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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
NOME : Clayton Portela Nascimento RA: 9135269501
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Tutora a distância: Eliana Oliveira Foster Reis
1
Anápolis - Go
15/09/2014
Índice
- Planejamento, programação e controle da produção
____________________ 03
- MRP gestão de materiais
___________________________________________ 04
- Empresa – visita técnica
____________________________________________ 05
- Previsão de demanda
______________________________________________ 06
- Planejamento de produção utilizado nas empresas
______________________ 07
- Perfil da Empresa em estudo
________________________________________ 08
- Produção plano A, B, C e D
_________________________________________ 09
- MRP / MRPII
____________________________________________________ 12
2
- Elementos de um sistema MRP
______________________________________ 13
- Tabela para processo produtivo
_____________________________________ 15
- Modelo de gestão de operações em serviços
____________________________ 15
Etapa 1
PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO - PPCP
Quando pensamos em planejamento, todos os aspectos devem ser
observados cautelosamente a fim de desenvolver mecanismos e
recursos que impeçam os eventuais “gargalos” que por ventura
possam surgir no decorrer da operação.
Em se tratando de planejamento e controle da produção, alguns
aspectos fundamentais precisam ser analisados antes da3
elaboração de qualquer plano de trabalho, ex: Estrutura,
infraestrutura, capacidades de armazenamentos de matérias
primas e insumos, material de embalagem e produto acabado.
Esta é a base para que um plano comece a ser esboçado.
O PPCP é o cérebro da produção, é ele quem dita qual será o
andamento dos processos produtivos, definindo quais serão as
prioridades de produção para que a demanda seja atendida de
forma eficaz atendendo com excelência aos prazos (Lead time) e
as exigências para uma operação ágil, eficiente e de menor
custo operacional possível. Portanto, em termos simples, o
PPCP determina o que vai ser produzido, quanto vai ser
produzido, como vai ser produzido, onde vai ser produzido e
quem vai produzir.
Ao analisar fatores internos e externos, a base para o
planejamento se dá no modelo de demanda que será atendida. As
previsões de demanda podem ser elaboradas pela equipe
comercial, os responsáveis pelas vendas e pedidos, ou por
históricos de demandas ocorridas anteriormente. Além de
observar o histórico é fundamental atentar-se para os períodos
sazonais, ou seja, aqueles períodos específicos que podem
gerar uma demanda elevada ou reduzida em prazo curto, médio ou
longo.
A definição da demanda é fundamental para o planejamento de
suprimento e/ou estocagem dos materiais, bem como para
estabelecer as capacidades dos maquinários e equipamentos,
estrutura de pessoal necessária, haja vista que os elementos
4
chamados de matéria prima e insumos, material de embalagens e
etiquetas bem como os maquinários e pessoal, devem estar
disponíveis no momento certo para que não ocorram interrupções
no processo produtivo por falta de materiais e/ou quaisquer
outra estrutura necessária para a realização daquele
determinado plano.
Através do Plano Mestre de Produção (MPS) é possível obter uma
visão clara e detalhada de como conduzir o processo. Para
isso, o usuário seleciona o período de cálculo e define um
ciclo de produção, que pode ser diário, semanal ou mensal.
Também há a opção de informar os dias para abertura de ordens.
Depois disso o PPCP se encarrega de cruzar todos os dados,
fornecendo uma estratégia de acordo com a previsão de vendas
(demanda) estipulada para cada produto. Além disso, utiliza os
dados de cadastro para calcular o tempo de produção e lançar
as melhores datas, assegurando que o produto esteja pronto
para atender a demanda no momento certo.
O usuário tem a liberdade de informar a porcentagem de estoque
para reposição, também utilizada no cálculo de MPS. Como nem
sempre esse valor é linear, o usuário pode deixar o campo em
branco, que o PPCP se valerá dos dados de estoque mínimo para
os produtos/materiais.
Com PPCP é possível ter acesso a um mapa de produção e uma
lista com as informações detalhadas. O usuário poderá fazer
várias simulações e gravar os resultados como ‘cenários’.
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Depois, basta selecionar o cenários mais adequado e gerar
automaticamente a programação de produção.
MRP – GESTÃO DE MATERIAIS
MRP, ou planejamento de necessidades de materiais, é um módulo
do sistema que ajuda a manter os estoques de insumos em níveis
ideais de forma que a produção não pare por falta de
componentes e que o espaço de armazenamento não seja ocupado
desnecessariamente.
