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FACULDADE MERIDIONAL IMED CHENG.pdfCRM Client Relationship Management CSV Comma Separated Values ......

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FACULDADE MERIDIONAL IMED SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Ingrid Cheng Ontologias e algoritmos de similaridade como suporte à integração de schemas em ambientes heterogêneos Passo Fundo 2018
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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Ingrid Cheng

Ontologias e algoritmos de similaridade como suporte à

integração de schemas em ambientes heterogêneos

Passo Fundo

2018

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Ingrid Cheng

Ontologias e algoritmos de similaridade como suporte à integração de

schemas em ambientes heterogêneos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Escola de Sistemas de Informação, da

Faculdade Meridional – IMED, como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em

Sistemas de Informação, sob a orientação do

professor Me. Fahad Kalil.

Passo Fundo

2018

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Ingrid Cheng

Ontologias e algoritmos de similaridade como suporte à integração de

schemas em ambientes heterogêneos

Passo Fundo, 14 de dezembro de 2018.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me. Fahad Kalil

Prof. Me. Marcos Roberto dos Santos

Prof. Me. Ralph José Rassweiler Filho

Passo Fundo

2018

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RESUMO

O presente trabalho partiu do seguinte problema: Como a utilização de ontologias

conceituais e algoritmos de similaridade podem contribuir para a integração de schemas de

dados em ambientes heterogêneos? Sob a perspectiva de quem realiza tal integração em

sistemas ERP e outros sistemas, este trabalho objetivou a combinação de técnicas de

similaridade textual com o uso ontologias para integração de schemas de dados, além da

identificação de algoritmos de similaridade para comparação de palavras e conceitos. Foi

desenvolvido um algoritmo combinando estas diferentes técnicas visando o suporte à

integração de schemas de dados, e identificou-se que as técnicas de similaridade e ontologias

podem ser utilizadas para tais comparações, mas apresentam limitações com relação às

palavras compostas e palavras incomuns no meio corporativo.

Palavras-chave: DBpedia. Integração de Schemas. Ontologia. Similaridade. WordNet.

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ABSTRACT

The current work started with the following problem: How can the use of conceptual

ontologies and similarity algorithms contribute to the integration of data schemas in

heterogeneous environments? From the perspective of those who perform such integration in

ERP systems and other systems, this work aimed at combining textual similarity techniques

with the use of ontologies to integrate data schemas, as well as the identification of similarity

algorithms for comparison of words and concepts. An algorithm was developed combining

these different techniques aimed at supporting the integration of data schemas, and it was

identified that similarity and ontology techniques can be used for such comparisons, but

present limitations with respect to compound words and unusual words in the corporate

environment .

Keywords: DBpedia, Schema Integration, Ontology, Similarity, WordNet

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Os principais módulos do ERP de uma empresa industrial ....................................... 13

Figura 2 Exemplos de módulos verticais e horizontais ............................................................ 14

Figura 3 Exemplo de integrações de uma organização ............................................................ 19

Figura 4 Arquitetura Web Services .......................................................................................... 21

Figura 5 Tecnologias usadas para Web Services...................................................................... 22

Figura 6 Integração EAI x Integração Tradicional ................................................................... 23

Figura 7 Pilha de tecnologias para web semântica ................................................................... 24

Figura 8 Exemplo de estrutura XML ........................................................................................ 25

Figura 9 Exemplo de um diagrama RDF .................................................................................. 26

Figura 10 Resultado de busca na WordNet pela palavra "client" ............................................. 29

Figura 11 Representação gráfica de uma entidade e suas relações no YAGO ......................... 32

Figura 12 Trecho da visualização da entidade YAGO "Dancer" ............................................. 34

Figura 13 Fluxograma do algoritmo ......................................................................................... 38

Figura 14 Resultado Experimento 1 – client x customer ......................................................... 41

Figura 15 Resultados Experimento 2 – actor x dog ................................................................. 41

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Benefícios tangíveis e intangíveis ............................................................................ 16

Quadro 2 Características do ERP x Benefícios e Problemas.................................................... 16

Quadro 3 Classificação de Ontologias...................................................................................... 28

Quadro 4 Colunas dos datasets utilizados ................................................................................ 37

Quadro 5 Experimentos realizados ........................................................................................... 40

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI Artificial Intelligence

B2B Business to Business

BPEL Business Process Execution Language

CA California

CRM Client Relationship Management

CSV Comma Separated Values

DC Distrito de Columbia

EAI Enterprise Application Integration

EDI Electronic Data Interchange

ERP Enterprise Resource Planning

HTTP Hypertext Transfer Protocol

NTLK Natural Language Toolkit

OWL Web Ontology Language

PASS Procurement Automated Support System

RDF Resource Description Framework

RDF-S Resource Description Framework Schema

RIF Rule Interchange Format

SPARQL Protocol and RDF Query Language

SQL Structured Query Language

URI Uniform Resource Identifier

URL Uniform Resource Locators

W3C World Wide Web Consortium

WS Web Service

XML eXtensible Markup Language

YAGO Yet Another Great Ontology

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S U M Á R I O

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10

2. ESTADO DA ARTE ......................................................................................................... 11

2.1. Enterprise resource planning ..................................................................................... 11

2.2. Integração de sistemas de informação ....................................................................... 18

2.3. Web semântica ........................................................................................................... 24

2.4. WordNet ..................................................................................................................... 28

2.5. YAGO ........................................................................................................................ 31

2.6. DBpedia ..................................................................................................................... 32

2.7. Medidas de similaridade semântica entre termos ...................................................... 34

3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 36

3.1. Instrumentos e infraestrutura ..................................................................................... 36

3.2. Procedimentos da pesquisa ........................................................................................ 37

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 41

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 45

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 46

ANEXO A – CSV de Siglas e Acrônimos ............................................................................... 52

ANEXO B – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data CA – Colunas 1 a

15 .............................................................................................................................................. 53

ANEXO C – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data CA – Colunas 16 a

31 .............................................................................................................................................. 54

ANEXO D – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data DC ....................... 55

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1. INTRODUÇÃO

É comum a integração de schemas de dados (XML, banco de dados, webservices,

APIs), seja no meio acadêmico ou no meio empresarial. Ontologias já são muito conhecidas

mundialmente, principalmente na área de inteligência artificial, pois contribuem muito para

que um software seja capaz de realizar associações de palavras e conceitos. Segundo Haley

(2010), há diversas pessoas no mundo criando ontologias e outras diversas consumindo

ontologias, infelizmente, a grande maioria de ontologias possui foco acadêmico e

colaborativo.

Poucas ontologias são utilizadas no ambiente empresarial e mesmo que os benefícios

possam ser consideráveis, não há muitos estudos e ontologias sendo desenvolvidas para uso

neste contexto quanto poderia haver (HALEY, 2010). Por este motivo, a utilização de

ontologias conceituais e algoritmos de similaridade para integração de dados em ambientes

heterogêneos é objeto de pesquisa deste trabalho.

Um dos problemas mais comuns quando há uma integração entre sistemas, é o uso de

diferentes vocabulários para representar a mesma informação. Mesmo que estes campos

sejam mapeados de um sistema para o outro, visando a integração, após o término de tal

processo este mapeamento não costuma estar devidamente atualizado e não permite que as

pessoas consultem essa informação para garantia de veracidade.

Ontologias são baseadas em conceitos e permitem associar os mais diversos

vocabulários para formação de um conceito. Sendo assim, com o auxílio de uma ontologia é

possível que durante o processo de integração, o software saiba que “Client” no sistema de

origem é o mesmo que “Customer” no sistema de destino, sem precisar que um humano, no

momento da integração, faça esta associação de forma exclusivamente manual.

Existem casos em que mesmo na associação manual de um termo ao outro para

representar a mesma informação, a pessoa que está associando pode estar equivocada ou

desconhecer a correspondência de algum termo naquele dado contexto. Em resumo, a

utilização de ontologia para a integração de schemas de dados pode ajudar os profissionais a

ganhar mais produtividade e assertividade na realização de integrações.

O restante deste trabalho está organizado da seguinte forma: no Capítulo 2 é fornecida

uma fundamentação teórica com os principais conceitos necessários para a compreensão desta

monografia. No Capítulo 3 é abordada a metodologia e a descrição dos experimentos. O

Capítulo 4 abordará resultados e discussões. No Capítulo 5 este trabalho é concluído e

possível trabalhos futuros são destacados.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico do presente trabalho está divido em 7 capítulos. A primeira

sessão do referencial teórico foi feita para caracterizar ERP. A segunda, serviu para descrever

a integração de sistemas. Conceitos e termos são apresentados nos itens 2.3 a 2.7.

2.1. Enterprise resource planning

Atualmente, no mundo empresarial, é necessário que as organizações estejam atentas

ao comportamento do mercado e estejam preparadas para criar estratégias a fim de obterem

sucesso. Para elaboração de tais estratégias, é essencial o apoio da tecnologia da informação

pois, além de dar suporte às operações da empresa, pode prover informações para tomada de

decisões (VECCHIA, 2011).

ERP é uma sigla para Enterprise Resource Planning e pode ser definido como um

sistema de informação integrado cujo objetivo é suportar a maioria das operações de uma

empresa, sendo adquirido como um pacote de software comercial (DE SOUZA, 2000). Badr,

Elabd e Abdelkader (2016) definem o ERP como uma solução de software integrada que

atende as necessidades empresariais. Para Suprapto, Tarigan e Basana (2017), o ERP pode ser

definido como um pacote de software de negócio que permite que uma companhia automatize

e integre os principais processos de negócio, além de compartilhar dados em toda a

companhia com o objetivo de criar e acessar informação em cada departamento em tempo

real, tendo acesso a informações íntegras.

Para Laudon e Laudon (2010), os sistemas ERP tem como fundamento uma suíte de

módulos de software integrados e um banco de dados central comum. Este banco coleta dados

dos diferentes departamentos da empresa e torna-os disponíveis para aplicações que são

utilizadas em praticamente todas as atividades internas da empresa. Esta, e as definições

abordadas anteriormente deixam claro que o ERP é um sistema integrado com todos os

departamentos da empresa, permitindo que as informações acessadas estejam sempre

atualizadas e provendo dados para tomada de decisão.

Na literatura, é possível encontrar descrições de características dos sistemas ERP e de

sua arquitetura. A seguir, são sintetizadas as características abordadas por alguns autores:

Têm grande abrangência funcional – Os sistemas ERP possuem grande abrangência

funcional para atender todos os departamentos de uma empresa. O objetivo é cobrir o maior

número de funcionalidades possível, mas não tornar um software específico para uma única

organização. Por este motivo, é provável que hajam outros sistemas que cubram uma

determinada função empresarial de forma mais adequada que o ERP, e por este motivo pode

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ser necessária uma integração entre o ERP e o sistema especializado (DE SOUZA, 2000;

VECCHIA, 2011).

