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E-Book Talentos Maximizando Valor DOM Strategy Partners 2010

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 1
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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 1

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 2

A DOM/SP é primeira consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa.

Ela foi planejada desde seu nascimento para:

• Entregar mais por menos,

• Ser mais rápida que a concorrência internacional,

• Aplicar rigor intelectual, domínio de melhores práticas, domínio de metodologias internacionais e profundidade de conhecimento setorial,

• E ainda sim ser criativa, ágil, comercialmente flexível e deter profundo entendimento dos mercados e da realidade das empresas brasileiras.

• Ela foi planejada desde seu nascimento para:

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 3

Conteúdo Planejando o Auto-Treinamento. Sua Carreira e seu Futuro Agradecem ...................................................................................................................................... 4

RH.com ........................................................................................................................................................................................................................................ 6

Desafios do Profissional 2.0 ......................................................................................................................................................................................................... 9

O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual ............................................................................................................................................................. 11

Os Talentos como Principal Ativo de Valor Corporativo ............................................................................................................................................................. 16

O Crepúsculo de Talentos .......................................................................................................................................................................................................... 18

Cadeias Colaborativas de Conhecimento, Ecossistemas de Aprendizado Dinâmico e as Verdadeiras Learning-Organizations .................................................... 20

A Geração Y e suas Implicações Estratégicas .............................................................................................................................................................................. 22

Capital Humano: Transparência na Relação Potencializa Melhores Resultados .......................................................................................................................... 26

Conhecimento, Tecnologia e Trabalho Colaborativo .................................................................................................................................................................. 28

Conhecimento: Essência Fundamental de Competitividade das Empresas ................................................................................................................................. 30

As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações ................................................................................................................................................ 33

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Planejando o Auto-Treinamento. Sua Carreira e seu Futuro Agradecem 4

Planejando o Auto-Treinamento. Sua Carreira e seu Futuro

Agradecem

uando falamos de treinamento

somos remetidos à idéia do

treinamento corporativo que as

empresas costumam oferecer aos seus

funcionários. Mas e, além disso... aonde

podemos chegar?

Muitas empresas, atentas às necessidades de

formação, capacitação e evolução qualitativa

de seus colaboradores, criaram rotinas de

financiamento, subsídio e até premiação com

cursos, seminários, palestras, pós-graduações e

MBAs externos, quando não organizam tudo

isso dentro de casa mesmo, inclusive com as

chamadas universidades corporativas. Mas e

você? Se a empresa na qual você trabalha não

tem o treinamento como foco no momento ou

então não vê valor nesta atividade, a pergunta

é: O que você está fazendo para se diferenciar

no mercado?

Podemos dizer que o profissional de hoje é

muito mais receptivo do que ativo, ou seja, ele

espera muito mais da empresa do que a

empresa pode realmente oferecer a ele. É

preciso enxergar que os tempos mudaram e

que para o profissional se diferenciar dentro da

própria empresa em que trabalha - e no

mercado, em geral - ele precisa correr atrás da

sua carreira mais rapidamente do que seus

competidores correm atrás de suas carreiras –

e da carreira dele!

É realmente muito bom quando uma empresa

oferece treinamento aos seus funcionários

porque os estimula a adquirir novas habilidades

e os permite conhecer melhor sobre o mercado

em que atuam, sobre técnicas e metodologias,

sobre tendências, etc. Mas se a empresa não

oferece raros treinamentos internos ou nem

mesmo incentiva os colaboradores a

participarem de eventos externos relacionados

à área, você não deve deixar isto afetar a sua

carreira profissional.

O profissional completo é aquele que consegue

oferecer à empresa conhecimentos adquiridos

ao longo da carreira e que consegue extrair da

empresa novas experiências que o farão

crescer profissionalmente. É preciso eliminar o

pensamento de que tudo vai cair em nossas

mãos e passarmos a resolver nossos

problemas, pois somos, de fato e de direito,

responsáveis pela nossa carreira.

Q

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 5

Por este e outros motivos, precisamos nos

questionar o que estamos realmente fazendo

para alavancar nosso futuro. E é aí que entra a

questão do auto-treinamento pessoal. O que é

o treinamento pessoal? Nada mais é que um

treinamento planejado e custeado por cada

profissional, que independe exclusivamente da

visão-condução de terceiros. É o profissional

com sua carreira e seus objetivos de vida.

É mais difícil planejar um treinamento pessoal?

Com certeza, principalmente porque há custos

envolvidos e a chance de erros ou adoção de

caminhos, modelos e metodologias erradas é

grande. Afinal, o único responsável é você

mesmo! Mas é um risco que precisa ser

assumido para não se correr um outro risco –

mais letal ainda – de se estar ultrapassado no

mercado de trabalho e perder boas

oportunidades.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | RH.com 6

RH.com

sta é provavelmente a pergunta que

não só você, mas quase todas as

pessoas que trabalham em sua

empresa já se fizeram.

Pode ser que você não tenha se perguntado de

maneira tão explícita como mostra o título,

mas, com certeza, já se analisou dentro do

contexto de seu dia-a-dia tentando encontrar

aquilo que qualquer pessoa espera de um

ambiente de trabalho: motivação.

Alcançar a motivação do time de colaboradores

tornou-se um dos maiores desafios para os

profissionais que a gerenciam. Além disso, não

é preciso pesquisar muito para encontrar

funcionários trabalhando num mesmo nível

organizacional, no mesmo ambiente de

trabalho, porém com desempenhos e níveis de

satisfação diferentes.

Muitas das respostas sobre o porquê de certas

pessoas trabalharem de um jeito e outras de

outro completamente diferente encontram-se

dentro do conceito de motivação humana.

As necessidades de uma pessoa fornecem as

bases para um modelo de motivação. Essas

necessidades podem ser tanto fisiológicas

(necessidades do corpo como fome, sede, ou

respiração), como psicológicas (como aflição e

auto-estima). Elas criam uma tensão ou um

estímulo nas pessoas que resultam em

vontades. As pessoas que desenvolvem um

comportamento para satisfazer esse “querer”

interior acabam por cometer ações que visem

seu objetivo final, ou seja, conseguir resolver

seus anseios de maneira satisfatória.

Existem dois grupos principais que

caracterizam os fatores de motivação no

trabalho, são eles: (i) fatores fisiológicos e (ii)

fatores de motivação.

O primeiro grupo se relaciona com os fatores

que não são parte integrante do conteúdo do

trabalho propriamente dito do funcionário. Eles

são, na verdade, parte do ambiente de

trabalho. Este grupo inclui a remuneração

adequada, a segurança no trabalho e as

condições de trabalho.

O segundo grupo, que trata dos fatores de

motivação, pode ser considerado como a causa

principal das insatisfações no trabalho. Esses

fatores são intrínsecos ao trabalho, uma vez

que relacionam diretamente o conteúdo do

trabalho à performance de cada um.

Logicamente, é sempre bom lembrar que

pessoas requerem tipos e níveis diferentes de

fatores de motivação. Dentre os pontos que

E

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | RH.com 7

compõem esse grupo estão conhecimento,

utilidade, evolução pessoal, status, qualidade

do time e qualidade na inter-relação com o

grupo de trabalho.

A Internet, como ambiente do conhecimento

em lógica de redes, possui total condição de ser

encarada como aceleradora do processo de

motivação pessoal e formação

individual/profissional.

