Date post: | 15-Apr-2016 |
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AS MASSAS DE AR
AS SUPERFÍCIES FRONTAIS E AS
FRENTES
A PERTURBAÇÃO DA FRENTE POLAR
1) Massas de ar (def. pag. 176)
As massas de ar adquirem as propriedades das
regiões onde se formam, podendo-se identificar as
seguintes massas de ar:
Equatorial
Tropical
Polar
Árctica
Antárctica
De acordo com a sua origem, as massas de ar
podem ser classificadas de acordo com a:
Humidade
Temperatura
Densidade
Massa de ar marítima: forma-se sobre um
superfície oceânica e é muito húmida
Massa de ar continental: forma-se sobre o
continente e é relativamente quente
As massas de ar que mais afetam Portugal são:
⇒ Massa de ar tropical
- Tem origem nos anticiclones subtropicais
- Sofre deslocações sazonais, para norte no Verão e para sul
no Inverno
- De acordo com a superfície onde se forma pode ser:
Marítima:
• Forma-se sobre os
oceanos
• O ar é quente, muito
húmido e muito instável
• A que mais influencia
Portugal provém do
anticiclone dos Açores
Continental:
• Forma-se no continente
• O ar é muito quente e muito seco
• No Inverno é estável mas no
Verão pode-se tornar muito
instável devido ao
sobreaquecimento do ar em
contacto com a superfície terrestre
• A que mais afeta Portugal
provém do deserto do Sara
⇒ Massa de ar polar
- Tem origem em latitudes elevadas
- Desloca-se para sul no Inverno e para norte no Verão
- Podem também ser:
Marítimas:
• Têm origem oceânica
• O ar é menos frio e
mais húmido
• Atinge Portugal
durante o Inverno,
normalmente associado
à passagem da
perturbação da frente
polar
Continentais:
• Estão geralmente
associadas à formação de
anticiclones térmicos sobre
a superfície terrestre muito
arrefecida durante o
Inverno sobre o continente
europeu
• O ar é muito frio e muito
seco
2) Superfícies frontais e frentes
Conceitos:
Superfície frontal
Frente
(defs. pag. 177)
Se houver um avanço do ar quente sobre o ar frio
forma-se uma superfície frontal e uma frente quente
Se, pelo contrário, ocorrer um avanço do ar frio,
forma-se uma superfície frontal e uma frente fria
Continuação conceitos:
Sistema frontal
Perturbação frontal
(defs. pag. 178)
Evolução da frente polar
1- A frente polar apresenta uma ondulação pouco
significativa devido à reduzida interpenetração das
massas de ar, que se deslocam de forma paralela
(massa de ar polar: este→oeste; massa de ar
tropical: oeste→este)
frente estacionária
2- Interpenetração das massas de ar é cada vez
maior devido à deslocação para norte do ar quente
tropical e para sul do ar frio polar. A superfície
frontal vai ficando cada vez mais ondulada
3- Ondulação muito pronunciada, onde se diferenciam claramente sectores de ar frio polar e de ar quente tropical, separados pelas respetivas superfícies frontais e frentes
forma-se o sistema frontal que, quando associado a uma depressão barométrica, origina uma perturbação frontal
Perturbação de frente polar
Estados de tempo associados à passagem de
uma perturbação da frente polar
1. Aproximação da frente/superfície
frontal quente
Diminui a pressão atmosférica
Aumenta a nebulosidade, com formação de nuvens
altas e finas
Aumenta a humidade
Aumenta a precipitação, sob a forma de chuvisco
A temperatura mantém-se relativamente constante
ou aumenta gradualmente
2. Influência da frente/superfície
frontal quente
Céu muito nublado
Chuviscos, provocados pela formação de nuvens de
desenvolvimento horizontal
Progressivo aumento da temperatura
Diminuição da pressão atmosférica
Vento fraco
3. Após a passagem da
frente/superfície frontal quente –
aproximação da frente/superfície
frontal fria
Céu limpo ou pouco nublado
Curtos períodos de chuva
Temperatura relativamente elevada para a época
Vento fraco
Pressão atmosférica reduzida
4. Influência da frente/superfície
frontal fria
Aumento da velocidade e da intensidade do vento
Aumento da humidade
Aumento da nebulosidade, com nuvens de
desenvolvimento vertical
Chuvas intensas (aguaceiros), acompanhadas de
trovoadas
Diminuição da temperatura
5. Após a passagem da
frente/superfície frontal fria
Mudança da direção do vento
Aumento da pressão atmosférica
Temperaturas baixas
Aguaceiros dispersos
Oclusão da superfície frontal
Oclusão da superfície frontal
O ar frio posterior, ao penetrar no ar quente,
obriga-o a subir, o que provoca uma subida mais
rápida da superfície frontal fria
O ar quente vai diminuir, até que a distância que
separa as duas frentes se reduza substancialmente
A dada altura, o ar frio posterior junta-se ao ar frio
anterior e as frentes (fria e quente) acabam por se
juntar, originando uma frente oclusa
EXERCÍCIOS 1) Define massa de ar.
2) Menciona as massas de ar que mais influenciam o território português e indica as suas características.
3) Identifica os conceitos presentes nas seguintes definições:
4) Refere o estado de tempo associado à passagem de uma frente fria e uma frente quente numa perturbação da frente polar.
5) Refere como se forma uma frente oclusa.
Conjunto constituído por duas frentes
contíguas (quente e fria) associadas a uma
depressão barométrica
Superfície de contacto entre duas massas
de ar com características diferentes
Linha que resulta da intersecção da
superfície frontal com a superfície terrestre
Conjunto de duas ou mais frentes
associadas