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As aventuras de obatalã araba elebuibon traduzido

Date post: 10-Aug-2015
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AS AVENTURAS DE OBATALÁ IFÁ E OS DEUSES DA CRIAÇÃO DEDICATÓRIA p. 3 Este livro é dedicado à memória de minha mãe Syuwoya Abeje Elebuibon, que faleceu em 18 de agosto de 1963, um ano após a minha iniciação no culto de Ifá. Abeye a filha de Olojowon, do lado de fora você carrega a cabaça da bruxa. Por favor, não a traga para a cada de meu pai. Ajoelhe-se talvez. Encontrei cabelos grisalhos em sua cabeça. Velho, mas não sujo, aquele que tem o osso da cabeça forte... Descanse em paz. Prefácio p. 7 Muito é dito sobre esse orixá em especial, quem os Yorubá identificam como Obatalá, Orishaala, Orisha Alaso funfun, o orixá com roupas brancas, ou, Obatarisa. O grande rei, oba nla. Porém, é através do Oriki moreso, mais do que em qualquer outra forma escrita é que começamos a entender o orixá. Os antigos diziam, Orisha Olufon – outrora conhecido como Daodu, o primogênito do rei – foi nascido primeiro de Obatalá. Todos os orixás têm seu grupo separado de adoradores. Cada um tem, também, uma casa separada para adoração. Aqueles que adoram a Obatalá usam contas brancas (sese efun) e roupas e braceletes brancos. Eles usam o cajado (opa osooro) e leques (oje) feitos de metal niquelado semelhante a uma liga de estanho. Eles sempre cozinham com manteiga de karité (banha de ori), ou com olho de semente de melão (egusi), em vez de óleo de palma utilizado por muitas outras pessoas. Seu prato tradicional é conhecido como obe ate (guisado branco). O sacerdote oferece a Obatalá a noz de cola branca (obi ifin), em vez da noz de cola vermelha tradicional (obi abata), que é dado aos outros orixás. Obatalá bebe cerveja de milho (sekete) em vez de vinho de palma. Caramujos (erinlako) e galinhas brancas são os sacrifícios favoritos de Obatalá e dos outros orixás que são seus filhos, tais como, Ogiyan, Orishairowu, Orisa Oluofin, Orisa Popo ...etc.
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Page 1: As aventuras de obatalã araba elebuibon traduzido

AS AVENTURAS DE OBATALÁ

IFÁ E OS DEUSES DA CRIAÇÃO

DEDICATÓRIA p. 3

Este livro é dedicado à memória de minha mãe Syuwoya Abeje Elebuibon, que faleceu em 18 de agosto de 1963, um ano após a minha iniciação no culto de Ifá.

Abeye a filha de Olojowon, do lado de fora você carrega a cabaça da bruxa. Por favor, não a traga para a cada de meu pai. Ajoelhe-se talvez. Encontrei cabelos grisalhos em sua cabeça. Velho, mas não sujo, aquele que tem o osso da cabeça forte...

Descanse em paz.

Prefácio p. 7

Muito é dito sobre esse orixá em especial, quem os Yorubá identificam como Obatalá, Orishaala, Orisha Alaso funfun, o orixá com roupas brancas, ou, Obatarisa. O grande rei, oba nla. Porém, é através do Oriki moreso, mais do que em qualquer outra forma escrita é que começamos a entender o orixá.

Os antigos diziam, Orisha Olufon – outrora conhecido como Daodu, o primogênito do rei – foi nascido primeiro de Obatalá.

Todos os orixás têm seu grupo separado de adoradores. Cada um tem, também, uma casa separada para adoração. Aqueles que adoram a Obatalá usam contas brancas (sese efun) e roupas e braceletes brancos. Eles usam o cajado (opa osooro) e leques (oje) feitos de metal niquelado semelhante a uma liga de estanho. Eles sempre cozinham com manteiga de karité (banha de ori), ou com olho de semente de melão (egusi), em vez de óleo de palma utilizado por muitas outras pessoas. Seu prato tradicional é conhecido como obe ate (guisado branco). O sacerdote oferece a Obatalá a noz de cola branca (obi ifin), em vez da noz de cola vermelha tradicional (obi abata), que é dado aos outros orixás. Obatalá bebe cerveja de milho (sekete) em vez de vinho de palma. Caramujos (erinlako) e galinhas brancas são os sacrifícios favoritos de Obatalá e dos outros orixás que são seus filhos, tais como, Ogiyan, Orishairowu, Orisa Oluofin, Orisa Popo ...etc.

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Os adoradores de Obatalá são sempre limpos e eretos. Eles podem usar roupas de várias cores às vezes, mas para eles, o branco é mais aceitável.

No templo de Obatalá há sempre um pote (awe orisa), que contém água e objetos sagrados (irin orisa). A água é mantida limpa e pura (omi otun). Esta água deve ser obtida pelo sacerdote de Obatalá bem cedo pela manhã, que o faz em completo silencio, tanto na ida quanto na volta ao templo (omi odi). O sino ou ajija deve ser tocado para limpar todo o mal que ele possa encontrar pelo caminho. Essa água (omi awe) ou (agbo orisa), pode fazer com que as mulheres estéreis tenham filhos, e quando um bebê está doente, essa água é usada para a cura.

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Agora vamos examinar o Oriki de Obatalá antes de iniciarmos com suas aventuras. Obatalá é uma divindade poderosa. Ele é o grande rei de Iranje; o homem velho entre todos os orixás. Ele é alto e bonito:

Ele construiu sua casa próxima ao paraíso

A casa era toda pintada de branco

Ele também usava branco todos os dias

Sua cidade é conhecida como Iranje

Ele é o artista de Olodumare

Ele foi o que moldou a cabeça nova no bebê

Tanto o preto como o branco foram criados por Obatalá

E alguns batizados com seus nomes de louvor

O modo como ele segura o carneiro

Povo de Ijao

Ele não segura o leopardo de Ifon

Os olhos do leopardo são o fogo, fogo

São o fogo

As costas do leopardo é o sol

As garras do leopardo em ambas as patas

Elas podem machucar terrivelmente a cabeça da criança

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Ogidan na casa de Ijao

Arodewogun colocou a marca preta e branca em uma pessoa

Ele impetrou o medo sem uma faca

Ele é um rei que ao mesmo tempo é divindade

Aquele a quem chamamos todos os dias.

Estas poucas linhas explicam melhor, do que uma discussão, comum que tipo de orixá é este grande Obatalá do qual estamos falando. Para assegurar a todos os seus devotos que ele pode salvá-los da mão de todos os males, leiamos –

p.9

Ele pegou o cabrito preto

Para libertar seus filhos dos males

Ele tirou o coração do cabrito

Para salvar a vida de um ser humano

Quando ela estava pior

Ele pegou caramujos para salvar a minha vida.

De acordo com a história do Odu Ifá, havia dois centros principais onde Obatalá viveu durante sua existência. Um foi em Iranje Ile, o outro foi em Iranje Oko. Ele também viveu em Ijao, bem como em Ifon. Por isso que ele é sempre chamado de o bom rei que viveu em Ifon.

Ele é o orixá associado com os aleijados e os albinos. Diz um provérbio Yorubá, “quando você vê um albino, você vê o orixá, porque eles estão bem juntos”.

Aquele que vai para o paraíso

Sem sequer andar

Por causa dos anões, aleijados e corcundas.

A maioria dos devotos de Obatalá costumar fazer divinações com búzios (eerin-dilogun). Isso foi dado a Obatalá por ser amigo de Osun. Foi Osun que aprendeu o sistema divinatório de Orunmilá, que mais tarde foi estendido para

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outros orixás. Em um Odu Ifa (Okanransode), Olodumare enviou para informar a todos os orixás na terra, que ele os daria a sabedoria e o conhecimento do divino. Mas eles teriam que procuram por eles. Junto com quase todos os outros, Osun, em sua longa vestimenta, recusou-se a fazer um sacrifício antes da busca. Ela estava certa de si mesma, ela estava confiante de que encontraria o conhecimento. Orunmilá foi o único orixá que fez o sacrifício. Todos eles saíram em busca da tangível sabedoria. Assim que a busca prosseguia, foi Osun, como uma mulher, quem primeiro pegou algo do chão. Ela não reconheceu o que era. Ela colocou no bolso de sua vestimenta e ele caiu de volta no chão, porque ela não sabia que seu bolso estava rasgado. Orunmilá que estava vindo logo atrás dela, pegou e guardou. Foi sua negligencia em fazer o sacrifício que deu a Elegbara a chance de reagir e trazer a má sorte para Osun. Orunmilá tornou-se líder e compartilhou o conhecimento com cada um deles. Osun recebeu sua parte de Orunmilá, e o restante recebeu sua parcela de Osun.

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Para ser Adosu ou Aworo de Obatalá é necessária uma cerimônia de iniciação que dura sete dias. A parte mais interessante dessa cerimônia acontece em um rio:

Na casa de Obatalá

Eu tenho roupas em casa

Envolvo-me em afon para ir para o rio

É com o afon que nos cobrimos para irmos para o rio à meia-noite.

A roupa/fantasia nos segue

A máscara na frente

A roupa/fantasia na retaguarda

Você não deve ter medo

É a roupa colorida que você trouxe dobrada em seu braço lá do rio

Colorida e o afon no qual você está enrolado

O povo de Ifon dá ela para Egungun levar para casa

Os filhos de Iranje não devem mais usar roupas vermelhas

Quem quer que se inicie para Obatalá, não pode usar roupas coloridas por um ano. Outro aspecto importante das iniciações é o guisado (obe ate). O

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guisado branco sempre deve ser preparado para Obatalá e para o devoto durante a cerimônia.

Foi Obatalá que introduziu os dias da semana (ojo ose) para os devotos dentre vários orixás. O dia de semana é importante. É um dia especial onde os devotos guardam o descanso. Eles limpam o templo, fazem rezas, e depois fazem oferendas para os orixás. Songo, Ogun, Oyá, Osun, Ifá e todos os outros têm seu dia da semana. Eles também têm dias especiais separados dedicados a eles. Alguns compartilham o mesmo dia juntos. Seguindo o dia da semana de Orishaala (Ose Orisa), está o dia de Ifá. Osun divide esse dia com Orunmilá. O terceiro dia é de Ogun (Ose Ogun) e o quarto dia é Jakuta, o dia da semana de Songo. Mas no princípio, os dias da semana não tinham nomes. Foi Orunmilá que dirigiu-se até Olodumare para obter os nomes dos dias e trazê-los para a terra. É por isso que é dito:

É Ifá que é o dono do hoje

É Ifá que é o dono de amanhã

Ifá é o dono de todos os quatro dias criados para os orisas neste planeta. Em um parágrafo do Oriki de Obatalá, uma das filhas de Obatalá perguntou a ele, “Como podemos saber os nomes dos dias?”, Orishaala disse:

Pegue um dia da semana para Oosala

Pegue outro dia para Ogun

Separe outro para Jakuta, Songo

O que sobrar é para Awo, Orunmilá.

Foi Orunmilá que trouxe os nomes dos dias para a terra, enquanto Obatalá estabelecia os dias da semana.

Ojo Aje (segunda-feira) é o dia em que Aje (dinheiro), junta-se a todos os orixás na terra, e é conhecido como o dia do dinheiro. Portanto, é o dia em que negócios devem ser começados, ou outros assuntos que envolvem dinheiro devem ser empreendidos. Ojo Isegun (terça-feira) é o dia da vitória. Este é o dia em que todos os poderes maléficos foram derrotados. É um bom dia para começar tudo que leva ao bem, e o melhoramento da vida. Ojo Riru (quarta-feira) é o dia em que os problemas entraram no mundo. É um dia de confusão. Ojobo (quinta-feira) é o dia em que os nomes dos dias da semana chegaram. É um dia calmo. Acredita-se que é o dia em que os ancestrais visitam seus parentes. Por esse motivo é que todos os festivais começam em Ojobo. Ojobo Eti (sexta-feira) é o dia do adiamento. Acredita-se que qualquer coisa que uma pessoa tenha para fazer nesse dia deve ser adiado, ou não dará certo. É por esse motivo que negócios ou viagens não devem ser iniciados nesse dia.

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Abameta (sábado) tem os mesmos atributos da sexta-feira. Ojo Aiku (domingo) é o dia em que Orunmilá prometeu vida longa (aiku) ao povo na terra. Foi dito a ele que fizesse um sacrifício, mas ele recusou-se.

Orunmilá queria que todos os seus devotos tivessem vida longa e não morressem. Quando ele foi a Olodumare, o ser supremo, para pedir por vida longa, mas foi o mesmo Orunmilá que rebatizou esse dia como o dia do descanso (Ojo Isinmi). Há uma história no Odu Ifá Oseoloshun que conta como isso aconteceu;

Havia um mercado em Ajaaeremi que atraia tanto a orixás quanto seres humanos, porque os artigos lá eram baratos, e o comércio era muito ativo. Esse mercado acontecia uma vez por ano, e muitos que tiveram a oportunidade de ir lá para barganhar ficaram ricos.

p.12

Elegbara era o guardião do portão do mercado de Ajaaeremi. Sua mãe era Imi. Uma vez que todos iam lá para barganhar, Orunmilá também tinha a intenção de ir a esse mercado. Antes de sair, ele jogou, e fez um sacrifício, e foi avisado que se aparecesse qualquer obrigação pelo caminho, ele não deveria rejeitar.

No caminho, Orunmilá encontrou Imi, mãe de Elegbara, que era velha, e estava à beira da morte. Ela suplicou a Orunmila que fizesse o favor de cuidar dela, e finalmente acabou morrendo em suas mãos. Ele a sepultou e procedeu em executar todo o ritual do funeral para ela. No sétimo dia, o último dia da cerimônia do funeral, o mercado de Ajaaeremi já havia finalizado. O portão estava fechado. Elegbara e todas as outras pessoas estavam retornando para seus lares quando encontraram Orunmilá executando o ritual final para Imi. Elegbara ficou tão feliz, que recompensou Orunmilá com muito dinheiro, roupas, cavalos e servos. Isso tornou Orunmilá rico. Sua riqueza súbita impressionou muitas pessoas. Eles o questionavam, quando foi que se tornou rico? E ele disse:

Desde que sepultei Imi para seu descanso

Eu comecei a ter dinheiro

Desde que sepultei Imi para seu descanso

Eu tenho paz de espírito...

