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Relatrio de Perspectivas
Estudo Prospectivo Setorial
Automotivo
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Automotivo
Relatrio de Perspectivas
Braslia
Julho, 2009
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Centro de Gesto e Estudos Estratgicos
PresidentaLucia Carvalho Pinto de Melo
Diretor Executivo
Marcio de Miranda Santos
Diretores
Antnio Carlos Filgueira GalvoFernando Cosme Rizzo Assuno
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2 1102/1103
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1. Introduo
Este relatrio tem como objetivo relatar e analisar o resultado das
atividades desenvolvidas no mbito do projeto Estudo Prospectivo do Setor
Automotivo. Trata-se de um segundo relatrio, que se segue ao intituladoPanorama do Setor Automotivo, no qual se descreve e analisa o setor nos
mbitos internacional e local, a partir de diversos elementos: Mercado,
Investimento, Infraestrutura Poltico-Institucional, Tecnologia, Talentos e
Infraestrutura Fsica para Apoio Inovao. Um ltimo relatrio ser ainda
desenvolvido para finalizar o Estudo Prospectivo e este se referir ao Mapa
Tecnolgico e ao Mapa Estratgico. Estes dois Mapas sero construdos com
a participao de representantes do setor com o objetivo de orientar a busca
do aproveitamento das oportunidades identificadas no presente relatrio.
importante ressaltar que a partir da discusso dos resultados do
primeiro relatrio (Panorama do Setor Automotivo), a ABDI, em conjunto com
o CGEE, houve por bem se focar o segmento das autopeas de capital
nacional. Desta forma, tanto a discusso das perspectivas do setor bem
como a elaborao dos Mapas Tecnolgico e Estratgico tem como
pressuposto priorizar o tratamento destas empresas.
As seguintes atividades foram desenvolvidas no Estudo de
Perspectivas do Setor Automotivo (Figura 1):
- Levantamento da Percepo de Lideranas do Setor Automotivo;
- Levantamento e anlise das Tendncias relativas ao Setor
Automotivo;
- Realizao da 1a. Oficina de Trabalho do Estudo Prospectivo. A
oficina se consistiu de uma reunio com a participao de
representantes de empresas-chave do setor de autopeas,
entidades de classe, BNDES e ABDI. Durante esta oficina, foram
gerados Cenrios Futuros para os anos de 2022 e 2034;
- Identificao de Oportunidades Tecnolgicas para o setor de
autopeas por meio de consulta online.
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Nas sees 2, 3, 4 e 5 a seguir, cada uma destas etapas, bem como
seus resultados, sero apresentados em maiores detalhes.
Figura 1 Atividades desenvolvidas no Estudo de Perspectivas do Setor Automotivo.Fonte CGEE
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2. Principais pontos da Pesquisa da Percepo de Lideranas do Setor
Conforme apresentado na Introduo deste relatrio, a metodologia de
trabalho do Estudo Prospectivo do Setor Automotivo contemplou a execuo
de uma pesquisa exploratria com lideranas relevantes do setor no pas,com o objetivo de levantar suas percepes sobre fatores-chave que
pudessem contribuir para uma melhor discusso acerca do posicionamento
das empresas de autopeas nos prximos vinte e cinco anos. As informaes
levantadas foram utilizadas como subsdio para gerao de cenrios durante
a Oficina Identificao de Oportunidades.
Nesta pesquisa, foram entrevistados executivos das montadoras GM
(gerente), FORD (diretor), FIAT (diretor), dos sistemistas Delphi (diretor),
BOSCH (vice-presidente) e Magneti Marelli (presidente e diretor comercial).
Tambm foram ouvidos representantes de Associaes do setor, como a
Associao Brasileira de Engenharia Automotiva - AEA (presidente), a
Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores ANFAVEA
(vice-presidente) e do Centro das Indstrias do Estado de So Paulo - CIESP
(ex-presidente). Alm destes, o consultor Luc de Ferran tambm foi
entrevistado.
Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas
e agrupadas nos seguintes temas: Mercado, Tecnologia, Incentivos, Polticas
Pblicas, Competncias e Talentos. O relatrio completo da pesquisa
encontra-se disponvel no Anexo I. A seguir, ser feito um sumrio das
principais concluses sobre cada tema abordado.
Mercado
Foram elaboradas as seguintes questes com o objetivo de captar a
percepo dos lderes sobre o mercado nacional, regional e global
atualmente e nos prximos 25 anos:
Na sua viso, quais so os fatores que movem a poltica de
desenvolvimento, produo e insero nos mercados das montadoras?
Qual ser o diferencial competitivo das autopeas brasileiras nos
prximos 25 anos?
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Como o setor brasileiro de autopeas deve se posicionar para se
manter competitivo no cenrio global (em quais nichos, tipo de produtos,
tecnologias, diferenciais competitivos)?
Na viso dos entrevistados, o Brasil atualmente uma plataforma
atrativa para desenvolvimento e produo local, se comparado a outros
pases emergentes, pois possui infraestrutura instalada, situao poltico-
econmica estvel, potencial de ampliao do mercado consumidor interno e
disponibilidade de pessoal qualificado, tanto nas montadoras quanto nas
autopeas. Alm disso, as autopeas nacionais tm caractersticas mais
similares s europias do que suas concorrentes na China, Rssia e ndia, o
que facilita o relacionamento com as matrizes das montadoras durante as
etapas de negociao e o desenvolvimento de produtos.
A ampliao dos investimentos locais, especialmente em novos
desenvolvimentos, estaria condicionada disponibilidade de incentivos,
benefcios fiscais e financiamentos da natureza da tecnologia a ser
desenvolvida e do contedo tecnolgico do mercado alvo.
Para manter e ampliar a posio competitiva nos prximos anos, as
autopeas brasileiras deveriam focar o desenvolvimento em solues
voltadas ao mercado regional, com baixo custo e procurando integrao e
parceria pr-ativa com as montadoras.
Em termos de posicionamento de mercado, as autopeas nacionais
podem se manter competitivas no cenrio global por meio de inovao e
focando suas estratgias em solues de baixo custo, eletrnica e
entretenimento (tendo em mente as restries de renda do mercado),
bicombustveis (etanol e biodiesel) e tecnologias de motorizao compatveis.Alm disso, dever pensar na cadeia como um todo, procurando parceiras a
montante na cadeia, como com produtores de resinas plsticas e aos, por
exemplo.
Tecnologia
Foram formuladas as seguintes com o objetivo de captar a percepo
dos lideres sobre as caractersticas tecnolgicas do setor nos prximos 25anos:
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Qual ser a forma de propulso predominante nos prximos 25 anos?
Quais sero as tecnologias crticas?
Temos condies (tecnolgicas e empresariais) de fabricar motores
brasileiros (com tecnologia e empresa de capital brasileiro)? De que tipo de
tecnologia (eltricos, combusto interna?)? Por qu? Onde/quem?
Quais sero as caractersticas tecnolgicas dos produtos
desenvolvidos para os mercados emergentes? At que ponto as engenharias
localizadas nestes pases se ocuparo do projeto destes produtos? H
interesse das montadoras neste sentido?
O que se pode desenvolver no Brasil e levar para outras partes do
mundo? Quais so os nichos tecnolgicos em que estas empresas
podem/devem se concentrar? O que as empresas de autopeas brasileiras j
podem ou deveriam ser estimuladas a desenvolver?
Na opinio dos entrevistados, no haveria mais uma forma
hegemnica de propulso, como foi o motor a combusto movido a derivados
de petrleo durante o sculo XX. Diferentes solues, como biocombustveis,
propulso eltrica com bateria de ltio, hidrognio e hbridos, apresentam-se
como alternativas ao uso de gasolina e diesel, tanto para veculos leves como
comerciais. A tendncia seria de adoo de solues adaptadas a diferentes
faixas de mercado e necessidades regionais. Isto pode ser bastante benfico
para o Brasil, uma vez que o pais um centro de competncia mundial em
biocombustveis (etanol de cana de acar e biodiesel).
Ainda assim, na opinio dos entrevistados, dificilmente o pas tem
condies de produzir sozinho tecnologia de motorizao completa, ou seja,
as empresas precisam estabelecer cada vez mais parcerias com montadorase outras empresas do setor ou mesmo de fora dele.
Alm da questo da propulso, h a tendncia de segmentar o
desenvolvimento tecnolgico dos veculos de acordo com o mercado a ser
atendido. O Brasil j reconhecido como plataforma de desenvolvimento
para veculos destinados a mercados emergentes e deve focar este
segmento. Em resumo, o potencial de desenvolvimento tecnolgico do setor
no pas estaria em tecnologias ligadas a biocombustveis, veculos popularese design de interiores.
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Incentivos / Polticas Pblicas
Sobre a questo de quais incentivos e polticas pblicas poderiam ser
benficos para o fortalecimento futuro do setor, foram colocadas as seguintes
questes:
Quais so as empresas de capital nacional que tm maior chance de
desenvolver competncias relevantes para a cadeia produtiva do setor, no
curto e principalmente no longo prazo? Como polticas e iniciativas pblicas
podem contribuir neste processo em um horizonte de 25 anos?
Quais polticas e iniciativas pblicas melhor contribuem para fortalecer
os centros de engenharia sediados no Brasil? Elas so suficientes quanto
proposta e aos recursos alocados? At que ponto a colaborao com centros
de desenvolvimento estrangeiros auxilia neste processo?
Quais incentivos podem aumentar a atratividade daquelas empresas?
A opinio geral dos entrevistados de que houve avanos nos marcos
regulatrios e polticas de incentivo inovao nos ltimos anos no pas, mas
para que seus impactos sejam positivos no longo prazo, h necessidade de
maior divulgao e de serem melhor exploradas pelas pequenas e mdias
empresas do setor. Alm disso, o investimento e incentivo formao de
engenheiros e profissionais especializados no setor garante a manuteno e
ampliao de atividades de desenvolvimento no pas.
