+ All Categories
Home > Documents > A Única Coisa Necessária - Thomas Watson.pdf

A Única Coisa Necessária - Thomas Watson.pdf

Date post: 10-Mar-2016
Category:
Upload: deusdete-soares
View: 138 times
Download: 1 times
Share this document with a friend

of 22

Transcript
  • A NICA COISA

    NECESSRIA Thomas Watson

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    The One Thing Necessary

    By Thomas Watson

    Via: FiveSolas.com

    Traduo por William Teixeira

    Reviso e Capa por Camila Almeida

    1 Edio: Dezembro de 2014

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido, editado e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena

    Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    A nica Coisa Necessria Por Thomas Watson

    Operai a vossa salvao com temor e tremor. (Filipenses 2:12)

    Se h alguma coisa excelente, est a salvao, se h qualquer coisa necessria, que

    deve ser operada a salvao, se h qualquer ferramenta para oper-la, o santo temor.

    Operai a vossa salvao com temor.

    Estas palavras so uma grave e sria exortao indispensvel no somente para aqueles

    Cristos que viviam no tempo dos apstolos, mas podem apropriadamente ser intencio-

    nadas para o meridiano desta era na qual vivemos.

    Devo efetivar agora a exortao, operai a vossa salvao com temor e tremor, cujas

    palavras ramificam-se nestes trs elementos:

    Em primeiro lugar, o ato, operar; em segundo lugar, o objeto, a sua prpria salvao; em

    terceiro lugar, a maneira pela qual devemos oper-la, com temor e tremor. Falarei principal-

    mente sobre os dois primeiros, e exporei o outro em uma breve aplicao.

    A proposio a seguinte: Deveria ser o grande trabalho de um Cristo o estar operando

    a sua salvao. O grande Deus nos colocou no mundo como em uma vinha, e aqui a obra

    em que Ele nos tem colocado: o trabalho da salvao. H uma Escritura paralela a esta:

    fazei firmes a vossa vocao e eleio (2 Pedro 1:10). Quando o estado, os amigos, a

    vida podem no ser feitos seguros, deixe esta ser a sua certeza; o original grego significa

    estudar, ou bater o crebro sobre uma coisa. Esta palavra no texto, operar, implica em

    duas coisas. Em primeiro lugar, um livrar-se da preguia espiritual. A preguia um traves-

    seiro sobre o qual muitos tm dormido o sono da morte. Em segundo lugar, implica uma

    unificao e mobilizao, reunindo todos os poderes de nossa alma para que possamos

    participar do empreendimento da salvao. Deus tem promulgado uma lei no Paraso, que

    nenhum homem deve comer da rvore da vida, seno apenas com o suor de seu rosto.

    I. Devo proceder agora s razes que impem este suor sagrado e a operao a respeito

    da salvao, e elas so trs. Temos que trabalhar a nossa salvao por causa:

    1. Da dificuldade deste trabalho.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    2. Da raridade do mesmo.

    3. Da possibilidade disto.

    1. A dificuldade deste trabalho.

    um trabalho que poder nos fazer laborar at o pr-do-sol da nossa vida (Daniel 6:14).

    Ora, essa dificuldade sobre a obra da salvao aparecer em quatro diferentes tipos de for-

    mas.

    Em primeiro lugar, a partir da natureza do trabalho. O corao deve ser mudado. O corao

    o prprio berrio do pecado. o depsito onde esto todas as armas da injustia. um

    inferno menor. O corao est cheio de antipatia contra Deus, ele est irritado com a con-

    verso pela graa. Ora, a inclinao do corao deve ser mudada, que trabalho esse! Co-

    mo deveramos implorar a Cristo, que Aquele que transformou a gua em vinho transforme

    a gua, ou melhor, o veneno da natureza, no vinho da graa!

    O corao estar pronto para nos enganar nessa obra de salvao, e fazer-nos tomar uma

    amostra de graa sobre graa. Muitos pensam que se arrependem quando no o crime,

    seno a penalidade, que lhes incomoda, no a traio, mas o machado ensanguentado.

    Eles acham que se arrependem quando derramam algumas lgrimas, mas, embora esse

    gelo comece a derreter um pouco, ele congela novamente; eles ainda continuam no peca-

    do. Muitos choram por suas relaes indelicadas com Deus, como Saul fez por sua cruel-

    dade para com Davi. Ele disse a Davi: Tu s mais justo do que eu, porque tu me recom-

    pensado bem, e eu te recompensei com mal (1 Samuel 24:17). E Saul levantou a voz e

    chorou (1 Samuel 24:16). Mas, aps tudo isso, ele segue Davi novamente, e o persegue

    depois (1 Samuel 26). Em segundo lugar, ento, os homens podem levantar suas vozes e

    chorar por causa do pecado, e ainda seguir em seus pecados novamente. Em terceiro lugar,

    outros abandonam o pecado, mas ainda retm o amor por ele em seus coraes. Como a

    serpente que lana de si a pele, mas mantm a picada, no h tanta diferena entre lgri-

    mas falsas e verdadeiras entre a gua do canal e gua da nascente.

    O que torna a obra da salvao um labor rduo, que um trabalho enganoso. Olhai por

    vs mesmos, para que no percamos o que temos feito (2 Joo 8). Este trabalho cai quase

    to rpido quanto ns construmos. Um artfice ordinrio, quando tem estado no trabalho,

    encontra sua obra na manh seguinte, assim como ele a deixou, mas no assim conosco.

