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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA POLITÉCNICA CURSO … FELIPE MOTTA.pdf · Luiz Felipe Motta...

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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Luiz Felipe Motta Requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias Passo Fundo 2018
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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA POLITÉCNICA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Luiz Felipe Motta

Requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias

Passo Fundo

2018

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Luiz Felipe Motta

Requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar

de Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Arq. Dra. Andréa Quadrado Mussi.

Passo Fundo

2018

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Luiz Felipe Motta

Requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias

Banca Examinadora:

Profª. Arqª. Dra. Andréa Quadrado Mussi

Profª. Arqª. Me. Josiane Patrícia Talamini

Profª. Arqª. Me. Letiane Benincá

Passo Fundo

2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar sempre guiando minha vida,

encorajando-me para seguir em frente, me abençoando e iluminando.

À minha família, especialmente meus pais Sandra e Hilton, por me ensinarem os

princípios da vida, e pelo apoio e confiança depositado em mim.

À minha companheira e namorada Marina, pelo companheirismo, apoio, incentivo

e ajuda. Pessoa que esteve sempre ao meu lado, me dando forças para que eu não

desistisse dos meus objetivos.

Aos meus amigos e colegas da faculdade pela parceria e companheirismo de

sempre, por todo o aprendizado e troca de conhecimentos ao longo do curso.

À minha orientadora Andréa Mussi por todo o ensinamento transmitido no

desenvolvimento deste trabalho, e pela dedicação e paciência neste período. Muito

obrigado.

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RESUMO

O presente trabalho baseou-se em propor intervenções na cidade de São José do Ouro - RS,

desenvolvendo um projeto de requalificação urbana, adotando como tema a requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias. A partir disso, o objetivo do presente estudo se funda na busca de soluções para os problemas enfrentados pela cidade, os quais estão presentes nas

vias e, ainda idealizar o embelezamento do centro como um todo, fazendo com que a mobilidade urbana esteja cada vez mais presente. A importância do estudo, justificou-se na busca pela implementação da requalificação urbana no conceito da cidade, como forma de realizar mudanças

significativas para a população. Para tanto, a população teve participação direta no desenvolvimento do trabalho através de pesquisa realizada com munícipes de diferentes faixas etárias, fazendo com que fosse possível realizar uma proposta, que além de alcançar seus objetivos, estivesse o mais próximo

dos desejos da população. Palavras-chave: requalificação urbana, espaços públicos, novo urbanismo, mobilidade urbana

ABSTRACT

The present project was based on proposing interventions in the city of São José do Ouro, RS, developing a plan of urban requalification, adopting as topic the requalification of the center city of São José do Ouro and its main routes. From this, the objective of this study is based on the search for

solutions to the problems confront by the city, which are present in the routes and to idealize the beautification of the center as a whole, making urban mobility more and more gift. The importance of the study was justified in the search for the implementation of the urban requalification in the concept of

the city, as a way of making significant changes for the population. For this, the population had a direct participation in the development of the work through research conducted with citizens of different age groups, making possible to make a proposal that, in addition to reaching their objectives, was the closest

to the population's wishes.

Key-Words: urban requalification, public places, new urbanism, urban mobility

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................... 10

1.1. Tema do projeto ............................................................................................... 10

1.2. Justificativa e relevância do projeto .............................................................. 11

CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................... 13

2.1. A requalificação urbana e seus aspectos .................................................... 14

2.2. Espaços livres públicos e privados ............................................................... 15

2.3. Mobilidade urbana ........................................................................................... 17

2.4. Resgate da cidade para as pessoas ............................................................ 20

2.5. Estudos de caso............................................................................................... 23

2.5.1. Requalificação da Rua Oscar Freire............................................................. 23

2.5.2. Revitalização do Centro de Bituruna/ PR .................................................... 24

2.5.3. Segunda fase do corredor verde de Cali, na Colômbia ............................ 24

CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ......................... 32

3.1. Contextualização regional .............................................................................. 32

3.2. Contextualização urbana ................................................................................ 33

3.3. Mapa Nolli ......................................................................................................... 35

3.4. Vistas e skyline................................................................................................. 36

3.5. Infraestrutura: sistema viário.......................................................................... 39

3.6. Uso e ocupação do solo ................................................................................. 45

3.7. Infraestrutura geral .......................................................................................... 48

3.8. Transporte ......................................................................................................... 51

3.9. Área de implantação ....................................................................................... 53

3.10. Síntese da legislação geral e específica...................................................... 53

CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS.................................. 54

4.1. Conceito do projeto ......................................................................................... 54

4.2. Carta de intenções........................................................................................... 55

4.3. Diretrizes urbanísticas..................................................................................... 56

CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL ............................................................................. 72

5.1. Programa de necessidades ........................................................................... 72

5.2. Organograma ................................................................................................... 76

5.3. Zoneamento...................................................................................................... 77

CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO .................................................................................... 84

CAPÍTULO 7: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 85

APÊNDICE I ................................................................................................................. 87

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Centro de São José do Ouro/ RS............................................................. 12 Figura 2: Centro de São José do Ouro/ RS............................................................. 13

Figura 3: Bank St., Adelaida, Austrália ..................................................................... 15 Figura 4: Regnbuepladsen, Copenhague, Dinamarca .......................................... 15

Figura 5: People Street, Los Angeles ....................................................................... 16 Figura 6: People Street, Los Angeles ....................................................................... 16 Figura 7: Avenida Hercílio Luz – Florianópolis/ SC ................................................ 18

Figura 8: Ciclovias da cidade de Curitiba/ PR......................................................... 18 Figura 9: Ruas da cidade de Águeda em Portugal ................................................ 22

Figura 10: Balanços musicais em Montreal no Canadá ........................................ 22 Figura 11: Parque da Torre Lluc em Catalunha na Espanha ............................... 22 Figura 12: Rua Oscar Freire....................................................................................... 24

Figura 13: Centro de Bituruna/ PR ............................................................................ 24 Figura 14: Vista geral do Corredor verde de Cali ................................................... 25

Figura 15: Localização regional de São José do Ouro/ RS .................................. 32 Figura 16: Localização regional de São José do Ouro/ RS .................................. 32 Figura 17: Localização regional de São José do Ouro/ RS .................................. 33

Figura 18: Mapa de contextualização urbana ......................................................... 34 Figura 19: Mapa Nolli .................................................................................................. 35

Figura 20: Mapa de vistas .......................................................................................... 36 Figura 21: Vistas .......................................................................................................... 37 Figura 22: Mapa de skylines ...................................................................................... 38

Figura 23: Skyline das avenidas Marechal Floriano e José Gelain ..................... 38 Figura 24: Skyline das avenidas Marechal Floriano e José Gelain ..................... 39

Figura 25: Mapa do sistema viário ............................................................................ 40 Figura 26: Mapa de localização das pistas de rolamento ..................................... 41 Figura 27: Corte caixa de via com pista de rolamento entre 8 e 11 metros ....... 41

Figura 28: Corte caixa de via com pista de rolamento entre 12 e 15 metros .... 42 Figura 29: Corte caixa de via com pista de rolamento acima de 15 metros ...... 42

Figura 30: Mapa de localização dos gabaritos de calçadas ................................. 43 Figura 31: Corte dos gabaritos de calçadas ............................................................ 43 Figura 32: Mapa da pavimentação das vias ............................................................ 44

Figura 33: Diferentes tipologias das vias ................................................................. 45 Figura 34: Mapa de uso e ocupação do solo .......................................................... 46

Figura 35: Gráfico de uso e ocupação do solo ....................................................... 46 Figura 36: Mapa das alturas das edificações .......................................................... 47 Figura 37: Gráfico das alturas das edificações ....................................................... 48

Figura 38: Mapa das massas verdes da região em estudo e seu entorno ........ 49 Figura 39: Mapa do sistema de abastecimento de água ...................................... 50

Figura 40: Mudança do eixo dos postes de iluminação na Avenida Marechal Floriano .......................................................................................................................... 51 Figura 41: Pontos de ônibus e táxis na Avenida Marechal Floriano ................... 52

Figura 42: Mapa da trajetória de ônibus................................................................... 52 Figura 43: Mapa da área de implantação ................................................................ 53

Figura 44: Bairro Cidade Pedra Branca em Palhoça/ SC ..................................... 55

Figura 45: Imagem ilustrativa das intenções de projeto urbano .......................... 56

Figura 46: Gráfico da pesquisa: gênero ................................................................... 56

Figura 47: Gráfico da pesquisa: idade...................................................................... 56

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Figura 48: Gráfico da pesquisa: escolaridade......................................................... 57

Figura 49: Gráfico da pesquisa: acesso ao centro ................................................. 57

Figura 50: Gráfico da pesquisa: horários de acesso ao centro ............................ 58

Figura 51: Gráfico da pesquisa: atividades realizadas no centro ........................ 58

Figura 52: Gráfico da pesquisa: atividades realizadas nos finais de semana ... 59

Figura 53: Gráfico da pesquisa: mudança na cidade ............................................ 59

Figura 54: Representação da pesquisa: atividades que a população gostaria . 60

Figura 55: Gráfico da pesquisa: percepção sobre o centro da cidade................ 60

Figura 56: Gráfico da pesquisa: desejo de requalificação .................................... 61

Figura 57: Gráfico da pesquisa: padronização do centro...................................... 61

Figura 58: Gráfico da pesquisa: implantação de novas atividades ..................... 62

Figura 59: Gráfico da pesquisa: tipos de vias ......................................................... 62

Figura 60: Nuvem de palavras: como a cidade é vista pela população .............. 63

Figura 61: Nuvem de palavras: como a população quer que sua cidade seja .. 63

Figura 62: Desenhos dos alunos da Escola Carmen Scotti Pacheco ................. 64

Figura 63: Repertório de intenções de caminhódromos........................................ 66

Figura 64: Repertório de intenções de ciclovias ..................................................... 66

Figura 65: Repertório de intenções de iluminação pública ................................... 67

Figura 66: Repertório de intenções de parklets ...................................................... 67

Figura 67: Repertório de intenções de passeios públicos .................................... 68

Figura 68: Repertório de intenções de pocket parks ............................................. 69

Figura 69: Organograma macro das categorias do projeto de requalificação ... 77

Figura 70: Implantação geral das áreas de intervenção ....................................... 77

Figura 71: Implantação da proposta de uma das praças ...................................... 78

Figura 72: Implantação da proposta da modificação das vias ............................. 80

Figura 73: Implantação da proposta do uso de terrenos baldios para

estacionamentos públicos .......................................................................................... 81

Figura 74: Implantação da proposta do uso de terrenos baldios para pocket

parks............................................................................................................................... 82

Figura 75: Implantação da proposta de intervenções realizadas nas Avenidas

Marechal Floriano e José Gelain ............................................................................... 83

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Ficha técnica dos estudos de caso ......................................................... 25

Tabela 2: Implantação dos estudos de caso ........................................................... 26

Tabela 3: Funcionalidade dos estudos de caso...................................................... 28

Tabela 4: Análise da forma dos estudos de caso................................................... 29

Tabela 5: Habitabilidade dos estudos de caso ....................................................... 30

Tabela 6: Tecnologia usada nos estudos de caso ................................................. 31

Tabela 7: Diretrizes urbanas - Problemas ............................................................... 70

Tabela 8: Diretrizes urbanas - Potencialidades ...................................................... 71

Tabela 9: Programa de necessidades da Avenida Marechal Floriano................ 72

Tabela 10: Programa de necessidades da Avenida José Gelain ........................ 73

Tabela 11: Programa de necessidades das ruas transversais ............................ 74

Tabela 12: Programa de necessidades da Praça Honório Corso........................ 75

Tabela 13: Programa de necessidades da Praça Antônio Bós Filho .................. 75

Tabela 14: Programa de necessidades da Praça da Igreja .................................. 76

Tabela 15: Programa de necessidades dos terrenos baldios .............................. 76

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1. INTRODUÇÃO

O tema da monografia é centrado nas informações necessárias para o

desenvolvimento de um projeto de requalificação urbana, que no presente estudo consistirá

na “Requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias”. Logo,

seu objetivo geral se justifica pela análise na busca de uma solução para os principais

problemas apresentados pelas vias, bem como, idealizar o embelezamento visual do centro

como um todo.

