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CRISTO NO do Pacto, é a Porção de todo o crente! Por isso, devemos entender Jesus Cristo em...

Date post: 15-May-2018
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Transcript

CRISTO NO

PACTO ETERNO

C. H. SPURGEON

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

Christ In The Everlasting Covenant— Sermon Nº 103

The New Park Street Pulpit — Volume 2

By C. H. Spurgeon

Via SpurgeonGems.org

Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Março de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de

Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Cristo No Pacto Eterno (Sermão Nº 103)

Pregado na manhã de Sabath, 18 de julho de 1856.

Por C. H. Spurgeon, em New Park Street Chapel, Southwark.

“Te darei por aliança do povo.” (Isaías 49:8)

Todos nós acreditamos que nosso Salvador tem uma forte relação com ao Pacto Eterno.

Temos nos acostumados a considerá-lO como o Mediador do Pacto, como o Fiador do

Pacto e como o Escopo ou Substância do Pacto. Nós O consideramos como o Mediador

do Pacto, pois estamos certos de que Deus não poderia fazer nenhum Pacto com o homem,

a menos que houvesse um Mediador — um árbitro que ficaria entre os dois. E nós temos

saudado a Ele como o Mediador, que com misericórdia em Suas mãos, desceu para contar

ao homem pecador as novas daquela Divina graça que fora prometida no eterno conselho

do Altíssimo. Nós também amamos o nosso Salvador como o Fiador do Pacto, o qual, em

nosso nome, Se comprometeu a pagar as nossas dívidas, e em nome do Pai, comprome-

teu-Se, também, a ver que todas as nossas almas estarão seguras e salvas, e, finalmente,

apresentadas irrepreensíveis e perfeitas diante dEle. E, não duvidem, temos também nos

alegrado com a ideia de que Cristo é a soma e a substância do Pacto. Nós acreditamos

que, se somássemos todas as bênçãos espirituais, deveríamos dizer: “Cristo é tudo”. Ele é

o Tema, Ele é a Substância da mesma. E, apesar de que muito pode ser dito sobre as gló-

rias do Pacto, ainda assim, nada poderia ser dito que não fosse encontrado em uma pala-

vra: “Cristo”. Mas hoje pela manhã, me debruçarei sobre Cristo, não como o Mediador, nem

como o Fiador, nem como o Escopo do Pacto, mas como um grande e glorioso Artigo do

Pacto que Deus concedeu aos Seus filhos! É nossa firme convicção que Cristo é nosso e

é dado a nós por Deus. Nós sabemos que “Ele voluntariamente se entregou por todos nós”,

e nós, portanto, cremos que Ele nos dará “também com ele todas as coisas” [Romanos

8:32]. Podemos dizer como a esposa: “O meu amado é meu” [Cânticos 6:3]. Nós sentimos

que temos uma posse pessoal em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E eu, portanto,

nos conduzirei a nos deleitarmos por um momento, nesta manhã, da forma mais simples

possível, sem a guarnição da eloquência ou a pompa da oratória, apenas meditar sobre

este grande pensamento, a saber, que Jesus Cristo no Pacto é a Porção de cada crente.

Primeiramente, examinemos essa posse. Em segundo lugar, observaremos a finalidade pa-

ra que isso foi transmitido a nós. E em terceiro lugar, ofereceremos um preceito que pode

muito bem ser afixado sobre uma tão grande bênção como esta pois e é, de fato, uma infe-

rência a partir da mesma.

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I. Em primeiro lugar, então, aqui há uma GRANDIOSA POSSESSÃO: Jesus Cristo, por me-

io do Pacto, é a Porção de todo o crente! Por isso, devemos entender Jesus Cristo em mui-

tos sentidos diferentes. Vamos começar, em primeiro lugar, ao declarar que Jesus Cristo é

nosso, em todos os Seus atributos. Ele tem um conjunto duplo de atributos, uma vez que

existem duas naturezas reunidas na gloriosa união em uma Pessoa. Ele tem os atributos

do próprio Deus e Ele tem os atributos de Homem perfeito. Quaisquer que estes possam

ser, eles são, cada um deles, a propriedade perpétua de cada crente filho de Deus! Não

preciso me debruçar sobre os Seus atributos como Deus — todos vocês conhecem quão

Infinito é Seu Amor, quão vasta a Sua Graça, quão firme a Sua Fidelidade, quão Inabalável

a Sua Veracidade. Vocês sabem que Ele é Onisciente. Vocês sabem que Ele é Onipre-

sente. Vocês sabem que Ele é Onipotente e isso consolará vocês se apenas pensarem que

estes grandiosos e gloriosos atributos que pertencem a Deus são todos seus! Ele tem

poder? Esse poder é de vocês — vosso para consolá-los e fortalecê-los — vosso para ven-

cerem os seus inimigos, vosso para guarda-los imutavelmente seguros! Ele ama? Bem,

não há uma partícula de Seu amor em Seu grandioso coração, que não seja vosso. Todo

o Seu amor pertence a vocês! Vocês podem mergulhar no imenso oceano, sem fundo de

