7/21/2019 Clarice Lispector
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Escola SESI- São João da Boa Vista- SP
3º ano Ensino Médio- A
Grupo:
Amanayara Domingos Maciera nº0
Ana !"isa da Sil#eira nº0$
Beatri% !orena de Assis Ag"iar nº0&
Br"na Mendes !ins nº0'
Port"g"(s- $) e 3) *ase do modernismo- +larice !is,ector
"t".ro/ $0&
Sumário
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1. Introdução _______________________________________________________________pág.032. 2ª fase do Modernismo
I. Caracteristicas______________________________________________________pág.04II. Principais oras e autores_____________________________________________pág.04
III. !sti"o_____________________________________________________________pág.04
I#. Conte$to %ist&rico e socia"____________________________________________pág.043. 3ª fase do ModernismoI. Caracter'sticas______________________________________________________pág.0(
II. Principais autores e oras_____________________________________________pág.0(III. !sti"o_____________________________________________________________pág.0(I#. Conte$to )ist&rico e socia"____________________________________________pág.0(
4. C"arice *ispector I. +iografia__________________________________________________________pág.0,
II. !sti"o_____________________________________________________________pág.0,III. *inguagem_________________________________________________________pág.0,
(. Perto do coração -e"agem
I. /esumo___________________________________________________________pág.0II. na"ise da ora_____________________________________________________pág.0III. !strutura narratia__________________________________________________pág.0I#. na"ise de trec%os da ora____________________________________________pág.0
,. Imitação da /osaI. /esumo___________________________________________________________pág.0
II. na"ise da ora_____________________________________________________pág.0III. !strutura narratia __________________________________________________pág.0I#. na"ise de trec%os da ora____________________________________________pág.10
. pndicesI. Imagens__________________________________________________________pág.11
II. Citaç5es__________________________________________________________pág.11. Conc"usão_______________________________________________________________pág.12. 6ontes__________________________________________________________________pág.13
Introdução
7 o8etio deste traa"%o 9 de apresentar caracter'sticas de um importante momento da
sociedade: principa"mente "iterária: ;ue uscaam romper com o padrão de escrita estae"ecido pe"os
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europeus: ou se8a: dese8aam a "ierdade art'stica. !sse per'odo da %istoria foi denominado de
Modernismo: no ;ua" iremos resa"tar a 2ª e 3ª fase do mesmo: por9m mais precisamente a 3ª na ;ua"
C"arice *ispector fe< parte.
C"arice 9 uma escritora muito con%ecida pe"o seu amp"o con8unto de oras: essas ;ue tem o
intuito de atingir os pontos mais profundos do psico"&gico do "eitor: se8a e"e adu"to: ado"escente ou
criança: pois e"a escreeu para todas as idades: desde "iros infantis at9 romances: contos e cr=nicas.
pesar de não ter nascido no +rasi": foi neste ;ue foi criada e aprendeu a escreer: assim como a mãe e
a irmã.
“Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.”
Lispector, Clarice
! "#S$ %O &O%$'(IS&O
Caracter)sticas
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!sta fase uscaa ref"etir a rea"idade socia" e econ=mica rasi"eira. 7s romances eram carregados
de den>ncias e mostraam as re"aç5es do ?eu@ com o restante do mundo. 7 regiona"ismo tee grande
importAncia nesta fase: destacando a seca: a migração: os pro"emas do traa"%ador rura" e a mis9ria.
Bentre as temáticas traa"%adas: entraram tam9m os romances uranos e psico"&gicos. -e comparado
era natura"ista: o modernismo: em sua segunda fase: afastouDse do apego ao cientificismo e tee
predom'nio da prosa de ficção.
*rincipias autores e obras
(a prosa
• Eraci"iano /amos D ?InfAncia@ e ?#iagem@.• /ac%e" de Fueiro< D ?Camin%o das Pedras@:
?s trs Marias@: ?B=ra: Bora"ina@• Gorge mado D ?Cacau@: ?Capitães de reia@
e ?Hieta do greste@• Gos9 *ins do /ego D ?Menino de !ngen%o@
(a poesia
Car"os Brummond de ndrade ?"guma
Poesia@ J130K: ?-entimento do Mundo@ J140KCec'"ia Meire"es ?/etrato Latura"@ e
?/omanceiro da Inconfidncia@
#in'cius de Morais ?Poemas: -onetos e+a"adas@: ?7 Mergu"%ador@ e ? rca de Lo9@.
