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FACULDADE INGÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
MESTRADO PROFISSIONAL – PRÓTESE DENTÁRIA
LUDMILA PRISCILLA MANETTI
Influência da Espessura da Cerâmica e da Forma de Ativação do Cimento
na Estabilidade de Cor das Facetas
The Influence of Ceramic Thickness and Form of Activation of the Cement in
the Color Stability of the Veneers
MARINGÁ
2012
FACULDADE INGÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
MESTRADO PROFISSIONAL – PRÓTESE DENTÁRIA
LUDMILA PRISCILLA MANETTI
Influência da Espessura da Cerâmica e da Forma de Ativação do Cimento
na Estabilidade de Cor das Facetas
The Influence of Ceramic Thickness and Form of Activation of the Cement in
the Color Stability of the Veneers
Orientador: Prof. Dr. Fabiano Carlos Marson
Co-orientadora: Profª. Drª. Silvia Masae de Araujo Michida
Artigo apresentado ao Programa de Mestrado
Profissional da Faculdade Ingá, área de
concentração Prótese Dentária, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Mestre
em Odontologia.
MARINGÁ
2012
LUDMILA PRISCILLA MANETTI
Influência da Espessura da Cerâmica e da Forma de Ativação do Cimento
na Estabilidade de Cor das Facetas
The Influence of Ceramic Thickness and Form of Activation of the Cement in
the Color Stability of the Veneers
Artigo apresentado ao Programa de Mestrado
Profissional da Faculdade Ingá, área de
concentração Prótese Dentária, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Mestre
em Odontologia.
Aprovado em 31 de maio de 2012.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Profª. Drª. Renata Pascotto
Universidade Estadual de Maringá –UEM
_________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Fernando Lolli
Faculdade Ingá – Uningá
_________________________________________________________
Prof. Dr. Fabiano Carlos Marson (Orientador)
Faculdade Ingá – Uningá
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha família que sempre me apoiou em minhas decisões e
especialmente a minha mãe que em todo momento tem sido o alicerce para que eu alcance
meus objetivos. Obrigada pela paciência e tolerância nos momentos difíceis e cansativos
durante a realização desse projeto. Obrigada por compreenderem os períodos de ausência,
muito comuns nestes últimos dois anos. Obrigada por fazerem parte da minha vida. Com todo
o meu amor.
AGRADECIMENTOS
Minha eterna gratidão a Deus, o Grande Arquiteto do Universo, por ter
iluminado meus caminhos nesta passagem.
A meus pais, Elena e Aristides, pais por natureza, opção e amor, que sempre
foram meus amigos, companheiros e confidentes, que compartilharam meus ideais
incentivando-me a prosseguir. Palavras me faltam para descrever minha gratidão por terem
me dado a vida, por todos os ensinamentos e dedicação.
Minha homenagem a minha irmã Luciana (in memoriam) que partiu deixando-
me a lembrança de sua presença, o som de sua voz soprando suave na memória, num
murmúrio de lamento e saudade. Mesmo não estando presente em corpo, tenho a certeza de
que em algum lugar você torce por mim em vibrações de harmonia perfeita, que me dá forças
para continuar.
Meu muito obrigada a minha querida sobrinha Victtoria, por ter participado da
confecção de todas as fotos desse trabalho. Sempre num final de semana ou feriado, prestando
sua inestimável ajuda e paciência.
A minha irmã Liliana e meu cunhado Helcio, obrigada pela amizade e
companheirismo. Amo-tes.
Uns são homens, alguns são professores, poucos são mestres. Aos primeiros,
escuta-se, aos segundos, respeita-se, aos últimos, segue-se. Minha gratidão aos mestres que,
pelo resultado de um esforço comum, repartiram conosco os seus conhecimentos,
transformando nossos ideais em realizações.
Aos Professores do Mestrado em Prótese Dentária da Faculdade Ingá, Silvia
Masae, Cléverson de Oliveira e Silva, Patricia Progiante, Giovani Correa, Luiz Fernando
Lolli, Mario dos Anjos Neto Filho e Professores convidados maiores responsáveis pela
realização de mais esta etapa da minha vida profissional. A eles, que não mediram esforços,
incentivo, estímulo, conhecimento técnico, o meu eterno agradecimento e a certeza de que
estarão guardados na minha memória indelevelmente.
Um agradecimento especial ao meu orientador Prof. Dr. Fabiano Carlos Marson,
pelos conhecimentos transmitidos, me ensinando os caminhos da pesquisa científica, e
pacientemente, me guiou durante o processo de confecção deste trabalho. Com compreensão e
tolerância me fez crescer como profissional, professora e cidadã, reforçando minha convicção
na área da odontologia. Por ter me ensinado que mais importante do que o saber é ter a
vontade de aprender. Não tenho palavras para agradecer a sua paciência constante com
minhas dificuldades e dúvidas, pela atenção e dedicação no desenvolvimento e conclusão
deste trabalho. Não imagina o quanto me sinto privilegiada em ser sua orientada. Sinto uma
admiração enorme pelo senhor como pessoa e profissional. Não esquecerei jamais seus
ensinamentos valiosos. Agradeço pelos conselhos e, acima de tudo, pelas críticas construtivas.
Críticas essas que colaboraram sobremaneira na construção e aprimoramento do meu jeito de
ser e agir no meio odontológico.
A professora Silvia Masae, por sua orientação segura e inteligente, pelas
palavras de apoio, por sua competência, grandeza e simpatia.
Ao professor Cléverson de Oliveira e Silva por sua importante ajuda na
realização da estatística desse trabalho e sempre partilhando suas melhores ideias conosco.
Ao Professor Luiz Fernando Lolli pela sua participação especial para o ótimo
funcionamento desse curso.
A professor Patricia Progiante que sempre nos apoiou durante todo o curso,
mostrando que devemos saber e fazer tudo com muito amor e alegria.
Ao Professor Giovani Correa sempre presente compartilhando sua fonte de
conhecimentos.
Ao Professor Mario dos Anjos Neto Filho pela sua participação especial no
andamento do nosso curso.
Ao Dr. Robson Ravel de Oliveira, além de “patrão”, sempre foi um grande
amigo, um agradecimento especial por ter acreditado no meu trabalho e apoiando-me na
conquista dos meus objetivos.
