+ All Categories
Home > Documents > FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Curso de ... · universidade bahia federal da bahia...

FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Curso de ... · universidade bahia federal da bahia...

Date post: 07-Nov-2018
Category:
Upload: phungminh
View: 215 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
91
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Curso de Graduação em Geologia DANILO DE SOUZA SANTOS PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA Salvador 2011
Transcript

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Curso de Graduação em Geologia

DANILO DE SOUZA SANTOS

PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA,

BAHIA

Salvador 2011

DANILO DE SOUZA SANTOS

PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA,

BAHIA

Monografia apresentada ao curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientador: Prof. Dra. Débora Correia Rios (UFBA) Co-orientadora: Dra. Rita Cunha Leal Menezes de Oliveira (CPRM)

Salvador 2011

TERMO DE APROVAÇÃO

DANILO DE SOUZA SANTOS

Salvador, 01 de Dezembro de 2011

PETROLOGIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ NA REGIÃO DE EUCLIDES DA

CUNHA, BAHIA

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia Universidade Federal da Bahia

BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Débora C. Rios – (orientadora) Universidade Federal da Bahia Dra. Rita Cunha Leal Menezes de Oliveira – (co-orientadora) Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Dr. Manoel Jerônimo Moreira Cruz Universidade Federal da Bahia Msc. Paulo César Dávilla Fernandes Universidade do Estado da Bahia

“Dedico esta grande conquista em minha vida

primeiramente aos meus pais que me deram suporte e

acima de tudo grande incentivo para que eu pudesse

concluir mais esta etapa da minha vida.

Aos meus irmãos e amigos que sempre me apoiaram

nas crises e nas dificuldades”

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para conseguir alcançar

esta grande conquista em minha vida.

Aos meus, pais por terem me dado apoio, suporte e estimulo durante esta trajetória.

À Dra. Débora Rios, pela compreensão, paciência durante a orientação e pela

confiança depositada em mim neste trabalho.

À Dra. Rita Menezes pala assistência dada e pelo incentivo durante a co-orientação.

Ao Prof. Paulo Fernandes, pela ajuda significativa, especialmente durante a

petrografia, e pelo conhecimento a mim transmitido no decorrer deste processo.

À profª. Ângela Leal por ter me incentivado bastante e ajudado sempre, me dando

apoio e pelo conhecimento a mim transmitido.

Aos professores Amalvina Barbosa, Simone Cruz e Vilton Fernandes pelo apoio e

por fazerem parte da minha vida acadêmica durante esta jornada que é a

graduação.

A Aldacyr e Edivandro pela ajuda com a formatação e correções da bibliografia

deste trabalho.

A todos os meus colegas e amigos, excepcionalmente a Agnaldo (Rambo), Asafe,

Jaime, Murilo, Paulo Ricardo, Valter, Zilda, Pedro (Smeagol), Diego, Ricardo,

Priscilla, Tássia e Renaud por fazerem parte desta vitória e de minha vida.

RESUMO

Este trabalho visa realizar o estudo petrográfico das rochas gnáissico-

migmatíticas do Complexo Uauá que afloram no município de Euclides da Cunha

(NE do estado da Bahia) de modo a contribuir para o entendimento da evolução

geológica destas litologias com o aporte de novas informações.

As rochas do Complexo Uauá foram anteriormente compartimentadas em duas

unidades distintas (Unidade Superior e Unidade Inferior). Os dados previamente

obtidos por outros pesquisadores indicam que estas rochas têm quimismo sub-

alcalino com tendência calcioalcalina, indicando um ambiente de formação do tipo

arco magmático, tendo obtido idades de 3,0 Ga para o metamorfismo, em datações

U-Pb em monozircão e idade de cristalização de 3,195 Ga.

As rochas gnáissico-migmatíticas do Complexo Uauá aqui estudadas foram

aqui classificadas como metagranodioritos, metagranitos, monzodioritos e tonalitos

de acordo com as características microscópicas e feições observadas em campo.

Palavras-chave: Núcleo, Embasamento, Magmatismo, Complexo, Geocronologia.

ABSTRACT

The object of this work is to carry out the petrographic study of the migmatic -

gneissic rocks at the Uauá Complex that outcrop in the Euclides da Cunha district

(NE of the state of Bahia ). This study will contribute to the understanding of the

geological evolution of these lithologies by providing new information.

The rocks of the Uauá Complex was previously compartmentalizing into two

distinct units (Higher Unit and Lower Unit). The data previously obtained by other

researchers indicate that these rocks have sub-alkaline chemism and calcioalkaline

tendency, indicating a training environment type magmatic arc, and obtained ages of

3.0 Ga for the metamorphism on U-Pb dating and monozircão and crystallization age

of 3.195 Ga.

The migmatic - gneissic rocks of the Uauá Complex studied here were

classified as granodiorites, granites, monzodiorites and tonalites according to

microscopic features and characteristics observed in the field.

Keywords: Nucleous, Basement, Magmatism, Complex, Geochronology.

LISTA DE FIGURAS DE FIGURAS

Capítulo 1 – Introdução

Figura 1.1. Situação e localização e da área de estudo. IBGE

(2005)...................................................................................16

Figura 1.2. Vias de acesso a área de estudo. A – Salvador e B –

Euclides da Cunha. Google Imagens (2011)......................17

Capítulo 2 – Geologia Regional

Figura 2.1. Mapa esquemático mostrando os limites e as maiores

unidades estruturais do Cráton São Francisco. Adaptado de

Alkimim et al. (1993)............................................................23

Figura 2.2. Estruturação proposta por Mascarenhas (1979) para os

terrenos do embasamento do Cráton São Francisco, com os

limites modificados por Conceição (1990): Núcleo Serrinha

(NS); Núcleo Remanso (NR); Núcleo Guanambi (NG);

Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel

Salvador-Curaçá (CMSC)....................................................24

Figura 2.3. Mapa geológico simplificado com as principais unidades

geológicas do terreno granito-greenstone do Núcleo Serrinha

e as amostras estudadas e datadas por Rios et al. (2009).

Em amarelo está situada a área de estudo deste trabalho..27

Capítulo 3 – Geologia e Petrografia da Área de Estudo

Figura 3.1. Geologia local e localização dos pontos

amostrados..........................................................................37

Figura 3.2. Diagramas QAP e QAPM segundo a proposta de

Streckeisen (1974) aplicados na classificação das rochas

estudadas.............................................................................38

Figura 3.3. Aspectos macroscópicos. (A) Bandas com deslocamento

dextral; (B) Dobras de Fluxo; (C) Zona rica em augen de

feldspato alcalino; (D) Enclave do embasamento dobrado;

(E) Visão dos augen de feldspato alcalino no granito

Quijingue; (F) Textura do granito-gnaisse migmatítico de

Quijingue..............................................................................40

Figura 3.4. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo

Uauá. (A) Amostra NS1625, aspecto Geral da Lâmina em

Luz Natural; (B) Amostra NS1623, aspecto Geral com Nicóis

Cruzados; (C) Amostra NS1623, textura lepidoblástica, com

biotita orientada SE-NW. Nicóis crizados; (D) Amostra

NS1625, contato retilíneo de quartzo com plagioclásio.

Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1625, pertita em flâmulas.

Nicóis Cruzados; e (F) Amostra NS1625, mimerquita em

contato curvo com microclina e com

quartzo.................................................................................43

Figura 3.5. Fotomicrografias da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A)

Amostra NS1627, aspecto geral da rocha e textura

milonítica. Nicóis cruzados; (B) Amostra NS1628, antipertita

em porções. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1629,

Plagioclásio bastante saussuritizado e sericitizado. Nicóis

cruzados; (D) Amostra NS1635, ortoclásio pertítico

parcialmente microclinizado. Nicóis cruzados; (E) Amostra

NS1635, grãos cominuídos - clastos de plagioclásio em meio

a matriz de cominuição/ recristalização metamórfica. Nicóis

cruzados; (F) Amostra NS1635, concentração de biotita com

opacos associados. Luz natural...........................................46

Figura 3.6. Fotomicrografias dos Tonalitos. (A) Amostra NS1647,

aspecto Geral da rocha e biotita Levemente orientada. Luz

natural; (B) Amostra NS1647, agregados de Titanita e Biotita

em Luz Natural; e (C) Amostra NS1647, contatos curvo e

retilíneo da biotita com o quartzo.........................................48

Figura 3.7. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo

Uauá. (A) Amostra NS1634, aspecto geral da rocha. Nicóis

curzados; (B) Amostra NS1634, pertita em flâmulas em

contato com mirmequita e microclina geminada segundo a

Lei Albita Periclina. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1634

Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz natural.....51

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1. Tabela de descrição de amostras de campo. .....................36

Tabela 3.2. Composição modal das rochas amostradas em Euclides da

Cunha...................................................................................41

Anexo Fichas Petrográficas............................................................61

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Ap Apatita

Bt Biotita

CPRM Serviço Geológico do Brasil

CSF Cráton São Francisco

GBRI Greenstone Belt do Rio Itapicuru

GC Grupo Capim

Hbl Hornblenda

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Mc Microclina

NSer Núcleo Serrinha

Or Ortoclásio

Pl Plagioclásio

Qtz Quartzo

TTG Tonalito-Trodhjemito-Granodiorito/Granito

Ttn Titanita

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................14

1.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS....................................................................15

1.2 BREVE HISTÓRICO..................................................................................18

1.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS..................................................................19

1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFCO........................................................19

1.5 MOTIVAÇÃO.............................................................................................20

1.6 JUSTIFICATIVAS......................................................................................20

1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TFG......................................................................21

2 GEOLOGIA REGIONAL.........................................................................................22

2.1 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO ESTADO DA BAHIA..............................22

2.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO NÚCLEO SERRINHA............................25

2.2.1 Embasamento Arqueano...........................................................25

2.2.1.1 Complexo Santa Luz......................................................26

2.2.1.2 Complexo Uauá..............................................................26

2.2.2 As Sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas.29

2.2.2.1 Greestone Belt do Rio Itapicuru.....................................29

2.2.2.2 Grupo Capim..................................................................31

2.3 GRANITÓIDES ALOJADOS NO BLOCO SERRINHA..............................31

2.3.1 Granitos G1 – Tipo Santa Luz...................................................32

2.3.2 Granitos G2 – Tipo Ambrósio...................................................32

2.3.3 Granitos G3 – Tipo Nordestina.................................................32

2.3.4 Granitos G4 – Tipo Morro do Afonso.......................................33

2.3.5 Granitos G5 – Tipo Morro do Lopes.........................................33

2.3.6 Rochas Subvulcânicas..............................................................34

3 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DA ÁREA DE ESTUDO.......................................35

3.1 GEOLOGIA E PETROGRAFIA..................................................................35

3.1.1 Super-Grupo Caraíba.................................................................39

3.1.1.1 Grupo Uauá...............................................................................39

- Metagranodioritos.....................................................................39

- Metagranitos.............................................................................44

- Tonalitos...................................................................................47

- Monzodioritos...........................................................................49

3.2 SUMÁRIO DA GEOLOGIA E PETROGRAFIA..........................................52

4 CONSIDERAÇÔES FINAIS....................................................................................54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................56

14

1 INTRODUÇÃO

Na porção nordeste do Estado da Bahia afloram rochas gnáissicas e

migmatíticas, deformadas e metamorfisadas nos fácies xistos verdes a anfibolito

alto. Os gnaisses são definidos como rochas constituídas predominantemente por

feldspatos e quartzo, com no mínimo 20% de feldspato em volume, comumente

com estrutura bandada.

O termo migmatito foi originalmente aplicado para descrever rochas xistosas

e gnáissicas com veios e bolsões de rochas graníticas e, por vezes com

porfiroblastos metassomáticos de feldspato. Os migmatitos são rochas geradas

em grau metamórfico alto, na presença de água, onde as rochas sofrem fusão

parcial, resultando em rochas híbridas em parte metamórficas e em parte ígneas.

Alguns autores denominam este processo de ultrametamorfismo. Estas rochas

são formadas a partir de granitoides, mais comumente com composição granítica,

pois rochas de composição mais básica dificilmente se fundem na crosta com

grau geotérmico normal. São rochas composta por duas partes, o paleossoma

que representa o protólito metamórfico que não sofreu fusão, ou que tece suas

texturas, estruturas e composição química muito pouco afetada pela fusão parcial

ou pela injeção de líquidos magmáticos e o neossoma, que é a porção

neoformada da rocha, com características ígneas.

A literatura por vezes denomina estes tipos de rochas de “Complexo”, um

termo que representa áreas compostas por associação de rochas que mantém

íntimas semelhanças entre si. Este termo foi definido no Código Estratigráfico

como uma unidade litoestratigráfica formada por associação de rochas de

diversos tipos, de duas ou mais classes (sedimentares, ígneas ou metamórficas,

com ou sem estruturas complicadas, ou por misturas estruturalmente complexas

de diversos tipos de uma única classe (BARBOSA & DOMINGUEZ, 1996). Outras

vezes atribui-lhe a designação de “Grupo” significando a subdivisão local ou

provincial de um sistema, baseada em características litológicas. Em geral é

menor que uma série padrão e compreende duas ou mais formações (LEINZ &

LEONARDS, 1977).

Um núcleo antigo de TTG constitui uma unidade estrutural, de idade

arqueana, em posição ora autóctona (preservada num bloco ou em uma área

15

cratônica retrabalhada), ora alóctona (preservada sob a forma de escamas

tectônicas encontradas em cinturões mais recentes). Em geral os núcleos antigos

de TTG são constituídos por associação plutônica de trondhjemitos-tonalitos-

granodioritos.

