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Aspectos técnicos na preservação segura de cosméticos
Ricardo Pedro 26 de abril de 2018
Belo Horizonte 26 e 27 de abril de 2018
Verdade, unanimidade
As Much As Necessary As Little As Possible
Condições extrínsecas/intrínsecas
idealmente escolhidas
+
Conservante adequado
=
Qualidade Assegurada
Microbiologia A Microbiologia é o ramo da Biologia que estuda os seres microscópicos. Conhecer como os microrganismos se reproduzem, como se alimentam, quais são suas estratégicas de sobrevivência, como morrem, nos permite lançar mão de recursos que possam controlá-los efetivamente. Os materiais podem ser degradados por microrganismos. A preservação material se interessa mais por bactérias e fungos, principais causadores da deterioração de produtos de consumo/acabados.
Praticamente todos os componentes utilizados em formulações de cosméticos e produtos de higiene pessoal contêm matérias-primas derivadas de compostos orgânicos de origem animal e vegetal, podendo ser alterados pela decomposição promovida por microrganismos. Os microrganismos são extremamente versáteis e podem utilizar virtualmente qualquer composto orgânico (por exemplo, corantes) e inorgânico (talco) como substrato, inclusive preservantes como o propilparabeno, formaldeído, ácido benzóico (fonte de carbono). Extratos vegetais e talco podem apresentar esporos, que ao encontrarem um meio favorável podem se desenvolver.
Preservação in-can
Sempre que umidade e nutrientes estão disponíveis, os microrganismos se reproduzem de forma explosiva, exponencialmente. Toda a
matéria orgânica existente na Terra é decomponível pelos microrganismos, que a
utiliza como fonte de nutrição.
Microrganismos mineralizadores são dependentes de oxigênio como fonte de
energia. Os produtos finais dos processos de decomposição em que o oxigênio é
consumido, que são conhecidos como processos de mineralização, são compostos
inorgânicos e dióxido de carbono, que, juntamente com água e luz, são utilizados
pelas plantas para a fotossíntese. A matéria orgânica produzida pela fotossíntese é o principal nutriente da grande maioria dos organismos vivos e do pré-requisito da
existência de vida.
Quando o oxigênio está ausente, há espécies de micróbios que obtêm sua energia de fontes diferentes. Bactérias sulfato-redutoras obtêm
sua energia através da redução de sulfato para sulfeto de hidrogênio em condições
anaeróbicas, fazendo com que muitos odores desagradáveis apareçam.
Requerimentos para o crescimento microbiano
Requerimentos para o crescimento microbiano
Substâncias antimicrobianas podem ser referidas como “microbicidas” e como “microbistáticos“ Ação que depende da concentração e do tempo de contato Microbicidas pertencem à classe dos biocidas “Biocidas” é um termo genérico que engloba, entre outros, microbicidas, moluscicidas, acaricidas, inseticidas, herbicidas, raticidas, etc. “Microbicidas” é o termo genérico para bactericidas, fungicidas, algicidas, etc.
Uso de biocidas ou antimicrobianos
http://www.cea-res.co.uk/product_types/biocides.html
Sem levar em conta detalhes, podem distinguir-se entre quatro grupos gerais de campos de aplicação dos biocidas:
Proteção de fluidos aquosos industriais, por exemplo, águas de resfriamento, para indústria de papel e celulose, suspensões e fluidos de
corte.
Proteção de produto em tanque e na embalagem (in-can), tal como em fluidos
funcionais, emulsões poliméricas, formulações aquosas de tintas, adesivos, colas, pastas,
aditivos de concreto, produtos cosméticos, de limpeza e farmacêuticos.
Tratamento antimicrobiano de materiais que contêm pouca ou nenhuma água em estado livre, por exemplo, alguns tipos de tintas e
adesivos, filmes poliméricos, artigos têxteis, papel, tubos e artigos plásticos, couro,
madeira, etc.
Desinfecção de artigos e superfícies inanimadas, tais como objetos de uso
cotidiano, hospitalar, equipamentos industriais.
Uso de biocidas ou antimicrobianos
Vários cosméticos e produtos de higiene pessoal contêm carboidratos, proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais orgânicos, água, polímeros, entre outros, compostos normalmente usados como fontes de C, H, N, O e energia pelos microrganismos. Alguns microrganismos requerem ainda íons metálicos como coenzimas, os quais podem estar presentes nos insumos como impurezas. Alguns produtos de consumo são de uso prolongado, especialmente os produtos cosméticos para tratamento de pele, protetores solares, produtos saneantes para tratamento de pisos e móveis e, por isso, necessitam de proteção dentro do frasco, a chamada proteção in-can. A proteção in-can é feita por preservantes in-can.
