+ All Categories
Home > Documents > 3644 Manual de Zoonoses v1 Edicao2

3644 Manual de Zoonoses v1 Edicao2

Date post: 15-Jul-2015
Category:
Upload: fabio-santos
View: 326 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
Popular Tags:

of 168

Transcript

1CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)2CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21) Volume I - 2 Edio 2010Manualde Zoonoses3CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)PATROCNIORR4CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)PROMOOConselho Regional de Medicina Veterinria do ParanPresi dente: Masaru SugaiConselho Regional de Medicina Veterinria de Santa CatarinaPresi dente: Moaci r TonetConselho Regional de Medicina Veterinria do Rio Grande do SulPresi dente: Ai r Fagundes dos SantosCOMISSO ORGANIZADORAParan Md. Vet. Leonardo Npol il.napol i @terra.com.brSanta Catarina Md. Vet. Di l amar Rudol f Sartordi l amarrudol [email protected] Grande do SulMd. Vet. Jos Pedro Marti nsfi scal i [email protected] REVISORAngel a Maron de Mel l oHomero Rogri o Arruda Vi ei ra Ital mar Navarro Jane Megi d L l i an Barreto Vanete Thomaz SoccolL l i an Fti ma Gomes Barreto 5CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)APOIOAssessori a de Comuni cao - CRMV-PRJornal i sta Responsvel Gabri el a Sguari zij ornal i [email protected] agramaoAbi ssal Desi gn & Comuni caocontato@abi ssal desi gn.com.br6CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)APRESENTAOCom o evi dente processo de gl obal i zao e sabendo que as zoonoses no tm fron-tei ras, a i ntegrao entre estados necessri a para que ocorra um processo efi caz de i nformao vi sando a uma sl i da consci enti zao dos profi ssi onai s envol vi dos e, conse-quentemente, da soci edade.Segundo dados da Organizao Mundial da Sade, 60% dos patgenos humanos so zoonti cos,75%dasenfermi dadesemergenteshumanassodeori gemani male80% dos patgenos que poderiam ser usados em bioterrorismo tambm so de origem animal. Aouni resforos,osConsel hosRegi onai sdeMedi ci naVeteri nri adaRegi oSul pretendem i nformar os profi ssi onai s e consci enti zar a popul ao sobre os ri scos que as zoonoses podem trazer sade pbl i ca, ambi ental e ani mal. Parai sto,foi cri adooProgramadeZoonoses Regi oSul,quepossui comofer-ramentas de comuni cao doi s ve cul os: este Manualsobre Zoonoses e tambm o si te www.zoonoses.org.br.Ai dei aaconstanteatual i zaodosmateri ai s,comapubl i -caodeoutraszoonosesemnovosvol umes,bemcomoaatual i zaoperi di cado endereonai nternet.Nestepri mei romomento,oProgramaabordacomdestaqueas dez zoonoses com mai or i nci dnci a e i mportnci a na regi o.Atenci osamente,Ai r Fagundes dos SantosPresi dente CRMV-RSMasaru SugaiPresi dente CRMV-PRMoaci r TonetPresi dente CRMV-SC7CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)8CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)SUMRIO BRUCELOSE 9 FEBRE AMARELA21 FEBRE MACULOSA 35 INFLUENZA AVIRIA 46 LARVA MIGRANS56 LEISHMANIOSES 68 LEPTOSPIROSE 91 RAIVA100 TOXOPLASMOSE 128 TUBERCULOSE 1429CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)10CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)9BRUCELOSEBRUCELOSENomes popularesSinais clnicos nos animaisAgente causadorFormas de transmissoEspcies acometidasSintomas nos seres humanosAnimais: Doena de Bang, Aborto Contagi oso e Aborto Infecci oso. Homem: Febre de Mal ta, Febre Ondul ante, Febre de Gi bral tar. Nas f meas pr enhes pr oduz pl acent i t e segui da de abor t o,usual ment e dur an-t eot er of i nal dagest ao, eepi di di mi t eeor qui t enosmachos.Coco-baci l o Gram-negati vo do Gnero Brucel l a.Sereshumanos:Porcont atodi retocommater i ai scont ami nados( f etosabor t a-dos, restos pl acent r i os)ou i ndi ret amente por i ngest o de produtos cont ami na-dos ( l cteos no pasteur i zados).Animais: Contato com a bactri a em restos pl acentri os (vi a oral, conj unti val, pel e), i nsemi nao arti fi ci al ou monta natural. Caprinos e ovinos: Brucel l a mel i tensi sBovinos e bubalinos: Brucel l a abor tus Sudeos, lebres, renas, roedores: Brucel l a sui s Rato do deserto: Brucel l a neotomae Caninos: Brucel l a cani s Ovinos: Brucel l a ovi s Cetceos: Brucel l a cetiPinpedes: Brucel l a pi nni pedi al i s Camundongo do campo: Brucel l a mi crotiFebreagudaoui nsi di osa,suoresnoturnos,fadi ga,anorexi a,perdadepeso,dorde cabea e artral gi a.11CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)10BRUCELOSEDiagnsticoLaboratrios e Servios de RefernciaNotificao ObrigatriaSereshumanos:Di reto( i sol amentobacteri ano,PCR,i munohi stoqu mi ca) ou I ndi reto (sorol ogi a)Animais: Direto (isolamento bacteriano, PCR, imunohistoqumica) ou Indireto (sorologia).Laboratrio Nacional Agropecurio - LANAGRO/MG Av. Rmul o Jovi ano, s/n - Cai xa postal: 35/50CEP: 33600-000 - Pedro Leopol do/MG (31) 3660-9662A brucel ose bovi na e bubal i na de noti fi cao obri gatri a, de acordo com art. 5 do Decreto 5.741/2006, que regul amenta o PNCEBT e com a IN 30/2006, que di sci pl i na a habi l i tao de Mdi cos Veteri nri os.1. HISTRICOApesardeserumaenfermi dadedosani mai s,abrucel osefoi i ni ci al mentedescri ta nohomemnoi n ci odoscul oXI X,apar ti rdecasosdefebreondul antesegui dosde mor te,ocorri dosnaI l hadeMal ta,noMarMedi terrneo,sendopori ssodenomi nada Febre de Mal ta. A pri mei ra descri o cl ni ca da doena foifei ta por Marston em 1859 e o i sol amento do agente eti ol gi co foireal i zado por Bruce em 1887, que o denomi nou Mi crococcusmel i tensi s.Abactri afoi mai starderenomeadacomoBrucel l amel i -tensi s em sua homenagem. Em 1905 Zammi t demonstrou, ai nda em Mal ta, a natureza zoonti cadaB.mel i tensi satravsdoi sol amentodabactri adol ei tedecabras.Em 1917,osveteri nri osdi namarquesesBangeStri bol ti sol aramoagentecausadordo abor to enzoti co dos bovi nos e o chamaram de Baci l l us abor tus. Em 1918, a pesqui -sadora nor te-ameri cana Al i ce Evans publ i cou um trabal ho i mpor tante para o conheci -mento da brucel ose. Esta autora demonstrou as semel hanas mor fol gi cas, i munol -gi cas e de cul ti vo entre as bactri as i sol adas por Bruce e Bang. Em razo di sto, Meyer e Shaw propuseram em 1920, a cri ao do Gnero Brucel l a, em homenagem ao autor do pri mei ro i sol amento do agente. Em 1914, Traum i sol ou, a par ti r de fetos abor tados de su nos, uma bactri a que, a pri nc pi o, foiconfundi da com a causadora dos abor tos nosbovi nos.Posteri ormente,f i coucomprovadoserdi ferenteemfunodeal gumas propri edadescul turai s,bi oqu mi caseanti gni cas,sendopori stoi ncl u danognero 12CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)11BRUCELOSEcom a denomi nao de Brucel l a sui s (Pacheco e Mel o, 1956). A par ti r de ento outras espci esforamacrescentadasaoGnero.Cronol ogi camentesegui ram-se:Brucel l a ovi s (Buddl e e Boyes, 1953), Brucel l a neotomae (Stoenner e Lackman, 1957), Brucel l a cani s(Carmi chael eBruner,1968),Brucel l apenni pedi al i s(focasegol f i nhos)(Rosset al.1994),Brucel l aceti ( bal ei as)(Fosteretal,1996)emai srecentementeaBrucel l a mi croti(Schol z et al., 2008).1.1 Distribuio Geogrfica e reas Vulnerveis (Mapa - Regio Sul)Focos de brucel ose% (fonte: MAPA) Fmeas soroposi ti vas %(fonte: MAPA)O conheci mento da real si tuao epi demi ol gi ca da brucel ose por Estados e regi es de extrema i mportnci a quando se pretende i mpl ementar um programa de control e e erradi cao,porduasrazespri nci pai s:(1)permi teescol herasmel horesestratgi as; (2) permi te acompanhar o andamento do programa e j ul gar, raci onal mente, se h neces-si dade de promover correes, evi tando o desperd ci o de tempo e recursos. A parti r de 2001, i ni ci ou-se uma nova fase no control e e erradi cao da brucel ose no Brasi l com o l anamento ofi ci al do PNCEBT. Apar ti rdeento,j ul gou-senecessri oareal i zaodeestudosdepreval nci a que vi sassem el uci dar a si tuao epi demi ol gi ca dessa zoonose nos pl anti s bovi nos brasi l ei ros. Estes estudos, al guns ai nda em andamento, contam com a parceri a entre a Uni versi dade de So Paul o ( USP), a Uni versi dade de Bras l i a ( UnB) e o Mi ni stri o da Agri cul tura, Pecuri a e Abasteci mento ( MAPA), tendo si do j concl u dos em 15 estados brasi l ei ros. A si tuao nos trs estados da regi o sul apresentada a segui r. O Para-13CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)12BRUCELOSEn,apresentouumadi vi sodoestadoemduasregi esdi sti ntas:aregi onoroeste revel ouumapreval nci amai sel evada,com2,8%deani mai si nfectadose14,7%de focos e na regi o sul, a preval nci a foimai s bai xa, com 0,09% de ani mai s posi ti vos e 0,34% de focos. J em Santa Catari na, as preval nci as foram mui to bai xas, j usti fi cando a i mpl emen-taodeestratgi asdeerradi caoemtodooestado,comarecomendaodereti -radadavaci nao,detecoesaneamentodosfocosai ndaexi stentes.Osresul tados dol evantamentonesteestadorevel aramnaregi onorte0,34%deani mai sposi ti vose 0,89%defocos,sendoquenasdemai sregi esdoestadonofoidetectadonenhum ani mal posi ti vo. No Ri o Grande do Sul, a regi o sul-sudeste apresentou preval nci as mai s el evadas, com val ores entre 0,95-2,61% de ani mai s posi ti vos e 3,11-7,52% de focos e preval nci as mai s bai xas no norte do estado, regi o vi zi nha ao estado de Santa Catari na, com preva-l nci as entre 0-0,64% de ani mai s posi ti vos e 0-0,64% de focos. 2. CICLO EPIDEMIOLGICOA brucel ose uma zoonose que acomete pri mari amente vri as espci es de ani mai s domsti cosesi l vestres,podendoi nfectarohomem.Detodasasespci esdognero Brucel l a, quatro podem transmi r-se dos ani mai s ao homem, sendo rar ssi ma a transmi s-so entre pessoas. A B.mel i tensi s (bi ovari edades 1- 3), que i nfecta capri nos e ovi nos, a mai s patogni -ca para o homem. A presena desta espci e bacteri ana nunca foi reconheci da no Brasi l. AB.sui s(bi ovari edades1-5),quei nfectapri mari amentesu nos,estpresenteno Brasi l, mas com uma preval nci a mui to bai xa. AB.abor tus(bi ovari edades1-6,9)i nfectapri mari amentebovi nosebubal i nos,assi m como o homem, sendoque mai ores prej u zos causa bovi nocul tura do pa s, em funo da extenso dos rebanhos brasi l ei ros e de reas com preval nci as al tas. AB.cani saqueapresentamenorpatogeni ci dadeparaohomemeestbastante di fundi da no Brasi l, especi al mente nas grandes ci dades. 14CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)13BRUCELOSEAB.ovi s(ovi nos),presentenoBrasi l,eaB.neotomae(ratododeserto),noencon-tradanoBrasi l,nosopatogni casparaohomem.Quantosespci esmari nhas,h poucos regi stros de i nfeces humanas, na mai ori a dos casos ocasi onada por aci den-tes em l aboratri os. Asbrucel asnosohospedei ro-espec fi casesobdetermi nadascondi espodem transmi ti r-se a outras espci es ani mai s. A i nfeco no hospedei ro preferenci al segui da porabortoesubsequentei nferti l i dadetemporri aoupermanente.Osani mai si nfecta-dosel i mi namabactri anasdescargasuteri nasqueseguemoabortoouoparto,ou atravs do col ostro e do l ei te. A brucel ose uma doena de rebanho e di ssemi na-se pri mari amente pel a i ngesto demateri ai scontami nados.Infecesvenreaspodemocorrer,massomai scomuns com a B.sui s. Infeces congni tas (i n tero) ou peri natai s podem tambm ocorrer ori gi-nando i nfeces l atentes. A di ssemi nao da doena entre rebanhos ocorre usual mente pel a i ntroduo de ani mai s assi ntomti cos croni camente i nfectados. Ainfecoemhumanoscaracterizadaporumperododeincubaovarivel(de poucos dias a meses), ao que se seguem os sinais clnicos de febre irregular ou intermiten-te por perodos variveis, acompanhados de dores de cabea, suores profusos, depres-so e perda de peso. Em pessoas no tratadas, o curso da doena pode ter uma durao varivel com tendncia cronicidade. Em funo dos sintomas difusos da brucelose tanto em humanos como em animais, a suspeita clnica deve ser confirmada por testes sorol-gicos e de preferncia confirmados pelo isolamento e identificao do agente. A brucel ose uma doena de ocorrnci a mundi al, exceto em al guns poucos pa ses quel ograramerradi c-l a.Entreosqueobti veramxi toemati ngi resteestgi odesta-cam-se a Austrl i a, Canad, Di namarca, Fi nl ndi a, Hol anda, Nova Zel ndi a, Noruega, Suci a,Rei noUni doeJapo.Pa seseuropeusdaregi omedi terrnea,pa sesda f ri ca, Ori ente Mdi o, ndi a, si a Central, Mxi co, Amri ca Centrale do Sulso espe-ci al mente afetados. Asfontesdei nfecoparahumanoseasespci esdeBrucel l asp.encontradas vari ambastantedeacordocomasregi esgeogrfi cas.Asformasmai scomunsde i nfeco humana so devi das ati vi dade profi ssi onal das pessoas envol vi das ou atravs da i ngesto de al i mentos i nfectados. 15CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)14BRUCELOSE3. EVOLUO DA DOENAA vi a mai s comum de i nfeco nos ani mai s o trato gastri ntesti nal . Aps a i nges-t o, as bactri as so endoci t adas pel as cl ul as epi tel i ai s do i ntesti no del gado (cl u-l asMdaspl acasdePeyer) eseal oj ami ni ci al mentenosl i nf onodosregi onai s,onde prol i f eramnoi nteri ordosf agci tos.Ai nvasodosvasosl i nf ti coseaposteri or bacteremi a,permi temadi ssemi naoecol oni zaodevri osteci dos,especi al -menteosdosrgosgeni tai sdosmachos,terogestanteegl ndul asmamri as das f meas.Emfmeasgestantes,ai nfecofetal ocorreapsamul ti pl i caodabactri a nas cl ul as trof obl sti cas, a quall eva necrose dest as cl ul as, vascul i te, separao da pl acenta materna e fetale ul cerao da membrana cori oal anti de. Nosani mai s,asbr ucel aspossuemgrandeaf i ni dadepel apl acenta,oquel eva ocorrnci adepl acenti te,mor tef et al eabor to.Aaf i ni dadedasbrucel aspel otrofo-bl asto, parece est ar rel aci onada presena na pl acent a de el evadas concentraes de eri tri tol(acar que f avorece a mul ti pl i cao bacteri ana)e progesterona.Di ferentementedasespci esani mai s,ondeoabor toapri nci pal mani festa-odai nfeco,naespci ehumanaesteeventonoumacausacomumeo ri sco da mul her gestante abor tar por br ucel ose, no di ferente do ri sco de abor tar poroutrasi nfecesassoci adasaumestadofebri l .Apri nci pal caracter sti cada brucel osenaespci ehumana,nasuaf asei ni ci al ,apresenadef ebreagudaou sub-aguda,quasesemprei ntermi tente,acompanhadademal est argeral ,anorexi a e prostrao. Na ausnci a de tratamento espec f i co, este quadro pode persi sti r por vri assemanasoumeses.Est af aseagudatendeaevol ui rparaumaf asecrni ca com uma si ntomatol ogi a di f usa conheci da como s ndrome da f adi ga crni ca .Por tanto,apsumaf asei ni ci al dadoenacaracteri zadaporf ebrei ntermi tente, suoresprof usos,doresdecabeaeprostrao,segue-seumper odol ongode si ntomasdi f usos,emquepredomi namar tral gi as,ar tri tes,perdadeapeti teede peso,consti pao,doresabdomi nai s,tosse,dorestesti cul ares,per turbaesdo sono,l i nf oadenopati a,espl enomegal i a,hepatomegal i a.Ani casi tuaoemqueo paci entepodei rabi topel al ocal i zaodabactri anoendocrdi o.Est acondi -o, no entanto, bastante i ncomum. 16CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)15BRUCELOSE4. FORMAS DE TRANSMISSOAs brucel as so transmi ti das entre os ani mai s por contato com pl acentas, fetos, fl ui dos fetai s e descargas vagi nai s de ani mai s i nfectados. Ani mai s podem transmi ti r a bactri a sej a atravs do aborto ou do parto a termo. Aps o pri mei ro aborto, as fmeas so as- si tomti cas.Apesardi sso,tornam-seportadorascrni caseconti nuamael i mi nar Brucel l a no l ei te e descargas uteri nas durante os partos subsequentes, quando podero abortarouno.Aparti rdatercei ragestaoapsai nfeco,oabortoj noocorre, devi do a uma resposta i mune cel ul ar e tambm porque o nmero de pl acentomas necro-sados di mi nui consi deravel mente, permi ti ndo o nasci mento a termo. A entrada da bactri a no organi smo ocorre pri nci pal mente por i ngesto, atravs das mucosas ou da pel e. A mai ori a das espci es de Brucel l a encontrada no smen, j que os machos podem el i mi n-l a por esta vi a por l ongos per odos. A i mportnci a da transmi sso venrea vari a com a espci e. a pri mei ra vi a de trans-mi sso para B.ovi s e B.sui s e a B.cani s tambm di ssemi nada por esta fonte com al gu-ma frequnci a. A B. abor tus e a B.mel i tensi s podem ser tambm encontradas no smen, mas a transmi sso venrea destas espci es pouco comum.Cui dadosespeci ai sdevemsertomadoscomosmenempregadoemi nsemi nao arti fi ci al,poi ssendoapl i cadodi retamentenotero,l encontraoambi enteprop ci o paraasuamul ti pl i cao.Atransfernci adeembri es,seefetuadaconformetcni cas padroni zadas de l avagens dos embri es, tem si do consi derada uma prti ca com ri scos desprez vei s de transmi sso da i nfeco. A bactri a pode ser tambm di ssemi nada por fmi tes, i ncl ui ndo-se gua e al i mentos. Em condi es de umi dade al ta ou bai xas tempe-raturas, em ausnci a de rai os sol ares di retos, o organi smo pode permanecer vi vel por vri osmesesnagua,fetosabortados,esterco,l ,feno,equi pamentoseroupas.A bactri apoderesi sti raodessecamentoeatemperaturasdecongel amento,parti cul ar-menteseesti verprotegi dapormateri alorgni co.Equi nos,queconvi vemcomani mai s i nfectados, podem adqui ri r brucel ose e a mani festao cl ni ca mai s comum a presen-a de abscessos (fi stul ados ou no) na regi o da cernel ha, l eso conheci da como mal da cernel haou mal das cruzes. Ani mai s nestas condi es devem ser el i mi nados. Humanos normalmente se infectam por contato direto com produtos de aborto, ou pel a i ngest odabactr i aemal i mentos,geral menteder i vadosl cteosnopasteur i za-17CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)16BRUCELOSEdos (quei j os, mantei gas, i ogurtes, sor vetes). Nos l aboratri os e abatedouros, a bactri a geral mente transmi ti da sob a forma de aerossi s. A carne no uma fonte i mportante detransmi ssodabactri a,anoserquandoesti verpoucocozi daoumalassada.A medul a ssea e v sceras mal cozi das podem ser i mportantes fontes de i nfeco huma-na.Ocontactocomcul turasdel aboratri o,comamostrasdeteci doscontami nadose a i nj eo aci dental de vaci nas vi vas so i mportantes fontes de i nfeco para humanos. Atransmi ssoentrepessoas,emboraposs vel,umaconteci mentobastanteraro em brucel ose. H casos na l i teratura de transmi sso por mei o de transfuso de sangue, transpl ante de medul a e at por rel ao sexual. 5. DIAGNSTICO E TRATAMENTOTodoabortodeveserconsi deradocomosuspei todebrucel oseepori ssodeveser i nvesti gado.Oquadrocl ni conopatognomni co,emboraohi stri codorebanho possa aj udar. O di agnsti co i nequ voco da brucel ose fei to pel o i sol amento e i denti fi ca-o da bactri a. Entretanto, naquel as si tuaes onde este ti po de exame no poss vel de ser real i zado, o di agnsti co deve ser baseado em mtodos sorol gi cos. De acordo com o Programa Naci onal de Control e e Erradi cao da Brucel ose e Tuber-cul ose(PNCEBT)(Manual,2006),soacei toshoj ecomotestessorol gi cosofi ci ai s,o teste do Ant geno Aci di fi cado Tamponado (AAT) e o teste do Anel em Lei te ( TAL) como testes de tri agem. Os soros com resul tado posi ti vo no AAT, devem ser submeti dos aos testesconfi rmatri osdo2-Mercaptoetanol(2ME)e/ouFi xaodoCompl emento(FC). Os resul tados posi ti vos no teste do anel, devem ser i nvesti gados por testes sorol gi cos. A combi nao de testes de tri agem e confi rmatri os tende a aumentar a especi fi ci dade do di agnsti co (Brasi l, 2004). Comrel aosbrucel asrugosas(B.cani seB.ovi s),odi agnsti cosorol gi cono podeserefetuadocomostestesderoti naempregadosparabrucel asl i sas,poi sas espci esrugosasnoapresentamcadei aOnol i popol i ssacar deodaparedecel ul ar. Nestescasos,emprega-seumant genosol veltermo-extra dodeamostrasrugosas, sendo a prova de i munodi fuo em gel a mai s comumente empregada na roti na. Nos humanos, toda si ntomatol ogi a febri l deve ser pesqui sada para descartar a bruce-l ose, ai nda mai s se o paci ente proveni ente de rea rural ou ti ver contato frequente com 18CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)17BRUCELOSEani mai s.Nafasesub-agudaecrni cadaenfermi dade,torna-sedi f ci lodi agnsti co cl ni copoi sossi ntomassobastantevagoseseconfundemcomoutrasdoenas.O di agnsti co bacteri ol gi co ou sorol gi co pode aj udar a confi rmar a suspei ta. Otratamentodebovi nosesu noscomanti bi ti cosnoprti conemtampouco econmi co, poi s al m do al to val or dos medi camentos e do l ongo per odo exi gi do, no raroocorremreci di vas.Al mdi sso,ousoprol ongadodeanti bi ti cospodeterrefl exos na sade pbl i ca, uma vez que tendem a persi sti r na carne e no l ei te. Em ces e ovi nos de al to val or zootcni co, o tratamento com anti bi ti cos, apesar de caro,podeteral gumsucesso,apesardosani mai sapresentaremumaferti l i dadebai xa em