Na medida em que o objetivo geral do presente trabalho é feito através de uma

análise das problemáticas das vias, assim como, o seu devido embelezamento, para tanto,

os seus objetivos específicos consistem em:

Modificar o sentido de algumas vias;

Incluir estacionamentos oblíquos em algumas vias;

Inserção de ciclovia e caminhódromo;

Inclusão de espaços de lazer compartilhado;

Propiciar melhorias na acessibilidade e mobilidade urbana;

Promoção de melhorias na infraestrutura urbana;

Possibilitar melhorias de aspectos ambientais e culturais;

Promover a conectividade de ruas de modo a facilitar a caminhada;

Inserção de parklets, os quais consistem em mini praças com bancos e mesas,

que são construídas em vagas de estacionamento;

Inclusão de pocket parks, referem-se à mini praças em locais públicos sem

ocupação;

Recuperação do rio Carazinho que passa pela praça Honório Corso;

Requalificação das praças Antônio Bós Filho, Honório Corso e a praça da Igreja;

Aprimorar a estrutura da calçada que se encontra na entrada da cidade.

1.1 . Tema do projeto

Levando em consideração a falta de estacionamentos adequados, bem como, a falta

de espaços de lazer, espaços para caminhada e tráfego de bicicletas na cidade, o tema

adotado para a realização do presente trabalho baseia-se na requalificação do centro da

cidade de São José do Ouro e suas principais vias.

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A problemática enfrentada pelos moradores do município, faz com que os munícipes

estacionem seus veículos no meio da via, além do que, não há local adequado para que os

ciclistas possam transitar e, ainda, não há o embelezamento dessas vias, de modo a torná-

las um local mais atrativo. Com isso, evidencia-se a necessidade em requalificar a área

central do município, como forma de torná-lo mais atrativo.

O trabalho buscará requalificar as vias existentes, implementando espaços de lazer

para a população, assim como, a inserção de ciclovia e caminhódromo, e ainda a criação

de parklets.

Assim sendo, o trabalho será desenvolvido buscando desenvolver a acessibilidade

e mobilidade urbana, proporcionar melhorias na infraestrutura urbana, de modo a enfatizar

a questão cultural e ambiental da área central da cidade, por intermédio do estímulo da

caminhada e a redução do tráfego de carros.

1.2 . Justificativa e relevância do projeto

A relevância social do presente trabalho se justifica na medida em que buscará

implementar a requalificação urbana no conceito da cidade, realizando mudanças

significativas na área central e principais vias da cidade. Busca-se, portanto, solucionar

problemas enfrentados pela população, assim como, melhorar a infraestrutura urbana.

O local escolhido para a realização do trabalho é a cidade de São José do Ouro, no

Estado do Rio Grande do Sul, a qual possui pouco mais de sete (7) mil habitantes e 58

anos de emancipação. A cidade foi escolhida devido ao fato de que é uma cidade

consideravelmente pequena e que já enfrenta algumas problemáticas inerentes as grandes

cidades, como por exemplo, a falta de estacionamento, falta de acessibilidade, pouca

arborização, iluminação precária, dentre outros.

A requalificação será realizada no centro e nas principais vias da cidade, isto porque,

há uma carência quanto aos espaços destinados ao lazer, de modo que, com o presente

trabalho, a proposta é de que sejam utilizados de forma compartilhada. Ainda assim, há a

necessidade de melhorias no que diz respeito a mobilidade urbana e também a

acessibilidade, que é algo que ainda não ganhou a devida atenção.

Além disso, a ideia de promover uma melhoria no aspecto ambiental da cidade, se

revela pelo fato de que o centro não possui arborização significativa, o que faz com que

seja um dos fatores pelos quais as pessoas não costumam acessar o centro para realizar

caminhadas, uma vez que, não há sombras suficiente no local, conforme figura 1.

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Figura 1: Centro de São José do Ouro/ RS

Fonte: Autor (2018)

Com isso, percebe-se, que não há locais adequados para lazer ao ar livre, motivo

pelo qual justifica a ideia de implementar parklets, que além de possibilitar que as pessoas

possam ter momentos de lazer no centro da cidade, também fará com que o centro se torne

mais atrativo para a população. Diante disso, quanto mais pessoas acessarem o centro da

cidade, cada vez mais o comércio local poderá ser movimentado, o que irá contribuir,

também, para movimentar a economia local.

Ademais, outro ponto a ser levantado, é que o trabalho buscará incluir

estacionamentos oblíquos no centro da cidade e, ainda, modificar as vias criando passeios

maiores do que os já existentes, como uma forma de fazer com que as pessoas acessem

o centro sem a utilização de veículos, para que o tráfego de veículos venha a ser reduzido,

conforme figura 2.

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Figura 2: Centro de São José do Ouro/ RS

Fonte: Autor (2018)

De acordo com o exposto, vislumbra-se a importância da requalificação do centro da

cidade e das suas principais vias, como forma de aproveitar espaços urbanos mal

utilizados, para que assim seja possível o oferecimento de uma melhor qualidade de vida

às pessoas que habitam em São José do Ouro, bem como daquelas que acessam o

município.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo destina-se, sobretudo, a discorrer acerca da fundamentação

teórica para o desenvolvimento da proposta de requalificação urbana do centro e das

principais vias da cidade de São José do Ouro, no Estado do Rio Grande do Sul.

Nesta parte, serão abordados assuntos como a requalificação urbana e seus

aspectos, espaços livres públicos e privados, mobilidade urbana e resgate da cidade para

as pessoas.

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2.1. A requalificação urbana e seus aspectos

A visão de intervenção urbana passa por mudanças ao longo do tempo, mas também

se contrasta com ideologias, as quais nem sempre são negociáveis, em virtude aos

diferentes interesses que estão presentes em uma cidade (GISLON, 2016). Tendo em vista

esta concepção e, a partir do tema proposto para a realização do presente trabalho, faz-se

necessário, sobretudo, explanar o conceito de Requalificação Urbana, bem como, abordar

de forma clara e objetiva seus aspectos.

É importante aqui destacar que para Moreira (2007), a requalificação é um termo

novo em Portugal, o qual surgiu apenas no final dos anos 80. Vale salientar, que até um

determinado momento eram utilizados termos como revitalização, recuperação ou

reabilitação.

Para Moura (2006), a requalificação urbana pode ser entendida da seguinte forma:

A requalificação urbana é sobretudo um instrumento para a melhoria das condições de vida das populações, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas (sic) e a valorização do espaço público com medidas de

dinamização social e econômica. Procura a (re) introdução de qualidades urbanas, de acessibilidade ou centralidade a uma determinada área (sendo frequentemente apelidada de uma política de centralidade urbana) (MOURA, 2006, p. 20).

Ainda de acordo com o autor, a requalificação implica em mudança no valor daquela

área, no que diz respeito ao seu nível econômico em virtude das atividades econômicas de

alto valor financeiro. Também provoca mudanças de nível cultural por intermédio de usos

relacionados a cultura. Há também mudanças no que se refere ao paisagístico e social, na

medida em que são produzidos espaços públicos com valor de centralidade (MOURA,

2006).

Cumpre aqui destacar que a requalificação urbana possui determinados aspectos,

quais sejam os de caráter econômico, ambiental, físico e social. No que se refere ao aspecto

econômico, de acordo com Moreira (2007), este estaria relacionado a criação de condições

que sejam adequadas para a manutenção de uma atividade econômica rentável. Desta

forma, incluindo atividades que proporcionem emprego a população daquela zona.

Por outro lado, quanto ao aspecto social, seu objetivo é alterar a percepção social,

de modo a romper o ciclo da pobreza. Já o aspecto ambiental, está relacionado ao fato de

que a requalificação urbana, deve propiciar à população uma melhor qualidade de vida

possível, sempre exercendo a sustentabilidade. Por fim, quanto ao aspecto físico, este é

apreciado no que se refere as características físicas da cidade (MOREIRA, 2007).

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A partir das imagens demonstradas nas figuras 3 e 4, há a representação da

execução daquilo que é conhecido como requalificação urbana, realizado em duas cidades,

mostrando como os espaços foram projetados para uma melhor utilização da população.

Conforme destaca Moura (2006), a requalificação urbana também serve como um meio de

valorizar o espaço público, como também a busca da recuperação de infraestruturas. Ainda,

procura introduzir qualidades urbanas e acessibilidade. Partindo desta perspectiva,

evidencia-se que este conceito foi fortemente aplicado na Austrália e na Dinamarca.

Figura 3: Bank St., Adelaida, Austrália Figura 4: Regnbuepladsen, Copenhague,

Fonte: Archdaily (2015) Dinamarca

Fonte: Archdaily (2015)

Por fim, a requalificação tem característica mobilizadora, aceleradora e estratégica,

estando voltada para o estabelecimento de padrões novos para a organização e utilização

de territórios e, também, para um melhor desempenho econômico.

2.2. Espaços livres públicos e privados

O espaço urbano encontra-se em contínuo processo de transformação, bem como,

de expansão. Os ciclos socioeconômicos reproduzem manifestações pelas quais estão

relacionadas às estruturas existentes, ou também, a criação de novos espaços.

