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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 ·...

Date post: 04-Aug-2020
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654 Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40 URL: http://www.fe.up.pt Correio Electrónico: [email protected] MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A VIBRAÇÕES NA CONDUÇÃO DE EMPILHADORES NA INDÚSTRIA CIN Catarina Alexandra Teixeira Botelho Orientador: Professora Doutora Maria Luísa Matos (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) Orientador da empresa: Eng. José Calvão (Diretor da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança, CIN) Eng. Helga Gomes( Departamento de Higiene e Segurança, CIN) Arguente: Doutora Emília Rosa Quelhas Moreira da Costa (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) Presidente do Júri: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) ___________________________________ 2016
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL

VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654

Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40

URL: http://www.fe.up.pt Correio Electrónico: [email protected]

MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre

Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A

VIBRAÇÕES NA CONDUÇÃO DE

EMPILHADORES NA INDÚSTRIA CIN

Catarina Alexandra Teixeira Botelho

Orientador: Professora Doutora Maria Luísa Matos (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

Orientador da empresa: Eng. José Calvão (Diretor da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança, CIN)

Eng. Helga Gomes( Departamento de Higiene e Segurança, CIN)

Arguente: Doutora Emília Rosa Quelhas Moreira da Costa (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

Presidente do Júri: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto)

___________________________________ 2016

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

I

AGRADECIMENTOS

Um agradecimento especial à empresa CIN pela oportunidade de desenvolver esta dissertação e

pelo voto de confiança. Muito obrigada à Engenheira Helga Gomes pelo apoio, disponibilidade

prestada, e toda a simpatia e boa disposição. Obrigada também à Engenheira Ana Mendonça pela

ajuda prestado ao longo do estágio.

Um enorme agradecimento à Professora Doutora Maria Luísa Matos pela sua simpatia, pela

ajuda incansável, todo o apoio e disponibilidade, pela preocupação e orientação ao longo de todo

o trabalho.

Aos meus pais e irmã muito obrigada pela paciência e apoio ao longo deste ano.

Obrigada aos meus amigos por todo o apoio e amizade.

Um obrigada também a todos os trabalhadores que se disponibilizaram para participar neste

estudo.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

III

RESUMO

Algumas indústrias possuem como ferramentas de trabalho máquinas e equipamentos que são

fontes de exposição a vibrações para os seus trabalhadores. Em algumas, os níveis de exposição

registados são elevados, apresentando efeitos adversos para a saúde, sendo o efeito mais

significativo as lesões lombares. A exposição pode ser agravada por fatores individuais do

condutor, por fatores físicos (assento do empilhador, tipo de suspensão, tipo de pneus e tipo de

piso) e fatores intrínsecos ao trabalho/empresa.

O presente estudo tem como propósito realizar uma caracterização da exposição a vibrações de

corpo inteiro em condutores de empilhadores, tendo como caso de estudo a indústria CIN.

A caracterização da exposição, passa pela aplicação do Inquérito Nórdico, pela monitorização

das vibrações e avaliação das mesmas, através do parâmetro A(8), SEAT, Sed, fator R e

parâmetro de conforto. O parâmetro A(8) foi comparado com os limites legislados e com a

metodologia de avaliação da empresa. A monitorização teve por objetivo poder compreender os

valores obtidos, observando as tarefas desempenhadas, o piso percorrido, bem como o

comportamento adotado pelo condutor de modo a permitir propor estratégias de redução e

medidas corretivas para esses locais de trabalho.

O equipamento de medição utilizado foi o SVANTEK SV106, e dois acelerómetros, modelo

SVANTEK SV38.

Relativamente aos valores mais elevados registados no eixo dos z, correspondem na sua maioria

aos percursos percorridos no piso do tipo empedrado. O caso que suscitou maior preocupação é o

do setor do AMP, onde o trabalhador percorre grandes distâncias em piso do tipo empedrado, até

à zona de produção. O caso menos complexo é o do setor da Nováqua, e que pode ser justificado

pela precaução tomada pelo condutor devido à sua reduzida experiência. Apesar de apresentar

valores reduzidos, é aquele que apresenta ter o assento com menor capacidade de atenuação. De

salientar a presença de momentos em que os valores no eixo dos x são superiores aos valores no

eixo dos y e z, correspondendo estes momentos a pequenos movimentos de arrumação das

paletes, tanto nos armazéns como nos camiões.

Quanto aos assentos dos empilhadores, podemos afirmar segundo o parâmetro SEAT, que todos

atenuam as vibrações transmitidas, sendo que o assento com pior desempenho é o do setor da

Nováqua e o que possui melhor desempenho é o assento do novo empilhador do setor do AMP.

Os valores obtidos no parâmetro Sed indicam que todos os trabalhadores têm alta probabilidade

de efeitos negativos para a saúde. Quanto ao fator R, à exceção do condutor do setor da

Nováqua, todos apresentam alta probabilidade de efeitos negativos para a saúde. De salientar que

o parâmetro Sed tem em conta apenas a exposição diária a vibrações, e o fator R tem em conta os

anos de exposição do trabalhador. Relativamente à avaliação do conforto todos os casos são

classificados como “muito desconfortável”, à exceção do caso do condutor do setor do AMP

com o empilhador antigo, que é classificado como “extremamente desconfortável”.

A partir dos resultados obtidos para o A(8), foi possível concluir que em todos os casos os

valores são superiores ao VAE, e apenas no setor da Nováqua e do Armazém de Matérias-Primas

(AMP) da Megadur são inferiores ao VLE.

Palavras-chave: Vibrações de Corpo Inteiro, Empilhadores, Lesões Lombares, Inquérito

Nórdico.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

V

ABSTRACT

Some industries have as work tools, machines and equipment that are sources of exposure to

vibration for their workers. In some, the recorded exposure levels are high, with adverse health

effects, being the most significant effect, the back injuries. The exposure can be aggravated by

individual factors of the driver, by physical factors (seat of the forklift, suspension type, tire type

and floor type) and factors intrinsic to the job / company.

The present study aimed to perform a characterization of exposure to whole-body vibration in

forklift drivers, taking as a case study, the CIN industry.

The characterization of exposure, passes through the application of the Inquiry Nordic for

monitoring vibrations and evaluation them, through the parameter A(8), SEAT, Sed, R factor and

comfort parameter. The parameter A(8) was compared with the legal limits and with the

evaluation methodology of the company. The monitoring aimed to be able to understand the

values obtained by observing the tasks performed, the crossed floor as well as the behavior

adopted by the driver in order to allow to propose reduction strategies and corrective measures to

these workplaces.

The measuring equipment used was SVANTEK SV106, and two accelerometers, SVANTEK

SV38 model.

For higher values recorded in the z-axis, mostly correspond to the routes traveled in the gravelly

floor type. The case that has raised more concern is the AMP sector, where the employee travels

long distances in the gravelly type floor to the production area. The case less complex is the

Nováqua sector, and can be justified by the precaution taken by the driver due to their limited

experience. Despite having low values, it is the one who presents the seat with less attenuation

capacity. To emphasize the presence of moments when the values on the x axis are higher than

the values of y and z axis, these moments corresponding to small movements of the storage

pallets, both in stores and in trucks.

As for the seats of the forklift, we can state according to the SEAT parameter, that all attenuate

the transmitted vibration, and the seat with the worst performance is the forklift of the Nováqua

sector and the seat with the best performance is the seat of the new forklift of the AMP sector.

The values obtained in the Sed parameter indicates that all workers have a high probability of

negative health effects. As for the R factor, except for the driver of the Nováqua sector, all have

a high probability of adverse health effects. Note that the Sed parameter takes into account only

the daily vibration exposure, and the R factor takes into account the years of exposure of the

worker. Regarding the evaluation of comfort, all cases are classified as "very uncomfortable",

except for the case of the driver of the AMP sector with the old forklift, which is classified as

"extremely uncomfortable".

From the results obtained it was possible to concluded that in all cases the values are higher than

the Exposure Action Value (VAE), and only in the sector of Nováqua and Raw Materials

Warehouse (AMP) of Megadur are below the Exposure Limit Value (VLE).

Keywords: Whole-body Vibration, Forklift, Low-back Pain, Nórdic Questionnaire.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

VII

ÍNDICE

PARTE 1 ......................................................................................................................................... 1 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2 ESTADO DA ARTE ........................................................................................................... 5

2.1 Enquadramento e apresentação da empresa .................................................................... 5

2.1.1 Caracterização da indústria .................................................................................... 5

2.1.2 Caracterização da empresa .................................................................................... 5

2.1.3 Caracterização dos postos de trabalho ................................................................... 6

2.2 Enquadramento Legal e Normativo ................................................................................ 6

2.3 Conhecimento Científico ................................................................................................. 7

2.3.1 Efeitos na saúde ................................................................................................... 11

2.3.2 Condicionantes das vibrações .............................................................................. 11

2.3.3 Metodologias utilizadas na avaliação .................................................................. 13

2.3.4 Estratégias de redução e medidas corretivas ....................................................... 14

2.4. Conhecimento Técnico .............................................................................................. 15

2.4.1. Vibrações ocupacionais ....................................................................................... 15

2.4.2. Tipos de exposição .............................................................................................. 16

2.4.3. Efeitos da exposição às vibrações ....................................................................... 16

2.4.4. Medidas preventivas ............................................................................................ 17

3. OBJETIVOS, MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................... 19

3.1. Objetivos da Dissertação ........................................................................................... 19

3.2. Materiais e Métodos .................................................................................................. 19

3.2.1. Metodologias de caracterização do contexto da monitorização .......................... 19

3.2.2. Instrumentos de Análise ...................................................................................... 20

3.2.2.1. Inquérito Nórdico Musculo-esqulético .......................................................... 20

3.2.3. Metodologia de avaliação da exposição a vibrações ........................................... 21

3.2.3.1. Equipamento de medição ............................................................................... 21

3.2.3.2. Duração das medições ................................................................................... 22

3.2.3.3. Software para tratamento de dados ................................................................ 22

3.2.3.4. Avaliação da exposição pessoal diária às VCI .............................................. 22

3.2.4. Avaliação do parâmetro SEAT ............................................................................. 23

3.2.5. Avaliação do parâmetro Sed ................................................................................. 24

3.2.6. Avaliação do conforto ......................................................................................... 25

PARTE 2 ....................................................................................................................................... 27

4. RESULTADOS ................................................................................................................. 29

4.1. Resultados da aplicação do Inquérito Nórdico .......................................................... 29

4.1.1. Dados demográficos ............................................................................................ 29

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

VIII

4.1.2. Prevalência de lesões musculosqueléticas ........................................................... 31

4.2. Resultados da monitorização de vibrações ............................................................... 34

4.2.1. Caracterização dos trabalhadores e empilhadores ............................................... 34

4.2.2. Avaliação do parâmetro A(8) .............................................................................. 35

4.2.3. Análise do parâmetro SEAT................................................................................ 37

4.2.4. Análise do parâmetro Sed e fator R ...................................................................... 38

4.2.5. Avaliação do conforto ......................................................................................... 39

4.2.6. Análise da monitorização das vibrações ............................................................. 40

4.3. Medidas Preventivas e Propostas de Melhoria ......................................................... 49

5. Conclusões ........................................................................................................................ 51

6. Perspetivas futuras ............................................................................................................ 55

ANEXOS ................................................................................................................................... 59

ANEXO I - Folha de Campo – monitorização de vibrações .................................................. 61

ANEXO II – Inquérito Nórdico .............................................................................................. 63

ANEXO III – Gráficos referentes à monitorização das VCI.................................................. 65

a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo .................................................... 65

b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo ..................................................... 67

c) Embalagens ............................................................................................................... 69

d) Nováqua .................................................................................................................... 71

e) Resíduos .................................................................................................................... 74

f) Armazém de Matérias-primas: Megadur .................................................................. 76

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

IX

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1- Fluxograma representativo dos processos de fabrico da indústria em estudo. ............. 5

Figura 2.2 - Diagrama de seleção de artigos para a revisão da literatura. ....................................... 9

Figura 2.3 - Representação das diferentes frequências de ressonância sentidas no corpo humano.

....................................................................................................................................................... 15

Figura 2.4 - Direção dos eixos basicêntricos do corpo inteiro na posição sentado (Associação

Empresarial de Portugal, 2011). .................................................................................................... 16

Figura 2.5 - Medidas gerais perante alguns riscos na circulação de empilhadores. ...................... 18

Figura 3.1- Equipamento SVANTEK, modelo SV 106 e acelerómetro SVANTEK SV38 .......... 22

Figura 3.2- Percentagem de prevalência de 12 meses e 7 dias por região do corpo. .................... 32

Figura 3.3 - Classificação da intensidade da dor. .......................................................................... 32

Figura 3.4 - Percentagem de trabalhadores que evitaram realizar tarefas normais devido à

prevalência de lesões musculosqueléticas nas várias regiões do corpo. ....................................... 33

Figura 3.5 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).

....................................................................................................................................................... 41

Figura 3.6 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo

(medição no piso). ......................................................................................................................... 41

Figura 3.7 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no

assento). ......................................................................................................................................... 42

Figura 3.8 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo

(assento). ....................................................................................................................................... 42

Figura 3.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ........... 43

Figura 3.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 43

Figura 3.11 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo

(piso). ............................................................................................................................................. 43

Figura 3.12 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo

(assento). ....................................................................................................................................... 44

Figura 3.13- Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso) ....................................... 44

Figura 3.14 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 45

Figura 3.15 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso). ................... 45

Figura 3.16 - Excerto da monitorização 4 no setor Nováqua (medição no assento). .................... 46

Figura 3.17 - Excerto da monitorização 2 no setor Nováqua (medição no piso). ......................... 46

Figura 3.18 - Monitorização 1 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso). ....................... 47

Figura 3.19 - Monitorização 2 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso). ....................... 47

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

X

Figura 3.20- Monitorização 3 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso) ......................... 48

Figura 3.21 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso)................. 48

Figura 3.22 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso)................. 49

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina XI

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 2.1 - Classificação da Atividade Económica em estudo .................................................... 5

Tabela 2.2 - Diplomas legais em matéria de SHT. .......................................................................... 6

Tabela 2.3 - Diplomas legais em matéria de vibrações de corpo inteiro. ....................................... 7

Tabela 2.4 - Diplomas legais aplicados à utilização de empilhadores. ........................................... 7

Tabela 2.5 - Grupos de Palavras-chaves por tema/área .................................................................. 8

Tabela 2.6 - Resumo do processo de seleção de artigos para a revisão da literatura .................... 10

Tabela 3.1 - Classificação dos níveis de riscos relativos à exposição a vibrações com base no

metodo de análise e avaliação da CIN. ......................................................................................... 23

Tabela 3.2 - Valores relativos à amplitude de vibração no que diz respeito ao conforto ............. 26

Tabela 3.3 - Percentagem de cada faixa etária dos trabalhadores. ................................................ 29

Tabela 3.4 - Percentagem de trabalhadores do género masculino e do género feminino. ............ 29

Tabela 3.5 - Valor de IMC máximo, mínimo e médio. ................................................................. 29

Tabela 3.6 - Tempo na atividade atual dos trabalhadores abrangidos com o inquérito Nórdico. . 29

Tabela 3.7 - Percentagem de trabalhadores que anteriormente possuíram atividades com

exposição a VCI. ........................................................................................................................... 30

Tabela 3.8 - Número de trabalhadores expostos a VCI por número de anos. ............................... 30

Tabela 3.9 - Percentagem de trabalhadores que praticam atividade física. ................................... 30

Tabela 3.10 - Percentagem de trabalhadores que possuem um hobbie que exija esforço físico. .. 30

Tabela 3.11- Percentagem de trabalhadores que consultou o médico de família nos últimos 12

meses. ............................................................................................................................................ 30

Tabela 3.12 - Percentagem de trabalhadores diagnosticados com pelo menos uma doença. ....... 31

Tabela 3.13 - Caracterização da tarefa (setor, tipo de carga, piso e frequência). .......................... 34

Tabela 3.14 - Caracterização dos trabalhadores (peso, altura, caracterização do tempo na tarefa e

da exposição às VCI). .................................................................................................................... 34

Tabela 3.15 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: matricula, marca, modelo e

nº de série. ..................................................................................................................................... 35

Tabela 3.16 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: tipo de alimentação e pneus

e capacidade de carga máxima. ..................................................................................................... 35

Tabela 3.17 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: ano de fabrico, ano ao

serviço e data da última manutenção. ............................................................................................ 35

Tabela 3.18 - Valores de aceleração para o eixo x, y e z, e aw. ..................................................... 36

Tabela 3.19 - Valores da exposição pessoal diária e comparação com os valores legais de VAE e

VLE. .............................................................................................................................................. 37

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

XII

Tabela 3.20 - Classificação do nível de risco segundo a metodologia da empresa. ..................... 37

Tabela 3.21 - Valores do parâmetro SEAT e respetiva classificação de isolamento do assento. . 38

Tabela 3.22 - Valores referentes ao parâmetro Sed e Sed médio. ................................................... 39

Tabela 3.23- Parâmetros N, n, idade, b, i e fator R para cada setor. ............................................. 39

Tabela 3.24 - Valores de av referentes à avaliação do conforto. ................................................... 40

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

XIII

ÍNDICE DE FIGURAS EM ANEXO

Figura 0.1- Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). ........... 65

Figura 0.2 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 65

Figura 0.3 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). .......... 65

Figura 0.4 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 66

Figura 0.5 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). .......... 66

Figura 0.6 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 66

Figura 0.7 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ............ 67

Figura 0.8 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ....... 67

Figura 0.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ............ 67

Figura 0.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 68

Figura 0.11 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). .......... 68

Figura 0.12 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 68

Figura 0.13 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 69

Figura 0.14 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 69

Figura 0.15 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 69

Figura 0.16 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 70

Figura 0.17 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 70

Figura 0.18 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 70

Figura 0.19 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 71

Figura 0.20 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 71

Figura 0.21 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 71

Figura 0.22 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 72

Figura 0.23 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 72

Figura 0.24 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 72

Figura 0.25 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 73

Figura 0.26 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 73

Figura 0.27 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 74

Figura 0.28 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (assento.) .................................... 74

Figura 0.29 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 74

Figura 0.30 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (assento). .................................... 75

Figura 0.31 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 75

Figura 0.32 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (assento). .................................... 75

Figura 0.33 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 76

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

XIV

Figura 0.34 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 76

Figura 0.35 - Monitorização 2 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 76

Figura 0.36 - Monitorização2 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). .................................. 77

Figura 0.37 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 77

Figura 0.38 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 77

Figura 0.39 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 78

Figura 0.40 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 78

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

XV

SIGLAS E ABREVIATURA

AMP – Armazém de matérias-primas

EPI – Equipamento de Proteção Individual

ISO – International Organization for Standardization

I&D – Investigação e Desenvolvimento

mp – Matérias-primas

NP – Norma Portuguesa

SEAT – Seat Effective Amplitude Transmissibility

VAE – Valor de Ação de Exposição

VCI – Vibrações de Corpo Inteiro

VLE – Valor Limite de Exposição

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

PARTE 1

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 3

1 INTRODUÇÃO

A Segurança e Saúde no trabalho têm por objetivo a promoção e a manutenção do bem-estar

físico, mental e social dos trabalhadores de todos os setores de atividades. Esta temática remete

para a prevenção de efeitos adversos para a saúde decorrentes das suas condições de trabalho, e

para a proteção prévia destes trabalhadores perante os riscos resultantes de circunstâncias

nocivas à saúde. Existe assim um foco na adaptação do posto de trabalho ao homem, fornecendo

condições físicas e mentais adequadas. Para que estas medidas tenham sucesso é necessário a

participação quer dos trabalhadores, como dos empregadores nos programas de segurança e

saúde. Segundo o Regime Jurídico da Promoção da Saúde e Segurança no Trabalho, o

empregador tem como obrigações identificar, avaliar e reduzir os riscos associados à profissão

(Assembleia da República, 2014).

