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Analise Das Demonstracoes Contabeis

Date post: 31-Oct-2015
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7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 1/130 introdução à análise das demonstrações contábeis |  ....  ....     ..     .    ...     ..     ..      .     .     .  ....  ....      .  ....  ....      .      ...      .. análise das demonstrações contábeis análise das demonstrações contábeis Universidade Aberta do Brasil Universidade Federal do Espírito Santo Ciências Contáb Leonardo Resende Dutra
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contábeis

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Universidade Aberta do Brasil

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Ciências Contáb

Leonardo Resende Dutra

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Este livro apresenta umconjunto de técnicasobjetivando avaliar asituação econômica e  nanceira das empresas

 por meio das demonstraçõescontábeis. Partindo de conceitos teóricos e exemplos simples de modo a acilitar o entendimento, a publicação traz inormações para uma ampla visão daanálise das demonstraçõescontábeis iniciada pela padronização dasdemonstrações em planilhasde reclassicação, utilização

de diversas técnicas de análise e cálculos de índices chegando a tópicosmais avançados como amensuração na necessidade de capital de giro de acordocom o modelo Fleuriet. A metodologia adotadavisa orientar o analistano processo de tomadade decisões a partir do

exame pormenorizado dasdemonstrações contábeis.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTONúcleo de Educação Aberta e a Distância

Leonardo Resende Dutra

 Vitória2011

análise dasdemonstrações

contábeis

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Laboratório de Design Instrucional

Copyright © 2011. Todos os direitos desta edição estão reservados ao ne@ad. Nenhuma parte deste material poderáser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por otocópia e outros, sem a prévia autorização,por escrito, da Coordenação Acadêmica do Bacharelado em Ciências Contábeis, na modalidade a distância.

A reprodução de imagens de obras em (nesta) obra tem o caráter pedagógico e cientifco, amparado pelos limitesdo direito de autor no art. 46 da Lei no 9610/1998, entre elas as previstas no inciso III (a citação em livros, jornais,revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fns de estudo, crítica oupolêmica, na medida justifcada para o fm a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra), sendo todareprodução realizada com amparo legal do regime geral de direito de autor no Brasil.

LDI coordenaçãoHeliana PachecoJosé Otavio Lobo NameRicardo Esteves

GerênciaSusllem Meneguzzi Tonani

EditoraçãoMarianna Schmidt

CapaMarianna Schmidt

Impressão

Presidente da RepúblicaDilma Rousse 

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Diretor de Educação a Distância –DED/CAPES/MECJoão Carlos Teatini de Souza Clímaco

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ReitorReinaldo Centoducatte

Pró-Reitora de Ensino de GraduaçãoMaria Auxiliadora Corassa

Diretor Geral do ne@adReinaldo Centoducatte

Coordenadora UAB da UesMaria José Campos Rodrigues

Diretora Administrativa do ne@adMaria José Campos Rodrigues

Diretor Pedagógico do ne@ad

Julio Francelino Ferreira Filho

Coordenadora do Curso de Graduaçãoem Ciências Contábeis - Bacharelado,

modalidade a distânciaMarília Nascimento

Revisor de ConteúdoFernando José Arrigoni

Revisora de LinguagemCleonara Maria Schwartz

Design GráfcoLDI - Laboratório de Design Instrucional

ne@adAv. Fernando Ferrari, 514

CEP 29075-910, Goiabeiras Vitória - ES(27) 4009 2208

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Dutra, Leonardo.Análise das demonstrações contábeis / Leonardo Resende Dutra. -

 Vitória : UFES, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2011.125 p. : il.

Inclui bibliografa.ISBN: 978-85-8173-005-9

1. Contabilidade. I. Título.

CDU: 657

D978a

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sumário Apresentação

Introdução à analise de demonstrações contábeis

Contabilidade como ciência da inormação

Demonstrações contábeis

Padronização das demonstrações contábeis

 Análise das demonstrações contábeis

 Análise através de índices

Índices de prazos médios

 Análise dinâmica das demonstrações contábeis de

acordo com o modelo Fleuriet Apêndices

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 9/130apresentação |

 Ao optar por azer o Curso de Ciências Contábeis à distância, você optou por participar de um novo método de ensino. Des-sa orma, você terá bastante exibilidade para realizar as ati- vidades previstas. Embora você possa defnir o tempo que irádedicar a este trabalho, ele oi planejado para ser concluídoem um prazo determinado. Verifque sempre, no calendário, otempo de que você dispõe para dar conta das atividades nelepropostas. Lá, estarão agendadas todas as atividades, inclu-sive aquelas a serem encaminhadas, em data previamentedeterminada, ao Proessor-Tutor.

Na disciplina ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CON-TÁBEIS, trataremos das questões que se azem presentes noscontextos acadêmicos e empresariais. Como a qualidade doensino está diretamente articulada ao que realizamos noprocesso de aprendizagem, discutiremos e abordaremos osprincipais instrumentos dos quais podemos lançar mão paraalcançar o objetivo de nosso trabalho, que é a análise da si-tuação econômica e fnanceira de uma empresa.

O Autor 

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duçãoà análise de demonstrações contábeis

O echamento prematuro de empresas no País tem sido uma das preocupações

da sociedade. Por isso, é de undamental importância obter inormações que propi-

ciem identifcar as causas das elevadas taxas de mortalidade das empresas, visando à

atuação coordenada e eetiva dos órgãos públicos e privados em prol da permanência

das micro e pequenas empresas em atividade, evitando o seu encerramento precoce

(SEBRAE, 2004).

Dados mais recentes revelam que quase metade das empresas echa suas portas

antes de completar dois anos de existência. O Sebrae por meio da pesquisa “Fatores

Condicionantes e Taxa de Mortalidade das Empresas no Brasil”, realizada em 2004, en-

trevistou uma série de empresários que encerraram suas atividades, com o objetivo de

identifcar as principais causas do racasso empresarial, na opinião desses empresários.

Dentre as causas relacionadas na condução dos negócios observou-se:

alta de capital de giro (indicando descontrole do uxo de caixa);

problemas fnanceiros (situação de alto endividamento);

ponto inadequado (alhas de planejamento inicial);

carga tributária;

alta de conhecimentos gerenciais;

alta de clientes, ator que pressupõe também alhas no planejamentoinicial da empresa;

inadimplência;

recessão econômica no país;

alta de crédito bancário.

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Segundo Silva (1998), boa parte dessas empresas interrompem suas atividades por 

não conseguirem honrar seus compromissos, o que remete a uma situação de alta de

uxo de caixa ou de ontes de fnanciamentos adequados.

Depender de recursos que não são gerados nas atividades operacionais da enti-

dade é uma realidade para um número signifcativo de empresas, principalmente, em

decorrência de elevados níveis de imobilização, baixo nível de capitalização ou mesmo

desequilíbrio temporal em seus níveis de atividade.

Desta orma, pessoas que se relacionam com as empresas sejam como credores e

ou investidores necessitam extrair inormações dos demonstrativos contábeis para a to-

mada de decisão, e a contabilidade como uma ciência de inormação tem como objetivo

ornecer inormações aos usuários.

De acordo com Silva (1998), as demonstrações contábeis que são apresentadas ao

público são estruturadas de acordo com as normas contábeis e ornecem uma série de

dados sobre a empresa. A análise destas demonstrações tem como objetivo transormar esses dados em inormações para sustentação do processo decisório.

Os primeiros passos da análise das demonstrações contábeis ocorreram no fnal

do século passado, sendo que esta desenvolveu-se basicamente dentro do sistema ban-

cário, que até hoje é o seu principal usuário.

 À medida que os banqueiros americanos passaram a solicitar as demonstrações

contábeis das empresas tomadoras de empréstimos, que essa medida ganhou aceitação

pela Associação dos Bancos do Estado de Nova Iorque, e que o Federal Reserve Board

(Banco Central dos Estados Unidos) determinou, em 1915, que só poderiam ser redes-

contados os títulos negociados por empresas que tivessem apresentado seu balanço ao

banco; oi consagrando, de orma defnitiva, o uso das demonstrações contábeis como

base para a concessão de crédito. (MATARAZZO, 2003)

O “crédito”, principal atividade dos bancos, tem sua origem no vocábulo latino

credere, que signifca crer, confar, acreditar. Como o crédito é uma relação baseada na

confança entre o credor e seu cliente, na expectativa de um recebimento uturo, todo

crédito está associado a um determinado grau de risco.

O risco de crédito é a expectativa do não recebimento de uma quantia em dinheiro

dentro de um espaço de tempo limitado. Segundo Blat (2000), a mensuração do risco das

operações de crédito é crucial para as instituições fnanceira, de modo que possa fxar 

limite apropriado ao volume de crédito a ser concedido a qualquer tomador.A concessão de crédito, regra geral, implica na confança do credor junto ao

devedor, principalmente, calcada na capacidade deste de gerar recursos para liquidar a

operação proposta nos prazos e condições acordadas.

Dessa orma, a avaliação básica do risco de crédito se orienta, conorme Blat

(2000), pelos chamados C s do crédito, como sendo:

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Caráter: consiste na avaliação histórica do potencial devedor, quanto a sua

idoneidade em saldar os compromissos assumidos. O que deve ocorrer por meio

do histórico das operações que já se eetuou com o mesmo, e pela busca de in-

ormações cadastrais junto a empresas especializadas como Serasa, Serviço de

Proteção ao Crédito (SPC), dentre outras.

Condições: a avaliação das condições da Pessoa Jurídica e da Pessoa Física ree-

re-se a atores externos e macroeconômicos em que o tomador está inserido, e

que possam aetar suas atividades.

Capacidade: reere-se à avaliação dos atores internos da empresa, à sua capaci-

dade de pagamento; conceito vinculado à geração de caixa sufciente para azer 

ace aos compromissos assumidos;

Capital: é a avaliação da situação patrimonial do proponente, levando em conta

as sua decisões de “Usos de Recursos” e obtenção de “Fontes de Recursos” para

as suas atividades. O reexo dessas decisões retrata a situação patrimonial da

empresa, por meio de seus demonstrativos contábeis. Se os sócios e administra-

dores tomarem as decisões de orma acertada, os resultados avoráveis ortale-

cerão e consolidarão a situação patrimonial da empresa, caso contrário, reetir-

se-ão negativamente e aetarão a situação patrimonial da empresa.

Colateral: é a avaliação da capacidade acessória do proponente em oerecer ga-

rantias adicionais à operação proposta ou ao risco global que assumiu.

É importante destacar que a análise econômico-fnanceira é a parte da análise do

cliente que se preocupa essencialmente com o estudo do C Capital.

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Questões para discussão

a) O que você entende por análise das demonstrações contábeis?

b) De que modo a preocupação com o binômio risco x retorno está relacio-nada com a unção do analista contábil?

c) Como você relaciona a atividade do analista contábil com a inormação?

ReerênciasSERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Fatores

Condicionantes e Taxa de Mortalidade das Empresas no Brasil. Brasília:SEBRAE, 2004.

MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e ge-rencial. 6a ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SILVA, José Pereira da. Avaliação do risco de crédito. São Paulo: Atlas, 1998.

BLATT, Adriano. Avaliação de risco e decisão de crédito: um enoque prático. SãoPaulo: Nobel, 2000.

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 17/130contabilidade como ciência da informação | 1

ilidade como ciência da inormação

De acordo com Iudícibus (2000), a contabilidade existe desde os primórdios

da civilização, há mais de 4.000 anos a.C., quando o homem primitivo, de orma

rudimentar, já praticava técnicas de contabilidade ao inventariar seus instrumentos

de caça e de pesca e ao contar os seus rebanhos, azendo inventários e analisando a

 variação patrimonial.

 À medida que o homem oi evoluindo e descobrindo suas capacidades, oi

aumentando também a necessidade de mensurar o seu patrimônio. Assim, de acordo

com Orletti e Fiorotti (2004), a contabilidade surgiu basicamente da necessidade dos

donos de patrimônio que desejavam mensurar, controlar e acompanhar a variação

de suas riquezas.

De acordo com Iudícibus (2000), a contabilidade é uma ciência social, pois es-

tuda o comportamento das riquezas que se integram no patrimônio em ace das ações

humanas, e a evolução da Ciência Contábil está na maioria das vezes associada ao

grau de desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades.

Nesse contexto de evolução, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio

da deliberação nº 29 de 05 de evereiro de 1986, aprovou e reerendou o pronuncia-

mento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) sobre a estrutura

conceitual básica da contabilidade, defnindo seus objetivos como:

Um sistema de inormação e avaliação destinado a prover seus usuários com de-

monstrações e análises de natureza econômica, nanceira, ísica e de produtivi-

dade, com relação à entidade objeto de contabilização.

 A evolução da Contabilidade oi notória nos Estados Unidos no século XX, prin-

cipalmente pelo ato de que houve um acentuado incentivo às pesquisas, associado ao

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crescimento do mercado de capitais e à preocupação em tornar a contabilidade algo útil

para a tomada de decisão.

No Brasil, a contabilidade sempre oi muito inuenciada por limitações fscais,

principalmente pela legislação do imposto de renda, acabando assim por restringir a

evolução dos princípios contábeis.

Na tentativa de solucionar esse conito, em 1976, oi aprovada a lei 6.404, que

determinou a estrutura básica das demonstrações contábeis, e que no seu artigo 177

deixava clara a determinação da orma de escrituração contábil a ser adotada pelas em-

presas de capital aberto, ressaltando, ainda, que para atendimento às exigências fscais

devessem eetuar registros auxiliares.

Com a crescente evolução e internacionalização do mercado econômico, eviden-

ciou-se a necessidade do desenvolvimento de um sistema de inormação que harmoni-

zasse as práticas contábeis. Na busca pela padronização das normas internacionais de

contabilidade, oi aprovada em 2007 a lei 11.638, que altera a lei 6.404, adaptando-a àsmudanças do mercado e assegurando a execução das normas contábeis e de auditoria

internacionalmente reconhecidas.

2.1 Usuários da inormação contábil 

Usuários da inormação contábil são todas as pessoas que utilizam as demons-

trações contábeis como instrumento na tomada de decisões. De acordo com o Fipecaf

(2000, p.66), é: “Toda pessoa ísica ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situ-

ação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de fnali-

dade não lucrativa, ou mesmo patrimônio amiliar”.

 Assim, os usuários com interesse na Entidade se utilizam das inormações con-

tábeis para seus próprios fns, de orma permanente ou transitória. Dessa orma, já que

as demonstrações contábeis apresentam a situação econômica e fnanceira da empresa,

saber analisar esses demonstrativos está se tornando uma necessidade para um grande

número de pessoas, tais como: administradores, uncionários, proprietários, acionistas,

investidores, analistas, etc.

 Administradores, compreendem a parte mais interessada em conhecer a situaçãoeconômica e fnanceira das empresas que administram. A eles interessa saber qual

a posição da empresa no mercado com relação aos seus concorrentes, comparando

a sua rentabilidade com o padrão do grupo em que estiver inserido.

É por intermédio dos dados ornecidos complementarmente pela contabi-

lidade que se possibilita aos administradores a ormulação de estratégias para a

empresa. Com inormações contábeis úteis, esses profssionais poderão responder 

a uma série de questionamentos, com vistas à tomada de decisões permitindo a

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mensuração dos resultados da empresa e à avaliação do desempenho à rente dos

negócios que lhes oram confados.

Funcionários da empresa são usuários internos, pois necessitam das inormações

contábeis para saber se a empresa tem potencial para pagar o seu salário, alavan-

car sua carreira, para lhe dar participação nos lucros.

Proprietários, donos de empresa, sejam eles sócios ou acionistas, estão interessa-

dos em conhecer a “saúde” econômica e fnanceira da empresa, para saber qual

será o seu retorno.

Os acionistas, investidores e analistas. Nem sempre os acionistas são os adminis-

tradores da empresa. Muitas vezes esta unção é delegada a terceiros e, com isso, o

acionista necessita avaliar a efciência desses gestores na condução dos negócios.O mercado de capitais é muito amplo e o investidor, para tomar decisão,

precisa undamentar-se com inormações efcientes; no direcionamento e na com-

posição de suas carteiras utiliza-se de analistas de investimentos que dão parece-

res sobre as expectativas de retorno de determinadas ações.

Bancos, ou instituições fnanceiras. Interessa conhecer a saúde fnanceira das

empresas com as quais se relacionam para estabelecerem limites de crédito. Os

bancos se interessam em conhecer a capacidade econômica e fnanceira das

entidades com as quais se relacionam. Pela análise dos direitos e das obrigações

podem verifcar o grau de endividamento e a possibilidade dessas entidades em

cumprirem seu compromisso a curto e a longo prazo.

 Assim, os bancos precisam interpretar os relatórios contábeis para que

possam aplicar com segurança o dinheiro captado no mercado por meio dos

depósitos à vista e a prazo e, consequentemente, alcançar o retorno desejado.

Fornecedores precisam conhecer a capacidade de pagamento e o grau de liquidez

de seus clientes, que, por sua vez, devem também analisar as situações econô-

micas e fnanceiras de seus ornecedores, para estarem seguros de que eles terão

condições de cumprir os contratos a serem frmados.

Governo. Os governos Federal, Estaduais e Municipais também têm interesse na

contabilidade, pois não é somente para fns de tributação que a contabilidade

lhes é útil. Não devemos nos esquecer de que eles são, também, “proprietários”

de inúmeros órgãos públicos, os quais lhes prestam contas por meio de relató-

rios econômico-fnanceiros.

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Outro motivo de interesse dos governos na contabilidade é que, se consi-

derarmos que as empresas privadas e as entidades públicas como um todo repre-

sentam a própria essência da economia nacional, as análises dos dados e inormes

ornecem base para estudos estatísticos que são utilizados como ontes imprescin-

díveis para a tomada de decisão.

Sindicatos e associações de  classe têm interesse na análise econômica e fnan-

ceira das empresas para estudos, planejamento, reivindicações, bem como para

saber se a empresa está em boa situação fnanceira para preservar os direitos de

empregados e fliados.

 Assim, as demonstrações contábeis representam um meio pelo qual as inormações

acumuladas e processadas pela contabilidade são comunicadas aos diversos usuários.