A partir da necessidade futura gerada pela programação de
produção, o MRP cruza informações como composição dos
produtos, quantidades mínimas de compra, tempo de obtenção de
cada componente e tamanhos de lotes de produção. Com esses
dados, o sistema calcula quando e quanto comprar de cada item,
de forma que não ocorra falta ou excesso de suprimentos para a
produção.
Um programa estruturado evita que você tenha surpresas
desagradáveis e gastos desnecessários. Com Mini PCP é
possível, por exemplo, minimizar momentos de improdutividade
gerados pela falta de materiais ou pelo tempo de preparação
dos produtos. Um bom planejamento também é responsável pela
redução de custos, pois reduz despesas com estoque, material e
mão de obra
O conjunto de resultados do MRP inclui uma aba com sugestões
de itens para compra e produção. O programa apresenta as datas
e quantidades recomendadas para viabilizar as expectativas de
venda e manter a indústria em plena atividade.
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O cálculo de MRP inclui:
- Demanda pendente;
- Demanda de produção programada;
- Estoque projetado;
- Sugestão de compra.
Uma característica observada refere-se a automatização do
processo de produção, que é realizado praticamente sem
interferência humana. A interferência humana é maior nas
atividades de controle do processo. Tal característica pode
ser considerada benéfica para a empresa uma vez que a
tendência mundial é exatamente automatizar processos, com o
objetivo de evitar desperdícios, proporcionar maior
produtividade à empresa e melhor qualidade dos produtos.
EMPRESA: ZOO FLORA NUTRIÇÃO E SAÚDE ANIMAL LTDA
Esta organização atua no segmento de nutrição animal tem a
Matriz localizada em Anápolis, no estado de Goiás, além de
mais duas unidades, uma em Marabá e a outra em Tucumã no
estado do Pará na região norte do país. E ainda conta com dois
pontos de apoio (CD – Centro de distribuição) sendo um em
Paraíso do Tocantins no estado do Tocantins, e o outro em
Confresa no estado do Mato Grosso.
A Zoo Flora está enquadrada no porte médio, tem como missão
“Atuar de forma responsável, com fé, comprometimento e ética,
capacitando e valorizando os colaboradores, oferecendo e7
garantindo resultado a seus clientes através de soluções
inovadoras para saúde e nutrição animal, gerando valor à
sociedade, ao país e ao acionista” e como visão “Consolidar
sua presença no Centro-Oeste e Norte, sendo reconhecida pela
excelência em seus processos, pela eficiência e eficácia no
atendimento personalizado, na qualidade de seus produtos e na
excelência de entrega. Seus valores são: Idoneidade,
transparência, foco no cliente, qualidade do produto,
qualidade na entrega, qualidade de vida no trabalho e
investimento na qualificação dos colaboradores.
A linha de produtos são proteinados, sal mineral, ração para
equinos, bovinos, capriovinos, aves e peixes. O público alvo
dessa organização são os pecuaristas, produtores, casas
agropecuárias e cooperativas. O aluno Clayton Portela
Nascimento ocupa o cargo de Supervisor de PCP e Compras.
PREVISÕES DE DEMANDA
As previsões de demanda são elaboradas com base nos históricos
de vendas anteriores e nos pedidos em carteira. Além de
observar as demandas anteriores, é feito um cálculo médio de
crescimento mensal e anual, análises de períodos sazonais
apurando o percentual de crescimento em financeiro e volume
para entender quais os volumes de materiais, pessoas e
equipamentos precisam ser ajustados para que a demanda seja
atendida com excelência e baixo custo.
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O processo de produção é realizado com lote mínimo de 1.200KG,
ou seja, a produção produz de 1.200Kg em 1.200Kg. Dessa forma,
a demanda é cruzada com os saldos em estoque, e o PCP gera o
start de produção somente para os itens que não estão
disponíveis ou para aqueles que não contém quantidade
suficiente para atender a demanda, tendo em vista manter um
estoque baixo para minimizar custos e recursos parados.
Outra análise que é feita nessa empresa, é com relação à
logística. Como a empresa dispõe de frota própria, a produção
trabalha em função a disponibilidade dos veículos. Isso
acontece, para que os veículos não fiquem parados. Ou seja, os
pedidos (demanda) são aglutinados de maneira que atinjam os
pesos de cada modelo de veículo, e após essa aglutinação, é
que o plano mestre de produção é elaborado e efetivado.
