Curso de doctorado a distancia para becarios ALFA
“Globalización, Integración Regional y Desarrollo territorial: desafíos
para territorios desfavorecidos”
Módulo I: Globalización, Integración regional y
dinámicas territoriales.
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Módulo I: Globalización, Integración regional y dinámicas
territoriales.
Profesor responsable: Manuel Belo Moreira. Instituto Superior de Agronomia,
Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
Índice
Introdução .......................................................................................................2
Programa .........................................................................................................3
I. Introdução e enquadramento teórico .....................................................4
II. Os principais agentes da globalização.................................................. 11
III. Integração regional e dinámicas territoriais.........................................16
Perguntas para os becarios ...............................................................................20
Anexo- Lista extensa de referências bibliográficas e Links .....................................21
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Introdução general
Com este módulo pretende-se fornecer aos alunos do Doutorado ALFA elementos
de enquadramento metodológico que sirvam de guia à exploração de caminhos
ligados à crescente interligação, à escala mundial, de fenómenos sociais,
económicos, técnicos e culturais de extrema relevância para as economias e
sociedades.
Fixou-se como objectivo principal, contribuir para que os alunos possam elaborar
um percurso metodológico próprio que, com fronteiras claras, lhes permita
alargar os horizontes dos interesses e conhecimentos e, ao mesmo tempo, seja
capaz de fornecer uma sólida base para a abordagem das temáticas deste
módulo numa óptica multidisciplinar. 1
De facto, na abordagem deste tema e uma vez que não existe um corpo
disciplinar único que trate da globalização, a multidisciplinaridade surge como
uma necessidade teórica. Assim, como se pode avaliar pela bibliografia de apoio
seleccionada, considerou-se indispensável que, para além de achegas da
geografia e da economia ortodoxa, sejam também tidas em consideração
perspectivas que cabem nas áreas conhecidas como economia crítica, economia
política ou ainda em disciplinas como a história ou a sociologia económica, no
sentido dado por Smelser e Swedeberg na colectânea que organizam sob o nome
de Handbook of Economic Sociology.
1 “Il y a eu, il y a encore un économisme, un géographisme, un sociologisme, un hsitoricsime; tous impérialismes assez naïfs dont les prétentions sont cependant naturelles, voire nécessaires: pendant un certain temps du maoins, cette agressivité a eu ses avantages. Mais peut-être, aujourd'hui, conviendrait-il d'y mettre un terme” Braudel (1969:193) Écrits sur l'Histoire, Paris, Flammarion.
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Programa do módulo
O programa deste módulo estrutura-se em torno do processo de globalização em
confronto com a questão territorial desenvolvendo três grandes temas. O
primeiro introduz o tema geral e reflecte sobre a necessidade de partir de um
conceito de globalização operacional, o segundo trata da apresentação dos
quadros teóricos tomados como referência, o terceiro aprofunda o tratamento da
globalização incidindo sobre os principais agentes do processo e, finalmente, num
registo mais próximo da aplicação abordam-se algumas das principais questões
que a globalização coloca à agricultura, espaço e sociedades rurais.
Seguidamente indicam-se os temas e sub-temas considerados.
Sesión I. Introdução e enquadramento teórico
1.1 A ideia de globalização.
1.2 Diferentes perspectivas de abordar a globalização.
1.3 Para um conceito operacional de globalização.
Sesión II. Os principais agentes da globalização
2.1 As empresas transnacionais e os agentes de intermediação financeira.
Evolução histórica.
2.2 Modelos tipo de capital global.
2.3 O Estado-nação e a globalização.
Sesión III. Integração Regional E Dinámicas Territoriais
3.1 A integração regional no contexto da globalização.
3.2 Determinantes de localização do capital global.
3.3 Dinâmicas territoriais
De seguida desenvolve-se, ainda que de forma esquemática, o conteúdo dos
temas e sub-temas referidos, bem como se dá informação sobre os objectivos a
alcançar, a bibliografia obrigatória e a bibliografia optativa aconselhadas e,
finalmente, juntam-se outras referências bibliográficas, citadas ou não neste
programa, que se destinam a pôr à disposição dos alunos um maior leque de
opções sobre os temas tratados. Com idêntico propósito juntam-se também
alguns links que remetem para páginas de Web, institucionais ou individuais onde
é possível obter informações relevantes sobre a globalização.
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Sesión I. Introdução e enquadramento teórico
I.1 A ideia de globalização
- Dá-se relevo ao carácter polissémico da globalização, com entendimentos muito
diversos que decorrem e promovem uma forte disputa ideológica entre os actores
favoráveis e que manifestam sentimentos anti-globalização. Chamar a atenção
que se exige uma abordagem ao tema que ultrapasse e rejeite as visões
simplistas e maniqueístas.
- Apontar para as características e importância dos fenómenos económicos,
sociais, políticos, ideológicos e religiosos que estão na origem do que se entende
por globalização.