Ao amigo e protético Leonardo Contessottto (Batata), seu assistente Alexandre e
Ademir, que confeccionaram as porcelanas desse trabalho, sempre me recebendo com muito
carinho para troca de experiências.
A Uningá e seus funcionários que nos auxiliaram nessa jornada.
Aos colegas de trabalho das Unidades de Saúde do Guaiapó-Requião, Tuiuti,
Quebec, Parigot de Souza e Pinheiros por terem me ajudado em todos os momentos.
As diretoras das Unidades De Saúde do Guaiapó-Requião – Leida Rissardo,
Quebec – Janete Jordão Santana, Pinheiros – Julieta Almendra de Souza por terem me
liberado em todos os momentos que precisei me ausentar para cumprir os créditos desse
mestrado.
Aos colegas de trabalho do Instituto Ravel que sempre se empenharam para que
eu pudesse alcançar meus objetivos.
Um agradecimento as minhas auxiliares Joyce, Jany, Carla, Angelita, Maria e
Andreia por sempre estarem me ajudando no melhor planejamento da minha agenda, para que
eu pudesse estar presente em todos meus compromissos.
Aos amigos da turma do Mestrado, Sônia Martinelli, Renato Dallosto, Manfredo
Zamponi, Kesley Iwasaki, Humberto Zamin, Tiago e Eric Tinoco, Lucas Calistro, Cleiton
Campos, Daniela Nesello, Elexsander Mazieri e Marcelo Amaral pelos bons momentos
vividos.
A minha amiga Sonia Martinelli pela amizade e companheirismo. Sentirei
saudades dos nossos encontros pós aula para conversamos e trocarmos idéias.
Aos colegas do Mestrado Eric Tinoco e Lucas Calistro por não terem medido
esforços para a realização da Termociclagem em Bauru – SP.
A todos que, por minha falha e esquecimento, não foram aqui citados, mas que
fizeram parte importante em minha vida.
“Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo.”
Mahatma Gandhi
9
RESUMO
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a influência da espessura da cerâmica e da forma
de ativação do cimento na estabilidade de cor das facetas. Quarenta espécimes em blocos de
8 mm x 10 mm, foram obtidos a partir do esmalte vestibular de incisivos bovinos. Foram
confeccionadas 40 facetas IPS e.max na cor A3. Os espécimes foram, aleatoriamente,
divididos em 4 grupos (n = 10), de acordo com o agente cimentante e espessura da faceta:
G1 - cimento resinoso fotopolimerizável (Variolink Veneer) e facetas com espessura de
0,8 mm; G2 - cimento resinoso dual (Variolink II) e facetas com espessura de 0,8 mm;
G3 - cimento resinoso fotopolimerizável (Variolink Veneer) e facetas com espessura de
0,5 mm e G4 - cimento resinoso dual (Variolink II) e facetas com espessura de 0,5 mm.
Foram cimentados na cor A3 com Variolink II - G2 e G4 e na cor medium value 0 com
Variolink Veneer G1 e G3. A mensuração da cor foi realizada com espectrofotômetro em 3
períodos: 1) imediatamente após a cimentação (T1); 2) sete dias após a cimentação (T2) e
3) após envelhecimento por termociclagem (5,000 ciclos a 5/55°C) (T3). A análise estatística
utilizada foi ANOVA e Tukey. Os valores de ∆E não apresentaram diferença estatisticamente
significante entre os grupos (p>0,05). Quando verificamos ∆L*, ∆a* e ∆b*, imediatamente
após a cimentação (T1) o cimento apresentou interferência na cor das facetas em todos os
grupos e em todos os tempos (p<0,05). Porém, nos tempos T2 e T3 (p>0,05). Mediante os
resultados pode-se concluir que tanto o cimento fotopolimerizável ou de cura dual não
apresentaram interferência na cor das duas espessuras de facetas (0,5 mm e 0,8 mm).
Palavras-chave: Facetas Dentárias. Cerâmicas. Cor. Espectrofotometria.
10
ABSTRACT
The aim of this in vitro study was to evaluate the influence of ceramic thickness and way of
cement in the activation of color stability of the veneers. Forty samples in blocks of 8 mm x
10 mm were obtained from the enamel from bovine incisors . 40 veneers were fabricated IPS
e.max color A3. The specimens were randomly divided into 4 groups (n = 10), according to
the cementing agent, and thickness of the veneer: G1 - photopolymerizable resin cement
(Variolink Veneer) and veneers with a thickness of 0.8 mm, G2 - resin cement dual (Variolink
II) and veneers with a thickness of 0.8 mm, G3 - light-cured resin cement (Variolink Veneer)
and veneers with a thickness of 0.5 mm and G4 - dual resin cement (Variolink II) and veneers
with a thickness of 0.5 mm. Were cemented in color A3 Variolink II - G2 and G4 medium in
color and value 0 with Variolink Veneer G1 and G3. The color measurement was performed
with a spectrophotometer at three periods: 1) immediately after cementation (T1), 2) seven
days after cementation (T2) and 3) after aging by thermocycling (5,000 cycles at 5/55°C)
(T3). The statistical analysis used was ANOVA and Tukey. The ΔE values showed no
statistically significant difference between groups (p>0.05). When we find ΔL*, Δa* and Δb*,
immediately after cementation (T1) showed interference in the cement color of the facets in
all groups and at all times (p<0.05). However, in times T2 and T3 (p>0.05). From the results
it can be concluded that both the photopolymerizable cement or dual cure showed no
interference with the color of the thicknesses of two veneers (0.5 and 0.8 mm).
Keywords: Dental veneers. Ceramics. Shade. Spectrophotometry.
11
INTRODUÇÃO
A busca por materiais restauradores estéticos tem direcionado as pesquisas para o
desenvolvimento de sistemas que permitam a reabilitação do sorriso, mantendo a naturalidade
e a funcionalidade dos dentes. Uma das opções de tratamentos para dentes com
comprometimento de forma e cor seria o tratamento restaurador com facetas cerâmicas. Essa
técnica tem eficiência em relação à longevidade, preservação da estrutura dentária e estética.
