DANIEL BREGOLIN
AGRICULTURA ORGANICA
CURITlBA
2002
UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA.
FACULDADE DE ClliNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
CURSO DE GEOGRAFIA
AGRICULTURA ORGANICA
Monografia aprcsentada comorequisito parcial para conc1usao dagraduayao no Curso de Geografia daUniversidade Tuiuti do ParanaQrientadora: Andrea CristinaGiongo Hauch.
CIJRITIBA
2002
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E DE TECNDLDGIACURse DE GEOGRAF:A
TERMO DE APROVA(:AO
AGRICULTURA ORGANICA
por
DANIEL BREGOLIN
Monografia aprovada com men'tao ~ como requisito parcial para obtenyao de titulode Bacharel em Geografia com enfase em Geoprocessamento, pela Banca Examinadoraformada peJos professores:
Prof('). -----::-:-"'-\iAl~A"'-o\H-'.-d7_"'/'-------Mellfbro13Banea
Prof(a) ----;-;-<Jvu---7-=:.-=-:)f;f.:,....J./==------Membro ~Banea
Curitiba, ~~ de YlIl1iem1.b:t.P de 2002
P.45
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agrade.;o a Deus por dar-me saude, fon;a e coragem para veneer
mais esta ctapa de minha vida.
A minha esposa lzaura e a mcus filho Denis e Daniela, por terem aberto mao de
minha companhia durante estc periodo, sempre me apoiando e incentivando a galgar mais este
degrau em minha vida.
A minha orientadora, professora Andrea, por todD apoio para a concretiza9ao
desta monograria.
Agradc90 as pessoas entrevistadas moradoras de Colombo. pela colabora<;ao que
roi fundamental para a concrelizayiIo desta pesquisa monognifica.
A todos os mcus amigos do curso de Geografia, pelo companheirismo aD longo do
curso.
III
SUMARlO
RESUMO .....
INTRODUCAO ....
I. AGRICULTURA CONVENCIONAL...
2. AGRICULTURA ORGANlCA. ..
3. HISTORICO DE COLOMBO ...
. v. 6
. 7
. 9
. IS
4. AGRICULTURA ORGANICA NO MUNICIPIO DE COLOMBO PR... . 16
S. CONCLUSAO... . 18
6. ANEXOS... . 19ANEXO I..
ANEX02 .
ANEXO 3 .
ANEX04 .
ANEXOS .
ANEX06 .
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...
ANEX07 ....
........................... 20.. .23
. 26
. 28
. 29
. 31
. 33
.......... 34
IV
RESUMO
o presente trabalho leve par objetivo proporcionar urn melhor entendimento dos
motivos que levam os agricullorcs que durante decadas se dedicaram a agricultura
convencional, utilizando~se dos mais variados tipos de adubos quimicos e agrot6xicos a
convenerem sua propriedades para a agricultura organica. Para tal, utilizamos como
metodoiogia de trabalho pesquisa bibliognifica e entrevista com produtores, tecnicos e
responsaveis por orgaos publicos, aiem de visitas aD local. Apes a realizacao desle trabalho de
pesquisa concluiu-se que a mudan<;3 no perfil dos agricultores deu-se em primeiro lugar par
questocs economicas. Porem, muitos agricultores e5Uio adotando esta nova modalidade
agricola em fun<;3.ode problemas de saude gerados pelo usa de agrot6xicos na agricultura
convencional e consciencia ecol6gica. Observamos tambem que a EMA TER sediada no
municipio vem incentivando esta nova postura e que no futuro 0 municipio de Colombo
podcra se tomar um exemplo nacional na produyao organica.
v
1.INTRODU<;ii.O
o conceito de agricultura organica teve seu surgimento na india entre os anDS
1925 e 1930 pelo pesquisador Sir. Albert Howarde, onde ressaltava a importancia da vida
biologica do solo e a utiliza~ao da materia organica em hannonia com a natureza. 0 uso
continuado de fertilizantes quimicos, erosao, contamina~ao das aguas e do solo pelo uso de
agrot6xicos, as residuos toxicos nos alimentos que causam 0 empobrecimento do solo, sao
algumas das consequencias causadas pela agricultura convencional.
As cooperativas, sindicatos, pesquisadores, investidores, intermedi{trios,
comerciantcs, agricultores, consumidores e os meios de comunicac;Oes querem saber como
!"uneiona a agricultura organica que crescc a urna taxa entre 30% e 50% ao ano e os
consumidores chegam a pagar ate 50% a mais por um produto que os supermcrcados
negociam ate 300% a mais, em relat;ao ao que e pago ao produtor convencional. A agricultura
organica ou ecol6gica nao se apresenta como um sistema de produt;ao que substitui
agrot6xicos c adubos quimicos por adubos organicos e varios tipos de caldas~ e composto por
novas ideias e fonnas de ver e trabalhar 0 campo, produzindo em equilibrio com a natureza
onde a participat;ao do consumidore fundamental.
o objetivo deste trabalho e 0 de analisar 0 perlil dos agricultores que praticam
a agricultura organica no municipio de Colombo Pr, bem como resgatar os motivos que os
levaram a estas mudan¥as.
A metodologia adotada envolveu pesquisa bibliognifica sobre 0 tema,
entrevistas com produtores, 6rgaos publicos e lecnicos, bern como visita ao municipio.
Na primeira parte deste trabalho aborda·se a agricultura convencional. A seguir
a ab'Ticultura organica, logo apcs uma abordagcm sobre 0 municipio de Colombo Pr. Na
quarta parte a agricultura organica no municipio de Colombo, e par ultimo as entrevistas
efctuadas a AOPA, SAC, APAC, EMATER e as agricultoras Lucia Maschio e Aparecida de
Fatima Bianchini e as fOlOS das propriedades das agricultoras.
2. AGRICULTURA CONVENCIONAL.
Os alimcntos em seu percurso da terra a mesa, passam por uma verdadeira
"Via Crucis" onde sofrem: a natureza, os agricultores e os consumidores A natureza pela
maneira errada de como 0 solo e manejado e pelo grande numero de produtos quimicos
utilizados nas diversas rases da produ~ao. Os agricultores, pela escasses de politica agricola
principahncnte ao pequeno produtor. Tambem pelo montante de agrotoxicos que utilizam
muitas vezes sem qualquer esclarecimento ou assistencia. Os consumidores que sofrem com
os altos prcyos acarretados pelo alto cuslo de produyao, principal mente pelo delirio quimico a
qual csta agricultura e submetida e os residuos toxicos que ncla permanecem.
Os problemas enfTcntados pelos alimentos vao desde 0 preparo do solo para 0
plantio ate quando os mesmos sao colocados nas mesas na hora da refeiy~o. Estes problemas
comeyam na concepyao de agricultura com oscilayao entre 0 modelo predatorio e 0 ab'To-
industria. 0 predat6rio, que era utilizado pelos indfgenas e ate hoje e utilizado pela maioria
dos pequenos produtores, onde os mesmos desmatam, queimam, plantam por alguns anos e
depois ou deixam as matas crescerem ou as transformam em pastagens. Quanto ao modelo
agro industria e onde imperam as monoculturas em grande escala, que geralmente sao para
exportavao. Ambos deterioram 0 meio ambiente, pois 0 primeiro se utiliza da formula
"desmata - queima - planla - abandona", sendo que os solos expostos a ayao do sol, dos
vent os, das chuvas, apos os desmatamentos e as queimadas causam devastayao e erosao. Ja 0
segundo modele trouxe urn desmatamcnto intenso com pesadas mecanizayoes, pulverizando e
compactando 0 solo, trazendo consigo a erosao e a esterilizayao, 0 uso abusivo de adubos
quimicos e agrotoxicos, envenenando a terra, seus frulos e os seres vivos, tomando os
sistemas ecol6gicos estereis, favorecendo 0 aparecimento de pragas e doenyas.
