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ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: Pontos fortes e fracos

Date post: 08-Jan-2017
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ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: Pontos fortes e fracos Faustino, Regina Helena 1.2 , Silva, Monica Ferreira da 12 , Schmitz, Eber Assis 1.2 , Alencar, Antonio Juarez Sylvio Menezes de 1.2 , 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI, Rio de Janeiro, Brasil 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro/NCE, Rio de Janeiro, Brasil Abstract - This research aims to analyze the strengths and weaknesses pointed out by students of the course of Media in Education, offered in distance mode, by the Ministry of Education in partnership with the Federal University of Rio de Janeiro. The platform used was eproinfo. The research was based on a qualitative analysis of the responses of a questionnaire applied at the end of the course. The responses were provided by teachers who were students in this course. Index Terms VLE, Virtual Learning Environment, Analysis of content, eproinfo, LDE Resumo Esta pesquisa tem como objetivo analisar os pontos fortes e os pontos fracos apontados por alunos do curso de Mídias na Educação, oferecido na modalidade a distância, pelo Ministério da Educação e Cultura em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A plataforma utilizada foi a eproinfo. A pesquisa baseou- se numa análise qualitativa das respostas fornecidas por professores, participantes deste curso, ao questionário aplicado ao término do mesmo. Palavras-chave AVA, Ambiente Virtual de Aprendizagem, análise de conteúdo, eproinfo, EAD. I INTRODUÇÃO A crescente oferta de cursos de capacitação a distância tem beneficiado o profissional que, outrora, por fatores ligados a tempo e/ou distância, não tinha chance de frequentar cursos oferecidos presencialmente. Mas, nem sempre este profissional está apto para acompanhar a dinâmica imposta por cursos nesta modalidade. O curso Mídias na Educação, oferecido pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, no ano de 2011, foi um desses cursos, na modalidade a distância, que proporcionou a 392 professores da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, a oportunidade de se capacitarem dentro de sua área de atuação. O principal objetivo deste curso foi destacar as mídias existentes e suas aplicações nos processos de aprendizagem em sala de aula. A presente pesquisa teve como objetivo: levantar os pontos fortes e fracos deste curso, a partir da percepção dos professores que concluíram o mesmo; e analisar como foi a adaptação desses professores a um método de ensino, todo baseado na metodologia EAD ensino a distância. Os dados utilizados neste artigo foram coletados a partir das respostas dadas a um questionário aplicado no final do curso para aqueles que chegaram à fase de elaboração da monografia. A pergunta específica, alvo desta investigação, foi: “Em sua opinião, quais os principais pontos fortes e pontos fracos do curso?”. II - DESCRIÇÃO DO CASO O curso Mídias na Educação foi um projeto do Governo Federal, oferecido pelo Ministério da Educação e Cultura e dirigido a professores da rede pública de ensino. Seu objetivo era: desenvolver estratégias de autoria e de formação do leitor; destacar o uso das mídias existentes e suas aplicações nos processos de aprendizagem em uma sala de aula; e incorporar programas governamentais da Secretaria de Educação ao projeto político-pedagógico dos professores, como: TV Escola um canal de educação, eproinfo um ambiente colaborativo de aprendizagem e Rived Rede Internacional Virtual de Educação. Sua carga horária foi de 360 horas/aula, dividida em três níveis: básico, intermediário e avançado. Sua estrutura foi baseada em módulos que visavam proporcionar uma formação continuada no uso das diferentes mídias existentes, tais como: TV, vídeo, computadores e rádio. A edição de 2011 foi realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e oferecida a professores do Estado do Rio de Janeiro. No módulo avançado foram inscritos 392 professores. É perceptível que a modalidade EAD tem se transformado na grande oportunidade para profissionais de diversas áreas crescerem em suas práticas profissionais. Mas, diante de todas as vantagens existentes em um curso a distância, cabem as perguntas: x Até que ponto esta metodologia é bem aceita pelos profissionais que, na maioria das vezes, desconhecem sua dinâmica? ICBL2013 – International Conference on Interactive Computer aided Blended Learning Page 299
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Page 1: ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: Pontos fortes e fracos

ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: Pontos fortes e fracos

Faustino, Regina Helena 1.2, Silva, Monica Ferreira da12, Schmitz, Eber Assis 1.2, Alencar, Antonio Juarez Sylvio Menezes de 1.2,

1Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI, Rio de Janeiro, Brasil 2Universidade Federal do Rio de Janeiro/NCE, Rio de Janeiro, Brasil

Abstract - This research aims to analyze the strengths and weaknesses pointed out by students of the course of Media in Education, offered in distance mode, by the Ministry of Education in partnership with the Federal University of Rio de Janeiro. The platform used was eproinfo. The research was based on a qualitative analysis of the responses of a questionnaire applied at the end of the course. The responses were provided by teachers who were students in this course. Index Terms – VLE, Virtual Learning Environment, Analysis of content, eproinfo, LDE Resumo – Esta pesquisa tem como objetivo analisar os pontos fortes e os pontos fracos apontados por alunos do curso de Mídias na Educação, oferecido na modalidade a distância, pelo Ministério da Educação e Cultura em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A plataforma utilizada foi a eproinfo. A pesquisa baseou-se numa análise qualitativa das respostas fornecidas por professores, participantes deste curso, ao questionário aplicado ao término do mesmo. Palavras-chave – AVA, Ambiente Virtual de Aprendizagem, análise de conteúdo, eproinfo, EAD.

I – INTRODUÇÃO

A crescente oferta de cursos de capacitação a distância

tem beneficiado o profissional que, outrora, por fatores ligados a tempo e/ou distância, não tinha chance de frequentar cursos oferecidos presencialmente. Mas, nem sempre este profissional está apto para acompanhar a dinâmica imposta por cursos nesta modalidade.

O curso Mídias na Educação, oferecido pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, no ano de 2011, foi um desses cursos, na modalidade a distância, que proporcionou a 392 professores da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, a oportunidade de se capacitarem dentro de sua área de atuação.

O principal objetivo deste curso foi destacar as mídias existentes e suas aplicações nos processos de aprendizagem em sala de aula.

A presente pesquisa teve como objetivo: levantar os pontos fortes e fracos deste curso, a partir da percepção dos professores que concluíram o mesmo; e analisar como foi a adaptação desses professores a um método de ensino, todo baseado na metodologia EAD – ensino a distância.

Os dados utilizados neste artigo foram coletados a partir das respostas dadas a um questionário aplicado no final do curso para aqueles que chegaram à fase de elaboração da monografia. A pergunta específica, alvo desta investigação, foi: “Em sua opinião, quais os principais pontos fortes e pontos fracos do curso?”.

II - DESCRIÇÃO DO CASO

O curso Mídias na Educação foi um projeto do

Governo Federal, oferecido pelo Ministério da Educação e Cultura e dirigido a professores da rede pública de ensino. Seu objetivo era: desenvolver estratégias de autoria e de formação do leitor; destacar o uso das mídias existentes e suas aplicações nos processos de aprendizagem em uma sala de aula; e incorporar programas governamentais da Secretaria de Educação ao projeto político-pedagógico dos professores, como: TV Escola – um canal de educação, eproinfo – um ambiente colaborativo de aprendizagem e Rived – Rede Internacional Virtual de Educação.

Sua carga horária foi de 360 horas/aula, dividida em três níveis: básico, intermediário e avançado. Sua estrutura foi baseada em módulos que visavam proporcionar uma formação continuada no uso das diferentes mídias existentes, tais como: TV, vídeo, computadores e rádio.

A edição de 2011 foi realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e oferecida a professores do Estado do Rio de Janeiro. No módulo avançado foram inscritos 392 professores.