Devido a esse processo de expansão é notório o aumento do número de espaços

livres urbanos. Neste sentindo, considera-se que toda cidade possui um sistema próprio de

espaços livres, que são consequência do seu processo de formação. O desenho urbano,

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bem como, os espaços livres surgem através das limitações estabelecidas no processo de

expansão da cidade (SOUZA, 2016).

Ao pensar na cidade como ímã, ou como escrita, não paramos de relembrar que

construir e morar em cidades implica necessariamente vivermos de forma coletiva. Na cidade nunca se está só, mesmo que o próximo ser humano esteja para além da parede do apartamento vizinho ou num veículo de trânsito. (ROLNIK, 2004,

p.19).

Conforme Fernandes (2012), ao se pensar em espaço público é possível defini-lo

como sendo um espaço físico onde qualquer membro da sociedade poderá ter acesso.

Inicialmente, lembra-se de parques e jardins, como também nas ruas e praças, e sem deixar

de fora os centros comerciais, que mesmo obtendo domínio privado, o seu acesso é

totalmente público.

A partir das figuras 5 e 6, denota-se um espaço público em Los Angeles o qual foi

desenvolvido para que qualquer membro da população possa ter acesso, de forma que

sintam-se confortáveis por estarem em um local que não é privado.

Figura 5: People Street, Los Angeles

Fonte: Archdaily (2015)

Figura 6: People Street, Los Angeles

Fonte: Archdaily (2015)

Para Magnoli (2006), os espaços livres podem ser compreendidos entre aqueles não

edificados, de modo que sua localização forma um sistema de conexões, com diversos

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papéis urbanos. Neste sentindo, seria o espaço público, de acordo com a autora, um

espaço de vida comunitária.

Segundo o que discorre Queiroga (2011), os espaços livres públicos podem ser

compreendidos como aqueles cuja sua propriedade é pública, a qual compreende

diferentes graus que se referem a acessibilidade e de apropriação. Ainda assim, para o

autor, os espaços livres privados estão compreendidos nos limites das propriedades.

2.3. Mobilidade urbana

A transformação da população brasileira de forma acelerada, predominante na área

rural e de forma majoritária na área urbana, durante o século XX, ocorreu por intermédio de

um modelo de desenvolvimento urbano direcionado aos aspectos econômicos, territoriais

e demográficos.

Neste sentido, é importante dizer que a mobilidade urbana não estaria tão somente

relacionada ao deslocamento de veículos ou de intervenções que objetivem este

deslocamento, ou seja, questões relacionadas ao trânsito. A mobilidade urbana também

deve ser entendida como uma forma de inserir fatores econômicos, sociais (idade e sexo

da população), intelectual (capacidade de compreender mensagens para utilizar veículos e

também equipamentos do transporte) (VACCARI; FANINI, 2011).

Mobilidade urbana, é referente às necessidades que fazem com que as pessoas se

desloquem para atingir destinos e, também, nas possibilidades que este sistema oferece.

Neste sentido, a mobilidade relaciona-se à liberdade de movimentação do cidadão diante

das possibilidades de acesso aos meios que sejam necessários para isso (PONTES, 2010).

Na perspectiva de Vaccari e Fanini (2011), mobilidade urbana pode ser conceituada

como:

A mobilidade urbana é um atributo associado às pessoas e fatores econômicos no meio urbano que, de diferentes formas, buscam atender e suprir suas necessidades

de deslocamento para a realização das atividades cotidianas como: trabalho, educação, saúde, lazer, cultura, etc. Para cumprir tal objetivo, os indivíduos podem empregar o seu esforço direto (deslocamento a pé), recorrer a meios de transporte

não motorizados (bicicletas, carroças, cavalos) ou motorizados (coletivos e individuais) (VACCARI; FANINI, 2011, p. 10).

A utilização indiscriminada de transportes motorizados, bem como, modelos de

ocupação urbana disperso, são causadores de grandes impactos sobre a saúde, assim

como, o meio ambiente. Obviamente, isso resulta em efeitos negativos, tais como o

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aquecimento global, a destruição da camada de ozônio e até mesmo o esgotamento de

recursos naturais (PONTES, 2010).

A partir dessa compreensão observa-se a necessidade de pensar na mobilidade

urbana em um cunho sustentável, de modo que não seja bom tão somente aos seus

usuários, mas também ao meio ambiente que ela estará inserida.

Figura 7: Avenida Hercílio Luz – Florianópolis/ SC

Fonte: Biclicletanarua (2011)

Figura 8: Ciclovias da cidade de Curitiba/ PR

Fonte: Gazeta do Povo (2013)

O nível de mobilidade de uma cidade está relacionado com o estado e o gênero de

suas respectivas atividades econômicas. Ou seja, uma cidade que possui um setor

industrial forte terá um crescente deslocamento de pessoas e cargas. Enquanto que uma

cidade cuja sua economia esteja voltada para o setor terciário, o deslocamento no que diz

respeito as cargas será reduzido.

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Ainda assim, vale destacar que, existem outros motivos de deslocamento que não

estão relacionados com meios de produção e consumo. Neste sentido, evidencia-se que a

mobilidade urbana é um tema de extrema importância no que diz respeito a questão da

cidade, pois é um dos fatores fundamentais que possibilita o desenvolvimento econômico,

a inclusão social, e também é um fator importantíssimo para a qualidade de vida das

pessoas (VACCARI E FANINI, 2011).

Partindo da conceituação sobre mobilidade urbana e sua importância, é fundamental

destacar a mobilidade urbana como um direito reconhecido pela Constituição Federal, bem

como, reconhecida por Lei Federal.

Neste sentindo, preceitua o artigo 182 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) que:

A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes (BRASIL, 1988, art. 182).

A partir da redação do texto constitucional, vislumbra-se que a competência para

exercer a política de desenvolvimento urbano cabe aos municípios, todavia suas diretrizes

serão definidas em lei.

Na data de 3 de janeiro do ano de 2012, foi sancionada a Lei nº 12.587/2012

(BRASIL, 2012) que estabeleceu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

A referida lei, regulamenta as diretrizes e instrumentos para que os municípios executem a

política de mobilidade urbana e possibilite a acessibilidade universal, inclusão social e o

desenvolvimento sustentável das cidades. Em seu artigo 4º inciso II, é possível verificar que

a mobilidade urbana é um direito resguardado pela lei, conforme estabelece que a

mobilidade urbana é considerada como “condição em que se realizam os deslocamentos

de pessoas e cargas no espaço urbano”.

A respectiva lei segue alguns princípios que são estabelecidos em seu texto, mais

precisamente em seu artigo 5º e todos os seus incisos, sendo eles:

A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes

princípios: I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e

ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte

urbano; V - gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana;

VI - segurança nos deslocamentos das pessoas;

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VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes

modos e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana (BRASIL, 2012).

Ainda, a lei estabelece quais as diretrizes serão as orientadoras da Política Nacional

de Mobilidade Urbana, tais como: a integração com a política de desenvolvimento urbano

e políticas setoriais de habitação, saneamento básico, como também, planejamento de

gestão do uso do solo; prioridade aos meios de transporte não motorizados em relação aos

motorizados e o serviço de transporte público coletivo sobre o transporte individual

motorizado; integração entre os meios e serviços de transporte urbano; minimização dos

custos ambientais, sociais econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;

incentivo no que diz respeito ao desenvolvimento científico – tecnológico e ao uso de

energias renováveis e menos poluentes; priorizar projetos de transporte público de modo

coletivo; integração entre cidades gêmeas localizadas na faixa da fronteira com outros

países; finalmente, a nova diretriz incluída no ano de garantia de sustentabilidade

econômico das redes de pela Lei nº 13.683 que estabelece o transporte público coletivo

de passageiros, de modo a preservar a continuidade, a universalidade e da modicidade

tarifária do serviço (BRASIL, 2012).

À vista disso, a mobilidade urbana sustentável é consequência de um conjunto de

políticas públicas voltadas ao transporte e circulação que visa proporcionar o amplo acesso,

bem como, democrático ao espaço urbano, como forma de priorizar os meios não

motorizados e coletivos para o transporte, de forma efetiva, não gerando segregações

espaciais, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentáveis (VACCARI; FANINI, 2011).

2.4. Resgate da cidade para as pessoas

Os espaços destinados a coletividade, já não possuem as mesmas características

de tempos atrás que, de acordo com Gatti (2013), com o passar dos anos as pessoas já

não estão mais presentes nas ruas e nas praças das cidades. Ainda assim, os espaços

públicos demostram representatividade, pois são nestes locais que a vida em sociedade

não se altera, pois não há distinções entre as pessoas.

Para Rogers (2001) a ausência de espaços públicos multifuncionais pode ocasionar

em consequências sérias, na medida em que com a diminuição destes espaços, faz com

que a coletividade deixe de participar da vida na rua. Ainda de acordo com Rogers (2001,

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p.10) “o espaço multifuncional deu lugar ao espaço monofuncional, e em seu encalço

estamos testemunhando a destruição da própria ideia de cidade abrangente”.

Na concepção de Gehl (2015), é de extrema importância que os fatores essenciais

da vida urbana ao nível dos olhos da sociedade, sejam apurados de forma cuidadosa. O

bem estar nas cidades está relacionado com a estrutura urbana e seu espaço se adequar

com o corpo humano. Pois desta forma, não havendo espaços e escalas de qualidade, não

será possível a existência as qualidades urbanas fundamentais.

Um espaço coletivo, seja um parque, uma praça ou até mesmo uma calçada, é um

local destinado ao lazer, a circulação da população, e muitas vezes, um local em que as

pessoas param para conversar, desta forma, sempre sendo um ponto de encontro da

coletividade. Neste sentido, a qualidade de vida urbana se demonstra através da dimensão

da vida em sociedade, a qual se manifesta pelos espaços públicos (GATTI, 2013).

É importante lembrar que não basta projetar uma praça ou um parque. É preciso

entender a dinâmica de uma cidade e a vida das pessoas no seu cotidiano, a fim de que os espaços públicos a serem projetados reflitam as necessidades e os anseios dos seus usuários, para só assim serem realmente utilizados. Um bom projeto de

espaço público não depende apenas de uma boa execução técnica; também deve ser o espaço certo, no lugar certo e para as pessoas certas. A cidade precisa ser vista sob seus múltiplos aspectos, sejam eles físicos, sociais, econômicos ou

culturais (GATTI, 2013, p. 9).

Os múltiplos aspectos referidos por Gatti (2013) é que devem ser objetos de políticas

públicas, as quais devem andar lado a lado com as políticas sociais que exerçam a melhoria

urbana, para que toda a coletividade possa desfrutar das melhorias do local.

