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.

GIFFIN, Karen. Violência de Gênero, sexualidade e saúde. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro,

1994.

PERNAMBUCO. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres semeando a cidadania. Cadernos de

Políticas Públicas. Recife, Secretaria Especial da Mulher, 2008.

QUEIROZ, Tereza C. da N. e BARBOSA, Vilma de L. (coords). Gênero como configuração da

desigualdade: o gênero desvelado. In: SILVA, Jailson, BARBOSA, Jorge L., SOUSA, Ana Inês.

(Orgs.) Desigualdade e diferença na universidade: gênero, etnia e grupos sociais populares. Rio

de Janeiro: UFRJ, Pró-Reitoria de Extensão, 2006.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto

Alegre, vol. 16, nº 2, jul./dez. 1990.

UNIVASF. Normas gerais de funcionamento do ensino de graduação da Univasf. Resolução Nº

08/2004. Aprovada pelo Conselho Universitário (Conuni) em 16 nov. 2004.


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