ausnci a da bactri a. Na espci e humana, o tratamento com anti bi ti cos recomendado e quando real i za-donasfasesi ni ci ai s(aguda)daenfermi dade,osresul tadossobastantesati sfatri os. Osanti bi ti cosdeel ei osoadoxi ci cl i na,apl i cadapornom ni mo6semanasea estreptomi ci na.Quandonohouverenvol vi mentodavaci naRB51(resi stenteri fam-pi ci na), a estreptomi ci na pode ser substi tu da pel a ri fampi ci na. Com este tratamento, a l i teratura refere que a percentagem de reca das i nferi or a 5%. O cotri moxazol (combi -naodetri metopri mesul fametoxazol )tambmefi ci ente,massofrequentesas reca das(aoredorde30%).Paraasdosagenscorretaseoper ododetratamento adequado, recomenda-se o acompanhamento de um mdi co.6. PREVENO E CONTROLE Ael i mi naodadoenanohomemdependefundamental mentedael i mi naoda enfermi dade nos ani mai s. A fonte mai s i mportante de contami nao para humanos o contato com ani mai s i nfectados ou os seus produtos. Logo, a preveno deve ser base-ada na el i mi nao destas fontes. Torna-se, portanto, fundamental a adoo de medi das quereduzamori scodei nfecocomomedi dasdeproteonasdi ferentesati vi dades profi ssi onai s (proteo i ndi vi dual ao mani pul ar fetos ou produtos de abortos) associ adas hi gi ene al i mentar (pausteri zao de produtos l cteos). Ai nexi stnci adevaci nas,fazcomqueasmedi dasprofi l ti cassej ampoucoi mpor-tantesnaprevenodabrucel osehumana.Nosbovi nos,i stopodeserobti dopel a vaci naodosani mai sdereproduo,vi sandoaumentarai muni dadedosrebanhose 19CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)18BRUCELOSEdi mi nui rosri scosdeabortos,segui dodael i mi naodeani mai smedi antesegregao e sacri f ci o dos i nfectados. A brucel ose usual mente i ntroduzi da num rebanho por mei o de ani mai s i nfectados. Portanto, ani mai s s devem ser adqui ri dos de outros rebanhos ou reas l i vres. Ani mai s de outras fontes devem ser i sol ados e testados antes de serem adi ci onados ao pl antel. De acordo com o PNCEBT (Brasi l, 2004), i nsti tu do para bovi nos e bubal i nos, a vaci na ofi ci aleobri gatri anoBrasi lvaci naB19,apl i cadasomentenasfmeasentre3e8 meses de i dade. A restri o na i dade de vaci nao das fmeas devi do i nter fernci a nasorol ogi aemani mai svaci nadosaci madesteper odo,confundi ndoodi agnsti co. Emfunodi sto,asfmeasvaci nadasdentrodai daderecomendada,spoderoser testadasdepoi sdos24mesesdei dade.Oprogramabrasi l ei ropermi te,emsi tuaes especi ai s, o uso da vaci na RB51 em fmeas adul tas. Sendo el aborada com uma amostra noagl uti nogni ca,estavaci nanoi nter ferenodi agnsti cosorol gi co,podendopor i sso ser apl i cada em fmeas com qual quer i dade (Brasi l, 2007). NocontextodoPNCEBT,al mdavaci nao,oscri adorespodemaderi raum programavol untri odemanutenoderebanhosl i vresoumoni torados,dependendo doti podeexpl orao(l ei teoucarne).Poroutrol ado,profi ssi onai senvol vi doscom estesrebanhos,devempassarporatual i zaestcni cas,medi antecompareci mento acursosementi dadesreconheci das,quandotornam-sehabi l i tadosaatuaremdentro das normas padroni zadas pel o programa. Para as demai s espci es ani mai s, com exce-odaB.mel i tensi scontraaqualexi steumavaci naefi caz(Rev1),noexi stemvaci nas di spon vei s. Nestes casos, a preveno e o control e recaem na apl i cao de pri nc pi os epi demi ol gi cos e boas prti cas cri atri as. Entre estas medi das destacam-se: a cui da-dosasel eodeani mai sdereposi o;oi sol amentodestesani mai sporpel omenos 30di as(duranteaexecuodostestessorol gi cos);evi tarocontatocomrebanhos de status desconheci do ou com brucel ose; real i zar estudo aprofundado das causas de abortos ou nasci mentos prematuros (i sol ar os ani mai s at concl ui r o di agnsti co); desti -no apropri ado de pl acentas e fetos abortados (quei ma ou enterramento) e i nvesti gao, em cooperao com reas da sade, de poss vei s casos humanos. No caso dos ces, quepossuemumcontatomai s nti mocomoserhumano,odi agnsti coemcasosde al teraes reproduti vas permi te a i mpl ementao de medi das de control e e tratamento rpi das, evi tando a transmi sso ao homem.20CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)19BRUCELOSE7. REFERNCIAS BRASIL. Secretari a de Defesa Agropecuri a, Mi ni stri o da Agri cul tura, Pecuri a e Abas-teci mento. Instruo Normativa N 6 de 8 de janeiro de 2004. Aprova o Regul amento Tcni codoProgramaNaci onaldeControl eeErradi caodaBrucel oseeTubercul ose Ani mal. Di ri o Ofi ci al da Uni o, Bras l i a, 12 j an. 2004, Seo 1, p. 6 - 10.BRASIL. Secretari a de Defesa Agropecuri a, Mi ni stri o da Agri cul tura, Pecuri a e Abas-teci mento. Instruo Normativa N 33 de 24 de agosto de 2007. Estabel ece as condi -es para a vaci nao de fmeas bovi nas contra brucel ose, uti l i zando vaci na no i ndu-toradaformaodeanti corposagl uti nantes,amostraRB51.Di ri oOfi ci aldaUni o, Bras l i a, 28 ago.2007, Seo 1, p. 6-7. BRASIL. Mi ni stri o da Agri cul tura, Pecuri a e Abasteci mento.Situao epidemiolgi-ca da brucelose bovina e bubalina no Brasil (Primeiro relatrio parcial). 2006. 83p.BRASIL.Mi ni stri odaAgri cul tura,Pecuri aeAbasteci mento.ManualTcnicodo ProgramaNacionaldeControleeErradicaodaBruceloseedaTuberculose- PNCEBT. 2006. 184p. BUDDLE, M. B.; BOYES, B.W. A Brucella mutant causing genital disease of sheep in New Zealand. Aust. Vet. J., v.29, n.6, p.145-153, 1953.CARMI CHAEL,L.E.;BRUNER,D.W.Characteri sti cofanewl y-recognizedspeci es ofBrucel l aresponsi bl efori nfecti ouscani neabor ti ons.Cornel l Vet.,v.58,n.4, p.579-592, 1968. FOSTER,G.;JAHANS,K.L.;REID,R.J.;ROSS,H.M.IsolationofBrucellaspecies from cetaceans, seals and an otter. Vet. Rec., v.138, p.583-586, 1996. PACHECO, G.; MELO, M.T. Brucelose. Ri o de Janei ro: Ser vi o Grfi co do Insti tuto Brasi -l ei ro de Geografi a e Estat sti ca, 1956. 727p. (Monografi as do Insti tuto Oswal do Cruz). ROSS, H.M.; FOSTER, G.; REID, R.J.; JAHANS, K.L.; MacMILLAN, A.P. Brucella species infection in sea-mammals. Vet.Rec., v.134, n.14, p.359, 1994. 21CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)20BRUCELOSESCHOLZ, H.C.; HUBALEK, Z.; SEDLEK, I. et al. Brucella microti sp. nov., isolated from the common vole Microtus arvalis. Int. J. Syst. Evol. Microbiol. v.58, p.375-382, 2008. STOENNER, H.; LACKMAN, D. A new speci es of Brucel l a i sol ated from the desert wood rat, Neotoma l epi da, Thomas. Am. J. Vet. Res., v.18, n.69, p.947-951, 1957. Site do MAPA: www.agri cul tura.gov.br Links: www.oi e.i ntwww.who.i nt 8. AUTORMd. Vet. Fernando Padilla Poester Doutor pel a Uni versi dade Federal de Mi nas Gerai s Pesqui sadordoInsti tutodePesqui sasVeteri nri asDesi dri oFi namor(Secretari ade Ci nci a e Tecnol ogi a do RS - aposentado). Membro do Comi t Ci ent fi co Consul ti vo do Programa Naci onal de Control e e Erradi ca-o da Brucel ose e Tubercul ose (MAPA).22CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)21FEBRE AMARELAFEBRE AMARELANomes popularesAgente causadorEspcies acometidasSintomas nos seres humanosVmito NegroV rus amar l i co, arbov rus do gnero Fl avi vi rus e fam l i a Fl avi vi ri dae (do l ati m fl avus = amarel o). um RNA v rus, pertencente ao mesmo gnero e fam l i a de outros v rus que causam doenas no homem, tai s como o Dengue, o West Ni l e, o Roci o e o St. Loui s.Vri as espci es de pri matas no humanos, seres humanos (aci dentai s), consi derando ai nda que:Na forma silvestre da doena, os pri matas no humanos so hospedei ros si nal i za-dores dov rusamar l i co(i ndi camapresenadov rusnanatureza),assi mcomoos seres humanos. Os macacos pertencentes aos gneros Al ouatta (bugi o ou guari ba), Atel es(macacoaranha)eCal l i thri x(sagui ),Cebus(macacoprego)soasespci es mai sacometi das.OsmacacosdosgnerosAl ouattaeAtel es,somai ssens vei s aov ruseapresentamtaxadel etal i dademai sel evada.JosCal l i thri xeCebus i nfectam-sefaci l mente,masapresentammenorestaxasdel etal i dadeegeral men-tedesenvol vemi muni dade.Di versosmam ferostambmsosuscet vei sdoena, destacando-se os marsupi ai s e al guns roedores que funci onam possi vel mente como reser vatri osdov rusnanatureza.Inquri tossorol gi cosemreasendmi case estudosduranteepi demi astmmostradoaparti ci paodogamb,porcoespi nho edomorcegonoci cl osi l vestredadoena.Contudo,ai mportnci aepi demi ol gi ca destes ani mai s na manuteno da doena ai nda no conheci da (BRASIL, 1999).Naformaurbanadadoena,ohomemseconsti tuinoni cohospedei ro.Al guns ani mai sdomsti cosaparentamserrecepti vosaov rusamar l i co,masnosens vei s (nodesenvol vemdoena),comoporexempl ooscesquedesenvol vamapenas resposta febri l aps i nocul ao peri fri ca (BRASIL, 1999).Febre, dor de cabea, cal afri os, nuseas, vmi to, dores no corpo, i cter ci a (a pel e e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengi vas, nariz, estmago, intestino e uri na).AFebreAmarel atemumespectrocl ni comui toampl o,podendoapresentardesde i nfecesassi ntomti caseol i gossi ntomti casatquadrosexuberantescomevol u-23CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)22FEBRE AMARELASinais clnicos nos animaisDiagnsticoMui to semel hantes aos si nai s e si ntomas apresentados pel os humanos. cl ni co, epi demi ol gi co e l aboratori al (BRASIL, 2008), tanto para os seres humanos, quantoparaani mai s.Odi agnsti col aboratori alreal i zadoparaconfi rmaodos casos suspei tos de febre amarel a, sendo poss vel real i zar:- Diagnstico histopatolgico (imunohistoqumica - deteco de antgeno em tecido) e/ou;-Di agnsti covi rol gi co(i sol amentovi ral,detecodeant genosvi rai se/ouci do nucl ei co vi ral ) e/ou;- Di agnsti co sorol gi co (MAC ELISA, i ni bi o da hemagl uti nao, teste de neutral i -zao e fi xao de compl emento).o para a morte, nos quai s est presente a trade clssica que caracteriza a faln-cia heptica da febre amarela: ictercia, albuminria e hemorragias. O nmero de casos das formas l eves e moderadas representa 90% de todos os casos da i nfeco. J, as formas graves so responsvei s por quase a total i dade dos casos hospi tal i za-dos e fatai s, representando 5 a 10% do nmero total de casos (BRASIL, 1999).Formas de transmissoAFebreAmarel atransmi ti dapel api cadadosmosqui tostransmi ssoresi nfecta-dos (gneros Haemagogus e Sabethes). A transmi sso de pessoa para pessoa no ocorre por contgi o.Na Febre Amarela Silvestre, o v rus ci rcul a entre ani mai s si l vestres os macacos