Para cada elemento componente do processo

motivacional das equipes, na lógica tradicional

e histórica das empresas, existe uma

possibilidade bastante real de valorização

eficiente na Web. Senão, vejamos alguns

exemplos de elementos motivacionais:

Responsabilidade: dar a oportunidade ao

funcionário de realizar algo que seja de grande

valor para a empresa, mostrando a importância

no processo. A aquisição de novas

responsabilidades, principalmente através do

ato de se delegar funções a um funcionário,

passa ao mesmo uma maior sensação de

confiança em seu trabalho. Delega-se

responsabilidade, mas também autoridade.

A Internet possibilita a experimentação e o

erro. Atribuir responsabilidades para que os

colaboradores entendam e avaliem como toda

e qualquer decisão ou ação que tomem seja

executada também ou somente na Internet,

pelo menos como simulação, é um benefício

tanto para o colaborador, como para a

empresa, que ganha em eficiência operacional,

comunicação interna, conhecimento, etc.

Reconhecimento: reconhecer o esforço do

funcionário, mesmo quando o objetivo

principal não foi totalmente atingido, com o

enfoque de reconhecer acerto, ao invés de

falhas.

A Internet propicia diversas formas de

reconhecimento, desde comunicações internas

voa e-mail, até inserções nas Intranets e Portais

Corporativos. A mensagem consegue muito

mais amplitude e o reconhecimento se torna

mais vivo. Premiações, distribuição de bônus

também podem ser executadas pela Internet.

Possibilidade de Crescimento: oportunidade de

se avançar na carreira dentro da empresa e em

novas oportunidades.

Certamente, num mundo digital, o

conhecimento digital é um fator

preponderante na evolução das carreiras. Além

disso, a Internet proporciona desafios novos a

cada momento. Desde novos modelos de

negócios, até novas formas de se executar

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 8

tradicionais tarefas ou adquirir conhecimento:

A Internet provoca a instabilidade motivadora.

É efetivamente o mundo da informação, que

gera a oportunidade de incrementar

conhecimentos e desenvolvê-los através das

experiências no trabalho. Treinamento à

distância, E-Learning e demais processos de

educação remota e contínua são exemplos

claros de evolução profissional via Internet.

Ambiente Integrado: as pessoas têm

necessidade de expressar suas opiniões, (in)

satisfações pessoais e/ou profissionais. Têm

necessidade de serem ouvidas. Esta é uma base

importante para se trabalhar com outras

pessoas e, consequentemente, engajá-las num

ambiente propício de trabalho.

A Internet propicia, através de seu conceito de

redes, a integração ativa e constante entre

pessoas. Fóruns, chats, Orkut, messengers,

vídeo-conferência, enfim, ferramentas de

formação e gerenciamento de comunidades

possibilitam que as pessoas se integrem online

a qualquer momento.

Certamente que cada item deste deve ser

pensado segundo a estratégia de Gestão de

Talentos de cada empresa. Mas se estamos na

Era do Conhecimento, então este

conhecimento precisa ser motivado. Também

na nova ordem econômica, e cada vez mais,

tudo se resume a seres humanos.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Desafios do Profissional 2.0 9

Desafios do Profissional 2.0

mundo dos negócios muda a ritmo

acelerado e as relações entre os

diversos atores (clientes,

fornecedores, acionistas, colaboradores etc) se

intensificam diariamente com a proliferação de

novos canais e pontos de contato, meios e

formas de comunicação, níveis de

interatividade e velocidade na disseminação de

informações, dentre outros aspectos que de

certa forma mudam a dinâmica corporativa.

São mudanças irreversíveis em que o principal

desafio reside na capacidade de adequação das

pessoas (como indivíduos e profissionais) a esta

nova forma de se relacionar e trabalhar.

Políticas, regras, modelos de gestão e controle

devem ser reformulados e implementados a

fim de prover diretrizes consistentes e, ao

mesmo tempo, potencializar e canalizar o

poder de comunicação existente em benefício

da empresa e da comunidade em que esta está

inserida.

Porém, mais do que ter a capacidade de se

adaptar, conviver com novas as tecnologias,

ambientes e ferramentas 2.0 demanda, em

primeiro lugar, saber como utilizá-las

eficientemente, dado que a grande amplitude

de possibilidades insere variáveis de risco (pela

utilização não ideal) e oportunidades

igualmente relevantes.

O profissional de sucesso seja um colaborador,

executivo de uma empresa ou mesmo um

empreendedor, não obterá resultados

melhores somente por conhecer ou saber

utilizar determinada tecnologia ou ferramenta,

ou ainda ser uma pessoa altamente conectada

em ambientes e redes sociais.

O diferencial do profissional ainda reside em

sua capacidade produtiva - intelectual e de

execução -, que, aliada de forma correta às

inovações e plataformas digitais, móveis,

interativas e sociais, poderão potencializar o

que existe de melhor no indivíduo, assim como

causar algumas surpresas e necessidades

imprevistas de rearranjo nas formas, formatos

ou abordagens tradicionais, uma vez que a

diversidade de interlocutores e agentes de

relacionamento derivada da abertura para este

grau de interação intermitente naturalmente

causa “conflitos” de idéias e fomenta novas

discussões. Por outro lado, ao se utilizar

eficientemente das redes e comunidades

disponíveis, outras formas de trabalho surgem

como grandes oportunidades e tendências, tais

qual o trabalho remoto e/ou móvel em

detrimento do local fixo e a possibilidade de

O

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 10

colaboração e trabalho em equipe como

principais vertentes. Neste universo

corporativo convergente, evidencia-se também

a possibilidade de acesso à informação e ao

conhecimento, seja através de conteúdo

disponível na própria rede ou pela

comunicação sem fronteiras geográficas em

tempo real com pessoas em qualquer ponto do

mundo. Cada vez mais se caminha para a

polivalência e inter-conectividade dos

colaboradores e profissionais, requerendo a

aprendizagem de novas competências,

permitindo aos indivíduos que as possuem se

diferenciarem mais facilmente no mercado de

trabalho e no mundo dos negócios.

Neste mundo cada vez mais exigente e

disponível, o conteúdo e forma são quase que

uma coisa só, e as percepções diferenciadas

(comparativas) surgem da criação de

conteúdos equivalentes em formas diferentes

ou do desenvolvimento de conteúdos

diferentes em formas tradicionais.

Toda inovação requer

mudanças de comportamento, pensamento,

atitude e visão. Gerar valor para seu negócio ou

para a empresa em que trabalha ainda é o fator

que prepondera acima de qualquer coisa e a

perenidade e sobrevivência no ecossistema

corporativo deve estar em primeiro lugar. Se as

pessoas mudam, as demandas mudam e as

empresas ou se adaptam ou perdem espaço.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual 11

O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual

urfando na onda do “Livro de 5 Anéis”,

de Miyamoto Musashi (datado do Séc.

XVI), podemos concluir que tudo que

importa em termos de competitividade, seja

pessoal, seja profissional, é a nossa capacidade

de ação/perturbação e reação frente às

adversidades e adversários. Isso só é possível a

partir do talento, ou seja, do conhecimento

corretamente aplicado.

O tema principal do livro são as estratégias de

combate (ataque e defesa) baseadas nos

elementos da vida (Ar, Terra, Fogo, Água e

Nada) e as formas e posturas que um

samurai/guerreiro deve adotar ao atacar

velozmente e contra-atacar de maneira

surpreendente, sem que o inimigo tenha

espaços para respirar.

Pense em quantos inimigos e batalhas têm que

vencer no nosso dia-a-dia, independentemente

de serem eles internos ou externos, reais ou

imaginários?