2.2 Limitação da inormação contábil 

Considerando que a análise da situação econômica e fnanceira da empresa tem

como base as demonstrações contábeis, é importante destacar algumas limitações desses

demonstrativos, no sentido de despertar uma maior atenção dos analistas e usuários da

inormação conorme a seguir:

Deasagem da InormaçãoEm um ambiente de instabilidade econômica ou reestruturação organizacional,

o período de 60 dias pode ser sufciente para mudar os rumos de uma empresa. Assim,

demonstrações contábeis elaboradas em dezembro/x1 sendo analisadas em janeiro/x3,

com 13 meses de deasagem, certamente, não representam a atual situação econômica

e fnanceira da empresa. E a solicitação de demonstrativos intermediários, como ba-

lancetes mensais ou periódicos, às vezes apresenta uma série de restrições, como a não

apropriação de algumas despesas, e nem a apuração dos custos e saldos de estoques, que

normalmente são eitos no echamento do exercício contábil.

Qualidade dos Demonstrativos ContábeisMuitas vezes as pessoas argumentam que as demonstrações contábeis não reetem a

real situação da empresa. Alguns empresários alegam que a carga tributária é muito pesada e

para sobreviver “precisam” vender sem a emissão de notas fscais. Mesmo em países desenvol-

 vidos, ocorrem situações indesejáveis de raudes e de apresentação de demonstrações contábeis

que não representam a realidade das respectivas empresas. Neste sentido, é importante fcar 

atento a essas empresas devido ao seu risco fscal, e lembrar que o fsco é um dos credores

com preerência no recebimento, e isso torna ainda mais crítica a situação dos demais credores.

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Resistência em prestar inormações Alguns empresários apresentam grande resistência em ornecer inormações f-

nanceiras e não fnanceiras sobre os negócios de sua empresa, ou mesmo atos relevan-

tes, prejudicando o entendimento do analista bem como a análise de continuidade da

empresa e a projeção de resultados uturos.

 Assim, de acordo com Silva (2006), conhecendo as limitações dos demonstrativos

contábeis, o analista está municiado para tomar as precauções necessárias, que certa-

mente serão de grande utilidade no dimensionamento do risco da empresa analisada.

 Analisar somente os índices fnanceiros, por exemplo, não possibilita conhecer ade-

quadamente o grau de tecnologia da empresa, nem o grau de competitividade em seu

ambiente externo, ou mesmo outros atores relacionados à sua continuidade.

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Questões para discussão

a) Mencione os principais usuários das inormações contábeis, destacandoo principal uso que cada um ará das inormações.

b) Mencione as principais limitações das inormações extraídas das de-monstrações contábeis. Dê alternativas para o analista superar ou amenizar tais limitações.

ReerênciasSILVA, José Pereira da. Análise Financeira de Empresas. São Paulo: Atlas, 2006.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 8a ed. São Paulo: Atlas, 1998.

FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.Manual de Contabilidade por Ações. IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E; GELB-

CKE, E.R. (FIPECAFI). 3a

ed. São Paulo: Atlas, 2000.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade . 6a ed. São Paulo: Atlas, 2000.

ORLETTI, Maria Elnice; FIOROTTI, Celso Soares. Inormações Contábeis e a Tomadade Decisão das Micros e Pequenas Empresas. 2004. 65 . Trabalho de Con-clusão de Curso – Curso Ciências Contábeis – Faculdade Brasileira, 2004.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – deliberações. Disponível em <http:www.cvm.org.br>. Acesso em 20.05.2010.

BRASIL. Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário Ofcial da União, Brasília, 17 dez. 1976. Disponível em:http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010.

BRASIL. Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Dispõe sobre as alterações daLei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Diário Ofcial da União, Brasília, 28dez. 2007. Disponível em: http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010.

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traçõescontábeis

 As demonstrações contábeis são a orma de evidenciar as inormações geradas

pela contabilidade e devem representar apropriadamente a posição patrimonial e f-

nanceira (balanço patrimonial), o desempenho (demonstração do resultado) e os uxos

de caixa da entidade.

 A evidenciação é a orma de demonstrar as transações que ocorreram no patrimô-

nio da entidade durante um período. Segundo Iudícibus (2000, p. 115) a evidenciação:

[...] é um compromisso inalienável da Contabilidade com seus usuários e com os

 próprios objetivos. As ormas de evidenciação podem variar, mas a essência é 

sempre a mesma: apresentar inormações quantitativas e qualitativas de maneira

ordenada, deixando o menos possível de ora dos demonstrativos ormais, a m

de propiciar uma base adequada de inormações para o usuário.

No Brasil, os Princípios de Contabilidade que norteiam a ciência contábil são re-

gulamentados através da Resolução nº 1.282/10 no Conselho Federal de Contabilidade,

de 29 de maio de 2010.

Os Princípios de acordo com a reerida resolução são: entidade, continuidade,

oportunidade, registro pelo valor original, competência (serão apresentados como

apêndice no fnal do capítulo). A norma brasileira de contabilidade – NCC T3 –, quanto ao conteúdo, estrutura

e nomenclatura das demonstrações contábeis, dispõe que:

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 As demonstrações contábeis são as extraídas dos livros, registros e do-

cumentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade.

 A atribuição e a responsabilidade técnica do sistema contábil da enti-

dade cabem, exclusivamente, a contabilista registrado no CRC.

 As demonstrações contábeis observarão os Princípios Fundamentais

de Contabilidade, aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

 As demonstrações contábeis devem especifcar sua natureza, a data

e/ou o período e a Entidade a que se reerem.

O grau de revelação das demonstrações contábeis deve propiciar o

sufciente entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com ouso de notas explicativas que, entretanto, não poderão substituir o que

é intrínseco às demonstrações.

 A utilização de procedimentos diversos daqueles estabelecidos nesta

Norma somente será admitida em Entidades públicas e privadas sujei-

tas a normas contábeis específcas, ato que será mencionado em des-

taque, na demonstração ou em nota explicativa.

O reconhecimento dos eeitos inacionários nas demonstrações contábeis por 

meio da correção monetária de balanço oi utilizado até o ano de 1995 para medir,

pelo menos em uma parte dos demonstrativos, os eeitos da inação sobre os resul-

tados. Por esse instrumento a empresa corrigia o patrimônio líquido, grupo de conta

do balanço que contém, entre outras, o capital da companhia e as reservas de lucros.

 Atualizavam-se também as contas do então ativo permanente, compostas por itens

classifcados como investimentos, imobilizado, onde são alocados os bens da empresa

utilizados em sua atividade operacional.

Quando o valor do patrimônio líquido da companhia era maior que o ativo per-

manente, a dierença entre os valores corrigidos gerava um saldo devedor que era des-contado do total das receitas, dando origem a um lucro menor. O raciocínio inverso

é válido. Caso o ativo permanente osse maior que o patrimônio líquido, a dierença

gerava um saldo credor que se somava às receitas, dando origem a um lucro maior.

 Apesar do comprometimento da transparência da inormação contábil, em 1995,

com a aprovação da Lei nº 9249, não se permite mais que as empresas atualizem mone-

tariamente nenhuma de suas contas das demonstrações contábeis para fns fscais. Um

dos argumentos utilizados na época pelos deensores do fm da correção monetária de

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balanço era que o Brasil passou a azer parte do clube de países de inação baixa, ou

seja, com índice de inação inerior a 100% nos três últimos anos.

 Até 2007, antes de ser sancionada a Lei nº 11.638/07, as demonstrações contá-

beis que deveriam ser publicadas pelas companhias de capital aberto eram as seguintes

(art. 176, Lei 6.404/76):

I. Balanço Patrimonial

II. Demonstração do Resultado do Exercício

III. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

IV. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

No fnal do ano de 2007 oi aprovada a Lei nº 11.638/07, que reormulou os as-

pectos contábeis da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), com o objetivo de

atender às necessidades de transparência e confabilidade das inormações contábeis. A nova lei busca adequar as normas brasileiras de contabilidade ao padrão con-

tábil internacional (IFRS – International Financial Reporting Standards) adotado no

mercado de valores mobiliários.

 A lei trouxe algumas modifcações na estrutura das Demonstrações Contábeis:

eliminou “Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos” do rol das demonstra-

ções obrigatórias e incluiu outras, conorme abaixo:

I. Balanço Patrimonial

II. Demonstração do Resultado do Exercício

III. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

IV. Demonstração do Fluxo de Caixa

V. Demonstração do Valor Adicionado

 Além dessas modifcações, oi criado pela Resolução CFC número 1.055/05 o

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que passou a ser o principal órgão re-

gulador responsável por emitir pronunciamentos técnicos contábeis, tendo em vista o

avanço da internacionalização e convergência das normas contábeis.

 Assim, de acordo com a Resolução nº 1.055/05, o CPC – Comitê de Pronuncia-

mentos Contábeis - tem como objetivos o estudo, o preparo e a emissão de Pronuncia-mentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de inormações

dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora, visando

à centralização e à uniormização do seu processo de produção, levando sempre emconta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

O CPC tem na sua composição as seguintes entidades:

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 ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas;

 APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profssionais de In-

 vestimento do Mercado de Capitais;

BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo;

CFC – Conselho Federal de Contabilidade;

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;

FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuarias e Fi-

nanceiras.

E como membros convidados permanentes:

BACEN – Banco Central do Brasil;

CVM – Comissão de Valores Mobiliários;

SRF – Secretaria da Receita Federal;SUSEP – Superintendência de Seguros Privados.

Como o CPC não é um órgão governamental, não possui poderes legais para

transormar os pronunciamentos contábeis em normas. Assim, depois que o CPC emite

seus pronunciamentos, interpretações e orientações, os órgãos reguladores emitem

seus atos próprios.

 Assim, os órgãos reguladores, como CVM, CFC, BACEN, SUSEP, emitem atos

próprios, adotando os pronunciamentos do CPC.

Quanto às entidades obrigadas a seguir as disposições da Lei nº 11.638/07, trata-

se de todas as empresas obrigadas a seguir a lei das S/A, o que compreende não

só as sociedades anônimas, como as limitadas tributadas pelo Lucro Real, conorme

Decreto-lei nº 1.598/77. Adicionalmente, incluem-se também as empresas de grande

porte.

 As sociedades de grande porte são entidades que tenham receita bruta anual de

R$ 300 milhões ou ativos totais de R$ 240 milhões. Tais sociedades passam agora a ter 

as mesmas obrigações que as sociedades por ações no que se reere à sua escrituração,

elaboração de demonstrações contábeis e obrigatoriedade de auditoria independente.

No fnal do capítulo apresentamos um apêndice comparativo das principais al-

terações promovidas pela lei nº 11.638/07, bem como pela Lei nº 11.941/09.

3.1 Balanço patrimonial 

O Balanço Patrimonial é um relatório estático e tem por objetivo apresentar to-

dos os bens e direitos da empresa, assim como as obrigações da entidade em determi-

nado período.

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No Balanço Patrimonial, as contas são classifcadas segundo os elementos do

patrimônio que registram, e agrupadas de modo a acilitar o conhecimento e a análise

da situação fnanceira da companhia, pois é a demonstração contábil que evidencia

resumidamente o Patrimônio da entidade, de orma quantitativa e qualitativa.

Os bens, direitos e obrigações compõem o patrimônio da empresa. O ativo é re-

presentado pelo conjunto dos bens e direitos, e as obrigações são representativas do

passivo da entidade. A dierença existente entre o total do ativo e o total das obriga-

ções denomina-se Patrimônio Líquido.

O Balanço Patrimonial se apresenta da seguinte orma:

ATIVO PASSIVO

Bens Obrigações

Direitos Ptrimônio líquido

 A Medida Provisória nº 449/08, publicada no Diário Ofcial da União em

04/12/2008, em seu art. 36 altera o art. 178 da Lei nº 6404/76, e em consequência, a

Lei nº 11.638/07, mais precisamente os grupos do Ativo e Passivo, conorme abaixo.

O Ativo oi dividido em 02 grandes grupos: o Ativo Circulante e o Ativo não

Circulante, contendo neste o longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível,

desaparecendo as fguras do Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente

como grupo, sendo agora subgrupo do Ativo não Circulante.

O Ativo Dierido como subgrupo do ativo permanente desaparece, porém o

saldo do mesmo poderá ser amortizado até seu fndar.

O Passivo também teve modifcações em sua estética, sendo dividido também

em 02 grandes grupos: o Passivo Circulante e o Passivo Não Circulante, desaparecendo

os grupos Passivo Exigível a Longo Prazo e Resultado de Exercícios Futuro, pois todos

os citados oram incorporados pelo Passivo Não Circulante; detalhe: não deixaram de

existir, apenas são subgrupos no Passivo Não Circulante. Já o Patrimônio Líquido con-

tinua sendo considerado grupo conorme determina a Lei nº 11.638/07.

 A Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 3.2 – conceitua o Balanço Patri-

monial como a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantita-tivamente, numa determinada data, a posição patrimonial e fnanceira da Entidade, e

quanto ao conteúdo e à estrutura do mesmo observa-se que o Balanço Patrimonial é

constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.

O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos

controlados pela entidade, capazes de gerar beneícios econômicos uturos, ori-

ginados de eventos ocorridos;

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 As contas do ativo são dispostas em ordem decrescente dos prazos

esperados de realização, estabelecidos ou esperados, observando-se

iguais procedimentos para os grupos e os subgrupos.

Os direitos são classifcados em grupos do Circulante, desde que os pra-

zos esperados de realização, estabelecidos ou esperados, situem-se no

curso do exercício subsequente à data do balanço patrimonial.

Os direitos são classifcados no grupo Não Circulante - Realizável a

Longo Prazo - desde que os prazos esperados de realização dos direitos

situe-se após o término do exercício subsequente à data do balanço

patrimonial.

Os elementos da mesma natureza e os saldos de reduzido valor quandoagrupados não devem ultrapassar, no total, um décimo do valor do res-

pectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos

como “diversas contas” ou “contas-correntes”.

O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações

para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a

sua liquidação;

 As contas do Passivo são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade;

 As obrigações serão classifcadas no Passivo Circulante, desde que os

prazos de exigibilidade situem-se no curso do exercício subsequente à

data do balanço patrimonial.

 As obrigações serão classifcadas no Passivo Não Circulante - Exigível

a Longo Prazo - desde que os prazos de vencimento situem-se, após o

término do exercício subsequente à data do balanço patrimonial.

O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a dierença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Quando o va-

lor do Passivo or maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo

a Descoberto. Portanto, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por 

Passivo a Descoberto.

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Contas do Ativo As contas que compõem o ativo, de acordo com a Lei nº 11.941/09, devem ser 

agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

 Ativo Circulante, composto de:

a) Disponível: recursos fnanceiros que se encontram à disposição ime-

diata da entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e

em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liqui-

dez imediata.

b) Créditos: títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos.

c) Estoques: valores reerentes às existências de produtos acabados, pro-dutos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de con-

sumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às ativida-

des-fm da entidade.

d) Despesas Antecipadas: aplicações em gastos que tenham realização no

curso do período subsequente à data do balanço patrimonial.

e) Outros Valores e Bens: itens isoladamente não relevantes, relacionados

às atividades-fm da entidade.

 Ativo Não Circulante 

Realizável a Longo Prazo. São os ativos reeridos nos itens a), b), c), d), e) ante-

riores, cujos prazos esperados de realização situem-se após o término do exercí-

cio subsequente à data do balanço patrimonial.

Permanente. São os bens e direitos não destinados à transormação direta em

meios de pagamento e cuja perspectiva de permanência na entidade ultrapasse

um exercício. São constituídos pelos seguintes subgrupos:

a) Investimentos: participações em sociedades, além dos bens e direitos

que não se destinem à manutenção das atividades-fm da entidade.

b) Imobilizado: bens e direitos tangíveis utilizados na consecução das

atividades-fm da entidade.

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c)  Intangível: o grupo intangível passa a ser ormado por contas que

estavam em outros grupos do Ativo Permanente e por novas transa-

ções, que representam bens incorpóreos, como as marcas, patentes, os

direitos de concessão, os direitos de exploração, direitos de ranquia,

direitos autorais, gastos com desenvolvimento e produtos novos, ágio

pago por expectativa de resultado uturo.

Contas do Passivo As contas que compõem o passivo, de acordo com a Lei 11.941/09, devem ser 

agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

Passivo Circulante 

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabeleci-

dos ou esperados situem-se no curso do exercício subsequente à data do balançopatrimonial.

Passivo Não Circulante 

E  xigível a Longo Prazo. São as obrigações conhecidas e os encargos estimados,

cujos prazos estabelecidos ou esperados situem-se após o término do exercício

subsequente à data do balanço patrimonial.