    Quando estamos trabalhando a salvao por meio da orao, jejum, meditao, e deixamos

    este trabalho por algum tempo, no devemos encontrar o nosso trabalho como deixamos;

    uma grande quantidade de nosso trabalho ser perdida novamente. Temos necessidade

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    de ser muitas vezes chamados para confirmar as coisas que permanecem, que esto pron-

    tas para morrer (Apocalipse 3:2). To logo um Cristo tirado do fogo do santurio, ele

    est pronto para esfriar e congelar novamente em seguridade. Ele como um relgio,

    quando ele tem sido lanado em direo ao cu, ele rapidamente rebaixa-se terra e peca

    novamente. Quando o ouro foi purificado na fornalha, permanece puro, mas no assim

    com o corao. Deixe-o ser aquecido em uma ordenana, deixe-o ser purgado na fornalha

    da aflio, ele no permanece puro, mas rapidamente rene sujeira e corrupo. Ns rara-

    mente permanecemos em um bom estado. Tudo isso mostra quo difcil a obra da salva-

    o; no devemos somente nos esforar, mas estabelecer uma vigilncia tambm.

    Pergunta. Mas por que Deus fez o caminho para o cu to difcil? Por que deve haver este

    trabalho?

    Resposta. Para fazer-nos estabelecer uma elevada estimativa sobre as coisas celestiais.

    Se a salvao fosse facilmente obtida, no a apreciaramos por seu valor. Se os diamantes

    fossem comuns, seriam desprezados, mas porque eles so difceis de encontrar, eles so

    grandemente estimados.

    2. A raridade deste trabalho

    A segunda razo por que devemos colocar adiante tanto suor sagrado e engenho a respeito

    da salvao por causa da raridade desse trabalho. Poucos sero salvos, por isso ns

    precisamos trabalhar mais duro para que possamos estar no nmero destes poucos. O ca-

    minho para o inferno um caminho largo, a estrada elevada para ele pavimentada com

    riquezas e prazer; ele tem uma estrada pavimentada de ouro, portanto, h diariamente

    muitos viajantes nele. Mas o caminho para o cu encontra-se fora da estrada, um caminho

    no trilhado, e poucos conseguem encontr-lo. Aqueles que defendem a graa universal

    dizem que Cristo morreu intencionalmente por todos, mas ento por que no so todos

    salvos? Cristo pode ser frustrado em Sua inteno? Alguns so to grosseiros para com-

    provar que todos devem realmente ser salvos, mas Cristo nosso Senhor no nos disse:

    estreita a porta, e apertado o caminho que leva vida, e poucos h que a encontrem

    (Mateus 7:14)? Como todos podem entrar nesta porta, e ainda poucos a encontrarem? Isso

    me parece uma contradio.

    3. A possibilidade deste trabalho

    A terceira razo pela qual devemos colocar tanto vigor sobre a obra da salvao por cau-

    sa da possibilidade deste trabalho. A impossibilidade mata todo o esforo. Quem se impor-

    tar com aquilo que ele acha que no h nenhuma esperana de algum dia obter? Mas,

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    h esperana em Israel a respeito disso. A salvao uma coisa vivel, que pode ser

    obtida. Cristos, embora o porto do paraso seja estreito, a porta est aberta! Ela est

    fechada para os demnios, mas ainda est aberta para voc. Quem no gostaria de se

    contorcer arduamente para entrar? Que isto seno cortar fora seus pecados; que , seno

    desfazer-se um pouco de sua espessa argila; que , seno mitigar o inchao do tempe-

    ramento de seu orgulho, para que voc possa entrar pela porta estreita. Esta possibilidade,

    mais que probabilidade, de salvao pode vivificar sua empreitada. Se ali h milho para ser

    comido, por que voc deve sentar-se e morrer de fome em seus pecados por mais tempo?

    II. E assim eu prossigo ao uso de exortao, para persuadi-los todos nas entranhas de

    Cristo para estabelecerem-se nesta grande obra de operar a sua salvao. Amados, aqui

    est um mapa traado para o cu, e eu gostaria de ter todos vocs neste terreno; mobilizem

    juntamente todos os poderes de suas almas, nem Deus vos d descanso at que tenham

    feito firme a sua eleio. Cristos, vo ao trabalho; faam isto mais cedo, sinceramente,

    incessantemente. Busquem a salvao como em uma perseguio santa; outras coisas no

    passam de questes de convenincia, mas a salvao uma questo de necessidade. Vo-

    cs devem fazer o trabalho que os Cristos esto fazendo, ou vocs faro o trabalho que

    os demnios esto fazendo. vocs que ainda nunca tiveram uma feitura nessa obra de

    salvao, comecem agora. A religio um bom empreendimento, se for bem seguida.

    Tenha a certeza de que no h salvao sem labor. Mas aqui eu tenho que estabelecer um

    cuidado para evitar erros.

    Embora ns no sejamos salvos sem esforo, ainda assim, no [seremos salvos] por obra

    nossa. Ns no trabalhamos a salvao por meio de mrito. Belarmino disse: Nossos

    mritos merecem o cu de dignidade. No, apesar de sermos salvos no uso dos meios,

    mas tambm pela graa (Efsios 2:5). Devemos arar e semear o solo, mas nenhuma co-

    lheita pode ser esperada sem a influncia do sol; pois, se assim esperamos fazer isto sem

    a luz do sol da graa, haveria trabalho sem nenhuma colheita da salvao: agradou ao Pai

    dar-vos o Reino (Lucas 12:32). Dar? Por que, talvez alguns dizem, temos trabalhado duro

    por isso? Ai, mas o cu uma ddiva, embora voc trabalhe por ele, mas o beneplcito

    de Deus que o concede. Ainda assim, olhe para o mrito de Cristo, no o seu suor, mas

    o Seu sangue que salva. Que o seu trabalho no pode merecer a salvao est claro:

    Deus que opera em vs tanto o querer como o realizar (ver. 13). [...] Como pode, ento,

    qualquer mrito humano operar, quando Deus que o ajuda a trabalhar?

    Passarei agora, depois de ter estabelecido essa cautela, retomar a exortao, e persuadir

    voc a operar sua salvao. Mas preciso primeiro remover duas objees que se encontram

    no caminho.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Objeo 1. Voc nos ordenou a operar a salvao, mas no temos o poder para o trabalho.