Vencer requer reinvenção diária. Isto tem deve

ser uma constante, tanto para produtos,

serviços, processos, quanto para a vida em

todos os seus aspectos. A reinvenção

constante, a partir do aprendizado em

ambientes aparentemente caóticos, parece ser

o único fator capaz de gerar vantagem

competitiva em qualquer cenário de

concorrência ou superação. E Musashi, já

naquela época, sugeria que o guerreiro deve

escolher suas armas e táticas de batalha em

função de suas condições próprias no

momento, das estratégias e práticas de seu

oponente e das condições e tendências do

campo de batalha.

Além de Musashi, autores um “poucos” mais

recentes e voltados ao universo corporativo,

como Clayton Christensen (O Dilema da

Inovação), Clemente Nóbrega (A Empresa

Quântica), Nordström/Ridderstrale (Funky

Business) e Gary Hamel (Liderando a

Revolução) têm apontado a flexibilidade na

escolha das armas de competição, a partir da

capacidade sistêmica da organização de

reinventar estratégias e modelos de negócio,

inovar e introduzir complexidades no meio,

como fatores críticos de sobrevivência e

evolução.

S

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual 12

Estabelecemos então uma analogia de como,

em boa parte das empresas mais

tradicionalistas em termos de visão de gestão

de talentos, o RH vem agonizando e perdendo

relevância, assim como ocorreu com os

“Departamentos de O&M” em outras épocas.

Para ter sucesso na empresa, os colaboradores

devem viver um processo de reinvenção

constante. Cada colaborador aprende a

sobreviver de acordo com as leis da evolução e

da lógica da competição. Devem aprender

como introduzir complexidades nos meios de

atuação e serem incentivados a criar rupturas

nos padrões existentes, sem, contudo,

desrespeitar valores, princípios e normas

estabelecidas, consensadas e conhecidas.

Isto faz com que as pessoas sejam capazes de

entender e aceitar os desafios propostos pela

estratégia da empresa, que por sinal deve ser

de conhecimento de todos e debatida

continuadamente para alinhamento de

diretrizes... até porque não deve ser

exatamente um plano estratégico, mas uma

orientação estratégica, flexível e adaptável às

perturbações internas e externas.

Acreditamos que a independência intelectual

do colaborador dentro de um ambiente

criativo, aliado a uma forte referência nos

valores da empresa, no DNA da empresa, cria a

confiança e o spirit du corps tão importantes

para o crescimento almejado.

O grande desafio do novo RH é desenvolver os

colaboradores para que tenham velocidade e

acurácia de resposta aos estímulos e desafios

impostos, busquem a diferenciação e sejam

capazes de criar, implementar e disseminar o

conhecimento de valor. E neste sentido, é

fundamental aperfeiçoar permanentemente as

características operacionais capazes de prover

a arquitetura do modelo de crescimento

orgânico desejado pela empresa e demandado

por sua estratégia.

Ao longo do tempo, a empresa começará a

colher os benefícios da auto-referência e da

experimentação (erros e acertos), a capacidade

sistêmica de aprender com suas experiências e

introduzir este aprendizado nos processos

decisórios e operacionais da empresa. E isto é

um fator de crescente importância para o

desenvolvimento dos mecanismos de decisão.

Entendemos ser isso o mais próximo, na

prática, de uma “learning organization”,

incentivando cada vez mais a integração e a

diversidade cultural no ambiente de trabalho e

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual 13

conseguindo alavancar fortemente as

competências individuais dos colaboradores. O

que se deve exigir é a capacitação pelo

aprendizado contínuo, incorporando a

experiência e os novos conceitos às pessoas e

ao know-how da empresa de maneira

permanente.

A tradicional área de Recursos Humanos deve

enfrentar seu dilema: ou sua missão será

redefinida, tornado-se cada vez mais um grupo

de funções e responsabilidades diluídas nos

processos e decisões das organizações, ou será

eliminada de forma gradual, através do seu

isolamento na forma de um “departamento”

cada vez mais incapaz de acompanhar as

necessidades do indivíduo na Era do

Conhecimento.

As antigas práticas de recrutamento e seleção,

remuneração e desenvolvimento terão pouco

valor agora e as empresas precisam de

sistemas que provoquem o aprendizado e a

iniciativa que facilitam o crescimento pessoal,

além de motivar a manutenção do foco de

esforços nos clientes - que têm hoje um maior

poder de barganha ainda superior.

As empresas que são focadas no cliente sabem

transformar a satisfação do cliente em

entusiasmo duradouro e, portanto, têm essa

prerrogativa como core competence. Este

resultado só se consegue quando as

organizações passam a aceitar que o RH não faz

sentido como é visto atualmente e que o

treinamento e a evolução profissional dos

colaboradores devem estar presentes em todos

os processos, em todas as decisões. Morre o

velho RH, nasce o RH do Capital Intelectual

Competitivo. E com a morte do RH, Maslow

vira de ponta-cabeça.

A maior parte das pessoas está familiarizada

com a “Hierarquia das Necessidades” definida

por Maslow, bem como com seu diagrama

triangular, tendo a “auto-realização”

aparecendo no topo da pirâmide. É em Maslow

que os departamentos de RH das empresas

estão baseados.

Richard Oliver, em seu livro ”Como Serão as

Coisas no Futuro”, preconiza aquilo que pode

ser chamado de Sociedade Pós-Informação,

sugerindo uma nova era econômica, onde a

concorrência será cada vez mais voltada à

satisfação de nossas demandas “mentais” e

não de nossas necessidades tradicionais,

inclusive de conforto.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | O Novo RH e o Desenvolvimento do Capital Intelectual 14

Oliver acredita que a pirâmide proposta por

Maslow será virada de cabeça para baixo na

chamada Sociedade Pós-Informação. Ou seja,

segundo Oliver, a satisfação sistemática e

criativa da auto-realização dos “clientes” em

todas as suas formas deve se tornar a maior

indústria do mundo. Turismo, lazer,

entretenimento, sexo, imaginação,

conhecimento, sonho certamente serão

indústrias fortes neste cenário.

Para as empresas, resta perceber que os

objetivos intelectuais de seus clientes e

colaboradores irão, parcialmente, suplantar os

comerciais e o desenvolvimento do capital

intelectual será um objetivo comercial tão

predominante que os empregados passarão

essencialmente todo o tempo aprendendo

novas aptidões e criando sistemas capazes de

transformar, de maneira automática, essas

aptidões em serviços e produtos de qualidade.

Hierarquia das Necessidades – Maslow

Page 15: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 15

Sociedade Pós-Informação – Oliver

Embora estejamos em uma época de retenção

de investimentos, as áreas de Recursos

Humanos têm um importante trabalho a

realizar: definir a estratégia de capacitação de

seus profissionais e times para um novo

cenário onde a educação será um elemento

facilitador de mudanças.

Neste cenário, o KM, base da organização da

empresa, assumirá, de fato, papel central no

sucesso das corporações sobreviventes na Era

do Conhecimento. Aliás, retornando a Musashi,

o primeiro passo é conhecer a si próprio, ao

inimigo e às condições e tendências do terreno

(ou do mercado) e aí, sim, definir a estratégia

de combate.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Os Talentos como Principal Ativo de Valor Corporativo 16

Os Talentos como Principal Ativo de Valor Corporativo

ornou-se senso comum dizer que a

evolução humana dos últimos 50 anos

dificilmente se compara com outros

momentos históricos em termos da quantidade

e qualidade do conhecimento e das inovações

desenvolvidas, sejam elas nas relações

humanas ou nos meios, ambientes e

experiências que a suportam, especialmente

quando falamos de tecnologias.