- Chamar a atenção para a necessidade de reflectir sobre a intensificação das
relações sociais à escala mundial (Giddens, 1992) e, em especial, atender às
seguintes questões bem ilustrativas da transformação do tempo e do espaço:
• crescimento do comércio internacional e, sobretudo, o crescimento do
comércio intra-firma;
• A explosão dos fluxos financeiros que ligam as principais praças financeiras
mundiais, em tempo real, visando essencialmente fins especulativos;
• Embora rejeitando qualquer determinismo tecnológico, reconhecer que o
progresso tecnológico foi condição necessária para a emergência do actual
fenómeno globalizador. Em particular é de salientar os progressos que se
verificaram no âmbito dos transportes e nas tecnologias de cálculo e
transmissão da informação que se encontram na origem de novas formas de
gestão corrente e estratégica;
• As tendências que apontam para uma crescente uniformização, a nível
mundial, de certos padrões de comportamento pessoal e de consumo,
veiculadas pelas chamadas indústrias de cultura globais de que os meios de
comunicação social representam a parte mais visível e, quiçá, mais actuante.
• Finalmente, referir o papel catalisador do processo de hegemonização da
ideologia neo-liberal em oposição frontal às conquistas keynesianas de
intervenção estatal. Hegemonia essa que abriu caminho às privatizações e à
liberalização, instrumentais para o fenómeno globalizador.
- Sublinhar que o carácter polissémico da globalização tem correspondência nas
muito diversificadas abordagens teóricas da globalização, consoante as disciplinas
ou sub-disciplinas envolvidas e com o nível de análise. De facto, Dunning (1990
:10-11) referindo-se apenas a uma das diversas dimensões da globalização, o
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investimento estrangeiro, ilustra perfeitamente a questão: “As teorias abundam.
Actualmente há pelo menos meia dúzia de candidatos para a teoria ou a teoria
dominante da actividade económica internacional”.
- Sublinhar a necessidade de seguir a seguinte prevenção metodológica de
Dunning que enumera seis razões para tão grande número de abordagens: (1)
um grande número de teorias reflectem o processo de aprendizagem que
qualquer nova disciplina tem de passar na sua procura de um paradigma
dominante. (2) O mundo muda, razão pela qual algumas primeiras explicações
perdem a validade. Isto é, torna-se fundamental o cuidado metodológico já
referido segundo o qual é necessário tomar em considerações os diferentes
contextos socio-económicos para apreender completamente a globalização. (3) As
primeiras teorias não procuravam responder às mesmas questões; algumas
estavam mais interessadas no onde e outras no porquê ou no como da
produção no estrangeiro. (4) Os estudiosos centram-se, muitas vezes, no
tratamento de diferentes questões. São as variáveis que melhor explicam o acto
inicial do investimento directo no estrangeiro também relevantes par explicar o
aumento no grau da actividade multinacional? (5) Também o nível das
abordagens pode ser muito diferentes, i.e., umas procuram a dinâmica do
investimento estrangeiro directo e outras procuram os padrões e composição da
produção do capital estrangeiro num determinado momento. (6) Finalmente,
Dunning reconhece, que devido às próprias disciplinas envolvidas os
investigadores têm diferentes perspectivas da produção internacional. E conclui,
“não existe tal coisa como uma explicação definitiva dos negócios internacionais.
As empresas mudam e também a produção e as condições de mercado em que
operam”.
I.2 Diferentes perspectivas teóricas de abordar a globalização
- Salientar que, na ausência de uma Teoria Geral da Globalização, as abordagens
teóricas de um fenómeno multidimensional como a globalização exigem uma
abertura de espírito que não só aceite a interdisciplinaridade, como esteja
disposto a integrar na análise achegas de disciplinas bem diversas. Isto é, não
basta aprofundar os conhecimentos teóricos do comércio internacional ou da
teoria da empresa por forma a dar conta dos aspectos mais evidentes do
fenómeno da globalização. É necessário ainda considerar outras dimensões, como
as que tratam dos diferentes agentes do processo de globalização e dos modos
como se relacionam entre si e reconhecer o carácter dialéctico deste processo,
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bem como a influência dos processos de desenvolvimento desigual (Giddens,
1992:52).
- Sem prejuízo da perspectiva que pugna por abordagens interdisciplinares,
defende-se a necessidade de uma tentativa de sistematização no que respeita às
formas como a globalização é considerada teoricamente. Para essa sistematização
apresentam-se, separadamente, as abordagens que se colocam ao nível macro e
aquelas que centram o seu objectivo em responder a questões que fazem
sobretudo sentido numa óptica de empresa.
- Sublinhar, todavia, que mesmo nas abordagens que se situam ao nível macro
convém ainda considerar separadamente as que decorrem de perspectivas
guiadas essencialmente pelas doutrinas económicas dominantes, das que,
embora as respectivas fronteiras nem sempre sejam bem nítidas, entroncam em
métodos e preocupações críticas, abrangendo aspectos mais de ordem
sociológica, geográfica ou da economia política.