E Orunmilá disse isso desde então, e ele batizou aquele dia como o dia do descanso (Ojo Isinmi), o dia em que Orunmilá sepultou Imi, a mãe de Elegbara. Foi assim que obtivemos o nome do dia Ojo Isinmi (domingo).

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Se um casamento acontece em Jakuta, o dia da semana de Songo, o casamento não será bem sucedido. O casal brigará, e possivelmente separará logo após. Portanto, também, um casamento no dia da semana de Oosala não será bom, porque a mulher será constantemente doente. Ela poderá ter que esperar um longo período antes de poder ter qualquer filho. O dia de Ogun também é notório por ser um dia insatisfatório para casamentos. Apenas o dia de Ifá, que também é o dia de Osun, é bom para casamentos. O dia da semana de Obatalá é para rituais funerais, de modo a trazer um fim para a calamidade da morte. O calendário diário é de suma importância para o povo Yorubá. É por esse motivo que os Yorubá não tomam decisões importantes sem antes consultar a Ifá e pedir ao Babalawo para observar o dia e a semana para se ter um bom começo.

p.13

Por toda a nação Yorubá, o mais alto sacerdote de Oosala é conhecido como Aaje. Algumas cidades também têm o Oluwin como um alto sacerdote de Oosala, mas Oluwin e Aaje são do mesmo nível e suas funções são as mesmas. Existem outros títulos de importância entre aqueles que cultuam Obatalá. Os que foram iniciados e treinados para cultuar são conhecidos como Iyalorisa e Babalorisa. Aqueles que são treinados e preparados para incorporações durante as cerimônias são Elegun. Somente o Elegun pode ser ‘montado’ pelo orixá. Babalorisa é o titulo dado a todos os adoradores masculinos; Aseri são as testemunhas; Agbegba são os carregadores de cabaça masculinos; Iyá Nigba são as mulheres que também carregam cabaças. Aborisa são os homens que foram iniciados no culto a orixá, e que devem dar oferendas e sacrifícios a Obatalá. Olori Elegun é o líder daqueles que são possuídos pelos orixás durante as cerimônias. Iyá Alase é a mulher que inspeciona a comida de Obatalá, e a Iyálorisa é a mulher que lidera todas as adoradoras femininas. Todos que tem orixá na cabaça são chamados de Adosu. Ele ou ela jamais devem raspar a cabeça.

Todos os devotos de Obatalá devem ter cuidado especial com seu fio de contas branco, lavando-o com água de caramujo (seseefun) e não com água de folha (omi ero). Em algumas partes das terras Yorubá é o Aaje, o alto sacerdote, que deve jogar a noz de cola e fazer sacrifícios de animais para os orixás quando necessário. Obatalá é conhecido por ser amante da música e de tambores. Seus instrumentos são o atabaque, igbin ou agba, e às vezes o chocalho grande, sekere. Alguns devotos de Obatalá são músicos em tempo integral e ganham seu pão cantando e tocando sekere pela cidade. Eles vivem do que ganham ao mesmo tempo em que cantam em louvor a Obatalá e fazem rezas especiais que acompanham as musicas para a platéia.

Entre as esposas de Oosala está a famosa Yemoo. Seu templo fica próximo ao de Obatalá, e seu símbolo é o cajado de ferro. Obatalá é conhecido

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por ter crianças de seis dedos na mão. A criança que se enrola em um saco (oke) é também um exemplo de criança que pertence a Obatalá. Se qualquer um dos devotos de Obatalá beber vinho de palma, ele ficara adoentado e vulnerável. Toda vez que Obatalá aceita o sacrifício, os devotos regozijam-se dizendo “E e e e pa!” Esta é uma forma de cumprimentar obatalá e de aclamá-lo.

Ifayemi Eleburuibon

Casa da Cultura

Osobgo, Estado de Oyo, Nigéria

p.14 (foto)

Yemi é um sacerdote de Ifá e um babalawo mundialmente renomado, poeta, orador e professor que vai ao ar na TV nigeriana semanalmente, ensinando as tradições antigas da religião de Ifá que é datada de antes do cristianismo e da Bíblia.

p.15

O APRISIONAMENTO DE OBATALÁ

Deixe a lebre aperfeiçoar sua raça

Deixe o javali ser esperto com sua cabaça

As dançarinas profissionais que esperam para dançar em Ootu Ifé devem vestir-se muito bem

A divinação de Ifá foi feita para Orisaala Osere mogbo

No dia em que ele desejou fazer uma viajem para a cidade de Isolu

Antes que uma pessoa siga com um projeto importante ela deve procurar pelo conselho de Ifá

O deus Yorubá da sabedoria

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Obatalá consulta esses sacerdotes antes de fazer sua jornada a Isolu, e o sacerdote aconselhou-o a fazer um sacrifício para evitar embaraços

Obatalá não fez o sacrifico, e se aprontou para viajar.

Em Isolu há um grande rio próximo a entrada da cidade.

Os homens, as mulheres e crianças de Isolu pegam água desse rio para beber, ou tomar banho e ás vezes para lavar suas roupas com ela.

Os habitantes de Isolu sabem da existência de um homem louco que sempre vem ao rio para molestar as pessoas.

O homem louco é esperto também; ás vezes ele finge estar tomando banho e assim que as pessoas aproximam-se dele, ele as assedia.

Isso fez com que pessoas avisassem a todos de que da próxima vez que cruzarem com ele novamente, ele deve ser preso.

Como Obatalá estava chegando perto da cidade, ele teve vontade de tomar um banho.

Ele estava quase nu, usando apenas suas calças e começou a tomar banho.

Algumas mulheres vieram da cidade para pegar água. Elas viram Obatalá de costas e pensaram que fosse o louco novamente.

Elas correram de volta para avisar o povo da cidade e todos correram para o rio.

Obatalá foi confundido com o louco e foi aprisionado. Por dias Obatalá sofreu pelo crime que não cometera.

Ele ficou irritado e tocou Osu em sua cabeça. Toda a cidade de Isolu ficou inquieta.

A chuva recusou-se a cair. A desolação instalou-se visivelmente, os que estavam doentes ficaram impossibilitados de melhorar. Nenhuma comida – há uma grande estiagem e o rei mandou chamar seus conselheiros.

Eles chamaram um babalawo para aconselhá-los. Ele fez a divinação Anukunrin, mas não pode precisar o que era o real problema com a cidade, porque Obatalá não permitiu que ele soubesse.

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Após algum tempo, eles convidaram outro sacerdote para vir aconselhá-los. Anu Kunrin, o sacerdote de Isolu. Foi a mesma coisa. E tudo ficou ainda pior para eles.

Foi um dos conselheiros do rei que o aconselhou a chamar Ogbigbi, um dos mais famosos babalawos. Quando o rei mandou chamá-lo, ele consultou seu próprio Ifá, de modo que pudesse ter sucesso na empreitada a qual o rei o chamara.

Foi dito a Ogbigbi que fizesse um sacrifício com água de igbin e que ele esfregasse os olhos com ela e limpasse antes de ir ao palácio – foi o que ele fez.

Por esse motivo foi que ele teve a capacidade de ver claramente o problema em particular que eles tinham na cidade de Isolu. Ele disse que foi por causa de um homem inocente que eles haviam aprisionado,

p.17

e que a cidade precisava de uma limpeza especial com água para tornar tudo calmo.

Obatalá precisava ser acalmado com dezesseis igbins e uma toga branca. O rei ordenou que Obatalá fosse libertado e eles imploraram que ele os perdoasse. Eles deram uma bela toga para ele e fizeram um banquete com guisado de igbin. Tudo que Obatalá gosta foi dado a ele. E eles tocaram tambor e regozijaram-se com ele para agradá-lo e ele os abençoar. E então eles cantaram –

“Obatalá to to fun un!

Too!

Obarisa to to fun un

Too!”

E Obatalá disse:

“Anukunrin é um sacerdote em Isolu. Ogbigbi porque revelaste isto, Ogbigbi?

Anukunrin é um sacerdote em Isolu. Ogbigbi porque revelaste isto, Ogbigbi?”

E o rei e os chefes convenceram-no a perdoá-los e a esquecer a ofensa deles

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“Obatalá to to fun un!

Too!

Obarisa to to fun un

Too!”

(Idin Kanran)

p.18 (foto)

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OBATALÁ E SUA ESPOSA IYEMOO

Alkedun procurou pelo intestino, o macaco encontrou o intestino, as maravilhas de Aweremegun fizeram ele ficar amarelo

A divinação de Ifá foi feita para Iyemoo, a esposa de Obatalá

Quando Obatalá casou-se com Iyemoo, ela não mais bebeu água, mas sangue – isto é, o sangue de animais, e tornou-se uma mulher poderosa.

Iyemoo queria ter filhos com seu marido e consultou Ifá.

O sacerdote disse a ela que não suspeitasse de seus movimentos, porque ela poderia perder a vida enquanto investigasse os movimentos de seu marido. Ifá diz que ela terá filhos, e um sacrifício foi prescrito à Iyemoo.

Obatalá não tinha armas, mas satisfazia sua esposa com sangue todos os dias, foi esse o motivo que a fez suspeitar dele. Uma vez que Obatalá sabia o que sua esposa gostava, ele consultou seu babalawo.

O sacerdote preparou uma colher especial de madeira para ele, essa colher tinha um encantamento, e sempre que ele a apontava para um animal, ele retirava o sangue de seu corpo. Era assim que Obatalá obtinha sangue fresco para sua mulher todos os dias, mas Iyemoo não sabia do segredo.

p. 20

Um dia Iyemoo decidiu seguir seu marido. Ela sabia que Obatalá tinha um embornal que levava consigo para a floresta todos os dias. Ela cortou o embornal pelo fundo e colocou cinzas dentro. Obatalá, alheio a isso, pegou o embornal e foi para a floresta procurar por animais, à medida que seguia seu caminho, as cinzas caiam marcando a trilha, e era essa trilha que Iyemoo seguia para saber onde seu marido estaria. Havia um ponto em que Obatalá

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costumava ficar e colher o sangue para sua esposa, assim que qualquer animal passasse.

Obatalá ficou sentado por um longo tempo, e nenhum animal passou. Isso foi uma surpresa para ele, enquanto Obatalá pensava nisso, ouviu o barulho de algo vindo em sua direção. Ele apontou a colher de madeira naquela direção, sem saber que era sua esposa. Ela caiu instantaneamente, e o sangue saiu de sua genitália.

Obatlá correu até ela, e descobriu para sua surpresa que era Iyemoo.

“O que você quer aqui? Porque me seguiu?” Estas foram as palavras que saíram da boca de Obatalá. Ele levou sua esposa para casa e chamou seu sacerdote, o sacerdote relembrou a Obatalá o que Ifá havia dito a Iyemoo a algum tempo atrás. Iyemoo disse que havia consultado Ifá para ter filhos, mas o aviso que Ifá deu à ela foi para um assunto diferente. Ela não sabia. O sacerdote disse a ela para ofertar cinco galinhas para fazer um sacrifício.

Uma galinha por dia deveria ser dada a Ifá durante cinco dias. Isso foi feito, e o sangue parou de sair de sua genitália.

p.21

Eles tiveram relações e Iyemoo ficou grávida. Ela teve muitos filhos com obatalá. Desde então, toda mulher começou a ter menstruaçao. (Irosun Meji)

p.22

COMO OBATALÁ UTILIZOU O MARFIM DE ELEFANTE

Orunmilá disse, é um jogo de escorregar. Eu disse, é um jogo de escorregar. O sacerdote do elefante, a divinação de Ifá foi feita para o elefante.

É um jogo de escorregar, o sacerdote do búfalo, a divinação de Ifá foi feita para o búfalo. É um jogo de escorregar. O sacerdote de Orishatoluyagba, o marido de albino, é um jogo de escorregar, a divinação de Ifá foi feita para Orunmilá. Um dia eles foram se divertir e jogar o jogo de escorregar.

Foi Obatalá que convidou outros grupos de animais – o elefante, o búfalo, os pássaros etc. para juntarem-se ao grupo, porque ele entendia muitas línguas; a língua dos animais, dos pássaros etc.

Orunmilá era membro desse grupo e eles fizeram divinações, e Ifá deu um aviso de que fizessem um sacrifício para que pudessem executar bem suas funções.

Frequentemente, era na pedra de Agbarisaala que eles se sentavam para discutir seus assuntos. Eles ignoraram o sacrifício. Um dia eles saíram

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para sua reunião, e após terminarem toda a discussão, eles quiseram jogar um jogo de escorregar, na pedra de Agbarisaala.

Eles começaram o jogo um a um. O elefante primeiro, e então o búfalo e Orunmilá. Eles correram bem. Quando foi a vez de Obatalá, ele caiu na pedra e um de seus dentes saiu de sua boca; ele ficou muito machucado. Todos trataram dele com os primeiros socorros que possuíam. Depois de tudo, o elefante prometeu dar a Obatalá um de seus dentes, porque não era apropriado para ele voltar para casa com um dente faltando, seria muito embaraçoso.

Eles retiraram um dos dentes do elefante e o afiaram bem, antes de colocá-lo na boca de Obatalá. Obatalá os advertiu de que tudo deveria ser mantido em segredo entre eles, ninguém poderia revelar o que aconteceu para suas esposas em casa. Todos concordaram.

Quando o elefante chegou em casa, ele começou a fazer piada para sua esposa: “Você não vê que um dos meus dentes está faltando?” E sua esposa disse: “Notei sim”. O elefante disse, “O velho Obatalá machucou-se no jogo de hoje, e um de seus dentes caiu, e por isso que eu dei um dos meus para ele.”

- A esposa do elefante retrucou, “Você não deveria ter feito isso.” E o elefante disse, “Seria vergonha para nós, se nosso rei ficasse sem dentes.”