Numa indústria podemos ter presentes diferentes fatores de risco como os riscos físicos (ruído,

vibrações, iluminância), químicos, biológicos, mecânicos, elétricos, psicossociais e ergonómicos.

O desenvolvimento tecnológico permitiu a utilização de robots ou dispositivos mecânicos como

substituição total ou parcial da ação direta do trabalhador, por forma a eliminar condições de

elevada exigência para os trabalhadores. Porém, apesar desse avanço científico e tecnológico,

ainda se verificam situações de condições desfavoráveis ou perigosas para o operador na

realização de determinadas tarefas (Associação Empresarial de Portugal, 2011), tornando-se um

ambiente agressivo para o trabalhador.

No tipo de indústria em foco são várias as fontes de vibrações originadas por equipamentos

diretamente ligados ao processo produtivo, por máquinas e ferramentas utilizadas nas oficinas de

manutenção e setor de apoio à produção. Relativamente às vibrações de corpo inteiro, a

principal fonte de transmissão são os empilhadores, os porta paletes (manuais e stackers) e as

misturadoras (Associação Empresarial de Portugal, 2011).

Em algumas indústrias/locais de trabalho verifica-se uma rotatividade de operações e operadores,

sendo que o tempo a operar com estes equipamentos é reduzido, registando-se,

consequentemente, valores de exposição reduzidos. Contudo, contrariamente, noutras empresas,

o tempo de operação com este tipo de equipamentos é elevado, podendo ocupar de forma

completa o turno diário. Nestas situações os níveis de exposição às vibrações são maiores

(Associação Empresarial de Portugal, 2011).

A exposição às vibrações de corpo inteiro apresenta consequentes efeitos, sendo os mais

significativos as lesões lombares e lesões na coluna vertebral (Associação Empresarial de

Portugal, 2011). Estes efeitos são agravados pela exposição excessiva, de longa duração e

elevada amplitude da vibração.

As condições de trabalho refletem-se na produtividade, sendo que na presença de boas condições

de trabalho, estamos mais predispostos para alcançar um determinado resultado, produzindo

mais, com menos esforço. Contudo, quando as condições não são favoráveis, é facilmente

atingido um nível de incómodo ou irritação, levando ao cansaço, falta de motivação,

desconcentração, e consequentemente à queda de produção. É possível afirmar que os agentes

físicos do ambiente de trabalho interferem diretamente no desempenho dos trabalhadores e na

produção (Associação Empresarial de Portugal, 2011).

Segundo os dados estatísticos da Direção Geral de Saúde, entre o ano de 2005 e 2008 os casos de

doenças profissionais provocadas por agentes físicos diminuiu. Contudo, analisando de forma

comparativa com os outros agentes, os agentes físicos são os que apresentam o maior número de

casos.

De acordo com o Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, as

empresas devem garantir a manutenção do sistema de modo a melhorar continuamente, e

adequadamente os objetivos da mesma devendo ter também presente no estudo, o controlo e a

eliminação dos riscos profissionais, seguindo normas de prevenção, promovendo um trabalho

seguro e saudável aos colaboradores.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

4 Introdução

De acordo como o artigo 15º da Lei nº3/2014 o empregador tem como obrigações” assegurar ao

trabalhador condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho” bem como

“zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de

segurança e de saúde para o trabalhador” (Assembleia da República, 2014). Deste modo, o

empregador deve realizar uma avaliação de riscos por forma a serem tomadas as medidas

necessárias à proteção da segurança e saúde dos trabalhadores.

Na empresa CIN MAIA foi realizada uma revisão da Análise e Avaliação de riscos por posto

de trabalho, por forma a integrar a revisão anual do Sistema de Gestão de Qualidade, Ambiente,

Higiene e Segurança, referente ao ano de 2015. De salientar que de uma forma geral os riscos

mais significativos nesta empresa são os riscos físicos (vibração e ruído), risco ergonómico e

risco químico. Com a revisão da avaliação dos riscos em todos os postos de trabalho foi

analisado quais os postos de trabalho que apresentavam uma maior necessidade de passar por um

estudo relativamente aos seus riscos associados. Assim, foi definida a necessidade de uma

análise mais profunda aos postos de trabalho que compreendiam a operação de condução de

empilhadores, sendo em consequência dessa atitude, feita a análise da exposição às vibrações

provenientes do veículo. Adjacente está o objetivo de perceber se existe a necessidade de intervir

e melhorar o posto de trabalho onde este risco está presente. O uso de empilhadores na empresa

abrange vários setores, sendo utilizados os empilhadores elétricos nas zonas de fabrico, no

interior do armazém de matérias-primas e no centro de distribuição. Os empilhadores a diesel,

utilizados no exterior, são utilizados para transporte de matérias-primas (m.p.), incluindo a

receção de m.p. e a expedição destas para a fábrica. O posto de trabalho que aparentemente

apresenta a necessidade de ter uma maior necessidade de análise, é no armazém de matérias-

primas, mais especificamente nos empilhadores a diesel utilizados no exterior, onde o piso é

irregular. Como existe um setor exclusivo para a receção e expedição de matérias-

primas/materiais, a distribuição das mesmas como apoio à produção tem de ser feita em longas

distâncias, com o empilhador, existindo a necessidade de percorrer o exterior. Se o tipo de

pavimento no exterior não for regular, irá agravar o risco de exposição às vibrações de corpo

inteiro devido à utilização deste veículo. A última análise a este agente físico neste posto de

trabalho foi realizada no ano de 2008, para o sistema de corpo inteiro, onde se obteve o valor de

0,95 m.s-2

, sendo classificado pelo método de avaliação da empresa como nível de risco

“Importante”. Segundo o Decreto-Lei nº46/2006, de 4 de fevereiro, este valor encontrava-se

acima do VAE (Valor de Ação de Exposição) e abaixo do VLE (Valor Limite de Exposição).

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 5

2 ESTADO DA ARTE

2.1 Enquadramento e apresentação da empresa

2.1.1 Caracterização da indústria

As atividades económicas podem ser classificadas com base no quadro comum de classificação

de atividades económicas a nível nacional, segundo o Decreto-Lei n.º381/2007, de 14 de

novembro, que estabelece a Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3

(Instituto Nacional de Estatísticas, 2007) .

Segundo a classificação enunciada, a atividade em estudo insere-se na secção “Indústria

transformadora”, e classifica-se como CAE 20301 – Fabricação de tintas (exceto impressão),

vernizes, mástiques e produtos similares. Na Tabela 2.1 podemos verificar a classificação

completa desde a secção até à subclasse da atividade em questão.

Tabela 2.1 - Classificação da Atividade Económica em estudo

Secção C Indústria transformadora

Divisão 20 Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto

produtos farmacêuticos

Grupo 203 Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares; mástiques; tintas de impressão

Classe 2030

Subclasse 20301 Fabricação de tintas (exceto impressão), vernizes, mástiques e produtos similares

Esta subclasse 20301, compreende a fabricação de tintas (inclui fabrico de tintas para

automóveis e tintas em pó) e vernizes, esmaltes metálicos, mástiques e indutos; solventes e

diluentes orgânicos compostos; secantes preparados; betumes e compostos para calafetagem.

Os processos presentes numa indústria de fabricação de tintas podem resumir-se no fluxograma

que se segue.

Figura 2.1- Fluxograma representativo dos processos de fabrico da indústria em estudo.

2.1.2 Caracterização da empresa

A CIN (CIN-Corporação Industrial do Norte, S.A.) foi criada em 1926 e é a única empresa

portuguesa do setor pertencente ao CEPE (Conselho Europeu de Fabricantes de Tintas), sendo

membro integrante desde 1990 do Coatings Research Group Inc.

Matéria-Prima

Pesagem/dosagem

Dissolução e Homogeneização

Acabamento

Enchimento

Armazanagem de produtos acabados

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

6 Estado da Arte

A empresa-mãe do grupo CIN é a CIN-Corporação Industrial do Norte, S.A. que é

responsável pela produção e comercialização de tintas, vernizes e produtos afins. A CIN foca a

sua atividade em diferentes segmentos de mercado: Decorativos, Indústria, Anti-corrosão e

Acessórios. Atualmente o grupo CIN é constituído por oito empresas que comercializam as suas

tintas e vernizes e que estão distribuídas por vários países: Portugal, Espanha, França, Angola e

Moçambique. Em Portugal está sediada na Maia, tendo como segmentos de mercado a

construção civil, a indústria e a proteção anticorrosiva.

2.1.3 Caracterização dos postos de trabalho

Os postos de trabalho em estudo compreendem aqueles que realizam a operação de condução de

empilhadores, nomeadamente no transporte/expedição de matérias-primas para a fábrica,

descarga e transporte de embalagens vazias, o transporte de resíduos, o transporte de produto

acabado da zona de produção para zona de expedição e posterior carga de camiões.

O transporte de matérias-primas é inerente ao posto de trabalho no setor Armazém de Matérias-

Primas (AMP) e exige que os trabalhadores despendam cerca de 5 horas do seu turno com

operações de condução de empilhadores. Na Cin Maia a receção de m.p. é, por norma, realizada

de manhã, sendo que a separação de pedidos e respetiva expedição para a fábrica é feita

posteriormente. Neste setor existem dois empilhadores com alimentação a diesel e um com

alimentação elétrica, onde operam 4 trabalhadores. O AMP possui um armazém interior, um

armazém exterior, e uma zona intermédia, sendo esta última bastante utilizada pelos

trabalhadores para manter as m.p. em stand by após a descarga do camião, antes de fazer o

armazenamento nas estantes. Esta zona serve também para colocar as paletes com os lotes para

expedição para a fábrica. No AMP da Cin Megadur é apenas realizada a receção e

armazenamento de m.p. sólidas (sacaria e big-bags), não existindo o transporte até à zona fabril.

Na situação da Megadur os horários de realização das operações são inconstantes, devido às

incertezas na chegada de camiões.

A descarga e transporte de embalagens vazias são realizados com um único empilhador elétrico e

a operação é realizada por 2 trabalhadores, que alternam entre si durante algumas semanas. A

tarefa é realizada durante quase toda a manhã.

O transporte de resíduos é realizado durante vários períodos do dia, apenas por uma única

pessoa, com um empilhador a diesel, percorrendo toda a área fabril.

Relativamente ao transporte de produto acabado será avaliado um trabalhador no setor Nováqua

que realiza a tarefa de carregamento de camiões com produto acabado.

2.2 Enquadramento Legal e Normativo

Na Tabela 2.2 são apresentados os diplomas legais em matéria de segurança e higiene no

trabalho necessários a ter em conta num estudo de avaliação de riscos inserido numa indústria

química.

Tabela 2.2 - Diplomas legais em matéria de SHT.

Diploma Descrição

Diretiva 89/391/CE, de 12 de julho Aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde

dos trabalhadores no trabalho

Diretiva 2003/10/CE, de 6 de fevereiro de 2003

Prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria de exposição dos

trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos

Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no trabalho

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 7

Portaria 53/71, de 3 de fevereiro Regulamento Geral de Segurança e Higiene do trabalho nos Estabelecimentos

Industriais

Portaria 987/93 de 6 de outubro

Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de trabalho

Na Tabela 2.3 são descritos os diplomas legais relativos à avaliação das vibrações de corpo

inteiro. Na Tabela 2.4 são apresentados os diplomas aplicados aquando da utilização/condução

de empilhadores.

Tabela 2.3 - Diplomas legais em matéria de vibrações de corpo inteiro.

Diploma Descrição

Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro

Prescrições mínimas de proteção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso

de exposição aos riscos devidos a agentes físicos (vibrações).

NP ISO 2631-1:2007 Vibrações mecânicas e choque: Avaliação da exposição do corpo interior a

vibrações

Parte 1: Requisitos gerais

ISO 2631-5:2004 Mechanical vibration and shock – Evaluation of human exposure to whole-body

vibration. Part 5: Method for evaluation of vibration containing multiple shocks

EN ISO 8041:2005 Human response to vibration. Measuring instrumentation

Tabela 2.4 - Diplomas legais aplicados à utilização de empilhadores.

Empilhadores

Decreto-Lei nº 103/2008 Diretiva Máquinas

Portaria 1214-91 de 20 dezembro Movimentação e elevação mecânica de cargas

Dada a necessidade da avaliação do risco de exposição a vibrações no posto de trabalho em

análise, será necessário ter em conta a legislação direcionada para esta temática. Assim, torna-se

imprescindível ter presente o Decreto-Lei nº 46/2006, de 24 de fevereiro, que diz respeito às

Prescrições mínimas de proteção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição

aos riscos devidos a agentes físicos (vibrações). Este diploma define no nº 2 do artigo n.º 3, os

valores limite de exposição (VLE) e valores de ação da exposição (VAE) às vibrações

transmitidas pelo sistema corpo inteiro. Deste modo, temos como valores para VLE 1,15 m.s-2

e

como VAE 0,5 m.s-2

(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006).

Valor limite de exposição é “o valor limite da exposição pessoal diária, calculado num período

de referência de oito horas, expresso em metros por segundo quadrado, que não deve ser

ultrapassado.

Valor de ação de exposição é “o valor da exposição pessoal diária, calculado num período de

referência de oito horas, expresso em metros por segundo quadrado, que, uma vez ultrapassado,

implica a tomada de medidas preventivas adequadas.

2.3 Conhecimento Científico

A pesquisa bibliográfica foi realizada com base na metodologia de revisão sistemática

referenciada em PRISMA Statement1, através do SDI - Serviço de Documentação e Informação

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

8 Estado da Arte

da FEUP, através de uma pesquisa integrada na base de dados sob a forma de Meta Pesquisa. O

tipo de recurso utilizado foram as “Bases de Dados”, sendo que a pesquisa foi realizada

separadamente para cada base de dados. Foram selecionadas seis Bases de Dados para a

realização da pesquisa avançada, tendo em consideração as que são relevantes para o conteúdo

da pesquisa da dissertação: Compendex, Inspec, Medline (EBSCO), Science Direct, Scopus e

Web of Science. Foram selecionados três grupos de palavras-chaves correspondendo cada qual a

um conjunto de palavras do mesmo tema/área:

Tabela 2.5 - Grupos de Palavras-chaves por tema/área

Grupo I (Vibrações na condução de

empilhadores)

Grupo II (Questionário Nórdico e Sintomas

associados)

Grupo III (Armazenagem e Transporte na

Indústria)

Vibration

Forklift

Risk of vibration

Forklift drivers

Vibration evaluation

Vibration assessment

Vibration effect

Whole-body vibration

Arm-hand vibration

Damping

Shock absorber

Damper seat

Damper forklift

Nordic questionnaire

Musculoskeletal disorders

Low back pain

Backaches

Vascular disease

Neurological disease

Musculoskeletal disease

Vascular disorder

Neurological disorder

Neuromusculoskeletal

Musculoskeletal injurie

Musculoskeletal symptoms

Ergonomic analysis

Lumbar spine

Industry

Warehouse

Factory

Industrial case

Storage

A pesquisa foi feita através de “advanced search” na qual foram utilizados termos/operadores

booleanos (“and”/”or”), de modo a conectar as palavras dentro de um campo de texto e entre

campos de texto distintos.

Após a primeira pesquisa nas bases de dados com as palavras-chaves enunciadas e os termos

booleanos, foram registados o número de artigos encontrados. Posteriormente foram aplicados

critérios de exclusão para refinar a pesquisa e direcioná-la o mais possível para conteúdos

relevantes ao tema da dissertação e por forma a ter a informação mais atual possível. Assim

foram aplicados os seguintes critérios por ordem:

- Limitar apenas a “Journal Articles” ou “Article Reviews”;

- Refinar para: Ano de publicação superior a 2000, no caso de o número de artigos

encontrados na primeira pesquisa for elevado;

- Exclusão de artigos repetidos;

- Limitar apenas ao idioma Inglês;

- Refinar por palavras-chaves;

- Refinar por título;

- Refinar por conteúdo/resumo.

A refinação por palavra-chave, título ou resumo foi realizada de forma diferente para cada base

de dados. Na primeira fase da pesquisa foram encontrados 528 artigos, tendo sido no final

selecionados 9 artigos como relevantes para integrarem na revisão da literatura. Os critérios

aplicados e os artigos que foram sendo limitados podem ser consultados na Tabela 2.6. Apenas

nas bases de dados Inspec e Web of Science não foi aplicado o critério “Ano superior a 2000”

devido ao reduzido número de artigos encontrados na primeira fase de pesquisa.

Após obtidos apenas 9 artigos, e nem todos serem suficientemente específicos e com dados que

comprovem as conclusões realizadas, foi necessário efetuar uma análise da bibliografia desses 9

artigos. E após encontrados artigos com resultados que comprovem as conclusões retiradas,

foram analisadas também essas bibliografias. Desta forma foi possível encontrar artigos que se

enquadrem nos requisitos que permitem obter uma revisão da literatura com dados comprovados.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 9

Figura 2.2 - Diagrama de seleção de artigos para a revisão da literatura.

Artigos identificados através da pesquisa no SDI da FEUP

(n=465)

Artigos identificados através de pesquisa adicional

(n=63)

Artigos selecionados (n=528)

Artigos com publicação superior ao ano 2000

(n=233)

Artigos com idioma EN (n=211)

Artigos excluídos por ano (n=293)

Artigos excluídos por idioma

(n=22)

Artigos excluídos por repetição

(n=5)

Artigos não repetidos (n=206)

Artigos com interesse relativamente ao tema por

palavra-chave (n=94) Artigos excluídos por título (n=15)

Artigos com interesse relativo ao tema por resumo/conteúdo (n=31)

Artigos excluídos por palavra-chave

(n=112)

Artigos com interesse relativo ao tema por título

(n=79) Artigos excluídos por

resumo/conteúdo (n=49)

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 10

Tabela 2.6 - Resumo do processo de seleção de artigos para a revisão da literatura

Base de Dados Grupo I Grupo II Grupo III 1ª

pesquisa

Tipo de

documento

Ano

publicação

>2000

Limitação

ao Idioma

EN1

Após

Exclusão

repetidos

Refinar

pela KW

Refinar

por title

Refinar

por

abstract

Resultado

final

Compendex Kw, Title e

Abstract

Kw, Title e

Abstract All text 23 15 8 8 8 8 4

3

Inspec Kw, Title e

Abstract

Kw, title e

abstract All text 10 8

não

considerado 8 7 4 4

1

Medline(EBSCO) All text All text All text 77 74 36 36 36 33 4

0

Science Direct Kw, Title e

Abstract

Kw, Title e

Abstract All text 63 63 26 13 11 11 5

0

Scopus Kw, Title e

Abstract

Kw, Title e

Abstract All text 350 298 92 83 82 82 11

4

Web of Science Kw, Title e

Abstract

Kw, Title e

Abstract All text 5 5

não

considerado 5 5 5 2

1

1- Apenas incluídos artigos escritos no idioma inglês.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 11

2.3.1 Efeitos na saúde

Relativamente aos efeitos da exposição a vibrações, as principais consequências associadas são

as lesões musculosqueléticas ou neurológicas da coluna vertebral (Johanning, 2011). Os

sintomas mais severos são a dor crónica, disfunção neurológica e perturbações nos movimentos,

sendo o sintoma mais comum a dor lombar (Johanning, 2011). São sentidos outros efeitos em

menor percentagem, ou não tão percetíveis à primeira vista que são menos frequentes e menos

evidentes e se encontram relacionados com os órgãos intestinais e sistema vascular (Johanning,

2011). Deverão ser tidos em conta também os problemas no pescoço-ombros, distúrbios

digestivos, circulatórios e efeitos auditivos e reprodutivos (Johanning, 2011).

