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Pré-História
1 - Os objectos de adornos no mesolítico: os conjuntos do vale do Sado (concheiros de
Arapouco e Cabeço das Amoreiras - escavações de Manuel Heleno)
Nireide Pereira Tavares
FL/UL, [email protected]
Apresentam-se os resultados da análise de dois conjuntos inéditos de objectos de adornos,
provenientes de dois concheiros mesolíticos do Vale do Sado: Arapouco e Cabeço das
Amoreiras, referentes às escavações dirigidas na região, por Manuel Heleno na década de 50 e
60 do séc. XX e depositados no Museu Nacional de Arqueologia. A análise dos materiais,
realizada no âmbito do Seminário de Licenciatura orientado por Mariana Diniz, insere no
âmbito do projecto Sado-Meso. Os objectos de adornos em estudo, foram feitos exclusivamente
sobre diferentes espécies de moluscos, tanto marinhos como estuarinos, que poderão ser
recolhidos na região. Foram analisadas 617 peçass (414 para Arapouco e 203 para Cabeço das
Amoreiras), encontrando-se distribuídos tanto em relação aos enterramentos, como em outras
áreas dos respectivos concheiros. No geral, os adornos estão bem preservados e encontram-se
representados adornos sobre 12 espécies diferentes de moluscos: theodoxus fluviatilis, cardium
edule, nassarius reticulatus, nassarius incrassantus, nassarius corniculum, cypraea, trivia sp,
nucella lapillus, cerithium sp, dentallium vulgare, columbella rustica e ostrea edulis, sendo que,
as duas primeiras encontram-se entre as mais bem representadas. Esse comportamento revela
uma outra faceta das comunidades de caçadores-recolectores-pescadores, que ultrapassa os
aspectos da subsistência, e que se associa a questões simbólicas e sociais.
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2 - Os primeiros níveis da sequência estratigráfica de Porto de Moura 2 (Pedrógão, Vidigueira)
Nelson Vale2, Sérgio Gomes1, Lídia Baptista1 e Rodry Mendonça2
1 Arqueologia e Património Lda.; CEAACP - Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e
Ciências do Património; [email protected];
lidiabaptista@arqueologiaepatrimónio.pt
2 Arqueologia e Património Lda, [email protected]
O sítio Porto de Moura 2 (Pedrógão, Vidigueira) encontra-se implantado num esporão
sobranceiro ao rio Guadiana e foi intervencionado no âmbito dos trabalhos de minimização de
impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito Hidráulico do
Pedrogão - Fase de Obra. Tais trabalhos foram promovidos pela EDIA S.A., tendo sido
executados pela Arqueologia e Património Lda. A intervenção arqueológica permitiu verificar
duas realidades distintas: a existência de estruturas pétreas e vestígios de extracção de granito
que remetem para a ocupação do esporão em períodos históricos; e o registo de sequências
estratigráficas que, apresentando elementos artefactuais redeposicionados, documentam
diferentes períodos de ocupação durante a Pré-história. Neste poster iremos centrar a análise
nos níveis da base da sequência estratigráfica, exclusivamente compostos por elementos líticos
que atribuímos ao Epipaleolítico, procurando discutir a nossa atribuição cronológica tendo em
conta a indústria identificada.
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3 - Viajando ao interior do mundo: o reportório iconográfico da Lapa dos Louções (Arronches)
Andrea Martins1 e César Neves2
1Associação Arqueólogos Portugueses, [email protected]
2 FCT, UNIARQ, AAP, [email protected]
A Lapa dos Louções é uma pequena lapa localizada na Serra de São Mamede, junto da aldeia da
Esperança em Arronches. Apesar de ser conhecida desde os anos 60, o reportório iconográfico
permanece praticamente desconhecido, não tendo sido realizado um estudo sistemático e
intensivo dos motivos existentes. Pretendemos apresentar os trabalhos realizados, que
consistem no levantamento e estudo integral do reportório iconográfico, integrando-o no ciclo
de pintura rupestre esquemática peninsular. Serão abordados os aspectos estilísticos e
morfológicos, bem como os interpretativos, relacionando-os com os abrigos que formam o
núcleo de Arronches.
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4 - O “Menir” dos Sete (Monforte): dados arqueológicos
Leonor Rocha1 e Paula Morgado2
1 Docente/Investigadora, Universidade Évora, Escola Ciências Sociais/ CHAIA,
2 Arqueóloga/ Investigadora, C.M.Monforte/ CHAIA/Univ.Évora
Os trabalhos realizados no Menir dos Sete (Sete 1), inseriram-se no projeto de investigação que
as signatárias têm vindo a desenvolver no concelho de Monforte desde 2011 (PNTA
“Levantamento Arqueológico e Arquitetónico do concelho de Monforte) que tem por objetivo
proceder por um lado, a uma atualização dos sítios arqueológicos existentes no concelho e, por
outro, realizar algumas intervenções arqueológicas em sítios com potencial valor científico/
turístico.
Os trabalhos realizados em 2013 no denominado Menir dos Sete (Sete 1) tinham como principal
objetivo verificar se tratava realmente de um menir, ou de um monólito natural e se a ele se
associavam estruturas e/ou estratigrafias que pudessem atestar a sua utilização no decurso da
Pré-história Recente. A sondagem realizada permitiu confirmar, sem sombra de dúvida, que se
trata de um monólito natural, integrado no afloramento rochoso granítico, que se apresenta
muito irregular, fissurado e superficial.
Apesar de ser terem encontrado alguns fragmentos de cerâmica manual pré-histórica, não nos
foi possível confirmar a sua eventual utilização como “menir”. Naturalmente que o fato do
afloramento se encontrar a escassos centímetros da superfície e de este local ter sido reutilizado
em épocas mais recentes, poderá ter destruído ocupações mais antigas.
Os trabalhos realizados tiveram o apoio logístico e financeiro da Câmara Municipal de
Monforte e contaram com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Monforte, da
Protecção Civil e da Universidade de Évora, através do Laboratório de Arqueologia Pinho
Monteiro e do Centro de Investigação CHAIA.
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5 - A Anta dos Pardais 4 (Cabeção, Mora): novos dados arqueológicos sobre o megalitismo de
Mora
Leonor Rocha
Docente/Investigadora, Universidade Évora, Escola Ciências Sociais/ CHAIA,
Os trabalhos realizados na anta dos Pardais 4 (Cabeção, Mora), enquadram-se na investigação
que a signatária tem vindo a desenvolver sobre os contextos funerários alentejanos e que
atualmente se inserem no projeto “Megalitismo Funerário Alentejano II” que tem por objetivo
estudar os monumentos megalíticos alentejanos, numa perspectiva espacial, a partir de uma
leitura integrada, que considera, em termos gerais, todas as componentes da vida e da morte
destas primeiras sociedades camponesas, através da realização de intervenções arqueológicas
num conjunto de monumentos seleccionados mas, também, do estudo de espólios
arqueológicos.