Quando o búfalo chegou em casa, ele contou para a esposa sua experiência no jogo, somente Orunmilá recusou-se a dizer qualquer coisa para alguém. Como o elefante tinha quebrado o tabu de seu grupo, sua consciência o preocupava.

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O elefante veio até Orunmilá para confessar o que fez, Orunmilá disse para ele que avisasse sua esposa para não contar nada para ninguém de fora.

Enquanto discutiam o assunto, Aba, a esposa de Orunmilá saiu. Ela queria saber o que estava se passando, Orunmilá não disse nada, eles estavam começando uma discussão. E Aba disse que já havia ouvido as noticias, Orunmilá pediu a ela, “Por favor, não diga nada a ninguém na cidade.”

Um dia durante uma seca, a esposa de Obatalá foi ao rio para pegar água, para que seu marido usasse para fazer argila, que utilizava para modelar as cabeças para novos bebes. Obatalá é o artista de Olodumare. Ela esperou sua vez de pegar água, porque havia muitas pessoas no rio. Spear, a esposa do elefante, chegou e queria pegar água antes da esposa de Obatalá. Iyemoo disse, “Você tem que esperar por sua vez, você me viu aqui.”

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Lança, a mulher do elefante retrucou, “Você é que me deve respeito. Se você conseguir alguma água, deve dar para mim.”

E então, Iyemoo, esposa de Obatalá perguntou, “Quem é você, a propósito?”. E Lança disse, “Eu não sei. Vá perguntar a seu marido. Se não fosse pela ajuda do meu marido, talvez Obatalá nem sairia de casa novamente; Ele morreria de vergonha.”

Iyemoo perguntou, “O que o meu marido pegou do seu?”

E Lança disse, “Não me pergunte, Vá falar com seu marido.”

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Quando Iyemoo chegou em casa, ela perguntou a Obatalá qual era o assunto entre ele e o elefante. Obatalá explicou para sua esposa sobre o jogo, e de como eles fizeram um juramento de não revelar a ninguém de suas famílias. Obatalá ficou nervoso, ele pegou seu Asé e foi até a casa do elefante.

Ele disse, “Você elefante! Todo o nosso segredo foi revelado por você.”

Ele disse, “Esta mulher vai causar a sua morte.”

Ele foi até a casa do búfalo. “Por que você fez o juramento? Você deixou vazar o segredo para sua esposa, e todos abusam de mim, um homem sem dente. Essa mulher vai causar sua morte.”

Orunmilá suspeitou que algo estava para acontecer. Ele consultou Ifá, e Ifá disse que ele fizesse um sacrifício com muitos caramujos e com abundância de sua água. Quando Orunmilá estava terminando o sacrifício, Obatalá chegou. Orunmilá o confrontou com a água fria de caramujo.

Obatalá bebeu a água e ficou calmo, sua ira foi aplacada, e ele advertiu Orunmilá para trazer sua esposa Aba para fora. Aba teve que se mudar da casa de Orunmilá e Obatalá disse que ele havia amaldiçoado o elefante e que ele iria morrer. E que ele usaria vários ossos de seu corpo, não só os seus dentes.

Quando os caçadores saem para caçar, eles usam a lança para matar o elefante e Obatalá pediu que eles removessem todos seus dentes. Ele também fez adornos dos ossos do elefante, e é por esse motivo que ele ordena que todos os seus devotos coloquem um elefante como objeto seu no templo.

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e desde então uma lança sempre mata um elefante, como ordenou Obatalá, nenhuma outra arma; E Lança costumava ser o nome da esposa do elefante. Poolo é o nome da esposa do búfalo, que é uma armadilha que eles usam para matar búfalos até hoje. Aba, que supostamente causaria a morte de

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Orunmilá, foi removida de sua casa. Orunmilá agradeceu a seu Ifá, e ensinou a lição para todos os seus seguidores.

(Oturadii)

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OBATALÁ E SEUS DOIS FILHOS

Se chegarmos até a mata de forquilhas, serão forquilhas que pegaremos.

Se chegarmos até a savana das cordas, serão cordas que pegaremos.

Quando chegamos na floresta que não possui forquilhas, nem cordas, é Poponloro que pegamos.

A divinação de Ifá foi feita para Nini e Aini, os filhos de Orisha.

Nini é o primeiro nascido de Orishaala, ele é o mais velho de todos os homens. Ele foi escolhido para tomar conta do trabalho de criatividade de Obatalá. Ele tinha que encontrar todo o material necessário que Obatalá necessitava para seu trabalho.

Tudo ia bem para ele enquanto servia a seu pai. Ele era abençoado por seu pai com muitas esposas, dinheiro, cavalos e servos, e todo tipo de coisas luxuosas que tornassem sua vida confortável.

Isso fez com que se tornasse tão independente, que quando ele consultou seu sacerdote, Ifá o advertiu para não ser tão independente e ignorar seu pai. Nini não acatou o conselho; Se Obatalá enviava alguém com uma mensagem urgente para pedir que viesse, Nini responderia a ele somente dois dias depois. Ele começou a reclamar de um problema ou de outro, e às vezes Obatalá pedia que ele pegasse algo para ele, e Nini não fazia nenhum esforço para obter o que Obatalá queria. Obatalá o deixou de lado e foi procurar seu irmão Aini. O primeiro trabalho de Aini foi procurar ovos de perdiz.

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isso fez com que Aini pegasse algum dinheiro para ir consultar-se com seu sacerdote. Se você tiver um companheiro da raiva em casa, será Raiva que você obterá. E esse era o nome do sacerdote que fez a divinação para Aini, o filho de Orishaala Oseremagbo.

Ifá disse a ele que ele teria sucesso em obter o que seu pai havia lhe pedido, mas ele teria que fazer um sacrifício com três galinhas e varias pimentas de atare.

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Ele saiu em sua jornada e encontrou Aroni. Aroni perguntou qual era seu problema. Aini contou sua dificuldade em encontrar ovos de perdiz, e Aroni disse que sua mulher havia começado o trabalho de parto, mas ele não tinha pimentas de atare para fazer um encantamento para que ela tivesse um parto calmo. Aini disse, “Eu tenho várias delas aqui.” Ele deu algumas a Aroni e ele deu os ovos de perdiz para Aini.

Obatalá ficou tão feliz de ver que Aini teve sucesso em obter os ovos, que pegou seu Ase e rezou para Aini, que ele seria muito mais bem sucedido que seu irmão Nini. Obatalá disse que Nini tinha tido muitas bênçãos e por esse motivo não mais respeitava seu pai. Desde então, eles glorificam Obatalá, ele tirou de Nini e deu a Aini. Aquele que fez uma pessoa tornar-se duzentas pessoas.

(Idin Otura)

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OBATALÁ E AS CENTO E SESSENTA E QUATRO PESSOAS

A árvore não cobriu a estrada e a floresta. A divinação de Ifá foi feita para cento e sessenta e quatro pessoas, no dia que eles foram para Ile-Ifé Omowuni.

Quando essas pessoas decidiam fazer uma viagem, eles consultavam o sacerdote de Ifá citado acima. O sacerdote advertiu que eles deviam fazer para remover os obstáculos que estavam em seu caminho.

Como o dia já estava no fim, eles não puderam fazer o sacrifício antes de sair para sua jornada. Estas cento e sessenta e quatro pessoas incluindo sapos, sapos-boi e rãs comestíveis. Todos gostariam de visitar a cidade de Omowuni. Como não fizeram o sacrifício, eles passaram por problemas.

Eles afundaram em uma vala e ficaram imobilizados por três dias. Eles não tinham comida ou bebida, e estavam todos cansados.

Um dia, Obatalá estava viajando para Iranje Oko vindo de Irangete, ele ouviu barulho vindo da vala. Obatalá perguntou a eles, “O que vocês me dariam se eu os tirasse da vala?” eles disseram, “Velho, daremos a você duzentos elefantes.” Como dentes de elefante agradavam a Obatalá, ele concordou em libertá-los da vala.

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Ele apontou seu longo bastão para dentro da vala e disse para eles segurarem nele um por um. E ele os tirou um a um, e eles ficaram muito felizes e agradeceram a Obatalá.

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Na semana seguinte, que era a semana de Obatalá, ele mandou chamar todos os sapos, sapos-boi e rãs comestíveis. Todos se reuniram no templo de Obatalá. E ele indagou, “Onde estão os duzentos elefantes?” e todos negaram.

Eles disseram que Obatalá os havia entendido mal. Eles não prometeram duzentos elefantes, mas duzentas canções. Obatalá ficou surpreso com a ingratidão dessas pessoas e de como elas haviam mudado de opinião.

Após muita persuasão, Obatalá concordou que eles cantassem duzentas canções. Nos cinco dias de cada semana Obatalá, todos juntavam no templo e então cantavam:

“O velho me salvou

Ho hu!

Ele salvou a mim e às minhas crianças

Ho ho!

Ele salvou a mim e a meu marido

Ho ho!

O velho te salvou

Hu ho!

Ele te salvou

Ho ho!

Você e sua família.”

Após um momento, todos estavam cansados de cantar toda semana e começaram a reclamar. Eles queriam se livrar de Obatalá, e eles decidiram envenená-lo. No próximo dia de encontro com Orishaala, eles trouxeram noz de cola envenenada para o templo.

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Cada indivíduo tinha que rezar sua própria noz de cola e abri-la no templo. Obatalá não sabia o que estava acontecendo, mas ele consultou seu sacerdote de Ifá. E foi dito a ele que não recebesse nenhuma noz de cola de ninguém. Bem cedo pela manha, antes de todos os devotos juntarem-se no templo, ele disse a seu servo para trazer o atabaque e tocá-lo, para convidar cada membro a reunir-se rapidamente.

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Assim que todos ouviram as batidas, chegaram um a um e os trabalhos tiveram inicio. Eles cantaram louvores para seu amo Obatalá, que os abençoou juntamente com suas crianças. Eles agradeceram a ele pela proteção que eles receberam no passado

“O velho me salvou

Ho ho!

Ele salvou a mim e às minhas crianças

Hu ho!

O velho salvou você

Ho ho!

Ele salvou você e a seu marido

Ho ho!

Mas com o passar do tempo, eles decidiram dar as nozes de cola envenenadas a Obatalá, e ele seguiu o conselho de seu sacerdote. Ele disse para cada um abrir sua própria noz de cola e comê-la.

Isto foi feito um por um individualmente, e os surpreendeu o fato de Obatalá saber do plano secreto deles. Eles foram incapazes de envenená-lo. Eles confessaram e pediram por perdão, e todos cantaram novamente e sóbrios, concordaram que era tudo culpa deles.

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E imploraram a Obatalá para esquecer e perdoar sua falta. E Obatalá o fez.

É por esse motivo que em um de seus Orikis e então dito:

“Incapaz de ser alcançado pelo inimigo, se eles o alcançam, eles não podem fazer nada, eles correm atrás dele, eles são incapazes de alcançá-lo”

(Iretesaa)

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OBATALÁ E SUA FILHA OMORINAWE

E com gentileza que batemos no tambor koso, e com gentileza que batemos no tambor aran.

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A divinação de Ifá foi feita para Orunmilá, que aconselhou Obatalá Oseremagbo, no assunto que afetava seus trabalhos. Obatalá é o indicado por Olodurmare responsável por moldar o corpo humano.

Orishaala tem uma filha chamada Omorinawe. Ela era madura o suficiente para desposar quem ela quisesse. O príncipe de Alara queria casar-se com ela, e também o príncipe de Ajero muitas outras pessoas de Iranje e das redondezas da cidade. Obatalá só tinha uma filha. Cerca de quatro pessoas a pediram em casamento. Orunmilá, que era um amigo muito próximo de Obatalá, estava sempre com ele. Quando Obatalá começava a reclamar, Orunmilá o ajudava a consultar Ifá.

Ifá disse a ele que Obatalá tinha que ir até Olodumare para formalizar sua reclamação e Olodumare disse a Obatalá para retornar, e que Omorinawe era a única filha confiável que serviria a ele. Mas Obatalá não gostou da idéia de desapontar seus genros. Ele implorou a Olodumare que desse a ele mais três filhas com Omorinawe, para que pudesse satisfazer a demanda de seus genros. Olodumare deu a ele três burros, um brinquedo e um cachorro, instruindo que ele ordenasse a eles que se transformassem em seres humanos quando ele chegasse em casa,

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e foi feito – todos tornaram-se seres humanos, e se casaram, estas três filhas de Obatalá. E Omorinawe foi dada em casamento para um dos príncipes. Obatalá agora percebeu,que durante suas festividades, as pessoas da terra não eram suficientes. E a escassez de seres humanos levou Obatalá até Olodumare novamente. Olodumare instruiu Obatalá a transformar duzentas árvores em seres humanos.

Isso foi feito de acordo com as instruções. Mas, anos mais tarde, para sua surpresa nenhum dos homens voltou para agradecer. Orunmilá, uma testemunha constante, aconselhou que eles visitassem quatro casais, os genros de Obatalá. A primeira filha reclamou que o comportamento de seu marido parecia com o de um cachorro.

A segunda filha equiparou o comportamento do marido com o de um camelo. E a terceira com o de uma estátua. Mas a quarta, Omorinawe, a verdadeira filha de Obatalá, implorou por perdão, porque eles tiveram momentos maravilhosos em sua lua-de-mel, entretendo pessoas que vinham bem dizê-los e regozijarem-se com sua união – foi por isso que não tiveram tempo de ir até Obatalá e agradecer.

Quando Obatalá ficou confuso com toda essa situação, Orunmilá explicou a ele que cavalheiros de confiança não são comuns, e até hoje, é por esse motivo que algumas pessoas comportam-se como uma estátua, alguns

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como um camelo. E também, temos cães entre homens e mulheres, alguns deles são como arvores. Aqueles foram os objetos que Obatalá transformou em seres humanos, com sua reclamação de que os seres humanos não eram suficientes.

(Ejiogbe)

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OBATALÁ E ALAKEDUN

Era branco, parecia branco, parecia com vinho de palma. A divinação de Ifá foi feita para o grande macaco, que é o assessor de Orishaala.