Preservação in-can
Preservação in-can
O uso de preservantes químicos em uma formulação aumenta a vida útil dos produtos, garantindo a preservação desde o momento de fabricação até o dia-a-dia na casa do consumidor. O conhecimento das funções químicas presentes nas moléculas dos preservantes auxilia no seu uso otimizado, seja com relação à sinergia ou à redução de incompatibilidades. Os preservantes podem pertencer às funções orgânicas álcoois (álcool etílico e benzílico), aldeídos, doadores de formol e derivados (5-bromo-5-nitro-1,3-dioxano, 2-bromo-2-nitropropano-1,3-diol, diazolidinil e imidazolidinil uréia), formaldeído, glutaraldeído, ácidos carboxílicos e derivados (ácido benzóico, ésteres do ácido hidróxi-benzóico - parabenos), cetonas com funções mistas (metilcloisotiazolinona, metilisotiazolinona e benzoisotiazolinona).
Grau de risco Características Exemplos
Risco Zero
Estes materiais não apresentam risco de contaminação microbiana e não necessitam ser analisados. São incompatíveis com o crescimento microbiano
por apresentarem pHs extremos ou por inativarem os microrganismos, atuando na membrana e/ou na parede celular dos mesmos.
Ácidos orgânicos e inorgânicos fortes, bases orgânicas e inorgânicas fortes e álcoois de cadeias curtas
Risco 1
Representam um risco muito reduzido de contaminação. Estes materiais não apresentam históricos de contaminação e não suportam o crescimento de
microrganismos por serem uma fonte pobre de nutrientes, por possuírem atividade de água muito reduzida, ou pela propriedade antimicrobiana que apresentam.
Lipídeos anidros, óleos minerais, ésteres e ácido esteárico.
Risco 2
Materiais que apresentam risco baixo de contaminação. O nível de contaminação microbiana nestas matérias-primas é baixo (<1000 ufc/g ou
mL) e não apresentam histórico de risco de contaminação com microrganismos patogênicos. Quando diluídos com água, estes materiais podem favorecer o crescimento microbiano.
Glicerina, sorbitol, polietilenoglicóis
Risco 3
Apresentam risco moderado de contaminação, pois podem promover o crescimento microbiano caso sistemas de preservação adequados não sejam
utilizados. Recomenda-se que cada lote recebido destes materiais seja testado quanto à qualidade microbiológica.
Tensoativos aquosos (excetuando-se os catiônicos e os altamente concentrados como o lauril éter sulfato de sódio a 70%), pós provenientes de processos que utilizaram uma ou mais etapas aquosas na sua obtenção (gomas, amido e cargas inorgânicas).
Risco 4
As matérias primas pertencentes a este grupo são as aquosas, as quais fornecem condições de crescimento favorável aos microrganismos. Estes
materiais precisam ser amostrados freqüentemente para o registro contínuo de sua qualidade.
Água purificada
Graus de risco de contaminação das matérias-primas, segundo Orth
Preservação in-can
Como uma preservação adequada entende-se: O uso de preservantes adequados Em níveis de concentrações adequados Que sejam estáveis e compatíveis com as matérias-primas constituintes do
produto, embalagens e condições encontradas no meio Não mudança nas características do produto a ser preservado A seleção do preservante leva em consideração: Sua estrutura química Fatores que influenciam a concentração efetiva do preservante na fase aquosa do
produto: qualidade da água, pH da formulação Os componentes que contribuem para a atividade do preservante Aspectos legais pertinentes ao preservante ou a suas combinações Sua eficácia e espectro Seu custo (custo de tratamento) Obediência às boas práticas de fabricação e controle
Preservação in-can
RDC 29 de 01/06/12
Lista de Substâncias Conservantes Permitidas para Cosméticos
Isso é o que todo mundo faz:
Usa o máximo de um preservante...
Se não resolve, usa um segundo
preservante...
E talvez até um terceiro!!!
Mas... Antes de usar um preservante,
temos de controlar todos os fatores que previnam a
contaminação, evitando usar biocidas desnecessariamente
Atividades promovidas pela Garantia da Qualidade cujas ações e técnicas exigem procedimentos escritos que regulamentam todas as operações de fabricação de um produto ou serviço, fornecendo um produto final que atenda e satisfaça o cliente ou consumidor.
