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ANÁLISE DO PERFIL DE TEMPERATURA DO AR ENTRE O … · perfil de temperatura do ar ao longo de um...

Date post: 28-Jul-2020
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ANÁLISE DO PERFIL DE TEMPERATURA DO AR ENTRE O CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFV E O CENTRO DA CIDADE DE VIÇOSA, NOS ANOS DE 2007 E 2008. Claudinei Heleno da Silva Departamento de Geografia Universidade Federal de Viçosa. [email protected] Edson Soares Fialho – Professor Assistente II – DGEO–UFV e Doutorando do Programa de Pós-graduação em Geografia Física da USP – [email protected] RESUMO: No ambiente urbano, a partir do século XX, várias mudanças ocorreram, dentre elas a mais significativa é o uso da terra, responsável pelas alterações no balanço de energia. Desse modo, os parâmetros climáticos tais como: temperatura, umidade, ventos e precipitação, sofreram modificações e passaram a influenciar direta e indiretamente a vida dos citadinos. No caso de Viçosa – MG, o recente processo de verticalização da cidade, justificaria a necessidade de um monitoramento da temperatura do ar. Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo analisar o perfil de temperatura do ar ao longo de um transeto entre o campus universitário da Universidade Federal de Viçosa e o centro da cidade de Viçosa, com 14 pontos de medida, que apresentam uma grande diferença ao longo do percurso de tipos de uso da terra. As mensurações foram realizadas ao longo de 4 dias, tanto na primavera (2007), como na primavera de (2008), utilizando-se de um termohigrometro digital de leitura direta (Oakton), sendo o mesmo acoplado a uma bicicleta, nos horários das 20:00 e 23:00 horas. A partir dos dados coletados, constatou-se que nos dias dos experimentos há uma tendência de queda da temperatura do ar no sentido centro-campus em todas as situações sinóticas analisadas, o que denota uma relação direta entre o tipo de uso da terra com a temperatura do ar. Além disto, no horário das 20:00 horas, a diferença entre os pontos 1 (Centro–Lar dos Velhinhos) e 4 (UFV–Veterinária) é maior (3,3ºC) do que às 23:00 horas (2,2ºC) em média de 1,0ºC. Palavras-Chave: Clima, Temperatura, Ilha de Calor ANALYSIS OF THE AIR TEMPERATURE PROFILE BETWEEN UFV UNIVERSITY CAMPUS AND VIÇOSA DOWNTOWN, IN THE YEARS OF 2007 AND 2008 ABSTRACT: On century XX, many changes had occurred in the urban environment, from century XX, rising the meaningful use of the land, responsible for the alterations in the energy rocking. In this manner, the climatic parameters such as temperature, humidity, winds and precipitation had suffered modifications and started to influence indirectly and directly the life of the city dwellers. In the case of Viçosa- MG, recent process of verticalization of the city explains an air temperature monitoring. The present work aims to analyze the profile of the air temperature throughout one transect between Federal University of Viçosa Campus and Viçosa downtown with 14 points of measure, that present a great difference throughout the passage of types of use of the ground. The measurement had been carried for 4 days, as much in the spring (2007). As in the spring of (2008), direct reading (Oakton) digital thermohygrometer connected to a bicycle, from 08:00 pm to 11:00 pm. By the collected data, it was verified that in the days of the experiments there is a trend of air temperature fallen the center- campus direction in all the analyzed synotics situations. It denotes a direct relation between the type of use of the ground and the air temperature. Moreover, at 08:00pm, the difference between the points 1 (Centro Lar dos Velhinhos) and 4 (UFV- Veterinary medicine) is bigger (3,3º C) than the one at 11:00 pm (2,2º C) on average of 1,0 ºC. Keywords: Climate, Temperature, Heat Island
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ANÁLISE DO PERFIL DE TEMPERATURA DO AR ENTRE O CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFV E O CENTRO DA CIDADE DE VIÇOSA, NOS