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$stilo
Lo esti"o: destacaD se um grande interesse pe"as temáticas naciona"istas. Cu8os principais temas
dessa corrente "iterária foram a seca : a fome : a mis9ria : o arca'smo das re"aç5es de traa"%o : etc ..
Conte+to ist-rico e social
segunda fase do modernismo no +rasi" surge num conte$to conturado. p&s a crise de 12
em Loa NorO: Jdepressão econ=micaK muitos pa'ses estaam mergu"%ados numa crise econ=mica:
socia" e po"'tica ;ue fe< surgir diersos goernos tota"itários e ditatoriais: os ;uais "eariam despontar a
segunda guerra mundia" J13D14(K.
"9m do aumento do desemprego: a fa"ncia de fáricas: a fome e mis9ria: no +rasi" a /eo"ução
de 30 representou um go"pe de estado ;ue dep=s o presidente da rep>"ica as%ington *u's: impedindo
assim: a posse do presidente e"eito G>"io Prestes.
6oi o in'cio da !ra #argas e o fim das 7"igar;uias de Minas Eerais e -ão Pau"o: denominado de
Qpo"'tica do caf9 com "eiteQ. Com a c%egada de Eet>"io ao poder: a ditadura no pa's tam9m se
apro$imaa com o !stado Loo J13D14(K.
7 pessimismo estaa presente em toda a sociedade: o ;ue gerou uma in;uietação ;ue se ref"etiu
nas e$press5es "iterárias. La Eeração de 130: a "iteratura passou a ser mais o"tada rea"idade socia"
rasi"eira: e sua prosa diidiuDse em trs ertentes.
! "#S$ %O &O%$'(IS&O
Caracter)sticas
terceira geração modernista: tam9m con%ecida como Eeração de 14(: deseno"eu
temáticas e est9ticas diersas s geraç5es anteriores. Rma das principais caracter'sticas da geração era o
dese8o de conci"iar a modernidade e a tradição. pes;uisa sore a "inguagem "iterária tornouDse um
ponto importante para o traa"%o de escritores ;ue: a e$emp"o do ;ue 8á acontecera na geração
anterior: usaam o te$to "iterário para denunciar as in8ustiças sociais. )aia a preocupação com o
aspecto forma" do te$to: o ;ue diidiu o grupo de um "ado: os autores ;ue seguiam a est9tica do
ParnasianismoS de outro: os ;ue se dedicaam a uma "inguagem raciona": o8etia e sint9tica.
*rincipais autores e obras
• /oão Cabral de &elo (eto- " Pedra do -ono", " 7 !ngen%eiro" e " Morte e #ida
-eerina" .
• Clarice Lispector - " Perto do Coração -e"agem" , " Cidade -itiada", " Pai$ão
-egundo E)" e " )ora da !stre"a" .
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• /oão 0uimarães 'osa -" -agarana" , " Corpo de +ai"e", " Erande -ertão #eredas" ,
" Primeiras !st&rias"
• #riano Suassuna - " 7s %omens de arro" : " uto de Goão da Cru<", " 7 /ico arento"
e " 7 uto da Compadecida".
• L12ia "a2undes 3elles - " Ciranda de Pedra", " #erão no ;uário" , " ntes do +ai"e
#erde" e " s Meninas"
$stilo
-emana de rte Moderna de 122 inf"uenciou árias formas de arte no +rasi": entre e"as a "iteratura.
7s escritores modernistas trou$eram noos temas e "inguagens para romances e poemas.
Conte+to ist-rico e Social
geração de 4( marca o in'cio da Euerra 6ria: da corrida armamentista: em como o fim da
segunda guerra e de muitos goernos tota"itários: do ;ua" se destaca o na<ismo a"emão e o fascismo
ita"iano.