Patrimônio Líquido. As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser 

agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

Capital Social

Reserva de Capital

 Ajuste de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucro

 Ações em Tesouraria

Prejuízos Acumulados

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USIMINAS S/ABalanços Patrimonais em 31 de dezembro (em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Ativo

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5) 1.279.064 1.679.934 2.053.372 2.924.241

Títulos e valores mobiliários (Nota 6) 886.073 891.234 1.029.675 1.083.763

Contas a receber (Nota 7) 1.491.475 738.583 1.793.143 1.678.558

Estoques (Nota 9) 3.052.250 2.702.962 3.637.203 3.637.203

Impostos a recuperar (Nota 10) 376.035 345.661 434.756 512.774

Imposto de renda e contribuição social

dieridos (Nota 11) 51.873 42.476 94.154 102.909Dividendos a receber (Nota 8) 21.571 441.963 13.895

Adiantamentos a ornecedores 40.690 26.053 77.221 101.440

Demais contas a receber 153.164 184.227 209.218 399.168

Total do ativo circulante 7.352.195 7.053.093 9.328.742 11.898.801

Não circulante

Realizável a longo prazo

Imposto de renda e contribuição socialdieridos (Nota 11)

458.792 475.316 580.908 781.345

 Valores a receber de empresas ligadas(Nota 8)

56.627 65.068 7.344 8.295

Depósitos judiciais (Nota 20) 308.335 158.006 315.038 210.994

Instrumentos fnanceiros (Nota 27) 184.423 18.233 184.423

Impostos a recuperar (Nota 10) 260.504 70.195 271.373 186.533

Demais contas a receber 50.902 34.940 53.913 76.097

Total do ativo realizável a longo prazo 1.319.583 821.758 1.412.999 1.263.264

Investimentos (Nota 12) 4.086.147 9.319.595 1.726.934 2.377.274Imobilizado (Nota 13) 10.536.105 4.476.347 11.561.652 11.561.652

Intangível (Nota 14) 1.563.316 1.477.192 1.717.006 1.701.005

Total do ativo não circulante 17.505.151 16.094.892 16.418.591 15.681.252

Total do ativo 24.857.346 23.147.985 25.747.333 27.580.053

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Balanços Patrimonais em 31 de dezembro (em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Passivo e Patrimônio Líquido

Circulante

Fornecedores, empreiteiros e retes 724.198 591.506 815.286 1.102.405

Empréstimos e fnanciamentos (Nota 15) 635.319 261.183 734.605 1.059.491

Debêntures (Nota 16) 18.669 28.851 18.669 28.851

Adiantamentos de clientes 44.529 14.923 197.545 205.419

 Valores a pagar a empresas ligadas (Nota 8) 126.640 207.056 54.776 55.599

Salários e encargos sociais 141.596 107.940 206.519 207.812

Tributos a recolher (Nota 17) 99.073 64.726 130.383 87.092

Tributos parcelados (Nota 18) 68.683 19.432 70.087 22.222Imposto de renda e contribuição social apagar (Nota 11)

9.387 444.754

Imposto de renda e contribuiçãosocial dieridos (Nota 11)

40.289 63.346 41.153 92.035

Dividendos a pagar (Nota 23) 383.078 611.557 383.119 612.569

Instrumentos fnanceiros derivativos (Nota 27) 66.029 22.838 66.029 181.736

Passivo atuarial (Nota 22) 93.517 84.426 93.517 94.307

Contas a pagar – Codesp (Nota 19) 138.512 138.512

Demais contas a pagar 173.946 118.665 278.230 225.498

Total do passivo circulante 2.754.078 2.196.449 3.237.817 4.419.790

Não circulante

Empréstimos e fnanciamentos (Nota 15) 3.861.039 3.228.108 3.684.531 4.502.920

Debêntures (Nota 16) 1.100.000 1.100.000 1.100.000 1.100.000

 Valores a pagar a empresas ligadas (Nota 8) 1.719 1.719

Tributos parcelados (Nota 18) 78.752 87.891 85.859 94.885

Imposto de renda e contribuição socialdieridos (Nota 11)

128.258 54.071 128.302 68.501

Provisão para contingências (Nota 20) 340.275 302.371 373.709 654.629Provisão para recuperação ambiental (Nota 21) 90.482 76.800 90.482 76.800

Passivo atuarial (Nota 22) 1.162.793 946.263 1.162.793 1.354.510

Instrumentos fnanceiros derivativos (Nota 27) 788 247.264 143.636

Demais contas a pagar 80.806 43.605 62.372 47.179

Total do passivo não circulante 6.843.193 5.840.828 6.935.312 8.044.779

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Participação dos acionistas minoritários 355.406 86.541

Patrimônio líquido (Nota 23)Capital social 12.150.000 12.150.000 12.150.000 12.150.000

Reservas de lucros 3.315.028 2.480.678 3.273.751 2.398.913

Ajustes de avaliação patrimonial (204.953) 480.030 (204.953) 480.030

Total do patrimônio líquido 15.260.075 15.110.708 15.218.798 15.028.943

Total do passivo e do patrimônio líquido 24.857.346 23.147.985 25.747.333 27.580.053

 As metas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações nanceir as.

Page 36: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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3.2 Demonstração do resultadoDe acordo com a NBC T 3.3, a demonstração do resultado é a demonstração

contábil destinada a evidenciar a composição do resultado ormado num determinado

período de operações da entidade.

Observado o princípio de competência, a demonstração do resultado evidenciará

a ormação dos vários níveis de resultados mediante conronto entre as receitas e os

correspondentes custos e despesas.

Conteúdo e Estrutura A demonstração do resultado compreenderá: as receitas e os ganhos do período,

independentemente de seu recebimento; e os custos, despesas, encargos e perdas pagos

ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas.

A evidenciação das receitas, custos e despesas na demonstração do resultado

apresentar-se-á de orma ordenada, conorme abaixo:

as receitas decorrentes da exploração das atividades-fns;

os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devolu-

ções e os cancelamentos;

os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;

o resultado bruto do período;

os ganhos e as perdas operacionais;

as despesas administrativas com vendas, fnanceiras e outras, e as re-

ceitas fnanceiras;

o resultado operacional;

as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das ativi-

dades-fm;

o resultado antes das participações e dos impostos;

as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;

as participações no resultado;

o resultado líquido do período.

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USIMINAS S/ADemonstrações do resultado. Exercícios ndos em 31 de dezembro.(em milhares de reais, exceto quando indicado de outra orma)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Receita bruta de vendas e serviços

 Vendas de produtos

Mercado interno 9.943.643 10.510.106 12.427.317 18.419.000

Mercado externo 1.458.258 850.785 1.955.444 2.351.337

 Vendas de serviços 93.708 115.412 446.956 411.166

11.495.609 11.476.303 14.829.717 21.181.503

Deduções da receita bruta, principalmenteimpostos sobre vendas

(2.977.000) (2.941.015) (3.905.577) (5.474.974)

Receita líquida de vendas e serviços 8.518.609 8.535.288 10.924.140 15.706.529

Custos dos produtos e serviços vendidos (7.184.626) (5.585.748) (8.843.478) (9.698.386)

Lucro bruto 1.333.983 2.949.540 2.080.662 6.008.143

Receitas (despesas) operacionais (Nota 24)

Despesas com vendas (180.851) (136.754) (284.139) (254.011)

Despesas gerais e administrativas (286.908) (163.948) (429.205) (303.073)

Honorários da Administração (23.885) (40.552) (27.099) (53.970)

Outras receitas (despesas) operacionais,líquidas

(230.727) (49.619) (421.178) (419.055)

(722.371) (390.873) (1.161.621) (1.030.109)

Lucro operacional antes do resultadofnanceiro e das Participações societárias

611.612 2.558.667 919.041 4.978.034

Resultado fnanceiro (Nota 25)

Receitas fnanceiras 121.454 407.028 136.889 982.306

Despesas fnanceiras 829.046 (1.406.617) 666.648 (2.170.207)

950.500 (999.589) 803.537 (1.187.901)

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Resultado de participações societárias(Nota 12)

Equivalência patrimonial 155.036 2.000.061 167.558 457.882

Passivo a descoberto (35.744)

119.292 2.000.061 167.558 457.882

Lucro operacional antes do imposto de renda, dacontribuição social e das participações minoritárias

1.681.404 3.559.139 1.890.136 4.248.015

Imposto de renda e contribuição social(Nota 11)

Imposto de renda (274.019) (227.627) (396.654) (736.538)

Contribuição social (104.293) (82.731) (147.473) (271.684)

(378.312) (310.358) (544.127) (1.008.222)

Participação dos acionistas minoritários (2.429) (15.360)

Lucro líquido do exercício 1.303.092 3.248.781 1.343.580 3.224.433

Quantidade de ações em circulação no fnaldo exercício

493.599.583 493.599.583

Lucro líquido por ação do capital social nofnal do exercício

R$2,6400 R$6,5818

 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações nanceiras.

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3.3 Demonstração das mutações do Patrimônio LíquidoDe acordo com a NBC T 3.5, demonstração das mutações do patrimônio líquido

é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patri-

mônio líquido da entidade, num determinado período de tempo.

Conteúdo e Estrutura A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:

os saldos no início do período;

os ajustes de exercícios anteriores;

as reversões e transerências de reservas e lucros;

os aumentos de capital, discriminando sua natureza;

a redução de capital;

as destinações do lucro líquido do período;os ajustes de avaliação patrimonial;

o resultado líquido do período;

as compensações de prejuízos;

os lucros distribuídos;

os saldos no fnal do período

Page 40: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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USIMINAS S/ADemonstração das mutações do patrimônio líquido (em milhares de reais)

Reservas de Capital Reservas de lucros

Capitalsocial

 Valor excedentena subscrição

de ações

Ações emtesouraria

LegalPara

investimentos

e capital de giro

Ajustes deavaliação

patrimonial

Lucrosacumulados

Total

Em 31 de dezembro de 2007 8.100.000 105.295 (105.295) 698.454 3.733.294 12.531.748

Ajustes de adoção da –Lei nº. 11.638/07

(12.776) (12.776)

Em 1° de janeiro de 2008 -ajustado

8.100.000 105.295 (105.295) 698.454 3.733.294 (12.776) 12.518.972

 Valor de mercado títulos disponíveispara venda

27 27

 Variação cambial de investimentos

no exterior

437.708 437.708

Tradução de moeda 42.295 42.295

Aumento de capital 4.050.000 3.733.294

Lucro líquido do exercício 3.248.781 3.248.781

Destinação do lucro líquido do exercício (Nota 23 (d))

Reserva legal 162.439 (162.439)

Juros sobre capital próprio (758.004) (758.004)

Dividendos (379.071) (379.071)

Reserva de investimento ecapital de giro

1.936.491 (1.936.491)

Em 31 de dezembro de 2008 12.150.000 105.295 (105.295) 544.187 1.936.491 480.030 15.110.708

 Valor de mercado títulos disponíveispara venda

(27) (27)

 Variação cambial de investimentosno exterior

(505.412) (505.412)

Tradução de moeda (171.200) (171.200)

Ajuste de variação cambial(valor justo)

(8.344) (8.344)

Dividendos prescritos 1.510 1.510

Lucro líquido do exercício 1.303.092 1.303.092

Destinação do lucro líquido do exercício (Nota 23 (d))

Reserva legal 65.155 (65.155)

Juros sobre capital próprio (397.885) (397.885)

Dividendos (72.367) (72.367)

Reserva de investimento ecapital de giro

769.195 (769.195)

Em 31 de dezembro de 2009 12.150.000 105.295 (105.295) 609.342 2.705.686 (204.593) 15.260.075

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3.4 Demonstração do fuxo de caixa A DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) indica as alterações ocorridas no exer-

cício do saldo de caixa e equivalente caixa, isto é, as entradas e saídas de recursos da

empresa em um determinado período.

O Pronunciamento Técnico “CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa”, é a

norma que especifca sobre sua elaboração, as subdivisões da Demonstração do Fluxo

de Caixa, bem como os métodos de elaboração.

Quanto à obrigatoriedade da publicação, todas as empresas obrigadas a publicar 

suas Demonstrações Contábeis devem publicar a DFC, exceto as que tiverem patrimô-

nio líquido inerior a R$ 2 milhões.

3.5 Demonstração do valor adicionado

 A DVA (Demonstração do Valor Adicionado) tem como objetivo demonstrar a

riqueza gerada pelas entidades e sua distribuição entre uncionários, governo, acio-

nistas e credores, ou seja, de acordo com (Marion, 2002), evidenciará a riqueza pro-

duzida pela empresa num determinado período, ou seja, quanto oi adicionado de

 valor a seus atores de produção, a orma de sua distribuição e quanto permanecerá

retido na empresa.

 As diretrizes e alguns exemplos para a elaboração da DVA estão no Pronuncia-

mento Técnico CPC 09. Quanto à obrigatoriedade de publicação, somente as compa-

nhias abertas têm a obrigatoriedade de publicar.

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USIMINAS S/ADemonstrações dos fuxos de caixa. Exercícios ndos em 31 de dezembro.(em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Ajustes para conciliar o resultado

Lucro líquido do exercício 1.303.092 3.248.781 1.343.580 3.224.433

Encargos e variações monetárias/cambiais líquidas

(1.196.019) 847.373 (1.123.038) 1.192.228

Despesas de juros 276.105 190.101 339.711 339.599

Depreciação e amortização 605.348 341.585 817.366 873.067

Baixa de imobilizado e dierido (2.739) 73.332 404 211.897Participações em controladas e coligadas (155.036) (2.000.061) (167.558) (457.882)

Imposto de renda e contribuição social dieridos 278.863 (159.102) 305.499 (405.515)

Constituição (reversão) de provisões (263.440) 344.353 (71.439) 382.059

Participação de minoritários 2.429 15.360

(Acréscimo) decréscimo de ativos

Títulos e valores mobiliários 5.161 (603.654) 54.088 (370.718)

Contas a receber 28.183 86.808 (56.498) 138.999

Estoques 1.353.114 (1.328.487) 1.510.053 (2.388.339)

Impostos a recuperar 67.917 (321.254) 7.029 (404.146)

 Valores a receber de empresas ligadas 8.441 (63.774) 951 (8.295)

Depósitos judiciais (58.396) 761 (76.227) 18.747

Outros 29.095 (65.229) 186.007 (234.945)

Acréscimo (decréscimo) de passivos

Fornecedores, empreiteiros e retes 143.042 261.607 92.731 268.609

Adiantamentos de clientes 29.606 3.652 (7.874) (180.097)

 Valores a pagar a sociedades ligadas (149.511) 112.361 (2.542) (24.816)

Tributos a recolher 17.071 (40.445) 36.944 (93.381)Imposto de renda e contribuição social (31.952) (100.524) (436.333) 114.384

Juros pagos (321.449) (104.181) (415.129) (232.037)

Passivo atuarial pago (139.342) (148.821)

Outros 22.279 (110.635) 93.454 (178.408)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.849.433 613.368 2.284.787 1.800.803

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 Continuação:

 Demonstrações dos fuxos de caixa. Exercícios ndos em 31 de dezembro.

(em milhares de reais)

Fluxos de caixa das atividades de investimentos

(Adições) baixas de investimentos (437.974) (84.725) 30.340 25.711

Adições para imobilizado (1.699.194) (1.138.459) (2.060.597) (2.224.944)

Adições do intangível (7.741) (1.554.848) (14.798) (1.618.026)

Dividendos recebidos 107.074 341.427 89.695 27.664

Aquisição Zamprogna (69.336)

Incorporação Cosipa 43.158

Caixa líquido aplicado nas atividades deinvestimentos

(1.994.677) (2.436.605) (2.024.696) (3.789.595)

Fluxos de caixa das atividades de fnanciamentos

Ingressos de empréstimos efnanciamentos e debêntures

744.135 3.075.892 1.054.450 3.455.941

Pagamento de empréstimos e fnanciamentos (341.413) (146.318) (1.357.900) (634.141)

Juros pagos de tributos parcelados (21.900) (24.927) (23.498) (24.994)

Resgate de operações de swap  63.295 (14.151) (104.304) (128.843)

Dividendos e juros sobre capital próprio pagos (699.743) (1.145.026) (699.708) (1.151.422)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas)atividades de fnanciamentos

(255.626) 1.745.470 (1.130.960) 1.516.541

 Variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa 7.238 7.238

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (400.870) (70.529) (870.869) (465.013)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.679.934 1.970.101 2.924.241 3.950.937

Ajustes de adoção da Lei nº. 11.638/07 (*) (219.638) (561.683)

Caixa e equivalentes de caixa no fnal do exercício 1.279.064 1.679.934 2.053.372 2.924.241

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (400.870) (70.529) (870.869) (465.013)

(*) Reclassicação de parte de saldo de abertura para Títulos e Valores Mobiliários.

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USIMINAS S/ADemonstração do valor adicionado. Exercícios ndos em 31 de dezembro.(em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

Receitas

 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 11.342.185 11.401.174 14.605.600 21.029.447

Reversão (constituição) de provisão paracréditos de liquidação duvidosa

3.911 (6.973) 3.787

Outras receitas 9.662 7.901 13.828 12.774

11.351.847 11.412.986 14.612.455 21.046.008

Insumos adquiridos de terceiros

Custos dos produtos, das mercadorias edos serviços vendidos

(6.824.107) (6.394.375) (8.976.288) (11.255.078)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (831.021) (439.922) (1.012.159) (1.018.572)

Perda de valores ativos (13.066)

(7.655.128) (6.834.297) (10.001.513) (12.273.650)

 Valor adicionado bruto 3.696.719 4.578.689 4.610.942 8.772.358

Depreciação, amortização e exaustão (605.348) (284.726) (817.366) (503.204)

 Valor adicionado líquido produzido pela Companhia 3.091.371 4.293.963 3.793.576 8.269.154

 Valor adicionado recebido em transerência

Participação em sociedades controladas e coligadas 119.292 2.000.061 167.558 457.883

Receitas fnanceiras 250.390 407.028 381.887 982.277

Aluguéis e royalties 137 1.300

Superávit da Femco 83.413 102.959

 Variações cambiais líquidas 1.063.513 970.533

1.516.608 2.407.089 1.623.074 1.441.460

 Valor adicionado a distribuir 4.607.979 6.701.052 5.416.650 9.710.614

Page 45: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Distribuição do valor adicionado.

Controladora Consolidado

2009 2008 2009 2008

 Valor % Valor % Valor % Valor %

Pessoal e encargos

Salários e encargos 563.013 12,22 356.588 5,32 826.239 15,25 706.955 7,28

FGTS 116.517 2,53 42.066 0,63 149.686 2,76 76.974 0,79

Honorários da Administração 23.885 0,52 40.552 0,61 25.982 0,48 53.970 0,56

Participação dosempregados nos lucros

57.366 1,24 32.723 0,49 58.448 1,08 76.688 0,79

Planos de aposentadoria e pensão 57.731 1,25 156.804 2,33 64.305 1,19 176.989 1,82818.512 17,76 628.733 9,38 1.124.650 20,76 1.091.576 11,24

Impostos, taxas e contribuições

Federais (*) 1.229.840 26,69 936.874 13,98 1.410.758 26,04 2.157.330 22,22

Estaduais 906.278 19,67 598.455 8,93 1.004.834 18,55 1.077.570 11,10

Municipais 21.963 0,48 13.383 0,20 36.042 0,67 32.573 0,34

Incentivos fscais 4.193 0,09 13.757 0,21 5.902 0,09 27.114 0,27

2.162.274 46,93 1.562.469 23,32 2.456.726 45,35 3.294.587 33,93

Remuneração de capitais de terceiros

Juros 475.971 10,33 1.406.617 20,99 591.682 10,92 2.061.488 21,23

Aluguéis 3.606 0,07 9.527 0,10

Outras (151.870) (3,30) (145.547) (2,17) (103.594) (1,91) 29.003 0,30

324.101 7,03 1.261.070 18,82 491.694 9,08 2.100.018 21,63

Remuneração de capitais próprios

Juros sobre capital próprio 397.885 8,63 758.004 11,31 397.885 7,35 758.004 7,81

Dividendos 72.367 1,57 379.071 5,66 73.119 1,35 379.071 3,90

Lucros retidos 832.840 18,08 2.111.705 31,51 875.005 16,15 2.102.718 21,65

Participação dos acionistas nãocontroladores nos lucros retidos

(2.429) (0,04) (15.360) (0,16)

1.303.092 28,28 3.248.780 48,48 1.343.580 24,81 3.224.433 33,20

 Valor adicionado distribuído 4.607.979 100,00 6.701.052 100,00 5.416.650 100,00 9.710.614 100,00

(*) Os encargos previdenciários estão classicados na rubrica Tributos Federais.