ANOS DE 2007 E 2008. Claudinei Heleno da Silva Departamento de Geografia – Universidade Federal de Viçosa. [email protected] Edson Soares Fialho – Professor Assistente II – DGEO–UFV e Doutorando do Programa de Pós-graduação em Geografia Física da USP – [email protected] RESUMO: No ambiente urbano, a partir do século XX, várias mudanças ocorreram, dentre elas a mais significativa é o uso da terra, responsável pelas alterações no balanço de energia. Desse modo, os parâmetros climáticos tais como: temperatura, umidade, ventos e precipitação, sofreram modificações e passaram a influenciar direta e indiretamente a vida dos citadinos. No caso de Viçosa – MG, o recente processo de verticalização da cidade, justificaria a necessidade de um monitoramento da temperatura do ar. Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo analisar o perfil de temperatura do ar ao longo de um transeto entre o campus universitário da Universidade Federal de Viçosa e o centro da cidade de Viçosa, com 14 pontos de medida, que apresentam uma grande diferença ao longo do percurso de tipos de uso da terra. As mensurações foram realizadas ao longo de 4 dias, tanto na primavera (2007), como na primavera de (2008), utilizando-se de um termohigrometro digital de leitura direta (Oakton), sendo o mesmo acoplado a uma bicicleta, nos horários das 20:00 e 23:00 horas. A partir dos dados coletados, constatou-se que nos dias dos experimentos há uma tendência de queda da temperatura do ar no sentido centro-campus em todas as situações sinóticas analisadas, o que denota uma relação direta entre o tipo de uso da terra com a temperatura do ar. Além disto, no horário das 20:00 horas, a diferença entre os pontos 1 (Centro–Lar dos Velhinhos) e 4 (UFV–Veterinária) é maior (3,3ºC) do que às 23:00 horas (2,2ºC) em média de 1,0ºC.

Palavras-Chave: Clima, Temperatura, Ilha de Calor

ANALYSIS OF THE AIR TEMPERATURE PROFILE BETWEEN UFV

UNIVERSITY CAMPUS AND VIÇOSA DOWNTOWN, IN THE YEARS OF

2007 AND 2008

ABSTRACT: On century XX, many changes had occurred in the urban environment, from century XX, rising the meaningful use of the land, responsible for the alterations in the energy rocking. In this manner, the climatic parameters such as temperature, humidity, winds and precipitation had suffered modifications and started to influence indirectly and directly the life of the city dwellers. In the case of Viçosa- MG, recent process of verticalization of the city explains an air temperature monitoring. The present work aims to analyze the profile of the air temperature throughout one transect between Federal University of Viçosa Campus and Viçosa downtown with 14 points of measure, that present a great difference throughout the passage of types of use of the ground. The measurement had been carried for 4 days, as much in the spring (2007). As in the spring of (2008), direct reading (Oakton) digital thermohygrometer connected to a bicycle, from 08:00 pm to 11:00 pm. By the collected data, it was verified that in the days of the experiments there is a trend of air temperature fallen the center-campus direction in all the analyzed synotics situations. It denotes a direct relation between the type of use of the ground and the air temperature. Moreover, at 08:00pm, the difference between the points 1 (Centro Lar dos Velhinhos) and 4 (UFV- Veterinary medicine) is bigger (3,3º C) than the one at 11:00 pm (2,2º C) on average of 1,0 ºC. Keywords: Climate, Temperature, Heat Island

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INTRODUÇÃO O município de Viçosa está localizado na Zona da Mata de Minas Gerais nas proximidades da Serra da

Mantiqueira. Ab’Saber (2003) salienta que, Viçosa está inserido nos Domínios Morfoclimático dos

Mares de Morros Florestados, e possui resquícios de Mata Atlântica Semidecidual Secundária, sendo

que o maior fragmento florestal encontra-se na Reserva Florestal Mata do Paraíso. Local esse, onde

fica a cabeceira do Córrego Catarina, afluente do principal ribeirão que atravessa o centro urbano do

município, o ribeirão São Bartolomeu, este por sua vez é afluente do Rio Turvo Sujo, que compõe a

Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

Viçosa surgiu no vale, às margens do Rio Turvo, isto se deve, principalmente, às restrições que o

relevo impôs à ocupação de outras áreas. Porém, este fato passou a ser alterado com a expansão

cafeeira, uma vez que esta passou a ocupar as encostas. Com a expansão da cafeicultura, foi construída

a Estrada de Ferro Leopoldina Railway, favorecendo no surgimento de fábricas, como de tecido, e

contribuindo para uma ligação de Viçosa com outras cidades, e com isso, desencadeando um surto

populacional (Prefeitura Municipal de Viçosa).