É perceptível que a modalidade EAD tem se transformado na grande oportunidade para profissionais de diversas áreas crescerem em suas práticas profissionais. Mas, diante de todas as vantagens existentes em um curso a distância, cabem as perguntas: Até que ponto esta metodologia é bem aceita pelos

profissionais que, na maioria das vezes, desconhecem sua dinâmica?

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De que forma esses profissionais enfrentam os desafios e as dificuldades que surgem ao longo do curso?

Quais foram os pontos fortes e fracos, na opinião deles, no uso dessa metodologia?

III – METODOLOGIA UTILIZADA

O questionário aplicado continha 20 questões, objetivas e subjetivas. As perguntas abordavam desde a adaptação dos alunos à plataforma de ensino até as expectativas dos mesmos no uso das mídias em suas práticas educacionais.

Para análise dos dados foi utilizada a abordagem multimétodo [1], uma opção metodológica que busca o diálogo entre a análise qualitativa e quantitativa, explorando as diferentes visões de cada uma.

As pesquisas científicas, de uma forma geral, empregam métodos quantitativos e/ou qualitativos em suas análises. As que se baseiam na análise quantitativa, utilizam dados estatísticos como cálculo de médias e testes de hipóteses, para aferição dos resultados de um estudo. O referencial existente em uma análise quantitativa é a frequência com que surgem certas características do conteúdo. Já a análise qualitativa utiliza, na maioria dos casos, a análise do conteúdo como método de pesquisa.

Para analisar o conteúdo das respostas dadas à questão subjetiva “Em sua opinião, quais os principais pontos fortes e fracos do curso?” do questionário, foi utilizado, como método, a análise do conteúdo das mesmas. De acordo com Bardin [2]: “A análise do conteúdo (seria melhor falar de análises de conteúdo) é um método muito empírico, dependente do tipo de ‘fala’ a que se dedica e do tipo de interpretação que se pretende como objetivo. Não existe o pronto-a-vestir em análise de conteúdo, mas somente algumas regras de base, por vezes, dificilmente transponíveis. A técnica de análise de conteúdo adequada ao domínio e ao objetivo pretendidos tem que ser reinventada a cada momento, exceto para usos simples e generalizados, como é o caso do escrutínio próximo da decodificação e de respostas a perguntas abertas de questionários cujo conteúdo é avaliado rapidamente por temas.”.

Os dados desta pesquisa, analisados qualitativamente, foram categorizados e quantificados a partir de sua proximidade semântica, sendo depois transformados em tabelas e gráficos, para que fosse possível a realização da análise.

Os pesquisadores que utilizam este método estão sempre em busca das informações escondidas nos dados coletados. Eles perceberam que a exigência de objetividade torna-se cada vez menos rígida.

A prática da análise do conteúdo percorreu um longo caminho na história da humanidade, quando foi necessária a análise de documentos históricos (cartas, recortes de jornais etc.). Mas a partir de 1960, de acordo com Bardin [2], surgiram três fenômenos que afetaram a investigação e a prática da análise do conteúdo: programas de computadores que permitiram uma análise mais detalhada dos textos; os estudos relacionados à

comunicação não verbal, que através da Semiologia iniciou a exploração dos sistemas de signos não linguísticos e a inviabilidade de precisão dos trabalhos linguísticos.

Ainda de acordo com Bardin [2], a análise de conteúdo tem duas funções: Função heurística: analisar o conteúdo de uma

pesquisa enriquece a tentativa exploratória e aumenta a propensão à descoberta;

Função de administração da prova: analisar as hipóteses sob a forma de questões ou de afirmações provisórias que, ao servirem como diretrizes apelam para o método de análise sistemática.

Na prática essas duas funções se complementam.

IV - ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este artigo focou suas análises nas respostas dadas à

pergunta subjetiva que solicitava que os alunos indicassem quais foram os pontos fortes e fracos encontrados ao longo do curso. A intenção foi captar, dos concluintes do curso, de que forma eles interagiram com a metodologia utilizada, o a EAD, e quais foram as dificuldades que encontraram neste método de ensino, que era novo para a grande maioria deles.