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questãoLucros para mais e para menosEstudo da FGV mostra impactos do alinhamento às normas

internacionais nos balanços das companhias (autora Yuki Yokoi -

Revista Capital Aberto pg 63 n. 81 maio 2010)

Um estudo da divisão de pesquisa da Fundação Getúlio Var-gas (GV Pesquisa), coordenado pela proessora Edilene Santana San-

tos, avaliou os principais impactos da nova legislação contábil – Lei

nº 11.638 - nos balanços das companhias. A lei e a regulamenta-

ção subsequente, ditada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC), alinharam a contabilidade brasileira ao padrão internacional,

o International Financial Reporting Standards (IFRS). Foram 175

empresas avaliadas, selecionadas dentre as companhias abertas que

entregaram até abril de 2009 demonstrações acompanhadas das ta-

belas de reconciliação de resultados.

Nas empresas que desrutavam de incentivos governamen-

tais, o lucro líquido aumentou 10%, ou mais, em 73% dos casos. O

impacto é resultado da nova orma de contabilizar subsídios e in-

centivos fscais, diretamente como parte da receita das companhias

benefciadas, conorme prevê o pronunciamentos CPC 07. Já as re-

gras que prevêem a contabilização de instrumentos fnanceiros pelo

 valor justo reduziram o lucro líquido em 10% ou mais, em 19% das

empresas avaliadas. E as operações de arrendamento mercantil en-

xugaram a última linha da demonstração de resultados em até 5%,

em 52% da empresas. Na prática, o leasing fnanceiro, até entãocontabilizado como uma espécie de aluguel, passou a ser registrado

como uma compra parcelada.

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 47/130apresentação | 4

para leituraOutra norma impactante oi a capitalização de despesas. An-

tes, despesas com potencial de gerar receitas no uturo – como gastos

com pesquisa e desenvolvimento, pré-operacionais e ágio resultante

de uma combinação de negócios, por exemplo – eram classifcadas

como ativo dierido. Com o CPC 04, equivalente à norma IAS 38,

o ativo dierido oi extinto, e esses gastos passaram a ser lançados

contra o resultado da companhia. Assim, 32% das companhias tive-

ram redução de pelo menos 10% no lucro líquido, com destaque para

o setor de construção.

Por trás dessas mudanças está a idéia de tornar a contabili-

dade um retrato cada vez mais fel da realidade. Na avaliação da

proessora, a qualidade das demonstrações melhorou com a ado-

ção do primeiro grupo de pronunciamentos, mas o elevado número

de companhias que não apresentaram a reconciliação de resultados

(143 de um total de 318 listadas) demonstra que é preciso valorizar 

a aplicação das novas regras e preparar estimativas sobre os impac-

tos dos pronunciamentos que ainda não são de adoção obrigatória.

Para os resultados deste ano, impactos signifcativos também são

esperados, especialmente em setores como papel e celulose (por conta

da nova regra sobre contabilização de ativos orestais) e concessões.

Page 48: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Questões para discussão

a) Especifque quais as demonstrações contábeis obrigatórias segundo a Leinº 6.404/76 e alterações posteriores.

b) O que você entende por Balanço Patrimonial e como é sua estrutura legalem termos de agrupamento de contas?

c) O que representa uma Demonstração do Resultado? Faça um esquemademonstrando os vários conceitos de resultados.

d) Descreva a utilidade da Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.

e) O que você entende por Demonstração de Valor Adicionado?

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ReerênciasSILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Paulo: Atlas, 2006.

BRASIL. Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedadespor ações. Diário Ofcial da União, Brasília, 17 dez. 1976. Disponível em:http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010

BRASIL. Lei nº 9.249 de 15 de dezembro de 1995. Dispõe sobre as sociedadespor ações. Diário Ofcial da União, Brasília, 17 dez. 1995. Disponível em:http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010

BRASIL. Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Dispõe sobre as alterações daLei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Diário Ofcial da União, Brasília, 28dez. 2007. Disponível em: http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010

BRASIL. Lei nº 11.941 de 27 de maio de 2009. Dispõe sobre alterações da legis-lação tributária. Diário Ofcial da União, Brasília, 27 mai. 2009. Disponívelem: http://.planalto.gov.br. Acesso em 22.05.2010

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (Brasil). Resolução CFC nº 1.055/05.

_____. Resolução CFC número– 750. Disponível em: <www.cc.org.br>. Acessoem 22.05.2010

 Normas Técnicas de Contabilidade. Disponível em: <www.cpc.org.br> e <www.cvm.gov.br>. Acesso em 22.05.2010

MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 8a ed. São Paulo: Atlas, 2002.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 6a ed. São Paulo: Atlas, 2000.

 YOKOI, Yuki. Impactos do alinhamento às normas internacionais nos balanços dascompanhias. Revista Capital Aberto, São Paulo, n.81, p. 63, 2010

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 padro  .  .  .  .  .  .  .  ..  .  .  .  .  .  .  .  ..  .  .  .  .  .  .  .  ..

  .  .  .  .  .  .  .  ..  .  .  .  .  .  .  .  ..

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izaçãodas demonstrações contábeis

 A análise das demonstrações contábeis exige uma preparação inicial das peças

contábeis, denominada de padronização das demonstrações contábeis. É uma etapa

que precede a análise propriamente dita.

 A padronização das demonstrações contábeis tem como objetivo trazer as de-

monstrações para um padrão de classifcação e ordenamento das contas, visando a di-

minuição das dierenças nos critérios utilizados pelas empresas na apresentação de tais

demonstrativos contábeis. Ou seja, é transcrever as demonstrações para uma planilha

de análise a fm de que sejam apresentadas de orma homogênea, simples de visualizar 

e ácil de entender, seguindo critérios próprios adotados pelo analista.

Mesmo havendo uma estrutura legal para a apresentação das demonstrações

contábeis, se observarmos as demonstrações contábeis de dierentes empresas, notare-

mos certas particularidades e contas que sejam inerentes a sua atividade. Daí a neces-

sidade da utilização de uma planilha de análise que possibilite azer os ajustes que se

 julgarem necessários, para que seja de ácil visualização e interpretação.

De acordo com Silva (2006), dentre os ajustes destacam-se os seguintes:

Duplicatas Descontadas. Recomenda-se retirar do ativo circulante e reclassifcar 

para passivo circulante, pois o desconto de duplicatas é um empréstimo para

capital de giro. A reclassifcação possibilita analisar mais adequadamente asontes de recursos que a empresa vem utilizando.

Empréstimos a Interligadas. Quando aparecerem no ativo circulante recomenda-se

reclassifcar para o Ativo Não Circulante no subgrupo Realizável a Longo Prazo.

Esses valores podem até retornar à empresa no curto prazo, no entanto, como

os devedores exercem inuência decisiva sobre a empresa, normalmente esses

empréstimos não têm data para serem liquidados.

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Empréstimos de Diretores e/ou Interligadas. Quando aparecerem no Passivo Não

Circulante subgrupo Exigível a Longo Prazo, recomenda-se reclassifcar para o Pas-

sivo Circulante. Esse é oposto ao anterior, pois valores que a empresa obtém a título

de empréstimo junto às pessoas ou empresas ligadas podem ser exigidos a qualquer 

momento, por isso, recomenda-se reclassifcar para o exigível a curto prazo.

Deduções do Patrimônio Líquido. São valores deduzidos do Ativo por represen-

tarem valores de diícil realização ou de realização duvidosa. Dentre as princi-

pais deduções do Patrimônio Líquido destacam-se:

Bens Obsoletos. Bens que ainda constam na contabilidade da empresa

mas não possuem valor de venda ou condições de utilização.

Débitos de Diretores, Cotistas e Solidários. Normalmente esses valoresconstituem retiradas eitas pelos sócios, não contabilizadas como despesa.

Débitos de empresas do mesmo grupo econômico. Quando or represen-

tativo de operações que não azem parte das atividades normais da em-

presa, a dedução somente deve ser eita quando orem considerados de

diícil realização. Não se inclui neste item os débitos por ornecimento

de mercadorias ou serviços.

Depósitos Judiciais. Valores depositados em juízo enquanto a empresa

discute uma dívida fscal, trabalhista ou outras de diícil sucesso.

Outros Valores de diícil realização ou incobráveis. Representativo de

 valores registrados no Balanço Patrimonial que eetivamente não re-

presentem bens ou direitos realizáveis, tais como: cheques sem undos,

duplicatas incobráveis, estoques invendáveis, etc.

Nas páginas a seguir, um modelo de planilha de Análise de Balanço disponível

no site do BANDES (Banco de Desenvolvimento do estado do Espírito Santo)

<www.bandes.com.br. Acesso em 20 set. 2010>. A planilha utilizada pela instituição para análise das demonstrações contábeis de

seus clientes apresenta, bom nível de sintetização e de aproundamento, porém sem a

pretensão de atender a todas as necessidades do analista, em todos os tipos de análise.

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Empresa

Períodos 31/12/2008 31/12/2009 31/12/2010 31/12/2011

Balanços 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000Resultados 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000

BALANÇOS COMPARADOS

Em R$ mil

ITEM/ANO dez/08 AV% dez/09 AV% dez/10 AV% dez/11 AV%

ATIVO

CIRCULANTE 0 0 0 0

Caixa e BancosAplicações Financeiras

Clientes

Estoques

Outros

REALIZÁVEL A L. PRAZO

PERMANENTE 0 0 0 0

Investimentos

Imobilizado

Intangível

ATIVO TOTAL 0 0 0 0

OBSERVAÇÕES:

ITEM/ANO dez/08 AV% dez/09 AV% dez/10 AV% dez/11 AV%

PASSIVO

CIRCULANTE 0 0 0 0

Fornecedores

Financiamentos

Impostos e Cont. aRecolher

Salários/Encargos Sociais

Adiantamento de Clientes

Dividendos

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Outros

NÃO CIRCULANTE

EXIGÍVEL A L. PRAZO 0 0 0 0

Financiamentos

I.R./Cont. SocialEmpréstimos Control/Coligadas

Outros

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 0 0 0 0

Capital Social

Reservas de Capital

Ajuste de Valor Patrimonial

Reservas de Lucros

Prejuízos Acumulados

Ações em Tesouraria

TOTAL DO PATRIMÔNIOLÍQUIDO

PASSIVO TOTAL 0 0 0 0

OBSERVAÇÕES:

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

Em R$ mil

RECEITA BRUTA

(-) Deduções

RECEITA LÍQUIDA 0 0 0 0

(-) C.P.V 0 0 0 0

Custo Fixo

Custo Variável

LUCRO BRUTO 0 0 0 0

Despesas ComerciaisDespesas Administrativas

Outras Rec./Desp. Opera-cionais

EBITDA (*) 0 0 0 0

( - ) Depreciação eAmortização

EBIT 0 0 0 0

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Receitas Financeiras

Despesas Financeiras

(+/-)Var. Monet. Ativas/Passivas

LUCRO OPERACIONAL 0 0 0 0(+/-) Equiv. Patrimonial

(+/-) Rec./Desp.NãoOperacionais

(+/-) Res. Correção Mo-netária

LUCRO LÍQ. ANTESI.R./C.S.

0 0 0 0

Imposto de Renda/C.S.

Participações

LUCRO/PREJUÍZOLÍQUIDO

0 0 0 0

R$ mil

Uma vez planilhados os dados das demonstrações contábeis, o analista avaliará

a consistência dos mesmos, visando a identifcação de eventuais erros de planilha-

mento, irregularidades ou inconsistências, tais como:

 verifcar se o total do ativo está igual ao valor total do passivo mais o

patrimônio líquido;

avaliar a evolução e características dos itens classifcados como circu-

lantes e não circulantes no ativo;

avaliar a evolução do Patrimônio Líquido;

avaliar o detalhamento e composição do endividamento

avaliar de modo qualitativo e quantitativo o resultado do exercício.

 A coluna AV reere-se a análise vertical, que será apresentada no capítulo seguinte.

Page 56: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Questões para discussão

a) O que você entende por padronização das demonstrações contábeis?

b) Justifque a reclassifcação de duplicatas descontadas que nas demons-trações contábeis publicadas apresentam-se como redutoras de duplicatasa receber e grande parte dos analistas, em sua planilha de análise as reclas-sifcam para o passivo circulante?

ReerênciasSILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Paulo: Atlas, 2006.

 ANÁLISE de balanço. Disponível em: www.bandes.com.br Acesso em 20set 2010.

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 57/130apresentação | 5

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das demonstrações contábeis

Segundo Matarazzo (2003), a análise de balanço constitui-se num processo de

meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação

da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e fnanceiros.

Dessa maneira, a análise das demonstrações é o método de comparação dos

dados das demonstrações, com a fnalidade de se extrairem inormações de como a

entidade está atuando economicamente e fnanceiramente no mercado.

Todavia, as demonstrações contábeis isoladamente não possuem a qualifcação

da inormação contábil, uma vez que expressam dados numéricos. Mas, com conheci-

mento das técnicas de análise, estes dados se tornam inormações úteis a seus usuários.

Conorme Matarazzo (2003), os dados são números ou descrição de objeto que,

isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor. Já a inormação representa

para quem a recebe uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, reqüen-

temente acompanhada do eeito surpresa.

 Assim, a Análise das Demonstrações Contábeis, tem como objetivo transormar 

dados em inormações e é tanto mais efciente quanto melhores inormações produzir.

Para otimizar a aplicabilidade das técnicas de análise, utilizaremos as demons-

trações contábeis da empresa Exemplo S/A datadas de 31 de dezembro de 2007,2008 e

2009 , com o propósito da aplicação dos conceitos que serão mencionados.

análise 

Page 60: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 60/13060 | análise das demonstrações contábeis

Empresa Exemplo S.ABalanço Patrimonial (Milhares de R$)

2007 2008 2009

ATIVO

Ativo Circulante 5.000 4.200 4.500

Caixa e Bancos 500 700 400

Clientes 3.500 1.500 2.600

Estoques 1.000 2.000 1.500

Ativo Não Circulante 4.600 5.900 6.800

Realizável a Longo Prazo 1.600 800 400

Aplicação Financeira 1.600 800 400

Permanente 3.000 5.100 6.400Imobilizado 3.000 5.100 6.400

TOTAL DO ATIVO 9.600 10.100 11.300

PASSIVO

Passivo Circulante 2.000 1.800 2.000Empréstimos 500 600 400

Fornecedores 1.000 700 1.100Salários a Pagar 300 300 400

Impostos a Recolher 200 200 100

Passivo Não Circulante 7.600 8.300 9.300Exigível a Longo Prazo 3.500 2.900 2.100

Financiamentos 3.500 2.900 2.100

Patrimônio Líquido 4.100 5.400 7.200TOTAL DO PASSIVO 9.600 10.100 11.300

Page 61: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Demonstração do Resultado do Exercício

R$ Mil R$ Mil R$ Mil

2007 2008 2009

Receita Operacional Bruta 16.200 18.300 26.400(-) Impostos sobre Vendas 3.100 3.500 5.200

(=) Receita Operacional Líquida 13.100 14.800 21.200(-) Custo das Mercadorias Vendidas 5.700 6.100 7.800

(=) Lucro Bruto 7.400 8.700 13.400(-) Despesas Comerciais 2.100 2.400 3.960

(-) Despesas Administrativas 1.100 1.100 1.200

(-) Despesa de Pessoal 820 840 900

(-) Despesas Financeiras 1.450 1.150 1.100

(+) Receitas Financeiras 50 80 70

(+) Outras Receitas Operacionais 250 50 220= Lucro Operacional 2.230 3.340 6.530

(=/-) Rec./Desp. Não Operacionais 280 300 1.200

= Lucro Antes do I.R. 1.950 3.040 5.330(-) Provisão p/ I.R. e C.S.S.L. 690 1.064 1.860

= Lucro Líquido 1.260 1.976 3.470

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5.1 Técnicas de análise das Demonstrações Contábeis

 Análise Vertical  A técnica da Análise Vertical do Balanço Patrimonial busca demonstrar a partici-

pação percentual de cada conta ou grupo de contas das demonstrações contábeis, ou seja,

a participação de cada elemento patrimonial em relação ao total do Ativo ou Passivo.

Balanço Patrimonial (Milhares de R$)

2007 AV% 2008 AV% 2009 AV%

ATIVO

Ativo Circulante 5.000 52 4.200 42 4.500 40

Caixa e Bancos 500 5 700 7 400 4Clientes 3.500 36 1.500 15 2.600 23

Estoques 1.000 11 2.000 20 1.500 13

Ativo Não Circulante 4.600 48 5.900 58 6.800 60

Realizável a Longo Prazo 1.600 17 800 8 400 4

Aplicação Financeira 1.600 17 800 8 400 4

Permanente 3.000 31 5.100 50 6.400 56

Imobilizado 3.000 31 5.100 50 6.400 56

TOTAL DO ATIVO 9.600 100 10.100 100 11.300 100

Observações

PASSIVO

Passivo Circulante 2.000 21 1.800 18 2.000 18

Empréstimos 500 5 600 6 400 3

Fornecedores 1.000 10 700 7 1.100 10

Salários a Pagar 300 4 300 3 400 4

Impostos a Recolher 200 2 200 2 100 1Passivo Não Circulante 7.600 79 8.300 82 9.300 82Exigível a Longo Prazo 3.500 36 2.900 29 2.100 19

Financiamentos 3.500 36 2.900 29 2.100 19

Patrimônio Líquido 4.100 43 5.400 53 7.200 63

TOTAL DO PASSIVO 9.600 100 10.100 100 11.300 100

Page 63: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 63/130análise das demonstrações contábeis | 6

Com base nos demonstrativos contábeis da empresa Exemplo S/A, podemos

responder às seguintes questões, entre outras:

Quais as contas ou grupos de contas mais signifcativas do ativo?

