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Alfio rossi junior sessão pediatra 1

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MECANISMOS DE RESISTÊNCIA Alfio Rossi Jr SCCIH - ICr
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Page 1: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

MECANISMOSDE

RESISTÊNCIA

Alfio Rossi JrSCCIH - ICr

Page 2: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

Bactérias resistentes emergentes

• Gram negativos “Pan resistentes”– Acinetobacter baumannii– Klebsiella pneumoniae– Pseudomonas aeruginosa

• Diferentes espécies de Staphylococcus coagulase negativos– Staphylococcus auricularis– Staphylococcus epidermidis– Staphylococcus haemolyticus– Staphylococcus simulans– Staphylococcus warneri

• Staphylococcus spp resistentes a Oxacilina / Vancomicina

• Bactérias “incomuns”– Stenotrophomonas maltophilia– Burkholderia cepacea– Ralstonia picketti– Enterococcus avium

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Microrganismos causadores de IH - UTI- ICrE6CI +ECSIMICRORGANISMO N.

A.calcoaceticus var.anitratus (A.baumannii) 3

Burkholderia cepacea 1

Candida albicans 15

Candida tropicalis 1

Citomegalovírus 2

Citrobacter freundii 2

Enterobacter aerogenes 2

Enterobacter cloacae 4

Enterococcus avium (grupo D) 2

Enterococcus faecalis (grupo D) 4

Enterococcus faecium (grupo D) 3

Escherichia coli 3

Herpes simples 1

Klebsiella pneumoniae 11

Levedura 1

Morganella morganii 1

Proteus mirabilis 3

Pseudomonas aeruginosa 11

Ralstonia picketti 1

Staphylococcus aureus 14

Staphylococcus auricularis 1

Staphylococcus coagulase negativo 1

Staphylococcus epidermidis 4

Staphylococcus haemolyticus 1

Staphylococcus simulans 2

Staphylococcus warneri 1

Stenotrophomonas maltophilia 3

IDENTIFICADOS 98

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S. coag. neg.18%

S. aureus12%

Pseudomonas aeruginosa

7%

Klebsiella pneumoniae

12%

Candida spp15%

Acinetobacter4%

Outros16%

E. coli6%

Enterococcus spp5%

Enterobacter spp5%

• E. coli produtoras de Beta lactamases = 12,50%• K. pneumoniae produtoras de Beta lactamases = 18,33%• P. aeruginosa multi R = 3,70%

MICRORGANISMOS CAUSADORES DE IH ICr 2004

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Mecanismos de ResistênciaQRDR

Quinolone Resistance Determining Region

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Localização de Genes de Resistência• Cromossomo

– Transmissão vertical e horizontal via transposons / plasmídeos

• Plasmídios– Conjugação– Transmissão vertical

• Transposons– Pequenas porções de DNA– Transposição(Transferência de material genético entre plasmídeos

e cromossomos ou somente entre cromossomos)

Page 7: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

Modificações genéticas nas bactériasConjugação

• Muito importante em Gram negativos

• Plasmídeos– Pequenas porções de DNA de dupla fita, circulares e autoreplicantes

– Carregam fatores de virulência ou genes de resistência

– Podem intermediar transferência genética entre bactérias• Novos mecanismos de resistência

– Em Gram negativos > plasmídeos conjugativos• Genes que codificam a produção de pilli e enzimas para conjugação

– Adesão de pilli > transferência de uma fita linearizada > formação da fita complementar na célula receptora > circularização

– A célula receptora replica > duas filhas contendo o plasmídeo

• Integração do plasmídeo ao cromossomo (Episomos)– Se houver analogia suficiente

– “ Sex factors”

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PLASMÍDEOS

• Resistência a antimicrobianos

– Neomicina, cloranfenicol, tetraciclinas, penicilinas

• Virulência

– Toxinas (Clostridium tetani, Bacillus anthracis)

– Adesinas (E. coli, Shigella flexneri)