As rochas do embassamento do NSer apresentam idade Nd em torno 3,3

Ga, com idade de metamorfismo em torno de 3,0 Ga, (RIOS et al., 2008). São

TTGs Arqueanos e a geocronologia de zircão e isótopos de Nd revelam que estas

rochas representam o embasamento de um arco continental que foi originado e

deformado durante a orogenia transamazônica por volta de 2,1 Ga, com extensivo

retrabalhamento crustal, que teve inicio a cerca de 3,6 Ga. O Trodhjemito

Quijingue foi colocado no Complexo Uauá a cerca de 2,1 Ga, provavelmente

durante um período de magmatismo TTG associado com a construção de um

arco magmático na borda de um continente mesoarqueano. Rios et al. 2008 datou

a idade de Nd 3,3 Ga de seu manto depletado, o que sugere que ele foi derivado

da fusão parcial das rochas do embasamento. Xenocristais de zircão com idade

de 3,63 Ga estão presentes neste pluton e indicam que uma crosta Eoarqueana

estava presente e pode ainda estar preservada na área.

Este Trabalho Final de Graduação (TFG) tem como foco os gnaisses e

migmatitos do Complexo Uauá, na região de Euclides da Cunha, onde serão

apresentadas suas características geológicas e petrográficas de forma a contribuir

para a caracterização do seu ambiente de formação, possibilitando melhor

entendimento da evolução geológica destas litologias no Núcleo Serrinha.

1.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

O município de Euclides da Cunha, onde afloram os gnaisses e migmatitos

do Complexo Uauá, dista aproximadamente 334 km da Capital do Estado,

Salvador (figura 1.1). A área de estudo limita-se pelas latitudes 8.784.000 e

8.839.300 S e longitudes 472.689 e 500000 WGr, apresentando cerca de 1300

Km² e inseri-se na folha cartográfica 1:100.000 de Euclides da Cunha (SC-24-O-

IV) (IBGE 1968).

16

Figura 1.1. Situação e localização da área de estudo. IBGE (2005)

17

Figura 1.2. Vias de acesso a área de estudo. A – Salvador e B – Euclides da Cunha.

Google Imagens (2011).

18

O trajeto a ser realizado para se chegar a área de estudo tem acesso

principal realizado, a partir de Salvador, através da BR 324 até Feira de Santana

e a BR 116 passando por Serrinha e Tucano até Euclides da Cunha (figura 1.2 –

página 17).

Outra opção de acesso à área de estudo, partindo de Salvador,

seria a BR 324 até Simões Filho, seguindo pela BR 110, passando por

São Sebastião do Passe, Alagoinhas, Inhambupe, Olindina e Nova Soure

até Ribeira do Pombal seguindo pela BR 116 até Euclides da Cunha.

1.2 BREVE HISTÓRICO

O Complexo Uauá foi primeiramente cartografado e estudado por

Mascarenhas et. al. (1971) e Mascarenhas (1973) como rochas pertencentes a

um “greenstone belt” onde o mesmo foi denominado de “Complexo Serrinha”.

Rios (2002) realizou estudos geoquímicos e geocronológicos no Núcleo

Serrinha e concluiu que não existem diferenças significativas entre os gnisses do

Complexo Santa Luz e os do Complexo Uauá. Identificou que as rochas

gnáissico-migmatíticas apresentam uma estreita variação de SiO2 (70% a 76) e

razões Na2O/K2O dominantemente situadas entre 0,9 e 3,8, onde essas rochas

correspondem quimicamente a granodioritos e granitos subalcalinos,

apresentando uma tendência evolucional cálcio-alcalina no diagrama AFM.

Verificou que padrões ETR (Elementos Terras Raras) são enriquecidos em

(Elementos Terras Raras Leves), mostrando pequenas anomalias de Eu (positiva

e negativa) e similaridade com suítes TTGs Arqueanas.

Mascarenhas e Garcia (1987) e Bastos Leal (1992) determinaram idades

Rb/Sr em gnaisses do Complexo Uauá entre 2,7 e 3,1 Ga. Idades 40K-40Ar e 40Ar-

39Ar em anfibolitos e biotitas resultaram em 1,8-2,2 Ga (BASTOS LEAL, 1992).

Cordani et al. (1999) apresentam idades de 2,93 a 3,13 Ga (U-Pb SHRIMP em

zircão) para ortognaisses deste Complexo.

19

1.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

A área está inserida no “Poligono das Secas”. Segundo classificação de

koppen o clima da região é sub-úmido, com inverno seco. A temperatura média

anual é de 22ºC. O mês mais quente é outubro, com temperaturas de até 38ºC e

o mais frio é julho, com valores médios próximos a 20ºC. A precipitação anual

varia de 500 a 750mm.

A vegetação característica da região é a caatinga. Na área objeto de estudo

ocorrem formações arbóreo-arbustivas, cuja principal característica é a adaptação

à falta de água (caducidade foliar). Esta vegetação sofre influência direta do

clima. O solo predominante na região é um planossolo solódico eutrófico,

associado a regossolos eutróficos, solos litólicos eutróficos e vertissolos.

A drenagem principal é representada pelo Rio Itapicuru, cujos afluentes

secundários apresentam padrão de drenagem dendrítica. Estes rios apresentam

caráter intermitente, sendo seus tributários temporários devido às condições

climáticas da área. O Rio Itapicuru é o único que possui água permanente durante

todas as épocas do ano, tornando-se intermitente por ocasião das grandes

estiagens.

A geomorfologia é representada por uma superfície plana a suavemente

ondulada em diversos estágios de dissecação e pedimentação, morros

testemunhos e cristas alinhadas.

1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

O objetivo principal deste Trabalho é contribuir com dados petrográficos que

permitam detalhar a geologia e petrografia dos Gnaisses e Migmatitos do

Complexo Uauá, na região estudada, buscando uma melhor compreensão da

formação e origem dessas rochas.

20

Como objetivos específicos, pretende-se, com este trabalho final de

graduação:

1. Aprimorar a formação profissional teórica, através de pesquisas

bibliográficas e descrições petrográficas.

2. Desenvolver a metodologia de pesquisa científica, favorecendo a

continuidade dos estudos em nível de pós-graduação e/ou a inserção no

mercado de trabalho.

3. Gerar dados que apoiem os trabalhos desenvolvidos pelo Laboratório de

Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral.

4. Elaborar o relatório do trabalho final de graduação.

1.5 MOTIVAÇÃO

O desenvolvimento deste trabalho final de graduação na área da petrologia

foi motivado por afinidade com a petrografia em particular e pela busca de

conhecimento e aperfeiçoamento técnico e teórico para ampliar a qualificação

profissional nesta área.

1.6 JUSTIFICATIVAS

Os estudos geológicos e geocronológicos existentes são mais focados para

os plutons e para o Greestone Belt do NSer.

As rochas gnáissico-migmatíticas do embasamento da parte norte Núcleo

Serrinha necessitam de estudos geológicos e petrográficos mais detalhados de

modo a contribuir com o aporte de novas informações sobre a evolução do Núcleo

Serrinha e sobre as prováveis origens dessas rochas.

21

1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TFG

Esta monografia esta composta por quatro capítulos, estruturados da

seguinte forma:

Capítulo 1: Introdução, onde será localizada a área de estudo, apresentada

os seus aspectos fisiográficos, objetivos do trabalho e justificativas para a

escolha da temática do trabalho.

Capítulo 2: Contexto geológico regional.

Capítulo 3: Aspectos geológicos e petrográficos do gnaisses e migmatitos

do Complexo Uauá.

Capitulo 4: Considerações finais.

22

2 GEOLOGIA REGIONAL

2.1 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO ESTADO DA BAHIA

O Cráton do São Francisco (CSF), uma plataforma estabilizada no final do

Paleoproterozóico (± 1800 Ma) e com limites delineados no Neoproterozóico (±

600 Ma), considerado uma das maiores unidades cratônicas do Brasil, abrange

quase todo o Estado da Bahia, sendo limitado por faixas de dobramentos

polimetamorfoseadas (figura 2.1). Além da Bahia, estende-se pelos estados de

Goiás e Minas Gerais (ALMEIDA 1967).

O CSF tem seus limites definidos pelos Cinturões moveis brasilianos Riacho

do Pontal e Sergipano que limitam o Cráton a norte e a nordeste repectivamente,

o Cinturão Araçuaí, uma possível extensão do Cinturão Ribeira situado a sul, o

Cinturão Brasília situado na margem oeste e o Cinturão Rio Preto, uma pequena

faixa de rochas dobradas localizadas mais ao norte do Cráton (figura 2.1). Está

subdividido em três conjuntos distintos, segundo Alkmin et al. (1993):

(i) um embasamento Arqueano-Paleoproterozóico;

(ii) coberturas cratônicas proterozóicas (Médio e Superior); e

(iii) as coberturas sedimentares Fanerozóicas (BARBOSA &

DOMINGUES, 1996).

Mascarenhas et al. (1979) propuseram a divisão do CSF em três núcleos

antigos (figura 2.2): (i) o Núcleo Serrinha a norte, também chamado de Bloco

Serrinha (BRITO NEVES et al., 1980; BARBOSA & DOMINGUEZ, 1996;

BARBOSA & SABATÉ, 2004); (ii) o Núcleo Guanambi a sul; (iii) o Núcleo

Remanso, na sua porção central. Estes núcleos contêm um grande número de

greenstone belts, que foram afetados pelo metamorfismo nos fácies xistos vedes

a anfibolito baixo (CORDANI et al., 2000).

23

Figura 2.1. Mapa esquemático mostrando os limites e as maiores unidades estruturais do Cráton São Francisco. Adaptado de Alkmin et al. (1993).

24

Figura 2.2. Estruturação proposta por Mascarenhas (1979) para os terrenos do embasamento do

Cráton São Francisco, com os limites modificados por Conceição (1990): Núcleo Serrinha (NS); Núcleo Remanso (NR); Núcleo Guanambi (NG); Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel Salvador-Curaçá (CMSC).

25

2.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO NÚCLEO SERRINHA

O Núcleo Serrinha (NSer) situa-se no extremo nordeste do Cráton São

Francisco (Fig. 2.2). Forma uma estrutura ovalar-retangular (300 km de extensão por

70 km de largura), tendo sido considerado como o embasamento das rochas

vulcanossedimentares do Complexo Metamórfico de Serrinha (MASCARENHAS et

al., 1975), agora reconhecidas como Greenstone Belts do Rio Itapicuru (GBRI).

Melo et al. (1995) interpretam o NSer como um segmento da crosta

intermediária de natureza granito-greestone e subdivide seus corpos graníticos em

tonalitos, granitos sin-tectônicos e granodioritos pós-tectônicos.

Atualmente os terrenos do NSer, do ponto de vista litológico, podem ser

subdivididos em três compartimentos distintos (Fig. 2.3):

(i) Embasamento gnáissico-migmatítico composto por rochas que

apresentam idades arqueanas (> 2,9 Ga – BRITO NEVES et al.,

1980) e foliações com direção N-S. São gnaisses bandados com

termos anfibolíticos subordinados e um conjunto de ortognaisses,

essencialmente granodioríticos (BARBOSA E DOMINGUEZ, 1996).

(ii) Sequências de rochas vulcanossedimentares paleoproterozóicas

representadas pelo Greestone Belt do Rio Itapicuru (GBRI –

KISHIDA, 1979), e pelo Grupo Capim (WINGE, 1984);

(iii) Um extenso plutonismo granítico Transamazônico (MATOS &

CONCEIÇÃO, 1993; CONCEIÇÃO & OTERO, 1996; RIOS et al.,

1998), que transectam as unidades anteriores.

2.2.1 Embasamento Arqueano

O embasamento gnássico-migmatítico (Fig. 2.3) das sequências sedimentares

de Itapicuru é individualizado na porção sul do NSer como “Complexo Santa Luz”

(PEREIRA, 1992). Na poção norte do NSer, nos arredores da cidade de Uauá, as

rochas deste embasamento são denominadas como “Complexo Metamórfico Uauá”

ou “Grupo Uauá” (BARBOSA, 1970), foco da pesquisa deste Trabalho Final de

Graduação.

26

2.2.1.1 Complexo Santa Luz

Melo (1991) subdividiu este embasamento em duas unidades litológicas

distintas:

(i) Gnaisses Bandados: corresponde a gnaisses e migmatitos com

enclaves de anfibolitos associados, os quais ocorrem sempre

contornados por gnaisses bandados propriamente ditos, que

correspondem a migmatitos do fácies anfibolito alto e as quais se

associam gnaisses a granada e silimanita, além de rochas cálcio-

silicáticas.

(ii) Gnaisses Granodioríticos: engloba, além de rochas granitóides de

composição granítico-granodiorítica (p. ex.: maciço de Serrinha),

orto-augen-gnaisses granodioríticos, provavelmente uma suíte TTG,

contendo enclaves e corpos básicos-ultrabásicos (MELO,

LOUREIRO & PEREIRA, 1995).

Kosin et al. (2003) caracterizam o Complexo Santa Luz como a unidade mais

extensa do Núcleo Serrinha, ocupando uma faixa com direção aproximada NNW-

SSE, tratando-a como um conjunto de rochas gnássico-granítico-migmatíticas, onde

quatro associações foram individualizadas, três das quais metamorfizadas no fácies

anfibolito e uma no fácies granulito.

A idade disponível para o Complexo Santa Luz analisadas por TIMS em zircão

é de 3102±5 Ma (RIOS et al., 2009).

2.2.1.2 Complexo Uauá

Segundo a classificação de Pires et al. (1976) o Grupo Uauá está

compartimentado em duas unidades, a Unidade Superior, composta por gnaisses e

uma associação de rochas básicas e ultrabásicas e a Unidade Inferior, constituída

por metabasitos e metaultrabasitos, cataclasitos, milonitos e filonitos.

27

Figura 2.3. Mapa geológico simplificado com as principais unidades geológicas do terreno granito-greenstone do Núcleo Serrinha e as amostras estudadas e datadas por Rios et al. (2009). Em amarelo está situada a área de estudo deste trabalho.

