Fraturas do fêmur Fraturas do fêmur e da tíbiae da tíbia
Rita Angelo
Maior osso do corpo / grande massa muscular
Pacientes jovens (20 a 50 anos) Trauma de grande energia /
fratura exposta Sangramentos (1,5l) lesão
arterial Infecção
Fratura Diafisária do Fêmur
DIAGNÓSTICO É evidente, sinais
claros Perfusão distal Exame neurológico Rx AP + P Quadril e joelho
(associação)
Fratura Diafisária do Fêmur
TRATAMENTO Tração esquelética
(cirúrgico ou não) Tto conservador
(exceção): gesso pélvico-podálico
Tto cirúrgico: placa; haste IM; fixadores externos
Fratura Diafisária do Fêmur
Fratura Fêmur Distal
A região condilar do fêmur distal é complexa
Área situada a 9 cm a partir da superfície articular
Área de junção entre a metáfise e diáfise do fêmur
Nesta área a cortical é delgada e a matriz óssea diminui de intensidade
Fratura Fêmur Distal
Na marcha, na fase de apoio, a superfície articular do joelho é paralela ao solo
Nas reduções de fraturas desta área esta situação deve ser observada e atingida na integridade
As fixações musculares produzem desvios característicos nestas fraturas
Fratura Fêmur Distal
O QDS e os tendões flexores causam encurtamento
O adutor magno causa deslocamento medial e angulação em varo
Os gastrocnêmios produzem deslocamentos posteriores e angulação do vértice posterior no local da fratura. São responsáveis pelos desvios rotacionais nas fraturas intercondileanas
Fratura Fêmur Distal
Mecanismos das Fraturas A maioria ocorre em dois grupos de pessoas: Jovens = trauma de grande energia. Trauma
direto com joelho flexionado. Acidente de auto.
Idosos = trauma de baixa energia, com ação de compressão axial combinado com forças rotacionais em valgo ou varo. Queda comum
Fratura Fêmur DistalDiagnóstico Clinico:
História do trauma Estado clínico geral Lesões associadas Fratura aberta ou fechada
Exame Físico: Dor, deformidade, integridade da pele,
comprometimento neurovascular, verificar a pressão intracompartimental
Fratura Fêmur Distal
Classificação: Todas fazem distinções entre intra e extra articulares.
A classificação mais comum é a da AO/ASIF que as divide em três grupos.
Tipo A: Extra articular Tipo B: Unicondilear Tipo C: Bicondilear
Fratura Fêmur Distal
TIPO A
TIPO B
TIPO C
Fratura Fêmur Distal
TRATAMENTOS: CIRÚRGICO NÃO CIRÚRGICO (?) Estudos mostram a necessidade
sempre do tratamento cirúrgico, principalmente nas fraturas abertas, expostas e articulares
Fratura Fêmur Distal
TRATAMENTOS NÃO CIRÚRGICOS Fraturas impactadas ou sem desvios,
onde as condições clínicas do paciente não permitem um tratamento cirúrgico
TRM FIXADORES EXTERNOS, nas fraturas
desviadas nos casos clínicos complicados Em alguns casos a tração e gesso estão
indicados
Fratura Fêmur DistalTRATAMENTO CIRÚRGICO:
Fraturas expostas Fraturas associadas a lesões vasculares Fraturas associadas com síndrome
compartimental estabelecida ou por acontecer
Fraturas intra-articulares desviadas Fraturas ipsilateral concomitante Fraturas irredutíveis e as patológicas
Fratura Fêmur Distal
OBJETIVOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO: Restaurar a congruência articular Reestabelecer comprimento e
alinhamento ósseo Fornecer estabilidade na fixação para
permitir a mobilização precoce do membro inferior lesionado e do paciente
Fratura Fêmur Distal
IMPLANTES MAIS UTILIZADOS: Placa angular de 95º Parafusos condilar dinâmico (placa
lateral) Placa de suporte condilar Hastes Intramedulares bloqueadas Fixadores externos Parafusos percutâneos
Fratura Fêmur Distal Placa angular de 95º
Fratura Fêmur Distal Placa angular de 95º
Fratura Fêmur Distal
Haste intramedular bloqueada
Fratura Fêmur Distal Haste intramedular bloqueada
Fratura Fêmur Distal