    Resposta. verdade, no temos poder, eu nego que temos a liberdade para operar. O ho-

    mem antes da converso puramente passivo, pelo que a Escritura chama de um corao

    de pedra (Ezequiel 36:26). Um homem, por natureza, no pode se preparar mais para a

    sua prpria converso do que a pedra pode preparar-se para o seu prprio amolecimento.

    Mas ainda assim, quando Deus comea a atrair, podemos segui-lO. Aqueles ossos secos

    em Ezequiel no tinham vida em si mesmos, mas quando o esprito entrou neles, ento

    eles viveram, e se puseram em p (Ezequiel 37:10).

    Pergunta. Mas, e se Deus no derramou um princpio de graa? E se Ele no fez com que

    o flego entrasse?

    Resposta. No entanto, use os meios. Embora voc no possa trabalhar espiritualmente,

    contudo o pode fisicamente; faa o que voc capaz, e isso por duas razes.

    1. Porque um homem por negligenciar os meios, pode destruir a si mesmo. como um ho-

    mem que no foi ao mdico, pode-se dizer que ele foi a causa de sua prpria morte.

    2. Deus no est ausente conosco quando fazemos o que somos capazes. Urge a pro-

    messa: Buscai e achareis (Mateus 7:7). Coloque este vnculo no pedido por meio da ora-

    o; voc diz que no tem poder, mas voc no tem uma promessa? Aja tanto quanto pu-

    der. Embora eu no me atreva a dizer como o Arminiano, quando exercemos e impulsiona-

    mos a natureza, Deus obrigado a dar graa; mas digo isto, Deus no nega a Sua graa

    aos que O buscam. No, eu direi mais, Ele no nega a Sua graa para ningum, a no ser

    aos que voluntariamente a recusam (Joo 5:40).

    Objeo 2. A segunda objeo esta: Mas para que propsito devo trabalhar? H um de-

    creto passado, se Deus decretou que serei salvo, serei salvo.

    Resposta. Deus decreta a salvao em uma forma de trabalhar (2 Tessalonicenses 2:13).

    Orgenes, em seu livro contra Celso, observa um argumento sutil de alguns que disputavam

    a respeito da Predestinao e Destino. Algum deu um conselho ao seu amigo doente para

    no ir para o mdico, porque, disse ele, designado pelo destino se tu devers te recu-

    perar ou no. Se o teu destino recuperar-se, ento no precisas do mdico e, se isto no

    for o teu destino, ento, o mdico no ir fazer-te nenhum bem. O Diabo usa semelhante

    falcia com os homens, ele os convida a no trabalhar, se Deus decretou que eles sero

    salvos, eles sero salvos, e no h necessidade de trabalhar; se Ele no decretou a sua

    salvao, ento o seu trabalho no lhes far bem nenhum, este um argumento tomado

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    dos tpicos do Diabo. Mas ns dizemos, Deus decreta o fim no uso de meios. Deus de-

    cretou que Israel deveria entrar em Cana, mas primeiro eles teriam que lutar contra os

    filhos de Anaque. Deus decretou que Ezequias deveria se recuperar de sua doena, mas

    que ele deveria colocar uma pasta de figos como emplastro sobre a chaga (Isaas 38:21).

    Ns no argumentamos, assim, em outras coisas. Um homem no diz: Se Deus decretou

    que terei uma colheita este ano, vou ter uma colheita, para que eu preciso arar, ou semear,

    ou adubar a terra? No, ele usa os meios, e espera uma colheita. Embora a bno do

    Senhor que enriquece (Provrbios 10:22), contudo isso to verdadeiro quanto, a mo

    do diligente enriquece (Provrbios 10:4). [...].

    E, tendo, assim, removidas essas objees, deixe-me agora persuadi-lo a colocar-se sobre

    esta bendita obra, o trabalhar na vossa salvao, e para que minhas palavras possam

    prevalecer melhor, vou propor vrios argumentos por meio de motivao para excit-lo a

    este trabalho.

    Argumento 1.

    O primeiro argumento ou motivo para o trabalho, tomado a partir da preciosidade da alma;

    bem, que possamos tomar cuidado para que obtenhamos garantia contra esse perigo. A

    alma uma centelha divina acesa pelo sopro de Deus. Ela supera a importncia do mundo

    (Mateus 16:26). [...]. um espelho brilhante em que alguns raios refratados de sabedoria e

    santidade de Deus resplandecem; a alma uma flor da eternidade. Deus fez a alma capaz

    de comunho com Ele. Seria a falncia do mundo dar a metade do preo de uma alma.

    Quo altamente valiosa Cristo fez a alma quando ele Se vendeu para compr-la? Oh, ento,

    digno de piedade que esta excelente alma (esta alma para a qual Deus convocou um

    conselho no Cu, quando Ele a fez) dever fracassar e ser arruinada por toda a eternidade?

    Quem no prefere trabalhar noite e dia do que perder uma alma? A joia de valor inesti-

    mvel, sua perda irreparvel.

    Argumento 2.

    Atividade e engenho santos enobrecem um Cristo. Quanto mais excelente qualquer coisa

    , mais ativa. O sol uma criatura gloriosa, ele nunca fica parado, mas percorre seu circuito

    ao redor do mundo. O fogo o elemento mais puro e o mais ativo, que sempre brilhante

    e flamejante. Os anjos so as criaturas mais nobres e mais geis, por isso eles so repre-

    sentados pelos querubins, com as asas ostentosas. [...]. A fnix voa com uma coroa em

    sua cabea, o Cristo diligente no quer uma coroa; seu suor o enobrece, seu trabalho a

    sua insgnia de honra. Salomo nos diz que a sonolncia os faz vestir-se de trapos (Pro-

    vrbios 23:21). Infmia um dos trapos que pairam sobre ele, e Deus odeia um tempera-

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    mento maante. Lemos na lei, que o burro, no sendo de casco fendido, no deve ser

    oferecido em sacrifcio. [...].

    Argumento 3.