Entretanto, o seu sucesso clínico depende não somente da aptidão profissional, mas também,
das propriedades apresentadas pelo material restaurador. Outro fator que interfere no
resultado final é o conjunto formado pela cerâmica e o agente cimentante1
. O resultado final
da cor de facetas cerâmicas é uma combinação de fatores diversos, tais como: cor do
substrato, modo de ativação dos cimentos resinosos, textura e espessura da faceta2-3
.
Com o surgimento dos cimentos resinosos de polimerização dual, houve uma
melhora significante em problemas relacionados a cimentação, tais como diminuição da fenda
marginal, polimerização inadequada do agente cimentante, cáries secundárias e infiltração
marginal4-6
, esses cimentos podem ser polimerizados por luz e reação química. Esses dois
mecanismos de polimerização formam a base para a cimentação definitiva das restaurações
indiretas. Além disso, os cimentos de cura dual são caracterizados pela elevada resistência
mecânica e excelentes propriedades estéticas7. Sua composição permite a adesão aos
substratos dentários8. Entretanto esses cimentos exigem várias etapas clínicas, especialmente
durante a sua inserção e colocação da peça protética, em que o excesso de cimento tem de ser
removido antes de sua completa polimerização, tornando essa técnica uma prática sensível9.
Um dos grandes problemas de infiltração marginal é a incompleta polimerização
do cimento resinoso. A espessura do material restaurador interfere na passagem de luz
alterando a cura do cimento resinoso e consequentemente a dureza do mesmo10
.
12
Os agentes cimentates apresentam comportamento diversificado em relação à
estabilidade da cor, fator importante, uma vez que o agente cimentante influencia diretamente
no resultado final das facetas11
. Essa propriedade é dependente de inúmeros itens, tais como a
composição do material, tempo de cura, modo de cura e as condições de envelhecimento12
.
Essa alteração pode influenciar no resultado final de restaurações cerâmicas de modo
perceptível13-14
.
Entre os diversos tipos de materiais cimentantes os mais recomendados, são os
cimentos resinosos, por apresentarem propriedades mecânicas favoráveis15
e longevidade
prolongada16
. Para cimentação de facetas, geralmente, é recomendado os cimentos
fotopolimerizáveis17
. Entretanto, alguns autores também justificam a utilização de cimentos
duais, resinas compostas híbridas e resinas do tipo flow para cimentação de facetas18-21
, por
demonstrarem boas propriedades ópticas e mecânicas.
Dentre os diversos sistemas disponíveis no mercado, destaca-se o sistema IPS
e.max, que tem se apresentado como uma excelente alternativa, devido à possibilidade de
reproduzir a naturalidade da estrutura dentária. Este sistema apresenta cerâmicas de vidro com
base de dissilicato de lítio injetado (e.max Press) e são estratificados com a cerâmica de
recobrimento denominada IPS e.max Ceram, uma cerâmica de baixa fusão, à base de
nanofluorapatita e nanopartículas, que garantem o biomimetismo com a estrutura dentária22
.
Esse trabalho teve por objetivo avaliar a influência da espessura da cerâmica e a
forma de polimerização do cimento, fotopolimerizável e de cura dual, na estabilidade de cor
das facetas submetidas à termociclagem.
13
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo laboratorial quantitativo, com amostras intencionalmente
selecionadas, sobre a estabilidade de cor das facetas em decorrência da espessura das
cerâmicas e da forma de polimerização do cimento, aplicadas em dentes bovinos extraídos.
MATERIAIS
Os materiais utilizados nesta pesquisa estão descritos no Quadro 1.
Quadro 1 – Lista de materiais.
Material Fabricante Lote Data
validade Composição
Ácido Fluorídrico
10%
Condac Porcelana (FGM,
Joinville, Brasil) 051011 10/2013
Ácido fluorídrico 10%,
água, espessante, tenso
ativo e corante.
Ácido Fosfórico
37%
Total Etch (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P14739 01/2013 Água, ácido fosfórico,
espessante, corante.
Adesivo Dual
Excite DSC (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P25400 09/2013
HEMA, dimetacrilato,
acrilato do ácido fosfônico,
dióxido de silício altamente
disperso, iniciadores e
estabilizadores em uma
solução alcoólica.
Adesivo
Fotopolimerizável
Excite F DSC (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P17643 08/2013
Acrilato de ácido
fosfônico, metacrilato, Bis-
GMA, dimetacrilatos,
sílica, etanol, catalisador e
estabilizador, HEMA,
dióxido de silício altamente
disperso, álcool.
Cerâmica
e.max (Ivoclar Vivadent
AG,Schann,Liechtenstein,
Alemanha)
P38768 12/2013
SiO2, Li2O, K2O, MgO,
ZnO, Al2O3, P2O5 e outros
óxidos.
Cimento Resinoso
Dual (pasta base e
pasta
catalisadora)
Variolink II (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P31789
11/2012
Bis-GMA, dimetacrilato de
uretano (UDMA),
trietilenoglicoldimetacrilato
(TEGDMA), vidro de
bário, trifluoreto de itérbio,
vidro de fluorsilicato de
bário e alumínio, óxidos
mistos esferoidais,
catalisadores,
estabilizadores, pigmentos.
14
Silano
Monobond Plus (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P20536 03/2013 Etanol, água, silano.
Silicone de
Adição
Elite HD+ (Zhermack
Clinical, Badia Polesine,
Itália)
126274 05/2014 Polivinilsiloxano
Cimento Resinoso
Fotopolimerizável
Variolink Veneer (Ivoclar
Vivadent AG, Schann,
Liechtenstein, Alemanha)
P37583 10/2012
Bis-GMA, dimetacrilato de
uretano (UDMA),
trietilenoglicoldimetacrilato
(TEGDMA), vidro
de bário, trifluoreto de
itérbio, vidro de
fluorsilicato de bário e
alumínio, óxidos mistos
esferoidais, catalisadores,
estabilizadores, pigmentos.