Os estoques de matérias primas, insumos e embalagens são
controlados com o auxilio do ERP Protheus (Microsiga) um
software de gestão onde são abertas as OP’s (Ordem de
produção) e feitos os apontamentos. Conforme a produção vai
efetivando o plano mestre de produção, as ordens são apontadas
gerando saldo no estoque via sistema, e automaticamente
fazendo as baixas dos materiais de embalagens, etiquetas,
insumos e matérias primas, gerando assim um controle efetivo
dos materiais em estoque.
O horário de funcionamento da fábrica se dá conforme a
sazonalidade de cada período. Neste ramo, o pico de produção e
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vendas, acontece no período da seca, nesta época, o pessoal é
dividido em dois turnos de produção e carregamento.
Os processos de demanda são apurados através do software ERP
que dispõe de relatórios da demanda detalhadamente. Com base
neste relatório e em históricos é que o PCP da início ao
processo de planejamento de produção e no star das compras dos
materiais. O sistema está parametrizado para que não ocorra a
possibilidade de estoque negativo. Nos casos de falta de
materiais, a empresa busca parcerias, fornecedores
alternativos bem como reprograma junto aos fornecedores
homologados as datas de chegada dos materiais. Porém com um
trabalho bem estruturado na área de planejamento, as faltas
são totalmente evitadas, pois os estoques de segurança
garantem quaisquer contratempos que por ventura possam surgir.
Seja por aumento nas vendas, falhas na entrega por parte dos
fornecedores e outros motivos mais.
Etapa 2
PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO UTILIZADO NAS EMPRESAS
As empresas que dispõem do setor de planejamento de produção
tornam-se mais competitivas devido aos controles de estocagem,
que a grosso modo são recursos financeiros parados, que muitas
vezes representam a lucratividade da empresa retida em
produtos acabados, insumos, matéria prima e embalagens
estocados sobressalentemente.
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No nível estratégico, são definidas as políticas estratégicas
de longo prazo da empresa. Neste nível o PCP participa da
formulação do Planejamento Estratégico da Produção, gerando um
Plano de Produção. No nível tático são estabelecidos os planos
de médio prazo para a produção, o PCP desenvolve o
Planejamento-Mestre da Produção, obtendo o Plano-Mestre da
Produção (PMP). No nível operacional são preparados os
programas de curto prazo de produção e realizado o
acompanhamento dos mesmos. O PCP então prepara a programação
da produção administrando estoques, sequenciando, emitindo e
liberando as ordens de compras, fabricação e montagem, bem
como executa o acompanhamento e controle da produção. Essa
primeira fase determina os tipos e as quantidades dos produtos
que serão fabricados, baseados nos pedidos recebidos dos
clientes, nas previsões de vendas, ou em ambos.
De fato, aquelas que investem na área de planejamento,
utilizam de métodos cientificamente comprovados. São eles: MPS
(Master production schedule) ou Programa mestre de produção,
MRP (Manufacturing resource planning) ou Planejamento das
necessidades de materiais e SFC ( Programação do chão de
fábrica). Com a junção desses programas as empresas se
organizam para que a produção seja eficiente, eficaz e atenda
com excelência a demanda.
PERFIL DA EMPRESA EM ESTUDO – ZOO FLORA
O grupo Zoo Flora, tem o perfil anual que se divide em três
fazes durante o ano: 11
Fase 1: (De janeiro a Abril) - Chamado período das águas, onde
os pastos nas fazendas estão os pastos verdes e em volume
considerável para alimentar os animais. Neste período é
identificado queda nas vendas pois o capim alimenta os animais
e o pecuarista não precisa adquirir grandes quantidades do
produto complementar na alimentação dos animais.
Fase 2: (De Maio a Setembro) – Chamado período da seca, nessa
época o capim seca, os pastos secam, e o alimento “natural”
dos animais passam a ser insuficientes. Nesta época, é
identificado tendência de alta nas vendas, pois o pecuarista
precisa complementar a alimentação dos animais com os produtos
de sais minerais, proteinados e ração. É nessa fase que o PCP
precisa se atentar para se organizar em pessoal, maquinário e
materiais de insumos, matéria prima e embalagens, desta forma
não perderá mercado para a concorrência.