Possuem banco de dados corporativo unificado – É necessário utilizar o mesmo

banco de dados em todos os setores para que as alterações sejam refletidas em tempo real para

toda a organização (DE SOUZA, 2000; VECCHIA, 2011; DE SOUZA JUNIOR; DA SILVA,

2014).

São integrados – Um sistema ERP pode ser realmente integrado se todos os módulos

do sistema atendem a todos os departamentos da empresa. É possível também integrar

módulos entre ERP ou outros sistemas diferentes, através de interfaces e a utilização de uma

base única, permitindo o compartilhamento de informações para se alcançar a disponibilidade

de informações coerentes e atualizadas em tempo real. Badr, Elabd e Abdelkader (2016)

ressaltam que a integração de um sistema ERP com outros sistemas é bastante trabalhosa

devido à diferença semântica entre os mais diferentes sistemas (DE SOUZA, 2000;

VECCHIA, 2011).

São pacotes comerciais de software – Os sistemas ERP são vendidos como um

pacote comercial porque o sistema já foi desenvolvido, utilizado e aprimorado, tendo

vantagem sobre um sistema de tamanha complexidade que fosse desenvolvido do zero. Desta

forma, o ERP vendido comercialmente é mais barato, mais rápido e resulta em menos bugs

que desenvolver um ERP (DE SOUZA, 2000; VECCHIA, 2011).

Fazem uso de modelos-padrão de processos – É comum que as tarefas de um

mesmo processo sejam executadas no mesmo setor de outra empresa. Desta forma, o ERP

utiliza um modelo-padrão nos processos permitindo que o sistema seja utilizado pelo maior

número possível de organizações, e não somente uma específica. Tais modelos-padrão de

processos são obtidos a partir das experiências de implantações (DE SOUZA, 2000;

VECCHIA, 2011).

Requerem procedimentos de ajuste – Ao implantar um ERP em uma organização,

provavelmente haverá diferença entre os processos de organização e o sistema, e este

processo trata de eliminar tais diferenças, sem descaracterizar o sistema (DE SOUZA, 2000;

DE SOUZA JUNIOR; DA SILVA, 2014).

Possuem arquitetura simples – Como os sistemas ERP são sistemas complexos, é

necessário que a arquitetura seja simples, para facilitar o fluxo de dados e as soluções que

venham a ser necessárias. (DE SOUZA JUNIOR; DA SILVA, 2014)

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Os sistemas ERP possuem uma estrutura com a divisão de módulos, podendo ser cada

módulo um departamento da empresa. Na literatura, alguns autores abordam os módulos de

forma mais detalhada, enquanto outros abordam os módulos de forma mais ampla.

De Oliveira (2006) aborda os seguintes módulos que, segundo ele, compõem a maioria

dos sistemas ERP: Workflow, Contas a pagar, Gestão de Ativos, Manutenção, Contas a

Receber, Recursos Humanos, Folha de Pagamento, Gestão Financeira, Recebimento Fiscal,

Custos, Contabilidade Geral, DRP1, Gestão de Transporte, Venda/Previsão e Faturamento. O

autor ainda ressalta que a maioria das empresas de grande porte comporta todos estes

módulos, enquanto empresas de menor porte podem comportar apenas alguns destes módulos.

Na Figura 1 é possível visualizar a integração entre os principais módulos do ERP de

uma empresa industrial e entidades externas. As integrações com as entidades externas podem

ocorrer de forma eletrônica através de EDI2, B2B3 , e também podem ocorrer de forma

convencional, sem o apoio da tecnologia para a integração entre a entidade externa e o ERP.

Figura 1 Os principais módulos do ERP de uma empresa industrial

Fonte: Zwicker e De Souza (2003)

Considerando todos os módulos abordados pelos autores citados, pode-se identificar

que determinadas atividades executadas com o auxílio de um módulo podem ser agrupadas

em uma categoria maior. Como por exemplo, contas a pagar e contas receber podem fazer

1 DRP: Sigla para Distribution Requirements Planning, que pode ser traduzido para língua portuguesa como

planejamento das necessidades de distribuição 2 EDI: Sigla para Electronic Data Interchange, que pode ser traduzido para a língua portuguesa como

“Intercâmbio Eletrônico de Dados”, e representa uma troca estruturada de dados através de uma rede de dados

qualquer. 3 B2B: Sigla para Business to Business que pode ser traduzido para a língua portuguesa como “Negócio para

Negócio”, quando um negócio é B2B, significa que o público-alvo deste negócio são outras empresas.

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parte da mesma categoria “Financeiro” e a categoria Financeiro pode ser considerada um

único grande módulo. Tal estrutura pode ser visualizada considerando os módulos maiores

como módulos verticais, e os módulos com tarefas mais específicas podem ser considerados

módulos verticais, um exemplo desta visualização é a Figura 2, onde Vendas, Operacional,

Recursos Humanos, e financeiro representam módulos horizontais e as atividades descritas

em nível mais detalhado e visualizadas verticalmente podem ser chamadas de módulos

verticais.

Figura 2 Exemplos de módulos verticais e horizontais

Fonte: Elaborado pela autora

Cada sistema ERP pode apresentar diferentes módulos, entretanto, os módulos de

sistemas ERP procuram contemplar o maior número de necessidades do maior número de

organizações. Neste sentido, é comum que alguns sistemas ERP de pequeno porte sejam

desenvolvidos para tipos diferentes de organizações. Por exemplo, um sistema ERP pode ser

voltado para instituições de ensino, para empresas de transporte de cargas, para empresas

varejistas e etc., de forma a contemplar as necessidades da organização de forma ainda mais

específica. Segundo pesquisa realizada por Diniz (2012), os cinco módulos ERP mais

utilizados pelas empresas são: Gestão Financeira, Recebimento Fiscal, Contas a Receber,

Contas a Pagar e Contabilidade Geral. É possível notar que tais módulos são comuns em todas

empresas, independente da área de atuação e por este motivo são mais comuns nas empresas

em geral.

Diante da implementação de um software tão complexo quanto o ERP, é de

conhecimento dos autores que há benefícios e também dificuldades de se implementar um

ERP. Segundo Azevedo e Serdeira (2016) e De Souza Junior e Da Silva (2014), são

benefícios dos sistemas ERP: a integração entre todas as áreas da organização e o banco de

dados unificado, pois tendo uma informação integrada e disponível em tempo real, ações

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operacionais e também tomadas de decisão podem ser realizadas com base em informações

atualizadas.

Zwicker e De Souza (2003) citam benefícios como integração, maior possibilidade de

controle sobre os processos da empresa, a atualização tecnológica, a redução de custos de

informática e o acesso a informações de qualidade em tempo real para a tomada de decisões

sobre toda a cadeia produtiva.

De Almeida (2010), com ênfase na tomada de decisão, cita que os sistemas ERP

trazem benefícios como ampliação do processamento do conhecimento do apoio a decisão,

incremento da confiabilidade na tomada de decisão, melhora a capacidade de reunir

evidências para apoio, agilidade e redução de custos na tomada de decisão.

Muitas vezes, durante a implementação de um ERP é necessário que a organização

adapte alguns processos para utilização do ERP. Identificar formas inovadoras de melhorar

processos, reestruturar as atividades e melhorar a organização do negócio podem servir para

obter vantagens competitivas e neste sentido as alterações de processos necessárias devido a

implementação do ERP são benéficas (VIEIRA, 2009; LATINI, 2015).

Além de benefícios, a implementação do ERP traz também algumas desvantagens,

problemas ou dificuldades. Por se tratar de um sistema complexo, a implementação de um

ERP é um processo muito lento e pode chegar a levar 3 anos para ser concluído (DE SOUZA,

2000). O custo da aquisição do pacote comercial e implantação é muito elevado, sendo este

um dos principais fatores para que organizações cujo porte não é suficientemente grande não

utilizem ERP (DE SOUZA JUNIOR; DA SILVA, 2014).

Devido às alterações necessárias em alguns processos da empresa, e também a

integração de informações em tempo real, a influência dos fatores humanos é muito grande e

isto pode se tornar um problema. Podem haver pessoas resistentes às mudanças nos processos

e uma informação inserida incorretamente no sistema é propagada em tempo real para todos

os setores devido ao banco de dados único (OLIVEIRA; HATAKEYAMA, 2012).

Segundo De Oliveira (2006), podem existir benefícios tangíveis e intangíveis, os

benefícios tangíveis não podem ser mensurados pois são visualizados de uma forma muito

ampla, enquanto os benefícios tangíveis podem ser perfeitamente quantificados. O Quadro 1,

adaptado de De Oliveira (2006), possui a descrição de benefícios tangíveis e intangíveis do

ERP.

Benefícios Tangíveis Benefícios Intangíveis

Redução de estoques Redução de pessoal

Melhoria da produtividade

Melhoria no gerenciamento dos pedidos

Visibilidade de informação

Processos novos e melhorados

Atendimento mais rápido ao cliente

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Melhoria financeira Redução de custos

Melhoria no gerenciamento de fluxo de caixa

Aumento dos lucros

Redução de custos com transporte e logística

Redução de custos na manutenção

Padronização

Flexibilidade

Globalização

Melhor desempenho nos negócios como um todo

Quadro 1 Benefícios tangíveis e intangíveis

Fonte: Adaptado de De Oliveira (2006)

No Quadro 2 adaptado de Zwicker e De Souza (2003), é possível identificar algumas

das características mencionadas anteriormente em comparativo mostrando benefícios e

problemas.