- Sendo o comércio internacional um dos principais aspectos ilustrativos da
globalização, torna-se evidente a necessidade de ter em conta, ainda que muito
brevemente, as principais contribuições teóricas que têm sido transmitidas à sub-
disciplina do comércio internacional. Em especial dar relevo às hipótese restritivas
que a caracterizam, desde a contribuição de Ricardo das vantagens comparativas
e os ganhos do comércio, às da economia neoclássica, nomeadamente as
contribuições de Heckscher, Ohlin, Stolper, Samuelson, Leontief e Rybczynski
(Lindert e Kindleberger, 1983). Consideradas as insuficiências da visão
neoclássica, nomeadamente no que respeita às chamadas falhas do mercado e
aos mecanismos da concorrência imperfeita, referir a Nova Teoria do Comércio
Internacional cuja figura de proa é Paul Krugman (1994). Salientar, todavia, que
mesmo a nova teoria do comércio internacional não aparece como satisfatória
para o estudo da globalização, uma vez que, embora com muito maior poder
explicativo quanto às trocas internacionais, não deixa de apresentar um âmbito
insuficiente para a análise das diversas dimensões da globalização.
- Referir ainda, nomeadamente na avaliação do impacte da globalização nos
processos de desenvolvimento, a importância crescente dada por recentes
abordagens económicas às questões da assimetria de informação (na base da
outorga do prémio Nobel a Stiglitz e a Akerlof) e à necessidade de dar atenção às
questões institucionais sublinhadas quer por Rodrik, qjuer por Stiglitz.
- Salientar ainda que outra grande crítica à maioria ou mesmo à totalidade das
abordagens da ortodoxia económica dominante está relacionada com o grau de
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abstracção e formalização da respectiva elaboração, baseada em hipóteses muito
simplistas e redutoras — decorrentes de “uma axiomática invariante fundada
sobre as noções de racionalidade e equilíbrio” (Boyer, 1994:20) — e deixando de
lado aspectos que se prendem com o que os economistas designam por variáveis
extra-económicas.
- Das perspectivas teóricas sobre a globalização não estritamente económicas,
sublinhar a crítica de Giddens (1992: 51 e ss.) ao que ele considera como os dois
principais “corpus bibliográficos”:
• das relações internacionais que focam a abordagens na questão dos Estados-
nação, tratados como actores que se relacionam uns com os outros e
reforçam os laços de interdependência que os tornam progressivamente
menos soberanos;
• a teoria do “sistema mundo” tal como foi desenvolvida por Wallerstein e que
se centra na análise da economia capitalista mundial que tem tido uma
influência globalizadora tão fundamental precisamente por ser de ordem
económica, em vez de ordem política.
A crítica de Giddens centra-se no facto dessas abordagens ao focalizar uma
dimensão da globalização, esquecerem as outras dimensões que este autor
considera serem quatro: o sistema do Estado-nação; a economia capitalista
mundial; a ordem militar mundial e a divisão internacional do trabalho.
- Ainda numa perspectiva macro é de referir, ainda que muito esquematicamente,
algumas das principais visões críticas que procuram isolar os determinantes da
globalização nos movimentos globais e em perspectivas históricas como nas
teorias do sistema-mundo; as que centram a explicação na procura de lucros e
rendas de monopólio resultantes do desproporcionado poder de mercado das
maiores empresas multinacionais (Hymer, 1979); as que teorizam a procura de
abastecimento global de recursos de trabalho baratos pelas empresas
transnacionais de que deriva uma Nova Divisão Internacional de Trabalho,
designação usada primeiro por Hymer e desenvolvida por Fröbel, Henrichs e
Kreye (1980); as que defendem que se trata da passagem de uma fase de
capitalismo de produção e consumo de massas — fordismo — para uma época de
produção flexível (Piore e Sabel, 1984); as abordagens regulacionistas que
sublinham a importância das instituições, da política e da decomposição do
regime de acumulação fordista (Boyer, 1994); as que entendem a globalização
como resultado da internacionalização do capital provocada pela natureza
competitiva do modo de produção capitalista (Jenkins, 1991); as que explicam a
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internacionalização como resultado dos três circuitos do capital: o circuito do
capital dinheiro, o circuito do capital produtivo e o circuito do capital mercadoria
(Palloix citado por Dicken, 1992:122-123), ou as que enfatizam a centralização
do capital como o processo de reordenação do capitalismo mundial, vista como o
resultado da crise (Andreff, 1982 e 1984). De salientar ainda o esforço de Ross e
Trachte (1990:5-6) para construir aquilo que designam por formulação midle
level sobre o capitalismo global a partir da análise do capitalismo como
“necessidade lógica” tal como Marx nos Vol. I e II do Capital e Adam Smith em A
Riqueza das Nações, iluminado por “observações ao nível de uma formação social
específica no seu próprio (frequentemente único) desenvolvimento”.
- Ao nível micro, cujo desenvolvimento muito deve às abordagens das chamadas
Business School, para além da contribuição de Raymond Vernon que introduziu
explicitamente uma dimensão de localização no conceito do ciclo de vida dos
produto, a síntese de Dunning é, talvez, o melhor processo de apresentar
resumidamente as várias contribuições teóricas. Trata-se do “Paradigma Eclético”
como o autor o designa e que aparece também na literatura anglo saxónica como
a OLI framework (OLI são as iniciais de ownership, location e internalization). De
acordo com este quadro conceptual (Dunning, 1988:26) uma empresa iniciará
actividades lucrativas no exterior se e quando as condições seguintes forem
satisfeitas: (1) “Quando possui vantagens líquidas específicas de propriedade
(ownership advantage) para servir mercados particulares em relação às firmas de
outras nacionalidades”. (2) “Assumindo que a condição (1) é satisfeita, será mais
benéfico para a empresa que possui essas vantagens usá-las (ou aos seus
resultados) ela própria, em vez de vendê-las ou alugá-las a firmas estrangeiras:
isto processa-se através da extensão de cadeias existentes de valor
acrescentado, ou juntando novas. Essas vantagens chamam-se vantagens de
internalização (internalization advantage)”. (3) "Assumindo que as condições (1)
e (2) são satisfeitas, pode ser do interesse global da empresa usar essas
vantagens em conjunção com pelo menos alguns factores de produção (incluindo
recursos naturais) fora do seu país. Estas vantagens são chamadas de vantagens
de localização (location advantage) dos países.