MÉTODO
Confecção das amostras
Foram selecionados 40 incisivos inferiores bovinos, tendo como critério de
exclusão dentes que apresentavam trincas e severa alteração da cor na porção coronal,
observada visualmente. Os dentes foram limpos e raspados com curetas periodontais para
remoção dos tecidos remanescentes (Figura 1). Foi realizada uma medição inicial dos
espécimes com o espectrofotômetro Easyshade (Vita) previamente a cimentação para
padronizar a cor do substrato e todos os espécimes apresentaram homogeneidade de cor
(p0,01). Foram realizadas três repetições/grupo e fez-se a média, permitindo a leitura da cor,
croma e luminosidade dentro do sistema Lab*. Foram armazenados em soro fisiológico 0,9%,
periodicamente renovado, até o início do experimento.
15
Figura 1 – Dente bovino selecionado.
Os dentes foram seccionados na junção amelocementária, no sentido transversal,
com disco de diamante dupla face, utilizando um aparelho de corte de precisão Isomet 1000
Precision Saw (Buehler, Lake Bluff, EUA), sob refrigeração constante e baixa velocidade
(200 rpm) (Figura 2).
Figura 2 – Isomet 1000 e Dente bovino durante a secção.
Todas as raízes foram eliminadas. As porções coronárias tiveram as faces
proximais e incisal seccionadas, de forma a obter blocos de 8 mm x 10 mm, mensurados com
paquímetro (Figura 3). Em seguida, a câmara pulpar foi preenchida com resina composta na
cor A3, previamente condicionada com ácido fosfórico 37% (Total Etch) durante
15 segundos, lavado com água durante 30 segundos e aplicação do sistema adesivo (ExciTE –
Ivoclar Vivadent) fotopolimerizado durante 20 segundos (Figura 4).
16
Figura 3 – Dente bovino após secção das faces proximais e incisal.
Figura 4 – Preenchimento da câmara pulpar com resina composta e fotopolimerização.
Todos os procedimentos operatórios foram realizados por uma única operadora. Os
preparos foram realizados seguindo-se as características de preparo preconizado para a confecção
de facetas, sendo preparos padrão para todos23
. Para simular o preparo para faceta, o esmalte
vestibular foi desgastado com lixa de SiC granulação #200 e peso 200 g, sob refrigeração e em
baixa velocidade com equipamento Politriz (Panambra Struers DP-10, Panambra, São Paulo,
Brasil), até obter a planificação da superfície. Em seguida, o preparo foi lixado para auxiliar no
polimento do esmalte com lixas d’água de granulação P180, P220 e P320, umedecidas, nesta
sequência até obter a planificação da superfície do dente. O polimento foi realizado durante 40
segundos, para cada lixa, sob peso de 200 g e, igualmente, em baixa velocidade e refrigeração
(Figura 5).
17
Figura 5 – Politriz.
Confecção das fatias cerâmicas
Os blocos preparados foram moldados com silicone por adição (Elite
HD+ – Zhermack), e vertido o molde com gesso tipo IV. Sobre esse gesso, foram
confeccionadas facetas em cerâmica IPS e.max (Ivoclar Vivadent) na cor A3, em espessuras
de 0,5 mm e 0,8 mm mensuradas com especímetro. Foi desenvolvida uma placa com
espessura de 0,5 e 0,8 mm para padronizar a espessura das facetas.
Figura 6 – Espécimes moldados com silicone por adição.
18
Figura 7 – Modelo em gesso tipo IV e facetas cerâmicas em IPS e.max.
Figura 8 – Mensuração das facetas com especímetro.
Figura 9 – Mensuração das facetas com especímetro.
Tratamento da superfície da cerâmica
Previamente à cimentação, foi realizado, individualmente, o tratamento da
superfície interna da fatia cerâmica. A superfície externa da faceta foi previamente protegida
com massa densa de silicone por adição e a superfície interna de cada fatia condicionada com
ácido fluorídrico a 10% (FGM), durante 20 segundos, seguido de lavagem e secagem com
19
spray de ar. Em seguida, submeteu a banho em ultra-som, com água destilada durante 4
minutos, para eliminar os resíduos formados pelo condicionamento. Após a secagem,
realizou-se a silanização da superfície com líquido monocomponente, Monobond Plus
(Ivoclar Vivadent), durante 60 segundos. Em seguida, realizou-se a volatilização da água do
silano e de outros componentes com ar aquecido, para evaporar o excesso do solvente. Após a
secagem, o sistema adesivo foi aplicado de acordo com o respectivo grupo, imediatamente
antes do posicionamento da peça cerâmica.
Figura 10 – Superfície externa da faceta protegida por silicone por adição.
Figura 11 – Tratamento da superfície interna da faceta com ácido fluorídrico 10%.
20
Figura 12 – Facetas após lavagem com água.
Figura 13 – Banho em ultra-som durante 4 minutos em água destilada.
Figura 14 – Silano Monobond Plus (Ivoclar Vivadent).
Figura 15 – Silanização durante 60 segundos.
21
Figura 16 – Volatização com ar aquecido para evaporar o excesso do solvente.
Tratamento do substrato
O tratamento do substrato foi realizado, individualmente, em cada dente.
Previamente às etapas adesivas, a superfície do esmalte foi limpa com pedra pomes mais água
e escova Robinson em baixa velocidade. Em seguida, a superfície de esmalte foi condicionada
com ácido fosfórico 37% (Total Etch), por 30 segundos. Após lavagem com spray de água/ar,
durante 60 segundos, e secagem, foi realizado o procedimento adesivo de acordo com cada
grupo.
Figura 17 – Limpeza com pedra pomes mais água e escova Robinson.
22
Figura 18 – Condicionamento com ácido fosfórico Total Etch 37% (Ivoclar Vivadent)
durante 30 segundos.
Figura 19 – Lavagem com água.
Formação e distribuição das amostras
Os espécimes foram divididos, aleatoriamente, em 4 grupos de acordo com o
material de cimentação e a espessura da faceta:
Grupo 1: Cimento Resinoso Fotopolimerizável (Variolink Veneer) / Espessura
da faceta 0,8 mm;
Grupo 2: Cimento Resinoso Dual (Variolink II) / Espessura da faceta 0,8 mm;
Grupo 3: Cimento Resinoso Fotopolimerizável (Variolink Veneer) / Espessura
da faceta 0,5 mm;
Grupo 4: Cimento Resinoso Dual (Variolink II) / Espessura da faceta 0,5 mm.
