Impacte ambiental comparado do ciclo de vida de betão
com agregados grossos reciclados e naturais
Ana Margarida Gaspar de Oliveira Braga
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Civil
Orientadores
Professor Doutor Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito
Professor Doutor José Dinis Silvestre
Júri
Presidente: Professor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro Correia
Orientador: Professor Doutor Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito
Vogal: Professor Doutor Manuel Guilherme Caras Altas Duarte Pinheiro
Novembro de 2015
i
Resumo
Este trabalho pretende contribuir para a procura da melhor solução de betão do ponto de vista
ambiental e económico. Este objectivo foi definido devido aos elevados impactes ambientais (IA)
gerados por um sector de grande representatividade na Europa - o sector da construção: extracção de
grandes quantidades de matérias-primas, elevados consumos energéticos e produção significativa de
gases poluentes e de resíduos.
Para tal, procedeu-se à avaliação de ciclo de vida do betão. Contudo, a fase da aplicação, manutenção
e demolição do ciclo de vida do betão não estão incluídas, sendo a abordagem da avaliação do ciclo de
vida do berço-ao-portão. A avaliação é preferencialmente baseada em dados de ICV (inventário do
ciclo de vida) de empresas portuguesas. Em algumas actividades, não foi possível estimar as suas
emissões (p.e. emissão de gases no transporte de materiais), tendo sido tomado como referência os da
base de dados do software SimaPro (Ecoinvent 3 e ELCD).
Neste estudo, foram consideradas oito categorias de impacte ambiental: potencial de esgotamento
dos recursos naturais abióticos (ADP), potencial de aquecimento global (GWP), potencial de destruição
da camada de ozono (ODP), potencial de acidificação (AP), potencial de eutrofização (EP), potencial de
formação fotoquímica de oxidantes (POCP), consumo de recursos energéticos não renováveis (PE-NRe)
e consumo de recursos energéticos renováveis (Pe-Re). Para obter estes resultados, foram aplicados o
método CML baseline e Cumulative Energy Demand no programa SimaPro.
Foram analisados os impactes ambientais (IA) de 216 amassaduras de betão de 24 autores mas foram
excluídas as amassaduras que apresentaram resultados anómalos: relação a/c inferior a 0,4 e
quantidade de cimento superior a 450 kg/m3 (excepto para a classe de resistência C50/60). Os
resultados foram analisados tendo em conta a classe de resistência e a influência da quantidade de
cimento, de incorporação de SP e da relação a/c.
Os resultados demonstraram que a utilização de AGRB pode reduzir significativamente os custos e os
IA, mostrando que a quantidade de cimento é o principal responsável pelos resultados de IA e custos.
Analisando a influência no betão do ponto de vista da quantidade de cimento, conclui-se que maiores
quantidades de cimento correspondem a custos mais elevados, independentemente da classe de
resistência. Assim, o betão com os melhores resultados mecânicos utiliza AGRB com melhores
características (menor absorção de água e porosidade, maior massa volúmica e baridade), o que
geralmente corresponde a menores resultados de IA e menores custos.
Palavras-chave: ACV, agregados grossos reciclados de betão, impacte ambiental, SimaPro
ii
Abstract This study is intended as a contribution to the investigation for the best concrete solution from an
environmental and economic point of view. This mains goal was set due to the high environmental
impacts (EI) generated by an significantly representative sector in Europe - the construction sector:
extraction of large quantities of raw materials, high energy consumption and significant production of
pollutants and waste.
For this purpose, an analysis of the life cycle assessment of concrete was performed. However, the
application, maintenance and demolition phases of the concrete life cycle were not included, i.e. the
evaluation approach of the life cycle is from cradle-to-gate. Assessment is preferentially based on
Portuguese companies LCI (life cycle inventory) data. In some activities, it was not possible to estimate
their emissions and the ones in software database of the SimaPro (Ecoinvent 3 and ELCD were used as
reference).
In this study eigth environmental categories were considered: abiotic depletion potential (ADP), global
warming potential (GWP), ozone depletion potential (ODP), acidification potential (AP), eutrophication
potential (EP), photochemical ozone creation potential (POCP), consumption of primary energy, non-
renewable (PE-NRe) and consumption of primary energy, renewable (PE-Re). To obtain these results,
the CML baseline method and Cumulative Energy Demand were used in SimaPro program.
The EI of 216 concrete mixes of 24 authors were analysed but mixes with anomalous data was
excluded: W/C effective less than 0.4 and cement quantities exceeding 450 kg/m3 (except in class
C50/60). The results were analyzed by strength class and taking into account the cement content, SP
incorporation and w/c ratio influence.
The results presented show that the use of coarse aggregates recycled from concrete (CARC) could
significantly reduce EI and costs, proving that the cement is the main contributor to EI and costs. From
a cement content point of view, the concrete influence indicates that larger cement contents
corresponds to higher costs, regardless of the concrete strength class. Therefore, the concrete with
best mechanical results uses RCA with better characteristics (low water absorption and
porosity, higher density and specific mass), usually corresponding to lower EI and costs results.
Keywords: LCA, coarse aggregates recycled from concrete, environmental impact, SimaPro
iii
Agradecimentos A presente dissertação é o resultado de longos meses de trabalho. Ao longo da sua realização, diversas
dificuldades tiveram de ser superadas e dificilmente tal teria sido possível sem o apoio de diversas
pessoas a quem agradeço toda a ajuda e disponibilidade.
Aos meus orientadores, Professor Doutor Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito, que me desafiou a
abordar este tema fora da minha área académica, e Professor Doutor José Dinis Silvestre, em especial
pela transmissão de conhecimentos na área ambiental. Agradeço a ambos todo o apoio,
disponibilidade, compreensão e elevado nível de exigência e de rigor. Bem me avisaram que teria de
“partir pedra”, mas valeu a pena pois acabou por se tornar numa experiência gratificante.
Quero também agradecer a todas as pessoas que me ajudaram, cada uma da sua forma, a conseguir
recolher a informação necessária ao desenvolvimento desta dissertação, em especial a: Eng.º Armando
Filipe, Eng.º Carlos Almeida, Cristiano Sousa, Prof. Doutor Fausto Freire, Eng.º Fernando Castelo
Branco, Eng.ª Francelina Pinto, Eng.º João Carlos Duarte, KeFang Bao, Eng.º Ludovico Neto, Eng.º
Miguel Bravo, Eng.º Pedro Sousa, Eng.º Rui Silva e Eng.º Vítor Vermelhudo.
Um especial agradecimento a todas as empresas e profissionais pela paciência no esclarecimento de
dúvidas e por toda a disponibilidade demonstrada em fornecer as informações necessárias e
imprescindíveis para a realização deste trabalho: Eng.º Ivã Costa, Eng.º João Alvim, Eng.º João Romão,
Eng.º Luís Carmona, Eng.º Mário Costa, Eng.º Paulo Biscaia e Eng.º Rui de Sousa.
Ao Prof. Doutor Samuel Niza, por aceitar a minha participação nas suas aulas de Ecologia Industrial e
por toda a disponibilidade demonstrada no esclarecimento de dúvidas sobre o tema.
À minha família, principalmente à minha Mãe por, mesmo passando por um período complicado,
sempre demonstrou paciência para me aconselhar e disponibilidade, apoio e incentivo em todas as
fases desta dissertação.
Aos meus amigos e colegas, especialmente à Andreia Filipe e ao Hugo Passinhas, por me
acompanharem durante estes anos, pela amizade e disponibilidade demonstradas nesta importante
etapa da minha vida.
Ao meu colega Samuel Matias, por ser o primeiro a mostrar disponibilidade para todas as dúvidas e
obstáculos que encontrei na realização deste trabalho. Obrigada por todos os conselhos, amizade,
ajuda e toda a disponibilidade.
Ao Luís Maia, por todo o apoio, amor e paciência ao longo desta aventura. Obrigada em especial pelo
incentivo diário principalmente nas etapas mais difíceis.
iv
v
Lista de acrónimos
ACV análise do ciclo de vida;
ADP potencial de esgotamento de recursos naturais;
AN agregados naturais;
AP potencial de acidificação;
AR agregados reciclados;
AFR agregado fino reciclado;
AGN agregado grosso natural;
AGRB agregados grossos reciclados de betão;
BAGRB betão fabricado com incorporação de agregados grossos reciclados de betão, mesmo que
não substituindo na totalidade os agregados grossos naturais;
BR betão de referência ou convencional, sem incorporação de agregados reciclados;
DAP declaração ambiental de produto
EP potencial de eutrofização;
GWP potencial de aquecimento global;
IA impacte ambiental;
ICV inventário do ciclo de vida;
ODP potencial de destruição da camada de ozono;
Pe-NRe consumo de recursos energéticos não renováveis;
Pe-Re consumo de recursos energéticos renováveis;
POCP potencial de formação fotoquímica de oxidantes;
RCD resíduos de construção e demolição;
SP superplastificante.
vi
vii
Índice Resumo ............................................................................................................................................................. i
Abstract ............................................................................................................................................................ ii
Agradecimentos ............................................................................................................................................... iii
Lista de acrónimos ............................................................................................................................................ v
Índice de tabelas ............................................................................................................................................... x
Índice de figuras ............................................................................................................................................. xiii
1. Introdução ............................................................................................................................................. 1
1.1 Âmbito e justificação do tema ........................................................................................................ 1
1.2 Objectivos ....................................................................................................................................... 2
1.3 Metodologia de investigação e organização da dissertação ........................................................... 2
2. Enquadramento ..................................................................................................................................... 5
2.1 Considerações iniciais ..................................................................................................................... 5
2.2 Resíduos de construção e demolição ............................................................................................. 6
2.3 Gestão de resíduos de construção e demolição ............................................................................. 8
2.4 Utilização de agregados reciclados em betão ................................................................................. 9
2.5 Avaliação do ciclo de vida ............................................................................................................. 10
2.6 Declarações Ambientais de Produto ............................................................................................ 13
2.7 Software de ACV ........................................................................................................................... 14
3. Recolha bibliográfica de composições e de desempenho de betões com agregados naturais e
reciclados ....................................................................................................................................................... 15
3.1 Selecção bibliográfica ................................................................................................................... 15
3.2 Organização e tratamento de dados ............................................................................................ 15
3.3 Estudos analisados ....................................................................................................................... 17
3.3.1 Santos et al., 2002 ................................................................................................................. 17
3.3.2 Gonçalves et al., 2004............................................................................................................ 18
3.3.3 Ridzuan et al., 2005 ............................................................................................................... 19
3.3.4 Etxeberria et al., 2007 ........................................................................................................... 20
3.3.5 Malesev et al., 2010 .............................................................................................................. 21
3.3.6 Chen et al., 2010 .................................................................................................................... 23
3.3.7 Marinkovic et al., 2010 .......................................................................................................... 23
3.3.8 Fonseca et al., 2011 ............................................................................................................... 25
3.3.9 Rao et al., 2011 ...................................................................................................................... 26
3.3.10 Safiuddin et al., 2011 ........................................................................................................... 27
3.3.11 Hao e Ren, 2011 .................................................................................................................. 28
3.3.12 Corinaldesi, 2011 ................................................................................................................. 29
3.3.13 Limbachiya et al., 2012 ........................................................................................................ 30
viii
3.3.14 Kwan et al., 2012 ................................................................................................................. 32
3.3.15 Barbudo et al., 2013 ............................................................................................................ 33
3.3.16 Matias et al., 2013 ............................................................................................................... 34
3.3.17 Thomas et al., 2013 ............................................................................................................. 35
3.3.18 Butler et al., 2013 ................................................................................................................ 36
3.3.19 Mefteh et al., 2013 .............................................................................................................. 38
3.3.20 Ceia, 2013 ............................................................................................................................ 39
3.3.21 Guerra et al., 2014 ............................................................................................................... 40
3.3.22 Pedro et al., 2014 ................................................................................................................ 41
3.3.23 Reis et al., 2015 ................................................................................................................... 42
3.3.24 Tosic et al., 2014 .................................................................................................................. 43
3.4 Conclusões do capítulo ................................................................................................................. 44
4. Inventário do Ciclo de Vida de matérias-primas e betões ................................................................... 47
4.1 Definição do objectivo e do âmbito .............................................................................................. 47
4.1.1 Unidade funcional ................................................................................................................. 47
4.1.2 Limites do sistema ................................................................................................................. 47
4.1.3 Premissas e limitações ........................................................................................................... 48
4.2 Inventário do ciclo de vida............................................................................................................ 48
4.2.1 Categorias de impacte ambiental .......................................................................................... 48
4.2.2 Agregados naturais britados .................................................................................................. 50
4.2.3 Agregados naturais rolados ................................................................................................... 54
4.2.4 Agregados grossos reciclados de betão ................................................................................. 55
4.2.5 Cimento ................................................................................................................................. 58
4.2.6 Adjuvantes ............................................................................................................................. 59
4.2.7 Betão pronto (com agregados naturais ou reciclados) .......................................................... 59
4.3 Conclusões do capítulo ................................................................................................................. 62
5. ACV ambiental e económico de matérias-primas e betões ................................................................. 63
5.1 Adaptação ao Simapro ................................................................................................................. 63
5.1.1 Processos comuns ................................................................................................................. 64
5.1.2 Agregados naturais britados .................................................................................................. 67
5.1.3 Agregados naturais rolados ................................................................................................... 69
5.1.4 Agregados grossos reciclados de betão ................................................................................. 69
5.1.5 Cimento ................................................................................................................................. 70
5.1.6 Adjuvantes ............................................................................................................................. 70
5.1.7 Betão pronto (com agregados naturais ou reciclados) .......................................................... 71
5.2 Avaliação de impacte ambiental................................................................................................... 71
ix
5.2.1 Comparação dos resultados obtidos ..................................................................................... 72
5.2.2 Análise por classe de resistência ........................................................................................... 74
5.2.3 Influência da variação da quantidade de cimento ................................................................. 76
5.2.4 Influência do uso de superplastificantes ............................................................................... 80
5.2.5 Influência da variação da relação A/C.................................................................................... 83
5.3 Análise do custo de betão com agregados naturais e reciclados.................................................. 86
5.3.1 Análise por classe de resistência ........................................................................................... 87
5.3.2 Influência da variação da quantidade de cimento ................................................................. 88
5.3.3 Influência do uso de superplastificantes ............................................................................... 90
5.3.4 Influência da variação da relação A/C.................................................................................... 91
5.4 Mapa comparativo dos betões em termos de desempenho, custo e impactes ambientais ......... 92
5.5 Conclusões do capítulo ................................................................................................................. 95
6. Conclusões e desenvolvimentos futuros ............................................................................................. 99
6.1 Conclusões.................................................................................................................................... 99
6.2 Desenvolvimentos futuros.......................................................................................................... 100
Bibliografia ................................................................................................................................................... 103
Anexos ......................................................................................................................................................... 111
I. Autor, composição e resistência das amassaduras seleccionadas ....................................................... I.1
II. Recolha de dados da empresa 1 relativos à produção de agregados grossos britados calcários........ II.1
III. Recolha de dados da empresa 2 relativos à produção de agregados grossos britados calcários....... III.1
IV. Recolha de dados da empresa 1 relativos à produção de agregados grossos britados graníticos ..... IV.1
V. Recolha de dados relativos à produção de agregados grossos reciclados de betão ........................... V.1
VI. DAP de superplastificante.................................................................................................................. VI.1
VII. Recolha de dados relativos à produção de betão pronto ................................................................. VII.1
VIII. Esquema do programa SimaPro ...................................................................................................... VIII.1
IX. Processos e montagens utilizadas no SimaPro .................................................................................. IX.1
X. Impactes ambientais das amassaduras em estudo ............................................................................. X.1
XI. Valores médios de impactes ambientais de amassaduras sem AGRB em estudo por classe de
resistência e por categoria de impacte ........................................................................................................ XI.1
XII. Valores médios de impactes ambientais de amassaduras com 100% de AGRB em estudo por classe
de resistência e por categoria de impacte .................................................................................................. XII.1
XIII. Resultados obtidos para a análise da influência da quantidade de cimento no impacte ambiental XIII.1
XIV. Resultados obtidos para a análise da influência do uso de SP no impacte ambiental ..................... XIV.1
XV. Resultados obtidos para a análise da influência da relação A/C no impacte ambiental ................... XV.1
XVI. Custos das amassaduras em estudo ................................................................................................ XVI.1
x
Índice de tabelas Tabela 2.1 - Percentagem de RCD por tipo de actividade ....................................................................... 9
Tabela 2.2 - Classificação dos RCD de acordo com a Portaria n.º 209/2004............................................. 9
Tabela 2.3 - Principais documentos legislativos relacionados com a gestão de RCD ............................... 9
Tabela 3.1 - Classes de resistência à compressão para betão endurecido com 28 dias de idade .......... 16
Tabela 3.2 - Composição e resistência à compressão dos betões de origem ......................................... 17
Tabela 3.3 - Propriedades dos agregados ............................................................................................... 17
Tabela 3.4 - Composição dos betões em estudo .................................................................................... 18
Tabela 3.5 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................... 18
Tabela 3.6 - Propriedades dos agregados ............................................................................................... 18
Tabela 3.7 - Composição dos betões em estudo .................................................................................... 18
Tabela 3.8 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................... 19
Tabela 3.9 - Propriedades dos agregados grossos .................................................................................. 19
Tabela 3.10 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 20
Tabela 3.11 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 21
Tabela 3.12 - Propriedades dos agregados ............................................................................................ 21
Tabela 3.13 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 22
Tabela 3.14 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 22
Tabela 3.15 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 22
Tabela 3.16 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 23
Tabela 3.17 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 23
Tabela 3.18 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 24
Tabela 3.19 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 24
Tabela 3.20 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 24
Tabela 3.21 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 25
Tabela 3.22 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 25
Tabela 3.23 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 25
Tabela 3.24 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 26
Tabela 3.25 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 26
Tabela 3.26 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 26
Tabela 3.27 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 27
Tabela 3.28 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 27
Tabela 3.29 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 27
Tabela 3.30 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 28
Tabela 3.31 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 28
Tabela 3.32 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 28
Tabela 3.33 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 29
Tabela 3.35 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 29
Tabela 3.36 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 30
Tabela 3.37 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 30
Tabela 3.38 - Percentagens dos materiais constituintes dos agregados reciclados ............................... 31
Tabela 3.38 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 31
Tabela 3.39 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 31
Tabela 3.40 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 32
Tabela 3.43 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 32
Tabela 3.44 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 33
Tabela 3.45 - Composição e resistência à compressão dos betões de origem ....................................... 33
Tabela 3.46 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 33
xi
Tabela 3.47 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 34
Tabela 3.48 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 34
Tabela 3.49 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 34
Tabela 3.50 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 35
Tabela 3.51 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 35
Tabela 3.52 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 36
Tabela 3.53 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 36
Tabela 3.54 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 36
Tabela 3.55 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 37
Tabela 3.56 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 37
Tabela 3.57 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 37
Tabela 3.58 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 38
Tabela 3.59 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 38
Tabela 3.60 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 39
Tabela 3.61 - Características do betão de origem .................................................................................. 39
Tabela 3.62 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 39
Tabela 3.64 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 40
Tabela 3.65 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 40
Tabela 3.67 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 40
Tabela 3.68 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 40
Tabela 3.70 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 41
Tabela 3.71 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 41
Tabela 3.72 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 42
Tabela 3.73 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 42
Tabela 3.74 - Propriedades dos agregados ............................................................................................. 43
Tabela 3.75 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 43
Tabela 3.76 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 43
Tabela 3.77 - Composição dos betões em estudo .................................................................................. 44
Tabela 3.78 - Resistência à compressão dos betões em estudo ............................................................. 44
Tabela 4.1 - Acrónimos e respectivas unidades de cada indicador ambiental em estudo ...................... 49
Tabela 4.2 - Dados da empresa 1 relativos à produção de 1 ton de agregados calcários britados ......... 53
Tabela 4.3 - Dados da empresa 2 relativos à produção de 1 ton de agregados calcários britados ......... 53
Tabela 4.4 - Dados da empresa 1 relativos à produção de 1 ton agregados graníticos britados ............ 54
Tabela 4.5 - Dados do inventário da produção de 1 kg de agregados naturais rolados ......................... 55
Tabela 4.6 - Dados da empresa relativos à produção de 1 ton de AGRB ................................................ 57
Tabela 4.7 - Valores de impacte por categoria dos cimentos tipo I e da média dos cimentos estudados
............................................................................................................................................................... 58
Tabela 4.8 - Valores de impacte por categoria do cimento tipo II .......................................................... 59
Tabela 4.9 - Dados do inventário da produção de 1 kg de superplastificante ........................................ 60
Tabela 4.10 - Dados da empresa relativos à produção de 1 m3 betão pronto ....................................... 62
Tabela 5.1 - Tipo de transporte e suas características ............................................................................ 64
Tabela 5.2 - Resultados do método CML baseline para as matérias-primas e para a produção de betão
............................................................................................................................................................... 72
Tabela 5.3 - Resultados do método Cumulative Energy Demand para as matérias-primas e para a
produção de betão.................................................................................................................................. 72
Tabela 5.4 - IA recolhidas de fontes existentes ...................................................................................... 72
Tabela 5.5 - IA por kg de produção de agregados excluindo o transporte e comparação com ELCD ..... 73
Tabela 5.6 - IA de produção de AGRB excluindo o transporte e produção de betão e sua comparação
com fontes existentes ............................................................................................................................ 73
xii
Tabela 5.7 - IA médios por m3 da classe de resistência C25/30 obtidos neste trabalho e recolhido em
DAP......................................................................................................................................................... 74
Tabela 5.8 - Quantidade média de cimento (kg/m3) de cada classe de resistência das amassaduras com
0% RCD e para amassaduras com 100% de AGRB .................................................................................. 75
Tabela 5.9 - Custo unitário de cada matéria-prima ................................................................................ 87
Tabela 6.1 - Influência qualitativa, em termos económicos e ambientais, de cada matéria-prima ...... 100
Tabela XI.1 - ADP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ...................... XI.1
Tabela XI.2 - GWP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ..................... XI.1
Tabela XI.3 - POCP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência .................... XI.2
Tabela XI.4 - AP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ......................... XI.2
Tabela XI.5 - EP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ......................... XI.3
Tabela XI.6 - Pe-NRe média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ................. XI.3
Tabela XII.1 - ADP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ...... XII.1
Tabela XII.2 - GWP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência .... XII.1
Tabela XII.3 - POCP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência .... XII.2
Tabela XII.4 - AP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ........ XII.2
Tabela XII.5 - EP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ........ XII.3
Tabela XII.6 - Pe-NRe média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência . XII.3
xiii
Índice de figuras Figura 2.1 – Pegada ecológica e biocapacidade por região, 2003 ........................................................... 9
Figura 2.2 – Pegada ecológica e biocapacidade de Portugal 1961-2010 .................................................. 9
Figura 2.3 - Tipo de operação de gestão de RCD em Portugal (2008-2012) ............................................. 9
Figura 2.4 - Valorização vs. deposição de RCD em Portugal (2008-2012) ................................................. 9
Figura 2.5 – Demolição selectiva .............................................................................................................. 9
Figura 2.6 - Fases de uma ACV ............................................................................................................... 10
Figura 2.7 - Estágios do ciclo de vida do produto ................................................................................... 11
Figura 4.1 - Ciclo de vida do betão ......................................................................................................... 47
Figura 4.2 - Processo de produção de agregados naturais britados ....................................................... 51
Figura 4.3 - Localização dos centros de produção de agregados britados das empresas contactadas ... 52
Figura 4.4 - Processo de produção de agregados grossos reciclados de betão ...................................... 56
Figura 4.5 - Localização dos centros de reciclagem de RCD das empresas contactadas ......................... 57
Figura 4.6 - Processo de produção de betão pronto .............................................................................. 60
Figura 4.7 - Localização dos centros de produção de betão contactados .............................................. 61
Figura 5.1 - Esquema de produção de agregado grosso granítico no Simapro ....................................... 67
Figura 5.2 - Esquema de produção de agregado grosso calcário no Simapro ......................................... 68
Figura 5.3 - Esquema de produção de areia britada no Simapro ............................................................ 68
Figura 5.4 - Esquema de produção de areia rolada no Simapro ............................................................. 69
Figura 5.5 - Esquema de produção de agregado grosso reciclado de betão no Simapro ....................... 69
Figura 5.6 - Esquema de produção de SP no Simapro ............................................................................ 70
Figura 5.7 - Esquema da modelação da produção de betão no Simapro ............................................... 71
Figura 5.8 - GWP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ......................... 74
Figura 5.9 - Pe-NRe médio por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ..................... 75
Figura 5.10 - GWP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ........ 76
Figura 5.11 - Pe-NRe médio por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência .... 76
Figura 5.12 - GWP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ......................... 77
Figura 5.13 - GWP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ......................... 78
Figura 5.14 - GWP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ......................... 78
Figura 5.15 - Pe-NRe por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ...................... 78
Figura 5.16 - Pe-NRe por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ...................... 79
Figura 5.17 - Pe-NRe por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ...................... 79
Figura 5.18 - GWP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 .......................... 81
Figura 5.19 - GWP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 .......................... 81
Figura 5.20 - GWP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 .......................... 81
Figura 5.21 - Pe-NRe por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 ...................... 82
Figura 5.22 - Pe-NRe por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 ...................... 82
Figura 5.23 - Pe-NRe por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 ...................... 83
Figura 5.24 - GWP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 ...................................... 84
Figura 5.25 - GWP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 ...................................... 84
Figura 5.26 - GWP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 ...................................... 84
Figura 5.27 - Pe-NRe por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 ................................... 85
Figura 5.28 - Pe-NRe por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 ................................... 85
Figura 5.29 - Pe-NRe por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 ................................... 86
Figura 5.30 - Custo médio por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ...................... 88
Figura 5.31 - Custo médio por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ....... 88
Figura 5.32 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ......... 89
Figura 5.33 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ......... 89
xiv
Figura 5.34 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ......... 89
Figura 5.35 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 .......... 90
Figura 5.36 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 .......... 90
Figura 5.37 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 .......... 91
Figura 5.38 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 ...................... 91
Figura 5.39 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 ...................... 92
Figura 5.40 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 ...................... 92
Figura 5.41 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C20/25 e 0% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 93
Figura 5.42 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C20/25 e 100% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 93
Figura 5.43 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C25/30 e 0% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 94
Figura 5.44 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C25/30 e 100% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 94
Figura 5.45 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C30/37 e 0% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 95
Figura 5.46 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C30/37 e 100% AGRB
incorporados .......................................................................................................................................... 95
Figura XI.1 - ADP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ....................... XI.1
Figura XI.2 - POCP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência ..................... XI.2
Figura XI.3 - AP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência .......................... XI.2
Figura XI.4 - EP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência .......................... XI.3
Figura XII.1 - ADP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ...... XII.1
Figura XII.2 - POCP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência .... XII.2
Figura XII.3 - AP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ......... XII.2
Figura XII.4 - EP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência ......... XII.3
Figura XIII.1 - ADP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ...................... XIII.1
Figura XIII.2 - ADP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ...................... XIII.1
Figura XIII.3 - ADP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ...................... XIII.1
Figura XIII.4 - POCP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 .................... XIII.2
Figura XIII.5 - POCP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 .................... XIII.2
Figura XIII.6 - POCP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 .................... XIII.2
Figura XIII.7 - AP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ........................ XIII.3
Figura XIII.8 - AP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ........................ XIII.3
Figura XIII.9 - AP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ........................ XIII.3
Figura XIII.10 - EP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25 ...................... XIII.4
Figura XIII.11 - EP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30 ...................... XIII.4
Figura XIII.12 - EP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37 ...................... XIII.4
Figura XIV.1 - ADP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 ...................... XIV.1
Figura XIV.2 - ADP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 ...................... XIV.1
Figura XIV.3 - ADP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 ...................... XIV.1
Figura XIV.4 - POCP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 .................... XIV.2
Figura XIV.5 - POCP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 .................... XIV.2
Figura XIV.6 - POCP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 .................... XIV.2
Figura XIV.7 - AP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 ........................ XIV.3
Figura XIV.8 - AP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 ........................ XIV.3
Figura XIV.9 - AP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 ........................ XIV.3
Figura XIV.10 - EP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25 ....................... XIV.4
xv
Figura XIV.11 - EP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30 ....................... XIV.4
Figura XIV.12 - EP por m3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37 ....................... XIV.4
Figura XV.1 - ADP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 .................................... XV.1
Figura XV.2 - ADP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 .................................... XV.1
Figura XV.3 - ADP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 .................................... XV.1
Figura XV.4 - POCP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 .................................. XV.2
Figura XV.5 - POCP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 .................................. XV.2
Figura XV.6 - POCP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 .................................. XV.2
Figura XV.7 - AP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 ....................................... XV.3
Figura XV.8 - AP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 ....................................... XV.3
Figura XV.9 - AP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 ....................................... XV.3
Figura XV.10 - EP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25 ..................................... XV.4
Figura XV.11 - EP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30 ..................................... XV.4
Figura XV.12 - EP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37 ..................................... XV.4
xvi
1
1. Introdução
1.1 Âmbito e justificação do tema
Esta dissertação incide no âmbito da Construção Sustentável e visa a comparação do impacte
ambiental do ciclo de vida de betão com agregados grossos reciclados e naturais.