Diversos locais onde hoje e deserto, outrom apresentavam terras prosperas e
ferteis, devido ao manejo inadequado do solo, como arayao profunda, capinas freqOentes,
solos descobertos e expostos. Aliados a tudo isto existe a guerra pelo controle genetico das
semcntes. E sabido que, quem liver 0 controle sobre 0 capital genetico, possuira urn poder
quase ilimitado sobre a humanidade, onde os maiores sofredores sao os paises do terceiro
mundo. Para completar este quadro, as sementes hibridas e de alta produtividade sao alvos
faceis de ataque de pmgas e doenyas, sendo necessario 0 usc cada vez maior de defensivos
agricolas. Com toda esta parafernalha de adubos e lertilizantes, utilizados para a manuten9ao
da boa aparencia do produto, as plantas produzcm frutos enormes, porem quase sem sab~r, ja
que sao amadurecidas quase que artificialmente e com muito mais agua, com 0 rotulo de que
tudo 0 que e born e enonne c do mesmo tamanho, alem da ideia de que a agricultura sem
quimica nao e viavel.
Se 0 agricullor ainda estiver vivo, ao final do plantio, podeni col her e vender
sua safra, iSlo se 0 banco nao tomar ou obriga-lo a vender suas terras para pagar seus
emprestimos, que [oram feilOS para a aquisi9aO de insumos. Alem disso os atravessadores e
que ficam com todo seu lucro. Se esses alimentos passarem por armazenamenlo certamente
receberao mais urn banho de defensivo, aumentando as despesas. Toneladas de alimentos
apodrecem nos armazens devido a politicas de: pre90s, abastecimentos, agricoias, etc., e como
se iS10 nao bastasse, os alimentos ao screm industrialisados , recebem aditivos, conservantes,
espessanles flavouzantes, corantes, aromatizantes etc. A maioria desses produtos sao
causadores de doen9as e proibidos em paises do primeiro mundo, como 0 Japao (AAO, 1999).
A quem diga que 0 vegetarianismo e mais etico e mais saudavel, e tam bern
ecologicamente mais correto. Segundo consta 0 IBGE (1991) urn boi precisa de 3 a 4
hectares de terra para produzir cerca de 200 kg de carne no perfodo de 04 a 05 anos. Neste
mesmo espa90 pode-se col her 19 toneladas de arroz, 32 de soja, 34 de milho, 23 de trigo ou
ainda 08 ton. de feijao sendo que pode-se plantar de 02 a 03 safras por ano de alimentos muito
mais puros, saudaveis e equilibrados; scm falar nas imcnsas areas de floresta que sao
derrubadas para fonna9ao de pastagens. De 20 anos para ca, muitas iniciativas tern sido
tomadas no scntido de se tentar reverter este quadro. Embora ainda pequenas em relar;ao ao
poder e influencia que u'!m as multinacionais e seus model os.
o setor de pequenos agricultores que trabalham com hortaliyas sao os que
menos recorrem a emprestimos do govemo. 0 maior problema esHi. no preyo que os grandes
mercados pagam pclos seus produtos. Infelismente 0 produtor de hortalir;as esta na
dcpendencia dos mercados como BIG, EXTRA, MERCADORAMA, CARREFOUR, etc. Epegar ou largar.
3. AGRICULTURA ORGANICA.
Segundo a Associa~ao de Agricultura Organica, 0 conceito de agricultura
organica surgiu com 0 ingles Sir Albert Howard entre os anos de 1925 e 1930, que trabalhou e
pesquisou durante muitos anos na india. Ele ressaltava a importa.ncia cia utiliza<;:ao da materia
organica e da manuten<;:3.o da vida biol6gica do solo (AAO 1991).
Agricultura organica e 0 sistema de produ<;:uo que exciui 0 uso de fcrtilizantes
sinteticos de alta solubilidade, agrot6xicos, reguladores de crescimento e aditivos para
aiiment8,;;3.0 animal, compostos sistematicamente; baseando-se sempre que possivel no uso de
estercos animais, rotayao de cu!turas, aduba<;:3.o verde. compostagens e controle biol6gico de
pragas e doem;as. Buscando manter a estrutura e produtividade do solo e trabalhando em
hannonia com a natureza (AAO 1991).
E inegavel. hoje. 0 impacto que a agricultura convcncional exerce sobre 0 meio
ambiente. 0 modele a!:,Yficola que e considerado 0 principal obstaculo a uma agricultura
sustcntavel, jit que os insumos quimicos e as praticas que se utilizam tern sido responsitveis
por uma degrada~ao intensa aos recursos natura is.
o empobrecimento do solo pelo uso continuado de fertilizantcs quimicos,
erosao, contarnina~ao das aguas c do solo pelo uso de agrot6xicos, residuos toxicos nos
alimentos sao algumas das consequencias da agricultura modema. onde trabalhadores rurais e
seus familiares sentem de perto os efeitos da intoxicac;ao pelo uso de substancias quimicas
t6xicas. Residuos de pesticidas nos legumes, frutas c verduras, anlibioticos e hormonios de
crescimento nas carnes em geral, e os aditivos utilizados na produc;ao de alimentos. tern sido
motivo de preocupac;ao crescente por parte de consumidores que anseiam por uma o{J¥ao mais
segura de alimentac;ao. Nesse contexto, a agricultura organica lorna-se uma solw;ao muito
mais saudavel na produc;ao de alimentos, nao sendo apenas urna alternativa a pratica agricola
convencional, mas urn imperativo eco16gico e uniea forma de evitar os danos que a produc;.ao
agroquirnica vern causando ao meio ambienle e a saude hurnana.
A agricultura produz reiayoes dos hornens entre 5i e dos homen5 com a
natureza, (aqui esta a importancia do estudo geogritfico) conferindo a quem pratica essa
atividadc responsabilidades tanto na dimensao social quanto ambiental, onde 0 produtor nao
deve esquecer que e 0 consumidor quem vai determinar a sua permancncia no mercado,
10
motivo pelo qual as necessidades e prefcrencias devcrn seT respeitadas, com produtos de
padroes de qualidade bern definidos.
Os meios de comunicayao, consumidores, agricultores, comerciantes,
intermediarios, investidores, pesquisadores. sindicatos e cooperativas querem saber 0 que ecssa agricultura organica, que cujo mercado nacional e internacional, cresce a uma taxa
situada entre 30% e 50% aD ano e que consumidores pagam urn percentual de 20% a 50% a
mais POf urn produto, que em alguns casos a margem de lucro aplicada peles supermercados
chegam a 300% em relayao ao que e pago ao produtor organico.
A explica<;3o deste fen6meno esta relacionada as divcrsas fases que a
agricuhura organica apresenta e esHi. relacionada aDs beneficios que podem trazer para a
sociedade como urn todD. No nivei de prodw;:ao, esse sistema, representa uma alternativa
economicamente atrativa para qualquer agricuitor, e s6 verificar a diferenya entre os preyos
recebidos pel os agricultores organicos e pelos convencionais. Este diferencial nao tende a cair
nlpidamente, uma vez que a entrada de novos agricultores neste setor nao e livre como no
sistema convencional. Para Fazer parte desse novo sistema 0 candidato deve passar por urn
rigoroso processo de investiga9ao das condiyoes ambientais de seu estabelecimento agricola e
de potencialidade para a produyao. Neste caso devem ser considerados aspectos como: 0 nao
uso de adubos quimicos e agrotoxicos nos uitimos dois anos, barreiras vegetais quando
vizinhos praticam a agricultura convencional, qualidade da agua utilizada para lavar os
produtos e irriga93.0, condi9ao de trabalho e vida dos trabalhadores, a nao existencia de lixo
espalhado pelo estabelecimento, tratamento nao cruel dos animais de criayao. Isto sera
fiscalizado por urna certificadora que preve a fiscaiizayao de sua produyao, garantindo a
qualidade dos produtos ali produzidos para 0 consumidor, sendo que 0 produtor paga para ser
certificado, fiscalizado e receber assistt~ncia tecnica, porque a institui9ao maior que eo Estado
na~ esta empenhado em assumir este sistema como oficial, ou seja tratado como a agricuitura
convencional, que lamentavelmente devera demorar decadas para ocorrer.