Seu amor e vocês podem dizer de tudo isso: “É meu”. Ele tem Justiça? Esta pode parecer

um atributo severo. Mas mesmo este é vosso, pois Ele, por Sua Justiça, velará por isso, de

forma que tudo o que é vinculado a vocês pelo juramento e a promessa de Deus certamente

será garantido a vocês. Mencionem o que quiserem, que seja uma característica de Cristo

como o sempre glorioso Filho de Deus e, ó fiéis, vocês podem colocar a vossa mão sobre

isso e dizer: “É meu!” Seus braços, ó Jesus, sobre os quais os pilares da terra se penduram,

são meus! Aqueles olhos, ó Jesus, que perfuraram a espessa escuridão e contemplaram o

futuro — Seus olhos são meus a olhar para mim com amor! Aqueles lábios, ó Cristo, que

às vezes falam mais alto do que dez mil trovões, ou sussurram sílabas mais doces do que

a música das harpas dos glorificados; aqueles lábios são meus! E aquele grandioso coração

que bate alto com tanto amor altruísta, puro e imutável; aquele coração é meu! Tudo de

Cristo, em toda a Sua gloriosa natureza como o Filho de Deus, como Deus sobre todos,

bendito para sempre, é vosso, positivamente, realmente, sem metáfora, em verdade, vosso!

Considerem-nO como Homem, também. Tudo o que Ele tem como Homem perfeito é de

vossa. Como um homem perfeito Ele permaneceu diante de Seu Pai, “cheio de graça e ver-

dade”, cheio de favor e aceito por Deus como um Ser perfeito. Ah! crente, a aceitação de

Cristo por Deus é a sua aceitação! Vocês não sabem que o amor que o Pai pôs sobre um

Cristo perfeito, Ele agora repousa sobre vocês? Pois tudo o que Cristo fez é vosso. Aquela

justiça perfeita, que Jesus operou, quando através de Sua vida incorruptível Ele guardou a

Lei e a fez honrosa, é vossa. Não há virtude que Cristo já teve, que não seja vossa! Não há

um ato sagrado que Ele já fez que não seja vosso! Não há uma oração que Ele já elevou

ao Céu que não seja vossa! Não há um pensamento solitário em direção a Deus, que fora

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Seu dever pensar e que Ele pensou como homem servindo ao Seu Deus, que não seja

vosso! Toda a Sua justiça, em sua vasta extensão e em toda a perfeição de Seu caráter, é

imputada a você! Vocês podem pensar no que vocês têm obtido na palavra “Cristo”? Venha,

crente, considere esta palavra, “Deus”, e pense em quão poderosa é. E então medite sobre

essa palavra, “Homem perfeito”, por tudo isso o Homem-Deus, Cristo, e o glorioso Deus-

Homem, Cristo, sempre teve, ou sempre terá como a característica de cada uma de Suas

naturezas — tudo isso é seu! Tudo pertence a você — isso é dado por puro livre favor, tudo

isso está além do medo de revogação, passou para você para ser sua possessão real, e

isso para sempre!

1. Assim, considere, crente, que não somente Cristo é seu em todos os Seus atributos, mas

Ele é seu em todos os Seus ofícios. Grandes e gloriosos são esses ofícios. Temos pouco

tempo para mencionar todos eles. Ele é um Profeta? Então, Ele é o seu Profeta. Ele é um

Sacerdote? Então, Ele é o seu Sacerdote. Ele é um Rei? Então, Ele é o seu Rei. Ele é um

Redentor? Então, Ele é o seu Redentor. Ele é um Advogado? Então, Ele é o seu Advogado.

Ele é um Precursor? Então ele é o seu Precursor. Ele é um Fiador do Pacto? Então, Ele é o

seu Fiador. Em cada nome que Ele carrega, em cada coroa que Ele usa, em cada vestimen-

ta na qual Ele está vestido, Ele é do próprio crente! Ó filho de Deus, se você tivesse graça

para unir este pensamento à sua alma, isso o confortaria maravilhosamente, a saber, o fato

de pensar que em tudo o que Cristo é em ofício, Ele é mui seguramente seu! Você O vê ali,

intercedendo diante de Seu Pai, com os braços estendidos? Você observa a Sua estola

sacerdotal, Sua lâmina de ouro em Sua testa, com a inscrição “Santidade ao Senhor”?

[Êxodo 39:30]. Você O vê enquanto Ele levanta as Suas mãos para orar? Você não ouve

aquela intercessão maravilhosa tal como o homem nunca orou na terra? Aquela intercessão

autorizada, como Ele próprio fez em meio às agonias do Jardim? Pois:

“Com suspiros e gemidos, Ele se ofereceu

Sob Sua própria humildade

Mas, Ele intercede com autoridade

Agora, entronizado em glória.”