    Operar a salvao o que far com que a morte e o cu sejam doces para ns. Isto adoar

    a morte. Aquele que tem trabalhado arduamente durante todo o dia, quo tranquilamente

    ele dorme noite? Vocs, que vm trabalhando pela sua salvao durante todas as suas

    vidas, quo confortavelmente vocs podem colocar sua cabea durante a noite na sepul-

    tura, sobre um travesseiro de p, na esperana de uma ressurreio gloriosa? Este ser

    um leito de morte cordial. Isto adoar o cu. Quanto maiores as dores que sofremos ru-

    mando para o cu, mais doce ser quando chegarmos l. agradvel para um homem

    olhar para seu trabalho e considerar seu fruto. Quando ele plantou rvores em seu pomar,

    ou cultivou flores, agradvel ver e rever seus trabalhos. Assim no cu, quando vermos o

    fruto do nosso trabalho, o fim da vossa f, a salvao (1 Pedro 1:9), isso far com que o

    cu seja mais doce. Quanto maiores as dores que sofrermos rumando para o cu, mais

    bem-vindas sero; quanto mais suor, mais doura. Quando um homem pecou, o prazer se

    foi, e continua a ser ferroado, mas quando ele tem se arrependido, o labor se foi, e a alegria

    permanece.

    Argumento 4.

    Voc ainda tem tempo para trabalhar. Este texto e sermo estariam fora de poca para

    pregao aos condenados no inferno. Se eu devesse lhes ordenar que trabalhassem, seria

    tarde demais, seu tempo passado. noite para os demnios, ainda dia para voc. Tra-

    balhe enquanto dia (Joo 9:4). Se vocs perderem o seu dia, vocs perdem as suas

    almas. Este o tempo para as suas almas. Agora Deus ordena, agora o Esprito sopra,

    agora os ministros suplicam, e enquanto os muitos sonidos de Aro, conduzem as suas

    almas para Cristo. Oh, beneficie-se de seu tempo! Este o seu tempo de semeadura, agora

    semeie as sementes da f e do arrependimento. Se quando voc tem estaes do ano,

    voc no tem corao, o tempo pode vir quando voc ter corao, mas lhe faltar esta-

    es. Use o tempo enquanto voc pode, o marinheiro ia as velas enquanto o vento sopra.

    Nunca um povo teve um vendaval mais claro para o cu do que o desta cidade, e voc no

    seguir em frente em sua viagem? Que jornada h aqui neste prazo: eu lhes garanto que

    o jurista no perder o seu prazo. Oh, meus irmos, agora o prazo para as suas almas,

    supliquem agora a Deus por misericrdia, ou pelo menos tenham a Cristo para interceder

    por vocs.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Pensem seriamente nestas coisas.

    [Razes para pensar seriamente nessas coisas]

    Em primeiro lugar, a nossa vida desfaz-se rapidamente. Gregrio compara nossa vida com

    o marinheiro em um navio que ia plena vela, estamos todos os dias navegando em ritmo

    acelerado para a eternidade.

    Em segundo lugar, as estaes da graa, embora preciosas, no so permanentes. Mise-

    ricrdias abusadas murcham, como a pomba de No, usam as suas asas e voam de ns.

    A hora dourada da Inglaterra acabar em breve, as bnos do Evangelho so muito doces,

    porm muito passageiras. Agora isso est encoberto aos teus olhos (Lucas 19:42). No

    sabemos em quanto tempo o castial de ouro pode ser removido.

    Em terceiro lugar, h um momento em que o Esprito tem feito esforos. H certas mars

    da primavera do Esprito e estas sendo negligenciadas, possivelmente poderemos nunca

    ver outra mar vindo adentro. Quando a conscincia fala, geralmente o Esprito tem feito

    fora.

    Em quarto lugar, a perda das oportunidades do Evangelho ser o inferno do inferno. Quan-

    do um pecador dever pensar no ltimo dia consigo mesmo: Oh, o que eu poderia ter sido!

    Eu poderia ter sido to rico quanto os anjos, to rico quanto o cu poderia me fazer. Tive

    uma estao para trabalhar, mas eu a perdi. Isso ser como um abutre corroendo sobre

    ele, o que reforar e acentuar a sua misria. E que isto persuada voc rapidamente a

    operar a sua salvao.

    Em quinto lugar, voc pode fazer este trabalho e no impedir o seu outro labor, operar a

    salvao e trabalhar em uma vocao no so inconsistentes. E eu insiro isso para prevenir

    uma objeo. Alguns podem dizer, mas se eu trabalhar to duro para o cu, eu no terei

    tempo para o meu comrcio. No, certamente, o Deus sbio nunca faz qualquer uma de

    Suas ordens incompatveis; assim como Ele deseja que voc busque primeiro o reino (Ma-

    teus 6:33), assim, Ele ordena que voc faa proviso para a sua famlia (1 Timteo 5:8),

    voc pode conduzir as duas operaes em conjunto. Eu no gosto daqueles que fazem a

    igreja excluir a loja, que usam todo o seu tempo em ouvir, mas negligenciam o seu trabalho

    em casa (2 Tessalonicenses 3:11). Eles so como os lrios do campo que no trabalham,

    nem fiam. Deus nunca selou um mandado de ociosidade. Ele ordena a ambos e elogia a

    diligncia em uma vocao, o que pode encorajar-nos o bastante para cuidar da salvao,

    porque este labor no vai nos tirar o nosso outro trabalho. Um homem pode com Calebe,

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    seguir a Deus completamente, (Nmeros 14:24) e ainda com Davi estar aps as ovelhas

    e suas crias (Salmo 78:71). Piedade e diligncia podem habitar juntas.

    Em sexto lugar, a indesculpabilidade daqueles que negligenciam operar a sua salvao.