Lo +rasi": o per'odo foi marcado pe"a redemocrati<ação do pa's e pe"a !ra #argas Jcom Eet>"io
#argas no poderK: ;ue mais tarde: seria marcada pe"a repressão e censura: com a terr'e" ditadura ;ue
aançaa.
7 moimento moderno das artes uscaa: portanto: criticar a sociedade: ao mesmo tempo em;ue se distanciaa da arte simp"esmente acadmica: dando "ugar ao fo"c"ore: aos regiona"ismos:
m>"tip"os su8etiismos: dentre outros. 6oi nesse conte$to: ;ue os escritores da terceira fase modernista
produ<iram suas oras.
Clarice Lispector
C"arice *ispector nasceu em 10 de de<emro de 120 na RcrAnia: de origem 8udia emigrou para o
+rasi" com apenas 2 meses: onde tornouDse anos mais tarde uma escritora e 8orna"ista rasi"eira:
recon%ecida como uma das mais importantes do s9cu"o TT..
!m 143 formouDse em Bireito e tam9m casouDse com o dip"omata MaurU Eurge" #a"ente: com
;uem tee 2 fi"%os. !m 144 pu"icou seu 1V romance: nomeado de ?Perto do Coração -e"agem@ e o
>"timo em 1: ? )ora da !stre"a@.
Lo dia de de<emro de 1: as 9speras de comp"etar ( anos de idade: fa"eceu itima docAncer de oário. Bei$ando dois fi"%os e uma asta ora "iterária composta de romances: noe"as:
contos e cr=nicas.
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$stilo
7 o8etio de C"arice: em suas oras: 9 o de atingir as regi5es mais profundas da mente das
personagens para assim sondar comp"e$os mecanismos psico"&gicos. W essa procura ;ue determina as
caracter'sticas especificas de seu esti"o. 7 enredo tem importAncia secundária. s aç5es D ;uando
ocorrem D destinamDse a i"ustrar caracter'sticas psico"&gicas das personagens. -ão comuns em C"arice
%ist&rias sem começo: meio ou fim. Por isso: e"a se di<ia: mais ;ue uma escritora: uma QsentidoraQ:
por;ue registraa em pa"aras a;ui"o ;ue sentia.
Pe"a &tica esti"'stica: C"arice se encontra no primeiro p"ano dos escritores rasi"eiros: 8á ;ue e"a
mant9m uma percepção do deta"%e: fugindo da "&gica prosaica para uma construção de uma prosa
po9tica. W necessário um preparo psico"&gico para entender as oras da autora e depois 9 poss'e"
recon%ecer uma mistura de prosa: confissão: discursos internos e poesia: onde norma"mente %á uma
forte identificação com o poo nordestino.
Lin2ua2em
tra9s de uma aparente "inguagem simp"es e rec%eada por onomatopeias: metáforas: a"iteraç5es
e outros recursos de "inguagem: ;ue se ree"a como uma armadi"%a: a escritora mergu"%a numa aná"ise
psico"&gica do ser %umano: ree"ando assim uma permanente preocupação em a"cançar a erdade
escondida na aparente simp"icidade das pa"aras.
7utra particu"aridade da "inguagem c"ariceana 9 o tom de co"o;uia"ismo e de narração sem
surpresas da escritora: em como as formas com ;ue c%ama o "eitor para dentro da narratia J “O que
vai ser de Joana?”: “Vamos chorar baixinho?”K. !ssas formas dão uma i"usão de fami"iaridade. ssim:
9 nesse con8unto de pa"aras comuns ;ue se depositam as dimens5es encontradas na rea"idade.
*erto do coração Sel4a2em
'esumo
!scrita em 144: o "iro mostra o cotidiano de Goana: menina criada pe"o pai: 8á ;ue a mãe: !"<a:
morrera muito cedo. 7 pai passado a"guns anos tam9m morre: então e"a ai morar com a irmã de seu
pai. tia não gostaa de Goana: pois a presença da menina a sufocaa e a eniou para um internato: "á
ocorre uma pai$ão aassa"adora por seu professor um pouco mais e"%o.