Tanta evolução e crescimento curiosamente

contrasta com a utilização de ferramentas de

gestão de desempenho, performance,

resultados e valor de recursos humanos dos

mesmos 50 anos atrás. Ou seja, o ser humano,

em seu papel profissional, acompanhou a

evolução dos modelos de negócio e modelos

culturais; porém tal evolução aconteceu de

forma paralela e independente.

Mas, curiosamente, a aderência entre os

valores pessoais dos funcionários de uma

empresa e sua cultura corporativa (visão,

missão, valores, etc) é fator crítico para o

sucesso atual das corporações. Quanto maior

este alinhamento, maior a capacidade da

empresa de gerar engajamento, energia e

motivação de seus funcionários em atingir um

determinado objetivo, por mais ambicioso ou

“impossível” que este possa parecer em um

primeiro momento.

O ponto ótimo dessa relação se dá tanto pelo

tipo de modelo cultural construído – em quais

premissas este se baseia -, como compreende a

natureza humana e suas aspirações e

comportamentos, quão alinhada com os

aspectos relevantes da identidade de cada

indivíduo, de sua sociedade e país, dentre

outros. A integração e correlação do modelo

cultural com o modelo de negócio da empresa

é fator determinante.

Porém, não basta possuir um amplo arcabouço

conceitual, teórico, filosófico e antropológico

se a matéria viva que faz o modelo cultural

existir, ou seja, os funcionários da empresa,

não tiverem o perfil (identidade), maturidade e

competências necessárias.

Um elemento não vive sem o outro: não há

empresa apenas com modelo cultural

aperfeiçoado e funcionários não identificados,

que o encaram como um sonho ou utopia

descolada da realidade – ou pior, como

discurso vazio e até hipócrita – e nem

funcionários competentes e profissionais sem

vínculos culturais e crenças que os uma e

oriente.

T

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 17

Assim como o Capital Humano é a base para

todos os ativos ditos intangíveis de uma

determinada companhia, o perfeito encaixe e

sincronicidade entre Talentos e Modelo de

Gestão de Pessoas é a base para a construção

de todo e qualquer valor de uma empresa. Tal

valor seja tangível ou intangível, em última

instância, é o objetivo maior de qualquer

organização com fins lucrativos. Conforme as

empresas evoluem na compreensão de seu

papel e impacto no entorno de negócios, a

Sustentabilidade – como o conceito que

representa e traduz a

compreensão sistêmica (da empresa e

conseqüentemente do funcionário) sobre si

mesmo como instituição/indivíduo, em relação

aos seus diversos papéis e em seus

relacionamentos, sejam eles clientes,

fornecedores, acionistas ou demais

funcionários – assume claramente o papel

fundamental de potencializar este valor

corporativo e de seus talentos.

Um modelo de Gestão do Valor dos Talentos,

que considere variáveis como novos modelos

de trabalho, alinhamento de valores empresa-

funcionário, transparência e comunicação

eficaz, mensuração de performance, associação

de ganhos empresa-funcionário, multiplicidade

de papéis, maximização do uso do

conhecimento, desenvolvimento de redes

colaborativas, dentre outros, não é mais um

ideal ou tendência a ser avaliada. Ao contrário,

esses itens devem, cada qual a seu modelo,

profundidade e formato, de acordo com a

cultura, mercado e estratégia corporativa, ser

tratado como vetor fundamental para a

competitividade da empresa e sua evolução

como organização social e produtiva.

Page 18: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | O Crepúsculo de Talentos 18

O Crepúsculo de Talentos

mercado arde. A cada dia a

competição nos aumenta diversos

setores. E os concorrentes

tradicionais nem sempre são os maiores

inimigos. Legislações, novas regulamentações,

pressões dos consumidores, monitoramento de

ONGs, vigilância da mídia, novos desafiantes

oriundos de outros segmentos, inovações e

rupturas... tudo isso quase que coloca os

concorrentes históricos de um setor do mesmo

lado da mesa, unidos e isolados neste mar de

ameaças.

Como lidar com isso? Como se diferenciar,

performar e gerar mais valor ao acionista? Mais

e melhores talentos são à base da resposta. O

Capital Humano certamente é o ativo mais

relevante para o sucesso das bravatas

corporativas, apesar de ser o intangível mais

controverso e mais disputado.

Uma das razões para isso é que, sem ele,

nenhum outro Capital Intangível pode ser

desenvolvido. Sem ele, o Capital Institucional

não se constrói, o Capital de Relacionamentos

não acontece, o Capital Organizacional não

funciona e o Capital Intelectual não existe.

Empresas são pessoas, em essência. Pessoas

organizadas em uma determinada estrutura,

unidas por valores, filosofias, objetivos e

metas, que adotam determinadas estratégias e

práticas para se diferenciarem e vencerem a

concorrência em mercados e segmentos

escolhidos, gerando maior valor para os

acionistas e para a própria empresa (ou seja,

para as pessoas).

Como construir empresas de sucesso,

competitivas e perenes, sem talentos? Como

tornar uma empresa cidadã, sócio-responsável,

sem pessoas? Impossível.

Talentos são necessários, condição basal para

as empresas existirem, sua matéria-prima mais

importante. Em nosso século, informações

qualificadas (conhecimento) e pessoas

preparadas é o segredo das melhores

empresas. Informações são quase abundantes.

Pessoas, ao contrário, um recurso escasso,

principalmente quando se trata de talentos de

média-gerência para cima e de algumas

expertises mais técnicas ou especializadas,

como tecnologia. E todos sabem da Economia

básica, o que acontece com os preços, quando

a matéria-prima mais importante torna-se rara

e disputada.

O

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 19

Os altos custos do cérebro-de-obra, somados

ao perfil empreendedor, individualista e pouco

propenso ao conceito de fidelidade corporativa

da chamada Geração Y, só faz piorar esta

realidade. O EU S.A., esse colaborador 2.0, está

com tudo, mais caro do que nunca, impondo e

exigindo condições, formatando trocas e

modelos diferenciados de trabalho,

compensação e condições com seus

contratantes. O poder de barganha parece

estar mudando de lado e as pesquisas mais

recentes apontam que isso só deve se

intensificar nos próximos anos.

Esta preconizada ausência de talentos pode ser

uma enorme barreira – a principal talvez – para

o desenvolvimento e sucesso das corporações

nos próximos anos. Principalmente as globais,

principalmente as de serviços, conhecimento e

tecnologia, principalmente aquelas que duelam

em mercados altamente competitivos e

democráticos, que exigem alta performance.

A solução para essa questão passa por ações

internas, como identificar, valorizar e reter os

talentos disponíveis, construir modelos de

gestão e sucessão atrativos, desenvolver

modelos de compensação interessante,

capacitar continuamente as pessoas, etc. Passa

também por ações setoriais (micro), como

desenvolver redes de formação e captação de

talentos com universidades, associações

setoriais e concorrentes, dentre outros.

E passa por ações macro, como participar dos

processos nacionais de investimentos em

educação, desafia mais agudo dos governos,

principalmente nos países emergentes, como o

Brasil.

Sem dúvida todos reconhecemos que os

talentos são um ativo de valor inquestionável.

Perder talentos é perder competitividade (fora

os riscos de migração destes talentos para a

concorrência... e, com eles, tudo que sabem

sobre as estratégias e operações da empresa).

Talentos são ativos e, como tal, devem ter seu

valor devidamente mensurado. Mais do que

construir o valor das empresas, os talentos são

parte do valor das empresas, como os demais

intangíveis. Perder bons talentos é perder valor

da empresa. A Apple, com os rumores da

doença de Steve Jobs, que o diga.