É uma ferramenta poderosa na sistematização da Qualidade para os produtos relacionados à saúde e bem estar do homem.
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Ar Solo Água Seres humanos
Produtos Embalagens Superfícies inanimadas
Onde estão os microrganismos mais comuns?
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Como se proliferam os microrganismos?
Pergunta: qual a carga microbiana após um turno de 8 h?
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Resposta: 16.777.216
Como se proliferam os microrganismos?
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Por que é tão difícil acabar com a contaminação microbiológica na indústria cosmética?
Processos simples de mistura (baixa energia térmica)
A rotatividade nesta indústria é alta, sendo difícil criar uma cultura que se perpetue
Os microrganismos não são visíveis a olho nu
Formulações contêm água
Produtos têm pH próximos da neutralidade
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Por que é tão difícil acabar com a contaminação microbiológica na indústria cosmética?
Formulações contêm matérias-primas que são nutrientes aos microrganismos
Formulações não contêm os preservantes corretos
Formulações não contêm as concentrações corretas de preservantes
Os produtos se contaminam de suas matérias-primas
Os equipamentos de fabricação possuem contaminação (biofilmes)
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Como se evita uma contaminação microbiológica?
Limpeza e sanitização com:
Agentes Físicos: temperatura, pressão osmótica, radiação e filtração
Agentes químicos: desinfetantes, sanitizantes
Rodízio de sanitizantes (prevenção de adaptação)
Boas Práticas de Fabricação e Controle
Uso de preservantes e/ou misturas de preservantes adequadas
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Auditoria microbiológica: O que está contaminado? Nível de contaminação? Origem? Bactérias (de que tipo)? Fungos? Biofilmes?
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Compatibilidade de materiais Time to kill Custo de tratamento Descarte
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possíveis
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Realização de testes de desafio (challenge tests)
Preservantes x Preservação
Identificação de do problema de contaminação
Especificação dos
requerimentos de performance
Seleção dos possívies
tratamentos Testes prévios
Aplicação do biocida em
condições reais de uso
Validação
Validação
Testes de campo Auditoria microbiológica Elaboração de procedimentos Treinamento Acompanhamento de produção durante 1 ano
Preservantes x Preservação
O que é preservação? Por que preservar? Preservar contra o quê? Como preservar?
Contextualização à luz da Química
A preservação material visa manter a integridade de produtos acabados – Evitar reações químicas Especificamente, quando falamos em preservação de produtos cosméticos estamos falando de preservação contra contaminações microbiológicas – Evitar reações químicas causadas pelos micróbios, basicamente produzidas por suas enzimas A preservação pode ser material ou de processo – Evitar reações químicas causadas pelos micróbios, basicamente produzidas por suas enzimas dentro dos produtos ou no ambiente produtivo
O que é preservação?
Evitar a proliferação de microrganismos no produto – Que se reproduzem das fontes de carbono existentes nos produtos Evitar perdas econômicas de produtos acabados – Os micróbios consumem os ingredientes das formulações Evitar a disseminação de doenças – Pelo uso dos produtos contaminados, que “adentram” nos organismos/usuários Garantir a aplicabilidade e funcionalidade dos produtos – Evitando que seus ingredientes sejam decompostos, barrando as reações de decomposição causadas por micróbios e suas enzimas, ácidos e demais produtos bioquímicos ou “matando”/controlando-os
Por que preservar?
• Rápida taxa de crescimento
T1/2 = 20 minutos
Biocidas têm de reagir mais rapidamente com os micróbios
• Requerimentos básicos para o crescimento de microrganimos
Água, nutrientes, oxigênio
pH 5 a 9
Temperatura 10° C a 40° C
Os biocidas têm de ser estáveis nestas condições e ao mesmo tempo,
paradoxalmente, muito reativos nestas condições, o que nos leva aos
conceitos de seletividade e especificidade
Preservar contra o que?
• Amplos limites de tolerância:
pH (1 a 13)
Temperatura (-12 a 120° C)
Salinidade (0 a 25% NaCl)
Os biocidas têm de ser estáveis nestas condições e ao mesmo tempo
e paradoxalmente, muito reativos nestas condições, o que nos leva
aos conceitos de seletividade e especificidade
• Competição, seleção e resistência:
Populações resistentes
Biofilmes
Os micróbios mudam suas “reações” bioquímicas
Preservar contra o que?