- Sublinhar que esta abordagem, bem como as restantes abordagens das escolas
económicas ortodoxas, focam sobretudo a análise ao nível da empresa, embora o
próprio Dunning e outros autores como Porter (1993) tentem alargar a análise
articulando a lógica da empresa com o Estado-nação, colocando a questão da
competitividade entre países. Todavia, embora estas abordagens forneçam
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análises aprofundadas e com bom poder explicativo das razões que levam às
falhas de mercado e o modo como afectam as empresas transnacionais, as levam
a investir e expandir-se, falta, como o próprio Dunning reconhece, pesquisa no
estudo da interface entre as acções governativas e a geografia e estrutura das
actividades inovadoras das transnacionais.
- Em contraste com esta visão micro e economicista, referir que as abordagens
críticas, alargando é certo os campos disciplinares em que se colocam, ao se
posicionarem preferencialmente ao nível macro, embora forneçam boas
explicações das tendências genéricas e dos movimentos globais, não prestam
muita atenção aos modos concretos como as empresas se globalizam, o que só
muito dificilmente pode ser detectado com abordagens macro.
- Sublinhar, finalmente, que a abordagem teórica da globalização não podendo
restringir-se ao nível estritamente económico, seja micro seja macro, e não se
vislumbrando o aparecimento de uma Teoria Geral, a procura de sínteses
satisfatórias, obriga a um esforço de teorização mais modesto, cuja via mais
fecunda será, muito provavelmente, a tentativa de construção de formulações de
middle level na senda do que se propuseram Ross e Trachte, acima citados.
I.3 Para um conceito operacional de globalização
- Explicitar a necessidade de procurar um conceito que balize a análise e as
interpretações dos fenómenos que estão na origem da ideia de globalização e
avançar com uma proposta de conceito operacional de globalização.
- Salientar a necessidade de entender a globalização como um processo
dialéctico, isto é, como a resultante de um sistema de forças económicas, sociais,
políticas, ideológicas, culturais e religiosas que, consoante os diversos contextos,
vão promovendo a globalização dos mercados e a homogeneização dos padrões
de comportamento e dos consumos, em permanente confronto com forças que se
lhe opõem.
- Sublinhar o papel da hegemonia ideológica das correntes neoliberais opondo-se
às tendências keynesianas que dominaram até aos anos 70 de que resultou a
defesa intransigente do alargamento do mercado a esferas antes reguladas de
outro modo. Evidenciar que a outorga ao mercado de poderes de regulação
anteriormente privilégio da esfera política e social, centrando o ataque a todas as
forma de intervenção estatal que possam ser entendidas como contrárias à
hegemonia do mercado como o único regulador da vida económica, está na base
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do aparecimento de fortes movimentos de contestação que desenvolvem um
contra ataque ideológico que tem vindo a ganhar força.
- Todavia, o ataque à intervenção estatal terá no entanto de ser cuidadosamente
qualificado, pois ao invés de muitas análises simplistas, tal não representa menor
intervenção estatal, mas sobretudo outro tipo de intervenção estatal, em
particular, tornando o estado como força determinante do alargamento da esfera
do mercado.
- Referir que as tendências para o crescimento do comércio mundial estão
associadas a um novo padrão de divisão internacional de trabalho cuja influência
tanto se faz sentir nos países mais industrializados como nos países em
desenvolvimento, embora com implicações muito diversas. Nova divisão do
trabalho que, sob a retórica de uma extensão do mercado e promoção da livre
troca, não deixa de apresentar sinais evidentes de um forte jogo de interesses
geo-estratégicos que não se coíbem de colocar entraves à expansão do mercado
livre nas esferas e nas áreas geográficas que entendem preservar, caso do
isolamento da competição global de sectores das economias da tríade (US, UE e
Japão), como é caso paradigmático a agricultura e a agro-indústria.
- Salientar que a globalização mais do que a uma intensificação e alargamento do
comércio mundial está associada à crescente integração das economias mais
importantes. Isto é, o processo que habitualmente se designa por globalização
acaba por ter, em grande parte das suas manifestações económicas
nomeadamente no que respeita às trocas comerciais e ao investimento
estrangeiro, uma incidência geográfica que está longe de ter alcance planetário,
justificando assim que alguns autores considerem a globalização como um mito.
- Sublinhar, no entanto, que ao nível financeiro já é apropriado falar de
globalização na medida em que se trata já de um mercado financeiro
mundializado cuja influência se espalha pelos vários cantos do mundo, mesmo os
que poucas relações directas têm com este mercado.