28

Esta unidade aflora nos arredores da cidade de Uauá, na porção NNE do

Núcleo Serrinha, em contato a oeste e a leste com o Complexo Santa Luz por meio

de zonas de cisalhamento transcorrentes (KOSIN et al., 2003). Ela é composta por:

(i) biotita-hornblenda ortognaisses tonalíticos e granodioríticos,

granulitizados, em parte com textura augen.

(ii) gnaisses bandados, por vezes migmatizados, caracterizado pela

alternância de lentes quartzo-feldspáticas, localmente com

ortopiroxênio e níveis de anfibolitos, metapiroxenitos e rochas

cálcissilicáticas.

O Complexo Uauá (Barbosa 1970) também é constituído por enxames de

diques máfcos situados na porção nordeste do Cráton são Francisco. Pesquisas de

campo e dados petrográficos permitem distinguir dois grupos de diques (BELLIENI

et al., 1995):

(i) O primeiro grupo é representado por anfibolitos com granada fina e

textura homogênea com xistosidade distinta.

(ii) O segundo grupo é constituído por duas rochas principais – uma do

tipo dique máfico, que preserva textura ígnea e mineralogia original

(localmente uma pequena recristalização pode ser observada na

matriz) e outra do tipo dique máfico metamórfico, na qual o

clinopiroxênio orignal está quase completamente substituído por

anfibólio.

Bastos Leal et al. (1994) caracterizam os enxames de diques com base no grau

de deformação e metamorfismo a que foram submetidos. Segundo este autor, o

grupo mais antigo é composto por diques deformados e metamorfisados, com

idades isocrônicas Sm-Nd em rocha total em torno de 2,9-2,7 Ga (OLIVEIRA,

LAFON & SOUZA, 1999a) e datações K-Ar entre 2,14 e 1,93 Ga, que refletem a

deformação a que os diques estiveram expostos. O segundo grupo é composto por

diques pouco ou não deformados, relacionados a episódios magmáticos datados por

Rb-Sr em 2384±114 (RI=0,70082) Ma e 1983±31 Ma (RI=0,70197) (BASTOS LEAL

et al., 1994).

29

As idades obtidas por Rios et al. (2008) de cristalização e metamorfismo, por

SHRIMP em zircão para o Complexo Uauá foram, respectivamente, 3195 Ma e 3090

Ma. As idades TDM de 3,3 Ga indicam fontes crustais.

2.2.2 As Sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas

As seqüências vulcanossedimentares do tipo greestone belt (Fig. 2.3) estão

agrupadas no Núcleo Serrinha, sendo representadas pelas bacias do Itapicuru e

Capim.

2.2.2.1 Greestone Belt do Rio Itapicuru

O Greestone Belt do Rio Itapicuru (GBRI) distribui-se por uma área aproximada

de 7500 Km², possui a forma de uma calha sinclinorial com eixo próximo a N-S e

vergência para leste. Sua porção norte é controlada por zonas de cisalhamento

transpressionais de direção submeridiana (KOSIN et al., 2003). Segundo Silva

(1992b), corresponde a uma bacia back arc paleoproterozóica.

O GBRI é composto por uma seqüência de rochas vulcanossedimentares

geradas, deformadas e metamorfizadas no Paleoproterozoíco sendo agrupadas em

três unidades litoestratigráficas definidas por Kishida (1979) e modificadas por Silva

(1983, 1992a):

(i) Unidade Vulcânica Máfica Basal – ocorre ao longo das zonas marginais

do Greestone Belt ou envolvendo os corpos granito-gnáissicos.

Compreende derrames com feições texturais e estruturais diversas

onde predominam metabasaltos maciços com pillow lavas, intercalados

a lentes irregulares e descontínuas de metabasaltos porfiríticos,

variolíticos ou amigdaloidais, tufos máficos e brechas de fluxo de

derrame. Subordinadamente ocorrem rochas metassedimentares

químicas (formação ferrífera e chert) e filito grafitoso, que marcam

hiatos no vulcanismo. Os metabasaltos possuem características de

toleítos de fundo oceânico e formaram-se há pelo menos 2,2 Ga

(SILVA 1992b), em uma bacia imersa, com pouco aporte de

sedimentos e derrames de ambiente subaquáticos.

30

(ii) Unidade Vulcânica Félsica Intermediária - tem distribuição irregular e

grada lateralmente para as unidades vulcânica máfica e sedimentar.

Compreende metandesitos e metadacitos, porfiríticos, maciços ou

esferulíticos, que representam derrames de lavas, ou formam corpos

lenticulares de rocha piroclástica e vulcanoclástica, além de tufos e

aglomerados que estão intercalados a rochas metassedimentares

químico-pelíticas. São rochas intermediárias, cálcio-alcalinas, com

assinatura geoquímica similar àquelas de margem continentais ativas

modernas (SILVA, 1992b), tendo sido geradas em ambiente subaéreo,

localmente subaquático. Datações realizadas em metandesito

forneceram idade isocrônica Pb-Pb em rocha total de 2,109 Ga e idade

modelo Sm-Nd de 2,1 Ga (SILVA, 1992b).

(iii) Unidade Sedimentar – ocupa o topo da sequência, enquanto no sul do

Greestone Belt predominam as rochas metassedimentares clásticas

arenosas, conglomeráticas e pelíticas, em direção ao norte prevalecem

as rochas metassedimentares químicas e pelíticas. Os principais tipos

são metarenitos finos e metasssiltitos subarcoseanos e arcoseanos e

filitos carbonosos, dispostos em bandas ritmicamente alternadas, com

estratificação plano-paralela cruzada e, localmente, bandamento

gradacional e estratificações cruzadas de pequeno porte. Esta unidade

foi interpretada como uma seqüência turbidítica de derivação vulcânica

com alguns intervalos de sedimentação química (DAVISON et al.,

1988), representada por metacherts puros ou ferruginosos, jaspilito,

formação ferrífera e gondito. De acordo com Silva (1992b) são rochas

sedimentares clásticas intraformacionais, derivadas do retrabalhamento

de metadacitos e metandesitos da Unidade Vulcânica Félsica, com

pouca contribuição de rochas do embasamento. A sedimentação

ocorreu ao longo de toda a evolução da sequência greenstone, com

predominância de contribuição química e pelítica nos estágios iniciais,

enquanto que a psamítica foi mais expressiva nas etapas finais.

31

2.2.2.2 Grupo Capim

O Grupo Capim (GC), situado a leste da cidade de Uauá, consiste em uma

seqüência de rochas metamórficas vulcanossedimentares deformadas, depositada

em um sinclinório sigmoidal alongado NW-SE (± 130 Km²), delimitado por falhas

NNW-SSE transcorrentes e inversas (WINGE, 1984).

Os estudos sobre esta seqüência ainda são escassos, não permitindo defini-la

como uma estrutura de Greenstone, apesar de alguns autores já considerarem esta

hipótese (JARDIM DE SÁ et al., 1984; BARBOSA, 1997; CORDANI et al., 2000;

RIOS et al., 2009) e outros admitirem que elas poderiam representar um

prolongamento do GBRI (KISHIDA & RICCIO, 1981; MASCARENHAS,1976;

SCHRANK e SILVA, 1993; OLIVEIRA et al., 1998).

A bacia do Capim é constituída por rochas vulcânicas e precipitações químicas

vulcano-exalativas, em predominância, com rochas máficas toleíticas na base da

sequência e um vulcanismo ácido explosivo no topo (WINGE & DANNI, 1980;

WINGE, 1984). Na Seqüência Inferior a presença de formações ferríferas bandadas

(BIFs), meta-cherts, sulfetos e carbonatos (WINGE, 1984) sugere a predominância

de ambiente marinho subaquático.

As rochas de GC foram inicialmente datadas por Brito Neves et al. (1980)

fornecendo a idade de 2170 Ma. Posteriormente, Oliveira et al. (1998; 1999b)

apresentam idades de 2143 a 2293 Ma (U-Pbzircão SHRIMP) para as rochas félsicas

da seqüência e estabelecem o intervalo de 2519-2793 Ma (U-Pbzircão SHRIMP) como

idade de cristalização para as rochas toleíticas do GC, apontando um registro de

deformação em 2039 Ma, além de idades modelo (TDM) variando de 2433 a 2537 Ma

com εNd(T) de -0,14 a -1,45. Estas idades do neoarqueano superam o limite proposto

por Silva (1991; 1992a) para a formação da bacia do Itapicuru.

2.3 GRANITÓIDES ALOJADOS NO NÚCLEO SERRINHA

Segundo Rios et al. (1998) as intrusões graníticas que ocorrem no NSer

apresentam natureza ácida a intermediária (Fig. 2.3) e diferem das que ocorrem no

Cinturão Móvel Salvador-Curaçá pela ausência de ortopiroxênio.

32

Rios (2002) reagrupou os corpos graníticos das porções norte e leste do NSer

com base na classificação existente proposta por Matos & Conceição (1993) e Rios

et al. (1998), que consiste na reunião de cinco grupos distintos, de G1 a G5, cujo

registro da deformação diminuiria de G1 para G3 (pré e sin-tectônicos), sendo

dificilmente perceptível ou mesmo ausente nos grupos G4 e G5 (pós a tardi-

tectônicos). Este divisão ficou estabelecida da seguinte forma:

2.3.1 Granitos G1 – Tipo Santa Luz

O tipo G1 engloba cerca de treze corpos de natureza tonalítica-granodiorítica-

granítica e tem na intrusão do complexo Santa Luz um corpo típico do grupo.

Destacam-se os maciços de Queimadas, Araci, Teofilândia, Salgadália, Curral,

Monteiro, Itapicuru, Angico, Caraconha, Barrocas e Serrinha. Neste grupo Rios et al.

(1998) incluíram os corpos similares (Quijingue, Euclides, Sítio, Mandacaru,

Ruylandia, Monte Santo) descritos a nordeste do NSer.

2.3.2 Granitos G2 – Tipo Ambrósio

Estes granitos são representados por domos, sendo os plutões de Ambrósio,

Pedra Alta e Poço Grande seus principais representantes. Apresentam formas

elipsoidais orientadas no sentido norte-sul, e ocupam as zonas centrais dos

antiformes que afetaram o GBRI. Estes corpos são geograficamente limitados aos

terrenos do GBRI, limitando-se assim a porção centro-leste no NSer. Dados

geoquímicos apontam para afinidade cálcio-alcalina de ambiente colisional (MATOS,

1988; RIOS et al., 1998).

2.3.3 Granitos G3 – Tipo Nordestina

Este grupo é representado por oito intrusões de dimensões variadas. Suas

formas não são tão alongadas quanto as do G2, mas ainda percebe-se trend norte-

sul. Os corpos G3 caracterizam-se por bordas granodioríticas gnaissificadas e

centros graníticos porfiríticos. Estruturas migmatíticas do tipo Schlienren e

pegmatitos são comuns nas suas margens. O grupo reúne os maciços de

Nordestina, Eficéas e Lagoa dos Bois, além de diversos corpos satélites menores

33

(<10 Km²) ao redor dos maciços maiores. Alguns corpos (p. ex.: Nordestina),

ocorrem no contato do GBRI com o embasamento do NSer, enquanto outros (p. ex.:

Eficéas), encontram-se completamente inseridos na sequência vulcanossedimentar.

2.3.4 Granitos G4 – Tipo Morro do Afonso

Os corpos pertencentes a este grupo apresentam formas grosseiramente

ovalares, mostram-se ligeiramente alongados norte-sul, dispõem-se

predominantemente segundo o meridiano 39º30’ WGr e apresentam pequenas

expressões cartográficas (<30 Km²). Com base nos trabalhos desenvolvidos por

Rios (1997, 1998) e Burgos (1999) pôde-se verificar para nestes maciços afinidades

shoshoníticas (Cansanção) e Potássica (Morro do Afonso; Serras das Agulhas-

Bananas e Serra do Pintado. Além destes corpos, foram identificadas as ocorrências

de hornblenda-sienitos na Fazenda Lagoa dos Pintos, próximo à vila de Itareru, e do

maciço de Araras, na porção nordeste do NSer. O grupo é composto por rochas

sieníticas, monzoníticas e monzodioríticas, de granulação média a grossa e

predominantemente leucocráticas. A presença de rochas máficas e ultramáficas é

relativamente abundante, embora volumetricamente pouco expressivas. Seus

enclaves ocorrem de forma isolada e dispersa ou formando extensos enxames e

variam de gabro-dioritos a sienitos máficos. Estas rochas apresentam uma forte

foliação magmática (±N155º/ 70ºW), que, às vezes, lhe confere um aspecto

gnáissico. As estruturas de fluxo são marcadas por leitos diopsídio-hornblendíticos e

pela orientação dos autólitos máficos, que apresentam composições similares às

dos leitos.

No plutão Morro do Afonso, ressalta-se a ocorrência de diques de rochas

máficas, que apresentam formas tabulares, são tardios, sin-plutônicos ou enclaves.

2.3.5 Granitos G5 – Tipo Morro do Lopes

Este grupo têm como maciço típico o Morro do Lopes, localizado a 11 Km a

noroeste da cidade de Santa Luz, onde este granito é explorado para construção

civil. Este magmatismo é representado por cerca de 35 pequenos stocks (<8 Km²)

que tendem a apresentar formas arredondadas. Além destas intrusões maiores

34

existem numerosos diques que, como os stocks, concentram-se de preferência na

porção oeste-sudeste do NSer, e a oeste do GBRI. Estes granitos cortam as rochas

do embasamento e os granitos mais antigos. Esses Granitos são biotita-

monzogranitos leucocráticos, de cor cinza e granulação fina a muito fina, com

textura isotrópica e abundantes feições de fluxo magmático marcadas por

concentrações de mica e minerais opacos. Estas estruturas evidenciam que estes

corpos são posteriores à atuação dos tensores regionais. Enclaves angulares de

anfibolito, fragmentos de quartzo, e estruturas de tipo Schlieren biotíticos e granitos

mais antigos são observados.