Obatalá era um poderoso rei e divindade que entendia a linguagem dos seres humanos, animais e pássaros. Ele amava o macaco e o mantinha próximo a ele. Mais tarde, seu amor tornou-se algo maior. Obatalá pediu ao grande macaco para que trabalhasse com ele. E ele enviava-o aqui e ali, todos os outros orishas vieram a reconhecer o macaco como um amigo intimo e assessor de Obatalá.

A cada dezessete dias da grande semana de Obatalá, todos os orishas juntavam-se no templo de Obatalá para cantar e discutir os assuntos que preocupavam a cada um, depois disso, bebiam e se divertiam.

Em cada reunião, cada um deles fazia uma festa. E certa altura todos decidiram abandonar o vinho de palma, e disseram que não mais queriam que um de seus membros bebesse o vinho. Fizeram um juramento. Cada membro tinha que deixar o vinho de palma agora, incluindo Obatalá. Obatalá comprou uma cabaça nova e colocou comida solida feita de milho nela. Ele bebia dela de vez em quando, era branca

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como era o vinho de palma. O grande macaco pensou que Obatalá não obedeceu ao voto que fizera com seus colegas. Ele foi informar a todos os orishas, e na reunião seguinte, quando todos os membros chegaram ao templo de Obatalá, eles pediram que trouxesse a cabaça da qual ele bebia. Obatalá ficou surpreso, e trouxe sua cabaça. Eles experimentaram; não era igual ao vinho de palma. Era comida solida feita de milho. Eles disseram que foi Alakedun, o grande macaco, que havia dito a eles que Obatalá ainda bebia vinho de palma. Eles perguntaram a Alakedun o grande macaco, e ele disse, “Eu pensei que fosse branco, parecia com vinho de palma.” Obatalá disse, “Você quis me envergonhar. ” De hoje em diante, vá para a mata e continue a dizer isso de árvore em árvore.

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Alakedun dizia: “Era branco, parecia branco, parecia com vinho de palma.”

(Osa-fun-un)

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OBATALÁ E SEU ATABAQUE

A caixa de veneno quebrada, a espada quebrada. A divinação de Ifá foi feita para Mobikugbe, a mãe de Lebre.

Orishaala, amante da música e do tambor, também um ancião entre os orixás, tem um grande número de seguidores com um belo templo.

Como Obatalá tem um grande número de seguidores que o veneram em seu templo todos os dias da semana, eles organizaram uma reza com musica e tambor. Mas Obatalá não tem tambor. Como um orixá poderoso, ele falou com os animais, pássaros e seres humanos.

Ele também tinha alguns animais dentre seus seguidores, que vinham para o templo para adorá-lo. Dentre os animais que costumavam vir ao templo estavam ira, e otolo, também Lebre.

Lebre era um servo próximo de Obatalá. Quando Obatalá discutiu o assunto da confecção do tambor, era Lebre que estava presente. Mas Lebre escondeu-se como se não estivesse a par das discussões. Todos concordaram em convidar todos os animais para virem para a casa durante a celebração da semana.

Como Obatalá gostava de Lebre, quando os membros de seu culto terminaram a discussão do assunto, ele disse para Lebre informar todos os animais que quando viessem para casa para a celebração da semana, eles tinham que permanecer após a reza, por causa de um assunto importante, que o supremo Obatalá tinha para discutir com eles.

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Mas Lebre deixou vazar o segredo do assunto para eles. Ele disse para todos que Obatalá gostaria de tirar a pele de todos os animais para fazer um tambor. Com o passar do tempo, todos os animais e humanos prepararam-se para o dia da celebração. Eles voltaram para casa e rezaram no templo. Mas, para a surpresa de Obatalá, nenhum dos animais permaneceu. Ele enviou uma

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mensagem para convidar todos os membros de seu comitê, para investigar quem havia deixado vazar o segredo, e foi Lebre.

Obatalá mandou buscar Lebre para descobrir a verdade sobre o assunto. Lebre começou a ficar com medo, e ele confessou. A pessoa que segurava ele em frente a Obatalá, tirou a sua pele, e lebre correu rapidamente para a casa de sua mãe Mobikugbe. A mãe de Lebre, rapidamente foi até seu sacerdote particular, a divinação de Ifá foi feita, e o sacrifício pedido para a cura incluía ovo, algodão cru e banha de ori.

Eles colocaram tudo isso e esfregaram no corpo de Lebre, e o sacerdote fez um preparado especial de Ifá, para aplacar a dor.

Enquanto isso, todos os seguidores de Obatalá foram convocados para um encontro para discutir o assunto. Obatalá disse a eles suas intenções, de fazer o tambor para que as pessoas que estivessem perto e longe, pudessem ouvir a celebração.

Ele disse então – “Gostariamos de bater o agba em casa, gostaríamos de bater igbin no templo, para possibilitar a todos os devotos ouvir, para possibilitar a todos chegar na hora.”

Mas para a surpresa de Obatalá, todos os animais presentes no encontro disseram:

“Ouvimos em casa, também soubemos pelo caminho, de que o rei Obatalá gostaria de tirar a pele de todos os animais.”

Agora ficou claro de que Lebre tinha deixado vazar o segredo. Desde então, Obatalá rejeita a lebre como animal de estimação. Contudo, Obatalá fez seu tambor da pele de outro animal, e recusou a pele de Lebre. E até hoje, quando os devotos de Obatalá querem fazer um tambor, eles não usam pele de lebre, que é muito macia. E o próprio Lebre não se curou totalmente, e sua pele permaneceu frouxa, por que a original foi removida.

(Ogunda Kete)

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foto – Vários objetos sagrados para Obatalá, o ADE OBATALÁ , chapéu com penas de papagaio; IRUKERE o bastão de cauda de cavalo; SESEEFUN as contas brancas de Obatalá.

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OBATALÁ E SEU CRIADO ALEIJADO

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A pobreza de um sacerdote, não irá matá-lo. Os problemas de um sacerdote é o que faz dele rico. A divinação de Ifá foi feita para Orishala Oseremagbo, que irá receber um aleijado como seu primeiro criado.

Obatalá como rei da cidade de Iranje, queria comprar mais criados para trabalhar para ele, e ajudá-lo em seus trabalhos domésticos. Como ninguém fazia coisa alguma sem procurar o conselho de Ifá, ele mandou buscar seu sacerdote.

Ifá previu que mais dinheiro estava a caminho para Obatalá, que se ele fizesse um sacrifício, e aceitasse o conselho. O criado que ele fosse comprar, faria dele famoso e bem sucedido. O sacrifício incluía milho, pombo, um eketé e dezesseis cauris. Obatalá fez o sacrifício e o sacerdote disse a ele para não odiar nada que ele visse no mercado. Quando Obatalá chegou na praça do mercado de Ojugbo Mekum e já estava quase fechando.

Ele andou por todo o mercado nos locais onde se comprava e vendia criados, mas o único que ele encontrou foi um aleijado. Ele quis rejeitar o criado aleijado, mas lembrou-se do que Ifá havia dito a ele. Ele entregou o dinheiro e levou o criado aleijado para casa como seu servo.

Após alguns dias, Obatalá não sabia que tipo de trabalho poderia dar a seu novo criado. Ele apenas olhou para o criado e alimentou-o. Um dia, o criado aleijado perguntou a Obatalá se ele possuía alguma fazenda.

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Obatalá disse que sim. “Você pode levar-me até sua fazenda? Eu posso trabalhar lá.” Disse o aleijado. Na fazenda de Obatalá havia vários papagaios, que comiam todo o milho, e não deixavam ter uma boa colheita.

O criado aleijado de Obatalá pediu a seu mestre que desse a ele uma faca. No dia seguinte eles foram para a fazenda, havia vários papagaios em cima dos pés de sorgo. E o aleijado começou a cortar os pés de sorgo e remover a pena vermelha do rabo do papagaio. Ele colocou a pena dento do eketé, e imediatamente as pernas dos papagaios tocaram o solo. Eles ficaram impossibilitados de voar. Isso deu chance ao aleijado de retirar todas as suas penas vermelhas.

E ele pediu a seu mestre para dar a ele um lençol branco, do qual ele fez um turbante. Ele utilizou as penas vermelhas para decorar em volta do turbante. Ficou mais bonito. Ele deu a Obatalá para usar em ocasiões especiais. E foi em uma grande semana de celebrações que Obatalá usou seu turbante pela primeira vez. Ele usou com uma veste branca especial, e ficou tão bonito que todos os orisás presentes adoraram o turbante, e perguntaram a Obatalá quem havia feito para ele.

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Muitos deles queriam um igual para eles e Obatalá disse que custaria dois mil cauris. Todos os reis Yorubás e divindades adoraram o turbante e pagaram o montante, e o aleijado os fez. Agora Obatalá tem dinheiro, e tornou-se rico. Ele agradeceu ao sacerdote que fez o sacrifício para ele.

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E deu uma celebração de graças em seu templo. Ele cantou então durante a celebração em seu templo:

“O criado que eu compro é bom, o criado que eu compro é bom. O criado me deixou rico, o criado que eu compro é bom.

Meu criado é pai, meu criado é pai. Eu, Orishaala fui a pessoa que comprou o aleijado para ser o meu primeiro seervo, meu servo é pai.”

Desde então, todos os devotos de Obatalá, incluindo o sumo sacerdote, usam uma pena de papagaio para decorar seu eketé. E obatalá é amante do pássaro odidere, que é mantido no templo. Também, durante as cerimônias de iniciação entre os seguidores de Obatalá, eles usam eko odide, a pena do papagaio, para decorar o orisá iyawo, que recebe Obatalá pela primeira vez.

(Ogbese)

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foto – Chefe Yemi, Babalawo da Casa de Cultura de Filosofia Antiga em Oshogbo com o etino botânico Anthony Kweku Andoh do Instituto North Scale em São Francisco, California - EUA.

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OBATALÁ E AS PIMENTAS ATARE

Parece suave, e podemos levar para dançar. Tem longos dentes, e nos morderia, mas é incapaz de morder. A divinação de Ifá foi feita para o homem velho, no dia em que ele foi para a fazenda de atare, e ficou rico.

Como um grande adorador de jardins, Obatalá plantou atare em seu jardim por muitos anos. O atare não deu frutos. Babarugbo, também conhecido como Obatalá, foi até a casa de um sacerdote para descobrir o motivo por trás de sua plantação infrutífera.

O sacerdote consultou Ifá, e disse a Obatalá para fazer um sacrifício. E que naquele ano Obatalá ficaria rico com as pimentas atare.

O sacerdote disse a ele que apaziguasse seus ancestrais com igbin e dezesseis obis. Obatalá executou o sacrifício. Todos os dias quando Obatalá

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acordava, ia até seu altar e fazia suas orações, depois ia para seu jardim de pimentas onde ele tirava as ervas daninhas e cultivava suas plantas.

Ninguém podia imaginar que as pimentas atare poderiam render-lhe algum dinheiro na época que ele fizesse a colheita.

Quando Obatalá colheu as pimentas, ele comprou criados, construiu uma casa, comprou roupas e cavalos. Isso surpreendeu a todos.

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toda manhã, ele rezava em seu altar que ele queria comprar criados hoje e assim por diante. Amanha, ele rezava que iria se casar com uma nova esposa e assim por diante. Isso fez com que as pessoas suspeitassem que o velho pudesse ter uma magia. E cantaram para ele:

“O velho tem servos hoje, talvez ele tenha magia, o velho tem magia. O velho se casou com uma nova esposa hoje, talvez ele tenha magia, o velho tem magia. O velho construiu uma casa nova hoje, talvez ele tenha magia, o velho tem magia.”

(Ogundasaa)

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OBATALÁ E SUAS CRIANÇAS TEIMOSAS

Os corcundas mostram sua língua, o aleijado tem um fígado grande, o cego caminha com uma bengala. A divinação de Ifá foi feita para Obatalá que estava chorando porque queria ter filhos.

O sacerdote de Ifá disse a Obatalá que o único sacrifício que ele precisava fazer era tornar essas crianças uteis, e não serem teimosas. Se ele não fizesse o sacrifício, ele não teria filhos. O sacrifício incluía galinhas, uma cabra, peixe defumado, rato desidratado, ovo novo, uma sacola e dinheiro.

Obatalá executou o sacrifício, mas esqueceu do ovo fresco, e o saco com o dinheiro. Logo Obatalá começou a ter filhos. O primeiro foi chamado de Agbon, ou castanha de coco; o segundo foi chamado de Okun, ou arvore de ráfia; o terceiro foi chamado de Opesagaa. Depois de certo tempo, ele os enviou a diferentes lugares. Agbon foi envidado para viver na casa de Ladubi, para tornar-se sábio e conseguir mais conhecimento.

Ladubi era um mentor bem conhecido. Ele enviou Okun para aprender no córrego, também Opesagaa, para morar com o rei da floresta. Obatalá deu algumas tentações a eles para ver quem iria suportá-las.

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Apenas Opesagaa, a palmeira, foi capaz de passar pelo teste. E Obatalá ficou irado. Ele amaldiçoou os dois filhos. Que as pessoas possam comer a fruta do coqueiro, e corte seu tronco para fazer construções.

E para Okun, a árvore de ráfia, as pessoas poderiam fazer vinho dela, do tipo de vinho de palma chamado oguro.

Opesagaa, a palmeira, foi abençoada a viver uma vida longa, e todo seu corpo é útil, e trás dinheiro. Desde então, as pranchas utilizadas para fazer telhado de novas casas são do coqueiro, e todos comem seus frutos. O vinho de palma, oguro, é feito de ráfia. Apenas Opesagaa tem muito dinheiro; suas sementes dão óleo de palma e também vinho, e tudo que vem dele vira dinheiro.

(Ogbe Alara)

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OLHOS, A FILHA DE ORISHA NLA

Vinte, o sacerdote de Owonrin à direita.

Quarenta, o sacerdote de Oturupon à esquerda. A divinação de Ifá foi feita para Ogun, o grande pai, homem louco com ossos fortes.