O sector da Construção é um dos mais importantes mas a sua actividade tornou-o um dos mais
prejudiciais para o meio ambiente na Europa. Para além do consumo de grandes quantidades de
recursos naturais e emissão de gases poluentes para a atmosfera, a indústria da Construção é
responsável pela produção de 100 milhões de toneladas de resíduos por ano na União Europeia
(Agência Portuguesa do Ambiente, 2014).
As centrais de produção de betão são um exemplo dessa situação. Estas instalações consomem,
anualmente a nível mundial, 1.000 milhões de toneladas de água, 1.500 milhões de toneladas de
cimento e 10.000 milhões de toneladas de agregados (Becchio et al., 2009).
Em Portugal, a quantidade de resíduos da construção e demolição (RCD) produzidos em 2010 foi
quatro vezes superior à de 2004 (Simion et al.,2013 referenciando Eurostat, 2013).
Cerca de 27% dos RCD foram depositados em aterro sem qualquer tipo de triagem, entre 2008 e 2012
(INE). Estes aterros criam consequências a nível ambiental, económico e social, na medida em que os
resíduos transportam consigo substâncias que poderão contaminar os solos e os lençóis freáticos,
criam maus cheiros, põem em causa a saúde pública da zona e ainda desvalorizam os terrenos da zona
(Gonçalves, 2000).
Perante este cenário, urge demonstrar às indústrias da Construção soluções que reflictam menores
impactes ambientais, sem comprometer a qualidade dos produtos.
Amorim (2008) demonstra ser possível a substituição de 20% dos agregados grossos naturais por AR
sem comprometer as suas características, independentemente das condições de cura.
Simion et al. (2013) referem que a utilização de agregados reciclados em betão tem um impacte
ambiental 40% inferior à utilização de agregados naturais (AN).
Um dos objectivos da Directiva Nº 2008/98/CE consiste, na reciclagem de, pelo menos, 70% em massa
dos RCD não perigosos até 2020. Em 2010, segundo Sonigo et al. (2010) referido por Torgal (2012), a
percentagem reciclada na união europeia era de apenas 47%.
Por todas as razões referidas, é cada vez mais importante desenvolver estudos de forma a tentar
minimizar o impacte ambiental e maximizar a rentabilização de recursos pela via da reciclagem.
Embora existam alguns artigos científicos publicados sobre o tema (Marinkovic et al., 2010 e Tosic et
al., 2014), os mesmos não se referem a Portugal ou não são tão abrangentes como o desejado, o que
altera os resultados finais dos impactes ambientais. Com o desenvolvimento deste tema, espera-se
contribuir para o crescimento de uma prática de construção mais sustentável em Portugal.
2
1.2 Objectivos
A realização desta dissertação tem como objectivo comparar, em termos de impacte ambiental, a
utilização de um betão de agregados grossos naturais com a de um betão de agregados grossos
reciclados de betão (AGRB). Esta análise foi feita tendo em algumas das fases relevantes do seu ciclo
de vida (A1, A2 e A3) e aplicando as normas europeias mais recentes.
No final deste trabalho, foi possível estabelecer um mapa comparativo dos dois produtos em termos
de desempenho, incluindo o custo do ciclo de vida e os impactes ambientais (IA).
Este trabalho pretende ser mais um contributo para a tomada de decisão na escolha de betões a
utilizar nos diferentes tipos de construção.
1.3 Metodologia de investigação e organização da dissertação
Este trabalho passou por diversas etapas, conforme se descreve em seguida.
Inicialmente, justificou-se a elaboração deste trabalho com base no desenvolvimento não sustentável
pelo qual se caracteriza actualmente a actividade da construção. Foi igualmente necessário aprofundar
o conhecimento: sobre os procedimentos de avaliação do ciclo de vida (ACV) de um produto, de
acordo com a norma ISO 14044; de outros conceitos ambientais como as diferentes categorias de
impacte ambiental; acerca do modo de funcionamento do software de modelação de ACV necessário
ao desenvolvimento deste trabalho. Relativamente à ACV, foram também analisados os trabalhos já
desenvolvidos na área de enfoque deste trabalho. Também foram estudados os RCD e as suas
aplicações no betão.
Numa segunda fase, foi realizada uma extensa recolha bibliográfica de cerca de 85 estudos que
analisam a resistência mecânica de betões com incorporação de agregados reciclados. Os estudos
seleccionados não podiam conter AR finos, agregados grossos reciclados com percentagens de
elementos de betão inferiores a 95% ou outro tipo de adjuvantes diferentes de superplastificantes
(SP), tendo sido excluídos cerca de 61 estudos.
Em seguida, foi necessário descrever o inventário de ciclo de vida de todas as matérias-primas
utilizadas na produção de betão, e o ciclo de vida dos dois tipos de betão. Nesta etapa, foi necessário
contactar com várias empresas da área com o objectivo de compreender da melhor forma, cada ciclo
de vida em estudo.
Após a modelação em software dos ciclos de vida analisados, foi necessário introduzir todos os valores
recolhidos junto a empresas produtoras das diferentes matérias-primas. Os valores recolhidos
correspondem a todos os inputs e outputs que ocorrem ao longo do processo produtivo de cada
matéria-prima.
Após se obter os impactes nas diferentes categorias ambientais consideradas neste trabalho, para as
diferentes amassaduras em estudo, foi efectuado um estudo detalhado tendo em conta: a quantidade
de cimento, a quantidade de SP e a relação água / cimento (A/C) de cada amassadura.
3
Na última fase, foram analisadas as amassaduras do ponto de vista económico e foram efectuados
mapas comparativos que consideram os dois principais IA (potencial de aquecimento global e
consumo de energia não renovável) e o custo das amassaduras, com o objectivo de perceber qual a
melhor composição a utilizar nos betões correntes.
Nas conclusões deste trabalho, indica-se os principais resultados obtidos neste estudo, bem como
possíveis desenvolvimentos futuros desta dissertação.
A dissertação encontra-se assim dividida em seis capítulos, de forma a compilar todas as informações,
resultados e análises:
capítulo 1: descrição do âmbito e justificação do tema, objectivos e organização da
dissertação;
capítulo 2: enquadramento, com a introdução ao tema incluindo os RCD e a sua aplicação, ACV
e trabalhos relacionados, e software a utilizar;
capítulo 3: recolha bibliográfica de trabalhos que analisam a influência da incorporação de
AGRB na resistência à compressão do betão;
capítulo 4: inventário do ciclo de vida de matérias-primas e betões, incluindo a definição da
unidade funcional, limites do sistema, premissas e limitações do estudo. Para a recolha dos
dados do inventário do ciclo de vida foram estabelecidos contactos com empresas
portuguesas produtoras das diferentes matérias-primas e do próprio betão;
capítulo 5: ACV ambiental e económico, incluindo a descrição da adaptação do estudo e
modelação no software SimaPro utilizado e um mapa comparativo que engloba as três
principais variáveis em estudo (duas categorias de impacte ambiental - aquecimento global e
consumo de energia não renovável, e custo); as categorias ambientais foram analisadas por
classe de resistência e, para as classes C20/25, C25/30, C30/37 foi analisada a influência da
incorporação de betão, de introdução de SP e da relação a/c;
capítulo 6: conclusões do trabalho, com indicação dos aspectos a ter em conta para que cada
amassadura tenha associados menores IA e menores custos, e desenvolvimentos futuros desta
dissertação.
bibliografia: apresentação das referências utilizadas no desenvolvimento desta dissertação;
anexos: dados das amassaduras em estudo (composição, impactes e custos), inquéritos
realizados às diferentes empresas e gráficos desenvolvidos ao longo da dissertação.
4
5
2. Enquadramento
2.1 Considerações iniciais
Segundo Bruntland (1987), desenvolvimento sustentável consiste num desenvolvimento capaz de
satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de gerações futuras
satisfazerem as suas próprias necessidades.
Infelizmente, a geração actual não se está a desenvolver de forma sustentável. Na edição de 2012 do
relatório do planeta vivo, Jim Leape, director-geral da WWF internacional, refere que o consumo
actual é 50% superior às capacidades do Planeta. Também refere que, se não existirem alterações ao
desenvolvimento actual, em 2030 seriam necessários mais do que dois planetas Terra de forma a dar
resposta às necessidades existentes.
Em 2006, Loh e Goldfinger, publicaram no relatório do planeta vivo a Figura 2.1 que demonstra a
pegada ecológica de cada região, tendo em conta a sua biocapacidade. Estes parâmetros são
expressos em hectares globais por pessoa, indicando a área necessária de planeta que uma pessoa
necessita tendo em conta o seu consumo e a biocapacidade dessa mesma área.
Em Portugal o desenvolvimento é igualmente preocupante, como demonstrado na Figura 2.2.
Segundo a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e o Banco de
Portugal, o sector da construção chegou a representar, 11% do emprego (AICCOPN, 2007), cerca de
7,3% do PIB (FEPICOP,2012) e 48,8% do total do investimento feito no país (Bportugal.pt, 2014).
Apesar da crise, e da diminuição dos valores apresentados, o sector da construção continua a ser um
dos mais importantes, não só em Portugal, mas também na Europa.
Sendo o sector tão expressivo, não é surpreendente que seja responsável por cerca de 40% do
consumo de recursos naturais extraídos (Amorim, 2008 citando Pinheiro,2006), e cerca de 30% dos
resíduos produzidos na europa (EDA-European Demolition Associations, 2014).
Figura 2.1 - Pegada ecológica e biocapacidade por região, 2003 [Fonte: Loh e Goldfinger, 2006]
6
Figura 2.2 - Pegada ecológica e biocapacidade de Portugal 1961-2010 [Fonte: Footprintnetwork]
A nível ambiental, o sector da construção na Europa é responsável por 10% das emissões de dióxido de
carbono, sendo a terceira indústria com maiores emissões para a atmosfera (Habert et al., 2009).
Os números apresentados são bastante preocupantes e transmitem a inevitável necessidade de
desenvolvimento de estudos que contribuem para a diminuição destes valores.
2.2 Resíduos de construção e demolição
Os RCD resultam de: construção nova, reabilitações, reconstruções, desastres naturais e demolição de
construções. A partir da Tabela 2.1, é possível concluir que a maior percentagem de resíduos é
proveniente de reabilitações e demolições.
Tabela 2.1 - Percentagem de RCD por tipo de actividade [Fonte: Mália, 2010]
Tipo de obra Resíduos por actividade (%)
Europa ocidental Dinamarca Noruega EUA
Construção 20 5-10 20 8
Reabilitação 80
20-25 44 44
Demolição 70-75 36 48
Cerca de 40% a 50% dos RCD são constituídos por betão, asfalto e tijolos. Dos restantes resíduos,
estima-se que cerca de 20% a 30% correspondem a materiais diversos, entre os quais, materiais
tóxicos (Tchobanoglous e Kreith, 2002). Em Portugal, os inertes correspondem a cerca de 80% dos
RCD, constituídos essencialmente por betão, tijolos, e materiais cerâmicos (Coelho, 2009).
Todos os resíduos são classificados de acordo com a sua fonte geradora. A classificação de RCD,
segundo o código LER (Lista Europeia de Resíduos) está descrita na Portaria n.º 209/2004 da forma
indicada na Tabela 2.2.
Os RCD podem ser reutilizados na construção de estradas e pavimentos (Poon e Chan, 2004), no
fabrico de betão (Yang et al., 2010), de argamassas (Assunção et al., 2007), de matéria-prima
secundária para fabrico de tijolos (Klang et al., 2003), entre outras aplicações. Estima-se que cerca de
7
80% dos RCD poderão ser reciclados, desde que se assegure uma correcta gestão dos mesmos (Fraga,
2012).
Tabela 2.2 - Classificação dos RCD de acordo com a Portaria n.º 209/2004
Material (RCD) Código LER
Betão, tijolos, ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos 1701
Madeira, vidro e plástico 1702
Misturas betuminosas, alcatrão e produtos de alcatrão 1703
Metais (incluindo ligas) 1704
Solos (incluindo solos escavados de locais contaminados) 1705
Materiais de isolamento e materiais de construção contendo amianto 1706
Materiais de construção à base de gesso 1708
Outros resíduos de construção e demolição 1709
Em Portugal, estima-se que, entre 2008 e 2012, cerca de 27% dos RCD foram depositados em aterro
(Figura 2.3), sendo que, para os anos em estudo, foi possível verificar uma mudança significativa da
percentagem de resíduos depositados em aterro e dos que serão valorizados (Figura 2.4). A valorização dos
resíduos inclui: reciclagem, valorização energética, reaproveitamento e tratamento de materiais tóxicos.
Figura 2.3 - Tipo de operação de gestão de RCD em Portugal (2008-2012) [Adaptado de INE]
Figura 2.4 - Valorização vs. deposição de RCD em Portugal (2008-2012) [Adaptado de INE]
8
Como se pode ver na Figura 2.4, a valorização de resíduos apresenta um crescimento, enquanto a
deposição em aterro de RCD apresentou uma diminuição. Esta evolução poderá ser explicada pela
entrada em vigor do decreto-lei n.º 46/2008.
Este desenvolvimento não se traduz necessariamente num maior reaproveitamento dos resíduos, mas
numa mais correcta triagem e deposição.
2.3 Gestão de resíduos de construção e demolição
O Decreto-Lei n.º 46/2008 estabelece o regime das operações de gestão dos RCD tendo em conta a
reutilização de resíduos e as operações de recolha, transporte, armazenamento, triagem, tratamento,
valorização e eliminação. O grande objectivo desta legislação é garantir alguma confiança para a
reutilização dos resíduos, uma vez que este estabelece critérios de qualidade ao tratamento dos resíduos.
O código dos contratos públicos (CCP) obriga à elaboração de um plano de prevenção e gestão de
resíduos com o objectivo de garantir as condições necessárias em obra de adequada triagem dos
materiais de forma a tornar possível a gestão dos resíduos. O cumprimento deste plano, nas obras
públicas, é uma condição necessária para se proceder à recepção da obra.
No mesmo âmbito, o Decreto-Lei n.º 178/2006 define taxas e coimas para garantir uma correcta
gestão de resíduos.
Na Tabela 2.3, são apresentados os documentos legislativos relacionados com a gestão dos RCD.
Tabela 2.3 - Principais documentos legislativos relacionados com a gestão de RCD [Fonte: PNGR 2011-2020 (2011)]
Tipo de legislação
Assunto Documento nacional principal
Documento comunitário orientador
Transversal
Regime geral da gestão de resíduos DL n.º 178/2006 Directiva 12/2006/CE
LER Portaria n.º 209/2004 Decisão da comissão 2000/532/CE
Mercado organizado de resíduos DL n.º210/2009
Transporte interno Portaria n.º 335/97
Operações de gestão
Licenciamento Portaria n.º 1023/2006
Aterros DL n.º 183/2009 Directiva 1999/31/CE
Incineração e co-incineração DL n.º 85/2005 Directiva 2000/76/CE
CIRVER DL n.º 3/2004
Resíduos Sectoriais
RCD DL n.º 46/2008
Para uma correcta gestão de resíduos numa operação de reabilitação/demolição é importante optar
por uma correcta demolição. Existem dois tipos de demolição de edifícios: tradicional e selectiva.
A demolição tradicional é um processo bastante mais rápido e barato do que o segundo. Consiste na
destruição do edifício utilizando equipamentos pesados de forma a tornar a operação mais eficiente.
Com este tipo de processo todos os materiais são demolidos em simultâneo, impossibilitando uma
selecção dos diferentes RCD para um posterior aproveitamento.
O principal objectivo da demolição selectiva é a separação dos diferentes materiais constituintes do
9
edifício com o intuito de facilitar a gestão dos resíduos. Neste processo é necessário proceder a uma
desmontagem dos diferentes sistemas no sentido inverso à sua construção, como mostra na Figura
2.5. Desta forma, é possível recuperar uma grande parte dos recursos envolvidos e destiná-los às
centrais de reciclagem. A grande desvantagem corresponde ao tempo e investimento necessários para
a correcta execução deste tipo de demolição.
Figura 2.5 - Demolição selectiva [Fonte: Manual de desconstrucció, 1995]
2.4 Utilização de agregados reciclados em betão
A utilização de AR segue vários princípios definidos por Kibert, em 1994, tendo em vista uma
construção mais sustentável (Sousa e Amado, 2011):
redução do consumo de recursos;
reutilização de recursos;
utilização de recursos recicláveis;
protecção dos sistemas naturais;
eliminação de materiais tóxicos e subprodutos em todas as fases do ciclo de vida;
desenvolvimento da qualidade do ambiente construído.
Segundo Oliveira (2007), a indústria da construção civil, com o intuito de se tornar mais sustentável,
deverá fechar o seu ciclo produtivo, minimizando a saída de resíduos e a entrada de matéria-prima
não sustentável. Mulder et al. (2007) afirmam que a aplicação deste conceito se traduz num menor
consumo de energia, numa menor emissão de dióxido de carbono, numa menor produção de resíduos
e, consequentemente, numa menor deposição de resíduos no solo.
Tendo em vista esse objectivo, é possível substituir cerca de 20% de AN por AR sem comprometer
significativamente as propriedades do betão, independentemente das condições de cura (Amorim, 2008).
Segundo Robles (2007), a generalização da utilização de betões com AR deverá ser sustentável. Apesar
de estes betões apresentarem na maioria das vezes uma diminuição das suas características, a
variabilidade de betão com AN e AR é bastante semelhante.
A qualidade do betão com utilização de AR depende, não só da percentagem de substituição por AR,
mas também de factores como: qualidade do resíduo, camada de argamassa aderida à superfície e
processo de britagem (Buttler, 2003).
Para garantir uma qualidade apropriada dos AR, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) publicou
10
o “Guia para a utilização de agregados reciclados grossos em betões de ligantes hidráulicos” em Setembro
de 2006. Este documento estabelece os requisitos mínimos e classifica os agregados grossos reciclados.
2.5 Avaliação do ciclo de vida
A avaliação do ciclo de vida (ACV) considera os IA ao longo do ciclo de vida completo do produto,
incluindo: produção, transporte, distribuição, utilização, manutenção, reciclagem, reutilização e
deposição final (Torgal e Jalali, 2010).
Os resultados obtidos de uma ACV poderão ser utilizados para diversos fins, entre os quais:
desenvolvimento e melhoria do ciclo de vida do produto;
planeamento estratégico, projecto de produtos;
desenvolvimento de políticas públicas;
marketing, divulgando produtos com rótulos ambientais.
Para uma correcta avaliação, é necessário ter em conta as seguintes normas: ISO 14040 e ISO 14044. A
primeira define o enquadramento e os princípios, sendo que a segunda norma define os requisitos e as
linhas de orientação para o estudo da avaliação.
Segundo as normas referidas, um estudo de avaliação de ciclo de vida é composto por quatro fases (Figura
2.6): definição do objectivo e do âmbito, inventário, avaliação de impacte e interpretação de resultados.
A primeira fase da avaliação é bastante importante pois irá afectar de forma significativa o nível de
detalhe do estudo consoante a definição do objectivo e do âmbito. É indispensável definir o público-
alvo, a unidade funcional e justificar as razões que levaram à realização da avaliação.
Na definição do inventário, é importante incluir todas as entradas e saídas de dados. Poderá ser importante
a definição de fluxogramas que incluam todos os estágios do ciclo de vida em estudo (Figura 2.7). Esta
etapa será exaustiva e iterativa para recolha de dados e revisão do sistema de produto.
Figura 2.6 - Fases de uma ACV [Fonte: ISO 14044]
11
Figura 2.7 - Estágios do ciclo de vida do produto [Adaptado de: Ferreira, 2004 citando USEPA,2001]
Na terceira fase da avaliação, será necessário associar os dados do inventário a categorias específicas e
a indicadores de categoria de impacte ambiental. É essencial ter em atenção a unidade funcional de
cada etapa. Caso a unidade funcional não seja única ao longo de todo o processo, os resultados finais
de comparação do estudo não terão qualquer validade.
Para uma correcta interpretação de resultados, deverão ser consideradas todas as informações
recolhidas nas duas fases anteriores de forma a obter conclusões de acordo com o objectivo e âmbito
do estudo definido.