Na década de 70, com a chegada da BR-120 e com a Federalização da Universidade Federal de Viçosa

(UFV), o município passou por um novo surto populacional com a chegada de mais estudantes. Isso

veio a favorecer para a especulação imobiliária e consequentemente para a verticalização da cidade,

principalmente em sua área central, próxima a UFV, sendo este fato intensificado com a criação de

novos cursos na década de 1990. De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) em 2007, a população de Viçosa era composta de 70.404 habitantes.

Em Viçosa já foram realizados dois estudos específicos referentes ao clima urbano. O primeiro, em

situação sazonal de primavera em 2006, realizado por Rocha, e o segundo, em situação sazonal de

outono em 2007 por Santos. No primeiro trabalho constatou-se uma significativa diferença na variação

das temperaturas entre a área central e a periferia de Viçosa. No segundo trabalho, sendo este realizado

somente na área central, constatou-se uma mobilidade espacial da ilha de calor, como também, sua

baixa intensidade durante a noite, em virtude da influência da brisa de montanha durante o predomínio

de sistemas anticiclônicos. Ainda, foi observado que as atividades semanais desenvolvidas na cidade,

como fluxo de veículos e pessoas, exercem influencia sob o comportamento térmico na área central.

O presente trabalho, teve como objetivo analisar o perfil de temperatura do ar ao longo de um transeto

entre o campus universitário da Universidade Federal de Viçosa e o centro da cidade. Através da

distribuição de 14 pontos ao longo do percurso campus universitário e centro da cidade, bem como,

analisar os diferentes tipos de uso do solo que se concretiza nesse espaço.

Viçosa por estar localizada na região tropical, recebe intensa radiação solar durante o ano. De acordo

com Santos (2007) a área central da referida cidade apresenta alta taxa de radiação variando de 1330 a

1410 kw/h/ano, sendo que esta taxa diminui em direção as encostas voltadas para o quadrante sul.

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Devido a diferença de radiação solar recebida ao longo do vale, ocorre também, uma diferença de

pressão local, o que ocasiona na formação de uma circulação de ventos locais, conhecida como brisa.

Com isso, durante o dia as vertentes se aquecem mais que o vale, ocasionando ventos leves que se

movimentam vertente acima, denominados de ventos de vale ou anabáticos.

Já durante a noite, ocorre o inverso, as encostas esfriam-se mais rapidamente devido às perdas de

radiação terrestre, tornando o ar frio e mais denso e, se desloca vertente a baixo em direção aos vales,

sendo conhecidos como ventos de montanha ou ventos catabáticos (AYOADE, 1998). Entretanto, esta

circulação é mais evidenciada nas condições de estabilidade atmosférica, com a atuação de

anticiclones tropicais, por propiciarem maior radiação solar. Em situações de instabilidades

atmosféricas, como o céu fica coberto por nuvens, a entrada de radiação solar é dificultada, e desta

forma o ar mais frio permanece junto ao fundo do vale durante a noite, o que ocasiona em nevoeiro no

dia seguinte ao amanhecer.

Segundo Amorim (2003), as cidades nos últimos anos passaram a concentrar um grande contingente

populacional, e com isso, acarretando num achatamento da qualidade de vida e no bem estar dos

citadinos, pois, o processo de urbanização não acompanhou esse contingente populacional, sobretudo

nos países subdesenvolvidos, onde ocorreu uma intensificação no que concerne a degradação

ambiental. Assim, os diferentes e novos tipos de ocupação do solo passaram a modificar a qualidade

ambiental, principalmente no que tange à atmosfera urbana. Se evidenciando através da poluição do ar

e no maior aquecimento de certas áreas de algumas cidades, geralmente, nas áreas centrais devido à

concentração populacional, de veículos, industrialização, e escassez de áreas verdes.

Mendonça (2003) salienta que:

A urbanização é um processo que se desenvolveu em detrimento de espaços verdes, quanto mais tardiamente ela se iniciou e se acelerou. [...] Retirou-se muito rapidamente a cobertura vegetal da paisagem natural ou rural na zona tropical nos últimos quarenta anos, e foram implantadas áreas urbanas sobre sítios muitas vezes inadequados à sua instalação. A rápida degradação destas, e da qualidade de vida no seu conjunto, comprovam a insensatez das instâncias de poder que privilegiaram o progresso econômico em detrimento do social. (MENDONÇA, 2003. p. 110).