Na edição de 2011, da UFRJ, foram inscritos 392 professores. Desse total de inscritos, 226 concluíram as disciplinas, perfazendo um total de 166 evasões (42,34% dos inscritos) ao longo do curso. Dos 226 concluintes, apenas 164 (72,56%) defenderam a monografia, sendo que deste total, um foi reprovado. O questionário aplicado foi respondido por 94 professores, dentre os professores que concluíram todas as disciplinas.

Na pesquisa foi possível identificar quais pontos fortes e fracos do curso foram os mais destacados nas respostas analisadas. Do total de itens citados pelos professores, 72,88% foram de pontos fortes, contra 27,19% de pontos fracos.

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Nos pontos fortes, o item com maior relevância foi o

referente à qualidade dos textos indicados pela equipe acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e as atividades propostas por esta equipe, aos alunos, durante o curso. Foram 26,74% de indicações. De acordo com o declarado, esse aspecto positivo despertou a reflexão sobre o uso das novas mídias no espaço escolar.

Outro ponto positivo que mereceu destaque foi a atuação dos tutores ao longo do curso. Todos servidores da UFRJ e de escolas públicas, com grau de especialização em seus históricos. Foram 16,28%, as indicações para este ponto. Segundo a grande maioria, os tutores foram dedicados e dinâmicos. Em uma das respostas dadas a este ponto, um dos alunos afirmou: “... tivemos excelente apoio dos tutores que nos acompanhavam de uma forma cerrada. Por várias vezes e em muitas madrugadas, foi possível contatar o tutor via plataforma ou MSN”.

Vários outros aspectos positivos mereceram destaque, conforme tabela acima: a interação através do fórum da plataforma, com os demais alunos; as atividades realizadas nos fóruns; as atividades propostas ao longo do curso; e o acesso ao conhecimento das novas TICs.

Já nos pontos fracos, os destaques foram: a falta de tempo para realizar as atividades propostas, em 21,88% das respostas analisadas. Já 15,63% mencionaram a demora no início dos níveis e o tempo estabelecido para a elaboração da monografia, ao final do curso.

Os outros aspectos negativos citados foram: o uso da plataforma eproinfo; e a distância geográfica do curso.

Os resultados apontam que não basta ser oferecido curso de especialização com qualidade, quando os professores possuem uma carga horária muitas vezes acima do possível e se sentem pressionados. Querem se especializar, mas não conseguem acompanhar a dinâmica de um curso, mesmo sendo este a distância.

Novas pesquisas poderiam explorar outras respostas abertas do questionário e buscar perceber se a prática de ensino em sala de aula foi alterada pelos professores concluintes de um curso desse gênero. Ou ainda, tentar

quantificar as razões que levam à evasão de um curso desta natureza.

Para Moran [3]: “A educação a distância, antes vista como uma modalidade secundária ou especial para situações específicas, destaca-se hoje como um caminho estratégico para realizar mudanças profundas na educação como um todo. É uma opção cada vez mais importante para aprender ao longo da vida, para a formação continuada, para a aceleração profissional, para conciliar estudo e trabalho”.

Neste estudo foi possível perceber que, apesar do curso ter sido oferecido pelo MEC na modalidade a distância, ainda há muito a ser feito para que os frutos dessas iniciativas gerem os resultados esperados. Moran [4] nos alerta: “As condições de gerenciamento de muitas das escolas públicas são precárias. Infraestrutura deficiente, professores mal preparados, classes barulhentas. É difícil falar em gestão inovadora nessas condições.”.

O Artigo 80 da nova LDB/96 [5] incentiva as modalidades de ensino a distância e continuada, em todos os níveis. A atual integração das mídias eletrônicas pode nos ajudar na criação de inúmeras modalidades de ensino, necessárias para que seja dado um salto na qualidade da educação, na formação permanente de educadores e na reeducação dos desempregados.