Os trabalhos realizados em 2014 na Anta dos Pardais 4 tinha como principal objetivo tentar
recuperar alguma informação científica num monumento que, à partida, se apresentava muito
danificado na sua arquitetura e em risco de destruição.
A escavação realizada permitiu concluir que se trata de um monumento que muito
provavelmente nunca chegou a ser utilizado como espaço sepulcral uma vez que não se
encontraram quaisquer vestígios de espólios pré-históricos.
Por outro lado, registamos a presença do primeiro monumento com arte megalítica no concelho
de Mora, com pelo menos três esteios decorados (círculos e covinhas) obtidos através de
percussão e incisão.
Os trabalhos realizados tiveram o apoio logístico e financeiro da Câmara Municipal de Mora e o
apoio técnico e científico da Universidade de Évora, através do Laboratório de Arqueologia
Pinho Monteiro e do Centro de Investigação CHAIA.
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6 - Território e espaços de morte na Pré-História Recente. Contributo para uma nova leitura do
povoamento megalítico no concelho de Avis
Ana Cristina Ribeiro
Arqueóloga, Centro de Arqueologia de Avis, Município de Avis, [email protected]
Os resultados obtidos no decurso da Carta Arqueológica de Avis revelaram-se determinantes
para o estudo do povoamento pré-histórico no concelho. No início dos trabalhos o panorama
para o megalitismo em Avis encontrava-se, em grande parte, circunscrito aos dados publicados
em 1959, evidenciando lacunas relativamente à distribuição e à tipologia dos monumentos
megalíticos registados, revelando dados desactualizados. Relativamente aos restantes sítios pré-
históricos, a informação era escassa ou mesmo inexistente.
A visão fraccionada e incompleta que existia no início do projecto foi-se atenuando à medida
que os trabalhos se desenvolviam. A identificação de um conjunto significativo de sítios e
monumentos arqueológicos inéditos demonstrou que a realidade era bem mais variada e
multifacetada do que a que se conhecia no início da Carta Arqueológica.
Os dados reunidos permitiram delinear uma nova perspectiva da ocupação do território
durante a pré-história recente. Consciente da relevância dos resultados obtidos, o Município de
Avis procurou, através do Centro de Arqueologia, dar continuidade ao estudo do povoamento
pré-histórico do concelho, promovendo, para isso, o projecto de investigação Território e
espaços de morte na Pré-História Recente. Contributo para uma nova leitura do povoamento
megalítico no concelho de Avis.
O projecto, que agora se apresenta, pretende, na sua fase inicial, dar continuidade aos trabalhos
de uma forma sistemática e devidamente enquadrada, de modo a aprofundar o conhecimento,
numa perspectiva de conjunto, das diferentes modalidades de ocupação durante a pré-história
recente e a compreender a relevância e o significado dos espaços de morte na organização da
paisagem no território que hoje corresponde ao concelho de Avis.
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7 - O dólmen furado da Candieira – novas investigações no séc. XXI
Rui Mataloto1 e Rui Boaventura
O sepulcro da Candieira, situado na aba Sul da Serra d’Ossa é um dos mais
emblemáticos monumentos deste tipo em território nacional. Tendo entrado no cerne da
discussão sobre a antiguidade pré-histórica dos “dólmens”, ainda em finais do séc. XIX, e
apesar das suas peculiaridades, nunca foi objecto de escavações arqueológicas. Neste sentido, e
estando integrado no projecto de investigação MEGAGEO, dirigido por um de nós (RB),
achámos pertinente efectuar uma intervenção que nos permitisse conhecer um pouco melhor a
biografia e a arquitectura do monumento. Pretende-se, então, com este trabalho dar a conhecer
os resultados obtidos, enquadrando-os na História da região.
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8 - Vila Formosa 2 (Vila Nova de Milfontes, Odemira): um tholos (?) sobre o Mira
Miguel Serra1, Eduardo Porfírio1, Diana Fernandes1, Dário Antunes1, Helena Reis2 e Sofia
Soares3
1 Arqueólogos. Palimpsesto, Lda.. Mail: [email protected] 2 Arqueóloga. Mail: [email protected]
3 Geóloga. Projeto Outeiro do Circo. Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de
Beja. Mail: [email protected]
O sítio de Vila Formosa 2 foi intervencionado por uma equipa da Palimpsesto, Lda. no âmbito
do Projeto de Desenvolvimento Turístico e Ambiental de Vila Formosa, Odemira.
Este sítio foi identificado inicialmente como uma necrópole da Idade do Bronze, que poderia
corresponder à cista de Milfontes já mencionada na bibliografia especializada. Em trabalhos de
prospeção anteriores já havia sido reconhecida a existência de uma mamoa artificial, bem como
de lajes de xisto fincadas, que reforçavam a sugestão de se tratar de uma necrópole de cistas.
Os trabalhos, cujos resultados agora se apresentam, consistiram na realização de uma
sondagem arqueológica de avaliação de 4 m², com o objetivo de caraterizar a cista, que haveria
de ser alargada até um total de 15 m² face aos resultados obtidos.
De facto, não se observaram quaisquer elementos relacionados com a cista ou com cronologias
dentro do Bronze do Sudoeste, uma vez que os vestígios identificados apontavam para uma
realidade anterior.
A intervenção arqueológica permitiu constatar a presença de uma estrutura de possível cariz
funerário datável do calcolítico, que se apresentava num estado de conservação muito débil.
As estruturas detetadas, um lajeado e um possível corredor, pertenceriam a uma estrutura de
tipo tholos, semelhante a outros intervencionados no Alentejo e Algarve.
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O corredor, que apenas se conservava num pequeno troço com cerca de 1 m de comprimento,
tinha orientação Este – Oeste, com a entrada virada a nascente, e parcialmente escavado no
substrato geológico, prefigurando uma construção semi-subterrânea.
O lajeado localizado a Este, a cerca de 1 m de distância do corredor, poderá ter pertencido a um
átrio de dimensão difícil de calcular dado o mau estado de preservação destes elementos.
O estado de conservação do resto do monumento permanece uma incógnita, uma vez que a
câmara deverá localizar-se a Oeste da área intervencionada, numa zona aplanada de cotas
ligeiramente superiores às da área da sondagem.
O espólio recolhido revelou-se mais esclarecedor do que as estruturas identificadas, uma vez
que foi possível recuperar um acervo artefactual composto por cerca de uma dúzia de lâminas,
maioritariamente em rocha siliciosa (felsito), entre as quais duas grandes lâminas completas.
Realce-se a ausência de outras tipologias líticas frequentes nestes monumentos como lamelas,
micro-buris, furadores ou pontas de seta.