Para aumentar a atratividade do mercado, os incentivos e polticas do
governo deveriam ser focados em:
- Menores custos de produo e logstica: atravs de desonerao
fiscal, investimentos em infraestrutura e disponibilidade definanciamento;
- Alianas com sistemistas externos, para garantir
internacionalizao dos mercados;
- Acordos internacionais para autopeas, similar aos existentes comAlemanha e Mxico.
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Talentos e Competncias
Sobre talentos e competncias requeridas para o desenvolvimento
futuro do setor, as seguintes questes foram feitas:
Quais competncias sero demandadas das empresas de autopeas
brasileiras nos prximos 25 anos? Estas competncias j esto disponveis
no Brasil, ou requerem ateno especial de polticas pblicas de
capacitao/formao de pessoal?
Como intensificar os contatos e a colaborao entre empresas e
instituies ligadas a pesquisa e desenvolvimento, sejam aquelas localizadas
no Brasil, sejam as estrangeiras? Como reduzir as dificuldades que marcam
estes processos e que explicam a baixa freqncia deste relacionamento?
No que se referem a competncias, perspectivas diversas foram
apontadas, das quais podem-se destacar as reas metal-mecnica,
eletrnica, design, produo e materiais, alm de gesto de empresas, como
sendo prioritrias para incentivo a formao e qualificao. H a percepo
de que faltam engenheiros bem formados e qualificados e que esta tendncia
poderia ser prejudicial no horizonte pesquisado (25 anos). H tambm a
percepo de que o Brasil, especificamente as autopeas, ainda est aqum
do nvel de competncia demandado pelo mercado global.
A interao entre empresa e universidades e instituies de pesquisa
outro tema relevante que deveria ser priorizado. Alm disso, modelos que
incentivem a formao de empresas de base tecnolgica, agncias de
inovao e o fomento de maior contato entre estes atores devem ser
incentivados.
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3. Anlise de Tendncias do Setor Automotivo
Outra etapa do desenvolvimento do estudo prospectivo foi a
identificao e anlise das tendncias relativas ao setor. Tendncias podem
ser definidas como direcionamentos ou vetores que possuem certa fora edurabilidade e cujo conjunto vai indicar como um setor vai se comportar no
futuro. So foras restritivas e/ou propulsoras que criam uma trilha de
desenvolvimento futuro para um setor e cujo desenvolvimento pode gerar
cenrios mais otimistas, realistas ou pessimistas. (Figura 2)
Para este trabalho, foram coletadas tendncias nas diversas
publicaes tcnicas, bem como eventos tcnicos do setor.
Figura 2 Influncia das tendncias em um dado setor.
Fonte CGEE
A anlise do grau de relevncia das tendncias para o setor foi
realizada em uma consulta realizada via internet. Foram enviados convites a129 atores relevantes do setor dos quais 35 responderam, incluindo
representantes de montadoras, sistemistas, academia e de associaes
como Sindipeas, SAE e ANFAVEA. A pgina da internet foi construda
tendo-se como base tendncias identificadas em estudos anteriores e
eventos tcnicos do setor.
Nesta consulta, foram avaliados trs momentos: atual (2009), 2022 e
2034. Os respondentes avaliaram o grau de relevncia de cada tendncia
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nas reas de Mercado, Infraestrutura, Meio Ambiente, Ambiente Poltico,
Social e Tecnologia, em cada momento. A relevncia foi medida com notas
entre 0 (muito baixo) a 5 (Muito Alto). As informaes levantadas foram
utilizadas como subsdio para gerao de cenrios durante a Oficina
Identificao de Oportunidades. Um resumo do resultado da pesquisa
discutido abaixo. Seu resultado completo est disponvel no Anexo II.
Mercado
As tendncias identificadas para o Mercado nos prximos 25 anos
foram:
1. Consumidores buscam veculos mais compactos, eficientes e
silenciosos;.
2. Veculos eltricos mais acessveis aumentam a competio com
veculos combusto;
3. A oferta de novas fontes de energia se intensifica (ex.
biocombustveis, eltrica, hidrognio);
4. Indstrias, sensibilizadas pelo aquecimento global e pelas
mudanas nos hbitos de consumo direcionam esforos para
projetos de produtos novos com apelo "verde";
5. China avana como lder na fabricao mundial de veculos;
6. Acesso eletricidade aumenta mundialmente;
7. Dependncia energtica intensifica a demanda por novas
solues de propulso;
8. Vendas de automveis crescem mais nos pases emergentes;
9. Cresce participao de biocombustveis e gs natural;
10. Fornecimento do petrleo continua instvel;11. Biocombustveis apoiam a transio entre a Era do Petrleo e a
Era do Hidrognio;
12. Empresas brasileiras de autopeas adquirem controle de outras
empresas no exterior;
13. Montadora Brasileira emerge e ganha presena internacional.
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A relevncia das tendncias de nmero 1 a 8 foram avaliadas como
muito alta, enquanto que as de 9 a 11 foram consideradas de alta relevncia
e 12 e 13 de baixa relevncia para os prximos 25 anos.
As tendncias de relevncia muito alta referem-se s mudanas no
perfil do mercado automotivo global que refletem mudanas no perfil
socioeconmico do mercado como um todo crescimento de demanda nos
pases emergentes e, portanto, maior necessidade de solues compactas e
de baixo custo e mudanas causadas pelo maior apelo ambiental e pela
presena da China como playerimportante no mercado global.
As tendncias 2, 5 e 8 so discutidas em maiores detalhes a seguir,
porque apresentaram como resultado uma diferena significativa de grau de
relevncia entre os anos de 2009, 2022 e 2034, o que pode indicar uma
oportunidade de desenvolvimento para o setor. A tendncia 2 - Veculos
eltricos mais acessveis aumentam a competio com veculos
combusto., apresentou tendncia 1.69 (baixa) em 2009, mas com evoluo
significativa em 2022 (3.59) e 2034 (4.65), indicando uma oportunidade para
o desenvolvimento de sistemas de propulso eltricos.
J a tendncia China avana como lder na fabricao mundial de
veculos, recebeu a seguinte pontuao 3.00 em 2009, 3.95 em 2022 e 4.25
em 2034. Nesse caso, a relevncia j evidente hoje e deve continuar nos
prximos 25 anos. Tal tendncia revela uma ameaa atual que deveria ser
considerada hoje e no futuro, no desenvolvimento de tecnologias e
estratgias futuras.
Outra tendncia a ser destacada Vendas de automveis crescem
mais nos pases emergentes que foi pontuada como altamente relevante hoje
(3.71) e de muito alta relevncia em 2022 e 2034 (4,05 e 4,02,respectivamente), corroborando dados j apresentados no Panorama
Setorial, indicando uma oportunidade para desenvolvimento de tecnologias
mais baratas e eficientes, prprias para mercados consumidores com renda
mais baixa, o que positivo para o Brasil, que j possui certa expertiseneste
segmento.
O sentimento do setor sobre esses assuntos para os prximos anos
reflete mudanas j em curso atualmente, como a relevncia dos mercados
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emergentes e a busca por novas tecnologias de propulso mais eficientes e
limpas.
O resultado tambm aponta que os biocombustveis podem ser
alternativas de transio entre a petrleo e outras fontes, mas com
crescimento menor em 2034.
Os respondentes consideram de mdia relevncia o crescimento das
empresas nacionais de autopeas no exterior e o surgimento de uma
montadora nacional com presena global. Este resultado reflete o sentimento
de que, mais importante do que a predominncia do capital seria a formao
de parceiras com empresas internacionais e que haveria na prtica - pouco
espao para formao de uma nova montadora nacional.
Infraestrutura
As tendncias para a Infraestrutura nos prximos 25 anos foram:
1. Avanos nos meios de comunicao, tecnologias da informao e
processamento computacional melhoram controles de frota,
roteirizadores e anlise de transporte;
2. Aumenta a demanda por sistemas de transporte (passageiros e
carga);
3. Melhora dos padres de infraestrutura e servios, a partir de
parcerias pblico-privadas para a construo e manuteno de
novas rodovias;.
4. Crescem os investimentos para desenvolver e manter estradas e
sistemas de transporte;
5. Crescimento continuado de infraestrutura em pases emergentes
aumenta a mobilidade individual e as oportunidades de emprego.As tendncias 1, 2 e 3 foram apontadas como sendo de muito alta
relevncia para os prximos 25 anos e as de nmero 4 e 5 como sendo de
alta relevncia, o que corrobora a percepo sobre crescimento de mercado
nos pases emergentes e a percepo das lideranas (discutidas no captulo
anterior) sobre aumento na demanda por solues integradas em eletrnica,
mesmo nos pases emergentes.
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Eletrnicos e Telemtica) para o controle de trnsito e da
poluio;
4. Aumento do uso de peas reciclveis;
5. O conceito do "Green Design" avana e oferece grande potencial
para novos negcios;
6. Tecnologias de transporte urbano reduzem danos ao meio
ambiente e espao construdo;
7. Postura refratria s questes ambientais nos pases emergentes
continua;
8. Emisses de CO2 aumentam no mundo.
As tendncias 1, 2, 3, 4 e 6 foram apontadas como sendo de
relevncia muito alta para os prximos 25 anos, enquanto que a de nmero 5
foi considerada de alta relevncia, o que demonstra a crescente preocupao
com a indstria com questes relativas sustentabilidade ambiental.
As quatro primeiras tendncias - Mudanas climticas e questes de
sustentabilidade pressionam o esforo de desenvolvimento de novos
produtos, Desenvolvimento urbano gera preocupao com questes de meio
ambiente e pressionam pelo estabelecimento de regras mais duras no
trfego, Consumo de combustvel e emisso de gases txicos so
beneficiados por novas tecnologias (ex. Software, Sensores, Eletrnicos e
Telemtica) para o controle de trnsito e da poluio e Aumento do uso de
peas reciclveis, apresentam grau de importncia crescente entre os anos
de 2009 e 2034, indicando a crescente tendncia de adoo de tecnologias e
regras-legislao de desenvolvimento considerando aspectos de
sustentabilidade ambiental.Esta postura reforada pelo fato de as tendncias 7 e 8 que
sinalizam na direo oposta, terem sido consideradas como de mdio
impacto.
