Date post: | 19-Jan-2015 |
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MECANISMOSDE
RESISTÊNCIA
Alfio Rossi JrSCCIH - ICr
Bactérias resistentes emergentes
• Gram negativos “Pan resistentes”– Acinetobacter baumannii– Klebsiella pneumoniae– Pseudomonas aeruginosa
• Diferentes espécies de Staphylococcus coagulase negativos– Staphylococcus auricularis– Staphylococcus epidermidis– Staphylococcus haemolyticus– Staphylococcus simulans– Staphylococcus warneri
• Staphylococcus spp resistentes a Oxacilina / Vancomicina
• Bactérias “incomuns”– Stenotrophomonas maltophilia– Burkholderia cepacea– Ralstonia picketti– Enterococcus avium
Microrganismos causadores de IH - UTI- ICrE6CI +ECSIMICRORGANISMO N.
A.calcoaceticus var.anitratus (A.baumannii) 3
Burkholderia cepacea 1
Candida albicans 15
Candida tropicalis 1
Citomegalovírus 2
Citrobacter freundii 2
Enterobacter aerogenes 2
Enterobacter cloacae 4
Enterococcus avium (grupo D) 2
Enterococcus faecalis (grupo D) 4
Enterococcus faecium (grupo D) 3
Escherichia coli 3
Herpes simples 1
Klebsiella pneumoniae 11
Levedura 1
Morganella morganii 1
Proteus mirabilis 3
Pseudomonas aeruginosa 11
Ralstonia picketti 1
Staphylococcus aureus 14
Staphylococcus auricularis 1
Staphylococcus coagulase negativo 1
Staphylococcus epidermidis 4
Staphylococcus haemolyticus 1
Staphylococcus simulans 2
Staphylococcus warneri 1
Stenotrophomonas maltophilia 3
IDENTIFICADOS 98
S. coag. neg.18%
S. aureus12%
Pseudomonas aeruginosa
7%
Klebsiella pneumoniae
12%
Candida spp15%
Acinetobacter4%
Outros16%
E. coli6%
Enterococcus spp5%
Enterobacter spp5%
• E. coli produtoras de Beta lactamases = 12,50%• K. pneumoniae produtoras de Beta lactamases = 18,33%• P. aeruginosa multi R = 3,70%
MICRORGANISMOS CAUSADORES DE IH ICr 2004
Mecanismos de ResistênciaQRDR
Quinolone Resistance Determining Region
Localização de Genes de Resistência• Cromossomo
– Transmissão vertical e horizontal via transposons / plasmídeos
• Plasmídios– Conjugação– Transmissão vertical
• Transposons– Pequenas porções de DNA– Transposição(Transferência de material genético entre plasmídeos
e cromossomos ou somente entre cromossomos)
Modificações genéticas nas bactériasConjugação
• Muito importante em Gram negativos
• Plasmídeos– Pequenas porções de DNA de dupla fita, circulares e autoreplicantes
– Carregam fatores de virulência ou genes de resistência
– Podem intermediar transferência genética entre bactérias• Novos mecanismos de resistência
– Em Gram negativos > plasmídeos conjugativos• Genes que codificam a produção de pilli e enzimas para conjugação
– Adesão de pilli > transferência de uma fita linearizada > formação da fita complementar na célula receptora > circularização
– A célula receptora replica > duas filhas contendo o plasmídeo
• Integração do plasmídeo ao cromossomo (Episomos)– Se houver analogia suficiente
– “ Sex factors”
PLASMÍDEOS
• Resistência a antimicrobianos
– Neomicina, cloranfenicol, tetraciclinas, penicilinas
• Virulência
– Toxinas (Clostridium tetani, Bacillus anthracis)
– Adesinas (E. coli, Shigella flexneri)
• Atividades metabólicas
Modificação Estrutural Modificação Estrutural do Sítio de Açãodo Sítio de Ação
Interior da bactéria
ParedeCelular
Sítio Modificado
Antibiótico
Alteração estrutural do sítio de ação: Ligação bloqueada
Com a mudança estrutural o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio
QUINOLONASRIFAMPICINABETA LACTÂMICOSMACROLIDEOS
Mecanismo de ResistênciaAlteração do Ribossomo
Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, Tetraciclinas: 30S Lincomicina, Clindamicina, Cloranfenicol, Oxazolidinonas, Estreptograminas:50 S
Mecanismo de AçãoBloqueio da Iniciação da Síntese Proteica
Ação de Beta-Lactâmicos
Inibição da síntese de peptidoglicano = toxicidade seletiva
Síntese da Parede Celular
Resistência a Beta-Lactâmicos – Alteração de PBP
Staphylococcus aureus - PBP2’ adicional (DNA extrínseco / transferível)
Resistência à oxacilina 59% (ICr 2002)
Staphylococcus coagulase negativo
Resistência à oxacilina 88% (ICr 2002)
S. pneumoniae
Enterococcus sp
Mecanismo de Ação dos Glicopeptídeos
Mecanismo de Resistência à Vancomicina
Enterococos resistentes a glicopeptídeosGenotipo MIC (mcg/mL)
Vanco
MIC (mcg/mL)
Teico
Expressão Localização
VanA 64-1024 16 Indutível Plasmidial
VanB 4-1024 1 Indutível Cromoss.