O conjunto cerâmico, que engloba 339 fragmentos, incluindo duas peças inteiras (um vaso
globular e um vaso esférico), permitiu reconhecer uma grande variedade de formas que
genericamente se situam entre o Calcolítico Inicial/Pleno, registando-se também a presença de
dois fragmentos de bordo decorados com motivos enquadráveis no que é conhecido para os
recipientes campaniformes de estilo inciso, o que remete para um momento de reutilização do
possível tholos já dentro do Calcolítico Final.
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9 - Vestígios Calcolíticos do povoado do Outeiro do Circo (Beja)
Miguel Serra1, Eduardo Porfírio2, Sofia Silva3, Sofia Soares4 e Helena Reis5
1 Arqueólogo. Projeto Outeiro do Circo. Palimpsesto, Lda. Mail: [email protected]
2 Arqueólogo. Projeto Outeiro do Circo. Palimpsesto, Lda. Mail: [email protected]
3 Arqueóloga. Projeto Outeiro do Circo. Mail: [email protected]
4 Geóloga. Projeto Outeiro do Circo. Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de
Beja. Mail: [email protected]
5 Arqueóloga. Mail: [email protected]
O povoado do Outeiro do Circo foi desde sempre relacionado com uma ocupação centrada no
Bronze Final, que recentemente se viu comprovada por datações radiométricas associadas à
construção do vasto sistema defensivo que o rodeia. Para além desta fase alguns autores
procuraram ver aí possibilidades de ocupação posteriores, nomeadamente da I Idade do Ferro,
que ainda não foi atestada no sítio, quer devido à invulgar dimensão que este povoado ostenta
dentro do quadro regional da Idade do Bronze, quer pelos vários sítios, sobretudo necrópoles,
da Idade do Ferro escavados nos últimos anos que se localizam nas suas imediações.
No entanto sobre a hipótese de uma ocupação mais recuada nunca surgiram referências claras,
o que se justifica por uma escassez de dados com ela relacionada.
As escavações arqueológicas empreendidas entre 2008 e 2013 no âmbito do projeto de
investigação “A transição Bronze Final / I Idade do Ferro no Sul de Portugal: o caso do Outeiro
do Circo” documentaram uma complexa muralha atribuída ao Bronze Final e diversos níveis
arqueológicos relacionados com a sua construção que demonstram uma profunda alteração da
zona de encosta que dificilmente permitiria perceber a existência de eventuais ocupações
anteriores.
No entanto, o estudo dos materiais exumados revelou a presença de diversos elementos que nos
permitem colocar a hipótese de ter existido uma ocupação do período calcolítico que ainda
necessita de ser devidamente documentada em futuras intervenções a realizar noutros locais
dentro deste povoado.
Os materiais que podem ser adscritos a esta fase anterior encontram-se dispersos por diversas
unidades estratigráficas da sondagem 1, o que comprova o forte revolvimento sofrido na
encosta onde se viria a implantar a muralha.
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Estes artefactos, agora apresentados, são numericamente residuais quando observados à luz das
mais de 11000 recolhas inventariadas, mas possibilitam, em alguns casos, uma clara integração
num qualquer momento dentro do calcolítico.
São compostos por algumas peças cerâmicas, nomeadamente uma colher, um fragmento de
queijeira, um pequeno bordo decorado com decoração incisa e puncionada ou um recipiente
carenado de perfil troncocónico, mas também por escassos elementos de uma indústria lítica
que se destaca das produções mais frequentes no Bronze Final, como atestado pela presença de
fragmentos de lâminas e lamelas ou outros elementos como um possível braçal de arqueiro.
Existem ainda outros elementos presentes que se tornam difíceis de inserir claramente num
período cronológico concreto, mas que há luz destes dados deverão ser analisados de forma
mais abrangente, como por exemplo um fragmento de conta de colar em variscite ou alguns
artefactos macrolíticos com longa diacronia de utilização.
Para além da apresentação dos materiais referidos, pretende-se ainda lançar alguns cenários
sobre a possível ocupação calcolítica do Outeiro do Circo devidamente integrada no quadro
regional.
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10 - Foliáceos ovóides e grandes pontas bifaciais nos povoados de S. Pedro (Redondo)
Diana Nukushina1, Rui Mataloto2 e Catarina Costeira3
O sítio do S. Pedro (Redondo, Alentejo), ocupado entre os finais do 4º e inícios do 3º milénio
a.n.e, caracteriza-se por uma abundante componente artefactual em pedra lascada, sobretudo
em xistos siliciosos e quartzitos. A partir de uma primeira abordagem tecno-tipológica a este
conjunto lítico, é destacável a presença de utensílios foliáceos de talhe bifacial, prestando-se
aqui um especial enfoque aos chamados “foliáceos ovóides” e “grandes pontas bifaciais” pela
sua raridade no contexto neo-calcolítico da região alentejana.
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Proto-História
11 - La Necrópolis Prehistórica de los Algarbes (Tarifa, Cádiz). Una aproximación a los
rituales funerarios
Vicente Castañeda Fernández1, Yolanda Costela Muñoz1, Iván García Jiménez2, Juan Valentín
Fernández de la Gala3, Fernando Prados Martínez4 e Mª Ángeles Pérez de Diego1.
1 Área de Prehistoria. Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Cádiz. e-mail:
[email protected], [email protected]
2 Conjunto Arqueológico de Baelo Claudia. Consejería de Cultura. Junta de Andalucía. e-mail:
3 Área de Historia de la Ciencia. Facultad de Enfermería. Universidad de Cádiz. e-mail:
4 Área de Arqueología. Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Alicante. e-mail:
Palabras claves: necrópolis, Estrecho de Gibraltar, cuevas artificiales, ritual funerario, Época del
Bronce.
La necrópolis de Los Algarbes (Tarifa, Cádiz) fue objeto de diferentes campañas de excavación
arqueológicas a finales de los años 60 y principios de los 70 del siglo pasado. La fecha en la que
fueron realizas, determinaba la necesidad de actualizar la información existente. Así, en el seno
del Proyecto I+D+i denominado La necrópolis de Los Algarbes (Tarifa, Cádiz). La permanencia
del paisaje funerario en el ámbito del Estrecho de Gibraltar (2012-14)(HAR2011-25200),
autorizado y financiado por el Ministerio de Economía y Competitividad, y que cuenta con la
responsabilidad del Prof. Vicente Castañeda Fernández (UCA), se ha desarrollado un programa
de investigación entre los años 2012 y 2014.
Estos trabajos están permitiendo profundizar en el tipo de sociedad que la configuró, y en el
conocimiento del ritual funerario empleado, ayudándonos a penetrar en sus creencias,
tradiciones y esperanzas en una vida de ultratumba. En paralelo, el desarrollo de ciertos ritos,
cultos y ceremonias reforzarían la identidad social del grupo y la perpetuación del orden
establecido, centrado en una clara diferenciación social.