Mendonça (2000) e Fialho (2003) ressaltam que a variação da inclinação das vertentes do relevo de um

determinado local, juntamente com a variação altimétrica e orientação das encostas desempenham

distribuições diferenciadas da energia calorífica, sendo essa, a luminosidade. Desse modo, o fluxo de

radiação que chega a uma vertente bastante inclinada e posicionada em direção norte, no Hemisfério

Sul é mais intenso que em outra vertente posicionada em direção sul no mesmo Hemisfério. Sendo

assim, o tempo de exposição aos raios solares é maior nas vertentes voltadas para o norte, no

Hemisfério Sul, o que contribui para o maior aquecimento das mesmas. Além disso, o sombreamento

de edifícios e árvores será mais expressivo em áreas planas que naquelas inclinadas e voltadas para o

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norte no Hemisfério Sul.

As temperaturas de um determinado local podem variar de acordo com os diferentes tipos de solo, pois

a radiação solar recebida armazenada e reemetida para a atmosfera, são diferentes em cada objeto em

que houve essa incidência da radiação, o que influencia diretamente na temperatura e umidade local.

Desse modo, ambientes com escassez ou ausência de vegetação, tenderão a ter maior exposição à

luminosidade, acarretando num acréscimo de temperatura e diminuição da umidade relativa, porém à

medida que a paisagem se torna mais arborizada a taxa de luminosidade diminui, a umidade relativa

aumenta e a temperatura diminui.

Lombardo (1985) ressalta que, existe uma tendência para o aumento da temperatura da periferia no

sentido ao centro urbano, sendo essa influenciada pela produção de energia antropogênica (edificações,

indústrias, trânsito) que facilitam no aumento da temperatura, pois o calor emitido pela ação humana,

nestes casos, ultrapassa o balanço de radiação, ou seja, a troca de energia entre a atmosfera e a

superfície.

Além disso, em determinadas áreas das cidades a atmosfera tem se apresentado diferente da atmosfera

rural, sendo este fenômeno denominado de ilha de calor. É importante ressaltar que essas

modificações variam de acordo com a intensidade do uso do solo, do crescimento urbano e

características geoecológicas (posição geográfica, morfologia, bacia hidrográfica, cobertura vegetal,

orientação do vento), ou seja, em cada cidade será representada com sua peculiaridade.

Vieira (1994) salienta que as cidades possuem especificidades, como perfis retilíneos que propiciam a

canalização dos ventos, e a radiação refletida pelo solo é absorvida pelas paredes das construções civis,

fazendo com que aumente o calor. A maioria da ilha de calor ocorre, sobretudo durante à noite, uma

vez que os edifícios e as superfícies revestidas possuem grande inércia térmica, e restituem durante o

período noturno calor para o céu em forma de radiação de onda longa, porém essa radiação fica

aprisionada pela poluição atmosférica. O que denota a diferença de temperatura entre a área central da

cidade e seus arredores, gerando o Clima Urbano.

Decorrendo daí a importância de estudar o clima urbano nas cidades, pois:

[...] tem sido considerado de grande importância, pois além de detectar anomalias térmicas intra-urbana e em relação ao campo, podem subsidiar o planejamento urbano, para que se tenha um ambiente de melhor qualidade. Tal importância é ainda maior quando estes são realizados em cidades de médio e pequeno porte, onde o estágio de urbanização ainda não atingiu níveis insustentáveis como nas grandes metrópoles e ações efetivas ainda são possíveis [...] (AMORIM, 2003, p. 226).

Amorim (2003), afirma também que estudos relacionados ao clima urbano deveriam ser mais

freqüentes principalmente no que concerne as cidades que se encontram nas latitudes tropicais, uma

vez que a incidência dos raios solares é intensa durante todas as estações do ano, desencadeando em

elevação da temperatura e desconforto térmico para as populações. Também, é nestas cidades que se

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verifica o rápido crescimento da urbanização e a deterioração da qualidade do ar.

Mendonça (2000), afirma que as cidades de médio e pequeno porte são dotadas de características

diferenciadas se comparadas as de grande porte e as metrópoles, pois apresentam também certas

facilidades para a identificação de sua paisagem intra-urbana, o que permite compreender a interação

sociedade e natureza para uma melhor compreensão do Clima Urbano. Além disso, é importante

conhecer detalhadamente os diferentes ambientes climáticos intra-urbanos, através da identificação dos

fatores que são responsáveis pela sua formação, o que permite fazer melhores apontamentos para o

planejamento urbano.