A partir da demonstração das figuras 9, 10 e 11 evidencia-se como as ruas podem

ser pensadas e projetadas para que sirvam como um elemento de conexão entre as

pessoas de diferentes gêneros e faixas etárias. Promovendo, portanto, integração entre

aqueles que fazem parte da sociedade e tornando os espaços coletivos mais atrativos.

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Figura 9: Ruas da cidade de Águeda em Portugal

Fonte: Artwork (2013)

Figura 10: Balanços musicais em Montreal no Canadá

Fonte: Actualites (2015)

Figura 11: Parque da Torre Lluc em Catalunha na Espanha

Fonte: Vitruvius (2017)

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As áreas onde a circulação não motorizada é maior, exigem investimentos de

infraestrutura dos espaços públicos, pois assim irá propor mais segurança, assim como,

conforto para quem acessa esses locais (pedestres e ciclistas). Usando como exemplo, as

ruas que possuem comércio, demandam calçadas largas e que sejam acessíveis. Para

priorizar projetos que sejam realizados nos espaços públicos, a análise deve ser diferente,

na medida em que esta análise não deve se deter apena a praças, parques ou terrenos,

deve haver a implementação de calçadas e ruas (GATTI, 2013).

Importante destacar que, na concepção de Gehl (2015) as atividades sociais

necessitam da presença das pessoas e exigem formas de comunicação variadas entre as

pessoas nos espaços públicos, pois atividades nos espaços coletivos significa dizer que há

trocas sociais, isto porque, se os espaços forem vagos nada irá acontecer.

2.5. Estudos de caso

Os referentes estudos de caso falam sobre projetos que possuem foco em

requalificações, revitalizações e intervenções urbanas, propostas nesse Trabalho de

Conclusão de Curso. Obtiveram-se tais estudos através de pesquisa em repertórios de

projeto e pesquisa bibliográfica.

2.5.1. Requalificação da Rua Oscar Freire

A Rua Oscar Freire localiza-se nos bairros Cerqueira César (região dos Jardins) e

Pinheiros na Zona Oeste de São Paulo. É internacionalmente renomada, onde nela

localizam-se restaurantes, hotéis e aproximadamente duzentas (200) lojas das mais

importantes marcas brasileiras e mundiais.

No ano de 2006, iniciou-se por meio de uma parceria entre a Associação de Lojistas

da Oscar Freire com a Prefeitura Municipal de São Paulo, que em cinco (5) quarteirões

seria efetuada uma intervenção com área total de 13.000m², entre as ruas Melo Alves e

Padre João Manuel, sendo projeto executado por Hector Vigliecca & Associados, assim

solucionando todos os problemas propostos.

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Figura 12: Rua Oscar Freire

Fonte: Soluções para Cidades (2013)

2.5.2. Revitalização do Centro de Bituruna/ PR

O projeto da revitalização encontra-se no centro, mais precisamente na Avenida Dr.

Oscar Geyer da cidade de Bituruna, no interior do Paraná.

Com projeto executado no ano de 2013 pelo escritório Arquea Arquitetos, buscou-se

através da arquitetura determinar a cultura local, por meio de um novo mobiliário urbano

proposto, bem como, designar a cultura do encontro, estimulando a ideia de que o espaço

público é um espaço de permanência e convívio.

Figura 13: Centro de Bituruna/ PR

Fonte: Archdaily (2014)

2.5.3. Segunda fase do corredor verde de Cali, na Colômbia

Pensando na melhoria da qualidade de vida das pessoas, assim como, resgatar

valores ambientais e paisagísticos, o projeto corredor verde é uma chance para estimular

um exemplo de cidade que instiga na conexão dos sistemas urbanos com os sistemas

naturais, o que caracteriza a cidade de Cali, na Colômbia.

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Através disso, o escritório Espacio Colectivo, juntamente com o escritório OPUS

apresentaram um projeto que propõe beneficiar a margem da antiga linha férrea, assim,

renovando a cidade com projetos planejados que acionem processos de transformação a

partir desta margem.

Figura 14: Vista geral do Corredor verde de Cali

Fonte: Archdaily (2016)

A seguir, será apresentado tabelas de comparativos entre os três (3) estudos

propostos.

Tabela 1 – Ficha técnica dos estudos de caso

FICHA TÉCNICA

Rua Oscar Freire

- Localização: bairros Cerqueira César

(região dos Jardins) e Pinheiros na

Zona Oeste de São Paulo; - Ano do projeto: 2001-2005;

- Projeto: Vigliecca & Associados;

- Projetos complementares: Neuton Karasawa (Trânsito e transporte), Rodolfo Gaiser e Christina Ribeiro

(Arborização urbana), Schréder (Iluminação) e Braston (Pavimentação);

- Investimento: 8 milhões de reais;

- Área: 13.000m².

Fonte: Soluções para

Cidades

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Centro de Bituruna

- Localização: Bituruna – Paraná, Brasil;

- Ano do projeto: 2013; - Projeto: Arquea Arquitetos;

- Coautor: Sérgio Tóquio;

- Projeto estrutural: Norimasa Ishikawa.

Fonte: Archdaily

Corredor verde de Cali

- Localização: Cali – Valle del Cauca, Colômbia;

- Ano do projeto: 2015; - Projeto: Espacio Colectivo, OPUS;

- Acessoria Ambiental: Carlos Acosta;

- Sociólogo: Andrés Pérez; - Acessoria Arquitetura: Marcela Falla; - Engenharia: Germán Lleras – SDG,

Steer Davies Gleaves, Juan Pablo Ospina;

- Acessoria Estruturas Hídricas: María

Teresa Alarcón.

Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

Tabela 2 – Implantação dos estudos de caso

IMPLANTAÇÃO

Rua Oscar Freire

O espaço público dos prestigiosos quarteirões da Rua Oscar Freire foram completamente reconfigurados após a

implantação do projeto proposto pelo escritório Vigliecca & Associados.

Os postes e fios da rede elétrica foram

substituídos por um sistema subterrâneo. As calçadas foram

equipadas com mobiliário urbano e

problemas como falta de acessibilidade, iluminação e paisagismo foram

resolvidos, deixando a aparência do

local mais agradável.

Fonte: Soluções para

Cidades

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Centro de Bituruna

Por meio da arquitetura local, buscou-se

designar a cultura do encontro, revigorando a concepção de que o

espaço público é um espaço de

confraternização. No calçadão, bancos e um tapete de pedra portuguesa criam apropriados

ambientes de conversas. Na esquina onde situa-se a escola, foi criado um

pergolado de madeira, gerando

sombreamento a uma grande escadaria. Além disso, foi elaborada a Praça do

Fogo, tendo como componente principal

uma estrutura de madeira inspirada em um desenho de araucária, com 256m² e

9m de altura, contendo uma fogueira

pública ao centro.

Fonte: Archdaily

Corredor verde de Cali

O projeto sugere usufruir a margem da

antiga linha férrea para restabelecer

uma rede ecológica urbana entre os morros e o rio.

Propõe também, integralizar social e

espacialmente a cidade, igualar a conectividade com um corredor de

transporte público despoluído e

melhorar a cidade com projetos pensados que mobilizem processos de alteração a começar desta margem da

linha férrea.

Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

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Tabela 3 – Funcionalidade dos estudos de caso

FUNCIONALIDADE

Rua Oscar Freire

Na área delimitada para a intervenção,

os arquitetos projetaram um boulevard, deixando um passeio totalmente livre de obstáculos e completamente acessível,

para que o pedestre conseguisse caminhar tranquilamente sobre uma

calçada bem construída, e que

enriquecesse a arquitetura e as vitrines. Iluminação e mobiliário urbano também

foram projetados como aspectos da

requalificação.

Fonte: Soluções para

Cidades

Centro de Bituruna

Para que o projeto de revitalização

obtivesse resultado, foi estabelecido três propósitos essenciais: transformar a

cidade mais ativa, estimulando o

encontro das pessoas de noite e de dia; gerar espaços de junção e troca entre as pessoas, bem como, melhorar o

diálogo entre elas; recuperar a autoestima dos cidadãos, fortalecendo a identidade por meio da valorização da

cultura paranaense. Com isso, através de materiais que

representam a cultura local, foi

desenvolvido um novo mobiliário urbano, além de desenhar em pedra portuguesa referências locais como a

grimpa e o pinhão, utilizaram também, vasos e postes para relembrar as casas das avós italianas, e por fim, a grande

araucária na praça.

Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

Corredor verde de Cali

O projeto corredor verde aposta na conexão dos sistemas urbanos com os

sistemas naturais para aperfeiçoar a qualidade de vida da população, bem como, resgatar valores ambientais e

paisagísticos que simbolizam a cidade de Cali.

Por meio disso, foi proposto vários

aspectos para a concretização do projeto, sendo a recomposição de uma rede ecológica urbana, integrar social e

espacialmente a cidade, equilibrar a conectividade com um corredor verde

de transporte público limpo e renovar a

cidade com projetos estratégicos que acionem processos de transformação a

partir da área central.

Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

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Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

Tabela 4 – Análise da forma dos estudos de caso

FORMA

Rua Oscar Freire

A rua é estreita e linear, com espaço para estacionamento localizado

pontualmente ao centro das quadras.

Próximo às esquinas foi estabelecido passeios mais amplos, gerando um maior conforto para a ocupação de

mobiliário móvel, assim, não interrompendo o fluxo dos pedestres.

Fonte: Soluções para

Cidades

Centro de Bituruna

Considerada uma das principais ruas da

cidade, a Avenida Dr. Oscar Geyer, mais precisamente no local onde

realizou-se as intervenções

urbanísticas, dispõe de uma rua em forma linear com sentido único, e

estacionamento oblíquo localizado em

praticamente toda sua extensão. Usufrui também de um belo passeio largo e

extenso.

Fonte: Archdaily

Corredor verde de Cali

O corredor verde trata-se da transformação de uma antiga ferrovia

que em todo o tempo foi uma espinha dorsal, cruzando a cidade ao meio e

destacando sua dinâmica

socioeconômica por vários anos. Por meio disso, em grande parte da cidade foi proposto um projeto onde

buscou-se uma melhor qualidade de vida para as pessoas, através da

sustentabilidade e com grande ênfase

na mobilidade urbana, assim, integrando e estimulando os cidadãos a

utilizar meios de transporte mais

sustentáveis.

Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

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Tabela 5 – Habitabilidade dos estudos de caso

HABITABILIDADE

Rua Oscar Freire

A rua dispõe de um passeio mais limpo

e acessível, conta também com um novo mobiliário urbano, tornando um local mais agradável e aconchegante

para os pedestres. Uma rampa de acesso a um

estacionamento particular deu vida a

uma pracinha, definida essa como pocket park um espaço de lazer e

descanso, com ideia de incentivar as

pessoas a levarem seu trabalho ao ar livre.