Em se tralando da preferencia do consumidor, a agricultura convencional busca
satisfaze·lo em tenTIOS de pre90, tamanho, cor, aspecto geral, produ9aO fora de epoca,
ernbaiagern, etc., nao conseguem enlender a disposiyao dos cJicntcs da agricultura organica
em pagar rnais por urn produto que nao fa9a mal a saudc e ao meio ambiente. asconsurnidores de produtos organicos afinnarn que e prefcrivel pagar urn POUCDrnais pelos
produtos para na~ gastar depois em medicarnentos decorrcnte de possiveis docn9as, cstando
11
praticamente ausente a consciencia dos beneficios ambientais que esse sistema de prodw;ao
traz aDestabelecimento agricola e a natureza como urn todo.
A agricuhura organica ou eco16gica nae se apresenta como urn sistema de
prodw;:ao que substitui agrotoxicos e adubos quimicos por adubos organicos c varios tipos de
caldas. E composto por novas ideias e fennas de vcr e tmbalhar 0 campo, visando urna
produyao em equilibria com a natureza, modificando habitos e promovendo urn maior
comprometimento entre 0 processo de produyao e 0 meio ambientc. A participa~ao do
consumidor e fundamental, desta maneira e que desenvolveram-se em paises como 0 Japao,
Suic;a. Estados Unidos, reino Unido e Canada, projetos e ayoes que estabelecem urna
agricultura apoiada pelos consumidores. No Brasil, no Ceara esta em desenvolvirnento urn
projeto pioneiro onde eerea de 40 consurnidores se organizaram e se assoeiaram a urn
agricultor, estabeleeeram itens a serem produzidos organicamente e finaneiaram 0 abTficultor,
que lhe garante uma renda de cerca de R$ 2.500,00 mensal, sendo que as consumidores
correm as mesmos riseos que 0 agrieultor na prodw;ao. Caso ocorra excedente de produtos, os
mesmos poderao ser repartidos entre si ou vendidos, dividindo-se a renda obtida (AAO 1991).
No caso da carne bovina, a inseguran~a do consumidor europeu 0 de outros
paises do primeiro mundo, abrem perspectivas favoraveis ao boi produzido no Brasil, desde
que adotadas providencias simples como a de nao utilizar herbicidas, earrapaticidas e
vennifugos de origem quimica. So isto fosse evitado 0 pais poderia pleitear a certifica~ao da
carne brasilcira produzida organicamente, 0 que pode ser considerado urn ponto importante
nas futuras politicas agricolas do pais.
a sistema de produ~ao organica exige determinado conhecimento e para a sua
condw;ao e fundamental conhecer as interac;oes ccologicas c biologicas envolvidas na
atividade agricola, estar ciente e a1ento ao manejo periodico de nutrientes, e com isso reduzir
a dependencia de insumo (adubos, fertilizantes) de influencia externa a propriedade. Para 0
desenvolvimento dessa pnitica de agricultura e necessario muita mao-de-obra, quer seja
familiar ou assalariada. No Brasil ondc ha muita mao-de-obra, esse tipo de agricultura se
constitui numa excelente opc;ao para a ocupac;ao de pessoas no meio rural, possuindo a
vantagem adicional de preservar a saude de quem nela trabalha, alem de na~ causar danos ao
ambiente natural. Sao muitas as alternativas, pois alom cia produ~ao agricola a possivel
tambam se obter alimentos organicos da produc;ao animal. Muito em breve ja sera possivel
12
cncontrar laticinios carne de frango e Qutros alimentos provenientes da pecu{uia organica.
Vejamos com mais detalhes algumas culturas produzidas em sistema agroecol6gico.
Os produtores da agricultura convencional de horticultura incluindo teclas as
olericulturas. fruticultura e floricultura, cometyam a se conscientizar sabre as vantagens de se
trabalhar com sistemas agroeco\6gicos. Por nao usar agrot6xicos preserva a saude de sua
familia, produzindo alimentos de qualidade e preservando a saude do consumidor, diminuindo
o custo na campra de insumos e aurnentando 0 valor agregado de seu produto. Podendo
tambem leT OS seguintes objetivos: produ~ao exclusiva para autoMsubsistencia (harta caseira)
com venda de prodw;ao excedente no mercado, que sao realizadas em pequenas hortas
variando de 100 a 500 metros quadrados, a partir de 1.000 metros quadrados esta horta podeni.
ser considerada de subsistencia, vendendo 0 excedente para 0 mercado, obtendo urn recurso
extra A prodUl;:ao organica em areas acima de 5.000 (cinco mil metros), pode ser considerada
apta ao cultivo comercial, sendo que 0 tamanho medio das hortas organicas varia de urn a
cinco hectares. Ja a prodw;:ao de graos e cereais como 0 arroz, feijao, milho, soja, girassol,
gergilin, lentilha, aveia e outros, necessita de tecnoiogia que vem sendo desenvolvida de
fonna acentuada, com a produ~ao podendo ser em pequena ou em larga escala. Ha algumas
regioes brasileiras que estao convertendo 0 sistema convencional para 0 agroeco16gico, como
e 0 caso de Santa Catarina, devido a necessidade de recupera~ao dos solos nas areas que
foram plantadas intensivamente para que possam garantir sua explora~ao a longo prazo.
A maioria desses produtos sao destinados it exporta~ao, mas ja atende em parte
o mercado interno, principalrnente os graos por nao serem pereciveis podem percorrer
facilmente longas distancias. 0 Brasil com urn padrao crescente de qualidade na produ~ao de
soja, trigo, feijao e arroz organico, vern conquistando consumidores no pais e no mercado
internacional. Isto ocorre porque 0 mercado europeu e 0 mais promissor, uma vez que a
resistencia aos graos lrangenicos, a preocupayao com residuos quirnicos nos alimentos. a
necessidade de importar para suprir a demanda esta gerando urn interesse muito grande pelo
mercado europeu pel os graos organicos, desde que certificados e produzidos dentro das
estritas nonnas de prodUy30 agroeco16gica. A exportayao de produtos organicos exige
profundo conhecimento das normas, padroes e exigencia relativas a qualidade e certifica9ao
exigidas pelo mercado comum europeu. 0 sistema de prodm;ao organica, a organiza9ao
cspacial e funcional e bastante importante, tomando 0 dia a dia da hol1a mais pnitico,
observados os aspectos: operacionais que e levado em conta que 0 volume de composlos ou
Oo1ri!}\\\
estercos a ser transportado e !,rrande, portanto deve ficar 0 mais pr6ximo possive! aorta,
bern como os apare!hos para a irrigayao; no climMico, deve-se proporcionar as condiyoes
ideais para 0 processo de fotossintese onde serlio utilizadas cercas vivas, renques, quebra
vento, etc., limitando os lotes ou talhOcs para 0 cultivo de es¢cies horticulas. Quanto a
biodiversidade, a manutenyao dos insetos e muito importante, principalmente com 0 plantio
de flores, uma vez que varios inimigos naturais. dependem das estruturas das nores para sua
alimentayao e abrigo.