2.3.6 Rochas Subvulcânicas

Ocorrem na NSer na forma de pequenos corpos dioríticos subvulcânicos, com

composições variando de granodioritos a gabros e peridotitos (SILVA, 1983; ALVES

DA SILVA, 1994). Estas rochas estão intimamente associadas às mineralizações de

ouro e de sulfetos (TEIXEIRA, 1992).

35

3 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DA ÁREA DE ESTUDO

3.1 GEOLOGIA E PETROGRAFIA

Dez amostras representativas foram utilizadas para estudos em lâminas

delgadas (tabela 3.1). Através dos aspectos geológicos observados em campo e

nestes estudos petrográficos estas rochas foram caracterizadas e individualizadas.

As amostras selecionadas para este estudo foram coletadas nos gnaisses e

migmatitos arqueanos.

No mapa de amostragem (Fig. 3.1) é possível visualizar a distribuição das

amostras investigadas em relação à geologia local. A análise modal permitiu lançar

estas amostras no diagrama QAPM (Fig. 3.2), onde observa-se que a maioria das

amostras apresentam caráter hololeococrático. As exceções são as amostras

NS1623, NS1624, NS1625 e NS1647, que apresentam natureza leucocrática.

No diagrama de classificação modal (QAP, fig. 3.2), de acordo com a proposta

da Streckeisen (1974), as rochas estudadas representam predominantemente

granitos (sieno e monzo-granitos) enquanto a amostra NS1634 corresponde a um

quartzo monzodiorito e a amostra NS1647 corresponde a um tonalito. Duas

amostras (NS1623 e NS1625) caem no campo dos granodioritos.

Rios (2002) realizou um mapeamento geológico em escala 1:100.000 na área

estudada com o objetivo de reconhecimento das principais unidades litodêmicas da

região. Posteriormente este mapeamento foi refinado, quando foram coletadas as

amostras utilizadas nesta monografia.

Estavam previstas análises geoquímicas, mas não houve tempo hábil para o

tratamento destes dados.

36

Identificação/ Localização das Amostragens de Campo

Número Labratório

Local da Amostragem Descrição da Amostra/ Litologia de Campo Latitude Longitude

NS1623 Faz. Lagoa Eguas Monzosienito máfico pobre em augen 8821451 498695

NS1624 Algodões Hornblenda sienito gnaissico porfirítico 8819490 495083

NS1625

Hornblenda sienito gnaissico porfirítico 8815773 494453

NS1627 Faz. Cumbe do Gato Granito/granodiorito gnaissico 8807893 494593

NS1628 Lagoa do Junco Granito/granodiorito F-M 8805892 495021

NS1629 Faz. Lagoa do Capim Porção félsica gnaisse emb. 8807266 490097

NS1634 Faz. Do Sítio Biot-granito-granodiorito F-M isotrópico 8799160 480714

NS1635 Granito-gnaisse migmatítico 8795674 483745

NS1647 Quaititú Granito-gnaisse fino do Quaititu 8825297 482619

NS1648 Ruylândia Granito-gnaisse M-G 8830309 486171

Tabela 3.1. Tabela de descrição de amostras de campo.

37

±

Unidades Geológicas

!( Pontos amostrados

Rochas Metavulcanossedimentares

Granitóides

Embasamento

Figura 3.1. Geologia local e localização dos pontos amostrados.

38

Figura 3.2. Diagramas QAP e QAPM segundo a proposta de Streckeisen (1974) aplicados na classificação das rochas estudadas.

39

3.1.1 Super-Grupo Caraíba

3.1.1.1 Grupo Uauá

As rochas estudadas compõem gnaisses migmatíticos que foram agrupados de

acordo com a composição modal em granodioritos, granitos e tonalitos e

monzodioritos.

No presente trabalho estas rochas serão descritas com maior nível de detalhe

e correlacionadas com as litologias descritas por outros autores. A tabela 3.2

representa a composição modal das amostras estudas na petrografia. Os principais

aspectos macroscópicos dos pontos de amostragem de campo estão representados

na figura 3.4.

- Gnaisse Granodiorítico

No mapeamento regional em escala 1:50.000 realizados por Pires et al. (1976)

durante o projeto “Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha” foram

identificadas como diatexitos predominantemente homogêneos, de composição

granítica a granodiorítica.

Foram coletadas duas amostras para estudo (NS1623 e NS1625) na porção

leste da área. Em campo estas rochas ocorrem bem gnaissificadas e gradam para

bandas, com mais ou menos 2 a 3 cm de espessura, ricas em augen de feldspato

alcalinos (até 60%) e bandas empobrecidas, onde os fenocristais são praticamente

ausentes. A rocha esta deformada, dobrada, e os augen apresentam indicativos de

movimento transcorrente dextral. A porção máfica é composta basicamente por

anfibólio, biotita e quartzo.

Microscopicamente estas rochas são inequigranulares, com granulometria

variando de 0,02 a 3,72mm, com matriz perfazendo 35% do volume da rocha em

meio a porfiroclástos de plagioclásio e ortoclásio (Fig. 3.4 A e B). As texturas

ocorrentes são mimerquítica, pertítica, antipertítica, cominuição de grãos e

lepidoblástica (Fig. 3.4).

40

Figura 3.3. Aspectos macroscópicos. (A) Bandas com deslocamento dextral; (B) Dobras de Fluxo; (C)

Zona rica em augen de feldspato alcalino; (D) Enclave do embasamento dobrado; (E) Visão dos

augen de feldspato alcalino no granito Quijingue; (F) Textura do granito-gnaisse migmatítico de

Quijingue.

NS1623

B

NS1623

C

NS1630

D

NS1632

E

NS1633

F

NS1623

A

41

Tabela 3.2. Composição modal das rochas amostradas em Euclides da Cunha. Tr=Traços, ou seja, o mineral ocorre na rocha em percentagens inferiores a

1%.

Nº da Amorstra/

Laboratório

Nome da Rocha/ Comp. Modal (%)

Hiperstênio Hornblenda Biotita Microclina Ortoclásio Plagiocásio Quartzo Titanita Apatita Zircão Opacos

NS1623 Granodiorito 0 8 13 2 5 26 46 0 Tr Tr Tr

NS1624 Sienogranito 0 13 6 16 24 16 25 0 Tr Tr Tr

NS1625 Granodiorioto 0 28 6 8 0 20 38 0 Tr Tr Tr

NS1627 Monzogranito 0 0 5 5 25 38 27 0 Tr Tr Tr

NS1628 Monzogranito 0 0 7 14 18 40 21 0 Tr Tr Tr

NS1629 Sienogranito 4 0 0 39 12 19 26 0 Tr Tr Tr

NS1634 Quartzo Monzodiorito 0 0 5 22 7 56 10 0 Tr Tr Tr

NS1635 Monzogranito 0 0 6 15 17 37 25 Tr Tr Tr Tr

NS1647 Tonalito 0 0 22 0 0 36 42 Tr Tr Tr Tr

NS1648 Monzogranito 0 0 7 16 17 25 35 0 Tr Tr Tr

42

O quartzo representa cerca de 46% do volume da rocha. Sua granulometria

varia de 0,05 a 1,76mm (fina a média). Seus grãos são predominantemente

xenoblásticos, geralmente estirados (Fig. 3.4D). Forma contatos curvos com a biotita

e retilíneos com o plagioclásio (Oligoclásio).

O plagioclásio é o olgoclásio. Constituí cerca de 26% do volume da rocha.

Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de

0,02 a 3,72mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos,

geralmente em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Em alguns locais está

em contato interdigitado com o quartzo. Alguns grãos apresentam geminação

segundo a Lei Albita. Por vezes ocorre formando antipertitas em gotículas. O teor de

anortita obtido foi 18%.

A biotita compõe em torno de 13% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo

com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Quanto à granulometria é

fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,88mm. Seus grãos são

predominantemente subdioblásticos, por vezes formando contato curvo com o

quartzo e retilíneo com o plagioclásio.

A hornblenda representa em média 8% do volume da rocha. Apresenta

pleocroísmo, com coloração variando de castanho claro a verde escuro (Fig. 3.4C).

Possui granulometria fina, variando de 0,27 a 0,50mm. Quanto à forma, os grãos

são predominante subidioblásticos, geralmente formando contato retilíneo com o

quartzo e com a biotita, e também contato curvo com o quartzo.

O ortoclásio, pertítico (Fig. 3.4E) constituí cerca de 5% do volume da rocha.

Apresnta granulometria variando de fina a média cujo tamanho dos grãos variam de

0,1 a 1,03mm. Os grãos são predominantemente subdioblásticos.

A microclina (Fig. 3.4F) perfaz apenas cerca de 2% do volume da rocha.

Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,35 a 0,67mm.

Os grãos são predominantemente xenoblásticos, formando contato curvo com o

quartzo e com a biotita. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

43

Figura 3.4. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1625, aspecto Geral da Lâmina em Luz Natural; (B) Amostra NS1623, aspecto Geral com Nicóis Cruzados; (C) Amostra NS1623, textura lepidoblástica, com biotita orientada SE-NW. Nicóis crizados; (D) Amostra NS1625, contato retilíneo de quartzo com plagioclásio. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1625, pertita em flâmulas. Nicóis Cruzados; e (F) Amostra NS1625, mimerquita em contato curvo com microclina e com quartzo.

NS1625

D

Pl

Qtz

A

NS1625

NS1625

E

NS1623

C

Hbl

Bt

Pl

Qtz

B

Qtz

Bt

NS1623

NS1625

F

Qtz

Mc

44

A titanita ocorre como fase acessória. Apresenta pleocroísmo com cor variando

de marrom claro a escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,14mm. Seus

grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e à biotita, às vezes presentes

nos bordos de minerais opacos, substituindo-os parcialmente, indicando para

presença de minerais titaníferos.

A apatita compõe fases acessórias. Possui granulometria fina variando de 0,06

a 0,16mm. Os grãos são predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo

como inclusões no quartzo.

O zircão ocorre como fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a

marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina, variando de 0,26 a

0,9mm. Seus grãos são subédricos e estão em contato retilíneo com os grãos de

plagioclásio.

Os minerais opacos constituem as fases acessórias. Possuem granulometria

fina a média, variando de 0,1 a 1,03mm. Seus grãos são predominantemente

subédricos e em geral estão em contato retilíneo com o plagioclásio.

- Gnaisse Granítico

No mapeamento regional em escala 1:50.000 realizados por Pires et al. (1976)

durante o projeto “Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha” foram

identificados como gnaisses quartzo-feldspáticos, ou hornblenda-gnáisses,

hornblenda-biotita-gnaisse bem como diatexitos ou metatexitos.

Foram coletadas seis amostras para estudo destas rochas (NS1624, NS1627,

NS1628, NS1629, NS1635 e NS1648). Estas rochas apresentam, em geral,

granulometria fina a média alternando níveis de feldspato alcalino, também com

augen de feldspato alcalino e pequenos pórfiros de anfibólio. Localmente ocorrem

bandas máficas dobradas. A amostra NS1627, em particular, é similar aos granitos

arqueanos do tipo Santa Luz (Rios, 2002), de natureza tonalítica-granodiorítica-

granítica. Sua estrutura sugere fusão parcial/ migmatização. De acordo com a

classificação da Streckeisen (1974) estas rochas correspondem a sienogranitos

(NS1624 e NS1629) e monzogranitos (NS1627, NS1628, NS1635 e NS1648)

predominantemente hololeucocráticos (Fig. 3.2).

45

Microscopicamente a rocha é inequigranular, com granulometria variando de

0,01 a 4,8 mm. Essas rochas foram submetidas a metamorfismo dinâmico e

apresentam matriz perfazendo de 20 a 60% do volume da rocha (proto a meso-

milonito) em meio à porfiroclástos de Ortoclásio e Microclina (Fig. 3.5A). As texturas

presentes são mimerquítica, antipertítica (Fig. 3.5B), pertítitica (Fig. 3.5D), típicas de

rochas de composição granítica, cominuição de grãos e textura milonítica (Fig.

3.5E), que indicam atuação de metamorfismo dinâmico.

O quartzo representa cerca de 25 % do volume da rocha. Sua granulometria é

fina a média e varia de 0,02 a 1,02mm. Seus grãos são predominantemente

xenoblásticos, geralmente estirados.

O ortoclásio compõe cerca de 24% do volume da rocha. Possui granulometria

variando de fina a média e tamanho dos grãos de 0,92 a 4,8mm. Em alguns locais

ocorre parcialmente microclinizado, isto devido, provavelmente, a recristalização

metamórfica em condições de temperatura inferiores à do ortoclásio (Fig. 3.5D). Os

grãos são predominantemente xenoblásticos e em geral estão em contato curvo com

os grãos de quartzo.

A microclina perfaz em média 16% do volume da rocha. Apresenta

granulometria fina, cujos grãos possuem tamanho variando de 0,08 a 0,62mm. Os

grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo.

Apresenta geminação incipiente segundo a Lei Albita-Periclina.

O plagioclásio constitui em torno de 16% do volume da rocha. Apresenta

granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,03 a 0,82mm.

Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente

ocorrendo como inclusões no Ortoclásio. Não foi possível determinar o teor de

anortita devido a geminação dos grãos estar parcialmente destruída por processos

de alteração hidrotermal.

A hornblenda representa por volta de 13% do volume da rocha. Apresenta

pleocroísmo variando de marrom a verde escuro. Possui granulometria fina a média

variando de 0,31 a 4,5mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente

xenoblásticos e geralmente estão em contato serrilhado com os feldspatos alcalinos.

46

C

NS1629

Pl

Bt

NS1635

F

Bt

NS1628

B

Figura 3.5. Fotomicrografias da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1627, aspecto

geral da rocha e textura milonítica. Nicóis cruzados; (B) Amostra NS1628, antipertita em porções. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1629, Plagioclásio bastante saussuritizado e sericitizado. Nicóis cruzados; (D) Amostra NS1635, ortoclásio pertítico parcialmente microclinizado. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1635, grãos cominuídos - clastos de plagioclásio em meio a matriz de cominuição/ recristalização metamórfica. Nicóis cruzados; (F) Amostra NS1635, concentração de biotita com opacos associados. Luz natural.