Segundo Moran [6], nos atuais projetos brasileiros existentes, podemos observar algumas dimensões positivas, mas também alguns problemas são possíveis de serem detectados. Pelo lado positivo é possível verificar a motivação, o interesse dos alunos pelas aulas, pelas pesquisas, pelos projetos. No entanto, ainda existem inúmeros problemas: dificuldade de conexão, repetições, demora.

Vale observar também que a adoção de uma tecnologia não se limita à qualidade técnica oferecida, mas à interação humana que essa tecnologia proporciona. Em concordância com pesquisas anteriores Dias [7] e Silva [8], foi verificado que os pontos fortes mais destacados estavam associados a alguma interação com os tutores, coordenação ou equipe acadêmica do curso.

V - CONCLUSÃO

A presente pesquisa, baseada na análise das respostas dadas à questão subjetiva: “Em sua opinião, quais os principais pontos fortes e pontos fracos do curso?”, nos mostrou que o método de ensino utilizando EAD ainda tem muito a evoluir e ser aceito e compreendido por aqueles que construíram sua vida de aprendizado com base em cursos presenciais.

De uma forma geral, foi possível aferir, neste curso “Mídias na Educação”, um maior destaque para os pontos positivos, 72,88% de citações, contra 27,19% para os pontos fracos.

Apesar de muitos alunos não terem experiência em educação a distância, quando do início do curso, apontaram em suas respostas o conteúdo disponibilizado e a interação com o tutor como fatores positivos do curso, o que nos levou a concluir que, apesar do distanciamento que há em curso a distância, entre alunos e professores,

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este não foi o fator que atrapalhou a dinâmica do aprendizado e a construção do conhecimento. E sim o fator que humanizou a relação entre participante e tecnologia utilizada.

Já nos pontos negativos apontados foi possível perceber que os professores, mesmo o curso sendo na modalidade EAD, sofrem com a falta de tempo para acompanhar as atividades propostas, e ainda estão muito presos à estrutura do ensino presencial, ao apontarem como negativa a distância geográfica do curso

De acordo com Moran [6], para se atingir resultados significativos, ao se utilizar a internet para ensino, os mesmos só acontecerão quando estiverem integrados a um contexto estrutural de mudança do processo de ensino-aprendizagem, com professores e alunos vivenciando formas de comunicação abertas, participações interpessoais e grupais efetivas.

A Internet sozinha não mudará os rumos da educação, mas, com certeza, ela é e será uma grande aliada para a construção de um novo paradigma educacional, como afirma Moran [6].

REFERÊNCIAS

[1] DIAS, D.S.; Silva, M. F.; Como Escrever uma Monografia:

manual de elaboração com exemplos e exercícios. São Paulo: Atlas, 2010.

[2] BARDIN, L.; Análise de Conteúdo. Edições 70. 1977. [3] MORAN, J. M.; Como Utilizar a Internet na Educação. Brasil,

v.26, n.2, 1997. [4] MORAN, J. M.; Gestão Inovadora da Escola com Tecnologias.

2003.

[5] LDB/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

[6] MORAN, J. M.; A Educação a Distancia como Opção Estratégica. 2011.

[7] DIAS, D. S.; Motivation for Using Microcomputers. In: Mehdi Khosrow-Pour (ed.). Encyclopedia of Information Science and Technology, v.4, Idea Group Publishing. 2005, p. 2030-2035.

[8] SILVA, M. F. da; Fatores Humanos e sua influência na Intenção de Uso de Sistemas de Informação. Tese (Doutorado). COPPEAD/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 2006.

AUTORES

Faustino, Regina Helena. Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI e NCE, Rio de Janeiro, Brasil (e-mail: [email protected]); Schmitz, Eber Assis. Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI e NCE, Rio de Janeiro, Brasil (e-mail: [email protected]); Alencar, Antonio Juarez Sylvio Menezes de. Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI e NCE, Rio de Janeiro, Brasil (e-mail: [email protected]); Silva, Monica Ferreira. Universidade Federal do Rio de Janeiro/PPGI e NCE, Rio de Janeiro, Brasil (e-mail: [email protected])

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