7 maior acontecimento ;ue a eniou para o internato foi ;ue dias antes acompan%ando tia as
compras: como um teste para si mesma e causou espanto aos outros: Goana rouou um "iro: tra<endomais dificu"dades a sua conincia com a fam'"ia da tia.
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6ora do internato casaDse com 7táio porem se separa deido as diferenças do casa" e por causa
de uma traição ;ue e"a descore do marido com *'ia: sua e$Dnoia ;ue estaa gráida. Com o tempo
ocorre a separação entre Goana e o marido.
!m meio aos acontecimentos oseraDse a todo o momento o f"u$o de conscincia: uma procura
constante em descorir e encontrar a ra<ão de ser de sua e$istncia. 7 conte$to mostra a situação do
unierso feminino da mu"%erDesposa: da re"ação do ?eu@ e do ?outro@ ou da re"ação meninaDmu"%erD
amante.
7 tempo passa e e"a tem um caso com um descon%ecido. 7 %omem surgiu estran%amente e
tam9m partiu estran%amente. Com a desi"usão Goana reso"e fa<er uma iagem sem destino e não
definida: o8etio procurar seu resgate pessoa". %ist&ria c%ega a ser um enigma da ida.
Lo decorrer de todo o "iro mostra o conf"ito entre morte e ida: em e ma": amor e &dio: a crisedo indi'duo. usca por a"go aparentemente e$terior e descorindo ;ue 9 a procura do
autocon%ecimento.
#nalise da obra
XPerto do coração se"agemX 9 o primeiro romance de C"arice *ispector. Como participante da
Eeração modernista de 4(: os mode"os "iterários tradicionais são inoados e renoados: isso por ;uerar
com a ordem crono"&gica de in'cioDmeioDfim. re"atiidade entre prosa e poesia intensificaDse. Por9m: ogrande trunfo de C"arice 9 o f"u$o da conscincia: ruindo enredo e ação: tempo e espaço. Importam as
ref"e$5es ;ue nos "eam para Qperto do se"agem coração da idaQ: na eterna usca do
autocon%ecimento: misturando presente e passado.
$strutura da (arrati4a
• 7 "iro diideDse em duas partes noe cap'tu"os em 6"as%DacO ;ue apresentam a infAncia de
Goana. Cap'tu"os com reticncia retratam a infAncia: com a preposição XdeX são indicadores de posse: a
idade adu"ta de Goana.
• /omance psico"&gico com foco narratio de terceira pessoa. 7 narrador 9 onisciente.
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• !nfático 9 o uso de figuras de "inguagens como metáforas: imagens: ant'teses: parado$os e
sinestesias.
#nalise de trec5os da obra
“A maquina do papai batia tic-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O
silêncio arrastou-se ZZZZZZ. O guarda-roupa dizia o que? Roupa-roupa-roupa. Não não. !ntre o
relógio a m"quina e o silêncio #a$ia uma orel#a % escuta grande cor-de-rosa e morta. Os três sons
esta$am ligados pela luz do dia e pelo ranger das &olin#as da "r$ore que se es®a$am umas nas
outras radiantes. '...( )ou$e um momento grande parado sem nada dentro. *ilatou os ol#os
esperou. Nada $eio. +ranco. ,as de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo
recomeou a &uncionar '...(. ó &alta$a o tin-dlen do relógio que en&eita$a tanto. /ec#ou os ol#os
&ingiu-se escut"-lo e ao som da m0sica ine1istente e ritmada ergueu-se na ponta dos p2s. *eu três
passos de dana bem le$e alados.3- 7 trec%o a cima 9 o inicio da narratia: onde notaDse a presença de
figuras de "inguagem como onomatopeia J tic tacY HinD"enY ZZZZZZK e personificação ou prosopopeia
Jo guardaDroupa di<iaK: a"9m de deta"%es minuciosamente descritos: ;ue no caso trataDse de uma man%ã
em ;ue Goana estaa acordando.