Segundo Monteiro (1990), o clima urbano é constituído de um sistema que abrange o clima de um

dado espaço terrestre e sua urbanização, e faz uma ressalva do aspecto sócio-econômico impregnado

nesse espaço, sendo esses elementos cruciais e desse modo não devem ser negligenciados nos estudos

referentes ao clima urbano.

[...] É preciso não esquecer que a abordagem geográfica da cidade não pode descartar, nesse processo de evolução histórica, os aspectos culturais ligados à trama do sócio-econômico. Assim, parece, que o estudo dos climas urbanos no Brasil, para serem geográficos, não podem ignorar as variáveis inerentes a sua própria 'condição urbana'. Neste particular as cidades do mundo ocidental economicamente hegemônico são mais simples. O estudo de clima urbano entre nós não deve ser apenas um ensaio em 'tropicologia' mas deve estar associado à este caráter sócio-econômico que lhe é peculiar e que está indelevelmente marcado no 'urbano'. [...] (MONTEIRO, 1990, p. 89).

Monteiro (1976) utiliza a Teoria Geral dos Sistemas (TGS) para estudar o clima urbano, juntamente

com o Sistema Clima Urbano (SCU) considerando-os como sistema aberto, uma vez que implica em

transformações, como a ilha de calor e a poluição do ar. A fim de determinar o conjunto-produto do

SCU, agrupa-os através de canais da percepção humana como: conforto térmico, qualidade do ar e

impacto meteórico, através de seus respectivos subsistemas termodinâmico, físico-químico e

hidrodinâmico Segundo o autor, o SCU é auto-regulado, ou seja, o homem exerce papel fundamental

podendo interferir e adaptar o seu funcionamento. E desse modo, estudos que envolvem o clima

urbano são fundamentais no que concerne ao planejamento urbano e melhorias na qualidade do

ambiente, decorrendo em melhorias para a sociedade.

METODOLOGIA Para a realização do trabalho, primeiramente escolheu-se 14 pontos ao longo do vale do São

Bartolomeu, a partir de uma foto aérea da área central de Viçosa, na escala de 1:5.000, contendo uma

base cartográfica do traçado das ruas da referida cidade. Em seguida, marcou-se as coordenadas desses

mesmos pontos, com o auxílio do GPS (Global Position System), modelo Garmin Etrex Vista. Em

seguida, adotou-se a teoria do Sistema Clima Urbano (MONTEIRO, 1976), utilizando-se da técnica

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dos transetos móveis a fim de mensurar a temperatura e umidade relativa do ar.

Procurou-se desta forma, correlacionar os elementos climáticos com os diferentes usos do solo que

foram identificados ao longo do percurso.

As coletas de temperatura e umidade relativa do ar foram realizadas em dois horários, sendo eles às

20h:00min e 23h:00min, nos dias 1, 2, 15 e 16 de novembro de 2007, em episódio sazonal de

primavera, e nos dias 4, 5, 6 e 7 de dezembro nos mesmos horários acima citados, em episódio sazonal

de primavera em 2008. Utilizando-se de um termohigrômetro digital de leitura direta OAKLON

(Figura 1), para a mensuração da temperatura e umidade relativa do ar.

Figura 1: Termohigrômetro.

Fotografia tirada por: Claudinei Heleno da Silva. 07/12/08.

Para se fazer as medições nos 14 pontos distribuídos, utilizou-se de uma bicicleta (Figura 2), visando

facilitar percorrer os 14 pontos que perfazem uma distância média de 3 Km, em um tempo médio de

50 minutos.

Figura 2: Termohigrômetro aclopado a bicicleta.

Fotografia tirada por: Mahyhaly Dias Santos. 03/11/07.

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Em episódio sazonal de primavera não foi possível fazer as medições de temperatura e umidade

relativa do ar durante 4 dias consecutivos, devido as chuvas ocorridas nos dias 3 e 4 de novembro no

horário das mensurações. Desta forma as mensurações tiveram de ser interrompidas até que as

condições atmosféricas se estabilizassem e favorecem a continuidade das medições.