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12 - La reutilización de estructuras megalíticas durante el II Milenio ANE en el Suroeste de la
Península Ibérica
Yolanda Costela Muñoz
Becaria FPI de la Universidad de Cádiz. Área de Prehistoria, [email protected]
Palabras claves: Megalitismo, Edad del Bronce, reutilizaciones, ideología funeraria, Suroeste.
Hasta hace relativamente poco, la investigación en torno al Megalitismo estaba centrada en su
origen y desarrollo a lo largo del Neolítico y Calcolítico debido a que la arqueología prehistórica
del pasado siglo consideraba a las estructuras megalíticas como sitios estáticos, construidos y
usados por las sociedades neolíticas. De esta forma, el Megalitismo era concebido como un
fenómeno cultural circunscrito a un tiempo y a una sociedad concreta, sin prestar atención a
una cuestión tan importante como es el uso diacrónico de los mismos, incluso en períodos
posteriores en los que parecía que los sepulcros megalíticos habían dejado de utilizarse y habían
sido sustituidos por otras fórmulas funerarias. En este trabajo, podremos comprobar como
durante la Edad del Bronce, el Megalitismo sigue latente entre las comunidades del II Milenio
ANE que habitaron el Suroeste de la Península Ibérica y que reutilizaban antiguos sepulcros
megalíticos para dar sepultura a sus fallecidos, convirtiéndose este fenómeno en recurrente y en
una cuestión que necesita de ser estudiada de forma más exhaustiva.
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13 - Pensar o espaço em Montinhos 6 (Brinches, Serpa)
Lídia Baptista1
1 Arqueologia e Património Lda.; CEAACP - Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e
Ciências do Património., lidiabaptista@arqueologiaepatrimónio.pt
Montinhos 6 (Brinches, Serpa) encontra-se implantado em duas pequenas e suaves colinas
separadas por uma discreta linha de água subterrânea. Neste sítio foram identificadas mais de
duas centenas de estruturas em negativo de cronologia diversa, na sua maioria enquadráveis na
Idade do Bronze. Na análise da disseminação espacial das estruturas, constata-se a existência de
“aglomerados de estruturas” (ou clusters) e “áreas vazias”. Partindo desta constatação, iremos
tecer algumas considerações sobre a construção do espaço em Montinhos 6, usando para tal a
planimetria e o design das estruturas para discutir hipóteses de organização do espaço durante
a Idade do Bronze.
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14 - Materiais cerâmicos pré-romanos provenientes do claustro do Convento de Nossa Senhora
da Graça (Tavira)
Jaquelina Covaneiro1 e Sandra Cavaco2
1 Arqueóloga. Câmara Municipal de Tavira, [email protected]
2 Arqueóloga. Câmara Municipal de Tavira
Em resultado do projecto de recuperação/adaptação a Pousada da Enatur, o Convento de
Nossa Senhora da Graça e, o espaço correspondente à antiga cerca conventual foi alvo de
trabalhos arqueológicos. A sua realização permitiu reconhecer um bairro de época almóada,
uma necrópole de urnas de tipo dito «tartéssica» e uma pequena capela ou cripta funerária,
onde foram enterradas várias gerações de uma família de estatuto elevado.
O estudo dos materiais cerâmicos provenientes do claustro levam-nos a colocar a hipótese de
que toda a área terá sido aterrada para a edificação do convento. É possível que este aterro
tenha sido realizado, parcialmente, com sedimentos provenientes de outros locais o que explica,
em grande medida, as discrepâncias crono-tipológicas do material arqueológico exumado.
Os materiais em análise apresentam uma cronologia mais antiga, integrando-se na já conhecida
ocupação sidérica de características orientais. Destes destacamos as ânforas, a cerâmica de
engobe vermelho, os pithoi e a cerâmica cinzenta. De um modo geral, os materiais apresentam-
se muito fragmentados e rolados, sendo frequente a presença de concreções de carbonatos.
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15 - Os primeiros enterramentos sidéricos na margem esquerda do Guadiana em território
português
Rui Monge Soares*, Lídia Baptista**, Zélia Rodrigues***
*UNIARQ, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, [email protected]
** Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP); Arqueologia
& Património, Rua do Chouso 434, 4455-804 Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, Portugal,
lidiabaptista@arqueologiaepatrimónio.pt
*** Antropóloga, Arqueologia & Património, [email protected]
No âmbito do Sistema Global de Rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva,
intervencionou-se o Bloco de Rega de Brinches-Enxoé, localizado nas freguesias de Vila Nova
de São Bento, Brinches, Salvador e Santa Maria, concelho de Serpa, distrito de Beja. A
construção das infra-estruturas que este projecto contemplou, implicou a afectação do subsolo e,
consequentemente, a eventualidade de afectação de elementos arqueológicos. Neste sentido, a
empresa Histórias & Tempus Lda. e a empresa Arqueologia & Património Lda., foram
selecionadas para proceder a trabalhos de escavação em diversos sítios arqueológicos, entre os
quais destacamos o sítio de Monte da Lage e de Montinhos 6, respectivamente, tendo em ambos
os casos sido intervencionados pela mesma equipa.
Estes sítios apresentaram abundantes vestígios de diversas cronologias, desde o Calcolítico ao
tardo-romano, tendo em cada um deles sido detectado um enterramento de cronologia sidérica,
sendo estes o foco deste estudo.
Ainda que as necrópoles sidéricas abundem no Baixo Alentejo, podendo referir-se, por
exemplo, as necrópoles da zona de Ourique e as necrópoles recentemente conhecidas na região
em torno a Beja, na margem esquerda do Guadiana em território hoje português, os achados
mencionados constituem os primeiros enterramentos detectados e agora publicados,
revestindo-se assim da maior importância para o estudo da Idade do Ferro neste território.
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Em ambos os casos as sepulturas constituem enterramentos singulares, parecendo não
estarem integradas num agrupamento de sepulturas e sendo compostas por estruturas
negativas simples escavadas no substrato geológico, desprovidas de qualquer elemento pétreo.
O resultado da análise paleoantropológica aponta para a presença de dois enterramentos
femininos, sendo o espólio que os acompanha muito escasso.
É pois o estudo deste espólio, dos restos osteológicos, a sua datação por radiocarbono e a
integração crono-cultural destes dois enterramentos que aqui apresentamos, destacando a sua
importância para o conhecimento da Idade do Ferro ao nível regional.