Existem estudos de ACV não só no sector da construção, mas também em sectores como:
automobilístico, energia, embalagens, agro-pecuário, exploração mineira, químico, entre outros (Lima
et al., 2007).
No âmbito da Construção, o método de ACV já foi aplicado para a avaliação do impacte ambiental de
materiais de construção e soluções de construção (Bragança e Mateus, 2010), bem como de edifícios
inteiros (Asdrubali et al., 2013) ou aplicado a um subsistema do edifício (Silvestre, 2012).
Em relação a documentos científicos mais específicos sobre o tema em estudo, são analisados os
seguintes autores: Marinkovic et al. (2010), Estanqueiro (2012), Knoeri et al. (2013), Simion et al.
(2013) e Tosic et al. (2014). A totalidade dos artigos foi executada tendo em conta as condições de
uma determinada zona: Sérvia, Portugal, Suíça, Itália e Sérvia respectivamente. Dessa forma, é natural
que os resultados dos estudos apresentem pequenas variações, uma vez que o modo de execução dos
vários processos e as condições de cada país podem apresentar diferenças significativas.
Cada autor utilizou como base de dados de apoio a que poderia traduzir melhor as condições
presentes na sua zona de estudo. Knoeri et al. (2013) e Estanqueiro (2012) basearam-se na base de
dados Ecoinvent. Por outro lado, Marinkovic et al. (2010) utilizaram a Serbian LCI data e Simion et al.
(2013) a BUWAL 250.
Os estudos apresentaram diversas metodologias para a análise de dados: Eco-Indicator 99, CML
Baseline, Ecological Scarcity 2006, EDIP/UMIP e Cumulative Energy Demand. Apenas Marinkovic et al.
12
(2010) utilizaram somente uma metodologia, sendo que os restantes autores analisaram os dados
segundo duas ou três metodologias distintas.
Neste estudo os resultados serão obtidos com base no método CML Baseline e Cumulative Energy
Demand. Esta selecção deveu-se ao primeiro incluir o potencial de aquecimento global e o segundo o
consumo de energia não renovável, sendo os parâmetros ambientais mais representativos no seio da
opinião pública.
Somente Knoeri et al. (2013) analisaram seis etapas de ciclo de vida: extracção, produção, transporte,
construção, utilização e demolição. Este facto deve-se a serem os únicos autores, juntamente com
Marinkovic et al. (2010), a elaborar o seu estudo sobre betão e não simplesmente sobre os agregados.
Marinkovic et al. (2010) admitem comparações de betões com semelhantes características de
resistência e durabilidade. Dessa forma, os IA de ambos os tipos de betão seriam equivalentes nas
fases de construção, utilização e demolição. De forma a garantir este facto, Marinkovic et al. (2010)
admitem que o betão produzido com AR incorpora na sua mistura um aumento de 5% de cimento em
comparação com a quantidade de cimento utilizado na produção de betão com AN.
Estanqueiro (2012) analisa três diferentes cenários: produção de AN, produção de agregados grossos
reciclados com utilização de central de reciclagem fixa e produção de agregados grossos reciclados
com utilização de central de reciclagem móvel. O autor analisa igualmente a variação da quantidade de
percentagem de RCD aproveitado, entre 40% e 60%, bem como as distâncias de transporte da matéria-
prima. Perante esta análise, o autor conclui que, para percentagens de reaproveitamento inferiores a
50%, a produção de AN apresenta menores IA. De uma forma geral, o autor indica que a utilização de
AR se traduz numa redução de 35% da destruição da camada do ozono.
Simion et al. (2013), na sua análise ambiental, referem que a diferença mais significativa entre a
produção dos dois materiais (AN e AR) é no potencial de aquecimento global, uma vez que os AR
apresentam um valor sete vezes inferior ao dos AN. Por outro lado, as fases de ciclo de vida dos
materiais que correspondem a maiores IA são: extracção, transporte e manipulação dos materiais.
Tanto Marinkovic et al. (2010) como Knoeri et al. (2013) referem que a produção de cimento é o
principal contribuinte para os elevados valores de impacte ambiental do fabrico de betão.
De acordo com Marinkovic et al. (2010), o total de IA de utilização de betão de agregados reciclados ou
naturais, apesar de o betão reciclado apresentar menores impactes, está muito dependente da
distância percorrida dos agregados até às centrais de reciclagem.
Knoeri et al. (2013) são os autores que incluem o estudo mais pormenorizado. Analisam 12 tipos de
betão, variando a percentagem de AR, a quantidade de cimento e a resistência mecânica, os quais são
comparados com betões convencionais. Os autores indicam que a distância crítica adicional na produção
dos dois tipos de betão (utilizando AN ou AR) corresponde a 15 km e a quantidade crítica de cimento
varia entre 22 e 40 kg adicionais, dependendo do tipo de cimento. Para valores inferiores aos
13
apresentados, a utilização de betão produzido com AR apresenta uma solução ambientalmente mais
favorável.
Tosic et al. (2014) complementam o estudo de Marinkovic et al. (2010), aplicando um método de
optimização por multicritério para determinar a solução ambientalmente e economicamente óptima,
concluindo que a melhor solução apresenta 50% de AGRB.
2.6 Declarações Ambientais de Produto
Uma Declaração Ambiental de Produto (DAP; EPD - Environmental Product Declaration) é elaborada
por uma terceira parte de acordo com a norma ISO 14025 e apresenta a informação relativa aos
aspectos ambientais, com base numa ACV, de um produto ou serviço ao longo do seu ciclo de vida
(Silvestre et al., 2010).
A DAP pode apresentar, entre outros, os seguintes indicadores (Torgal e Jalali, 2010):
consumo de energia não renovável;
consumo de energia renovável;
potencial de aquecimento global;
potencial de degradação da camada de ozono;
potencial de acidificação;
potencial de eutrofização.
Estas declarações apenas poderão ser interpretadas por um especialista na área, uma vez que apenas
disponibilizam os resultados, sem apresentar conclusões gerais para compreensão do público em geral
(Manzini et al., 2006).
O principal objectivo da DAP é, para além de fornecer toda a informação relativa ao impacte
ambiental, encorajar a procura de soluções com menores IA reduzindo a pressão ambiental de
diversas categorias de produto (Silvestre et al., 2010 referindo Rocha, 2010).
Estas declarações são uma forma de as empresas transmitirem informações sobre a qualidade
ambiental dos seus produtos/serviços (Manzini et al., 2006). Diversas empresas multinacionais já
aplicaram DAP aos materiais de construção produzidos pelas próprias (Silvestre et al., 2010).
De forma a garantir confiabilidade nos resultados publicados nas DAP, estas terão de seguir as Regras
para a Categoria de Produto (RCP). O documento RCP apresenta as linhas orientadoras para a
execução das declarações e inclui: parâmetros a declarar, etapas do ciclo de vida a ter em
consideração, informação ambiental adicional, condições de comparação de produtos, informação
para verificação e registo das declarações nas bases de dados (Daphabitat, 2014).
A informação obtida na terceira fase da ACV, avaliação de impacte, é incorporada nas declarações
publicadas nas bases de dados e corresponde a uma fonte de informação importante sobre impactes dos
produtos.
14
2.7 Software de ACV
Existem no mercado vários programas de computador de apoio ao desenvolvimento de estudos de
ACV: SimaPro, KCL-ECO, LCAiT, GaBi, entre outros. Um dos softwares mais utilizados é o SimaPro,
tendo sido introduzido no mercado em 1990 (Ferreira, 2004).
Segundo o site pre-sustaibability.com, o SimaPro (System for integrated environmental assessment of
products - sistema de avaliação ambiental integrada de produtos) é utilizado, actualmente, por 80
países - quer pela indústria, quer por consultoras e institutos de pesquisa. A sua utilização é bastante
sistemática e transparente e facilmente se analisa o impacte ambiental de todas as fases do ciclo de
vida do produto em estudo.
A análise é feita fazendo uso de diversas bases de dados internacionais, europeias e de diferentes
sectores. O programa respeita a norma ISO 14040 e poderá ser aplicado no cálculo da pegada de
carbono, na pegada hídrica, no design de produto e eco-design (DfE), em DAP e na determinação de
indicadores de desempenho (KPIs) (pre-sustainability, 2014).
As principais características deste programa são (pre-sustainability, 2014):
interface intuitiva;
aplicação com base na ISO 14040;
fácil modelação;
análise parametrizada;
análise de múltiplos cenários;
análise de incertezas.
Uma das grandes vantagens deste programa é a possibilidade de criação de um novo modelo
adaptado a cada estudo (Andrade, 2012).
O SimaPro foi o programa seleccionado para o desenvolvimento deste trabalho por ser o único a que
seria possível aceder e utilizar as suas bases de dados, imprescindíveis para a realização deste estudo.
Ao longo da sua execução, frequentei aulas de uma disciplina de Engenharia do Ambiente, nas quais o
referido programa foi apresentado, o que simplificou a compreensão do funcionamento do programa
e o desenvolvimento da modelação correcta do estudo.
Os resultados obtidos neste trabalho têm por base o método CML baseline e o Cumulative Energy
Demand. O primeiro método mencionado indica as principais categorias de impacte ambiental:
potencial de esgotamento de recursos naturais (ADP), potencial de aquecimento global (GWP),
potencial de destruição da camada de ozono (ODP), potencial de acidificação (AP), potencial de
eutrofização (EP), e potencial de formação fotoquímica de oxidantes (POCP). O segundo método indica
a energia primária incorporada: consumo de recursos energéticos não renováveis (Pe-NRe) e consumo
de recursos energéticos renováveis (Pe-Re).
15
3. Recolha bibliográfica de composições e de desempenho de
betões com agregados naturais e reciclados
3.1 Selecção bibliográfica
Nesta investigação, foram estudadas 216 amassaduras de 24 autores diferentes, recolhidas a partir de
dissertações ou artigos publicados em revistas e congressos científicos. Foram utilizados em motores
de busca de documentos científicos palavras-chave como: agregados reciclados, agregados reciclados
de betão, resíduos da construção e demolição (RCD), inertes reciclados, ACV, betão reciclado, entre
outros. Durante a pesquisa bibliográfica, foram excluídos estudos com as seguintes características:
amassaduras que apresentam na sua constituição agregados finos reciclados;
amassaduras que apresentem na sua constituição agregados reciclados diferentes de ARB1 (pelo
menos 90% de elementos de betão);
estudos que incluam pré-lavagem ou pré-saturação dos agregados a utilizar, uma vez que não é
possível quantificar, a partir dos artigos, a quantidade de água utilizada para essa tarefa;
amassaduras que apresentem na sua constituição outros tipos de adjuvantes ou adições para
além de superplastificantes (SP) (e.g. sílica de fumo, fibras, etc.);
estudos que não apresentem de forma clara a composição de cada amassadura.
3.2 Organização e tratamento de dados
Após a recolha, os dados foram organizados numa tabela (anexo I) tendo em conta as seguintes
características:
quantidade e tipo de cimento;
quantidade e tipo de areia (rolada ou britada);
quantidade e tipo de brita (calcário / mármore ou granito / basalto);
percentagens de substituição de agregados grossos naturais por reciclados;
quantidade de água;
percentagem de superplastificante;
relação água / cimento;
classe de resistência à compressão.
De forma a tornar mais coerente a comparação de amassaduras, é necessário calcular a resistência
característica de cada amassadura usando as fórmulas de acordo com o tipo de provetes ensaiados.
Em provetes normalizados, cúbicos com 15 cm de aresta ou cilíndricos de 30 x 15 (altura x diâmetro), a
resistência característica aos 28 dias de idade é calculada pela expressão (1) (NP EN 1992-1-1).
𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 8 (1)
𝑓𝑐𝑚 - valor médio da tensão de rotura do betão à compressão (MPa);
𝑓𝑐𝑘 - valor característico da tensão de rotura do betão à compressão aos 28 dias de idade (MPa).
16
Em provetes cúbicos com 10 cm de aresta, a resistência pode ser comparada com os provetes
normalizados pela expressão (2) (FIB, 2008 citando Ipatti, 1992).
0,95 ∙ 𝑓𝑐,𝑐𝑢𝑏𝑜15 = 0,92 ∙ 𝑓𝑐,𝑐𝑢𝑏𝑒10 (2)
𝑓𝑐,𝑐𝑢𝑏𝑜15 - tensão de rotura do betão à compressão em cubos de 15 cm de aresta (MPa);
𝑓𝑐,𝑐𝑢𝑏𝑒10 - tensão de rotura do betão à compressão em cubos de 10 cm de aresta (MPa).
Em provetes cilíndricos de 20 x 10 cm (altura x diâmetro), segundo a norma ASTM C42/C42M-04, não
será necessário um factor de correcção da resistência à compressão para os tornar comparáveis com
cilindros normalizados, uma vez que a relação entre a altura e o diâmetro é superior a 1,75.
A comparação das amassaduras deverá ser efectuada tendo em conta as suas classes de resistência. As
classes de resistência à compressão do betão endurecido aos 28 dias de idade, segundo a NP EN 206-1,
são as apresentadas na Tabela 3.1.
Tabela 3.1 - Classes de resistência à compressão para betão endurecido com 28 dias de idade (NP EN 206-1)
Classe de resistência à compressão
Resistência característica mínima em cilindros (N/mm2)
Resistência característica mínima em cubos (N/mm2)
C8/10 8 10
C12/15 12 15
C16/20 16 20
C20/25 20 25
C25/30 25 30
C30/37 30 37
C35/45 35 45
C40/50 40 50
C45/55 45 55
C50/60 50 60
C55/67 55 67
C60/75 60 75
C70/85 70 85
C80/95 80 95
C90/105 90 105
C100/115 100 115
Após o tratamento e organização dos dados, obteve-se as seguintes amassaduras:
1 amassadura de classe inferior à classe C8/10,
10 amassaduras de classe C8/10,
15 amassaduras de classe C12/15,
13 amassaduras de classe C16/20,
20 amassaduras de classe C20/25,
54 amassaduras de classe C25/30,
65 amassaduras de classe C30/37,
9 amassaduras de classe C35/45,
17
14 amassaduras de classe C40/50,
15 amassaduras de classes superiores.
Foram estudadas em maior detalhe as classes C20/25, C25/30 e C30/37, por apresentarem maior
representatividade numérica, sendo que as restantes foram analisadas apenas de uma forma
simplificada.
3.3 Estudos analisados
Nesta secção, é feita uma breve análise sobre cada estudo considerado nesta dissertação, com
especial enfoque nas propriedades dos agregados (massa volúmica, baridade, desgaste de Los Angeles,
etc.), nas composições das amassaduras, e nos resultados obtidos no ensaio de compressão das
mesmas.
3.3.1 Santos et al., 2002
Este autor estudou as propriedades de betão com AGRB, na Universidade Técnica de Lisboa (IST).
Resistência à compressão, módulo de elasticidade e retracção foram as propriedades analisadas e
comparadas entre o betão com AN e betão com AGRB.
Este estudo utiliza dois tipos de agregados: AGRB1 e AGRB2, que correspondem a agregados provenientes
de betões produzidos em laboratório com diferentes composições (Tabela 3.2). Foi utilizado cimento do
tipo CEM II 32,5, agregados grossos naturais calcários e agregado fino rolado.
Tabela 3.2 - Composição e resistência à compressão dos betões de origem (Santos et al., 2002)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Água (kg/m3)
Relação a/c efectiva
Resistência à compressão (MPa)
RCA1 410 1266 545 164 0,4 56
RCA2 350 1117 743 172 0,49 45
Para a obtenção dos AGR, foi feita a trituração de betões de origem com recurso a um britador de
mandíbulas. Santos et al. (2002) analisaram as características de todos os agregados em estudo
presentes na Tabela 3.3.
Tabela 3.3 - Propriedades dos agregados (Santos et al., 2002)
Propriedade Agregado fino Agregado grosso calcário AGRB1 AGRB2
Massa volúmica (kg/m3) 2504 2626 2364 2329
Baridade (kg/m3) 1513 1534 1372 1393
Absorção de água (%) 0,9 1,14 4,9 5,5
Teor de água (%) - - 2,46 2,83
As composições e as resistências à compressão dos BAGRB e BR em análise são apresentados na Tabela 3.4
e na Tabela 3.5, respectivamente. Nos betões com reciclados, substituiu-se 100% dos AGN pelos
respectivos AGRB. Após a análise de resultados da resistência à compressão, os autores afirmam que não
existem diferenças significativas na utilização de agregados de diferentes origens (diferentes resistências).
18
Tabela 3.4 - Composição dos betões em estudo (Santos et al., 2002)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
BR 361 1072,17 696,73 0,56 202
BAGRB1 361 981,03 696,73 0,60 235
BAGRB2 361 970,34 696,73 0,60 235
Tabela 3.5 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Santos et al., 2002)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 37 29,0 C20/25
BAGRB1 32 24,0 C16/20
BAGRB2 31 23,0 C16/20
BAGRB1 origem 56 48,0 C35/45
BAGRB2 origem 45 37,0 C30/37
3.3.2 Gonçalves et al., 2004
O objectivo do estudo desenvolvido por Gonçalves et al. (2004) no LNEC (Laboratório Nacional de
Engenharia Civil) foi o aumento de conhecimento em relação às características de durabilidade de BAGRB.
Para além das características físicas de todos os agregados (Tabela 3.6), os autores analisaram a resistência
à compressão, a permeabilidade, a porosidade e a resistência à penetração de cloretos. Os betões
analisados apresentam substituições de 0, 25, 50 e 100% de AGN por AGRB.
Tabela 3.6 - Propriedades dos agregados (Gonçalves et al., 2004)
Propriedade Agregados naturais Agregados reciclados
AN 1 AN 2 Areia AGRB1 AGRB2
Peso específico (kg/m3) 2620 2670 2620 2450 2450
Absorção de água (%) 1,2 0,5 0,6 5,7 5,5
Para a obtenção de AGRB, Gonçalves et al. (2004) trituraram cubos de resistências entre 35 MPa e 45
MPa existentes no laboratório que teriam sido testados mecanicamente para outros estudos. Os
agregados grossos naturais são de origem calcária e a areia de origem siliciosa. Como ligante, foi utilizado
cimento Portland do tipo CEM I 42,5R. A composição de cada tipo de betão está descrita na Tabela 3.7.
Tabela 3.7 - Composição dos betões em estudo (Gonçalves et al., 2004)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino
(kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
efectiva
Água (kg/m3)
SP (l/m3)
AN1 AN2 AGRB1 AGRB2
BR 250 250 795 728 426 - - 0,6 166 2,5
BAGRB 250 250 795 - - 365 656 0,6 215 1,3
BR 350 350 696 724 424 - - 0,45 173 3,5
BAGRB 350 350 696 - - 363 653 0,45 222 2,5
BR 450 450 596 732 428 - - 0,35 172 4,5
BAGRB 450 450 596 - - 367 660 0,35 222 3,6
BR 350.25% 350 696 543 318 91 163 0,45 185 3,5
BAGRB 350.50% 350 696 362 212 181 326 0,45 197 3,5
19
O ensaio de resistência à compressão foi executado em cubos de 15 cm de aresta, obtendo-se as
resistências à compressão indicadas na Tabela 3.8. Os autores, face aos resultados obtidos, indicam
que para taxas de substituição inferiores a 50% a resistência à compressão não é significativamente
afectada pelo tipo de agregado utilizado.
Tabela 3.8 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Gonçalves et al., 2004)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 250 43,5 35,5 C25/30
BAGRB 250 38,2 30,2 C25/30
BR 350 61,7 53,7 C40/50
BAGRB 350 52,8 44,8 C30/37
BR 450 74,4 66,4 C50/60
BAGRB 450 62,8 54,8 C40/50
BR 350.25% 60,7 52,7 C40/50
BAGRB 350.50% 59,4 51,4 C40/50
3.3.3 Ridzuan et al., 2005
O artigo destes autores analisa tanto as propriedades físicas dos agregados como as mecânicas e de
durabilidade de BR e de betões com substituição de 50, 75 e 100% dos AN por AGRB. Os AGRB são
provenientes de resíduos de estudos de betões anteriormente analisados no laboratório de uma
universidade na Malásia. Não se teve em atenção as resistências dos betões de origem, de forma a
tentar aproximar os agregados utilizados de AGRB provenientes de centrais de reciclagem de RCD.
Relativamente à análise de durabilidade, foram efectuados ensaios de resistência à carbonatação e ao
ataque de sulfatos.
Relativamente aos materiais utilizados nos betões em estudo, sabe-se que o ligante é cimento
Portland, os agregados fino são areia de rio e os AGN de origem granítica. As características dos
agregados são apresentadas na Tabela 3.9.
Tabela 3.9 - Propriedades dos agregados grossos (Ridzuan et al., 2005)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Massa volúmica (kg/dm3) 2,55 2,31
Absorção de água (%) 1,35 3,30
Baridade (kg/m3) 1390 1255
Ensaio de impacto (%) 16,5 31,4
Resistência ao esmagamento (%) 16,0 31,0
Para o ensaio à compressão, foram moldados provetes cúbicos com 10 cm de aresta e com as
composições apresentadas na Tabela 3.10. Mx corresponde às séries, e 50, 75 e 100 corresponde às
percentagens de substituição de AN por AGRB. Os resultados do ensaio de resistência à compressão
podem ser analisados na Tabela 3.11.
Na análise dos resultados obtidos, os autores concluem que as propriedades dos AGRB são menos
favoráveis. Apesar desta conclusão, a resistência à compressão de BAGR é semelhante à do BR,
20
apresentando em alguns casos melhorias das suas características devido à diminuição da relação a/c
efectiva. O mesmo sucede com a resistência à carbonatação e ao ataque de sulfatos, o que pode ser
encarado como um estímulo à utilização de AGRB.
Tabela 3.10 - Composição dos betões em estudo (Ridzuan et al., 2005)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR M1 295 1115 776 - 0,7 205
BAGRB M1 - 50 295 1115 387 349 0,7 205
BAGRB M1 - 75 295 1115 194 523 0,7 205
BAGRB M1 - 100 295 1115 - 698 0,7 205
BR M2 320 1065 805 - 0,64 205
BAGRB M2 - 50 320 1065 402 363 0,64 205
BAGRB M2 - 75 320 1065 200 545 0,64 205
BAGRB M2 - 100 320 1065 - 726 0,64 205
BR M3 355 1010 825 - 0,58 205
BAGRB M3 - 50 355 1010 412 372 0,58 205
BAGRB M3 - 75 355 1010 206 558 0,58 205
BAGRB M3 - 100 355 1010 - 744 0,58 205
BR M4 375 960 855 - 0,55 205
BAGRB M4 - 50 375 960 428 386 0,55 205
BAGRB M4 - 75 375 960 215 578 0,55 205
BAGRB M4 - 100 375 960 - 771 0,55 205
BR M5 395 915 877 - 0,52 205
BAGRB M5 - 50 395 915 439 394 0,52 205
BAGRB M5 - 75 395 915 219 593 0,52 205
BAGRB M5 - 100 395 915 - 789 0,52 205
BR M6 435 860 890 - 0,48 205
BAGRB M6 - 50 435 860 447 402 0,48 205
BAGRB M6 - 75 435 860 223 602 0,48 205
BAGRB M6 - 100 435 860 - 802 0,48 205
3.3.4 Etxeberria et al., 2007
Na Universidade Politécnica da Catalunha, Espanha, foram analisadas as propriedades mecânicas de
betões (módulo de elasticidade e resistência à compressão e à tracção) com substituições de 0, 25, 50 e
100% de AN por AGRB. As propriedades mecânicas foram analisadas aos 28 dias de idade e aos 6 meses.
Os AGRB, provenientes de uma central de reciclagem, foram triturados por um britador de impacto,
originando uma mistura com cerca de 92,1% de elementos de betão. Não existe qualquer indicação da
origem dos AN, indicando apenas as propriedades deste tipo de agregado e do AGRB (Tabela 3.12).
A composição dos betões foi projectada para obter a mesma resistência à compressão. Na Tabela 3.13,
está apresentada a composição de cada betão, sendo o ligante do tipo CEM I 52,5R. A resistência à
compressão em cubos com 15 cm de aresta apresenta-se na Tabela 3.14, juntamente com a classe de
resistência de cada betão.