Características Benefícios Problemas

São pacotes

comerciais de

software

- Redução dos custos de informática

- Foco na atividade principal da empresa

- Redução do backlog4de aplicações

- Atualização tecnológica permanente, por

conta do fornecedor

- Dependência do fornecedor

- Empresa não detém o conhecimento sobre

o pacote

Usam modelos

de processos

- Difunde conhecimento sobre best practices

- Facilidade a reengenharia de processos

- Impões padrões

- Necessidade de adequação do pacote à

empresa

- Necessidade de alterar processos

empresariais

- Alimenta a resistência à mudança

São sistemas

Integrados

- Redução do retrabalho e inconsistências

- Redução da mão-de-obra relacionada a

processos de integração de dados

- Maior controle sobre a operação da empresa

- Eliminação de interfaces entre sistemas

isolados

- Melhoria na qualidade da informação

- Contribuição para a gestão integrada

- Otimização global dos processos da

organização

- Mudança cultural da visão departamental

para a de processos

- Maior complexidade de gestão da

implementação

- Maior dificuldade na atualização do

sistema pois exige acordo entre vários

departamentos

- Um módulo não disponível pode

interromper o funcionamento dos demais

- Alimenta a resistência à mudança

Usam banco de

dados

corporativos

- Padronização de informações e conceitos

- Eliminação de discrepâncias entre

informações de diferentes departamentos

- Melhoria na qualidade da informação -

acesso a informações para toda a empresa

- Mudança cultural da visão de “dono da

informação” para a de “responsável pela

informação”

- Mudança cultural para uma visão de

disseminação de informações dos

departamentos por toda a empresa

- Alimenta resistência à mudança

Possuem grande

abrangência

funcional

- Eliminação da manutenção de múltiplos

sistemas

- Padronização de procedimentos - redução de

custos de treinamento

- Interação com um único fornecedor

- Dependência de um único fornecedor

- Se o sistema falhar toda a empresa pode

parar

Quadro 2 Características do ERP x Benefícios e Problemas

Fonte: Adaptado de Zwicker e De Souza (2003)

Além dos conceitos, benefícios e dificuldades apresentados pelos autores, é importante

conhecer também os resultados dos estudos de caso realizados sobre a utilização e

implementação do ERP. No estudo realizado por Azevedo e Serdeira (2016), sobre a

4 Backlog: É um resumo histórico de acumulação de trabalho em um determinado intervalo de tempo.

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utilização de ERP nas principais unidades hoteleiras de Portugal, foi identificada uma quase

ausência da utilização de forma integrada, as funções automatizadas possuem uma boa

cobertura porém com a utilização de módulos de diferentes origens, a integração dos

departamentos é bastante delicada e a obtenção de relatórios gerenciais também é dificultada.

Este cenário é um exemplo da utilização de ERP com integração de módulos de fornecedores

diferentes, e apresenta problemas que geralmente não acontecem na utilização de um ERP

inteiramente integrado e de uma única fonte.

No trabalho de Lech (2016), foi realizado um estudo em uma empresa de produção de

médio porte, com a implementação de um dos maiores softwares ERP do mercado. O autor

detalhou o esforço necessário para cada etapa da implementação, e ressalta que o esforço

destinado à configuração e parametrização do software de acordo com a organização não deve

ser subestimado e pode fazer uma diferença significativa, já que em seu estudo, a atividade de

parametrização foi a mais demorada. Demora esta que se justifica diante da diferença de

detalhes de cada organização.

No estudo realizado por Mendes, Carvalho, e Machado (2016), voltado para a

resistência na adoção de tecnologias e estratégias, foi identificado que receios quanto à perda

de emprego, falta de informação sobre os motivos da mudança, falta de conhecimento em

relação aos ERP, receios de falhar ou de não se conseguir adaptar ao novo sistema, perda de

poder, sentimento de insegurança e razões econômicas são algumas das principais fontes de

resistência dos usuários. Tais fontes estão diretamente relacionadas ao nível de informação e

formação do usuário, tendo em vista que, segundo o estudo do autor, quanto maior a idade e

quanto menores as habilitações e conhecimentos de informática, as pessoas possuem uma

tendência maior a serem usuários insatisfeitos. O ambiente de trabalho e a gestão do projeto

podem contribuir para minimizar a resistência dos usuários (MENDES; CARVALHO;

MACHADO, 2016).

Evangelista (2017) realizou um estudo sobre o gerenciamento dos fatores críticos de

sucesso na implementação de um módulo do sistema ERP em uma instituição de ensino do

setor público, como resultado do estudo o autor verificou que muitos dos fatores críticos não

foram adequadamente gerenciados, principalmente fatores organizacionais. Para o autor, o

problema pode ter sido ocasionado pela ausência de pessoas com visão de negócio na equipe

de implementação do ERP, já que a equipe era composta apenas por quatro pessoas da área de

Tecnologia da Informação. É comum que sistemas ERP de maior porte possuam uma equipe

de implementação variada e bem capacitada, enquanto em ERPs de porte menor, não é de

costume encontrar equipes de implementação muito mistas, pois os custos são maiores. No

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caso do setor público, devido à burocratização na escolha de sistemas a serem utilizados, nem

sempre o sistema selecionado será o mais adequado para a instituição (EVANGELISTA,

2017).

LEE et al. (2009) realizaram um estudo para verificar como a implementação de um

ERP pode transformar os processos de negócio de uma empresa. No estudo, os autores

identificaram que implementar sistemas ERP envolve muito mais que apenas o aspecto

técnico. A etapa de análise e planejamento, é a mais importante, pois é neste estágio que os

aspectos gerenciais da implementação de ERP são considerados. É importante utilizar

tecnologias da informação inovadoras para criar valor para os clientes estendendo as

funcionalidades do ERP (LEE et al., 2009).

A implementação de um ERP é um processo complexo, aumentando a complexidade

de acordo com o tamanho da organização. Implementações malsucedidas podem trazer

prejuízos às empresas, ao mesmo tempo em que implementações de sucesso trazem benefícios

e lucros. Devido ao alto custo de implementação de um ERP inteiramente integrado, ou seja,

desenvolvido por uma única fonte, e das peculiaridades de alguns setores de empresas, é

comum que seja necessária a integração do ERP com outros sistemas. A próxima seção

abordará com mais detalhes o conceito e utilização de integração.

2.2. Integração de sistemas de informação

Os sistemas de informação estão cada vez mais presentes nas organizações, sendo

comum a utilização de dois ou mais sistemas no dia a dia dessas. Por este motivo, é comum a

necessidade de integrar diferentes sistemas, para juntos serem capazes de melhor atender os

processos de gestão e controle das empresas. A Figura 3 exemplifica áreas que necessitam

integração. Mais do que integrar departamentos, os sistemas também contribuem para a

integração de dados, já que estes fazem parte dos sistemas de informação.

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Figura 3 Exemplo de integrações de uma organização

Fonte: Adaptado de https://docs.oracle.com/cd/A87860_01/doc/ois.817/a83729/adois01.htm

Para Balasubramanian et al. (2009), existem diferentes níveis de integração, tais quais:

Integração de dados: integra sistemas na camada de dados lógicos, geralmente

usando alguma forma de transferência ou compartilhamento de dados. São exemplos bancos

de dados comerciais.

Integração funcional: integra sistemas na camada lógica de negócios, geralmente

usando objetos ou componentes distribuídos, arquiteturas orientadas a serviços ou

middleware5 de sistema de mensagens.

Integração de apresentação: permite o acesso à funcionalidade de um aplicativo por

meio de sua interface do usuário, simulando a entrada de um usuário e lendo dados da tela.

Linguagens de programação que usam expressões regulares para analisar a saída de tela de

sistemas legados são exemplos da utilização desta integração.

Integração de portal: um aplicativo de portal que exibe informações recuperadas de

vários aplicativos por meio de uma interface de usuário unificada, permitindo que os usuários

executem as tarefas necessárias.

Integração de processos: define um modelo de processo de negócios que descreve as

etapas individuais em uma função de negócios complexa e coordena a execução de funções de

negócios de longa duração que abrangem vários aplicativos distintos. São exemplos de

tecnologias que suportam a integração de processos: implementações do Business Process

Execution Language (BPEL) e o BPEL voltado a web services (WS-BPEL).

5 Middleware: “Software que se encontra entre o sistema operacional e os aplicativos nele executados”.

Disponível em: https://azure.microsoft.com/pt-br/overview/what-is-middleware/ Acesso em 17/05/2018.

Integração

Aplicações ERP

Fornecedores e Parceiros

Força de Vendas

Sistemas de Business

Inteligence

Vitrine Eletrônica

Portal

Provedores de Serviços

Seriço ao Cliente

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Mohamed et al. (2013) apresenta ainda outros níveis diferentes de integração, sendo

estes:

• Nível I – Integração de especificação do sistema: nível mais baixo de integração que

é marcado pela integração de compatibilidade e integração de especificação em uma

base independente.

• Nível II – Integração entre usuário e sistema: caracterizada pela integração de

usuários com tecnologia e ambiente.

• Nível III – Ilhas de integração tecnológica: O objetivo deste nível é conectar ilhas de

tecnologia que estão dispersas geograficamente, concentrando-se na capacidade dessas

ilhas de se conectarem entre si.

• Nível IV – Integração da organização: O foco deste nível é integrar a organização

como um todo, em vez de uma mera integração tecnológica.

• Nível V – Integração sócio organizacional: Este nível de integração abrange os

ambientes sociais externos, tais como instituições cívicas, indústria e governo indo

além das práticas tradicionais de negócios.

• Nível VI – Integração global: É o nível mais alto de integração. As organizações vão

além das fronteiras culturais e nacionais, sendo assim, há uma variedade de questões

envolvidas neste nível, desde os costumes, estilos de gestão, política, tempo e

diferenças de idioma. A cadeia de suprimentos que atravessa a fronteira geográfica

exemplifica esse nível de integração.

É comum que nem todos os níveis de integração estejam presentes em uma

determinada organização ou projeto, pois cada projeto de cada organização possui suas

características específicas. Além dos níveis de integração, é possível encontrar diferentes

abordagens conceituais que se complementam ao conceito de integração de sistemas de

informação como um todo, como a integração de subsistemas, integração web, Linked Data e

Enterprise Application Integration (EAI).

Subsistemas são sistemas desenvolvidos de forma independente, que podem ser

integrados outros subsistemas a fim de formar um sistema integrado que atenda às

necessidades da organização, por exemplo, um subsistema de CRM, pode ser integrado a

outros subsistemas para atender as necessidades do negócio da organização. Os subsistemas

podem ser integrados todos simultaneamente ou podem ser gradativamente integrados. É

benéfico realizar a integração dos subsistemas de forma gradual porque é mais fácil conciliar

as agendas dos projetos dos diferentes produtos de desenvolvimento, e também simplifica o

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trabalho durante a identificação de erros, pois um erro que não existia quando o subsistema B

estava integrado, mas passou a existir quando o subsistema C foi integrado, provavelmente é

um erro causado pelo sistema C (SOMMERVILLE, 2005; DE ALMEIDA, 2010;

OLIVEIRA; HATAKEYAMA, 2012).

Quando falamos de integrações voltadas para a web, podemos destacar a utilização de

web services (serviços web), que são soluções para tornar uma determinada função acessível

por mais de um sistema. É como se algumas funções do sistema passassem a ser “modulares”,

por exemplo, como a função de criar um pedido em um sistema de força de vendas. A função

de criar um pedido poderia estar em um web service, e tanto aplicações mobile quanto web

poderiam utilizar o mesmo web service para persistir o pedido no banco de dados, evitando

que o processo seja desenvolvido de forma duplicada nas diferentes plataformas, permitindo a

reutilização do processo de troca de informações e facilitando a manutenção (DAL MORO;

DORNELES; REBONATTO, 2011; SIMÕES, 2017; ZAVALIK, 2004).