Uma vez com a horta organizada 0 produtor deve fazer uma programadio da
produyao, para uma comercializac;ao pre estabelecida, ja existem especies que pennitem
colheitas diarias ou semanais, neste contexto as especies horticulas dividem-se em quatro
grandes grupos: grupo das plantas de cicio de 60 dias, que sao as alfaces, beterrabas, couve-
Oor, repolho, etc. Neste grupo serao semeados a cada 20 dias com quebra de 20%~ grupo das
plantas de 90 dias, que sao as cenouras, beterrabas, couve-flor, repolhos, etc., sao semeados a
cada 20 dias com quebra de 20% Grupo das plantas de safra, oeste grupo eoquadram-se 0
tomate, a beringela, 0 quiabo, 0 pimentao, 0 gil6, a vagem, a abobrinha e 0 pepino, devem ser
semeados aproximadamente de 45 a 60 dias, variaodo de acordo com a especie, 0 segredo
deste grupo esta na florada, quando 0 primeiro Iote estiver Dorando, 0 segundo devera estar
seodo cultivado; grupo das plantas de cicio continuo onde sao inclusos 0 rabanete, a rucula, 0
nabo, etc., que devem ser semeados a cada 7 dias.
Para se comerciahzar os produtos organicos 0 produtor deve Icvar em conta
aspectos fundamentais como~
Produzir com qualidade.
Ter oferta constante e com qualidade,
Planejar a produyao,
Manter contato direto com consumidores.
Seguir sempre orientayao de tecnicos especializados, cumprir oormas
de produyao e certificayao, e comercializando seus produtos em~
Feiras verde,
Sacolas con tendo vacias especies,
Lojas especializadas,
Supennercados,
Mcrcearias e quitandas,
14
Diretamente para 0 consumidor nas propriedade.
A agricuJtura organica pessu! diversas correntcs que partilham os mesmos
objetivos e principios gerais de produyao sustentavel, reciclagem dos recursos naturais,
integrac;:ao de processos e cultivos diversificados, assim constituidos: (EMATER 2000)
Agricultura Organica ou Agroccol6gica: sua base mestra e a manutcnc;:3.o da
fenilidade do solo e da sanidade gera\ da planla, atraves da adubaC;:iio organica, diversifica<;:iio
e rota9ao de culturas. E a denominayao mais difundida, tendo sido fundada em 1972 a
Federayiio Internacional de Agricultura Organica (lFOAM). que congrega todas as linhas aqui
mencionadas.
Agricultura Iliodinarnica: apliea todos os principios da agricultura organica,
acrescidos de preparos dinamizados como homeopatia agricola (preparados biodimlmicos) e
cnfoca as propricdades rurais como Organismos Agricolas, incluindo a inflm!ncia de fatores
c6smicos complcll1entarcs ao cornprirnento dos dias e ao c1ima em gera\. Utiliza 0 Calendario
Biodiniirnico publicado anualmentc.
Agricultura Biol6gica ou Agrobiol6gica: destaca-se pelo controlo biologico,
manejo de pragas e docnc;as e pela teoria da trofobiose (plantas doentes pelo uso de
agrot6xicos). Refor~a 0 uso da aduba~ao organica e demais tecnicas biotogicas.
Agricultura Natural: a movimentac;D.o ou cultivo do solo e substituido por
ro~adas, cobertura verde como 0 trevo ou morta, como palha. combinados com scmeaduras
consorciadas dc cereais e leguminosas ou coqueteis de hortalicras e ClVas aromaticas no meio
de pomares nao podados.
Permacultura: dcfende a manuten930 de sistema agro-silvo-pastoris. visando
a consorciacrao de cultura percnes e anuais. Sells principios estao inclllidos no conceito de
manejo sustcntado em agrosilvicultura.
Outras liohas: Agricultura ecoJ6gica, regenerativa au sllsteotavel: sao linhas
mais amplas que se cnquadram do ponto de vista tecnico, nas categorias mencionadas acima.
15
4. HISTORICO DE COLOMBO.
Fei em 1878 que urn grupo de irnigrantes italianos chcgou ao Brasil com
destinc a regiao Su\. Em setembro deste mesmo ano, eles receberarn algumas tcrras que Fcram
demarcadas em oilenta IDles e esta nova colonia foi enHio denominada "Alfredo Chaves" em
homenagem ao inspetor geral de Terras e ColonizaQao. Em 08 de janeiro de 1890, a partir de
urn decreto, 0 lugar foi e1evado a categoria de vila, com a denominaQao de Colombo, em
homenagem ao descobridor da America, Cristovao Colombo. No dia 05 de fevereiro de 1890
aconteceu a emancipaQao.
Colombo esta localizada na regiao metropolitana, a dezenove quit6metros, no
lado none de Curitiba. Com uma area de 198,7 km2, sendo 128,3 krn2 uTbanos e 70,4 km2
Turais, possui uma popuiaQao de 183.353 habitantes. A cidade situa-se em urn previlegiado
entroncamento rodoviario, com facil acesso aos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sui
e Sao Paulo. Tambem esta tra~ada na rodovia do Mercosul, que Iigara Sao Paulo a Buenos
Aires, tendo acesso ao Porto de Paranagua e ao aeroporto de Sao Jose dos Pinhais.
Os irnigrantes italianos que chegararn na Colonia "Alfredo Chaves" vierarn na
esperan9a de urna vida rnelhor. Eles cultivavam milho, feijao, batata, vinhas, centeio, fTutas e
legumes. Mesmo com uma terra considerada impropria, os imigrantes decidiram investir na
agricultura.
o municipio de Colombo possui alguns evcntos festivos caracterizados pela
cullura italiana e peJa prodm;ao de uva. Economicamente, a produ~ao de olericolas e a mais
imponante atividade economica desenvolvida, tendo Colombo 0 titulo de principal produtor
de honaliyas do Estado do Parana e de maior produtor de couve-flor do Brasil.
As principais festas do municipio sao: testa de uva que se realiza em fevereiro,
festa do vinho realizada entre os meses de julho e agosto, festa de Nossa Senhora de
Caravaggio realizada no dia 26 de maio, testa junina de Sao Gabriel realizada no mes de
junho, destacando-se tambem a do Cavaleiro e a Festa de Nossa Senhora do Rosario. 0
Circuito Italiano de Turisrno Rural, idealizado pela Prefeitura Municipal, vern sendo
refen!ncia de ecoturisrno para outras regioes do Estado, porque tem urna otirna perspectiva de
desenvolvirnento de urn segmento turistico (DAN LELLI B S 200 I).
16
5. AGRICULTURA ORGANICA NO MUNICiPIO DE COLOMBO PRo
Segundo a Associayao Organica do Parana (AOPA) e cntrevista Feita pelo
Planeta Organico a Rogerio Konsen, 0 municipio de Colombo foi 0 pioneiro oa prodw;ao
Organica ou Agroeco16gica no Parana, iniciando-sc pela familia Konsen, residentes l1a
Colonia Farias, oa chacara Verde Vida, oode ate 1985, produziam pelo manejo convencional
c passavam por dificuldades financeira. Foi quando Rogerio, oa epoca estudantc de filosofia,
disse a seus pais que poderia ajuda-los e que a condic;ao era que se tomasscm organico. 0
inicio deu-se com a produr;:a.o de hortaliy8S scm agrot6xicos, que cram vendidas junto a feira
de artesanatos, no Largo da Ordem, seode a unica barraea de organicos. Como vendiam
muito, tiveram a ideia de criar uma feira livre s6 de produtos organicos, enmo surgindo a feira
verde. Em 1993 ja em funcionamento 0 Annazem da Terra Preservada, de propriedade do
Rogerio, iniciam-sc os trabalhos de exporta~ao. Hoje conta com mais de 1000 (mil)
fornecedores para todas as culturas, com cerea de quinhentos somente para a soja, a maioria
de pequenos produtores, possuindo em media cinco hectares de area agroecologica cultivada
por produtor.
o Armazem Terra Prescrvada, tern capacidade de armazenamento para 17.000
toneladas, num espa~o de 9.000 metros quadrados, estrategicamente localizado em Ponta
Grossa Pr, localiza~ao central que favorece 0 abastecimento de produtos de outros estados.