Massimo Bovenzi desenvolveu várias pesquisas sobre os efeitos provenientes da exposição às

VCI (Vibrações de Corpo Inteiro), comprovando a relação entre a condução profissional na

indústria e o aumento do risco de dores lombares (Bovenzi, 2010) (Bovenzi, 2006). Uma revisão

realizada por Lage Burström demonstra igualmente que a exposição às vibrações de corpo inteiro

aumenta o risco de desenvolvimento de dores lombares (Burstrom, Nilsson, & Wahlstrom,

2014).

Ghuman Kuljit Singh conclui na sua revisão, que se associa aos operadores de indústrias

desconforto e lesões músculo esqueléticas devido à duração excessiva das operações (Singh G.

K., 2012). A revisão demonstrou também a possível degeneração da coluna vertebral (Singh G.

K., 2012) Neste estudo observou-se que o distúrbio mais registado é a dor lombar.

Relativamente a outros sintomas, o desenvolvimento de hérnias como consequência da

exposição a vibrações de corpo inteiro na condução de veículos em indústrias foi observado por

Bovenzi, e por Diane E. Gregory e Jack P. Callaghan (Gregory & Callaghan, 2011). Alguns

estudos (Li, Lamis, & Wilson, 2016) demonstraram que as VCI tinham impacto na capacidade

sensorial e também na capacidade de conseguir manter uma postura lombar correta. Concluiu-se

que algumas das soluções para esta situação passava por: isolar o condutor da vibração; permitir

períodos de descanso; alterar a frequência das vibrações e a duração da exposição. Stephan

Milosavljevic (Mani, Milosavljevic, & Sullivan, 2010), conclui que a exposição a VCI do

operador na posição sentado está relacionada com a perda de equilíbrio em pé, depois de rever

que três estudos (2 em campo e um em laboratório) encontraram essa evidência, enquanto outros

dois estudos em laboratório não encontraram tal relação.

2.3.2 Condicionantes das vibrações

Numa situação de exposição a vibrações de corpo inteiro, estão presentes outros fatores que

podem tornar a exposição excessiva, ou agravar de alguma forma os efeitos adversos. Podemos

ter presente diversos tipos de fatores que condicionam a exposição: fatores individuais, fatores

físicos ou fatores intrínsecos ao trabalho e que são da responsabilidade da empresa.

O comportamento adotado pelo condutor é importante, como por exemplo a postura e a

velocidade na condução. Bovenzi realizou uma análise multivariada, e apesar de não conseguir

afirmar que fatores como a postura e as vibrações sejam fatores dependentes, comprovou que

ambos aumentam os efeitos a longo prazo (Bovenzi, 2002).

As características individuais como a idade e o índice de massa corporal (IMC) são fatores com

peso nos resultados da exposição, tendo já sido alvo de estudo por Bovenzi (Bovenzi, 2006).

Contudo, Ivo J.H. Tiemessen demonstrou que o IMC não influencia o risco de dor lombar em

condutores profissionais já expostos a VCI (Noorloos, Tersteeg, Tiemessen, Hulshof, & Frings-

Dresen, 2008).

Os condutores dos empilhadores são muitas vezes forçados a fletir o tronco para os lados para

conseguir ter uma melhor perceção do que se passa à sua frente, nomeadamente das cargas e dos

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

12 Estado da Arte

espaços, e também a fletir o tronco para trás para poder executar a marcha atrás, apesar de os

veículos possuírem espelhos de auxilio (Fritz & Schafer, 2011). O estudo realizado por

(Okunribido, Magnusson, & Pope, 2008) refere também a influência da postura sentada e a

movimentação manual de materiais, sugerindo que hipoteticamente a combinação destes fatores

é a causa dos efeitos visíveis. O estudo realizado por Martin Fritz refere que se o risco tem de ser

avaliado pela ISO 2631-1 a influência da inclinação do tronco deve ser considerada pela

multiplicação de um fator de correção nesta mesma avaliação da exposição (Fritz & Schafer,

2011).

Algumas condicionantes físicas que podem ter impacto na intensidade da exposição é o tipo de

assento, o tipo de suspensão do assento e o tipo de pneus.

Relativamente ao assento, quando comparado o fixo e o móvel, este último apresenta uma maior

atenuação quando estamos perante apenas vibrações horizontais. Nas outras situações o assento

móvel torna-se apenas vantajoso em situações de velocidade elevada (Wijaya, Jonsson, &

Johansson, 2003). Em geral, o banco móvel é caracterizado como mais confortável, sendo menos

desconfortável na região lombar (Wijaya, Jonsson, & Johansson, 2003). O encosto do assento é

um fator também já estudado. Um assento sem suporte nas costas pode diminuir a transmissão

das vibrações verticais. Uma experiência desenvolvida no estudo de (M-Pranesh, Rakheja, &

Demont, 2010) apresentou a comparação entre um assento com suporte e outro sem suporte,

comprovando que num assento sem encosto há uma menor magnitude quando comparado com o

assento com encosto. O efeito da presença do suporte apresenta valores mais reduzidos para a

zona inferior do tórax e região lombar. Neste estudo (M-Pranesh, Rakheja, & Demont, 2010) foi

também testada a posição e o apoio das mãos, sendo que o apoio resultou numa maior amplitude

e a posição teve um efeito reduzido. Conclui-se neste estudo (M-Pranesh, Rakheja, & Demont,

2010) que é mais influente na magnitude das vibrações a presença de um encosto de costas,

seguido pela própria magnitude induzida, e depois pelo suporte de mãos. Quanto à comparação

entre assentos com suspensão de ar e com suspensão mecânica é possível afirmar a presença de

valores mais baixos no eixo dos z aquando da utilização dos assentos com suspensão de ar

(Blood, Ploger, & Johnsson, 2010).

Na análise do comportamento dos assentos com suspensão mecânica, ficou demonstrado ser

dependente do peso do condutor, sendo que apresenta um melhor desempenho para trabalhadores

mais leves (Blood, Ploger, & Johnsson, 2010). No assento com suspensão de ar não se verifica

esta dependência (Blood, Ploger, & Johnsson, 2010). De referir que o assento com suspensão

pneumática é por regra mais caro que o que possui suspensão mecânica (Blood, Ploger, &

Johnsson, 2010), havendo contudo necessidade de ponderar os custos associadas às lesões que

daí possam surgir.

Quanto ao uso do cinto como medida de prevenção, este não está associada à diminuição do

risco de dor lombar, não devendo ser utlizado como uma medida de controlo (Lariviere, 2008).

Os pneus dos veículos influenciam a magnitude da vibração. Os pneus sólidos permitem um

conforto maior quando comparados com os pneumáticos devido ao amortecimento que

proporcionam (Verschoore, Pieters, & Pollet, 2003), contudo, torna-se mais importante a

influência do assento.

As horas de exposição diária, a intensidade da exposição, a condução excessiva durante muitos

anos (Bovenzi, 2002), os períodos de descanso (Johanning, 2011) são condicionantes

importantes, sendo estes da responsabilidade da empresa. Relativamente a própria exposição, o

nível de conforto diminui com o aumento da amplitude (Singh, Nigam, & Saran, 2016). A carga

física muitas vezes alternada com a condução (Bovenzi, 2006) são tarefas bastante pesadas para

a musculatura das costas.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 13

2.3.3 Metodologias utilizadas na avaliação

Por forma a avaliar, caracterizar e classificar a exposição às vibrações, podem ser utilizadas

diferentes metodologias.

Relativamente a metodologias gerais de classificação de risco temos como exemplo a técnica k-

nearest neighbor (Li, Lamis, & Wilson, 2016) que é um sistema de classificação utilizado devido

à simplicidade e eficiência. Esta técnica foi aplicada num estudo que tinha por objetivo prever as

perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho. Este sistema de classificação

possibilita a combinação de variáveis, independentes com condições individuais e de trabalho.

A avaliação da exposição a vibrações pode ser feita através de diversos parâmetros. Um estudo

longitudinal (Bovenzi, 2010) em condutores demonstrou que quando na avaliação das vibrações

é utilizada este tipo de análise, parâmetros como VDVsum (Sum Vibration Dose Value) e VDVmax

(Maximum Vibration Dose Value) são melhores que parâmetros como A(8) que tem em conta o

tempo. Bovenzi conclui que parâmetros de avaliação da exposição à vibração derivada da

duração da exposição como o VDV são melhores “preditores” dos resultados que parâmetros

como o A(8) (Bovenzi, 2010). Alguns estudos utilizam o parâmetro SEAT que classifica a

performance do assento e o parâmetro Sed que pretende avaliar a saúde na coluna vertebral.

Alguns estudos apresentam mais que uma variável como avaliação da exposição em estudo. Os

resultados obtidos pelos diferentes métodos podem ser comparáveis tal como (Verschoore,

Pieters, & Pollet, 2003) testou no seu estudo. Contudo os valores obtidos a partir de diferentes

métodos podem nem sempre ser comparáveis.

Muitos estudos (Johanning, 2011) focam-se na avaliação dos efeitos adversos por transmissão

das vibrações pelo eixo vertical, z, contudo começa a tornar-se importante ter em conta os efeitos

nos três eixos de transmissão, x, y e z, tendo em conta o seu total, ou seja, a sua soma.

Os limites estabelecidos pela ISO 2361-1 podem não ser suficientes para realizar uma avaliação,

visto que apenas tem em conta o valor da aceleração, não tendo em conta fatores individuais e de

trabalho como seja a duração e intensidade da exposição, condições climatéricas, postura

corporal ou tarefas adicionais que necessitam de elevação ou flexão. É sentida a necessidade de

ter em conta um histórico do trabalhador, das tarefas já desempenhadas anteriormente e

principalmente dos postos de trabalho com exposição a vibrações.

Para além da avaliação numérica da exposição podemos ter presente outro tipo de avaliação que

poderá ser vista também como uma caracterização da população exposta. Esta avaliação passa

pela utilização de um questionário. O autor (Bovenzi, 2010) adotou um questionário

desenvolvido com o VINET (European Project Vibration Injury Network), para a avaliação da

população, sendo que inclui 4 secções: informação pessoal, histórico ocupacional, histórico

médico e outros sintomas.

Também (Noorloos, Tersteeg, Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2008) avaliou as dores

lombares através do questionário VIBRISKS WBV Questionnaire, sendo este dividido em 5

secções e 42 questões. A secção 1 é relativa a características pessoais, a secção 2 consistia no

questionário VINET e uma pesquisa de satisfação. A secção 3 e 4 eram relativas a queixas e

lesões musculosqueléticas, sendo que a secção 3 sobre LBP (Low Back Pain) nos últimos 7 e 12

meses através do questionário nórdico, e a secção 4 sobre queixas físicas. GWBQ (The Generic

Work Behavior Questionnaire) foi um questionário desenvolvido para avaliar sintomas gerais,

não específicos, incluindo sintomas emocionais, cognitivos, comportamentais, fisiológicos

(Griffiths, Cox, Karanika, & Tomás, 2006). Este questionário permite obter respostas sobre a

exaustão e a tensão a partir de 12 outros sintomas. O WOAQ (The Work and Organisation

Assessment Questionnaire) é um questionário que não avalia a parte psicológica.

São também realizados ensaios em laboratório por forma a testar diferentes fatores que não

sejam passíveis de avaliar em campo por algum motivo, ou pelo facto de tornar mais fácil utilizar

algum aparelho de medição (Lariviere, 2008). Alguns testes podem utilizar um banco com

vibrações induzidas artificialmente, ou uma plataforma com perturbação súbita (Lariviere, 2008).

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

14 Estado da Arte

Alguns testes em laboratório permitem avaliar a resposta da reflexão do músculo, utilizando por

exemplo a eletromiografia de modo a avaliar se a fadiga foi fruto da exposição a vibrações ou

não (Lariviere, 2008).

2.3.4 Estratégias de redução e medidas corretivas

Por forma a reduzir a exposição às vibrações é possível intervir em diferentes frentes, como

sejam: diretamente na duração da exposição; nas condições de trabalho associadas; no

comportamento e atitude do condutor; no próprio veículo ou no piso de circulação.

As estratégias ligadas diretamente ao veículo recaem sobre a suspensão dos assentos e sobre o

tipo de pneus. A bibliografia indica que assentos com suspensão de ar e os pneus pneumáticos

são a melhor opção, ajudando na atenuação das vibrações. Estudos realizados por ( Motmans R.,

2012) comprovam a eficácia do assento com suspensão de ar na redução da vibração quando

comparada com a suspensão mecânica.

No que diz respeito à ergonomia do assento, testes realizados por (Makhsous, Hendrix,

Crowther, Nam, & Lin, 2005) entre um assento convencional e um assento sem encosto,

resultaram em que este último demonstrou melhores resultados devido ao menor contacto entre o

trabalhador e o assento e que permite menor transmissão das vibrações, obtendo-se valores mais

baixos no eixo dos z. Relativamente ao ajuste do assento do empilhador é uma condicionante um

pouco incerta, sendo que alguns estudos demonstram que o ajuste ampliou a vibração

(Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007). Nos assentos mais antigos, mesmo quando

ajustados corretamente, não é possível esperar uma atenuação (34). De notar que a performance

do assento deve ser obtida em campo, testando diferentes condições, e não apenas em testes de

laboratório (Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007).

Apesar das várias estratégias e medidas corretivas o ideal será combinar o uso entre elas. Um

estudo realizado por ( Motmans R., 2012)) concluiu que melhorar a superfície do piso foi a

medida mais eficaz, seguindo-se o parâmetro velocidade e por fim o assento. Como medidas

combinadas, concluiu que melhorar o piso e reduzir a velocidade seria a combinação perfeita,

contudo a velocidade interfere na gestão do trabalho. Assim a melhor hipótese será alterar a

superfície do piso e a suspensão do assento ( Motmans R., 2012). Dado que as características do

empilhador e o desempenho na condução têm ambos influência na exposição às vibrações, seria

importante ter em conta medidas de redução que atuassem em ambos os aspetos. Numa revisão

sistemática levada a cabo por Ivo J. Tiemessen, constituída por 37 estudos, revela que apenas um

estudo apresenta uma estratégica de intervenção para reduzir as VCI, enquanto todos os outros

apenas apresentam fatores que têm efeito sobre a exposição às vibrações. Estes efeitos são

divididos em duas categorias: “design” e “competências e comportamento”. A segunda categoria

é menos dispendiosa, contudo é menos promissora que a primeira. Ambas as categorias devem

ser aplicadas de forma combinada. Foi constatada que a redução da velocidade de condução

reduzia a magnitude das vibrações. A velocidade de condução e a suspensão do assento

demonstraram ser os fatores estudados com mais significância.

A política da empresa perante a realidade e a necessidade da mudança é bastante importante. Um

estudo realizado por (Hulshof, Verbeek, Braam, & van Dijk, 2006) demonstrou a influência

desta condicionante em relação às VCI, atitude e comportamento dos condutores de

empilhadores, e uma tendência para um maior conhecimento dos profissionais de SST

(Segurança e Saúde no Trabalho). As medidas físicas como a redução da velocidade e alteração

do piso não demonstraram redução dos valores de exposição.

Um estudo (Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007) utilizou o modelo ASE (Attitude,

Social influence and Self efficacy) que tinha como objetivo alterar a atitude, influência social e

auto eficácia, não só dos condutores, como de todos os trabalhadores. Este programa estima que

medidas como a alteração dos assentos e do piso tem um custo superior quando comparadas a

medidas de atitude e comportamento. O programa baseia-se na mudança ou tentativa de

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 15

mudança do comportamento, tornando assim que o efeito do programa de intervenção seja

permanente.

2.4. Conhecimento Técnico

2.4.1. Vibrações ocupacionais

Podemos dizer que um corpo está em vibração quando este descreve um movimento oscilatório

em torno de um ponto fixo. As vibrações ocupacionais, ou seja, no âmbito da segurança e saúde

no trabalho, são designadas como uma forma de energia mecânica que se transmite ao corpo

humano através dos pés, das nádegas ou de todo o corpo, de acordo com o sistema de

coordenadas quando se encontra em contacto com uma superfície, máquina ou veículo em

vibração, existindo um movimento oscilatório ou vibratório de um corpo sólido relativamente a

uma posição de referência (RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal,

2014). A vibração é caracterizada por vários parâmetros quantitativos entre os quais a

frequência.

Define-se como frequência o número de vezes em que o ciclo completo do movimento se repete

durante o período de um segundo, sendo medido em ciclos por segundo ou Hertz (Associação

Empresarial de Portugal, 2011).

A vibração é medida em metros por segundo ao quadrado e representa a aceleração do

movimento vibratório, isto é, a rapidez com que a velocidade muda de valor (Associação

Empresarial de Portugal, 2011)

O modelo vibratório é caracterizado pelo deslocamento ao longo do tempo, com a troca de

energia potencial por cinética e vice-versa, resultando esta alternância num movimento

oscilatório, inerente aos corpos dotados de massa e elasticidade.

O corpo humano possui uma vibração natural, e quando um sistema indutor de vibrações

coincide com a frequência natural do sistema induzido, ocorre o efeito de ressonância, que

resulta na amplificação do movimento, pelo somatório da intensidade da energia indutora e

induzida, resultando no máximo de energia cinética e mecânica do sistema.

A energia vibratória é absorvida pelo corpo, como consequência da atenuação promovida pelos

tecidos e órgãos. O corpo humano possui diferentes frequências de ressonância como se pode ver

na Figura 2.3 (Associação Empresarial de Portugal, 2011).

Figura 2.3 - Representação das diferentes frequências de ressonância sentidas no corpo humano.

A resposta às vibrações será distinta consoante a posição do corpo (sentado, de pé ou deitado)

sendo igualmente importante o ponto de aplicação da força vibratória.

Relativamente às frequências, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas frequências, e as

massas grandes às baixas frequências (Associação Empresarial de Portugal, 2011).

Entende-se por vibrações transmitidas ao corpo inteiro as “vibrações mecânicas transmitidas

ao corpo inteiro que implicam riscos para a saúde e a segurança dos trabalhadores, em especial

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

16 Estado da Arte

lombalgias e traumatismos da coluna vertebral” (Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Social, 2006).

Este tipo de vibrações é de baixa frequência e alta amplitude, situando-se na faixa de 1 a 80 Hz,

mais especificamente 1 a 20 Hz (Associação Empresarial de Portugal, 2011).

Estas vibrações devem ser medidas segundo os três eixos de referência (x, y e z) do sistema de

coordenadas ortogonal, sendo que no caso da posição sentado deve ser de acordo com o sistema

definido na Figura 2.4.

Figura 2.4 - Direção dos eixos basicêntricos do corpo inteiro na posição sentado (Associação Empresarial de

Portugal, 2011).

A exposição às vibrações tem alguns fatores condicionantes, tais como a operação a realizar, o

tipo de pavimento, os tipos de veículos, o tipo de condução e velocidade adotada pelo condutor.

Assim, é necessário realizar a identificação de algumas características associadas às operações:

- Características da máquina utilizada (marca, modelo, idade, pressão dos pneus, regime de

funcionamento);

- Operações que o equipamento se encontra a efetuar;

- Natureza do pavimento;

- Estado de conservação, posição e características do assento;

- Tipo de vibração (contínua, intermitente, impacto) a sua direção predominante e origem;

- Número de vezes que realiza a operação ou ciclo de trabalho por dia;

- Duração média diária da operação ou ciclo de trabalho.