O aumento do rigor nas regulaes relativas emisses nos pases da
Europa e Japo j uma realidade, enquanto que os Estados Unidos esto
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discutindo um plano de reduo das emisses2. Estas normas certamente
refletiro nos pases emergentes e na demanda por desenvolvimento de
solues mais sustentveis devem crescer em todo o mundo.
Estes resultados demonstram a importncia crescente das
preocupaes da sustentabilidade ambiental como importante direcionador
do desenvolvimento tecnolgico e de mercado nos prximos anos
Poltico
As tendncias identificadas para o cenrio poltico e institucional nos
prximos 25 anos foram:
1. Legislao prioriza produo vinculada reduo do impacto
ambiental (ex. veculos com taxas de emisso menores e
seguindo os parmetros europeus);
2. Intensificao das restries ambientais devido aos problemas do
efeito estufa e das mudanas climticas;
3. Polticas rgidas de regulao e legislao estimulam a evoluo
tecnolgica para solucionar problemas de congestionamento,
emisses, segurana e resduos;
4. Sistemas de taxao para racionalizar perodos de alto
congestionamento se intensificam: populaes passam a
depender mais do transporte pblico e veculos so mais usados
no fim de semana.
Todas as 4 tendncias acima foram consideradas de relevncia muito
alta para o setor nos prximos 25 anos. Estes resultados corroboram os
resultados dos itens Mercado, Infraestrutura e Meio Ambiente quanto maior
preocupao com sustentabilidade ambiental, maior concentrao urbana e
maior acesso ao uso de veculos por uma grande parcela da populao.
2Vide notcia sobre o plano do governo americano para controle de emisses:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090627_eualeiemissoesfn.shtml
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Esses resultados tambm vo ao encontro da percepo das
lideranas do setor, quanto maior demanda por desenvolvimento de
tecnologias limpas e quanto ao desenvolvimento de solues em mobilidade
que atenda aos desejos de individualidade, mas que sejam viveis para uso
em grandes concentraes urbanas.
As tendncias 1 - Legislao prioriza produo vinculada ao impacto
ambiental (ex. veculos com taxas de emisso menores e seguindo os
parmetros europeus) e 3 - Polticas rgidas de regulao e legislao
estimulam a evoluo tecnolgica para solucionar problemas de
congestionamento, emisses, segurana e resduos apresentam grau de
relevncia crescente na percepo dos participantes da pesquisa(2,63/3,75/4,40 e 2,38/3,52/4,14, respectivamente), indicando oportunidades
de desenvolvimento de tecnologias ligadas segurana e meio ambiente, via
a adoo de regulaes mais rgidas por parte do governo, a exemplo do que
j ocorre na Europa e nos EUA atualmente.
Social
As tendncias para o cenrio social nos prximos 25 anos foram:
1. Meios alternativos de comunicao so estimulados para reduzir o
nmero de viagens;
2. Trnsito intenso nas cidades beneficiado por novos
desenvolvimentos em Software, Sensores, Eletrnicos e em
Telemtica;
3. Renda per capita brasileira cresce;4. Congestionamentos crescem e geram novos problemas para a
mobilidade;
5. Regies metropolitanas concentram maiores iniqidades sociais;
6. Maior migrao intrarregional e de curta distncia afetam sistemas
de transporte e estimulam vendas de veculos;
7. Populao brasileira aumenta (42 milhes at 2030);
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8. Escalada do crime continua para veculos comerciais e de passeio:
sistemas inteligentes baseados no reconhecimento dos
passageiros minimizam os crimes;
9. Utilizao decrescente do transporte pblico.
Das tendncias 1 a 8 foram todas consideradas de alta relevncia,
enquanto que a tendncia 9 foi considerada de mdia relevncia.
Os resultados demonstram o fato de que a maior concentrao urbana
e o crescimento do mercado no pas traro novos desafios para a indstria
automotiva, como o que se refere ao desenvolvimento de veculos
inteligentes, isto , dotados de sistemas eletrnicos e de comunicao
integrados, mas que ainda assim estejam de acordo com um patamar de
renda compatvel com a realidade nacional. Alm disso, como j discutido no
item Mercado e Meio Ambiente, estas solues em mobilidade devem
considerar uma maior preocupao com a concentrao urbana e as
especificidades para os usurios (veculos para trabalho ou fim de semana,
individual ou com a famlia, etc).
interessante destacar a tendncia 4 (Congestionamentos crescem e
geram novos problemas para a mobilidade), que j apresenta relevncia alta
atualmente, mantendo patamares elevados para os prximos anos (4,00 /
4,21 / 3,64) indicando que preocupao com sistemas inteligentes de
controle de trfego, solues em transporte coletivo e alternativas ao veculo
comum so oportunidades para desenvolvimento do setor nos prximos
anos.
TecnologiaAs tendncias para Tecnologia nos prximos 25 anos foram:
1. Simulao computacional reduz tempo e custo de
desenvolvimento;
2. Nanotecnologia traz peas no txicas, mais durveis,
impermeveis, prticas, antimicrobianas, inteligentes e resistentes
ao fogo, luminosidade e ao risco;
3. Intensificao de materiais alternativos, leves e de melhordurabilidade;
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4. Veculos eltricos ganham fora baseados em baterias eficientes e
acessveis;
5. Aumento da convergncia tecnolgica e do uso das tecnologias
eletrnicas e de comunicao direcionam esforos da engenharia
do produto;
6. Crescem as solues e avanos na interao homem veculo;
7. Segurana veicular recebe maior nfase: sistemas avanados so
capazes de monitorar o ambiente externo e interagir com o
motorista para reduzir acidentes e seus efeitos;
8. Engenharia experimental se torna fundamental na busca por
carros mais eficientes;
9. Design e aprimoramentos atendem nichos de mercado;
10. Telemtica contribui para novos sistemas que, em sintonia com a
infraestrutura e/ou taxao, amenizam os problemas da
mobilidade urbana (ex. congestionamentos, consumo de espao e
combustvel);
11. Brasil se consolida como sede de projeto das montadoras;
12. Carros hbridos funcionam como ponte para utilizao do
hidrognio como fonte alternativa de combustvel.
As tendncias de 1 a 10 foram consideradas como de relevncia muito
alta sobre o desenvolvimento futuro do setor nos prximos 25 anos, o que
corrobora com os resultados da pesquisa de percepo de lideranas quando
identifica que as grandes tendncias em tecnologia para o setor nos prximos
anos esto no desenvolvimento de sistemas eletrnicos de comunicao e
interao com o ambiente, desenvolvimento de materiais alternativos, com
grande uso de nanotecnologia e de tecnologia de propulso.
Alm disso, demonstra a tendncia de desenvolvimento segmentado
por regies e nichos de mercado, com diferentes solues adaptadas a
diferentes necessidades em termos de custo e mercado.
As tendncias 2 e 3 - Nanotecnologia traz peas no txicas, mais
durveis, impermeveis, prticas, antimicrobianas, inteligentes e resistentes
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ao fogo, luminosidade e ao risco eIntensificao de materiais alternativos,
leves e de melhor durabilidade apresentam crescente importncia para os
prximos anos e tambm merecem destaque porque so tecnologias que
permitem avanos nas questes de emisses, segurana, conforto e reduo
de custos em veculos.
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4. Cenrios Futuros 2022 e 2034
Dentro da dinmica do Estudo Prospectivo, aps a pesquisa de
percepo de lideranas e anlise da relevncia das tendncias, foi realizada
a Oficina de trabalho Identificao de Oportunidades, cujo resultado foi aelaborao de trs cenrios alternativos Otimista, Conservador e
Pessimista.
Participaram da Oficina profissionais de empresas selecionadas
(autopeas de capital nacional com capacidade de desenvolvimento local) e
de representantes da ABDI, BNDES, e entidades de classe ligadas ao setor
(SAE e Sindipeas).
Os convidados receberam antecipadamente o Relatrio Panorama
Setorial, o Resultado sobre a Consulta de Tendncias (Anexo II) e um
Timeline do futuro, com dados sobre o Setor automotivo para os prximos 25
anos, obtidos junto a diversos trabalhos e fontes do setor. Durante a Oficina,
foi realizada uma discusso com todos os participantes, procurando
identificar quais seriam as variveis mais importantes para a construo dos
cenrios futuros. As variveis selecionadas pelo grupo foram: Concentrao
Urbana, Novos Modelos de Negcios, Social e Meio Ambiente, Tecnologia,
Recursos e Infraestrutura Poltico-Institucional.
Em seguida, aps 2 rodadas de discusses em que os presentes
foram divididos em grupos, foram elaborados 3 cenrios. Nestas discusses,
os participantes descreveram oportunidades e ameaas, expectativas de
consumo, lacunas e incertezas em 2022 e 2034, usando como guia as
variveis apresentadas acima.
Os resultados dos cenrios Conservador e Otimista, de onde foram
derivadas as oportunidades tecnolgicas discutidas no prximo captulo,
sero apresentados abaixo.
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acidentes. Com as mudanas climticas cada vez mais evidentes, h maior
fiscalizao da legislao (maiores exigncias aos padres de emisso,
reciclagem, reutilizao, etc.) e o preo do petrleo situa-se em nveis
elevados (US$70-100). Em 2034, a legislao e educao reduzem
efetivamente os acidentes. Novas tecnologias atendem a novos padres (ex.
grande nmero de empresas com selo verde). Preo do petrleo mais
elevado (US$100+) viabiliza os combustveis alternativos e a gerao de
novas tecnologias alternativas.
Tema - Tecnologia
Em 2022, Brasil mantm espao como desenvolvedor de tecnologia
(ex. cmbio automtico e automatizado) e manufatura. Empresas da cadeia
se reposicionam em funo das mudanas tecnolgicas incrementais e se
integram s lderes que repassam parte do desenvolvimento a elas. Tal
movimento continua a contribuir com a diminuio do nmero de pequenas e
mdias empresas da cadeia. Redes de conhecimento, tecnologia intra e
interindstria e as prprias empresas buscam o aprimoramento tecnolgico.As tecnologias de controle de trfego, navegao e infraestrutura viria so
orientadas para situaes mais crticas. A adoo de tecnologias de
entretenimento compatvel com a legislao. Muitas solues tecnolgicas
so utilizadas somente em nvel regional (ex. caso do etanol no Brasil). Em
2034, a velocidade de desenvolvimento tecnolgico aumenta e as empresas
esto bem posicionadas globalmente em funo de mudanas tecnolgicas
radicais. A produo e desenvolvimento compartilhado atendem mercados
globais. Tecnologias de controle de trfego e de navegao nos veculos
generalizada e compatvel com solues de interao homem-veculo-
estrada e infraestrutura viria.