21
Tabela 3.11 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Ridzuan et al., 2005)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR M1 27 18,4 C12/15
BAGRB M1 - 50 27 18,4 C12/15
BAGRB M1 - 75 30 21,3 C16/20
BAGRB M1 - 100 33 24,2 C16/20
BR M2 32 23,2 C16/20
BAGRB M2 - 50 34 25,2 C20/25
BAGRB M2 - 75 36 27,1 C20/25
BAGRB M2 - 100 38 29,1 C20/25
BR M3 40 31,0 C25/30
BAGRB M3 - 50 41 32,0 C25/30
BAGRB M3 - 75 43 33,9 C25/30
BAGRB M3 - 100 46 36,8 C25/30
BR M4 41 32,0 C25/30
BAGRB M4 - 50 43 33,9 C25/30
BAGRB M4 - 75 45 35,8 C25/30
BAGRB M4 - 100 48 38,7 C30/37
BR M5 46 36,8 C25/30
BAGRB M5 - 50 47 37,8 C30/37
BAGRB M5 - 75 47 37,8 C30/37
BAGRB M5 - 100 47 37,8 C30/37
BR M6 52 42,6 C30/37
BAGRB M6 - 50 53 43,6 C30/37
BAGRB M6 - 75 50 40,7 C30/37
BAGRB M6 - 100 50 40,7 C30/37
Tabela 3.12 - Propriedades dos agregados (Etxeberria et al., 2007)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Massa volúmica (kg/dm3) 2,67 2,43
Absorção de água (%) 0,886 4,445
Como conclusão, os autores afirmam que os AGRB apenas deverão ser aplicados em betões de baixa
ou média resistência principalmente por motivos económicos, uma vez que o aumento da quantidade
de cimento necessário em betões de alta resistência seria muito significativo.
3.3.5 Malesev et al., 2010
Um dos vários estudos de AGRB realizado em Belgrado (Sérvia) foi elaborado por Malesev et al. (2010),
que avaliaram a possibilidade de utilização de BAGRB como betão estrutural. No seu estudo,
apresentam betão reciclado com taxas de substituição de agregados naturais por reciclados de 0, 50 e
100%, tanto de agregados grossos como de finos. Apenas foram tidas em conta as amassaduras que
não contêm agregados finos reciclados, como explicitado no subcapítulo 3.1.
22
Tabela 3.13 - Composição dos betões em estudo (Etxeberria et al., 2007)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
CC-1 325 711 1207 - 0,5 178,7 1,28
RC100-1 325 661 - 1106,8 0,5 178,7 2
RC100-2 345 614 - 1109,4 0,43 189,7 2
RC100-3 365 587 - 1126,8 0,4 186,5 2
RC100-4 365 587 - 1126,8 0,4 186,6 2
RC100-5 325 661 - 1106,8 0,52 178,7 0,58
CC-2 300 765,1 1207 - 0,55 165 0,97
RC25-2 300 765,1 905,2 265,7 0,55 165 0,79
RC50-2 318 739 608,9 536,4 0,52 165 0,84
RC100-6 325 683,2 - 1123,4 0,5 162 1,38
CC-3 300 765,1 1206,97 - 0,55 165 1,4
RC25-3 300 765,1 905,2 265,7 0,55 165 1,66
RC50-3 318 739 608,9 536,4 0,52 165 1,9
RC100-7 325 683,2 - 1123,4 0,5 162 1,9
Tabela 3.14 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Etxeberria et al., 2007)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
CC-1 60 52,0 C40/50
RC100-1 46 38,0 C30/37
RC100-2 51 43,0 C30/37
RC100-3 56 48,0 C35/45
RC100-4 56 48,0 C35/45
RC100-5 40 32,0 C25/30
CC-2 44 36,0 C25/30
RC25-2 43 35,0 C25/30
RC50-2 46 38,0 C30/37
RC100-6 46 38,0 C30/37
CC-3 35,5 27,5 C20/25
RC25-3 38,8 30,8 C25/30
RC50-3 39,4 31,4 C25/30
RC100-7 38,3 30,3 C25/30
Os AGRB são provenientes da trituração de elementos de betão da pré-fabricação (classe C40/50) e de
elementos moldados em laboratório (classe C30/37). Os AN são de origem granítica e a areia é de rio.
As características dos agregados utilizados podem ser analisadas na Tabela 3.15.
Tabela 3.15 - Propriedades dos agregados (Malesev et al., 2010)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2,655 2,655 a 2,671 2,346 a 2,489
Absorção de água (%) 0,7 0,3 a 0,4 2,44 a 4,59
Baridade (kg/m3) 1,729 1,56 a 1,59 1,323 a 1,388
Desgaste de Los Angeles (%) - 26,3 a 29,2 29,6 a 34,0
23
Na definição da composição dos betões (Tabela 3.16), os autores tiveram o cuidado de manter em
todas as composições: a mesma quantidade de cimento (CEM II/A-M(S-L) 42,5R), a mesma
trabalhabilidade ao fim de 30 minutos após a mistura e a mesma granulometria dos agregados.
Tabela 3.16 - Composição dos betões em estudo (Malesev et al., 2010)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
R0 350 612 1244 - 0,51 180
R50 350 600 608 608 0,51 199
R100 350 586 - 1190 0,51 217
Em relação às propriedades dos betões, foram analisadas as seguintes características: resistência à
compressão e à tracção, retracção, absorção de água, resistência à flexão, resistência ao desgaste,
módulo de elasticidade e aderência entre o aço e o betão. Os resultados obtidos no ensaio de
resistência à compressão em cubos de 15 cm de aresta são apresentados na Tabela 3.17. Analisando
os resultados obtidos, Malesev et al. (2010) concluem que a utilização de AGRB de qualidade
(respeitando as regras de concepção e produção de betão reciclado) não afecta as suas propriedades
mais significativas.
Tabela 3.17 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Malesev et al.,. 2010)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
R0 43,4 35,4 C25/30
R50 45,2 37,2 C30/37
R100 45,7 37,7 C30/37
3.3.6 Chen et al., 2010
Em 2010, Chen et al. estudaram a resistência à flexão do betão produzido com AGRB. Este estudo foi
desenvolvido na China, com a utilização de AGRB provenientes de elementos de betão betonados em
1958, com uma resistência de 31 MPa. As taxas de substituição de AN por AGRB foram de 0, 10, 20, 30,
40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100%.
CEM I 32,5R e areia rolada fazem parte da composição dos betões em estudo, apresentada na Tabela
3.18. O ensaio de resistência à compressão foi realizado em cubos de 15 cm de aresta com o objectivo
de analisar a relação entre a resistência à flexão e à compressão. Os resultados deste ensaio são
apresentados na Tabela 3.19 (BAGRB - % de substituição).
Nas suas conclusões, os autores indicam que tanto a resistência à compressão como à tracção não
foram significativamente afectadas pela utilização de AGRB.
3.3.7 Marinkovic et al., 2010
Como referido no subcapítulo 2.5, Marinkovic et al. (2010) desenvolveram um estudo ambiental na
Sérvia em que comparam betão natural com betão com reciclados. Com esse objectivo, efectuaram o
estudo das propriedades dos AGRB, bem como o da resistência à compressão de cada tipo de betão.
24
Relativamente às propriedades dos AGRB, foi possível obter o desgaste do ensaio de desgaste de Los
Angeles, entre 28,3 e 33,1%, e a absorção de água ao fim de 30 minutos, 2 a 6%.
Tabela 3.18 - Composição dos betões em estudo (Chen et al., 2010)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BAGRB - 0 524 532 1129 - 0,41 215
BAGRB - 10 524 532 1016 113 0,41 215
BAGRB - 20 524 532 903 226 0,41 215
BAGRB - 30 524 532 790 339 0,41 215
BAGRB - 40 524 532 677 452 0,41 215
BAGRB - 50 524 532 564 565 0,41 215
BAGRB - 60 524 532 452 667 0,41 215
BAGRB - 70 524 532 339 790 0,41 215
BAGRB - 80 524 532 226 903 0,41 215
BAGRB - 90 524 532 113 1016 0,41 215
BAGRB - 100 524 532 - 1129 0,41 215
Tabela 3.19 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Chen et al., 2010)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BAGRB - 0 45,3 37,3 C30/37
BAGRB - 10 46,5 38,5 C30/37
BAGRB - 20 44,7 36,7 C25/30
BAGRB - 30 47,2 39,2 C30/37
BAGRB - 40 46,8 38,8 C30/37
BAGRB - 50 43,4 35,4 C25/30
BAGRB - 60 49,2 41,2 C30/37
BAGRB - 70 44,6 36,6 C25/30
BAGRB - 80 48,4 40,4 C30/37
BAGRB - 90 47,4 39,4 C30/37
BAGRB - 100 48,4 40,4 C30/37
A composição de cada betão, apresentada na Tabela 3.20, utiliza CEM I 42,5R e agregado natural rolado.
Os AGRB são provenientes de elementos de betão expostos às condições atmosféricas ao longo de, pelo
menos, 30 anos. Os BAGRB são compostos por AGRB, tendo apenas AN como agregado fino.
Os ensaios de resistência à compressão foram efectuados em cubos com 15 cm de aresta, aos 28 dias
de idade. Os resultados podem ser analisados na Tabela 3.21.
Tabela 3.20 - Composição dos betões em estudo (Marinkovic et al., 2010)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR 315 658 1221 - 0,57 180
BAGRB - 1 300 611 - 1134 0,6 219
BAGRB - 2 351 596 - 1107 0,52 222
BAGRB - 3 402 579 - 1074 0,47 218
BAGRB - 4 330 601 - 1115 0,55 220
25
Tabela 3.21 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Marinkovic et al., 2010)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 39,2 31,2 C20/25
BAGRB - 1 33,6 25,6 C25/30
BAGRB - 2 41,1 33,1 C30/37
BAGRB - 3 48,1 40,1 C25/30
BAGRB - 4 38,6 30,6 C25/30
3.3.8 Fonseca et al., 2011
Analisar a influência das condições de cura no desempenho mecânico de BAGRB foi o principal
objectivo do artigo de Fonseca et al. (2011) efectuado no Instituto Superior Técnico. Neste estudo,
avaliaram a resistência à compressão e à tracção por compressão diametral, o módulo de elasticidade
e a resistência ao desgaste por abrasão. O estudo foi efectuado para betões com taxas de substituição
de 0, 20, 50 e 100% de agregado grosso natural por AGRB e para quatro condições de cura: cura em
ambiente de laboratório (LCC), cura por imersão em água, cura em câmara húmida e cura em
ambiente exterior não controlado (OEC). Apenas foram consideradas as amassaduras com as
condições de cura LCC e OEC por retractarem melhor a realidade em obra.
Para além do estudo mecânico dos betões, os autores também tiveram a preocupação de conhecer as
propriedades dos agregados (Tabela 3.22). Os AGRB foram obtidos a partir da trituração de betão
moldado especialmente para o efeito, de classe C30/37. Os AGN são calcários e a areia é rolada.
Para a execução do ensaio de compressão foram moldados cubos de 15 cm de aresta com as
composições descritas na Tabela 3.23. O cimento utilizado é do tipo CEM II A-L 42,5R. Os resultados
dos ensaios são apresentados na Tabela 3.24 com a respectiva classe de resistência.
Tabela 3.22 - Propriedades dos agregados (Fonseca et al., 2011)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,56 a 2,60 2,55 a 2,61 2,45
Absorção de água (%) 0,4 a 0,5 1,3 a 1,7 6,1
Baridade (kg/m3) 1410 a 1520 1420 a 1460 1170
Desgaste de Los Angeles (%) - 28,3 a 30,7 42,7
Teor de humidade (%) - 0,6 3,8
Tabela 3.23 - Composição dos betões em estudo (Fonseca et al., 2011)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR - OEC 447 565 1148 - 0,43 192
BAGRB20 - OEC 447 565 919 201 0,43 192
BAGRB50 - OEC 447 565 574 502 0,43 192
BAGRB100 - OEC 447 565 - 1005 0,43 192
BR - LCC 447 565 1148 - 0,43 192
BAGRB20 - LCC 447 565 919 201 0,43 192
BAGRB50 - LCC 447 565 574 502 0,43 192
BAGRB100 - LCC 447 565 - 1005 0,43 192
26
Tabela 3.24 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Fonseca et al., 2011)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR - OEC 51,6 43,6 C30/37
BAGRB20 - OEC 51,3 43,3 C30/37
BAGRB50 - OEC 50,4 42,4 C30/37
BAGRB100 - OEC 49,3 41,3 C30/37
BR - LCC 50,3 42,3 C30/37
BAGRB20 - LCC 49,1 41,1 C30/37
BAGRB50 - LCC 49,8 41,8 C30/37
BAGRB100 - LCC 51,3 43,3 C30/37
Nas conclusões do estudo, Fonseca et al. (2011) afirmam que o tipo de cura utilizada é indiferente,
tendo todos os BR e BAGRB obtido resultados semelhantes no ensaio de resistência à compressão.
3.3.9 Rao et al., 2011
Este estudo, desenvolvido na Índia, analisa as propriedades no estado fresco e no estado endurecido de
BAGRB. Os resultados obtidos demonstram as potencialidades da utilização de AGRB. O BAGRB apresenta
uma taxa de substituição de AGN por AGRB de 0, 25, 50 e 100%. Para além das propriedades mecânicas,
também foram avaliadas as características dos agregados e a penetração de cloretos no betão.
Os AGRB são provenientes de elementos de betão com 15 anos de idade que não foram expostos a
agentes químicos. As suas propriedades encontram-se na Tabela 3.25, juntamente com as
propriedades dos restantes agregados.
Tabela 3.25 - Propriedades dos agregados (Rao et al., 2011)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,617 2,75 2,51
Absorção de água (%) 0,201 1,129 3,92
Baridade (kg/dm3) 1,618 1,581 1,413
Desgaste de Los Angeles (%) - 21,56 38,8
Ensaio de impacto (%) - 17,37 35,81
Foram moldados diversos provetes para a realização de todos os ensaios necessários de acordo com a
composição presente na Tabela 3.26. Cimento Portland foi utilizado como ligante da mistura, sendo
que os AN têm origem dolomítica ou são extraídos do rio.
Tabela 3.26 - Composição dos betões em estudo (Rao et al., 2011)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
BR 401 574 1261 - 0,43 173 0,05
BAGRB - 0,25 401 574 911 303 0,43 173 0,05
BAGRB - 0,5 401 574 585 585 0,43 173 0,18
BAGRB - 1 401 574 - 1119 0,43 173 0,23
27
Foram analisadas as seguintes características dos betões: resistência à compressão, à tracção e à
flexão, módulo de elasticidade, densidade, absorção de água e velocidade dos ultra-sons. Os
resultados do ensaio de resistência à compressão, efectuados em cubos com 10 cm de aresta,
encontram-se na Tabela 3.27.
Tabela 3.27 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Rao et al., 2011)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 49 41,0 C30/37
BAGRB - 0,25 44 36,0 C25/30
BAGRB - 0,5 43 35,0 C25/30
BAGRB - 1 42 34,0 C25/30
3.3.10 Safiuddin et al., 2011
Estes autores analisaram as propriedades de betão de alta trabalhabilidade com agregados reciclados
na Universidade de Waterloo, Canadá. Para além do objectivo principal, foram avaliadas as
características dos seus agregados e outras características dos betões produzidos: resistência à
compressão, tracção e flexão, módulo de elasticidade e os seus vazios permeáveis. Os betões em
estudo apresentam taxas de substituição de AGN por reciclados de 0, 30, 70 e 100%.
Os AGRB são provenientes de elementos de betão da Malásia, enquanto os AN grossos são graníticos e
os finos quartzíticos. Os agregados foram estudados relativamente às suas propriedades (Tabela 3.28).
Tabela 3.28 - Propriedades dos agregados (Safiuddin et al., 2011)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,69 2,62 2,53
Absorção de água (%) 1,32 0,60 2,03
Baridade (kg/m3) 1620 1510 1250
Ensaio de impacto (%) - 12,7 10,0
Cubos de 10 cm de aresta foram moldados de acordo com as composições especificadas na Tabela
3.29. O cimento das composições apresentadas é do tipo I, sendo o superplastificante de base
policarboxilato. Os resultados do ensaio de compressão são apresentados na Tabela 3.30.
Tendo em conta os resultados obtidos, os autores afirmam que a utilização de AGRB não afecta
significativamente a resistência à flexão e à tracção. Verificou-se uma redução de 12,2% da resistência à
compressão e de 17,7% no módulo de elasticidade.
Tabela 3.29 - Composição dos betões em estudo (Safiuddin et al., 2011)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
BR 342 905 910,1 - 0,6 214,9 1,5
BAGRB 30 342 865 609,1 260,9 0,6 215,3 1,5
BAGRB 50 342 861 433,1 433 0,6 216 1,5
BAGRB 70 342 858 258,8 603,5 0,6 216,6 1,5
BAGRB 100 342 852 - 856,6 0,6 217,4 1,5
28
Tabela 3.30 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Safiuddin et al., 2011)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 41 32,0 C25/30
BAGRB 30 39 30,0 C25/30
BAGRB 50 42 32,9 C25/30
BAGRB 70 40 31,0 C25/30
BAGRB 100 35 26,1 C20/25
3.3.11 Hao e Ren, 2011
Na China, foi desenvolvido um estudo sobre as propriedades mecânicas de betões com taxas de
substituição de 0, 30, 50 e 100% de AGN por AGRB. As propriedades estudadas são o módulo de
elasticidade e a resistência à compressão, para além das propriedades dos agregados (Tabela 3.31).
Os AGRB são provenientes de betões de classe C20, C30 e C40 correspondendo, segundo a ASTM
(American Society for Testing and Materials), ao valor característico da tensão de rotura à
compressão de cubos de 15 cm de aresta com 28 dias de idade (e.g. C20 apresenta um valor
característico de 20 N/mm2). Os AN finos são extraídos do rio e o ligante utilizado é cimento do tipo
CEMI 42,5R. As quantidades utilizadas em cada tipo de betão são apresentadas na Tabela 3.32. Na
designação do tipo de betão, o primeiro número corresponde ao tipo de agregado reciclado utilizado
(proveniente de C20, C30 ou C40) e o segundo à taxa de substituição de NA por AGRB.
Tabela 3.31 - Propriedades dos agregados (Hao e Ren, 2011)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Absorção de água (%) 0,5 3,16
Baridade (kg/m3) 1459 1313
Tabela 3.32 - Composição dos betões em estudo (Hao e Ren, 2011)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR20 - 0 353 715 1217 - 0,61 215
BAGRB20 - 30 353 715 851,9 365,1 0,61 215
BAGRB20 - 50 353 715 635,5 635,5 0,61 215
BAGRB20 - 100 353 715 - 1217 0,61 215
BR30 - 0 457 658 1170 - 0,47 215
BAGRB30 - 30 457 658 819 351 0,47 215
BAGRB30 - 50 457 658 585 585 0,47 215
BAGRB30 - 100 457 658 - 1170 0,47 215
BR40 - 0 537 594 1154 - 0,4 215
BAGRB40 - 30 537 594 807,8 346,2 0,4 215
BAGRB40 - 50 537 594 577 577 0,4 215
BAGRB40 - 100 537 594 - 1154 0,4 215
Os resultados dos ensaios de resistência de compressão, em cubos de 10 cm de aresta, são
apresentados na Tabela 3.33. Após a análise de resultados, Hao e Ren (2011) afirmam que a utilização
29
de AGRB melhorou a sua resistência comparativamente com os resultados obtidos no BR, apesar de
existir uma diminuição do módulo de elasticidade.
Tabela 3.33 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Hao e Ren, 2011)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR20 - 0 22 13,6 C8/10
BAGRB20 - 30 27 18,4 C12/15
BAGRB20 - 50 25 16,5 C12/15
BAGRB20 - 100 27 18,4 C12/15
BR30 - 0 34 25,2 C20/25
BAGRB30 - 30 39 30,0 C25/30
BAGRB30 - 50 31 22,3 C16/20
BAGRB30 - 100 34 25,2 C20/25
BR40 - 0 39 30,0 C25/30
BAGRB40 - 30 43 33,9 C25/30
BAGRB40 - 50 41 32,0 C25/30
BAGRB40 - 100 40 31,0 C25/30
3.3.12 Corinaldesi, 2011
Na Universidade Politécnica de Marche, Itália, Corinaldesi (2011) desenvolveu um estudo sobre a
aplicação de BAGRB como betão estrutural. Foram moldados oito tipos de BR e oito tipos de BAGRB,
variando essencialmente a relação a/c. Os 16 tipos de betões foram analisados em termos de
resistência à compressão, módulo de elasticidade e retracção. A autora apenas considerou taxas de
substituição de 30% de NA por AGRB uma vez que em Itália, local onde desenvolveu o estudo, esta é
considerada a taxa de substituição máxima em betões de classes de resistência superiores à classe
C30/37.
Antes de se proceder à produção do betão, a autora analisou as características dos agregados em
estudo, presente na Tabela 3.34.
As amassaduras de betão (Tabela 3.35) incluem: CEM II/A-L 42,5R e CEM II/B-L 32,5R (não será
diferenciado de acordo com o que será referido em 4.1.3), areia quartzítica e AGRB provenientes de
uma central de reciclagem de elementos de betão.
Tabela 3.34 - Propriedades dos agregados (Corinaldesi, 2011)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,540 2,560 2,420
Absorção de água (%) 3,5 3,0 6,8
Para obter a resistência à compressão, foram moldados provetes cúbicos de 10 cm de aresta. Os
resultados podem ser analisados na Tabela 3.36. A partir destes, a autora indica que não existem
alterações significativas entre o BR e o BAGRB.
30
Tabela 3.35 - Composição dos betões em estudo (Corinaldesi, 2011)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
Água (kg/m3)
SP (%)
Natural Reciclado
BR-I-0,40 350 732 1109 - 0,4 140 1,2
BR-II-0,40 350 732 1109 - 0,4 140 1,2
BR-I-0,45 340 723 1096 - 0,45 153 1
BR-I-0,50 330 715 1084 - 0,5 165 0,8
BR-II-0,50 330 715 1084 - 0,5 165 0,8
BR-I-0,55 320 708 1072 - 0,55 176 0,6
BR-I-0,60 310 702 1064 - 0,6 186 0,4
BR-II-0,60 310 702 1064 - 0,6 186 0,4
BAGRB-I-0,40 350 732 553 523 0,4 142,7 1,2
BAGRB -II-0,40 350 732 553 523 0,4 142,7 1,2
BAGRB -I-0,45 340 723 547 517 0,45 155,9 1
BAGRB -I-0,50 330 715 541 511 0,5 168,1 0,8
BAGRB -II-0,50 330 715 541 511 0,5 168,1 0,8
BAGRB -I-0,55 320 708 535 506 0,55 179,3 0,6
BAGRB -I-0,60 310 702 531 501 0,6 189,5 0,4
BAGRB -II-0,60 310 702 531 501 0,6 189,5 0,4
Tabela 3.36 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Corinaldesi, 2011)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR-I-0,40 58,6 49,0 C35/45
BR-II-0,40 52,2 42,8 C30/37
BR-I-0,45 56,1 46,6 C35/45
BR-I-0,50 51,2 41,8 C30/37
BR-II-0,50 43,3 34,2 C25/30
BR-I-0,55 47,1 37,9 C30/37
BR-I-0,60 43,9 34,8 C25/30
BR-II-0,60 36,1 27,2 C20/25
BAGRB-I-0,40 46,1 36,9 C25/30
BAGRB -II-0,40 41,8 32,7 C25/30
BAGRB -I-0,45 45,8 36,6 C25/30
BAGRB -I-0,50 39,9 30,9 C25/30
BAGRB -II-0,50 36,3 27,4 C20/25
BAGRB -I-0,55 35,1 26,2 C20/25
BAGRB -I-0,60 34,7 25,9 C20/25
BAGRB -II-0,60 29,2 20,5 C16/20
3.3.13 Limbachiya et al., 2012
Limbachiya et al. (2012) analisaram as propriedades mecânicas e de durabilidade de betão reciclado com
incorporação de cimento Portland (CEM I 42,5N) e de sílica de fumo. Os agregados reciclados foram obtidos
pela trituração de resíduos de construção oriundos de Londres, tendo obtido as percentagens dos
diferentes constituintes indicadas na Tabela 3.37. Na mesma, entende-se “Outros materiais” por vidro,
madeira, plásticos e metais, e por “Materiais leves” os que possuam peso volúmico inferior a 100 kg/m3.
Estes agregados substituíram 0, 30, 50 e 100% em peso dos agregados naturais grossos.
31
Tabela 3.37 - Percentagens dos materiais constituintes dos agregados reciclados (Limbachiya et al., 2012)
Betão Alvenaria Asfalto Finos Outros materiais Materiais leves
92,13 % 1,56 % 1,57 % 3,41 % 0,85 % 0,48%
Todos os agregados, ou seja, a areia de rio, os agregados naturais grossos siliciosos, e os AGRB, foram
analisados conforme apresentado na Tabela 3.38.