Fase 3: (De outubro a Dezembro) – Chamado semelhantemente como
na primeira fase, período das águas, é quando começam as
chuvas e o pasto volta a brotar. Nessa época mais uma vez é
identificado queda nas vendas. O PCP precisa se atentar para
entrar nesse período com os estoques razoáveis, tendo em vista
fechar o exercício com o mínimo de recursos estocados.
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PRODUÇÃO MENSAL CONSTANTE
Plano A
A produção acontece somente para atender a demanda do momento.
Dessa forma é o estoque absorve as variações da demanda. Ex:
E.I Demanda - Sacos Produzir0 260 26031 1.485 14544 180 17625 60 3530 625 59535 895 86034 50 16147 200 530 50 5028 50 2218 20 026 15 0910 150 14019 1.000 98115 200 185
PRODUÇÃO CONSTANTE COM VOLUME DE PRODUÇÃO CONFORME CAPACIDADE
PRODUTIVA
Plano B
Produção mensal constante de 700 unidades/mês.
Estoque inicial nulo.
Subcontratando com terceiro as unidades para atender
plenamente a demanda.
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Mês EI P D Subcontratação EF EM
Janeiro 0 600
750 150 0 0
Fevereiro 0 60
0650 50 0 0
Março 0 600
640 40 0 0
Abril 0 600
590 - 10 5
Maio 10 600
540 - 70 40
Junho 70 600
450 - 22
0145
Julho 220
600
420 - 40
0310
Agosto 400
600
530 - 47
0435
Setembro 470
600
600 - 47
0470
Outubro 470
600
790 - 28
0375
Novembro 280
600
860 - 20 15
0
Dezembro 20 600
956 - 0 10
EM 1.940/12 = 161,7
Como demonstrado, só haverá necessidade de subcontratar com
terceiros no mês de janeiro (50 unidades)
14
Plano C
Produção mensal constante.
Estoque inicial 100 unidades em Janeiro.
Estoque final de 148 unidades em Dezembro.
Solução:
A demanda total nos 12 meses é de 7.776
A situação do estoque inicial e final será:
Mês EI P D EF EMJaneiro 100 652 750 2 51Fevereiro 2 652 650 4 3Março 4 652 640 16 10Abril 16 652 590 78 47Maio 78 652 540 190 134Junho 190 652 450 392 291Julho 392 652 420 624 508Agosto 624 652 530 746 685Setembro 746 652 600 798 772Outubro 798 652 790 660 729Novembro 660 652 860 452 556Dezembro 452 652 956 148 300
EM 4.086/12 = 340,50
Plano D
15
Estoque inicial 150 unidades em Janeiro.
Estoque final de 50 unidades em Dezembro.
Produção constante de janeiro a agosto, com estoque mínimo no
final de agosto.
Produção constante de setembro a dezembro.
Calcularemos inicialmente o período de janeiro a agosto
Mês EI P D EFJaneiro 150 552,50 750 -47,5
Fevereiro -47,5 552,50 650 -145Março -145 552,50 640 -232,5Abril -232,5 552,50 590 -270Maio -270 552,50 540 -257,5Junho -257,5 552,50 450 -155Julho -155 552,50 420 -22,5Agosto -22,5 552,50 530 0
MRP / MRP II
MRP é a sigla de material requirement planning, que pode ser
traduzido por planejamento das necessidades de materiais.
O MRP usa uma filosofia de planejamento. A ênfase está na
elaboração de um plano de suprimentos de materiais, seja
interna ou externamente. O MRP considera a fábrica de forma
estática, praticamente imutável.
Assim, o MRP como hoje o conhecemos só se viabilizou com o
advento do computador. O MRP utiliza softwares cada vez mais
16
sofisticados, alguns deles chegando a custar mais de um milhão
de dólares.
A lista de materiais ou BOM (bill of material), um subproduto
do MRP, é um software que irá processar todos os dados,
consolidando os itens comuns a vários produtos, verificando se
há disponibilidade nos estoques e, quando for o caso, emitindo
lista de itens faltantes.
Os softwares com maiores capacidades de processamento passaram
a ser denominados sistemas de manufacturingresources planning,
que pode ser traduzido por planejamento dos recursos de
manufatura.
Como a sigla de manufacturing resources planning (MRP) é a
mesma de material requirement planning (MRP), convencionou-se
chamar a primeira de MRP II.