Conta ainda com mais urn annazem com capacidade para 5.000 toneladas em 3.000 metros
quadrados, localizado no municipio de Capanema, que e uma regiao onde se concentra a
maioria dos fomecedores paranaenses. Nestes armazens os graos recebem diversos cuidados
como limpeza, secagem, separayao por tamanho e embalagens para exporta~ao, a Terra
Preservada possui urn eseritorio de apoio em Colombo e mantem urn excelente
relacionamento com os produtores que exportam mais de 20 alimcntos, pois a eles sao
oferecidos assistencia tecnica e treinamentos.
Com uma area total de 198,7 km2 e uma popuJayao de 183.353 habitantes,
Colombo possui uma latente potencialidade agricola. Sao 900 familias rurais, onde 880
trabalham com a agricultura de subsistencia ou seja pequenos agricultores, 15 sao medios e 5
sao grandcs agricultores, sendo 0 parametro utilizado para elabora~ao destes e: a renda, a area,
a mao-dc-obra se familiar ou contratada e a infraestrutura (SAC 2002).
17
No municipio de Colombo, nas propricdades cnde se ut'li7.a 0 sistema de
prodU(;:ao organica, os visitantes e turistas podcm conhecer todD 0 sistema de produ~ao e
tambem adquirir produtos por prcyOS bern acessiveis como 0 morango, a cereja, 0 tomate, 0
rabancte, 0 pirnenmo c as hortalic;as em geral, alem de conhccer todo 0 circuito italiano de
turismo. Colombo que e a capital da llva, tornou-se 0 polo da agroecologia, ou seja, a
referenda na agricultura organica desenvolvida no Parana.
Segundo a Secretaria de Agricultura do municipio de Colombo, 0 municipio
possui 900 famllias de produtores rurais, e, dados levantados junto a Associac;ao dos
Produtores Agricoias de Colombo, que existe desde 1984,0 municipio possui 100 associados,
com 80 produtores rurais, destes 35 sao produtores organicos ja certificados e 15 estao em
fase de conversao do convencional para 0 orginico (anexo 3), Com a mudanya no sistema de
produyao 0 a!:,'Ticuitor esta encontrando uma maneira especial de aumentar sua renda, ja que
nao gasta nada com a!:,'Totoxicos e produtos quimicos, melhorando a sua condiyao de vida.
Uma outra preocupayao que era con stante entre os agricultores, tam bern foi
reso!vida, trata-se da preservayao ambiental, ja que com 0 cultivo organicarnente correto 0
meio ambiente nao e prejudicado, e prescrvando a saude dos trabalhadores, garantindo-Ihes a
gerayao de rcndas altcmativas c sua permanencia na area rural.
A EMATER local juntamente com a Prefeitura Municipal e a Secretaria de
Agricultura estao incentivando os produtores de Colombo e acreditam que a tendenda e que
toda bacia hidrognifica local se tome organica, uma vez que 0 interesse dos ab'Ticuitores por
cursos e palestras sobre esse assunto e con stante, ficando para a EMA TER as partes
normativas e educativas. Ainda de acordo com os tecnicos da EMATER (anexo 4) os
investimentos necessarios para a produyao organica sao pequenos, sendo que a partir do
terceiro ano apos a conversao quando se consegue 0 equilibrio do solo, diminui-se 0 indice de
perda de produtos e como conseqUenda ha uma maior lucratividade.
18
6. CONCLUSAO
A agricultura organica e 0 sistema de produ~ao que exclui 0 usa de fertilizantes
sinteticos de alta solubilidade. agrotoxicos. reguladores de cresci mento, etc., e sempre que
passivel baseia-sc no usa de cstercos animais, rotacao de culluras, adubayao verde,
compostagens e controles bio16gicos de pragas e doenyas. A agricultura organica ou
agroecologica e uma das pniticas que mais cresce no sistema de produ.;:ao de alimentos
organicamente corretc, POf estarem ligados as diversas faces que ela apresenta e relacionadas
aos beneficios que podem trazer a sociedade como urn todo, trabalhando em harmonia com a
natureza, e tomando-se uma 50lU9aO muito mais saudavel na produyao de alimentos.
o que no inicio era apenas uma ideologia ou principio de vida, corn 0 passar
dos tempos foi tomando-se consiencia de que as terras sao para as gera~oes futuras, aliado ao
fato de que os produtos organicos sao vendidos uma media de 30,% mais cam do que os
convencionais, e a nao utiliza~ao de agrot6xicos au adubos quimicos, diminuem as despesas e
aumentam 0 lucro dos produtores.
Esta agricuhura destaca-se tambem ao tratamento que e dado a quem nela
tTabalha, pais nao deve existir lixos espalhados pelas propriedades e 0 tratamento adequado
dos animais de cria~ao. Ao contnirio da agricultum convencional, que busca apenas satisfazer
sellS consllmidores em tennos de aspecto geral, tamanho, cor e pre90, enquanto que a
agricultura organica se preocupa apenas em fornecer produtos que nao fa9am mal it saude
nem ao meio arnbiente como urn todo, exigindo para is10 urn detenninado conhecimento das
intera90es ecol6gicas e biol6gicas envolvidas nesta atividade, bern como estar ciente de que
deve haver urn manejo peri6dico de nutrientes.
Por estes motivos aliados as infonna~Oes contidas nos anexos de 1 a 6, a
agricultura organica ou agroecol6gica no municipio de Colombo tornou-se uma excelente
alternativa para seus produtores agricola, pois de acordo com os tecnicos da EMATER local
(anexo 4), com 0 trabalho que esta sendo desenvolvido no municipio, acreditam que toda a
bacia hidrografica do municipio se tome organica, ja que Colombo e 0 pioneiro nesta
agricultura no Parana.
19
7.ANEXOS
20
ANEXO 1
Entrevista efetuada com a Sra. Aparecida de Fatima Bianchini, em 12 junho
2002, agricultora do municipio de Colombo. ela e Diretora adjunta da Associayao da
Agricultura Organica do Parana (AOPA).
Quando fai fundada a AOPA?
A AOPA foi fundada em 10.09.1995.
Quantos associados tern a AOPA?
A AOPA possu; 26 grupos de associados com aproximaciarnente 300 agricultores.
Quantos associados exislem no municipio de Colombo? IS10 representa quantos %?
Colornbo possui urn grupo corn 04 agricultores representado 1,25% do total.
Que tipo de atividades sao desenvolvidas pela AOPA?
Sao desenvolvidas a organizuyao da prodU(;:ao, capacitay30, fonna~o. busca de canais
alternativos de comercializayao, relaryao institucional em reJay30 a creditos, projetos com 0
Banco do Brasil, poder publico como a EMATER e a UFPR.
Tern havido aumento na procura pel os organicos?
Sirn, bastante.
Como e a certificac;ao dos produtos organicos?
A certificac;ao e feila pelo Instituto Biodinamico de Botucatu (IBD), que faz a inspe~ao e
certifica os produtos e a propriedade como urn todD.
Como e tratado 0 problema, quando os vizinhos usam a agricultura convencionaJ?
Islo depende de cada propriedade, de acordo com as diretrizes do IBD.
A AOPA ministra cursos, palestras, etc., para os agricultores interessados?
Sim, fazendo parcerias com varias entidades, escolas, poder publico, Emater, Sebrae,
Universidade Federal e outras universidades e faz intercambio nacional e intemacional
principal mente com a Belgica.
A AOPA disponibiliza consultoria gratuita de agronomos a seus associados?
Sim atraves de parcerias com prefeituras, universidades, EMA TER e ONOs.
A agricultura organica e mais lucrativa que a outra? 6'a.fig\.\\
Sim, principal mente por cuidar do meio ambiente; devendo-se levar em considera.;ao 0
quanta custa descantaminar 0 solo, 0 ser humano, a agua, 0 consumidor e 0 meio ambiente
como urn todo.
A agricultura organica e considerada urna tccnica preservacionista?
Sim.
A prodw;ao de adubos e estercos e feita oa pr6pria propriedade ou e terceirizada? E abtida
atravcs de cria.;ao de que?
o correto e 0 produtor produzir na propria propriedade os insumos utilizados (compostagens),
de galinha, bovinos, ovinos, equinos, suinos, mais a calcareo, f6sforo e calcio, alem das
aduba.;:Oes verde de invemo e verao.