Você vê como Ele pede e como Ele logo recebe enquanto a Sua petição é feita? E você

pode ousar crer que aquela intercessão é toda sua, que em Seu peito está escrito o seu

nome? Que em Seu coração o seu nome está gravado em marcas de indelével graça e que

toda a majestade desta maravilhosa, desta transcendente intercessão é propriamente sua

própria, e seria toda gasta por você, se você requeresse isso? Ele não tem qualquer autori-

dade junto ao Seu Pai que Ele não usará em seu nome se você precisar disso! Ele não tem

poder para interceder que Ele empregaria por você em todos os momentos de necessidade!

Vinde, pois, as palavras não podem expressar, apenas as suas meditações podem te en-

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sinar sobre isso. É somente Deus, o Espírito Santo, quando traz a verdade para o interior

que pode encaixar este encantador, este arrebatador pensamento em sua apropriada posi-

ção em seu coração, isto é, que Cristo é seu em tudo o que Ele é e tem! Você O vê na ter-

ra? Ali está Ele, o Sacerdote que oferece o Seu sacrifício sangrento! Contemplem-nO na

cruz, Suas mãos estão perfuradas, Seus pés estão jorrando sangue? Oh! você vê aquele

semblante pálido e Seus olhos lânguidos fluindo com compaixão? Você observa aquela co-

roa de espinhos? Você contempla aquele mais poderoso dos sacrifícios, a soma e a subs-

tância de todos eles? Crente, isto é seu! Aquelas preciosas gotas defendem e reivindicam

a sua paz com Deus! Aquele lado aberto é o seu refúgio. Aquelas mãos perfuradas são a

sua redenção, aquele gemido Ele geme por você, aquele brado de um coração abandonado

Ele profere por você. Aquela morte Ele morre por você. Venha, eu te suplico, considere

Cristo em qualquer um dos Seus vários ofícios. Mas quando você O considerar, lance mão

desse pensamento: em todas estas coisas, Ele é o seu Cristo, dado a você para ser um

artigo no Pacto Eterno, sua porção para sempre!

2. Em seguida, observem: Cristo é do Crente em cada uma de Suas obras. Se elas são o-

bras de sofrimento ou de dever, elas são propriedade do crente. Como uma criança, ele foi

circuncidado e é meu este rito sangrento? Sim: “Circuncisão de Cristo” [Colossenses 2:11].

Como um crente Ele é batizado, e é meu este sinal pela água do Batismo? Sim: “Sepultados

com Cristo pelo batismo na morte” [Romanos 6:4]. Eu compartilho do batismo de Jesus

quando eu repouso sepultado com o meu melhor Amigo no mesmo túmulo em água. Veja

ali, Ele morre e esta é a Sua principal obra, mas Sua morte é minha? Sim, eu morri com

Cristo! Ele é sepultado e é meu este sepultamento? Sim, eu estou sepultado com Cristo.

Ele ressuscita. Observem-nO assustando os seus guardas e erguendo-Se do túmulo! E é

minha esta Ressurreição? Sim, estamos “ressuscitados juntamente com Cristo” [Colossen-

ses 3:1]. Observem novamente, Ele ascende ao alto e conduz cativo o cativeiro. Esta As-

censão é minha? Sim, pois Ele “nos ressuscitou juntamente” [Efésios 2:6]. E olhem, Ele se

assenta no Trono de Seu Pai, é minha esta ação? Sim, Ele nos fez “assentar nos lugares

celestiais” [Efésios 2:6]. Tudo o que Ele fez é nosso! Por decreto Divino houve uma tal união

entre Cristo e Seu povo que tudo o que Cristo fez, o Seu povo fez, e tudo o que Cristo reali-

zou, Seu povo realiza nEle, pois eles estavam em Seus lombos quando Ele desceu ao tú-

mulo e em Seus lombos eles ascenderam ao alto! Com Ele, eles entraram na bem-aven-

turança e com Ele assentam-se nos lugares celestiais. Representados por Ele, seu Cabeça,

todo o Seu povo, até agora, é glorificado nEle, mesmo nEle que é o Cabeça sobre todas as

coisas por Sua Igreja! Em todas as obras de Cristo, quer na Sua humilhação ou na Sua

exaltação, lembre-se, ó crente, você tem uma participação no Pacto e todas aquelas coisas

são suas!

3. Gostaria de, por um momento, indicar um doce pensamento, que é este: Vocês sabem

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que na Pessoa de Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” [Colossenses

2:9]. Ah, crente: “E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça” [Jo-

ão 1:16]. Toda a plenitude de Cristo, e você sabe o que é isso? Você entende essa frase?