Orisha Nla, também conhecido como Obatalá tinha uma bela filha chamada Oju, os olhos. Oju era tão bonita que muitas pessoas queriam se casar com ela. Entre aqueles que cortejavam-na estava Ogun, e outros concorrentes. Os olhos recusaram todos os avanços. Songo também veio para propor casamento a Oju, assim como Elegbara, que também queria casar com Oju, mas falhou.

Quando todos esses Irunmolé vieram e informaram Obatalá de suas intenções de casamento com sua filha, ele disse que eles deveriam ir falar com ela. Se ela concordasse, qualquer um que a agradasse também seria aceito por ele.

Mas Oju recusou a todos. Ogun, o grande guerreiro, e o ultimo a tentar, aproximou-se de seu sacerdote Ifá e pediu ajuda. Foi pedido a Ogun que fizesse um sacrifício, para que Oju pudesse ser dele. Pombo, galinha, cabrito, búzios. Ogun fez o sacrifício necessário, e foi cortejar Oju. Oju achou difícil resistir. Ogun ficou feliz e o casamento foi arranjado depois de todas as investigações necessárias.

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Mas todos os outros candidatos ficaram nervosos. Eles queriam lutar com Ogun. Eles estavam prontos para travar uma batalha sem tréguas contra Ogun. Contudo, no dia do casamento, Ogun estava preparado. Com a ajuda de um sacrifício prescrito por seu sacerdote de Ifá, Ogun ganhou a guerra sozinho. Ele derrotou a todos. Todos ficaram com medo de Ogun. Eles não podem mais tocar Oju.

Todos concordaram que Ogun deveria se casar com Oju. Desde então, as pessoas descrevem quaisquer comoções ou discussões como um momento quando os olhos tornam-se olhos de Ogun. Os olhos que pertencem a Ogun.

(Owonrin Baturupon)

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OBATALÁ E SUAS TRÊS CRIANÇAS

Vamos experimentar e divinar Ifá. O sacerdote do formigueiro. A divinação de Ifá foi feita para Formigueiro. Façamos a divinação com conhecimento. O sacerdote do lodo faz a divinação para Chão de Lodo. Pense e seja sábio. O sacerdote de Awerejenimofe. Todos os filhos de orisá.

Como Obatalá possuía um enorme templo tanto em Iranje Ilé como em Iranje Oko, todos seus moradores costumavam celebrar e fazer ose, ou a celebração semanal com ele. Ele sempre ensinava suas crianças que elas deveriam prestar atenção a todos os dias da semana, entregar oferendas no altar, e rezar. Ele os ensinou a não esquecer cada semana, tanto a semana grande quanto a pequena deveria que ser celebrada.

Isso era para que eles vivessem uma vida longa e para dar a eles tudo que quisessem em termos monetários, de vitoria, riqueza, e assim por diante. E que eles deveriam ter paciência na vida, para alcançar todas as suas aspirações. Como rei, ele costumava administrar duas cidades, Iranje Ile e Iranje Oko.

De vez em quando, ele costumava viajar de Iranje Oko para Iranje Ile, às vezes viajando com seus seguidores e chefes. Enquanto se preparava para a viajem, ele chamou todos os três filhos. Formigueiro, Chão de Lodo e Awerejenimofe. Ele disse a eles que não se esquecessem das celebrações semanais, quando lhes ensinou a ter o seu próprio altar e templo.

p. 52

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Após sua partida, todos seus filhos começaram a trabalhar para dar conta de seu próprio pão. Mas somente Awerejeimofe fez o ose como seu pai lhe ensinara a cada cinco dias.

Os outros dois, Formigueiro e Chão de Lodo, iam todos os dias ao bar local para beber cerveja de milho. Nem se lembraram de fazer as rezas no templo. Ambos começaram a trabalhar pesado para que pudessem obter dinheiro mais rápido e ficarem ricos logo.

Enquanto isso, Awerejenimofe trocava a água do pote de seu pai todos os dias, no templo dele e em seu próprio. Limpava o templo, rezava, e trazia noz de cola como oferenda para os orisás.

À tarde, cozinhava guizado de melão com igbin, a comida que Obatalá mais gostava. Quando Obatalá retornou de sua viagem, o primeiro lugar que parou foi na casa de Formigueiro. Mas Formigueiro havia se esquecido de fazer tudo que seu pai havia ensinado. Uma vez que ele estava sempre pensando na vida, em dinheiro e bebidas luxuosas, ele não tinha nada para oferecer a eles. Eles estavam com fome, e foram para a casa de Chão de Lodo.

Ele estava ocupado com sua namorada e não tinha nada para acolher seu pai. Na casa de Awerejenimofe estava tudo pronto, comida, bebida e noz de cola. Toda a comitiva de Obatalá comeu, bebeu e eles abençoaram Awerejenimofe. Obatalá rezou por ele e logo Formigueiro morreu, e também Chão de Lodo não viveu muito tempo. Porque não seguiram os conselhos de seu pai e sacerdote.

Somente Awerejenimofe foi salvo. Desde então todos dizem que a morte matou Formigueiro, a morte matou Chão de Lodo, Awerejenimofe foi salvo.

(Ogunda Ke Te)

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OBATALÁ E SUA FILHA ASUNWONTAN

A cabeça decepada não pode se levantar. A cabeça não decepada não pode se levantar. A mosca não picou o prato de contas. A divinação de Ifá foi feita para Morte e Fobia no dia que começaram a cortejar Adufe, filha de Orisá.

Asunwontan, outrora conhecida como Adufe, filha de Obatalá, era uma garota muito bonita e varias pessoas, inclusive outros orisás, queriam sua mão em casamento. Apesar do fato de Obatalá não fazer objeção à ideia de casamento para quem quer que fosse consulta-lo sobre o assunto, ele já possuía seu favorito. Ele disse que qualquer um que quisesse ser seu genro, deveria dar a ele duzentos crânios humanos.

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Dentre os gigantes que vieram cortejar Asunwontan, a mais bela de todas, estava Iku, a morte; também estava Eru, a Fobia; O rei de Alara e o rei de Ijero. A única coisa que mantinha os outros fora da corrida era o pedido do sogro.

Alguns pais pediam búzios, dinheiro e outros itens do gênero. Mas Obatalá disse não, somente crânios humanos, duzentos! Isso deu chance para apenas duas pessoas que mantiveram-se na disputa. Quando Iku soube dos crânios, ele não ficou com medo porque esse era seu negocio.

Se você visita a casa da morte, você não vai se surpreender com a quantia de crânios por toda parte, se não ver secos, você verá alguns bem frescos.

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Mas para Fobia, já não sabia o que fazer. Ele queria desesperadamente casar-se com Asunwontan, então resolveu consultar Ifá. A cabeça decepada não pode se levantar. A cabeça não decepada não pode se levantar. A mosca não picou o prato de contas. Aquelas foram as pessoas que fizeram a divinação de Ifá para Fobia no dia que ele quis casar-se com Asunwontan, filha de Orisá.

Disseram a ele para não mais hesitar, e ele precisava de fazer um sacrifício para ajudá-lo. Ele fez todos os rituais e sacrifícios necessários. Iku, a morte, também consultou os mesmos sacerdotes. Eles disseram que ele tinha que fazer um sacrifício, mas recusou-se. Ele estava muito seguro de si, que era capaz de dar a Obatalá o que queria em curto prazo e tempo para que Asunwontan fosse sua.

Depois que Eru Omo Ojeje fez seu sacrifício, o sacerdote deu a ele um cajdo, e também o ensinou uma canção para cantar junto. Bem cedo pela manhã, Iku havia começado a matar pessoas e coletar vários crânios. Ele estava vindo e Fobia, tendo feito o sacrifício, estava também vindo na mesma direção.

Ele usou o cajado que continha várias conchas de Igbin e então cantou:

“Eu posso ter visto a morte e lutado contra ele

Moni wowoji

Ji moni wowo

Eu posso ter visto a doença e lutado contra ela

Moni wowo ji

Ji moni wowo”.

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À medida que Fobia caminhava em direção a Morte, o cajado fez um som horrível,

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e Morte ficou hesitante, não podia mover-se; ele tremeu e ficou sem fala. Deixou cair todos os crânios de sua mão e fugiu.

Fobia pegou todos os crânios para sua própria vantagem e os levou até Obatalá. Obatalá ficou feliz, e deu sua filha Asunwontan para Fobia. Obatalá os abençoou e disse para Eru Omo Ojeje para cuidar de sua filha.

Após algum tempo, Morte foi para casa, juntar outros duzentos crânios e retornou a Obatalá. Obatalá disse a ele que Fobia já havia levado Asunwontan com ele. Morte ficou imaginando onde que ele pode ter arranjado os crânios, então percebeu que ele havia perdido todos eles quanto ficou hesitante, infelizmente!

Iku disse, “Ah, Fobia prendeu-me, perdi o controle, e perdi a corrida”.

Desde então as pessoas dizem que a fobia só te deixa com medo, mas não te mata, mas Morte acredita em seu próprio poder. Mas Fobia possuía uma espada. Ele pode ter matado a morte. A hesitação gerada pela fobia somente faz com que você tenha medo.

(Ogbe fun-fun)

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foto – parafernália de Obatalá

de cima para baixo, da esquerda para a direita ADE OBATALÁ, chapéu de Obatalá com uma pena vermelha de papagaio repousa em cima do IGBA OBATALÁ, a tigela sagrada onde são guardados seus pertences. Embaixo à esquerda: a tigela que guarda os mais sagrados objetos; Direita: ORUAWE o vaso de água fresca de Obatala. Abaixo à esquerda: EHINERIN dente de elefante. Abaixo à direita: ADA ORISHA o alfanje sagrado de Obatalá.

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OBATALÁ E A MULHER ESTÉRIL – I

Buscas desnecessárias, isso é o que faz com que eles encontrem coisas indesejadas. A divinação de Ifá foi feita para Agan Oribi, a estéril de Ootu Ife.

Aganoribi estava estéril por muito tempo, ela foi consultar seu sacerdote de Ifá, e o sacerdote disse a ela que para que ela tivesse uma boa criança, ela precisava ser paciente. Também, ela devia fazer uma oferenda e fazer suas preces no templo de Obatalá toda semana, de cinco em cinco dias.

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Os itens que ela necessitaria usar eram um caracol, uma noz de cola, a cada semana para fazer a prece no templo de Obatalá. Aganoribi fez o sacrifico e no próximo dia da semana de Oosala, ela foi rezar. Ela informou Obatalá de seus problemas. Após a reza e cânticos, Obatalá deu a ela água para beber e pediu a ela que voltasse na semana seguinte.

Na semana seguinte todos se reuniram como de costume, Obatalá rezou por eles, e todos trouxeram suas oferendas ao altar, um a um. Esta mulher Aganoribi disse a Obatalá a quanto tempo esteve procurando e querendo ter filhos, e pediu urgência para que ele rezasse para ela para que ficasse grávida logo.

Obatalá disse para ela ser paciente, porque Ifá é mais sábio; o que o sacerdote disse a ela é importante.

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Todos partiram após terem feito suas preces e beberam água do pote de Obatalá. À medida que o tempo passava, após aproximadamente de sete a nove semanas, esta mulher ficou cansada. Ela não mais queria esperar até a décima sexta semana para completar seu ritual de sacrifícios. Um dia ela disse a Obatalá para que aceitasse o restante dos caracóis e nozes de cola de uma vez, e rapidamente dar a ela o bebê.

Obatalá tentou persuadi-la, mas não logrou êxito, eu estou ficando velha, ela disse, e todas as minhas conhecidas já tem muitos filhos. Algumas já até pararam de ter, porque já tem muitos. Ela colocou as nozes de cola e caracóis remanescentes no altar e fez uma longa prece.

Depois de um tempo, todos cantaram e fizeram ofertas no altar e partiram. Logo ela ficou grávida. Ela e seu marido vieram agradecer a Obatalá. Mas Obatalá disse a eles que aquela mulher era impaciente, que a criança que ela carregava não era a certa para ela, portanto, precisava de cuidados extras.

O que quer que fosse que a criança quisesse, deveria ser dado a ela. Ambos prometeram cuidar da criança, e mais tarde, ela deu a luz a um menino. Sendo um garoto, o marido ficou muito feliz. Eles deram uma festa extravagante para dar nome ao garoto, e deram o nome de Omolokun a ele. A criança é preciosa.

Quando o menino começou a falar, ele disse a sua mãe que tudo que ele precisasse, iria cantar para tê-lo. Sua mãe concordou. Um dia ele começou a cantar:

“Mamãe, mamãe, eu gostaria de usar rato seco para cultuar meus ancestrais”.

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A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança é a que cultua. E a mãe respondeu:

“Leve este rato para reverenciar seus ancestrais, Omolokun. Eu te disse para levar o rato para reverenciar seus ancestrais”.

A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança que eu pari. E a mãe tem que ir e encontrar um rato para Omolokun.

Após ter comido, ele sentiu-se confortável. Após alguns dias, ele chamou sua mãe e novamente cantou:

“Mamãe, mamãe, eu gostaria de usar peixe defumado para cultuar meus ancestrais”.

A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança é a que cultua. E a mãe também respondeu: “Leve este peixe defumado para reverenciar seus ancestrais, Omolokun. Leve este peixe defumado para reverenciar seus ancestrais”.

A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança que eu pari. Omolokun a criança é preciosa, Omonide a criança é metal. Sua mãe deu o peixe defumado a ele. Após alguns dias, ele chamou sua mãe novamente.

“Mamãe, mamãe, eu gostaria de usar um cabrito para cultuar meus ancestrais”. A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança é a que reverencia.

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Isso foi o que causou os problemas, sua mãe não pode providenciar o cabrito a tempo, e ele começou a chorar. O marido perguntou qual era o problema? Seu pai disse a sua mãe que ela tinha que encontrar o cabrito, porque era isso que ele queria. E ela deveria dar a ele tudo aquilo que pedisse. Após muita pressão, ela conseguiu o cabrito e deu para ele. Ela cantou:

“Leve este cabrito para reverenciar seus ancestrais”. A criança é preciosa, a criança é ouro, a criança que eu pari. Omolokun a criança é preciosa, Omonide a criança é metal.