Tabela 3.38 - Propriedades dos agregados (Limbachiya et al., 2012)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,46 2,54 2,43
Absorção de água (%) 0,77 1,4 5,3
Resistência ao esmagamento (%) - 12,4 23,4
Ensaio de impacto (%) - 6,3 a 7,3 18,3 a 23
Na Tabela 3.39, descreve-se as composições das amassaduras consideradas, excluindo as que incluem
sílica de fumo na sua composição (justificado no subcapítulo 3.1). As amassaduras dos BAGRB foram
calculadas de forma a obter resistências à compressão de 30, 35 e 40 MPa (apresentada na
denominação de cada betão). Os provetes foram sujeitos aos seguintes ensaios: resistência à
compressão, retracção e resistência à carbonatação, à penetração de cloretos e ao ataque de sulfatos.
Para a aplicação do ensaio de resistência à compressão, os autores moldaram provetes cúbicos de 10
cm de aresta. Os resultados deste ensaio encontram-se na Tabela 3.40.
Tabela 3.39 - Composição dos betões em estudo (Limbachiya et al., 2012)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR3 - 0 275 625 1260 - 0,66 180
BAGRB3 - 30 275 625 882 378 0,66 182,106
BAGRB3 - 50 295 595 635 635 0,61 183,51
BAGRB3 - 100 310 610 - 1240 0,58 187,02
BR30 - 0 330 585 1245 - 0,55 180
BAGRB30 - 30 330 585 872 373 0,55 182,106
BAGRB30 - 50 355 560 623 623 0,51 183,51
BAGRB30 - 100 372 536 - 1252 0,48 187,02
BR35 - 0 355 560 1245 - 0,50 180
BAGRB35 - 30 355 560 872 373 0,50 182,106
BAGRB35 - 50 385 550 613 613 0,47 183,51
BAGRB35 - 100 409 525 - 1226 0,44 187,02
BR40 - 0 375 544 1241 - 0,48 180
BAGRB40 - 30 375 544 869 372 0,48 182,106
BAGRB40 - 50 405 508 624 624 0,44 183,51
BAGRB40 - 100 426 494 - 1241 0,42 187,02
Nas conclusões, os autores afirmam que, reduzindo a relação a/c do BAGRB, este alcança resistências à
compressão, à carbonatação e à penetração de cloretos superiores. Para taxas de substituição até
30%, Limbachiya et al. (2012) concluíram que não se observa qualquer alteração significativa nas suas
32
propriedades.
Tabela 3.40 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Limbachiya et al., 2012)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR3 - 0 21 12,6 C8/10
BAGRB3 - 30 20 11,6 C8/10
BAGRB3 - 50 19 10,7 C8/10
BAGRB3 - 100 18 9,7 -
BR30 - 0 21 12,6 C8/10
BAGRB30 - 30 23 14,5 C8/10
BAGRB30 - 50 24 15,5 C12/15
BAGRB30 - 100 21 12,6 C8/10
BR35 - 0 31 22,3 C16/20
BAGRB35 - 30 25 16,5 C12/15
BAGRB35 - 50 29 20,3 C16/20
BAGRB35 - 100 30 21,3 C16/20
BR40 - 0 33 24,2 C16/20
BAGRB40 - 30 39 30,0 C25/30
BAGRB40 - 50 31 22,3 C16/20
BAGRB40 - 100 34 25,2 C20/25
3.3.14 Kwan et al., 2012
Estes autores analisaram, em termos mecânicos e de durabilidade, a aplicação do método de definição
da composição de BAGRB proposto pelo Departamento Ambiental do Reino Unido. Aplicando taxas de
substituição de 0, 15, 30, 60 e 80% de agregados grossos naturais por reciclados, os autores obtiveram
uma diminuição das características mecânicas com o aumento da taxa de substituição. Também foram
realizados ensaios de ultra-sons, de retracção, de absorção de água e de permeabilidade, nos quais se
obtiveram resultados favoráveis em alguns dos testes e noutros resultados inferiores aos desejados.
Elementos de demolição de um edifício foram triturados com o objectivo de obter os AGRB a utilizar.
Os AN finos são extraídos do rio e os grossos são de origem granítica. As quantidades a utilizar de cada
matéria-prima em cada amassadura são apresentadas na Tabela 3.41.
De forma a realizar o ensaio de compressão aos diferentes betões, foram moldados cubos de 10 cm de
aresta. Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 3.42.
Tabela 3.41 - Composição dos betões em estudo (Kwan et al., 2012)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
0 % 328 857,7 1048,3 0 0,58 190,0
15 % 328 857,7 891,1 157,2 0,58 190,3
30 % 328 857,7 733,8 314,5 0,58 190,6
60 % 328 857,7 419,3 629 0,58 191,2
80 % 328 857,7 209,7 838,6 0,58 191,7
33
Tabela 3.42 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Kwan et al., 2012)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
0 % 40 31,0 C25/30
15 % 38 29,1 C20/25
30 % 36 27,1 C20/25
60 % 28 19,4 C12/15
80 % 26 17,4 C12/15
3.3.15 Barbudo et al., 2013
Este estudo, elaborado no Instituto Superior Técnico, analisa a influência da adição de
superplastificantes nas propriedades mecânicas dos BAGRB. Analisa betões com taxas de substituição
de 0, 20, 50 e 100% de agregado grosso natural por AGRB. Barbudo et al. (2013) provaram que o uso
de SP corrige os principais problemas relacionados com o uso de AGRB: elevada absorção de água
pelos AGRB o que leva a uma baixa trabalhabilidade e deficiente compactação do betão.
Os autores procederam à trituração de betão com 30 dias de idade (composição e resistência à
compressão que pode ser analisada na Tabela 3.43) recorrendo a um britador de maxilas. Todos os
agregados utilizados foram analisados obtendo-se os resultados apresentados na Tabela 3.44. Os AN são
ambos britados, sendo que os agregados grossos são de origem calcária.
Tabela 3.43 - Composição e resistência à compressão dos betões de origem (Barbudo et al., 2013)
Cimento (kg/m3)
Tipo de cimento Agregados (kg/m3)
Relação a/c efectiva
Resistência à compressão (MPa)
256 CEM IV/B 1931 0,57 41,4
Tabela 3.44 - Propriedades dos agregados (Barbudo et al., 2013)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/dm3) 2,553 a 2,710 2,545 a 2,789 2,451
Absorção de água (%) 0,487 a 0,993 1,245 a 1,760 7,337
Desgaste de Los Angeles (%) - 22,68 a 27,25 40,04
Na composição dos betões em estudo (Tabela 3.45), foi utilizado ligante do tipo CEM I / A-L e dois
tipos de adjuvantes: um de base química composta por mistura de polímeros orgânicos e aditivos e
outro de policarboxilatos modificados. Como será esclarecido no subcapítulo 4.1.3 não será
diferenciado neste estudo o tipo de adjuvante aplicado em cada amassadura.
Foram realizados ensaios aos provetes tanto no estado fresco como no estado endurecido. No estado
fresco, foi avaliada a trabalhabilidade e a densidade. A resistência à compressão em provetes cúbicos de 15
cm de aresta (Tabela 3.46), a resistência à tracção por compressão diametral, o módulo de elasticidade e a
resistência à abrasão foram os ensaios desenvolvidos com o betão no estado endurecido.
34
Tabela 3.45 - Composição dos betões em estudo (Barbudo et al., 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
BR 350 738 1049,1 - 0,54 189 -
BAGRB20 350 738 839,5 184 0,54 189 -
BAGRB50 350 738 524,6 460,2 0,54 189 -
BAGRB100 350 738 - 920,2 0,54 189 -
BR - 1 350 768 1091,9 - 0,45 158 1,0
BAGRB20 - 1 350 768 873,6 191,6 0,45 158 1,0
BAGRB50 - 1 350 768 545,9 478,9 0,45 158 1,0
BAGRB100 - 1 350 768 - 957,8 0,45 158 1,0
BR - 2 350 789 1118,6 - 0,4 140 1,0
BAGRB20 - 2 350 789 894,8 196,2 0,4 140 1,0
BAGRB50 - 2 350 789 567,2 497,7 0,4 140 1,0
BAGRB100 - 2 350 789 - 995,3 0,4 140 1,0
Tabela 3.46 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Barbudo et al., 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
C0 49,9 41,9 C30/37
C20 50,7 42,7 C30/37
C50 48,2 40,2 C30/37
C100 45,4 37,4 C30/37
C0 - 1 59,8 51,8 C40/50
C20 - 1 64,7 56,7 C40/50
C50 - 1 55,2 47,2 C35/45
C100 - 1 54,1 46,1 C35/45
C0 - 2 79 71,0 C55/67
C20 - 2 70,3 62,3 C50/60
C50 - 2 64,1 56,1 C40/50
C100 - 2 63 55,0 C40/50
3.3.16 Matias et al., 2013
Matias et al. (2013) analisaram a influência do uso de SP nas propriedades mecânicas de BAGRB.
Usaram dois tipos diferentes de trituração: trituração primária com britador de maxilas (TP1) e
trituração primária e secundária com britador de maxilas e triturador de impacto (TP2). As partículas
obtidas pela trituração de uma laje armada do Estádio de Alvalade (Lisboa) tornaram-se angulares ou
roladas dependendo do tipo de trituração aplicado, TP1 ou TP2 respectivamente.
Os AN finos são extraídos do rio Tejo e os agregados grossos naturais são de origem calcária. Na Tabela
3.47, estão apresentados os resultados da análise das diferenças apresentadas nos agregados.
Tabela 3.47 - Propriedades dos agregados (Matias et al., 2013)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2564 2652 2452
Absorção de água (%) 0,81 0,79 4,12
Baridade (kg/m3) 1517 1422 a 1427 1256 a 1263
35
Os autores incluíram nas composições de betão (Tabela 3.48) dois tipos de superplastificante: polímero
lignosulfonato (SP1) e polímero policarboxílico (SP2). O tipo de cimento utilizado é o CEM II 42,5R.
A resistência à compressão, à tracção por compressão diametral e à abrasão foram as propriedades
avaliadas nos betões no estado endurecido. Relativamente ao ensaio de resistência à compressão em
provetes cúbicos de 15 cm de aresta, os autores revelam que nem o tipo de trituração aplicada nem a
percentagem de substituição dos agregados grossos naturais por AGRB, afecta de forma significativa a
sua resistência, como é visível na Tabela 3.49. Matias et al. (2013) afirmam que este resultado poderá
ser explicado por todas as amassaduras apresentarem a mesma relação água / cimento.
Tabela 3.48 - Composição dos betões em estudo (Matias et al., 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino
(kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3)
Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%)
Natural Reciclado
BR 413 606 1073 - 0,5 206 -
25BAGRBSP0 413 606 805 245 0,5 209 -
25BAGRBSP1 413 606 805 245 0,5 209 0,5
25BAGRBSP2 413 606 805 245 0,5 209 0,42
50BAGRBSP0 413 606 537 494 0,5 212 -
50BAGRBSP1 413 606 537 494 0,5 212 0,5
50BAGRBSP2 413 606 537 494 0,5 212 0,45
100BAGRBTP1 413 606 - 987 0,5 218 -
100BAGRBTP2 413 606 - 987 0,5 218 -
100BAGRBSP0 413 606 - 987 0,5 218 -
100BAGRBSP1 413 606 - 987 0,5 218 0,5
100BAGRBSP2 413 606 - 987 0,5 218 0,48
Tabela 3.49 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Matias et al., 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 52,0 44,0 C30/37
25BAGRBSP0 52,0 44,0 C30/37
25BAGRBSP1 50,0 42,0 C30/37
25BAGRBSP2 49,0 41,0 C30/37
50BAGRBSP0 51,0 43,0 C30/37
50BAGRBSP1 51,0 43,0 C30/37
50BAGRBSP2 51,0 43,0 C30/37
100BAGRBTP1 51,0 43,0 C30/37
100BAGRBTP2 49,0 41,0 C30/37
100BAGRBSP0 48,0 40,0 C30/37
100BAGRBSP1 49,0 41,0 C30/37
100BAGRBSP2 48,0 40,0 C30/37
3.3.17 Thomas et al., 2013
O objectivo principal deste estudo desenvolvido em Espanha é avaliar a durabilidade do BAGRB exposto a
ambientes agressivos. Aplicando taxas de substituição de AN por AGRB de 0, 20, 50 e 100%, Thomas et al.
(2013) analisaram a resistência à compressão, à tracção por compressão diametral, o módulo de
36
elasticidade, a resistência à carbonatação, a absorção de água e a permeabilidade ao oxigénio.
Os AGRB são provenientes de RCD de elementos de betão e os naturais são de origem calcária. A análise
das propriedades dos agregados encontra-se na Tabela 3.50 e a proporção de cada matéria-prima é
apresentada na Tabela 3.51, sendo CEM I 52,5N o ligante utilizado em todas as amassaduras. Os betões
denominados de “Hx” apresentam uma a/c de “x”, seguidos das taxas de substituição aplicadas.
Tabela 3.50 - Propriedades dos agregados (Thomas et al., 2013)
Propriedade Agregado natural grosso Agregado reciclado
Massa volúmica (kg/dm3) 2,55 a 2,59 2,31
Absorção de água (%) 1,6 a 1,8 5,3
Desgaste de Los Angeles (%) 31 42
Tabela 3.51 - Composição dos betões em estudo (Thomas et al., 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
H 0,65 - 0 275 843 978 0 0,6 179
H 0,65 - 20 275 878 735 184 0,59 179
H 0,65 - 50 275 849 455 455 0,57 179
H 0,65 - 100 275 868 0 830 0,54 179
H 0,50 - 0 380 714 1004 0 0,46 190
H 0,50 - 20 380 744 757 189 0,45 190
H 0,50 - 50 380 710 471 471 0,44 190
H 0,50 - 100 380 715 0 874 0,42 190
Provetes cilíndricos de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura foram moldados para se proceder ao
ensaio de resistência à compressão. Após análise dos resultados (Tabela 3.52), os autores indicam que
até 20% de taxas de substituição não existem alterações significativas mas, por outro lado, para taxas
de substituição de 100%, é necessário diminuir 0,05 a relação a/c a fim de se obter resultados
semelhantes nos ensaios de compressão.
Tabela 3.52 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Thomas et al., 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
H 0,65 - 0 37 29,0 C25/30
H 0,65 - 20 41 33,0 C30/37
H 0,65 - 50 42 34,0 C30/37
H 0,65 - 100 45 37,0 C35/45
H 0,50 - 0 52 44,0 C40/50
H 0,50 - 20 50 42,0 C40/50
H 0,50 - 50 45 37,0 C35/45
H 0,50 - 100 55 47,0 C40/50
3.3.18 Butler et al., 2013
Este estudo, desenvolvido no Canadá, está dividido em três fases: estudo dos agregados, determinação das
composições dos betões e ensaios mecânicos aos mesmos. O objectivo principal é determinar se existe
alguma influência nas propriedades mecânicas do betão utilizando agregados reciclados de diferentes
37
fontes. Incluem-se neste estudo a resistência à compressão e à tracção por compressão diametral, o
módulo de elasticidade e a energia de fractura como propriedades mecânicas analisadas.
Os diferentes tipos de agregados grossos são provenientes de: pedreira calcária (AN), resíduos de
demolição de sarjetas e passeios na zona de Ontário (AGRB-1), resíduos de demolição de elementos de
betão do aeroporto de Toronto (AGRB-2) e de trituração de elementos de betão armazenados ao ar
livre por uma central de betonagem (AGRB-3). O estudo destes quatro tipos de agregados é feito na
Tabela 3.53. Butler et al. (2013) apenas consideraram substituições totais de agregados grossos
naturais por AGRB, utilizando agregados finos rolados em todas as composições. Na Tabela 3.54,
encontra-se a composição de cada um dos betões em estudo. Foram executados dois grupos de
betões tendo em conta a resistência à compressão esperada (40 MPa e 60 MPa).
Tabela 3.53 - Propriedades dos agregados (Butler et al., 2013)
Propriedade Agregado natural grosso
Agregado reciclado
RCA-1 RCA-2 RCA-3
Massa volúmica (kg/m3) 2,71 2,48 2,43 2,41
Baridade (kg/m3) 1744 1539 1458 1395
Absorção de água (%) 1,52 4,66 6,15 7,81
Resistência ao esmagamento (%) 18,2 23,1 26,0 28,5
Tabela 3.54 - Composição dos betões em estudo (Butler et al., 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
BR-40 271 861 1099 - 0,59 160 -
BAGRB1-40 281 802 - 970 0,64 180 -
BAGRB2-40 293 648 - 919 0,58 170 -
BAGRB3-40 337 841 - 879 0,49 165 -
BR-60 487 625 1099 - 0,37 180 -
BAGRB1-60 463 621 - 970 0,41 190 -
BAGRB2-60 500 621 - 919 0,38 190 0,28
BAGRB3-60 600 567 - 879 0,3 180 0,36
Após a análise dos resultados do ensaio de compressão (Tabela 3.55) em provetes cilíndricos de 10 cm
de diâmetro e 20 cm de altura, os autores concluiram que a variação dos resultados não é significativa
com a substituição de AN por AGRB.
Tabela 3.55 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Butler et al., 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
NAC-40 38,9 30,9 C30/37
RAC1-40 38,6 30,6 C30/37
RAC2-40 38,1 30,1 C30/37
RAC3-40 39,3 31,3 C30/37
NAC-60 61,9 53,9 C50/60
RAC1-60 60,1 52,1 C50/60
RAC2-60 60,2 52,2 C50/60
RAC3-60 62,8 54,8 C50/60
38
3.3.19 Mefteh et al., 2013
Na Argélia, foi desenvolvido um estudo em que se analisa a influência, no abaixamento, do intervalo
de tempo (15, 30, 45 e 60 minutos) entre a produção da amassadura e a betonagem. Após o estudo,
concluiu-se que, 30 minutos após a produção, o betão inicia a perda de trabalhabilidade, o que poderá
colocar em causa as suas propriedades.
Os autores estudou as propriedades de cada tipo de agregado apresentadas na Tabela 3.56. A
substituição de NA por AGRB foi feita para taxas de 0, 20, 40, 60, 80 e 100%.
Tabela 3.56 - Propriedades dos agregados (Mefteh et al., 2013)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2560 2540 a 2660 1980 a 2280
Baridade (kg/m3) 1040 1400 a 1460 1090 a 1140
Absorção de água (%) - 1,1 a 2,4 2,9 a 5,3
Desgaste de Los Angeles (%) - 24 35
Mefteh et al. (2013) utilizaram os agregados de três formas distintas: agregados secos, agregados pré-
saturados e agregados saturados com superfície seca. Apenas foram contabilizadas as amassaduras
produzidas com agregados secos (Tabela 3.57), como explicitado no subcapítulo 3.1. O ligante em uso
é do tipo CEM II 42,5, e os agregados grossos são de origem calcária ou resultantes da trituração de
elementos pré-fabricados de betão dos quais se desconhece as características, respectivamente os
naturais e os reciclados.
Tabela 3.57 - Composição dos betões em estudo (Mefteh et al., 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR0 350 586 1211,45 - 0,54 189,6
BAGRB20 350 586 969,16 192,85 0,54 190,4
BAGRB40 350 586 726,87 385,69 0,54 191,3
BAGRB60 350 586 484,58 578,54 0,54 192,1
BAGRB80 350 586 242,29 771,39 0,54 193,0
BAGRB100 350 586 - 964,24 0,54 193,9
As propriedades mecânicas analisadas foram a resistência à compressão e à tracção. Para a execução
do ensaio de resistência à compressão, foram moldados provetes cúbicos com 10 cm de aresta. Os
resultados (Tabela 3.58) indicam que, para taxas de substituição superiores a 40%, existe uma redução
da sua resistência à compressão.
Após o ensaio à compressão dos betões com os três tipos de agregado (seco, pré-saturado e saturado
de superfície seca), os autores afirmam que o tipo de betão que apresenta melhores resultados nas
suas propriedades é o que incorpora agregados secos.
39
Tabela 3.58 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Mefteh et al., 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR0 30 21,3 C16/20
BAGRB20 36 27,1 C20/25
BAGRB40 35 26,1 C20/25
BAGRB60 26 17,4 C12/15
BAGRB80 27 18,4 C12/15
BAGRB100 27 18,4 C12/15
3.3.20 Ceia, 2013
Este é o único estudo analisado que sugere a aplicação de BAGRB em reparações de betão. Ceia (2013)
analisa a resistência ao corte da interface entre BR e BAGRB, aplicando taxas de substituição de
agregados grossos naturais por reciclados de 0, 20, 50 e 100%. A interface entre os dois tipos de
betões também foi analisada, variando entre: betonado contra superfície de madeira, tratamento com
escova de aço e tratamento com martelo de agulhas. O autor conclui no final do estudo que, quanto
maior a rugosidade entre as superfícies, melhor o seu desempenho.
Os AGR foram obtidos a partir da trituração do betão de origem (Tabela 3.59), recorrendo à britadeira
de maxilas existente no laboratório do Instituto Superior Técnico. O estudo das propriedades da areia
rolada, e dos agregados grossos naturais e reciclados, é apresentado na Tabela 3.60.
Tabela 3.59 - Características do betão de origem (Ceia, 2013)
Cimento Máxima dimensão do agregado (mm)
Relação a/c
Classe de resistência Tipo (kg/m3)
CEM I 42,5R 280 22,4 0,55 C30/37
Tabela 3.60 - Propriedades dos agregados (Ceia, 2013)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2621,1 a 2627,9 2685,3 2377,0
Baridade (kg/m3) 1512,6 a 1523,1 1325,3 1233,9
Absorção de água (%) 0,31 a 0,42 0,95 6,57
Desgaste de Los Angeles (%) - 24,6 41,1
Em relação às propriedades do betão no estado endurecido, foram analisadas as seguintes propriedades:
resistência à compressão, à tracção por compressão diametral, ao desgaste, ao corte pelo ensaio slant
shear, e o módulo de elasticidade. Para a execução do ensaio, foram moldados provetes cúbicos de 15
cm de aresta de acordo com as composições descritas na Tabela 3.61. Com base nos resultados do
ensaio de resistência à compressão apresentados na Tabela 3.62, Ceia (2013) afirma que, quanto maior a
taxa de substituição de NA por AGRB, maiores as diminuições de resistência à compressão relativamente
ao BR. Afirma também que, ao longo da idade do betão, esta diferença tende a diminuir.
40
Tabela 3.61 - Composição dos betões em estudo (Ceia, 2013)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR 350 764,3 1042,7 0 0,52 183,6
BAGRB20 350 764,3 739,6 174 0,52 188,53
BAGRB50 350 764,3 521,4 437,2 0,52 197,5
BAGRB100 350 764,3 0 874,3 0,52 211,4
Tabela 3.62 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Ceia, 2013)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 48,5 40,5 C30/37
BAGRB20 49,3 41,3 C30/37
BAGRB50 47,9 39,9 C30/37
BAGRB100 43,4 35,4 C25/30
3.3.21 Guerra et al., 2014
A aderência de varões de aço a BAGRB foi analisada por Guerra et al. (2014). Modificando o diâmetro dos
varões de aço e a taxa de substituição (0, 20, 50 e 100%), os autores obtiveram resultados inferiores aos do
betão de referência para as principais características analisadas. Quanto mais elevada a taxa de substituição
de NA por AGRB, mais desfavoráveis são os valores das características analisadas. Apenas nos betões com
taxas de substituição inferiores a 20%, as propriedades analisadas não sofrem alterações significativas.
Foram analisadas algumas propriedades de todos os agregados utilizados, apresentando-se na Tabela
3.63 os resultados obtidos. Na Tabela 3.64, encontram-se as composições utilizadas em cada
amassadura utilizando CEM II A-L 42,5R como ligante, areia rolada como agregado fino e agregados
calcários como agregados grossos naturais.
Tabela 3.63 - Propriedades dos agregados (Guerra et al., 2014)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2621,1 a 2627,9 2685,3 2377,0
Absorção de água (%) 0,31 a 0,42 0,95 6,57
Baridade (kg/m3) 1512,6 a 1523,1 1325,3 1233,9
Desgaste de Los Angeles (%) - 24,6 41,1
Tabela 3.64 - Composição dos betões em estudo (Guerra et al., 2014)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR 350 764,3 1042,7 - 0,52 183,6
BAGRB20 350 764,3 835,4 174 0,52 190,53
BAGRB50 350 764,3 521,4 490 0,52 197,5
BAGRB100 350 764,3 - 874,3 0,52 211,4
Os autores analisaram as seguintes propriedades dos betões: resistência à compressão, à tracção por
compressão diametral e abrasão, módulo de elasticidade e ensaio de arrancamento. Provetes cúbicos
de 15 cm de aresta foram moldados para a execução do ensaio de resistência à compressão obtendo-
41
se os resultados apresentados na Tabela 3.65.