O objetivo principal do web service é prover interoperabilidade entre aplicações que

foram desenvolvidas em sistemas diferentes, com um middleware diferente e diferentes banco

de dados (MOCKFORD, 2004). A arquitetura de web services parte do pressuposto de que há

pelo menos dois agentes trocando informações, sendo um o solicitante do serviço (Service

Requester) e outro o provedor do serviço (Service Provider) (ZAVALIK, 2004).

Há ainda uma terceira entidade na arquitetura considerada o registro de serviços

(Service Broker) (TELÖKEN, 2006). As três entidades se relacionam da seguinte forma: o

Service Provider cria o serviço e disponibiliza ao mundo externo através do registro do

serviço no Service Broker, o Service Requester busca no Service Broker pelo serviço

desejado, e depois de encontrar, se conecta com o Service Provider para consumir o serviço.

Esta interação pode ser visualizada na Figura 4.

Figura 4 Arquitetura Web Services

Fonte: Adaptado de (TELÖKEN, 2006; ZAVALIK, 2004)

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De acordo com Mockford (2004), tal arquitetura foi desenvolvida com base nos

seguintes princípios:

• Acoplamento solto: Um serviço da web deve ser visto como uma caixa preta que

divulga apenas as informações mínimas específicas do serviço necessárias para uma

comunicação correta.

• Passagem de mensagem assíncrona: A arquitetura supõe que os serviços podem

precisar ser dimensionados quase infinitamente.

• Transparência de dados: A arquitetura é baseada somente em formatos e tecnologias

baseados em XML. Isso permite a reutilização de bibliotecas e ferramentas comuns

disponíveis no mercado.

• Federação: A arquitetura permite que um aplicativo baseado em serviços da web

abranja várias organizações autônomas. Ao mesmo tempo, a arquitetura deve

funcionar sem assumir uma plataforma de implantação comum, registro de serviço ou

autoridade de segurança.

• Extensibilidade: A arquitetura deve fornecer um nível básico de interoperabilidade,

sem sufocar a evolução ou a inovação. É um requisito crítico na arquitetura que a

plataforma que construímos hoje possa se adaptar a requisitos e tecnologias

imprevistos de amanhã.

O funcionamento dos web services faz uso de protocolos de comunicação em 5

diferentes camadas, sendo elas: camada de Transporte, camada de Mensagens, camada de

Dados, camada de Descrição, e camada de Descoberta (TELÖKEN, 2006; ZAVALIK, 2004).

A Figura 5 mostra a relação dos protocolos com as camadas.

Figura 5 Tecnologias usadas para Web Services

Fonte: Adaptado de (TELÖKEN, 2006; ZAVALIK, 2004)

O termo “EAI” também é mencionado quando falamos de integração de sistemas. EAI

é sigla do inglês Enterprise Application Integration, termo que surgiu por volta dos anos 90, é

• UDDI, DISCO, WDIL, ebXMLCamada de Descoberta

• WSDL, RDF, ebSMLCamada de Descrição

• SOAP, XML-RPCCamada de Mensagens

• HTTP, SMTP, FTP...Camada de Transporte

• TCP/IP, UDPCamada de Rede

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um termo de computação comercial para planos, métodos e ferramentas que visam

modernizar, consolidar e coordenar a funcionalidade geral do computador em uma empresa

(LEE; SIAU; HONG, 2003). O objetivo final do EAI é integrar todas as aplicações dentro da

empresa como um todo de forma coerente. Essa integração oferece a possibilidade de suportar

uma estratégia empresarial ampla, baseada na integração e com foco no cliente (WAHLBERG

et al., 2009).

Ao invés de realizar modificações em diversos sistemas para realizar a integração, o

EAI usa um middleware especial que serve como ponte entre diferentes aplicativos para a

integração do sistema. Todos os aplicativos podem se comunicar livremente entre si por meio

de uma camada de interface comum, e não por meio da integração ponto-a-ponto. Assim, o

EAI elimina a programação extensiva (LEE; SIAU; HONG, 2003). A Figura 6 compara a

abordagem do EAI com a integração tradicional de integração.

Figura 6 Integração EAI x Integração Tradicional

Fonte: Adaptado de (LEE et al., 2009; WAHLBERG et al., 2009)

Além das integrações EAI e tradicional mencionadas na Figura 6, outro termo

estudado é Linked Data. O termo Linked Data pode ser destacado pela ênfase da integração

entre informações. Linked Data é uma coleção de conjuntos de dados inter-relacionados na

Web, utilizando técnicas da Web Semântica, como Uniform Resource Identifier (URI), por

exemplo (DA ROCHA, 2012; W3C, 2013).

Os princípios de Linked Data foram delimitados por Berners-Lee (2006), sendo estes

princípios considerados comportamentos esperados para criar dados interconectados. Os

princípios segundo Berners-Lee (2006) são os seguintes:

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1. Utilizar URIs como nomes para as coisas;

2. Utilizar HTTP URIs para que as pessoas possam procurar esses nomes;

3. Quando alguém procura um URI, fornecer informações úteis, usando os padrões

(RDF *, SPARQL);

4. Incluir links para outros URIs para que as pessoas possam descobrir mais coisas;

Tendo em vista que a utilização e existência do Linked Data são amplamente ligados a

web semântica, esse assunto será abordado com maior detalhamento no item 2.4.

2.3. Web Semântica

Web Semântica não é uma nova Web separada, mas sim uma extensão da Web

conhecida tradicionalmente. Web Semântica busca fazer com a semântica de conteúdos já

existentes em páginas web, e a interligação destes conteúdos possam ser utilizadas para

alcançar uma web realmente conectada. (BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001;

PEREIRA, 2018).

É necessário que os computadores tenham acesso a conjuntos estruturados de

informação e conjuntos de regras de inferência para que a web semântica funcione e possa

utilizar estes elementos para conduzir o raciocínio automatizado. Alguns conceitos que

contribuem para o funcionamento da web semântica são: Ontologia, XML, RDF, e OWL

(BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001).

Figura 7 Pilha de tecnologias para web semântica

Fonte: (BERNERS-LEE, 2009)

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Estes conceitos estão na pilha tecnológica para web semântica, proposta por

(BERNERS-LEE, 2009), apresentada na Figura 7 e detalhada nos parágrafos que seguem.

XML é sigla para o termo inglês eXtensible Markup Language, o XML permite que

qualquer pessoa crie suas próprias tags e que scripts ou programas consumam esta informação

de formas sofisticadas, concentra-se na descrição dos metadados de um documento

(PEREIRA, 2018). A Figura 8 apresenta um exemplo de estrutura XML. De qualquer forma,

o XML permite utilizar uma estrutura de informações, mas não fornece informações sobre o

que as estruturas significam (BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001).

Figura 8 Exemplo de estrutura XML

Fonte: https://pt.slideshare.net/danielmotaba/daniel-mota-banco-de-dados-web-e-xml

RDF (Resource Description Framework), é uma estrutura para representar

informações na Web proposta pela W3C, é utilizado para expressar os significados,

codificando os significados em conjuntos de triplas, permitindo criar triplas que contêm um

nó sujeito, uma relação chamada de predicado e o nó objeto (sujeito, predicado, objeto).

Mediante essa tripla, é possível indicar a relação entre dados e usá-la para representar a

semântica contida neles. Tais triplas podem ser escritas utilizando tags XML (ISOTANI,

SEIJI; BITTENCOURT, [s.d.]; PEREIRA, 2018).

No RDF, um documento faz afirmações de que determinadas "coisas" (do inglês,

things) têm propriedades com determinados valores. Essa estrutura é uma maneira natural de

descrever a grande maioria dos dados processados por máquinas. O assunto e objeto

utilizados no RDF são identificados por um URI (Universal Resource Identifier). URLs,

Uniform Resource Locators, são o tipo mais comum de URI. URIs também permitem a

qualquer um definir um novo conceito, um novo verbo, apenas definindo um URI para esse

em algum ponto da Web. Um exemplo de URI é:

<http://dbpedia.org/class/yago/Idea105833840>.

RDF não permite a definição de relacionamentos entre propriedades e recursos, e para

suprir esta necessidade, surgiu o RDF-S (HANNEL, 2008). RDF-S (Resource Description

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Framework Schema) é um conjunto de classes e propriedades utilizadas para complementar o

RDF com elementos básicos para a descrição de ontologias (PEREIRA, 2018). A Figura 9

demonstra um exemplo de diagrama RDF.

Figura 9 Exemplo de um diagrama RDF

Fonte: Adaptado de Horrocks (2008)

RIF (Rule Interchange Format) são recomendações da W3C que tem o objetivo de

facilitar a integração de regras de forma consistente com as tecnologias para web semântica,

especificamente OWL e RDF. Já SPARQL, fornece linguagem e protocolos para consultar e

manipular o conteúdo de grafos RDF na web ou em repositórios RDF. SPARQL é baseado na

sintaxe do SQL, com o objetivo de facilitar a consulta de dados e prover um padrão para

consultas na web semântica (PEREIRA, 2018).

Web Ontology Language (OWL) é uma linguagem da Web semântica projetada para

representar um conhecimento rico e complexo sobre coisas, grupos de coisas e relações entre

coisas (OWL WORKING GROUP, 2012; PEREIRA, 2018; RIGO, 2008). A W3C afirma que

a semântica formal de OWL especifica como derivar suas consequências lógicas, isto é, fatos

não literalmente presentes na ontologia, mas envolvidos pela semântica. Essas implicações

podem ser baseadas em um único documento ou vários documentos distribuídos que foram

combinados usando mecanismos OWL definidos (W3C, 2015).

Para compreendermos melhor o conceito de ontologias e o motivo da pilha de

tecnologias proposta por Berners-Lee (2009) incluí-lo, devemos detalhar alguns pontos

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existentes na literatura. Segundo Hofweber (2017), a maior disciplina da ontologia pode ser

vista como tendo quatro partes: (i) o estudo do compromisso ontológico, ou seja, o que nós ou

outros estamos comprometidos com; (ii) o estudo do que existe; (iii) o estudo das

características mais gerais do que existe, e como as coisas estão relacionadas umas com as

outras das formas metafísicas mais gerais; (iv) o estudo da meta-ontologia, isto é, dizendo que

tarefa é que a disciplina da ontologia deve visar realizar, se houver, como as questões que

pretende responder devem ser entendidas e com qual metodologia elas podem ser

respondidas.