Para a obtenção da taxa (Tx) de resfriamento, seguiu-se a metodologia aplicada por Fialho (2002),

Rocha (2007) e Santos (2007), sendo a temperatura do segundo horário (23 h) subtraída pela do

primeiro horário (20 h), e dividida pelo intervalo entre as horas da leitura (3 h). Através da fórmula:

Tx (resf.) = (T23 – T20) ÷ 3.

Após realizado o trabalho de campo, com os dados obtidos referentes à temperatura, os mesmos foram

convertidos em valores absolutos. Assim, o valor de referência para a confecção dos transetos móveis,

foi adotado o ponto de menor temperatura , valor zero, sendo o valor de referência. A partir disso,

subrtaiu-se a temperatura dos demais pontos por esse valor de referência, permitindo com isso

determinar o valor correspondente aos demais pontos, e sendo os mesmos adotados na confecção dos

transetos. Em seguida foram adotados dois transetos, para cada dia de experimento, referentes aos

horários das 20 e 23 horas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos dados obtidos e dos gráficos confeccionados, fez-se uma interpretação dos mesmos tendo

os seguintes resultados. Uma amplitude da temperatura na cidade de viçosa nos dias 1, 2, 15 e 16 de

novembro de 2007, e nos dias 4, 5, 6 e 7 de dezembro de 2008. Nos dias 1 e 2 no horário das 20 horas,

verificou-se as maiores temperaturas do experimento, oscilando entre 25 °C (ponto 13) a 29,3 ºC

(ponto 1) (Figura 3), a magnitude da ilha de calor foi 4,3 ºC e de 2,9 ºC nos dias 1 e 2, respectivamente

(Figura 4). Já no dia 15, no horário das 20 horas, a temperatura variou entre 23, 8 ºC (ponto 14) a 26,2

ºC (pontos 3 e 4), registrando uma magnitude de 2,4 ºC. No dia 16, no horário das 20 horas, foram

registradas as menores temperaturas do experimento, entre 19,5 ºC (ponto 14) a 21,2 ºC (ponto 2),

sendo também registrada a menor magnitude correspondendo a 1,7 ºC.

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Figura 3: Variação da temperatura no experimento em 2007.

Figura 4: Variação da ilha de calor às 20h em 2007.

Outro fato observado foi o registro das maiores temperaturas nos horários das 20 e 23 horas nos pontos

1 e 2. Sendo que apenas no dia 15, é que foi verificado as maiores temperaturas nos pontos 3 e 4 para o

primeiro horário (20 horas), e nos pontos 1, 5 e 7 no segundo horário (23 horas). Já as menores

temperaturas foram registradas em todos os dias e horários nos pontos 13 e 14.

Foi constatado também que no horário das 23 horas, em todos os dias do experimento em episódio

sazonal de primavera em 2007, as temperaturas diminuíram em comparação com o primeiro horário. A

temperatura oscilou entre 23,8 ºC (ponto 13) a 28,9 ºC (ponto 1), numa magnitude de 2 ºC a 3,2 ºC,

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para os dias 01 e 02 respectivamente (Figura 5). Nos dias 15 e 16 a temperatura registrada variou entre

19,4 ºC (ponto 14) a 23,1 ºC (pontos 1,5,7), sendo a magnitude encontrada 1,4 ºC e 1,8 ºC,

respectivamente.

Figura 5: Variação da ilha de calor às 23h em 2007.

Em período sazonal de primavera em 2007, no dia 1 constatou-se que as maiores taxas de resfriamento

ocorreram nos pontos 1,3,4 e 5, sendo os valores 0,86 ºC-h, 0,83 ºC-h e 0,9 ºC-h respectivamente. As

menores taxas foram encontradas nos pontos 11,12 e 14, com os valores 0,1 ºC-h, 0,06 ºC-h e 0,16 ºC-

h. Já no dia 2, registrou-se as maiores taxas nos pontos 3,4,5,7 e 9 com 0,86 ºC-h, 0,83 ºC-h e 0,93 ºC-h

respectivamente, e as menores taxas nos pontos 2, 12 e 11 com valores de 0,46 ºC-h, 0,5 ºC-h e 0,6 ºC-

h, respectivamente. No dia 15, a maior taxa de resfriamento foi encontrada nos pontos 2,3,4 e 8 com

1,06 ºC-h e os pontos 12,13 e 14 com 0,9 ºC-h, 0,83 ºC-h E 0,7 ºC-h respectivamente, registrando as

menores taxas. Já no dia 16, a taxa de resfriamento mostrou-se muito baixa, variando de 0,0 ºC-h, nos

pontos 5,6,7,10 e 13 a 0,2 ºC-h no ponto 2.