Tabela 3.65 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Guerra et al., 2014)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 48,5 40,5 C30/37
BAGRB20 49,3 41,3 C30/37
BAGRB50 47,9 39,9 C30/37
BAGRB100 43,4 35,4 C25/30
3.3.22 Pedro et al., 2014
À semelhança de Matias et al. (2013), Pedro et al. (2014) também diferenciam dois tipos de trituração
nos seus agregados grossos: trituração primária (T1) e trituração primária mais secundária (T2). A
trituração primária é aplicada recorrendo a um britador de impacto existente no Laboratório de
Construção do Instituto Superior Técnico, enquanto para a secundária recorre a um triturador de
martelos de uma empresa produtora de agregados britados.
Matias et al. (2013) utilizam agregados provenientes de uma única fonte e não estudam a durabilidade
das amassaduras, ao contrário de Pedro et al. (2014) que também analisa a absorção de água, a
resistência à penetração de cloretos, resistência à carbonatação e retracção dos provetes de betão.
Os agregados utilizados são agregados finos de rio, agregados grossos naturais calcários e AGRB de
elementos rejeitados da pré-fabricação (PC) e de elementos moldados no laboratório (LC). Ambos os
agregados reciclados são originários de betões de resistência de 20, 45 e 65 MPa e as suas
propriedades são apresentadas na Tabela 3.66.
Tabela 3.66 - Propriedades dos agregados (Pedro et al., 2014)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2630,0 2537,2 a 2664,8 2664,8 a 2361,5
Baridade (kg/m3) 2637,8 2590,5 a 2708,8 2504,7 a 2760,6
Absorção de água (%) 0,1 1,0 a 1,3 3,6 a 7,8
A composição de cada tipo de betão pode ser analisada na Tabela 3.67, sendo utilizado como ligante
cimento do tipo CEM I 42,5R e, nas composições com agregados provenientes de betão de resistência
65 MPa, foi também utilizado SP com uma base química de mistura de policarboxilatos modificados.
A resistência à compressão foi testada em cubos de 15 cm de aresta tendo-se obtido os resultados
apresentados na Tabela 3.68. Após análise dos mesmos, o autor afirma que o BAGRB perde resistência
comparando com o BR, sendo que a maior perda de resistência se reflecte nos cubos de betão com
agregados provenientes de betão com resistência de 20 MPa. Os autores justificam esta ocorrência por
serem os betões que são compostos por agregados de menor resistência, uma vez que a rotura ocorre
no agregado reciclado, mais precisamente na ligação entre o AN e a pasta aderente ao agregado. Em
relação ao tipo de agregado, nos betões mais resistentes é indiferente a origem do AGRB.
42
Tabela 3.67 - Composição dos betões em estudo (Pedro et al., 2014)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3)
SP (%) Natural Reciclado
BR-20-T1 210 938 958 - 0,86 180,6 -
BR-45-T1 280 870 956 - 0,65 182 -
BR-65-T1 350 863 1002 - 0,41 143,5 1
BAGRB-LC20-T1 210 929 - 966 0,87 214,2 -
BAGRB-LC45-T1 280 866 - 940 0,66 196 -
BAGRB-LC65-T1 350 858 - 974 0,42 161 1
BAGRB-PC20-T1 210 932 - 970 0,86 212,1 -
BAGRB-PC45-T1 280 870 - 970 0,65 193,2 -
BAGRB-PC65-T1 350 858 - 1029 0,42 157,5 1
BR-20-T2 210 946 1019 - 0,81 170,1 -
BR-45-T2 280 877 1011 - 0,63 176,4 -
BR-65-T2 350 868 1057 - 0,4 140 1
BAGRB-LC20-T2 210 938 - 953 0,84 207,9 -
BAGRB-LC45-T2 280 877 - 988 0,63 187,6 -
BAGRB-LC65-T2 350 868 - 982 0,4 150,5 1
BAGRB-PC20-T2 210 943 - 977 0,82 205,8 -
BAGRB-PC45-T2 280 873 - 962 0,64 190,4 -
BAGRB-PC65-T2 350 858 - 1016 0,42 157,5 1
Tabela 3.68 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Pedro et al., 2014)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR-20-T1 23,9 15,9 C12/15
BR-45-T1 38,7 30,7 C25/30
BR-65-T1 71,1 63,1 C50/60
BAGRB-LC20-T1 19,7 11,7 C8/10
BAGRB-LC45-T1 35,7 27,7 C20/25
BAGRB-LC65-T1 66,8 58,8 C40/50
BAGRB-PC20-T1 21,8 13,8 C8/10
BAGRB-PC45-T1 36,1 28,1 C20/25
BAGRB-PC65-T1 68,5 60,5 C50/60
BR-20-T2 27,5 19,5 C12/15
BR-45-T2 42,4 34,4 C25/30
BR-65-T2 72,3 64,3 C50/60
BAGRB-LC20-T2 21,0 13,0 C8/10
BAGRB-LC45-T2 41,1 33,1 C25/30
BAGRB-LC65-T2 70,2 62,2 C50/60
BAGRB-PC20-T2 23,6 15,6 C12/15
BAGRB-PC45-T2 39,7 31,7 C25/30
BAGRB-PC65-T2 66,5 58,5 C40/50
3.3.23 Reis et al., 2015
Estes autores avaliam a resistência ao punçoamento de BAGRB, com taxas de substituição de agregado
grosso natural por reciclado de 0, 20, 50 e 100%.
43
Os AGRB são provenientes da trituração do betão de origem moldado no Instituto Superior Técnico,
após 30 dias da sua produção. O betão de origem apresenta uma classe de resistência C30/37 e foi
triturado recorrendo a uma britadeira de maxilas. O estudo de todos os agregados pode ser analisado
na Tabela 3.69.
A composição dos betões (Tabela 3.70) foi definida tendo em conta o objectivo de obter betões de classe
de resistência C30/37. Todas as composições incluem cimento do tipo CEM II A-L 42,5R.
Tabela 3.69 - Propriedades dos agregados (Reis et al., 2015)
Propriedade Agregado natural Agregado reciclado
Fino Grosso
Massa volúmica (kg/m3) 2,51 a 2,55 2,53 a 2,56 2,28
Baridade (kg/m3) 1,55 a 1,59 1,43 a 1,45 1,23
Absorção de água (%) 0,3 a 0,6 1,2 a 1,4 1,23
Desgastes de Los Angeles (%) - 23,2 a 29,2 41,9
A resistência à compressão e à tracção por compressão diametral, módulo de elasticidade e ensaio de
punçoamento foram as características analisadas no betão no estado endurecido por Reis et al.(2015).
Provetes cúbicos de 15 cm de aresta foram ensaiados à compressão obtendo os valores apresentados
na Tabela 3.71.
No final do estudo, os autores afirmam que o comportamento é semelhante nos dois tipos de laje, de
BR e de BAGRB.
Tabela 3.70 - Composição dos betões em estudo (Reis et al., 2015)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR 357 773 955 0 0,54 188
BAGRB20 357 773 764 171 0,54 188
BAGRB50 357 773 478 429 0,54 188
BAGRB100 357 773 0 857 0,54 188
Tabela 3.71 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Reis et al., 2015)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR 46,8 38,8 C30/37
BAGRB20 44,3 36,3 C25/30
BAGRB50 46,6 38,6 C30/37
BAGRB100 45,6 37,6 C30/37
3.3.24 Tosic et al., 2014
Tosic et al. (2014), tal como Marinkovic et al. (2010), analisam o impacte ambiental de BAGRB. Estes
autores, para além do apresentado por Marinkovic et al. (2010), aplicam um método de optimização
por multicritério tendo em conta os aspectos ambientais.
No seu estudo, produzem quatro tipos de betão (Tabela 3.72) variando o tipo de agregados utilizados:
naturais britados (CA) ou rolados (GA) e grossos reciclados provenientes de resíduos de demolição de
44
betão da Sérvia. O cimento utilizado em todas as amassaduras é do tipo CEM I 42,5R e a taxa de
substituição de agregados naturais por reciclados é de 0, 50 e 100%.
Para comparar ambientalmente os betões, os autores efectuaram o ensaio de resistência à
compressão de todos os tipos de betão. Os resultados apresentam-se na Tabela 3.73.
Tabela 3.72 - Composição dos betões em estudo (Tosic et al., 2014)
Betão Cimento (kg/m3)
Agregado fino (kg/m3)
Agregado grosso (kg/m3) Relação a/c efectiva
Água (kg/m3) Natural Reciclado
BR-GA 354 600 1164 0 0,52 185,0
BR-CA 384 592 1165 0 0,52 201,0
BAGRB50 354 598 555 555 0,52 205
BAGRB100 365 576 0 1071 0,51 218
Tabela 3.73 - Resistência à compressão dos betões em estudo (Tosic et al., 2014)
Betão 𝒇𝒄𝒎 (MPa) 𝒇𝒄𝒌 (MPa) Classe de resistência
BR-GA 43,7 35,7 C25/30
BR-CA 41,5 33,5 C25/30
BAGRB50 44,2 36,2 C25/30
BAGRB100 42,5 34,5 C25/30
3.4 Conclusões do capítulo
Neste capítulo, são apresentados todos os estudos que foram utilizados para o desenvolvimento deste
trabalho. Dos 24 artigos analisados, apenas cerca de 30% apresenta alguma análise relativa à
durabilidade dos betões produzidos. Destes 30%, apenas quatro utilizam AGRB provenientes de betão
no fim da sua vida útil, o que permite ilustrar melhor a durabilidade e resistência de BAGRB. Os
agregados são provenientes de elementos de pré-fabricação (13%), elementos de demolição (50%) ou
de elementos de betão moldado em laboratório para estudos mecânicos (55%). Cerca de 80% dos
autores também analisam as propriedades dos AG utilizados, o que poderá ser um contributo para
este estudo, uma vez que a qualidade dos agregados reciclados afecta a qualidade do betão produzido
(Pedro et al., 2014). Para melhorar o desempenho mecânico dos betões produzidos, cerca de 30% dos
autores utilizam superplastificantes nas suas amassaduras.
De uma forma geral, os AGRB apresentam maior absorção em comparação com os agregados grossos
naturais. A absorção varia entre 1,2% (Reis, 2014) e 7,3% (Barbudo, 2012). Segundo Brito (2005)
quanto maior a porosidade do agregado, maior será a relação a/c para manter a trabalhabilidade do
betão, o que levará a características mecânicas inferiores comparando com o BR.
De todos os estudos analisados, 35% dos estudos atingiu a mesma classe de resistência em betão com
agregados naturais ou com agregados reciclados. Kwan et al. (2012) obtiveram os piores resultados em
termos de resistência mecânica: uma diminuição de três classes de resistência. Por outro lado, cinco dos
trabalhos analisados alcançaram uma melhoria da resistência do betão com agregados reciclados
relativamente ao betão com agregados naturais. Todas estas variações são justificadas pelas alterações da
45
quantidade de cimento, da relação a/c efectiva ou da qualidade dos agregados reciclados.
Coutinho (1988), citado por Reis (2014), afirma que a massa volúmica e a baridade dos agregados
utilizados são dois indicadores do desempenho do betão: quanto maiores forem os indicadores, melhor
será o seu desempenho. A pasta endurecida aderida aos agregados reciclados é a principal razão para a
diminuição das massas volúmicas dos agregados reciclados (Alves (2007) citando Gomes (2007)). Dos
estudos analisados, Rao et al. (2011) e Saffiudin et al.(2011) são os que apresentam agregados grossos
reciclados com maior massa volúmica, o que indica que a utilização destes agregados não irá afectar
significativamente o desempenho do betão. Por outro lado, os agregados que irão afectar mais
significativamente o desempenho do betão serão os agregados de Ridzuan et al. (2005), Thomas et al.
(2013) e Mefteh et al. (2013) por apresentarem valores de massa volúmica inferiores.
Todas as amassaduras recolhidas foram estudadas de seguida ambientalmente recorrendo ao
software SimaPro e à metodologia de ACV. Para a sua utilização, foi necessário definir todas as etapas
do ciclo de vida de betão com agregados reciclados e naturais, o que é apresentado no próximo
capítulo.
46
47
4. Inventário do Ciclo de Vida de matérias-primas e betões
4.1 Definição do objectivo e do âmbito
O objectivo deste estudo é a comparação, em termos ambientais e económicos, de betão com
agregados naturais com betão com agregados reciclados de betão, tendo em conta a sua resistência.
Para tal, a abordagem de avaliação de ciclo de vida será do berço-ao-portão. Com os resultados deste
estudo, pretende-se contribuir para a análise da mais-valia do ponto de vista ambiental e económico
do uso de agregados reciclados em substituição de agregados naturais.
4.1.1 Unidade funcional
A unidade funcional do estudo será 1 metro cúbico de betão à saída da central, tendo em
consideração a sua resistência à compressão aos 28 dias de idade, a característica mais importante do
desempenho de um betão estrutural.
4.1.2 Limites do sistema
Este estudo irá incidir sobre:
produção / extracção de todas as matérias-primas necessárias para a produção dos betões em
análise (A1);
transporte das matérias-primas até à central de betão (A2);
produção dos betões na central (A3).
Na Figura 4.1, está representado um esquema do ciclo de vida do betão, indicando a traço
interrompido as fases que não estão incluídas neste estudo.
Todos os dados necessários, sempre que possível, foram recolhidos junto a empresas portuguesas.
Figura 4.1 - Ciclo de vida do betão
A2 A3A1
TransporteFase
construtiva
Fase
de serviçoDemoliçãoProduçãoTransporteÁgua
Adjuvantes
Cimento
Agregados
naturais
Agregados
reciclados
48
4.1.3 Premissas e limitações
De forma a tornar este estudo exequível, foi necessário admitir algumas premissas:
dado que a utilização de cimentos de endurecimento normal (N) ou de endurecimento rápido (R)
leva à mesma resistência das amassaduras aos 28 dias, esta diferenciação não foi considerada;
uma vez que não foi possível obter os IA de todas as famílias de cimento tipo II em estudo, apenas
será levado em conta o tipo de cimento e a sua resistência (não se considerando a sua família);
não serão contabilizados os impactes associados ao transporte dos resíduos da central de
reciclagem de RCD.
Este estudo apresenta à partida, algumas limitações:
apenas serão contabilizados os IA apresentados no subcapítulo 4.2.1;
não foi possível contabilizar todas as emissões das diferentes etapas de produção / extracção
das matérias-primas (p.e. emissões difusas de poeiras nos processos na pedreira e na central
de reciclagem de RCD), por falta de informação disponibilizada pelas empresas;
não serão incluídas outras fazes do ciclo de vida do betão (aplicação, manutenção e
demolição), uma vez que este estudo tem como objectivo o impacte ambiental tendo em
conta a sua classe de resistência;
alguns dos dados recolhidos foram estimados pelos técnicos das empresas contactadas, uma
vez que nem todos os gastos estariam a ser contabilizados isoladamente para cada tarefa;
em algumas actividades, não foi possível estimar as suas emissões (p.e. emissão de gases no
transporte de materiais), tendo sido tomado como referência os da base de dados do software
SimaPro (Ecoinvent 3 e ELCD).
4.2 Inventário do ciclo de vida
Os processos de produção do betão e de produção / extracção das suas matérias-primas têm
associados diversos IA. Este capítulo inclui uma descrição inicial das principais categorias definidas na
Normalização Europeia para estimar esses impactes potenciais, seguida de uma breve explicação sobre
cada processo considerado.
4.2.1 Categorias de impacte ambiental
Na Tabela 4.1, estão indicadas todas as categorias de impacte ambiental consideradas nesta
Dissertação, bem como os acrónimos e unidades utilizadas no programa SimaPro.
De seguida, é apresentada uma pequena descrição de cada categoria de impacte ambiental em estudo.
4.2.1.1 Potencial de esgotamento dos recursos naturais abióticos
Segundo Steen (2005), o esgotamento dos recursos naturais abióticos é o impacte ambiental mais
significativo no dia-a-dia, para além da destruição da camada de ozono. Os recursos naturais abióticos
49
considerados neste parâmetro correspondem aos recursos não renováveis que se dividem em:
minerais metálicos, outros minerais, energia e água doce.
Este indicador tem como base as reservas de materiais e a sua taxa de decréscimo, a nível mundial.
Tabela 4.1 - Acrónimos e respectivas unidades de cada indicador ambiental em estudo
Indicador ambiental Acrónimo Unidade
Potencial de esgotamento dos recursos naturais abióticos
ADP kg amónio (Sb) equivalente
Potencial de aquecimento global GWP kg dióxido de carbono (CO2) equivalente
Potencial de destruição da camada de ozono ODP kg CFC-11 equivalente
Potencial de acidificação AP kg dióxido de enxofre (SO2) equivalente
Potencial de eutrofização EP kg fosfato (PO4-3) equivalente
Potencial de formação fotoquímica de oxidantes POCP kg etileno (C2H4) equivalente
Consumo de recursos energéticos não renováveis Pe-NRe Mega Joule
Consumo de recursos energéticos renováveis Pe-Re Mega Joule
4.2.1.2 Potencial de aquecimento global
O aquecimento global é também conhecido como efeito de estufa. Com o aumento da concentração dos
gases de efeito de estufa, a radiação que seria libertada / reflectida pelo Planeta é aprisionada por estes
gases, levando assim ao aumento da temperatura. Os principais gases responsáveis por este fenómeno
são: o dióxido de carbono, o metano e os CFC’s (clorofluorcarbonetos). Quanto maior a quantidade de
gases de efeito de estufa, maior será o acréscimo da temperatura a uma escala global (Bio Fina, 2013).
4.2.1.3 Potencial de destruição da camada de ozono
A concentração de CFC’s na atmosfera provoca a dissociação das moléculas de ozono contribuindo
para a diminuição da espessura da camada de ozono. Com a diminuição da sua espessura, ocorre uma
perda de eficácia na sua capacidade de filtragem dos raios UV e, consequentemente, um aumento da
potência desta radiação na superfície terrestre. Assim, a destruição da camada de ozono afecta
negativamente e a um nível global a saúde humana, o ambiente natural, o ambiente construído e os
recursos naturais (Guinée, 2002).
4.2.1.4 Potencial de acidificação
Segundo Blengini (2006), os principais gases responsáveis pela acidificação são o enxofre (SO2), os óxidos de
nitrogénio (NOx) e o nitrogénio reduzido (NHx), provenientes sobretudo da combustão de combustíveis
fósseis. No processo de acidificação, estes gases são transformados em substâncias químicas e
transportados pelo vento, alterando o equilíbrio de diferentes ecossistemas. A acidificação também afecta
negativamente o ambiente construído, uma vez que altera quimicamente os materiais (Guinée, 2002).
50
4.1.2.5 Potencial de eutrofização
Este processo consiste no enriquecimento de determinada zona por nutrientes, principalmente azoto
e fósforo provenientes de emissões poluentes, águas residuais e fertilizantes. Taxas elevadas de
nutrientes levam ao desenvolvimento excessivo de algas e plantas, o que conduz a baixas taxas de
oxigénio e de energia solar, no caso da eutrofização aquática, e à contaminação da flora e de águas
subterrâneas, na eutrofização terrestre.
4.1.2.6 Potencial de formação fotoquímica de oxidantes
A formação de oxidantes consiste na transformação de alguns gases poluentes em compostos
químicos reactivos, em consequência da incidência da luz ultravioleta. Esta reacção ocorre na presença
de óxidos de azoto, permitindo a oxidação de compostos orgânicos voláteis e do monóxido de
carbono. Os compostos químicos reactivos mais importantes são o ozono e o nitrato de peroxiacetilo.
Segundo Guinée (2002), os oxidantes têm um impacte negativo nos ecossistemas e na saúde humana,
uma vez que são altamente tóxicos.
4.1.2.7 Consumo de recursos energéticos não-renováveis
O consumo de energia não renovável é outro dos IA em estudo. Sendo o seu consumo superior à sua
velocidade de regeneração, contribui para o esgotamento das reservas naturais de energia fóssil
(carvão, petróleo e gás natural) e nuclear (urânio). A utilização de energia nuclear, apesar de não
produzir gases poluentes, acarreta um grande risco de produção: um pequeno acidente numa central
nuclear poderá traduzir-se num impacte extremamente negativo para o ambiente pelo perigo de
explosão nuclear, fugas e contaminação radioactivas (AGENEAL, 2015).
4.1.2.8 Consumo de recursos energéticos renováveis
O consumo de energia renovável no ciclo de vida dos materiais em estudo traduz-se num impacte muito
inferior ao do consumo de energia não renovável. A energia renovável é considerada como infinita mas
condicionada, dependendo de variações meteorológicas. O aproveitamento desta energia precisa da acção
humana transformadora sobre os recursos naturais. Este tipo de energia está dividido em 6 categorias:
solar, eólica, hídrica, geotérmica, dos oceanos e biomassa. Toda a energia renovável é não poluente,
excepto a biomassa que, durante o seu processo de queima, liberta gases poluentes (AGENEAL, 2015).
4.2.2 Agregados naturais britados
4.2.2.1 Processo de produção
O processo de produção de agregados naturais britados está organizado essencialmente em quatro
fases (Figura 4.2): desmonte da rocha, carga e movimentação, britagem e classificação, e expedição
(informação recolhida em reunião com gerente da área de agregados, Outubro de 2014).
51
Para se proceder ao desmonte da rocha, é necessário o recurso a explosivos. Este material deverá ser
inserido em perfurações no elemento rochoso previamente executadas com uma perfuradora hidráulica.
Os locais de perfuração e quantidade de perfurações a executar deverão ser previamente estudadas de
acordo com o tipo de rocha a extrair e os objectivos da detonação. Os operários que trabalham com
explosivos deverão ser portadores da cédula de operador de fogo. A coluna onde são colocados os
materiais explosivos deverá ser preenchida com areia de forma a tornar o uso do explosivo mais
eficiente. O transporte e manuseamento de explosivos obrigam ao recurso a trabalhadores
especializados, tendo em conta o perigo envolvido nesta operação. Especificamente em relação ao seu
transporte, é obrigatória a utilização de um camião de caixa fechada com dois compartimentos
separados: um para detonadores e outro para explosivos e cordões detonantes.
Figura 4.2 - Processo de produção de agregados naturais britados
Após a detonação, procede-se à carga e movimentação do material. Para a execução desta operação,
será necessária a utilização de pás-carregadoras e/ou giratórias, dependendo da quantidade de
material a recolher por cada ciclo de detonação. Em pedreiras de granito, a quantidade de material
solto em cada pega é superior em comparação com as pedreiras de calcário. Assim, as pedreiras de
granito irão apenas necessitar da giratória que irá ser responsável pelo estaqueamento e pelo
carregamento dos meios de transporte do material, alternando entre o martelo hidráulico e o balde.
Nas pedreiras calcárias, o processo será mais eficiente com a utilização da giratória apenas para o
estaqueamento e a utilização da pá-carregadora para carregamento do material. Os dumpers
garantem o transporte da matéria-prima até à central de britagem.
Na britagem e classificação do material pétreo, estão incluídas várias etapas de britagem e crivagem.
Numa fase inicial, o material passa por um alimentador vibrante de forma a garantir a separação do
material fino e argilas que poderão colocar em causa a eficiência dos britadores. A britagem é realizada
por diferentes tipos de britadeiras e a crivagem por crivos de diferentes aberturas. Durante todo o
processo, o material é transportado por tapetes que garantem que este percorre as diferentes fases do
processo. No final deste procedimento, obtém-se vários tipos de materiais com diferentes diâmetros,
separados e armazenados em silos ou em outras zonas de armazenamento. O transporte do material do
fim de linha da central de britagem implica o recurso a pás-carregadoras e dumpers. Se necessário, tendo
52
em conta as condições atmosféricas, poderá ser utilizada água expelida por aspersores ao longo dos
tapetes transportadores para garantir uma diminuição de emissão de poeiras.
Na expedição, a matéria-prima será depositada directamente dos silos para o camião. No caso de o
material se encontrar nas zonas de armazenamento, será necessário recorrer a pás-carregadoras.
Durante todo o processo de produção de agregados, será utilizada, dependendo das condições
atmosféricas, uma cisterna de rega, de forma a diminuir a emissão de poeiras provenientes dos
caminhos de circulação de máquinas.
Parte do material produzido será também utilizado para homogeneizar as vias de circulação no interior
da pedreira, com o objectivo de maximizar a durabilidade das máquinas utilizadas.
4.2.2.2 Dados recolhidos
Para a recolha de dados referentes a agregados naturais britados, foram contactadas 14 empresas
nacionais, das quais apenas duas se disponibilizaram para fornecer os dados solicitados. Por motivos
de confidencialidade, não será divulgado o nome das empresas contactadas. Na Figura 4.3, apresenta-
se a localização esquemática de alguns centros de produção das empresas contactadas.