O conceito de ontologia surgiu inicialmente na filosofia e, segundo Smith (2002), a

ontologia como um ramo da filosofia é a ciência do que é, dos tipos e estruturas de objetos,

propriedades, eventos, processos e relações em todas as áreas da realidade. A "Ontologia" é

frequentemente usada pelos filósofos como sinônimo de "metafísica" (literalmente: "o que

vem após a Física") (GOLDBERG JÚNIOR, 2016).

De acordo com Gruber (2009), o termo foi adotado por pesquisadores da Inteligência

Artificial (IA), que reconheceram a aplicabilidade do trabalho a partir da lógica matemática

(MCCARTHY, 1980) e argumentaram que pesquisadores de IA poderiam criar novas

ontologias como modelos computacionais.

Na computação, uma ontologia pode ser definida como um conjunto de conceitos

fundamentais e suas relações, uma taxonomia e um conjunto de regras para inferência que

capta como as pessoas entendem (ou interpretam) o domínio em questão e permite a

representação de tal entendimento de maneira formal, compreensível por humanos e

computadores (BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001; MIZOGUCHI, 2004)

Para Gruber (2009), uma ontologia especifica um vocabulário para fazer asserções,

que podem ser entradas ou saídas de agentes de conhecimento (como um programa de

software). Tal vocabulário poderia ser utilizado por diversas aplicações. Guarino (1997),

também destaca que uma ontologia pode ser modelada para a reutilização e compartilhamento

do conhecimento. Na ontologia, a intuição básica é que dois conceitos são mais semelhantes

se estiverem mais próximos um do outro considerando relações taxonômicas (LOFI, 2015).

Almeida e Bax (2003) sintetizam os tipos de ontologias propostos por diversos

autores, podendo as ontologias serem classificadas por sua função, grau de formalismo de seu

vocabulário, à sua aplicação, e à estrutura e conteúdo da conceptualização. O Quadro 3

contempla as abordagens sintetizadas pelos autores.

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Quadro 3 Classificação de Ontologias

Fonte: Adaptado de Almeida e Bax (2003)

Algumas classificações se repetem em diferentes abordagens, sendo que cada autor

aborda uma classificação de forma diferente, voltada para abordagem em questão. As

classificações que se repetem são as de ontologias de domínio ontologias de tarefa.

Com a utilização das tecnologias como RIF, RDF, SPARQL e OWL abordadas

anteriormente, e do conceito de ontologia, é possível vislumbrar uma web semântica e muito

mais conectada, permitindo que computadores possam identificar as ligações em diferentes

páginas web mesmo sem uma complexa implementação de inteligência artificial, por

exemplo, tornando a vida dos usuários mais fácil e a web mais conectada.

2.4. WordNet

A WordNet é uma base de dados léxica online compreensível por computadores,

organizada como uma taxonomia de conceitos. Ela liga substantivos, verbos, adjetivos e

Abordagem Classificação Descrição

Ontologias de domínioReutilizáveis no domínio, fornecem vocubulário sobre conceitos, seus

relacionamentos, sobre atividades e regras que os governam.

Ontologias de tarefaFornecem um vocabulário sistematizado de termos, especificando tarefas

que podem ou não estar no mesmo domínio.

Ontologias GeraisIncluem um vocabulário relacionado a coisas, eventos, tempo, espaço,

casualidade, comportamento, funções, etc.

Ontologias altamente informais Expressa livremente em linguagem natural.

Ontologias semi-informais Expressa em linguagem natural de forma restrita e estruturada.

Ontologias semiformais Expressa em um uma linguagem artificial definida formalmente.

Ontologia rigorosamente formal Os termos são definidos com semântica formal, teoremas e provas.

Ontologias de autoria neutraUm aplicativo é escrito em uma única língua e depois convertido para uso

em diversos sistemas reutil izando-se as informações.

Ontologias como especificaçãoCria-se uma ontologia para um domínio, a qual é usada para documentação

e manutenção no desenvolvimento de softwares.

Ontologias de acesso comum à informaçãoQuando o vocabulário é inacessível, a ontologa torna a informação

inteligível, proporcionando conhecimento compartilhado dos termos.

Ontologias de alto nível

Descrevem conceitos gerais relacionados a todos os elementos da ontologia

(espaço, tempo, matéria, objeto, evento, ação, etc.) os quais são

independentes do problema ou domínio.

Ontologias de domínioDescrevem o vocaburário relacionado a um domínio, como, por exemplo,

medicina ou automóveis.

Ontologias de tarefaDescrevem uma tarefa ou atividade, como, por exemplo, diagnósticos ou

compras, mediante inserção de termos especializados na ontologia.

Ontologias terminológicasEspecificam termos que serão usados para representar o conhecimento em

um domínio (por exemplo, os léxicos).

Ontologias de informaçãoEspecificam a estrutura de registros de bacos de dado (por exemplo, os

esquemas de bancos de dados).

Ontologias de modelagem do conhecimento

Especificam conceitualizações do conhecimento, têm uma estrutura interna

semanticamente rica e são refinadas para uso no domínio do conhecimento

que descrevem.

Ontologias de aplicaçãoContêm as definições necessárias para modelar o conhecimento em uma

aplicação.

Ontologias de domínioExpressam conceitualizações que são específicas para um determinado

domínio do conhecimento.

Ontologias genéricasSimilares às ontologias de domínio, mas os conceitos que as definem são

considerados genéricos e comuns a vários campos.

Ontologias de representaçãoExplicam as conceitualizações que estão por trás dos formalismos de

representação conhecimento.

Quanto à função

Mizoguchi,

Vanwelkenhuysen &

Ikeda (1995)

Quanto ao grau de

formalismo

Uschold &

Gruninger (1996)

Quanto à aplicação

Jasper & Uschold

(1999)

Quanto à estrutura

Haav & Lubi (2001)

Quanto ao conteúdo

Van-Heijist,

Schreiber &

Wielinga (2002)

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advérbios da língua inglesa a conjuntos de sinônimos que são ligados através de relações

semânticas que determinam as definições de palavras (MILLER, 1995; PIMENTA JÚNIOR,

2017). WordNet foi criada em 1990 por George Miller e colegas (MILLER, 1995; MILLER et

al., 1990). A rede é formada por dois tipos de vértices: palavras e conceitos. As palavras

podem ser interligadas entre si através de uma variedade de relacionamentos, como sinonímia

(similar) e antonímia (oposto) (FERRER-I-CANCHO, 2005).

A WordNet é baseada em teorias psicolinguísticas para definir significado de palavras

e modelos, não apenas associações de significados de palavras, mas também associações de

significado e significado (FERRER-I-CANCHO, 2005). Tenta se concentrar nos significados

da palavra em vez de formas de palavras, embora a morfologia de inflexão também seja

considerada. A WordNet consiste em três bancos de dados, um para substantivos, um para

verbos e um terceiro para adjetivos e advérbios (LIN; SANDKUHL, 2008). A Figura 10

demonstra o resultado de uma busca na WordNet pela palavra “client”.

Figura 10 Resultado de busca na WordNet pela palavra "client"

Fonte: http://wordnetweb.princeton.edu/perl/webwn

Na WordNet as palavras são agrupadas em conjuntos de sinônimos chamados de

synsets, estes synsets possuem curtas definições e guardam as várias relações semânticas

destes conjuntos de sinônimos. Os synsets são interligados por meio de relações conceituais-

semânticas e léxicas de maneira hierárquica. Os conceitos são relacionados a outros conceitos

mais altos ou baixos na hierarquia através de diferentes tipos de relacionamentos em que os

mais comuns são os de generalização/especialização (Hypernym/Hyponym) e todo/parte de

(Meronym/Holonym). Dessa forma, qualquer palavra pode ser definida em termos de outras

palavras a ela relacionadas na hierarquia (PIMENTA JÚNIOR, 2017).

Segundo (MILLER, 1995), a WordNet inclui as seguintes relações semânticas:

• (i) Synonymy (Sinonímia) é a relação básica da WordNet e faz uso de conjuntos

de sinônimos (synsets) para representar os sentidos da palavra. É uma relação

simétrica entre formas de palavras.

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• (ii) Antonymy (Antonímia) é também uma relação semântica simétrica entre

formas de palavras, especialmente importante na organização dos significados

de adjetivos e advérbios.

• (iii) Hyponymy (Hiponímia) e seu inverso, hypernymy (hiperonímia) são

relações transitivas entre os synsets. Como geralmente há apenas um

hiperônimo, essa relação semântica organiza os significados dos substantivos

em uma estrutura hierárquica.

• (iv) Meronymy (meronímia) e seu inverso, holonymy (Holonímia), são relações

semânticas complexas. O WordNet distingue componentes, partes substantivas

e partes de membros.

• (v) Troponymy (Toponímia) é para verbos o que hiponímia é para substantivos,

embora as hierarquias resultantes sejam muito menos profundas.

• As relações de comprometimento entre verbos também são codificadas na

WordNet.

O Quadro 4 apresenta exemplos das relações semânticas

Relação Descrição Exemplo

Sinonímia

Relação entre palavras que

apresentam significados iguais ou

semelhantes.

Distante é sinônimo de afastado

Antonímia Relação entre palavras que

apresentam significados contrários Economizar é antônimo de gastar

Hiperonímia

Uma palavra com um sentido mais

abrangente que engloba o sentido

do hipônimo

Flor é hiperônimo de rosa

Hiponímia Uma palavra hierarquicamente

inferior, com sentido mais restrito. Leão é hipônimo de animal

Meronímia Um merônimo denota uma parte

constituinte ou um membro de algo Teclas infere o todo teclado

Toponímia Estudo dos nomes geográficos

Espanha a toponímia é árabe, latim,

castelhana, catalã, basca, galega ou

sem classificação

... Via conceitos.com:

https://conceitos.com/toponimia/ Quadro 4 Exemplos das relações semânticas

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Fonte: Elaborado pela autora

Atualmente, já existem frameworks computacionais como o Sematch e YAGO que

fazem uso da WordNet para fornecer uma utilização simples e completa. YAGO será

abordado com maior detalhamento no item 2.5.

2.5. YAGO

Sigla para o termo “Yet Another Great Ontology” e trata-se de um projeto de Max

Planck Institute for Informatics e da Telecom ParisTech University. Pode ser definida como

uma ontologia que combina alta cobertura com alta qualidade, utilizando WordNet e

Wikipedia6. Esta última, possui páginas de categoria que permitem verificar, por exemplo, que

Zidane está na categoria de jogadores de futebol franceses. A partir disto, é possível

identificar candidatos para entidades (ex.: Zidane) e para relações (ex.: IsA, em português “é

um”). Em uma ontologia, os conceitos precisam estar organizados em uma taxonomia, e a

Wikipedia deixa a desejar nesse sentido. Por exemplo, Zidane está na categoria chamada

“Futebol na França”, mas Zidane é um jogador de futebol e não um futebol. Em paralelo, a

WordNet fornece uma hierarquia limpa e cuidadosamente elaborada para milhares de

conceitos, e por este motivo, YAGO combina WordNet e Wikipedia para obter um melhor

resultado. A Figura 11 mostra uma representação gráfica de uma entidade e suas relações no

YAGO (SUCHANEK; KASNECI; WEIKUM, 2007).