E

NS1635

D

NS1635

Or

Mc

Qtz

NS1627

A

47

A biotita compõe em média apênas 6% do volume da rocha. Apresenta

pleocroísmo variando de castanho claro a verde escuro. Quanto à granulometria, é

fina com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 0,41mm. Seus grãos são

predominantemente subdoblásticos, orientados, por vezes formando contato curvo

com o quartzo (Fig. 3.5F). Geralmente ocorre associada à hornblenda como

resultante de desestabilização desta durante sua formação.

A titanita ocorre como fase acessória. Pleocróica, com cor marrom claro a

marrom escuro. Apresenta granulometria fina, variando de 0,06 a 0,08mm. Seus

grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita.

A apatita possui granulometria fina variando de 0,06 a 0,16mm. Os grãos são

predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões no quartzo.

O zircão compõe a fase acessória. Apresenta coloração incolor a marrom

pálido em luz natural. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de

0,04 a 0,22mm. Seus grãos são subédricos e estão em contato curvo com os grãos

de microclina.

Os minerais opacos também constituem fase acessória. Possuem

granulometria fina, variando de 0,1 a 0,16mm. Seus grãos são anédricos, em geral,

em contato curvo com a biotita.

- Tonalito

Para estudo destas rochas utilizou-se apenas a amostra NS1647, coletada na

porção noroeste da área de estudo (Fig. 3.6). Corresponde aos metabasitos a

ultrabasitos provavelmente de origem básica no mapeamento realizado por Pires et

al. (1976). Afloramentos dessa unidade apresentam bandamento composicional e

granulometria fina.

Microscopicamente é uma rocha equigranular e possui granulometria fanerítica

fina variando de 0,01 a 0,64mm. As texturas presentes são subidiomórfica e

holocristalina (Fig. 3.6A e C respectivamente).

Os cristais de quartzo constituem cerca 42% do volume da rocha. Sua

granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,41mm. Os grãos são predominantemente

subédricos, apresentando contato curvo com o plagioclásio.

48

Figura 3.6. Fotomicrografias dos Tonalitos. (A) Amostra NS1647, aspecto Geral da rocha e biotita

Levemente orientada. Luz natural; (B) Amostra NS1647, agregados de Titanita e Biotita em Luz Natural; e (C) Amostra NS1647, contatos curvo e retilíneo da biotita com o quartzo.

C

NS1647

Bt Qtz

A

NS1647

Ap

B

NS1647

Bt Ttn

49

O plagioclásio compõe em média 36% do volume da rocha. Apresenta

granulometria fina, variando de 0,31 a 0,64mm. É o oligoclásio, cujo teor de anortita

medido foi 12%. Seus grãos são predominantemente subédricos e estão em contato

curvo com os grãos de quartzo.

A biotita perfaz em torno de 22% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo

com cor variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de

0,03 a 0,5mm. Seus grãos são, geralmente, subédricos, em contato curvo e retilíneo

com o quartzo.

A titanita ocorre como fase acessória. Pleocróica, com cor variando de marrom

claro a marrom escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,14mm. Seus

grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e a biotita (Fig. 3.6B). Por

vezes ocorrem nas bordas de minerais opacos substituindo-os parcialmente.

Os cristais de apatita constituem fase acessória. Sua granulometria é fina e

varia de 0,06 a 0,12mm. Seus grãos, em geral, são subédricos em contato retilíneo

com o quartzo (Fig. 3.6A).

O zircão compõe fase acessória. Incolor em luz plana. Possui granulometria

fina, variando de 0,04 a 0,1mm. Seus grãos são subédricos em contato curvo com a

biotita e com o quartzo.

Os minerais opacos também ocorrem como fases acessórias. Apresentam

granulometria fina, variando de 0,04 a 0,28mm. Seus grãos são, em geral, euédricos

estão em contato retilíneo com os grãos de quartzo.

Esta unidade pode estar relacionada com as rochas do Grupo 1 definido por

Rios et al. (2009), que consiste de migmatitos, gnaisses e plutons TTG’s, com grau

metamórfico no fácies metamórfico granulito proposto por Paixão et al. (1995)

- Monzodioritos

Para estudo destes litotipos selecionou-se apenas uma amostra de campo

(NS1634). Em afloramento observa-se que estas rochas apresentam coloração

cinza, caráter isotrópico, cortadas por finos veios pegmatíticos quartzo-feldspáticos,

deslocados com cinemática dextral. Correspondem aos granitoides do Grupo 2 de

Rios et al. (2009). Durantes os trabalhos de mapeamento regional do Projeto

50

Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha (PIRES et al., 1976) foram

classificados diatexitos a biotita homogêneos a não homogêneos de composição

variando de granítica a tonalítica, englobando porções metatexíticas não

transformadas (Fig. 3.1).

A rocha é inequigranular (Fig. 3.7A), apresentando granulometria fanerítica fina

a média, variando de 0,01 a 1,64mm. As texturas presentes são mimerquítica,

pertítica (Fig. 3.7B) e subidiomórfica.

Os cristais de plagioclásio, do tipo oligoclásio, compõem em torno de 54% do

volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,58 a 1,44mm. O teor

de anortita determinado foi de 13%. Apresenta grãos geralmente subédricos em

contato retilíneo com grãos quartzo e curvo com grãos biotita. Os grãos estão

saussuritizados.

A microclina representa cerca de 22% do volume da rocha. Sua granulometria

é fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,64 a 1,20mm. Ocorre

predominantemente anédrica e os grãos estão em contato curvo com os grãos de

quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

Os cristais de quartzo Constituem em média 10% do volume da rocha.

Apresentam granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,9mm.

Ocorre, em geral, anédrico e estão em contato curvo e retilíneo com os grãos de

plagioclásio.

O ortoclásio constitui em média 7% do volume da rocha. Sua granulometria é

média e varia de 1,20 a 1,33mm. É pertítico e alguns grãos estão parcialmente

microclinizados, devida a recristalização em condições de temperatura inferiores a

do ortoclásio (Fig. 3.7B). Os grãos, em geral, são anédricos, formando contato curvo

com o plagioclásio e com o quartzo.

A biotita representa em torno de 6% do volume da rocha. Apresenta

pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia

de 0,01 a 0,64mm. Em geral, seus grãos são subédricos e estão em contato retilíneo

com o quartzo. Apresenta inclusões de zircão com halos pleocróicos. Alguns grãos

estão cloritizados. Ocorre parcialmente substituído por moscovita paralelamente as

clivagens (Fig. 3.7C).

51

Pl

Qtz

A

NS1634

C

NS1634

Bt

Figura 3.7. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1634, aspecto geral da rocha. Nicóis curzados; (B) Amostra NS1634, pertita em flâmulas em contato com mirmequita e microclina geminada segundo a Lei Albita Periclina. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1634 Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz natural.

Or

Mc

B

NS1634

52

As fases acessórias são compostas por apatita, zircão e opacos.

A apatita apresenta granulometria fina, variando de 0,04 a 0,14mm. Seus grãos

são predominante subédricos, ocorrendo geralmente incluso nos plagioclásios.

O zircão apresenta cor marrom em luz natural. Possui granulometria fina,

variando de 0,1 a 0,14mm. Seus grãos são, em geral, subédricos.

Os minerais opacos apresentam granulometria fina a média, variando de 0,12 a

1,64mm. Os grãos são predominantemente subédricos, formando, geralmente,

contato curvo com a biotita.

3.2 SUMÁRIO DA GEOLOGIA E PETROGRAFIA

As rochas coletadas para estudo do embasamento da região de Euclides da

Cunha são compostas por granodioritos, granitos, tonalitos e quartzo-monzodioritos.

Os granodioritos em campo ocorrem gnaissificados com augen de feldaspatos

alcalinos. São rochas inequigranulares, faneríticas fina a média, milonitizadas,

verificado pela ocorrência da textura milonítica e cominuição de grãos. Verificou-se

também a presenças das texturas pertítica, antipertítica e mimerquítica. O teor de

anortita medido na amostra NS1623 foi 18%, ou seja, o plagioclásio é o oligoclásio.

São rochas que foram submetidas ao metamorfismo dinâmico no fácies anfibolito.

Os granitos em afloramentos apresentam níveis de feldspato alcalino, também

com augen de feldspato alcalino e pequenos pórfiros de anfibólio. São

caracterizados localmente pela presença de bandas máficas dobradas. Também

pode-se verificar a presença das texturas reliquiares pertítica, antipertítica e

mimerquítica. Assim como os granodioritos são rochas submetidas a metamorfismo

dinâmico no fácies xisto-verde a anfibolito, marcado pelas texturas milonítica,

lepdoblástica e cominuição de grãos. São rochas monzograníticas, portanto

apresentam maior teor de plagioclásio em sua composição. Os monzogranitos

sofreram processos de alteração hidrotermal, evidenciados pela presença de

saussurita e sericita.

Os tonalitos são rochas marcadas pela presença de bandamento

composicional em campo. São rochas equigranulares com granulometria fanerítica

fina. As texturas presentes são subidiomórfica e holocristalina. O plagioclásio é mais

53

sódico, ou seja, apresenta baixo teor de anortita (cerca de 12%) medido na amostra

NS1647. Estas rochas podem estar relacionadas com as rochas do Grupo 1

proposto por Rios et al. (2009).

Os quartzo-monzodioritos em campo apresentam caráter isotrópico, sendo

cortados por finos veios pegmatíticos quartzo-feldspáticos, deslocados com

cinemática dextral e correspondem aos granitoides de Rios et al. (2009). São rochas

inequigranulares, caracterizadas pelas texturas subidiomórfica, pertítica e

mimerquítica. Verificou-se que o plagioclásio apresenta caráter sódico, devido ao

baixo teor de anortita determinado (em torno de 13%) na amostra NS1634.

54

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados obtidos sobre as rochas gnáissico-migmatíticas que compõem o

Complexo Uauá, coletadas no embasamento da região de Euclides da Cunha foram

tratadas no capítulo anterior. Neste capítulo serão apresentadas algumas

considerações visando uma melhor caracterização geológica e petrográfica destas

rochas.

As amostras NS1623 e NS1625 analisadas, classificadas como

metagranodioríticos apresentam caráter leucocrático. Correspondem aos diatexitos

de composição granítica a granodiorítica no mapeamento efetuado por Pires et al.

(1976). No entanto estas rochas sofreram metamorfismo dinâmico que pode ser

verificado pela presença de porfiroclásticos de plagioclásio e ortoclásio em meio a

uma matriz que perfaz 35% da rocha por cominuição de grãos. A ordem de

cristalização mineralógica para estas rochas foi:

Minerais acessórios (titanita, apatita, zircão e minerais opacos) – hornblenda

– biotita – plagioclásio (oligoclásio) – ortoclásio – quartzo.

As rochas aqui classificadas como metagraníticos correspondem a diatexitos,

metatexitos ou gnaisses no mapeamento regional realizado por Pires et al. (1976).

As amostras NS1624 e NS1629 foram classificadas como sienogranitos leucocrático

e hololeucocrático respectivamente. As demais amostras (NS1627, NS1628,

NS1629 e NS1648) correspondem a monzogranitos de caráter leucocrático. Estas

rochas também sofreram metamorfismo dinâmico, evidenciado pela presença de

porfiroclástos de ortoclásio e microclina, com matriz compondo cerca de 20 a 60%

do volume da rocha. Os gnaisses-graníticos em geral apresentam processos de

alteração hidrotermal mais avançados, verificado pela presença de sericita e

saussurita em grande parte dos grãos de plagioclásio, causando o aspecto turvo a

estes grãos. Verificou-se em campo que o granito correspondente a amostra

NS1627 é similar aos granitos arqueanos do tipo Santa Luz (Rios, 2002), de

natureza TTG. A ordem de cristalização das fases minerais constituintes destas

rochas foi:

Minerais acessórios (titanita, apatita, zircão e minerais opacos) – hornblenda

– biotita – plagioclásio – ortoclásio – quartzo.

55

A Amostra NS1647 foi aqui classificada como tonalito e corresponde aos

metabasitos segundo o mapeamento regional efetuado por Pires et al. (1976). Ela

possivelmente está relacionada com as rochas do Grupo 1 definido por Rios et al.

(2009), que consiste de migmatitos, gnaisses e plutons TTG’s. Dentre as demais

litologia estudadas esta rocha é única que foi classificada como equigranular

fanerítica fina quanto a uniformidade dos grãos implicando em ambiente de

cristalização mais diferenciado, apresentando menores taxas de crescimento e

difusão e maiores taxas de nucleação. A ordem das fases minerais que compõem

esta rocha foi:

Minerais acessórios (zircão e minerais opacos) – biotita – titanita (ocorre

como fase acessória nas bordas da biotita) – plagioclásio (oligoclásio) –

quartzo.

A amostra NS1634 é um quartzo-monzodiorito e corresponde aos granitoides

do Grupo 2 de Rios et al. (2009). Nos trabalhos de mapeamento regional realizados

por Pires et al. (1976) ela corresponde a rochas agrupadas com provável origem

básica da Unidade Inferior do Grupo Uauá. A ordem de cristalização das fases

minerais para esta rocha foi:

Minerais acessórios (apatita, zircão e minerais opacos) – biotita – plagioclásio

(oligoclásio) – K-feldspato (microclina e ortoclásio) – quartzo.

56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ALKMIM F.F., BRITO NEVES B.B., ALVES J.A.C. Arcabouço tectônico do Cráton do São Francisco: uma revisão. In: A. Misi & J.M.L. Dominguez (eds.), O Cráton do São Francisco, Salvador, SBG, 45-62. 1993.

ALMEIDA F.F.M. O Cráton do São Francisco. Rev. Bras. Geociências. 7: 349-364. 1977.