A preservação material se usa de: Barreiras físicas – embalagens
Tratamentos físicos e químicos – têm efeitos de curta duração
Barreiras químicas – pHs extremos, alta pressão osmótica, baixa
atividade de água, materiais auto-preservantes
... que nos ajudam a evitar o uso indiscriminado e excessivo de biocidas e biocidas in-can (também chamados microbiostáticos), preservantes ou conservantes
Como preservar?
Efetivo frente a um amplo espectro de microrganismos – Específico aos micróbios
Baixas dosagens – Alta reatividade
Solução aquosa, facilmente incorporado - Hidrossolubilidade
Solúvel na fase aquosa, insolúvel na fase oleosa, substantivo a micróbios – clogP ou índice de
octanol/água
Excelente compatibilidade com ampla gama de matérias-primas e embalagens e estável durante o
tempo de vida do produto – Inércia química
Não gerar cor, tampouco odor – Por interações com os produtos ou por trazer em sua composição
ingredientes coloridos ou com odor
Boa estabilidade frente a temperatura - Estável e não volátil em condições de armazenamento e
uso
Efetivo em ampla faixa de pH – Cosméticos têm pH de 5 a 9 em geral
Aprovações e registros mundiais
Baixa toxicidade nos níveis recomendados de uso – Específico aos micróbios?
Ambientalmente aceitável e não bioacumulativo – Se decompõe ao ambiente?
Como preservar?
Mecanismos de ação
Fenoxietanol
Interfere na permeabilidade da membrana, na transferência de H+
Fenol e compostos fenólicos: desnaturação de proteínas celulares e dano às membranas; ação fast kill
Álcoois: desnaturação de proteínas celulares; são solventes de lipídeos podendo lesar a membrana citoplasmática além de serem desidratantes
Halogênios (cloro e compostos clorados): combinação do cloro com proteínas da membrana citoplasmática e com enzimas; ação fast kill
Quaternários de amônio: inibição enzimática; desnaturação protéica e lesão da membrana citoplasmática, com vazamento dos constituintes celulares; ação fast kill
Glutaraldeído: alteração do RNA, DNA e síntese protéica
Ácido peracético: age pela reação de oxidação das ligações S-S (pontes de dissulfeto) e -SH (sulfeto e hidrogênio) da membrana celular, do conteúdo citoplasmático e do material genético, oxidando enzimas essenciais para as reações bioquímicas de sobrevivência e reprodução dos microrganismos; ação fast kill
DMDM-Hidantoína: libera formol que age sobre a parede celular rompendo os grupos NH2
Parabenos: rompem as membranas celulares com vazamento dos constituintes celulares
Izotiazolinonas: desnatura proteínas, inibem a síntese de macromoléculas (ATP) e da parede celular, além de gerarem radicais tóxicos para a célula
Fenoxietanol: interfere na permeabilidade da membrana, na transferência de H+
Biguanidas/Guanidinas: interfere na permeabilidade da membrana, lesão da membrana citoplasmática, com vazamento dos constituintes celulares; ação fast kill
Mecanismos de ação
Quais os conceitos que nos ajudam a decidir sobre qual preservante adotar e
qual concentração adotar?
Quais os conceitos que nos ajudam a decidir sobre qual preservante adotar e
qual concentração adotar?
Espectro de ação / Reatividade: Reação bioquímica com microrganismos Incompatibilidades / Perdas da ação: Reação com componentes da formulação e condições
extrínsecas da formulação Nível requerido de controle: Efeito de concentração (MIC) Sinergia
Felizmente...
A Ipel já levou tudo isso em consideração e materializou estes conceitos na forma de soluções prontas
Quais os conceitos que nos ajudam a decidir sobre qual preservante adotar e
qual concentração adotar? Espectro de ação / Reatividade:
Reação bioquímica com microrganismos – Estudos de challenge tests e time kill
Incompatibilidades / Perdas da ação: Reação com componentes da formulação e condições extrínsecas da
formulação – Estudos de estabilidade em protótipos e produtos dos clientes
Nível requerido de controle: Efeito de concentração (MIC) – Estudos de challenge tests e time kill Sinergia – Estudos de challenge tests e time kill
Linha Conserve
• Ativos modernos e eficazes
• Formulações compatíveis com todos os tipos de sistemas (emulsões, micro e nanoemulsões, soluções moleculares e micelares, dispersões, etc.)