6 https://www.wikipedia.org/

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Figura 11 Representação gráfica de uma entidade e suas relações no YAGO

Fonte: https://www.mpi-inf.mpg.de/departments/databases-and-information-systems/research/yago-naga/yago/

Em 2017, YAGO tornou-se open source e encontra-se disponível no repositório de

códigos-fonte GitHub7. Em outubro de 2018, YAGO já tinha conhecimento de mais de 10

milhões de entidades e mais de 120 milhões de fatos sobre essas entidades. A precisão do

YAGO foi avaliada manualmente, atingindo 95%, ao passo que cada relação possui o seu

valor de confiança. YAGO combina a taxonomia limpa do WordNet com a riqueza do sistema

de categorias da Wikipedia, atribuindo entidades a mais de 350.000 classes. Extrai e combina

entidades e fatos de 10 Wikipedias em diferentes idiomas (MAX PLANCK INSTITUTE

FOR; INFORMATICS, 2018)

A precisão de YAGO confirma que este é um excelente framework para ser utilizado

dentre as demais ontologias existentes, e mostra que a combinação de diferentes métodos na

ontologia é positiva, já que permite que um elemento complemente o outro, como é o caso da

Wikipedia e WordNet. Outro framework utilizado como ontologia é a DBpedia, que inclusive

mapeia entidades do tipo YAGO, conforme será detalhado no item 2.6.

2.6. DBpedia

Bases de conhecimento estão desempenhando um papel cada vez mais importante no

aprimoramento da inteligência de pesquisa na web e no suporte à integração de informações.

A maioria das bases de conhecimento atinge hoje apenas domínios específicos, é criada por

7 https://github.com/ Acesso em 06/11/2018.

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grupos relativamente pequenos e é muito custoso para manter atualizada quando os domínios

mudam. Ao mesmo tempo, a Wikipedia se tornou uma das fontes centrais de conhecimento no

mundo todo, mantida por milhares de colaboradores (BIZER et al., 2007; DBPEDIA, 2018).

A DBpedia, além de ser um projeto, é uma base de conhecimento que extrai

conhecimento da Wikipedia e torna amplamente disponível através de padrões da Web

Semântica estabelecidos e melhores práticas de Linked Data. Faz sentido privilegiar o acesso

ao conteúdo da Wikipedia, pois esta é atualmente o 7º website mais popular, a enciclopédia

mais usada e um dos melhores exemplos de conteúdo criado de maneira colaborativa

(DBPEDIA, 2018; LEHMANN et al., 2015).

A versão inglesa da DBpedia descreve 4,58 milhões de "coisas", das quais 4,22

milhões são classificadas em uma ontologia consistente, incluindo 1.445.000 pessoas,

735.000 lugares, 411.000 obras criativas (incluindo 123.000 álbuns de música, 87.000 filmes

e 19.000 videogames), 241.000 organizações (incluindo 58.000 empresas e 49.000

instituições de ensino), 251.000 espécies e 6.000 doenças (BIZER et al., 2007; DBPEDIA,

2018).

A DBpedia também fornece versões em outros idiomas, sendo que o conjunto

completo de dados DBpedia possui 38 milhões de rótulos e resumos em 125 idiomas

diferentes, 25,2 milhões de links para imagens e 29,8 milhões de links para páginas externas

da web; 80,9 milhões de links para as categorias da Wikipedia e 41,2 milhões de links para as

categorias da YAGO. A DBpedia está conectada a outros Linked Datasets por cerca de 50

milhões de links RDF (DBPEDIA, 2018).

Cada um dos recursos descritos na DBpedia é identificado por uma referência de URI

no formato http://DBpedia.org/resource/Name, onde “Name” é retirado da URL do artigo de

origem da Wikipedia, que tem o formato http://en.Wikipedia.org/wiki/Name, de forma que

cada recurso é vinculado diretamente a um artigo da Wikipedia em inglês, trazendo benefícios

como: cobertura de uma ampla gama de tópicos enciclopédicos, definição pelo consenso da

comunidade, existência de políticas claras em vigor para a sua gestão, e uma extensa

definição textual do conceito está disponível em website conhecido (a página da Wikipedia)

(BIZER et al., 2007).

A DBpedia também mapeia entidades YAGO, é possível identificar por URI recursos

na DBpedia do tipo YAGO, como por exemplo

http://DBpedia.org/class/yago/Dancer109989502. Posteriormente esta URI da DBpedia pode

ser utilizada para execução de algoritmos de similaridade comparando entidades YAGO. A

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34

Figura 12 demonstra a visualização da uma entidade YAGO “Dancer” na DBpedia. Tal

visualização pode ser obtida navegando no browser pela URI.

Figura 12 Trecho da visualização da entidade YAGO "Dancer"

Fonte: http://DBpedia.org/class/yago/Dancer109989502

É possível identificar que as ontologias YAGO, DBpedia e WordNet fornecem

embasamento para a identificação de conceitos e contribuem para uma web mais semântica,

que vem se desenvolvendo e crescendo com a colaboração de diversos engenheiros de dados

de diferentes instituições do mundo.

2.7. Medidas de similaridade semântica entre termos

Similaridade é um conceito complexo que vem sendo amplamente discutido nas

comunidades linguística, filosófica, e da teoria da informação (ISLAM; INKPEN, 2008).

Similaridade de texto é definida especificando o quanto um texto é próximo do outro. Isso

pode ser medido por algumas informações estilísticas, como o tamanho da sentença, a

variação da palavra e assim por diante. Existem muitas técnicas de similaridade, como syntax-

based (lexical-based), semantic-based, e hybrid-based (MIHANY et al., 2016).

A técnica lexical-based (em português, similaridade léxica) está relacionada apenas à

sintaxe. Trata-se do que é escrito ou da sequência de caracteres e quanto essas palavras são

semelhantes entre si, independentemente do seu significado. As medidas de similaridade

léxicas são divididas em duas categorias principais: similaridade baseada em caracteres e

similaridade baseada em termos. Há muitos algoritmos que são usados na similaridade léxica,

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35

como Longest Common SubString (LCS), Damerau- Levenshtein, Jaro, Jaro-Winkler e outros

(MIHANY et al., 2016).

A técnica semantic-based (em português, similaridade semântica) mede como as

palavras são semelhantes entre si, comparando o significado por trás de cada um. Por

exemplo, as palavras em inglês gift e present lexicamente não são similares, entretanto são

semelhantes semanticamente. Neste contexto, conforme os autores (LOFI, 2015; MIHANY et

al., 2016), ontologias podem ser utilizadas para fins de similaridade, por oferecerem estruturas

organizadas e representação clara do conhecimento, conectando conceituação com ponteiros

semânticos. Segundo (PIMENTA JÚNIOR, 2017), utilizam-se as medidas de similaridade

para detectar o nível de relacionamento entre os conceitos das palavras ou termos que tenham

características em comum. Cada uma destas técnicas pode resultar em métricas diferentes que

precisarão ser avaliadas.

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3. METODOLOGIA

O presente trabalho é uma pesquisa qualitativa explicativa, dado que na pesquisa

qualitativa preocupa-se com o aprofundamento da compressão de um determinado tema,

diferindo da pesquisa quantitativa. Esta é uma pesquisa qualitativa explicativa porque busca

conhecer e compreender como a utilização de ontologia e da web semântica pode contribuir

na integração de sistemas computacionais.

3.1. Instrumentos e infraestrutura

Para realização da pesquisa, os instrumentos utilizados foram ferramentas que

permitem a comparação de duas palavras através de diferentes métodos, sendo estas:

WordNet, DBpedia, Sematch e NTLK.

NTLK, sigla para Natural Language Toolkit, é uma plataforma para construção de

programas em Python para trabalhar com dados de linguagem humana, fornecendo interfaces

fáceis de usar para mais de cinquenta recursos corpora e léxicos como a WordNet, juntamente

com um conjunto de bibliotecas de processamento de texto para classificação, análise e

raciocínio semântico, dentre outras funcionalidades (NLTK PROJECT, 2018).

Sematch é um framework integrado para desenvolver e avaliar métricas de

similaridade semântica para conceitos, palavras, entidades e suas aplicações. Com Sematch é

possível obter o resultado de métricas de similaridade semântica, como Path, Wu & Palmer,

Li, Resnik, Lin, Jiang & Conrad e WPath (SEMATCH, 2018; ZHU; IGLESIAS, 2015).

Quanto aos dados utilizados, foram definidos dois datasets disponíveis na internet, e

outros dois datasets elaborados pela autora. O primeiro dataset selecionado foi o Purchase

Order Data 2012-20158 (CA), que trata-se de arquivo do tipo CSV (comma separated values,

em português: valores separados por vírgula) com dados de compras de valor superior a

$5,000.00 (cinco mil dólares) extraídos do sistema eProcurement do Governo do Estado da

Califórnia, nos Estados Unidos, entre os anos fiscais de 2012 e 2015.

O segundo dataset selecionado foi Purchase Orders in FY 20159 (DC), formatado em

um arquivo CSV, que possui dados de compras de valor superior à $2,500 (dois mil e

quinhentos dólares), extraídos do sistema PASS (Procurement Automated Support System) do

Governo do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, no ano fiscal de 2015.

8 Disponível em: https://data.ca.gov/dataset/purchase-order-data. Acesso em 03/11/2018. 9 Disponível em: http://opendata.dc.gov/datasets/a3db68903a65496998ca388cb82ba926_46. Acesso em

03/11/2018.

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Além dos datasets dos governos, foram elaborados dois datasets pela autora para

calibração do algoritmo, representados pelos nomes A e B no Quadro 5.

Dataset Colunas

A CAT;CLIENT;NM;actor

B DOG;CUSTOMER;identity

DC PO_NUMBER,AGENCY_NAME,NIGP_DESCRIPTION,PO_TOTAL_AMOUNT,

ORDER_DATE,SUPPLIER,FISCAL_YEAR,OBJECTID

CA

Creation Date;Purchase Date;Fiscal Year;LPA Number;Purchase Order Number;Requisition

Number;Acquisition Type;Sub-Acquisition Type;Acquisition Method;Sub-Acquisition

Method;Department Name;Supplier Code;Supplier Name;Supplier Qualifications;Supplier Zip

Code;CalCard;Item Name;Item Description;Quantity;Unit Price;Total Price;Classification

Codes;Normalized UNSPSC;Commodity Title;Class;Class Title;Family;Family

Title;Segment;Segment Title;Location;REMOVE AMERISOURCE

Quadro 5 Colunas dos datasets utilizados

Fonte: Elaborado pela autora

A escolha destes datasets com dados dos sistemas de compras dos governos, deu-se

pela semelhança das informações dos datasets com informações comumente encontradas em

um sistema ERP no âmbito empresarial. Além disto, são dados do Governo dos Estados

Unidos e por este motivo os nomes das colunas presentes nos arquivos estão em inglês,

permitindo maior abrangência na utilização de ontologias.