- Sublinhar também outras dimensões não económicas mas de forte incidência
geográfica e territorial que reforçam a ideia da necessidade de visão global, sejam as
questões ambientais, de saúde humana ou animal ou de criminalidade internacional.
Bibliografia obrigatória:
• Bairoch, Paul (1997), “Globalization myths and realities", em Boyer e Drache
(orgs.) States Against Markets, Londres, Routledge, p.173-192.
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• Castells, Manuel. (1996), The Rise of the Network Society, Malden, MA - USA
e Oxford, U.K. Blackwell, pp. 92-103.
• Grupo de Lisboa (1994), Limites à Competição, Lisboa, Publicações Europa-
América, pp. 13-39.
• Moreira, M. Belo (2001), Globalização e Agricultura. Zonas Rurais
Desfavorecidas, Oeiras, Celta, pp.9-37.
• Riggs, Fred, Contribuições sobre o entendimento dado ao termo
“globalização” forum virtual preparatório do Congresso Mundial de Sociologia
de Montreal em 1998, disponível na Internet
http://www2.hawaii.edu/~fredr/globe-l.htm.
Bibliografia optativa:
• Bonanno, A. et al. (eds.) (1994) From Columbus to ConAgra. The
Globalization of Agriculture and Food, University Press of Kansas, pp. 1-26.
• Doremus, P.e al. (1998), The Myth of the Global Corporation, Princeton, New
Jersey, Princeton University Press, cap. 1 e 2, pp- 3-21.
• Giddens, Anthony (1992) As Consequências da Modernidade, Oeiras, Celta
Editora, capítulos I e II, pp. 1-60.
• Moreira, M. Belo (1994) “The firm and the state in the globalization Process”,
International Journal of Sociology of Agriculture and Food, Volume IV, pp. 84-
112. http://www.ryerson.ca/~isarc40/IJSAF/archive/IJSAF-Vol4-1994.pdf.
Sesión II. Os principais agentes da globalização
II.1 As empresas transnacionais e os agentes de intermediação
financeira. Evolução histórica
- Transmitir as grandes linhas de evolução histórica das empresas transnacionais.
Da grande empresa mercantilista sec. XVI à empresa com estrutura funcional
(produção, marketing, finanças, etc.), passando pela empresa de estrutura
divisional — organizada por produto em vez de função, que deu origem às
grandes empresas multinacionais multi-divisão onde as filiais respondem perante
a divisão exterior — e pela empresa que se organiza à escala geográfica mundial
segundo formas complexas de “rede ou matriz global”. As formas mais complexas
de organização, mas também de grande flexibilidade, representam o que Reich
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designa por “teias de empresas” à escala global ou Castells (1996) que para dar
conta dessa complexidade as designa por empresa-rede.
- Referir as determinantes do desenvolvimento da grande empresa industrial à luz da
teoria da empresa, nomeadamente a teoria das barreiras à entrada, a economia dos
custos de transacção e os modelos de comportamento estratégico.
- Salientar a diferença de métodos e estratégias das empresas envolvidas em
actividades directamente produtivas daquelas que procuram a coordenação multi-
espacial de actividades de produção e se preocupam, sobretudo, com o design e
concepção dos produtos e da sua distribuição. A passagem da preocupação
centrada nas economias de escala para as economias de âmbito e de
oportunidade.
- Breve referência aos agentes de intermediação financeira, salientando a
evolução recente do sistema bancário internacional, a instabilidade financeira
endémica e o potencial de crescimento da especulação e da fraude, associado à
liberdade trazida pelas políticas de desregulação e liberalização.
- Chamar a atenção para o facto de apesar dos sintomas de movimentos de
centralização do capital, tendencialmente limitadores da concorrência, as
rivalidades e a competição não deixam de se estabelecer, embora agora mais
nitidamente à escala mundial.
- Breve referência ao peso das industrias culturais, desde as do cinema e
espectáculo, passando pela moda, até às industrias da publicação e dos media.
Não apenas enquanto veículo de mensagens uniformizantes quanto aos valores e
modos de vida da sociedade moderna de cariz ocidental, mas também enquanto
veículo transmissor de mensagens ideológicas. Quanto a esta última questão é
sintomático o modo como a hegemonia ideológica neoliberal se foi afirmando
através da conquista de espaço nos media, tanto nos media especializados em
temas económicos e políticos, como nos órgãos de massas não especializados.
II.2 Modelos tipo de capital global
- Referir a necessidade de ultrapassar a visão restritiva e enganadora que toma o
país como a única e significativa unidade de análise.
- Salientar o interesse de obter uma visão global ao longo de uma cadeia de
processos de trabalho associados a determinadas tecnologias que, em
determinado contexto histórico, permita acompanhar todas as etapas percorridas
de uma determinada mercadoria, desde a produção até ao consumidor final (com
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diversas variantes como a análise de filière da terminologia francesa, a
commodity systems ou commodity chains dos autores americanos)
- Distinguir os conceitos de cadeias de mercadorias orientadas por uma lógica
produtiva, as producer-driven commodity chains das buyer-driven commodity
chains, orientadas por uma lógica comercial, seja com características de ligação
privilegiada ao retalho ou centrando-se essencialmente na organização da
logística da distribuição, embora estas funções nem sempre se separem com
clareza.