Qual 0 perfil dos principais cansumidores? Mercados? Mercearias?
Os principais consumidores sao da c1asse media alta por passuir mais concicntizac;ao, e sao
adquiridos em feiras, sacolas,lojas da AOPA e do turismo rural.
A agricultura organica esta oa marla ou as pessoas estao mais consientes au exigentes com a
alimentac;ao?
Ambos, esta na midia e com isto faz com que os consumidores estejam mais consientes e
fiquem mais exigentes na questao alirnentac;ao.
Alem da AOPA, existe algum incentivo do governo?
Houve-se falar que 0 governo aposta na agricultura agroeco\ogica, mas nao se tern recursos,
estimulos ou motivayii.o, na pnitica ha urna ausencia total de assisH!ncia h.!cnica para as
mesmos.
A agricultura organica e familiar ou ja e do tipo empresarial?
No caso da AOPA, trabalha-se somente com a agricultura familiar (agroecoI6gica), que cuida
de urn todo.
Que tipo de empreendimento e necessario para mudar de agricultura convencional para
organica?
Em primeiro lugar e preciso possuir urn princfpio de vida e em segundo e necessaria que sc
passua consiencia de que a terra seja para outras geral(oes no processo agroec610gico
22
Na midia sabe-se que Colombo e urn polo produtor de hortalif;as e que 0 perfil da abrricultura
neste municipio tern mudado, qual sua opiniao sohre esta mudanca de comportamento?
Colombo foi 0 pioneiro na producao agroecologica, pela familia Konsen, atraves do poder
publico e APAC, cstao trabalhando para que os agricultores que sao em tomo de 1000
propriedades rurais, estejam voltadas na producao da agroecologia, mais 0 problema da falta
de agua ern Curitiba, esta sendo incentivada este tipo de agricultura, que nao vai agrot6xico
naD contaminando 0 lencol freMico, 0 que faz falta para as propriedades.
Que tipo de influcncia no meio ambiente causam estas mudancas: (beneflcios ou prejuizos
ambientais)?
Com a pralica da agricultura organica Oll agroccolob"a naD existe prejuizos para 0 meio
ambiente; aves, animais, manancial, enfim e vida que rebrota, inclusive com 0 solo
equilibrado.
Qual 0 custo para 0 associado da AOPA? Inicial, mensal, anual?
Nilo a custos ate 0 momento, no segundo semestre sera feita uma assembleia onde devera ser
alterado 0 estatuto e sera cobrado uma taxa do grupo de socios e nao individual.
A AOPA sabe se no municipio de Colombo houve incentivo politico?
Do pader publico e principal mente da consientiza9ao dos abl'ficultores, nao existindo subsidios
por serem produtores agroecologicos, no inicio eram pessoas idealistas, hoje a parcerias com
prefeituras, aliados a reflexao para urn mundo melhor.
A AOPA sabe infonnar se 0 turismo rural (circuito italiano) alavancou a agricultura organica
naquelc municipio?
Sim, houve urn contribui((ao, embora muito pequena.
Qual a porcentagem de lucratividade em rela9iio a outra agricultura?
Na agricultura organica os produtores vendem seus produtos em media 30% a mais que a
convencional, este percentual e colocado na venda; alguns produtos como 0 tom ate, 0
moranguinho, e a batata as vezes este percentual chega a 100%.
Para a AOPA 0 que e produto organico ou agroecologico?
Sao alimentos provenientes de uma agricultura viva, diversificada, produzidos em harmonia
com 0 meio ambiente; isto torna os alimentos mais ricos em nutrientes, com maior valor
biol6gico, muito mais saboroso e totalmente livres de residuos quimicos que sao prejudiciais a
saude.
23
ANEX02
Entrevista efetuada com a STa. Edina Rubia Weinert, em 15 de agosto de 2002,
cia e tecnica agricola e diretora do Departamento de Agricultura da Secretaria Municipal de
Agricuhura Abastecimento e Meio Ambicnte do municipio de Colombo Pro
Qual a participa~ao da agricultura no municipio de Colombo?
o municipio de Colombo 6 parciahnente agricola, cxistindo 900 famllias rurais, das quais 880
sao de pequenos agricultores que praticam a agricultura de subsistencia 15 sao medics e 05
sao grandes produtores, e os outros setores que contribuem sao: industria moveieira, calcareo
e cal, metal mecanica e artefatos de cimenlo.
Qual 0 incentivo que a secretaria da para a agricultura organica?
Apoio aD produtor atraves de assistencia lecnica a associac;ao dos produtores de Colombo, e
projetos feitos pela secretaria ao Ministerio da Abrricultura para reformas e ampliarvao da
Assoeia(fao de Produtores Abrrfcola de Colombo (APAC).
Quem veio primeiro, 0 turismo rural ou a agricultura organica?
A agricultura organica veio primeiro.
A Seeretaria ministra cursos, palestra ou outros?
A Secretaria apenas efetua palestras em escolas para concientizarvao e a EMA TER presta
assistencia tcenica, com agronomo e teenieo agricola, cedidos pela prefcitura atraves da
seeretaria.
A secretaria de agrieultura disponibiliza ereditos para a agricultura?
Nao, a seeretaria apenas busca recursos junto ao minisU:rio da agricultura, atraves de emendas
parlamentares com apoio de deputados federal, como e 0 easo de Gustavo Fruit.
Qual 0 perfil dos agricultores organicos do municipio?
Sao pequenos agricultores, possuindo em media sete hectares de terras, port:m existe
agricultor como 0 Sr. Helio Lazaroto, que possui apenas urn hectare de terras.
Existe parceria entre a Secretaria de Agricultura de Colombo, Secretaria de Maio Ambiente e
a Agrieultura Organica?
Sim, com a Seeretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Abasteeimento.
24
Como est.i sendo a repercussao do municipio de Colombo em aderir a agricultura organica?
Esta sendo urn ponto de referencia na agricuJtura Organica. por possuir total apoio Associa~ao
dos Produtores Organicos de Colombo.
A arrecadac;3.o municipal, em funyaa da agricultura organica esta aumentando au diminuindo?
Houve urn aumento, pois a cada dia que passa mais agricultores estao aderindo a
agroecologia.
o municipio POSSU! clados estatisticos sebre este assunto?
Sim, sao dados fomecidos pela EMATERlColombo: ao todo sao 900 familias de agricultores,
produtores Turais, sendo 880 familias que praticam a agricultura de subsistencia au seja de
pequenos agricuitores, 15 de medias e 05 de grandes produtores. Os panimetros utilizados
foram: renda, area, mao de obra; se familiar ou contratada e a infraestrutura.
Atraves da secretaria ha projetos para manter 0 homem no campo?
Sim, projetos que proporcionam a pennam!ncia do homem no campo, como por exemplo 0 de
fruticultura, 0 semeando nas aguas, vinicuia, agroecologia, patrulha rnecanizada e producao
de flores.
Qual 0 projeto agricola do municipio?
Existe urn rOleiro de atividades desenvolvido pelo departamento de agricultura que consta:
Programa Municipal de Fruticultura, que visa 0 fornecimento de mudas de arvores frutiferas
tais como uva, figo, caqui e ameixa para os produtores rumis com 50% de subsidios da
Prefeitura Municipal de Colombo, que fomece orientayoes quanto as variedades a serem
adquiridas, preparo das covas, plantio, adubayao, tratos culturais, etc., este programa visa a
diversifieayao da propriedade para obtenrrao de mais urna fonte de renda para 0 produtor; nos
ultimos tres anos foram distribuidas urn media de 27.817 mudas, que beneficiando 35
produtores por ano.