Em período sazonal de primavera em 2008, no dia 04 ocorreram as maiores taxas de resfriamento do

experimento sendo elas registradas nos pontos 1 e 2 de 1,25 ºC–h, para ambos pontos, e 0, 55 ºC–h para

os pontos 11, 12 e 0,3 ºC–h e 0,6 ºC–h par os pontos 13 e 14 respectivamente, sendo essas as menores

taxas de resfriamento para esse dia. No dia 5, a maior taxa de resfriamento foi registrada no ponto 3 de

1, 05 ºC–h e nos demais pontos, variando de 0, 9 ºC–h a 0,85 ºC–h. No dia 6, foram registradas as

menores taxas de resfriamento do experimento sendo elas 0,05 ºC –h, 0 ºC e 0 ºC–h para os pontos 1,2 e

3 respectivamente. Nos demais pontos desse mesmo dia, todos os registros realizados apresentaram

uma taxa de aquecimento das 20h para as 23 h, sendo esse o único dia do experimento que tal

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fenômeno ocorreu. No dia 7, as maiores taxas de resfriamento ocorreram nos pontos 1 e 2 registrando

0,85 ºC–h E 0, 75 ºC–h respectivamente e 0 ºC–h para os pontos 13 e 14.

No horário das 20 horas em episódio sazonal de primavera em 2008, o dia 4 de dezembro, contatou a

maior magnitude da ilha de calor, sendo essa registrada no (ponto 1) de, 4,6 ºC (Figura 6) e a maior

temperatura também no (ponto 1) de 23,8 ºC (Figura 7). A magnitude da ilha de calor a partir do ponto

1, nesse horário ( 20 horas) sofreu quedas nos pontos subseqüentes ou, manteve-se constante até sofre

novamente queda. Sendo que somente no dia 7, houve um aumento da magnitude de 2,3 ºC para 2,6 ºC

do ponto 6 para o ponto 7, e a partir desse ponto, começa a entrar em queda novamente.

Figura x:

Figura 6: Variação da ilha de calor às 20h em 2008.

Figura 7: Variação da temperatura no experimento às 20 horas em 2008.

Intensidade da Ilha de Calor em Viçosa às 20 horas

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14pontos

T (ºC)

4/12/2008 5/12/2008 6/12/2008 7/12/2008

Oscilação da Temperatura nos dias do experimento às 20 horas

17,518,519,520,521,522,523,524,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

pontos

T (ºC)

4/12/2008 5/12/2008 6/12/2008 7/12/2008

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Já no horário das 23 horas em episódio sazonal de primavera em 2008, também o dia 4 registrou a

maior magnitude da ilha de calor, variando de 3,0 ºC para 3,8 º do ponto 2 para o ponto 3 (Figura 8).

Sendo que a partir desse ponto sofre uma queda até o (ponto 10) registrando 1,1 ºC e sofrendo um

ligeiro aumento para o (ponto 11) de 1,5 ºC, a partir desse ponto volta a entrar em queda novamente

até o ponto 14, onde todas as magnitudes foram menores sendo valores de referência, ou seja, valor

zero. A maior temperatura também foi registrada no dia 4, variando de 21,1º C para 21,9 ºC do ponto 2

para o ponto 3 respectivamente (Figura 9). Sendo que a partir ponto 3, sofre uma queda até o ponto 10

registrando 19,2 ºC, sofrendo um ligeiro aumento para o ponto 11 de 19,6 ºC, a partir desse ponto volta

a entrar em queda novamente até o ponto 14 sendo o menor valor registrado também no dia 4 de 18,1

ºC.

Figura 8: Variação da ilha de calor às 23h em 2008.

Figura 9: Variação da temperatura no experimento às 23 horas em 2008.