Omolokun pegou o cabrito e comeu. Após alguns dias, ele começou a chorar novamente, e sua mãe perguntou, “qual é o problema?”

Ele começou a cantar: “Mamãe, mamãe, eu gostaria de usar um humano para cultuar meus ancestrais”. A criança é preciosa, a criança é metal a criança é a que reverencia. E sua mãe perguntou: “Você não sabe que é difícil

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conseguir seres humanos?”, e se recusou a providenciar qualquer coisa para ele; ela reclamou e concluiu.

Omolokun perguntou: “Você não prometeu que cuidaria de mim? E o que eu precisasse seria a mim fornecido?”

Sua mãe recusou-se e ficou chateada, Omolokun começou a pressioná-la. E ele também fingiu que iria se matar. E sua mãe implorou para que ele não o fizesse.

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Ela disse a ele: “Pegue o ser humano para cultuar seus ancestrais. Omolokun, eu te disse, pegue o ser humano para cultuar seus ancestrais.” A criança é preciosa, a criança é metal, a criança que eu pari. Omolokun estava feliz de ouvir isso, e matou sua mãe. Ninguém estava ciente de que tinha sido Omolokun que matara sua mãe até certo tempo depois.

Após algum tempo, seu pai o chamou para parar de abusar e de bater nas crianças da redondeza, e Omolokun disse a seu pai que ele seria um bom menino, mas, mais tarde, ele começou a pedir como sempre, e seu pai prometera cuidar dele, uma vez que sua mãe havia acabado de falecer.

Seu pedido foi peixe seco, seu pai o deu a ele. Mais tarde ele cantou, e pediu peixe defumado, e foi dado a ele. Omolokun pediu um cabrito, seu pai encontrou um para ele. E mais tarde, Omolokun ordenou que queria um ser humano. Isso foi o que trouxe problemas. Ele queria matar seu pai, e seu pai recusou-se. Omolokun foi arrastado para fora, ele fugiu, e juntou-se a seus companheiros na encruzilhada.

Desde então, as pessoas dizem que elas rezam para que os Orisás não deem a elas um filho igual a Omolokun, mas, foi culpa de sua mãe. Então as pessoas dizem que buscas desnecessárias fazem com que você encontre coisas desnecessárias. O melhor é ser paciente, pare que se alcance bons resultados.

(Ogbe Hunle)

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OBATALÁ E OS TRÊS SERVOS PERDIDOS

É conhecimento de um homem que o enviou para a guerra, a garganta do sábio, é seu inimigo. Muita sabedoria faz com que você tenha muitos inimigos. A divinação de Ifá foi feita para Obatalá, no dia em que perdeu três de seus servos.

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Obatalá possuía três servos, Sapo, Cabrita e Camaleão. Eles estavam em seu jardim por muito tempo, ele os mantinha como animais domésticos. Um dia, os três simplesmente desapareceram de seu quintal. Obatalá e sua gente começaram a procurar em cada canto do ambiente, mas não havia nem sinal deles. Isso fez com que Obatalá chamasse seu sacerdote. Ele consultou Orunmila e Ifá disse a ele que os encontraria. Orunmila também explicou que naquele dia Obatalá encontraria todos os seus servos perdidos.

Ele ficou feliz em ouvir isso e imediatamente perguntou quais eram os ingredientes para o sacrifício. Eles disseram que ele oferecesse uma pena de papagaio, água quente, e mandioca com dezesseis búzios. Obatalá fez todos os sacrifícios do modo como foi a ele instruído. Levar o primeiro item que era a pena de papagaio e colocá-la debaixo de uma árvore, em frente a sua casa. O segundo item, ele tinha que colocar no chão do banheiro. O terceiro no quintal dos fundos.

Assim que Obatalá colocou o primeiro item, imediatamente, o Camaleão viu a pena de papagaio e apareceu.

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O segundo, com água quente no banheiro, o Sapo não pode suportar o calor e apareceu. O terceiro com mandioca, assim que a Cabrita viu que era comida, apareceu. Era como se fosse milagre; Obatalá não podia acreditar no que seus olhos viam. Ele disse que talvez Orunmila tivesse dito a eles que se escondessem, e eles somente estavam saindo de seus esconderijos. Todos os servos disseram que não ouviram nada de Orunmila.

Mas eles estavam com fome, e foi por isso que reapareceram agora. Isso fez com que Orunmila ficasse zangado, e ele disse então: “De agora em diante, se as pessoas fizerem sacrifícios, elas não vão mais receberem resultados imediatos.” É por esse motivo que até hoje, leva de três a sete dias até que as pessoas possam ver os efeitos do sacrifício.

Obatalá pediu desculpas a Orunmila, quando encontrou seus servos perdidos. E ele disse que foi como um milagre. Desde então, Obatalá prometeu nunca mais desobedecer as instruções de Orunmila.

(Osa Oloyan)

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OBATALÁ E A MULHER ESTÉRIL – II

Obara Obodi o fundo instável, o inseto da casa picou-os e eles não mais puderam ficar na casa. A divinação de Ifá foi feita para a mãe do bebê.

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Esta mulher estava estéril por muito tempo e gostaria de ter filhos. Ela consultou seu sacerdote, e ele disse que ela deveria fazer um sacrifício e oferecer a Obatalá; ela também precisava cultuar Obatalá em seu templo. Após ter feito todos os sacrifícios necessários, ela foi até a casa de Obatalá.

Ela explicou todos os seus problemas. Obatalá disse a ela que fizesse um juramento em frente ao templo. A mulher ajoelhou-se, fez suas preces para ter filhos e se isso acontecesse, ela daria uma grande veste branca para Obatalá, e que também nunca mais cultuaria outra divindade em sua vida que não fosse ele.

Obatalá disse a ela que viesse a seu templo todos os dias da semana de Orisaala. Essa mulher foi a primeira pessoa a chegar. A cada semana ela varria o chão, limpava os potes do templo e trocava a água, antes das rezas e cantos. Ela também era famosa por sua bela dança no templo.

Logo, ela ficou grávida, ela estava feliz. Naquele momento, reafirmando sua promessa, ela rezou para Obatalá para que tivesse um parto tranquilo. Logo ela teve o bebê, após a cerimônia de celebração da semana de Ose.

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logo após ter dado a luz, ela esqueceu-se de sua promessa e nem compareceu mais às rezas. Um dia, quando seu bebê já havia completado mais ou menos seis meses de idade, ela foi até à fazenda para pegar algumas folhas para vender no mercado. Ela tirou o bebê das costas, colocou-o no chão e deu-lhe alguns brinquedos para brincar.

Ela estava trabalhando não muito longe de onde o bebê brincava, logo, o bebê desapareceu do local. A mulher terminou seu trabalho e estava pronta para voltar para casa. Mas o bebê desapareceu do local onde ela o havia deixado. A mulher gritou, e algumas pessoas que estavam nas cercanias vieram em seu auxílio.

Ela explicou onde o bebê estava e não conseguia entender como ele havia desaparecido. Eles procuraram em todos os cantos da fazenda; eles não encontraram o bebê. Ela voltou para casa incapacitada, ela e seu marido foram até o sacerdote. O babalawo consultou Ifá para eles, e Ifá revelou o verdadeiro problema. O sacerdote disse que a mulher é ingrata. Ela havia feito uma promessa e a esqueceu. Ela precisava apaziguar Obatalá.

Tinha sido Obatalá que causou o desaparecimento de seu bebê. Ela comprou uma vestimenta nova, dez caracóis, giz branco e levou dinheiro. Ela voltou ao templo e implorou a Obatalá que devolvesse seu bebê.

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Então ela cantou: “Artista da fazenda, artista da floresta, Orisha Igbo traga meu bebê de volta para mim. Artista da fazenda, artista da floresta, Orisha Igbo traga meu bebê de volta para mim.”

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E Obatala respondeu: “Você é ingrata e esqueceu sua promessa. Você era a primeira a chegar ao templo para a reza. Assim que ficou grávida, você esqueceu. Onde está meu pano branco?”

E ela cantou em resposta: “Artista da fazenda, artista da floresta, Orisha Igbo traga meu bebê de volta para mim.” Ela entregou a veste branca, os caracóis, o giz branco e o dinheiro como forma de apreciação a Obatalá.

Obatalá cantou: “Artista da fazenda, artista da floresta, a mãe do bebê trouxe minha veste para mim.” Seu marido e parentes vieram todos para desculparem-se por ela, e todos imploraram que Obatalá perdoasse a mulher.

E Obatala cantou: “Artista da fazenda, artista da floresta, a mãe do bebê trouxe a minha veste de volta para mim.” E Obatalá disse a mulher para retornar ao local onde ela havia deixado o bebê. Para a surpresa de todos, encontraram o bebê no chão, brincando com seus brinquedos.

A mulher estava radiante, e voltou para casa. Obatalá advertiu a todos seus devotos para serem honestos e fieis.

(Obara Obodi)

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OBATALÁ E O DINHEIRO

A palmeira baixa na savana, ela tem inúmeras folhas. A divinação de Ifá foi feita para Oosala, no dia em que ele viajou de Iranjele para sua fazenda em Iranje.

Havia duas cidades onde Obatalá era tido como rei; Iranje Ile, Iranje lar; e Iranje Oko, Iranje fazenda. Ambas Iranjes eram cidades grandes e famosas por causa da reputação de Obatalá como grande rei e divindade. De tempos em tempos, Obatalá mudava de uma para a outra. Havia um grande templo em ambas as cidades para Orishaala. A qualquer momento que Obatalá deixasse Iranje Ile após ter cultuado seus ancestrais no templo, ele estava proibido de retornar, até que chegasse em Iranje Oko.

Ao longo da floresta o caminho havia luz, as folhas de ambos os lados da estrada tornaram-se brancas e eles ficavam imaginando o que estaria à frente deles. Assim que avançaram, havia o cadáver de uma mulher rica, e Obatalá a identificou como Aje, dinheiro, a filha de Olokun.

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Obatalá estava viajando com três irmãos, que sempre iam com ele como guias. Eles queriam saber por que esta mulher rica morreu ao longo da estrada. Obatalá advertiu-os a não esperarem, ou olharem para essa mulher. De acordo com ele, aquilo era o inicio de todo o mal.

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Ele disse que aquilo é a morte. Aquilo é problema. Aquilo são os problemas que todas as pessoas têm.

Ele avisou que eles parassem de adorar ver aquela mulher à medida que partiam. Um pouco depois da cena os três irmãos pediram que Obatalá esperasse por eles, porque eles queriam aliviar-se. Obatalá disse que era proibido a ele parar sua viagem até que chegasse em Iranje Oko, também era proibido olhar para trás, uma vez que havia deixado o templo em Iranje Ile.

Ele continuou a viagem e avisou aos irmãos para não voltarem até aquela mulher, e encontrá-lo em Iranje Oko. Eles prometeram obedecer a seu aviso. Assim que Obatalá partiu, eles rapidamente retornaram ao local onde Aje estava deitada.

Naquele tempo, era a troca o meio usado para comprar e vender qualquer coisa. Se alguém tinha inhames, e precisava de roupas, ele os dava em troca. O cabelo de Aje era lindo, e eles cortaram o máximo que puderam para poder trocar. Após terem o suficiente, mas demasiado para eles, começaram a ficar gananciosos e a odiarem-se por isso.

Eles enviaram o menor, para ir comprar comida com um pequeno pedaço de Aje, e planejaram matá-lo, assim que ele chegasse. Quando esse garoto foi comprar inhame pilado e ensopado de quiabo, ele também foi até Asewo, aqueles que fazem veneno, para comprar um pouco.

Ele colocou veneno na comida. Assim que chegou, seus dois irmãos começaram a discutir com ele por chegar atrasado. Eles pegaram uma clava e um chicote, então, eles o mataram. Eles pensaram em partilhar o dinheiro entre eles, mas antes disso, eles disseram: “vamos comer”.

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Assim que terminaram a refeição, ambos reclamaram de dores no estomago, e não havia ninguém a volta para vir socorrê-los e também morreram. Obatalá estava esperando seus três irmãos; ele não conseguia encontrá-los. Após terminar tudo que tinha que fazer em Iranje Oko, retornou no próximo dia. Obatalá não ficou surpreso de ver seus três irmãos mortos. Ele disse que haviam quebrado o tabu, ele apontou seu cajado para eles e ordenou que se levantassem. Um a um todos reviveram e Obatalá perguntou o que havia acontecido?

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Eles explicaram toda a história. Obatalá disse: “Eu não avisei para não voltarem e olhar para o dinheiro?” O dinheiro é a morte, o dinheiro é problema, o dinheiro é o mal. Ele disse: “Uma vez que quebraram o tabu, e todos vocês amam o dinheiro, qualquer um interessado nesse tipo de coisa, não viverá muito tempo”. E é isso que trará ainda mais problemas para a humanidade. Sua luta duplicará, e vocês continuarão querendo mais. Vocês não se satisfarão, a não ser que tenham paciência na procura pelo dinheiro.

(Obara Kosun)

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foto – ADA ORISHA, o alfanje sagrado de Obatalá.

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O NOME DE ADORAÇÃO DE OBATALÁ

O rato de Tullberg acordou em sua rede, Afebojo acordou bem em sua toca. Meu senhor, espero que tenhas acordado bem. O pássaro, turaco azul acordou pintado de azul anil, Aluko acordou com sua madeira de sândalo. Dorso caramelado acordou com suas roupas brancas limpas, o papagaio com suas penas vermelhas. Grande rei, você acordou bem. O galo acordou com seu fogo em sua cabeça. Oosala, você se levantou ou não? Grande rei, você se levantou bem em Ifon, o faisão da Guiné se levantou com um chifre em sua cabeça, Aquele a quem saudamos e não falou como Olodumare. Grande rei, você se levantou bem.

A tartaruga se levantou com sua carapaça, a lesma se levantou com seu caracol, Oore também se levantou com sua carapaça. Grande rei, você se levantou bem. O peixe se levantou dentro do rio, meu Senhor, você se levantou bem. A cobra se levantou com seu veneno, a víbora se levantou repulsiva. Oosala, você se levantou ou não? O Grande rei se levantou bem.