3.2. Procedimentos da pesquisa

Os procedimentos da pesquisa do presente trabalho se iniciam no estudo sobre um

agente comumente integrado com outros sistemas no mundo corporativo, o ERP, e o estudo

sobre as tecnologias e conceitos da web semântica e similaridade semântica. O principal

objetivo do presente trabalho é combinar técnicas de similaridade textual e o uso ontologias

na integração de schemas de dados. Além disso, esse trabalho de pesquisa visa identificar

algoritmos de similaridade para comparação de palavras e conceitos em schemas de dados,

comparar ontologias e diferentes algoritmos de similaridade no contexto de integração de

schemas de dados, desenvolver um algoritmo que combine diferentes técnicas de

similaridade, de modo que possa contribuir no suporte à integração de schemas de dados.

Após a pesquisa teórica, foram realizadas provas de conceitos (proofs of concept -

POCs) com as ferramentas Sematch, WordNet, DBpedia e NTLK, a fim de validar a utilização

elencar algoritmos de similaridade textual para utilização nesta pesquisa, visando o seu uso na

comparação de schemas de dados.

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Após selecionados os datasets, iniciou-se o desenvolvimento do algoritmo para

combinar as diferentes técnicas de similaridade. O objetivo da utilização de datasets de

purchase orders é simular a utilização dos métodos de similaridade na situação da integração

dos datasets DC e CA, com base no rótulo das colunas dos datasets, desconsiderando os

dados presentes nas linhas. Por este motivo, a primeira etapa do algoritmo, após a importação

dos datasets, é a remoção das linhas dos datasets para utilização somente das colunas,

conforme item 1 na Figura 13.

Figura 13 Fluxograma do algoritmo

Fonte: Elaborado pela autora

Em seguida, é realizada a verificação de siglas (item 2 da Figura 13), onde é verificado

se o nome da coluna corresponde a uma das siglas previamente cadastradas pela autora em um

arquivo externo. As siglas foram obtidas dos portais California Open Data10 e Pennsylvania

Department of General Services11, podendo ser verificadas no Anexo A.

No passo seguinte, é realizada a normalização dos nomes das colunas (item 3 na

Figura 13), onde todos os caracteres são alterados para o formato minúsculo (lower case), e os

espaços em branco são substituídos pelo caractere underline, devido ao fato das consultas à

WordNet assumirem esse caractere como separador em palavras compostas.

10 Disponível em: https://data.ca.gov/dataset/purchase-order-data/resource/c88a1809-4265-4b64-823e-

309061632e42. Acesso em 04/11/2018. 11 Disponível em:

https://www.dgs.pa.gov/Documents/Procurement%20Forms/Training/TrainingResources/References/Glossary%

20of%20Procurement%20Acronyms.pdf. Acesso em 04/11/2018.

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Uma vez concluída a normalização das colunas, é iniciada a validação de sinônimos

(item 4 na Figura 13). Utilizando o framework NTLK, é buscado o synset na WordNet para a

coluna a ser comparada, ou seja, a busca por sinônimos. Caso a coluna a ser comparada com a

primeira coluna esteja presente no synset, então elas são sinônimas. Por exemplo, durante a

comparação de “coluna_a” com “coluna_b”, se coluna_b estiver presente no synset de

coluna_a, estas colunas são aceitas como sinônimas. É atribuído pelo algoritmo o peso um ao

resultado de aceito na validação de sinônimos, e quando não são, é atribuído o peso zero.

Depois de concluída a verificação de sinônimos, é averiguada a similaridade das

colunas usando WordNet (item 5 na Figura 13), por meio dos algoritmos de Li, Lin, Wu &

Palmer, Resnik, Jiang & Conrad e WPATH. Cada algoritmo também retornará um peso como

resultado para a comparação. Caso o nome da coluna não seja encontrado na WordNet, é

atribuído o peso zero.

Na sequência, são buscados os conceitos na DBpedia que correspondem às colunas a

serem comparadas (item 6 na Figura 13). Para verificar a similaridade de conceitos na

DBpedia é necessário informar a URI do conceito ser comparado e, por este motivo, primeiro

é informado o nome das colunas e buscado na DBpedia se há algum conceito compatível com

o nome da coluna. Se o conceito for encontrado na DBpedia, então os conceitos são

comparados (item 7 na Figura 13) utilizando os algoritmos de Li, Lin, Wu & Palmer, Resnik,

Jiang & Conrad, WPATH e PATH. Cada algoritmo retornará um peso como resultado para

comparação. Caso não seja encontrado conceito na DBpedia correspondente ao nome coluna,

é atribuído o peso zero como resultado (item 8 na Figura 13).

Um processo semelhante é realizado para a verificação de similaridade YAGO. Para

comparação, é necessário comparar duas entidades YAGO e, por este motivo, é necessário

primeiro buscar a entidade YAGO correspondente às colunas a serem comparadas (item 9 na

Figura 13). Esta busca das entidades é realizada utilizando framework Sematch. Caso sejam

encontradas entidades correspondentes, utiliza-se novamente o framework para verificar a

similaridade das entidades entre si (item 10 na Figura 13), retornando um peso para a

similaridade das entidades YAGO. Caso não sejam encontradas entidades YAGO

correspondentes às colunas, a similaridade YAGO não é validada e é atribuído peso zero.

Por fim, é gerado um arquivo de saída no formato CSV contendo todos os resultados

do algoritmo. O algoritmo realiza as validações acima comparando uma coluna de um CSV,

dito origem, e outro CSV, dito destino.

Para validação do algoritmo, foram realizados os experimentos que estão resumidos no

Quadro 6, sendo que os resultados e discussões estão detalhados no Capítulo 4 deste trabalho.

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Nº Experimento Descrição

1 client x customer Experimento realizando a comparação de duas palavras com

significados semelhantes

2 actor x dog Experimento realizando a comparação de duas palavras que

possuem conceitos na DBpedia e são diferentes semanticamente

3 Colunas do dataset A x Colunas do dataset

B

Experimento realizando a comparação de todas as colunas do

dataset A com todas as colunas do dataset B

4 Colunas do dataset DC x Colunas do dataset

CA

Experimento realizando a comparação de todas as colunas do

dataset DC com todas as colunas do dataset CA

Quadro 6 Experimentos realizados

Fonte: Elaborado pela autora

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos a partir da execução e avaliação das comparações, conforme

metodologia apresentada na Capítulo 3, para o Experimento 1, utilizando as palavras “client”

e “customer”, são apresentadas na Figura 14.

Figura 14 Resultado Experimento 1 – client x customer

O gráfico da Figura 14 não exibe valores da DBpedia, devido ao fato dos resultados da

DBpedia serem zerados neste experimento, uma vez que não foi encontrada entidade na

DBpedia para ambos conceitos comparados. Os resultados deste cenário (melhor caso)

mostram que a comparação utilizando YAGO teve o pior resultado, enquanto os algoritmos

utilizando WordNet e sinônimos apresentaram os melhores resultados e de forma correta.

Figura 15 Resultados Experimento 2 – actor x dog

1,00

1,00

1,00

1,00

1,00

1,00

0,45

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20

Synonym

Wordnet Li

Wordnet Lin

Wordnet Wu & palmer

Wordnet Jiang & Conrad

Wordnet wpath

Yago wpath

Resultados

Alg

ori

tmo

s

0,000,000,000,00

0,080,09

0,100,10

0,180,19

0,300,30

0,450,71

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80

Synonym

Dbpedia Resnik

Wordnet Jiang & Conrad

Dbpedia wpath

Dbpedia Wu & palmer

Wordnet Lin

Wordnet Li

Resultados

Alg

ori

tmo

s

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A Figura 15 demonstra os resultados do Experimento 2, comparando as palavras

“actor” e “dog”, que possuem significados distintos. Foi possível verificar que a comparação

na DBpedia utilizando os algoritmos Jiang & Conrad, Resnik, Lin e a verificação de

sinônimos resultaram em valor zero. Este resultado pode ser considerado positivo, tendo em

vista que as palavras “actor” e “dog” são semanticamente distintas. As demais comparações

na DBpedia e YAGO tiveram resultados intermediários, enquanto a maioria dos resultados da

WordNet tiveram resultados maiores que os resultados da DBpedia. O resultado da WordNet

utilizando Wu & Palmer foi o mais elevado, com valor 0,71.

Na Tabela 1 são listados os resultados das validações dos datasets A e B elaborados

pela autora, utilizando WordNet e Sinônimos. Os resultados apresentados em negrito são os

resultados de valor mais elevado. Como os datasets A e B possuem apenas duas palavras que

são sinônimas, é esperado que apenas uma linha possua resultado de sinônimo e as demais

sejam zeradas. Com relação às comparações utilizando WordNet, foram obtidos resultados

bastante variáveis entre um algoritmo e outro, como Wu & Palmer e Jiang & Conrad, por

exemplo, evidenciando a necessidade da utilização conjunta destes algoritmos, garantindo

maior precisão.

Tabela 1 Resultado Experimento 3 – Colunas do dataset A x Colunas do dataset B

Word

1

Word

2 Synonym WordNet Li WordNet Lin

WordNet Wu &

Palmer

WordNet Jiang

& Conrad

WordNet

wpath

cat dog 0,000 0,449 0,877 0,857 0,310 0,594

cat customer 0,000 0,301 0,266 0,600 0,075 0,219

cat identity 0,000 0,051 0,151 0,300 0,053 0,092

client dog 0,000 0,367 0,428 0,737 0,084 0,332

client customer 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

client identity 0,000 0,000 0,000 0,182 0,054 0,100

name dog 0,000 0,301 0,272 0,632 0,074 0,219

name customer 0,000 0,301 0,297 0,600 0,083 0,219

name identity 0,000 0,206 0,364 0,462 0,086 0,220

actor dog 0,000 0,449 0,296 0,706 0,083 0,296

actor customer 0,000 0,449 0,325 0,667 0,094 0,296

actor identity 0,000 0,000 0,000 0,200 0,058 0,111

Os resultados das validações dos datasets A e B elaborados pela autora, utilizando

DBpedia e YAGO estão sintetizados na Tabela 2. Em comparação com Tabela 1, nota-se que

houve uma maior quantidade de resultados zerados durante as validações utilizando DBpedia,

enquanto as mesmas palavras comparadas na WordNet. Devido ao fato da comparação de

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similaridade na DBpedia ser realizada através de entidades DBpedia, é comum que não sejam

encontradas entidades na DBpedia correspondentes às palavras que estão sendo comparadas.