• Atividades metabólicas

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Modificação Estrutural Modificação Estrutural do Sítio de Açãodo Sítio de Ação

Interior da bactéria

ParedeCelular

Sítio Modificado

Antibiótico

Alteração estrutural do sítio de ação: Ligação bloqueada

Com a mudança estrutural o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio

QUINOLONASRIFAMPICINABETA LACTÂMICOSMACROLIDEOS

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Mecanismo de ResistênciaAlteração do Ribossomo

Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, Tetraciclinas: 30S Lincomicina, Clindamicina, Cloranfenicol, Oxazolidinonas, Estreptograminas:50 S

Mecanismo de AçãoBloqueio da Iniciação da Síntese Proteica

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Ação de Beta-Lactâmicos

Inibição da síntese de peptidoglicano = toxicidade seletiva

Síntese da Parede Celular

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Resistência a Beta-Lactâmicos – Alteração de PBP

Staphylococcus aureus - PBP2’ adicional (DNA extrínseco / transferível)

Resistência à oxacilina 59% (ICr 2002)

Staphylococcus coagulase negativo

Resistência à oxacilina 88% (ICr 2002)

S. pneumoniae

Enterococcus sp

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Mecanismo de Ação dos Glicopeptídeos

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Mecanismo de Resistência à Vancomicina

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Enterococos resistentes a glicopeptídeosGenotipo MIC (mcg/mL)

Vanco

MIC (mcg/mL)

Teico

Expressão Localização

VanA 64-1024 16 Indutível Plasmidial

VanB 4-1024 1 Indutível Cromoss.

VanC 2-32 1 Constitutivo

Indutível

Cromoss

Van D 64-256 4-32 Constitutivo

Indutível

Cromoss.

Van E 16 0,5 Indutível Cromoss

Van G 16 0,5 Indutível Cromoss.

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S. aureusResistentes à Vancomicina

Genes de resistência herdados de Enterococos (van A)Exposição frequente/prolongada a glicopeptideosHospitalização prévia / prolongadaCirurgias / Feridas abertas

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• 1986 - Primeiros casos: França e Reino Unido

• 1989 - 1993 - Rápida disseminação: Europa e EUA (incluindo hospitais de baixa complexidade)

• Prevalência de cerca de 25% em alguns Serviços.

Brasil• 1996 : primeira cepa isolada no Hospital das Clínicas de

Curitiba.

• 1997 e 1999 : Hospital Santa Marcelina, Hospital São Paulo, Hospital Servidor Público Estadual, e Santa Casa de São Paulo.

• 1999: primeiro caso isolado no HCFMUSP. (Maio)

ENTEROCOCO RESISTENTE AOS GLICOPEPTÍDEOS

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Vigilância ERV -HCFMUSP 00

• 92 pacientes: UTI do ICHC

• Swab retal.

• 21% de positividade ( 19 pacientes colonizados )

• E. faecium : 2 (10%)

• E. faecalis : 17 (90%)

• Enterococos spp. : 10

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Linezolida (ZyvoxR)

• Oxazolidinona (nova classe estrutural)

• Inibição da síntese proteica bacteriana

• Uso oral / parenteral

• Atividade “in vitro”: S. aureus e coag. neg. (MRSA / MRSCoN),

Enterococcus spp, S. pneumoniae (PRSP)

• Toxicidade potencial p/ M. óssea (plaquetopenia) reversível

• Dose: 10 mg/Kg (até 600 mg), a cada 8 hs

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Alterar a entrada do Alterar a entrada do antibiótico:antibiótico:

Diminuição da permeabilidadeDiminuição da permeabilidade

Interior da bactéria

ParedeCelular

Porina

Antibiótico

Antibióticos geralmente entram nas bactérias através de canais protéicos (porinas) da parede celular

BETA LACTÂMICOSQUINOLONAS

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Alterar a captação do antibiótico:Alterar a captação do antibiótico:Diminuição da permeabilidadeDiminuição da permeabilidade