Figura 4.3 - Localização dos centros de produção de agregados britados das empresas contactadas
Das empresas que aceitaram colaborar neste estudo, duas são produtoras de agregados calcários, com
produções anuais de cerca de 1.200 mil e 170 mil toneladas respectivamente, e uma é produtora de
agregado granítico com produção anual de cerca de 100 mil toneladas. Nos anexos II a V, encontram-
53
se os questionários preenchidos pelas empresas, relativamente ao ano de 2014, de forma a facilitar a
recolha da informação necessária a este estudo.
Apresenta-se, na Tabela 4.2, na Tabela 4.3 e na Tabela 4.4, o resumo dos dados recolhidos junto às
empresas produtoras de agregados calcários britados.
É importante referir que, na empresa 1, parte da matéria-prima produzida é utilizada para
pavimentação dos caminhos de circulação dentro das pedreiras, de forma a diminuir os custos com a
manutenção das máquinas de grande porte. A quantidade de material para essa tarefa é de cerca de
0,42% nos agregados calcários, e de 2,50% na produção de agregados graníticos.
Tabela 4.2 - Dados da empresa 1 relativos à produção de 1 ton de agregados calcários britados
Empresa 1 produtora de agregados calcários
Desmonte, carga e movimentação
Gasóleo (l)
Perfuradora 0,0201
Pá-carregadora 0,1079
Giratória 0,0020
Dumper 0,1064
Expedição
Gasóleo (l)
Dumper 0,0118
Pá-carregadora 0,0597
Carga (ton)
Distância até à central de betão (km)
Camiões 28 35
Britagem e classificação
Energia (kWh) 0,9531
Consumo de água
Origem Quantidade (l)
Subterrânea 0,0003
Uso de explosivos
Quantidade (kg) Carga transportada (kg) Distância até à pedreira (km)
0,0756 0,0761 65
Tabela 4.3 - Dados da empresa 2 relativos à produção de 1 ton de agregados calcários britados
Empresa 2 produtora de agregados calcários
Desmonte, carga e movimentação
Gasóleo (l)
Perfuradora 0,02
Escavadora 0,14
Dumper 0,14
Expedição
Gasóleo (l)
Dumper 0,02
Pá-carregadora 0,15
Carga (ton) Distância até à central de betão (km)
Camiões 22 40
Britagem e classificação
Energia (kWh) 3,58
Consumo de água
Origem Quantidade (l)
Subterrânea 0,22
Uso de explosivos
Quantidade (kg) Carga transportada (kg) Distância até à pedreira (km)
0,0756 0,13 65
54
Tabela 4.4 - Dados da empresa 1 relativos à produção de 1 ton agregados graníticos britados
Empresa 1 produtora de agregados graníticos
Desmonte, carga e movimentação
Gasóleo (l)
Perfuradora 0,0392
Giratória 0,1811
Dumper 0,1675
Expedição
Gasóleo (l)
Dumper 0,2317
Carga (ton) Distância até à central de betão (km)
Camiões 35 24
Britagem e classificação
Energia (kWh) 2,2841
Consumo de água
Origem Quantidade (l)
Subterrânea 0,0120
Uso de explosivos
Quantidade (kg) Carga transportada (kg) Distância até à pedreira (km)
0,1008 0,1011 280
O transporte dos agregados de todas as empresas é assegurado por camiões de três eixos e, após a
entrega da matéria-prima, retorna vazio à central de produção. Em relação ao transporte de
explosivos, este também é assegurado por camiões de dois eixos, sendo que, no seu retorno, a sua
carga depende muito das encomendas que a empresa de explosivos tenha para distribuir nesse dia. Na
recolha dos dados relativos ao transporte de explosivos, apenas foi possível contactar uma única
empresa responsável pelo fornecimento de uma das empresas produtoras. Considerou-se valores
médios anuais para a produção de uma tonelada de agregados britados.
4.2.3 Agregados naturais rolados
4.2.3.1 Processo de produção
O processo de extracção de materiais rolados poderá ser realizado com ou sem a utilização de dragas.
O processo escolhido apenas depende da morfologia do leito do rio, dispensando a utilização de
dragas no caso de se terem formado terraços. Sem a utilização de dragas, o processo é organizado em
duas fases: extracção da matéria-prima e lavagem e classificação (informação recolhida junto a
empresa produtora de agregados do rio Sado, Maio de 2015).
Inicialmente, é necessário decapar cerca de um metro de espessura de um terraço fluvial de forma a
garantir uma boa qualidade dos agregados. Seguidamente, com o auxílio de giratórias a matéria-prima é
carregada em dumpers ou camiões que garantem o transporte até à central de lavagem e crivagem.
Nesta fase de extracção da matéria-prima, os IA mais significativos correspondem à libertação de gases
poluentes pelas máquinas de grande porte, consumo de recursos naturais e modificação do leito do rio.
Na central de produção, procede-se à lavagem e à crivagem dos agregados de forma a obter: argilas,
que não são aproveitadas e são depositadas numa bacia de decantação; bago de arroz; gravilha de
55
diversas granulometrias; seixo. O material classificado vai para stock para secagem, sendo mais tarde
vendido para todos os trabalhos de construção civil. Nesta segunda fase, o impacte mais significativo é
o consumo de energia eléctrica e de água.
Caso seja necessária a utilização de dragas escavadoras, o equipamento irá escavar o fundo do leito do
rio depositando a matéria-prima no próprio convés. O descarregamento será efectuado por outra
máquina de grande porte que, por sua vez, irá carregar os camiões que irão transportar a matéria-
prima (Marinkovic, 2008). Nesta situação, o impacte mais significativo é o consumo de gasóleo.
A fase de lavagem e crivagem é idêntica em ambos os processos.
4.2.3.2 Dados recolhidos
Para a obtenção dos IA associados à produção de agregados naturais rolados, efectuou-se uma
pesquisa de declarações ambientais de produto. Essa pesquisa foi efectuada em diversas páginas de
internet, nacionais e internacionais, mas não foi possível recolher uma declaração ambiental de
produto de agregados naturais rolados. Desta forma, a solução encontrada foi a utilização dos dados
de inventário recolhidos por Marinkovic et al. (2008), por kg de agregado natural rolado, apresentados
na Tabela 4.5. Estes dados foram recolhidos na empresa Hidrobaza, na Sérvia, mas não incluem a fase
de lavagem, crivagem e transporte da matéria-prima. Contudo, não é possível perceber se o processo
de produção apresentado em 4.2.3.1 é exactamente igual ao apresentado por Marinkovic et al. (2008),
uma vez que no seu trabalho não descreve o processo de produção.
Tabela 4.5 - Dados do inventário da produção de 1 kg de agregados naturais rolados (adaptado de Marinkovic et al. (2008))
Consumo de energia (MJ)
Gasóleo 0,01478
Emissões para o ar (g)
CO 0,003475
NOx 0,015579
SOx 0,005447
CH4 0,001296
CO2 1,377926
N2O 0,000055
NMVOC 0,000392
Partículas 0,001455
4.2.4 Agregados grossos reciclados de betão
4.2.4.1 Processo de produção
A produção de agregados reciclados provenientes de, pelo menos, 90% de elementos de betão é composta
por três fases (Figura 4.4): triagem / selecção, britagem e classificação, e expedição (informação recolhida
em reunião com responsável de empresa de reciclagem de RCD, Dezembro de 2014).
56
Figura 4.4 - Processo de produção de agregados grossos reciclados de betão
Na primeira fase, os resíduos chegam à central de reciclagem fixa transportados em camiões. Será
necessário a utilização de uma pá-carregadora de forma a garantir a movimentação e o correcto
armazenamento selectivo dos resíduos.
Na britagem e classificação, será também utilizada a pá-carregadora que transporta os elementos de
betão até à britadeira móvel. No britador, os elementos serão britados e irá ser realizada, em
simultâneo, a separação magnética do aço. Após a trituração, o material triturado irá passar por crivos
de forma a separar o material por diferentes granulometrias. Os resíduos de aço serão transportados
em veículos até à entidade responsável pela sua correcta valorização. Se necessário, o material poderá
ser humedecido de forma a diminuir a emissão de poeiras.
Para expedição do novo produto, será a pá-carregadora que fará o carregamento dos diferentes
veículos dos clientes.
4.2.4.2 Dados recolhidos
Para a recolha de dados relativos à produção de agregados grossos reciclados de betão foram
contactadas 19 empresas, das quais apenas 13 confirmaram o tipo de produtos que produziam. A
localização destas empresas está presente na Figura 4.5.
Para este estudo, a empresa teria de produzir agregados reciclados provenientes de, pelo menos, 90%
de elementos de betão (ARB1 segundo E 471 - 2009). Das empresas que responderam ao contacto,
foram obtidas as seguintes informações:
70% produz agregado reciclado proveniente de mistura de agregados;
23% produz agregado reciclado proveniente de misturas betuminosas;
15% apenas afirma que não produz agregados do tipo ARB1;
1 empresa afirma que, por falta de procura, não produz ARB1;
2 empresas produzem ARB1.
57
Figura 4.5 - Localização dos centros de reciclagem de RCD das empresas contactadas
Das duas empresas produtoras de ARB1, apenas uma disponibilizou os dados necessários ao
desenvolvimento deste estudo. No anexo V, está presente o inquérito respondido pela empresa
relativamente ao ano de 2014, com os consumos por tonelada de agregado grosso produzido. Os dados
fornecidos contabilizam os agregados finos produzidos que serão vendidos para outros fins. Na Tabela 4.6,
apresenta-se o resumo destes dados de inventário obtidos, por tonelada de agregado reciclado.
Tabela 4.6 - Dados da empresa relativos à produção de 1 ton de AGRB
Empresa produtora de agregados grossos reciclados de betão
Triagem/selecção
Gasóleo (l)
Pá-carregadora 0,01422
Carga (ton) Distância (km)
Camiões 20 25
Expedição
Gasóleo (l)
Pá-carregadora 0,1525
Carga (ton)
Distância até à central de betão (km)
Camiões 20 25
Britagem e classificação
Gasóleo (l)
Pá-carregadora 0,2032
Britadeira 0,3795
Crivo 9,54x10-3
Consumo de água
Origem Quantidade (l)
Rede pública 0,012
Produção de resíduos para reciclagem
Tipo Quantidade (kg)
Aço 140
58
O transporte dos resíduos de construção e dos agregados reciclados é efectuado por camiões de dois
eixos, sendo que regressam sempre sem qualquer carga. Ao triturar os elementos de betão, gera-se
resíduos de aço iguais a cerca de 14% da massa de agregados. Estes resíduos são recebidos por
empresas responsáveis pela sua correcta reciclagem.
4.2.5 Cimento
4.2.5.1 Processo de produção
O processo de fabrico do cimento, segundo SECIL (2008) e CIMPOR (2011), é composto essencialmente
por três etapas: extracção/preparação da matéria-prima, moagem e cozedura.
Na extracção / preparação da matéria-prima, o calcário e os restantes agregados são extraídos com
recurso a perfuradoras e explosivos. Esta matéria-prima sofre ainda uma trituração de forma a
diminuir a sua dimensão. Nesta primeira fase, os impactes mais significativos são: consumo de
matérias-primas, emissão de poeiras e emissão de ruído. Após o transporte das matérias-primas por
telas transportadoras ou camiões, o material sofre uma homogeneização devido a uma moagem a
cru.Com recurso a moinho de bolas ou vertical, o material é seco e transformado no chamado “cru” e
armazenado em silos, o que leva a um consumo de energia e produção de ruído.
Na última etapa, o cru é sujeito a uma cozedura, de cerca de 10 minutos, em fornos que atingem cerca
de 1450 ºC, consequência de uma chama de 2000 ºC. Após o arrefecimento brusco do material, obtém-
se o clínquer. Para terminar o processo de produção, o clínquer é moído juntamente com outros aditivos
como o gesso, para produzir as diferentes famílias de cimento Portland. Nesta fase, o consumo
energético é muito significativo, bem como a emissão de gases poluentes como o CO2, SO2 e NOx.
4.2.5.2 Dados recolhidos
Para a recolha de informação da produção de cimento, efectuou-se uma pesquisa em diversas páginas
de internet e noutras referências bibliográficas. Na pesquisa de declarações ambientais, recolheu-se
cerca de 20 de diversos países, dentro e fora da Europa, mas nenhuma portuguesa. Dessa forma,
optou-se por utilizar os dados obtidos por Blengini (2006) num estudo com base em dados de
empresas portuguesas, apresentados nas Tabela 4.7 e Tabela 4.8.
Tabela 4.7 - Valores de impacte por categoria dos cimentos tipo I e da média dos cimentos estudados (Blengini, 2006)
Categoria de impacte Unidade Valor médio CEM I 52,5R CEM I 42,5R
ADP kg Sb eq 3,36 3,9921 3,8308
GWP kg CO2 eq 803,4 951,24 925,9
ODP kg CFC-11 eq 8,49x10-5 10,91x10-5 9,47x10-5
AP kg SO2 eq 2,2431 2,7622 2,5435
EP kg PO4-3 eq 0,31215 0,36027 0,35149
POCP kg C2H4 eq 0,066158 0,083163 0,074843
Pe-NRe MJ 207 240 203
Pe-Re MJ 4971 5907 5641
59
Tabela 4.8 - Valores de impacte por categoria do cimento tipo II (Blengini, 2006)
Categoria de impacte Unidade CEM II A-L 42,5R CEM II B-L 32,5R
ADP kg Sb eq 3,5518 3,0909
GWP kg CO2 eq 858,19 729,43
ODP kg CFC-11 eq 8,83x10-5 7,95x10-5
AP kg SO2 eq 2,3597 2,0728
EP kg PO4-3 eq 0,32811 0,28991
POCP kg C2H4 eq 0,069265 0,061404
Pe-NRe MJ 186 227
Pe-Re MJ 5236 4594
Os resultados apresentados de Blengini (2006) correspondem aos IA da produção de 1 tonelada de
cimento (excluindo o transporte até à central de produção de betão) e têm por base dados de uma
empresa nacional da zona de Alhandra (Vila Franca de Xira).
4.2.6 Adjuvantes
4.2.6.1 Processo de produção
Após pesquisa bibliográfica, não se encontrou uma descrição do processo de produção de
superplastificantes, o único tipo de adjuvante considerado neste estudo. Dos contactos estabelecidos com
duas empresas produtoras deste produto, não foi possível obter qualquer informação e as declarações
ambientais consultadas pela internet também não fazem referência ao seu processo de produção.
4.2.6.2 Dados recolhidos
Após a pesquisa de declarações ambientais de produto de superplastificantes, a que melhor se adapta
à realidade portuguesa dada a semelhança dos processos envolvidos é a apresentada pela EFCA
(federação europeia das associações de adjuvantes de betão) do ano 2006.
A declaração, apresentada no anexo VI, é válida para quatro famílias de superplastificantes: naftaleno ou
melamina formaldeído sulfonatos, copolímeros vinílicos e éter de policarboxilato. Os valores apresentados
na Tabela 4.9 correspondem aos dados do inventário da produção de 1 kg de superplastificante, não
incluindo o transporte do superplastificante até à central de produção de betão.
4.2.7 Betão pronto (com agregados naturais ou reciclados)
4.2.7.1 Processo de produção
A produção do betão está dividida essencialmente em três etapas (Figura 4.6): transporte e
armazenamento das matérias-primas, dosagem e mistura mecânica e expedição (informação recolhida em
reunião com responsável da direcção de equipamentos de empresa de betão-pronto, Dezembro de 2014).
As matérias-primas são transportadas por dois tipos de camiões: basculantes ou cisterna. O camião
basculante transporta todo o tipo de agregados e o camião cisterna, com capacidade de cerca de
18.000 litros, transporta os adjuvantes líquidos. O armazenamento é efectuado em depósitos e baias
ou tremonhas respectivamente os adjuvantes e os agregados. A água necessária, proveniente da rede
60
ou de furo subterrâneo, é armazenada em depósitos.
Tabela 4.9 - Dados do inventário da produção de 1 kg de superplastificante (EFCA)
Matérias primas
Unidade Valor Unidade Valor
lenhite g 82 petróleo bruto kg 0,16
carvão g 51 gás natural m3 0,22
Emissões para o ar
CO2 kg 0,72 ácido acético mg 63
CO g 0,55 amónia g 2,1
NOx g 1,8 As µg 58
SOx g 3,6 Cr µg 16
N2O mg 67 Hg µg 94
metano g 1,2 Ni mg 0,46
butano mg 11 V mg 1,2
pentano mg 14 Dioxinas ng 43
metanol mg 60 CFC-10 µg 2,0
eteno mg 8,9 CFC-114 µg 1,8
benzeno mg 7,4 halon-1211 µg 4,1
VOC não metano g 0,29 halon-1301 µg 5,0
PAH µg 39
Emissões para água
Carência química de O2 g 2,6 Barite mg 51
PAH’s µg 67 Ni mg 3,9
óleos g 0,63
Emissões para o solo
Cr mg 0,22 óleos g 0,66
Figura 4.6 - Processo de produção de betão pronto
A dosagem dos diferentes constituintes sólidos é realizada com recurso a balanças. Estas são
incorporadas no tapete transportador que irá encaminhar todos os constituintes sólidos até à
misturadora. Para a pesagem, também é necessária uma tremonha que irá funcionar de forma a
garantir que todos os constituintes sejam doseados de acordo com a composição do betão desejada. A
dosagem dos constituintes líquidos é realizada por outro tipo de balança e o material doseado irá
directamente para o interior da misturadora. Os materiais são transportados das baias para os
depósitos de dosagem por meio mecânico. A mistura mecânica é efectuada na misturadora que será
61
lavada antes de se iniciar cada ciclo. A misturadora de eixo vertical possui um conjunto de pás que
propicia a homogeneidade da mistura e, consequentemente, das propriedades do betão produzido.
No processo de expedição, o betão é descarregado para os camiões por gravidade com recurso a
calhas inclinadas. Os camiões-betoneira deverão ter as paredes internas humedecidas com o objectivo
de minimizar alterações das características da mistura a transportar. Deverão ainda manter um
movimento de rotação adequado durante o transporte de forma a evitar a segregação do material.
4.2.7.2 Dados recolhidos
Para a recolha de dados relativos à produção de betão na central de betonagem, foram contactadas
cinco empresas cuja localização se apresenta na Figura 4.7. De todas as empresas contactadas, apenas
foi possível recolher dados de uma das empresas (ver anexo VII), com uma produção de cerca de 13
mil metros cúbicos de betão pronto no ano de 2013.
Figura 4.7 - Localização dos centros de produção de betão contactados
Na Tabela 4.10, estão representados os dados recolhidos. Os valores relativos à fase de transporte e
armazenamento foram recolhidos junto a empresas fornecedoras da empresa em estudo. O
transporte de adjuvantes e cimento é realizado com recurso a camiões cisterna que, após
descarregamento na central, regressam sem qualquer carga. O transporte de agregados está incluído
na recolha de dados de cada empresa produtora.
O consumo de água facultado pela empresa inclui todos os gastos de água da empresa: produção de
betão (incluindo a água de amassadura), lavagens e rega. Admitindo um consumo médio de 190 kg de
água por m3 de betão (média das amassaduras em estudo), e um consumo de 15% do valor anual do
62
consumo de água destinada à rega (cerca de 50 litros por árvore por dia - Rosa, 2009), obtém-se o
valor apresentado na Tabela 4.10.
Tabela 4.10 - Dados da empresa relativos à produção de 1 m3 betão pronto
Empresa produtora de betão pronto
Transporte e armazenamento
Transporte de: Carga (ton) Distância (km)
SP 20 11,5
CEM 28 12,5
Dosagem e mistura mecânica
Energia (kWh)
Central 8,34
Consumo de água
Origem Quantidade (l)
Subterrânea 320,47
4.3 Conclusões do capítulo
Neste capítulo, apresentou-se a definição do objectivo e do âmbito deste estudo, bem como o
inventário do ciclo de vida de todo o sistema.
Na definição do objectivo e do âmbito, definiu-se a unidade funcional, os limites do sistema, e as
premissas e limitações deste estudo. Incluem-se neste estudo todos os processos de A1 a A3:
produção / extracção das matérias-primas, transportes até à central de betão e produção do mesmo.
Foi necessário também indicar todas as premissas e limitações uma vez que a alteração destas poderá
afectar os resultados obtidos no final deste trabalho.
Na apresentação do inventário do ciclo de vida, para além da indicação das categorias de impacte
ambiental consideradas, descreveu-se todos os processos envolvidos na produção de betão com
agregados naturais e de betão com agregados reciclados. Foram consideradas neste estudo 8
categorias de impacte ambiental. Para a recolha de dados com vista ao inventário do ciclo de vida,
foram elaborados questionários (anexos II a V e anexo VII) tendo por base os utilizados por Silvestre
(2012). O número de empresas envolvidas neste estudo é reduzido, uma vez que nem sempre foi fácil
encontrar empresas com disponibilidade para participar no mesmo.
Todas as informações apresentadas neste capítulo servem de base para a elaboração deste estudo e, a
partir destas, foi possível modelar o ciclo de vida e avaliar os impactes dos betões, recorrendo ao
software SimaPro.
63
5. ACV ambiental e económico de matérias-primas e betões
Na primeira parte deste capítulo, é descrita a forma de adaptação dos processos do ciclo de vida do
betão ao programa SimaPro. Destaca-se o especial cuidado que foi necessário na adaptação a este
programa de todos os dados recolhidos junto às empresas, bem como dos dados recolhidos de outras
fontes.
Na segunda parte deste capítulo, são analisados, de uma forma global, os resultados obtidos em cada
categoria de impacte ambiental pela aplicação dos métodos CML baseline e Cumulative Energy
Demand. As amassaduras foram analisadas do ponto de vista ambiental de acordo com as categorias
definidas em 4.2.1, com especial enfoque no potencial de aquecimento global (GWP) e no consumo de
energia não renovável (Pe-NRe). Esta análise foi ainda efectuada de acordo com a influência da
variação da quantidade de cimento, da inclusão de SP e da variação da relação A/C efectiva, com
especial ênfase nas classes C20/25, C25/30 e C30/37 (classes com maior representatividade).
Com o objectivo de estudar a influência da variação da quantidade de cimento em três classes de
resistência, foram pré-definidos quatro intervalos de quantidade de cimento: inferiores a 300 kg/m3,
entre 300 e 350 kg/m3, entre 350 e 400 kg/m3 e superiores a 400 kg/m3. Na definição destes
intervalos, teve-se em conta a uniformização do número de amassaduras incluídas em cada intervalo
de quantidade de cimento e classe de resistência. Apenas definindo intervalos constantes para cada
análise se torna possível efectuar uma comparação entre os resultados obtidos. Da mesma forma,
estabeleceu-se intervalos de incorporação de SP (SP = 0%, 0% < SP ≤ 1% e SP > 1%) e de relação A/C
(A/C < 0,55, 0,55 ≤ A/C < 0,6 e A/C ≥ 0,6). Nesta análise, houve o cuidado de excluir algumas
amassaduras que apresentaram resultados anómalos.
Na terceira parte, fez-se o mesmo tipo de estudo mas analisando o custo de cada amassadura, tendo
em conta o custo unitário de cada matéria-prima. Esta análise, tal como a análise ambiental, foi
efectuada numa primeira parte de uma forma global e, de seguida, de acordo com a incorporação de
cimento, de SP e da relação A/C efectiva.
Numa parte final, apresentou-se um mapa comparativo entre betão com agregados naturais e betão
com AGRB. Como dados deste mapa, utilizou-se o GWP, o Pe-NRe e o custo por m3 de cada
amassadura. O objectivo deste mapa comparativo é a definição da amassadura óptima do ponto de
vista ambiental e económico, tanto de betão com agregados naturais como de betão com AGRB.
5.1 Adaptação ao Simapro
Neste subcapítulo, descreve-se a forma de modelação no programa SimaPro do ciclo de vida do betão
com agregados naturais e com agregados grossos reciclados de betão. No anexo VIII, apresenta-se o
esquema aplicado para esta modelação.
Na escolha de todos os processos, houve especial cuidado em seleccionar os que pudessem ser
64
aplicados a Portugal de forma a aproximar o melhor possível à realidade Portuguesa.
Alguns dos processos mencionados seguidamente incluem também o impacte ambiental associado à
infra-estrutura produtiva mas, aquando da modelação, este tipo de impactes não foi considerado.
Dessa forma, não será referido neste trabalho se o processo inclui ou não o impacte associado à sua
infra-estrutura.
5.1.1 Processos comuns
De seguida, são apresentados os processos aplicados em várias montagens e processos.
5.1.1.1 Água
Na modelação do consumo de água, considerou-se dois tipos de água: de rede e subterrânea.