VanC 2-32 1 Constitutivo
Indutível
Cromoss
Van D 64-256 4-32 Constitutivo
Indutível
Cromoss.
Van E 16 0,5 Indutível Cromoss
Van G 16 0,5 Indutível Cromoss.
S. aureusResistentes à Vancomicina
Genes de resistência herdados de Enterococos (van A)Exposição frequente/prolongada a glicopeptideosHospitalização prévia / prolongadaCirurgias / Feridas abertas
• 1986 - Primeiros casos: França e Reino Unido
• 1989 - 1993 - Rápida disseminação: Europa e EUA (incluindo hospitais de baixa complexidade)
• Prevalência de cerca de 25% em alguns Serviços.
Brasil• 1996 : primeira cepa isolada no Hospital das Clínicas de
Curitiba.
• 1997 e 1999 : Hospital Santa Marcelina, Hospital São Paulo, Hospital Servidor Público Estadual, e Santa Casa de São Paulo.
• 1999: primeiro caso isolado no HCFMUSP. (Maio)
ENTEROCOCO RESISTENTE AOS GLICOPEPTÍDEOS
Vigilância ERV -HCFMUSP 00
• 92 pacientes: UTI do ICHC
• Swab retal.
• 21% de positividade ( 19 pacientes colonizados )
• E. faecium : 2 (10%)
• E. faecalis : 17 (90%)
• Enterococos spp. : 10
Linezolida (ZyvoxR)
• Oxazolidinona (nova classe estrutural)
• Inibição da síntese proteica bacteriana
• Uso oral / parenteral
• Atividade “in vitro”: S. aureus e coag. neg. (MRSA / MRSCoN),
Enterococcus spp, S. pneumoniae (PRSP)
• Toxicidade potencial p/ M. óssea (plaquetopenia) reversível
• Dose: 10 mg/Kg (até 600 mg), a cada 8 hs
Alterar a entrada do Alterar a entrada do antibiótico:antibiótico:
Diminuição da permeabilidadeDiminuição da permeabilidade
Interior da bactéria
ParedeCelular
Porina
Antibiótico
Antibióticos geralmente entram nas bactérias através de canais protéicos (porinas) da parede celular
BETA LACTÂMICOSQUINOLONAS
Alterar a captação do antibiótico:Alterar a captação do antibiótico:Diminuição da permeabilidadeDiminuição da permeabilidade
Interior of organism
ParedeCelular
Nova porinaAntibiótico
Nova porina na parede celular impede a entrada de antibióticos na bactéria
Pseudomonas aeruginosaresistencia a Imipenem 27% (ICr 2002)resistência a ceftazidima 24 % (ICr 2002)resistência a aminoglicosídeos 22% (ICr 2002)
Enterococos resistentes a penicilinas
Alterar a captação de Alterar a captação de antibióticosantibióticos
Aumento do Efluxo Aumento do Efluxo
Interior da bactéria
Cell wall
PorinaAntibiótico
Entrada Saída
Bomba Ativa
Bombas no interior da bactéria fazem com que assim que o antibiótico entre ele seja “jogado fora”
TETRACICLINASQUINOLONAS
Quinolonas
Mecanismos de resistência
Alteração do alvo Enterobactérias, P. aeruginosa, Staph
Efluxo Enterobactérias, P. aeruginosa, Staph
Redução na permeabilidade Enterobactérias, P. aeruginosa, StaphICr Pseudomonas aeruginosa 13%S. aureus 40%S. coag. neg 64%
Infecções graves por germes resistentes a beta lactâmicos e
aminoglicosídeos
Neutropenia febril
Infecções pulmonares por chlamydia trachomatis, quando
não for possível o uso de macrolídeos vo (hipoxemia grave)
Agudização pulmonar em Fibrose Cística
•Infecção sistêmica com foco TGI por Shigella, Salmonella,
Campylobacter spp e E. coli. Febre tifóide. Meningite bacteriana.
ITU de repetição por bactérias resistentes a SMZ-TMP e
Nitrofurantoina
oNão utilizar como droga de escolha no tratamento ambulatorial
inicial de otites/ sinusites/ faringites/ pneumonias não
complicadas/ ITU
CIPROFLOXACINA - USO PEDIÁTRICO
Inativação do AntibióticoInativação do Antibiótico
Interior da bactéria
Cell wall
Antibiótico
Sítio de AçãoLigaçãoEnzima
LigaçãoEnzima-ATB
Enzimas ligadas aos antibióticos
BETA LACTÂMICOSAMINOGLICOSÍDEOSCLORANFENICOL
Inativação do AntibióticoInativação do Antibiótico
Interior da bactéria
Parede Celular
Antibiótico
Sítio de AçãoEnzyme
Antibióticodestruído
Antibiótic alteredo,Previne a ligação
As enzimas destroem o antibiótico ou impedem que eles se liguem ao sítio de ação
Ação de Beta-Lactâmicos Ação de beta-lactamase
Beta lactamases de espectro estendido (ESBL) plasmidiais
Associadas com resistência a múltiplas drogas
– Cefalosporinas de amplo espectro
– Penicilinas de amplo espectro
– SMZ/ TMP
– Aminoglicosídeos
– Fluoroquinolonas
Uma única troca de aminoácidos em um gene de resistência = nova
enzima
Klebsiella sp e E. coli
Transferíveis para Proteus mirabilis, Citrobacter sp, Serratia sp e
outros
– Suspeita a partir do halo de inibição – Confirmação pela prova da aproximação em disco com Ac.