Tema - Recursos
Em 2022, laboratrios e talentos em nmero e qualidade aumentam.H atrao de alunos e profissionais para o setor e as associaes
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profissionais ganham importncia (SINDIPEAS, SAE, AEA e etc.), em
cooperao com as universidades. Em 2034, h maior disponibilidade de
talentos e recursos reduzindo o custo de desenvolvimento de novos produtos
e processos.
Tema - Infraestrutura Poltico-institucional
At 2034, h manuteno da Infraestrutura poltico institucional em
relao a 2009. H continuidade das polticas e iniciativas pblicas e
fortalecimento das instituies que gerem estas iniciativas. H aprimoramento
da legislao trabalhista e tributria, bem como maior agilidade do Judicirioe no processo de registro de patentes. Estabilidade econmica e do comrcio
internacional permanece.
4.2. Cenrio Otimista
Tema - Concentrao Urbana
Em 2022, a concentrao urbana aumenta em relao a 2009 e os
Governos investem na infraestrutura (vias urbanas, metrs, estradas, etc.).
Aglomeraes urbanas, nas imediaes dos grandes centros, criam efeito
positivo sobre demanda de carros mais baratos para trajetos curtos,
viabilizando acesso aos meios de transporte (metr, nibus, etc). Grandes
empresas investem no desenvolvimento de carros menores e de propulso
alternativa, uma vez que o trajeto mdio dos carros diminuiu e viabiliza mais
facilmente carros eltricos ou com outros combustveis alternativos. Os
veculos de cargas de menores dimenses tm sua demanda acelerada
estando focados no transporte urbano. Veculos de carga maiores tero
acesso muito limitado aos centros urbanos. A conjuntura aumenta a demanda
por servios de inteligncia de trfego e veicular e a importncia da
sustentabilidade (ex. reciclagem de materiais, baseados em tcnicas mais
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eficientes). H maior rigor na legislao de trnsito, na inspeo veicular e na
qualidade de servios das empresas de controle de trfego.
Em 2034, comeam proliferar solues variadas de mobilidade. O
trfego nos grandes centros se mantm, mas solues alternativasaparecerem e so apropriadas por alguns atores. O cenrio urbano inclui
uma mescla de algumas mega-metrpoles com novos centros urbanos (de
menor porte) que foram crescendo orientadas por polticas pblicas. No
ambiente das mega-metrpoles, as pessoas trabalham perto de suas
residncias ou desenvolvendo trabalho distncia em relao ao
empregador, com eventuais reunies presenciais. O carro usado
principalmente para o lazer e a sustentabilidade incorporada na vida daspessoas. Os processos de reciclagem e de reaproveitamento do automvel
e/ou veculo de cargas chega a 80 por cento do total possvel de ser feito. A
fonte geradora de energia de um carro suficiente para gerar energia
domstica.
Tema - Novos modelos de negcios
Em 2022, fruto da crise das grandes montadoras em 2009, novas
formas de colaborao entre fornecedores se consolidam, com surgimento de
montadoras menores, em modelos de rede de colaborao entre sistemistas,
autopeas e empresas de tecnologias distintas da automotiva, mas
fundamentais em um novo modelo de produto (como fornecedores de
baterias). Vrios modelos de produtos e tecnologias emergem (propulso
eltrica, biocombustveis, hidrognio, etc) adaptados s especificidades decada regio e contribuindo para insero de empresas nacionais na nova
cadeia global de fornecimento. Em 2034, cada vez mais a lgica do servio
prevalece e passa a ser a nfase das concessionrias, montadoras, etc. Nas
relaes de fornecimento, prevalece a concentrao de players, onde as
relaes de parcerias, co-design etc. de 2009 passa a valer para toda a
cadeia (os sistemas de EDI so vitais).
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Tema - Social e Meio Ambiente
Em 2022, a renda mdia da populao, maior que em 2009, ocasiona
o aumento da demanda por veculos de maior valor agregado, bem como de
veculos de entrada. Isto diminui a idade mdia da frota, traz benefcios parao trnsito e fora a prtica da sustentabilidade que, por consequncia,
estimula a criao de legislao e de mecanismos que foram a renovao
da frota. As mudanas climticas, cada vez mais evidentes, estimulam a
criao de uma legislao mais rigorosa e aumentam o consumo consciente.
Ambos estimulam a gerao de tecnologias de recuperao de energia
gerada pelo carro que foram desprezadas no incio dos anos 2000. A
legislao ambiental fora o desenvolvimento de novas tecnologias e a buscade um destino para sucatas e assemelhados. O pas se alinha legislao de
outros pases, o que colabora com esforos de exportao e homologao de
produtos para estes pases. Em 2034, o perfil do usurio de um carro se
expande. Crianas menores de 16 anos so autorizadas a dirigir e os mais
idosos tm melhores condies para fazer o mesmo; comandos distncia
facilitam o processo. O mercado consumidor potencial maior.
Tema - Tecnologia
Em 2022, o preo do petrleo em alta (pela dificuldade de extrao,
desastres naturais, guerras, etc.) viabiliza combustveis e novas tecnologias
alternativas. As inovaes tecnolgicas em novos materiais, propulso e
eficincia energtica esto em alta. As empresas da cadeia conseguem se
reposicionar, antecipar as mudanas tecnolgicas e se manterem ativas nacadeia de fornecimento. Diversos recursos foram disponibilizados para estas
empresas investirem em novas tecnologias. As solues globais so objeto
de adaptao para a sua implementao regional. Algumas empresas lderes
de projetos conseguem integrar a elas grupos restritos de pequenas e mdias
empresas e a elas repassam parte das atividades de projeto do produto.
Esses movimentos aumentam a demanda de tecnologias voltadas para
fatores de sustentabilidade (energia e questes ambientais) e reforam anecessidade de se integrar a acordos e legislao internacional de
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metrologia. Em 2034, as solues de propulso alternativa ao petrleo, j
viveis do ponto de vista tcnico e econmico, esto voltadas para
fornecimento de energia em geral. A integrao tecnolgica consolidada,
tendo como base a microeletrnica. Os plsticos e metais so substitudos
pelos materiais sintticos biodegradveis; a nanotecnologia passa a ser
incorporada, por exemplo, para adaptar o carro automaticamente s
diferentes estaes do ano. Os produtos so mais personalizados,
diferentemente dos pacotes de opes que existiam em 2009. Os carros so
voltados para necessidades e desejos de indivduos diferentes, seja um
vendedor, pessoa idosa, num nmero muito grande de opes.
Tema - Recursos
Em 2022, com mais e melhores laboratrios, um nmero maior de
talentos disponibilizado para o setor automotivo. A concentrao de
empresas no Setor acarreta aumento em nmero e em importncia das
associaes do setor automotivo (SINDIPEAS, SAE, AEA e outros). Esse
movimento estimula o crescimento da associao de empresas comuniversidades e centros de pesquisa, no Brasil e no Exterior. Em 2034, o grau
de nacionalizao do projeto de carros produzidos no Brasil aumenta e a
customizao em boa parte regional, para necessidades locais. Quem
conhecia o mercado brasileiro e continuou oferecendo solues para este
mercado conseguiu sobreviver. O Brasil continua adaptando carros
pequenos, absorvendo as novas tecnologias e sendo referncia neste nicho,
em funo de seu histrico de competncias em projeto.
Tema - Infraestrutura Poltico-institucional
Em 2022, h continuidade das polticas e iniciativas iniciadas em 2009
(do tipo lei do bem, lei da inovao e outras), com o fortalecimento das
instituies que fazem a gesto destas iniciativas. Como resultado, h um
aumento da confiana dos atores, especialmente das empresas, de que
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estas iniciativas no so passageiras, mas vieram para ficar. Cresce a
importncia de um plano nacional de transporte (integrao de modais etc.).
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5. Anlise das Oportunidades Identificadas para o Setor
A partir da sistematizao dos cenrios gerados na 1a. Oficina, foi
realizada a etapa de Identificao das Oportunidades Tecnolgicas mais
importantes para a competitividade do setor de autopeas nacional para osprximos 25 anos.
A identificao de oportunidades tecnolgicas foi feita atravs de uma
consulta qualitativa da percepo dos especialistas do Setor. A consulta foi
realizada entre os dias 10 e 22/06/2009, atravs de uma pgina da Internet
com convite enviado via e-mail para os especialistas. Dos 137 consultados,
25 responderam (18,25%). Entre os consultados, estavam representantes do
setor privado (montadoras, sistemistas, autopeas, consultores e entidadesde classe) e do setor pblico (MCT, MDIC, APEX, ABINEE, MME, BNDES).
Durante a consulta virtual, dezoito pginas apresentavam os cenrios
gerados na 1 Oficina e solicitava aos respondentes que identificassem as
oportunidades tecnolgicas numa nica sentena para cada cenrio. Foram
geradas 213 sentenas de contedo. As respostas dos especialistas foram
analisadas e compiladas inicialmente em 10 reas de Oportunidades
Tecnolgicas, descritas abaixo. As cinco primeiras (em negrito), por sua
abrangncia e relevncia, foram selecionadas como as principais para a
competitividade futura do setor de autopeas no pas nos prximos 25 anos:
- Novos Materiais;
- Eletrnica Integrada;
- Produo Limpa;
- Tecnologias de Reduo de Peso e Tamanho;- Tecnologias de Propulso Hbridas / Eltrica / Alternativas;
- Inteligncia de Trfego;
- Reduo de Custo;
- Parcerias Universidade e Empresa;
- Tecnologias Verdes;
- Motores e Transmisso.
