Post on 16-Nov-2023
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MITO 1: Os surdos brasileiros utilizam a linguagem
brasileira de sinais para se comunicar
Explicação: para se referir às línguas de sinais, devemos utilizar o termo
LÍNGUA e não linguagem, já que, a partir de pesquisas científicas,
comprovou-se que as línguas de sinais possuem os mesmo elementos
necessários, assim como as línguas orais, para ser considerada uma
LÍNGUA. Então, os surdos brasileiros comunicam-se pela Língua
Brasileira da Sinais – LIBRAS
MITO 2: A FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS SURDOS É
SIMPLESMENTE UMA LINGUAGEM, JÁ QUE AS
VERDADEIRAS LÍNGUAS SÃO AS LÍNGUAS FALADAS
Explicação: as línguas de sinais tem características comuns às línguas faladas . No entanto, diferenciam-se delas por serem de uma modalidade diferente - são produzidas por meio das mãos e percebidas por meio da visão.
Logo, temos duas modalidades de língua: •Línguas orais auditivas: Português, inglês, espanhol, francês etc. •Línguas espaço-visuais: Língua Brasileira de Sinais, Língua Americana de Sinais, Língua Gestual Portuguesa etc.
MITO 3: O ALFABETO MANUAL É A LÍNGUA DE SINAIS
Explicação: O alfabeto manual é apenas uma forma de representação da ortografia da língua oral , sendo utilizado em situações específicas , como por exemplo, a indicação do nome de alguém . Para nos comunicarmos em Libras, usamos os sinais.
VEJA UM EXEMPLO: ELI
Mito 4: As línguas de sinais são limitadas e só se referem ao concreto.
Explicação: Utilizando as línguas de sinais, podemos falar de qualquer assunto, referente a qualquer área do conhecimento humano (podemos, em Libras, contar histórias, falar sobre esporte, política, Física, etc).
Mito 5: Todo surdo é mudo.
Explicação: Nem todo surdo é mudo. Historicamente, os surdos receberam a denominação “surdos-mudos” devido à crença de que eles não podiam falar. No entanto, os surdos não apresentam nenhum comprometimento no aparelho fonoarticulatório (lábios, língua, laringe) que os impeça de falar e, se fizerem terapia fonoaudiológica, podem aprender a falar.
Mito 6: O surdo tem pensamento concreto.
Explicação: A surdez promove perda da audibilidade de pistas acústicas importantes para percepção e produção da fala, interferindo em todo o processo comunicativo do surdo. Sendo assim, o surdo pode ter dificuldades em articular os sons da fala, ter dificuldade de aprender o significado abstrato das palavras (como nas palavras, saudade, felicidade) e de aprender as regras gramaticais da língua oral, podendo apresentar também desatenção, dentre outros.
Entretanto, se o surdo adquirir língua de sinais na infância, ele poderá desenvolver normalmente a cognição, através da interação com as pessoas e com o meio e assim, aprenderão os conceitos abstratos.
Mito 7: Os surdos captam 100% do que é falado através da leitura labial.
Explicação: Em condições ideais, os surdos que aprenderam a ler os lábios “captam” de 30 a 40% do que é dito, recorrendo bastante à inferência e à dedução para compreender a fala.
Mito 8: Basta saber Libras para ser intérprete.
Explicação: Para ser intérprete de Libras-Língua Portuguesa, não basta saber se comunicar ou ser fluente em Libras. Ele deve dominar a ambas as línguas e saber “transitar” entre elas, conhecer a cultura surda e fazer cursos específicos na área de Tradução/ Interpretação. Além disso, é desejável que se tenha raciocínio rápido, intuição, concentração e boa memória.
Libras - Linguagem Libras - Linguagem Brasileira de SinaisBrasileira de Sinais
TERMO CORRETO:TERMO CORRETO: Língua Brasileira Língua Brasileira de Sinaisde Sinais
MUDINHO OU PESSOA SURDA-MUDINHO OU PESSOA SURDA-MUDAMUDA
TERMOS CORRETOS: TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surdo; pessoa surdasurda
Mito 9: Existe uma língua de sinais universal
Explicação: Não há uma língua de sinais compartilhada por todos os surdos no mundo. As várias línguas de sinais que existem são distintas umas das outras, embora possa haver semelhanças nas regras gramaticais de algumas línguas com raízes históricas semelhantes (ASL e LIBRAS, por exemplo).
Mito 10: Línguas de sinais são feitas de gestos similares a mímica
Explicação: Línguas de sinais têm uma estrutura gramatical complexa, em que unidades menores (como palavras) são combinadas em unidades maiores (como sentenças). Essa estrutura composicional encontra-se em todos os níveis lingüísticos (fonologia, morfologia, sintaxe e no discurso).
Mito 11: Línguas de sinais são baseadas nas línguas orais
Explicação: Línguas de sinais são independentes das línguas orais dos países onde são usadas. LIBRAS é bem diferente do português, assim como ASL é diferente do inglês. Por exemplo, o português marca o tempo verbal nas terminações do verbo (ex. amo, amei, amava), enquanto a LIBRAS expressa o tempo lexicalmente (ex. com advérbios - agora, ontem, amanhã).
Mito 12: Línguas de sinais não podem expressar as mesmas sutilezas e significados complexos como as línguas orais
Explicação: Línguas de sinais possuem o mesmo poder de expressão que as línguas orais. Elas podem expressar conceitos complicados no mesmo grau de explicitude e eloquência que as línguas orais. Esse mito parte da concepção errônea de que existam línguas “primitivas”, ou línguas inferiores umas às outras.