Programa Serneando nas Aguas; que e a aquisic;ao de alevinos tarnbem com suhsidio de 50%
pel a prefeitura, este programa possibilita ao agricultor/produtor a aquisicao de especies que
mais se adaptam a regiao e seu objetivo e mais uma fonte de renda para estas 50 familias que
sao beneficiadas anualmente, nos ultirnos dois anos foram distribuidos 359.050 alevinos.
Projeto Melhoria da Qualidade do Vinho Produzido no Municipio de Colombo: desenvolvido
em parceria com a Universidade Federal do Parana, envolvendo 15 vinicultores, dentro desta
parceria sao feitas analises peri6dicas dos vinhos, realizayao de cursos para os produtores e
debates tecnicos para troea de experiencias.
25
Program a Municipal Hortas EscolaTes: nestc prograrna a prefeitura femeee sementes de
hortali't8s, mudas de plantas medicinais, ferramentas, adubos organicos, etc., (I escoias,
creches e Qutros, totalizando 18 unidades, a EMATER entra com a assistencia tecnica.
o pro!:.Tfama tern poT objetivo proporcionar principalmente as crianyas que estao em fase de
crescimcnto uma alimentayao rnais saudavei, livre de agrotoxicos e produtos quirnicos, que
aU:m de ajuda-los na aprendizagem escolar podem formaT hortas em suas casas melhorando
tambem a alimentay30 de suas [amiLias.
Programa Municipal de Agroecologia: consiste na difusao da pnitica da agricultura Organica
(sem agrot6xicos e adubos quimicos), atualmente existc 30 familias produzindo
organicamente no municipio com 0 certificado do Instituto Biodinamico IBD e
comercializando 70.000 embalagens mensais atraves da Associayao dos Produtores Agricolas
de Colombo AP AC, onde a preteitura vern investindo ano a ano, citando 0 excmplo da
ampliayao c refonna da estrutura da APAC em 2001 onde investiu-se R$ 141.910,20, sendo
R$ 118.253,76 recurso do Ministerio da Agricultura e R$ 23.656,44 da Prefeitura Municipal,
e a assistencia tecnica a esses agricultores e prestada pela EMA TER Pr.
Agroindustria Ribeirao das Onyas (Vila Machado), construida com recursos federais,
estaduais e municipais, e tern como finalidade servir como ponto de apoio para produtoresque
na~ possuem local adequado para transfonnar sua produyao ex: sucos, geleias, picles etc.,
Patrulha Mecanizada que conta com uma retro escavadeira, cedida em comodato para a
APAC. onde a mesma administra, com 0 objetivo de atender aqueles agricultores que nao tern
condi<;oes financeiras para contratar uma maquina particular. mas necessitam de urn tanque
para irriga<;ao ou viveiro para piscicultura, neste casa a APAC realiza 0 serviyo por urn pre<;o
acessivel a seus associados. A media de atendimento mensal e de 12 a 15 produtores.
Setor de Blocos de Notas de Produtor Rural: compete ao setor cadastrar todos os produtores
rurais que utilizam a nota de produtor e conscientiza-los sobre a importancia do uso da nota
fiscal para todos os produtos que saem de sua propriedade. Atualmente sao 706 produtores
cadastrados e apenas 366 estao com seu bloco em atividade, diariamente sao liberadas em
media 150 notas fiscais.
Setor INCRAIITR: orientayao e preenchimento de cadastros rurais para INCRAIlTR,
atualmente existem 1.816 propriedades cadastradas.
26
ANEX03
Entrevista efetuada na Associavao dos Produtores Agricolas de Colombo
Pr.(APAC), em 15.08.2002 com a Sra. Josiane de Fatima Ferreira Perim, e1a e pradutora
Organica e funciomiria da APAC, trahalhando como rc1a90cs publica.
Quantos associ ados possui a APAC?
A AP AC possui urn total de 100 associados, sendo 80 produtores dos quais 35 sao produtores
organicos e 15 esHio em processo de conversao de convencional para 0 organico.
Desde quando existe a APAC?
A APAC est. no mereado desde 1984.
Qual a participavao da agricultura organica na agricultura de Colombo?
Do total de agricultores 5% sao organicos.
Tern havido aumcnto na procura pelo produto organico?
Sim e muito, principalmente em Santa Catarina nas lojas da Rede Zafari.
Que tipo de atividade e desenvolvida pela APAC?
Desenvolve a manufatura do produto, a distribuiyao e a representayao.
Como e feita a certificayao dos produtos organicos?
A certificayao e feita pelo Instituto Biodimimico de Botucatu (TBD), que certifica a associayao
e os tecnicos da EMA TER garantcm os produtos.
Como c tratado 0 problema quando os vizinhos usam a agricultura convencional?
Este problema c tratado diretamente com a EMA TER.
A associayao ministra cursos, palestras, etc. para os agricultores interessados?
Sim, at raves de parcerias com a EMATER, e a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA).
E disponibilizado algum tipo de consultoria para 0 produtor organico? Qual os custos desta
consultoria?
Sim,junto com a EMATER, e sem custo para 0 produtor.
A agricultura organica e mais lucrativa em relay30 a outros tipos de agricultura?
E mais lucrativa em relayao a cpoca, principalmente na entressafra.
Voce considera a agricultura organica urna tecruca preservacionista?
Sim.
Ela e terceirizada, devido ser a maioria pequenos produtores.
Qual 0 perfil dos principais consumidores? Mercados. mercearias?
Grandes redes de supermercados, mercados, quitandas alem de loja propria da Associa'tao dos
Produtores Organicos do Parana e APAC.
A agricultura organica esta na moda ou as pessoas estao mais consientesiexigentes com a
alimenta'tao?
As pessoas estao mais consientes e tambem mais exigentes com a sua alimenta'tao.
Alem da APAC. existe algum incentivo do governo?
Sim, atraves da EMA TER.
A agricultura organica e familiar ou ja e empresarial?
Todos os associados cia APAC praticam a agricultura familiar.
Que tipo de empreendimento e necessario para mudar de tradicional para organico? Quanta
tempo leva para esta mudan'ta?
o periodo de conversao vai de 06 a 37 meses. As verduras sao em media 06 meses e 0 mais
demorado e 0 cafe que demora 37 meses. sem empreendimento algum.
Na rnidia sabe-se que Colombo e urn polo produtor de hortalir;as e que 0 perfil da agricultura
neste municipio tern mudado. Qual sua opiniao sobre esta mudanc;a de comportarnento?
Os agricultores esUio se tornando mais consientes.
Que tipo de influencia no meio ambiente causa estas mudanc;as? Beneficios ou prejuizos?
No caso da agricultura convencional quando sc elimina uma praga, para 0 proximo ano a
dosagem de venenos e maior e 0 prejuizo tambem. ah~m dos danos a saude e ao mcio
ambiente.
Qual a custo para 0 produtor se associar a APAC?
Para se associar 0 agricultor faz urn acordo e paga urna taxa. A taxa e urnajoia de R$ 100,00 e
mais R$ 50,00 anuais e 0 acordo e a aquisi'tao de 30 caixas para 0 giro proprio.
Voce sabe se no caso de Colombo houve incentivo politico?
Sim. e 0 caso dos dcputados Gustavo e do Strapassom.
Voce acha que 0 turismo rural (circuito italiano) alavancou a agricultura no municipio?
A APAC e quem contribuiu para 0 circuito italiano, abrindo espa'to para 0 mesmo.
Qual a porcentagem de lucratividade em relayao a outra agricultura.
E em tome de 30%.
28
ANEX04
Entrcvista efetuada na EMATER Colombo, em 15.08.02 com os Srs. Julio
Carlos Veiga Silva - Engenheiro Agronomo e Rudnci Cloccari Tecnico Abrricola.
Voces acham que tern havido aumento na procura pela agricultura organica?
Sim, a EMA TER esta incentivando e ere que em futuro bern proximo, a tendencia e que toda
a bacia se tome organica.
A EMATER ministra cursos ou paiestras para os agricultores intcressados?