2.4.2. Tipos de exposição

A medição das vibrações pode ser distinta dependendo do tipo de exposição em causa, podendo

tratar-se de operações de longa ou curta duração, sendo que a primeira pode incluir operações

estacionárias ou contínuas. As operações estacionárias consistem numa condução sem grandes

variações de velocidade, onde as medições podem recair sobre uma parte ou uma operação

completa, podendo abranger curtas interrupções devidas a paragens por exigências do trabalho.

As operações contínuas não estacionárias consistem em operações em que os níveis de vibração

mudam com o tempo, podendo-se agrupar períodos de vibração substancialmente diferentes que

sejam estatisticamente estacionários. Relativamente às operações de curta duração as quais

apresentam diferentes amplitudes de vibração, devem ser efetuadas medições para cada uma das

operações e o resultado obtém-se a partir da combinação das mesmas.

2.4.3. Efeitos da exposição às vibrações

As vibrações são agentes físicos nocivos para a saúde, sendo resultantes da utilização de

máquinas, equipamentos ou ferramentas. As vibrações mecânicas têm efeitos sobre a saúde e

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 17

segurança dos trabalhadores, podendo resultar em perturbações musculosqueléticas, neurológicas

ou vasculares.

É possível enumerar os principais e mais danosos efeitos registados (Associação Empresarial de

Portugal, 2011):

- Perda do equilíbrio e lentidão de reflexos;

- Manifestação de alteração no sistema cardíaco, com aumento da frequência de ritmo

cardíaco;

- Efeitos psicológicos (exemplo: falta de concentração);

- Distúrbios visuais (exemplo: visão turva);

- Efeitos no Sistema gastrointestinal, com sintomas de enjoo, gastrites e ulcerações;

- Comprometimento, inclusive permanente, de determinados órgãos do corpo;

- Degeneração gradativa do tecido muscular e nervoso, especialmente os submetidos a

vibrações localizadas.

Para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro são registadas patologias na região

lombar e lesões na coluna vertebral (Associação Empresarial de Portugal, 2011). As vibrações de

longa duração e elevada amplitude sobre o corpo têm vindo a ser relacionadas com o aumento do

risco de saúde da coluna dorsal e do sistema nervoso dos segmentos afetados, devido ao

comportamento biodinâmico da coluna, isto é, deslocamento horizontal e torção dos segmentos

da coluna vertebral. Este pode contribuir para processos degenerativos nos segmentos lombares,

bem como agravar distúrbios patológicos endógenos da coluna vertebral. São também

conhecidos efeitos sobre o sistema digestivo, o sistema genital/urinário e os órgãos reprodutores

femininos. De notar que os efeitos na saúde demoram a processar, sendo importante que as

medidas da exposição sejam representativas de todo o período de exposição (Instituto Português

da Qualidade, 2007)

As consequências das vibrações no corpo humano dependem essencialmente do ponto de

aplicação no corpo, da frequência e aceleração das oscilações, da duração da ação e da

frequência própria e ressonância (Associação Empresarial de Portugal, 2011). No caso das VCI,

na condução de veículos, a exposição e consequentes efeitos depende também da condução

adotada pelo trabalhador.

2.4.4. Medidas preventivas

Os riscos associados à exposição dos trabalhadores a vibrações mecânicas devem ser eliminados

ou reduzidos. No caso de o VAE (Valor de Ação de Exposição) ser ultrapassado devem ser

aplicadas medidas técnicas e organizacionais de modo a reduzir ao mínimo a exposição

(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006). As medidas técnicas têm por objetivo

diminuir a intensidade de vibração transmitida ao corpo humano, atuando na origem da vibração

ou na sua transmissão até ao corpo (Associação Empresarial de Portugal, 2011). As medidas

organizacionais têm por objetivo a diminuição do tempo diário de exposição às vibrações,

inserindo pausas no trabalho e rotação dos postos de trabalho. De uma forma geral podem ser

aplicadas medidas técnicas e organizacionais, tais como:

- Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações mecânicas;

- Escolha de equipamentos de trabalho adequados, ergonomicamente bem concebidos e que

produzam o mínimo de vibrações possível;

- Instalação de equipamento auxiliar que reduza o risco de lesões provocadas pelas vibrações,

nomeadamente assentos ou punhos que reduzam as vibrações transmitidas ao corpo inteiro

ou ao sistema mão-braço, respetivamente;

- Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de trabalho e das

instalações nestes existentes;

- Conceção, disposição e organização dos locais e postos de trabalho;

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

18 Estado da Arte

- Informação e formação adequada dos trabalhadores para a utilização correta e segura do

equipamento com o objetivo de reduzir ao mínimo a sua exposição a vibrações mecânicas;

- Limitação da duração e da intensidade da exposição;

- Horários de trabalho adequados, incluindo períodos de descanso apropriados;

- Fornecimento aos trabalhadores expostos de vestuário apropriado para a proteção do frio e

da humidade;

- Utilização de EPI’s (luvas, cinturões e botas).

De uma forma resumida e simples, as medidas possíveis de aplicar ao caso concreto em estudo

são (Associação Empresarial de Portugal, 2011):

- Manter o empilhador em bom estado de conservação;

- Verificar periodicamente a pressão dos pneus;

- Manter o pavimento em bom estado de conservação;

- Promover a rotatividade dos trabalhadores.

Para além destas medidas deve estar presente a vigilância da saúde através de exames médicos e

deve existir formação e informação acerca da exposição às vibrações e respetivas medidas de

proteção.

No caso de o VLE (Valor Limite de Exposição) ser ultrapassado o empregador deve agir por

forma a:

- Tomar medidas imediatas que reduzam a exposição de modo a não exceder os VLE;

- Identificar as causas da ultrapassagem do valor limite;

- Corrigir as medidas de proteção e prevenção de modo a evitar a ocorrência de situações

idênticas.

De uma forma mais clara e mais prática de perceber a forma de atuar, temos presente na tabela

2.6 algumas medidas a tomar perante cada risco.

Figura 2.5 - Medidas gerais perante alguns riscos na circulação de empilhadores.

Circulação de

empilhadores nas áreas de

trabalho e circulação de

pessoas

Atropelamento Separar/delimitar as áreas de trabalho e de

circulação.

Queda de materiais

Utilizar equipamento correto para

armazenagem dos materiais.

Verificar periodicamente as condições de

segurança dos empilhadores;

Ministrar formação aos manobradores.

Capotamento do empilhador

Promover formação para a condução segura do

empilhador;

Proibir a condução do empilhador por

trabalhadores não habilitados;

Estabelecer uma velocidade máxima permitida.

Exposição a vibrações

Manter o empilhador em bom estado de

conservação;

Verificar periodicamente a pressão dos pneus;

Manter o pavimento em bom estado de

conservação;

Promover a rotatividade dos trabalhadores.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 19

3. OBJETIVOS, MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Objetivos da Dissertação

O objetivo proposto nesta dissertação é avaliar a exposição às vibrações nas operações de

condução de empilhadores. São alvo de análise os postos de trabalho com as tarefas de transporte

de matérias-primas, de embalagens, de produto acabado e de resíduos, com o auxílio dos

empilhadores.

Como objetivos específicos definiram-se:

- Aplicação do Inquérito Nórdico aos postos de trabalho em estudo; 44

- Monitorização da exposição às vibrações de corpo inteiro e posterior análise de acordo com a

legislação, segundo o cálculo do parâmetro A(8) e comparação do valor obtido com o VAE e

o VLE;

- Avaliação do parâmetro SEAT e Sed;

- Avaliação do conforto.

3.2. Materiais e Métodos

O presente estudo compreenderá a avaliação do risco de exposição às vibrações nos postos de

trabalho com a presença da condução de empilhadores.

O estudo inicia-se com o preenchimento do inquérito Nórdico com o intuito de comparar as

respostas obtidas com os valores obtidos na monitorização, de modo a comprovar a existência de

concordância entre ambos.

A avaliação compreende a monitorização das vibrações de corpo inteiro nos diferentes

trabalhadores e empilhadores que realizam as tarefas, sendo que os valores obtidos serão alvo de

avaliação segundo a legislação.

A análise compreenderá também a avaliação do posto de trabalho com base no parâmetro SEAT,

no parâmetro Sed e ainda a avaliação do conforto. O parâmetro SEAT, Seat Effective Amplitude

Transmissibility permite avaliar o comportamento dinâmico do assento, estudando a

transmissibilidade da vibração. O parâmetro Sed corresponde à dose equivalente de compressão

na coluna.

Durante a monitorização serão tidas em conta as características relativas ao trabalhador, ao local,

ao empilhador, à tarefa em si e à condução adotada. Estas características serão o suporte na

compreensão dos resultados obtidos na monitorização. Podem, por exemplo, permitir concluir

sobre a postura adotada na condução, levando a concluir se agrava ou não a exposição às

vibrações.

Deste modo, de acordo com as exigências em cada etapa, são descritos nos pontos seguintes, os

diferentes materiais ou métodos utilizados como suporte. Assim estão incluídas as metodologias

adotadas na caracterização do contexto, o inquérito Nórdico a aplicar, a metodologia de

avaliação da exposição às vibrações de VCI bem como o procedimento para obter o parâmetro

SEAT e Sed.

3.2.1. Metodologias de caracterização do contexto da monitorização

A exposição a vibrações do sistema corpo inteiro depende de algumas características associadas

à operação e pode depender também das características do operador. Assim, previamente à

realização da monitorização das vibrações, é necessário ter em conta algumas características

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

20 Objetivos Materiais e Métodos

relativas aos trabalhadores, à exposição, ao veículo, ao assento do veículo e ao pavimento

(Associação Empresarial de Portugal, 2011) (Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social,

2006).

Quanto às características dos trabalhadores é necessário ter em conta:

Género;

Idade;

Peso;

Altura;

Histórico profissional;

Histórico na empresa;

Experiência na tarefa.

Para determinar o “perfil de exposição” é necessário tomar conhecimento dos seguintes pontos:

Duração média diária de operação;

Tempo de exposição às vibrações;

Tempo no posto de trabalho atual.

Para caracterizar o veículo em avaliação é necessário ter em conta:

Marca;

Modelo;

Nº de série;

Tipo de alimentação;

Ano de fabrico;

Ano ao serviço da empresa;

Data da última manutenção;

Estado de conservação do veículo;

Estado de conservação do assento;

Tipo de pneu;

Tipo de suspensão do assento.

Durante a monitorização é fundamental registar as operações realizadas, as paragens, se

transporta carga ou não, o local de medição, postura e velocidade adotadas na condução e tipo de

pavimento.

Os resultados obtidos dependem dessas características de modo que toda esta informação

registada irá permitir compreender e auxiliar na interpretação dos valores obtidos.

Todas as características necessárias a ter em conta, relativamente ao trabalhador, ao perfil de

exposição, ao veículo em análise e à tarefa fazem parte da “Folha de Campo – Monitorização de

Vibrações”, criada para esta finalidade e presente no Anexo I.

3.2.2. Instrumentos de Análise

3.2.2.1. INQUÉRITO NÓRDICO MUSCULO-ESQULÉTICO

O Nordic Musculoskeletal Questionnaire, desenvolvido pelo autor I. Kuorinka, em 1987, sobre a

prevalência de lesões musculosqueléticas, foi criado com o intuito de analisar os sintomas

musculosqueléticos na ergonomia ocupacional. O autor desenvolveu três versões distintas do

questionário, sendo uma geral abrangendo todas as áreas anatómicas, e outras duas, uma

especifica para a região lombar e a outra direcionada para o pescoço e ombros.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 21

No presente estudo é utilizada uma versão adaptada deste inquérito, tendo sido utilizado o

inquérito geral, que compreende todas as áreas anatómicas.

O questionário apresenta uma primeira parte com algumas questões fechadas de carácter

demográfico (género, idade, peso, altura), ocupacional (tempo na atividade atual, atividades

anteriores, média de horas semanais trabalhadas) e sobre o estilo de vida (atividade física ou

hobbies). A segunda parte é constituída por questões, que avaliam problemas de prevalência de

dor, fadiga e desconforto nas diferentes regiões anatómicas, sentidas nos últimos 12 meses e nos

últimos 7 dias, sendo estas variáveis dicotómicas com respostas sim (esquerdo, direito ou ambos)

ou não. O instrumento em uso permite avaliar a severidade da dor, fadiga ou desconforto numa

escala de 1 a 4, sendo 1 considerado “dor leve”, 2 “dor moderada”, 3 “dor intensa” e 4 “dor

insuportável”.

3.2.3. Metodologia de avaliação da exposição a vibrações

Segundo o descrito no n. º 2 do Anexo II do Decreto-Lei nº46/2006, de 24 de fevereiro: “A

vibração que é transmitida ao corpo deve ser medida entre o corpo e a superfície de apoio. O

transdutor de vibração deve ser triaxial na interface entre o corpo e a fonte da vibração”

(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006).

A norma NP ISO 2361-01:2007 considera três áreas principais para pessoas sentadas: a

superfície de suporte do assento, as costas do assento e a superfície de assentamento dos pés

(Instituto Português da Qualidade, 2007). As medições na superfície de suporte do assento

deverão ser feitas por baixo das tuberosidades isquiais. As medições nas costas do assento

deverão ser feitas na área principal de apoio do corpo. As medições nos pés deverão ser feitas na

superfície onde estes assentam mais vezes.

Segundo a mesma norma, “A vibração que é transmitida ao corpo deve ser medida na superfície

entre o corpo e essa superfície”.

3.2.3.1. EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO

O sistema de medição de vibração deve cumprir as especificações definidas na norma EN ISO

804:2005: Human response to vibration - Measuring instrumentation. Para um ensaio sobre o

sistema de corpo inteiro é necessário um analisador de vibrações, um termómetro, cronómetro,

acelerómetro triaxial corpo inteiro e fita adesiva adequada para fixação do acelerómetro. No

presente estudo não foi utilizado o termómetro. Por forma a conseguir coincidir as horas das

observações realizadas com as horas de monitorização da exposição foi utilizado um relógio. O

sistema de medição, o calibrador, o termómetro e o cronómetro, devem estar calibrados por uma

entidade competente. (RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, 2014)

O sistema de medição de vibrações utilizado neste estudo é calibrado pelo Instituto de Soldadura

e Qualidade.

Na mesma linha de atuação, deve ainda ser cumprido o presente no nº3 e 4 do art. n.º4 do

Decreto-Lei nº46/2006:

“Os sistemas de medição dos níveis de vibrações mecânicas a que os trabalhadores se

encontram expostos devem ser apropriados, cumprir os requisitos de normalização em vigor e

ser calibrados anualmente”

“A avaliação e a medição dos níveis de vibrações mecânicas devem ser programadas e

efetuadas a intervalos regulares e apropriados, tendo em conta a amplitude e a duração das

vibrações a que o trabalhador se encontra exposto, sendo os dados delas resultantes

conservados para posterior consulta”

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

22 Objetivos Materiais e Métodos

O presente estudo compreende a avaliação da exposição às vibrações com a utilização do

equipamento SVANTEK, modelo SV 106. O acelerómetro utilizado foi o modelo SVANTEK

SV38. Estes equipamentos são representados na Figura 3.1.

Figura 3.1- Equipamento SVANTEK, modelo SV 106 e acelerómetro SVANTEK SV38

3.2.3.2. DURAÇÃO DAS MEDIÇÕES

Relativamente à duração da medição, é referido no n.º 2 do Anexo II do Decreto-Lei nº46/2006,

de 24 de fevereiro, que esta “deve ser suficiente para garantir uma razoável exatidão estatística

e assegurar que a vibração medida é representativa da exposição avaliada”. A duração da

exposição deve ser mencionada junto com a avaliação.

No caso de a exposição completa consistir em vários períodos de diferentes características, pode

ser realizada uma análise separada de cada um deles (Instituto Português da Qualidade, 2007)

Perante o objetivo de caracterização das VCI do presente estudo, verifica-se a necessidade de

realizar monitorizações, isto é, medições de longa duração em cada posto de trabalho. Estas

medições terão uma duração representativa da tarefa em avaliação desempenhada no posto de

trabalho, sendo que por norma serão de 1 a 2 horas, por forma a obter valores representativos das

grandezas em avaliação. Para realizar a avaliação da exposição às VCI é necessário o cálculo de

diferentes parâmetros (A(8), SEAT, Sed), tornando-se fundamental realizar pelo menos três

medições, para possibilitar uma boa rastreabilidade dos dados recolhidos.

3.2.3.3. SOFTWARE PARA TRATAMENTO DE DADOS

O software utilizado para o tratamento dos dados recolhidos na monitorização da exposição às

vibrações de corpo inteiro foi o SVANPC++, versão 2.28 da SVANTEK.

3.2.3.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO PESSOAL DIÁRIA ÀS VCI

Numa situação de posição sentada, a exposição às VCI pode ser avaliada com base na

aceleração, através do parâmetro r.m.s. (Root Mean Square) obtida na interface entre o corpo e o

assento.

A avaliação das vibrações será realizada com base no cálculo da exposição pessoal diária, para

um período de oito horas, expressa como aceleração contínua equivalente.

𝐴(8) = 𝑘𝑎𝑤√𝑇

𝑇0

Onde:

𝑎𝑤 é a aceleração eficaz ponderada, em metros por segundo quadrado;

T é a duração diária total da exposição às vibrações;

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 23

𝑇0 é a duração de referência de oito horas (28 800 segundos);

k é o fator multiplicativo.

A aceleração eficaz ponderada é determinada separadamente para cada um dos três eixos do

sistema de coordenadas. A amplitude, ponderada em frequência, determina-se de acordo com a

expressão:

𝑎𝑤 = √∑ 𝑎𝑤𝑗

2 𝑡𝑗𝑁𝑗=1

𝑇

Onde:

𝑎𝑤𝑗, é a amplitude da aceleração na medição j

t, é a duração da dita medição

T, é a duração total das medições, ou seja, a soma dos t.

As ponderações em frequência devem ser aplicadas a pessoas sentadas com os fatores

multiplicativos de Wd, k=1,4 para o eixo x e y, e Wk, k=1 para o eixo z, onde “Wd” é a

ponderação em frequência característica para vibrações transmitidas aos eixos x e y e “Wk” é a

ponderação em frequência característica para vibrações transmitidas ao eixo dos z.

A avaliação da vibração deve ser feita em relação à aceleração, ponderada em frequência, mais

elevada, determinada segundo os três eixos, de acordo com a expressão (Ministério do Trabalho

e da Solidariedade Social, 2006):

𝑎𝑤 = 𝑚𝑎𝑥⌊1,4𝑎𝑤𝑥1,4𝑎𝑤𝑦, 𝑎𝑤𝑧⌋

Após o cálculo dos valores de exposição dos trabalhadores às vibrações, estes são analisados:

- Por comparação com os valores definidos para VLE e VAE pela legislação para verificação do

cumprimento legal;

-Segundo o método de análise e avaliação da empresa que engloba uma classificação do nível de

risco apresentadas na Tabela 3.1;

-Por comparação com os valores definidos na NP ISO 2631, baseado num critério de conforto do

posto de trabalho;

Tabela 3.1 - Classificação dos níveis de riscos relativos à exposição a vibrações com base no metodo de análise e

avaliação da CIN.