A jiboia se levantou com seu poder, Irore se levantou com sua garra, Asorin se levantou, rei entre as árvores. Meu Senhor, você se levantou bem. O mar sobe, rei entre as águas, a lagoa sobe, a cabeça de todos os rios. Você acordou bem hoje?

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Aquele que carrego do paraíso para o mundo. Grande rei, você se levantou bem. Dono de uma casa, onde batemos Agba. O bom rei que está morando em Ifon. Meu Senhor, você se levantou bem. O título e a terra, solo e paraíso, Pai você acordou bem. A escuridão é grande no paraíso, Oosala, você acordou bem? Você dormiu no branco, você não o estragou, você se embrulhou em branco sem ferimentos, você pulou do telhado, você não

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machucou seu braço. Meu Senhor, você acordou bem. Aquele que veste branco sem se remover do paraíso, um homem forte fora de Iranje, Aquele que se senta sem limites, em todas as partes da praça do mercado, complexidade de luzes como um formigueiro. Tão alto e forte, Oosala, enquanto empunhamos a arma, ele gritou com o cabrito antes de decepar-lhe a cabeça.

O leopardo que matou o animal sem negá-lo. Meu Senhor, Aquele que explica para fazer você entender, o rei, a divindade, Aquele a quem chamamos todos os dias, Aquele a quem procuramos por sua proteção ao meio-dia, Aquele que chamamos à meia-noite para nos salvar. Incapaz de ser encontrado pelo inimigo, e se eles o encontrarem, eles não poderão fazer nada, eles correm atrás dele, e eles são incapazes de alcançá-lo.

Ele é tão branco quanto a corrente de ar, Ele está na frente, Ele está atrás, como uma chuva torrencial, meu Senhor você acordou bem. Os olhos nas costas do caranguejo, Ele é impossível de se reter, como água dentro de um pote quebrado.

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Ele pegou um cabrito preto para livrar suas crianças do mal, Ele pegou o coração do cabrito para salvar a vida do ser humano quando está na pior. Pegou o caracol para salvar a minha vida, Ele que vai para o paraíso sem nem precisar andar, porque ele é aleijado, por causa de sua corcunda. É por isso que ele foi ao paraíso tão frequentemente. Pai, você acordou bem, Ilosun na cidade estão com muitas crianças. Do modo que as pessoas caminham em Ilosun, Arodewogun que ousa caminha em dagunro, Ajagbo a resistência é sua, o modo como as pessoas tocaram Ijokun.

Habitante de Ijao não toque Keeke, Aquele que toca Keeke, o grande rei que toca seus olhos e boca, Aquele é pai, o modo como abraçamos a ovelha, o povo de Ijao não abraça o leopardo em Ifon. Os olhos do leopardo são fogo, fogo. É fogo. As costas do leopardo é o sol, as garras do leopardo são o sol. Pode machucar terrivelmente a cabeça da criança. O leopardo na casa de Ijao, dono da floresta. Arodewogun colocou marcas pretas e brancas em uma pessoa. Ele colocou uma cicatriz sem faca.

Oosala, Ele que fez a cicatriz sem tocar no sangue. Olube Ikan lutou com força, Oosala disse que não devemos comer olube Ikan. Ele é que come solube ikan. É a pimenta vermelha que o grande rei usou para ferir seu rosto e boca. Ele não morreu, ele não permitirá que suas criaturas morram.

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Ele não fica doente, ele não deixa suas criaturas ter doenças, Ele não permitirá que seus devotos vivam em necessidade. Pai, não nos deixe comer na pobreza. O grande rei com o gongo da guerra. Obatalá agrade Aquele que

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tem o poderoso sino em seu bolso. Ele coloca o sua falta de sono na casa do contador de fabulas. Ele coloca o desperdício na casa dos mentirosos. Por favor, diga a Obatalá para não colocar o desperdício no dinheiro de minha mãe.

Suas cabaças perturbaram a eles, Ele torna o destino mau de alguém em bom, o grande rei que fez o azar virar sorte. Aquele cuja casa ninguém encontra, casa que está próxima aos céus, a casa das contas brancas. Ele construiu uma casa com dezesseis cômodos brancos. O ferreiro do paraíso, a morte que molda a cabeça nova do bebê, Aquele que cuida da cabeça de uma criança nascida para morrer, de modo que suas cabeças não afundem, cuide de minha cabeça para mim. Aquele é pai, Obanja não dormiu no chão, está no mortal. O leopardo marido da galinha. Eu vi meu assistente. As pessoas de Ifon disseram que ele é um fazendeiro.

Se ele é um fazendeiro, você viu uma enxada em sua mão? Ele cava buracos em Oyo? Vimos uma laranja em Are, também encontramos uma laranja em Ijao. Eles correram para pegar a laranja em Ojo, ele caminharam lentamente para pegar a laranja em Are, eles estão lutando muito para pegar a de Ijao. Corra para pegar a laranja em Ojo.

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Ande devagar para pegar a laranja em Are, eu luto muito para pegar a laranja em Ijao. A juventude em Ifon não tem idosos, todos eles correm rápido. Somente Oosala sabe para quem dará as laranjas, é para mim que ele dará a laranja. Grande rei, Aquele de faz aumentar em sua mão. Os mentirosos em Ifon não devem beber vinho de palma, os nefastos não devem ir até lá. As criaturas de Ijao dançam em nossas casas com musica, então desaparecem. Farrapos são o suficiente para o filho do aleijado se cobrir, o filho do anão não cresceu, não há meio do corcunda ficar ereto. Oosala, por favor não aja assim em nossa casa, são quatro entre os Osooro que são bons para serem louvados. Ele colocou um para tocar o solo em Are, o que ele derrubou em Ijao. Aquela foi a pessoa que ele derrubou em Apa, aquele é o que tem dezesseis figuras, tem a figura da cobra víbora e serpentes. O mais comprido que ele colocou para tocar o solo estava em Iranje. Aquele foi o que se tornou o gbin gbin.

Aquele em Iranje que cresce sem folhas, as pessoas de Ifon admiram o cabelo grisalho na árvore, Ele disse para aqueles que cortam árvores em Iranje, por favor, não cortem o gbin gbin. Pai, o gbin gbin é proibido, a pessoa que corta o gbin gbin não voltará para casa.

O madeireiro em Iranje, por favor, não corte o gbin gbin, gbin gbin é o seu tabu, a pessoa que corta o gbin gbin não voltará para casa. Por que o gbin gbin não tem folhas? As pessoas de Ifon dizem que a árvore tem cabelos grisalhos.

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habitantes de Ijao, povo de Ilawe, em Ilawe eu tomei banho rapidamente e fiquei limpo como uma cabaça de óleo de palma. Eu comi inhame pilado, eu plantei minha cabeça branca. Meu Pai, mais tarde eu esfreguei meu corpo com sândalo no templo. Você tomou um ser humano como sacrifício em Are. É um ser humano que você tomou como sacrifício em Ijao. Há um grande monte de terra fora de Asorin, que é proibido para as pessoas de Ifon subirem. Os habitantes de Are não devem subir, o dono da casa não subiu no monte de terra de Ojo, é o Ebo que eles deveriam ter levado para ele fazer. Os visitantes não devem subir no monte de terra em Are, Arodewogun é o Ebo que eles deveriam ter levado para ele fazer. O homem sábio não sobe no monte de terra em Ijao. É o Ebo que eles deveriam ter levado para ele fazer. Vagarosamente, a pessoa sem conhecimento não deve subir no monte de terra em Iranje.

É o Ebo que eles deveriam ter levado para ele fazer, somente Omotawede(filha de Obatalá) sobe o monte de terra em Ojo, ela sobe o monte de terra em Are, Omotawede também sobe o monte de terra em Iranje. Ela chama Adgbafo Ooni. As pessoas de Ijao chamam Adgbala, o adorador de orisá. Eles também convidam Ejeope, o Rei de Adikun. As pessoas de Ifon também chamaram Akin-nuu, filho de um, que pegou uma vara para parar a guerra. Eles disseram a eles, Omotawede subiu o monte de terra em Ojo, ela também subiu em Ijao, Omotawede subiu o monte de terra em Iranje. Akin-nuu disse que ela estava se exercitando, ela só estava exercitando, deixe-a em paz, não a perturbe, não devemos levar o filho do solo para fazer sacrifícios.

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Ela está somente fazendo exercícios, mãe de Adikun. O estranho é meu estranho, você me levou para Are, você me ama, você me levou para Ifon, você fez eu beber Egun. Eu cheguei em Are, lavei minha cabaça e peguei uma esponja de Are para tomar banho. Em Ilare, pisei em uma pedra, parecia estar “afundando’, eu não fiquei com medo quando vi a pele em Are. Tirei água da casa, foi no templo de Oosa que eu pisei em uma pedra e pareceu “afundar”.

Eu não hesitei, foi fora de Are que você bateu na cabaça da bruxa, a cria de Atiwodosu. Omotawede não bata na cabaça da bruxa em nossa casa. Oosala disse: “Onde devo construir o mercado?” Ijao tornou-se o mercado. Ifon tornou-se a casa, Ifon é nossa casa. O pássaro macho brinca na árvore. Agbido não os seguiu para trazer riquezas ao templo, orisá Orisalá criou o mercado. Akoda disse que foi o mercado do meu pai, que foi verdade, ele é um filho do pai, foi o mercado de seu pai. Orisá começou a contar vantagem. Ele disse que foi o mercado de seu pai. Omotawede disse que não briga mais por causa do mercado. Olu Ife ooni ele é filho do pai, o rei Eleyo Ajori ele é filho do pai. Ataoja, ele é filho do pai. Omotawede disse, vamos para fora de Asorin.

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Deixe todos terem seus próprios dias. Oosala disse: “trago quatro dias ao mundo”. Omotawede disse: “como poderemos saber o nome desses dias?”

Oosala disse: “pegue para mim um dia da semana, faça outro dia para Jakuta, o dia restante fica para Awo.” Hoje é dia de mercado para contas de Okun, amanhã é dia de mercado para contas de segi, depois de amanhã é dia de mercado para contas de iyun em Ifon. O quarto dia é dia de mercado para contas de seseefun. O sino não permitiu Akesan ter um dia. Por que não podemos ter um dia? Todos vão ao mercado no seu próprio dia. O dia que fomos ao mercado em Ojo, eles fizeram suas mãos soarem “buga buga”. O dia de mercado em Are, suas mãos soaram “buga buga”. No mercado de Ijao, não lambemos nossa palma, na casa de Ifon, lambemos nossa palma, a palma rachou. Na casa de Orishaala tomamos sopa com um gosto bom. Eu tenho óleo de palma em casa, eu comi caracol de branco. As pessoas de Ijao, eu comprei sal e como sem sal.

Não tenho esteira em casa, eu durmo na grama. Eu preparo a esteira enquanto faço a esteira. O grande rei que tem a grama para fazer a cama para suas crianças. Na casa de Orishaala eu tenho roupas em casa. Me enrolei em Afon para ir ao rio. Nos enrolamos em Afon para ir ao rio à meia-noite. O mascarado está nos seguindo. Mascara na frente, mascarado atrás, você não deve hesitar, se você hesita, é o Ebo que eles pedem que você faça, não me peça para fazer sacrifico. Eu não hesito.

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São roupas coloridas que você leva dobradas no braço, do rio até a casa. As pessoas de ifon deram-na para Egungun carregar para casa. As criaturas de Iranje não devem mais usar a cor vermelha. Ele fez as pessoas de Ifon usarem roupas brancas. Há um rio em Iranje incapaz de secar. Há um que não se move, há um que corre até a cidade de Adikun, um que vai para a cidade de Otun. Hoje eu chamarei os nomes dos rios de nosso pai. Pasa estava correndo de casa para a cidade de Adikun, Odose é um rio de respeito.

Os visitantes de Adikun pensam que é um rio qualquer, o rio Pasa é on de eles lavam as roupas e cabaças. As pessoas de Ijao vão lá para pegar água para beber. As pessoas de Iranje vão pegar água para tomar banho, as pessoas de Ibolo vão lá para lavar seus rostos, as pessoas de Ifon vêm e lavam suas cabeças. Somos felizes em Ojo e dançamos, a rainha de Adikun não causou confusão, os visitantes em Kodose não reconheceram o fechamento da semana. Quando Omotawede vai para o rio de Ijao, ela estava toda vestida de branco. Os visitantes de Ibolo foram para o rio em Kodose, eles estavam todos vestidos de preto. A chuva torrencial de Adikun ano deve ver roupas pretas. Eles estavam limpando as calhas em Kodose, o rio Kodose

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recusou-se a expandir. O rio Pasatile começou a correr rápido, o sapo em Adikun começou a abusar deles, as pessoas de Ilawe também abusaram de Opa. Uma mulher não deve abusar de Opa em Ilawe, sem se arrepender, somente o pai é a primeira experiência. Omotawede abusa de Opa em Ilawe.

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ela abusa, e nada acontece, ela não comprou, ela não vendeu, ela tem muita mercadoria no mercado. O galo em Adikun é incapaz de voar, ele tem óleo de palma em sua cabeça. Isso é pai. O arco-íris na estrada de Ego. O arco-íris em Adikun desceu do céu com o braço da morte. O grande rei, como fogo, mordeu alguém, ele construiu uma casa perto do templo de Ogun. As pessoas de Ijao todas vestem branco. Os habitantes de Ifon vestiram uma robe branco. É sua corrida que todos iniciamos, é sua caminhada que todos andamos na estrada, aqueles que ficam tornam-se mortais, aqueles que sucumbem tornaram-se pedra de mó de milho, aqueles que vêm da estrada de Ijao tornaram-se awurebe, aqueles que correm tornaram-se águias.

É o grande rei a quem procuramos, chegamos na casa de Ijao, também fomos até Ijao Aro, viemos para Ife Ooni. Oosala, chegamos em Ife Ooye, viemos para Ijao Asorere. Oosala desceu sua carga, o corcunda a carrega como suas costas, o corcunda carrega um filho, o anão vestiu uma roupa comprida no templo, o albino não pergunta, seus olhos não veem claramente, o marido da aleijada que veste a casa e a estraga com o fundo. Velho, eu te respeito, que você viva muito, pai, por favor, cuide-se.