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Época Romana
16 - O castro romano de Ul: uma ligação entre Sul e Norte
Adriaan De Man1 e João Tiago Tavares2
1 Universidade Nova de Lisboa, [email protected]
2 Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis
Os sítios de altura na faixa costeira da Lusitânia setentrional suscitam uma série de
interrogações sobre a sua precisa função tópica e a sua relevância territorial. Muitos carecem de
firmes precedentes da Idade do Ferro, e afirmam-se precisamente sob influência imperial, ainda
que dentro de uma estrutura administrativa mais condizente com o Sudoeste peninsular, e
portanto do resto da província, do que com a Galécia. Destacam-se vários exemplos no litoral
romano, entre Vouga e Douro, configurando uma rede de povoamento particular, em que o
castro pouco tem que ver com a legitimação de estruturas indígenas.
O sítio de Ul, em Oliveira de Azeméis, poderá integrar-se neste género de ocupação do
território, ainda que, até à data, esteja associado a uma genérica ocupação da Idade do Bronze à
Idade Média, com base nos materiais avulsos de intervenções anteriores e na epigrafia
associada ao sítio. Uma nova escavação arqueológica complementou as que se realizaram na
década de 1980, e permitiu recolocar algumas questões sobre a articulação interna do castro de
Ul.
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17 - El santuario de Santa Bárbara de Padrões al comienzo de la implantación romana en el
Baixo-Alentejo
Javier Heras1 e Manuel Maia2
1 Gobierno de Extremadura, [email protected]
2 Museu da Lucerna, [email protected]
Palabras-clave: Periodo romano-republicano, cerámicas de barniz negro, santuario, Santa
Bárbara de Padrões (Castro Verde, Beja), Bajo Alentejo
El sitio arqueológico de Santa Bárbara de Padrões es ya de sobra conocido desde que en 1994
tuviera lugar el importante hallazgo de un formidable depósito votivo durante unas obras de
ampliación del cementerio de la localidad. Lo componían mayoritariamente lucernas, pero
también otros elementos cerámicos, en menor proporción, como ánforas, vasos de terra sigillata,
cerámica común, etc. Aún hoy prosigue su estudio en el recientemente creado Museu da
Lucerna, en Castro Verde, aunque no han faltado avances a su publicación definitiva. De los
primeros resultados se desprende una cronología comprendida entre los siglos I y III d. C.,
basada en el análisis tipológico de las lámparas y los demás objetos cerámicos y numismáticos.
Ya J. L. de Vasconcelos, después de un viaje a Santa Bárbara a finales del siglo XIX, había
apuntado la existencia aquí de un núcleo romano, basando sus consideraciones en el hallazgo
de sepulturas y restos constructivos diseminados por las calles y el entorno de la iglesia.
Sabemos ahora de una posible presa romana, unas termas y los restos de una basílica
paleocristiana, habiéndose hipotetizado incluso sobre el desarrollo de la población antigua en
función de la dispersión de las evidencias materiales.
Con todo, seguimos sin conocer la auténtica fisonomía o entidad del enclave romano, sugerido
en alguna ocasión como mansio o ciuitas en el camino de Ossonova a Pax Iulia. Si, a la luz de
los últimos resultados arqueológicos, podemos estar cada vez más seguros de la preexistencia
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de un santuario romano en el sitio que hoy ocupa el templo cristiano, lo cierto es que seguimos
sin conocer realmente su origen más remoto.
Durante la última campaña de excavaciones, en 2013, a continuación de la “vala das lucernas”,
se volvieron a intervenir los fosos o huecos en la roca natural junto a la pared de cierre del
cementerio. Esta vez estaban rellenos por un estrato heterogéneo de tierra y piedras. Entre los
materiales recogidos en él se identificó un pequeño conjunto de fragmentos de cerámica de
barniz negro, cuyo estudio nos obligará a recapacitar sobre las raíces del sitio y, tal vez, del
propio santuario.
En esta línea vamos a profundizar a lo largo de nuestro estudio, tratando de valorar el alcance
cronológico de la favissa de Santa Bárbara de Padrões y su relación con el entorno territorial,
toda vez que las fechas que se derivan del análisis de estos últimos materiales nos llevan al
inicio de la presencia romana en estas tierras.
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18 - Ruinas do Estabelecimento Termal e Basílica (?) de Arannis (Santa Bárbara de Padrões -
Castro Verde
Manuel Maia
Museu da Lucerna, [email protected]
Escavações realizadas, em 1983, pela Câmara Municipal de Castro Verde, praticamente sem
acompanhamento arqueológico, revelaram uma estrutura que interpretamos como pertencente
a umas termas. O facto de os referidos banhos estarem edificados no topo de uma colina, com
um considerável desnível em relação à base, e dada a completa ausência de qualquer vestígio
de aqueduto faz-nos pensar que aí tivesse havido uma nascente de águas medicinais que tivesse
dado origem a um santuário. Ao lado e aproveitando parte das estruturas romanas foi
construído em época tardo romana, um edifício de Planta Basilical.
No presente ano foi finalmente feita uma planta pormenorizada das ruínas, que apresentamos
neste poster.
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19 - Um later «ex of(ficina) Vincinti» da Rua da Barbacã 29-33 (Serpa)
Ana Sofia Antunes
Arqueóloga. Câmara Municipal de Serpa, [email protected]
No âmbito da requalificação e da ampliação do Museu Municipal de Arqueologia, a Câmara
Municipal de Serpa promoveu escavações arqueológicas no imóvel da Rua da Barbacã 29-33 e
no seu logradouro (contiguo ao Castelo), as quais foram dirigidas pela signatária.
A intervenção permitiu documentar uma extensa ocupação, que recua ao Bronze Final e se
prolonga até aos nossos dias. Num depósito sedimentar (U.E. [357]) associado à reformulação
do espaço ocupado em época romana recolheu-se um fragmento de later epigrafado que se
insere no tipo «ex of(ficina) Vincinti».
Exemplares de material de construção deste tipo são escassos e foram anteriormente
documentados, à superfície, apenas em sítios dos atuais concelhos de Serpa e de Beja,
apontando para a possibilidade de existência de uma produção laterícia tardo-romana de
âmbito local / regional no território referido (Dias e Soares, 1988-1989; Lima, [1963] 1981 e
Viana, 1957).
Constitui objetivo deste trabalho dar a conhecer o novo achado, que configura o primeiro
exemplar recolhido em contexto de escavação e que reforça a hipótese da produção do tipo na
área de Serpa, enquadrando-o com os dados existentes.
Bibliografia referida:
Dias, Maria Manuela Alves e Soares, António M. Monge (1988-1989) - “Os lateres «ex of(ficina)
Vincinti» do Sul de Portugal”, O Arqueólogo Português, S. IV, vol. 6/7, Lisboa, Museu Nacional
de Arqueologia e Etnologia: 263-269.
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Lima, José Fragoso de ([1963] 1981) – “A estação romana de Santa Margarida (Serpa), Jornal de
Moura, n.º 1549, de 8 de Setembro de 1963 e n.º 1552, de 28 de Setembro de 1963”, in Elementos
históricos e arqueológicos do Concelho de Moura, Moura, Câmara Municipal de Moura: 448-
464.