Fonte: Soluções para

Cidades

Fonte: Revista aU

Centro de Bituruna

Através da cultura local foram desenvolvidos novos mobiliários

urbanos, desta forma, resgatando as

origens das cidade. No calçadão, bancos e um tapete de pedra portuguesa formam agradáveis

ambientes para conversas. Na escadaria de acesso à escola criou-se

um pergolado de madeira, gerando

sombra no local, tornando-o um lugar apropriado para os alunos sentarem

enquanto esperam seus pais.

Por fim, a criação da Praça do Fogo, contendo uma grande estrutura de

madeira inspirada no desenho de uma

araucária, essa, com intuito de abrigar a população nas noites de inverno com

uma grande fogueira pública ao centro.

Fonte: Arquea Arquitetos

Fonte: Arquea Arquitetos

Corredor verde de Cali

O projeto ressalta muitas melhorias para

a cidade, buscando principalmente uma melhor qualidade de vida para as

pessoas. Através disso, vale destacar

pontos específicos citados pelos autores do projeto, evidenciando onde se

encontra essa evolução.

- Recomposição de uma rede ecológica urbana: gestão da água; cidade como suporte de biodiversidade; reencontro

com a água; uso da vegetação nativa e tradicional.

- Integração social e espacialmente da

cidade: potencializar organizações de base comunitária; melhorar o habitat;

conservar, transformar e gerar fontes de

emprego; educação e cultura; ressignificar edifícios históricos.

- Equilibrar a conectividade com um

corredor verde de transporte público limpo: harmonizar os fluxos; fortalecer o

Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

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sistema de transporte público; humanizar a infraestrutura.

- Renovação da cidade com projetos estratégicos que acionem processos de

transformação a partir de sua área

central: desenvolver as bordas do corredor; inserir projetos chave;

potencializar e reordenar a centralidade. Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

Tabela 6 – Tecnologia usada nos estudos de caso

TECNOLOGIA

Rua Oscar Freire

Para ampliar, assim como, apresentar

uma estética renovada e contemporânea para a Rua Oscar

Freire, foi utilizado de vários fatores. Dentre desses destaca-se a substituição

do sistema de postes e cabeamentos aéreos pelo sistema subterrâneo de

redes e cabos, de modo a reduzir o impacto na circulação de pedestres e

prevenir a quebra da pavimentação das

calçadas. Para a iluminação foram propostas

luminárias adequadas tanto para os

pedestres quanto para os automóveis, com o objetivo de enriquecer a

iluminação das vitrines e criar uma

atmosfera qualificada para o passeio. Por fim, além de sua função, os postes

semafóricos serviram como suporte

para as indicações de trânsito de pedestres, veículos, etc, assim,

reduzindo o número de postes, bem

como, a poluição visual. Já nas esquinas, foi sugerido a instalação de

painéis digitais como suporte publicitário

e informativo.

Comparativo antes x depois

Fonte: Soluções para Cidades

Fonte: Soluções para

Cidades

Centro de Bituruna

Para um melhor aconchego e comodidade foi proposto uma praça, contendo uma grande estrutura de

madeira inspirada no desenho de uma araucária, com 256m² e 9m de altura e

ao centro uma fogueira pública para

abrigar e aquecer as noites de inverno. Em outros pontos, como no calçadão,

foram criados tapetes em forma de

grimpa e pinhão, resgatando a cultura local, e também executaram um novo

mobiliário urbano.

Fonte: Arquea Arquitetos

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Corredor verde de Cali

Para renovar a cidade, tornando-a um lugar mais sustentável, o projeto tem

como finalidade que toda sua infraestrutura possibilite o

desenvolvimento harmônico da

paisagem urbana, a qualidade espacial da cidade, a acessibilidade, o

seguimento de corredores

ecossistêmicos e a eficiência nos sistemas de transporte.

Fonte: Archdaily

Fonte: Autor (2018)

3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

3.1. Contextualização regional

A cidade de São José do Ouro localiza-se na mesorregião noroeste Rio-Grandense,

microrregião de Sananduva e distante aproximadamente 320km da capital Porto Alegre.

São José do Ouro limita-se ao norte com a cidade de Machadinho, ao sul com Santo

Expedito do Sul e Tupanci do Sul, a leste com Barracão e a oeste com Cacique Doble.

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Figuras 15, 16 e 17: Localização regional de São José do Ouro/ RS

Fonte: (1) Wikipédia (2018), (2) Wikipédia (2018) e (3) Google Maps (2018)

3.2. Contextualização urbana

São José do Ouro conta com uma via perimetral, onde por ela passa a RS-343, via

que liga na BR 470 na cidade de Barracão, divisa com Santa Catarina. A cidade contém

quatro (4) trevos delimitados que dão acesso a ela e possui também, um outro acesso

secundário que conecta a cidade à RS-343.

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Figura 18: Mapa de contextualização urbana

Fonte: Autor (2018)

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De acordo com o IBGE (2017) a cidade dispõe de 334,774m² de área territorial,

enquanto que na concepção do IBGE (2018) estima-se o total de 6.945 habitantes.

A origem prevalecente dos habitantes foi italiana. Os primeiros colonizadores

desenvolviam a agricultura de sobrevivência, gerando produtos básicos e criando animais

domésticos como, gado, suínos e aves. Por volta de 1940, através da industrialização da

madeira, dezenas de serrarias foram empregadas pelo atual território de São José do Ouro,

ocasionando um importante progresso.

Nos dias atuais, os principais setores que mobilizam a economia no município são,

a agricultura, a agropecuária e o comércio em geral.

3.3. Mapa Nolli

Após delimitação da área e análise dos locais de intervenção, observou-se o entorno

em um eixo linear das avenidas Marechal Floriano e José Gelain, principais vias da cidade.

Através disso, foi possível desenvolver o mapa Nolli, onde apresenta-se os usos,

ocupações, infraestruturas e volumetrias existentes nos arredores.

Figura 19: Mapa Nolli

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado por Vicari (2016)

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De acordo com o mapa, podemos identificar que a área delimitada apresenta um

grande percentual de solo ocupado.

3.4. Vistas e skyline

Com a intenção de requalificação do centro da cidade, serão direcionadas

intervenções em alguns pontos do centro e seu entorno. A figura abaixo apresenta um mapa

de visuais, onde nela encontram-se pontos que sofrerão intervenções.

Figura 20: Mapa de vistas

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Figura 21: Vistas

Fonte: Autor (2018)

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Para a apresentação do skyline, foi desenvolvido duas vistas das avenidas Marechal

Floriano e José Gelain. As figuras 23 e 24 mostram que as edificações de dois (2) até cinco

(5) pavimentos são as que predominam na área de estudo, e que não há desnível neste

sentido.

Figura 22: Mapa de skylines

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Figura 23: Skyline das avenidas Marechal Floriano e José Gelain

Fonte: Vicari (2016)

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Figura 24: Skyline das avenidas Marechal Floriano e José Gelain

Fonte: Vicari (2016)

3.5. Infraestrutura: sistema viário

São José do Ouro conta com um sistema viário de fácil acesso, suas vias num todo,

são de mão dupla e possuem sinalização horizontal e vertical em bom estado de

conservação. Encontram-se poucas linhas de cruzamentos conflitantes na cidade, e ainda

não necessita da utilização de sinalização semafórica.

A rua com maior fluxo de veículos é a avenida Marechal Floriano, juntamente com a

avenida José Gelain e algumas de suas transversais. Em épocas de safras, nota-se que

outras ruas encontram um grande fluxo, dessa vez de veículos de carga, esses que por sua

vez depositam suas matérias em cooperativas.

Em grande parte do centro da cidade encontra-se pavimento asfáltico, já em algumas

partes e em suas imediações dispõe de pavimento em paralelepípedos. Quanto à ruas não

pavimentadas, possui um número bem pequeno.

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Figura 25: Mapa do sistema viário

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Através do mapa percebe-se que que as ruas foram classificadas em: rodovia, que

circunda a cidade, ou seja, via perimetral; estrutural, avenida principal que corta a cidade,

a qual conectam-se as ruas locais e algumas coletoras; coletoras, responsáveis por coletar

o trânsito das locais e direcionar para bases estruturais; locais, demais vias da cidade. Além

disso, o mapa mostra pontos onde há grande conflito de trânsito, estes localizados

exatamente na parte central da cidade.

Ainda assim, encontra-se uma disparidade quanto as larguras dos gabaritos de vias,

onde contém vias de oito (8) a quase dezesseis (16) metros de largura. Para melhor

entendimento, foi elaborado um mapa e cortes esquemáticos das pistas de rolamento,

identificando os gabaritos por meio de cores.

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Figura 26: Mapa de localização das pistas de rolamento

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Figura 27: Corte caixa de via com pista de rolamento entre 8 e 11 metros

Fonte: Autor (2018)

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Figura 28: Corte caixa de via com pista de rolamento entre 12 e 15 metros

Fonte: Autor (2018)

Figura 29: Corte caixa de via com pista de rolamento acima de 15 metros

Fonte: Autor (2018)

Assim como a figura 26, desenvolveu-se um mapa de gabaritos de calçadas, onde

percebe-se uma pequena variação de larguras, variando entre dois (2) e quatro metros e

meio (4,5).

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Figura 30: Mapa de localização dos gabaritos de calçadas

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Figura 31: Corte dos gabaritos de calçadas

Fonte: Autor (2018)

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A importância de se fazer um levantamento acerca das pistas de rolamento e dos

gabaritos de calçadas, se justifica na medida em que devem ser projetados espaços e

atividades considerando suas características.

Conforme o mapa e imagens abaixo, nota-se que na sua generalidade as vias

encontram-se em bom estado de conservação, possuindo vias asfaltadas, vias com

paralelepípedos e vias de chão batido.

Figura 32: Mapa da pavimentação das vias

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Figura 33: Diferentes tipologias das vias

Fonte: Autor (2018)

3.6. Uso e ocupação do solo

Como mostra a figura 34, no centro da cidade predomina o uso misto (comercial +

residencial) das edificações, já no seu entorno destaca-se o uso residencial e alguns

institucionais. Edificações somente comerciais e de serviço encontram-se em baixo

número.

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Figura 34: Mapa de uso e ocupação do solo

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Figura 35: Gráfico de uso e ocupação do solo

Fonte: Autor (2018)

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A partir do gráfico de uso e ocupação do solo, obteve-se maior porcentagem no uso

residencial em um total de 76% das edificações, sendo 539 das 719 edificações existentes,

porém no local onde será realizada as intervenções predomina-se o uso misto, que por sua

vez apresenta uma porcentagem de 14%, ou seja, 98 das 719 edificações existentes. Por

outro lado encontram-se usos com predomínios menores, sendo o uso comercial com 26

edificações, institucional com 31 edificações e serviço com 15 edificações existentes.