Intervalo de valor registado Classificação do Nível de Risco

VI < 0,35 Trivial

0,35≤ VI <0,5 Aceitável

0,50 ≤ VI <0,65 Moderado

0,65 ≤ VI <1,15 Importante

VI ≥ 1,15 Inaceitável

3.2.4. Avaliação do parâmetro SEAT

O parâmetro SEAT é um dos métodos utilizados para a determinação da transmissibilidade das

vibrações através do assento, avaliando assim o isolamento do banco à transmissão das vibrações

ao trabalhador. O parâmetro SEAT é obtido pela expressão:

𝑆𝐸𝐴𝑇 =𝑎𝑤𝑧 𝑎𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑎𝑤𝑧 𝑝𝑖𝑠𝑜× 100

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

24 Objetivos Materiais e Métodos

Um SEAT de 100% identifica uma situação em que não existe um agravamento ou desconforto

devido ao assento em análise, ou seja, não se verifica o amortecimento nem ampliação da

vibração. Um SEAT inferior a 100% indica que existe isolamento por parte do assento, enquanto

um SEAT superior a 100% revela que o assento agrava a transmissão da vibração.

3.2.5. Avaliação do parâmetro Sed

O parâmetro Sed é uma forma de avaliação dos efeitos na saúde de pessoas expostas a VCI

durante muito tempo. Esta avaliação é feita de acordo com a ISO 2361:5 (ISO 2361-5, 2004)

sendo esta direcionada para a exposição humana a múltiplos impactos mecânicos medidos no

assento quando a pessoa está sentada. Tem como aplicação o estudo dos efeitos na coluna

lombar.

Na avaliação deste parâmetro assume-se que o trabalhador em avaliação está sentado mantendo

uma postura reta, e não se levantando voluntariamente durante a exposição. Esta avaliação em

questão pode ser dada pelo fator R. O cálculo deste fator tem em consideração o avanço da idade

e a diminuição da força, com o tempo de exposição, calculando-se através da seguinte expressão:

𝑅 = [∑ (𝑆𝑒𝑑𝑁1/6

𝑆𝑢𝑖 − 𝑐)

6𝑛

𝑖=1

]

1/6

Onde,

Sed é a compressão estática equivalente na coluna;

N é o número de dias de exposição por ano;

i é o contador de anos;

n é o número de anos de exposição;

C é uma constante que representa a tensão estática em função da força gravitacional e, para

posturas de condutores assume um valor de 0,25 MPa.

𝑆𝑢𝑖 é a tensão de compressão lombar de uma pessoa com idade de (b+i) anos e é dada pela

expressão:

𝑆𝑢𝑖=6,75-0,066 (b+i)

Onde,

b é a idade na qual a exposição começa, em anos.

Como resultado da aplicação do cálculo

- Se o R for inferior a 0,8 a probabilidade de efeitos negativos na saúde é baixa;

- Se o R for superior a 1,2 a probabilidade de efeitos negativos é alta.

A dose de aceleração (𝐷𝑘 ) é calculada segundo a expressão que se segue, tendo em conta o

máximo dos picos para cada eixo x, y e z, sendo o resultado obtido em metros por segundo

quadrados.

𝐷𝑘 = [∑ 𝐴𝑖𝑘6

𝑖

]

16⁄

Onde,

𝐴𝑖𝑘 é o pico da aceleração;

K corresponde a x, y ou z conforme o eixo de medição.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 25

Por forma a calcular a dose relativa a um turno laboral, ou seja, referente a oito horas de

trabalho, é necessário calcular a dose diária média (𝐷𝑘𝑑) em metros por segundo quadrado,

através da expressão:

𝐷𝑘𝑑 = 𝐷𝑘 [𝑡𝑑

𝑡𝑚𝑗]

16⁄

Onde:

𝑡𝑑 é a duração de exposição diária;

𝑡𝑚 é o período durante o qual a dose de aceleração foi medida.

No caso de a exposição diária a vibrações ser composta por dois ou mais períodos (n) que

apresentem magnitudes distintas, a dose de aceleração é calculada através da expressão que se

segue, em metros por segundo quadrados.

𝐷𝑘𝑑 = [∑ 𝐷𝑘𝑗6

𝑡𝑑𝑗

𝑡𝑚𝑗

𝑛

𝑗=1

]

16⁄

Onde,

𝑡𝑑𝑗 é a duração da exposição diária para a condição j;

𝑡𝑚𝑗 é o periodo durante o qual a dose de aceleração foi medida.

É possível estabelecer uma relação linear entre a tensão de compressão devida aos choques e a

resposta do pico de aceleração na coluna vertebral. Esta mesma relação traduz-se na compressão

estática equivalente diária na coluna (Sed) através da expressão em baixo descrita, em MPa.

𝑆𝑒𝑑 = [ ∑ (𝑚𝑘𝐷𝑘𝑑)6

𝑘=𝑥,𝑦 𝑒 𝑧

]

16⁄

Onde,

𝐷𝑘𝑑 é a dose de aceleração diária;𝑚𝑘 assume valores recomendados: mx = 0,015 MPa (m.s-2

), my

= 0,035 MPa (m.s-2

) e mz = 0,032 MPa (m.s-2

).

Se o valor Sed for inferior a 0,5MPa a probabilidade de efeitos negativos na saúde é baixa, se for

superior a 0,8 MPa a probabilidade é alta.

3.2.6. Avaliação do conforto

As ponderações em frequência utilizadas para a previsão dos efeitos da vibração no conforto,

segundo a NP 2631-01, são Wc, Wd, We, Wj e Wk. As ponderações devem ser aplicadas com os

fatores multiplicativos:

Eixo x (vibração da superfície do assento): Wd, k=1

Eixo y (vibração da superfície do assento): Wd, k=1

Eixo z (vibração da superfície do assento): Wk, k=1

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

26 Objetivos Materiais e Métodos

Para cada ponto de medição o valor total da vibração no ponto deve ser calculado através da raiz

da soma dos quadrados:

𝑎𝑣 = (𝑘𝑥2𝑎𝑤𝑥

2 + 𝑘𝑦2𝑎𝑤𝑦

2 + 𝑘𝑧2𝑎𝑤𝑧

2 )1

2⁄

Os valores aceitáveis de amplitudes de vibração relativos ao conforto dependem de muitos

fatores que variam caso a caso, como consequência, não são definidos limites pela NP ISO 2631-

01. Assim, os valores apresentados na Tabela 3.2, pretendem dar indicações aproximadas de

reações prováveis a variadas amplitudes em transportes públicos.

Tabela 3.2 - Valores relativos à amplitude de vibração no que diz respeito ao conforto

Condição Avaliação do conforto

Inferior a 0,315 m.s-2 Não é desconfortável.

Entre 0,34 m.s-2 a 0,63 m.s-2 Um pouco desconfortável.

Entre 0,5 m.s-2 a 1 m.s-2 Razoavelmente desconfortável.

Entre 1,25 m.s-2 a 2,5 m.s-2 Muito desconfortável.

Superior a 2 m.s-2 Extremamente desconfortável.

Pela NP ISO 2631-01, é salientado que as reações relativas às amplitudes dependem da

suscetibilidade dos passageiros, da duração da viagem, do tipo de atividade durante a viagem. No

caso em estudo é possível adaptar estes fatores para a suscetibilidade do trabalhador, a duração

da tarefa com recurso ao empilhador, da postura adotada pelo condutor.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

PARTE 2

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 29

4. RESULTADOS

4.1. Resultados da aplicação do Inquérito Nórdico

4.1.1. Dados demográficos

Na aplicação do inquérito Nórdico adaptado foram contemplados 14 (n) trabalhadores que na sua

atividade atual têm a necessidade de utilizar o empilhador. A amostra de trabalhadores que

participou na aplicação do inquérito nórdico é 92,9% do sexo masculino, sendo que apenas um

inquirido é do sexo feminino, tal como é possível analisar na

Tabela 4.2. Quanto ao parâmetro idade, o maior número de trabalhadores situa-se entre a faixa

etária dos [46-50] anos, sendo de seguida as faixas etárias com mais trabalhadores as dos [31-

35], [51-55] e [61-65]. A idade mínima registada foi de 22 anos e a idade máxima 64 anos,

conforme a Tabela 4.1. O IMC calculado com base na altura e peso dos trabalhadores apresenta

uma média de 24,2, conforme se apresenta na

Tabela 4.3.

Tabela 4.1 - Percentagem de cada faixa etária dos

trabalhadores.

Idade n %

[18-20] 0 0

[21-25] 1 7,1

[26-30] 1 7,1

[31-35] 2 14,3

[36-40] 1 7,1

[41-45] 1 7,1

[46-50] 3 21,4

[51-55] 2 14,3

[56-60] 1 7,1

[61-65] 2 14,3

Idade

Mínimo 22

Máximo 64

Média 42

Tabela 4.2 - Percentagem de trabalhadores do género

masculino e do género feminino.

Género n %

Masculino 13 92,9

Feminino 1 7,1

Tabela 4.3 - Valor de IMC máximo, mínimo e médio.

IMC Valor

Máximo 21,1

Mínimo 30,7

Médio 24,2

A maior parte dos trabalhadores que utilizam o empilhador para realizar a sua tarefa encontram-

se há mais de 4 anos na atividade atual, tal como permite concluir a Tabela 4.4. A Tabela 4.5 é

relativa aos trabalhadores que estiveram expostos a VCI em atividades anteriores, isto é, outro

posto de trabalho, ou outro emprego, tendo sido obtida uma percentagem de 21,4%. Quanto aos

anos totais de exposição às VCI, a estatística é apresentada na tabela 4.7. Observa-se que cerca

de 35,7% dos trabalhadores encontram-se expostos às VCI há pelo menos 2 anos.

Tabela 4.4 - Tempo na atividade atual dos trabalhadores abrangidos com o inquérito Nórdico.

Tempo na atividade atual [anos] N %

[1 ou menos] 1 7,1

[2-3] 1 7,1

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

30 Resultados

[4-5] 4 28,6

[6-10] 4 28,6

[11-15] 0 0,0

[16 ou mais] 3 21,4

Tabela 4.5 - Percentagem de trabalhadores que anteriormente possuíram atividades com exposição a VCI.

Atividades anteriores relacionados

com exposição a VCI n %

Sim 3 21,4

Não 11 78,6

Tabela 4.6 - Número de trabalhadores expostos a VCI por número de anos.

Anos de exposição às VCI n %

[0-1] 0 0

[2-5] 5 35,7

[6-10] 4 28,6

[10-20] 1 7,1

>20 4 28,6

O facto de o trabalhador praticar alguma atividade física ou possuir algum hobbie que exija

esforço físico, torna-se fundamental para incluir no estudo, por forma a tentar encontrar alguma

relação com a prevalência de sintomas musculosqueléticos. Os resultados obtidos estão presentes

na Tabela 4.7 e na Tabela 4.8. Curiosamente, a percentagem de trabalhadores que praticam

atividade física e que possuem um hobbie com esforço físico são iguais, sendo que 78,6% não

pratica qualquer atividade física e a mesma percentagem não possui nenhum hobbie que obrigue

a um esforço físico.

Tabela 4.7 - Percentagem de trabalhadores que praticam atividade física.

Pratica atividade física n %

Sim 3 21,4%

Não 11 78,6%

Tabela 4.8 - Percentagem de trabalhadores que possuem um hobbie que exija esforço físico.

Possui hobbie que exija esforço físico n %

Sim 3 21,4%

Não 11 78,6%

Na recolha de dados demográficos foi incluída a questão relacionada com a consulta do médico

de família nos últimos 12 meses bem como a consulta do médico do trabalho. Tal como indica a

Tabela 4.9, a consulta do médico do trabalho apresentou 100% de presença, sendo que este

aspeto tem cumprimento periódico, dado ser um serviço prestado aos trabalhadores pela própria

empresa. Relativamente à consulta do médico de família, observa-se uma percentagem de 64,3%

dos trabalhadores que tiveram este tipo de consulta nos últimos 12 meses.

Tabela 4.9- Percentagem de trabalhadores que consultou o médico de família nos últimos 12 meses.

Consultou o médico de família nos últimos

12 meses n %

Sim 9 64,3%

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 31

Não 5 35,7%

Quanto ao aspeto de padecer de alguma doença, os resultados obtidos são apresentados na

Tabela 4.10, sendo observado em 57% dos trabalhadores o facto de apresentarem pelo menos

uma doença no seu diagnóstico. A doença que apresenta uma maior percentagem é a hipertensão,

seguida da hérnia discal e tendinite.

Tabela 4.10 - Percentagem de trabalhadores diagnosticados com pelo menos uma doença.

Sofre alguma doença n %

Sim 8 57,1%

Não 6 42,9%

Tipo de doença n %

Hérnia 3 21,4

Hipertensão 4 28,6

Tendinite 2 14,3

Gastrite 1 7,1

Varizes 1 7,1

4.1.2. Prevalência de lesões musculosqueléticas

No Inquérito Nórdico aplicado foram incluídas questões direcionadas a diferentes regiões do

corpo humano, relativas à prevalência de lesões musculosqueléticas nos últimos 12 meses, bem

como nos últimos 7 dias. É apresentado no gráfico da Figura 4.1 a percentagem de trabalhadores

que responderam sentir dor, fadiga ou desconforto nas diferentes regiões do corpo nos últimos 12

meses e nos últimos 7 dias. Analisando o gráfico podemos verificar que a maior percentagem de

prevalência nos últimos 12 meses recai sobre a região lombar (85,7%), seguida da região

torácica (71,4%) e ombros (71,4%). Com uma percentagem também elevada apresenta-se a

região do pescoço com 57,1 %. Quanto aos últimos 7 dias as regiões que apresentam uma maior

prevalência de dor, fadiga ou desconforto são os ombros (57,10 %), a região lombar (57,10), o

pescoço (50%) e a região torácica (42,9%).

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

32 Resultados

Figura 4.1- Percentagem de prevalência de 12 meses e 7 dias por região do corpo.

A intensidade do estado de dor, fadiga ou desconforto sentida nos últimos 12 meses foi

classificada segundo uma escala de intensidade enunciada no capítulo 3.2.2.1. No gráfico da

Figura 4.2 é possível verificar que este apresenta uma grande percentagem de trabalhadores que

sentiram perturbações na região torácica e região lombar com uma intensidade de dor

insuportável, de 50% e 64,3% respetivamente. Mais de 20% dos trabalhadores classifica a

intensidade da dor sentida nos ombros, pescoço, tornozelos e pés, nos últimos 12 meses, como

moderada.

Figura 4.2 - Classificação da intensidade da dor.

No gráfico da Figura 4.3 é apresentada a percentagem de trabalhadores que teve a necessidade de

evitar realizar algum trabalho doméstico ou atividade externa devido à prevalência de

perturbações nas diferentes regiões do corpo. Podemos verificar que a região lombar, região

57,1

50

71,4

57,1

21,4

7,1

50

21,4

71,4

42,9

85,7

57,1

28,6

7,1

42,9

28,6

42,9

35,7

14,3

7,1

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Prevalência 12meses

Prevalência 7 dias

Pes

coço

Om

bro

sC

oto

vel

os

Pu

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os/

Mão

sR

egiã

oto

ráci

caR

egiã

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nca

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oxa

sJo

elh

os

Torn

oze

los/

Pés

Reg

ião

per

na

infe

rio

r

Percentagem de trablhadores (%)

0 10 20 30 40 50 60 70

Pescoço

Ombros

Cotovelos

Punhos/Mãos

Região torácica

Região Lombar

Ancas/Coxas

Joelhos

Tornozelos/Pés

Região perna inferior

Percentagem de trabalhadores (%)

Re

gião

do

co

rop

o

Leve

Moderada

Intensa

Insuportável

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 33

torácica, pescoço e joelho, são as zonas do corpo que mais influenciam o desempenho normal de

tarefas externas ao trabalho.

Figura 4.3 - Percentagem de trabalhadores que evitaram realizar tarefas normais devido à prevalência de lesões

musculosqueléticas nas várias regiões do corpo.

0 10 20 30 40 50 60

Pescoço

Cotovelos

Região torácica

Ancas/Coxas

Tornozelos/Pés

Percentagem de trabalhadores (%)

Re

gião

do

co

rpo

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

34 Resultados

4.2. Resultados da monitorização de vibrações

4.2.1. Caracterização dos trabalhadores e empilhadores

Os trabalhadores incluídos no estudo da monitorização das vibrações foram caracterizados

segundo o setor em que operam, o tipo de carga que transportam com o auxílio do empilhador,

bem como do tipo de piso no qual efetuam o seu percurso e a respetiva frequência. Para este

estudo de monitorização de vibrações foram 5 (cinco) os trabalhadores avaliados, e de modo a

manter o seu anonimato passam a partir de agora a ser denominados de A a E.

Na Tabela 4.11 é apresentada esta mesma caracterização para os cinco setores incluídos no

estudo, os quais correspondem a cada trabalhador avaliado. De notar que foram selecionados

trabalhadores de diferentes setores, para a realização de uma possível comparação entre eles.

Devido aos diferentes tipos de tarefas correspondentes a cada setor, a carga transportada por cada

trabalhador difere, bem com o piso por onde circulam, sendo que em algumas tarefas é

necessária a circulação constante em empedrado, enquanto outras raramente circulam fora do

piso liso e asfaltado.

Tabela 4.11 - Caracterização da tarefa (setor, tipo de carga, piso e frequência).

Trabalhador Setor Carga Piso e frequência

Nº horas diárias

de operação/

exposição às VCI

A Resíduos Carga vazia (Bidões, barricas) ou

Carga com resíduos Empedrado (sempre) 5

B Embalagens Embalagens vazias (latas e cartão) Empedrado e Liso 4

C Armazém de

Matérias-primas

Matérias-primas

(sacaria, big-bags, bidões,

barricas)

Empedrado e Liso

(minoritariamente) 4

D Nováqua Produto acabado (latas)

Empedrado

(minoritariamente) e Liso

(sempre)

4

E

Armazém de

Matérias-primas

(Megadur)

Matérias-primas (sacaria e big-

bags) Empedrado e Liso 4

Foi executado um outro tipo de caracterização dos trabalhadores acerca do seu peso e altura, o

tempo na empresa e o tempo no posto de trabalho atual, sendo esta apresentada na Tabela 4.12. É

também incluída na caracterização o tempo de experiência na tarefa atual e o tempo de exposição

às vibrações de corpo inteiro (b).

As características de cada empilhador alvo de estudo são apresentadas na Tabela 4.13, na

Tabela 4.14 e na

Tabela 4.15 sendo que apenas o do setor das embalagens é alimentado eletricamente, e todos eles

apresentam pneus do tipo maciço. Quanto ao ano de fabrico apresentam aproximadamente a

mesma idade, sendo que apenas o do setor do armazém das matérias-primas foi fabricado este

ano.

Tabela 4.12 - Caracterização dos trabalhadores (peso, altura, caracterização do tempo na tarefa e da exposição às

VCI).

Trabalhador Peso

(Kg)

Altura

(m)

Tempo na

empresa (anos)

Tempo no Posto

de Trabalho

(anos)

Experiência na

tarefa (anos)

n

(anos)

N

(dias)

i

(anos)

b

(anos)

A 68 1,65 23 23 23 23 245 23 39

B 94 1,75 4 4 4 4 123 4 18

C 65 1,72 33 4 4 3,5 245 3,5 50,5

D 73 1,62 10 0 2 2 245 2 34

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 35

E 72 1,72 28 10 28 28 245 28 26

Tabela 4.13 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: matricula, marca, modelo e nº de série.

Setor Matricula Marca Modelo Nº de série

Resíduos EP-577-D Linde H25D H2X392Z00465

Megadur EP-561-D Linde H20D H2X392W02803

Embalagens EP-602-E Linde E16P H2X386A0379

AMP (antigo) EP-581-D Linde H20D H2X392Z00465

AMP (novo) EP-637-E Linde H20D H2X392G00307

Nováqua EP-608-D Linde H20D H2X392B0272

Tabela 4.14 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: tipo de alimentação e pneus e capacidade de

carga máxima.