que, no per odo de vi remi a, ao serem pi cados pel os mosqui tos si l vestres l he repassam o v rus. O homem suscept vel i nfecta-se ao penetrar na mata e ser pi cado por mosqui -tosi nfectadose,destaforma,i nseri doaci dental mentenoci cl odetransmi sso: macaco mosqui to si l vestre homem.Na Febre Amarela Urbana, o v rus i ntroduzi do no ci cl o pel o homem em per odo de vi remi a. Ao ser pi cado pel o Aedes aegypti, este vetor torna-se i nfectado, passa pel o per odo de i ncubao extr nseca e estar apto a transmi ti r o v rus para outras pesso-as suscept vei s, i ni ci ando o ci cl o de transmi sso: homem Aedes aegypti homem.Laboratrios e Servios de RefernciaLaboratrios (Regio Sul) - LACEN-PR / Tel.: (41) 3299-320924CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)23FEBRE AMARELANotificao Obrigatria- LACEN-SC / Tel.: (48) 3251-7800- LACEN-RS / Tel.: (51) 3288-4000- Centro de Di agnsti co Marcos Enri etti SEAB/PR (Curi ti ba-PR) Seo de Vi rol o-gi a (41) 3352-2499 em i mpl antao.Laboratrios Referncia Nacional para Diagnstico de Febre Amarela:- Insti tuto Evandro Chagas (Bel m-PA) - Seo de Arbovi rol ogi a / Tel.: (91) 3202-4699- Laboratri o Central de Sade Pbl i ca de Pernambuco - FUSAM/PE - Ser vi o de Vi rol ogi a / Tel.: (81) 412-6307- Laboratrio Central de Sade Pblica do Distrito Federal (LACEN/DF) - Tel: (61) 321-2772- Laboratri o de Fl avi v rus da FIOCRUZ/RJ - Tel.: (21) 2598-4373- Insti tuto Adol fo Lutz IAL (So Paul o-SP) - Tel.: (11) 3068-2904Centro de Referncia Nacional para Febre Amarela:Insti tuto Evandro Chagas - Seo de Arbovi rol ogi a / Tel.: (91) 3202-4699AFebreAmarel aumadasdoenasdenoti fi caocompul sri ai nternaci o-nal,por tantoobj etodevi gi l nci apel aOrgani zaoMundi al daSade(OMS),de acordo com o Regul amento Sani tri o I nternaci onal( RSI, 2005), por se caracteri zar mui tas vezes como uma emergnci a sani tri a i nternaci onal.No Brasi l, a Febre Amarel a uma doena de noti fi cao compul sri a e i medi a-ta,ousej a,di antedeumcasosuspei todefebreamarel a,oprof i ssi onal desade ouqual querpessoadevenoti f i caraSecretari aMuni ci pal deSadepel avi amai s rpi da(ex:tel efone,rdi o,faxoue-mai l ).mui toi mpor tantequenoaguardeos resul tadosl aboratori ai sparareal i zaranoti f i caoequeestasej afei taemum prazomxi mode24horas(seposs vel ).APor tari aN.2.325/GM,de8/12/2003, regul amenta a l i sta de doenas de noti f i cao compul sri a. Para mai s i nformaes acesse o si te www.saude.gov.br/svs.Para a regi o sul , os trs estados contam com os Centros de I nformaes Estra-tgi cas de Vi gi l nci a em Sade (CI EVS), que tm a f i nal i dade de: i denti f i car, moni -toraredesenvol veraesdecontrol eemergenci ai sparaagravosderel evnci a naci onale i nternaci onal .25CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)24FEBRE AMARELA1. HISTRICO1.1 IntroduoAFebreAmarel afoiconsi deradaomai orfl agel oj vi vi dopel ohomemnasreasde col oni zao recente das Amri cas e da fri ca, nos scul os XVIII e XIX. At os pri mei ros anosdoscul oXXfoiamai si mportantedoenaepi dmi canoNovoMundo( TOMORI, 1999).NoBrasi l,foigrandeprotagoni stanahi stri asani tri adoPa s,desdeoscul o XVIIatofi naldoscul oXIX,regi strando-seepi demi asnosgrandescentrosurbanos com el evadas taxas de mortal i dade (FRANCO, 1969).Napri mei rametadedoscul oXX,comasdescobertasdesuaeti ol ogi a,epi demi o-l ogi a,mei osdetransmi ssoedepreveno,foramadotadasmedi dasespec fi casque resul taramnodesapareci mentodaFebreAmarel aurbananospa sesdasAmri cas ( WHO,1971),i ncl usi venoBrasi l.Permaneceuemmui tosdel esamodal i dadesi l vestre, cuj o ci cl o compl exo e ai nda no pl enamente conheci do, o que di fi cul ta a compreenso de certos fenmenos epi demi ol gi cos (COSTA, 2005).Emnossopa s,osregi strosdeFebreAmarel aconstantesdobancodedadosdo Mi ni stri o da Sade datam do ano de 1930. O coefi ci ente de i nci dnci a mdi o anual tem vari adoemtornode0,02casos/100.000habi tantes/anoeataxadel etal i dademdi a, em torno de 44,6% (COSTA, 2005).Embora o risco de adoecer por Febre Amarela seja baixo, esta enfermidade ainda trata-dadeformadiferenciadapelosorganismosinternacionaisdesade,oqueimpepronta notificaodequalquereventosuspeitoquesinalizeacirculaodovrusemumarea. Eporapresentargrandepotencialepidmico,geralmentecomaltastaxasdeletalidade duranteossurtos,bemcomoporseusimpactosadversossobreoturismoeocomrcio, reveste-se de grande relevncia como problema de sade pblica (COSTA, 2005).Estudostmmostradoqueaati vi dadedatransmi ssonoci cl osi l vestreafetada tanto por fatores ecol gi cos como por outros rel aci onados ao comportamento humano (PATZ&KOVATS,2002).Al gumasvari vei sambi entai s,comotemperatura,umi dade, pl uvi osi dade e durao da estao chuvosa, al m de serem decorrentes de condi es regi onai sel ocai s,podemtambmseri nfl uenci adaspordetermi nantesmai sgerai s, conformeseveri fi couentre1999-2000emumaepi demi aexpl osi vanocentro-oeste 26CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)25FEBRE AMARELAdoBrasi l( VASCONCELOSetal.,2001),comoapresenadofenmenoElNi ooudo processo de aqueci mento gl obal.Comoresul tado,poderi amserobser vadasmudanasnasreasdeocorrnci ade casos humanos, ati ngi ndo grupos popul aci onai s que no eram at agora consi derados vul nervei s, e aumento do ri sco de i ntroduo do v rus em ci cl os urbanos e peri urbanos, com a parti ci pao de vetores mai s endof l i cos e antropof l i cos (COSTA, 2005).Domesmomodoqueemoutrasdoenaspropagadasporvetores,atransmisso,a vigilncia, a conteno e o controle dependem da complexa interao entre as populaes de hospedeiros, vetores, reservatrios, patgenos e o meio ambiente (COSTA, 2005).1.2 reas epidemiolgicas Noi n ci odoscul oXX,quasetodaatotal i dadedoterri tri obrasi l ei roerarea deri scoparaFebreAmarel a.Comodesapareci mentodamodal i dadeurbanaea manutenodecasoshumanosdetransmi ssosi l vestre,temsi donecessri orever Mapa das reas com e sem recomendao de vacina contra Febre Amarela, Brasil 2008/20091Nasreasverdes,avaci nacontrafebreamarel aestdi spon velnassal asdevaci na, i ndi cada na roti na para toda popul ao resi dente a par ti r dos 9 meses de i dade.2Nasreasemazulavaci nacontrafebreamarel aestdi spon velnassal asdevaci na, i ndi cada para as pessoas que se desl ocarem para a rea com recomendao de vaci na. 27CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)26FEBRE AMARELAconstantementeasreascomri scodetransmi ssodadoenanopa s,consi deran-doqueoprocessodeci rcul aoemanutenodov rusmui todi nmi co.Neste senti doconsi derandoaspectosepi demi ol gi cos,ambi entai segerai s,foramdel i -mi tadasduasreasepi demi ol ogi camentedi sti ntas,caracteri zandoreascomci rcu-l aodov rus,portantocomrecomendaodevaci naoanti -amar l i caesem ci rcul aodov rus,nosendonecessri aavaci nao(FIGURA1)(BRASIL,2009). 2. CICLO EPIDEMIOLGICOEpidemiologicamente,adoenapodeseapresentarsobduasformasdistintas:Febre Amarela Urbana (FAU) e Febre Amarela Silvestre (FAS), diferenciando-se uma da outra pela localizao geogrfica, espcie vetorial e tipo de hospedeiro (Figura 2) (BRASIL, 2008).3. EVOLUO DA DOENACiclos Silvestre e Urbano da Febre AmarelaCi cl o Si l vestre28CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)27FEBRE AMARELADoenafebri laguda,decurtadurao(nomxi mo12di as)egravi dadevari vel. Apresenta-se como i nfeces subcl ni cas e/ou l eves, at formas graves, fatai s. O quadro t pi co tem evol uo bi fsi ca (per odo de i nfeco e de i ntoxi cao), com i n ci o abrupto, febreal taepul sol entoemrel aotemperatura(si naldeFaget),cal afri os,cefal i a i ntensa,mi al gi as,prostrao,nuseasevmi tos,durandoaproxi madamente3di as, aps os quai s se obser va remi sso da febre e mel hora dos si ntomas, o que pode durar al gumas horas ou, no mxi mo, 2 di as. i mportante ressal tar que este per odo pode ser fugaz,portantoi mpercept vel.Porvezes,tambm,quandomarcante,paci entetema fal sa i mpresso de mel hora. O caso pode evol ui r para cura ou para a forma grave (per -ododei ntoxi cao),caracteri zadapel oaumentodafebre,di arri aereapareci mento de vmi tos com aspecto de borra de caf, i nstal ao de i nsufi ci nci a hepti ca e renal. Surgem tambm i cter ci a, mani festaes hemorrgi cas (hematmese, mel ena, epi staxe, hematri a, sangramento vesti bul ar e da cavi dade oral, entre outras), oligria, albuminria eprostraointensa,almdecomprometimentodosensrio,queseexpressamediante obnubilao mental e torpor com evoluo para coma (BRASIL, 2008).Emtermospredi ti vosdesi nai sesi ntomasmai si mportantesparasuspei tarcl i ni ca-mentedei nfecopel ov rusdafebreamarel aso:febreel evada(aci made38,5C), resi stnci aaousodeanti trmi cos,dorabdomi nali ntensa,mi al gi a(especi al mente emmembrosi nferi ores),agi tao,i cter ci arub ni ca(amarel oal aranj ado),hemorragi a conj unti val,prostraoetransami nasesaci made1000UI(ati ngi ndon vei sporvezes i ncontvei s), bi l i rrubi nas, uri a e creati ni na el evadas.A Febre Amarela tem um espectro clnico muito amplo, podendo apresentar desde infec-esassintomticaseoligossintomticasatquadrosexuberantescomevoluoparaa Ci cl o Urbano29CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)28FEBRE AMARELAmorte,nosquaisestpresenteatradeclssicaquecaracterizaafalnciaheptica da Febre Amarela: ictercia, albuminria e hemorragias. A pirmide da febre amarelaelaborada pela OMS (Figura 3) permite uma visualizao mais clara desse espectro clnico. O nmero de casos das formas leves e moderadas representa 90% de todos os casos da infeco. J, as formas graves so responsveis por quase a totalidade dos casos hospita-lizados e fatais, representando 5 a 10% do nmero total de casos (BRASIL, 1999).4. FORMAS DE TRANSMISSOA febre amarela transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados (prin-cipalmentegnerosHaemagoguseSabethes).Outrosvetoressecundriosjforamiden-tificados com o vrus. A transmisso de pessoa para pessoa no ocorre (BRASIL, 1999).Na Febre Amarela Silvestre, o vrus circula entre os macacos que, no perodo de vire-mia, ao serem picados pelos mosquitos silvestres lhe repassam o vrus. O homem suscep-tvel infecta-se ao penetrar na mata e ser picado por mosquitos infectados e, desta forma, inserido acidentalmente no ciclo de transmisso: macaco mosquito silvestre homem.Na Febre Amarela Urbana, o vrus introduzido no ciclo pelo homem em perodo de viremia. Ao ser picado pelo Aedes