Quais as contas ou grupos de contas mais signifcativas do passivo?

Na Demonstração do Resultado do Exercício, é analisada a participação per-

centual de cada item da demonstração, ou seja, custos, despesas e outras em relação

percentual à Receita Operacional Bruta. É de grande importância, pois demonstra a

participação percentual das receitas e despesas, evidenciando aquelas que mais in-

uenciaram na ormação do resultado.

Demonstração do Resultado do Exercício (Milhares de R$)

Com base na análise vertical da demonstração de resultado da empresa Exemplo

S/A, podemos responder a questões, como:

Qual a participação percentual dos custos no aturamento da empresa?

Quanto representam as despesas administrativas no aturamento da empresa?

2007 AV% 2008 AV% 2009 AV%

Receita Operacional Bruta 16.200 100 18.300 100 26.400 100

(-) Impostos sobre Vendas 3.100 19 3.500 19 5.200 20

(=) Receita Operacional Líquida 13.100 81 14.800 81 21.200 80(-) Custo das Mercadorias Vendidas 5.700 35 6.100 33 7.800 29

(=) Lucro Bruto 7.400 46 8.700 48 13.400 51(-) Despesas Comerciais 2.100 13 2.400 13 3.960 15

(-) Despesas Administrativas 1.100 7 1.100 6 1.200 5

(-) Despesa de Pessoal 820 5 840 5 900 3(-) Despesas Financeiras 1.450 9 1.150 6 1.100 4

(+) Receitas Financeiras 50 0,3 80 0,4 70 0,3

(+) Outras Receitas Operacionais 250 2 50 0,3 220 1

= Lucro Operacional 2.230 14 3.340 19 6.530 25(=/-) Rec./Desp. Não Operacionais 280 2 300 2 1.200 5

= Lucro Antes do I.R. 1.950 12 3.040 17 5.330 20(-) Provisão p/ I.R. e C.S.S.L. 690 4 1.064 6 1.860 7

= Lucro Líquido 1.260 8 1.976 11 3.470 13

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 64/13064 | análise das demonstrações contábeis

 Análise Horizontal 

De acordo com MATARAZZO (2003), a técnica da Análise Horizontal baseia-se

na evolução de cada conta ou grupo de uma série de demonstrações contábeis em re-

lação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração fnanceira básica,

geralmente a mais antiga da série.

Cumpre ressaltar que é através da análise horizontal que podemos observar o

comportamento dos diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, per-

mitindo a análise de tendência.

Balanço Patrimonial (Milhares de R$)

 

2007 AH% 2008 AH% 2009 AH%

ATIVO

Ativo Circulante 5.000 100 4.200 84 4.500 90

Caixa e Bancos 500 100 700 140 400 80

Clientes 3.500 100 1.500 43 2.600 74

Estoques 1.000 100 2.000 200 1.500 150

Ativo Não Circulante 4.600 100 5.900 128 6.800 148

Realizável a Longo Prazo 1.600 100 800 50 400 25

Aplicação Financeira 1.600 100 800 50 400 25

Permanente 3.000 100 5.100 170 6.400 213

Imobilizado 3.000 100 5.100 170 6.400 213

TOTAL DO ATIVO 9.600 100 10.100 105 11.300 117

PASSIVO 19X1 % 19X2 % 19X3 %

Passivo Circulante 2.000 100 1.800 90 2.000 100

Empréstimos 500 100 600 120 400 80

Fornecedores 1.000 100 700 70 1.100 110

Salários a Pagar 300 100 300 100 400 133

Impostos a Recolher 200 100 200 100 100 50

Passivo Não Circulante 7.600 100 8.300 109 9.300 122Exigível a Longo Prazo 3.500 100 2.900 83 2.100 60

Financiamentos 3.500 100 2.900 83 2.100 60

Patrimônio Líquido 4.100 100 5.400 132 7.200 175

TOTAL DO PASSIVO 9.600 100 10.100 105 11.300 117

Page 65: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Com base na análise horizontal dos três últimos exercícios da empresa Exemplo

S/A, podemos responder a questões como:

Qual a variação do ativo total da empresa de 2009 para 2007?

Quais os itens patrimoniais que mais contribuíram para essa variação?

Qual a variação do capital próprio ao longo do período analisado?

Demonstração do Resultado do Exercício

Com os demonstrativos acima estruturados, podemos azer uma série de análi-

ses comparativas, tanto da variação dos valores de cada conta ou grupo de contas ao

longo dos exercícios, quanto da variação dos índices apresentados pela empresa nos

períodos analisados.

Com base na análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício dostrês últimos exercícios da empresa Exemplo S/A, podemos responder a questões como:

Qual a evolução da Receita Operacional Líquida ao longo dos 03 anos

analisados?

Qual a evolução das despesas comercias, administrativas e de pessoal

ao longo do período analisado?

2007 AH% 2008 AH% 2009 AH%

Receita Operacional Bruta 16.200 100 18.300 113 26.400 163

(-) Impostos sobre Vendas 3.100 100 3.500 113 5.200 168

(=) Receita Operacional Líquida 13.100 100 14.800 113 21.200 162(-) Custo das Mercadorias Vendidas 5.700 100 6.100 107 7.800 137

(=) Lucro Bruto 7.400 100 8.700 118 13.400 181(-) Despesas Comerciais 2.100 100 2.400 114 3.960 189

(-) Despesas Administrativas 1.100 100 1.100 100 1.200 109

(-) Despesas de Pessoal 820 100 840 102 900 110

(-) Despesas Financeiras 1.450 100 1.150 79 1.100 76

(+) Receitas Financeiras 50 100 80 160 70 140

(+) Outras Receitas Operacionais 250 100 50 20 220 88

= Lucro Operacional 2.230 100 3.340 150 6.530 293

(=/-) Rec./Desp. Não Operacionais 280 100 300 107 1.200 429= Lucro Antes do IR 1.950 100 3.040 156 5.330 273

(-) Provisão p/ I.R. e C.S.S.L. 690 100 1.064 154 1.860 269

= Lucro Líquido 1.260 100 1.976 157 3.470 275

Page 66: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 66/130

 A análise horizontal dos índices possui a grande vantagem de dispensar a pre-

ocupação do analista quanto aos patamares de inação no período considerado, uma

 vez que os índices são resultados de comparações de grandezas de uma mesma data.

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 67/130apresentação | 6

ReerênciasMATARAZZO, Dante C. Análise nanceira de balanços. Abordagem básica e geren-

cial. 5 ed. São Paulo: Atlas.2003.

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análise através de índices

De acordo com Matarazzo (2006), os índices são erramentas que têm como

característica undamental ornecer uma visão ampla da situação econômica ou f-

nanceira de uma empresa, através da relação entre contas ou grupo de contas das

Demonstrações Contábeis.

Os índices servem de medida para os diversos aspectos econômicos e fnanceiros

das empresas. Fazendo um paralelo com um médico que se utiliza de certos indicadores,

tais como pressão arterial, níveis de colesterol, glicose e outros para elaborar um quadro

clínico do paciente, os índices permitem ao analista construir um quadro da situação

econômica e fnanceira da empresa. Matarazzo (2006) descreve que, por mais dierente

que sejam os interesses dos usuários, o parâmetro da análise pode ter duas abordagens:

Financeira, em que o enoque é a situação de caixa e liquidez da empresa,

levando-se em consideração a capacidade de geração e manutenção dos indi-

cadores de desempenho, quanto a seu equilíbrio fnanceiro, abrangendo dessa

orma os índices de estrutura de capitais e de liquidez;

Econômica, que tem como oco a situação e capacidade de geração de resulta-

dos pela empresa, em seus exercícios sociais, além de permitir a avaliação pelo

usuário se a rentabilidade do negócio é compatível com o esperado, em unçãodo risco inerente às suas atividades operacionais, representado pelos índices de

rentabilidade da empresa.

 Assim, os índices são divididos em índices que evidenciam aspectos relaciona-

dos à situação fnanceira da empresa e índices que evidenciam aspectos da situação

econômica. Os índices da situação fnanceira, de acordo com Matarazzo (2006), são

por sua vez divididos em:

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Índices de Estrutura de Capitais

Índices de Liquidez

E os índices que evidenciam a situação econômica da empresa são os índices de

rentabilidade.

Quanto ao conjunto de índices que são utilizados na análise das demonstrações

contábeis, alguns são apresentados por determinados autores de orma dierente dos

demais, mesmo com relação a índices que constam de praticamente todas as obras e

trabalhos acadêmicos, com pequenas dierenças de órmula. Por exemplo, no que tan-

ge ao índice de rentabilidade do Patrimônio Líquido, existem autores que apresentam

a rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Inicial, outros sobre o Patrimônio Líquido

Médio e outros sobre o Patrimônio Líquido Final. Com relação ao índice de Imobiliza-

ção do Capital Próprio, existem autores que apresentam a órmula utilizando o Ativo

Permanente Médio, e outros utilizando o Ativo Permanente Final do exercício; são,contudo pequenas dierenças que não chegam a aetar propriamente a análise.

6.1 Índices de Estrutura de Capitais

Para que seja acilitada a análise das demonstrações contábeis, esses índices, de

caráter fnanceiro, têm por objetivo expor como estão alocados os recursos da empresa

e de onde estes são oriundos. Em geral, têm a lógica de quanto menor or o resultado

destes índices, melhor será a situação da empresa analisada.

De acordo com Silva (2006), os índices de estrutura de capitais estão relaciona-

dos às grandes linhas de decisões fnanceiras em termos de obtenção e aplicação de

recursos. Assim, por meio desses índices é possível identifcar o nível do endivida-

mento da empresa, o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações

totais, bem como o percentual dos recursos próprios aplicados no fnanciamento do

ativo não circulante.

Os índices de estrutura de capitais utilizados neste trabalho serão:

Índice de Endividamento Geral;

Índice de Participação de Capitais de Terceiros;Composição do Endividamento;

Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido.

Índice de Endividamento Geral Este índice revela o grau de endividamento total da empresa. Expressa a propor-

ção de recursos de terceiros fnanciando o Ativo e, complementarmente, a ração do

 Ativo que está sendo fnanciada pelos recursos próprios.

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 A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção

de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem fnanciando seu Ativo predominan-

temente com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção.

Interpretação

O índice demonstra para cada R$ 100,00 de recurso investido no Ativo da em-

presa, quanto é de origem de terceiros.

 A interpretação é que quanto menor o endividamento, menor o risco que a

empresa estará oerecendo aos oertantes de capital. Entretanto, deve-se considerar 

que determinadas empresas convivem muito bem com endividamento relativamente

elevado, principalmente quando o endividamento tiver um perfl de longo prazo, ouquando o Passivo de Curto Prazo não or oneroso, mas ruto de uma adequada admi-

nistração de prazos junto aos ornecedores.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresenta no ano de 2007 um endividamen-

to geral de 57,29% [($ 2.000 + $ 3.500) / ($ 9.600) x 100]. Ou seja, para cada R$ 100,00

investidos no Ativo da empresa, R$ 57,29 são originários de capital de terceiros.

 Ao longo dos anos observa-se uma redução do índice de endividamento geral

da empresa.

Índice de Participação de Capitais de TerceirosEste índice é o comparativo da participação do total do capital de terceiros em

relação ao capital próprio da entidade analisada. Tendo como principal objetivo a

mensuração do quanto a entidade fnancia suas atividades com capital de terceiros.

Interpretação

O índice demonstra para cada R$ 100,00 de recurso próprio investidos na em-

presa, quanto é de origem de terceiros. A interpretação é de que quanto menor seja

seu resultado, melhor é a situação da entidade.

Quando esse índice or igual a 100%, estará indicando que os capitais de ter-

Capitais de Terceiros x 100

Total do Ativo

Capitais de Terceiros x 100Patrimônio Líquido

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Endividamento Geral 57,29% 46,53% 36,28%

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ceiros são iguais aos capitais próprios; se o resultado or maior que 100%, indicará a

predominância de capitais de terceiros e, quando or menor que 100%, mostrará que

os capitais próprios superam as obrigações com terceiros.

 A análise desse indicador por diversos exercícios demonstra o índice de endi-

 vidamento geral e a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa

 vem se fnanciando com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice de

participação de capitais de terceiros de 134,15% [($ 2.000 + $ 3.500) / ($ 4.100) x 100].

Ou seja, existe uma predominância de capitais de terceiros na estrutura de capital da

empresa, pois para cada R$ 100,00 de capital próprio (PL) a empresa possui R$ 134,15

de capital de terceiros.

Observa-se ao longo dos anos uma redução da participação de capitais de ter-

ceiros na estrutura de capitais da empresa.

Composição do EndividamentoEste índice tem como objetivo expor a situação do endividamento da empresa

no que diz respeito a prazo de vencimento. Uma empresa com um grande volume de

obrigações no curto prazo terá uma maior pressão para que gere recursos o mais rápi-

do possível para honrar seus compromissos.

Interpretação

O índice demonstra a composição do endividamento no que diz respeito ao

prazo de vencimento, ou seja, do total de capital de terceiros, quanto está concentrado

no curto prazo. A interpretação é de que quanto menor seja seu resultado, melhor 

para a entidade. A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresenta um índice de Composição do

Endividamento de 36,36 % [($ 2.000) / ($ 2.000 + $ 3.500) x 100]. Ou seja, 36,36% do

endividamento total da empresa concentram-se no curto prazo. Ou, ainda, de cada R$

100,00 de dívidas totais, R$ 36,36 estão no Passivo Circulante.

Passivo Circulante x 100

Total do Capital de Terceiros

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009Índice de Participação de Capitais de Terceiros 134,00% 87,04% 56,94%

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Composição do Endividamento 36,36% 38,30% 48,78%

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Observa-se ao longo dos anos que apesar do endividamento geral da empresa

apresentar redução, o perfl da dívida vem se alterando, concentrando-se mais no

curto prazo.

Índice de Imobilização do Patrimônio LíquidoEste índice indica o quanto do Patrimônio Líquido está aplicado no Ativo Per-

manente, demonstrando, desta maneira, o quanto a empresa fnancia com recursos

próprios o seu ativo circulante.

O índice demonstra o percentual de comprometimento de recurso próprio com

fnanciamento do ativo permanente. A interpretação é de que quanto menor seja seuresultado, melhor é a situação da entidade.

Com a extinção do grupo, os valores que correspondem ao antigo Ativo

Permanente devem ser destacados do Ativo Não Circulante.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice de

Imobilização do Patrimônio Líquido de 73,17% [ $ 3.000 / $ 4.100) x 100 ]. Isto indica

que a empresa está imobilizando 73,17% do seu Patrimônio Líquido; sobram, portanto,

26,83% de recursos próprios para aplicação no Ativo Circulante ou no de Longo Prazo

da empresa.

6.2. Índices de Liquidez 

Os índices de liquidez mostram a base da situação fnanceira da empresa, a par-

tir do conronto dos Ativos Realizáveis a curto e longo prazo com as dívidas de igual

período, visando à medição da solidez da empresa.

 A premissa desses índices é de quanto maior melhor, e em caso de valores supe-

riores a 1, estes sinalizam que a empresa possui um valor excedente de recursos para

honrar suas obrigações.

Os índices de liquidez utilizados neste trabalho serão:

Ativo Permanente x 100

Patrimônio Líquido

( )

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Imobilização do Capital Próprio 73,17% 94,44% 88,89%

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Índice de Liquidez Geral;

Índice de Liquidez Corrente;

Índice de Liquidez Seca;

Índice de Liquidez Geral Este índice conronta o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo com o

total do Capital de Terceiros, indicando quanto a empresa possui em bens e direitos

realizáveis a curto e longo prazo, para honrar suas dívidas totais.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice deliquidez geral de 1,2 [($ 5.000 + $ 1.600) / ($ 2.000 + $ 3.500)]. Ou seja, para cada R$

1,00 de dívida total a empresa dispõe de R$ 1,20 em recursos de longo e curto prazo

para azer rente às obrigações.

Índice de Liquidez Corrente Este índice conronta o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, indicando

quanto a empresa possui em bens e direitos realizáveis a curto prazo para honrar suas

dívidas de curto prazo.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice de

liquidez corrente de 2,5 [($ 5.000 / $ 2.000)]. Ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida decurto prazo a empresa dispõe de R$ 2,50 em recursos de curto prazo para azer rente

às obrigações.

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

Ativo Circulante

Passivo Circulante

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Liquidez Geral 1,20 1,06 1,20

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Liquidez Corrente 2,50 2,33 2,25

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Índice de Liquidez SecaEste índice indica a capacidade que a empresa possui de quitar suas dívidas de

curto prazo, sem a realização do estoque, ou seja, somente com os ativos que possuem

liquidez , tais como: disponível, aplicações fnanceiras e clientes de rápida conversi-

bilidade em dinheiro.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou um índice de liquidez seca de

2,0 [($ 5.000 - $ 1.000) / $ 2.000]. Mesmo sem vender seus estoques, ela dispõe de R$

2,00 para cada R$ 1,00 de obrigações de curto prazo. Demonstrando, assim, que não

depende da venda dos estoques para liquidar seus compromissos.

Se a liquidez seca or igual ou maior que 1, pode-se dizer que a empresa nãodepende da venda de seus estoques para saldar seus compromissos de curto prazo. Por 

outro lado, quanto mais abaixo da unidade, maior será a dependência de vendas para

honrar suas dívidas.

6.3 Índices de Rentabilidade 

Os índices de rentabilidade medem o retorno do capital investido na empresa e

dizem se o retorno é ou não satisatório. Para isso, basta criar um paralelo com o custo

de oportunidade do capital próprio em uma aplicação com mesmo nível de risco.

 Assim, os índices de rentabilidade demonstram o grau de êxito econômico da em-

presa, e a interpretação é de que quanto maior or seu resultado, melhor estará a empresa.