    Parece-me que eu ouo Deus contendendo o caso com os homens no ltimo Dia, desta

    maneira: Por que vocs no trabalham? Eu dei-lhes tempo para trabalhar, eu dei-lhes luz

    para trabalhar, eu vos dei Meu Evangelho, Meus ministros. Eu concedi talentos a vocs

    para o empreendimento, eu coloquei o galardo diante de vocs. Por que vocs no traba-

    lharam para vossa salvao?. Isso deve ser ou indolncia ou teimosia. Houve algum traba-

    lho seu, que voc fez com maior preocupao? Voc poderia trabalhar com tijolo, mas no

    com o ouro. O que vocs possam dizer de si mesmos, porque a sentena no ocorreria?

    Oh, como o pecador ser deixado sem palavras em tal ocasio, e como isso vai cortar-lhe

    o corao, pensar como ele mesmo negligenciou a salvao; e poderia dar qualquer razo

    para isso?

    Em stimo lugar, a misria inexprimvel de tais que no operam a salvao. Aqueles que

    dormem na primavera, devero mendigar na colheita. Aps a morte, quando buscarem

    receber uma colheita cheia de glria, eles sero colocados para mendigar, como mergulhar

    por uma gota de gua. Pessoas vagabundas que no trabalham so enviadas para a casa

    de correo. Os tais que no trabalharo pela sua salvao, que saibam: o inferno a casa

    de correo de Deus e elas devem ser enviadas para l.

    Em oitavo lugar, se tudo isso no prevalecer, considere, o que estamos operando. Nin-

    gum ter dores por uma ninharia, estamos trabalhando por uma coroa, por um trono, por

    um paraso, e tudo isso compreendido em que uma palavra: Salvao; aqui est uma

    pedra de afiar para a diligncia. Todos os homens desejam a salvao. a coroa da nossa

    esperana, no devemos pensar que qualquer trabalho seja demasiado por isso. Pois os

    homens sofrero dores por coroas e cetros terrenos! E suponha que todos os reinos do

    mundo fossem mais ilustres do que so, suas fundaes de ouro, suas paredes de prola,

    as janelas de safira, o que seria tudo isso em relao ao Reino pelo qual estamos traba-

    lhando? Podemos tambm abranger o firmamento, conforme estabelecido em todo o seu

    esplendor e magnificncia. A salvao uma coisa bela, est bem acima de nossos pensa-

    mentos, uma vez que est alm dos nossos desertos. Oh, como isso deve adicionar asas

    aos nossos esforos! O comerciante se apressar atravs das zonas de intemperana do

    calor e frio por um pequeno prmio. O soldado, por um esplio vultuoso, enfrentar a bala

    e espada, ele ter prazer em passar por uma primavera sangrenta por uma colheita dou-

    rada. Oh, ento, quanto mais ns devemos gastar nosso santo suor por este prmio aben-

    oado da salvao!

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    III. E assim, depois de ter estabelecido alguns argumentos por meio de motivao para per-

    suadir a este trabalho, agora proporei alguns meios atravs de orientaes para nos ajudar

    neste trabalho, e aqui eu vou mostrar o que so aquelas coisas a serem removidas, que

    dificultaro nosso labor e quais so as coisas que julgamos servirem para ele.

    1. Temos que eliminar as coisas que dificultaro a operao da nossa salvao. H seis

    barreiras no caminho para a salvao que devero ser removidas.

    (i) Em primeiro lugar, os embaraos do mundo. Enquanto o p est em uma armadilha, um

    homem no pode correr. O mundo uma armadilha; enquanto os nossos ps esto nele,

    no podemos participar da corrida diante de ns (Hebreus 12:1). Se um homem sobe uma

    rocha ngreme, tendo pesos amarrados s pernas, eles dificultariam sua subida; muitos

    pesos dourados vo nos impedir de subir esta rocha ngreme que leva salvao. En-

    quanto a fbrica de um comrcio est funcionando, faz tanto barulho que mal podemos ou-

    vir o ministro levantando a sua voz como a trombeta. O mundo sufoca nosso zelo e apetite

    pelas coisas celestiais, a terra apaga o fogo, a msica dos encantos do mundo nos adorme-

    cem, e ento no podemos trabalhar. Nas minas de ouro, existem sufocamentos mortais.

    Oh! quantas almas foram destrudas com um sufocamento proveniente da terra!

    (ii) A segunda barreira no caminho para a salvao a tristeza e o desnimo: quando o

    corao de um homem est triste, ele no est apto para ir para o seu trabalho, ele como

    um instrumento desafinado. Sob medos e desnimos ns agimos fracamente na Religio.

    Davi esforou-se para repreender a si mesmo para sair dessa melancolia espiritual, por

    que ests abatida minha alma? (Salmo 42:5). A alegria vivifica; os lacedemnios usavam

    a msica em suas batalhas para excitar seus espritos e faz-los lutar mais bravamente. A

    alegria como msica para a alma, que excita ao dever, ela leo para as rodas dos

    afetos. A alegria faz o servio ser feito com prazer, e ns nunca os realizamos de forma

    rpida na Religio como quando sobre as asas do deleite. A melancolia tira as rodas dos

    nossos carros, e ento ns dirigimos pesadamente.

    (iii) A terceira barreira no caminho para a salvao a preguia espiritual. Este um grande

    impedimento para o nosso trabalho. Foi dito de Israel, Tambm desprezaram a terra para-

    zvel (Salmo 106:24), qual seria a razo disto ser assim? Cana era um paraso de prazer,

    um tipo do Cu, mas eles pensaram que para obt-la iria custar-lhes uma grande quanti-

    dade de problemas e perigos, e eles prefeririam continuar sem ela, eles desprezaram a ter-

    ra aprazvel. No existem milhes em nosso meio que prefeririam ir dormindo para o Infer-

    no, do que suando para o Cu? Eu li sobre certos espanhis que vivem perto de onde h

    uma grande loja de peixes, no entanto, so to preguiosos que eles no aceitam estar em

    dores para peg-los, mas os compram de seus vizinhos. Tal estupidez pecaminosa e

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    preguia esto sobre a maioria, que, apesar de Cristo estar perto deles, embora a salvao

    seja oferecida no Evangelho, contudo eles no trabalharo pela sua salvao. A preguia

    faz cair em um sono profundo (Provrbios 19:15). Ado perdeu sua costela quando ele es-

    tava dormindo, muitos homens perdem sua alma neste sono profundo.