- Indicar que para a apreensão dos fenómenos decorrentes da globalização e
seus efeitos sobre o espaço e a sociedade rural parece-nos necessário fazer uma
distinção entre, por um lado, o capital que está dependente de uma lógica e
dinâmica global, a que chamámos capital global e, por outro lado, o capital que
escape aos ditames da lógica e dinâmica globais, designado por capital local,
capaz de atender de forma exclusiva ou, pelo menos, prioritária às necessidades
da vida económica local, em especial quando se trata de zonas desfavorecidas.
Tendo presente essa separação entre capital global e capital local, pareceu-nos
ainda importante avançar com uma distinção suplementar por forma a melhor
enquadrar a lógica e dinâmica do capital global, recorrendo para tal à figura dos
modelo tipo.
- Referir o interesse pedagógico de, com o auxílio da metodologia Weberiana do
tipo ideal, distinguir três modelos tipo do capital global que, não são mais do que
uma abstracção teórica de grande utilidade heurística, que permite isolar modelos
coerentes que, na realidade prática, só muito dificilmente poderão encontrar-se
com toda a sua pureza.
- Referir que se consideraram três modelos tipo de capital global, cada um deles
com lógica e dinâmica próprias:
• capital global voltado para as actividades produtivas;
• capital global interessado na comercialização;
• capital global dirigido para a especulação financeira
- Sublinhar que ao desenvolver as características destes modelos tipo de capital
global se torna mais simples perceber o maior ou menor interesse das diferentes
formas de capital global pelas diversas actividades e espaços territoriais. Deste
modo, ao antever as actividades e áreas que mais interessem ao capital global
abre-se a possibilidade de, por exclusão, estimar as que menos lhe interessem,
nomeadamente as que se interessem às zonas rurais mais desfavorecidas.
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II.3 O Estado-nação e a globalização
- Salientar que o processo da globalização surge associado a tendências políticas
que se foram tornando dominantes nos países industriais ocidentais,
nomeadamente a partir da altura em que se verificou a hegemonia das doutrinas
económicas promotoras da liberalização, da desregulamentação e da crescente
privatização daqueles sectores da actividade económica capazes de gerar lucros,
postas em prática pelos governos Tatcher no Reino Unido e pelos governos
Reagan nos Estados Unidos, .
- Sublinhar que ao nível das empresas que têm dimensão global se verifica uma
perda de importância da pátria de origem uma vez que seguem uma lógica de
funcionamento que, cada vez menos, está sujeita a ditames nacionais. Isto é, os
detentores do capital, os gestores e, por vezes, os trabalhadores, bem como os
locais de produção e consumo dos bens e serviços que implicam essas empresas,
cada vez menos estão sujeitos a constrangimentos derivados de qualquer ordem
de prioridade ditada por critérios de nacionalidade.
- A situação referida anteriormente não implica, todavia, que seja indiferente qual
o Estado-nação de origem. De facto, não se pode esquecer a história dos apoios
estatais em tudo o que se relaciona com a intervenção nos mecanismos de
financiamento, de pesquisa e mesmo das políticas, mais ou menos activas e
eficazes, de apoio à conquista de mercados pelas empresas dos respectivos
países.
- É de salientar, no entanto, que a apreciação do papel do Estado tem de ser
entendida de forma dialéctica, uma vez que as diferentes camadas sociais e
interesses económicos são atravessados por posições a favor e contra a
intervenção estatal na vida económica, pelo que a situação em cada conjuntura
concreta não pode ser mais do que a resultante dum complexo sistema de forças.
- Referir que, sobretudo no âmbito financeiro, os diversos Estados-nação têm
vindo a perder parcelas significativas de poder em relação a operadores que se
posicionam numa escala global, as mais das vezes com fins essencialmente
especulativos, recorrendo frequentemente à fraude.
- Referir, brevemente, posições teóricas que reconhecem a erosão do poder do
Estado-nação, preocupando-se em abordar a relevância ou irrelevância do
Estado-nação no processo da globalização, bem como a emergência de certos
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fora internacionais para onde se vão, progressivamente, deslocando parcelas de
poder que até há bem poucos anos eram prerrogativa exclusiva dos Estados-
nação.
Bibliografia obrigatória:
• Boyer, Robert (2000), Deux défis pour le XXIe Siècle: Discipliner la finance et
organiser l’internationalisation, CEPREMAP, Document 2000-08,
http://www.cepremap.cnrs.fr.
• Castells, Manuel. (1996), The Rise of the Network Society, Malden, MA - USA
e Oxford, U.K. Blackwell, pp. 151-195.
• Korten, David (1997), “The United Nations and the Corporate Agenda” in
http://www.globalpolicy.org/reform/korten.html.
• Krugman, Paul (1997), “Seven habits of highly defective investors”, Fortune,
December 29, pp.22-23.
• Moreira, M. Belo (2001), Globalização e Agricultura. Zonas Rurais
Desfavorecidas, Oeiras, Celta, pp.39-69.
• Reich, Robert (1992), The Work of Nations, New York, Vintage Books, pp. 81-
118.