Setor Alimentação Tipo de pneus Capacidade carga máxima (kg)

Resíduos Diesel Maciços 2500

Megadur Diesel Maciços 2000

Embalagens Elétrico Maciços 1600

AMP (antigo) Diesel Maciços 2000

AMP (novo) Diesel Maciços 2000

Nováqua Diesel Maciços 2000

Tabela 4.15 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: ano de fabrico, ano ao serviço e data da última

manutenção.

Setor Ano de fabrico Ano ao serviço da empresa Data última manutenção

Resíduos 2009 2009 18/01/2016

Megadur 2008 2008 30/03/2016

Embalagens 2010 2010 31/03/2016

AMP (antigo) 2009 2009 07/06/2016

AMP (novo) 2016 2016 20/05/2016

Nováqua 2011 2011 31/03/2016

4.2.2. Avaliação do parâmetro A(8)

Para a avaliação da exposição dos trabalhadores às vibrações de corpo inteiro provenientes da

condução de empilhadores e cálculo do parâmetro A(8), foi necessário medir os valores das

vibrações segundo os três eixos x, y e z, no assento do empilhador. Os valores de aceleração,

para os três eixos, obtidos no assento e no piso do empilhador, são apresentados na Tabela 4.16.

A última coluna da tabela diz respeito ao aw, isto é, ao valor mais elevado registado nos três

eixos.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

36 Resultados

Tabela 4.16 - Valores de aceleração para o eixo x, y e z, e aw.

Setor Data de medição Local de medição ax (m.s-2) ay (m.s-2) az (m.s-2) aw (m.s-2)

Resíduos

20/05/2016 Assento 1,67 1,99 1,70 1,99

Piso 1,46 1,32 2,32 2,32

25/05/2016 Assento 2,06 2,39 2,77 2,77

Piso 1,58 1,57 3,79 3,79

27/05/2016 Assento 2,16 2,07 1,90 2,16

Piso 1,90 1,36 2,67 2,67

Embalagens

02/06/2016 Assento 1,57 1,47 1,36 1,57

Piso 1,34 0,91 2,08 2,08

03/06/2016 Assento 1,55 1,50 1,36 1,55

Piso 1,10 1,07 1,27 1,27

08/06/2016 Assento 1,39 1,31 1,10 1,39

Piso 1,09 1,03 1,62 1,62

AMP - empilhador

antigo

02/06/2016 Assento 2,79 4,42 4,85 4,85

Piso 1,98 2,91 8,37 8,37

03/06/2016 Assento 2,41 3,80 4,12 4,12

Piso 1,83 2,49 6,81 6,81

08/06/2016 Assento 2,64 4,00 4,29 4,29

Piso 1,91 2,77 7,44 7,44

AMP - empilhador

novo

20/06/2016 Assento 2,02 3,30 2,19 3,30

Piso 1,44 2,20 5,09 5,09

21/06/2016 Assento 2,18 3,52 2,66 3,52

Piso 1,57 2,34 5,58 5,58

11/07/2016 Assento 2,13 3,54 2,58 3,54

Piso 1,82 2,15 6,29 6,29

AMP - Megadur

24/05/2016 Assento 1,94 1,65 1,07 1,94

Piso 1,68 1,02 1,34 1,68

28/06/2016 Assento 1,88 1,77 1,26 1,88

Piso 1,62 2,04 1,85 2,04

12/07/2016 Assento 0,44 0,36 0,26 0,44

Piso 0,39 0,24 0,32 0,39

Nováqua

20/06/2016 Assento 1,34 1,16 0,73 1,34

Piso 1,28 0,74 0,85 1,28

21/06/2016 Assento 1,08 1,14 1,12 1,14

Piso 0,95 0,75 1,24 1,24

22/06/2016 Assento 1,01 0,98 0,91 1,01

Piso 0,91 0,63 1,02 1,02

22/06/2016 Assento 1,43 1,39 1,09 1,43

Piso 1,29 0,91 1,19 1,29

Para o cálculo do parâmetro A(8) é utilizado o valor máximo registado nos três eixos, tal como

enunciado no capítulo 3.2.3.4. A determinação do A(8) foi realizada para cada dia de medição,

bem como para o total da tarefa, ou seja, executando a média das três medições, obtendo-se

assim um A(8) médio. Os valores obtidos são apresentados na Tabela 4.17.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 37

Tabela 4.17 - Valores da exposição pessoal diária e comparação com os valores legais de VAE e VLE.

Setor Data de medição aw (m.s-2) A(8) A(8) médio VAE VLE

Resíduos

20/05/2016 1,99 1,57

1,82 Superior Superior 25/05/2016 2,77 2,19

27/05/2016 2,16 1,71

Embalagens

02/06/2016 1,57 1,11

1,06 Superior Inferior 03/06/2016 1,55 1,10

08/06/2016 1,39 0,98

AMP, empilhador antigo

02/06/2016 4,85 3,43

3,13 Superior Superior 03/06/2016 4,12 2,91

08/06/2016 4,29 3,03

Nováqua

20/06/2016 1,34 0,95

0,87 Superior Inferior 21/06/2016 1,14 0,81

22/06/2016 1,01 0,71

22/06/2016 1,43 1,01

AMP, Megadur

24/05/2016 1,94 1,37

1,00 Superior Inferior 28/06/2016 1,88 1,33

12/07/2016 0,44 0,31

AMP, empilhador novo

13/06/2016 3.30 2,33

2,22 Superior Superior 21/06/2016 3,52 2,49

11/07/2016 2,58 1,82

Segundo a empresa, a classificação do nível de risco perante os valores obtidos na monitorização

realizada é a que se apresenta na Tabela 4.18.

Tabela 4.18 - Classificação do nível de risco segundo a metodologia da empresa.

Setor A(8) médio Nível de risco

Resíduos 1,82 Inaceitável

Embalagens 1,06 Importante

AMP, empilhador antigo 3,13 Inaceitável

Nováqua 0,87 Importante

AMP, Megadur 1,00 Importante

AMP, empilhador novo 2,22 Inaceitável

4.2.3. Análise do parâmetro SEAT

Para a avaliação do efeito de amortecimento dos assentos dos empilhadores recorreu-se ao

cálculo do parâmetro SEAT. Dado que este parâmetro relaciona a vibração transmitida ao piso

do empilhador e aquela que é transmitida ao condutor através do assento, houve necessidade de

medir nestes dois pontos do empilhador, nomeadamente piso e assento em simultâneo. Para o

cálculo do parâmetro SEAT é apenas necessário o valor das vibrações transmitidas

verticalmente, isto é, pelo eixo dos z.

Na Tabela 4.19 são apresentados os valores de az para cada monitorização, tanto para o assento

como para o piso, e os respetivos valores do parâmetro SEAT

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

38 Resultados

Tabela 4.19 - Valores do parâmetro SEAT e respetiva classificação de isolamento do assento.

Setor Data de medição Local da medição az (m.s-2) SEAT (%) SEAT médio

(%) Classificação

Resíduos

20/05/2016 Assento 1,70

73

72 Com

isolamento

Piso 2,32

25/05/2016 Assento 2,77

73 Piso 3,79

27/05/2016 Assento 1,90

71 Piso 2,67

Embalagens

02/06/2016 Assento 1,36

65

80 Com

isolamento

Piso 2,08

03/06/2016 Assento 1,36

107 Piso 1,27

08/06/2016 Assento 1,10

68 Piso 1,62

AMP -

empilhador

antigo

02/06/2016 Assento 4,85

58

59 Com

isolamento

Piso 8,37

03/06/2016 Assento 4,12

60 Piso 6,81

08/06/2016 Assento 4,29

58 Piso 7,44

AMP -

empilhador

novo

20/06/2016 Assento 2,19

43

44 Com

isolamento

Piso 5,09

21/06/2016 Assento 2,66

48 Piso 5,58

11/07/2016 Assento 2,58

41 Piso 6,29

Nováqua

20/06/2016 Assento 0,73

86

90 Com

isolamento

Piso 0,85

21/06/2016 Assento 1,12

90 Piso 1,24

22/06/2016 Assento 0,91

90 Piso 1,02

22/06/2016 Assento 1,09

92 Piso 1,19

AMP -

Megadur

24/05/2016 Assento 1,07

80

87 Com

isolamento

Piso 1,34

28/06/2016 Assento 1,26

68 Piso 1,85

12/07/2016 Assento 0,26

112 Piso 0,32

4.2.4. Análise do parâmetro Sed e fator R

Os valores da compressão estática equivalente diária na coluna foram obtidos através do

acelerómetro colocado no assento do empilhador. Para o cálculo do parâmetro Sed e do fator R

foi necessário ter em conta o número de horas diárias de exposição às vibrações de cada

trabalhador, bem como os anos de exposição às VCI. Estes valores estão presentes nas Tabela

4.11 e Tabela 4.12, do subcapítulo 4.2.1.

Na Tabela 4.20 é apresentado os valores para o Sed, bem como os valores para o fator R.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 39

Tabela 4.20 - Valores referentes ao parâmetro Sed e Sed médio.

Setor Data de

medição Sed Sed médio

Resíduos

20/05/2016 3.3

6,0 25/05/2016 9,5

27/05/2016 5,3

Embalagens

02/06/2016 6,8

5,0 03/06/2016 4,8

08/06/2016 4,3

AMP - empilhador antigo

02/06/2016 6,4

6,0 03/06/2016 5,7

08/06/2016 6,0

Nováqua

20/06/2016 2,6

2,6 21/06/2016 3,6

22/06/2016 2,6

22/06/2016 1,88

AMP - empilhador novo

13/06/2016 3,5

4,2 21/06/2016 5,1

11/07/2016 6,5

AMP - Megadur

24/05/2016 5,6

3,1 28/06/2016 3,8

12/07/2016 0,03

O parâmetro Sed é um parâmetro mais realista quando comparado com o SEAT, apesar de apenas

transmitir o que se passa no eixo dos z, não refletindo todas as vibrações que são transmitidas ao

corpo.

O parâmetro Sed é uma variável dependente da exposição diária. Por forma a perceber o impacto

que a exposição teve na saúde dos trabalhadores foi calculado o fator R. Este fator tem em conta

todos os anos de exposição. Na Tabela 4.21 são presentes os valores da idade, de b (idade do

inicio de exposição), i (contador de anos) e n (anos de exposição). O parâmetro N foi

considerado 365 dias menos os 22 dias úteis de férias e menos os fins de semana, obtendo-se 293

dias de exposição por ano. Existe apenas uma exceção no setor das embalagens em que os

trabalhadores alternam a tarefa que inclui a condução de empilhador com outra tarefa sem

condução, sendo que o período de alternância é cerca de 2 semanas. Assim, foram atribuídos

119,5 dias de exposição ao setor das embalagens.

Tabela 4.21- Parâmetros N, n, idade, b, i e fator R para cada setor. Setor N n idade b i R

Resíduos 239 23 62 39 23 9,8

Embalagens 119,5 4 22 18 4 2,8

Nováqua 239 2 36 34 2 0,1

Megadur 239 28 54 26 28 4,6

AMP antigo 239 3,5 54 50,5 3,5 6,0

AMP novo 239 3,5 54 50,5 3,5 5,1

4.2.5. Avaliação do conforto

Os valores referentes à avaliação do conforto são apresentados na Tabela 4.22, acompanhada da

respetiva avaliação qualitativa. Através de uma análise a cada dia de medição, é possível afirmar

que em alguns empilhadores o nível de conforto é classificado como sendo muito desconfortável

sendo na maioria dos casos extremamente desconfortável. Relativamente à média da avaliação

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

40 Resultados

por tarefa, é obtido um nível de “muito desconforto”. De salientar que a avaliação é dada como

“extremamente desconfortável” para valores de av superiores a 2 m.s-2

, e que os valores obtidos

para o caso do empilhador antigo no AMP foram muito superiores.

Tabela 4.22 - Valores de av referentes à avaliação do conforto.

Setor Data de

medição av (m.s-2) Avaliação do conforto

av media

(m.s-2) Avaliação do conforto

Resíduos

20/05/2016 2,51 Extremamente desconfortável

2,75 Muito desconfortável 25/05/2016 3,57 Extremamente desconfortável

27/05/2016 2,16 Extremamente desconfortável

Embalagens

02/06/2016 2,05 Extremamente desconfortável

1,95 Muito desconfortável 03/06/2016 2,05 Extremamente desconfortável

08/06/2016 1,75 Muito desconfortável

AMP - empilhador

antigo

02/06/2016 6,13 Extremamente desconfortável

4,61 Extremamente

desconfortável 03/06/2016 5,22 Extremamente desconfortável

08/06/2016 5,49 Extremamente desconfortável

Nováqua

20/06/2016 1,46 Muito desconfortável

1,55 Muito desconfortável 21/06/2016 1,58 Muito desconfortável

22/06/2016 1,36 Muito desconfortável

22/06/2016 1,80 Muito desconfortável

AMP - empilhador

novo

13/06/2016 3,53 Muito desconfortável

3,81 Muito desconfortável 21/06/2016 3,98 Muito desconfortável

11/07/2016 3,92 Muito desconfortável

AMP - Megadur

24/05/2016 2,11 Muito desconfortável

1,61 Muito desconfortável 28/06/2016 2,24 Muito desconfortável

12/07/2016 0,49 Um pouco desconfortável

4.2.6. Análise da monitorização das vibrações

a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo

No setor Armazém de Matérias-Primas (AMP) foram realizadas três monitorizações de vibrações

de corpo inteiro (VCI) em cada um dos empilhadores: antigo e novo, por forma a comparar a

mais-valia da existência de um veículo novo na caracterização da exposição dos condutores.

A tarefa selecionada para análise foi a expedição de matérias-primas para a fábrica, em que o

trabalhador percorre uma grande distância sobre piso empedrado. Na maioria das vezes, as

deslocações de ida à fábrica são feitas com transporte de carga, e deslocações de volta da fábrica

até ao armazém são efetuadas sem carga. Assim, é importante salientar que aquando da

realização de um percurso com carga é adotada uma velocidade moderada para precaução de

quedas, e que por outro lado, quando se realiza um percurso sem carga, a velocidade que se

verifica é mais elevada. Os gráficos representativos de cada monitorização são apresentados no

Anexo III a).

Na Figura 4.4 é possível observar a primeira monitorização de VCI na realização da expedição

de m.p. para a fábrica, com a colocação do acelerómetro no piso. Verifica-se uma diferença entre

os valores registados no eixo dos z, e os valores registados nos eixos x e y, sendo que no eixo

dos z estão presentes valores mais elevados de vibração, e para o eixo x e y apresentam-se

valores mais reduzidos.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 41

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 4.4 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).

No gráfico da Figura 4.5, é possível observar um excerto da monitorização realizada no setor

AMP com a colocação do acelerómetro no piso.

Figura 4.5 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).

Na Figura 4.6 é possível observar a monitorização das VCI na realização da expedição de m.p.

para a fábrica, com a colocação do acelerómetro no assento. Na interface assento-trabalhador a

diferença entre os valores no eixo dos z e os eixos x e y, não é tão acentuada, devido à atenuação

da vibração transmitida verticalmente (eixo z).

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time

12:03:24

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

25.000 25.000

30.000 30.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.011 m/s^2 0.011 m/s^2 0.037 m/s^2

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 16 :24

12:10:00 12:12:00 12:14:00 12:16:00 12:18:00 12:20:00 12:22:00 12:24:00 Time

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

25.000 25.000

30.000 30.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:25:48 - 0.772 m/s^2 1.941 m/s^2 13.490 m/s^2

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

42 Resultados

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 4.6 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no assento).

Dada a medição em simultâneo no piso e no assento do empilhador, para o mesmo período de

horas da monitorização, pela análise dos dados recolhidos com o acelerómetro colocado no

assento, são também visíveis os valores mais baixos correspondentes às idas à fábrica (laranja), e

os picos mais elevados correspondentes às voltas da fábrica para o armazém (azul). No gráfico

da

Figura 4.7 é possível observar a diminuição dos valores no eixo dos z, sendo que o eixo dos x

continua a apresentar os valores mais baixos. Contudo, observa-se valores mais elevados no eixo

dos y no assento em comparação com o piso.

Figura 4.7 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).

b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo

A partir dos valores obtidos com o acelerómetro colocado no piso do empilhador, é evidente a

maior amplitude de valores no eixo dos z, observando-se a atenuação das vibrações transmitidas

verticalmente, nos valores obtidos com o acelerómetro colocado no assento do empilhador. Estes

valores são possíveis de analisar no gráfico da

Figura 4.8. É também possível observar, tal como no caso do empilhador antigo, os percursos de

ida “AMP-Fábrica” e volta “Fábrica-AMP”, através da diferente amplitude dos picos presentes

no gráfico da Figura 4.10. O percurso AMP-fábrica apresenta valores mais baixos, devido ao

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time

12:03:24

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.012 m/s^2 0.011 m/s^2 0.122 m/s^2

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 16 :12

12:10:00 12:12:00 12:14:00 12:16:00 12:18:00 12:20:00 12:22:00 12:24:00 Time

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:25:24 - 2.667 m/s^2 0.864 m/s^2 1.260 m/s^2

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Page 61: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 43

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

transporte de carga, que consequentemente implica velocidade reduzida. O percurso Fábrica-

AMP é representado pelos picos de maior amplitude, pois devido à ausência de carga é adotada

uma velocidade maior. Esta diferença de valores correspondentes às idas e voltas é visível nos 3

eixos. Apesar da atenuação das vibrações transmitidas na direção z, verifica-se pelo gráfico da

Figura 4.9 e em mais pormenor no gráfico da

Figura 4.11, que os valores transmitidos pelo eixo dos y sofrem uma ampliação, sendo maior o

seu registo no assento do que no piso.

Figura 4.8 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).

Figura 4.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).

Figura 4.10 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 4

14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time

14:04:06

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.012 m/s^2 0.010 m/s^2 0.024 m/s^2

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time

14:04:06

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.061 m/s^2

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 22 :24

14:16:00 14:18:00 14:20:00 14:22:00 14:24:00 14:26:00 14:28:00 14:30:00 14:32:00 14:34:00 14:36:00 Time

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:37:34 - 1.131 m/s^2 0.501 m/s^2 0.437 m/s^2

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 62: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

44 Resultados

Figura 4.11 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).

c) Embalagens

As monitorizações ao empilhador deste setor demonstraram padrões de valores muito

semelhantes entre si, levando à concordância de resultados. Assim foi selecionado um exemplo

para apresentar os resultados obtidos. No gráfico da Figura 4.12 e da

Figura 4.13 podemos observar a monitorização realizada no piso e no assento, respetivamente. É

possível afirmar à primeira vista que a aceleração sofreu uma atenuação até à zona do assento,

devido à gama de valores apresentados em cada gráfico.

Figura 4.12- Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso)

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 20 :46

14:18:00 14:20:00 14:22:00 14:24:00 14:26:00 14:28:00 14:30:00 14:32:00 14:34:00 14:36:00 Time

14:16:12

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:17:02 - 1.522 m/s^2 1.905 m/s^2 1.007 m/s^2

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 8

08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time

08:39:04

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.024 m/s^2

Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -

Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 45

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 4.13 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento).

Por forma a analisar com mais pormenor é apresentado um excerto no gráfico da Figura 4.14.

Desde o início da tarefa, às 8h44, até às 9h05 realizou a sua tarefa em piso liso. Observa-se em

alguns momentos que os valores no eixo dos x são superiores aos outros dois eixos. Este facto

representa as manobras com pequenos movimentos das paletes no camião, ou mesmo no

armazém.