Viana, Abel (1957) – “Notas históricas, arqueológicas e etnográficas do Baixo Alentejo”,
Arquivo de Beja, XIV, Beja, Câmara Municipal de Beja: 17, est. III, 78.
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20 - Nuevos recursos metodológicos para el estudio de la topografía urbana de la antigua
Ciuitas Igaeditanorum (Idanha-a-Velha, Portugal) (Proyecto IdaVe)
Manuel Sánchez de la Orden1, Isabel Sánchez Ramos2 e Jorge Morín de Pablos3
1 UCO, [email protected]
2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
3 Audema, Madrid, [email protected]
Durante la Campaña de Excavación de 2014 realizada en el Paço dos Bispos de la freguesia de
Idanha-a-Velha, se ha utilizado un drone (vuelo no tripulado) para la obtención de dos
ortofotos por procedimientos fotogramétricos y altimétricos. Se han practicado dos vuelos con
una altura que oscila entre los 150 metros y 50 metros. La imagen obtenida con la cámara del
drone nos permite proponer, además, de una restitución de los límites o perímetro urbano de la
ciudad romana, el trazado de los ejes viarios, así como reformular o replantear la ubicación de
ciertos espacios públicos significativos.
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21 - Aplicaciones del 3D para la restitución arqueológica de los contextos y construcciones del
Paço dos Bispos de Idanha-a-Velha (Proyecto IdaVe)
Fernando Nájera1, Elena Marinas1, Isabel Sánchez Ramos2 e Jorge Morín de Pablos3
1 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
3 Audema, Madrid, [email protected]
La campaña de excavación arqueológica y documentación mediante el uso del escáner láser y
un dron no tripulado realizada en el solar que ocupaba el antiguo episcopio de Egitania ha
permitido documentar un conjunto de edificaciones sumamente significativo. El nivel de
arrasamiento de los mismos obliga a la utilización de herramientas 3D que permiten el
planteamiento de diferentes hipótesis de trabajo sobre los alzados y restituciones de los
edificios. Estas aplicaciones permiten un uso exclusivo para los profesionales en el desarrollo de
nuestro trabajo, pero a la vez son útiles para la divulgación de los trabajos realizados.
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22 - Resultados del estudio Arqueológico de Campaña de Excavación 2014 de Idanha-a-Velha
(Portugal) (Proyecto IdaVe)
José Yravedra Sainz de los Terreros1, Verónica Estacada Gómez1, Isabel Sánchez Ramos2 e Jorge
Morín de Pablos3
1 UCM
2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
3 Audema, Madrid
Se presentan los resultados obtenido tras el análisis de los restos óseos de fauna mamífera
recuperados principalmente durante el vaciado de un vertedero de cronología andalusí, aunque
también se presentan otros contextos. La excavación ha proporcionado una colección faunística
de 1126 restos con una buena conservación y representación de especies domésticas como Bos
taurus, Equus caballus, Ovis aries / Capra hircus, y entre los animales salvajes se han
documentado lagomorfos, Cervus elaphus y Sus scrofa. En este sentido, se abordará a
problemática de la constatación del consumo en el seno de las comunidades andalusíes, no sólo
en Egitania, sino en otros contextos ibéricos.
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23 - Resultados del análisis palionológico de Campaña de Excavación 2014 de Idanha-a-Velha
(Portugal) (Proyecto IdaVe)
Manuel Casas Gallego1, Isabel Sánchez Ramos2 e Jorge Morín de Pablos3
2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
3 Audema, Madrid
Se presentan los resultados del estudio de las muestras de sedimento tomadas en los Sondeos I
y II durante la excavación realizada en 2014, que permiten plantear una aproximación a la
reconstrucción de los ciclos climáticos y sobre las transformaciones acaecidas en el contexto
ambiental y el paisaje de la antigua ciudad histórica. Esta información ambiental resulta de
especial interés ante la ausencia de datos palinológicos para el período de estudio que es
descrito por las fuentes como un período de mayor aridez que el actual, lo que lógicamente se
traduciría en un entorno paisajístico y de aprovechamiento ganadero y agrícola diferente al
actual.
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24 - A Necrópole Paleocristã do Eixo Comercial de Mértola – Arqueologia Funerária
Clara Rodrigues*, Nélia Romba*, Maria de Fátima Palma*, Rute Fortuna*, Virgílio Lopes**,
Susana Gómez**, Lígia Rafael***
*Campo Arqueológico de Mértola / Bolseiras da Fundação para a Ciência e Tecnologia/FCT,
** Campo Arqueológico de Mértola, [email protected]
***Câmara Municipal de Mértola, [email protected]
Durante as intervenções no Eixo Comercial de Mértola em 2009 e 2010 foram descobertos
diversos vestígios arqueológicos de grande importância e de vários períodos, para além dos já
encontrados em intervenções anteriores. Alguns destes têm vindo a ser sistematicamente
estudados. Neste poster pretendemos apresentar parte destes vestígios, nomeadamente a
Necrópole Paleocristã que foi colocada a descoberto, sobretudo o que diz respeito à arqueologia
funerária. Será apresentado uma síntese onde se destaca a escavação, a área da necrópole, a
tipologia das sepulturas, tipologia das coberturas, tipologias de enterramentos e o respetivo
espólio associado.
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Épocas Medieval e Moderna
25 - Estudo da fauna mamalógica do Castelo de Salir (Loulé). Contribuição para o
conhecimento da dieta alimentar Islâmica
Soraia Cristina Leandro Martins
Universidade do Algarve, [email protected]
O Castelo de Salir situa-se na freguesia de Salir, concelho de Loulé, no distrito de Faro. Os
trabalhos arqueológicos iniciaram-se em 1986, permitindo, desde logo verificar a sua
importância durante o período islâmico na região.
Em 2009, iniciou-se a análise ao material faunístico do Castelo de Salir, com o objetivo de
conhecer a dieta alimentar desta população. Deste estudo resultou a identificação de uma série
de grupos faunísticos, adiantando, desde já, a predominância dos moluscos. O segundo grupo
mais numeroso são os mamíferos. Por ser o segundo grupo faunístico mais importante neste
sítio arqueológico, decidiu-se elaborar um trabalho somente com os resultados obtidos para
este.
Neste trabalho apresenta-se os resultados obtidos para a fauna mamalógica, de período
islâmico. Todos os mamíferos vão ser apresentados, pois é importante ter a noção do tipo de
espécies aqui encontradas, a sua quantidade e saber quais seriam as mais importantes para a
alimentação.