Eu garanto a você, você não conhece isso e não conhecerá por enquanto. Mas toda esta

plenitude de Cristo, a abundância do que você pode imaginar de pelo seu próprio vazio,

toda esta plenitude é sua para suprir as suas múltiplas necessidades! Toda esta plenitude

de Cristo para manter você, para guardá-lo e preservá-lo. Toda esta plenitude de poder, de

amor, de pureza, que é armazenada na pessoa do Senhor Jesus Cristo, é sua! Entesoure

este pensamento, para que assim, o seu vazio nunca seja uma causa de receio. Como você

pode se perder quando você tem toda a Plenitude para a qual recorrer?

4. Mas eu venho com algo mais doce que isso, a própria vida de Cristo é propriamente do

crente. Ah, este é um pensamento no qual eu não posso mergulhar e eu sinto que eu tenho

excedido a mim mesmo em apenas mencioná-lo. A vida de Cristo é a porção de todo crente.

Você pode conceber o que a vida de Cristo é? “Claro”, você diz, “Ele a derramou na cruz”.

Ele o fez e isso foi a Sua vida que Ele deu por você, então. Mas Ele tomou essa vida nova-

mente, mesmo a vida de Seu corpo foi restaurada e a vida de Sua grande e gloriosa Divin-

dade nunca sofreu qualquer alteração, mesmo naquele momento! Mas agora você sabe

que Ele tem a imortalidade: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade” [1 Timóteo 6:16]. Você

pode conceber que tipo de vida é a que Cristo possui? Ele nunca pode morrer? Não, mais

cedo as harpas do Céu podem ser paradas e o coro dos redimidos cessar para sempre!

Mais cedo os muros gloriosos do Paraíso podem ser abalados e os seus fundamentos re-

movidos do que o Cristo, o Filho de Deus, possa alguma vez morrer. Imortal como o Seu

Pai, Ele agora se assenta, o Grande Eterno. Cristão, esta vida de Cristo é sua! Ouça o que

Ele diz: “Porque eu vivo, e vós vivereis” [João 14:19]. “Porque já estais mortos”, e a vossa

vida onde está? “Está escondida com Cristo em Deus” [Colossenses 3:3]. O mesmo golpe

que nos fere à morte, espiritualmente, deve matar Cristo, também! A mesma espada que

ameace tirar a vida espiritual de um homem regenerado terá tirar a vida do Redentor tam-

bém! Elas estão unidas juntamente, elas não são duas vidas, mas uma. Somos apenas os

raios do grande Sol da Justiça, nosso Redentor, e estes raios devem retornar para o Grande

Astro novamente. Se somos, de fato, verdadeiros herdeiros do Céu, não podemos morrer

até que Aquele, de Quem obtemos a nossa ascensão, também morra. Nós somos o rio que

não pode parar até que a fonte esteja seca! Nós somos os raios que não podem cessar até

que o Sol também deixe de brilhar. Nós somos os ramos e nós não podemos murchar até

que o Tronco, em si, morra! “Porque eu vivo, e vós vivereis”. A própria vida de Cristo é a

porção de cada um de Seus irmãos e irmãs!

5. E o melhor de tudo, a pessoa de Jesus Cristo é a porção do Cristão. Estou convencido,

amados, de que nós pensamos muito mais sobre os dons de Deus do que sobre Deus. Pre-

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gamos muito mais sobre a influência do Espírito Santo, do que sobre o Espírito Santo. E eu

também estou certo de que falamos muito mais sobre os ofícios, obras e atributos de Cristo

do que sobre a pessoa de Cristo! Por isso é que existem poucos de nós que frequentemente

conseguem compreender as figuras que são usadas no Cântico de Salomão, em relação à

pessoa de Cristo, porque nós raramente buscamos vê-lO ou desejamos conhecê-lO. Mas,

ó crente, às vezes você tem sido capaz de contemplar o seu Senhor. Você não viu Aquele

que “é branco e rosado, o primeiro entre dez mil e totalmente desejável”? [Cânticos 5:10,

16]. Às vezes, você não tem ficado perdido em deleite quando você vê os Seus pés, que

são como ouro finíssimo, como se tivessem sido refinados numa fornalha? Você não O con-

templou em dupla característica, o branco e o vermelho, o lírio e a rosa, Deus, ainda assim

Homem, morrendo, ainda assim vivendo, o perfeito e ainda tendo carregando sobre Ele um

corpo de morte? Alguma vez você já viu o Senhor com os sinais dos cravos em Suas mãos

e ainda a marca em Seu lado? E você já foi arrebatado por Seu sorriso amoroso e sentiu-

se encantado com a Sua voz? Você já teve visitações amorosas dEle? Ele já colocou Seu

estandarte sobre você? Alguma vez você já andou com Ele pelas aldeias e jardim? Alguma

vez você já se sentou sob a Sua sombra? Você já provou alguma vez a doçura do Seu fruto

em seu paladar? Sim, você o fez. Sua pessoa, então, é sua! A esposa ama o marido. Ela

ama a sua casa e sua propriedade. Ela o ama por tudo o que ele lhe concede, por toda a

generosidade que ele fornece e todo amor que ele concede. Mas a sua pessoa é o objeto

de sua afeição. Assim, com o crente, ele bendiz a Cristo por tudo que Ele faz e por tudo o

que Ele é. Mas ó, é Cristo que é tudo! Ele não se importa tanto com Seu ofício, quanto ele

se importa sobre o Homem Cristo.