Referente às alturas das edificações, observa-se que na zona onde serão feitas as

intervenções há grande predominância das edificações de dois (2) pavimentos.

Figura 36: Mapa das alturas das edificações

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Figura 37: Gráfico das alturas das edificações

Fonte: Autor (2018)

A partir do gráfico acima, nota-se que há uma superioridade nas edificações de um

(1) pavimento no geral, porém como citado anteriormente, no local onde serão executadas

as intervenções o predomínio é das edificações de dois (2) pavimentos.

3.7. Infraestrutura geral

Nas extremidades da área em estudo repara-se uma boa parte de área de massas

verdes ainda não loteadas. Já na área de estudo, ou seja, no centro da cidade, as massas

verdes encontram-se nas praças e em alguns terrenos das quadras.

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Figura 38: Mapa das massas verdes da região em estudo e seu entorno

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

De acordo com a figura 39, observa-se que não há tratamento destinado a rede de

esgoto cloacal, através da instalação da rede de água. Assim sendo, as casas pelas quais

fazem o percurso do rio, em sua maioria, acabam depositando o seu esgoto no mesmo rio.

Ainda, a outra parte da cidade se utiliza da fossa séptica.

Vale destacar que o tratamento da rede de água é realizado pela Corsan, a qual é

responsável pelo abastecimento de 100% da cidade. Ainda, existem bocas de lobo por toda

a cidade e a topografia ajuda no escoamento da água.

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Figura 39: Mapa do sistema de abastecimento de água

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado por Vicari (2016)

Já na figura 40 é possível analisar a rede elétrica da cidade, a qual é fornecida pela

empresa RGE, sendo que esta abarca tanto a zona urbana do município como a zona rural.

A mudança no eixo dos postes é perceptível na medida em que no início da cidade até o

Hospital Municipal os postes estão na lateral das vias. Por sua vez, os postes centralizados

estão após o Hospital até o fim da Avenida José Gelain. Já no restante das vias os postes

são laterais.

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Figura 40: Mudança do eixo dos postes de iluminação na Avenida Marechal Floriano

Fonte: Autor (2018)

3.8. Transporte

São José do Ouro é uma cidade pequena e em razão deste fator não há a

implementação de transporte coletivo público. Atualmente, há apenas linha de ônibus

intermunicipal e interestadual, e em relação aos pontos de táxi há somente três (3), todos

esses localizados na Avenida Marechal Floriano, principal avenida da cidade.

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Figura 41: Pontos de ônibus e táxis na Avenida Marechal Floriano

Fonte: Autor (2018)

Figura 42: Mapa da trajetória de ônibus

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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3.9. Área de implantação

Consoante a figura 43, observa-se que os ventos que predominam no verão estão

no nordeste, já os ventos de inverno tem sua origem no sudoeste. Quanto a topografia, as

Avenidas Marechal Floriano e José Gelain são lineares e em seus entornos é possível

encontrar desníveis, a diferença entre as curvas é de aproximadamente 40 metros entre o

ponto mais baixo ao ponto mais alto.

Figura 43: Mapa da área de implantação

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

3.10. Síntese da legislação geral e específica

Para a execução do presente trabalho é imprescindível, no entanto, observar as

normas e legislações vigentes. Inicialmente, deve ser observada a Lei Municipal nº 1.684/03

que trata das Diretrizes Urbanas do Município de São José do Ouro. O artigo 10 da referida

lei divide o Município em área urbana e área rural.

A metragem das calçadas deve observar os disposto na Lei, sendo que estas

deverão observar o mínimo de três (3) metros de largura, quando se tratar das avenidas, é

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dois metros e meio (2,5) de larguras nas outras ruas, sempre observando o nível do terreno,

sem degrau nos sentidos paralelo ou vertical.

A respeito das zonas de preservação paisagística natural, estas estarão sujeitas ao

regime urbanístico especial, o qual será definido pelo município em cada caso, de acordo

com as características de cada zona.

Ainda assim, deverá ser observado para desenvolver o trabalho, o Manual do DNIT,

que trata a respeito de projetos geométricos das travessias urbanas. Neste manual,

encontram-se as diretrizes que irão regulamentar o projeto de intervenção nas avenidas da

cidade.

Além disso, haverá a observância do Manual de Sinalização Urbana – Companhia

de Engenharia de Tráfego, o referido manual irá traçar as normas para a realização do

projeto de sinalização horizontal, assim como vertical viária, apresentando as dimensões e

os tipos de sinalizações a serem utilizadas nas vias.

Para que seja possível projetar a ciclofaixa, será observado o Caderno de Desenho

de Ciclovias, onde constará as dimensões mínimas e suas respectivas particularidades.

A respeito do mobiliário urbano, observar-se-á o disposto na NBR 9050-2015. Como

forma de garantir a acessibilidade nas calçadas e até mesmo nos espaços públicos, será

observada a referida norma para que os espaços, o mobiliário, bem como os equipamentos

urbanos possam ser adaptados, para que desta forma, as pessoas com deficiência possam

acessar esses locais.

4. CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS

4.1. Conceito do projeto

O projeto pelo qual será desenvolvido através deste trabalho, busca requalificar as

principais vias da cidade de São José do Ouro, para tanto, pretende enfatizar a integração

da coletividade, como forma de aproximar a comunidade e tornar a mobilidade urbana cada

vez mais presente. À vista disso, o conceito deste projeto é o Novo Urbanismo.

Conforme disciplina Macedo (2007) o novo urbanismo “tem atenção para o equilíbrio

necessário entre as construções, para atender as necessidades humanas e o ambiente

natural, para a preservação do patrimônio histórico e a participação da comunidade”

(MACEDO, 2007). A partir disso, adota-se este conceito pelo fato de que este preocupa-se

em compreender a sociedade como um todo, como forma de tornar o ambiente mais

atrativo a todos aqueles que fazem parte da coletividade.

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Figura 44: Bairro Cidade Pedra Branca em Palhoça/ SC

Fonte: Cidade Pedra Branca (s.d)

Na figura 44, tem-se o exemplo do bairro Cidade Pedra Branca, localizado na cidade

de Palhoça, no Estado de Santa Catarina. Este bairro foi construído com o conceito Novo

Urbanismo, com o intuito de torná-lo mais confortável, atrativo e sustentável para a

população. Atualmente, muitas pessoas acessam o bairro para usufruir dos parques, praças

e lagos ali existentes.

4.2. Carta de intenções

O projeto será desenvolvido com ênfase na implementação de espaços de lazer para

os munícipes, de modo que serão inseridos caminhódromo, ciclovia, parklets, pocket parks,

bem como a requalificação das praças.

Como forma de desenvolver a acessibilidade e mobilidade urbana, serão

desenvolvidas melhorias na infraestrutura urbana, de modo a ressaltar as melhorias no que

diz respeito às questões culturais e ambiental da área central do município.

Para solucionar os problemas existentes acerca do estacionamento, serão

implementados estacionamentos adequados nas vias, pois atualmente, o local para

estacionamento é o meio da via da avenida principal.

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Figura 45: Imagem ilustrativa das intenções de projeto urbano

Fonte: Google (2016)

4.3. Diretrizes urbanísticas

Para melhor estabelecer as diretrizes do projeto, assim como o conceito principal, foi

aplicado um breve questionário aos munícipes da cidade de São José do Ouro. Além disso,

foi realizada uma atividade com as crianças do quarto (4º) e quinto (5º) ano da Escola

Estadual de Ensino Fundamental Professora Carmen Scotti Pacheco.

O questionário (Apêndice I) ficou disponível de forma online durante quinze (15) dias,

sendo divulgado através de diversos meios de comunicação. Para a melhor percepção do

participantes, o questionário dispusera de imagens em algumas perguntas mais

específicas. Durante este período oitenta e oito (88) moradores da cidade responderam o

questionário, sendo que 58% foram mulheres e 42% homens. Vale destacar, que 52,3%

eram pessoas entre dezoito (18) e vinte e nove (29) anos, conforme demonstram as figuras

46 e 47.

Figura 46: Gráfico da pesquisa: gênero Figura 47: Gráfico da pesquisa: idade

Fonte: Autor (2018) Fonte: Autor (2018)

Ainda, a figura 48 busca demonstrar o nível de escolaridade dos participantes da

pesquisa. Com isso, verificou-se que 26,1% possuem ensino superior incompleto, enquanto

que aqueles que possuem ensino médio completo ficaram logo atrás com um total de 25%,

e em seguida com 23,9% participantes que já concluíram o ensino superior.

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Figura 48: Gráfico da pesquisa: escolaridade

Fonte: Autor (2018)

Tendo em vista que o projeto visa a requalificação do centro da cidade e suas

principais vias, é imprescindível saber quantas vezes os munícipes da cidade costumam

acessar o centro e quais práticas habituais são realizadas com frequência. Para tanto, as

figuras 49 e 50 mostram que 37,5% acessam o centro cerca de quatro (4) vezes ao dia,

predominando o horário das 9h51min às 11h50min.

Figura 49: Gráfico da pesquisa: acesso ao centro

Fonte: Autor (2018)

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Figura 50: Gráfico da pesquisa: horários de acesso ao centro

Fonte: Autor (2018)

Ademais, de acordo com a pesquisa aplicada, verificou-se que a população costuma

acessar o centro em sua maioria para trabalhar, enquanto que nos finais de semana elas

ingressam o centro apenas de passagem ou para encontrar amigos, conforme demonstram

as figuras 51 e 52.

Figura 51: Gráfico da pesquisa: atividades realizadas no centro

Fonte: Autor (2018)

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Figura 52: Gráfico da pesquisa: atividades realizadas nos finais de semana

Fonte: Autor (2018)

Por sua vez, as figuras 53 e 54 refletem as mudanças pelas quais as pessoas

gostariam que fossem realizadas na cidade. Ao serem questionadas se mudariam ou

gostariam que tivesse algo na cidade 86,4% responderem que sim. Em relação as

mudanças, o que mais apareceu foram respostas acerca da mobilidade urbana e espaços

de recreação.

Figura 53: Gráfico da pesquisa: mudança na cidade

Fonte: Autor (2018)

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Figura 54: Representação da pesquisa: atividades que a população gostaria

Fonte: Autor (2018)

Ademais, os munícipes também foram questionados a respeito de como eles se

sentem em relação ao centro da cidade e se achavam necessário que o centro passassem

por uma requalificação. Dentre os participantes, 61,4% se sentem insatisfeitos com o centro

da cidade e 92% acreditam que o centro precisa passar por uma requalificação, conforme

figuras 55 e 56 abaixo.