Interior of organism

ParedeCelular

Nova porinaAntibiótico

Nova porina na parede celular impede a entrada de antibióticos na bactéria

Pseudomonas aeruginosaresistencia a Imipenem 27% (ICr 2002)resistência a ceftazidima 24 % (ICr 2002)resistência a aminoglicosídeos 22% (ICr 2002)

Enterococos resistentes a penicilinas

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Alterar a captação de Alterar a captação de antibióticosantibióticos

Aumento do Efluxo Aumento do Efluxo

Interior da bactéria

Cell wall

PorinaAntibiótico

Entrada Saída

Bomba Ativa

Bombas no interior da bactéria fazem com que assim que o antibiótico entre ele seja “jogado fora”

TETRACICLINASQUINOLONAS

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Quinolonas

Mecanismos de resistência

Alteração do alvo Enterobactérias, P. aeruginosa, Staph

Efluxo Enterobactérias, P. aeruginosa, Staph

Redução na permeabilidade Enterobactérias, P. aeruginosa, StaphICr Pseudomonas aeruginosa 13%S. aureus 40%S. coag. neg 64%

Page 24: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

Infecções graves por germes resistentes a beta lactâmicos e

aminoglicosídeos

Neutropenia febril

Infecções pulmonares por chlamydia trachomatis, quando

não for possível o uso de macrolídeos vo (hipoxemia grave)

Agudização pulmonar em Fibrose Cística

•Infecção sistêmica com foco TGI por Shigella, Salmonella,

Campylobacter spp e E. coli. Febre tifóide. Meningite bacteriana.

ITU de repetição por bactérias resistentes a SMZ-TMP e

Nitrofurantoina

oNão utilizar como droga de escolha no tratamento ambulatorial

inicial de otites/ sinusites/ faringites/ pneumonias não

complicadas/ ITU

CIPROFLOXACINA - USO PEDIÁTRICO

Page 25: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

Inativação do AntibióticoInativação do Antibiótico

Interior da bactéria

Cell wall

Antibiótico

Sítio de AçãoLigaçãoEnzima

LigaçãoEnzima-ATB

Enzimas ligadas aos antibióticos

BETA LACTÂMICOSAMINOGLICOSÍDEOSCLORANFENICOL

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Inativação do AntibióticoInativação do Antibiótico

Interior da bactéria

Parede Celular

Antibiótico

Sítio de AçãoEnzyme

Antibióticodestruído

Antibiótic alteredo,Previne a ligação

As enzimas destroem o antibiótico ou impedem que eles se liguem ao sítio de ação

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Ação de Beta-Lactâmicos Ação de beta-lactamase

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Beta lactamases de espectro estendido (ESBL) plasmidiais

Associadas com resistência a múltiplas drogas

– Cefalosporinas de amplo espectro

– Penicilinas de amplo espectro

– SMZ/ TMP

– Aminoglicosídeos

– Fluoroquinolonas

Uma única troca de aminoácidos em um gene de resistência = nova

enzima

Klebsiella sp e E. coli

Transferíveis para Proteus mirabilis, Citrobacter sp, Serratia sp e

outros

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– Suspeita a partir do halo de inibição – Confirmação pela prova da aproximação em disco com Ac.

Clavulânico ou automatizada (VITEK)

BETA LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL)

130

104973

Klebsiella spp

E. coli

33 (25,4%)

9 (8,6%)

Projeto SENTRY :Canadá 4,9%Europa 22,6%USA 7,6%América latina 45,4%

Page 30: Alfio rossi junior   sessão pediatra 1

PROBLEMA: germes produtores de beta lactamase (ESBL)

SOLUÇÃO (?):

Antimicrobianos mais resistentes : CarbapenensDrogas que induzam menos beta lactamases: Cefepima/CefpiromaAssociação de inibidores de beta lactamases

RESTRINGIR USO DE ANTIMICROBIANOS INDUTORESOBSERVAR NORMAS DE CONTROLE DE IH – LAVAGEM DE MÃOS

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CEFEPIME (MaxcefR) e CEFPIROMA (CefronR )