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O rei em Ife, peguei um caminho reto em Are, Oosala chegou fora de Asorin, três pedras em Asorin, uma bateu no meu dedo do pé. Um disse, cuide-se. Um disse, já que não conheço a estrada, qual era minha missão fora de Asorin? Eu disse, vim encontrar meu pai. O que cobre sua cabeça e a mão com metal. É meu pai quem vim encontrar. Oloba Obedu o grande rei que dá pouca comida na boca do bebê. Há uma ferida que disse que quer lamber óleo de palma. Um disse que quer beber sangue. Um disse que quer comer manteiga de karité. Um disse que quer sangue, foi aquele que recebeu um ser humano em Awe. O que disse que queria manteiga de karité, é aquele que as pessoas de Ifon cultuam com caracol. É meu pai quem vim encontrar, o que faz voz de uma criança embalada. É meu pai a quem vim encontrar, o que tem o comando em sua boca, é meu pai quem vim encontrar, o forte que faz alguém encontrar Seu sem desistir, é meu pai quem vim encontrar. Oosala, por favor não me empurre para Seu, não me empurre para Seu, Ajagbo, não me empurre para Esu, o feijão celicular não cresce em Ede.

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aquele é pai. Oririmori, o que viveu na floresta de Ageje. O que tem o tambor de “geeje geeje”, é meu pai quem vim encontrar. O que tem o tambor cujo som é proibido dançar. As pessoas da casa não devem dançar ao som dele. O visitante da estrada não deve ir até lá, somente a morte no paraíso, somente orisá em Ilawe, somente Omotawede é a que dança ao som do agba, a que deve dançar ao som dele. Somente o mascarado no paraíso, somente o orisá em Ilawe, exceto aquele que não tem mãos, somente aquele que não tem pernas, o tambor que fizemos de pele de anão, aquele que tem o comando da pele do aleijado. Oosala, o que tem o tambor sem chave de ajuste, o osso do corcunda é o que usamos para bater Ogidan para o pai. O que me chama de bruxa não é uma mentira. É uma caveira que usamos para beber o giz branco, é o sangue humano que bebemos e dormimos em Are, é o osso humano que usamos como bengala. Meu Senhor, você se levantou bem?

Oosala, você acordou ou não? O grande rei, você acordou bem. Eu ouvi o barulho em Ifon, eu ouvi o barulho por traz da porta, se não for um bando de ladrões em Ojo. Quando chegamos em Ifon, serão aqueles que virão para dormir com as mulheres, eu não ficarei entre ladrões em Ojo. Tambem, não ficarei entre ladrões em Ijao, eu prefiro ficar entre os que virão dormir com as mulheres, a morte no paraíso que virá levar as pessoas embora, os dezesseis céus com diferentes tipos de títulos no bolso, nunca dá suas costas a uma pessoa cheia de fé.

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gentileza para as mães, o leopardo que recusa seguir as pessoas nefastas, ele nunca deixa as pessoas cheias de fé de uma vez. Meu Senhor, meu salvador, usou todo seu corpo para servir as pessoas gentis, ele somente abençoou aquelas pessoas que eles puniram. Quando me puniram, pai, por favor, me abençoe. Não sabemos que ele irá fazer ano que vem. O comando instantâneo, como o fogo que morde a pessoa. Oosa Olufon, por favor, você é o grande, meu senhor você acordou bem. Ele deu um aviso para aqueles em Apa, eles recusaram. Quando avisamos as pessoas e elas não ouvem, me dói. Ele disse, aqueles que cortam folhas em Ijao, não devem ir para Apa para cortar folhas novamente. Se ele se recusar, é a Alameda de Apa que ele fará parar de crescer. Ele disse, aqueles que cortam madeira em Iranje, não mais devem ir para Apa para cortar madeira. Se ele se recusar, é na floresta de Apa que vai parar.

Somente os caçadores de Apa que disseram que nunca vão ouvir, os caçadores de Apa são muito desobedientes. O amigo de um caçador, um amigo intimo de um caçador, não deve brigar com o caçador de Apa, quando você briga com um caçador em Apa, você veste um casaco de fogo.

Você ouviu a musica a qual você está dançando. Okusu, o que dança junto com o caçador do mercado. Eu vi meu salvador, aja como filho para o

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caçador. A morte que compartilha o dinheiro igualmente com o caçador. Ele encontrou seis caçadores, matou três deles, amarrou dois em um poste, e disse ao ultimo para ir para casa informar as pessoas. Quando chegou em casa para avisar as pessoas,

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o líder dos caçadores estava na fazenda. Ele tropeçou no morro de Apa, as pessoas em casa não devem ir a fazenda. O fazendeiro não é capaz de voltar para casa. Venha e veja, o cão ladra, o cão anuncia o leopardo avistado. Venha e veja, o lindo leopardo. A folha no morro de Apa que o esculpidor de cabaças corta, ele luta contra o esculpidor de cabaças com arco e flecha, com arco, faca e espada. O esculpidor de cabaças não tem envenenamento.

Arodewogun tem um pequeno ferro para incitar a guerra, Ele é que usa a grande orelha para ouvir cada palavra, Ele que usa lençol branco, morou em Ijao, Ele pegou uma bolsa em Apeko, Ele colocou seu sino para tocar na casa de Aaje, Sua ira mata o corcunda na casa de Olufon. Obatalá, você acordou ou não? O grande rei, bom dia, Oosala tome conta da minha cabeça para mim, Marido do pequeno, Marido daquele que não tem mãos nem pernas. Meu Senhor, você acordou ou não? A borboleta com olhos nas costas.

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NOTAS NOS NOMES DE ADORAÇÃO DE OBATALÁ

Aaje – alto sacerdote de Obatalá

Adegbafo Ooni – aquele que fala pelo governante superior

Afebojo – grande rato que vive em um buraco

Afiwo dosu – aquele que segura o gancho por um mês

Agba – também conhecido como igbin, um tipo de tambor que é tocado por Obatalá

Agbigbo – pássaro com cabeça grande

Ajabgo – outro nome de Obatalá

Akesan – o mercado de Oyo

Akin’nuu – nome espiritual de Obatalá

Akoda – título do chefe que é próximo ao Araba, ou alto sacerdote

Aluko – um pássaro com cor da madeira de sândalo

Apa – nome da cidade perto de Oyo

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Apeko – vila próxima de Ogbomoso

Are – nome de uma cidade

Arode wogun – nome de Obatalá que significa aquele que tem o exterior para cultuar Ogun

Asorin – uma árvore de madeira dura perto da qual outras não nascem

Ataoja – o soberano de Oshogbo

Awurebe – formigas que vivem dentro dos formigueiros

Dagunro – nome de uma planta com muitos espinhos

Ebo – sacrifício, ou cura. Algo que acalma qualquer problema

Ede – cidade próxima a Oshogbo

Ego – nome de uma cidade

Egun – uma bebida que os sacerdotes bebem sob possessão de orisá

Egungun – espírito ancestral mascarado

Ejeope – o rei de Adikun

Eleyo Ajori – o Alaafin de Oyo

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Esu – também conhecido como Elegbra, divindade da benção e punição, guardião do portão do paraíso

Gbin in gbin – uma árvore gigante que acredita-se ser lar de espíritos que conversam quando a árvore é tocada

Ibolo – nome de uma cidade

Ife Ooye – berço antigo de todos os Yorubas; não ser confundido com a atual Ile-Ife

Ifon – cidade onde Obatalá viveu

Ijao – nome de uma cidade

Ijokun – uma planta da qual tintura é feita

Ilawe – uma cidade na divisa de Ekiti

Ilosun – um tipo de grama

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Iranje – cidade natal de Orishaala. Há duas Iranje: uma onde é a residência, e outra onde é a fazenda

Irore – um pequeno pássaro barulhento

Iyun – uma conta preciosa usada por chefes importantes

Jakuta – dia de Songo

Keeke – uma planta

Lekeleke – garça-real

Odidere – papagaio com penas vermelhas

Odose – nome de um rio

Ogbomoso – uma das maiores cidades do estado de Oyo

Ogidan – atabaque tocado para Obatalá

Ojo – uma cidade na divisa de Ejigbo

Ojo Awo – dia de Ifa

Okun – nome de uma conta

Okusu – animal ribeirinho, apelido de Oosala

Olu Ife Ooni – o rei de Ile-Ife em Oyo

Olube ikan – uma semente que não deve ser comida pelos devoto de Obatalá

Omotawede – filha de Obatalá

Oore – porco-espinho

Opa – uma maldição

Opa osooro – o bastão de Obatalá; uma longa bengala feita de ferro

Otun – uma cidade no estado de Oyo

Pasa – nome de um rio

Segi – um conta cara

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GLOSSÁRIO

Aba – esposa de Orunmila; sugestão

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Aborisha – homem iniciado que cultua Obatalá, e encarregado de oferendas e sacrifícios

Adosu – aqueles com poder dos orisás em suas cabeças. Eles podem fazer tranças, mas nunca raspar o cabelo de suas cabeças

Adufe – o mesmo que Asunwontan

Afon – um robe branco tal qual o usado por Obatalá

Agan o ribi – uma mulher sem filhos

Agba – o tambor de Ogboni, e Obatalá

Abgarisaala – pedra situada no portão do paraíso

Agbegba – homem que carrega a cabaça do orisá

Agbon – coqueiro

Aiku – vida longa

Aini – aquele que nada tem; filho de Obatalá

Ajaaremi – um mercado alem mar onde os artigos são baratos

Aje – dinheiro

Ajija – sino usado por sacerdotes quando fazem preces

Alakedun – grande macaco

Anukunrin – pássaro, apelido para sacerdote de Ifa

Aran – tambor de Orunmila, atabaque, também conhecido como Ipese

Aroni – um poderoso heralista

Ase – comando

Aseri – a testemunha

Asewo – aqueles que fabricam veneno

Asunwontan – filha de Orisha nla

Awe – pote sagrado

Awerejenimofe – semente de planta; filho de Obatalá

Aworo – sacerdote chefe

Babalorisha – sacerdote de Obatalá

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Babaruyoo – um homem velho

E e e e pa – salve orisá

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Eerindilogun – dezesseis búzios que a maioria dos sacerdotes de Obatala usam em divinações

Egusi – semente de melão

Ehoro – lebre

Ejiogbe – número um do principal Odu Ifa

Eko – comida feita de milho

Eko odide – pena de papagaio

Elegun – devotos montados por orisás, através dos quais eles se comunicam

Emi Erro – folhas coletadas e masseradas em água para limpar orisá

Erinlako – lesma

Eru – hesitação, fobia

Idinotura – Odu Ifa menor

Ijero – cidade na divisa de Ekiti

Iku – morte

Ile-Ife Omowuni – Cidade de Ile-Ife que as crianças amam

Imi – descanso; a mãe de Elegbara

Ira – antílope

Irin Orisha – o objeto de Obatalá, feito de dente de elefante e oje

Irosun Meji – um dos principais Odu Ifa

Isolu – uma cidade antiga

Iya alase – mulher que inspeciona a comida de Obatalá

Iya Nigba – mulher que carrega a cabaça para Obatalá

Iyalorisha – sacerdotisa do templo de Obatalá

Iyawo Orisha – alguém que recentemente recebeu orisá

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Iyemoo – esposa de obatalá

Koso – tambor sem fundo

Nini – filho de Obatalá; aquele que tem muito

Obaraobodi – Odu Ifa menor

Obarisa – Obatalá

Obe ate – guisado branco, ou guisado sem sal

Obi ifin – noz de cola branca

Obi abata – noz de cola de quatro partes usada como oferenda aos orisás

Ogbe Alara – Odu Ifa menor

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Ogbese – Odu Ifa menor

Ogbigbi – pássaro, apelido do sacerdote de Ifa

Ogun – divindade do ferro e da guerra

Ogundaaiku – Odu Ifa menor

Ogundakete – Odu Ifa menor

Ogundasaa – Odu Ifa menor

Oguro – vinho extraído da ráfia

Oje – chumbo esbranquiçado, semelhante ao estanho

Ojo Isinmi – o dia de descanso

Oju – os olhos; filha de Obatalá

Ojugbomekun – nome do mercado em Ile-Ife

Okanransode – nome do Odu Ifa

Oke – nome dado a criança que foi embrulhada em um saco quando nasceu

Okun – ráfia

Olodumare – o supremo Deus todo-poderoso

Olokun – divindade do oceano

Olori Elegun – líder entre os elegun

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Olu Igbo – rei da floresta

Oluwin – sacerdote chefe

Omi Otun – água limpa pega pelo sacerdote nas manhãs

Omolokun – a criança é preciosa

Omorinsawe – a criança é feliz no pote sagrado de Obatalá

Ootu Ife – um dos antigos Ile-Ife

Opa Osooro – bastão longo de metal usado como bengala por sacerdotes

Opesaga – palmeira

Osafun-um – nome de Odu Ifa

Ori – manteiga de karité/banha de ori

Oriki – nome de louvor. Nome do meio de uma pessoa

Orishaala Olufon – o mesmo que Obatalá; o primeiro nascido de Obatalá

Orishaala – também conhecido como a divindade da criação, ou Obatalá, Orisha nla, ou Orisá funfun

Orishatolu Yagba – outro nome de Obatalá

Orunmila – antigo profeta, divindade da sabedoria

Orunmila – os céus sabem aquele que deve ser salvo

Osa oloyan – Odu Ifa menor

Ose Olosun – nome de Odu Ifa

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Oshun – divindade do rio; protetora, mãe de todas as crianças

Otolo – antílope

Otura Dii – Odu Ifa menor

Otutupon – nome de Odu Ifa

Owonrin – nome de Odu Ifa

Owonrin batutupon – nome de Odu Ifa

Poolo – esposa do búfalo; um tipo de armadilha

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Poponloro – um tipo de árvore

Sekere – chocalho grande

Sekete – cerveja de milho

Seseefun – conta branca usada pelos devotos de Obatalá

To to fun-un-un – nós nos arrependemos; sentimos muito


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