Veja o filho no colo de seu pai, o pai é um professor Universitário. Ele é um grande homem

com muitos títulos e, talvez, o filho conheça que estes são títulos honoríficos e o estima por

eles. Mas, ele não se importa tanto quanto ao professor e sua dignidade, quanto sobre a

pessoa de seu pai! Não é o capelo, ou a toga que a criança ama. Sim, e se é uma criança

amorosa, não será tanto a refeição que o pai provê, ou a casa na qual mora, quanto o pai

que ela ama. É a sua querida pessoa que se tornou o objeto da verdadeira e saudável a-

feição. Tenho certeza de que é assim com você, se você conhece o seu Salvador. Você a-

ma Suas misericórdias, você ama Seus ofícios, você ama Seus feitos, mas, ó, você ama

mais a Sua pessoa! Reflita, então, que a pessoa de Cristo é comunicada a você no Pacto:

“Te darei por aliança do povo”.

II. Agora chegamos ao segundo ponto: PARA QUE PROPÓSITO DEUS COLOCOU CRISTO

NA ALIANÇA?

1. Bem, em primeiro lugar, Cristo está no Pacto, a fim de consolar todos os pecadores que

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vem a Ele. “Oh!”, diz o pecador que vem a Deus, “eu não posso lançar mão de uma grande

Aliança, como essa! Eu não posso acreditar que o Céu é concedido a mim. Eu não posso

conceber que aquele manto de justiça e todas estas coisas maravilhosas podem ser desti-

nados para tal miserável como eu sou”. Aí vem o pensamento de que Cristo está no Pacto.

Pecador, você pode lançar mão de Cristo? Você pode dizer:

“Nada em minhas mãos eu trago,

Simplesmente à Tua cruz me agarro”?

Bem, se você pode fazer aquilo, isso foi colocado com o propósito de que você segure fir-

me! Por meio da Aliança de Deus, todas as misericórdias prosseguem juntas, e se você se

agarrou a Cristo, você ganhou todas as bênçãos do Pacto! Essa é uma razão do por que

Cristo é colocado ali. Se Cristo não estivesse ali, o miserável pecador diria: “Eu não ouso

lançar mão desta misericórdia. É uma misericórdia celestial e Divina, mas eu não me atrevo

a agarrá-la. É muito boa para mim. Eu não posso recebê-la, isto estremece a minha fé”.

Mas ele vê Cristo, com toda a Sua grande expiação no Pacto — e Cristo olha tão amavel-

mente para ele e abre tão largamente os braços, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais

cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28), que o pecador vem e lança seus

braços em torno de Cristo. E então Cristo sussurra: “Pecador, ao segurar-Me, você segura

tudo”. “Ora, Senhor, eu não me atrevo a pensar que eu poderia ter as outras misericórdias.

Atrevo-me a confiar em Ti, mas eu não me atrevo a segurar as demais”. “Ah, Pecador”, diz

o nosso Mestre, “mas ao segurar a Mim, você se segura a tudo, pois as misericórdias do

Pacto são como elos da cadeia”. Este único elo é um elo atrativo. O pecador se apodera

disso, Deus propositalmente o coloca ali para atrair o pecador a vir e receber as miseri-

córdias do Pacto! Pois, quando ele uma vez segurou a Cristo — aqui está o consolo — ele

tem tudo o que o Pacto pode conceder!

2. Cristo também é posto para confirmar o santo duvidoso. Às vezes, ele não consegue ler

a sua participação no Pacto. Ele não consegue ver a sua porção entre os que são santifica-

dos. Ele tem medo de que Deus não seja o seu Deus, que o Espírito não tenha operações

em sua alma. Mas então:

“Em meio às tentações, agudas e fortes,

Sua alma a esse querido refúgio voa!

A esperança é sua âncora, firme e forte,

Quando as tempestades sopram e as ondas elevam-se.”

Assim, ele se apodera de Cristo e se não fosse por isso, mesmo o crente não ousaria de

modo algum. Ele não lançaria mão de qualquer outra misericórdia, senão aquela em que

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Cristo é vinculado. “Ah”, ele diz, “eu sei que sou um pecador e Cristo veio para salvar os

pecadores”. Assim, ele se apega a Cristo. “Eu posso segurar firmemente aqui”, diz ele, “as

minhas sombrias mãos não contaminarão a Cristo, minha imundícia não O tornará impuro”.

Assim, o santo apega-se fortemente a Cristo, tão fortemente como se fosse um homem

prestes a afogar-se! E depois? Ora, ele tem todas as misericórdias do Pacto em suas mãos!