• Amplo espectro de atuação
• Atendimento total às restrições regulatórias e técnicas
Linha Conserve
Conservantes:
• Conserve C
• Conserve CD
• Conserve CX
• Conserve XP
• Conserve T
• Conserve Novamit
• Conserve Novamit MF
• Conserve DMDMH
• Conserve HI
• Conserve DBZ
Antimicrobianos:
• Conserve TCC
• Conserve LT
• Conserve T
• Conserve STL
• Conserve ZPT 50
• Conserve CLH
Conservantes Tradicionais • Compostos químicos de várias funções orgânicas
• Regulamentação em vigor:
– RDC Nº 29, DE 1º DE JUNHO DE 2012
– REGULATION (EC) No 1223/2009 30/11/2009 on cosmetic products
• Mais conhecidos e estudados
• Maior volume de uso – escala de produção
• Produtos químicos de toxicidade variável
• Formulações compatíveis com cosméticos
• Amplo espectro de atuação
Conservantes Tradicionais
• Isotiazolinonas
• Parabenos
• Hidantoínas
• Derivados halogenados
• Derivados Fenólicos
Conserve C
– Solução aquosa de isotiazolinonas: 5-cloro-2-metil-4-isotiazolin-3-ona e 2-metil-4-iostiazolin-3-ona
– CAS NUMBER: 26172-55-4 e 26530-03-00
– Efetivo contra bactérias e leveduras garantindo proteção no estado úmido
– Estável em pH até 9,5. Não indicado para produtos fortemente alcalinos
Conserve C – Alta pureza, produto incolor
– Teor reduzido de sais de bivalentes
Aplicações em xampus, condicionadores, geis de cabelo, sabonetes líquidos entre outros.
– Aprovação ANVISA (limite de uso 15 ppm= 0,1%)
– Equivalente: Kathon CG
– Isento de compostos etoxilados e voláteis
– Compatível com sistemas catiônicos, aniônicos e não iônicos
– Baixo odor, fácil manuseio e baixa toxicidade
– Ingrediente ativo com aprovação FDA (Cap 21 CFR)
Conserve CX • Associação de CMIT/MIT grau cosmético com
derivado halogenado (BNP)
• Maior espectro de atuação em relação ao Conserve C
• Ação bactericida / leveduricida
• Indicado para produtos base aquosa com caráter aniônico e não iônico. Para catiônico é necessário teste de compatibilidade
• Dosagens: 0,1 – 0,2%
Conserve XP
– Solução de parabenos em fenoxietanol
• Metilparabeno (CAS 99-76-3)
• Propilprabeno (CAS 94-13-3)
• Butilparabeno (CAS 94-26-8)
• Etilparabeno (CAS 120-47-8)
– Facilidade de uso em relação ao parabenos em pó
– Ação sinérgica com amplo espectro de atuação bactericida / leveduricida
Conserve XP – Aplicação em lenços umedecidos, maquiagem,
xampus, sabonetes líquidos (rinse off e leave on)
– Dosagem: 0,25 a 1,0%
– Contratipo: Phenova, Phenonip, Euxyl K 300
– Recomenda-se aplicação na fase líquida e estágios iniciais do processo.
– Evitar contato com agentes redutores / oxidantes fortes
Conserve T
– Triclosan 99% (CAS Number 3380-34-5)
– Solúvel em água e solventes orgânicos – compatível com sistemas aquosos, alcóolicos e base óleo
– Amplo espectro de atuação contra bactérias, leveduras e fungos)
Conserve T
– Baixa toxicidade, aprovação FDA para creme dental
– Aplicação em desodorantes, sabonetes líquidos e em barra, loções, cremes, xampus, cremes de barbear, produtos de higiene oral, etc.
– Função preservante (0,1 a 0,3%) e ativo bactericida (0,5 a 1,0%)
– Contratipo Irgasan DP-300
– Opção em solução – CONSERVE STL
Conserve NOVAMIT
– Solução aquosa de metilisotiazolinona
CAS 2682-20-4
– Tecnologia Novamit (patente IPEL)
– Baixa toxicidade, compatível com sistemas catiônicos, aniônicos e não iônicos.
– Pode ser aplicado em sistemas rinse-off e leave on
– Amplo espectro de atuação e estável em pH até 11,0
Conserve NOVAMIT
• Características – Isento de derivados halogenados, etoxilados e
VOC´s (compostos orgânicos voláteis)
– Dosagem recomendada: de 0,05 a 0,10% em peso
– Efetivo contra bactérias gram positivas e negativas. Para melhor porteção contra fungos e leveduras recomenda-se a aplicação conjunta de preservantes fungicidas
Conserve NOVAMIT MF
• Características – Composição multicomponente de
metilisotiazolinona (MIT) e fenoxietanol
– Indicado para preservação de xampus, condicionadores, sabonetes líquidos, hidratantes, geis de cabelo, protetores solares, cremes e loções entre outros
– Baixa toxicidade, compatível com sistemas catiônicos, aniônicos e não iônicos.