Figura 55: Gráfico da pesquisa: percepção sobre o centro da cidade

Fonte: Autor (2018)

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Figura 56: Gráfico da pesquisa: desejo de requalificação

Fonte: Autor (2018)

Como visto, a população anseia por uma mudança no centro da cidade no que diz

respeito ao sem embelezamento e também a resolução de problemas existentes. Com isso,

foi questionado se a população acredita que o centro deveria passar por um processo de

embelezamento, ainda assim, foi questionado acerca de quais atividades a população

gostaria que fossem implementadas na cidade.

De acordo com as figuras 57 e 58, denota-se que a cidade é favorável que o centro

da cidade seja requalificado e, ainda, a respeito da implementação de atividades dentre

todas as opções as mais votadas foram os parklets e quadras de areia para práticas de

esportes como vôlei e futebol.

Figura 57: Gráfico da pesquisa: padronização do centro

Fonte: Autor (2018)

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Figura 58: Gráfico da pesquisa: implantação de novas atividades

Fonte: Autor (2018)

Um dos problemas existentes na cidade atualmente são as vias, as quais não

apresentam estacionamento adequado e seguro para a população e, ainda, não há espaço

destinado aos pedestres. A partir disso, foi questionado sobre os tipos de vias que a

população gostaria que fossem implementadas na cidade, que conforme a figura 59, ficou

demonstrado que as vias com ciclovia e com canteiros centrais foram as mais votadas.

Figura 59: Gráfico da pesquisa: tipos de vias

Fonte: Autor (2018)

Por fim, os participantes da pesquisa puderam escrever o modo como viam a sua

cidade, conforme a figura 60, nota-se que a cidade é vista positivamente como tranquila,

ótima e boa para morar. No entanto alguns pontos negativos foram levantados, como por

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exemplo a desorganização e a sujeira, e muitos munícipes afirmam ser uma cidade mal

cuidada.

Figura 60: Nuvem de palavras: como a cidade é vista pela população

Fonte: Autor (2018)

Por outro lado, ao serem questionados sobre o que gostariam que tivesse na cidade

muitos apontaram que a cidade precisa de estacionamentos de qualidade, melhora na

iluminação pública, arborização e limpeza, de acordo com a figura 61.

Figura 61: Nuvem de palavras: como a população quer que sua cidade seja

Fonte: Autor (2018)

Após o questionário ser aplicado com os munícipes da cidade, foi aplicado dentro

das salas de aula, aonde as crianças do quarto (4º) e quinto (5º), conforme anteriormente

mencionado, puderam desenhar como elas veem a cidade aonde habitam e, também,

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expressar através do desenho, como elas gostariam que a cidade fosse. Os oito (8)

desenhos mais representativos de quatro (4) crianças foram selecionados e estão

representados através da figura 62.

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Figura 62: Desenhos dos alunos da Escola Carmen Scotti Pacheco

Fonte: Autor (2018)

Como forma de concretizar o conceito do projeto serão incorporados espaços

diversificados que abarquem toda a população, desde as crianças até os idosos. Serão

implantados espaços modernos, diferente daquilo que a população Ourense está

acostumada.

Para tanto, algumas vias transversais terão seus sentidos modificados, bem como,

a reorganização dos estacionamentos nessas vias, com a inclusão de estacionamentos

oblíquos.

A infraestrutura urbana passará por melhorias através do aperfeiçoamento da

avenida no que diz respeito a definição paisagística, com a inclusão de espaços de lazer

compartilhados, como por exemplo os parklets e pocket parks. Além disso, buscar-se-á

tornar a acessibilidade mais presente, através da inclusão de ciclovia, caminhódromo e

espaços que permitam que as pessoas com deficiência possam estar inseridas no meio

coletivo.

Ainda assim, nas avenidas Marechal Floriano e José Gelain, será realizada a

substituição do sistema de postes e cabeamentos aéreos pelo sistema subterrâneo de

redes e cabos, juntamente com o alargamento das calçadas, a inserção de arborização e

um novo mobiliário urbano, assim, promovendo o seu embelezamento.

Além disso, haverá a recuperação do Rio Carazinho, localizado na praça Honório

Corso, assim, promovendo a integração da praça com o rio. Desta forma, tornando a praça

mais aberta e com mais espaço para lazer, transformando o local mais atrativo, já que hoje

é esquecido pela população.

Abaixo será apresentado repertórios de imagens de referência para tais

intervenções.

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Figura 63: Repertório de intenções de caminhódromos

Fonte: Autor (2018)

Figura 64: Repertório de intenções de ciclovias

Fonte: Autor (2018)

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Figura 65: Repertório de intenções de iluminação pública

Fonte: Autor (2018)

Figura 66: Repertório de intenções de parklets

Fonte: Autor (2018)

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Figura 67: Repertório de intenções de passeios públicos

Fonte: Autor (2018)

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Figura 68: Repertório de intenções de pocket parks

Fonte: Autor (2018)

A seguir será apresentado tabelas de diretrizes urbanas de alguns pontos principais

da cidade de São José do Ouro, listados como problemas e potencialidades.

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Tabela 7 – Diretrizes urbanas – Problemas

PROBLEMAS

Problemas Diretriz Estratégia Imagem

Estacionamentos Promover

estacionamentos adequados

Tirar o estacionamento do centro das vias; e a

criação de

estacionamentos oblíquos nas vias

transversais

Ruas estreitas Tornar a via de

mão única

Mudança de sentido das vias para inclusão

de mais espaço para estacionamentos

Calçadas

estreitas

Promoção de melhorias na

infraestrutura urbana

Transformar o local para maior conexão entre a população

Fonte: Autor (2018)

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Tabela 8 – Diretrizes urbanas – Potencialidades

POTENCIALIDADES

Potencialidades Diretriz Estratégia Imagem

Avenida larga Inclusão de

espaços de lazer compartilhado

Criação de parklets, ciclovia e canteiro

central

Praças com área

verde

Criar áreas de recreação e

conectividade entre as pessoas

Aprimorar as praças da cidade tornando-as

mais atrativas, de modo

a criar espaços para atividades físicas e de

lazer

Terrenos baldios

Criação de espaços de lazer

e estacionamento

público

Inclusão de pocket park

e estacionamento público gratuito

Calçada na

entrada da cidade

Promover a conectividade

dos passeios de modo a facilitar a

caminhada

Aprimorar a estrutura da calçada e fazer sua

conexão com as demais calçadas da

avenida

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Rio Carazinho

Possibilitar melhorias de

aspectos

ambientais

Promover a recuperação do rio

como forma de aprimorar o

embelezamento da

praça Honório Corso e tornando-a mais

atrativa

Fonte: Autor (2018)

5. PARTIDO GERAL

5.1. Programa de necessidades

O programa de necessidade para o desenvolvimento do projeto foi desenvolvido a

partir do questionário aplicado para a população. Para tanto, a tabela abaixo demonstra os

programas que serão desenvolvidos na cidade.

Tabela 9 – Programa de necessidades da Avenida Marechal Floriano

AVENIDA MARECHAL FLORIANO

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Ciclofaixa Via exclusiva para trânsito de ciclistas

Largura mínima 1,20m cada uma

das ciclofaixas (dois sentidos)

Asfalto pintado com separador da faixa de rolamento

Trajeto pelas avenidas principais

da cidade ligando os espaços públicos

Faixa de

rolamento

Duas faixas

da via destinada a

faixa de

rolamento

Largura mínima

3,50m Asfalto sinalizado

Como forma de priorizar o uso das

bicicletas e pedestres será

reduzido o número

de faixas de rolamento

Travessia de pedestres

Travessia elevada para

pedestres

Largura mínima 4,0m

Travessia asfaltada e

sinalizada

Prioridade ao pedestre/

acessibilidade/ redução da

velocidade para os

veículos

Baia para ônibus

Baia para

ônibus no meio da quadra

Largura mínima 3,0m/ comprimento

da baia 50m/

espaço para o ônibus 15m

Asfalto sinalizado

Na quadra onde há parada de ônibus,

criar a baia

exclusiva para o mesmo, de maneira

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que não obstrua o

trânsito

Estacionamento rotativo/ carga e

descarga

Recuos exclusivos

para estacionamento e carga e

descarga

Largura mínima 2,50m

Asfalto sinalizado

Nas quadras onde

há predominância de comércio, serão destinados espaços

de estacionamento de carga e descarga

rotativo

Alargamento do

passeio

Passeio

público/ conectar o

passeio que

dá acesso a Vila Hípica

com os

demais

Largura mínima

3,0m

Pavimentação em paver/ piso

podotátil

Utilização do passeio pelo

usuário/ tornar o trajeto agradável/ padronização da

calçada/ acessibilidade

Lazer no passeio

público

Inserção de parklets/ canteiros

arborizados/ mobiliário

urbano

Largura mínima

3,0m

Recintos em madeira/ canteiros com plantação de

árvores/ mobiliários em

madeira

Tornar o trajeto agradável/

diversidade e uso

Iluminação pública

Troca do

sistema de postes e

cabeamentos

aéreos pelo sistema

subterrâneo

Espaçamento mínimo 10m

Postes com lâmpadas led nas

laterais da via

Segurança do local e melhor iluminação

Fonte: Autor (2018)

Tabela 10 – Programa de necessidades da Avenida José Gelain

AVENIDA JOSÉ GELAIN

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Canteiro central Canteiro central

arborizado

Largura mínima 1,10m

Plantação de árvores/ pintura

Criação de um corredor verde

Ciclofaixa Via exclusiva para trânsito de ciclistas

Largura mínima 1,20m cada uma

das ciclofaixas (dois sentidos)

Asfalto pintado com separador da faixa de rolamento

Trajeto pelas avenidas principais

da cidade ligando os espaços públicos

Faixa de

rolamento

Duas faixas

da via destinada a

faixa de

rolamento

Largura mínima

3,50m Asfalto sinalizado

Como forma de priorizar o uso das

bicicletas e pedestres será

reduzido o número

de faixas de rolamento

Travessia de

pedestres

Travessia elevada para

pedestres

Largura mínima

4,0m

Travessia asfaltada e sinalizada

Prioridade ao pedestre/

acessibilidade/ redução da

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74

velocidade para os

veículos

Estacionamento rotativo/ carga e

descarga

Recuos exclusivos

para estacionamento e carga e

descarga

Largura mínima 2,50m

Asfalto sinalizado

Nas quadras onde

há predominância de comércio, serão destinados espaços

de estacionamento de carga e descarga

rotativo

Alargamento do passeio

Passeio público

Largura mínima 3,0m

Pavimentação em paver/ piso

podotátil

Utilização do

passeio pelo usuário/ tornar o trajeto agradável/

padronização da calçada/

acessibilidade

Lazer no passeio

público

Inserção de parklets/

mobiliário urbano

Largura mínima

3,0m

Recintos em madeira/

mobiliários em madeira

Tornar o trajeto agradável/

diversidade e uso

Iluminação pública

Troca do

sistema de postes e

cabeamentos

aéreos pelo sistema

subterrâneo

Espaçamento mínimo 10m

Postes com lâmpadas led nas

laterais da via

Segurança do local e melhor iluminação

Fonte: Autor (2018)