23
Nestes grupos, após o tratamento do substrato, o sistema adesivo
fotopolimerizável ExciTE F e o de cura dual ExciTE F DSC foram aplicados. O adesivo
apresenta-se em dose única e, para sua correta aplicação, pressão deve ser exercida sobre a
haste do aplicador permitindo o rompimento da membrana que separa o iniciador do líquido
adesivo e, conseqüente, o contato entre eles. O adesivo foi aplicado e esfregado durante
10 segundos sobre o substrato, seguido de um leve jato de ar por 1-3 segundos a uma
distância de 5 mm e fotoativado por 10 segundos (adesivo fotopolimerizável) e o de cura dual
não. O mesmo adesivo foi aplicado na superfície interna da cerâmica nos dois grupos, sem
fotoativação.
Figura 20 – Aplicação do sistema adesivo ExciTE F (Ivoclar Vivadent) durante 10 segundos
e fotoativação por mais 10 segundos.
Figura 21 – Aplicação do adesivo ExciTe F DSC (Ivoclar Vivadent) durante 10 segundos no
esmalte e na faceta, sem fotoativação.
24
O cimento resinoso Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent) na cor Medium Value 0,
foi dispensado com uma ponteira descartável na superfície interna da cerâmica e levada em
posição com o OptraStick. As pastas base e catalisadora do cimento resinoso Variolink II na
cor A3 foram manipuladas na proporção de 1:1, durante 10 segundos com espátula de
plástico. A manipulação foi conduzida cuidadosamente para evitar incorporação de ar, que
pode aumentar as chances de ocorrer degradação hidrolítica e, conseqüente, alteração nos
resultados. A mistura obtida foi aplicada na superfície interna da cerâmica, que foi levemente
pressionada contra a superfície do dente. Em seguida, foi aplicado um peso de 300 g adaptado
num delineador para simular a compressão manual (previamente mensurada pela pressão
exercida durante a cimentação da fatia cerâmica) durante 160 segundos. Os excessos de
cimento foram removidos com auxílio de um pincel descartável. A fotoativação das
4 margens foi realizada com a ponteira da unidade fotoativadora LED (SDI) perpendicular à
superfície durante 40 segundos em cada face e por último realizado a fotoativação na
superfície vestibular por 60 segundos.
Figura 22 – Cimento resinoso fotoativável Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent).
25
Figura 23 – Cimento resinoso de cura dual Variolink II (Ivoclar Vivadent).
Figura 24 – Faceta sendo posicionada com o OptraStick.
Figura 25 – Aplicação do peso adaptado num delineador para simular a compressão manual.
26
Figura 26 – Fotoativação em cada face.
Figura 27 – Fotoativação na face vestibular.
Em todos os grupos, a fotoativação foi realizada com aparelho
Fotopolimerizador LED Radii (SDI) com intensidade igual a 1200 mW/cm2
.
A ativação foi realizada posicionando a ponta do aparelho fotopolimerizador
em contato com a cerâmica, totalizando 220 segundos de exposição à luz.
Neste momento, logo após a cimentação das facetas, foi realizada a primeira
mensuração espectrofotométrica da cor, com espectrofotômetro Easyshade.
27
Figura 28 – Primeira mensuração com espectrofotômetro Easyshade (Vita)
Inicialmente cada espécime foi adequadamente identificado, para controle da
avaliação da cor e, armazenados em um recipiente protegido da luz externa, evitando a
interferência da mesma. Além disso, esponjas em cubos foram cortadas, umedecidas em
água destilada e fixadas nas divisórias internas do recipiente, para preservar a umidade do
ambiente. As esponjas foram substituídas a cada 2 dias. O recipiente permaneceu em
temperatura ambiente durante todo o período de avaliação.
Termociclagem
Os espécimes foram armazenados em frascos separados de acordo com o grupo e
seu número de identificação e, após a segunda medição de cor (sete dias após a cimentação)
foram submetidos à ciclagem térmica, com equipamento termociclador (Nova Ética, modelo
521-E, Ética Equipamentos Científicos S/A, São Paulo, SP, Brasil). A ciclagem constituiu de
5,000 ciclos, de 30 segundos, com intervalo de 3 segundos, em temperaturas de 5°C e
55°C24-25
. O número de ciclos correspondeu ao envelhecimento de 6 meses26
.
28
Figura 29 – Equipamento termociclador Nova Ética.
Mensuração da cor
Para avaliar a estabilidade da cor dos agentes cimentantes e da influência da espessura
da faceta na cor utilizou-se o Espectrofotômetro (Easyshade - Vita) em 3 tempos:
T1) imediatamente após a cimentação;
T2) sete dias após a cimentação e
T3) após envelhecimento por termociclagem (5,000 ciclos, de 30 segundos, com
intervalo de 3 segundos, em temperaturas de 5°C e 55°C).
O resultado das avaliações obtido pela examinadora foi primeiramente registrado em
uma ficha previamente elaborada, depois foi transferido para uma planilha do programa Excel
(Microsoft), a fim de viabilizar a análise estatística descritiva.
Os critérios de avaliação e escores considerados neste estudo são apresentados a seguir.
A cor foi determinada através dos parâmetros do sistema internacional CIElab
(L* a* b*), no qual L* indica a luminosidade onde a média varia de 0 (preto) para
100 (branco) e a* e b* correspondem ao matiz, sendo a* representante da saturação no eixo
vermelho-verde e b* no eixo azul-amarelo, possibilitando a especificidade de qualquer cor.
Os espécimes foram submetidos à leitura da cor sobre um bloco de fundo padrão branco
(Standard for 45°/0° Reflectance and Color Gardner Laboratory Inc. Maryland EUA).
29
Figura 30 – Esquema CIELab*.
As mensurações foram realizadas logo após a cimentação da faceta cerâmica,
após sete dias da cimentação, com a ponteira do espectrofotômetro perpendicular ao plano de
leitura, sempre no mesmo local. A medição foi realizada na região correspondente ao centro
da faceta, onde ocorre a maior intensidade de irradiação luminosa do aparelho
fotopolimerizador. Previamente às mensurações, o equipamento foi calibrado, pressionando
suavemente a ponta contra o bloco de calibragem permitindo um ângulo de 90°.