• Shiller, Robert. (2000), Exubérance Irrationnelle, Hendaye, Valor Editions,
cap. 9 e 10, pp. 215-250.
• Stiglitz, Joseph (2002), Globalization and its discontents, New York, W.W.
Norton & Company, cap. 1 e 2 pp- 3-52.
Bibliografia optativa:
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http://www.cepremap.cnrs.fr.
• Fitoussi, Jean-Paul (1997), O Debate-Tabu. Moeda, Europa, Pobreza, Lisboa,
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Globalization of Agriculture and Food, pp. 29 - 51.
16
• Stiglitz, Joseph (2001), “Information and the change in the paradigm in
economics”, Nobel Prize lecture.
http://www.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz/download/NobelLecture.pdf
Sesión III. Integração regional e dinámicas territoriais
III.1 A integração regional no contexto da globalização. Considerações
geopolíticas
- Rodrik (2002) naquilo que designa por trilema da globalização sintetisa
claramente o nível de considerações geopolíticas que impedem a integração
económica completa, implícita em certas visões da globalização: segundo este
autor procura-se a integração económica para melhorar os padrões de vida,
queremos a democracia para garantir que as decisões políticas possam ser
tomadas pelos que são afectados por elas (ou pelos seus representantes) e não
abdicamos da auto determinação que se exprime através dos Estados-nação. Só
que não podemos tê-las todas ao mesmo tempo! Isto é, as diferentes
combinações possíveis englobam, quanto muito, dois pólos do trilema, satisfazer
os três ao mesmo tempo não parece ser possível sem o recurso a arriscados
exercícios que relevam da ficção científica. Uma imagem expressiva dessa
impossibilidade, também fornecida pelo referido autor num outro texto, decorre
daquilo que seria uma economia mundial completamente integrada
economicamente. Teríamos então uma situação em que o preço da mão-de-obra
seria aferido pelos salários de Shenzen, o preço do dinheiro seria fixado em Wall
Street e a fiscalidade determinada pelos padrões das ilhas Caimão (Rodrik,
1998). Situação que, por muito poderosas que sejam as forças globalizadoras,
não parece viável num horizonte temporal de médio prazo2, mostrando-se
claramente incompatível com os processos democráticos correntes e com a
manutenção de uma ordem mundial baseada em Estados-nação soberanos e
independentes.
- Mas se é verdade que a integração económica completa a nível mundial
configura um projecto utópico, não é menos verdade que existem blocos
regionais com níveis de integração importante, embora com distinções entre si.
Veja-se o que se convencionou chmar de triadização, ou seja à integração nos
três grandes espaços económicos mais ricos: um sob a liderança dos EUA,
2 Médio prazo no sentido de Keynes para quem no longo prazo estaremos todos mortos.
17
englobando a NAFTA e, de certo modo, o MERCOSUL, um espaço Europeu
constituído pela União Europeia alargada recentemente e com perspectivas de
futuros alargamentos e o espaço das economias industrializadas do Pacífico sob a
liderança japonesa no APEC (Asian-Pacífic conomic Cooperation) forum.
- No entanto, como refere Reis (2002), talvez faça sentido chamar a atenção para
uma espécie de dupla regionalização do mundo. Por um lado, a regionalização
que corresponde à tríade e, por outro lado, as relações mais intensas que se
verificam e se desenvolvem através de lógicas de proximidade (linguística e
histórica, configurada no surto de investimentos directos nos países da América
Latina pelo capital de origem Espanhola e Portuguesa em grande parte em
consonância com os respectivos aparelhos estatais) e contiguidade territorial
entre economias de que os exemplos europeus são evidência mais que suficientes
(caso de Espanha e Portugal ou o bloco nórdico).
III.2 Determinantes de localização do capital global
- Referir que o capital que segue uma lógica e dinâmica de integração nos
sectores financeiros globais, que designámos por capital global, pode ter lógicas e
dinâmicas diferenciadas, consoante se trata essencialmente de capital com
preocupações produtivas, com objectivos comerciais ou com interesses
especulativos.
- Enumerar determinantes que justifiquem a preferência dos diferentes tipos de
capital por determinada actividade ou espaço territorial.
- Salientar que, na ausência de atractivos particulares que as enquadrem nas
determinantes referidas, as chamadas zonas rurais mais desfavorecidas
continuarão a não ser atractivas para o capital global. A exemplo do que sucede
com muitos países do chamado Terceiro Mundo, também nos países
industrializados há muitas regiões que têm vindo a ser abandonadas pelo capital
que segue uma lógica global, não se vislumbrando que, salvo em situações muito
particulares, essa tendência possa ser invertida.
III.3 Resistências à globalização. Dinâmicas territoriais
- Sublinhar que as resistências ao esforço globalizador têm raízes em
preocupações muito variadas remetendo para diferentes problemáticas. Nesta
perspectiva propôe-se aos alunos que, de uma forma sistemática, enumerem as
razões que estão na base das manifestações antiglobalizadoras. Devem, no
18
entanto, procurar a exaustividade não ficando apenas na referência de exemplos
mais mediáticos. Neste sentido devem separar claramente as manifestações com
fundamentos e de âmbito global, dos exemplos de casos localizados que
configurem explícita ou implícitamente, formas de resistência à globalização.