Conserve NOVAMIT MF
• Características – Amplo espectro de atuação: efetivo contra bactérias
gram positivas, gram negativas, leveduras e fungos
– Isento de derivados halogenados e etoxilados.
– Ativos permitidos pela Anvisa
– Estável em pH de 4 até 11
– Dosagem: 0,1% a 0,5%
Outras soluções • Conserve CD – Isotiazolinonas + DMDMH
• Conserve DMDMH - Hidantoína
• Conserve HI – Hidantoína + IPBC
• Conserve DBZ – Alcool diclorbenzílico
• Antimicrobianos
• Conserve TCC
• Conserve LT
• Conserve STL
• Conserve ZPT 50
Conservantes Tradicionais
• Efeitos que os componentes cosméticos possam causar em seus usuários
• Conservantes (como outros produtos químicos) podem causar reações ao usuário (dosagem x segurança)
• Aumento da preocupação da opinião pública com relação ao uso de produtos com componentes agressivos
• Exigência maior por qualidade, demandando uma necessidade de proteção microbiológica mais ampla e duradoura
• Restrições regulatórias tendem a diminuir as possibilidades de uso de ativos conservantes em cosméticos e produtos de higiene pessoal
Quais alternativas?
• Novas moléculas: Alto custo e muito tempo (desenvolvimento, validação, pacote toxicológico, registro, patente) – proibitivo
• Avaliação de produtos de origem natural, ativos com outras funcionalidades que possuem ação microbiológica
• Controle de contaminação associando antimicrobianos, BPF & C e monitoramento,
Novos Conservantes • Aditivos de origem natural - Linha OLUS
• Aditivos multifuncionais com ação conservante
– Menor toxicidade
– Ativos com grau farmacêutico e alimentício
– Isento de isotiazolinonas, parabenos, etc.
– “Conservante” não conservante (ADITIVO)
• Início dos estudos: 2008
• Avaliação de diversas substâncias como óleos essenciais e extratos vegetais com potencial microbicida
• Disponibilidade
• Biodiversidade:
– Bioflavonóides: aprox. 1200 tipos
– Terpenos: aprox. 3000 tipos
• Formulações compatíveis com matérias primas e formulações cosméticas
• Aditivos naturais com efeito preservante dispensando o uso de produtos sintéticos
• Níveis de dosagem compatíveis com produtos sintéticos – viabilidade técnico comercial
Aditivos com função conservante
• Conserve CF – Sinergia de caprililglicol + fenoxietanol
– Dermocosméticos
– Produtos multifásicos e base óleo
– Dosagem 0,35% a 1,0%
– Ação emoliente e conservante
Aditivos com função conservante
• Conserve BHF – Sinergia de álcool benzílico, etilhexilglicerina e fenoxietanol
– Ação fast kill
– Produtos leave on e rinse off
– Dosagem 0,35% a 1,0%
– Ação desodorizante e conservante
Aditivos com função conservante
• Conserve HF – Sinergia de etilhexilglicerina e fenoxietanol
– Lenços umedecidos
– Produtos emulsionados (cremes)
– Dosagem 0,35% a 1,0%
– Ação desodorizante e conservante
Aditivos com função conservante
• Conserve BF
• Sinergia de fenoxietanol e álcool benzílico
• Dosagem de uso – 0,2 a 0,5%
• Indicado para dermocosméticos e formulações base aquosa
• Vantagem: produto não classificado como corrosivo e menor toxicidade alinhado às tendências da Europa e EUA
Qualidade na Preservação
Preservação depende de um “TRIPÉ”
Biocida/Concentração Organismos Tolerantes
BPF e C Contaminação de MP´s e PA
Limpeza e Sanitização Formação de Biofilmes
GMF – I
Alta rotatividade na empresa Mudanças de procedimentos, fornecedores, etc. sem testar “Achei um produto baratinho” “Não me interesso por isso. Não delego a quem sabe fazer isso. Afff que preguiça. Que difícil” “Nunca tive contaminação!!!”
Comportamentos “suicidas” no controle microbiológico”
Muito grato!!!
Ricardo Pedro
Gerente de Desenvolvimento de Mercado
Home and Personal Care
11 98157 9157
ricardo.pedro@ipel.com.br