Page 20: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Cadeias Colaborativas de Conhecimento, Ecossistemas de Aprendizado Dinâmico e as Verdadeiras Learning-Organizations

20

Cadeias Colaborativas de Conhecimento, Ecossistemas de

Aprendizado Dinâmico e as Verdadeiras Learning-Organizations

odemos assumir que o principal ativo

que as empresas possuem são as

pessoas – seus talentos, que muitas

vezes assumem, simultaneamente, diversos

papéis, tais como: colaborador, gestor, líder,

cliente/consumidor, influenciador, acionista,

etc.

Os colaboradores de uma empresa devem ser

encarados como fator essencial para propiciar

as condições competitivas capazes de gerar

diferenciação e posicionamento destacado

para as empresas em seus mercados de

atuação.

Desenvolver e disponibilizar o ambiente e as

ferramentas corretas para que as pessoas

trabalhem de forma eficiente consiste,

atualmente, em um dos principais desafios dos

gestores de RH.

De maneira geral, a boa gestão coordenada de

RH deve instrumentalizar cada indivíduo para

que este trabalhe de forma harmônica e

produtiva, a fim de alcançar os objetivos

corporativos traçados, em concordância com

seus objetivos pessoais (no máximo limite de

possibilidade de alinhamento).

Para tal, deve levar em consideração as

diversas variáveis tangíveis e intangíveis que

permeiam a relação do indivíduo com a

empresa, sua cultura, hierarquia e com os

outros indivíduos, tais como: motivação,

interesses, formação, produtividade, liderança,

clima organizacional, mudanças culturais,

conflitos interpessoais, etc.

Atrair, desenvolver e reter talentos são

comumente e sabidamente 3 dos principais

desafios enfrentados por uma gestão eficiente

de pessoas.

Atualmente vivemos na era do conhecimento,

da informação, do relacionamento, em que as

novas plataformas e ambientes digitais

facilitam sobremaneira o tráfego de dados e

informações, facilitam a comunicação entre

colaboradores e, acima de tudo, permitem que

informações e conhecimento antes tratados de

maneira informal e não estruturada passem a

P

Page 21: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 21

circular em ambientes passíveis de gestão,

captação, beneficiamento, análise e

personalização.

Mais especificamente em relação às pessoas,

sabe-se que estas são as verdadeiras

detentoras da maior - e talvez da mais

importante - parcela deste conhecimento

corporativo.

A tecnologia da informação permite,

potencialmente e em tese, o trabalho a

qualquer hora e de qualquer lugar; permite

também a colaboração em projetos com

participantes multidisciplinares com visões e

experiências complementares.

Os ambientes colaborativos promovem o palco

ideal para que, de forma organizada e

“controlada”, revele-se e compartilhe-se o

conhecimento individual, ao mesmo tempo em

que potencializa o conhecimento corporativo.

Vídeos, áudio, animações, textos e tantos

outros formatos passam a fazer parte do

arcabouço de conhecimento da empresa e dos

indivíduos, de forma dinâmica,

interdependente e co-construída. Mobilidade,

convergência, colaboração e co-criação são

vertentes que devem ser incorporadas nos

modelos de capacitação, treinamento e

desenvolvimento de indivíduos e das próprias

empresas.

A Gestão de RH tende a se apoiar, cada vez

mais, neste e em outros recursos tecnológicos

e ambientes digitais para cumprir seu papel

estratégico dentro das organizações.

Critérios como alta performance, mobilidade e

produtividade exigem que o gestor de pessoas

administre com maestria o conhecimento e isto

só é possível com a informação adequada

obtida com as ferramentas e ambientes

igualmente adequados, no momento certo, da

forma e na profundidade corretas.

Para as empresas, aprender a atuar de forma

mais interativa e participativa com os

colaboradores, sem dúvida, trará benefícios

mútuos, com ganhos significativos e

sustentáveis a todos os envolvidos. Nascem

assim às cadeias colaborativas de

conhecimento, os ecossistemas de aprendizado

dinâmico. Nascem também as learning-

organizations de fato.

Page 22: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | A Geração Y e suas Implicações Estratégicas 22

A Geração Y e suas Implicações Estratégicas

unca antes uma geração exerceu

tanta influência nas estratégias

organizacionais e no mercado de

trabalho como a Geração Y. Organizações e

economias inteiras serão influenciadas de

maneira inédita pelas transformações,

aspirações e motivações trazidas à medida que

essa geração se torna adulta (e ser adulto

também significa ser cidadão, consumidor,

força de trabalho e líder).

Nesse artigo buscaremos apontar as principais

implicações estratégicas da emergência da

Geração Y como consumidora (ou seja,

impactos no Marketing/Branding e Relação com

Stakeholders) e também como força de trabalho

(ou seja, impactos na Gestão do Trabalho e

Recursos Humanos).

Sugerimos a leitura do artigo “Dossiê Y: Breve

Manual de Compreensão da Geração Y” * para

maximizar a compreensão desse artigo (ver

links abaixo).

Mas antes, vejamos alguns dados sobre a

Geração Y:

Já são considerados como o maior

segmento em diversos setores da

economia mundial (volume de

compras e quantidade de

consumidores).

Representam cerca de 20% da

população brasileira (40 milhões) e

outros 210 milhões no restante do

mundo em desenvolvimento.

Começaram a entrar no mercado de

trabalho em 2005 e assim

continuarão até 2018. Daqui para

frente, as empresas terão cada vez

mais membros dessa geração em

suas folhas ou contratos de

pagamento (e posições de liderança).

É tida por alguns como a geração na

história, e em todo mundo, com o

maior nível de escolaridade e

formação e com maior flexibilidade

de conceitos e, portanto, menor nível

relativo de preconceitos.

Cresceram com disponibilidade

tecnológica e acesso instantâneo a

informações e foram os primeiros a

adotar tecnologias como redes

sociais, redefinindo a forma de

pessoas se relacionarem entre si e

N

Page 23: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | A Geração Y e suas Implicações Estratégicas 23

com a tecnologia. São, portanto, o

maior grupo de internautas da Web.

Apresentam expectativas sobre as

questões de responsabilidade social

corporativa, ambiental e trabalhista

mais próximas ao comportamento de

membros de uma ONG do que de

qualquer outro grupo. Isso se reflete

em suas demandas e ações enquanto

funcionários, políticos, empresários

e consumidores.

Gerindo a Geração Y – Entrevista com Tammy

Erickson (especialista em RH e articulista da

Harvard Business Review) – Duração 10 min.

A formação histórica e cultural dessa geração

contribui para expectativas em relação ao

equilíbrio vida pessoais e trabalho

absolutamente diferentes das gerações

anteriores.

Page 24: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | A Geração Y e suas Implicações Estratégicas 24

Abaixo os principais impactos na Gestão do Trabalho e Recursos Humanos:

Por outro lado, os hábitos e expectativas de

consumo destes indivíduos estão mais

relacionados à experiência e

envolvimento/participação social do que ao

produto em si. A importância real está no

conteúdo e no valor desta experiência. E, além

disso, esperam que as organizações assumam

mais responsabilidade nas grandes questões

mundiais.

Page 25: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Capital Humano: Transparência na Relação Potencializa Melhores Resultados 25

Todas essas perguntas e suas respostas

adjacentes se relacionam a algo maior. Como

preparar a organização para o futuro? Onde

estará o valor no futuro? Como serão as

organizações do futuro? E, ainda mais

importante, como tudo isso se relaciona?

E, por compreender isso é que temos atuado

como uma das principais vozes no País a

defender a idéia de Intangíveis**. Estamos

convictos de que “mesmos modelos X variáveis

diferentes = conta que não fecha”.