COMPLICAÇÕES: Pseudoartrose Consolidação viciosa Perda da redução Rigidez do joelhoRigidez do joelho Infecção
Fratura do Planalto Tibial
Fraturas de solução de continuidade da superfície articular da tíbia proximal que compromete a cartilagem articular bem como a epífise e metáfise
Fratura do Planalto Tibial
No planalto tibial existe uma inclinação posterior para baixo para facilitar o deslizamento e rotação dos côndilos femurais no movimento de flexão
Esta inclinação varia entre 10º a 15º Inserção dos meniscos e dos
ligamentos cruzados
Fratura do Planalto Tibial
Epidemiologia: 1% das fraturas totais do esqueleto 8% das fraturas dos idosos Planalto lateral (2X mais freqüente) Intrarticular Joelho E + envolvido que o D =
posição do joelho do motorista no ato da colisão
Esportistas: 5 a 10% das fraturas Acidente de trânsito, atropelamento Lesão ligamentar associada (20%
dos casos)
Fratura do Planalto Tibial
Fratura do Planalto Tibial
Mecanismos da Fratura: Acidentes automobilísticos Forças em valgo ou varo +
compressão axial Forças laterais, mediais e
bicondilares são comuns
DIAGNÓSTICO Sinais gerais Deformidade Instabilidade Derrame articular
(gotículas de gordura) Rx: AP, P, oblíquas,
túnel Rx sob estresse RNM / TAC
Fratura do Planalto Tibial
Fratura do Planalto Tibial
Diagnóstico Clínico: Edema Dor Hemartrose Pode ocorrer frouxidão ligamentar Inspecionar artérias poplíteas Síndrome compartimental
CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE SCHATZKER SCHATZKER
Tipo I - Por clivagem pura Tipo II - Clivagem + depressão Tipo III - Depressão central pura. Não há
cunha lateral. A depressão pode ser anterior, posterior ou envolver todo planalto
CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE SCHATZKER SCHATZKER
Tipo IV - Fratura do côndilo medial tipo partição em cunha, esmigalhado e deprimido. Idosos
Tipo V - Fratura bicondilar Tipo VI - Fratura com dissociação da
metáfise e diáfise
TRATAMENTO
Baseia-se nos desvio/afundamento dos fragmentos
Fratura articular = redução anatômica
Fratura do Planalto Tibial
TRATAMENTOFratura sem desvio (< 4mm): tto conservador Imobilização por 6 semanas Movimentação ativa Carga em 2 a 3 mesesFratura com desvio (> 4mm): Cirurgia Movimentação ativa sem carga
Fratura do Planalto Tibial
Fratura do Planalto Tibial
Tratamento: Conservador: fraturas estáveis no
exame ligamentar, e deslocamento articular menor que 2 mm
Cirúrgico: fraturas com deslocamento articular maior que 2,5 mm ou com cisalhamento. Desvios dos fragmentos e instabilidade ligamentar ou funcional
Fratura do Planalto Tibial
Tratamento Cirúrgico: Implantes adequados associando
plastias ou fixações ligamentares
Fratura do Planalto Tibial
Fratura do Planalto Tibial Abordagem
Fratura do Planalto Tibial
Abordagem
COMPLICAÇÕES Déficit de ADM (rigidez articular) Instabilidade Deformidades residuais Artrose precoce Dor Osteoartrite pós-operatória Pseudo artrose Infecção
Fratura do Planalto Tibial
Rita Angelo
Joelho FlutuanteJoelho Flutuante
Combinações de fraturas diafisárias, metafisárias, e intra articulares
Presente na ocorrência de múltiplas fraturas ipsilaterais – fêmur e tíbia – diafisárias e/ou metafisárias
São traumas de grande energia Acidentes de moto ou auto 30% de lesões vasculares e
compartimentais
Joelho FlutuanteJoelho Flutuante Lesões de alta energia: paciente
politraumatizado Fraturas abertas com associação de
lesões vasculares A estabilização cirúrgica de ambas as
fraturas e a mobilização precoce produzem os melhores resultados clínicos
Lesões dos ligamentos colaterais e dos meniscos podem estar associadas
Joelho FlutuanteJoelho Flutuante
Indicação formal de estabilização Tratamento cirúrgico precoce Haste intramedular bloqueada femoral