aegypti, este vetor torna-se infectado, passa pelo pero-do de incubao extrnseca e estar apto a transmitir o vrus para outras pessoas suscep-tveis, iniciando o ciclo de transmisso: homem Aedes aegypti homem.Pirmide da febre amarela: Manifestaes clnicasFonte: OPAS/OMS30CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)29FEBRE AMARELAOperododeincubao:vari ade3a6di as,apsapi cadadomosqui tofmea i nfectado (BRASIL, 2008).OPer ododetransmi ssi bi l i dade:osanguedosdoentesi nfectantede24a 48horasantesdoapareci mentodossi ntomasat3a5di asaps,tempoquecor-respondeaoper ododevi remi a.Nomosqui toAe.aegypti,oper ododei ncubao de9a12di as,apsoquesemantmi nfectadoportodaavi da(BRASIL,2008). Destaforma,exi steapossi bi l i dadedetransmi ssotransovari ananosvetoresi nfec-tadosel i mi nandooper ododei ncubaoextr nseco,perpetuandoov ruspor vri as geraes.5. DIAGNSTICO E TRATAMENTO (BRASIL, 2008)5.1 Diagnsticocl ni co,epi demi ol gi coel aboratori al .Odi agnsti col aboratori al f ei topor i sol amentodov rusdeamostrasdesangueoudeteci dos( par ti cul armentehepti -co), por deteco de ant geno e anti corpo (sangue e teci dos). Os mtodos di agns-ti cos uti l i zados so: ELI SA, MAC-ELI SA, i ni bi o de hemagl uti nao ( I H), f i xao do compl emento ( FC)e soroneutral i zao ( TN), reao em cadei a de pol i merase ( PCR), i munohi stoqu mi ca e hi bri di zao i n si tu.5.2 Diagnstico DiferencialAsformasl evesemoderadasseconf undemcomoutrasdoenasi nf ecci osas conti das na s ndrome ctero-f ebri l -hemorrgi ca aguda ( SFI HA), por i sso h necessi -dade da hi stri a epi demi ol gi ca para a sua i denti f i cao e di f erenci ao. As f ormas graves cl ssi cas ou f ul mi nantes devem ser di ferenci adas das hepati tes graves f ul mi -nantes,Leptospi rose,Mal ri aporPl asmodi umf al ci parum,f ebrehemorrgi cado Dengue, Meni ngococcemi a, Febre Ti f i de, Febre Macul osa, Septi cemi as e outras.5.3 TratamentoNoexi stetratamentoanti vi ralespec fi co.apenassi ntomti co,comcui dadosa assi stnci aaopaci enteque,sobhospi tal i zao,devepermaneceremrepouso,com reposi o de l qui dos e das perdas sangu neas, quando i ndi cada. Os quadros cl ssi cos 31CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)30FEBRE AMARELAe/ou ful mi nantes exi gem atendi mento em Uni dade de Terapi a Intensi va (UTI) e hemodi -l i se (devi do i nsufi ci nci a renal aguda), mel horando a sobrevi da do paci ente.6. PREVENO E CONTROLE (BRASIL, 1999; BRASIL, 2008) A vao| nao e a ma| s | mportante med| da de oontro| e. A vao| na 17D e adm| n| strada em doseni caeconfereproteoprxi maa100%.Deveserreal i zadaaparti rdosnove mesesdei dade,comreforoacada10anos.OEstadodoParan,aparti rde1999 i mpl antou a vaci nao da febre amarel a para toda a popul ao a parti r de nove meses, excetuandoomuni c pi odeCuri ti ba(SESA-PR).Atoutubrode2008foramapl i cadas mai s de 8,5 mi l hes de doses, o que possi bi l i tou o bai xo regi stro de casos. Not| f| oao | med| ata de oasos humanos, oasos de ep| zoot| as pr| no| pa| mente morte de pri matas no humanos) e de achado do v rus em vetor si l vestre.v| g| | no| asan| tr| adeportos,aeroportosepassagensdefronte| ra,oomaex| gen-ci adoCerti fi cadoInternaci onaldeVaci naoeProfi l axi avl i doparaaFebreAmarel a apenas para viajantes internacionais procedentes de reas de ocorrnci a da doena, queapresenteri scodedi ssemi naoi nternaci onal,segundooRegul amentoSani tri o Internaci onal (2005), com vi gnci a a parti r de 2007. Oontro| e do Ae. aegypti para el i mi nao do ri sco de reurbani zao. Rea| | zao de aoes de eduoao em sade.7. INFORMAES COMPLEMENTARESAvi gi l nci adeepi zooti asemPNHtemsuaori gemei mportnci adentrodavi gi l n-ci a epi demi ol gi ca da FA, conforme documentos tcni cos do Mi ni stri o da Sade (MS) (BRASIL, 1999; BRASIL, 2005). Em tai s documentos h i nfernci a sobre a ateno que se deve ter em rel ao mortandade de macacos sem causa defi ni da.AvigilnciaepidemiolgicadaFAeraconstitudabasicamentepor:vigilnciaentomo-lgica,vigilnciadecasoshumanos(contemplandoavigilnciasindrmica)enaateno para mortandade de PNH sem causa definida. A utilizao da forma passiva da vigilncia de epizootias em PNH, como ferramenta auxiliar da vigilncia epidemiolgica da FA, um instru-32CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)31FEBRE AMARELAmento que vem sendo implantado pelo MS, mais especificamente pelo Grupo de Trabalho da FA (GT-FA). A partir de 2002, o MS iniciou trabalho com equipe interdisciplinar e interinstitu-cional com tcnicos da rea de sade pblica de diversas regies do pas, para elaborao do primeiro Manual de Vigilncia de Epizootias em PNH, lanado no ano de 2005 (BRASIL, 2005).Esteprimeiroinstrumentotevecomofinalidademelhoraravigilnciaepidemiolgica da FA, que at ento, encontrava-se basicamente apoiada na vigilncia de casos humanos.Em decorrnci a dos esforos do GT-FA do MS, no senti do de i ncorporar a vi gi l nci a deepi zooti asemPNHcomoumi mpor tantei nstrumentoparaavi gi l nci aepi demi o-l gi cadaFA,foi cri adaaPor tari aN5,de21/02/2006-DNC( publ i cadanoD.O.U. Seo1-N38de22/02/2006).Estefei toconsti tui ugrandeavanonosparaa vi gi l nci aepi demi ol gi cadaFA,mastambmparaoutraszoonosesdei nteresseem sade pbl i ca. Assi m sendo, todas as noti f i caes de epi zooti as devem ser si stemati -camentei nvesti gadaseaquel ascausadasporagenteseti ol gi coszoonti cosdevem ser i medi atamente noti f i cadas aos ser vi os de sade pbl i ca (Fi gura 4).Naregi onoroestedoEstadodoParannoper ododedezembrode2000amai o de 2001, ocorreram rel atos de mortes de PNH da espci e Al ouatta caraya que s foram noti fi cados em outubro de 2001 Secretari a Estadual de Sade do Paran (SESA-PR). A demora na noti fi cao i mpossi bi l i tou estabel ecer a causa mor ti s dos ani mai s. Ai nda em Fi gura 4 Esquema do atual model o de vi gi l nci a epi demi ol gi ca da FA preconi zado pel o Mi ni stri o da Sade, i ncl ui ndo a vi gi l nci a de epi zooti as em pri matas no humanos (Por ta-ri a n 5 da Secretari a de Vi gi l nci a em Sade/Mi ni stri o da Sade de 21/02/06, publ i cada no Documento Of i ci al Uni o, Seo 1, n38 em 22/02/06) (SVOBODA, 2007).33CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)32FEBRE AMARELA2001 ocorreram epi zooti as com mortes de PNH da espci eAl ouatta guari ba no Estado do Ri o Grande do Sul, tendo como di agnsti co concl usi vo a FA ( TORRESet al., 2003). Estesfatoscontri bu ramparaqueostcni cosdaSESA-PRi ni ci assemopl anej amento de aes que i nseri ssem a vi gi l nci a de epi zooti as em PNH dentro da vi gi l nci a epi de-mi ol gi ca da FA contempl ada no Pl ano Estadual de Control e da FA. Entre as aes, foi real i zada a pri mei ra capaci tao de tcni cos (mdi cos veteri nri os), das 22 Regi onai s de Sade do Estado, para a i ncorporao desta vi gi l nci a como ferramenta das i nvesti ga-es e moni toramento no s da FA, mas tambm de outras arbovi roses e zoonoses de i nteresseenvol vendoestesani mai s.Al mdi sso,dentrodoPl anoEstadualdeControl e daFAdoParan,foicri adaeestabel eci daumal i nhadepesqui sai nterdi sci pl i nare i nteri nsti tuci onal, envol vendo al m da SESA-PR, a UFPR e a UEL, que vi sou o apri mora-mentodestavi gi l nci adeepi zooti as,adequandomesmareal i dadeenecessi dades do Estado do Paran (SVOBODA, 2007). A proposta da SESA-PR foi estabel ecer a vi gi -l nci adeepi zooti asemPNH,tantonaformapassi va(preconi zadapel oMS)quantona forma ati va, vi sando um moni toramento constante no somente da FA, mas tambm de outras arbovi roses e zoonoses de i nteresse sade pbl i ca. Al m di sso, consol i dar uma massacr ti cadetcni cosepesqui sadorescol aboradores,daSESA-PR,UELeUFPR, para execuo e apri moramento deste model o de vi gi l nci a (SVOBODA, 2007).8. REFERNCIAS8.1 Referncias GeraisBRASIL.Mi ni stri odaSade FUNASA.In: Manualdevigilnciaepidemiolgicada febre amarela. Bras l i a: MS-FUNASA; 1999.BRASIL.Mi ni stri odaSade.In:Manualdevigilnciadeepizootiasemprimatas no-humanos. Bras l i a: MS; 2005.BRASIL.Mi ni stri odaSade.Secretari adeVi gi l nci aemSade.Departamentode Vi gi l nci aEpi demi ol gi ca.In:Doenasinfecciosaseparasitrias:guiadebolso/ Ministrio da Sade, Secretaria de Vigilncia em Sade 6. ed. rev. (Sri e B. Textos Bsi cos de Sade) Bras l i a: MS; 2008a.BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Acesso site: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nt_area_rec_vacina_fa_janeiro_2009.pdf (em 05/07/2009 - 23:20h)34CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)33FEBRE AMARELACOSTA,M.C.N.;TEIXEIRA,M.G.L.C.AConcepode espao nainvestigao epidemiolgica. Cad. Sade Pbl i ca 1999;15:271-279.COSTA,Z.G.A.Estudodascaractersticasepidemiolgicasafebreamarelano Brasil, nas reas fora da Amaznia legal, no perodo de 1999 a 2003. 2005. Di sser-tao (Mestrado Profi ssi onal em Vi gi l nci a em Sade) - Escol a Naci onal de Sade Pbl i-ca Srgi o Arouca, Fundao Oswal do Cruz (FIOCRUZ), Bras l i a, Di stri to Federal.FRANCOO.AHi stri adafebreamarel anoBr asi l .Ri odeJanei ro:Mi ni str i o daSade.Depar t amentoNaci onal deEndemi asRur ai s,Di vi sodeCooper aoe Di vul gao; 1969.PATZ,J.A.;KOVATS,R.S.Hotspotsinclimatechangeandhumanhealth.BMJ 2002;325:1094-1098.SVOBODA,W.K.Vi gi l nci adeepi zooti asempri mat asnohumanos( PNH)comoi nstr umentodemoni tor amentodear bovi roseseoutr asvi rosesdei nte-resseemsadepbl i ca. 2007.Tese( Doutor adoemCi nci aAni mal ) Progr ama de Ps-gr aduao em Ci nci a Ani malda Uni ver si dade Est adualde Londr i na ( UEL), Londri na, Paran.TOMORI, O. Impact of yellow fever on the developing world. Adv Virus Res 1999; 53:5-34.TORRES,M.A.N.;Santos,E.;ALMEIDA,M.A.B.;CRUZ,L.L.;SPERB,A.F.Vi gi l nci ada FebreAmarel aSi l vestrenoRi oGrandedoSul.In:BoletimEpidemiolgicodaSESA-RS do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Al egre, 2003, v. 6. VASCONCELOS,P.F.C.;COSTA,Z.G.;TRAVASSOSDAROSA,E.S.;LUNAE.;RODRI -GUES,S.G.;BARROS,V.L.R.S.;etal.EpidemicofjungleyellowfeverinBrazil, 2000: i mpl i cati ons of cl i mati c al terati ons i n di sease spread. Journal of Medi cal Vi rol ogy 2001a;65:598-604.Worl dHeal thOrgani zati on.WHOExpertCommitteeonYellowFever.3thReport. Geneva: WHO; 1971. Techni cal Report Seri es n. 479.35CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)34FEBRE AMARELALinks: www.saude.gov.br www.anvi sa.gov.br www.ci ves.ufrj.br/i nformacao/fam/fam-i v.html www.fi