Page 26: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Capital Humano: Transparência na Relação Potencializa Melhores Resultados 26

Capital Humano: Transparência na Relação Potencializa

Melhores Resultados

ivemos em uma época em que a

tecnologia vem alcançando uma

participação maior no dia a dia da

gestão das empresas, seja em função de sua

capacidade de processamento e automação de

processos, seja por conta do aumento da

produtividade de forma geral. Porém, por mais

que seu impacto seja de alta relevância, o fator

humano ainda é, sem dúvida alguma, o fiel da

balança para o sucesso ou fracasso de

empresas em um mercado cada vez mais

disputado, acirrado.

Muito se discute acerca da política de gestão

de talentos mais correta e mais eficaz para as

organizações, mas o fato é que para se obter

uma diferenciação competitiva relevante faz-se

necessário otimizar e maximizar os

recursos/ativos existentes (que são finitos) em

níveis superiores aos dos concorrentes. Ou

seja, fazer mais, melhor e com maior valor,

com menos...

Esta lógica em que se tem como meta atingir o

máximo de produtividade a fim de extrair o

maior e o melhor resultado dos ativos

existentes, incluindo-se aí os humanos, traz

algumas variáveis e particularidades que

tornam a missão, particularmente no que tange

aos talentos humanos, uma das mais difíceis de

serem implemntadas e geridas com sucesso.

Pessoas, apesar de ser o mais importante ativo

das empresas, não podem ser imobilizadas

nem compradas, ou vendidas ou mesmo

alugadas por tempo indeterminado. Possuem

atributos únicos derivados de seu intelecto,

conhecimento, expertise e experiência que, via

de regra, são voláteis e oscilam sensivelmente

de acordo com o chamado “estado de

espírito”. Como gerir e garantir o melhor

retorno sobre um capital (humano) tão

importante quanto instável?

Conseguir o engajamento e o

comprometimento dos colaboradores a partir

de elementos da cultura e da estratégia

corporativa, tais como missão, visão, valores,

objetivos e metas da empresa são o que todos

os gestores (e acionistas) das empresas

desejam; porém a moeda de troca para que

isso ocorra nem sempre é exclusivamente

financeira. Aspectos relacionados à cultura

organizacional, ao clima de trabalho, às

V

Page 27: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 27

políticas e modelos de relacionamento

internos, programas de

treinamento e qualificação, senso de

participação e até mesmo status são alguns

exemplos dessas chamadas “moedas” de troca

não financeiras, ofertados pelas empresas. Vale

ressaltar que a competição por talentos não

deixa de ser uma vertente de competição

adicional àquelas relacionadas aos aspectos

mercadológicos e concorrenciais.

O comum acordo, de forma abrangente,

sincera e transparente, entre quem contrata e

quem são contratados consiste no ponto

central da viabilidade de sucesso de uma

relação de trabalho saudável. Assim como

existem pessoas com perfis, ambições, pré-

disposições, metas e filosofias de vida

heterogêneas e particulares, passíveis de

questionamentos e julgamentos alheios,

também existem empresas que possuem

políticas, características e personalidades

distintas e peculiares. Daí, praticar a

transparência neste tipo de relação é a melhor

alternativa, uma vez que os interesses precisam

ser convergentes; caso contrário, em questão

de tempo, haverá um divórcio, que, via de

regra, é litigioso e com amplo favorecimento ao

empregado.

Porém ainda existe um caso pior, que é quando

uma ou ambas as partes fingem e sublimam um

estado harmonioso, estando ambos estão

descontentes. A situação não se resolve e a

produtividade cai dia a dia, as políticas não são

implementadas, mas

sigilosamente sabotadas. Não há um

comprometimento mútuo. Neste caso, a

rescisão desta relação é a melhor alternativa.

De qualquer forma, percebe-se que não há o

certo ou errado absoluto quando se trata da

gestão do ativo humano, mas sim maneiras

corretas e adequadas de gerir e contratar

pessoas “certas” para uma dada condição e

ambiente de trabalho em determinadas

empresas “certas” para essas pessoas.

Page 28: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Conhecimento, Tecnologia e Trabalho Colaborativo 28

Conhecimento, Tecnologia e Trabalho Colaborativo

comunicação como uma das mais

primitivas e distintivas formas de

diferenciação da raça humana,

particularmente ao longo dos últimos anos,

vem sofrendo profundas alterações tanto em

relação a sua capacidade de disseminar

informações quanto de prover o seu acesso.

Com a massificação do uso e acesso a Internet

– atualmente somos 1,73 bilhões de pessoas no

mundo com acesso à rede (Set/09),

representando 25,6% da população mundial

(Internet World Status), as pessoas passaram a

ter a capacidade de se comunicar e se

relacionar de formas a impactarem não

somente a comunicação pessoal, como

também a comunicação corporativa. As redes

digitais estabeleceram uma nova forma de

produzir, disseminar e compartilhar

conhecimento.

Como um dos principais atributos desta nova

lógica de comunicação, podemos destacar

outro fenômeno, não menos importante, que é

o da convergência digital, em que a interação

associada à possibilidade da convivência

simultânea de áudio, texto, vídeo, animações,

imagens, etc formaram o palco ideal para que a

comunicação em suas mais variadas formas e

formatos, propósitos e objetivos pudesse se

manifestar com a intensidade que a vemos

hoje.

Neste novo cenário, onde tudo e todos

parecem estar interconectados por meio da

Web e de seus dispositivos de acesso

(computadores, celulares, TVs, etc), novas

formas de trabalho surgem e se viabilizam,

como o trabalho remoto e o trabalho

colaborativo.

O trabalho colaborativo nos ambientes

empresariais passará a ser explorado cada vez

mais, buscando ganhos de sinergia,

produtividade, integração entre equipes

multifuncionais e geograficamente distantes. O

compartilhamento de conhecimentos antes

restritos a pessoas e/ou áreas torna estes

passíveis de serem usados e beneficiados

coletivamente, o que, via de regra, possibilita

ganhos em eficiência e competitividade frente

aos modelos mais estanques e menos

integrados das organizações formais e menos

“digitais” de trabalho.

A

Page 29: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 29

Alguns pré-requisitos devem ser analisados e

considerados para que se obtenham os

melhores resultados derivados da colaboração

entre diferentes agentes. Além dos fatores

humanos relacionados a aptidões e incentivo à

colaboração, uma estrutura de dados

organizada e eficiente, padrões definidos de

comunicação, espírito de equipe e um correto

planejamento dos papéis e responsabilidades

de cada membro são fundamentais para o

sucesso de qualquer iniciativa de trabalho em

grupo.

O suporte proveniente da tecnologia da

informação, aliado a modelos testados de

colaboração entre pessoas, acabou por gerar

padrões e formas diferenciadas e específicas de

trabalho cooperativo, tais como wikis, blogs,

fóruns, workflows de projetos, dentre outros.

As formas ou padrões de colaboração a serem

utilizados variam de acordo com características

e particularidades de cada projeto, empreitada,

empresa e/ou setor de atuação; porém, alguns

fatores e variáveis como temporalidade,

localização, complexidade dos temas e

maturidade dos participantes acabam por

definir a melhor forma ou ferramenta a ser

utilizada. Apesar de o trabalho colaborativo,

como o conhecemos hoje, ter de atribuir

grande parcela de sua realização à tecnologia

da informação, o que se evidencia cada vez

mais é a importância da informação e do

conhecimento que trafega de forma clara e

objetiva por caminhos pavimentados pelas

complexas estruturas e sistemas de TI.