É a sabedoria de Deus que Ele inseriu Cristo, de modo que um miserável pecador, que

porventura tenha medo de lançar mão de outro, conhecendo a natureza da graça de Cristo,

não tem medo de apegar-se a Ele e aí ele agarra inteiramente.

3. Novamente, era necessário que Cristo estivesse no Pacto, porque há muitas coisas ali

que seriam como nada sem Ele. Nossa grande redenção está no Pacto, mas não temos re-

denção, exceto através de Seu sangue. É verdade que a minha justiça está no Pacto, mas

eu não posso ter justiça à parte da que Cristo operou e que é imputada a mim por Deus. É

bem verdade que a minha perfeição eterna está no Pacto, mas os Eleitos são perfeitos

somente em Cristo. Eles não são perfeitos em si mesmos, nem jamais serão até que te-

nham sido lavados, santificados e aperfeiçoados pelo Espírito Santo. E, mesmo no Céu sua

perfeição consiste não tanto em sua santificação, quanto em sua justificação em Cristo:

“Sua beleza é a sua gloriosa veste,

Jesus, o Senhor, a sua justiça.”

Na verdade, se você retira Cristo do Pacto, você faz justamente o mesmo como se você

quebrasse a sequência de um colar, todas as joias, ou pérolas, ou corais, caem e separam-

se uns dos outros! Cristo é a cadeia de ouro no qual as misericórdias do Pacto estão vincu-

ladas e quando você O segura, você obtém todo o colar de pérolas. Mas se Cristo é retirado,

é verdade, haverá as pérolas, mas nós não podemos usá-las, não conseguimos alcançá-

las, eles se separam a pobre fé não pode saber como obtê-las. Oh, é uma misericórdia mui-

tíssimo valiosa, o fato de que Cristo esteja no Pacto!

4. Mas, observem mais uma vez, como eu lhes disse quando preguei a respeito de Deus

no Pacto, Cristo está no Pacto para ser desfrutado. Deus nunca concede aos Seus filhos

uma promessa que Ele não pretende que eles utilizem. Há algumas promessas na Bíblia

as quais eu ainda nunca utilizei, mas eu estou bem certo de que haverá momentos de pro-

vação e dificuldade, quando eu encontrarei aquela improdutiva e desprezada promessa,

que eu pensei que nunca fora feita para mim, sendo somente a única na qual eu possa vir

a flutuar! Eu sei que está chegando a hora em que cada crente conhecerá o valor de cada

promessa no Pacto. Deus não nos deu qualquer parte de uma herança em que Ele não

intencione que lavremos! Cristo nos foi concedido para ser útil. Crente, use-O! Digo-vos

mais uma vez, como eu disse anteriormente, que vocês não utilizam a Cristo como deveri-

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am. Ora, irmãos e irmãs, quando vocês estão em apuros, por que vocês não vão e contam

a Ele? Ele não tem um coração empático e Ele não consegue consolá-los e aliviá-los? Não,

vocês estão vagueando por todos os seus amigos, exceto indo ao seu melhor Amigo, e

contando o seu relato em todo lugar, exceto no seio do seu Senhor. Ah, usem-nO, usem-

nO! Vocês estão obscurecidos com os pecados de ontem? Aqui está uma Fonte cheia de

sangue, usem-nA! Santo, use-A! A sua culpa retornou? Bem, Seu poder foi provado por

diversas vezes, venha usá-lO! Use-O! Você se sente nu? Venha cá, alma, vista o manto.

Não fique olhando para ele, vista-o! Retire, senhor, retire a sua justiça própria e os seus

próprios medos também, coloque isso e use-o, pois isso foi feito para ser usado. Você se

sente doente? O que houve? Você não irá e puxará o sino noturno da oração e despertará

o seu Médico? Rogo-te que vá e desperte-O e Ele lhe dará o tônico que lhe vivificará. O

que houve? Você está doente? Com tal Médico ao seu lado, um socorro bem presente na

hora da angústia, e você não irá até Ele? Ah, lembre-se que você é pobre, mas que você

tem “um parente, um homem valente e poderoso” [Rute 2:1]. O que aconteceu? Não quer

ir até Ele e pedir para que lhe conceda de Sua abundância, quando Ele fez a você esta pro-

messa, a saber, que enquanto Ele tiver alguma coisa, você irá compartilhar com Ele, pois

tudo o que Ele é e tudo o que Ele tem é o seu?