“ 4ulga$a mais ou menos isso5 o casamento 2 o &im depois de me casar nada mais poder" me
acontecer. 6magine5 ter sempre uma pessoa ao lado não con#ecer a solidão. - ,eu *eus7 - não estar
consigo mesma nunca nunca. ! ser uma mul#er casada quer dizer uma pessoa com destino
traado. *a8 em diante 2 só esperar pela morte. !u pensa$a5 nem a liberdade de ser in&eliz se
conser$a porque se arrasta consigo outra pessoa. )" algu2m que sempre a obser$a que a perscruta
que acompan#a todos os seus mo$imentos. ! mesmo o cansao da $ida tem certa beleza quando 2
suportado sozin#a e desesperada - eu pensa$a. ,as a dois comendo diariamente o mesmo pão sem
sal assistindo % própria derrota na derrota do outro... 6sso sem contar com o peso dos #"bitos
re&letidos nos #"bitos do outro o peso do leito comum da mesa comum da $ida comum preparando
e ameaando a morte comum. !u sempre dizia5 nunca. ”6 Leste trec%o 9 poss'e" notar ;ue a
personagem Goana desi"udiuDse com o casamento ap&s separarDse de seu marido 7taio: pois e"a
acreditaa ;ue o matrimonio era o ?fim@: depois de"e nunca mais estaria so<in%a e nada poderia "%e
acontecer: no entanto ocorreu o contrario: ficou so<in%a e sem um destino traçado com o diorcio.
# imitação da 'osa
'esumo
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7 conto trata da ida de uma mu"%er c%amada *aura: uma esposa sumissa aos dese8os do
marido. 7s dois iiam sempre uma mesma rotina: não tin%am fi"%os: e estaam espera de um
encontro com um casa" de amigos para 8antar. -eus amigos c%amamDse Car"ota e Goão. Burante seus
encontros: os maridos fa"aam de not'cia e as esposas de assuntos caseiros. Car"ota sempre fa"ante:
en;uanto *aura permanecia ;uieta e triste: dese8ando ser como a amiga.
Leste dia: *aura aguardaa o marido para mais uma e< sair com os amigos. 6oi ;uando o"%ou
as rosas em um 8arro na sa"a de sua casa e decidiu "eáD"as para dar de presente para Car"ota. Ha"
rama"%ete Jpe;ueno u;ue de f"oresK a fa< entrar em deaneio Jestado de esp'rito de ;uem se dei$a "ear
por "emranças: imagens e son%osK: desencadeando diersos pensamentos e aç5es: d>idas e
in;uietaç5es. *aura se incomoda pe"a e"e<a incomum da;ue"as rosas e sente ontade de ficar com e"as:
mas acaa por mandáD"as de presente para a amiga.
7 auge da %ist&ria acontece ;uando *aura se diante da;ue"e rama"%ete de rosas: ;ue daria sua amiga Car"ota. !m uma dedicação suprema ;ue"as rosas: *aura deseno"e uma s9rie de
pensamentos e aç5es: de ta" maneira ;ue acaa perdendo a %ora e o marido c%ega. 7 fina" 9 enigmático:
ree"ando uma postura um tanto ;uanto curiosa do marido: ;ue a osera com timide< e respeito: ta"e<
a"iiado ao D"a fe"i< na;ue"e dia.
#nalise da Obra
o "ongo da narratia: compreendeDse ;ue *aura passara um tempo de sua ida internada em um
sanat&rio: e durante todo o conto: permanece em postura de ref"e$ão: como em um diá"ogo consigo
mesma: descreendo o ;ue dee fa<er. !sta conersa interior parece um e$erc'cio para ;ue e"a possa se
manter ">cida. #e< por outra tem a"guns deaneios ;ue a distraem: mas em seguida o"ta a si..
Com conte>do o"umoso: a narratia se constr&i em torno da preparação e da espera. *aura 9
uma personagem fora de si ao mesmo tempo raciona" e tran;ui"a: em usca de uma identidade ;ue a
pr&pria narratia ai construindo atra9s das descriç5es do presente: do passado e do futuro ;ue ãosurgindo ao "ongo do te$to.