Hoje em dia é cada vez maior o número de autores que chamam o
MRP II de ERP, sigla de Enterprise Resource Planning, ou seja,
planejamento dos recursos da empresa.
Quando se trata de um software baseado em MRP II, é fornecida
uma quantidade bem maior de dados sobre o produto, como preço
unitário, fornecedores, processo de fabricação, equipamentos,
roteiros de fabricação e respectivos centros de custos, mão-
de-obra utilizada por categorias profissionais, ferramentas
utilizadas e respectivo consumo, alterações no BOM e datas a
partir das quais entrarão em vigor, etc.
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ELEMENTOR DE UM SISTEMA MRP
Algumas vantagens de um Sistema MRP: É a parte mais difícil e
trabalhosa do projeto. Todos os produtos da linha de
fabricação devem ser "explodidos" em todos os seus
componentes, subcomponentes e peças.
Um grande número de empresas, mesmo já atuando no mercado há
anos, não dispõe de relação de materiais. Algumas outras
dispõem de duas, um para o pessoal de custos e outra para a
fabricação e compras. Outra dificuldade é manter atualizada a
lista de material, o que normalmente é uma atribuição da
engenharia.
As constantes mudanças na tecnologia e nas exigências do
mercado tornam constantes tais alterações. Em muitos softwares
hoje disponíveis no mercado, essas alterações podem ser
facilmente programadas, ficando por conta do software efetuar
as alterações nas datas previstas.
Controle de estoques: a informação sobre os estoques
disponíveis são essenciais para a operação de um sistema MRP.
Como o número de empresas que dispõem de sistemas
computadorizados de controle de estoques é maior que o das que
dispõem de um MRP, os softwares mais usuais tratam as duas
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coisas como módulos do sistema. Assim, tem-se um módulo de
estoques e um outro de MRP, que podem, evidentemente, ser
integrados. Estoques de segurança devem ser contemplados nos
sistemas MRP, a fim de absorver eventuais ocorrências não
previstas, como greves, inundações, etc.
Plano mestre: o plano mestre retrata a demanda a ser atendida,
já depurada dos fatores externos. Isto é, aquilo que deve ser
efetivamente produzido. Por se tratar de uma previsão, contém
as incertezas inerentes ao futuro. Isto posto, o sistema MRP
deve contemplar as possibilidades de alteração nas demandas
previstas. Aliás, existem sistemas que trabalham em tempo
real, ou seja, em resposta a qualquer alteração, seja na
demanda, seja no nível de estoques, decorrente, por exemplo,
de um recebimento, o sistema atualiza imediatamente todos os
dados. Os mais comuns, entretanto, fazem os cálculos
periodicamente, em geral uma vez por dia.
Compras: um dos produtos do MRP, como já mencionado, é uma
relação dos itens que devem ser comprados. A partir dessa
listagem o departamento de compras pode atuar. Com o advento
das parcerias, é grande o número de empresas que têm seus
sistemas interligados, e os pedidos de reabastecimento são
feitos diretamente pelo computador. Trata-se do EDI
(Electronic Data Interchange) que atualmente está sendo
substituido com vantagens pela Extranet/Internet.
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Instrumento de planejamento: Permite o planejamento de
compras, como já visto, de contratações ou demissões de
pessoal, necessidades de capital de giro, necessidades de
equipamentos e demais insumos produtivos.
Simulação: Situações de diferentes cenários de demanda podem
ser simuladas e ter seus efeitos analisados. É um excelente
instrumento para a tomada de decisões gerenciais.
Custos: Como o MRP baseia-se na "explosão" dos produtos,
levando ao conhecimento detalhado de todos os seus
componentes, e, no caso do MRP II, de todos os demais insumos
necessários à fabricação, fica fácil o cálculo detalhado
voltado justamente para o custeio dos produtos.
Reduz a influência dos sistemas informais: Com a implantação
do MRP, deixam de existir os sistemas informais, muitos usuais
nas fábricas ainda hoje. Nesses sistemas a informação sobre um
determinado produto por vezes fica armazenada "na cabeça de
Fulano".