ALMEIDA F.F.M. Origem e evolução da plataforma brasileira. Rio de Janeiro, DNPM-DGM, Boletim, 241, 36p. 1967.

ALVES DA SILVA, F.C. Étude Structural do Greenstone Belt Paleoproterozoique du Rio Itapicuru (Bahia, Brésil). Tese de doutorado. Université d’ Orleans. França. 307 p. 1994.

BARBOSA J. S. F., SABATÉ P. Archean and Paleoproterozoic crust of the São Francisco Craton, Bahia, Brazil: geodynamic features. Precamb. Res. 133:1-27. 2004.

BARBOSA, J.S.F. Sintese do conhecimento sobre a evolução geotectônica das rochas metamórficas Arqueanas e Paleoproterozoicas do embasamento do Craton do S. Francisco na Bahia. Rev. Bras. Geoc. 27 (3), 241–256. 1997.

BARBOSA, J.S.F., DOMINGUEZ, J.M.L. (Coords.). Texto Explicativo para o Mapa Geológico do Estado da Bahia – Esc. 1:1.000.000. Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, SGM/PPPG/FAPEX/CPGG. Salvador-BA, 295 p. 1996.

BARBOSA, O. Geologia econômica da parte da região do Médio São Francisco, Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: DNPM/DFPM. Boletim 140. 97p. 1970.

BASTOS LEAL, L.R. Geocronologia Rb–Sr e K/Ar, evolução isotópica e implicações tectônicas dos enxames de diques máficos de Uauá e Vale do Rio Curaçá, Bahia. Dissertação. Mestrado, USP, 120 p. 1992.

BASTOS LEAL, L.R., TEIXEIRA, W., PICCIRILLO, E.M., LEAL, A.B.M., GIRARDI, V.A.V. Geocronologia Rb/Sr e K/Ar do enxame de diques maficos de Uauá, Bahia (Brasil). Geoch. Brasilienses 8, 99–114. 1994.

BELLIENI, G.; PICCIRILLO, E.M.; PETRINI, R.; GIRARDI, V.A.V.; MENEZES LEAL, A.B.; TEIXEIRA,W.; BASTOS LEAL, R.R.; DE AMIN, A.; COMIN CHIAROMONTI, P.; TANNER DE OLIVEIRA, M.A.F. Petrological and Sr–Nd evidence bearing on early proterozoic magmatic events of the sub-continental mantle: São Francisco Craton (Uauá, NE Brazil). Contrib. Mineral. Petrol. 122 (3), 252–261. 1995.

BRITO NEVES, B.B., CORDANI, U.G., TORQUATO, J.R.F. Evolução Geocronológica do Pré-Cambriano do Estado da Bahia, in: Inda, H.A.V., Duarte, F.B. (Eds.), Geologia e Recursos Minerais do Estado da Bahia. Sec. Minas do Estado da Bahia, Textos Básicos. SME/CPM, 3: 1–101. 1980.

57

CONCEIÇÃO, H. & OTERO, O.M.F. Magmatismo granítico e alcalino no estado da Bahia: uma epítome do tema. Salvador, SGM, 152 p. 1996.

CONCEIÇÃO, H. Petrologie du Massif Sienitique D’Itiúba: contribution á l’etude mineralogique des roches alcaline dans l’Etat de Bahia (Brésil). Université du Paris-Sud, Paris, Tese de Doutorado, 394 p. 1990.

CORDANI, U.G., MILANI, E.J., THOMAZ FILHO, A., CAMPOS, D.A. (Eds.), Tectonic Evolution of South America. 31st International Geological Congress. Rio de Janeiro, RJ, 856 p. 2000.

CORDANI, U.G., SATO, K., NUTMAN, A. Single zircon SHRIMP determination from Archean tonalitic rocks near Uauá, Brazil. In: Second South American Symposium on Isotope Geology, Córdoba, Argentina, Actas, pp. 27–30. 1999.

DAVISON I., TEIXEIRA J.B.G., SILVA M.G., ROCHA NETO M.B., MATOS, F.M.V. The Itapicuru Belt, Bahia, Brasil: structure and stratigraphical outline. Prec. Res., 44:1-17. 1988.

GOOGLE IMAGENS. Vias de acesso a área de estudo. 2011. Disponível em: <http://maps.google.com.br/>.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Euclides da Cunha, Folha SC-24-O-IV. 1968. 1 mapa, color. Escala 1:100.000.

JARDIM DE SÁ E. F., SOUZA Z.S., FONSECA V.P., LEGRAND J.M. Relações entre greenstone belts e terrenos de alto grau: o caso da Faixa Rio Capim, NE da Bahia. In: SBG, Congr. Bras. Geol., 33, Rio de Janeiro, Anais, 6: 2615-2629. 1984.

KISHIDA A. Caracterização geológica e geoquímica das sequências vulcano-sedimentares no Médio Rio Itapicuru, Bahia. Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Dissertação de Mestrado, 98 p. 1979.

LEINZ V., LEONARDS O.H. Glossário Geológico. São Paulo. Editora Nacional 1977.

KISHISDA, A.& RICCIO, L. Greenstone Belt do Rio Itapicuru (BA): estratigrafia química e algumas ideias sobre a sua evolução geotectônica. Simp. Cráton São Francisco e suas Faixas Marginais. SBG-BA/SME/COM. Anais... Salvador. 63-72p. 1981.

KOSIN, M.; MELO, R. C.; SOUZA, J. D.; OLIVEIRA, E. P.; CARVALHO, M. J.; LEITE, C. M. M. Geologia do segmento norte do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e guia de excursão. Revista Brasileira de Geociências, v. 33. 15-26p. 2003.

MASCARENHAS, J.F. Estruturas do tipo “Greenstone Belt” no leste da Bahia. XXXIX. Cong. Bras. Geol. Belo Horizonte-MG, SBG, 4: 35-66. 1976.

MASCARENHAS, J.F. et al. Projeto Espinhaço Setentrional: relatório final. CPRM (Convênio CNEN – CPRM), Salvador. 1971.

58

MASCARENHAS, J.F. Projeto Bahia: Relatório do progresso 01 fotointerpretação preliminar. CPRM, Salvador, 126p. 1973.

MASCARENHAS, J.F., GARCIA, T.W. Mapa geocronológico do Estado da Bahia: Texto Explicativo. Superintendência de Geologia e Recursos Minerais, Sec. Minas e Energia, Salvador-BA, 186 p. 1987.

MASCARENHAS, J.F., PEDREIRA A. J., QUEIROS, C.J.A., MORAES, L.C., GUIMARÃES, J.T., MARINHO, M.M., NEVES, J.P., FERNANDES, J. Projeto Bahia: Geologia da Folha Senhor do Bonfim - 2ª Fase. Relatório Final. Escala 1:250.000. DNPM/CPRM. 2 vols. 1975.

MASCARENHAS, J.F., PEDREIRA, A.J.C.L., GIL, C.A.A., NEVES, J.P., OLIVEIRA, J.E., SILVA FILHO, M.A.,MARINHO, M.M. Geologia da região centro-oriental da Bahia. In: Projeto Bahia - Bahia II - Sul da Bahia. Relatório integrado. CPRM/DNPM, Brasília, DF, 128 p. 1979.

MATOS, F.M.V., 1988. Um estudo estrutural e petrográfico do Domo Granito-Gnáisse de Ambrósio no Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Bahia, Brazil. Dissertação de Mestrado. CPG em Geologia. UFBA.109p.

MATOS, F.M.V., CONCEIÇÃO, H. Granitogênese associada à parte oeste do Cráton Serrinha e o Greenstone Belt do Rio Itapicuru: Geologia e Tipologia. II Simp. Cráton do São Francisco. SBG/SGM/CNPq, Núcleo Bahia-Sergipe, Salvador -BA, Anais, pp. 60–62. 1993.

MELO R.C. (org.). Pintadas, folha SC.24-Y-D-V: estado da Bahia. Brasília, CPRM, 173 p. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. 1991.

MELO R.C., LOUREIRO H.S.C., PEREIRA L.H.M. (ORGS.), Serrinha, folha SC.24-Y-D: estado da Bahia. Brasília, CPRM, 80 p. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. 1995.

OLIVEIRA, E.P., LAFON, J-M., SOUZA, Z.S. A Paleoproterozoic age for the Rio Capim Vulcano-plutonic sequence, Bahia, Brazil: whole-rock Pb-Pb, Pb-evaporation and U-Pb constrains. Anais XI Congresso Brasileiro de Geologia, SBG, Belo Horizonte-MG. p.14. 1998.

OLIVEIRA, E.P., SOUZA, Z.S., CORREA GOMES, L.C.,. U-Pb dating of deformed mafic dyke and host gneiss (Uauá Block, NE Sao Francisco Craton, Brazil): Implications for understanding reworking process in Archean terranes. Proceedings of First Internationa Symposium on Tectonics of the Brazilian Geological Society, Lençois-Ba. Abstract-volume. 1999

PEREIRA L. H. (org.). Serrinha, folha SC.24-Y-D-V: estado da Bahia. Brasília, DNPM, 134 p. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. 1992.

59

RIOS D.C., CONCEIÇÃO H., MACAMBIRA M.J.B, BURGOS C.M.G., PEIXOTO A.A., CRUZ FILHO B.E., OLIVEIRA L.L., LISBOA M.P. Granitogênese da Parte Meridional-Oriental do Núcleo Serrinha: Idade, Petrografia e Geoquímica. In: H. Conceição, M.J.M. Cruz, H.J.S. Sá, P. Sabaté (eds.) Contribuição ao Estudo dos Granitos e Rochas Correlatas. Publicação Especial da SBG. Salvador-BA, Núcleo Bahia-Sergipe, 5:91-113. 1998.

RIOS D.C.; DAVIS D.W.; CONCEIÇÃO H.; DAVIS W.J.; ROSA M.L.S.; DICKINS A.P. Geologic evolution of the Serrinha nucleus granite-greenstone terrain (NE Bahia, Brazil) constrained by U-Pb single zircon geochronology. Precambrian Research. 2009.

RIOS, D.C. Granitogênese no Núcleo Serrinha, Bahia, Brasil: Geocronologia e Litogeoquímica. Unpub.: Ph.D. Thesis. Federal University of Bahia, 239 p. 2002.

Rios, D.C., Davis, D.W., Conceição, H., Rosa, M.L.S., Davis, W.J., Dickin, A.P., Marinho, M.M., Stern, R. 3.65–2.10 Ga history of crust formation from zircon geochronology and isotope geochemistry of the Quijingue and Euclides plutons, Serrinha nucleus, Brazil. Precambrian Res. 167 (1–2), 53–70. 2008.

SCHRANK, A. & SILVA, M.G. Greestone Belts do Cráton do São Francisco, Brasil. In: J.M.L. Dominguez & A. Misi (Eds.), O cráton do São Francisco: reunião preparatória do II Simpósio sobre o Cráton do São Francisco, p. 85-118. 1993.

SEIXAS, S.R.M., MARINHO, M.M., MORAES FILHO, O., AWOZIEJ, J. Projeto Bahia II – Geologia das Folhas Itaberaba e Serrinha. Escala 1:250.000 – Relatório Final. DNPM/CPRM. Salvador. 1:248p. 1975.

SILVA M.G. Evidências de uma Tectônica de Colisão-Subducção no Proterozóico Inferior do Estado da Bahia. In: SBG, Simp. Geol. Nordeste, 14, Recife-PE, Anais, 216-219. 1991.

SILVA M.G. Evidências isotópicas e geocronológicas de um fenômeno de acrescimento crustal transamazônico no Cráton do São Francisco, Estado da Bahia. In: SBG, Cong. Bras. Geol., 37, São Paulo-SP, Boletim de Resumos Expandidos, 2:181-182. 1992a.

SILVA M.G. O Greenstone Belt do Rio Itapicuru: uma bacia do tipo back-arc fóssil. Rev. Bras. Geoc.. 22:157-166. 1992b.

SILVA, M.G. A Seqüência Vulcanossedimentar do Médio Itapicuru, Bahia: caracterização petrográfica, considerações petrogenéticas preliminares e zoneografia metamórfica. Dissert. de mestrado. CPG em Geologia. IGEO – UFBA. Salvador – BA. 88p. 1983.

STRECKEISEN, A. Classification and nomenclature of plutonic rocks. Recommendations of the IUGS Subcommission of the Systematics of Igneous Rocks. Geologische Rundschau Internationale Zeitschrift für Geologie. Stuttgart, Vol. 63.

60

WINGE M. & DANNI J.C.M. Compartimentos geotectônicos pré-Brasilianos entre Caratacá e Bendengó; Mun. Uauá - BA. In: SBG, Cong. Bras. Geol., 31, Camboriú-SC, Anais, 5: 2785-2795.1980.

WINGE M. A seqüência vulcanossedimentar do Grupo Capim - Bahia. In: P.V.S. V. Sá e F.B. Duarte (eds.) Geologia e Recursos Minerais da Bahia. Textos Básicos. Salvador-BA, SME/COM, 5:43-93. 1984.

61

ANEXO – FICHAS PETROGRÁFCAS

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1623

62

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/59

8821451

498695

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

453 Faz. Lagoa Eguas

Tipo Litológico Nome do Corpo

Monzosienito Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta textura gnaissica bem definida, com pórfiros de feldspato variando de 2 a 3 cm imersos em

matriz de biotita e quartzo.

Microscopicamente – A rocha é inequigranular, com granulometria variando de 0,02 a 3,72mm e matriz perfazendo 35% da

rocha em meio a porfiroclástos de Oligoclásio e Ortoclásio. As texturas ocorrentes são mimerquít ica, antipertítica,

granoblástica granular, nematoblástica, de cominuição de grãos e lepidoblástica.