Sempre que existe uma descarga desde o camião até ao armazém Nováqua, verifica-se uma

elevação momentânea da aceleração no eixo dos z. Estes valores superiores, ao que tudo indica,

correspondem à passagem do empilhador sobre a grelha que se encontra à entrada do armazém.

Das 9h00 até as 9h19 percorreu o empedrado, verificando-se valores no eixo dos z superiores

aos valores registados no eixo dos x e y.

Figura 4.14 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso).

d) Nováqua

É possível observar no gráfico da Figura 4.15 valores mais elevados no eixo dos z correspondem

aos momentos em que o trabalhador entra no setor da Nováqua, ou seja, quando não transporta

nenhuma carga. Na saída do setor existe uma grelha no chão que quebra um pouco o percurso de

piso liso entre o interior do setor e o exterior onde se encontra o camião. Quando o trabalhador

sai da Nováqua, este transporta carga no empilhador, sendo que tem um cuidado acrescido

quanto à estabilidade da carga, reduzindo a velocidade e abrandando na zona da grelha.

Logger r esults, aggregation degree = 8

08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time

08:39:04

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000 7.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.012 m/s^2 0.015 m/s^2 0.056 m/s^2

Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -

Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4 , Inter val = 51 :28

08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 Time

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 09:33:52 - 1.095 m/s^2 1.784 m/s^2 3.404 m/s^2

Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -

Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 64: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

46 Resultados

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

O momento inicial do transporte da carga no armazém e o próprio carregamento para o camião

são representados por valores mais baixos.

Figura 4.15 - Excerto da monitorização 4 no setor Nováqua (medição no assento).

No gráfico da Figura 4.16 é possível analisar uma parte específica da sua tarefa. Verifica-se que

nos momentos em que o trabalhador executa a tarefa relativa a arrumar paletes, ou manobras

com as paletes no camião, a aceleração é maior no eixo dos x. São exemplo deste fenómeno o

período das 8h27 até as 8h29, e das 8h35 as 8h37.

Figura 4.16 - Excerto da monitorização 2 no setor Nováqua (medição no piso).

e) Resíduos

Na primeira monitorização a tarefa apenas incluía o transporte de carga vazia, enquanto que na

segunda e terceira monitorização o transporte incluía carga com resíduos. Na primeira

monitorização os valores mais baixos registados, de acordo com a observação feita aquando da

medição, correspondem aos momentos em que o trabalhador desce uma rampa para carregar

carga vazia. Os valores mais elevados que se verificam através da análise do gráfico da Figura

4.17, correspondem aos momentos em que o trabalhador coloca a carga no camião.

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 20 :20

10:06:00 10:08:00 10:10:00 10:12:00 10:14:00 10:16:00 10:18:00 10:20:00 10:22:00 10:24:00 Time

10:20:46

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 22/06/2016 10:20:46 - 3.076 m/s^2 1.229 m/s^2 0.685 m/s^2

Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, Inter val = 13 :54

08:26:00 08:27:00 08:28:00 08:29:00 08:30:00 08:31:00 08:32:00 08:33:00 08:34:00 08:35:00 08:36:00 08:37:00 08:38:00 08:39:00Time

08:25:57

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 08:25:57 - 0.302 m/s^2 0.082 m/s^2 0.750 m/s^2

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 47

Figura 4.17 - Monitorização 1 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso).

Na segunda medição, o percurso incluiu idas ao parque de resíduos e à Nave Central, sendo que

o acesso ao parque de resíduos é feito através de uma rampa. Nas idas ao parque de resíduos

foram registados valores mais elevados, ou seja, sempre que o trabalhador entra ou sai do parque

de resíduos a aceleração é maior. Os resultados obtidos são apresentados no gráfico da

Figura 4.18. Este facto pode dever-se à presença da rampa a qual também não apresenta um piso

completamente liso. Observa-se que a partir das 9h15 o trabalhador teve a necessidade de se

deslocar desde a área de armazenamento de resíduos até à nave central, percorrendo o piso

empedrado e adotando uma velocidade moderada. Apesar da velocidade moderada os valores

registados no eixo dos z foram elevados.

Figura 4.18 - Monitorização 2 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso).

A terceira monitorização consistia na mesma tarefa que a segunda monitorização, contudo

apenas uma vez se deslocou à fábrica. Podem observar no gráfico da Figura 4.19 valores

repentinos mais elevados no eixo dos z.

Logger r esults, aggregation degree = 6

08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time

08:28:34

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.023 m/s^2 0.025 m/s^2 0.038 m/s^2

Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 5

08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time

08:30:37

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.036 m/s^2

Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

48 Resultados

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 4.19- Monitorização 3 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso)

No global das monitorizações perante a medição das vibrações no assento e no piso em

simultâneo, verifica-se a redução da aceleração no eixo dos z, ou seja, um amortecimento das

vibrações por parte do assento do empilhador.

f) Armazém de Matérias-primas: Megadur

Em todas as monitorizações no armazém de matérias-primas da Megadur focaram-se na

mesma tarefa de carga e descarga de camiões, com períodos de arrumação das paletes no

armazém. Foi selecionada a última monitorização como exemplo. É possível observar excertos

dos resultados obtidos no gráfico da Figura 4.20 e da

Figura 4.21. Desde a hora de início até quase às 14h40 o condutor executou manobras

com as paletes, organizando-as no armazém. Nesta situação os valores no eixo dos x são

superiores aos valores nos outros eixos, tal como se verificou já em situações anteriores noutros

setores. A partir das 14h50 o condutor inicia a tarefa de carregar paletes para o camião.

Figura 4.20 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

Os valores elevados no eixo dos z correspondem às entradas e saídas do armazém. Verificam-se

também valores de aceleração elevados no eixo dos x, sendo que em cada carga realizada o

Logger r esults, aggregation degree = 5

11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time

10:56:23

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.010 m/s^2 0.011 m/s^2 0.027 m/s^2

Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 5

14:20:00 14:30:00 14:40:00 14:50:00 15:00:00 15:10:00 15:20:00 15:30:00 Time

14:19:17

0.000 0.000

0.500 0.500

1.000 1.000

1.500 1.500

2.000 2.000

2.500 2.500

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 12/07/2016 14:19:17 - 0.001 m/s^2 0.002 m/s^2 0.005 m/s^2

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 49

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

condutor tinha de “ajeitar” a carga, podendo estes corresponderem a este facto, tal como já

verificado noutros casos.

Figura 4.21 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

4.3. Medidas Preventivas e Propostas de Melhoria

Algumas propostas de melhoria possíveis de serem implementadas podem ser enumeradas:

- Alterações físicas que se focam no empilhador ou no piso;

- Alterações não físicas que recaem sobre o comportamento do trabalhador ou sobre a forma de

trabalho estabelecida pela empresa.

Uma das melhorias possíveis seria adotar um horário de trabalho alternado, como o que vigora

no setor das embalagens, ou seja, definir, por exemplo, uma semana de trabalho com tarefas que

incluam o uso do empilhador, e outra semana de trabalho com tarefas que não incluam o uso do

empilhador. Assim, atribuído um período de descanso à tarefa com empilhador, seriam

diminuídas as horas de exposição às VCI por ano, tornando-se menos penoso para o trabalhador.

Uma outra alternativa seria ter um camião destinado à entrega de matérias-primas à fábrica, ou

seja, realizar a separação das matérias-primas e carregá-la para um camião CIN na zona do

AMP, e este faria o percurso até à Nave Central, onde o empilhador faria a descarga das m.p. e a

sua distribuição pelos diferentes setores. Desta forma, o trabalhador deixava de fazer o percurso

pelo empedrado desde o AMP até à fábrica inúmeras vezes, e apenas faria uma viagem.

Contudo, esta alternativa tem uma desvantagem, pois o camião teria de ocupar a faixa de

passagem para camiões durante um período de tempo de 1 a 2 horas. Esta alternativa é

semelhante ao que acontece no AMP da Megadur, em que o camião faz o transporte do armazém

até à fábrica, devido a uma obrigação legal, sendo que este percorre uma distância de poucos

metros.

Uma alternativa física seria a construção de um corredor desde o AMP até à fábrica, apenas com

cerca de 1 metro de largura, com o piso regular. Esta faixa percorreria uma zona central das

faixas de rodagem de modo a diminuir o seu dano pela passagem dos camiões.

Uma medida que deve ser implementada independentemente de todas as outras, é a limitação da

velocidade de circulação do empilhador. Apesar de este conseguir alcançar os 30km/h, e existir

um limite de 20 km/h dentro da CIN, deverá ser estabelecido um limite próprio para os

Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 38 :51

14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 15:25:00 Time

0.000 0.000

0.500 0.500

1.000 1.000

1.500 1.500

2.000 2.000

2.500 2.500

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 12/07/2016 15:28:28 - 0.0010 m/s^2 0.002 m/s^2 0.0010 m/s^2

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

50 Resultados

empilhadores, quer estes transportem carga ou não, por exemplo se fosse viável implementar um

limitador no próprio veículo.

.

Apesar das medidas sugeridas, e se for justificável, era vantajoso a aplicação de assentos com

suspensão de ar. Segundo Motmans R., quanto maior a velocidade, maior impacto terá o tipo de

suspensão na redução da vibração transmitida ao corpo, sendo a aplicação da suspensão de ar a

mais eficaz na redução da vibração ( Motmans R., 2012). Outra medida física seria a substituição

dos pneus maciços por pneus de ar (Verschoore, Pieters, & Pollet, 2003).

Deve ser incluído nas ações de formação/sensibilização o tema sobre a postura e o

comportamento na condução de empilhadores, incluindo a questão da velocidade adequada, e a

postura correta do tronco durante a condução, bem como a necessidade de evitar a torção do

tronco ou do pescoço.

Motmans R. comprova que para uma velocidade reduzida, e o mesmo tipo de piso, mas

suspensões distintas (ar e mecânica) os valores de vibração obtidos são iguais. Contudo, para

uma velocidade elevada, o mesmo tipo de piso, e suspensões distintas (ar e mecânica), os valores

obtidos são diferentes, comprovando assim a influência que a velocidade tem sobre os valores de

vibração. ( Motmans R., 2012)

Outra medida preventiva passa por fixar melhor as grelhas que estão colocadas no chão à saída

de cada setor, e reconstruir todos os pisos que se encontram danificados e que servem de acesso

ao empilhador.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 51

5. CONCLUSÕES

Através da análise dos resultados obtidos pelo inquérito nórdico é obtida uma maior percentagem

de prevalência de lesão musculosquelética para a região torácica e para a região lombar.

Relativamente à classificação da dor, a região lombar é classificada como dor insuportável por

60% dos trabalhadores e a região torácica é classificada também como dor insuportável por 50%

dos trabalhadores. Cerca de 36% dos trabalhadores inquiridos apresentam 2 a 5 anos de

exposição a vibrações e cerca de 29% apresentam uma exposição de 6 a 10 anos, sendo que os

restantes 29% têm mais de 20 anos de exposição a vibrações.

O facto de aproximadamente 70% dos trabalhadores não praticar nenhuma atividade física, nem

possuir nenhum hobbie com exigência de esforço físico, pode indicar que os sintomas de dor

registados, são fruto, na sua maioria, da exposição às vibrações no local de trabalho.

A partir de uma comparação dos valores obtidos nos três eixos, conclui-se que no ensaio

realizado no empilhador do setor das embalagens foram detetados valores mais elevados no eixo

dos z aquando da medição no piso do empilhador, e valores mais elevados no eixo dos x

aquando da medição no assento. Ou seja, tendo em conta que as medições nos dois locais do

empilhador foram realizadas em simultâneo, apesar do valor mais elevados que se sente no piso

do empilhador ser no eixo dos z, aquela que é mais sentida no condutor é a transmitida pelo eixo

dos x. Nas monitorizações realizadas nos outros empilhadores, os valores mais elevados

registam-se no eixo dos z, tanto nas medições efetuadas no piso como no assento. Esta diferença

pode justificar-se pelo facto de no setor das embalagens, a carga transportada pelo empilhador

ser mais leve, pois apenas transporta embalagens vazias. Uma diferença a ter em conta entre este

empilhador do setor das embalagens e os restantes é que o empilhador é elétrico, ao contrário de

todos os outros que são a diesel. Os valores da exposição a vibrações no setor do AMP com o

empilhador novo (ano 2016) são inferiores aos registados no empilhador antigo, tanto no piso

como no assento, contudo são ainda bastante elevados. No empilhador do setor Nováqua não se

verifica um padrão de valor máximo por eixo, tanto na medição obtida no piso como no assento.

Quanto ao parâmetro A(8), na tarefa desenvolvida no setor dos Resíduos verifica-se que os

valores obtidos para cada dia de medição são superiores ao VAE e ao VLE, tendo-se calculado o

valor médio que também é superior aos limites legais.

Quanto ao setor das Embalagens, a monitorização permitiu obter valores mais baixos

relativamente à tarefa anterior, no entanto para os três dias de medição os valores são superiores

ao VAE e inferiores VLE. O valor médio de A(8), representativo da tarefa em geral, é superior

ao VAE e inferior ao VLE.

A tarefa realizada no setor do Armazém das Matérias-primas com o empilhador antigo, apresenta

valores mais elevados, em que a aceleração eficaz ponderada regista valores na ordem dos 4 m.s-

2. Os valores da exposição diária são superiores aos limites legais, e a média da exposição é

consequentemente também superior, com um valor médio de A(8) de 3,13 m.s-2

.

No setor da Nováqua, responsável pelo carregamento de produto acabado para os camiões, os

valores apresentaram-se mais baixos, sendo que para os três dias de monitorização os valores são

inferiores ao VLE, contudo são ainda superiores ao VAE. O valor médio representativo da tarefa

é 0,87 m.s-2

sendo também inferior ao VLE mas superior ao VAE.

O posto de trabalho que apresenta um A(8) mais elevado é o AMP, quando avaliado o

empilhador antigo (A(8) = 3,13 m.s-2

). O caso do AMP com o empilhador novo apresenta

também um A(8) elevado. De salientar que quando comparada a tarefa no setor dos Resíduos e a

tarefa no setor do AMP, apesar de ambos percorreram o empedrado, obteve-se valores mais

baixos na tarefa do setor dos Resíduos. Este facto pode justificar-se pelas viagens mais curtas,

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

52 Conclusões

pelo facto de existirem mais paragens, bem como devido à menor velocidade atingida. Todos os

setores, à exceção do AMP, apresentam valores de A(8) inferiores a 2 m.s-2 , sendo o mais baixo

correspondente ao setor Nováqua.

Segundo a metodologia de classificação de risco da empresa, o setor dos Resíduos e o AMP

foram classificados com “risco inaceitável”, sendo que o setor Nováqua, Embalagens e o AMP

da Megadur, apresentam a classificação de risco como “importante”.

O parâmetro SEAT permite-nos concluir sobre o isolamento de cada assento. Observa-se que

todos apresentam capacidade de isolamento, embora alguns assentos apresentem melhor

desempenho quando comparados entre si. O assento do empilhador novo que pertence ao setor

do AMP é aquele que apresenta um melhor desempenho, ou seja, um melhor isolamento das

vibrações. Contudo, a seguir com melhor atenuação destaca-se o assento do empilhador antigo

do setor AMP O assento do empilhador da Nováqua é aquele que apresenta o pior desempenho,

isto é, o que permite menor isolamento das vibrações, facto curioso pois o empilhador da

Nováqua no que se refere a valores referentes à exposição do condutor apresenta os mais baixos

de todos os casos de exposição analisados.

Apesar dos valores do parâmetro SEAT serem inferiores a 100%, em contraste os valores de

A(8) são maioritariamente superiores aos limites legais, significando que existe isolamento por

parte do assento, contudo este não é suficiente. Este facto leva a querer que a caracterização das

vibrações não é suficiente apenas com a avaliação do parâmetro SEAT. Este parâmetro não

demonstra ser um bom preditor da exposição Apesar de no empilhador do setor Nováqua os

valores da exposição diária serem inferiores ao VLE, os valores relativos ao parâmetro SEAT

são muito próximo de 100%, podendo indicar que existe isolamento por parte do assento, mas

que este não é um bom isolamento. De notar também que o valor máximo dos três eixos não

apresenta nenhum padrão para o eixo dos z, e que o A(8) depende deste valor máximo, podemos

dizer que o SEAT e o A(8) não são possíveis de se comparar lado a lado, mas poderão

complementar uma análise dos posto de trabalho.

Através das monitorizações realizadas é possível observar que nas situações em que os valores

das acelerações de az são os mais elevados, são as situações em que o SEAT é mais baixo, ou

seja, há uma maior atenuação, como é o caso do empilhador antigo do setor do AMP. No caso do

registo de valores mais baixos no eixo do z, o SEAT é mais elevado, ou seja, há uma menor

atenuação das vibrações. Mais uma vez se coloca a hipótese de que o SEAT não permite uma

avaliação eficaz da exposição, pois o assento pode-se encontrar em perfeitas condições para

atenuar a vibração mas esta não ser suficiente perante as grandes amplitudes registadas. O SEAT

permite apenas avaliar o desempenho do assento enquanto proteção para o trabalhador, mas não

permite concluir sobre a exposição do trabalhador.

O Sed permite avaliar a probabilidade de efeitos negativos na saúde, através de valores diários de

exposição. A partir dos resultados obtidos é possível concluir que todos os condutores

apresentam alta probabilidade de desenvolver problemas de saúde. De salientar que, no caso do

setor das Embalagens, comparando o parâmetro Sed com o fator R, apesar de apresentar um valor

de Sed aproximado ao registado no setor dos Resíduos e ao AMP (empilhador antigo), o fator R é

mais baixo, justificando-se talvez pela alternância desta tarefa com outra sem empilhador por

parte do trabalhador avaliado. Este facto leva-nos a crer que diariamente esta alternância pode

não demonstrar vantagens evidentes, contudo ao longo dos anos será benéfico. Eckard Johanning

afirma que os períodos de descanso são condicionantes importantes na exposição (Johanning,

2011). Assim, visto que a produtividade da empresa não pode diminuir e por forma a não

abrandar o ritmo de trabalho, a opção mais correta seria a alternância/rotatividade de tarefas,

podendo assim ter períodos de descanso da tarefa com exposição a vibrações.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 53

Através da análise é possível verificar que para todos os casos existe uma elevada probabilidade

de desenvolverem efeitos negativos para a saúde. Os casos mais preocupantes correspondem ao

condutor do empilhador do setor dos Resíduos e o do setor AMP (empilhador antigo), pelo facto

de apresentarem os valores mais elevadores do parâmetro Sed.

O fator R permite também avaliar a probabilidade de efeitos negativos para a saúde, contudo este

parâmetro tem também em contra os anos de exposição a vibrações.

Os resultados obtidos para o fator R permitem concluir a provável existência de efeitos negativos

para a saúde em todos os trabalhadores, tendo sido obtidos valores muito superiores ao limite 1,2

a partir do qual é considerado “alta probabilidade de efeitos negativos para a saúde”. Existe a

exceção do trabalhador do setor da Nováqua, que apresenta baixa probabilidade, podendo esta

situação dever-se ao facto de os valores de exposição serem os mais baixos, e o condutor ser o

que apresenta menos anos de exposição a vibrações e menos experiência na condução de

empilhadores. Os valores mais elevados relativos a este fator recaí no condutor do setor dos

Resíduos, seguido do condutor do AMP com o empilhador antigo. O empilhador do setor dos

Resíduos é aquele que apresenta um fator R mais elevado. Curiosamente o condutor da Megadur,

com mais anos de exposição, apresenta um fator R inferior ao condutor do setor dos Resíduos,

que tem menos anos de exposição mas começou a exposição mais tarde que o condutor da

Megadur. Este facto pode revelar que o parâmetro b, idade do início de exposição, pode ter um

impacto maior que o parâmetro n, anos de exposição.