Tabela 11 – Programa de necessidades das ruas transversais

RUAS TRANSVERSAIS

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Sentido das vias Via de mão

única

Largura mínima

3,50m Asfalto sinalizado

Troca dos sentidos

das vias para melhor

aproveitamento dos

estacionamentos

Estacionamentos

Espaços exclusivos

para

estacionamento

Largura mínima 2,50m

Asfalto sinalizado Estacionamentos

oblíquos

Fonte: Autor (2018)

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Tabela 12 – Programa de necessidades da Praça Honório Corso

PRAÇA HONÓRIO CORSO

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Espaços de lazer e piquenique

Bancos para sentar/ áreas

verdes abertas/ gramado

Espaços livres Mobiliários em

madeira

Espaços para

sentar, descansar e relaxar

Caminhos Recortes

livres Largura mínima

3,0m

Pavimentação em

paver/ piso podotátil

Caminhos

direcionam o usuário a entrar na praça/ ponte que

conecta as duas partes da praça

Rio

Escadas verdes que

viram bancos para vencer o

desnível

Espaços livres

Pavimentação das escadas em

concregrama/ rio

com água tratada

Espaço para diversão

Espaços para trailers existentes

Bancos e mesas/

iluminação

Área total: 20m² Mobiliário em

madeira/ postes de

iluminação

Local convidativo para o público fazer

refeições

Fonte: Autor (2018)

Tabela 13 – Programa de necessidades da Praça Antônio Bós Filho

PRAÇA ANTÔNIO BÓS FILHO

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Espaços de lazer

e piquenique

Bancos para sentar/ áreas

verdes abertas/ escadas

verdes/ gramado

Espaços livres

Mobiliários em

madeira/ pavimentação das

escadas em

concregrama

Espaços para sentar, descansar e

relaxar/ escadas

verdes que viram bancos para vencer

o desnível

Caminhos Recortes

livres

Largura mínima

3,0m

Pavimentação em paver/ piso

podotátil

Caminhos direcionam o

usuário a entrar na praça

Playground

Balanço/ gangorra/

escorregador/ entre outros

150m² Brinquedos de

ferro pintado/ caixa de areia

Requalificar o playground e trocar

de local, tornando-o mais atrativo

Academia ao ar

livre

Equipamentos de

academia ao ar livre

150m²

Equipamentos de ferro pintado/

pavimentação em paver

Espaço para

exercícios públicos

Espaço para

prática de esportes

Quadras e cancha de

areia/ arquibancada

s verdes

Espaços livres

Caixas de areia/ pavimentação das arquibancadas em

concregrama

Espaços para

prática de futebol, vôlei e bocha

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Palco multiuso Palco 50m² Palco em concreto Palco para receber atrações e eventos

Fonte: Autor (2018)

Tabela 14 – Programa de necessidades da Praça da Igreja

PRAÇA ANTÔNIO DA IGREJA

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Espaços de lazer e piquenique

Bancos para sentar/ áreas

verdes abertas/ gramado

Espaços livres Mobiliários em

madeira

Espaços para

sentar, descansar e relaxar

Caminhos Recortes

livres Largura mínima

1,50m

Pavimentação em paver/ piso

podotátil

Alguns acessos

devem ser feitos por escadas para

vencer o desnível

Fonte: Autor (2018)

Tabela 15 – Programa de necessidades dos terrenos baldios

TERRENOS BALDIOS

Programa de necessidades

Mobiliário/ equipamento Dimensionamento

Materiais e técnicas Características

Estacionamentos Arborização Vagas para

estacionamentos de 2,50x5m

Pavimentação em

brita

Estacionamentos

públicos

Pocket parks

Bancos para sentar/ mesas

e cadeiras/ arborização/

áreas verdes/

gramado/ espelho d’água

Espaços livres

Pavimentação em paver e

concregrama/ piso

podotátil

Espaços destinados para encontros,

descanso e lazer/ local para pequeno comércio do tipo

fast food, ou seja, promover eventos

de food truck

Fonte: Autor (2018)

5.2. Organograma

A requalificação do centro da cidade de São José do Ouro e suas principais vias foi

dividida em duas categorias, para que seja possível um melhor entendimento, bem como

seu direcionamento. Assim sendo, divide-se nas seguintes categorias: espaços públicos e

mobilidade urbana, conforme imagem abaixo:

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77

Figura 69: Organograma macro das categorias do projeto de requalificação

Fonte: Autor (2018)

5.3. Zoneamento

Sabendo-se que o tema trata sobre a requalificação urbana do centro da cidade e

variados pontos serão aperfeiçoados, desenvolveu-se zoneamentos das áreas a serem

configuradas.

Figura 70: Implantação geral das áreas de intervenção

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

Para dar vida a cidade, foi proposto requalificar as suas principais praças para que

a população possa usufruir de espaços modernos e aconchegantes. Assim tornando uma

cidade unida e conectada por seus habitantes.

Espaços

Públicos

Mobilidade Urbana

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A figura 71 mostra pontos a serem trabalhados para a requalificação de uma das

praças.

Figura 71: Implantação da proposta de uma das praças

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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A maior problemática que se encontra na cidade é a falta de estacionamentos

adequados, que por sua vez os motoristas utilizam a faixa central da avenida como forma

de estacionamento. Por ser localizado na parte de maior fluxo de veículos, frequentemente

acontece acidentes.

Para isso, foi proposto modificações nos sentidos de algumas vias, de modo a

conseguir um bom número de vagas de estacionamento. Com isso, foi designado vagas

oblíquas, desse modo, alterando para somente uma pista de rolamento na via.

Ainda, aproveitou-se o uso de alguns terrenos baldios para transformá-los em

estacionamentos públicos. Abaixo, as figuras 72 e 73 mostram as soluções propostas para

essa problemática.

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80

Figura 72: Implantação da proposta da modificação das vias

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Figura 73: Implantação da proposta do uso de terrenos baldios para estacionamentos públicos

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Não somente para estacionamentos foi utilizado os terrenos baldios. Em alguns, foi

designado a criação pocket parks que são mini praças locadas em locais abandonados ou

vazios. Os pocket parks poderão acolher eventos como, food trucks, mini feiras, eventos

culturais, entre outros, como mostra a figura abaixo:

Figura 74: Implantação da proposta do uso de terrenos baldios para pocket parks

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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Por fim, de modo a reorganizar as Avenidas Marechal Floriano e José Gelain, bem

como, esmerar o seu embelezamento, foi proposto a inclusão de ciclovia e caminhódromo,

juntamente com o alargamento dos passeios, podendo assim, promover a criação de

parklets. Vale ressaltar a substituição dos postes e fios aéreos pelo sistema subterrâneo, e

sua alteração do meio da via para o passeio.

Além disso, foi inserido arborização no decorrer das avenidas, na Avenida Marechal

Floriano foi inserido nos passeios, já na Avenida José Gelain a arborização foi inserida no

canteiro central.

Vale salientar também, que com as propostas de intervenções para as avenidas, as

pistas de rolamento foram modificadas sendo divididas em duas pistas de rolamento de

duplo sentido e uma pista destinada ao estacionamento lateral. Contudo, essas mudanças

podem ser exibidas através da figura 75.

Figura 75: Implantação da proposta de intervenções realizadas nas Avenidas Marechal Floriano e

José Gelain

Fonte: Mapa da prefeitura adaptado pelo Autor (2018)

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6. CONCLUSÃO

O presente estudo buscou apresentar uma proposta de requalificação para o centro

da cidade de São José do Ouro e suas principais vias, como forma de alcançar êxito na

solução dos problemas enfrentados pela cidade nas questões relacionadas as vias

principais da cidade e em sua infraestrutura.

Através de bibliografias convenientes e de questionário aplicado à população, foi

possível traçar os objetivos e o conceito do presente trabalho, levando em consideração a

importância da integração e da coletividade atendendo as necessidades humanas, fazendo

com que a mobilidade urbana esteja cada vez mais presente, com isso, foi adotado o

conceito do Novo Urbanismo.

Ademais, foram realizadas visitas aos locais de intervenções, as quais foram de

suma importância para que as principais problemáticas pudessem ser analisadas, e desta

forma, possibilitando propor melhorias para a cidade, conforme a realidade local e anseio

da população.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<https://www.archdaily.com.br/br/602108/revitalizacao-do-centro-de-bituruna-slash-arquea-rquitetos> Acesso em 6 out. 2018.

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BRASIL, Lei n. 12.587 de 3 de janeiro de 2012. Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm> Acesso em: 09

de set. 2018. BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro

Gráfico, 1988. COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO. Manual de Sinalização Urbana: Espaço Cicloviário. Vol.

13, 2004. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES. DNIT. Manual de Projeto

Geométrico de Travessias Urbanas. Rio de Janeiro, 2010. FERNANDES, Inês Neto Capaz Coutinho. Requalificação do espaço público urbano. Caso de estudo-Bairro

do Olival de Fora. 2012. Tese de Doutorado. ISA/UTL. GATTI, Simone. Espaços públicos – diagnóstico e metodologia de projeto. Coordenação do Programa

Soluções para Cidades. São Paulo, ABCP, 2013. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. Tradução Anita Di Marco. 3a Ed. São Paulo: Perspectiva, 2015.

GISLON, Jacinta Milanez. Intervenções urbanas: renovação, requalificação e revitalização. Data: 25 de julho de 2016. Disponível em: < https://arquiteturahistoriaepatrimonio.wordpress.com/2016/07/25/intervencoes -

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MAGNOLI, Miranda. Espaço livre – objeto de trabalho. Paisagem e Ambiente: ensaios, n. 21, 2006, São Paulo: FAUUSP, p. 175-198.

MOREIRA, Maria da Graça dos Santos et al. Requalificação urbana. Alguns conceitos básicos. Artitextos, n. 05, 2007.

MOTA, Érika. Requalificação de Ruas Comerciais: A parceria entre a associação de lojistas e a prefeitura municipal no projeto da Rua Oscar Freire. São Paulo, [ca. 2006].

PONTES, Taís Furtado. Avaliação da mobilidade urbana na área metropolitana de Brasília. 2010. QUEIROGA, Eugênio Fernandes. Sistemas de espaços livres e esfera pública em metrópoles brasileiras .

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Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Paraná, 2011.

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APÊNDICE I

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