MINERAIS

%

Quartzo

Plagioclásio

46

26

Biotita

Anfibólio

K-feldspato

Apatita

Zircão

Opacos

13

8

7

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 58 Q 46

A 9 A+P 33

P 33 M 21

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1623

63

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo

O quartzo representa cerca de 46% do volume da rocha. Sua granulometria varia de 0,05 a 1,76mm (fina a média). Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados, em contato curvo com a biotita e com o plagioclásio.

Plagioc lásio – Oligoclás io

Constitui em torno de 26% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de 0,02 a

3,72mm. Apresenta teor de anortita em torno de 18%. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos e geralmente estão

em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Em alguns locais ocorre em contato interdigitado com o quartzo. Alguns grãos

apresentam geminação segundo a Lei Albita. As vezes ocorre formando Antipertitas em gotículas.

Biot ita

Compõe por volta de 13% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Quanto à granulometria é

fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,88mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, por vezes em contato curvo

com o quartzo e retilíneo com o plagioclásio. Seus grãos estão dispostos orientados, formando a textura lepidoblástica.

Anfibólio – Hornblenda

Constitui em média 8% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Possui granulometria

variando de 0,27 a 0,50mm (granulometria fina). Quanto à forma, os grãos são predominante subidioblásticos, geralmente em contato

retilíneo com o quartzo e com a biotita, e também em contato curvo com o quartzo.

K-feldspato – Or toclásio

Perfaz em torno de 5% do volume da rocha. Possui granulometria variando de fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,1 a

1,03mm. Os grãos são predominantemente subidioblásticos. Ocorre também formando as antipertitas.

K-feldspato – Microcl ina

Representa cerca de 2% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, com tamanhos variando de 0,35 a 0,67mm. Os grãos são

predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo e com a biotita. Apresenta geminação fraca, segundo a Lei Albita-

Periclina.

Apat ita

Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,16mm. Os grãos são

predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões no quartzo.

Zircão

Ocorre na fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com tamanho

dos grãos variando de 0,26 a 0,9mm. Seus grãos são subédricos, formando contato retilíneo com o plagioclásio.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1623

64

Minerais opacos

Ocorrem na fase acessória. Possuem granulometria fina a média, variando de 0,1 a 1,03mm. Seus grãos são predominantemente

subédricos, em geral formando contato retilíneo com o plagioclásio.

6 - NOME DA ROCHA

Proto-milonito granodiorítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Rocha formada no fácies anfibolito.

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

25/ 11/ 2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Aspecto geral da rocha com nicóis cruzados.

Pode-se verificar a presença de grãos cominuídos e

porfiroclastos de Andesina e Ortoclásio.

Foto – Textugra lepidoblástica. Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1624

65

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/61

8819490

495083

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

455

Tipo Litológico Nome do Corpo

Sienito

gnáissico

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta bandamento gnássico, anternando níveis de feldspato alcalino.

Microscopicamente – A rocha é inequigranular, granulometria varia de 0,02 a 4,8mm, com matriz perfazendo 52% da rocha

em meio a porfiroclástos de Ortoclásio e Microclina. As texturas presentes são: mimerquítica, pertítitica, antipertítica,

cominuição de grãos e textura milonítica.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo

O quartzo representa cerca de 25% do volume da rocha. Sua granulometria viria de 0,02 a 1,02mm (fina a média). Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados.

MINERAIS

%

K-feldspato

Quartzo

40

25

Plagioclásio

Hornblenda

Biotita

Apatita

Zircão

Opacos

16

13

6

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 31 Q 25

A 49 A+P 56

P 20 M 19

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1624

66

K-feldspato – Or toclásio

Representa cerca de 24% do volume da rocha. Possui granulometria variando de fina a média e tamanho dos grãos variando de 0,92 a

4,8mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo.

K-feldspato – Microcl ina

Constitui cerca de 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, cujo tamanho dos grãos varia de 0,08 a 0,62mm. Os grãos são

predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

Plagioc lásio

Perfaz em torno de 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,03 a 0,82mm.

Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente ocorrendo como inclusões no Ortoclásio. Não foi possível

determinar o teor de anortita, pois as geminações foram parcialmente destruídas por processos de alteração hidrotermal.

Anfibólio – Hornblenda

Compõe em média 13% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Possui granulometria

variando de 0,31 a 4,5mm (granulometria fina a média). Quanto à forma, os grãos são predominante xenoblásticos, geralmente em contato

serrilhado com os grãos de feldspatos alcalinos.

Biot ita

Representa em torno de 6% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Quanto à granulometria é

fina com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 0,41mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, orientados, por vezes em

contato curvo com o quartzo. Geralmente ocorre associado a Hornblenda, como resultante de desestabilização deste durante sua formação.

Apat ita

Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,16mm. Os grãos são

predominantemente anédricos, geralmente formando contato curvo com o ortoclásio.

Zircão

Compõe como fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com

tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,22mm. Seus grãos são subédricos, formando contato curvo com a microclina.

Minerais opacos

Constituem as fases acessórias. Possuem granulometria fina, variando de 0,1 a 0,16mm. Seus grãos são anédricos, em geral formando

contato curvo com a biotita.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1624

67

6 - NOME DA ROCHA

Milonito granítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

28/ 02/ 2011

19/ 04/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Microclina em contato curvo com quartzo e

Cominuição de grãos. Nicóis cruzados

Foto – Pertita em flâmulas associada a microclina.

Nicóis cruzados

Foto – Aspecto geral da rocha. Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1625

68

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/61

8815773

494453

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

457

Tipo Litológico Nome do Corpo

Gnaisse Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – A rocha apresenta pórfiros de feldspato alcalino na forma de augen.

Microscopicamente – A rocha é inequigranular, sua granulometria varia de 0,02 a 1,04mm com matriz compondo cerca de

75% da rocha em meio a porfiroclástos de Plagioclásio, Microclina e Hornblenda. As texturas ocorrentes são: textura de

cominuição, pertítica, mimerquítica e granoblástica granular.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo

O quartzo representa cerca de 38% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,9mm.

Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados em contato curvo com a biotita e o plagioclásio.

MINERAIS

%

Quartzo

Anfibólio

38

28

Plagioclásio

K-feldspato

Biotita

Apatita

Zircão

Opacos

20

8

6

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 58 Q 38

A 12 A+P 28

P 30 M 34

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1625

69

Anfibólio – Hornblenda

Representa por volta de 28% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de marrom a verde escuro. Possui granulometria

fina a média, variando de 0,08 a 1,06mm. Quanto à forma, os grãos são predominante subidioblásticos, geralmente em contato curvo com

o quartzo, ocorrendo associado com a biotita e minerais opacos. Apresenta inclusões de apatita.

Plagioc lásio

Compõe em média 20% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de 0,64 a

1,02mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente apresentando contato cerrilhado com a hornblenda.

Os grãos ocorrem também saussuritizados e sericitizados. Não foi possível a determinação do tipo de plagioclásio em função da ausência

de seções com geminação segundo a Lei Albita.

K-feldspato – Microcl ina

Perfaz em torno de 8% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, cujos grãos possuem tamanhos variando de 0,1 a 0,44mm. Os

grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação incipiente, segundo a Lei Albita-

Periclina.

Biot ita

Representa em torno de 6% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Apresenta granulometria

fina com tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,38mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, geralmente associados a

hornblenda e opacos.

Apat ita

Ocorre na fase acessória. Sua granulometria é fina com tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,14mm. Os grãos são predominantemente

anédricos, geralmente ocorrendo como inclusões em quartzo e em hornblenda.

Zircão

Ocorre na fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom pálido em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com

tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,16mm. Seus grãos, em geral são euédricos, formando contato retilíneo com a biotita.

Minerais opacos

Compõem a fase acessória. Possuem granulometria fina a média, variando de 0,08 a 1,5mm. Seus grãos são subédricos, em geral em

contato retilíneo com a hornblenda. Ocorre com inclusões de apatita.

6 - NOME DA ROCHA

Milonito granodiorítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1625

70

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

28/ 02/ 2010

19/ 04/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Textura granoblástica granular e contato

retilíneo de quartzo com plagioclásio. Nicóis cruzados Foto – Aspecto geral da rocha. Luz Plana.

Foto – Pertita em flâmulas. Nicóis cruzados. Foto – Mimerquita em contato curvo com microclina e

com quartzo. Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1627

71

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/63

8807893

494593

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

460

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito/Granid.

Gnássico

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – A rocha apresenta textura fanerítica fina a média. Sua textura sugere fusão parcial/ migmatização.

Microscopicamente – Inequigranular, cuja granulometria varia de 0,01 a 3,8mm, com matriz constituindo cerca de 20% da

rocha, com clastos de feldspatos alcalinos e plagioclásios lentiformes ou arredondados. Texturas presentes: cominuição de

grãos, pertítica, lepidoblástica e sombra de pressão.

MINERAIS

%

Plagioclásio

38

K-feldspato

Quartzo

30

27

Biotita

Apatita

5

<1

Zircão

Opacos

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 28 Q 27

A 32 A+P 68

P 40 M 5

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1627

72

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioc lásio

Compõe cerca de 38% do volume da rocha. Sua granulometria é fina, com tamanho dos grãos variando de 0,02 a 0,44mm. Os grãos

predominantemente xenoblásticos geralmente em contato curvo com a biotita. Apresenta aspecto turvo, por vezes oriundo, visívelmente,

dos processos de sericitização e saussuritização. Às vezes contém inclusões de quartzo arredondadas. Não foi possível determinar o teor de

anortita, pois a geminação dos grãos de plagioclásio foi destruída por processos de alteração hidrotermal.

Quartzo

Representa em torno de 27% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,02 a 0,44mm. Os grãos são predominantemente

xenoblásticos em contato curvo com o plagioclásio e com a biotita. Muitos grãos estão estirados indicando para atuação do metamorfismo

dinâmico.

K-feldspato – Or toclásio

Constitui em média 25% do volume da rocha. Apresenta granulometria média com tamanho dos grãos variando de 1,02 a 3,8mm. Ocorre

predominantemente anédrico, em geral em contato curvo com a biotita.

K-feldspato – Microcl ina

Compõe cerca de 5% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,63 a 0,65mm. Ocorre predominantemente xenoblástico em

contato serrilhado com a biotita e com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

Biot ita

Representa por volta de 5% do volume da rocha. Apresenta pleocrísmo variando amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia

de 0,02 a 0,34mm. Ocorre predominantemente subidioblástico em contato curvo com o quartzo e o plagioclásio.

Apat ita

Constitui fases acessórias. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,2 a 0,52mm. Forma ex-solução,

provavelmente de monazita. Ocorre predominantemente anédrico em contato curvo com o plagioclásio.

Zircão

Compõe as fases acessórias. Incolor em luz plana. Apresenta granulometria fina, variando de 0,02 a 0,04mm. Seus grãos são, em geral,

subédricos em contato retilíneo com a biotita. Ocorre também como inclusão na biotita, formando halos pleocróicos.

Minerais opacos

Ocorrem como fases acessórias. Apresentam granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,01 a 0,06mm. Em geral, ocorrem

associados a matriz. Seus grãos são predominantemente subédricos em contato retilíneo com o quartzo.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1627

73

6 - NOME DA ROCHA

Proto-milonito Granítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

14/ 12/ 2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Aspecto geral da rocha e textura milonítica. Nicóis

cruzados.

Foto - Cominuição de grãos. Nicóis cruzados.

Foto – Plagioclásio bastante sericitizado indicando para

atuação de hidrotermalismo de alto grau. Nicóis

cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1628

74

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/64

8805892

495021

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

461

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito/

Granodiorito

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores , Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica, fina a média, cor cinza-róseo com pequenos augen de quartzo e feldspato.

Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 4,5mm. A matriz perfaz cerca de 60% do

volume da rocha com clastos de plagioclásio e feldspato alcalino, arredondos ou lentiformes. Texturas presentes:

mimerquítica, matriz de cominuição, sombra de pressão, pertítica, antipertítica e lepidoblástica.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioc lásio

Representa cerca de 40% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,12 a

2,27mm. Os grãos são em geral anédricos em contato curvo com a biotita. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da

geminação dos grãos de plagioclásio estar parcialmente destruída por processos de alteração hidrotermal.

MINERAIS

%

Plagioclásio

40

K-feldspato

Quartzo

32

21

Biotita

Apatita

Zircão

Opacos

7

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 23 Q 21

A 34 A+P 72

P 43 M 7

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1628

75

Quartzo

Representa cerca de 21% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina com tamanho variando de 0,01 a 0,25mm. Seus grãos estão

presentes exclusivamente na matriz de cominuição e no geral são xenoblásticos em contato curvo com a biotita e serrilhado com o

plagioclásio.

K-feldspato – Or toclásio

Compõem cerca de 18% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,01 a 1,12mm. Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos em contato curvo com a biotita.

K-feldspato - Microcl ina

Constitui em torno de 14% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,12 a 1,32mm. Seus grãos são, em geral,

xenoblásticos em contato curvo com o quartzo.

Biot ita

Representa em torno de 7% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria varia de

fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 4,5mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com

o quartzo e o plagioclásio.

Apat ita

Ocorre como fase acessória. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,12mm. Em geral seus grãos são subédricos.

Zircão

Constitui as fases acessórias. Incolor em luz plana apresenta granulometria fina, variando de 0,02 a 0,06mm. Em geral, seus grãos são

anédricos em contato curvo com a biotita.

Minerais opacos

Compõem as fases acessórias. Apresentam granulometria fina variando de 0,04 a 0,3mm, com grãos, em geral, xenoblásticos em contato

curvo com os grãos de plagioclásio.

6 - NOME DA ROCHA

Milonito granítico.

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

25/ 11/2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1628

76

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Textura milonítica e cominuição dos grãos com

nicóis cruzados.

Foto – Sombra de pressão. Nicóis cruzados.

Foto – Aspecto geral da rocha em luz natural.