O parâmetro Sed é um parâmetro mais realista quando comparado com o SEAT, visto que este

apenas nos ajuda a perceber o que se passa no eixo dos z, não permitindo refletir sobre todas as

vibrações que são transmitidas ao corpo, ou seja, no eixo dos x e y, ao contrário do Sed, em cujo

cálculo intervêm todos os eixos.

Quanto à avaliação do conforto, a situação relativa ao setor AMP com o empilhador antigo

apresenta ser “extremamente desconfortável”, sendo que todos os outros casos foram avaliados

como “muito desconfortável”.

No caso de estudo do AMP com o empilhador antigo verificam-se valores mais elevados de z em

comparação com o eixo x e y. Os valores mais baixos, correspondem ao percurso do empilhador

transportando carga desde o armazém até à fábrica, em que os valores mais altos correspondem

ao percurso da volta, isto é, da fábrica até ao armazém, que é feita já sem carga, e onde a

velocidade adotada é mais elevada. A discrepância entre os valores nos três eixos não é tão

acentuada no assento devido à atenuação da aceleração no eixo dos z. Curiosamente observa-se

valores mais elevados no eixo dos y no assento em comparação com o piso.

No caso do AMP com empilhador novo observa-se valores de z mais elevados aquando da

comparação dos valores nos três eixos. É possível verificar a atenuação da aceleração no eixo

dos z dado que os valores medidos no assento são inferiores aos medidos no piso do empilhador.

É também possível observar neste caso o percurso de ida e volta, tal como no caso do

empilhador antigo, sendo as idas representadas por valores mais baixos e a volta por valores

mais elevados, sendo este facto visível nos três eixos. Observa-se novamente que os valores nos

eixos dos y sofrem uma amplificação quando medidos no assento.

No setor das Embalagens verifica-se momentos em que o valor do eixo do x é superior aos

outros eixos, correspondendo estes momentos às pequenas manobras com as paletes. Quando o

trabalhador percorreu o empedrado os valores no eixo do z foram sempre superiores ao eixo dos

x e y.

Na Nováqua foram registados valores mais baixos. Neste caso, verifica-se em alguns momentos

valores de x mais elevados que os valores de y e z, correspondendo a manobras com as paletes.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

54 Conclusões

Quanto ao setor dos Resíduos verificam-se valores mais elevados no eixo dos z, correspondendo

ao percurso no empedrado. Também é possível constatar valores mais elevados quando o

trabalhador entra no parque de Resíduos, devido à presença de uma rampa com piso irregular.

Apreciando os resultados obtidos de uma forma geral, relativamente ao setor do AMP os valores

podem justificar-se devido ao percurso que realizam desde o armazém até à zona de produção da

fábrica, visto tratar-se de um piso empedrado. Os valores registados no setor da Nováqua podem

justificar-se pela inexperiência do condutor e a sua postura cautelosa na condução do

empilhador. Nesta tarefa o trabalhador tinha a necessidade de percorrer o empedrado pelo menos

uma vez, sendo que foi observado que o fez a uma velocidade muito reduzida. O setor dos

Resíduos é também um posto de trabalho sobre o qual terá que recair especial atenção, visto que

o trabalhador durante praticamente todo o seu tempo de trabalho, executa tarefas com o

empilhador sobre piso empedrado. Estas tarefas, têm a vantagem de os percursos serem mais

pequenos ou de poucas deslocações de grande distância.

De entre os fatores que condicionam a exposição dos condutores às vibrações, o piso empedrado

é aquele que tem maior influência, possuindo também o parâmetro velocidade uma grande

importância. Este é um fator que depende do condutor, apesar de existir um limite estabelecido.

Um outro fator que se relevou importante foi a presença da grelha que existe à entrada dos

armazéns, que se torna numa espécie de obstáculo. Esta grelha encontra-se meia solta em todos

os locais onde está colocada, o que provoca uma perturbação no conforto do condutor aquando

da passagem sobre ela.

De entre as propostas de melhoria, existe a consciência de quais as que implicam um custo para a

sua execução, como sejam, por exemplo as medidas físicas, tais como a alteração dos pneus ou

do piso e aquelas que não apresentam um custo associado que são, por exemplo, a moderação da

velocidade e a alternância de tarefas. De notar que a implementação de um comboio logístico e

de um corredor entre o AMP e a fabrica começou a ser estudado pela empresa. O comboio

logístico irá diminuir as viagens entre os setores, e consequentemente as horas de exposição às

vibrações.

Um ponto a ter em conta é a especial atenção àqueles que, de alguma forma, apresentam

sintomas ou problemas que conjugados com a condução de empilhadores se tornem agravados.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 55

6. PERSPETIVAS FUTURAS

Como perspetivas futuras é proposta a realização da avaliação de exposição a vibrações também

no empilhador elétrico do AMP da CIN, no empilhador elétrico da Megadur e no empilhador

elétrico do Centro de Distribuição, por forma a verificar se estes casos cumprem os limites

legais, mesmo que percorrendo apenas o piso liso, bem como para ter presente mais casos para

comparação. É ainda sugerida a avaliação de diferentes trabalhadores na condução do mesmo

empilhador desempenhando a mesma tarefa.

Neste estudo poderia também ser incluídos testes, testando diferentes conjugações de

circunstâncias, como por exemplo, simular uma viagem entre a fábrica e o AMP, sem carga, e a

uma velocidade reduzida, ou testar diferentes posturas na condução.

Como complemento de cálculo é sugerida a determinação do tempo máximo de exposição às

vibrações de corpo inteiro, em cada tarefa, segundo as condições que cada uma exige, por forma

a cumprir os limites legais.

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 57

7. BIBLIOGRAFIA

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 59

ANEXOS

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Page 79: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 61

ANEXO I - Folha de Campo – monitorização de vibrações

CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Nome da empresa

CAE

Responsável

CARACTERIZAÇÃO DO OPERADOR

Trabalhador

Género

Peso

Altura

Categoria Profissional

Tempo na empresa

Tempo no Posto de Trabalho atual

Experiência na tarefa

Tempo de exposição a vibrações (anos)

Tempo médio diário da operação (h)

CARACTERIZAÇÃO DO VEÍCULO

Marca

Modelo

Nº de Série

Matrícula

Tipo de alimentação/combustível

Ano de fabrico

Ano ao serviço da empresa

Data da última manutenção

Estado de conservação veículo

Estado de conservação (assento)

Pressão dos pneus

Potência

CARACTERÍSTICAS DA MONITORIZAÇÃO DA MEDIÇÃO E DA TAREFA

Data

Equipamento de medição

Marca

Modelo

Programa

Localização do equipamento

Postura na condução

Peso da carga

Conteúdo da carga

Velocidade do veículo

Cronometragem (local, elevações, tipo de carga,

paragens e/ou período de descanso)

Hora Operação

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

62 Anexos

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 63

ANEXO II – Inquérito Nórdico

Page 82: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

64 Anexos

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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 65

ANEXO III – Gráficos referentes à monitorização das VCI

a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo

Figura 0.1- Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).

Figura 0.2 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).

Figura 0.3 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time

12:03:24

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

25.000 25.000

30.000 30.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.011 m/s^2 0.011 m/s^2 0.037 m/s^2

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time

12:03:24

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.012 m/s^2 0.011 m/s^2 0.122 m/s^2

Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:00:00 12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 Time

11:58:24

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

25.000 25.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 11:58:24 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.026 m/s^2

Overload (Ch3) 03/06/2016 12:07:33 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 03/06/2016 12:13:17 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 12:07:32 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 12:08:15 00:00:15.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 84: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

66 Anexos

Figura 0.4 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).

Figura 0.5 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).

Figura 0.6 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 4

12:00:00 12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 Time

11:58:24

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 11:58:24 - 0.013 m/s^2 0.022 m/s^2 0.075 m/s^2

Overload (Ch5) 03/06/2016 12:07:32 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 03/06/2016 12:13:17 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch3) 03/06/2016 12:07:33 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 12:08:15 00:00:15.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 6

14:10:00 14:20:00 14:30:00 14:40:00 14:50:00 15:00:00 15:10:00 15:20:00 15:30:00 Time

14:04:42

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 08/06/2016 14:04:42 - 3.420 m/s^2 3.432 m/s^2 1.881 m/s^2

Overload (Ch6) 08/06/2016 14:04:36 00:00:23.000 - - -

Overload (Ch3) 08/06/2016 15:22:11 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch5) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 6

14:10:00 14:20:00 14:30:00 14:40:00 14:50:00 15:00:00 15:10:00 15:20:00 15:30:00 Time

14:04:42

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 08/06/2016 14:04:42 - 0.610 m/s^2 0.630 m/s^2 0.817 m/s^2

Overload (Ch3) 08/06/2016 15:22:11 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch6) 08/06/2016 14:04:36 00:00:23.000 - - -

Overload (Ch5) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 85: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 67

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo

Figura 0.7 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).

Figura 0.8 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).

Figura 0.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 3

13:15:00 13:20:00 13:25:00 13:30:00 13:35:00 13:40:00 13:45:00 13:50:00 13:55:00 Time

13:14:59

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 13/06/2016 13:14:59 - 0.015 m/s^2 0.051 m/s^2 0.096 m/s^2

Overload (Ch6) 13/06/2016 13:35:48 00:00:02.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 3

13:15:00 13:20:00 13:25:00 13:30:00 13:35:00 13:40:00 13:45:00 13:50:00 13:55:00 Time

13:14:59

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 13/06/2016 13:14:59 - 0.145 m/s^2 0.204 m/s^2 0.833 m/s^2

Overload (Ch6) 13/06/2016 13:35:48 00:00:02.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time

14:04:06

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.012 m/s^2 0.010 m/s^2 0.024 m/s^2

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 86: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

68 Anexos

Figura 0.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).

Figura 0.11 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).

Figura 0.12 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 4

14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time

14:04:06

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.061 m/s^2

Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

15:15:00 15:20:00 15:25:00 15:30:00 15:35:00 15:40:00 15:45:00 15:50:00 15:55:00 16:00:00 Time

15:14:38

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

25.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 11/07/2016 15:14:38 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.045 m/s^2

Overload (Ch4) 11/07/2016 16:04:58 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch3) 11/07/2016 15:21:36 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 11/07/2016 15:20:11 00:00:09.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 4

15:15:00 15:20:00 15:25:00 15:30:00 15:35:00 15:40:00 15:45:00 15:50:00 15:55:00 16:00:00 Time

15:14:38

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 11/07/2016 15:14:38 - 0.170 m/s^2 0.141 m/s^2 1.003 m/s^2

Overload (Ch6) 11/07/2016 15:20:11 00:00:09.000 - - -

Overload (Ch4) 11/07/2016 16:04:58 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch3) 11/07/2016 15:21:36 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 87: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 69

c) Embalagens

Figura 0.13 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (piso).

Figura 0.14 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (assento).

Figura 0.15 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 7

08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 10:20:00 Time

08:39:39

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 08:39:39 - 0.013 m/s^2 0.017 m/s^2 0.034 m/s^2

Overload (Ch3) 02/06/2016 09:11:26 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch6) 02/06/2016 09:56:16 00:00:07.000 - - -

Overload (Ch5) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 7

08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 10:20:00 Time

08:39:39

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 02/06/2016 08:39:39 - 0.105 m/s^2 0.085 m/s^2 0.699 m/s^2

Overload (Ch6) 02/06/2016 09:56:16 00:00:07.000 - - -

Overload (Ch4) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch3) 02/06/2016 09:11:26 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch5) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 8

08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time

08:39:04

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.024 m/s^2

Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -

Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 88: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

70 Anexos

Figura 0.16 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento).

Figura 0.17 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (piso).

Figura 0.18 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 8

08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time

08:39:04

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000 7.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.012 m/s^2 0.015 m/s^2 0.056 m/s^2

Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -

Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -

Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 6

09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 Time

08:52:48

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 08/06/2016 08:52:48 - 0.029 m/s^2 0.027 m/s^2 0.024 m/s^2

Overload (Ch6) 08/06/2016 09:10:43 00:00:03.000 - - -

Overload (Ch4) 08/06/2016 09:10:43 00:00:02.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 6

09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 Time

08:52:48

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 08/06/2016 08:52:48 - 0.459 m/s^2 0.433 m/s^2 0.191 m/s^2

Overload (Ch4) 08/06/2016 09:10:43 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 08/06/2016 09:10:43 00:00:03.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 89: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 71

d) Nováqua

Figura 0.19 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (piso).

Figura 0.20 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (assento).

Figura 0.21 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 5

08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 Time

08:21:43

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 20/06/2016 08:21:43 - 0.013 m/s^2 0.011 m/s^2 0.024 m/s^2Logger r esults, aggregation degree = 5

08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 Time

08:21:43

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 20/06/2016 08:21:43 - 0.011 m/s^2 0.014 m/s^2 0.064 m/s^2Logger r esults, aggregation degree = 3

08:15:00 08:20:00 08:25:00 08:30:00 08:35:00 08:40:00 08:45:00 Time

08:11:53

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 08:11:53 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.023 m/s^2

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 90: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

72 Anexos

Figura 0.22 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (assento).

Figura 0.23 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (piso).

Figura 0.24 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 3

08:15:00 08:20:00 08:25:00 08:30:00 08:35:00 08:40:00 08:45:00 Time

08:11:53

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 21/06/2016 08:11:53 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.043 m/s^2

Logger r esults, aggregation degree = 6

08:20:00 08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 Time

08:16:48

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 22/06/2016 08:16:48 - 3.475 m/s^2 3.495 m/s^2 1.895 m/s^2

Overload (Ch4) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch5) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch6) 22/06/2016 08:16:42 00:00:06.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 6

08:20:00 08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 Time

08:16:48

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 22/06/2016 08:16:48 - 0.773 m/s^2 0.790 m/s^2 0.430 m/s^2

Overload (Ch5) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -

Overload (Ch6) 22/06/2016 08:16:42 00:00:06.000 - - -

Overload (Ch4) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 91: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 73

Figura 0.25 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (piso).

Figura 0.26 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 4

09:50:00 09:55:00 10:00:00 10:05:00 10:10:00 10:15:00 10:20:00 10:25:00 10:30:00 10:35:00 Time

09:49:58

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 22/06/2016 09:49:58 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.026 m/s^2

Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 4

09:50:00 09:55:00 10:00:00 10:05:00 10:10:00 10:15:00 10:20:00 10:25:00 10:30:00 10:35:00 Time

09:49:58

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 22/06/2016 09:49:58 - 0.011 m/s^2 0.012 m/s^2 0.078 m/s^2

Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 92: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

74 Anexos

e) Resíduos

Figura 0.27 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (piso).

Figura 0.28 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (assento.)

Figura 0.29 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 6

08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time

08:28:34

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.023 m/s^2 0.025 m/s^2 0.038 m/s^2

Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 6

08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time

08:28:34

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.109 m/s^2 0.101 m/s^2 0.539 m/s^2

Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 5

08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time

08:30:37

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

20.000 20.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.036 m/s^2

Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 93: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 75

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 0.30 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (assento).

Figura 0.31 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (piso).

Figura 0.32 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 5

08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time

08:30:37

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.062 m/s^2 0.117 m/s^2 0.415 m/s^2

Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 5

11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time

10:56:23

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.010 m/s^2 0.011 m/s^2 0.027 m/s^2

Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 5

11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time

10:56:23

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000 7.000

8.000 8.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.017 m/s^2 0.023 m/s^2 0.108 m/s^2

Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 94: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

76 Anexos

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

f) Armazém de Matérias-primas: Megadur

Figura 0.33 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).

Figura 0.34 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

Figura 0.35 - Monitorização 2 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 33 :11

14:44:00 14:48:00 14:52:00 14:56:00 15:00:00 15:04:00 15:08:00 15:12:00 Time

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 24/05/2016 15:15:47 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.035 m/s^2

Overload (Ch3) 24/05/2016 14:47:37 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch4) 24/05/2016 14:47:30 00:00:01.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 33 :35

14:44:00 14:48:00 14:52:00 14:56:00 15:00:00 15:04:00 15:08:00 15:12:00 Time

0.000 0.000

5.000 5.000

10.000 10.000

15.000 15.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 24/05/2016 15:15:47 - 0.009 m/s^2 0.013 m/s^2 0.024 m/s^2

Inside blocks 24/05/2016 14:42:12 00:00:06.000 0.011 m/s^2 0.012 m/s^2 0.024 m/s^2

Outside blocks 24/05/2016 14:34:00 00:41:41.000 1.873 m/s^2 1.351 m/s^2 3.228 m/s^2

Overload (Ch3) 24/05/2016 14:47:37 00:00:02.000 - - -

Overload (Ch4) 24/05/2016 14:47:30 00:00:01.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 19 :11

15:20:00 15:22:00 15:24:00 15:26:00 15:28:00 15:30:00 15:32:00 15:34:00 15:36:00 Time

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 24/05/2016 15:38:03 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.038 m/s^2

Overload (Ch1) 24/05/2016 15:32:17 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch5) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Page 95: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Botelho, Catarina 77

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 0.36 - Monitorização2 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

Figura 0.37 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).

Figura 0.38 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 18 :29

15:20:00 15:22:00 15:24:00 15:26:00 15:28:00 15:30:00 15:32:00 15:34:00 15:36:00 Time

15:21:20

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000 7.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 24/05/2016 15:21:20 - 1.156 m/s^2 0.422 m/s^2 0.810 m/s^2

Overload (Ch5) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch4) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -

Overload (Ch1) 24/05/2016 15:32:17 00:00:01.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 9

09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00 10:45:00 11:00:00 11:15:00 11:30:00 11:45:00 Time

09:40:35

0.000 0.000

1.000 1.000

2.000 2.000

3.000 3.000

4.000 4.000

5.000 5.000

6.000 6.000

7.000 7.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 28/06/2016 09:40:35 - 0.013 m/s^2 0.013 m/s^2 0.098 m/s^2

Overload (Ch6) 28/06/2016 10:38:05 00:00:02.000 - - -

Logger r esults, aggregation degree = 9

09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00 10:45:00 11:00:00 11:15:00 11:30:00 11:45:00 Time

09:40:35

0.000 0.000

2.000 2.000

4.000 4.000

6.000 6.000

8.000 8.000

10.000 10.000

12.000 12.000

14.000 14.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 28/06/2016 09:40:35 - 0.022 m/s^2 0.024 m/s^2 0.027 m/s^2

Overload (Ch6) 28/06/2016 10:38:05 00:00:02.000 - - -

Page 96: Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 · Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN

78 Anexos

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

eixo dos x eixo dos y eixo dos z

Figura 0.39 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).

Figura 0.40 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).

Logger r esults, aggregation degree = 4 , Inter val = 01 :03 :16

14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 15:25:00Time

0.000 0.000

0.500 0.500

1.000 1.000

1.500 1.500

2.000 2.000

2.500 2.500

3.000 3.000

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 12/07/2016 15:28:28 - 0.002 m/s^2 0.002 m/s^2 0.001 m/s^2

Logger r esults, aggregation degree = 5 , Inter val = 01 :09 :16

14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 Time

14:28:07

0.000 0.000

0.200 0.200

0.400 0.400

0.600 0.600

0.800 0.800

1.000 1.000

1.200 1.200

1.400 1.400

1.600 1.600

m

s2

Accele

ration

Accele

ration

m

s2

Start Duration aw aw aw

Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)

Main cursor 12/07/2016 14:28:07 - 0.557 m/s^2 0.219 m/s^2 0.205 m/s^2


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