ocruz.br/ www.i ec.pa.gov.br/ www.i al.sp.gov.br/ www.saude.pr.gov.br/ www.saude.sc.gov.br/ www.saude.rs.gov.br/9. AUTORESProf. Dr. Walfrido Khl Svoboda (UFPR/SetordeCi nci asdaSade/Depto.SadeComuni tri a/Laboratri odeSade Pbl i ca e Sade Ambi ental ) Prof. Dr. Lineu Roberto da Silva (SESA-PR/CIEVS-PR Mdi co Veteri nri o Sani tari sta)36CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)35FEBRE MACULOSAFEBRE MACULOSA Nomes popularesSinais clnicos nos animaisAgente causadorFormas de transmissoEspcies acometidasDiagnsticoSintomas nos seres humanosPi ntada,FebrequePi nta,FebreChi tada,Ti foExantemti codeSoPaul o,Febre Pacul osa das Montanhas Rochosas ou Febre Macul osa do Novo Mundo.Namai ori adoshospedei rosnaturai sai nfeconoaparente.Cesi nfecta-dosexperi mental ounatural mentepodemapresentarfebreal ta,dorabdomi nal , depresso e anorexi a. Si ntomas cl ni cos adi ci onai s tai s como, l etargi a e ni stagmo, conj unti vi te e petqui as na boca foram rel atados.Ri ckettsi ari ckettsi i,dafam l i aRi ckettsi aceae,parasi toi ntracel ul arobri gatri o,com caracter sti ca de bactri a gram negati va.Pi cada de carrapatos i nfectados. Pode ocorrer transmi sso atravs da contami nao de l eses na pel e pel o esmagamento do carrapato.O agente eti ol gi co foi i sol ado em ces, gambs e coel hos si l vestres entre outros. Foi demonstrado que mui tas espci es de ani mai s, em especi al os roedores, apresentam uma ri ckettsemi a prol ongada e de al to t tul o.O homem um hospedei ro aci dental.Cl ni co-epi demi ol gi co associ ado a exames l aboratori ai s (sorol ogi a ou i sol amento).Asi ntomatol ogi acl ni caaparecede2a14di asdepoi sdapi cadadocarrapato.A doena i ni ci a-se de forma sbi ta e se caracteri za por febre, cal afri os, cefal i a, dores muscul ares, arti cul ares e sseas.37CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)36FEBRE MACULOSALaboratrios e Servios de RefernciaNotificao ObrigatriaLaboratri os credenci ados para o envi o de amostras cl ni cas de paci entes suspei tos:Laboratrio Central de Sade Pblica do Paran (Paran e Santa Catarina)Instituto Adolfo Lutz/SP (Rio Grande do Sul) doena de noti fi cao compul sri a, devendo ser i nformada pel o mei o mai s rpi do di spon veledei nvesti gaoepi demi ol gi cacombuscaati va,paraevi taraocor-rnci a de novos casos e bi tos.1. HISTRICOA doena f oir el at ada pel a pr i mei r a vez em 1899 por Kennet h Maxcy,na r egi o mont anhosadosEst adosUni dosquandodescr eveasmani f est aescl ni cas daf ebr edasMont anhasRochosas. Noper odode1906a1909, HowardTayl or Ri cket t sconsegui usucessonat r ansmi ssodessadoenapar aporqui nhos-da- ndi a,i ncr i mi nou o car r apato como vetor e obser vou r i cket t si as a par t i r de teci dos decar r apatos.No Brasi l , h i nd ci os da exi stnci a da f ebre macul osa desde o scul o XI X quando eradenomi nada sarampo , sarampopreto , f ebreti f i dehemorrgi ca , pi nt a-da , f ebrequepi nt a , f ebrechi t ada e f ebredasmont anhas ,denomi naes conheci dasnosest adosdeMi nasGer ai s,Ri odeJanei roeSoPaul o.Passoua ser conheci da of i ci al mente em 1929, no est ado de So Paul o, quando Jos Tol edo Pi sanoi ni ci ouadi sti nodaf ebremacul osadasdemai sdoenasexantemti cas, denomi nando-adeti f oexantemti codeSoPaul oedemonstrousuasemel hana com a enti dade nosol gi ca descr i t a pel os amer i canos.Nof i nal dadcadade1930,apareceuoDDTque,porsuaampl aaol et alsobreosar trpodospassouaserumaar mai mpor t antenocombateenocontrol e dosvetoresdedoenasdohomemedosani mai se,j depoi sdaSegundaGrande Guer ra, com o advento dos anti bi ti cos, avanos i mpor t antes trouxeram resul t ados sur preendentes nos trat amentos das r i cket tsi oses.Ri ckettsi asdogr upodaf ebremacul osatransmi ti daporcar r apatosconsti tuem umamul ti pl i ci dadedeespci esder i cket tsi as,patogni casounopar aohomem, 38CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)37FEBRE MACULOSAdi sper sasemdi ver saspar tesdoMundo.NoBr asi l ,embor aoutrasespci esde r i cket tsi astenhamsi dodetect adasemcar r apatosani caespci ei sol adaR. ri ckettsi iquecausaumadoenai nf ecci osaagudadevar i adagravi dade,sendo consi derada o protti po da r i cket ti ose transmi ti da por car rapato.Adoenaseapresent asobaf or madecasosespordi cos,emreasr urai se ur banas,rel aci onadascomcont atocomcar r apatos.Aocor rnci asi mul t neade casosentremembrosdeumamesmaf am l i aougr uposdei ndi v duoscomati vi da-deemcomumpodeocor rer.Hrel atosdeepi demi ascomsi gni f i cati vonmerode casoseel evadal et al i dade.NoBrasi l sonoti f i cadoscasosnosest adosdeSo Paul o, Mi nas Gerai s, Esp r i to Santo, Ri o de Janei ro e Bahi a.Mai srecentementenaRegi oSul ,f oramnoti f i cadoseconf i r madoscasosda doenadesde2004.NoPar anest bemdi str i bu da,comaocor rnci adecasos desdearegi ol i torneaatacost aoestedoest ado.Noper odode2004a2008 f oramconf i rmadossetecasosautctoneseumi mpor t ado.EmSant aCat ari na,em2004,ocor rer amcasosnaf or madesur tonaregi odeBl umenau.Apseste epi sdi o,houveumi ncrementonanoti f i caonaquel eest adocomaconf i rmao de130casosentre2003e2008,semaocor rnci adebi tos.NoRi oGr andedo Sul ,entre2005e2007,f oramconf i r madosci ncocasos,todosor i undosdaRegi o dasMi sses.Atomomentoat axadel et al i dadenaregi oSul zero.Amai or i nci dnci a dos casos rel at ados na regi o Sulse deu nos meses de outubro j anei -ro,emboranoBrasi l amai or i adoscasos( 80%) ocor ranosmesesdemai oaoutu-bro,per ododemai orati vi dadedovetortransmi ssor,mesmoassi m,casospodem ocor rerdurantetodooano.Vi stonotersi doposs vel oi sol amentodaRi ckettsi a ri ckettsi i nestes casos, com exi bi o de uma si ntomatol ogi a mai s branda e da bai xa l et al i dade,acredi t a-sequeaFebreMacul osaBrasi l ei raqueocor renaregi oSultenha como agente eti ol gi co outr a r i cket tsi a.Todasasi dades,todasasraas,eambosossexossosuscet vei sdoen-acuj adi str i bui ovai depender,al mdocompor t amentodovetor,dasati vi da-desocupaci onai s,recreati vasedaproxi mi dadedovetorshabi t aeshumanas. Assi m, embora as t axas de preval nci a nos i nquri tos sorol gi cos real i zados sej am i guai s para ambos os sexos, a doena pode ser mai s f requente em pessoas do sexo mascul i no, em decor rnci a, provavel mente, de cont ato com mat a e/ou f oco naturalda doena como ocor re com caadores e pescadores, por exempl o.39CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)38FEBRE MACULOSA2. EVOLUO DA DOENAAfebremacul osacaracteri za-seporseui n ci osbi to,comfebremoderadaaal ta, quepodechegara40Cnosdoi spri mei rosdi asedura,emgeral,duasatrssema-nasempaci entesnotratados.Acompanha-sedemalestar,cefal i ai ntensa,mi al gi a profunda,cal afri oseprostrao.Porvol tadotercei roouquartodi a,surgeexantema caracter sti coemui toti lparaodi agnsti co,i ni ci andopel asextremi dades(punhose tornozel os),quel ogoi nvadeapal madasmos,apl antadospseseestendecentri -petamenteparaquasetodasaspartesdocorpo.Somcul asrseas,del i mi tesi r- regul ares e mal defi ni dos, com 2 a 6 mm de di metro; nos di as que seguem o exantema torna-semacropapul aredepoi spetequi al.Asl eseshemorrgi caspodemtornar-se coal escentes e formar grandes manchas equi msti cas. Os pequenos vasos so os pri mei ros l ocai s de ataque das ri ckettsi as, sofrendo tume-fao, prol i ferao e degenerao das cl ul as endotel i ai s, com formao de trombos e ocl usovascul ar.Asfi brasmuscul aresl i sastambmpodemserenvol vi das.Asl eses vascul ares conduzem a al teraes nos teci dos vi zi nhos, especi al mente na pel e, no cre-bro, na muscul atura esquel ti ca, nos pul mes e ri ns.Nos casos mai s graves, pedem surgi r del ri o, choque e i nsufi ci nci a renal. A fal nci a ci rcul atri a pode l evar anxi a e necrose dos teci dos, com gangrena das extremi dades.Nohemograma,socomunsaanemiaetrombocitopena.Areduodonmerode plaquetasumachadocomumeauxilianodiagnstico.Osleuccitospodemestar normais, aumentados ou diminudos, podendo apresentar desvio para a esquerda ou no. Asenzimascomoacreatinoquinase(CK),desidrogenaseltica(LDH),transaminases/aminotransferases ( TGP/ALT E TGO/AST) e bilirrubinas esto geralmente aumentadas. Na ausnci a de tratamento espec fi co, a l etal i dade chega a 20%; mas a morte rara nos casos di agnosti cados e tratados prontamente. A ausnci a ou o apareci mento tardi o da erupo t pi ca contri buem para o atraso no di agnsti co e a uma mai or l etal i dade.3. FORMAS E CICLO DE TRANSMISSOOreser vatri onaturalumcompl exodecarrapatos(fam l i aIxodi dae)epequenos mam ferossi l vestres.NoBrasi l,ser vemcomovetores(ereser vatri os)daRi ckettsi a 40CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)39FEBRE MACULOSAri ckettsi i,oscarrapatosdaespci eAmbl yomma,pri nci pal menteoA.caj ennenseeA. aureol atum.Soconheci dospopul armentecomo carrapatoestrel a, carrapatodo caval oou rodol ei ro ; suas ni nfas por vermel hi nhos, e as l ar vas por mi cui ns.Entre-tanto,potenci al mente,qual querespci edecarrapatopodeserumreser vatri odaR. ri ckettsi i como o caso do carrapato do co, o Rhi pi cephal us sangui neus. Uma tercei ra espci e, o A. dubi tatum, pode estar rel aci onada com o ci cl o enzoti co da Febre Macu-l osa Brasi l ei ra, podendo agi r como vetor da transmi sso para humanos. O A. caj ennen-sechamaaatenoporparasi tari ntensamentehumanos,especi al mentenosestgi os i maturos,di ferentementedequal queroutraespci edecarrapato.Socarrapatostri o-xenos,ousej a,necessi tamdetrshospedei rosparacompl etaremafaseparasi tri a, conferi ndoaestescarrapatosmai ori mportnci anatransmi ssodepatgenosj que parasi tam di ferentes espci es o que faci l i ta a transfernci a da ri ckettsi a entre os hospe-dei ros.Sobcondi esnaturai sreal i zamapenasumageraoporano.Estepadrose caracteri za pel o predom ni o do estgi o l ar val de abri l a j ul ho, do estgi o ni nfal de j ul ho a outubro, e do estgi o adul to de outubro a maro.Oagenteci rcul anosfocosnaturai s,pormei odoscarrapatos,quesei nfectamao al i mentarem-sederoedoresri ckettsmi cos,pri nci pal mente,etransmi temoagentea outros ani mai s suscet vei s. A doena no se transmi te di retamente de uma pessoa a outra. O carrapato perma-necei nfectantedurantetodasuavi da,queemgeralde18meses.Al mdi sso,os carrapatostransmi temaR.ri ckettsi iasuaprogni eatravsdetransmi ssoverti cal (transovari ana) e estdi o-estdi o (transestadi