Vivemos na Era do Conhecimento, em que a

informação precisa ser trabalhada, processada

e beneficiada para que se torne aplicável a

cada uma das situações possíveis. A troca de

opiniões, os debates, a agregação de visões e

conhecimentos complementares de forma

organizada e direcionada são e será, sem

dúvida alguma, um dos mais importantes

fatores de diferenciação competitiva e de

desenvolvimento humano.

Page 30: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Conhecimento: Essência Fundamental de Competitividade das Empresas 30

Conhecimento: Essência Fundamental de Competitividade das

Empresas

ntangibilize-se ou morra”. A frase

é do jornalista e futurólogo

americano Alvin Toffler, autor de

Riqueza Revolucionária. Para ele, não é possível

afirmar se estamos lidando bem ou mal com os

elementos intangíveis, ou se as empresas estão

os protegendo ou não. Mas fato é que nunca

antes houve algo parecido na história do

capitalismo. E nada desafia tão profundamente

o conceito de propriedade. “À medida que a

base da propriedade se torna intangível e,

portanto, mais inesgotável, uma parte cada vez

maior disso se torna não-rival. Os produtos do

conhecimento podem ser explorados por

milhões de pessoas ao mesmo tempo sem que

isso deprecie ou diminua seu valor. Um bom

exemplo é o que acontece com as músicas

oferecidas para download gratuito – embora

muitas pessoas escutem e salvem melodias em

seus computadores e iPods, elas não

consomem nem diminuem o valor das notas

musicais ao fazê-lo”, diz ele.

Quanto às relações de mercado, no velho

paradigma, a venda de um bem significava a

transferência de sua posse, que se tornava

propriedade única de quem o comprou. Agora,

quando se vende conhecimento, como um

software, por exemplo, pode-se perder a

propriedade, mas o conhecimento que

possibilitou a confecção desse software

permanece. A lógica da depreciação com o uso

é inversa à dos tradicionais bens tangíveis. Para

os ativos intangíveis como o conhecimento,

quanto mais se usa, dissipa, dissemina e

partilha mais se agrega mais se valoriza.

Não é de hoje que o conhecimento

desempenha papel fundamental na história.

Sua aquisição e aplicação sempre

representaram estímulo para as conquistas de

inúmeras civilizações. No entanto apenas

“saber muito” sobre alguma coisa não

proporciona, por si só, maior poder de

competição para uma organização. É quando se

alia o conhecimento à gestão eficiente que ele

faz a diferença.

“I

Page 31: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | Conhecimento: Essência Fundamental de Competitividade das Empresas 31

Termos como “capital intelectual”, “capital

humano” e “capacidade inovadora” já estão

difundidos pelo mundo. O conceito de Gestão

do Conhecimento parte da premissa de que

todo o conhecimento existente na empresa, na

cabeça das pessoas, nas veias dos processos e

no coração dos departamentos, pertence

também à organização.

Por isso, a capacidade de captar, gerar, criar,

analisar, traduzir e disseminar a informação,

enfim, o Conhecimento Competitivo,

representa para muitos, seu principal ativo. É a

geração e difusão do conhecimento que irá

promover mudanças nos setores mais

competitivos e dinâmicos da produção, os

quais afetam a sociedade e a economia como

um todo.

Assim, o conhecimento passa a ser atividade

econômica. E o capital humano, que gera e

provê esse conhecimento, sua força motriz.

A Apple, por exemplo, possui seu maior ativo

na pessoa de seu principal executivo. Se Steve

Jobs, considerado sua principal força criativa,

deixasse a empresa, as ações cairiam 25%,

arrebatando mais de 20 bilhões de dólares de

seu valor de mercado. Para o Grupo Virgin do

britânico Richard Branson, que polariza em sua

persona todo o espírito e prática do marketing

e branding das diversas empresas do grupo – a

marca Virgin está presente em 360 companhias

no mundo todos nos mais diferentes

segmentos como aviação civil, telefonia e

gravadora de discos - os cenários são ainda

mais pessimistas. Em terra tupiniquim, basta

pensarmos o que pode acontecer com o SBT

sem Silvio Santos.

Em caso correlato, a General Electric viu seus

números subirem ano após ano sob o comando

de Jack Welch, enquanto que a Westinghouse,

que já havia sido uma séria concorrente,

contratou cinco presidentes errados seguidos e

finalmente se desintegrou. Em uma célebre

frase de Welch, “We spend all our time on

people. The day we screw up the people thing,

this company is over” (Gastamos todo nosso

tempo com pessoas. No (dia em que

“perdermos” nosso foco nas pessoas, nossa

empresa estará acabada). Com isso, ele deixa

claro reconhecer a força de uma boa equipe.

A consultoria de capital humano Watson Wyatt

estudou 405 empresas americanas e

canadenses de variados segmentos e

identificou que uma equipe bem administrada

pode acrescentar até 30% ao valor de mercado

de uma empresa. O estudo “The Human Capital

Page 32: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | 32

Índex – Linking Human Capital and Shareholder

Value”, coloca como trunfos para isso a

excelência no recrutamento, regras claras de

premiação, integração da comunicação, e uso

prudente dos recursos disponíveis. Ou seja, a

liderança de uma grande corporação, o

presidente e a equipe que ele monta podem

fornecer uma vantagem invisível porque tem

um grande impacto no desempenho e

potencial da companhia.

Porém, esse ativo ainda não é contabilizado.

Pesquisa da CFO Magazine, de abril de 1999

(em matéria “It’s the Intellectual Capital,

Stupid!”), diz que embora 72% dos investidores

elejam o capital intelectual como muito

importante na decisão de escolha, apenas 8%

das empresas o relacionam em seus relatórios

anuais.

Page 33: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações 33

As Organizações do Conhecimento. O Futuro das

Organizações

ada vez mais, o conhecimento (e a

inovação), juntamente com a marca e

a cultura corporativa (valores,

princípios, modelo de gestão, etc) serão os

principais ativos realmente próprios e, de certa

maneira, inimitáveis de uma empresa. Isso

porque, em grande parte, são os responsáveis

por gerar, potencializar ou proteger valor,

resultados, competitividade e reputação.

O gerenciamento do conhecimento corporativo

parte da premissa que todo conhecimento

existente na empresa, na cabeça das pessoas,

nas veias dos processos e no coração dos

departamentos, pertence à empresa. Para que

isso seja verdade factível, deve ter

portabilidade; ou seja: para ser da empresa,

deve transformar-se em pacote, rotina,

modelo, saindo da cabeça das pessoas e

tornando-se utilizável e reutilizável por outras

pessoas. Este conhecimento é uma espiral

evolutiva. Não é finito, imutável, nem pré-

determinado. A cada interação, colaboração

entre diferentes cérebros, evolui. Uma learning

organization, de fato, parte da premissa que

todo conhecimento deve estar disponível na

empresa, pois esta aprende com sua evolução.

Além da learning organization de Peter Senge

(empresa que aprende com o meio e evolui), os

conceitos “empresa viva” de Arie de Geus

(analogia da empresa como organismos vivos)

e “empresa quântica” de Clemente Nóbrega

(analogia com conceitos da física quântica -

fractais, sistemas abertos e teoria do caos) são

hoje 3 dos fundamentos mais poderosos para a

modelagem das organizações do Séc. XXI.

Para nós da DOM Strategy Partners,

gerenciamento do conhecimento (GC ou KM)

significa organizar e sistematizar, em todas as

suas relações, relacionamentos e trocas, a

capacidade de uma empresa de captar, gerar,

criar, analisar, traduzir, transformar, modelar,

armazenar, disseminar, implementar e

gerenciar a informação que flui por sua

organização, tanto interna, quando externa,

transformando-a, efetivamente, em

conhecimento, distribuindo-a (ou tornando-a

acessível) de maneira personalizada para quem

de interesse.