Cefalosporinas de quarta geração Uso parenteral (IV ou IM). Longa vida média Excelente penetração SNC Atividade contra germes Gram negativos,

incluindo Pseudomonas aeruginosa (comparável à Ceftazidima), Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Morganella morganii, Proteus mirabilis e enterobactérias multiresistentes

Atividade contra germes Gram positivos (S. aureus e S. coag. neg) susceptíveis à Meticilina / Oxacilina

Pobres indutores de Betalactamases Custo comparável à Ceftazidima Reações adversas raras (semelhante à

Ceftazidima)

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CEFEPIME (MaxcefR) e CEFPIROMA (CefronR )

• Indicações:

– Infecções hospitalares causadas por Gram negativos

– Terapêutica empírica inicial em neutropênicos febris

Crianças até 40 Kg

Neutropênicos

Adultos (dose máxima)

Insuficiência renal

50 mg / Kg / dose IV / IM a cada 12 hs

50 mg / Kg / dose IV / IM a cada 8 hs

2 g a cada 8 hs

Ajustar apenas se Clearance < 60 ml/min

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• Piperacilina associada ao Tazobactam (4:1)

• Farmacocinética semelhante à da Piperacilina isoladamente

• Ativo contra Gram negativos (incluindo Pseudomonas aeruginosa, cepacea e fluorescens), Gram positivos (incluindo enterococos e S. aureus e coag. neg. sensíveis à Oxacilina) e anaeróbios

• Indicado em adultos para tratamento de infecções do trato urinário, pneumonias, infecções intra abdominais, infecções de corrente sanguínea, neutropênicos febris (associado a aminoglicosídeos)

• Poucos estudos em pediatria (infecções de moderada gravidade em imunocompetentes)

• Efeitos adversos raros, em especial diarréia

• Efeitos a longo prazo sobre a flora hospitalar ?????

• 50 mg/kg/dose 3 a 4 vezes ao dia

PIPERACILINA - TAZOBACTAM (TazocinR)

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AMPICILINA – SULBACTAM ( UNASYN)

ASSOCIAÇÃO AMPICILINA + SULBACTAM ( 2:1)

ESPECTRO DE AÇÃO: IGUAL A DA AMPICILINA, MAIS S. aureus, H. influenzae, M. catarrhalis, E. coli, Proteus, Providencia, Klebsiella, Acinetobacter baumanii, Anaeróbios NOTADO AUMENTO DA RESISTÊNCIA DE E. coli (20-30%)

INDICAÇÃO CLINICA: INFECÇÕES INTRA ABDOMINAIS, PERITONITE, ITU, INFECÇÕES DE PARTES MOLES

POSSIVELMENTE: INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E DE SNC

USO IM E EV

EFEITOS COLATERIAS – SIMILAR A DA AMPICILINA

NO HC FMUSP – RESERVADA PARA INFECÇÕES POR ACINETOBACTER MULTI R

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TICARCILINA – ACIDO CLAVULÂNICO ( TIMENTIN)

ASSOCIAÇÃO TICARCILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO ( 3: 0,1)

ESPECTRO DE AÇÃO :E. coli, Klebsiella, Proteus, Moraxella, H. influenzae, S. aureusMeticilino sensível, estreptococos, anaeróbios

POUCO EFICAZ PARA P. aeruginosa, MRSa, enterococos, Serratia, Enterobacter, Citrobacter

POSSIVEL USO PARA Stenotrophomonas maltophilia

USO CLINICO: septicemia, infecções respiratórias, infecção intra abdominal, ITU, Infecção ginecológica. Em granulocitopênico febril – associação com aminoglicosídeo

ADMINISTRAÇÃO: EV

POUCA EXPERIÊNCIA EM PEDIATRIA

DOSE: CRIANÇAS > 28 DIAS – 75mg DE 6/6HS


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