e tibial
Classificação de Fraser:Classificação de Fraser:
Tipo I: Fraturas extra articulares Tipo II: Classificadas conforme a lesão do
Joelho: IIA= Fratura do platô tibial e diáfise do
fêmur IIB= Fratura intra articular do fêmur distal
e diafisária da tíbia IIC= Fratura intra articular do fêmur e tíbia
Fraturas do JoelhoFraturas do Joelho
Classificação de Fraser:
Fraturas do JoelhoFraturas do Joelho
Fraturas expostas e cominutivas com lesões de partes moles graves
Tutor: fixador externo
Complicações Complicações Síndrome Compartimental Perda do movimento do joelho (joelho
rígido) Falha para diagnosticar a lesão ligamentar Necessidade de amputação Melhores resultados e menos
complicações são observadas quando ambas as fraturas são diafisárias do que quando uma ou ambas são intra-articulares
Fratura de Patela GENERALIDADES
Maior osso sesamóide do corpo Estrutura triangular com ápice inferior Tendão do QDS e tendão patelar 1% de todas as fraturas Mecanismo:
trauma direto (cominutivas) trauma indireto (transverso) mais
freqüentes
Fratura de Patela
DIAGNÓSTICO Incapacidade para
extensão ativa do joelho Rx simples AP + P + axial
Fratura de Patela
TRATAMENTO Conservador
Desvio de 2 a 4 mm Gesso por 4 a 6 semanas Exercícios isométricos para
coxa Carga parcial
Cirúrgico
Fratura dos Ossos da Perna
GENERALIDADES Tíbia: maior incidência de
fratura Elevado índice de fraturas
expostas (face medial da perna é subcutânea)
Tíbia X fíbula: membrana interóssea > estabilidade
Fratura dos Ossos da Perna
MECANISMO Trauma direto: acidente de
trânsito, PAF, atropelamento Trauma indireto: quedas e
competições esportivas Menor energia: comprometimento
menor de partes moles
Fratura dos Ossos da Perna
QUADRO CLÍNICO Dor intensa Incapacidade para deambular Edema / deformidade Inspeção: solução de
continuidade
Fratura dos Ossos da Perna TRATAMENTO
Conservador: baixa energia, sem desvio, sem encurtamento do MI
Cirúrgico: hastes IM, placas , fixador externo
Fratura dos Ossos da Perna
COMPLICAÇÕES
Síndrome compartimental
Consolidação viciosa
Pseudoartrose
Infecção
Fratura do Tornozelo
GENERALIDADES A fratura do tornozelo é
uma lesão óssea e de partes moles
É uma das fraturas mais freqüentes e mais comum na mulher
Fratura bimaleolar Sempre trauma indireto
Fratura do Tornozelo
GENERALIDADES Sendo uma fratura articular, apesar de não
atingir a área de carga da tíbia, necessita sempre de redução anatômica
25 a 30% das vezes há uma luxação do talo. Fratura articular Suporta peso Lesões muito freqüentes Redução cruenta e fixação estável
Fratura do Tornozelo
GENERALIDADES Membrana interóssea Ligamentos Má condução do TTO:
Instabilidades Incongruência Limitação funcional Osteoartrose pós-
traumática
Classificação Existem basicamente dois métodos de
classificação das fraturas do tornozelo, levando em consideração dois parâmetros distintos:
Nível da lesão na fíbula - classificação de Danis-Weber
Mecanismo da lesão que resultou na fratura - classificação de Lauge-Hansen
Classificação de Danis-Weber
TIPO A – fraturas fibulares infra-sindesmais
TIPO B – fraturas fibulares transindesmais
TIPO C – fraturas fibulares supra-sindesmais
A mais comumente encontrada é a tipo A mais comumente encontrada é a tipo B de Danis-WeberB de Danis-Weber
Classificação de Lauge-Hansen
Supinação-adução Supinação-
eversão Pronação-eversão Pronação-abdução
Supinação-aduçãoSupinação-eversão
Pronação-eversão
Pronação-abdução
Fratura do Tornozelo
DIAGNÓSTICO Clínico: dor Grande aumento
de volume Deformidade:
associada a luxação
Fratura do Tornozelo
DIAGNÓSTICO Radiografia
simples: AP com RI de 20º + perfil
TAC: ocasional
Tratamento conservador Tratamento Conservador: fraturas