Clavulânico ou automatizada (VITEK)
BETA LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL)
130
104973
Klebsiella spp
E. coli
33 (25,4%)
9 (8,6%)
Projeto SENTRY :Canadá 4,9%Europa 22,6%USA 7,6%América latina 45,4%
PROBLEMA: germes produtores de beta lactamase (ESBL)
SOLUÇÃO (?):
Antimicrobianos mais resistentes : CarbapenensDrogas que induzam menos beta lactamases: Cefepima/CefpiromaAssociação de inibidores de beta lactamases
RESTRINGIR USO DE ANTIMICROBIANOS INDUTORESOBSERVAR NORMAS DE CONTROLE DE IH – LAVAGEM DE MÃOS
CEFEPIME (MaxcefR) e CEFPIROMA (CefronR )
Cefalosporinas de quarta geração Uso parenteral (IV ou IM). Longa vida média Excelente penetração SNC Atividade contra germes Gram negativos,
incluindo Pseudomonas aeruginosa (comparável à Ceftazidima), Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Morganella morganii, Proteus mirabilis e enterobactérias multiresistentes
Atividade contra germes Gram positivos (S. aureus e S. coag. neg) susceptíveis à Meticilina / Oxacilina
Pobres indutores de Betalactamases Custo comparável à Ceftazidima Reações adversas raras (semelhante à
Ceftazidima)
CEFEPIME (MaxcefR) e CEFPIROMA (CefronR )
• Indicações:
– Infecções hospitalares causadas por Gram negativos
– Terapêutica empírica inicial em neutropênicos febris
Crianças até 40 Kg
Neutropênicos
Adultos (dose máxima)
Insuficiência renal
50 mg / Kg / dose IV / IM a cada 12 hs
50 mg / Kg / dose IV / IM a cada 8 hs
2 g a cada 8 hs
Ajustar apenas se Clearance < 60 ml/min
• Piperacilina associada ao Tazobactam (4:1)
• Farmacocinética semelhante à da Piperacilina isoladamente
• Ativo contra Gram negativos (incluindo Pseudomonas aeruginosa, cepacea e fluorescens), Gram positivos (incluindo enterococos e S. aureus e coag. neg. sensíveis à Oxacilina) e anaeróbios
• Indicado em adultos para tratamento de infecções do trato urinário, pneumonias, infecções intra abdominais, infecções de corrente sanguínea, neutropênicos febris (associado a aminoglicosídeos)
• Poucos estudos em pediatria (infecções de moderada gravidade em imunocompetentes)
• Efeitos adversos raros, em especial diarréia
• Efeitos a longo prazo sobre a flora hospitalar ?????
• 50 mg/kg/dose 3 a 4 vezes ao dia
PIPERACILINA - TAZOBACTAM (TazocinR)
AMPICILINA – SULBACTAM ( UNASYN)
ASSOCIAÇÃO AMPICILINA + SULBACTAM ( 2:1)
ESPECTRO DE AÇÃO: IGUAL A DA AMPICILINA, MAIS S. aureus, H. influenzae, M. catarrhalis, E. coli, Proteus, Providencia, Klebsiella, Acinetobacter baumanii, Anaeróbios NOTADO AUMENTO DA RESISTÊNCIA DE E. coli (20-30%)
INDICAÇÃO CLINICA: INFECÇÕES INTRA ABDOMINAIS, PERITONITE, ITU, INFECÇÕES DE PARTES MOLES
POSSIVELMENTE: INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E DE SNC
USO IM E EV
EFEITOS COLATERIAS – SIMILAR A DA AMPICILINA
NO HC FMUSP – RESERVADA PARA INFECÇÕES POR ACINETOBACTER MULTI R
TICARCILINA – ACIDO CLAVULÂNICO ( TIMENTIN)
ASSOCIAÇÃO TICARCILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO ( 3: 0,1)
ESPECTRO DE AÇÃO :E. coli, Klebsiella, Proteus, Moraxella, H. influenzae, S. aureusMeticilino sensível, estreptococos, anaeróbios
POUCO EFICAZ PARA P. aeruginosa, MRSa, enterococos, Serratia, Enterobacter, Citrobacter
POSSIVEL USO PARA Stenotrophomonas maltophilia
USO CLINICO: septicemia, infecções respiratórias, infecção intra abdominal, ITU, Infecção ginecológica. Em granulocitopênico febril – associação com aminoglicosídeo
ADMINISTRAÇÃO: EV
POUCA EXPERIÊNCIA EM PEDIATRIA
DOSE: CRIANÇAS > 28 DIAS – 75mg DE 6/6HS