Os índices de rentabilidade utilizados neste trabalho serão:

Índice de Rentabilidade do Ativo;

Índice de Rentabilidade das Vendas;

Índice de Rentabilidade do Capital Próprio.

Índice de Rentabilidade do AtivoEste índice mensura o retorno proporcionado pelos ativos da empresa, pois conron-

ta o Ativo Total com o Lucro Líquido do Exercício. Matarazzo (2003) expõe este índice

como uma medida da capacidade que a empresa tem em gerar lucro líquido e capitalizar-se.

Ativo Circulante - Estoque

Passivo Circulante

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Liquidez Seca 2,00 1,22 1,50

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 A interpretação deste índice reere-se a quanto a empresa consegue obter de

retorno para cada R$ 100,00 investidos no ativo da empresa.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice de

Rentabilidade do Ativo de 13,13% [($1.260 / $ 9.600) x 100]. Ou seja, o Lucro do

Exercício representa 13,13% do Ativo Total da empresa. Ou, para cada R$ 100,00 in-

 vestidos no Ativo, a empresa obteve R$ 13,13 de lucro.

Índice de Rentabilidade das VendasEste índice, conhecido também como Margem Líquida, busca mensurar quanto de

lucro líquido a empresa obteve para cada R$ 100,00 de vendas alcançadas no período.

 A interpretação desse índice reere-se quanto a empresa consegue obter de re-

torno para cada R$ 100,00 de vendas líquidas.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um índice de

Rentabilidade das Vendas de 9,62% [($1.260 / $ 13.100) x 100]. Ou seja, a rentabilida-

de líquida das vendas equivale a 9,62%. Ou, para cada R$ 100,00 obtidos em vendas

líquidas, a empresa obteve R$ 9,62 de lucro líquido.

Índice de Rentabilidade do Capital PróprioO índice em questão busca mensurar o retorno do capital próprio investido,

servindo como parâmetro na comparação do retorno do capital em relação a um in-

 vestimento de similar risco.

Lucro Líquido x 100

Ativo total

Lucro Líquido x 100

 Vendas Líquidas

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Rentabilidade do Ativo 13,13% 19,56% 30,71%

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Rentabilidade das Vendas 9,62% 13,35% 16,37%

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 A interpretação desse índice é de quanto o acionista consegue obter de retorno

para cada R$ 100,00 de capital próprio investido na empresa.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou um índice de Rentabilidade do

Capital Próprio de 30,73% [($1.260 / $ 4.100) x 100]. Ou seja, a rentabilidade do capi-

tal próprio equivale a 30,73%. Ou, para cada R$ 100,00 de capital próprio, a empresa

obteve como rentabilidade R$ 30,73 de lucro.

Lucro Líquido x 100

Patrimônio Líquido

Quadro evolutivo do índice 

2007 2008 2009

Índice de Rentabilidade do Capital Próprio 30,73% 36,59% 48,19%

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ReerênciasMATARAZZO, Dante C. Análise nanceira de balanços. Abordagem básica e geren-

cial. 5a ed. São Paulo: Atlas.2003.

MATARAZZO, Dante C. Análise nanceira de balanços. Abordagem básica e geren-

cial. 6a ed. São Paulo: Atlas.2006.

SILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Paulo: Atlas, 2006.

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 81/130índices de prazos médios | 8

índicesde prazos médios

Os índices de Prazos Médios, também conhecidos como índices de atividade,

indicam a dinâmica de alguns elementos patrimoniais, isto é, quantos dias levam para

girar (Rotação) durante o exercício. De acordo com Silva (2006), o ideal é que o prazo

de rotação desses elementos não seja analisado individualmente, mas preerencial-

mente em conjunto.

Segundo Matarazzo (2006), a análise dos Prazos Médios constitui importante

instrumento para se conhecer a política de compra, venda e estocagem adotada pela

empresa. A partir dessa análise pode-se avaliar a efciência com que os recursos tais

como Clientes, Fornecedores e Estoques estão sendo administrados.

Os índices de prazos médios utilizados neste trabalho serão:

Prazo Médio de Recebimento das Vendas;

Prazo Médio de Estocagem;

Prazo Médio de Pagamento das Compras;

Ciclo Operacional;

Ciclo Financeiro.

7.1 Prazo Médio de Recebimento das Vendas

Este índice indica o prazo médio de recebimento das vendas totais da empresa,

indicando o tempo decorrido entre a venda de seus produtos e o eetivo ingresso de

recursos. O ideal é que o recebimento das vendas se eetue no menor prazo possível.

Na composição do numerador da órmula abaixo, deve-se considerar que no

 valor de Clientes deverão estar contidos os créditos de curto e longo prazo. No caso

da Receita Operacional Bruta, deverão ser descontados os valores reerentes às devo-

luções ocorridas no período.

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O resultado obtido demonstrará o prazo médio em que a empresa está recebendo

suas vendas; como citado anteriormente, quanto mais rápido ocorrer, melhor para a

empresa, assim, quanto menor o PMRV, melhor.

 A empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2007 um prazo médio de recebi-

mento das vendas de aproximadamente 96 dias (3.500/13.100)* 360.

Obs. Como não estão destacados na demonstração do resultado os va-

lores reerentes à devoluções, utilizou-se para o cálculo do índice a

Receita Líquida do Período.

7.2 Prazo Médio de Estocagem

Este índice exprime o número de dias, em média, em que os estoques são reno-

 vados ou vendidos.

 Assim, o Prazo Médio de Estocagem é o número de dias que decorre, em média,

entre a compra e a venda ou, também, o número de dias, em média, em que os esto-

ques fcam parados na empresa até serem vendidos. O ideal é que os estoques girem o

mais rápido possível.

O resultado obtido demonstrará o prazo médio em que a empresa mantém a mer-

cadoria em estoque. O ideal é que o giro dos estoques se eetue no menor prazo possível.Exemplo: Suponhamos que a empresa Exemplo S/A apresente um PME de apro-

ximadamente 63 dias [($1000 / $5.700) x 360]. Isto é, a empresa, em média, mantém

a mercadoria em estoque por 63 dias até a venda.

Clientes x 360

Receita Operacional Líquida

Estoque x 360

Custo das Mercadorias Vendidas

Quadro evolutivo do prazo médio

2007 2008 2009

Prazo Médio de Recebimento das Vendas 96 36 44

Quadro evolutivo do prazo médio

2007 2008 2009

Prazo Médio de Estocagem 63 118 69

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7.3 Prazo Médio de Pagamento das Compras

O Prazo Médio de Pagamento das Compras exprime o prazo que a empresa vem obten-

do de seus ornecedores para pagamento das compras de matérias-primas e/ ou mercadorias.

 Assim, podemos dizer que o Prazo Médio de Pagamento das Compras é o núme-

ro de dias que decorre, em média, entre a compra e o respectivo pagamento.

Quanto maior o prazo médio de pagamento das compras, melhor será a situação

da empresa, pois estará fnanciando seu capital de giro com recursos não onerosos.

Na composição do numerador da órmula acima, deve-se considerar que no va-

lor de Fornecedores deverão estar contidas as obrigações de curto e longo prazo. Nocaso do não ornecimento do montante de compras do período, este valor poderá ser 

obtido com a utilização da órmula abaixo apresentada:

MC = Montante de Compras

CPV = Custo dos Produtos Vendidos ou Custo das Mercadorias Vendidas

Exemplo: A empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2008 um PMPC de

aproximadamente 35 dias [($700 / $7.100) x 360], ou seja, em média, a empresa está

pagando seus ornecedores com 35 dias de prazo.

Obs. o quadro acima observa-se que no ano de 2007 não oi calculado

o prazo médio de pagamento das compras, pois necessitamos para o

reerido cálculo do saldo do estoque inicial do ano de 2007.

Fornecedores x 360

Montante de Compras do Período

MC = CPV - Estoque Inicial + Estoque Final

Quadro evolutivo do prazo médio

2007 2008 2009

Prazo Médio de Pagamento das Compras – 35 54

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7.4 Ciclo Operacional 

O ciclo operacional indica o tempo entre o momento em que a empresa adquire

as matérias primas e o momento em que recebe o dinheiro relativo às vendas. Ou seja, o

ciclo operacional é uma unidade de tempo e é representado pela soma do prazo médio

de recebimento das vendas com o prazo médio de estocagem.

PMRV = Prazo Médio de Recebimento das Vendas

PME = Prazo Médio de Estocagem

8.5 Ciclo Financeiro

O ciclo fnanceiro corresponde ao período de tempo entre o pagamento eetuado

aos ornecedores e o momento em que a empresa recebe do cliente o dinheiro das ven-

das. É o período médio de tempo em que a empresa necessita ou não de fnanciamento

para complementar seu ciclo operacional.

Ciclo fnanceiro = prazo médio de estoques (PME) + prazo médio de recebimento

das Vendas (PMRV) – prazo de pagamento das compras (PMPC).

Como o Ciclo Financeiro corresponde ao período de tempo entre o pagamento ao

ornecedor e o recebimento das vendas, neste período a empresa precisa fnanciamentospara complementá-lo. Normalmente o Ciclo Financeiro é fnanciado por:

Capital Próprio;

Capital de terceiros, onerosos.

 A exemplo, a empresa Exemplo S/A apresentou no ano de 2008 um Ciclo Finan-

ceiro de aproximadamente 119 dias [PMRV (36) + PME (118) – PMPC (35)]. Isso signifca

CICLO OPERACIONAL = PMRV + PME

CICLO FINANCEIRO = CICLO OPERACIONAL – PMPC

Quadro evolutivo do ciclo operacional 

2007 2008 2009Prazo Médio de Recebimento das Vendas 96 36 44

Prazo Médio de Estocagem 63 118 69

Ciclo Operacional (DIAS) 159 154 113

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 85/130índices de prazos médios | 8

que a empresa paga seus ornecedores com 35 dias em média após a compra e somente

em média 119 dias após esse pagamento receberá o valor da venda a seus clientes.

Para fnanciar suas atividades por 59 dias a empresa poderá, então, utilizar-se de

recursos próprios ou recorrer a ontes onerosas de fnanciamento, tais como desconto deduplicatas ou outros tipos de empréstimos para capital de giro.

Quadro evolutivo do ciclo nanceiro

2007 2008 2009Prazo Médio de Recebimento das Vendas 96 36 44

Prazo Médio de Estocagem 63 118 69

Ciclo Operacional (DIAS) 159 154 113

Prazo Médio de Pagamento das Compras -35 -54

CICLO FINANCEIRO 119 59

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 86/13086 | análise das demonstrações contábeis

ReerênciasMATARAZZO, Dante C. Análise nanceira de balanços. Abordagem básica e geren-

cial. 6a ed. São Paulo: Atlas.2006.

SILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Paulo: Atlas, 2006.

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análise .....

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 89/130análise dinâmica das demonstrações contábeis de acordo com o modelo Fleuriet | 8

inâmicadas demonstrações contábeis de

acordo com o modelo Fleuriet

De acordo com Matarazzo (2006), uma empresa está em equilíbrio fnanceiro

quando o seu gerenciamento produz uxos fnanceiros de entradas dimensionados e

distribuídos ao longo do tempo, de tal orma que permitam enrentar as necessidades

fnanceiras correspondentes aos uxos fnanceiros de saída.

Em termos operacionais, se as entradas de caixa não ocorrerem em volumes

sufcientes e em tempo hábil, surgirá o descompasso entre as entradas e saídas de re-

cursos, surgindo a necessidade de capital de giro.

 A necessidade de capital de giro está diretamente associada com o montante de

recursos que a empresa necessita para fnanciar suas atividades operacionais, decor-

rente de investimentos eitos em estoques, clientes e outros ativos operacionais. Parte

dos recursos para esses investimentos a empresa consegue por meio de sua própria

atividade de orma espontânea como crédito obtido junto a ornecedores. A dierença

a empresa deverá buscar em outra onte de fnanciamento, não operacional.

O investimento em giro (estoques, clientes) e as ontes de fnanciamento es-

pontâneos (ornecedores e outras contas) são contas de natureza permanente, assim,

a dierença entre essas contas é de natureza permanente, ou seja, a necessidade de

capital de giro deveria buscar uma onte de recursos, preerencialmente, de natureza

permanente.

Como ontes de natureza permanente existem: o Patrimônio Líquido e o Exigívelà Longo Prazo (quase permanente por causa do tempo prolongado para o pagamento

das exigibilidades).

 Assim, nos anos 1980, Michael Fleuriet introduziu no Brasil um modelo que

pretendeu trazer uma nova metodologia para análise do capital de giro. Inicialmente,

o modelo propõe uma nova classifcação gerencial para as contas de ativo e passivo

circulante, segundo sua natureza fnanceira ou operacional, sendo essa segregação

essencial para o processo de avaliação das necessidades de capital de giro.

Page 90: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 90/13090 | análise das demonstrações contábeis

Segundo Marques (1998, p. 105):

Em seus estudos sobre a gestão nanceira de empresas, Fleuriet descreveu um

método de análise dinâmica da situação nanceira das organizações, avorecido

 pela experiência rancesa nessa área do conhecimento. Em seguida, outros auto-

res, tais como Brasil e Brasil (1993), Silva (1993) e Braga (1991), aprimoraram

determinados aspectos do modelo original, inclusive no sentido de aplicá-los a

casos reais, bem como buscando divulgá-lo de uma maneira articulada.

Para utilizar o modelo dinâmico de análise nanceira é necessário reclassicar as

contas do balanço patrimonial em ativos circulantes e não circulantes e o grupo

dos ativos circulantes em ativos circulantes operacionais (cíclicos) e ativos circu-

lantes nanceiros (erráticos).

O grupo dos ativos não-circulantes é composto pelos ativos realizáveis em longo

 prazo e pelos ativos permanentes, enquanto o grupo dos passivos não-circulantes

compõe-se pelos passivos exigíveis em longo prazo, pelos resultados de exercícios

 uturos e pelo patrimônio líquido da empresa.

 Assim, de acordo com a metodologia proposta por Fleuriet, o ativo circulante se

subdivide em 02 grandes grupos:

 Ativo Circulante Financeiro (ACF) ou Errático; e

 Ativo Circulante Operacional (ACO) ou Cíclico.

O primeiro é constituído por elementos essencialmente fnanceiros, como

caixa,bancos, aplicações fnanceiras e títulos de curto prazo e, de acordo com Silva

(2006), a variação deste grupo de contas está estritamente associada à conjuntura

econômica e ao risco de maior ou menor liquidez que a empresa deseja assumir.

Por outro lado, o Ativo Circulante Operacional (ACO) ou Cíclico é composto

pelas contas relacionadas às atividades operacionais da empresa, como estoques, du-

plicatas a receber, créditos tributários, sendo inuenciados pelo volume de negóciosou por características das ases do ciclo operacional, como prazos de estocagem ou

política de prazos de venda.

Da mesma orma, o Passivo Circulante se subdivide em:

Passivo Circulante Financeiro (PCF) ou Errático e

Passivo Circulante Operacional (PCO) ou Cíclico.

Page 91: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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O Passivo Circulante Financeiro é composto por empréstimos, fnanciamentos

bancários, duplicatas descontadas, parcelas de curto prazo reerentes a empréstimos

de longo prazo.

O Passivo Circulante Operacional é ormado pelas obrigações de curto prazo da

empresa, diretamente identifcáveis com seu ciclo operacional (ornecedores, salários,

encargos, impostos e taxas).

 Assim, no Ativo temos os investimentos em giro e no Passivo temos ontes na-

turais de fnanciamento, as quais podemos chamar de contas operacionais, pois são

consequência direta da atividade fm (atividade operacional), e são renováveis em un-

ção da atividade empresarial; desta orma, podemos representar a NCG (Necessidade

de Capital de Giro), conorme abaixo:

Contas do Ativo Circulante Cíclico

Clientes

Estoques

Despesas Antecipadas

Outros Ativos Cíclicos

Contas do Passivo Circulante Cíclico

Fornecedores

Impostos a Pagar 

Salários a Pagar 

Contribuições Sociais a Recolher 

Outros Passivos Cíclicos

Nem todo o circulante (ativo e passivo) é ormado por contas cíclicas, existem

contas que são decorrentes de decisões fnanceiras para a aplicação das sobras de cai-

xa e/ou empréstimos para cobertura de caixa, denominadas de contas erráticas, pois

são contas que não estão ligadas diretamente a atividade da empresa e que não são

necessariamente renováveis.

Contas Erráticas do Ativo Circulante 

Disponível

 Aplicações Financeiras

Outros Ativos Financeiros

NCG = Ativo Circulante Cíclico – Passivo Circulante Cíclico

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Contas Erráticas do Passivo Circulante 

Duplicatas Descontadas

Empréstimos Bancários

Financiamentos

Outros Passivos Financeiros

Esta reormulação é estabelecida seguindo as seguintes premissas de Fleuriet:

as contas operacionais ou cíclicas são as contas relacionadas à atividade operacional

da empresa, enquanto que as contas fnanceiras ou erráticas não estão ligadas a sua

atividade operacional.

Para Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, p. 7):

Certas contas apresentam uma movimentação lenta, quando analisadas isolada-

mente ou em relação ao conjunto de outras contas, que, em uma análise de curto prazo, podem ser consideradas como “permanentes ou não-cíclicas” (realizável a

longo prazo, investimentos; reserva de lucros, etc.). Outras contas estão relaciona-

das com o ciclo operacional do negócio e apresentam um movimento “contínuo e 

cíclico” (estoques; clientes; ornecedores, etc.). Finalmente, existem as contas que 

não estão diretamente relacionadas com a operação apresentando movimento “des-

contínuo e errático” (disponível; títulos negociáveis; duplicatas descontadas, etc.).

 Vale ressaltar que a Necessidade de Capital de Giro (NCG) é dierente de Capital

Circulante Líquido (CCL), em virtude da NCG ser composta somente por parte do ativo

e passivo circulantes (somente as contas relacionadas com as operações), conorme a

expressão:

Dependendo da política operacional da empresa, a NCG pode apresentar-se de

orma negativa, o que evidencia um excesso de ontes de fnanciamentos, ou seja, as

saídas de caixa ocorrem depois das entradas de caixa. Neste caso, essa situação denota

que os passivos de uncionamento estão fnanciando plenamente os ativos circulantes

operacionais ou cíclicos, representando uma onte de undos para a empresa.