Intensidade da Ilha de Calor em Viçosa às 23 horas

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

pontos

T (ºC)

4/12/2008 5/12/2008 6/12/2008 7/12/2008

Oscilação da Temperatura nos dias do experimento às 23 horas

17,5

18,5

19,5

20,5

21,5

22,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

pontos

T (ºC)

4/12/2008 5/12/2008 6/12/2008 7/12/2008

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Em episódio sazonal de primavera em 2008, no dia 6 em horário das 23 horas, a temperatura aumentou

em comparação com o horário das 20 horas a partir do ponto 4 variando de 20,6 ºC a 19, 1 ºC para o

horário das 23 horas e, de 20, 4 ºC a 18,3 ºC, para o horário das 20 horas, e mantendo-se a mesma no

dia 7 nos pontos 13 e 14, registrando 20,1 ºC e 19,7 ºC, respectivamente. Sendo que nos demais dias e

pontos, a temperatura no horário das 20 horas foi maior comparada com o horário das 23 horas. As

menores temperaturas encontradas nos dias do experimento foram nos pontos 13 e 14.

Segundo Lombardo (1985), as menores temperaturas ocorrem em áreas verdes e próximas às áreas de

reservatórios de água. Isso ocorre devido ao processo de fotossíntese e transpiração das plantas, que

implicam na maior absorção da radiação solar. Já, as massas d’água possuem alta capacidade

calorífica, além do consumo de calor latente pela evaporação, assim ambas, interferem no balanço de

radiação. Além disso, há uma tendência para o aumento da temperatura da periferia no sentido ao

centro urbano, devido à produção de energia antropogênica.

Neste trabalho as maiores temperaturas registradas foram na área central onde há escassez de áreas

verdes, e o fluxo de veículos e pessoas é intenso durante o dia. E, as menores temperaturas no campus

da UFV, sobretudo nos pontos 13 e 14, onde há uma maior densidade de área verde, o fluxo de

veículos e pessoas é menor, e há presença de massa d’água no ponto 14, o que foi significativo para a

diminuição da temperatura nestes pontos. Reforçando desse modo a teoria que correlaciona os

elementos favorecedores ou atenuadores da variação da temperatura.

Em outros trabalhos, como o de Rocha (2007), que realizou o primeiro estudo referente ao clima

urbano de Viçosa em situação sazonal de primavera, constatando a presença de ilha de calor com

intensidade de ate 3, 8 ºC à noite e de 6,0 ºC durante o dia. Sendo os registros realizados em 19 pontos

durante 5 dias, nos horários de 6, 13 e 20 horas, onde pôde ser constatado uma significativa variação

das temperaturas entre a área central e a periferia de Viçosa. E, Santos (2007), que realizou o segundo

estudo referente ao clima urbano em Viçosa porém, o mesmo sendo realizado somente na área central

e em situação sazonal de outono, no horário de 5, 12 e 17 horas, em 20 pontos durante 4 dias. Neste

segundo estudo, a maior intensidade da ilha de calor ocorreu à tarde, sendo que a mesma foi

fortemente influenciada pelo sistema sinótico atuante durante o experimento. Além disso, Santos

(2007) observou que o intenso fluxo de veículos e pessoas durante a semana, exerceram influencia

significativa no comportamento térmico na área central.

Neste terceiro trabalho, como nos demais já realizados em Viçosa, pôde-se perceber um aumento da

temperatura no sentido área central e campus-UFV, decorrentes das ações antropogênicas, áreas

verdes, e situações sinóticas.

CONCLUSÕES Neste trabalho, pôde-se perceber uma notável queda da temperatura do centro no sentido a UFV,

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sobretudo nos pontos 8 e 9. Evidenciando que a presença de áreas verdes dentro do campus e corpos

d’água foram elementos fundamentais no rebaixamento da temperatura.

Os pontos 13 e 14 foram os que apresentaram as menores temperaturas estando eles dentro da UFV, e,

estando mais distantes da área central, enquanto os pontos 1,2 e 3 localizados na área central da cidade

e mais distantes da UFV, tiveram as maiores temperaturas, proveniente da escassez de áreas verdes e

influencia da geração de energia antropogênica.

Evidenciando que, ao se elaborar um planejamento urbano para uma determinada cidade, é

imprescindível que se leve em conta fatores que contribuem para amenizar a temperatura das mesmas,

uma vez que a partir da década de 1970 o planejamento do desenvolvimento das cidades visam numa

melhoria da vida dos citadinos, e desse modo, não devem ficar restrito apenas em termos teóricos, mas,

que sejam colocados em prática.

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