Sim, cuidando tambem da parte educativa e normativa.
Como e a producao de estercos para a agricultura organica?
o ideal e fossem produzidos na propria propricdade, mas poT serem pequenos produtores eutilizado 0 esterco convencional seodo efetuada as U:cnicas de compostagens que elimina
parcialmentc os residuQs.
Que tipo de empreendimento e necessario para a mudan~a de tradicional para organico?
Os invcstimentos do organico sao muito mais baratos e 0 custo e bern menor.
Voces consideram a agricultura organica mais lucrativa que a convencional?
Quando se consegue 0 equilibrio do solo a partir do terceiro ano a tendencia c de menor perda
do produto e como conseqOencia urna maior lucratividade.
Qual 0 tipo de tccnica utilizada pela agricultura organica?
A tccnica preservacionista.
Voces sabem dizer quais os principais fatores que levam 0 agricultor convencional a tomar-se
organico?
Financeiro. ecol6gico, saude e pessoas que se endividaram e nao tinham como manterem suas
propriedade.
Existe algum tipo de parceria para a produ~ao de orgdnicos?
Sim. entre a Prefeitura Municipal. Secretaria de Agricultura de Colombo e EMATER local.
Voces acham que 0 turismo rural (circuito italiano). alavancou a agricultura organica de
Colombo?
A agricultura organica teve seu inicio na decada de 80 pela familia Konzen e 0 turismo rural
foi quem pegou carona na agricultura organica.
29
ANEX05
Entrevista efetuada em 15.08.02 com a senhora Vera Lucia Maschio, cia e
proprielaria rural e agricultora. (ANEXO 7 FOTOS I E 2)
Porque houve a mudanca?
No comcco houve urn grande incentivo da EMATER, atraves da tecnica agricola Rosangcla.
Quais as dificuldades encontradas na adequacao da convencional para a organica?
No initio nao tinhamos noeao de nada e fomos aprendendo tudo juntos.
H<i quanta tempo a senhora pratica esta agricultura?
A 7 anos.
Voces tiveram algum tipo de incentivo de algum orgao?
Sim, tcmos 0 incentivo da EMA TER e da Secretaria de Agricultura de Colombo, sendo que
no inicio faziamos reunioes constantcs para a troca de infonnacoes e experiencias.
Quais os insumos utilizados? Eles sao produzidos na propriedade ou sao comprados?
Por sennos pequenos produtores nao temos como produzir os insumos na propriedade, por
esse motivo os mesmos sao comprados. Utilizamos 0 esterco de galinha. a compostagem, as
caJdas, 0 leite, a maceragem (tiririca) alem da rotarrao de culturas.
A renda na propriedade aumentou OU diminuiu?
Aumentou.
Para quem e vendida a produrrao, ou quem sao os consumidores?
A produrrao e vendida na Associay3.o dos Produtores Agricolas de Colombo AP AC e aos
consumidores na propriedade.
Sua propriedade faz parte do circuito do turismo rural?
Sim, desde 0 inicio do circuito.
Seus vizinhos tambem sao produtores organicos?
Nilo eles nao acreditam.
Quais os produtos aqui produzidos?
Moranguinho, br6colis. alface, pimentao, tomate e abobrinha.
Ha algum lipo de benificiamento de seus produtos.
Sim,o morango.
30
A senhora utiliza a milo de obra familiar? Quantas pessoas vivem dessa agricultura?
Na propriedade s6 trabalhamos eu e meu esposo, mas dessa agricultura vivem 04 pessoas.
Houve algum tipo de tnudanya na saude de sua familia apcs 0 inicio eta agricultura organica?
Grayas a Deus. nunea tivemos problemas de saude.
A senhora notOll algum aumcnto de animais e aves au alguma modificayao ambiental apcs a
mudanya para agricultura organica.
Notamos que paSSOll a aparecer mms passaros e tambem mais peixes e sapos, e iste e a
recuperayao do cicio biol6gico.
Qual 0 tamanho de sua propriedade.
Ela tern 33000 ms2.
o trabalho aumentou au diminuiu em relayao ao Dutro tipo de agricultura?
Quando aumentamos a nossa produyao aumentamos 0 nossa trabalho.
A propriedade possui a ccrtificayao? Quem e a certiticadora? Equal e 0 procedimento?
Sim possuimos a certifica9ao do fBD e da APAC, e esta certificac;~o e feita atraves de
pesquisas, analises, entrevistas, etc.
31
ANEX06
Entrevista efetuada com a senhora Aparecida de Fatima Bianchini, em
15.08.02, ela e propnetana rural e agricultora.(ANEXO 7 FOTOS 2 All)
Por que houve a mudan~a da agricultura convencional para a organica?
Sempre fui agroeco16gica, e trabalhando com as compostagens, de 10 anos para en. e que
comecei a comercializar os mcus pradutos.
Quais as dificuldades encontradas na rnudan<;a para adequa<;ao?
Por seT apenas ela, nao houve dificuldades.
Hit quante tempo a senhora pratica esta agricultura?
Desde 0 inicio, quando compramos a propriedade a 10 anos au seja desde abril de 1992.
A senhora teve algum tipo de incentivo da EMA TER, SAC, curso, etc.?
Nao recebi ncnhurn tipo de incentivo, foi tudo natural.
Os insumos, estercos etc. sao produzidos na propriedade ou sao comprados fora?
S6 compramos fora 0 csterco de aviario, 0 restante e produzido na propria propriedadc.
A rcnda na propriedade aumentou ou diminuiu?
Aumentou.
Quem sao os consumidores? Para quem e vendida a prodw;ao?
Os consumidores sao 0 publico em geral consintes quanto ao meio ambiente e saude. AOPA,
APAC. mais as feiras livre e lurismo.
A sua propriedade faz parte do circuito rural do turismo?
Sim.
as seus vizinhos tambem sao produlores organicos?
Sim.Quais os produtos aqui produzidos?
Todos os tipos de hortali~as e legumes. mais os processados que sao 0 queijo. doce de leite.
vinho etc.
Ha algum tipo de benificiamento?
Sim, os processados da uva terd em geral, como 0 licor, vinho, vinagre. suco. geleia e 0 doce
de morango (geI6ia).
32
A mao de obra utilizada e familiar? Quantas pessoas vivem desta agricultura?
A empresa e familiar, possui dois funcionarios e na propricdade vivem 4 familias.
Houve mudanc;as, principalmente na saude dos agricultores em reiayao ao con sumo, sem a
aplicayao de venenos'?
Quando passamos a produzir mais, 0 que consumimos 6 Quase que totalmente os produzidos
na propriedade, por este motivos nao nelamos mudanc;as.
Houve aumento de animais, insetos e aves em geral, com a modificayao do meio ambiente?
Como nao houve mudanc;as nao netamos diferen93s.
o trabalho aumentou ou diminuiu em reiayao a Dutra agricultura?
Quanto mais se produz mais se trabalha.
A propriedade possui certificayao! Como funeiona? Qual 0 proccdimento?
Sim possuimos a certificayao do IBD e com a Rede Vida nos tn!s estados do suI: Parana,
Santa Catarina e Rio Grande do SuI.
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REFERENCIAS BmLlOG RAFICAS.
EMBRAPA, Boletim Informativo da Embrapa Florcstas; n. 16,Curitiba Pr. Agosto 2001.
MARTINS, Fernando - Consumidores Procuram Empresas Comprometidas com a natureza e
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XIM, C. Pratica em Agricultura Organica, S. Paulo SP. kane Ltda. Agosto 1985.
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MARIANO J A Olericultura Organica, DisponiveJ em www.cati.sp.gov.br. acesso julho
2002
WWW.AAO.ORG.BR. acesso em julho 2002.
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ANEXO 7 - FOTOS
FOTO
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FOTO 10 - PrcJ)aracao das parcerias de uva Terci
FOTO 11- -Vinhos fcito com a uva Terci