Os itens do Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo, Investimentos,

Imobilizado e Intangível) e do Passivo Não Cíclico são compostos pelas ontes de f-

nanciamento próprias (Patrimônio Líquido) e de terceiros (Passivo Exigível a Longo

Prazo), representam o conceito de Capital de Giro Próprio (CGP), que representa uma

onte de undos permanente, com a fnalidade de fnanciar a Necessidade de Capital

de Giro, conorme a expressão:

NCG = ACC – PCC

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O Capital de Giro Próprio possui uma característica de certa estabilidade ao lon-

go do tempo, sorendo alterações quando a empresa adquire novos investimentos, que

podem ser realizados através de autofnanciamento (gerado em unção das operações

da empresa), por empréstimos de longo prazo ou por aumentos em dinheiro do capital.

Finalmente, o Saldo de Tesouraria (T) é obtido pelo valor residual decorrente da

dierença entre o Capital de Giro Próprio e a Necessidade de Capital de Giro, conorme

expressão abaixo:

Este saldo de tesouraria representa a olga fnanceira que a empresa possui para

azer rente a eventuais expansões da necessidade de investimentos operacionais em

giro (ACC). A condição undamental para que a empresa esteja em equilíbrio fnancei-

ro é que seu saldo de tesouraria seja positivo.

Nas páginas a seguir, estão os demonstrativos contábeis da empresa Exemplo

S/A que serão utilizados para o cálculo da NCG (Necessidade de Capital de Giro) de

acordo com o modelo Fleuriet.

CGP = Passivo Não Circulante - Ativo Não Circulante

T = CGP – NCG

Page 94: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 94/13094 | análise das demonstrações contábeis

Empresa Exemplo S.ABalanço Patrimonial (Milhares de R$)

2007 2008 2009

ATIVO

Ativo Circulante 5.000 4.200 4.500

Caixa e Bancos 500 700 400

Clientes 3.500 1.500 2.600

Estoques 1.000 2.000 1.500

Ativo Não Circulante 4.600 5.900 6.800

Realizável a Longo Prazo 1.600 800 400

Aplicação Financeira 1.600 800 400

Permanente 3.000 5.100 6.400Imobilizado 3.000 5.100 6.400

TOTAL DO ATIVO 9.600 10.100 11.300

PASSIVO

Passivo Circulante 2.000 1.800 2.000Empréstimos 500 600 400

Fornecedores 1.000 700 1.100

Salários a Pagar 300 300 400

Impostos a Recolher 200 200 100Passivo Não Circulante 7.600 8.300 9.300Exigível a Longo Prazo 3.500 2.900 2.100

Financiamentos 3.500 2.900 2.100

Patrimônio Líquido 4.100 5.400 7.200TOTAL DO PASSIVO 9.600 10.100 11.300

Page 95: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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2007 2008 2009

Ativo Circulante Cíclico

Clientes 3.500 1.500 2.600

Estoques (+) 1.000 (+) 2.000 (+) 1.500

Total do Ativo Cíclico 4.500 3.500 4.100

Passivo Circulante Cíclico

Fornecedores 1.000 700 1.100

Salários a pagar (+) 300 300 400

Impostos a recolher (+) 200 200 100

Total do Passivo Cíclico 1.500 1.200 1.600

NGC (ACC - PCC) 3.000 2.300 2.500

Ativo Não CirculanteRealizável a Longo Prazo 1.600 800 400Permanente (+) 3.000 (+) 5.100 (+) 6.400

Total do Ativo Não Circulante 4.600 5.900 6.800

Passivo Não CirculanteExigível a Longo Prazo 3.500 2.900 2.100Patrimônio Líquido (+) 4.100 (+) 5.400 (+) 7.200

Total do Passivo Não Circulante 7.600 8.300 9.300

CGP (PNC - ANC) 3.000 2.400 2.500

T (CGP - NCG) 0 100 0

Page 96: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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 Análise:

No ano de 2007 a empresa possui uma necessidade de capital de giro de R$ 3.000, porém

possui ontes de longo prazo (CGP) em igual valor, apresentando assim uma situação

fnanceira equilibrada.

No ano de 2008 a empresa possui uma necessidade de capital de giro de R$ 2.300, porém

possui ontes de longo prazo (CGP) no valor de R$ 2.400 demonstrando assim uma sobra

fnanceira líquida de R$ 100.

No ano de 2009 a empresa possui uma necessidade de capital de giro de R$ 2.500, porém

possui ontes de longo prazo (CGP) em igual valor, demonstrando assim uma situação

fnanceira equilibrada.

Page 97: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 97/130apresentação | 9

ReerênciasMATARAZZO, Dante C. Análise fnanceira de balanços. Abordagem básica e

gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas.2006.

SILVA, José Pereira da. Análise fnanceira de empresas. São Paulo: Atlas, 2008.

MARQUES, J. A. Modelo dinâmico de análise fnanceira. Revista FAE, São

Paulo p. 105, mai/jun. 1998.

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trabalho A seguir apresentamos o Balanço Patrimonial e a Demonstra-

ção do Resultado dos 03 (três) últimos anos da empresa Cia. ANÁ-

LISE, e solicitamos que você eetue a análise econômica e fnanceira

da empresa, utilizando-se da Análise Horizontal, da Análise Vertical,

da Análise através dos Índices Econômicos e Financeiros, bem como

a análise da NCG e da situação fnanceira da empresa, de acordo

com o Modelo Fleuriet.

EMPRESA: CIA. ANÁLISE Balanço Patrimonial 

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3ATIVO

Ativo Circulante

Disponível 51.098 39.464 37.500

Aplicações Financeiras 193.454 121.373 93.000

Clientes 1.568.460 1.683.768 2.293.592

Estoques 1.126.809 1.559.153 1.976.271

Total do Ativo Circulante 2.939.820 3.403.757 4.400.363

Ativo Não Circulante

Investimentos 108.375 234.713 342.113

Imobilizado 1.041.072 2.276.262 3.602.472

Intangível – 61.344 135.056

Total do Ativo Não Circulante 1.149.447 2.572.319 4.079.640

Total do Ativo 4.089.267 5.976.075 8.480.003

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para análise PASSIVO

Passivo Circulante

Fornecedores 1.062.804 958.598 1.033.187

Outras obrigações 413.435 404.547 650.615

Empréstimos Bancários 99.248 125.144 237.066

Duplicatas Descontadas 435.950 590.828 1.015.049

Total do Passivo Circulante 2.011.436 2.079.116 2.935.916

Passivo Não Circulante

Exigível a Longo PrazoEmpréstimos 471.540 1.213.074 2.241.360

Financiamentos - 573.108 800.987

Patrimônio Líquido

Capital Social 985.625 1.791.236 2.026.245

Reservas 620.667 319.542 475.496

Total do Patrimônio Líquido 1.606.292 2.110.778 2.501.741

Total do Passivo Não Circulante 2.077.832 3.896.960 5.544.087

Total do Passivo 4.089.267 5.976.075 8.480.003

Demonstração do resultado do exercício

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3

Receita Líquida 7.189.685 6.638.799 8.777.379

Custo dos Produtos Vendidos 5.432.295 4.910.295 6.328.007

Lucro Bruto 1.757.390 1.728.504 2.449.373

Despesas OperacionaisDespesas Adminstrativas 743.990 640.838 747.038

Despesas Financeiras 426.462 664.224 1.294.947

Receitas Financeiras 16.290 11.343 8.903

Outras Despesas Operacionais 14.178 26.372 41.666

Lucro Operacional 589.050 408.414 374.625

Provisão p/ I.R. e C.S.L. 253.439 157.740 125.691

Lucro Líquido 335.612 250.674 248.934

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êndices

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1Comparativo das alterações

promovidas pela Lei 11.638/07, bemcomo pela Lei 11.941/09.

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Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 142.

Compete ao conselho de administração:

 VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação

de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e a pres-

tação de garantias a obrigações de terceiros;

MP 449/08 Art. 142.

Compete ao conselho de administração:

 VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação

de bens do ativo não-circulante , a constituição de ônus reais e a

prestação de garantias a obrigações de terceiros;

Lei 11.941/09 Art. 142.

Compete ao conselho de administração: VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação

de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais e a

prestação de garantias a obrigações de terceiros;

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 176,

§5º As notas deverão indicar:

a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patri-

moniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação,

amortização e exaustão, de constituição de provisões para en-

cargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis

na realização de elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes

(artigo 247, parágrao único);

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de

novas avaliações (artigo 182, §3º);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as ga-

rantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades even-

tuais ou contingentes;e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das

obrigações a longo prazo;

) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no

exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (artigo 186, §1º);

 

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i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercí-

cio que tenham, ou possam vir a ter, eeito relevante sobre a

situação fnanceira e os resultados uturos da companhia.

MP 449/08 Art. 176,

§5o As notas explicativas devem:

I – apresentar inormações sobre a base de preparação das de-

monstrações fnanceiras e das práticas contábeis específcas sele-

cionadas e aplicadas para negócios e eventos signifcativos; (In-

cluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

II – divulgar as inormações exigidas pelas práticas contábeis

adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma

outra parte das demonstrações fnanceiras; (Incluído pela Medida

Provisória nº 449, de 2008)III – ornecer inormações adicionais não indicadas nas próprias

demonstrações fnanceiras e consideradas necessárias para uma

apresentação adequada; e (Incluído pela Medida Provisória nº

449, de 2008)

IV – indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimo-

niais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação,

amortização e exaustão, de constituição de provisões para en-

cargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis

na realização de elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes

(art. 247, parágrao único);

c) aumento de valor de elementos do ativo resultante de no-

 vas avaliações (art. 182, § 3o);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as ga-

rantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades even-

tuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das

obrigações a longo prazo;) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no

exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e

i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercí-

cio que tenham, ou possam vir a ter, eeito relevante sobre a

situação fnanceira e os resultados uturos da companhia.

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Lei 11.941/09 Art. 176,

§5o As notas explicativas devem:

I – apresentar inormações sobre a base de preparação das de-

monstrações fnanceiras e das práticas contábeis específcas sele-

cionadas e aplicadas para negócios e eventos signifcativos;

(Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

II – divulgar as inormações exigidas pelas práticas contábeis

adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma

outra parte das demonstrações fnanceiras; (Incluído pela Medida

Provisória nº 449, de 2008)

III – ornecer inormações adicionais não indicadas nas próprias

demonstrações fnanceiras e consideradas necessárias para uma

apresentação adequada; e (Incluído pela Medida Provisória nº

449, de 2008)IV – indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimo-

niais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação,

amortização e exaustão, de constituição de provisões para en-

cargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis

na realização de elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes

(art. 247, parágrao único);

c) aumento de valor de elementos do ativo resultante de no-

 vas avaliações (art. 182, §3o);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as ga-

rantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades even-

tuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das

obrigações a longo prazo;

) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no

exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, §1o

); ei) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercí-

cio que tenham, ou possam vir a ter, eeito relevante sobre a

situação fnanceira e os resultados uturos da companhia.

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Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07 N/A 

MP 449/08 Art. 176, §7°

 A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar 

de orma diversa o registro de que trata o § 3o deste artigo. (Incluído

pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art.176, §7°

 A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar 

de orma diversa o registro de que trata o §3o deste artigo.”

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 177, §2°- Escrituração

 As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre ativi-dade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização

de métodos ou critérios contábeis dierentes ou à elaboração de ou-

tras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos

os fns desta Lei, demonstrações fnanceiras em consonância com o

disposto no caput deste artigo e deverão ser alternativamente obser-

 vadas mediante registro: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

I – em livros auxiliares, sem modifcação da escrituração mer-

cantil; ou

II – no caso da elaboração das demonstrações para fns tribu-

tários, na escrituração mercantil, desde que sejam eetuados em

seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a pre-

paração e a divulgação de demonstrações fnanceiras com ob-

servância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas

demonstrações auditadas por auditor independente registrado na

Comissão de Valores Mobiliários.

MP 449/08 Art. 177, §2°- Escrituração

 A companhia observará exclusivamente em livros ou registros au-

 xiliares, sem qualquer modicação da escrituração mercantil e dasdemonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária,

ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto,

que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos

ou critérios contábeis dierentes ou determinem registros, lançamen-

tos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações fnanceiras.

(Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Revogado inciso I e II.

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Lei 11.941/09 Art. 177, §2°- Escrituração

 A companhia observará exclusivamente em livros ou registros au-

 xiliares, sem qualquer modicação da escrituração mercantil e das

demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária,

ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto,

que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos

ou critérios contábeis dierentes ou determinem registros, lançamen-

tos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações fnanceiras.

I – (revogado);

II – (revogado).

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 177, §3°

 As demonstrações fnanceiras das companhias abertas observarão,ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e

serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes regis-

trados na mesma comissão.

MP 449/08 Art. 177, §3°

 As demonstrações fnanceiras das companhias abertas observarão,

ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e

serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores inde-

pendentes nela registrados. (Redação dada pela Medida Provisória nº

449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art. 177, §3°

 As demonstrações fnanceiras das companhias abertas observarão,

ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e

serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores inde-

pendentes nela registrados A Comissão de Valores Mobiliários pode-

rá, a seu critério, disciplinar de orma diversa o registro de que trata

o § 3o deste artigo.”

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 177

§5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a

que se reere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em con-

sonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados

nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº

11.638,de 2007)

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§6o As companhias echadas poderão optar por observar as normas

sobre demonstrações fnanceiras expedidas pela Comissão de Va-

lores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº

11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 177

Mantido.

Lei 11.941/09 Art. 177

Mantido.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 177, §7o

Os lançamentos de ajuste eetuados exclusivamente para harmoni-zação de normas contábeis, nos termos do § 2o deste artigo, e as de-

monstrações e apurações com eles elaboradas não poderão ser base

de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer outros

eeitos tributários (Incluído pela Lei nº 11.638/2007)

MP 449/08 Art. 177, §7°

(Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art.177, §7°

(Revogado)

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 178. Ativo

§1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau

de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) ativo circulante;

b) ativo realizável a longo prazo;

c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado,

intangível e dierido. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 178. Ativo

§1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau

de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e 

II – ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo

 prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela

Medida Provisória nº 449, de 2008)

Page 109: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Lei 11.941/09 Art. 178. Ativo

§1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau

de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e 

II – ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo

 prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 178, §2° Passivo 

No passivo, as contas serão classifcadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios uturos;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas decapital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,

ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Redação dada

pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 178, §2° Passivo

No passivo, as contas serão classifcadas nos seguintes grupos

I – passivo circulante; (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

II – passivo não-circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº

449, de 2008)

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de

capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações

em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Medida Pro-

 visória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art. 178, §2° Passivo

No passivo, as contas serão classifcadas nos seguintes grupos

I – passivo circulante;

II – passivo não-circulante; e 

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas decapital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações

em tesouraria e prejuízos acumulados.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 179, Ativo 

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens

corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou

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da empresa ou exercidos com essa fnalidade, inclusive os decorren-

tes de operações que transfram à companhia os beneícios, riscos

e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

 V – no dierido: as despesas pré-operacionais e os gastos de re-

estruturação que contribuirão, eetivamente, para o aumento do

resultado de mais de um exercício social e que não confgurem

tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na efciência

operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

 VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens in-

corpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos

com essa fnalidade, inclusive o undo de comércio adquirido.

(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 179, AtivoIV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens

corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia

ou da empresa ou exercidos com essa fnalidade, inclusive os de-

correntes de operações que transfram à companhia os beneícios,

riscos e controle desses bens;

V – no dierido: as despesas pré-operacionais e os gastos de re-

estruturação que contribuirão, eetivamente, para o aumento do

resultado de mais de um exercício social e que não congurem

tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eciência

operacional; (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

 VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incor-

póreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com

essa fnalidade, inclusive o undo de comércio adquirido.

Lei 11.941/09 Art. 179, Ativo

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens

corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia

ou da empresa ou exercidos com essa fnalidade, inclusive os de-

correntes de operações que transfram à companhia os beneícios,riscos e controle desses bens;

 V- (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

 VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incor-

póreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com

essa fnalidade, inclusive o undo de comércio adquirido.

Page 111: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 180. Passivo Exigível

 As obrigações da companhia, inclusive fnanciamentos para aquisi-

ção de direitos do ativo permanente, serão classifcadas no passivo

circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo

exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, ob-

servado o disposto no parágrao único do artigo 179.

MP 449/08 Art. 180. Passivo Exigível

 Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive fnanciamentos

para aquisição de direitos do ativo não-circulante , serão classifca-

das no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguin-

te, e no passivo não-circulante , se tiverem vencimento em prazo

maior, observado o disposto no parágrao único do art. 179.

Lei 11.941/09 Art. 180. Passivo Exigível

“As obrigações da companhia, inclusive fnanciamentos para aquisi-

ção de direitos do ativo não circulante , serão classifcadas no passivo

circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo

não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o

disposto no parágrao único do art. 179 desta Lei.” (NR)

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 181. Resultados de Exercícios Futuros

 As obrigações da companhia, inclusive fnanciamentos para aquisi-

ção de direitos do ativo permanente, serão classifcadas no passivo

circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo

exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, ob-

servado o disposto no parágrao único do artigo 179.