Ah, crente, lance mão de Cristo, peço-te! Não há nada que Cristo mais repugne do que Seu

povo faça dEle um espetáculo e não desfrute dEle. Ele ama ser solicitado. Ele é um grande

Trabalhador, Ele sempre foi para Seu Pai e agora Ele ama ser um grandioso Trabalhador

para Seus irmãos e irmãs. Quanto mais fardos você coloca sobre os Seus ombros, mais

Ele te amará! Lance o seu fardo sobre Ele. Você nunca conhecerá a compaixão do coração

de Cristo, o amor de Sua alma, tão bem como quando você lançar uma grande montanha

de tribulação de si mesmo para os Seus ombros, e descobrir que Ele não cambaleará sob

o peso! Os seus problemas são como enormes montanhas de neve sobre o seu espírito?

Faça-os rolar como uma avalanche sobre os ombros todo-poderosos de Cristo! Ele pode

carregá-los e jogá-los nas profundezas do oceano. Desfrute de seu Mestre, para este pro-

pósito Ele foi colocado no Pacto, para que você pudesse desfrutá-lO sempre que necessitar

dEle.

III. Agora, por fim, aqui há um PRECEITO e qual será o preceito? Cristo é nosso, então se-

jam de Cristo, Amados! Vocês são de Cristo, vocês sabem muito bem. Vocês são dEle pela

oferta do Pai, quando Ele entregou o Filho a vocês. Vocês são dEle por Sua compra san-

grenta, quando Ele pagou o preço da vossa redenção. Vocês são dEle por dedicação, pois

vocês se dedicaram a Ele. Vocês são dEle por adoção, pois vocês são trazidos a Ele e

feitos um de Seus Irmãos e coerdeiros com Ele.

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Rogo-vos, esforcem-se, queridos irmãos e irmãs, para mostrar ao mundo que vocês são

dEle na prática. Quando tentados a pecar, respondam: “Eu não posso fazer tamanha mal-

dade. Eu não posso, porque eu sou um dos de Cristo”. Quando as riquezas estiverem diante

de vocês mas tiverem que ser conquistadas pelo pecado, não as toquem; digam que sois

de Cristo, caso contrário, você as levariam. Mas agora vocês não podem. Diga a Satanás

que vocês não ganhariam o mundo se vocês tivessem que amar menos a Cristo. Você está

exposto no mundo a dificuldades e perigos? Permanecei firmes no dia mau, lembrando-se

de que você é um dos de Cristo. Você está em um campo onde há muito a ser feito e os

outros estão sentados de braços cruzados e preguiçosamente sem fazer nada? Vá ao seu

trabalho e quando o suor estiver em sua testa e a você for proposto que pare, diga: “Não,

eu não posso parar. Eu sou um dos de Cristo. Ele tinha um batismo para ser batizado e as-

sim eu também, e estou angustiado até que isto seja cumprido. Eu sou um dos de Cristo.

Se eu não fosse um dos Seus um dos comprados pelo Seu sangue, eu poderia ser como

Issacar, deitado entre dois fardos [Gênesis 49:14]. Mas eu sou um daqueles que pertencem

a Cristo”. Quando o canto da sereia do prazer tentá-lo a desviar-se do caminho reto, res-

ponda: “Cesse seu esforço, ó tentadora! Eu sou um daqueles que pertencem a Cristo. Sua

música não pode afetar-me. Eu não pertenço a mim mesmo, eu sou comprado por um pre-

ço”. Quando a causa de Deus precisar de você, entregue-se a ela, pois você é de Cristo.

Quando os pobres precisarem de você, dê-se a si mesmo, pois você pertence a Cristo.

Quando, em qualquer momento, há algo a ser feito por Sua Igreja e por Sua cruz, faça isso,

lembre-se que você é um dos de Cristo. Rogo a você, nunca negue a sua profissão de fé!

Não vá aonde outros poderiam dizer de você: “Ele não pode ser de Cristo”, mas seja sempre

um daqueles cujo sotaque seja Cristão, cujo idioma é mui semelhante ao de Cristo, cuja

conduta e conversa são tão perfumados pelo Céu, que todos os que veem você possam

saber que você um daqueles que pertencem ao Salvador e possam reconhecer em você,

Suas características e Sua adorável face!

E agora, queridos e amados, devo dizer uma palavra para aqueles a quem eu não tenho

pregado, pois existem alguns de vocês que nunca lançaram mão do Pacto. Às vezes o ouço

sussurrado e, por vezes, leio isso, que há homens que confiam nas misericórdias de Deus

à parte do Pacto. Deixe-me agora assegurar-lhe solenemente que não há tal coisa no Céu

como misericórdia à parte do Pacto! Não existe tal coisa debaixo do Céu ou acima dele,

como graças para os homens à parte do Pacto! Tudo o que você pode receber e tudo o que

você deve esperar necessariamente deve vir através do Pacto da Livre Graça, o Pacto

Eterno, e deste somente!

Talvez, pobre pecador convicto, você não ousa tomar posse do Pacto hoje. Você não pode

dizer que o Pacto é seu. Você está com medo de que nunca possa ser seu. Você é um des-

graçado indigno. Ouça! Você pode apegar-se a Cristo? Ousa fazer isso? “Oh”, você diz:

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“Eu sou muito indigno”. Não, alma, você ousa tocar a orla de Sua veste hoje? Você ousa

vir até Ele bem como tocar o próprio manto que está arrastando no chão? “Não”, você diz

“eu não ouso”. Por que não, pobre alma, por que não? Você não pode confiar em Cristo?