O contedo gerado na consulta encontra-se no Anexo III.
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Novos Materiais
As demandas por veculos mais leves, econmicos, compactos,
durveis, com design e funcionalidades diferenciados, alm de menos
custosos e agressivos ao meio ambiente, leva intensificao dedesenvolvimento de materiais alternativos, mais leves, com melhor
durabilidade e que sejam reciclveis e de baixo impacto ambiental. Portanto,
uma importante oportunidade tecnolgica para o setor o desenvolvimento
de novos materiais de construo para a indstria automotiva e novas
aplicaes para materiais j utilizados, como os plsticos, por exemplo.
Uma importante rea dentro de Materiais o uso da Nanotecnologia,
melhorando a funcionalidade e design das peas utilizadas.
O desenvolvimento de novos materiais leva as autopeas a intensificar
o estabelecimento de parceiras de desenvolvimento fora da cadeia
automotiva, como universidades, institutos de pesquisa e fornecedores como
indstria de ao, alumnio e petroqumicas.
Eletrnica Integrada
O aumento da convergncia tecnolgica de sistemas de comunicao
dentro e fora do veculo, o uso de tecnologias eletrnicas e de comunicao,
visando maior conforto, desempenho e especialmente segurana ao dirigir
significativo nos prximos 25 anos.
Posto que o Brasil no possui atualmente competncia significativa
nesta rea, para evitar dependncia futura e manter ou at mesmo aumentar
a competitividade do setor de autopeas, faz-se necessrio investir no
desenvolvimento de capacidade de desenvolvimento nesta rea.
Produo Limpa
Um dos eixos de desenvolvimento de tecnologias para os prximosanos (e que j est ocorrendo atualmente) o das Tecnologias Verdes ou
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Limpas, ou seja, que minimizem os impactos sobre o meio ambiente e
considerem como prioritrios os aspectos de sustentabilidade ambiental.
O desenvolvimento de novos materiais, de novas formas de
motorizao e de transporte devem considerar aspectos ambientais desde a
sua concepo. Este conceito engloba o conceito de reciclabilidade, uso de
materiais reciclados ou remanufaturados, baixo (ou nulo) ndice de emisses
de CO2 e outros gases do efeito estufa.
importante destacar que a considerao de uma tecnologia como
verde deve ser feita considerando todo seu ciclo de vida, ou seja, considerar
todo o balano energtico de gases emitidos em toda sua cadeia produtiva.
Este conceito traz uma srie de oportunidades de desenvolvimento para o
setor, lembrando que o Brasil j um centro de competncia de
desenvolvimento de tecnologias de motorizao verdes, como o etanol e o
biodiesel, alm do uso de materiais verdes (como o plstico derivado de
etanol e de glicerina, por exemplo).
Tecnologias de Reduo de Peso e Tamanho
Como foi mencionado nos cenrios e nas tendncias, a maior
concentrao urbana, o crescimento de mercados emergentes e de baixa
renda e a necessidade de maior eficincia energtica, traz a necessidade de
veculos mais compactos, leves e eficientes no consumo de combustveis.
Este fato traz a oportunidade de desenvolvimento de materiais
diferenciados e o uso de eletrnica, como j foi acima discutido, alm de
trazer oportunidades de novos designs e arquitetura, alm de formas de
utilizao de veculos inovadoras.
Tecnologias de Propulso Hbridas / Eltrica / Alternativas
Como j discutido no item de Meio Ambiente, a questo do
desenvolvimento sustentvel, alm da incerteza sobre o fornecimento futuro
de petrleo, traz como oportunidade o desenvolvimento de tecnologias de
propulso inovadoras.
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Como surgiu na discusso de cenrios e tendncias, dificilmente
haver um nico paradigma de motorizao, como foram os motores de
combusto interna no sculo passado. Com isso, as oportunidades
tecnolgicas se multiplicam, dependendo da aplicao (veculos comerciais /
leves), do mercado (mercados de entrada / premium) e das condies
logsticas e institucionais regionais (como etanol no Brasil, por exemplo).
O Brasil, com sua competncia j consolidada em etanol e biodiesel,
pode ampliar seu leque de opes, desenvolvendo solues em motorizao
eltrica e a hidrognio, por exemplo.
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Anexo I Relatrio da Pesquisa Exploratria Percepo de Lideranas
Relatrio da Pesquisa ExploratriaPERCEPO DE LIDERANAS
Junho, 2009
Contextualizao e objetivo da pesquisa
Considerando as incertezas e a velocidade das ltimas transformaes
no Setor automotivo, a atividade de antecipao de futuros se torna ainda
mais necessria, de modo a preparar as empresas e o governo para as
surpresas e descontinuidades que vem pela frente. O objetivo desta
pesquisa levantar percepes sobre fatores-chave que possam contribuir
para uma melhor discusso acerca do posicionamento das empresas de
autopeas nos prximos vinte e cinco anos. As informaes levantadas
serviro de subsdio para gerao de cenrios futuros e a formulao de
estratgias para o Setor durante a Oficina Identificao de Oportunidades.
Lideranas representadas neste relatrio
Perspectivas de lideranas da GM (gerente), FORD (diretor), FIAT
(diretor), Delphi (diretor), BOSCH (vice-presidente), Magneti Marelli
(presidente e diretor comercial), Associao Brasileira de Engenharia
Automotiva - AEA (presidente), Associao Nacional dos Fabricantes de
Veculos Automotores ANFAVEA (vice-presidente), Centro das Indstrias
do Estado de So Paulo - CIESP (ex-presidente) e do consultor Luc de
Ferran fazem parte deste relatrio.
Metodologia da pesquisa
A equipe realizou pesquisa de campo por meio de entrevistas
semiestruturadas, com perguntas abertas e agrupadas por temas. A durao
de cada entrevista foi de aproximadamente quarenta minutos. As entrevistas
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com lideranas da GM e Delphi ocorreram na sede da Sociedade de
Engenheiros da Mobilidade (SAE) em So Paulo. A entrevista com a
liderana da FIAT e ANFAVEA ocorreu no escritrio de assuntos
institucionais da FIAT em Braslia. A entrevista com as lideranas da Magneti
Marelli ocorreu na fbrica de Mau, em So Paulo. As entrevistas com
representantes da FORD, BOSCH, AEA, CIESP e com o consultor Luc de
Ferran foram feitas por telefone.
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Biografia das lideranas entrevistadas
Rogerio Vollet gerente da Engenharia de Tecnologia e
Arquiteturas Eltricas Avanadas da GM do Brasil. Foi da GMAlemanha e lder de projetos globais. Possui MBA e mestre em
engenharia eltrica pela Universidade de So Paulo (USP).
Flvio Campos diretor de engenharia da Delphi para a
Amrica do Sul e diretor da SAE Brasil, seo So Paulo. lder Black
Belt Six Sigma e atua em estratgia, planejamento, desenvolvimento e
inovao na empresa.
Virgilio Cerutti engenheiro italiano, presidente da Magneti
Marelli Powertrain no Brasil e o responsvel pelas operaes do Grupo
no Mercosul.
Flavio Gussoni o atual diretor comercial-corporativo da
Magneti Marelli e foi diretor comercial da diviso Powertrain.
Luc de Ferran foi mentor de uma srie de automveis FORD,
entre eles o Corcel II, Del Rey, Pampa, Escort, Fiesta, Ka, Courrier,Escort XR3 e EcoSport e o motor Rocan. formado em engenharia
pela Escola Politcnica da USP e pai de Gil de Ferran, campeo de
Indianpolis na Frmula Indy.
Cludio Vaz economista e atua no setor automotivo desde os
anos 70. Dedicou a diversas empresas de autopeas e participou na
poltica industrial do setor. Foi presidente do SINDIPEAS (1992-1994)
e do CIESP.Antnio Srgio Martins Mello diretor de Relaes
Institucionais da FIAT e vice-presidente da ANFAVEA. Atuou como
Secretrio do Desenvolvimento da Produo do Ministrio do
Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) e
superintendente da Superintendncia da Zona Franca de Manaus
(Suframa).
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Besaliel Botelho o vice-presidente executivo para a Amrica
Latina da BOSCH e presidente da SAE BRASIL. Botelho engenheiro
de Eletrnica e Telecomunicao pela Universidade de Karlsruhe na
Alemanha e iniciou sua carreira no Grupo BOSCH em 1985.
Jos Parro presidente da Associao Brasileira de
Engenharia Automotiva (AEA) e foi representante de Relaes
Governamentais da Delphi na Amrica do Sul. engenheiro mecnico
e atua no aprimoramento da engenharia automotiva.
Rogelio Golfarb diretor de Assuntos Corporativos e
Comunicao da FORD para Amrica do Sul. Atua no setor desde
1981, tendo ocupado posies em Engenharia, Finanas, Marketing e
presidncia da ANFAVEA (2004-07). Formado em engenharia pela
FEI, tem curso de estratgia de produto e negcios pela Duke
University, EUA.
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Questes de mercado
Na sua viso, quais so os fatores que movem a poltica de
desenvolvimento, produo e insero nos mercados das montadoras?
De acordo com os entrevistados, os fatores que movem a poltica de
desenvolvimento, produo e insero nos mercados das montadoras so:
O potencial de mercado (renda per capta e proporo de veculos por
habitantes);
A disponibilidade de pessoal com capacidade de inovar, criar solues
e desenvolver propostas de reduo de custo;
A disponibilidade de incentivos, benefcios fiscais e financiamentos;
A natureza da tecnologia a ser desenvolvida;
O contedo tecnolgico do mercado alvo.
A estabilidade poltico-econmica e as taxas de juros praticadas no
pas, pois servem como parmetro de financiamentos, fomento e
alavancagem para aquilo que o mercado consumidor vai estabelecer como
linhas de crdito. A poltica econmica, adequada e vivel em relao aos
outros pases, estabelece uma plataforma atrativa para o Brasil.
Dependendo dos fatores levantados acima, a poltica das montadoras
pode priorizar a engenharia global ou regional. A infraestrutura instalada foi
outro fator decisivo para futuros investimentos no pas do ponto de vista das
montadoras.