estáveis e sem desvio Gesso preferencialmente sem carga por
no mínimo 6 semanas Controle radiográfico frequente Fratura bimaleolar tipo Denis Weber A – Fratura bimaleolar tipo Denis Weber A –
gesso mostrando uma redução razoável do maléolo lateral e uma tentativa de redução do maléolo medial
Complicações
Rigidez articular pós-gesso SDCR Instabilidade articular por
consolidação viciosa e lesão da sindesmose
Artrose pós-traumática por lesão de cartilagem, consolidação viciosa e ou corpos livres
Tratamento cirúrgico Redução mais fixação cirúrgica das fraturas
instáveis do tornozelo
Objetivos: Objetivos: Restabelecimento perfeito da anatomia Fixação rígida das fraturas Reparação ligamentar Observação das superfícies cartilaginosas Mobilidade precoce
Tipo A Fixação com parafusos Parafusos de compressão
interfragmentária perpendiculares ao traço de fratura
A fíbula pode ser tratada com banda de tensão, parafusos e placa com uma ponta virada devido ao pequeno tamanho do fragmento distal
Tipo B Tíbia reconstruída com parafusos
paralelos de compressão interfragmentária
Sutura do ligamento da sindesmose A fíbula é fixada com parafuso de
compressão interfragmentária perpendicular a fratura oblíqua
Placa DCP de pequenos fragmentos
Tipo C Parafusos paralelos na tíbia com sutura
da sindesmose Fratura do maléolo com desvio posterior
deve ser analisada A fíbula tratada com fixação rígida com
placa DCP de pequenos fragmentos Quando a fíbula é instável afastando-se
da tíbia, coloca-se parafuso de segurança intersindesmal
Complicações
Infecção Perda da redução Consolidação viciosa Artrose
FISIOTERAPIAFISIOTERAPIA
RESTAURAR A ADM REESTRUTURAR BIOMECANICAMENTE
PROMOVER ESTABILIZAÇÃO DINÂMICA PROMOVER ESTABILIZAÇÃO ESTÁTICA FACILITAR MOVIMENTOS FUNCIONAIS RESTAURAR FEEDBACK PROPRIOCEPTIVO
RESTAURAR DEAMBULAÇÃO
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO
HISTÓRIA : AVDs / AVEs MECANISMO DO TRAUMA PROCEDIMENTO CIRÚRGICO CICATRIZ AVALIAÇÃO ANATÔMICA AVALIAÇÃO FUNCIONAL :
DIFICULDADES CINÉTICA E ESTÁTICA
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO
DORDOR CARACTERÍSTICA :
Tecidos moles extra - articulares Mecânica Inflamatória
PONTOS DOLOROSOS : Trigger points Tender points
TRATAMENTOTRATAMENTO
Conter edema / debelar dor Mobilizar tecido conjuntivo Mobilizar cicatriz Alongar estruturas retraídas Restabelecer a amplitude articular Potencializar grupos
musculares específicos
TRATAMENTOTRATAMENTO
Potencializar grupos musculares do MI Contralateral
Reequilibrar outras articulações dos MMII (cinturas pélvica e escapular*)
Reeducar proprioceptivamente Reeducar a marcha Corrida / saltos Gestual desportivo
PÓS - OPERATÓRIO DE PÓS - OPERATÓRIO DE RECONSTRUÇÃO LIGAMENTARRECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR
DORSIFLEXÃODORSIFLEXÃO
INÍCIO DO INÍCIO DO TRATAMENTOTRATAMENTO
FLEXÃO PLANTARFLEXÃO PLANTAR
INÍCIO DO INÍCIO DO TRATAMENTOTRATAMENTO
FLEXIBILIZAÇÃO FLEXIBILIZAÇÃO DO TECIDO DO TECIDO
CONJUNTIVOCONJUNTIVO
FLEXIBILIZAÇÃO DO GRUPO FLEXIBILIZAÇÃO DO GRUPO MUSCULAR POSTERIOR DA PERNA E MUSCULAR POSTERIOR DA PERNA E
DO PÉDO PÉ
EM CADEIA EM CADEIA CINÉTICA CINÉTICA FECHADAFECHADA
AMPLITUDE AMPLITUDE ARTICULARARTICULAR
AMPLITUDE AMPLITUDE ARTICULARARTICULAR
PLANO PLANO INSTÁVELINSTÁVEL
ESTIMULAÇÃO ESTIMULAÇÃO PROPRIOCEPTIVPROPRIOCEPTIV
AA
Salgado (1995)
DORSIFLEXÃODORSIFLEXÃO
APÓS 1 MÊS DE APÓS 1 MÊS DE TRATAMENTOTRATAMENTO
FLEXÃOPLANTAR FLEXÃOPLANTAR
APÓS 1 MÊS DE APÓS 1 MÊS DE TRATAMENTO TRATAMENTO
AMPLITUDEAMPLITUDEARTICULARARTICULAR
1 MÊS DE 1 MÊS DE TRATAMENTOTRATAMENTO
PLANO INSTÁVELPLANO INSTÁVEL
PLANO INSTÁVELPLANO INSTÁVEL
REEDUCAÇÃO REEDUCAÇÃO DAS FASES DAS FASES DA MARCHADA MARCHA