C

Page 34: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações 34

As fronteiras das empresas, por premissa,

devem ser como membranas, finas, seletivas,

mas abertas, permitindo fluidez e renovação.

A matéria-prima desse conhecimento

estruturado, o que passa por essa membrana, é

a informação. Mas informação, por si só, não é

vantagem competitiva. O fluxo de informações

e o seu alcance passam a ser cada vez mais pré-

requisitos para as empresa do mundo global,

instantâneo, exposto e digital. Mas, como

qualquer tesouro, só tem valor para quem

alcança, sabe e consegue usar.

Por isso defendemos o modelo quântico de

empresa, uma vez que permite sua total

adaptabilidade ao mercado, que é, em primeira

instância, um sistema caótico. Entendemos ser

essa a melhor forma de se permanecer

protegido no ambiente competitivo

potencializado pelos competidores agressivos,

pelas pressões, rupturas e inovações do

ecossistema e pelas novas tecnologias - o

“mundo do networking, da competição, das

redes interligadas”.

“Valorizamos a quântica” porque com esta

filosofia a empresa se comporta como um

sistema aberto, inteligente, que troca com o

meio, aprende e desaprende com ele

(destruição criativa), responde, reage. Esta

nova organização é capaz de criar

complexidades em seu cenário competitivo e

mudar as regras da competição. Tendo a

inovação como matriz, consegue se antecipar,

adaptar e sobreviver. Passa na seleção natural

do mercado/clientes e se perpetua como gene

egoísta que coopera para ter mais chance de

sobreviver.

A informação aplicada - o conhecimento - passa

a ser um ativo da empresa e não mais um

suporte à tomada de decisão. A empresa passa

então a competir sem fronteiras e sem amarras

para captar e disseminar seu conhecimento.

Cada vez mais, o conhecimento aplicado

corretamente, com diferenciação e finalidade,

passa a ser uma arma indispensável de

competição no mercado. É a partir dele que os

paradigmas são quebrados e que surgem as

novas tendências, que quando antecipadas,

geram barreiras competitivas e, portanto,

vantagens competitivas aos que primeiro as

entenderem, traduzirem e se apoderarem.

Como disse Peter Drucker, “o conhecimento

difere de todos os outros recursos por tornar-

se continuamente obsoleto; o conhecimento

que importa está sujeito a mudanças

freqüentes e repentinas”.

É assim... mas é isso ou nada!

Page 35: E-Book Talentos Maximizando Valor  DOM Strategy Partners 2010

E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações 35

Cada vez mais, o conhecimento (e a inovação),

juntamente com a marca e a cultura

corporativa (valores, princípios, modelo de

gestão, etc) serão os principais ativos

realmente próprios e, de certa maneira,

inimitáveis de uma empresa. Isso porque, em

grande parte, são os responsáveis por gerar,

potencializar ou proteger valor, resultados,

competitividade e reputação.

O gerenciamento do conhecimento corporativo

parte da premissa que todo conhecimento

existente na empresa, na cabeça das pessoas,

nas veias dos processos e no coração dos

departamentos, pertence à empresa. Para que

isso seja verdade factível, deve ter

portabilidade; ou seja: para ser da empresa,

deve transformar-se em pacote, rotina,

modelo, saindo da cabeça das pessoas e

tornando-se utilizável e reutilizável por outras

pessoas. Este conhecimento é uma espiral

evolutiva. Não é finito, imutável, nem pré-

determinado. A cada interação, colaboração

entre diferentes cérebros, evolui. Uma learning

organization, de fato, parte da premissa que

todo conhecimento deve estar disponível na

empresa, pois esta aprende com sua evolução.

Além da learning organization de Peter Senge

(empresa que aprende com o meio e evolui), os

conceitos “empresa viva” de Arie de Geus

(analogia da empresa como organismos vivos)

e “empresa quântica” de Clemente Nóbrega

(analogia com conceitos da física quântica -

fractais, sistemas abertos e teoria do caos) são

hoje 3 dos fundamentos mais poderosos para a

modelagem das organizações do Séc. XXI.

Para nós da DOM Strategy Partners,

gerenciamento do conhecimento (GC ou KM)

significa organizar e sistematizar, em todas as

suas relações, relacionamentos e trocas, a

capacidade de uma empresa de captar, gerar,

criar, analisar, traduzir, transformar, modelar,

armazenar, disseminar, implementar e

gerenciar a informação que flui por sua

organização, tanto interna, quando externa,

transformando-a, efetivamente, em

conhecimento, distribuindo-a (ou tornando-a

acessível) de maneira personalizada para quem

de interesse.

As fronteiras das empresas, por premissa,

devem ser como membranas, finas, seletivas,

mas abertas, permitindo fluidez e renovação.

A matéria-prima desse conhecimento

estruturado, o que passa por essa membrana, é

a informação. Mas informação, por si só, não é

vantagem competitiva. O fluxo de informações

e o seu alcance passam a ser cada vez mais pré-

requisitos para as empresa do mundo global,

instantâneo, exposto e digital. Mas, como

qualquer tesouro, só tem valor para que

alcance saiba e consegue usar.

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações 36

Por isso defendemos o modelo quântico de

empresa, uma vez que permite sua total

adaptabilidade ao mercado, que é, em primeira

instância, um sistema caótico. Entendemos ser

essa a melhor forma de se permanecer

protegido no ambiente competitivo

potencializado pelos competidores agressivos,

pelas pressões, rupturas e inovações do

ecossistema e pelas novas tecnologias - o

“mundo do networking, da competição, das

redes interligadas”.

“Valorizamos a quântica” porque com esta

filosofia a empresa se comporta como um

sistema aberto, inteligente, que troca com o

meio, aprende e desaprende com ele

(destruição criativa), responde, reage. Esta

nova organização é capaz de criar

complexidades em seu cenário competitivo e

mudar as regras da competição. Tendo a

inovação como matriz, consegue se antecipar,

adaptar e sobreviver. Passa na seleção natural

do mercado/clientes e se perpetua como gene

egoísta que coopera para ter mais chance de

sobreviver.

A informação aplicada - o conhecimento - passa

a ser um ativo da empresa e não mais um

suporte à tomada de decisão. A empresa passa

então a competir sem fronteiras e sem amarras

para captar e disseminar seu conhecimento.

Cada vez mais, o conhecimento aplicado

corretamente, com diferenciação e finalidade,

passa a ser uma arma indispensável de

competição no mercado. É a partir dele que os

paradigmas são quebrados e que surgem as

novas tendências, que quando antecipadas,

geram barreiras competitivas e, portanto,

vantagens competitivas aos que primeiro as

entenderem, traduzirem e se apoderarem.

Como disse Peter Drucker, “o conhecimento

difere de todos os outros recursos por tornar-

se continuamente obsoleto; o conhecimento

que importa está sujeito a mudanças

freqüentes e repentinas”. É assim... mas é isso

ou nada!

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E-Book Talentos Maximizando Valor - DOM Strategy Partners | As Organizações do Conhecimento. O Futuro das Organizações 37

Os artigos deste e-book fazem parte da série de artigos disponibilizados nas newsletters da DOM Strategy Partners (www.domsp.com.br). Os textos são produzidos pelos analistas do SRC (Strategy Research

Center) do Grupo ECC e por seus sócios e consultores. Fale conosco pelo email [email protected]

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