Após submeter os corpos de prova ao envelhecimento artificial, foram realizadas
novas leituras dos espécimes através do espectrofotômetro, da mesma maneira que as leituras
anteriores, e todos os dados foram armazenados digitalmente. Os dados iniciais e finais foram
analisados e comparados para verificação de possíveis alterações na cor das amostras
cerâmicas. Dessa forma, a estabilidade da cor foi determinada pela diferença (ΔE*) entre as
coordenadas obtidas das amostras, antes e após, o procedimento de envelhecimento. Sendo
calculada a partir da fórmula:
ΔE* = [(ΔL*)2 + (Δa*)2 + (Δb*)2] 0.5
onde:
30
ΔL1* = L2* - L1* (T3 – T1);
Δa1*=a2* - a1* (T3 – T1);
Δb1* = b2* - b1* (T3 – T1);
ΔL2* = L2* - L1* (T3 – T2);
Δa2* = a2* - a1* (T3 – T2);
Δb2* = b2* - b1* (T3 – T2).
Análise estatística
Para o tratamento estatístico dos dados levantados durante as avaliações das 40
restaurações indiretas, foi utilizado o teste estatístico ANOVA seguido do Teste Post Hoc de
Tukey das amostras para avaliar a diferença tanto intra grupos quanto inter grupos. O nível de
significância foi fixado em 5%. Os dados foram analisados com o software BIOESTAT 5.0
para Windows.
31
RESULTADOS
Para os resultados apresentados de ΔE* não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas entre os grupos nos diferentes tempos de avaliação (Tabela 1).
Tabela 1 – Análise de variância aplicada aos dados de ΔE* nos diferentes tempos de avaliação.
Grupos Tempos
T1 T2 T3
G1 -14,69 -20,20 -22,89
G2 -17,65 -22,13 -27,22
G3 -10,20 -13,70 -18,07
G4 -19,85 -24,50 -28,57
Fontes de variação GL SQ QM
Tratamentos 2 147,68 73,84
Erro 9 184,29 20,47
F = 3,60
(p) = 0,07
Os dados obtidos da mensuração espectrofotométrica apresentam-se representados
na coordenadas L* (Luminosidade), a* (cromacidade a*) e b* (cromacidade b*). Os
resultados estão representados nas tabelas a seguir.
Tabela 2 – Valores de ΔL*, entre os quatro grupos G1 (0,8-Foto), G2 (0,8-Dual),
G3 (0,5-Foto) e G4 (0,5-Dual), no mesmo tempo, avaliados segundo a estabilidade de cor.
Grupos Valores de ΔL (Luminosidade)
T1 T2 T3
G1 (0,8 foto) 93,01±2,31 87,79±1,55 86,75±1,51
G2 (0,8 dual) 88,08±2,26 85,79±1,41
83,88±1,51
G3 (0,5 foto) 88,06±2,22 84,78±2,15
82,25±1,97
G4 (0,5 dual) 85,03±1,86 82,11±1,84
80,15±0,88
Tempo 1: Apresentou diferença estatisticamente significativa entre G1 e G2, G1 e
G3, G1 e G4, G3 e G4 (p<0,01).
Tempo 2: Entre G1 e G3, G1 e G4, G2 e G4, G3 e G4 (p<0,01).
Tempo 3: Entre G1 e G2, G1 e G3, G1 e G4, G2 e G4 (p<0,01).
32
Tabela 3 – Valores de Δa*, entre os quatro grupos G1 (0,8-Foto), G2 (0,8-Dual),
G3 (0,5-Foto) e G4 (0,5-Dual), no mesmo tempo, avaliados segundo a estabilidade de cor.
Grupos Valores de Δa * (Cromacidade)
T1 T2 T3
G1 (0,8 foto) 0,74±0,42 -0,41±0,34 -0,80±0,24
G2 (0,8 dual) -0,83±0,62 -0,41±0,62 -0,31±0,49
G3 (0,5 foto) 1,73±0,62 0,90±0,77 0,11±0,52
G4 (0,5 dual) -0,20±1,07 0,41±0,69 0,50±0,52
Tempo 1: Entre G1 e G2, G2 e G3, G3 e G4 (p<0,01).
Tempo 2: Entre G1 e G3, G2 e G3 (p<0,01).
Tempo 3: Entre G1 e G3, G1 e G4, G2 e G4 (p<0,01).
Tabela 4 – Valores de Δb*, entre os quatro grupos G1 (0,8-Foto), G2 (0,8-Dual),
G3 (0,5-Foto) e G4 (0,5-Dual), no mesmo tempo, avaliados segundo a estabilidade de cor.
Grupos Valores de Δb* (Cromacidade)
T1 T2 T3
G1 (0,8 foto) 25,73±1,40 22,57±0,97 21,21±0,83
G2 (0,8 dual) 24,52±1,44 23,90±1,70 22,15±1,51
G3 (0,5 foto) 25,97±1,25 24,61±1,44 22,22±0,94
G4 (0,5 dual) 25,94±1,45 25,11±2,00 23,18±1,58
Tempo 2: Entre G1 e G4 (p<0,01).
Tempo 3: Entre G1 e G4 (p<0,01).
Tabela 5 – Valores de ΔL*, entre os três tempos logo após a cimentação, sete dias após a
cimentação e após a termociclagem, no mesmo grupo, avaliados segundo a estabilidade de
cor.
Tempos Valores de ΔL* (Luminosidade)
G1 (0,8 foto) G2 (0,8 dual) G3 (0,5 foto) G4 (0,5 dual)
T1 93,01±2,31 88,08±2,26 88,06±2,22 85,03±1,86
T2 87,79±1,55 85,79±1,41 84,78±2,15 82,11±1,84
T3 86,75±1,51 83,88±1,51 82,25±1,97 80,15±0,88
33
Grupo 1: Apresentou diferença estatisticamente significativa entre T1 e T2, T1 e
T3 (p<0,01).
Grupo 2: Entre T1 e T3 (p<0,01).