    (iv) A quarta barreira no caminho para a salvao a opinio sobre a facilidade da salvao;

    Deus misericordioso, e o pior vem para o pior, isto apenas arrepender-se.

    Deus misericordioso, verdade, mas, alm disto Ele justo, Ele no dever corromper

    Sua justia ao demonstrar misericrdia, portanto, observe esta clusula na proclamao,

    Ele no inocenta o culpado (xodo 34:7). Se um rei proclama que somente devem ser

    perdoados aqueles que vieram submetidos ao seu cetro, poderia algum, ainda persistindo

    em rebelio, reivindicar o benefcio daquele perdo? pecador, tu gostarias de obter mise-

    ricrdia, e no queres desfazer-se da arma da injustia?

    Isso arrependimento. Apenas arrependimento? Este tal que no podemos atingir a

    menos que Deus direcione a nossa seta. Diga-me, pecador, fcil para um homem morto

    viver e andar? Tu ests espiritualmente morto, e enrolado na tua mortalha (Efsios 2:2). A

    regenerao fcil? Ser que no existem dores no novo nascimento? a abnegao fcil,

    tu sabes o que a Religio deve custar-te, e o que isso pode custar? Deve custar-te a separa-

    o dos seus desejos, pode custar-te a separao de sua vida, guarda-te desta obstruo.

    A salvao no conseguida com nimo leve, milhares foram para o Inferno mediante este

    erro. Os grandes espetculos da presuno fizeram a porta estreita parecer mais larga do

    que .

    (v) A quinta barreira no caminho para a salvao so amigos carnais. perigoso ouvir a

    sua voz. A serpente falou a Eva. A esposa de J gostaria de ret-lo de servir a Deus, ainda

    retns a tua integridade? (J 2:9). O qu, continuar a orar e a clamar? Aqui, o Diabo lana

    mo sobre a tentao de J por sua esposa. Amigos carnais estaro chamando-nos para

    longe de nosso trabalho. Quem precisa de todo este alvoroo? De menos dores serviro.

    Ns lemos que alguns dos parentes de Cristo, quando viram a Cristo, de modo sincero na

    pregao, tentaram impedi-lO: seus amigos foram para prend-lo (Marcos 3:21). Nossos

    amigos e parentes, s vezes, ficam em nosso caminho para o cu e julgam o nosso zelo

    como loucura, gostariam de nos perseguir e nos embaraar em nosso trabalho por salva-

    o. Espira encontrou tais amigos; por aconselhamento com eles se ele revogaria de suas

    antigas opinies sobre a doutrina de Lutero, ou persistiria nelas at a morte, eles desejavam

    que ele se retratasse, e to abertamente renunciasse sua antiga f; ele tornou-se um ho-

    mem vivo no Inferno.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    (vi) A sexta barreira no caminho para a salvao a m companhia. Eles nos tiraro de

    nosso trabalho. As guas doces perdem seu frescor quando se deparam com o sal, os Cris-

    tos perdem seu frescor e paladar entre os mpios; as pombas de Cristo sero manchadas

    por deitarem entre esses vasos. Companhia pecaminosa como a gua na forja de um

    ferreiro que apaga o ferro, ele nunca ser to quente; tais bons afetos esfriam. Os mpios

    tm a praga do corao (1 Reis 8:38), e sua respirao infecciosa. Eles vo nos desen-

    corajar de trabalhar pela nossa salvao; assim como aquele que um pretendente a uma

    mulher, e muito srio em seu pedido, l vem algum e diz que ele sabe alguma coisa

    sobre de mau relatrio sobre a mulher, algum impedimento; o homem ouvindo isso, logo se

    retira, e a solicitao cessa. Assim com muitos homens que comeam a ser pretendentes

    Religio. De bom grado ele teria realizado o casamento, e ele cresce muito fervoroso e

    violento na solicitao, e comea a operar a sua salvao, mas depois l vm alguns de

    seus confederados, e lhe dizem que eles sabem algo de mau relatrio sobre a Religio.

    Esta seita, em todos os lugares se fala contra. Deve haver muito rigor e mortificao de

    forma que ele nunca mais deve esperar ver bons dias; posto isso, ele fica desanimado, e

    por isso o encontro foi interrompido. Acautelai-vos de tais pessoas, pois elas so demnios

    cobertos com carne, pois elas so, como algum disse, como Herodes, que teria matado

    Cristo, logo que Ele nasceu. Assim, quando Cristo est, por assim dizer, comeando a ser

    formado no corao, eles, em um sentido espiritual, gostariam de matar-Lhe.

    E, assim, eu lhe mostrei as barreiras que se encontram no caminho para a salvao, que

    devem ser removidas.

    2. Devo proceder agora, em segundo lugar, no estabelecimento de alguma ajuda condu-

    cente para a salvao.