Qual ser o diferencial competitivo das autopeas brasileiras nos
prximos 25 anos?
Os diferenciais indicados para as autopeas brasileiras nos prximos
25 anos so:
Desenvolver engenharia e tecnologias locais a custos mais baixos e
apresentar propostas de valor. Essa necessidade pode ser atribuda baixa
lucratividade das montadoras tradicionais na ltima dcada devido reduo
do percentual de rentabilidade;
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Dar suporte de engenharia antes, durante e depois do
desenvolvimento, atuando de forma integrada com a montadora no
desenvolvimento de novos produtos;
Capacidade de tirar proveito das vantagens tributrias que o Estado
Brasileiro j criou e deve criar no futuro;
Apresentar solues adequadas ao mercado regional (incluindo as
Amricas; rea de grande interesse para as empresas do pas);
Insero no mundo tecnolgico se comparado s autopeas chinesas
que ainda so nacionalistas, sem capital estrangeiro e sem o know-how
global;
Em relao Rssia, China e ndia, as autopeas brasileiras tm
caractersticas da cultura europia, o que facilita na negociao com as
montadoras durante o desenvolvimento de processos e tecnologias;
Atuar no segmento de componentes eletroeletrnicos que j vem
ganhando suporte do governo e existem pequenas empresas trabalhando
nessa possibilidade. Com relao ao conceito de autopeas brasileiras, as
empresas de capital nacional precisariam de um aporte de capital
considervel para se tornarem competitivas. O mais provvel, e por uma
questo de convenincia, seria considerar empresas mistas pelo fato de
serem brasileiras;
Alavancar insumos bsicos para oferecer produtos especficos
manufaturados, como as mineradoras ao estender sua cadeia de valor para
produtos estampados, forjados e fundidos. No Sul de Minas Gerais j h um
caso. Os produtores de resinas poderiam abranger plsticos injetados, vcuo
formados, etc;
Fomentar a sustentabilidade de ferramentarias modernas ecompetitivas, considerando que a competio com a Coria do Sul, China e
ndia ser grande. Minas Gerais possui casos de sucesso.
Como o setor brasileiro de autopeas deve se posicionar para se
manter competitivo no cenrio global (em quais nichos, tipo de produtos,
tecnologias, diferenciais competitivos)?
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Na viso dos entrevistados, o setor de autopeas pode se manter
competitivo no cenrio global por meio da inovao e atuao estratgica,
focando em:
Solues de menor custo, considerando que o mercado brasileiro
est ansioso por tecnologia e, ao mesmo tempo, tem restries de consumo;
Solues em eletroeletrnica, pelas necessidades de comunicao
do mundo moderno e de reduo de emisses;
Solues em entretenimento de forma geral, lembrando que ser
necessria uma padronizao para utilizar aparelhos externos e uma
proposta de valor baseada em uma plataforma comum para os fabricantes
interessados;
Solues em powertrain, devido a nossa diversidade de combustvel
e necessidade de inovao nesse ramo;
Solues em bicombustveis, pela tradio do pas nesse campo e a
quantidade de veculos flex em circulao. No curto e mdio prazo, a
tecnologia dever necessariamente respeitar o meio ambiente no
consumir mais do que o ambiente pode gerar e focar em novos materiais
cada vez mais reciclveis e menos poluentes. Os veculos devero ser
adequados ao trnsito e cidade ao oferecer um pouco menos de contedo
tecnolgico do que se viu nos ltimos anos no mercado norte-americano com
veculos grandes. No longo prazo, pode-se pensar no hidrognio e em
algumas aes que veem sendo desenvolvidas e que demandam
investimentos pesados em pesquisa. A ressalva que o mercado brasileiro
ainda no tem aporte econmico para fazer pesquisa profunda nesse tipo de
tecnologia.
Montar cadeia de valores a partir de produtos bsicos, com menosparticipantes e com fluxo de caixa e lucratividade mais favorvel, a exemplo
das montadoras japonesas que so mais verticais e mantm um certo
domnio sobre sua cadeia de valores. Alm disso, deve se preocupar com a
cadeia produtiva como um todo, observando questes sensveis como o
trabalho degradante e escravo.
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Questes de tecnologia
Qual ser a forma de propulso predominante nos prximos 25 anos?
Quais sero as tecnologias crticas?
Diversas vises sobre as formas de propulso veicular nos prximos
25 anos foram relatadas, algumas mais conservadoras, outras mais ousadas,
mas todas apostando na ideia de que no haver uma nica soluo. O
pensamento comum aponta para a quebra da hegemonia da propulso por
petrleo, seja ela por solues eltricas, clula-combustvel, motor Otto
otimizado para combustveis biomassa, etc. As vises levantadas sobre esse
tema incluem:
O Brasil dever continuar usando o lcool, por ser mais barato e ter
tradio. As outras solues (hibrido e eltrico) ainda so caras no momento
para entrar no mercado brasileiro;
O eltrico est ganhando fora em alguns pases desenvolvidos
porque a eletricidade subsidiada, assim como o gs subsidiado no Brasil;
Inexistncia de um padro dominante global, com solues mistas
devido aos custos da energia em cada regio. Deve haver uma
disponibilidade de tecnologias multicombustveis aplicados em escala. O
Brasil rico em recursos hdricos e talvez cause menos emisses se a opo
por energia eltrica for utilizada nos carros. Pases com petrleo abundante
devem continuar usando aquela fonte de energia. Pode-se prever no mdio e
longo prazo um misto de fuelcells, bi-combustveis e eletricidade;
Em 2034, a matriz energtica estar ainda mais diversificada e a
eletrificao deve crescer no pas. No curto prazo (05 anos), o veculo
movido a motor de combusto interna (Otto ou diesel) continuar dominante,
mesmo que seja para amortizar investimentos passados. Em um horizonte de
25 anos e talvez antes (2022), podemos ver dois caminhos para pases
emergentes:
Veculos plug-in eltricos com bateria de ltio (carro igual ao
celular, mas ao invs de falar, ele anda), isto se aplica a veculos de duas
rodas e carros de passageiros das classes A e B. Seria uma soluo de baixo
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custo para um veculo de uso dirio em torno de 150 a 250 km e recarga nos
intervalos. Interessante ressaltar o fornecimento de baterias ltio e quem est
por trs disso atualmente. Tem ltio na Argentina, Paraguai, Chile. No Brasil
tem que desenvolver e deixa mais favorvel o carro eltrico. Junto com o
carro eltrico, sero necessrios painis solares. Nesse conceito, tambm
foram citados para o longo prazo os veculos hidroeltricos (movidos a
hidrognio) que se pretende testar no mbito do projeto de colaborao entre
Fiat, Itaipu e Mes-Dea para desenvolvimento do carro eltrico;
Veculos hbridos combusto + eltrico, apesar de serem caros,
pois tm as duas solues. De todo modo, o Brasil deve continuar com os
motores movidos a etanol ou derivados de biomassa, com ciclo Otto, porm
sero extremamente inteligentes e otimizados, seja no ganho do combustvel
ou no powertrain. Como o etanol um combustvel em abundancia no pais,
no devemos abdicar dessa riqueza econmica e de meio ambiente;
Veculos comerciais - prev-se uma forte participao de hbridos
eltricos de grande porte, como o caso hoje das locomotivas ferrovirias e
equipamentos pesados de minerao. Essas solues tambm poderiam ser
miniaturizadas e aplicadas nos carros de passeio.
Temos condies (tecnolgicas e empresariais) de fabricar motores
brasileiros (com tecnologia e empresa de controle de capital brasileiro)? De
que tipo de tecnologia (eltricos, combusto interna?)? Por qu?
Onde/quem?
Para os entrevistados, o capital puramente nacional algo quase
invivel em qualquer pas do mundo. Mesmo que o proprietrio da empresaseja brasileiro, ele vai recorrer a investimentos de bancos internacionais que
tero participao de fundos e, portanto, estar alavancando o capital
externo, principalmente para desenvolver inovao no setor automotivo.
Quando se fala de motor, empresas dedicadas precisaro estabelecer
parcerias com as montadoras, j que os fabricantes de motores no pas
so as prprias montadoras, que devem manter esse domnio.
Fabricantes independentes faro, como j fazem hoje, contratos de mdio elongo prazo com algumas montadoras.
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O Brasil tem poucas restries do ponto de vista tecnolgico.
Temos engenheiros e pesquisadores j engajados no setor e temos fortes
universidades que podem tanto trabalhar na parte de combusto como em
mquinas eltricas e seus controles.
A capacidade de desenvolver motores vai depender da qualidade do
projeto, visando uma plataforma de produo que deve suprir o mercado
nacional e internacional. Vai depender tambm de quanto o Brasil consegue
investir na mesma velocidade, seja em tecnologia, seja em capacidade, para
poder competir mundialmente. Neste caso, no se pode pensar em proteo
do governo para barrar produtos de fora. Os pases cresceram e tiveram xito
porque enxergaram a necessidade de investir em tecnologia adequada e
estavam abertos para o mercado mundial.
Num primeiro momento, imaginam-se empresas desenvolvendo
motores com um grau de inovao tecnolgica que permita com que as
montadoras estabeleam parcerias sempre apostando numa tecnologia
inovadora. Num estgio mais avanado, imagina-se trabalhar para produzir
motores a hidrognio, visando um retorno em 20 anos ou 30 anos.
Quais sero as caractersticas tecnolgicas dos produtos
desenvolvidos para os mercados emergentes? At que ponto as engenharias
localizadas nestes pases se ocuparo do projeto destes produtos? H
interesse das montadoras neste sentido?