Tabela 6 – Valores de Δa*, entre os três tempos logo após a cimentação, sete dias após a
cimentação e após a termociclagem, no mesmo grupo, avaliados segundo a estabilidade de
cor.
Tempos Valores de Δa* (Cromacidade)
G1 (0,8 foto) G2 (0,8 dual) G3 (0,5 foto) G4 (0,5 dual)
T1 0,74±0,42 -0,83±0,62 1,73±0,62 -0,20±1,07
T2 -0,41±0,34 -0,41±0,62 0,90±0,77 0,41±0,69
T3 -0,80±0,24 -0,31±0,49 0,11±0,52 0,50±0,52
Grupo 1: Apresentou diferença estatisticamente significativa entre T1 e T2, T1 e
T3 (p<0,01).
Grupo 3: Entre T1 e T3 (p<0,01).
Tabela 7 – Valores de Δb*, entre os três tempos logo após a cimentação, sete dias após a
cimentação e após a termociclagem, no mesmo grupo, avaliados segundo a estabilidade de
cor.
Tempos Valores de Δb * (Cromacidade)
G1 (0,8 foto) G2 (0,8 dual) G3 (0,5 foto) G4 (0,5 dual)
T1 25,73±1,40 24,52±1,44 25,97±1,25 25,94±1,45
T2 22,57±0,97 23,90±1,70 24,61±1,44 25,11±2,00
T3 21,21±0,83 22,15±1,51 22,22±0,94 23,18±1,58
Grupo 1: Apresentou diferença estatisticamente significativa entre T1 e T2, T1 e
T3 (p<0,01).
34
DISCUSSÃO
O presente estudo calculou o valor de ΔE, como este não apresentou diferença
estatisticamente significante, optou-se por calcular os valores dos eixos individuais de L* a*
b*, possibilitando um resultado mais detalhado, assim como Archegas et al.27
, Turgut e
Bagis28
e Cubas et al.29
, em 2011, também calcularam em seus trabalhos. Contudo Ghavam et
al.30
e Kilinc et al.31
, em 2012, apenas calcularam o valor de E, mostrando valores mais
superficiais das alterações de cor. O presente trabalho teve como objetivo avaliar se a
espessura das facetas cerâmicas e se o tipo de cimento resinoso utilizado são capazes de
influenciar na estabilidade da cor logo após a cimentação, após sete dias da cimentação e após
a termociclagem. Nesse trabalho, trabalhou-se com quatro variáveis: tempos, grupos, tipos de
cimento e espessuras das facetas.
O valor de ΔL* (representativo de valor ou brilho ou luminosidade) tem sido
associado à alteração do índice de refração de luz, correspondente a contato prolongado da
matriz resinosa com a água que admite absorção da solução, relacionando-se com a
quantidade de claro ou de escuro de uma cor13,32-33
.
Neste trabalho, os valores apresentados de ΔL*, foram crescentes de negativo
(-L* = preto) para positivo (+L* = branco) durante o período analisado para todos os grupos.
Valores positivos expressos em L* também foram observados em outras pesquisas27,29,34
.
Houve, portanto, um aumento de valor nos espécimes pesquisados. Logo após a cimentação
apresentaram diferença, assim, mostrando como o cimento influencia na cor no mesmo grupo.
Os espécimes ficaram mais luminosos depois da cimentação, depois de sete dias eles
estabilizaram a cor e não apresentaram diferença estatisticamente significante após a
termociclagem. Na termociclagem, todos diminuíram a luminosidade, porém sem diferença
estatística. Isso porque a resina é estável quimicamente. Não tem diferença de branco e preto,
35
ela se mantém na mesma luminosidade, no mesmo valor. É o mesmo valor de branco, que se
mantém com o tempo, resultado corroborado com demais estudos28,35
.
Os valores de Δa*, neste estudo, apresentaram tendência decrescente no sentido
de -a* (verde) logo após a cimentação, porém, sete dias após a cimentação não apresentou
diferença estatística significativa. Os valores de Δa para os tempos dos grupos 1, 2, 3 e 4 após
sete dias da cimentação a termociclagem não interferiu, isso quer dizer que o envelhecimento
do espécime não interferiu, ele se mantém. Alguns autores associaram a estabilidade da cor
com o grau de conversão do material resinoso36
, por outro lado, outras investigações não
permitiram a mesma afirmativa33
.
Uma fotoativação adequada, possivelmente permite menor alteração da cor do
material resinoso. Pires-de-Souza et al.37
realizaram um estudo in vitro avaliando a
estabilidade de cor de três resinas compostas de dois tons diferentes (A3 e C3) utilizando uma
fonte de quartzo de tungstênio halógeno (QTH) e um diodo emissor de luz (LED). Os autores
puderam concluir que a ativação de determinados compósitos com unidades polimerizadoras
de alta intensidade garante maior estabilidade da cor e menor quantidade de amarelo residual.
Logo após a cimentação apresentou diferença, por isso que nos resultados do nosso trabalho
após a cimentação em todos os grupos não sofreram interferência na cor em relação ao tempo,
corroborado pelo trabalho de Hekimoğlu et al.35
.
Os valores de Δb*, neste estudo, apresentaram tendência em diminuir no sentido de
amarelo (+b*) para azul (-b*) logo após a cimentação. Dessa forma, pode-se afirmar que depois
de sete dias nenhum espécime apresentou diferença e após a termociclagem também não
apresentou interferência.
Magne e Belser23
afirmam que os cimentos de cura dual não devem ser utilizados
para cimentar restaurações cerâmicas com espessura inferior à 2 mm. Essa afirmativa é baseada,
entre outras propriedades, na instabilidade da cor do material, que ocorre devido à degradação da
36
amina terciária presente em sua composição. No presente estudo, é possível afirmar que os
valores negativos de b* (-b*=azul), podem estar relacionados com a polimerização adequada dos
agentes cimentantes. A alta intensidade de luz e o maior tempo de polimerização descritos na
metodologia deste estudo possivelmente permitiram grau de conversão suficiente para evitar
monômeros residuais no compósito. Além disso, a capacidade de alguns fotoiniciadores em
dissociar o grupo cromóforo (parte da molécula responsável por sua cor), também é associada a
valores de -b*38
. Janda et al.12
observaram forte influência da unidade fotoativadora e do tempo de
fotoativação nos valores de b*. A exposição de compósitos à luz halógena permitiu melhor
conversão da canforoquinona, comparado com plasma e, portanto, valores mais claros de
b* (-b*). O cimento resinoso dual mesmo apresentando características de cura química, a opção
pela fotoativação parece ser uma etapa fundamental para garantir boa propriedade mecânica e
estabilidade da cor deste material5,39
. Portanto, a opção por fotoativar o cimento dual suporta este
procedimento no presente estudo.