$strutura narrati4a
• Larrado em terceira pessoasS• HrataDse de um conto presente dentro do primeiro "iro de contos da autora ?*aços de 6am'"ia@S• !scrito entre 143 e 1(( e pu"icado definitiamente no "iro de contos em 1,0S• "inguagem 9 muito "igada ao pensamento: dimensão do interior e do f"u$o de conscincia dos
personagens: tornandoDse um instrumento para e$p"orar e e$p"icar o mundo ;ue se esconde atrás damáscara das pessoas.
#nalise de 3rec5os
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“9aura tin#a tal prazer em &azer da sua casa uma coisa impessoal: de certo modo per&eita por
ser impessoal3- !sse trec%o re"ata e$atamente o ;ue *aura fa<ia no seu dia a dia: dei$aa a sua casa
impecáe" a espera do marido: para assim manter a caeça no "ugar e não ficar ?"ouca@ noamente: para
não precisar o"tar para o sanat&rio.
“A reaão das duas sempre &ora di&erentes. ;arlota ambiciosa e rindo com &ora: ela 9aura
um pouco lenta e por assim dizer cuidando em se manter sempre lenta: ;arlota não $endo perigo em
nada. ! ela cuidadosa.3 Lesse trec%o 9 poss'e" notar uma comparação rea"i<ada entre as duas
personagens femininas: apresentado assim caracter'sticas diferentes: *aura uma pessoa ;uieta: t'mida e
reserada: e por outro "ado Car"ota e$troertida e gananciosa: no entanto para a protagonista e$iste uma
re"ação de acan%amento e de competição entre *aura e Car"ota: assim como 9 poss'e" comproar com
outros dois fragmentos do conto “'...( mas se ;arlota soubesse a desprezaria3 ou “;arlota &icaria
espantada se soubesse que eles tamb2m tin#am $ida intima e coisas a não contar '...(3
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#p7ndices
Ima2ens
/etrato de C"arice *ispector
"guns "iros da autora
Citaç8es de Clarice Lispector
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Conclusão
Com este traa"%o foi poss'e" compreender a importAncia do moimento modernista em suasegunda e terceira fase. La segunda %á ref"e$ão da rea"idade socia" e econ=mica do +rasi": ou me"%or:
o regiona"ismo ;ue destaca a seca: a migração: os pro"emas do traa"%ador rura" e a mis9ria etam9m romances uranos e psico"&gicos. Hee predom'nio da prosa de ficção. Lo esti"o as temáticaseram naciona"istas. -urge ap&s a crise de 12 em Loa NorO: ;uando no +rasi" %aia muitodesemprego: fa"ncia de fáricas: fome: mis9ria e acontecia a /eo"ução de 30: in'cio tam9m da !ra#argas e o fim das 7"igar;uias da Qpo"'tica do caf9 com "eiteQ. Gá a terceira: c%amada tam9m deEeração de 14(: possuia temas com est9ticas diersificadas. Com inf"uncia da -emana de rteModerna: árias formas de arte no +rasi": entre e"as a "iteratura seriram de inspiração. 6oram usadosnoos temas e "inguagens nos romances e poemas. Marcada com o in'cio da Euerra 6ria e tam9mcom o per'odo da redemocrati<ação do +rasi": a !ra #argas.
C"arice *ispector foi uma das autoras presentes nessas fases. !scritora e 8orna"ista rasi"eira:recon%ecida como uma das mais importantes do s9cu"o TT. !m suas oras são comuns %ist&rias semcomeço: meio ou fim. !ra uma QsentidoraQ: 8á ;ue registraa em pa"aras a;ui"o ;ue sentia. 6a<mistura de prosa: confissão: discursos internos e poesia: com uma forte identificação com o poonordestino. Rsa "inguagem simp"es: mas c%eia de onomatopeias: metáforas: a"iteraç5es e áriosrecursos de "inguagem como o tom de co"o;uia"ismo e de narração sem surpresas da escritora: emcomo as formas com ;ue c%ama o "eitor para dentro da narratia. ! a"gumas de suas oras foramana"isadas e comentadas durante o decorrer do traa"%o.
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"ontes
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