    (i) A primeira est no texto: temor e tremor. Este no um temor de dvida, mas o temor

    de diligncia. Este temor necessrio no trabalho da salvao. Temamos at que entremos

    (Hebreus 4:1). O temor um remdio contra a presuno. A esperana como a cortia

    para a rede, ela guarda a alma de afundar em desespero e o temor como o prumo para

    a rede, ele mantm a alma flutuando acima da presuno. O temor aquela espada fla-

    mejante que gira em todos os sentidos para impedir o pecado de entrar. O temor vivifica,

    um antdoto contra a preguia. Pela f No, divinamente avisado das coisas que ainda no

    se viam, temeu e, para salvao da sua famlia, preparou a arca (Hebreus 11:7). O viajante,

    para que a noite no o alcance antes que ele chegue ao fim de sua jornada, usa mais

    frequentemente as esporas. O temor causa circunspeco, aquele que anda com temor

    pisa cautelosamente. O temor um conservante contra a apostasia: Porei o meu temor

    nos seus coraes, para que nunca se apartem de mim (Jeremias 32:40). O temor de cair

    nos impede de cair: O temor a insgnia e farda de um Cristo. Os santos do passado eram

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    homens tementes a Deus (Malaquias 3:16). relatado sobre santo Anselmo, que ele

    gastava a maior parte de seus pensamentos sobre o Dia do Julgamento. Feliz o homem

    que teme sempre (Provrbios 28:14). O temor guarnio de um Cristo, a maneira de

    estar seguro sempre temer. Esta uma das melhores ferramentas com a qual um Cristo

    trabalha.

    (ii) Em segundo lugar, outra grande ajuda na operao da salvao o amor. O amor faz

    o trabalho prosseguir com alegria; sete anos de trabalho pareciam nada a Jac por causa

    do amor que ele tinha por Raquel. O amor facilita tudo. como asas para o pssaro, como

    rodas para o carro, como velas para o navio, que transporta a alma rpida e alegremente

    ao dever. O amor nunca se cansa. Esta uma excelente frase de Gregrio: Deixe um ho-

    mem ter o amor do mundo em seu corao, e ele rapidamente ser rico. Ento nada faa,

    seno ter o amor Religio em seu corao, e voc ser rapidamente rico em graa. O

    amor uma graa ativa, vigorosa. Ele despreza os perigos, ele espezinha as dificuldades,

    como uma poderosa torrente carrega tudo sua frente. Esta a graa que toma o cu por

    violncia. Tenham seus coraes bem aquecidos com esta graa, e vocs sero habili-

    tados para esta obra.

    (iii) A terceira coisa conducente salvao trabalhar na fora de Cristo. Posso todas as

    coisas em Cristo que me fortalece (Filipenses 4:13). Nunca v para o trabalho sozinho. A

    fora de Sanso estava em seu cabelo. E a fora do Cristo est em Cristo. Quando estiver

    qualquer dever para fazer, resistir a qualquer tentao, subjugar qualquer luxria, passe

    sobre isso com a fora de Cristo; alguns saem contra o pecado na fora de suas resolues

    e votos, e eles logo so frustrados. Faa como Sanso, ele primeiro clamou ao Cu por

    ajuda e depois de ter se apoderado dos pilares, ele derrubou a casa sobre os chefes dos

    Filisteus. Quando ns envolvemos Cristo no labor, e assim nos apoderamos dos pilares de

    uma ordenana, em seguida, ns derrubamos a casa sobre a cabea de nossas concu-

    piscncias.

    (iv) Em quarto lugar, opere com humildade; seja humilde, no pense que o mrito vem pelo

    seu trabalho. Satans quer nos impedir de trabalhar, ou ento ele gostaria de fazer-nos

    orgulhosos de nosso trabalho. Deus deve perdoar nossas obras antes que Ele as coroe.

    Se pudssemos orar como anjos, derramar rios de lgrimas, construir igrejas, erigir hospi-

    tais e tivssemos um conceito que teramos mrito por isso, seria como uma mosca morta

    no vaso de unguento, que mancharia e eclipsaria a glria deste trabalho. Os nossos deve-

    res, como o bom vinho, apreciam um barril ruim: eles nada so, seno pecados brilhantes.

    No deixe o orgulho envenenar nossas coisas santas; quando estamos trabalhando pelo

    Cu, devemos dizer como o bom Neemias, Nisto tambm, Deus meu, lembra-te de mim e

    perdoa-me segundo a abundncia da tua benignidade (Neemias 13:22).

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    (v) Em quinto lugar, trabalhe sobre os seus joelhos; passe muito tempo em orao. Implore

    ao Esprito de Deus para ajud-lo no trabalho, faa essa orao: Levanta-te, vento norte,

    e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim (Cnticos 4:16). Temos necessidade deste so-

    prar do Esprito sobre ns; existem tantos ventos contrrios soprando contra ns, e consi-

    derando o quo rapidamente santas afeies esto prontas a murchar. O jardim no tem

    mais necessidade do vento para fazer seu fruto brotar do que ns do Esprito para fazer

    nossas graas florescerem. Filipe chegou-se carruagem do eunuco (Atos 8:29). O Esprito

    de Deus deve juntar-se nossa carruagem; como o marinheiro que tem a mo no leme e

    tem seu olhar voltado para as estrelas. Enquanto ns estamos trabalhando, temos que olhar

    para o Esprito. O que a nossa preparao sem a operao do Esprito? O que todo o

    nosso remar sem um vento forte do cu? O Esprito me levantou (Ezequiel 3:14). O

    Esprito de Deus deve tanto infundir quanto exercitar a graa. Lemos sobre uma uma roda

    no meio de outra roda (Ezequiel 1:16). O Esprito de Deus essa roda interna que deve

    mover a roda de nossos esforos. Para concluir tudo, ore a Deus para abeno-lo em seu

    trabalho. No dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha (Eclesiastes 9:11), nada

    prospera sem uma bno, e qual a maneira de obt-la seno pela orao? Esta uma

    frase de um dos antigos: Os santos levam as chaves do cu em seu cinto. A orao

    conquista a arma da mo do inimigo, e recebe a bno das mos de Deus.

    (vi) Por fim, trabalhe em esperana, diz o apstolo, aquele que lavra deve lavrar com espe-

    rana (1 Corntios 9:10). A esperana a ncora da alma (Hebreus 6:19). Lance essa

    ncora na promessa e voc nunca afundar. Nada mais nos impede em nosso trabalho do

    que a incredulidade. Certamente, diz um Cristo, eu posso labutar todos os dias para a sal-

    vao e no obter nada. Porventura no h blsamos em Gileade? (Jeremias 8:22). Ser

    que no h propiciatrio? Oh, borrife f em cada dever! Olhe para a livre graa; fixe o seu

    olhar no sangue de Cristo. Quer ser salvo? Faa o seu trabalho unindo-o crena. Amm!