Sabe-se, a partir de outros estudos faunísticos a sítios arqueológicos islâmicos, que as espécies
domesticadas prevalecem na maioria deles, dando a entender que a alimentação destas
populações é predominantemente a partir de carne de animais domésticos. No Castelo de Salir,
foi possível verificar esta mesma situação, não descurando a importância dos animais caçados
neste sítio. O grupo dos animais selvagens, apesar de menos numeroso, também se encontra
bem representado. No entanto são os animais domésticos que prevalecem no Castelo de Salir.
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De acordo com os resultados obtidos a partir da sua análise, as espécies mais abundantes são os
ovinos e/ou caprinos, onde não só a sua carne seria aproveitada, mas também a lã, o leite, o que
permitia a produção de produtos secundários; o coelho também muito bem representado,
demonstrando o interesse desta população por estes animais. Neste caso específico, é
importante referir, que, a partir de algumas medidas efetuadas a alguns ossos e ao comparar
com medidas de outros estudos faunísticos, comprovou-se que esta espécie seria exatamente a
espécie doméstica, o coelho. Para além destas, existem outras com muita relevância. Foi possível
a identificação do boi, em que, para além do aproveitamento cárnico, era também aproveitado
para tração animal, ou o cavalo.
Relativamente aos animais selvagens foi possível verificar que o veado encontra-se muito bem
representado. Existem outras espécies, mais vestigiais, onde podemos observar uma grande
diversidade faunística, mostrando a grande variedade de espécies que habitavam esta região.
Estas espécies são, por exemplo, a gineta, a lebre ou o texugo.
O grupo de mamíferos é o segundo mais numeroso no Castelo de Salir, o que indica a grande
importância destes animais para a alimentação desta comunidade. A prova de que estes seriam
aproveitados para a alimentação são as inúmeras marcas de cortes que alguns ossos
apresentam, tal como marcas de carbonização, fatores que demonstram a importância destes
animais para a dieta alimentar.
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26 - A cerâmica islâmica de Évora (séculos X e XI) – resultados preliminares
José Rui Santos
Câmara Municipal de Évora / CIDEHUS-UÉ, [email protected]
O presente poster resulta das investigações levadas a cabo no âmbito do estudo a decorrer sobre
a cerâmica de cronologia islâmica (califal e do período das taifas), com procedência
estratigráfica em diversas escavações arqueológicas, ocorridas desde os anos 80 do século XX
até aos dias de hoje na cidade de Évora. O universo cerâmico estudado comporta um universo
de 288 peças, de entre os seculos X e o XI. Tem como principal objetivo, a partir das fontes
materiais, dar um contributo para preencher a lacuna que ainda hoje persiste no conhecimento
da ocupação islâmica em Évora.
Analisa as diversas vertentes do conjunto cerâmico; a tecnologia de produção, a morfologia e
funcionalidade e a ornamentação e iconografia, o que proporciona informações acerca dos
hábitos alimentares, tradições e cultura destas populações e permitirá entender as relações
comerciais intrínsecas que envolveram a cidade com todo o al-Andalus durante estes séculos,
interligando-se assim a componente material com as fontes literárias disponíveis, por forma a
um entendimento abrangente da história da cidade durante o período do al-Andalus.
A partir da reconstrução e repovoamento da cidade após o saque de Ordonho II, em 914 d.C., a
cidade de Évora integrou a rede comercial afortunada que caracterizou o período califal. O
momento de reconstrução e repovoamento da cidade juntamente com a progressiva
incorporação da cidade na orla de Badajoz, em favor do afastamento gradual de Beja, como se
comprovará no período das taifas, tornando-se a segunda cidade do reino aftácida no século XI,
constituíram acontecimentos cruciais para a revitalização e continuidade de Évora. É na
sequência destes acontecimentos que o conjunto cerâmico exógeno aqui tratado chegou até esta
urbe, no qual encontramos peças com enorme requinte, simbolismo e de propaganda
ideológica. Está impresso no conjunto a adoção de simbologia religiosa do islão no quotidiano
destas populações.
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27 - La cerámica andalusí de Idanha-a-Velha (Proyecto IdaVe)
Fernando Sánchez1, Diego Sanabria2, Isabel Sánchez Ramos3 e Jorge Morín de Pablos4
1 UAM, [email protected]
2 UE, [email protected]
3 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]
4 Audema, Madrid, [email protected]
La Campaña de Excavación 2014 en el Paço dos Bispos de Idanha-a-Velha se caracteriza por la
presencia moderada del material recuperado en los niveles estratigráficos excavados, a
excepción de la gran cantidad de material cerámico en el vertedero del Sondeo I, con cerca de
300 fragmentos. El conjunto cerámico es al mismo tiempo diversificado y homogéneo que
evidencia un patrón de producciones locales/ regionales de cerámica común. Entre los
materiales cerámicos de época medieval islámica, comprendida en un momento impreciso entre
los siglos IX y XII aproximadamente, destacan un abundante número de fragmentos que
pueden adscribirse genéricamente a la cerámica común, atribuibles, a su vez, a contenedores de
cocina, mesa y almacenaje, dentro de los cuales se insertan cuencos, ollas, tinajas, jarros y
lebrillos.
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28 - Dinheiros, ceitis, reais e réis. Evidência monetária do Convento da Graça (Tavira)
Sandra Cavaco1 e Jaquelina Covaneiro2
1 Arqueóloga. Câmara Municipal de Tavira
2 Arqueóloga. Câmara Municipal de Tavira, [email protected]
Em resultado do projecto de recuperação/adaptação a Pousada, o Convento de Nossa Senhora
da Graça em 2002, e o espaço correspondente à antiga cerca conventual, foi alvo de trabalhos
arqueológicos.
Foram identificadas várias realidades de que se destaca uma necrópole de urnas de tipo dito
«tartéssica», um bairro de época almóada e uma pequena capela ou cripta funerária, onde foram
enterradas várias gerações de uma família de estatuto elevado.
No decurso dos trabalhos arqueológicos no Claustro do Convento da Graça foram exumados
diversos numismas de cunhagens, tipos, cronologias, reinados e estados de conservação
distintos.
Pretende-se apresentar os resultados do estudo efectuado ao espólio monetário, indicando os
monarcas mais representados, as tipologias monetárias, os metais mais utilizados, etc.
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29 - Leitura diacrónica da evolução estrutural do castelo de Serpa. Como foi, como é e como
poderia ter sido
João Nunes
Arqueólogo. Palimpsesto, Lda., [email protected]
Leitura da evolução do Castelo de Serpa à luz dos registos obtidos durante o acompanhamento
arqueológico do projeto Reabilitação e ampliação do Museu de Arqueologia de Serpa – Núcleo
do Castelo, Zona 9 das Muralhas e obra de demolição e contenção do prédio urbano sito na Rua
da Barbacã, em relação com a planta e desenhos de Duarte d’Armas (início do século XVI), o
projecto de Ricolao de Langres (final do século XVII) e de algumas fotografias das obras da
DGMEN (meados do século XX).