Tabela 2 Experimento 3 – Colunas do dataset A x Colunas do dataset B

Word

1

Word

2

DBpedia

Li

DBpedia

Lin

DBpedia

Wu &

palmer

DBpedia

Resnik

DBpedia

Jiang &

Conrad

DBpedia

wpath

DBpedia

path

Yago

wpath

cat dog 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,158

cat customer 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,150

cat identity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,066

client dog 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,168

client customer 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,452

client identity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,076

name dog 0,161 0,000 0,250 0,000 0,000 0,142 0,142 0,080

name customer 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,094

name identity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,104

actor dog 0,088 0,000 0,181 0,000 0,000 0,100 0,100 0,186

actor customer 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,257

actor identity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,087

Apenas 12 das 248 comparações no Experimento 4 foram verificadas com sucesso,

correlacionando as colunas do dataset DC com as colunas do dataset CA. A Tabela 3

demonstra os resultados da WordNet e sinônimos das 12 comparações com resultados. As

demais comparações, tiveram resultado zerado.

Tabela 3 Resultados do Experimento 4

Word

1

Word

2 Synonym WordNet Li WordNet Lin

WordNet Wu

& palmer

WordNet

Jiang &

Conrad

WordNet

wpath

supplier fiscal_year 0,000 0,000 0,000 0,143 0,049 0,077

fiscal_year fiscal_year 1,000 0,999 1,000 1,000 1,000 1,000

supplier quantity 0,000 0,000 0,000 0,200 0,078 0,111

supplier class 0,000 0,000 0,000 0,167 0,061 0,091

supplier family 0,000 0,367 0,264 0,632 0,071 0,252

supplier segment 0,000 0,168 0,152 0,429 0,065 0,143

supplier location 0,000 0,206 0,212 0,462 0,094 0,160

fiscal_year quantity 0,000 0,375 0,411 0,600 0,115 0,313

fiscal_year class 0,000 0,108 0,071 0,333 0,061 0,125

fiscal_year family 0,000 0,108 0,071 0,333 0,061 0,125

fiscal_year segment 0,000 0,000 0,000 0,167 0,052 0,091

fiscal_year location 0,000 0,073 0,065 0,286 0,069 0,103

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44

Da mesma forma que os resultados do Experimento 3, os resultados do Experimento 4

para DBpedia foram limitados, conforme Tabela 4. As comparações YAGO tiveram

desempenho semelhante às comparações WordNet utilizando o algoritmo wpath.

Tabela 4 Resultados do Experimento 4

Word

1

Word

2

DBpedia

Li

DBpedia

Lin

DBpedia

Wu &

palmer

DBpedia

Resnik

DBpedia

Jiang &

Conrad

DBpedia

wpath

DBpedia

path

Yago

wpath

supplier fiscal_year 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,077

fiscal_year fiscal_year 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,000

supplier quantity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,086

supplier class 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,082

supplier family 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,102

supplier segment 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,136

supplier location 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,104

fiscal_year quantity 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,170

fiscal_year class 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,111

fiscal_year family 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,106

fiscal_year segment 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,091

fiscal_year location 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,092

Observando-se repetidos resultados zerados para os algoritmos DBpedia nos

experimentos 1 e 2, consta-se que palavras compostas e outros fatores podem estar

impactando para a identificação de entidades na DBpedia e consequentemente a comparação

destas entidades. Dentre as dificuldades encontradas no presente trabalho, destaca-se a

normalização de palavras compostas para validação nas ontologias e a busca de entidades na

DBpedia com palavras compostas e limitações, inclusive, para palavras simples.

Considerando os resultados dos experimentos, a utilização da WordNet na validação

da similaridade Semântica foi a melhor abordagem encontrada, uma vez que foi capaz de

validar a similaridade da maioria das palavras. A partir destes resultados, o usuário final pode

verificar com maior facilidade as colunas em um schemas de origem que de fato são

interligadas com schemas de destino.

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45

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou um algoritmo para a utilização de WordNet e DBpedia,

duas grandes ontologias que são aliadas da validação de similaridade semântica. Tal

algoritmo, realiza normalização dos dados, e valida sinônimos e similaridade de cada possível

combinação de colunas vindas de um CSV. Nos casos em que não foi possível obter

resultados de similaridade devido à não-identificação, nas ontologias, das palavras

comparadas, o algoritmo não identifica a similaridade. As principais contribuições deste

método estão na redução do tempo de uma análise manual na integração de schemas e na

utilização como base para criação de softwares contemplando o uso de ontologias.

Foram realizados experimentos com a finalidade de avaliar o desempenho da

comparação semântica utilizando diferentes ontologias e diferentes métodos de análise

semântica. Nessa avaliação, foram utilizados dados de ordens de compras reais, pertencentes

aos governos da Califórnia e do Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos, e também foram

utilizados dados de datasets elaborados pela autora. Ao todo, foram submetidas 260

comparações de colunas ao algoritmo. Os resultados mostram que a os métodos utilizando

WordNet são mais satisfatórios que os demais resultados. O trabalho apresenta limitações na

normalização dos dados antes de serem submetidos às validações semânticas, especialmente

em relação a palavras compostas.

Os resultados deste presente trabalho podem ser utilizados como base na

implementação de um software para o suporte à integração de schemas em ambientes

heterogêneos, reduzindo o trabalho manual na identificação de quais dados no schema de

origem correspondem a quais dados no schema de destino. Para trabalhos futuros, pode-se

aprimorar o processo de normalização dos dados e também o processo de comparação de

similaridade fazendo com que o algoritmo seja capaz de lidar com algumas exceções de

palavras e ainda assim consiga calcular a similaridade dos termos. Além disso, pode-se

desenvolver uma interface gráfica para importação dos schemas e apresentação dos

resultados.

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51

ANEXOS

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52

ANEXO A – CSV de Siglas e Acrônimos

NM:Name

PO:Purchase Order

FY:Fiscal Year

ID:Identification

SB:Small Business

SABRC:State Agengy Buy Recycled Compaign

PCRC:Post Consumer Recycled Content

TRC:Total Recycled Content

LPA:Leveraged Procurement Agreement

MISC:Miscellaneous

SCPRS:State Contract And Procurement Registration

System

ADA:Americans with Disabilities Act

AG:Attorney General

AORO:Agency Open Record Officer

ASQ:American Society for Quality

BAFO:Best and Final Offer

BCPGB:Board of Commissioners of Public Grounds and

Buildings

BEA:Bureau of Engineering Architecture

BOP:Bureau of Procurement

BSBO:Bureau of Small Business Opportunities

COPPAR:Community of Practice Procurement

Architectural Review

CPO:Chief Procurement Officer

CRP:Contractor Responsibility Program

CRPS:Contractor Responsibility Program System

CS:Commodity Specialist

DCED:Department of Community & Economic

Development

DCIO:Deputy Chief Information Officer

DCNR:Department of Conservation & Natural Resources

DGS:Department of General Services

DEP:Department of Environmental Protection

DHS:Department of Human Services

DMVA:Department of Military & Veterans Affairs

DOC:Department of Corrections

EIN:Employer ID Number

EISSP:Enterprise IT Standard Selection Process

EPO:Emergency Purchase Order

EPEAT:Electronic IT Standard Selection Process

ERP:Enterprise Resource Planning

FAA:Federal Aviation Administration

FHWA:Federal Highway Administration

FMP:Fair Market Price

FIN:Federal Identification Number

FOB:Freight on Board

FYE:Fiscal Year End

GR:Goods Receipt

GSA:General Services Administration

HIPAA:Health Insurance Portability and Accountability

Act

HTML:Hyper Text Markup Language

IAA:Interagency Agreement

IES:Integrated Enterprise System

IFB:Invitation for Bid

IG:Inspector General

IGA:Intergovernmental Agreement

IT:Information Technology

ITQ:Invitation to Qualify

LAC:Live Auction Cockpit

LEED:Leadership in Energy and Environmental Design

L&I:Department of Labor & Industry

LLC:Limited Liability Company

LLP:Limited Liability Partnership

MBE:Minority Business Enterprise

MDM:Master Data Management – Used to upload data

into the MSCC catalog

MOU:Memorandum of Understanding

MM:Material Master

MPL:Minimum Participation Levels

MRP:Material Requirements Planning

MSCC:Material Service Contract Catalog

NHTSA:National Highway Transportation Safety

Administration

NMSDC:National Minority Supplier Development

Council

OA:Office of Administration

OIT:Office for Information Technology

OB:Office of the Budget

OCC:Office of Chief Counsel

OEM:Original Equipment Manufacturer

OGC:Office of General Counsel

OSS:Online Service System – Service used by IES to

report system issues

PA:Purchasing Agent

PCCD:PA Commission on Crime & Delinquency

PDP:Plan Driven Procurement

POWL:Personal Object Work List

PR:Purchase Requisition

PUC:Public Utility Commission

QA:Quality Assurance

QPL:Qualified Products List

RFI:Request for Information

RFP:Request for Proposal

RFQ:Request for Quotation

RTKL:Right to Know Law

SBA:Small Business Administration

SBPI:Small Business Procurement Initiative

SCSC:State Civil Service Commission

SDB:Small Diverse Business

SDVBE:Service Disabled Veteran-Owned Business

Enterprise

SDVOSB:Service-Disabled Veteran-Owned Small

Business

SERS:State Employees Retirement System

SOW:Statement of Work

SRM:Supplier Relationship Management

SSN:Social Security Number

TAR:Technical Architecture Review Board

TCO:Total Cost of Ownership

UAT:User Acceptance Testing

UNSPSC:United Nations Standard Products and Services

Codes

UCP:Unified Certification Program

VBE:Veteran Business Enterprise

WBE:Women Business Enterprise

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ANEXO B – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data

CA – Colunas 1 a 15

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Page 54: FACULDADE MERIDIONAL IMED CHENG.pdfCRM Client Relationship Management CSV Comma Separated Values ... pode prover informações para tomada de decisões (VECCHIA, 2011). ERP é uma

54

ANEXO C – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data

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Page 55: FACULDADE MERIDIONAL IMED CHENG.pdfCRM Client Relationship Management CSV Comma Separated Values ... pode prover informações para tomada de decisões (VECCHIA, 2011). ERP é uma

55

ANEXO D – Representação de Amostra do Dataset Purchase Order Data

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