- Em particular chama-se a atenção dos alunos para resistências que tem origem
em políticas institucionalizadas, como sejam as resistências dos países mais
desenvolvidos em aplicar os ditames do Consenso de Washington no que respeita
à liberalização das trocas agrícolas, ou as resistências às políticas globais do
ambiente.
- Sublinha-se ainda o interesse em entender a globalização como ameaça, mas
também como fonte de novas oportunidades que, certamente, dependem da
forma como as dinâmicas territoriais se desenvolvem.
Bibliografia obrigatória:
• Agnew, J & S. Corbridge (1995), Mastering space: hegemony, territory and
international political economy. London, Routledge, pp. 1-45 e 211-227.
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• Moreira, M. Belo (2001), Globalização e Agricultura. Zonas Rurais
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• Reis, José (2002) “A Economia Portuguesa: Entre Espanha e as Finanças
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683-712. Universidade de Coimbra.
• Rodrik, Dani (2002), “Feasible Globalizations”
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• Storey, David (2001) Territory: the claiming of space. Harlow (UK), Prentice
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Bibliografia optativa:
• Rodrik, Dani, Arvind Subramanian and Francesco Trebbi (2002),
“Institutions Rule: The Primacy of Institutions over Geography and
Integration in Economic Development” (with), revised October 2002, in
http://ksghome.harvard.edu/~.drodrik.academic.ksg/papers.html.
19
• Rodriguez, Francisco e Dani Rodrik (1999), “Trade policy and economic
growth: a skeptical guide to the cross-national evidence”
http://ksghome.harvard.edu/~.drodrik. academic.ksg/papers.html.
• Rosset, Peter (1997) “In Focus: overseas rural development policy in US
Foreign Policy”, In Focus, 2 (7), January, http://www.foreignpolicy-
infocus.org/briefs/vol2/v2n7ove.html
20
PERGUNTAS PARA OS BECARIOS
• Na ausência de uma teoria geral da globalização e atendendo até que alguns
autores defendem que a globalização é um mito. Diga quais são, no seu
entender, os traços distintivos que autorizam a considerar a globalização
como algo substancialmente novo?
• Desenvolva o que lhe parece ser o papel da ideologia no aparecimento e
consolidação da globalização.
• Pode inferir-se que muitas das transformações que o mundo empresarial
vem apresentando desde as últimas décadas do século XX são,
simultaneamente, causa e consequência da globalização? Desenvolva este
assunto.
• O comportamento dos agentes do capital é homogéneo ou diferenciado?
• O Estado-nação e os agentes do capital global desenvolvem relações
dialéticas. Sublinhe os aspectos essenciais dessas relações e as
consequências que delas decorrem.
• Em que medida o próprio conceito de território, entendido como qualquer
espaço limitado (mesmo informalmente) que represente uma expressão
geográfica principal do poder social, é afectado pela globalização?
• A localização das actividades económicas depende de muitos e variados
factores. Que determinantes de localização são mais relevantes para o
capital global e quais podem interessar mais ao capital local (resultante da
acumulação e das actividades desenvolvidas nesse território e de
propriedade de agentes dele oriundos)?
• Faz sentido falar de dinâmicas territoriais? Em que medida é que essas
dinâmicas se articulam com a globalização?
• Dos muito e variados efeitos sobre a organização económica e social das
sociedades da América Central e do Sul imputáveis à globalização, sublinhe
os que lhe parecem merecer maior relevo no que respeita à agricultura e à
sociedade rural, justifique a sua escolha.
21
ANEXO
Lista extensa de referências bibliográficas e links
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Vernon, Raymond (1966) "International Investment and International Trade in
the Product Cycle", in Quarterly Journal of Economics, May, pp. 190-207.
Wachtel, Howard M. (1986), The Money Mandarins. The making of a
supranational economic order, New York, Pantheon Books.
Wallerstein, Immanuel (1995) Impenser la science sociale. Pour sortir du XIXe
siècle, Paris, Presses Universitaires de France.
Wallerstein, Immanuel (1974) O Sistema Mundial Moderno. Vol. I. A agricultura
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Edições Afrontamento.
Zey, Mary (1993), Banking on Fraud. Drexel, Junk Bonds, and Buyouts, New
York, Aldine de Gruyter.
Links
http://www.ryerson.ca/~isarc40/IJSAF/archive/IJSAF - Edição online do
International Journal of Sociology of Agriculture and Food e volumes anteriores
em Arquivo. Os primeiros números são bilingues, em Inglês e Espanhol.
http://ksghome.harvard.edu/~.drodrik. academic.ksg/papers.html. – Página de
Dani Rodrik, onde se encontra uma extensa lista de publicações.
http://www.pkarchive.org/ - Página onde se encontram artigos disponíveis de
Paul Krugman e que por seu turno tem uma série de links interessante.
http://www.rrojasdatabank.org/ - Página com extensíssima informação em várias
línguas. “Creado y administrado por el Dr. Róbinson Rojas, este sitio académico
promueve excelencia en la enseñanza y la investigación de la economía y del
desarrollo, y en los procesos de descripción, entendimiento,