“Não são as Suas misericórdias ricas e gratuitas?

Então diga, pobre alma, por que não para ti?”

“Eu não me atrevo a entrar, eu sou tão indigno”, você diz. Mas ouça, o meu Mestre ordena

que você venha e você terá medo depois disso? “Vinde a mim, todos os que estais cansa-

dos e oprimidos, e eu vos aliviarei” [Mateus 11:28-29]. “Esta é uma palavra fiel, e digna de

toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” [1 Timóteo

1:15]. Por que você não ousa vir a Cristo? Oh, você está com medo que Ele mande você

embora! Ouça então, o que Ele diz: “O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”

[João 6:37]. Você diz: “Eu sei que Ele me expulsaria”. Venha, então, e veja se você pode

provar que Ele é mentiroso. Eu sei que você não pode, mas venha e tente! Ele disse: “o

que vem a mim...”. “Mas eu sou o mais miserável”. No entanto, ele disse que “o que vem a

mim”. Venha, mais miserável dentre os miseráveis. “Ah, mas eu sou imundo”. Venha, pes-

soa imunda, venha e experimente-O, venha e prove-O. Lembre-se que Ele disse que Ele

não lançará fora ninguém que venha até Ele pela fé. Venha prová-lO! Eu não instei você a

lançar mão de todo o Pacto, você deve fazer isso, aos poucos. Mas lance mão de Cristo e

se você fizer isso, então você terá o Pacto. “Oh, eu não posso segurá-lO”, diz uma pobre

alma. Bem, então, prostre-se aos Seus pés e peça-Lhe para segurar você! Você geme, e

com um gemido diz: “Senhor, tem misericórdia de mim, pecador!”. Suspire, e suspirando di-

ga: “Senhor, salva-me, senão pereço”. Deixe o seu coração dizer isso, se os seus lábios

não podem. Se a dor, há muito tempo reprimida, queima como uma chama dentro de seus

ossos, pelo menos, deixe uma faísca vir para fora. Agora faça uma oração e em verdade

lhes digo que, uma oração sincera provará mais seguramente que Ele te salvará! Um verda-

deiro gemido, quando Deus o colocou no coração, é o penhor de Seu amor! Um verdadeiro

desejo por Cristo, se for seguido de busca sincera e honesta por Ele, deve ser aceito por

Deus e você será salvo!

Venha, alma, uma vez mais. Apodere-se de Cristo. “Ah, mas eu não me atrevo a fazê-lo”.

Agora eu estava prestes a dizer uma coisa tola. Eu ia dizer que eu gostaria de ser um peca-

dor como você, neste momento, e eu acho que eu correria na sua frente e lançaria mão de

Cristo e, em seguida, lhe diria: “Segure-O também”. Mas eu sou um pecador como você e

nada melhor do que você mesmo! Eu não tenho nenhum mérito, nem justiça, nem obras.

Eu serei condenado ao inferno, a menos que Cristo tenha misericórdia de mim! E eu estaria

no inferno agora, se eu tivesse meus justos merecimentos. Aqui estou eu, um pecador uma

vez tão vil quanto eles eram. E, no entanto, ó Cristo, estes braços abraçam-Te! Pecador,

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venha e tome a sua vez atrás de mim! Eu não O abracei? Não sou eu tão vil quanto você

é? Venha e permita que meu exemplo lhe encoraje. Como Ele me tratou, quando eu primei-

ramente lancei mão dEle? Ora, Ele me disse: “com amor eterno te amei, por isso com benig-

nidade te atraí” [Jeremias 31:3]. Venha, Pecador, venha e experimente! Se Cristo não me

lançou fora, Ele nunca rejeitará você. Venha, pobre alma, venha:

“Aventure-se sobre Ele, (isto não é aventura), aventure-se totalmente,

Não permita que outra confiança intrometa-se!

Ninguém, senão Jesus

Pode fazer bem aos pecadores desamparados!”

Ele pode fazer-lhe todo o bem que você necessita. Oh, confie em meu Mestre! Confie em

meu Mestre! Ele é o precioso Senhor Jesus! Ele é o doce Senhor Jesus! Ele é o Salvador

amoroso! Ele é o amável e misericordioso Perdoador do pecado!

Venha, você que é vil! Venha, imundo! Venha, você, miserável! Venha, você moribundo!

Venha, você perdido, você que tem sido ensinado a sentir a sua necessidade de Cristo!

Venham, todos vocês, venham agora, pois Jesus ordena que vocês venham! Venham de-

pressa!

Senhor Jesus, atraia-os, atraia-os por Seu Espírito! Amém.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.


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