Deste modo, procederemos à interlocução entre o que terá existido (povoado proto-histórico,
castelo islâmico), o que foi registado e as reformulações detectadas (reformulações medievais e
de Época Moderna do Castelo de Serpa, destruições do duque de Ossuna, reconstruções da
DGMEN), a cartografia do existente (Duarte d’Armas) e do planeado (Ricolao de Langres),
finalizando-se com alguns registos fotográficos das obras da DGMEN, que permitem melhor
perceber o actual Castelo de Serpa.
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30 - Estados señoriales y tipologia de las fortificaciones bajomedievales del entorno pacense
Juan José Sánchez González
Doctorando UNED. Licenciado en Historia del Arte (UCM). Diploma de Estudios Avanzados
(UNED), [email protected]
El proceso señorializador que conoció el entorno de la ciudad de Badajoz tras la entronización
de la dinastía Trastámara, dio lugar a la creación de nuevos estados señoriales. La articulación
de los territorios adscritos a los mismos, se basó en una estructura jerarquizada del espacio
basada en la relación de carácter asimétrico entre un núcleo central y su periferia. La nueva
infraestructura castral generada por este proceso, a partir de una tipología base común, refleja
esta dualidad en la configuración de subtipologías específicas para el centro-capital del estado
señorial y sus áreas periféricas. El diseño de las mismas ofrece soluciones concretas a las
necesidades específicas que deben satisfacer, respectivamente, como capital del estado señorial
y como puntos defensivos de territorios limítrofes.
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Cronologia lata
31 - Os espaços funerários de Mértola ao longo dos tempos
Clara Rodrigues*, Nélia Romba* e Maria de Fátima Palma*
* Campo Arqueológico de Mértola / Bolseiras da Fundação para a Ciência e Tecnologia/FCT,
Em Mértola a arqueologia tem vindo a por a descoberto uma série de vestígios que a tornam
num sítio bastante importante nos mais diversos períodos históricos. A monumentalidade de
alguns vestígios são na verdade importantes para a compreensão da evolução histórica deste
pequeno aglomerado. Se todos os vestígios são importantes para a leitura diacrónica do espaço,
torna-se necessário que alguns deles sejam vistos e agrupados. É o caso dos espaços funerários
de Mértola, os quais conhecemos já de uma forma quase sistemática e que estamos em
condições de apresentar um mapa onde se identifiquem os diversos espaços utilizados aos
longos dos tempos, pelos povos que aqui habitaram. Assim, desta forma apresentaremos um
poster com uma planta e respetiva descrição de cada sítio funerário para cada período histórico.
Este será uma forma de compilar a informação sobre os espaços funerários de Mértola, desde a
Idade do Ferro até à contemporaneidade.
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32 - Segredos guardados pelas paredes e abóbadas dos nºs 29-33 da Rua da Barbacã, Serpa.
Abordagem histórico-culturalista ao acompanhamento arqueológico de uma demolição
João Nunes
Arqueólogo. Palimpsesto, Lda., [email protected]
Apresentação de alguns dos materiais recolhidos no decurso do acompanhamento arqueológico
da obra de demolição e contenção dos nºs 29-33 na Rua da Barbacã, Serpa. A demolição deste
edifício, que datará de finais do século XVIII e/ou inícios do século XIX, sobretudo das suas
paredes de taipa doméstica e enchimento de cúpulas, revelaram um diversificado e significativo
conjunto de materiais, desde o período romano aos inícios da Época Contemporânea. Estes
materiais, ainda que descontextualizados, revelam novos dados sobre as destruições nas
imediações do Castelo de Serpa, na transição da Época Moderna para a Época Contemporânea,
possivelmente relacionadas com as acções do duque de Ossuna entre 1707 e 1708, o terramoto
1755 ou a simples evolução urbana de Serpa, tornando disponível espólio de diferentes
períodos, com especial destaque para a Época Moderna, para os referidos enchimentos.
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33 - Da Pré-história à História na região de Montoito / Santa Susana (Redondo) – contributos
da Arqueologia de Salvamento
Rui Mataloto1, Margarida Figueiredo e José Inverno
A região de Montoito, na zona Sul do concelho de Redondo, era pouco mais que
desconhecida em termos arqueológicos até muito recentemente. Na Carta Arqueológica de
Redondo existiam apenas algumas referências a diversos pequenos sítios, principalmente de
época romana.
No entanto, o desenvolvimento de dois grandes projectos na região permitiu, pela
primeira vez, alargar um pouco o conhecimento das dinâmicas de ocupação nesta área.
Os trabalhos decorreram essencialmente de dois trabalhos de natureza quase oposta.
Um concentrou-se na sondagem e avaliação dos impactes causados pelo empreendimento
agrícola da Casa Alta, para Sul de Montoito. O projecto de Reabilitação da Rede de Rega
secundária da Barragem da Vigia, por sua vez, apresentava uma relação totalmente distinta
com a paisagem, ao desenvolver-se em longos trajectos lineares que entrecortavam o território.
Na sequência de ambos projectos intervencionaram-se, em áreas reduzidas, seis sítios
de cronologias diversas, que vão da Pré-História até à época Moderna, contemporânea do
concelho de Montoito.
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Varia
34 - Carta Arqueológica Preditiva da área ardida em 2012 na Freguesia do Cachopo (Tavira)
Eliana Goufa1 e Francisco R. Correia2
1 Universidade do Algarve, [email protected]
2 Universidade do Algarve), [email protected]
Palavras-Chave: Carta Preditiva; Tavira; Cachopo; Área Ardida
Em 2012 ocorreu um grande incêndio a norte de Tavira, devastando cerca 20.000 ha,
aproximadamente entre 15 a 20 km, da zona oriente da Serra do Caldeirão.
Um dos factores importantes aquando da prospecção é a visibilidade do solo. Uma área que
sofreu um incêndio irá proporcionar-nos uma melhor visibilidade do terreno. Devido a esse
factor decidimos realizar uma Carta Preditiva da área ardida da freguesia do Cachopo.
Para procedermos à realização da carta preditiva, tivemos que ler as Cartas Militares
Portuguesas nos 581, 589 e 590 à escala 1:25.000. Para além disso, também utilizámos a
toponímia como fonte para esta investigação arqueológica. Um outro factor importante para a
realização de uma carta preditiva é o conhecimento da rede hidrográfica da área e a sua
importância para as comunidades humanas.
Com base na obra Levantamento da Carta Arqueológica de Cachopo (Maia, 2000) e do
Endovélico, conseguimos recolher informação sobre os sítios arqueológicos já identificados e a
sua localização na área. Utilizámos também a ferramenta do ArcGis para a realização de vários
mapas com a localização dos sítios e as possíveis áreas a prospectar com base na toponímia,
rede hidrográfica e sítios arqueológicos já registados.