Para os entrevistados, as caractersticas dos produtos desenvolvidos
para os mercados emergentes sero diferenciadas em funo das
necessidades de mobilidade, que divergem grandemente das necessidadesdos pases mais ricos. Elas incluem:
Carros que atendam a base da pirmide social, ou seja, para
aqueles cidados com menor renda. Trata-se do carro popular que poderia
ampliar a base de consumo. O Brasil deveria fazer o carro verdadeiramente
popular, de 6 a 7 mil Dlares;
Avanos que devem obedecer ao conhecimento e s
necessidades locais, utilizando tecnologias sofisticadas, possivelmentebarateadas ao ganhar escala nos mercados desenvolvidos. Cada vez mais
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caminharemos para plataformas globais, principalmente com o aumento de
legislao em combustveis, segurana e reciclagem, que vai demandar
novos projetos e produo de novos veculos. A consolidao de plataformas
globais ser chave para que as empresas possam sobreviver. Nesse
contexto, a engenharia que j se ocupa com produtos para os mercados
emergentes deve continuar no futuro;
Requisitos especficos dos mercados: longas distncias, trfego
pesado, vias precrias, sobrecarga, combustveis inconstantes, problemas
com segurana, regulamentao complexa e no compatvel, custos altos de
licenciamento e seguro, manuteno do valor de revenda;
Com relao a ocupao do projeto pelas engenharias localizadas nos
mercados emergentes, os entrevistados acreditam que se trata de um fator
crtico, mas preciso levar em considerao o contedo tecnolgico de cada
pas.Todos os mercados tm um conjunto mnimo de contedo tecnolgico.
Nesse sentido, a diferena est no que o mercado comporta, em termos de
capacidade de compra. No Brasil esse contedo ainda bastante inferior em
relao aos mercados desenvolvidos, considerando que alguns itens, como
ar condicionado, ABS e outros, se tornaram mais comuns apenas
recentemente.
medida em que o contedo tecnolgico aumenta, cresce tambm a
pesquisa e desenvolvimento no pas. Quem investir antes ter uma vantagem
competitiva no longo prazo, principalmente se aproveitar o GAP tecnolgico
que se assemelha ao da ndia, Rssia e outros pases emergentes. O Brasil
tem hoje capacidade para desenvolver produtos com rapidez, flexibilidade e
menor investimento. Trata-se de um pas emergente com caractersticas deoutros pases emergentes, mas refinamento de alguns pases desenvolvidos.
A fora de trabalho boa, tem uma cultura europia bem desenvolvida,
profissionais com flexibilidade, altamente motivados, que aceitam desafios e
adoram se internacionalizar. Essas so vantagens competitivas com relao
aos outros pases do mundo que algumas montadoras j descobriram e,
portanto, uma oportunidade para que o pas faa projetos automotivos.
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O que se pode desenvolver no Brasil e levar para outras partes do
mundo? Quais so os nichos tecnolgicos em que estas empresas
podem/devem se concentrar? O que as empresas de autopeas brasileiras j
podem ou deveriam ser estimuladas a desenvolver?
Os entrevistados vislumbraram algumas reas que podem ser
desenvolvidas e levadas para outras partes do mundo. Entre elas incluem:
Os biocombustveis: As solues em biocombustveis so uma
realidade. Se a exportao de carros biocombustveis aumenta, temos
condies de aumentar a produo de etanol tambm. Pases com condies
de produzir o etanol (espalhados pela frica e America Latina em geral)
podem ser um mercado em potencial por ser uma aptido natural da regio.
O Brasil est frente dos outros, porm corre risco de os EUA superarem a
vantagem competitiva, j que esto se organizando e estruturando suas
pesquisas;
Os veculos populares: O conhecimento de como desenvolver um
veculo pequeno tem valor e os pases desenvolvidos j tomam proveito
disso. As solues mais simples com menos requisitos so aceitveis e
tendem a crescer. No curto e mdio prazo, o Brasil pode se destacar em
relao aos outros pases pelo perfil do veculo que se apresenta como
soluo. No longo prazo, vai depender mais das tendncias tecnolgicas;
O design de interiores: ainda pouco explorado, o Brasil tem
condies e capacidade de desenvolver competncia nessa rea para levar
para outros pases, mas deve ser competitivo.
Face as oportunidades, as dificuldades para exportar ainda sograndes e foram lembradas, pois os pases desenvolvidos so exigentes e
contam com profissionais extremamente qualificados. Por outro lado, a
engenharia brasileira est bastante capacitada para desenvolver produtos e
apresenta potencial para inseri-los em pases da frica, China, Mxico, etc.
Com relao rea de ferramentaria, trata-se de um negcio que no
mais rentvel hoje, at pela ociosidade da capacidade de produo.
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Questes de incentivos
Quais so as empresas de capital nacional que tm maior chance de
desenvolver competncias relevantes para a cadeia produtiva do setor, nocurto e principalmente no longo prazo? Como polticas e iniciativas pblicas
podem contribuir neste processo em um horizonte de 25 anos?
Os entrevistados evitaram responder a primeira pergunta, indicando
que os fornecedores (autopeas) so diversos, de capacidades especficas
em cada segmento do setor automotivo.
Com relao ao conceito de capital nacional, muitos apresentaram a
viso de que, se o capital for exclusivamente nacional, seria muito difcil ter a
chance de desenvolver competncias relevantes no contexto global. Isso
porque comum entre as empresas de autopeas se associarem ou serem
adquiridas por conglomerados mundiais, at mesmo pelas novas exigncias
globais das montadoras. Seria preciso analisar o porte da empresa,
considerando um limite mnimo de 50 milhes de Reais e disponibilidade de
massa critica qualificada para iniciar um desenvolvimento adequado. Caso
haja um financiamento para pesquisa alocando recursos humanos e
financeiros adequados, a empresa nacional poderia se equiparar em termos
de know-howa uma empresa internacional.
Com relao s polticas e s iniciativas pblicas que podem contribuir
para o processo de desenvolvimento de competncias nacionais nos
prximos 25 anos, deve existir uma disponibilidade no s recursos
financeiros, mas tambm de tecnologias e de conhecimento. Existem uma
srie de aes ligadas promoo do know-how que precisam de suporte,
desde a disponibilidade ao investimento. Isso tudo pode fazer uma grande
diferena no futuro e, quanto mais rpido o Brasil investir na capacitao
tecnolgica, mais rapidamente ele estar apto a poder jogar de igual pra igual
em qualquer mercado.
Quais polticas e iniciativas pblicas melhor contribuem para fortalecer
os centros de engenharia sediados no Brasil? Elas so suficientes quanto
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proposta e aos recursos alocados? At que ponto a colaborao com centros
de desenvolvimento estrangeiros auxilia neste processo?
O arcabouo legal definido pelo governo competitivo em relao ao
mundo. As polticas pblicas so adequadas para o setor, mas poderiam ser
mais divulgadas e melhor exploradas para que as pequenas e mdias
empresas pudessem acess-las.
Existem diversos pases com competncia tcnica e a questo custo
de desenvolvimento pode ser um diferencial para o Brasil. Se for mais barato
para desenvolver aqui, provavelmente ser feito no Brasil. A capacitao
tcnica das universidades outro um fator de deciso para escolher
parceiros no desenvolvimento de produtos, considerando que as
universidades privadas ainda no se mostram preparadas para fazer
pesquisa.
Hoje no Brasil so formados 30 mil engenheiros anualmente voltados
para a rea automotiva e ainda muito pouco se comparado com a China
que coloca 600-700 mil a cada ano. O Brasil precisa trabalhar na estrutura e
motivao dos estudantes.
As necessidades atuais vo demandar muitos engenheiros e a
tendncias que isso acontea nos pases onde tradicionalmente os
produtos j so desenvolvidos. Quanto mais investirmos agora, mais
estaremos abrindo as portas para a inovao no futuro. De maneira geral,
no vamos definir a engenharia, mas precisamos criar o ambiente propicio
para a inovao. Devemos estar mais preocupados com o processo do que
com o produto final.
A Lei da Inovao e do Bem j foi um grande passo que despertou ointeresse do empresrio e comea gerar projetos de pesquisa no Brasil.
Ainda existe burocracia, mas que uma questo de amadurecer o programa.
Alm dessas, existe muito espao para crescer e inovar. O setor automotivo
mereceria uma Lei Rouanet para o desenvolvimento da engenharia.
Quais incentivos podem aumentar a atratividade daquelas empresas?
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Em resumo:
Menores custos de produo e logstica. Nas autopeas, precisaremos
reduzir os custos, ampliar o volume e ganhar escala. Ser necessrio capital
de giro, engenharia e ajuste fiscal (menores taxas de financiamento).
Existncia de alianas com sistemistas externos que tenham atuao
global para importar e/ou produzir peas em mais de um pas. Se a aliana
com outra empresa existir, ela deve estar vinculada a empresa de autopeas
de modo transparente para a montadora.
Acordos internacionais para autopeas. Os acordos hoje se restringem
Argentina e ao Mxico. Precisaremos de polticas para ampliar o leque de
acordos internacionais, que possam fomentar a engenharia. Isso ser ainda
mais vital para as autopeas.
Algumas linhas de financiamento foram apontadas como formas de
incentivar a atratividade das empresas, apesar das dificuldades enfrentadas
para obter tais financiamentos (ex. BNDES e Financiadora de Estudos e
Projetos - FINEP). Para um grande nmero de empresas, essas ferramentas
de fomento ainda so pouco utilizadas, talvez por desinteresse do
empresrio.
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Questes de talentos
Quais competncias sero demandadas das empresas de autopeas
brasileiras nos prximos 25 anos? Estas competncias j esto disponveisno Brasil, ou requerem ateno especial de polticas pblicas de
capacitao/formao de pessoal?
Perspectivas diversas foram apontadas quanto s competncias que
sero demandadas das autopeas brasileiras nos prximos 25 anos. So
elas:
O pas ainda est aqum do conhecimento que existe l fora em todas
as autopeas. Com a globalizao, pode se ganhar acesso a conhecimentos
externos, mas o processo lento e muitas vezes o representante no Brasil
no consegue ter a mesma fluncia no assunto. comum a montadora pular
a autopea nacional, indo direto para o fornecedor externo. A competncia
tcnica das autopeas deixa a desejar e elas devem investir muito em
treinamento e tambm num rodzio para trazer especialistas externos para
trabalhar no pas e vice-versa.
A agilidade e flexibilidade para absorver demandas muito volteis. O
grande desafio no ser especfico a uma tecnologia, mas sim ao seu custo e
qualidade que pode ser trabalhada com ferramentas do tipo 6-Sigma e
estrutura de relacionamento (TVM-total value management que olha a cadeia
de valor para deix-la mais transparente).