MP 449/08  Art. 181. Resultados de Exercícios Futuros

(Revogado)

Lei 11.941/09  Art. 181. Resultados de Exercícios Futuros(Revogado)

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 182, PL

§1º Serão classifcadas como reservas de capital as contas que re-

gistrarem:

I-a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor 

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nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor no-

minal que ultrapassar a importância destinada à ormação do

capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de de-

bêntures ou partes benefciárias;

I - o produto da alienação de partes benefciárias e bônus de

subscrição;

I - o prêmio recebido na emissão de debêntures; (Revogado pela

Lei nº 11.638,de 2007)

d) as doações e as subvenções para investimento. (Revogado

pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08  Art. 182, PL

§1º Serão classifcadas como reservas de capital as contas que re-

gistrarem:I -a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor 

nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor no-

minal que ultrapassar a importância destinada à ormação do

capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de de-

bêntures ou partes benefciárias;

I - o produto da alienação de partes benefciárias e bônus de subscrição;

§2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da

correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado

Lei 11.941/09  Art. 182, PL

§1º Serão classifcadas como reservas de capital as contas que re-

gistrarem:

I - a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o va-

lor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor 

nominal que ultrapassar a importância destinada à ormação do

capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de de-

bêntures ou partes benefciárias;

I - o produto da alienação de partes benefciárias e bônus de

subscrição;§2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da

correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 182, PL, §3o 

Serão classifcadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto

não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime

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de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de

 valor atribuído a elementos do ativo (§5o do art. 177, inciso I do

caput do art. 183 e §3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decor-

rência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação dada pela Lei

nº 11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 182, PL, §3o 

Serão classifcadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto

não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime

de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de

 valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência

da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em

normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base 

na competência conerida pelo §3o do art. 177 . (Redação dada pelaMedida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art. 182, PL, §3o 

Serão classifcadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto

não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime

de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de

 valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência

da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em

normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base

na competência conerida pelo §3o do art. 177 desta Lei.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 183, Avaliação do Ativo

I – as aplicações em instrumentos fnanceiros, inclusive deriva-

tivos, e em direitos e títulos de créditos, classifcados no ativo

circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei

nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se

tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveispara venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

b)pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atu-

alizado conorme disposições legais ou contratuais, ajustado

ao valor provável de realização, quando este or inerior, no

caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;

(Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

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MP 449/08 Art. 183, Avaliação do Ativo

I – as aplicações em instrumentos fnanceiros, inclusive deriva-

tivos, e em direitos e títulos de créditos, classifcados no ativo

circulante ou no realizável a longo prazo:

I - pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destina-

das à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada

pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atua-

lizado conorme disposições legais ou contratuais, ajustado ao

 valor provável de realização, quando este or inerior, no caso

das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;

Lei 11.941/09 Art. 183, Avaliação do AtivoI – as aplicações em instrumentos fnanceiros, inclusive deriva-

tivos, e em direitos e títulos de créditos, classifcados no ativo

circulante ou no realizável a longo prazo:

I - pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destina-

das à negociação ou disponíveis para venda; e

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atua-

lizado conorme disposições legais ou contratuais, ajustado ao

 valor provável de realização, quando este or inerior, no caso

das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 183.

 VI – o ativo dierido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do

saldo das contas que registrem a sua amortização.

 VII – os direitos classifcados no intangível, pelo custo incorrido

na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortiza-

ção; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo

prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados

quando houver eeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08 Art. 183.

 VI – o ativo dierido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do

saldo das contas que registrem a sua amortização.

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 VII – os direitos classifcados no intangível, pelo custo incorrido na

aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

 VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo

prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados

quando houver eeito relevante.

Lei 11.941/09 Art. 183.

VI – o ativo dierido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do

saldo das contas que registrem a sua amortização.( Revogado)

 VII – os direitos classifcados no intangível, pelo custo incorrido na

aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

 VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo

prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados

quando houver eeito relevante.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 183, §1º

Para eeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado.

MP 449/08  Art. 183, §1º

Para eeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo.

Lei 11.941/09  Art. 183, §1º

Para eeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 183, §2º

 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, in-

tangível e dierido será registrada periodicamente nas contas de:

(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007),

a) depreciação;

b) amortização;

c) exuastão.

MP 449/08  Art. 183, §2º

 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intan-

gível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada

pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

a) depreciação;

b) amortização;

c) exuastão.

Page 116: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Lei 11.941/09  Art. 183, §2º

 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intan-

gível será registrada periodicamente nas contas de:

a) depreciação;

b) amortização;

c) exuastão.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 183, §3º

 A companhia deverá eetuar, periodicamente, análise sobre a recupe-

ração dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no di-

erido, a fm de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando

houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividadesa que se destinavam ou quando comprovado que não poderão

produzir resultados sufcientes para recuperação desse valor; ou

(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determina-

ção da vida útil econômica estimada e para cálculo da deprecia-

ção, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08  Art. 183, §3º

 A companhia deverá eetuar, periodicamente, análise sobre a recu-

peração dos valores registrados no imobilizado e no intangível , a fm

de que sejam: (Redação dada pela MP 449/08)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando

houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades

a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão

produzir resultados sufcientes para recuperação desse valor; ou

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determina-

ção da vida útil econômica estimada e para cálculo da deprecia-

ção, exaustão e amortização.

Lei 11.941/09  Art. 183, §3º

 A companhia deverá eetuar, periodicamente, análise sobre a recu-

peração dos valores registrados no imobilizado e no intangível , a fm

de que sejam:

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando

houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades

a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão

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produzir resultados sufcientes para recuperação desse valor; ou

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determina-

ção da vida útil econômica estimada e para cálculo da deprecia-

ção, exaustão e amortização.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 184, Avaliação do Passivo

III – as obrigações, encargos e riscos classifcados no passivo exi-

gível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo

os demais ajustados quando houver eeito relevante. (Redação

dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08  Art. 184, Avaliação do Passivo

III – as obrigações, encargos e riscos classifcados no  passivonão-circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os

demais ajustados quando houver eeito relevante. (Redação dada

pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 184, Avaliação do Passivo

III – as obrigações, os encargos e os riscos classifcados no passi-

vo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os

demais ajustados quando houver eeito relevante.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07 N/A 

MP 449/08 Art. 184-A, Avaliação do Passivo Critérios de Avaliação

em Operações Societárias

 A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na com-

petência conerida pelo §3o do art. 177, normas especiais de ava-

liação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, partici-

pações societárias ou segmentos de negócios.(Incluído pela Medida

Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09 Art. 184-A, Avaliação do Passivo Critérios de Avalia-

ção em Operações Societárias

 A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na com-

petência conerida pelo §3o do art. 177, normas especiais de avalia-

ção e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participa-

ções societárias ou segmentos de negócios.

Page 118: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 187, DRE

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não

operacionais;

 VI – as participações de debêntures, de empregados e administra-

dores, mesmo na orma de instrumentos fnanceiros, e de insti-

tuições ou undos de assistência ou previdência de empregados,

que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº

11.638, de 2007)

MP 449/08  Art. 187, DRE

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras

despesas; (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

 VI – as participações de debêntures, empregados, administradorese partes beneciárias, mesmo na orma de instrumentos fnan-

ceiros, e de instituições ou undos de assistência ou previdência

de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação

dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 187, DRE

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as ou-

tras despesas;

 VI – as participações de debêntures, empregados, administradores

e partes beneciárias, mesmo na orma de instrumentos fnancei-

ros, e de instituições ou undos de assistência ou previdência de

empregados, que não se caracterizem como despesa;

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07 N/A 

MP 449/08 Art. 243, Coligada

§1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha infuência

signicativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§4o Considera-se que há inuência signifcativa quando a investido-

ra detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas

 nanceira ou operacional da investida, sem controlá-la. (Incluído

pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§5o É  presumida infuência signicativa quando a investidora or 

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titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida,

sem controlá-la. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 243, Coligada

§1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha infu-

ência signicativa.

§4o Considera-se que há inuência signifcativa quando a investido-

ra detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas

 nanceira ou operacional da investida, sem controlá-la.

§5o É presumida inuência signifcativa quando a investidora or 

titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida,

sem controlá-la.

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07  Art. 248, Investimento em Coligada e Controlada

No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coliga-

das sobre cuja administração tenha inuência signifcativa, ou de

que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votan-

te, em controladas e em outras sociedades que açam parte de um

mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo

método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes

normas: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

MP 449/08  Art. 248, Investimento em Coligada e Controlada

No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coliga-

das ou em controladas e em outras sociedades que açam parte de 

um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados

 pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguin-

tes normas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 248, Investimento em Coligada e Controlada“Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos

em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que açam

 parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão

avaliados pelo método da equivalência patrimonial , de acordo com

as seguintes normas:

Page 120: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07 N/A 

MP 449/08  Art. 299

 Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo

dierido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de

contas, poderá permanecer no ativo sob essa classifcação até sua com-

pleta amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o

§3o do art. 183. (Incluído pela Medida Provisória n 449 de 2008.

 Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício uturo em 31

de dezembro de 2008 deverá ser reclassifcado para o passivo não-

circulante em conta representativa de receita dierida. (Incluído pela

Medida Provisória nº 449, de 2008)

Parágrao único. O registro do saldo de que trata o caput de- verá evidenciar a receita dierida e o respectivo custo dierido.

(Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 299

 Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo 

dierido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo

de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classifcação até sua

completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que

trata o §3o do art. 183 desta Lei.”

“Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício uturo em

31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassifcado para o passivo não

circulante em conta representativa de receita dierida.

Parágrao único. O registro do saldo de que trata o caput

deste artigo deverá evidenciar a r eceita dierida e o respectivo

custo dierido.”

Lei 6.404/ 76 – Lei 11.638/07 N/A 

MP 449/08  Art. 184

Critérios de Avaliação em Operações Societárias

(Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

 Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base

na competência conerida pelo §3o do art. 177, normas especiais de

Page 121: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, parti-

cipações societárias ou segmentos de negócios.(Incluído pela Medida

Provisória nº 449, de 2008)

Lei 11.941/09  Art. 184

Critérios de Avaliação em Operações Societárias

 Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com

base na competência conerida pelo §3o do art. 177, normas espe-

ciais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de contro-

le, participações societárias ou segmentos de negócios.

Page 122: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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2Modelos de Avaliação

de Empresas

Page 123: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

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 A expansão dos recursos oerecidos pelo desenvolvimento tec-

nológico está acilitando a utilização de diversos modelos estatísticos

de avaliação do risco de crédito mais sofsticados, como a Análise

Multivariada utilizada nos estudos preditivos de problemas de crédito.

Conorme Lewis (apud GONÇALVES, 2005, p. 17), o pioneiro

na construção de modelos de crédito oi Henry Wells, executivo da

Spiegel Inc., que desenvolveu um modelo de escore para crédito du-

rante a Segunda Guerra Mundial. O modelo surgiu da necessidade de

se ter erramentas que permitissem a um analista inexperiente azer 

avaliações de crédito. Isso em virtude de uncionários experientes

terem sido recrutados para a Guerra.

Os trabalhos pioneiros de avaliação de crédito, segundo Silva

(1998), são de Patrick (1932), Altman (1968) e Kanitz (1976), e a téc-

nica estatística utilizada por esses pesquisadores oi a análise discrimi-nante, na qual basicamente procurava-se, através dos índices econô-

micos e fnanceiros, extraídos das demonstrações contábeis, classifcar 

as empresas em dois grandes grupos: solventes e insolventes.

No Brasil, Stephen C. Kanitz (apud SILVA, 2006) oi o pioneiro

no uso da análise discriminante, construindo um modelo de ava-

liação de empresas denominado Termômetro de Insolvência de Ka-

nitz. Posteriormente, outros pesquisadores como Roberto Elizabetsky 

(1976), Alberto Borges Matias (1978) e José Pereira da Silva (1982)

utilizaram a mesma erramenta estatística de análise discriminante e

desenvolveram outros modelos de previsão de solvência.

As unções matemáticas obtidas para se determinar o ator de

insolvência dos modelos elaborados pelos pesquisadores citados são

descritos pelos proessores Kassai, Kassai (1998) em artigo denomi-

nado “Desvendando o Termômetro de Kanitz”, conorme segue:

Modelo de KANITZ O ator de insolvência é obtido a partir de inormações das

demonstrações contábeis das empresas, conorme abaixo:

Fator de Insolvência = 0,005X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 – 1,06X4 – 0,00X5

Page 124: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Onde:

X1 = Lucro Líquido/ Patrimônio Líquido

X2 = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passi-

 vo Circulante + Exigível a Longo Prazo)

X3 = (Ativo Circulante – Estoque) / Passivo Circulante

X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante

X5 = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Patri-

mônio Líquido

O ator de Insolvência que determina a tendência de uma em-

presa entrar em processo de insolvência ou não. O resultado apre-

sentando valores positivos indica que a empresa está em situação

boa ou “solvente”, e se or menor do que -3 a empresa encontra-se

em uma situação ruim ou “insolvente”. O intervalo de 0 a -3 repre-senta uma área em que o ator de insolvência não é sufciente para

analisar o estado da empresa.

Modelo de ALTMAN 

Onde:

X1 = (Ativo Circulante – Passivo Circulante) / Ativo Total

X2 = (Reservas e Lucros Suspensos) / Ativo Total

X3 = Ativo Total

X4 = Patrimônio Líquido/ Exigível Total

X5 = Vendas/ Ativo Total

 Análise: o ponto crítico é “zero”.

Modelo de ELIZABETSKY 

Fator = 1,84 – 0,51X1 + 6,32 X3 + 0,71X4 +0,53X5

Fator = 1,93X1 – 0,2 X2 + 1,02 X3 + 1,33X4 – 1,12X5

Page 125: Analise Das Demonstracoes Contabeis

7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

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Onde:

X1 = Lucro Líquido / Vendas

X2 = Disponível / Ativo Permanente

X3 = Contas a Receber / Ativo Total

X4 = Estoque/ Ativo Total

X5 = Passivo Circulante / Ativo Total

 Análise: o ponto crítico é “0,5”. Acima desse valor a empresa

estará solvente, abaixo, insolvente.

Modelo de MATIAS 

Onde:

X1 = Patrimônio Líquido / Ativo Total

X2 = Empréstimos Bancários / Ativo Circulante

X3 = Fornecedores / Ativo Total

X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante

X5 = Lucro Operacional / Lucro Bruto

X6 = Disponível / Ativo Total

 Análise: o ponto crítico é “zero”.

Modelo de PEREIRA

Onde:

X1 = Duplicatas Descontadas / Duplicatas a Receber 

X2 = Estoque Final / Custo das VendasX3 = Fornecedores / Vendas

X4 = Estoque Médio / Custo das Vendas

X5 = (Lucro Operacional + Despesas. Financeiras) / (Ativo

Total – Investimentos médio)

X6 = Exigível Total / (Lucro Líquido + 10% Imobilizado mé-

dio + Saldo devedor da Correção Monetária)

Fator = 23,792X1 – 8,26 X2 – 9,868X3 – 0,764X4 – 0,535X5 + 9,912X6

Fator = 0,72 – 5,124X1 + 11,016 X2 – 0,342X3 – 0,048X4 + 8,605X5 -0,004X6

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 Análise: o ponto crítico é “zero”.

Todos esses modelos de previsão de insolvência oram desen-

 volvidos a partir de uma determinada amostra em suas respectivas

épocas e, hoje, não teriam o mesmo grau de precisão previsto quan-

do do seu desenvolvimento. O modelo de Pereira oi o que obteve o

melhor índice de acerto, 90% para as empresas solventes e 86% para

as empresas insolventes.

É extremamente diícil um modelo cercar todos os possíveis

atores que inuenciam o desempenho de uma empresa em particu-

lar. Por isso, críticas são eitas aos modelos de previsão de inadim-

plência. De acordo com Silva (1998), os modelos apresentam as se-

guintes limitações:

a) o tempo (a época) é uma das principais limitações

apresentadas pelos modelos desenvolvidos a partir 

do uso de análise discriminante. Com o decorrer do

tempo, tanto as variáveis quanto seus pesos relativos

sorem alterações;

b) os modelos não devem ser entendidos como verda-

de única e, mesmo tendo apresentado bons resultados,

podem, numa determinada situação, alhar. Sabemos

que 95% de acerto podem representar um excelente

desempenho de um modelo, porém 5% de erro podem

ser atais para uma empresa que vende a prazo;

c) se os modelos ossem utilizados como parâmetros

únicos, alguém que os conhecesse poderia manipular 

as inormações dos demonstrativos de uma empresa

em estado de insolvência, a fm de obter uma avalia-

ção de crédito aceitável;

d) pessoas não conhecedoras de análises, ao se depa-

rarem com os modelos desse tipo, poderão utilizá-los

inadequadamente;

e) os aspectos de região geográfca, bem como ramos

de atividade com características peculiares, limitam o

uso de um modelo único.

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7/16/2019 Analise Das Demonstracoes Contabeis

http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 127/130apêndices | 12

) normalmente, os modelos são desenvolvidos

ex-post e, ao serem aplicados posteriormente

(para outro grupo de empresas), podem perder 

sua efcácia, em ace do ator tempo (época);

g) o crédito deve ser entendido como parte dos

negócios dos bancos ou das empresas e, desse

modo, deve ser coerente com suas estratégias

de negócios. Os modelos dão uma medida ob-

 jetiva de avaliação, não ponderando os atores

estratégicos.

Reerências

GONÇALVES, Eric Bacconi. Análise de risco de crédito com o uso

de modelos de regressão logística, redes neurais e algoritmos

genéticos. 2005. Dissertação (Mestrado em Administração).

Programa de Pós-Graduação em Administração. Universidade

de São Paulo, São Paulo, 2005.

SILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Pau-

lo: Atlas, 1998.

SILVA, José Pereira da. Análise nanceira de empresas. São Pau-

lo: Atlas, 2006.

KASSAI, José Roberto; KASSAI, Silvia. Desvendando o termôme-

tro de Kanitz. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE

PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, n. 22,

1998, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Associação Na-cional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 1998.

Disponível em <http://www.anpad.org.br/enanpad/1998/dwn/

enanpad1998-ccg-08.pd> Acesso em 17 set. 2008.

Page 128: Analise Das Demonstracoes Contabeis

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http://slidepdf.com/reader/full/analise-das-demonstracoes-contabeis-5634f79de5cfa 129/130apresentação | 12

Leonardo de Resende Dutra

Mestre em CiênciasContábeis pela FundaçãoInstituto Capixaba de 

Pesquisa em Contabilidade,Economia e Finanças(Fucape), graduado emCiências Contábeis pelaUniversidade Federal doEspírito Santo (Ues), comespecialização em FinançasEmpresariais pela FundaçãoGetúlio Vargas do Rio de  Janeiro e em Contabilidade Empresarial pelas Ues. Atualmente é proessor 

adjunto da Universidade Federal do Espírito Santolotado no Departamentode Ciências Contábeis. Naárea Contábil tem atuando, principalmente, nos temasrelacionados à Análise Financeira de Empresas,Crédito e Risco de Crédito.

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