Foto – Antipertita em porções. Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1629

77

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/83

8821451

498695

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

462

Tipo Litológico Nome do Corpo

Porção félsica

do gnáisse

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Porção félsica do gnáisse. Apresenta coloração rosa e com granulometria fina a média.

Microscopicamente – A rocha é inequigranular. O tamanho dos grãos varia de 0,9 a 3,23mm. A rocha apresenta matriz

perfazendo apenas cerca de 25% do seu volume, com pórfiros de plagioclásio, microclina, ortoclásio e hiperstênio. As

texturas ocorrentes são: pertítica, mimerquítica e cominuição de grãos.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

K-feldspato – Microcl ina

Compõe cerca de 39% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,28 a 3,23mm.

Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, formando contato curvo com os grãos de quartzo e de piroxênio (hiperstênio). Ocorrem

também saussuritizados.

MINERAIS

%

K-feldspato

Quartzo

51

26

Plagioclásio

Piroxênio

Apatita

Zircão

Opacos

19

4

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 27 Q 26

A 53 A+P 70

P 20 M 4

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1629

78

Quartzo

Constitui por volta de 26% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,04 a 0,2mm.

Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos e estão em contato interdigitado com o plagioclásio e curvo com a

microclina.

Plagioc lásio

Compõe em média 19% do volume da rocha. Quanto à granulometria é fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,52 a 1,08mm.

Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente formando contato serrilhado com a microclina. Os grãos ocorrem bastante

saussuritizados, indicando para alto grau de hidrotermalismo. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da ausência de

geminação albita adequada devido a alteração dos cristais de plagioclásio.

K-feldspato – Or toclásio

Representa em torno de 12% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,18 a

1,03mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos, formando as pertitas. Geralmente ocorre em contato curvo com o plagioclásio.

Piroxênio – Hiperstênio

Representa por volta de 4% do volume da rocha. Levemente pleocróico com coloração verde pálido. Possui granulometria fina a média,

variando de 0,51 a 1,18mm. Quanto à forma, os grãos são predominante xenoblásticos e estão em contato curvo com os grãos de quartzo e

de microclina. Os grãos, em geral, apresentam borda de reação e estão bastante alterados.

Apat ita

Constitui as fases acessórias. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,02 a 0,04mm. Os grãos são

predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões na microclina.

Zircão

Ocorre como fase acessória. Incolor em luz plana. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,14mm. Seus

grãos são subédricos, ocorrendo como inclusão no hiperstênio.

Minerais opacos

Compõem as fases acessórias. Possuem granulometria fina, variando de 0,02 a 0,06mm. Seus grãos são predominantemente anédricos,

geralmente associados a matriz.

6 - NOME DA ROCHA

Proto-milonito granítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1629

79

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

25/ 11/ 2010

13/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Aspecto geral da rocha. Nicóis cruzados. Foto – Pertita em flâmulas associada a microclina.

Nicóis cruzados

Foto – Plagioclásio bastante sericitirado e saussuritizado.

Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1634

80

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/70

8799160

480714

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

467

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito/

Granodiorito

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta cor cinza, isotrópico, com granulometria fina a média.

Microscopicamente – A rocha é inequigranular. Possui granulometria variando de 0,01 a 1,64mm. Texturas ocorrentes:

mimerquítica, pertítica e subidiomórfica.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioc lásio – Oligoclás io

Representa em torno de 56% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,58 a 1,44mm. O teor de anortita varia é

13%. Apresenta grãos geralmente subédricos em contato retilíneo com o quartzo e curvo com a biotita. Os grãos sofreram processo de

saussuritização.

MINERAIS

%

Plagioclásio

56

K-feldspato

Quartzo

29

10

Biotita

Apatita

Zircão

Opacos

5

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 11 Q 10

A 30 A+P 85

P 59 M 5

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1634

81

K-feldspato - Microcl ina

Compõe em média 22% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,64 a 1,20mm.Os

grãos são predominantemente anédricos, formando contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

Quartzo

Constitui em média 10% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,9mm. Ocorre, em

geral, anédrico em contato curvo e retilíneo com o plagioclásio.

K-feldspato - Or toclásio

Representa cerca de 7% do volume da rocha. Sua granulometria é média e varia de 1,20 a 1,33mm. É pertítico e alguns grãos estão

parcialmente microclinizados. Os grãos, em geral, são anédricos em contato curvo com o plagioclásio e com o quartzo.

Biot ita

Compõe em torno de 5% do volume da rocha. Apresenta pleocrísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia

de 0,01 a 0,64mm. Em geral, seus grãos são subédricos em contato retilíneo com o quartzo. Apresenta inclusões de zicão formando halos

pleocróicos. Alguns grãos estão cloritizados. Ocorre também grãos parcialmente substituídos por moscovita paralelamente as clivagens.

Apat ita

Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina, variando de 0,04 a 0,14mm. Seus grãos são predominante subédricos e ocorrem

geralmente inclusos nos plagioclásios.

Zircão

Compõe as fases acessórias. Marrom em luz natural. Possui granulometria fina, variando de 0,1 a 0,14mm. Seus grãos são, em geral,

subédricos.

Minerais Opacos

Constituí fase acessória. Apresentam granulometria fina a média, variando de 0,12 a 1,64mm. Os grãos são predominantemente subédricos

geralmente em contato curvo com a biotita.

6 - NOME DA ROCHA

Quartzo Monzodiorito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

A presença de grãos de plagoclásio com tendência subédrica contendo quartzo e/ou mimerquita sugere uma ordem de cristalização. Também pode-se verificar esta ordem de cristalização pela presença de restos de plagioclásio corroídos com inclusões em microclina.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1634

82

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

02/ 09/ 2010

13/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Pertita em flâmulas em contato com mirmequita e

microclina geminada segundo a Lei Albita Periclina.

Nicóis cruzados.

Foto – Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz

natural.

Foto – Aspecto geral da rocha em ortoscópio.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1635

83

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

8/71

8795674

483745

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

469

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito-gnaisse

migmatítico

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica fina a média, com estrutura indicando para processo de migmatização.

Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 2,7mm. Texturas presentes: pertítica em

flâmula, cominuição de grãos, xenoblástica e lepidoblástica.

MINERAIS

%

Plagioclásio

37

K-feldspato

Quartzo

32

25

Biotita

Titanita

6

<1

Apatita

Zircão

Opacos

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 27 Q 25

A 34 A+P 69

P 39 M 6

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1635

84

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioc lásio

Representa cerca de 37% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,19 a 2,7mm. Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo e a biotita. Em geral os grãos sofreram processo de suassuritização e

sericitização, impossibilitando a determinação do teor de anortita.

Quartzo

Constitui em média 25% do volume da rocha. Apresenta granulometria variando de fina a média e tamanho dos grãos de 0,6 a 1,1mm. Os

grãos são predominantemente xenoblásticos.

K-feldspato - Or toclásio

Constitui em torno de 17% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,72 a 1,82mm. Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos em contato curvo com os grãos de quartzo.

k-feldspato - Microc lina

Compõe por volta de 15% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,7 a 2,2mm. Em geral, seus grãos são

xenomórficos em contatos curvo e serrilhado com os grãos de quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina.

Biot ita

Representa cerca de 6% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia

de 0,04 a 0,88m. Seus grãos são, em geral, subidioblásticos em contato curvo com o quartzo e o plagioclásio.

Esfeno ( t i tanita)

Ocorre como fase acessória. Pleocróico, com coloração variando de marrom claro a marrom escuro. Apresenta granulometria fina,

variando de 0,06 a 0,08mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita.

Apat ita

Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina, variando de 0,06 a 0,08mm. Seus grãos, em geral, são euédricos.

Zircão

Compõe as fases acessórias. Marrom em luz plana. Sua granulometria é fina e varia de 0,06 a 0,1mm. Os grãos, em geral, são subédricos

em contato curvo com a biotita. Alguns grãos apresentam zoneamento.

Minerais opacos

Constituem as fases acessórias. Apresentam granulometria variando de 0,04 a 0,23mm. Seus grãos são predominantemente subédricos.

Estão parcialmente substituídos por titanita nas bordas indicando ser enriquecido em titânio, provavelmente ilmenita ou ilmenomagnetita.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1635

85

6 - NOME DA ROCHA

Proto-milonito granítico

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

28/ 09/ 2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Ortoclásio pertítico parcialmente microclinizado.

Nicóis cruzados.

Foto – Aspecto geral da rocha, com concentração de

biotita. Luz natural.

Foto – grãos cominuídos – clastos de plagioclásio em

meio a matriz de cominuição/ recristalização

metamórfica. Nicóis cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1647

86

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/83

8825297

482619

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

489 Quaititú

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito-gnaisse

fino do Quaitito

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta granulação fina e bandamento gnássico.

Microscopicamente – Equigranular. Possui granulometria variando de 0,01 a 0,64mm. Texturas ocorrentes: subidiomórfica e

holocristalina.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo

Representa cerca de 42% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,41mm. Seus grãos são predominantemente

subédricos em contato curvo com o plagioclásio.

MINERAIS

%

Quartzo

42

Plagioclásio

Biotita

Titanita

Apatita

Zircão

Opacos

36

22

<1

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 54 Q 42

A 0 A+P 36

P 46 M 22

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1647

87

Plagioc lásio - Oligoclás io

Compõe em média 36% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, variando de 0,31 a 0,64mm. O teor de anortita medido foi

12%. Seus grãos são predominantemente subédricos e estão em contato curvo com os grãos de quartzo.

Biot ita

Constitui em torno de 22% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e

varia de 0,03 a 0,5mm. Seus grãos são, geralmente, subédricos, com contatos curvo e retilíneo com o quartzo.

Esfeno (T itanita)

Ocorre como fase acessória. Pleocróico, com cor variando de marrom claro a marrom escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a

0,14mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e a biotita. Por vezes ocorrem nas bordas de minerais opacos

substituindo-os parcialmente.

Apat ita

Constitui as fases acessórias. Sua granulometria é fina e varia de 0,06 a 0,12mm. Seus grãos, em geral, são subédricos em contato retilíneo

com o quartzo.

Zircão

Compõe as fases acessórias. Incolor em luz plana. Possui granulometria fina, variando de 0,04 a 0,1mm. Seus grãos são subédricos em

contato curvo com a biotita e com o quartzo.

Minerais opacos

Ocorrem como fases acessórias. Apresentam granulometria fina, variando de 0,04 a 0,28mm. Seus grãos são, em geral, euédricos em

contato retilíneo com os grãos de quartzo.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Tonalito.

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

É uma rocha claramente ígnea, sem metamorfismo importante.

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

25/ 11/ 2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1647

88

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Aspecto geral da rocha. Luz natural. Foto – Agregados de titanita e biotia. Luz natural.

Foto – Contatos curvo e retilíneo da biotita com o

quartzo. Nicóis Cruzados.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1648

89

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

5/84

8830309

486171

SC.24-O-IV Euclides da Cunha

Nº do Ponto Referências do Ponto

490 Ruylândia

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito-ganisse

M-G

Complexo Uauá

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica fina a média, com alternância de faixas ricas em feldspato ou quartzo.

Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 1,2mm. Texturas ocorrentes: pertítica

mimerquítica, cominuição de grãos e lepidoblástica. A rocha apresenta um bandamento gnáissico incipiente e descontínuo

com bandas de biotita alternadas com porções quartzo feldspáticas nas quais os grãos de quartzo e feldspatos estão

alongados. Em geral a granulação média da rocha se situa em torno de 1,2mm, porem existem porções da mesma rocha em

que ocorre cominuição e o tamanhos dos grãos atingem 0,02mm, caracterizando zonas onde a cominuição predomina em

relação a recristalização.

MINERAIS

%

Quartzo

35

K-feldspato

Plagioclásio

33

25

Biotita

Apatita

Zircão

Opacos

7

<1

<1

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 38 Q 35

A 35 A+P 58

P 27 M 7

TOTAL 100 TOTAL 100

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1648

90

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo

Representa cerca de 35% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,80mm. Em geral, apresenta grãos

xenoblásticos, fortemente estirados em contato curvo com a microclina.

Plagioc lásio

Perfaz em torno de 25% do volume da rocha. Incolor ou turvo em luz plana, devido a sericitização incipiente a avançada. Apresenta

granulometria fina, variando de 0,39 a 0,62mm. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da geminação albita estar

parcialmente destruída por processos de alteração hidrotermal. Seus grãos são, em geral, xenoblásticos, em contato curvo com o quartzo.

K-feldspato - Or toclásio

Constitui em média 17% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, variando de 0,24 a 0,62mm. Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos.

K-feldspato - Microcl ina

Compõe cerca de 16% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,31 a 1,12mm. Seus grãos são

predominantemente xenoblásticos.

Biot ita

Representa cerca de 7% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Possui granulometria fina,

variando de 0,02 a 0,98mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, em geral estão em contato curvo com os grãos de quartzo

e retilíneo com os grãos de plagioclásio.

Apat ita

Ocorre na fase acessória. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,1mm. Seus grãos são predominantemente subédricos em contato

retilíneo com o plagioclásio.

Zircão

Constitui a fase acessória. Incolor em luz plana. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,06mm. Seus grãos, em geral, são anédricos e

estão em contato curvo com a microclina.

Opacos

Compõem a fase acessória. Apresentam granulometria fina, variando de 0,34 a 0,42mm. Seus grãos são subédricos em contato retilíneo

com o plagioclásio.

Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 1648

91

6 - NOME DA ROCHA

Granito gnaisse

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Parte dos grãos sofreram recristalização. No entanto a maior parte dos grãos são ígneos.

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

Salvador (UFBA)

02/ 11/ 2010

26/ 01/ 2011

Danilo de Souza Santos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – aspecto geral da lâmina e textura xenoblástica.

Nicóis cruzados.

Foto – Cominuíção dos grãos e textura milonítica.

Nicóis cruzados.

Foto – Pertita em flâmulas. Nicóis cruzados. Foto – Mimerquita em contato curvo com pertita e com

quartzo.


Recommended