As reas mais demandadas devem ser metal mecnico,
eletroeletrnica, design, produo e materiais. Nessas reas, ser preciso
criar cursos para capacitar mais rapidamente o engenheiro automotivo. Hoje
o treinamento atende, mas precisa de um processo para acelerar a formao
do profissional e cortar pela metade o tempo de formao. preciso
estimular processos de capacitao, onde o governo poderia ter um papel
maior, e capacitar num nvel mais avanado j que graduao esta num nvel
bastante razovel.
A gesto de empresas tambm outra rea para ser trabalhada no
futuro. O Brasil j tem nos seus cromossomos uma capacidade de gerenciar
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com flexibilidade, mas na gesto de empresas preciso competncia e uma
base de formao.
No horizonte do estudo (2034), preciso identificar adolescentes com
talento para as cincias exatas e criar um currculo de crescimento ao longo
de sua juventude. necessrio rever o currculo de crescimento e uma
ligao escola-indstria bem cedo na vida dos brasileiros, algo similar ao
modelo de ensino de TheoPrax em Stuttgart na Alemanha, onde os
adolescentes trabalhavam na resoluo de problemas industriais.
Como intensificar os contatos e a colaborao entre empresas e
instituies ligadas a pesquisa e desenvolvimento, sejam aquelas localizadas
no Brasil, sejam as estrangeiras? Como reduzir as dificuldades que marcam
estes processos e que explicam a baixa freqncia deste tipo de
relacionamento?
Olhando o Brasil como um todo, a colaborao entre empresas e
instituies de P&D precisa de maior desenvolvimento. No longo prazo, um
fator estratgico sempre vai ser a qualidade das pessoas, da formao, da
educao. Quando se tem boas universidades, tem jovens que vo nascer
com novas ideias de negcios. O Venture Capital um modelo interessante
que escolhe boas ideias fora das empresas e boas pessoas para
desenvolver. Hoje temos Campinas que tem um bom nvel de relacionamento
entre as empresas e as universidades. Mas, considerando o tamanho do
Brasil, sua populao e o comparativo com os Estados Unidos e Japo,
percebe-se um GAP muito importante. Novas polticas deveriam desenvolver
a estratgia do Venture Capital.As agncias de inovao das universidades so o canal de entrada
para acessar os pesquisadores, por mapeamento das patentes, e para se ter
controle e tornar visvel o que se pode fazer. Talvez se possa fazer um
treinamento de pessoal para entender qual o papel da universidade e do
pesquisador e os tipos colaborao. Na viso das grandes empresas, o papel
da universidade nessa situao trabalhar junto com a indstria para ajudar
no desenvolvimento de pesquisas. A universidade ganha com aporte derecursos privados para comprar equipamentos, distribuir bolsas e atrair mais
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pesquisadores. A sociedade ganha ao gerar mais conhecimento e a empresa
ganha com o direito de explorar a patente. Do lado das empresas, existe
ainda ignorncia sobre todos esses mecanismos disponveis. Talvez seja o
caso de enviar equipes de treinamento que possam ajud-las e trein-las
tambm.
A colaborao na inovao foi apontada como um ponto fundamental,
mas para os entrevistados (dois deles) os mecanismos e nvel de
colaborao ainda so incipientes. preciso incentivar mecanismos de
interlocuo (como o IMETRO, por exemplo) para estreitar a relao entre a
indstria e a universidade. A melhor forma seria estimular palestras e contato
colaborativo para gerar esse tipo de situao. Palestras poderiam ser, por
exemplo, em melhoria de produtividade, ou frum para discutir o carro de
2030, ou como vai ser o carro brasileiro de 2020, etc. Se no estimular essa
discusso, no existe raciocnio, no se sabe como as pessoas se
relacionam ou quem so os players, no se consegue criar uma viso de
longo prazo com vistas a novas oportunidades e no h colaborao entre
empresrios. Outra linha de ao seria estimular contatos para gerar clusters,
j que no tem poltica voltada para isso.
E finalmente, os contratos de cooperao com universidades devem
ter metas claras e estarem atrelados a qualidade do projeto, tendo uma
cobrana rigorosa. Para fazer uma engenharia tem que investir muito dinheiro
e cobrar duramente do outro lado. O desenvolvimento da engenharas passa
por formar mais engenheiros, expandir a capacidade tecnolgica das
universidades e criar carreiras em Y.
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Anexo II Resultado da Pesquisa Avaliao do Grau de Relevncia dasTendncias
Tendncias Automotivas - Mercado
Tendncias Automotivas Infraestrutura
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Tendncias Automotivas Meio Ambiente
Tendncias Automotivas Poltico
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Tendncias Automotivas Social
Tendncias Automotivas Tecnologia
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Anexo III Resultado da Consulta de Anlise de Cenrios eoportunidades
Frases Cenrio Grp 1 Grp 2
Em 2034, home office e escritrio presencial se igualam. A rendamaior aumenta ainda mais a demanda por veculos e a questosustentabilidade estar cada vez mais presente para a maioria dapopulao. As empresas desenvolvem carros incorporandotecnologias de ponta a menor custoe haver maior avano dapropulso alternativa ou mista.
Conserv Parti GOV
2022 - Fabricao de peas para carros movidos acombustveis diferenciados: etanol, energia eltrica, outros.2034 - Oferta de servios especializados para adequao depeas aos novos modelos. - Oferta de alternativas para odesenvolvimento de novos modelos - interface direta commontadoras e fabricantes de veculos automotores.
Conserv Parti GOV
Adaptao de carros para acomodar novas exigncias, 2028. Conserv Parti GOV
Desenvolvimento de novos motores= 2016 Conserv Parti Acad
At 2022: adoo de prticas e de certificaes necessrias internacionalizao, requisitos essenciais para a sobrevivncia emmercados com maior escala e em uma estrutura produtiva maisglobalizada. Nesse cenrio, considero a tendncia de reduo doprotecionismo.
Conserv Parti GOV
At 2024, ser areduo o tamanho dos veculos e tecnologiade comunicao nos caros propriamente dita. Para 2034teremos uma utilizao maior de transporte urbano. Os veculossero maiores e utilizados para o laser, apresentando miastecnologias de segurana e etc.
Conserv G20 Auto
2022 Autopeas podem desenvolver novos modelos deautomveis mais compactos e econmicos, em parceria com
outra empresas do setor e montadoras
Conserv G20 Acad
Peas e ferramentas para a substituio autnoma das partessem a necessidade de apoio de terceiros. Peas de fcilsubstituio com qualidade.
Conserv Parti GOV
As indstrias de autopeas tm grande oportunidade de participardos saltos tecnolgicos que se aproximam. Para isso elasprecisam fortalecer a busca de novos conhecimentostecnolgicos, principalmente atravs de participao emcongressos, eventos de entidades do setor (como a SAE), elicenas tcnicas para fabricao e desenvolvimento no Brasil.
Conserv Parti Acad
Produo de biodiesel Conserv G20 Auto
Desenvolvimento de inteligncia veicular que propicie interaocom sistemas de inteligncia de trafego. Ex. controle de
congestionamentos e sistemas de direo autnomos para baixasvelocidades. O desenvolvimento de motores eltricos de todos ostipos e tamanhos dever ser um caminho. Somem-se a isto itenscomo sensores e outros sistemas de captao de dados.
Conserv G20 Auto
Investimentos em nanotecnologiapara que as empresas deautopeas forneam produtos cada vez mais leves, resistentese adequados ao tamanho dos novos veculos.
Conserv Parti GOV
Aproveitamento da expertise brasileira na construo de carroscompactose biocombustveis, podendo ser realizadas pesquisaspara insero de carros mistos (lcool e eltrico).Apopularizao de alguns opcionais propiciar o fornecimento deitensmais tecnolgicos a preos menores. Desenvolvimentode produtos com menor custo , com tecnologia adaptada aonovo conceito de veiculo e que utilizem materiais alternativos apartir dos recursos naturais existentes no pais.
Conserv Parti Acad
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As autopeas tero que estar reposicionadas em termostecnolgicos para que possam continuar a participar da cadeia defornecimento, de forma competitiva. Para tanto, tero que tercompetncias internas e parcerias externas que viabilizemesta condio.
Conserv Parti Acad
Veculos menores, capazes de transportar uma ou duas pessoas,dotados de segurana, conforto, eltricosdevero ser alternativa:
ocupam menos espaos na via, fceis de estacionar etc. Viagens:carros convencionais alugados para aquele uso. Para autopeas:itens de conforto HVAC baratos, baterias, compostos leves.Acredito no conceito de que o veiculo deve ser vinculado ao uso: adona de casa que s vai ao supermercado pode ter um pequenocarro eltrico para isso; o executivo que sempre anda sozinhono precisa deslocar um veiculo de uma tonelada para lev-lo aoservio e assim por diante
Conserv G20 Auto
Mobilidade compartilhada por sistemas de carro para carro semnecessidade de infra-estrutura externa ou compartilhada por meiode cidades digitais. Sistemas indicam origem e destinos deencontro ou interesse. Cidades digitais permitem acesso emveiculo a qualquer contedo disponvel via internet ou meio digitalprivado.
Conserv Parti Sistemista
Miniaturizaoe sistemas eficientes de alternativas de rotas (GPS inteligente) Conserv Parti GOV
Fornecimento de peas construdas com e somente materialreciclado devido a escassez de recursos naturais. Motor ahidrognio e seus componentes. A automao em estradas eavenidas. Infraestrutura. A diversificao do transporte pblico.Trens de alta velocidade. Transporte ferrovirio de cargas. Anisvirios interligando armazns de cargas.
Conserv Parti Sistemista
Como as empresas de Autopeas so, majoritariamente,multinacionais, somente, um fomento governamental faria comque desenvolvimentos fossem iniciados no Brasil. Vide Pr-lcool,por exemplo. O Brasil deveria disputar a liderana do pas maisverde do mundo.
Conserv Parti Auto
Considero que o fator mais importante para as empresasaumentarem sua competitividade seria o desenvolvim