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Apndices

    A Rainha Das Graas Thomas Watson*

    Amars o Senhor teu Deus com todo o teu corao, de toda a tua alma, e de todo o teu

    entendimento. Este o primeiro e maior mandamento (Mateus 22:37-38).

    O amor a Deus uma santa expanso ou ampliao da alma, pelo qual esta conduzida

    com prazer a Deus, como o Bem supremo, um deleite em Deus, como o nosso tesouro.

    O amor a alma da Religio, uma graa importante. Se o amor no existe, no pode

    haver verdadeira Religio no corao. Tudo o mais apenas pompa, apenas um elogio

    devoto a Deus.

    O amor melhora e adoa todos os deveres da Religio, faz-lhes comida saborosa, nas quais

    Deus tem prazer. Quanto excelncia desta graa, o amor o primeiro e grande manda-

    mento. O amor a rainha de graas, que supera todos as outras, como o sol ofusca os

    planetas.

    O amor a graa mais durvel. A f e a esperana em breve cessaro, mas o amor perma-

    necer. Assim, o amor leva embora a coroa de todas as outras graas, pois a graa mais

    duradoura. O amor um boto de flor de eternidade!

    O amor a Deus deve ser puro e genuno. Ele deve ser amado, principalmente pelo que Ele

    . Devemos amar a Deus, no s pelos Seus benefcios, mas por aquelas excelncias in-

    trnsecas com as quais Ele coroado. Devemos amar a Deus, no somente pelo bem que

    flui dEle, mas pelo bem que est nEle. O verdadeiro amor no mercenrio, aquele que

    profundamente apaixonado por Deus, no precisa ser assalariado com recompensas, ele

    no pode deixar de amar a Deus pela beleza de Sua santidade. Embora no seja ilcito olhar

    para os benefcios, no devemos amar a Deus por Seus benefcios somente, pois, ento,

    no amor a Deus, mas o amor-prprio.

    O amor a Deus deve ser com todo o corao. No devemos amar a Deus um pouco, dar-

    lhe uma gota ou duas de nosso amor; mas o fluxo principal deve fluir para Ele.

    __________

    * Fonte: GraceGems.org Traduo: William Teixeira Reviso: Camila Almeida

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    A mente deve pensar em Deus, a vontade deve escolh-lO, os afetos devem suspirar por Ele.

    Deus no ter o corao dividido. Devemos am-lO com todo o nosso corao. Embora

    possamos amar a criatura, mas este deve ser um amor subordinado. O amor a Deus deve

    ser maior, como o leo flutua acima da gua.

    O amor a Deus deve estar em chamas. Amar friamente o mesmo que no amar. A esposa

    disse estar enferma de amor (Cnticos 2:5). Os serafins so assim chamados por causa

    do seu amor ardente. O amor transforma santos em serafins, e os faz arder em santo amor

    a Deus. As muitas guas no podem apagar este amor.

    *******

    Para Mim O Viver Cristo Thomas Watson*

    [Um excerto de Body of Divinity]

    Paulo era um grande admirador de Cristo. Ele no desejava conhecer nada alm de Cristo,

    e este crucificado. Porquanto, para mim, o viver Cristo, e o morrer lucro (Filipenses 1:21).

    Para mim, o viver Cristo. Ou seja, Cristo a minha vida!, ou desta forma: Minha vida

    feita (constituda) de Cristo. Como a vida de um homem mpio feita (constituda) de

    pecado, assim a vida de Paulo era feita de Cristo. Ele estava pleno de Cristo. Para que eu

    possa dar-lhe o sentido mais completo do texto, observe-o nestes trs aspectos:

    [1] Para mim, o viver Cristo, isto , Cristo o PRINCPIO da minha vida. Eu busco a

    minha vida espiritual a partir de Cristo, como o ramo busca a sua seiva da raiz. Cristo vive

    (Glatas 2:20). Jesus Cristo envia a vida para dentro de mim, para me vivificar, para cada

    santa ao em mim. Assim, Cristo o princpio da minha vida: de Sua plenitude eu vivo,

    como o ramo vive a partir da raiz.

    [2] Para mim, o viver Cristo, ou seja, Cristo o FIM da minha vida. Eu no vivo para mim

    mesmo, mas para Cristo. Todo meu viver para servir a Cristo. Porque, se vivemos, para

    o Senhor vivemos (Romanos 14:8). Ns nos expomos completamente para Cristo. O proje-

    to de nossa vida exaltar a Cristo, e fazer florescer a coroa sobre Sua cabea. Neste senti-

    do, Cristo a finalidade da minha vida, quando toda a minha vida um viver para Cristo.

    ___________

    * Fonte: GraceGems.org Traduo: Camila Rebeca Almeida Reviso: William Teixeira.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    [3] Para mim, o viver Cristo, isto , Cristo a ALEGRIA da minha vida. Salmo 43:4:

    Deus que a minha grande alegria, ou a nata da minha alegria. Um Cristo pode se

    regozijar em Cristo, quando as alegrias mundanas se foram. Quando, em um jardim, a tulipa

    murcha, um homem ainda se alegra com suas joias que esto escondidas (lacradas) dentro

    da casa. Somente assim, quando as alegrias mundanas se vo, um santo pode se alegrar

    em Cristo, a prola de grande valor. Neste sentido, Cristo a alegria da minha vida, se

    Cristo se for, minha vida seria uma morte para mim.

    Para mim, o viver Cristo!. Cristo o princpio da minha vida, o fim da minha vida e a

    alegria da minha vida. Se ns podemos dizer: Para mim, o viver Cristo, podemos con-

    fortavelmente concluir: e morrer lucro!.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

    Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon

    Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer

    Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.


Recommended