al ). O homem se i nf ect a pel a pi cada do car rapato, que deve per manecer ader i do ao cor popor4a6horasparaqueocor raof enmenode reati vao dar i cket tsi a. Commenorf requnci aoagentepodepenetrarpel apel el esi onada,atr avsdas f ezesdoscar rapatosoudeseusteci dosnomomentoemquesetent areti r-l os. Quantomai orotempodecont atoparaorepastosangu neo,mai oraprobabi -l i dadedetransmi ssodoagentecausal .Apesardeseremeventosrarosaf ebre macul osapodeseradqui ri daaci dent al mente,eml aboratri o,atravsdai nal ao de mater i ali nf ecci oso ou por hemotransf uso.Comrel aoaosver tebradosenvol vi dosnoci cl odafebremacul osanoBrasi l , comoemoutrasregi esdomundo,mui tasespci esapresentamposi ti vi dadesoro-41CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)40FEBRE MACULOSAl gi ca para esta zoonose, como o co domsti co, gato cabra, caval o, l ebre, cachorro do mato, gamb, caxi nguel , f uro, paca, pre, capi vara, coati , di versas espci es de morcegos, entre outras.Apar ti ci paodeequ deosnoci cl odetransmi ssodi scut vel ,havendo evi dnci asdequeal mdetranspor t adoresdecar r apatospotenci al mentei nf ec-t adospodematuarcomosenti nel as,semel hantementeaosces.Supe-sequea capi var apoder i at ambmest arenvol vi danesseci cl o,masi mpor t anteressal t ar que no exi stem estudos que comprovem ser este roedor um reser vatr i o si l vestre da r i ckt tsi a. Um dos f atores que poder i am j usti f i car sua i mpor t nci a na ecol ogi a e epi demi ol ogi a da doena ser i a sua grande rea cor poral , que vi abi l i zar i a a al i men-t ao de centenas/mi l hares de i xod deos.Ohomemcontrai ai nf ecoquandopenetraemreasi nf est adasporcar rapa-tos.Oscessoumi mpor t anteel odatransmi ssodai nf ecoaohomempor trazer os car r apatos i nf ect ados par a seu ambi ente.A i nfeco humana tem um carter estaci onal que coi nci de com as pocas do ano de mai or ati vi dade dos carrapatos (pri mavera e vero).Ci cl obi ol gi codocar r apato:asf measdepoi sdei ngurgi t adasdesprendem-sedohospedei ro,cai ndonosol opar areal i zarapostur ani caemtor node5.000 a8.000ovosantesdemor rerem.Apsoper ododei ncubaodecercade20 di astemperaturade25 C,ocor reaecl osodosovosenasci mentodasni nf as hexpodas( l ar vas).Asl ar vassobempel asgr am neasear bustosea esper ama passagemdoshospedei ros.Apssugaremsanguedohospedei ropor3a6di as, desprendem-se deste e no sol o ocor re a ecdi se (18 a 26 di as), transf or mando-se no est gi o segui nte que a ni nf a octpode. As ni nf as f i xam-se em um novo hospedei -ro e em 6 di as i ngurgi t am-se de sangue, e no sol o sof rem uma nova ecdi se ( 23 a 25 di as),transf or mando-seemcar r apatosadul tos.OAmbl yomma caj ennense compl e-t aumageraoporano,mostrandoostrsest gi osparasi t r i osmarcadamente di str i bu dosaol ongodoano.Asl ar vashexpodesocor rembasi camenteentreos mesesdemaroaj ul ho.Asni nf asoctpodesentreosmesesdej ul hoanovembro eosadul tosentreosmesesdenovembroamaro.Deummodogeral ,osadul tos podem sobrevi ver em j ej um, sob condi es naturai s, por 12 a 24 meses, a ni nf a por at 12 meses e as l ar vas ao redor de 6 meses.42CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)41FEBRE MACULOSA4. DIAGNSTICO E TRATAMENTOEm sua f ase i ni ci alo di agnsti co di f ci lpodendo ocor rer conf uso com l eptos-pi rose,dengue,hepati tevi r al ,sal monel ose,encef al i te,mal r i aoupneumoni apor Mycopl asma pneumoni ae.Comosurgi mentodoexantema,podeconf undi r-secommeni ngococcemi a, sepsi s,vi rosesexantemti cas(enterovi roses,mononucl eosei nf ecci osa,r ubol a,sar ampo),outr asr i cket tsi osesdogr upoti f o,er hl i chi ose,bor rel i oses,f ebrepur p-r i ca brasi l ei ra, entre outras.Para o di agnsti co espec f i co so uti l i zados a pesqui sa i ndi ret a atravs de mto-dosi munol gi cos( I FI ),apesqui sadi ret adaRi cket tsi aatravsdehi stopatol ogi ae i munoci toqu mi caetcni casdebi ol ogi amol ecul arporreaodepol i mer aseem cadei a ( PCR).Tabela 1 - Normas para Coleta Conservao e Encaminhamento de AmostrasTipo de materialExames Fase da coletaQuantidade e recipienteConservao e transporteSangueSorologia1 amostra: a partir do 1 conta-to com o paciente2 amostra: de 2 a 4 semanas aps a data da primeira coleta10mL em tubo seco (sem antico-agulante)Aps retrao do cogulo em temperatura ambiente, colocar em geladeira (4-8C) por no mximo 24 horas. Encaminhar ao laboratrio de referncia em caixa de isopor com geloCulturaIncio dos sinto-mas, antes da antibioticoterapia, ou se j iniciada, com at 48 horas de seu uso2mL em tubo seco e transferir o cogulo para um flaconete com tampa de rosca com 1mL de meio de transporte (BHI)Encaminhar ao laborat-rio de referncia no prazo mximo de 8 horas, em isopor com gelo.43CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)42FEBRE MACULOSATratamento nos casos suspei tos, o i n ci o i medi ato e precoce da anti bi oti coterapi a, antes mesmo da conf i rmao l aboratori al , tem assegurado uma mel hor recuperao dos paci entes.A droga de escol ha a doxi ci cl i na que poder ser uti l i zada em casos l eves e mode-radosdemanej oambul atori al.Noscasosmai sseveros,querequeremi nternaoe uti l i zao de anti bi oti coterapi a por vi a endovenosa, o cl oranfeni col a escol ha.5. PREVENO E CONTROLEOsi xod deossuper amtodososout rosar t rpodesemnmeroevar i edade dedoenasquet r ansmi temaosani mai seso, depoi sdosmosqui tos, osmai s i mpor t antesvetoresdedoenashumanas.Vr i osprogr amasdemanej odeani mai stmsi doi ncor por adosvi sandodi mi -nui rosef ei tosadver sosdoscar r apatosdevi doasuai mpor t nci anaproduo ani mal . Orod zi odepastoseacapi nadaveget aopodet r azeral gunsresul t a-dosnocont rol edapopul aodecar r apatos, enquantoousodecar r apat i ci das,at r avs de banhos,asper ses,pol vi l hamento etc.deve f azer par te de um progr a-macont nuodecont rol epr i nci pal mentequandohouverpar t i ci paodeequi nos Tecidos: Amos-tras de fgado, pulmo, pele, rim, bao (colhidas em necropsia)*Cultura(isolamento)Incio do apareci-mento da leso de pele ( exante-ma, petquias), preferencialmente antes do incio da antibioticoterapiaColocar o frag-mento de pele em flaconete com tampa de rosca com 1mL de meio de transporte (BHI)Caso no seja possvel, congelar em freezer a menos 70C ou em nitro-gnio lquido. Aps o congelamento, trans-portar em isopor com gelo seco.Imunohisto-qumicaNecropsia efetu-ada idealmente antes de completar 24 horas do bitoBlocos de parafina contendo quanti-dade representa-tiva das amostras coletadas. Enviar junto com laudo de necropsia os achados macro e microscpicosAcondicionar os blocos de parafina em embala-gem que permita trans-porte sem danific-los, em temperatura ambiente (no mximo at 40C).44CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)43FEBRE MACULOSAcomo hospedei ros pr i mr i os do car r apato.Todavi a no se deve i gnor ar o i mpacto der es duosacar i ci dasemprodutosani mai senomei oambi enter est andouma necessi dadeprementededesenvol vi mentodemtodosal ter nat i vosdecont rol e.Oseuusodeveobedecerasor i ent aesdasautor i dadesdassecr et ar i asde sadepbl i ca, mei oambi enteeagr i cul t ur a.Apopul aodeveest aror i ent adaparaevi t arasreasi nf est adasporcar- rapatos,eusarroupascl arasedemangascompr i dasparaf aci l i t aravi sual i zao, bemcomocr i arohbi todesempref azerumai nspeonocor poparaver i f i cara presenadecar rapatos.Reti rarocar rapato,tomandoaprecauodenodei x-l oader i dopormai sde4-6horas,apl i candoummovi mentodetraoconst ante deuml adoparaoutro,uti l i zandopi naoumesmoosdedosdesdequeprotegi -dos, evi t ando assi m o cont ato com secrees e sangue do car rapato que podero conter Ri cket tsi as.O uso de repel entes antes de ent r ar em capoei r as e,pastos etc.tem si do reco-mendadopel al i ter at ur aconsul t ada.Naocorrnci adecasos,osprof i ssi onai sdarededeser vi osdesadedasreas deocorrnci adevemseral er tadossobreossi nai sesi ntomasdadoenaeasori en-taesteraputi casededi agnsti co,col hendodetodoopaci entesuspei to,uma amostra de sangue para encami nhar para exame l aboratori al. Havendo carrapatos na pel edodoentecol et-l oscoml uvasepi nas,col ocaremumreci pi enteadequado eencami nharparaol aboratri odereferenci a.I ni ci ari medi atamenteai nvesti gao epi demi ol gi cacombuscaati vadecasossuspei tos,col ocaracomuni dadesobvi gi -l nci ai nformandoqueaospri mei rossi ntomas(febre,cefal i aemi al gi as)devemser procuradososser vi osdesade.Veri fi caraextensodapresenadoscarrapatos nareaeori entarapopul aosobreanecessi dadedareti radadosmesmosnos i ndi v duos i nfestados (com l uvas) j que a doena parece ocorrer com mai or f requn-ci aemi ndi v duosquepermanecemcomovetornocorpopormai sdesei shoras.A f i chadei nvesti gaodeverserpreenchi da,eal mdosdadosdei denti f i caodos paci entes devero ser real i zadas perguntas obj eti vas sobre a cl ni ca, a exi stnci a dos transmi ssores e a ocorrnci a de casos semel hantes anteri ormente. Entrevi stas devem serfei tasanotando-seomododevi dadoshabi tantes,pri nci pal mente,i nvasode matas, transformaes soci ai s e econmi cas mai s recentes na rea buscando rel aci o-nar estas i nformaes com a ocorrnci a da febre macul osa. 45CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)44FEBRE MACULOSA6. REFERNCIASAcha MA, Szyfres B. Zoonosis y enfermidades transmissibles comunes al hombre e a los animales. 2 ed. Washi ngton (DC): Organi zaci n Panameri cada de l a Sal ud; 1986. (OPAS - Publ i caci on Ci enti fi ca, 503).Benenson AS.Manual para el control de las enfermidades transmissibles. 16 ed. Washing-ton (DC): Organizacin Panamericana de la Salud; 1997. (OPS -Publicacion Cientifica, 564).Costa JS, Botel ho JR. Cl asse Arachni da. In: Davi d Perei ra Neves, edi tor. Parasitologia Humana. 10 ed. So Paul o. Edi tora Ateneu; 2000. p. 373-81.Facci niJLH,Barros-BattestiDM.Aspectosgeraisdabiologiaeidentificaode carrapatos.In:Barros-BattestiDM,ArzuaM,BecharaGH,edi tores.Carrapatosde Importnci aMdi co-veteri nri adaRegi oNeotropi cal:umgui ai l ustradoparai denti fi -cao de espci es. So Paul o: Vox/ICTTD; 2006. p. 5 - 11.Gugl i el mone AA, Szab MPJ, Marti ns JRS, Estrada-Penha A. Diversidade e importn-cia de carrapatos na sanidade animal. In: Barros-Battesti DM, Arzua M, Bechara GH, edi tores.Carrapatos de Importnci a Mdi co-veteri nri a da Regi o Neotropi cal: um gui a i l ustrado para i denti fi cao de espci es. So Paul o: Vox/ICTTD; 2006. P.115 - 24.Lemos, Regina S. Rickettsioses. In: Jos Rodrigues Coura, editor. Dinmica das Doenas Infecciosas e Parasitrias. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan; 2005. 2v. p. 1599-611.Mi ni stri o da Sade. Secretari a de Vi gi l nci a em Sade. Guia de vigilncia epidemio-lgica.6 ed. Bras l i a (DF): Mi ni stri o da Sade, 2005. p. 330 - 43.Mi ni stri odaSade.Secretari adeVi gi l nci aemSade,DepartamentodeVi gi l nci a Epi demi ol gi ca.Doenasinfecciosaseparasitrias:guiadebolso.3ed.Bras l i a (DF): Mi ni stri o da Sade, 2004. p. 158 - 61.Onofi o VC, Venzal JM, Pi nter A, Szab MPJ. Fam lia Ixodidae: caractersticas gerais, comentriosechaveparagneros.In:Barros-BattestiDM,ArzuaM,BecharaGH, edi tores.Carrapatos de Importnci a Mdi co-veteri nri a da Regi o Neotropi cal: um gui a i l ustrado para i denti fi cao de espci es. So Paul o: Vox/ICTTD; 2006. p. 29 - 39.46CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)45FEBRE MACULOSARey L. Parasi tol ogi a. 3 ed. Ri o de Janei ro: Guanabara Koogan: 2001.Secretari adeEstadodaSade.Superi ntendnci adeControl edeendemi as-SUCEN. Manual de Vigilncia Acarolgica. So Paul o; 2004.Links:www.cdc.gov www.fi ocruz.brwww.i nvi vo.fi ocruz.br www.saude.gov.brwww.sucen.sp.gov.brhttp://bi bl i oteca.i al.sp.gov.brwww.bi bl i omed.com.br/www.esal q.usp.brwww.sci el o.brwww.i nfectol ogi a.org.brhttp://portal.saude.gov.br7. AUTORMd. Vet. Themis Valria de Souza BaptistaEntomol ogi sta pel a USP/ Facul dade de Sade Pbl i caCoordenadora das Doenas Transmi ti das por Carrapatos da Di vi so de Doenas Trans-mi ti dasporVetoresdoDepartamentodeVi gi l nci aAmbi entalemSade/Superi nten-dnci a de Vi gi l nci a em Sade / Secretari a de Estado da Sade do Paran.47CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)46I NFLUENZA AVI RI AINFLUENZA AVIRIANomes popularesSinais clnicos nos animaisAgente causadorFormas de transmissoEspcies acometidasDiagnsticoSintomas nos seres humanosGri pe Avi ri a, Gri pe do Frango, Peste Avi ri a.Probl emas respi ratri os graves, di arri a, probl emas ner vosos e morte.Aenfermi dadeprovocadaporv rusdafam l i aOrthomi xovi ri dae,gneroInfl uenza-vi rusA,comgenomadeRNAeenvel opado.Exi stemtrsti posdev rus(A,BeC), mas somente o ti po A afeta as aves. Possui gl i coprote nas na super f ci e do vi ri on e as pri nci pai s so as 16 hemagl uti ni nas (HA) e as 9 neurami ni dases (N). A prote na HA l i ga o vi ri on superf ci e da cl ul a e tem capaci dade hemagl uti nante e a N a responsvel pel a l i berao de novos v rus da cl ul a.Seres humanos: atravs de secrees de ani mai s doentes.Animais:atravsdeani mai sdoentesel ocai sdecri aooudes ti osdeparadade aves mi gratri as.Aves e mam f eros ( i ncl usi ve o homem).Seres humanos: I sol amento vi ral , PCR-RT, HA-HI , AGPAnimais: I sol amento vi ral , PCR-RT, HA-HI , AGPProbl emas respi ratri os graves e morte.Laboratrios e Servios de RefernciaLANAGRO/SP Campi nas/SPNotificao ObrigatriaSi m.48CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)47I NFLUENZA AVI RI A1. HISTRICOInfl uenzaavi ri a(IA)umaenfermi dadeanti gaePerronci to,em1878,adescreveu comoumadoenagraveemavesi tal i anas.Ini ci al mente,el afoiconfundi dacomuma forma aguda e septi cmi ca de cl era avi ri a e somente em 1955 o v rus foi caracteri zado como de IA. Na metade do scul o XX, a IA foi noti fi cada na Europa, na si a, na fri ca, naAmri cadoNorteenaAmri cadoSul.Napri mei radcadadestescul oadoena foi veri fi cada em todos os conti nentes. Assi m sendo, como IA um probl ema mundi al a sol uo vai requerer de esforo e cooperao i nternaci onai s. Apar t i rde1998at2007mui tospa sestemnot i f i cadosur tosdei nf l uenza avi r i adeal t apatogeni apel osubt i poH5N1emgal i nhas, patoseper usal mdas aves sel vagens.A Chi na,Cor i a do Sul ,I ndonsi a,Tai l ndi a e Vi et n so os pr i n-ci pai sexempl osdeperdaemor t al i dadeporestev r usnestescul o, sendoque apar t i rde2005ossur tostmavanadopel ooci denteepa sescomoaTurqui a,Gr ci a, Romni a, al mdeFr anaeAl emanhadetect ar amat i vi dadevi r al emseu ter r i tr i o A par t i r de 2006,a pr esena da i nf l uenza avi r i a j er a uma real i dade na Europa e na f r i ca.At meados de 2007 j ocor rer am a not i f i cao de 4465 f ocos epi zot i cos, emavesi ndust r i ai sem36pa ses, oqueexpl i caej ust i f i caagr ande capaci dadededi ssemi naodov r usdai nf l uenzaavi r i a. Nosepoderel egara pr eocupaodequeapar t i rdest ai ntensi dadedeocor rnci asumanovapande-mi apel ov r uspossasurgi r, umavezquemai sde200casosdei nf ecohumana comor i gemavi r i aj f or amconf i r mados.NoBr asi l atomomentonoexi stedi agnst i cocl ni codai nf l uenza, nem t ampoucodi agnst i col abor ator i al , apesardeoMi ni str i odaAgr i cul t ur amanter um l abor atr i o de ref ernci a em Campi nas,So Paul o,e exami nar todas as amos-t r as suspei t as da doena.As r azes que l evam o Br asi la no ter not i f i cao dest a enf er mi dade,podem est ar l i gadas aos f atores que i nter-rel aci onam a doena com asavessi l vest r esaqut i caseascr i aesi ndust r i ai s, pr i nci pal mentedeper us epatos. Comoaproduodeper usnoBr asi l todaf ei t adent rodegal pes f echados e ai nda h pouca cr i ao depatos,o cont ato das aves si l vest res aqu-t i cascomest asespci esf i carest r i toeespor di co, al mdoqueov r usresi ste poucostemper at ur asmai sel evadas, di f i cul t andoassi m, asuadi f usoat r avs daavi cul t ur ai ndust r i al br asi l ei r a.49CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)48I NFLUENZA AVI RI A2. CICLO EPIDEMIOLGICOUm grande nmero de aves domsti cas, e si l vestres, so suscet vei s i nfeco pel o v rusdaIA.Amai ori adosi sol amentosfoiori undadepatos.Recentemente,foinoti fi -cadaapresenadov rusemavesmi gratri asnoBrasi l.Ospesqui sadoresnaci onai s foramcapazesdei sol arov rusdaIAem27%dasamostrasestudadas,masnorel a-taram quai s as HA e N presentes. Os mtodos uti l i zados no trabal ho em questo foram mi croscopi a el etrni ca e provas mol ecul ares. A preocupao geral e as Organi zaes NoGovernamentai s(ONGs)al ertamparaosri scosdei ntroduodov rus,atravsda avi cul turai ndustri al,emreser vasbi ol gi cascomoasIl hasGal pagos.Al gunspa ses, como a Hol anda, j estudam a vaci nao das aves nos zool gi cos para proteg-l as da enfermi dade. A fi gura 1 descreve resumi damente a epi demi ol ogi a da IA.3. EVOLUO DA DOENAOs si ntomas de IA al tamente patogni ca podem vari ar mui to, dependendo de i nme-rosfatorescomoi dadedasaves,vi rul nci adoagente,doenasi ntercorrentes,pri n-ci pal menteasi munodepressoras,efatoresambi entai s.Hreduonoconsumode Fi gura 1- Epi demi ol ogi a da I nf l uenza Avi ri a50CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)49I NFLUENZA AVI RI Aal i mentoedegua.Osavi ri osfi camsi l enci osos,poi sosani mai sestodepri mi dose h drsti ca reduo da postura. As pri nci pai s mani festaes so: edema da face, cri sta ebarbel as,hemorragi asnaspatas,tosse,espi rros,secreonasal,penasarrepi adas, i napetnci a, queda na postura, prostrao, di arri a, paresi a, paral i si a, torci col o, opi st-tomo, convul so e morte. Tambm pode ser obser vada morte sbi ta sem apresentao desi nai scl ni cos.Amorbi dadeeamortal i dadedependemdosmesmosfatoresdeter-mi nantes para o apareci mento dos si ntomas. Desta forma, dependendo das condi es, podem al canar 100%, tanto de morbi dade como de mortal i dade. 4. FORMAS DE TRANSMISSOatravsdavi ahori zontal,deaveaave,queocorreatransmi ssodaIA.Ato momento, no foi demonstrada transmi sso verti cal ou da me progni e. A i nfl uenza avi ri a pode ser faci l mente di fundi da. O v rus da i nfl uenza avi ri a capaz de sobrevi ver nomei oambi ente,nagua,matri aorgni ca,dependendodascondi esdetempe-raturaeumi dade,poruml ongoper ododetempoequasequei ndefi ni damenteem materi ai s congel ados. Aves i nfectadas, excretam o v rus atravs das secrees do trato respi ratri o e das fezes, cama contami nada de avi ri os, equi pamentos, produtos av co-l as, carros e cami nhes que fazem o transporte das granj as para mercados ou centrai s devendas,pessoas,atravsdaroupa,sapatos,mosecabel os,i nsetos,roedorese outrosani mai spodemdi fundi rov rus.Normal mente,oper ododei ncubaovari ade 3a5di aspodendochegara14di asnocasodeuml ote.Oper ododei ncubaovai depender da dose do v rus, da rota de i nfeco, da espci e afetada e da habi l i dade de detectar os si nai s cl ni cos.5. DIAGNSTICO E TRATAMENTOA hi str i a cl ni ca de probl emas respi r atr i os, t ai s como, espi r ros, descarga nasale ocul ar, l eses na cr i st a e bar bel a, de di ar ri as e si nai s ner vosos, com al t a mor t a-l i dadedasavesaf et adaseoapareci mentodel esescar acter sti casdadoena, podeml evaraumdi agnsti coapenaspresunti vodadoena,porqueestessi nto-masel esespodemserdeoutrasdoenas.Aconf i r maodadoenadeveser f ei t apel oi sol amentoei denti f i caodoagente.Reaessorol gi casposi ti vas, t ai scomoprovasdeEl i sa,ser vemparaaj udarnodi agnsti coedetect arcasos subcl ni cosdadoena.Hoj e,auti l i zaodastcni casebi ol ogi amol ecul ar,como oPCR-RT( Real Ti me),ser vemparaasautor i dadessani t r i asagi l i zarodi agnsti -51CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)CRMV-PR - Manual de Zoonoses - 4a versao.job => 12/20/2010 => 14:45:48 => (Medida 1:1 = 15 x 21)50I NFLUENZA AVI RI Aco,dentrodeumquadrocompat vel ,par atomaremasmedi dasnecessr i aspar a conteroavanodadoena.Naprti canohtrat amentovi vel paraai nf eco do v r us da i nf l uenza avi r i a. No trat amento da i nf l uenza humana j exi stem drogas, quandoohomemi nf ect adoostrat amentossoreal i zadoscomdrogasanti vi r ai s comoamant adi na,r i mant adi na,zanamavi reosel t ami vi r( Tami f l u) ousopor2di as p.i . tem demonstrado ao ef eti va em 70-90% dos casos. O hi pocl or i to de amant a-di naeohi pocl or i toder i mant adi na,quesoef eti vasnaprof i l axi adadoena,tm si douti l i zadas,exper i ment al mente,emi nf ecesdecodor nas,per usegal i nhas com resul t ados sati sf atri os. Entret anto, el as se mantm, no m ni mo, por 3 di as na al bumi naegemadoovo,eporestemoti vo,estesmedi camentosnof oraml i be-radosparaousoemavesdeconsumohumano.Todososoutrostrat amentostm si do usados como supor te par a os probl emas respi r atr i os. Os anti bi ti cos uti l i za-


Recommended