Estudos prévios mostraram que o agente cimentante à base de resina pode facultar
resultados indesejáveis, como modificação colorimétrica e tais alterações podem influenciar
na cor final de restaurações cerâmicas de diferentes espessuras14,35
. No presente trabalho, a
cimentação com dois diferentes tipos de cimentos influenciou na cor logo após a cimentação
das facetas (Tempo 1), similarmente a resultados anteriores27,34
, mas após a termociclagem
não apresentou influência na estabilidade da cor (Tempo 3).
Apesar de existirem vários protocolos experimentais conhecidos, nesse trabalho
optou-se pela termociclagem por ser um método simples de envelhecimento artificial. Como a
cor destes materiais altera com o tempo, métodos de envelhecimento in vitro são
correlacionados com a simulação de longos períodos clínicos. A técnica constitui de imersões
seqüenciadas em solução aquosa fria (5°C) e quente (55°C), capaz de reproduzir situações
clínicas, como ingestão de alimentos e bebidas de diferentes temperaturas40
. De acordo com
37
os resultados deste trabalho, os espécimes logo após a cimentação (Tempo 1) apresentaram
alterações significativas dentro do parâmetro observado, sendo todas as coordenadas do
sistema Lab* afetadas. Tornando os espécimes mais luminosos (L*), mais esverdeados (a*) e
mais azulados (b*), independente do grupo. Depois dos sete dias da cimentação (Tempo 2) e
termociclagem (Tempo 3), os resultados não apresentaram nenhuma diferença significativa na
estabilidade da cor.
O estudo da influência dos cimentos resinosos e a influência da espessura da
cerâmica sobre a variação de cor das restaurações cerâmicas foram realizados por outros
autores1,27,29
. Archegas et al.27
avaliaram a estabilidade de cor e opacidade de cimentos
resinosos e compósitos flow para cimentação de coroas cerâmicas depois do envelhecimento
acelerado. Os autores concluíram que o envelhecimento acelerado levou a mudanças de cor
em todos os materiais avaliados. O cimento resinoso dual Variolink II demonstrou a maior
estabilidade de cor. Após o envelhecimento, um aumento na opacidade foi observado para a
maioria dos materiais. Mesmo o cimento resinoso dual Variolink II tendo apresentado uma
maior estabilidade de cor, pode-se especular que a forma de envelhecimento (irradiação
contínua de luz), pode ter influenciado nestes resultados. Diferindo do presente estudo, onde o
cimento fotopolimerizável como o cimento dual não apresentaram interferência na
estabilidade da cor das duas espessuras de facetas.
Em um outro trabalho publicado por Cubas et al.29
, os mesmos avaliaram a
influência de várias espessuras de cerâmica e agentes de cimentação sobre a variação de cor em
cinco sistemas cerâmicos. Os resultados mostraram que os valores de L* a* b* dos sistemas
cerâmicos foram afetados tanto pelo agente de cimentação como pela espessura da cerâmica. O
uso do cimento resinoso opaco resultou em um aumento das coordenadas L* a* b*, produzindo
diferenças nos valores de E* para todas as cerâmicas testadas, independentemente da
espessura. Os autores concluíram que a associação de facetas de maior espessura com cimento
38
resinoso opaco apresentou a melhor capacidade de mascaramento de um fundo de cor escura
quando comparado a um cimento resinoso não opaco e outras espessuras de facetas testadas. É
possível afirmar, que ocorreu diferença do presente estudo, por não terem sido utilizados
substrato de cor escura, e sim todas as amostras apresentavam cor uniforme.
Pinto1, em sua dissertação de mestrado em 2010, avaliou a estabilidade da cor de
diferentes materiais cimentantes, utilizados para facetas cerâmicas e comparou a estabilidade
da cor de um cimento resinoso fotopolimerizável, um cimento de cura dual, uma resina
composta flow e, uma resina composta utilizados para facetas cerâmicas, em função do
tempo. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas para variável ΔE, entre os
grupos e em cada período, indicando diferenças entre o grupo do cimento resinoso
fotopolimerizável e o grupo do cimento resinoso de cura dual após envelhecimento. As
unidades de Lab* não foram significativamente diferentes entre os grupos. Houve tendência
crescente para +L* (branco), +a* (vermelho) e –b* (azul) nos tempos analisados. O
envelhecimento mostrou influenciar a estabilidade da cor dos materiais cimentantes. Concluiu
que a estabilidade da cor de cimentos resinosos foi influenciada pelo tempo e pela
termociclagem, o cimento resinoso fotopolimerizável apresentou maior estabilidade de cor
quando comparado com o cimento dual, entretanto, não foi diferente das resinas flow e
composta. Esta discrepância pode ser justificada pelas diferenças metodológicas como a
espessura da faceta e o agente cimentante utilizado.
Além das considerações técnicas provindas da análise dos resultados é importante
frisar que a realização do presente trabalho foi movida pela busca por possibilidades
restauradoras que pudessem conciliar estética e melhor custo. Apesar das boas propriedades
mecânicas e excelência estética de materiais compósitos, a estabilidade da cor desses
materiais expostos ao meio bucal continua sendo preocupante e sugere mais estudos
correlacionando outros testes bem como outros materiais.
39
CONCLUSÕES
Com base neste estudo foi possível verificar que:
- A espessura da faceta (0,5 mm e 0,8 mm) não interferiu na estabilidade da cor.
- O cimento fotopolimerizável como o cimento de cura dual não interferiram na
cor das duas espessuras de facetas (0,5 mm e 0,8 mm).
- Após sete dias da cimentação (T2) e da termociclagem (T3) a cor se manteve
em todos grupos.
40
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