TABELA PARA PROCESSO PRODUTIVO
Codigo Descricao Peso E.I Demanda -Sacos
Produção -Sacos E.F
PA00002 ZOO FOS 40 30KG 30 0 260 260 0PA00007 ZOO FOS 60 30KG 30 31 1.485 1454 0PA00012 ZOO FOS 80 30KG 30 4 180 176 0PA00013 ZOO FOS 80 VITAMINADO 30KG 30 25 60 35 0PA00024 ZOO FOS 160 25KG 25 30 625 595 0PA00026 ZOO FOS 175 25KG 25 35 895 860 0PA00027 ZOO FOS UREIA 10% 30KG 30 34 50 16 0
20
PA00028 ZOO FOS UREIA 15% 30KG 30 147 200 53 0PA00037 PROTEVIT 40 30KG 30 0 50 50 0PA00042 PROTEVIT CR LEITE 30KG 30 28 50 22 0PA00059 PROTEVIT LEITE 20 40KG 40 18 20 02 0PA00083 PROTEVIT NUCLEO CL 5% ESP 25KG 25 6 15 09 0PA00099 PROTEVIT CR CORTE 30S 30 KG 30 10 150 140 0
MODELO DE GESTÃO DE OPERAÇÕES EM SERVIÇOS
O modelo tradicional da estratégia de manufatura é dinâmico,
pois é revisado continuamente. Ele ainda não é o ideal para o
setor de serviços. Por outro lado, a evolução na área de
serviços tem sido notada, visto que os processos de gestão e
operações não só acompanham a evolução da demanda, como também
buscam aperfeiçoar suas técnicas.
Os trabalhos de Chase e Hayes (1991) e McLaughlin, Pannesi e
Kathuria (1991) mostraram as tentativas de aplicação dos
conceitos de estratégia de manufatura em operações de
serviços. Eles fizeram uma leitura do processo, destacando as
características de cada setor e suas implicações. Concomitante
a esses trabalhos, outros surgiram, mostrando definições
paralelas, onde os conceitos tradicionais para as estratégias
de operações são adaptados à realidade dos serviços. Ainda
assim, existe um gap ou uma carência na literatura, que aborde
especificamente um modelo conceitual que apresente as
dimensões para a gestão estratégica de operações de serviços.
Destarte, a estratégia de operações em serviços requer uma
21
abordagem específica. Em nível das operações, as
características do produto e do processo (bens ou serviços)
são mais evidentes e certamente influenciam nas decisões
estratégicas de uma empresa. Um modelo conceitual possibilita
estabelecer parâmetros e considerar as particularidades do
setor, focalizando os processos de linha de frente e a
percepção do cliente.
Temos, também, “critérios de valor percebido”. Ao invés de
objetivos de desempenho (qualidade, confiabilidade, rapidez,
flexibilidade e custo) e que representam tradução dos
requisitos do mercado (objetivos externos) em prioridades que
as operações devem perseguir (objetivos internos), os
critérios de valor percebido são definidos na perspectiva do
cliente, como por exemplo, “rapidez no atendimento” e
“empatia”. Nos serviços, não há a necessidade de distinção
entre objetivos externos e internos, uma vez que o cliente de
serviços (externo) faz parte do sistema de operações
(interno).
Por fim, mais uma contribuição do modelo é a incorporação de
desenvolvimentos recentes na área de estratégia de operações.
Isso possibilita a integração entre a formulação e a
implementação em um processo contínuo de formação da
estratégia, a inserção do contexto estratégico e a
identificação de competências operacionais que são
desenvolvidas ao longo do tempo.
22
Assim, cabe a pergunta elaborada por Santos, Varvakis e Gohr
(2004): Por que a estratégia de operações de serviços deveria
ser diferente? Vale uma reflexão, analisando-se os modelos
existentes e os resultados obtidos por meio desses
instrumentos, cujas características distinguem: operações de
serviços x operações de manufatura.
A percepção do cliente a respeito da qualidade do serviço é
formada em cada um dos momentos da verdade que compõem o ciclo
de serviço. Em cada um dos momentos em que se estabelece um
contato, qualquer que seja, remoto ou local, entre a empresa
de serviço e o cliente, este último está avaliando o serviço
em relação aos objetivos ou critérios de desempenho que
considera prioritários.
Desse modo, é importante avaliar a importância relativa entre
os vários momentos da verdade, a fim de identificar os
momentos fundamentais ou críticos. Os momentos fundamentais
são aqueles em que os critérios competitivos mais importantes
estão em jogo, ou seja, estão evidentes para serem avaliados
pelo cliente.
23