A água de rede corresponde ao processo existente na base de dados da Ecoinvent 3: tap water, at user
{Europe without Switzerland} | market for. Este processo inclui todos os IA do tratamento necessário
da água e do seu transporte até ao consumidor final apresentando-os por kg de água consumida. Não
estão incluídos quaisquer tipos de emissões provenientes do tratamento da água.
A água subterrânea foi modelada tendo em conta a antiga base de dados da Ecoinvent: irrigating. O
processo referente indicava que, para bombear um metro cúbico de água que se encontra a uma
profundidade de 48 metros, seria necessário o consumo de 0,24 kWh de electricidade. Dessa forma, e
dado que não existe na nova base de dados este processo, optou-se por modelar este mesmo
processo e denominá-lo de agua_furo (anexo IX). Foi construído assim um processo que inclui o
consumo da matéria-prima (water, well, in ground {PT}) e o consumo de energia, por kg de água
consumida.
5.1.1.2 Electricidade
Electricity, medium voltage {PT} | market for foi o processo da Ecoinvent 3 seleccionado para modelar
o consumo de energia eléctrica. Estão incluídas as perdas de energia durante a transmissão desta ao
longo dos cabos e linhas aéreas bem como as emissões para o ar durante este processo, de acordo
com o mix energético nacional do ano de 2014 (tendo em conta tanto a energia produzida em Portugal
como a energia importada). O processo é apresentado tendo o kWh como unidade.
5.1.1.3 Transporte
Em relação ao transporte da matéria-prima, estão esquematizados na Tabela 5.1 os três tipos de
transporte presentes na base de dados ELCD, com a indicação das características de cada um.
Tabela 5.1 - Tipo de transporte e suas características
Tipo transporte Peso total (ton) Carga máxima (ton)
Small lorry transport 7,5 3,3
Lorry transport 22 17,3
Articulated lorry transport 40 27
65
Os IA de todos os tipos de transporte apresentados consideram por defeito que estes transportam
apenas 85% da sua carga máxima. Segundo Blengini (2006), o impacte ambiental associado à
deslocação de um camião sem carga corresponde a 70% do impacte de um camião com 85% da sua
carga total. Desta forma, é possível modelar o retorno vazio dos camiões após a sua descarga. A partir
da base de dados da Ecoinvent, não era possível esta modelação adaptada à realidade, uma vez que
esta considera os IA associados ao transporte de uma carga média, incluindo retornos. Em alguns dos
transportes, a carga é superior a 85% da carga máxima, pelo que parte da modelação dos transportes
se torna conservativa.
Na modelação, foram utilizados três processos denominados de: camiao, camiao_r e
camiao_explosivo. É necessário modelar separadamente estes três processos uma vez que se trata de
diferentes tipos de meios de transporte.
O processo camiao corresponde ao da ELCD designado por articulated lorry transport, euro 0,1,2,3,4
mix, 40t total weight, 27t max payload (Tabela 5.1). Este processo foi aplicado na modelação do
transporte de grandes cargas de matérias-primas por camiões de três eixos. O processo camiao_r
corresponde ao transporte de materiais, para e da central de reciclagem, que é efectuado por camiões
de apenas dois eixos. Este processo é denominado por lorry transport, euro 0,1,2,3,4 mix, 22t total
weight, 17,3t max payload (Tabela 5.1). Por último, o processo camiao_explosivo, correspondendo ao
processo small lorry transport, euro 0,1,2,3,4 mix, 7,5t total weight, 3,3t max payload (Tabela 5.1),
modela o transporte de explosivos para as pedreiras.
Estes três processos incluem, para além dos IA associados à combustão do combustível necessário
para transportar uma tonelada durante um quilómetro, todos os impactes do processo de produção e
fornecimento do combustível. Embora não correspondendo às emissões autorizadas segundo a
legislação em vigor (Euro 5), estes processos são os mais actuais disponibilizados pela base de dados
considerada (inclui o Euro 0, 1, 2, 3 e 4).
As unidades de todos os processos para modelação do transporte são apresentadas em tkm
(tonelada.km de matéria transportada). Na introdução dos valores no SimaPro, efectuou-se os cálculos
(3) necessários para considerar o caso de um camião que regresse sem carga.
𝑡𝑘𝑚 = 𝑘𝑚𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 + 0,7 × 𝑘𝑚𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (3)
No caso do transporte de explosivos, uma vez que a carga transportada é bastante inferior a 85% da sua
carga total, cada processo foi ajustado de acordo com a carga transportada. Como referido no
subcapítulo 4.2.2.2, a carga que o veículo de transporte de explosivos carrega é bastante variável. Será
admitido que o veículo irá, no mesmo dia, fornecer cinco pedreiras diferentes, transportando cerca de
17% da sua carga total. Este valor foi obtido tendo em conta a carga média necessária de explosivos por
cada pedreira (cerca de 0,1 ton). Transportando a carga para cinco pedreiras, obtém-se cerca de 0,5 ton,
o que corresponde a 17% da carga total (3,3 ton). Uma vez que o processo escolhido admite que o
66
veículo transporta 85% da carga e, neste caso, apenas transporta 17%, pode-se admitir o cálculo (4) para
obter a tkm a introduzir: será cinco vezes superior uma vez que 17% corresponde a um quinto de 85%.
𝑡𝑘𝑚 = 5 × 𝑘𝑚𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 + 0,7 × 𝑘𝑚𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (4)
5.1.1.4 Equipamentos
Relativamente à utilização de equipamentos comuns a vários processos do ciclo de vida da produção do
betão, considerou-se os seguintes processos: giratória, dumper e processo de britagem.
Para modelar a giratória, utilizou-se o seguinte processo presente na Ecoinvent 3: Excavation,
hydraulic digger {RER}|processing. Este inclui o consumo de óleo e de gasóleo, bem como as emissões
associadas. A unidade deste processo é apresentada em m3, sendo por isso necessária uma
transformação de litros de gasóleo consumidos (dados fornecidos pelas empresas) para m3 de
agregados transportados. O SimaPro indica que, para o transporte de um m3 de matéria-prima, é
necessário o consumo de 0,13 kg de gasóleo. Sabendo que um litro de gasóleo corresponde a 35,86 MJ
(Norbal, 2015), será necessário multiplicar os litros de gasóleo consumidos de acordo com a medição
realizada na central, pela sua densidade para obter o consumo em kg. Se esse resultado for dividido
pelo valor apresentado pelo programa (0,13 kg), obtém-se a equivalência do consumo em m3 de
matéria-prima transportada.
Em relação ao dumper, foi considerado o processo Transport, freight, lorry>32 metric ton, EURO 5
{RER}| transport, freight, lorry>32 ton, Euro 5 presente na Ecoinvent 3. Existindo processos de acordo
com a norma Euro 3, 4 e 5, admitiu-se que seria a 5, uma vez que esta é aplicável desde 1 de Setembro
de 2009 (Europa.eu, 2013). Este processo inclui o consumo de gasóleo e a manutenção necessária do
equipamento e as suas unidades são apresentadas em tkm. A solução encontrada para a giratória foi
igualmente aplicada ao dumper, uma vez que as empresas referentes fornecem os consumos de
gasóleo em litros. De acordo com o SimaPro, o transporte de uma tonelada ao longo de um km
corresponde a um consumo de 0,02 kg de gasóleo. Dividindo o consumo real do dumper pelo consumo
apresentado pelo SimaPro, obteve-se o consumo equivalente em tkm.
Sendo o processo de britagem mais simples, a sua modelação apenas necessita de ter em conta o uso
de electricidade. Assim, aplicou-se o processo presente na base de dados da Ecoinvent 3 referido no
subcapítulo 5.1.1.2. Não foi possível obter das empresas produtoras de agregados a quantificação da
emissão de poeiras (dado que corresponde a uma emissão difusa e não monitorizada), não tendo por
isso sido incluída na modelação.
5.1.1.5 Material explosivo
Foram seleccionados dois processos semelhantes para a modelação do material explosivo: Blasting
{RER}|processing e Blasting. A principal diferença entre estes processos é o facto de o primeiro incluir
transporte.
67
Blasting{RER}|processing da Ecoinvent é válido em toda a Europa e inclui, para além das emissões
para o ar no momento da explosão, o processo Explosive, tovex {GLO}|market for. Este subprocesso
inclui todos os impactes associados à sua produção e ao seu transporte. Ambos os processos
apresentam kg de explosivo como unidades.
O processo Blasting, em kg de explosivo consumido, foi modelado de forma a ser possível não
contabilizar o transporte do explosivo. Com esse objectivo, no processo referido, substituiu-se
Explosive, tovex {GLO}|market for por Explosive, tovex{ROW}|production, denominado por explosivo.
Este segundo subprocesso apenas inclui os IA associados à produção do explosivo.
5.1.2 Agregados naturais britados
Foram identificadas duas origens de agregados grossos naturais britados (granítica e calcária), para
serem consideradas neste capítulo. Relativamente aos agregados finos britados, apenas foi
considerado um tipo de areia, não se especificando a sua origem.
É importante referir que se admite que os IA associados à produção de agregado grosso calcário será
equivalente à produção de agregado grosso dolomítico e, da mesma forma, a produção de agregado
grosso de origem siliciosa será equivalente à produção de agregado grosso de origem granítica.
5.1.2.1 Agregado grosso granítico
O processo de produção de agregado grosso granítico foi modelado de acordo com a Figura 5.1.
Figura 5.1 - Esquema de produção de agregado grosso granítico no Simapro
Na empresa produtora de agregado granítico analisada, parte do agregado produzido é aproveitada
para pavimentar os caminhos de circulação dentro da pedreira, como referido no subcapítulo 4.2.2.1.
Na sua modelação, foi então necessário efectuar uma alocação de forma a ter este detalhe em conta.
Dessa forma, criou-se o processo agregado_g_alocado em que 2,5% do material produzido é utilizado
para pavimentação (pavimentação_g). Após os cálculos auxiliares, obteve-se o Processo IX.2 que pode
ser analisado com mais detalhe no anexo IX. A montagem agregado_g (do anexo IX) inclui o consumo
da água necessária, todos os processos até ao fim da produção do agregado (agregado_g_alocado) e o
transporte da matéria-prima até à central de betão (camiao).
5.1.2.2 Agregado grosso calcário
A Figura 5.2 esquematiza a modelação da produção de agregado grosso calcário. Esta está dividida
essencialmente em dois processos, agregado_1 e agregado_2, que correspondem aos dados
agua_furo
agregado_g
agregado_g_alocado
giratoria
agregado_g_alocado
camiao_explosivo
pavimentacao_g
dumper Electricity
Blasting
camiao
68
fornecidos respectivamente pela empresa 1 e pela empresa 2 produtoras desta matéria-prima. A
montagem agregado_c, Montagem IX.2 (anexo IX), corresponde a uma média aritmética dos
processos destas duas empresas.
Figura 5.2 - Esquema de produção de agregado grosso calcário no Simapro
O agregado_1, tal como o agregado_g, utiliza parte da produção para melhoria dos caminhos de
circulação no interior da pedreira. Consequentemente, a montagem agregado_1 (Montagem
IX.3,anexo IX) necessita de uma alocação mássica de 99,6% e de 0,4% para os processos
agregado_c_alocado e pavimentação_c (Processo IX.3 do anexo IX), respectivamente. No processo
agregado_c_alocado, estão incluídos todos os processos necessários para a produção de agregado
calcário tendo em conta os dados fornecidos pela empresa 1. Na montagem agregado_1, estão
incluídos também os processos associados à expedição da matéria-prima.
Na empresa 2, toda a matéria-prima produzida é destinada para venda, o que torna desnecessário
qualquer tipo de alocação na montagem agregado_2. Com base nos dados disponibilizados pela
empresa e os cálculos de adaptação explicitados no subcapítulo 5.1.1, obtém-se as quantidades
associadas a cada processo, como mostra a Montagem IX.4 do anexo IX.
5.1.2.3 Areia britada
Tendo em conta que os processos descritos para a produção de agregado grosso granítico ou calcário são
os mesmos do que os utilizados para modelar a produção de areia britada (Figura 5.3), foi efectuada uma
montagem (Montagem IX.5, anexo IX) em que se considera uma média ponderada dos consumos de cada
tipo de agregado.
Figura 5.3 - Esquema de produção de areia britada no Simapro
agregado_1
agregado_c
agregado_2
giratoria
agregado_2
camiao
dumperElectricity
Blasting {RER} agua_furo
agua_furo
agregado_1
agregado_c_alocado
giratoria
agregado_c_alocado
camiao_explosivo
pavimentacao_c
dumper Electricity
Blasting
camiao
agregado_g
areia_britada
agregado_c
69
5.1.3 Agregados naturais rolados
Relativamente à modelação da produção de agregados naturais de rio, foi modelado o processo
areia_rolada (Figura 5.4).
Figura 5.4 - Esquema de produção de areia rolada no Simapro
Para a modelação deste processo, foi necessário introduzir dados disponíveis em bibliografia de
referência (Marinkovic et al.; 2008) e também o transporte dos agregados finos naturais até à central
de betão. Como referido no subcapítulo 4.2.3.2, os dados utilizados não contabilizam a lavagem, a
crivagem e o transporte. Neste processo, não foi contabilizada a lavagem nem a crivagem do material,
uma vez que não foi possível recolher este tipo de consumos de nenhuma empresa.
Relativamente ao transporte, foi admitido que a empresa produtora deste material se encontra a 100
km de distância da central de betonagem (local onde existe uma empresa produtora, junto ao rio Tejo)
e que, tal como os outros agregados, é transportado por um camião de 3 eixos (camiao). No anexo IX,
encontra-se detalhado este processo (Processo IX.4).
5.1.4 Agregados grossos reciclados de betão
Na Figura 5.5, é esquematizada a modelação da produção de AGRB no programa SimaPro.
Figura 5.5 - Esquema de produção de agregado grosso reciclado de betão no Simapro
Na produção de AGRB, origina-se resíduos de aço e agregados finos reciclados de betão. Os agregados
finos são armazenados para venda ao público para diversos fins, mas o aço é considerado um resíduo
uma vez que é totalmente encaminhado para uma central de reciclagem específica, tendo por essa
razão de ser feita uma alocação entre a produção de agregado grosso reciclado e a produção destes 2
produtos. Por essa razão, foi necessário criar o processo agregado_residuos (Processo IX.5, anexo IX)
que inclui o transporte dos elementos de betão até à central de reciclagem, o uso da giratória e a
britagem e crivagem do material.
Para a modelação da britagem e da crivagem do material (processos_rcd), foi necessário utilizar o
Marinkovic et al.,2008
areia_rolada
camiao
agregado_residuos
agregado_rcd
tap water
giratoria
agregado_residuos
processos_rcd
aco
camiao_r
camiao_r
70
processo da base de dados de Ecoinvent 3 designado por Diesel, burned in building machine
{GLO}|processing. Este processo apresenta-se em MJ e inclui a manutenção da máquina e as principais
emissões atmosféricas. Para a correcta adaptação dos dados fornecidos pela empresa a este processo,
foi necessário converter o consumo de gasóleo medido em litros para MJ (35,68 MJ/l, Norbat, 2015).
De forma a incluir a água consumida e o transporte dos AGRB para a central de betonagem, foi modelada
a montagem agregado_rcd, cujos pormenores podem ser analisados no anexo IX (Montagem IX.6).
5.1.5 Cimento
Como referido no subcapítulo 4.2.5.2, a modelação da produção dos diferentes tipos de cimentos foi
efectuada com recurso aos dados resultantes do estudo de Blengini (2006). Uma vez que a modelação
final dos IA de cada betão foi efectuada com apoio do software Microsoft Excel, não foi necessária a
adaptação dos resultados recolhidos ao SimaPro. A estes valores foi adicionado o IA associado ao
transporte modelado de acordo com o mencionado no subcapítulo 5.1.1.3 e com base nos dados
recolhidos junto da empresa fornecedora desta matéria-prima.
É importante referir que não foi possível recolher informação relativamente à produção de cimento do
tipo CEM I 32,5, pelo que foi utilizado o valor médio apresentado por Blengini (2006) (apresentado na
Tabela 4.7 do subcapítulo 4.2.5.2). Esta adaptação poderá representar os valores reais uma vez que os
resultados médios são superiores aos valores da família de cimento tipo II e inferiores aos valores obtidos
para o cimento tipo CEMI 42,5, tal como esperado.
5.1.6 Adjuvantes
Para a modelação da produção do SP, foi usado outro processo (SP_EFCA) com os consumos das
matérias-primas e respectivas emissões para o ar, para a água e para o solo apresentadas na
declaração ambiental da EFCA (anexo VI). De forma a incluir o seu transporte, foi modelado o processo
SP apresentado na Figura 5.6, com base nos dados fornecidos pela empresa fornecedora e com o
mencionado no subcapítulo 5.1.1.3.
Figura 5.6 - Esquema de produção de SP no Simapro
Em alguns artigos recolhidos para este trabalho, a quantidade de SP é apresentada em percentagem e
noutros casos é apresentada em l/m3. Por outro lado, a declaração ambiental utilizada representa os IA da
produção de um kg de SP. Foi por isso necessário compatibilizar as unidades de acordo com a DAP
disponível. No caso de os dados recolhidos serem apresentados em percentagem, foi aplicada a fórmula (5)
e, no caso de serem apresentados em l/m3, foi aplicada a fórmula (6). Nesta última, o valor de 1,15
corresponde à densidade média, em kg/l, de todos os SP de uma das marcas mais utilizadas em Portugal.
SP_EFCA
SP
camiao
71
𝑆𝑃(𝑘𝑔/𝑚3) = %𝑆𝑃 × 𝐶𝐸𝑀(𝑘𝑔/𝑚3) (5)
𝑆𝑃(𝑘𝑔/𝑚3) = 𝑆𝑃(𝑙/𝑚3) × 1,15 (6)
5.1.7 Betão pronto (com agregados naturais ou reciclados)
Para a modelação do fabrico do betão, foi necessário criar uma montagem que inclui todas as
matérias-primas necessárias para a produção de todas as amassaduras em estudo, bem como de todos
os processos associados à sua produção (Figura 5.7), dados recolhidos junto das empresas: o consumo
de água e electricidade não foram modelados a partir de dados específicos recolhidos no âmbito deste
trabalho, mas foram baseados em conjuntos de dados de ACV já existentes (cimento e SP).
Figura 5.7 - Esquema da modelação da produção de betão no Simapro
Nesta modelação, é necessário ter em atenção as unidades de cada processo / montagem: agregados
britados em toneladas, e areia rolada, água, cimento e SP em kg. No anexo IX, apresenta-se esta
montagem com valores nulos nas variáveis de cada amassadura (Montagem IX.8).
5.2 Avaliação de impacte ambiental
Após a modelação da produção das matérias-primas e de betão, obteve-se através dos métodos CML
baseline e Cumulative Energy Demand os resultados apresentados na Tabela 5.2 e na Tabela 5.3,
respectivamente. Para esta análise, foram excluídos os impactes associados às infra-estruturas e
emissões a longo prazo. No anexo X, apresenta-se os IA por categoria de todas as amassaduras.
Os IA da Tabela 5.2 estão maioritariamente associados à quantidade e ao tipo de cimento utilizado.
Um cimento do tipo II apresenta uma diminuição de impacte de cerca de 8% de todas as categorias de
impacte relativamente a um cimento tipo I da mesma resistência. O ligante que apresenta o maior IA é
o CEM I 52,5 e o que apresenta menor IA é o CEM II 32,5. As restantes matérias-primas apresentam
contributos desprezáveis em relação aos IA do ligante.
Relativamente aos valores obtidos para o ADP, é importante referir que o programa admite que,
segundo a modelação adoptada, a areia rolada é um recurso ilimitado.
Na Tabela 5.3, verifica-se que o ligante de maior IA é o CEM I 52,5 apresentando uma diferença de 29%
relativamente ao CEM II 42,5 (Pe-NRe), bem como ao CEM II 32,5 (Pe-Re). Em relação à utilização de
agregados e à categoria de impacte Pe-NRe, o AGRB apresenta valores superiores aos restantes
agregados, excluindo a areia rolada que apresenta valores mais elevados. Relativamente ao Pe-NRe, os
resultados são bastante díspares entre tipos de cimento e resistências mostrando um comportamento
aleatório entre estas duas variáveis.
Betão
CEMI 32,5 CEMI 42,5 CEMI 52,5 CEMII 32,5 CEMII 42,5
areia_britada agregado_g agregado_c agregado_rcd
agua_furo SP
Electricityareia_rolada
72
Tabela 5.2 - Resultados do método CML baseline para as matérias-primas e para a produção de betão
ADP GWP ODP POCP AP EP
kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq
CEMI 32,5 (kg) 3,36E-3 0,804 8,49E-8 6,65E-5 2,25E-3 3,13E-4
CEMI 42,5 (kg) 3,83E-3 0,927 9,47E-8 7,52E-5 2,55E-3 3,52E-4
CEMI 52,5 (kg) 3,99E-3 0,952 1,09E-7 8,34E-5 2,76E-3 3,61E-4
CEMII 32,5 (kg) 3,09E-3 0,730 7,95E-8 6,17E-5 2,08E-3 2,91E-4
CEMII 42,5 (kg) 3,55E-3 0,859 8,83E-8 6,98E-5 2,37E-3 3,29E-4
Areia rolada (kg) 3,37E-10 9,87E-3 1,71E-11 2,80E-6 4,58E-5 1,08E-5
Areia britada (kg) 1,24E-9 2,79E-2 2,26E-10 9,06E-6 1,59E-4 3,54E-5
AG granítico (kg) 1,09E-9 2,44E-2 2,43E-10 7,83E-6 1,44E-4 3,18E-5
AG calcário (kg) 1,39E-9 3,14E-2 2,09E-10 1,03E-5 1,75E-4 3,90E-5
AGRB (kg) 2,12E-10 7,44E-3 1,60E-10 2,14E-6 4,05E-5 9,28E-6
Água (kg) 1,57E-11 1,33E-04 5,93E-12 3,87E-8 9,70E-7 4,99E-8
SP (kg) 3,88E-11 0,771 8,78E-08 5,68E-5 4,26E-3 1,05E-3
Produção (m3) 5,50E-7 4,65 2,08E-07 1,36E-3 0,034 1,75E-3
Tabela 5.3 - Resultados do método Cumulative Energy Demand para as matérias-primas e para a produção de betão
Pe-NRe Pe-Re
MJ MJ
CEMI 32,5 (kg) 0,2227 4,97
CEMI 42,5 (kg) 0,218 5,64
CEMI 52,5 (kg) 0,255 5,91
CEMII 32,5 (kg) 0,242 4,59
CEMII 42,5 (kg) 0,201 5,24
Areia rolada (kg) 0,135 1,56E-4
Areia britada (kg) 0,392 4,52E-4
AG granítico (kg) 0,344 3,81E-4
AG calcário (kg) 0,441 5,23E-4
AGRB (kg) 0,108 9,61E-5
Água (kg) 1,94E-3 0
SP (kg) 18 1,8E-5
Produção (m3) 67,81 1,8E-5
5.2.1 Comparação dos resultados obtidos
Embora os impactes ambientais da produção de materiais de construção tenham um caráter
iminentemente regional, é conveniente avaliar a plausibilidade dos resultados específicos obtidos,
comparando-os com as fontes existentes (i.e., DAP, bases de dados genéricas, e estudos de LCA), pelo
menos para as principais categorias de impacte. Nesse sentido, na Tabela 5.4, são apresentados os
resultados dos principais IA recolhidos de outras fontes com a indicação da origem dos dados.
Tabela 5.4 - IA recolhidas de fontes existentes
Fonte
GWP POCP AP Pe-NRe kg CO2 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq MJ
Agregado britado (kg) ELCD 1,40E-2 5,49E-6 1,05E-4 2,49E-1
AGRB (kg) Marinkovic et al., 2010 1,73E-3 1,25E-7 9,58E-6 1,76E-2
Produção de betão (m3) Concretope, 2005 7,89 3,67E-04 - 103
73
Os resultados recolhidos da base de dados ELCD foram retirados do processo Crushed stone 16/32,
open pit mining, production mix, at plant, undried. Foi escolhido este processo por ser o único que
refere explicitamente que inclui todas as fases do processo de produção de agregados britados:
desmonte da rocha com recurso a explosivos, britagem e classificação. Uma vez que este processo não
inclui o transporte, a comparação terá de ser com os resultados presentes na Tabela 5.5. Estes
resultados correspondem ao processo de produção de agregado britado excluindo o transporte do
mesmo até à central de betão. Na Tabela 5.5 também está presente a diferença entre estes e os
resultados da base de dados ELCD.
Tabela 5.5 - IA por kg de produção de agregados excluindo o transporte e comparação com ELCD
GWP POCP AP Pe-NRe
kg CO2 eq Δ kg C2H4 eq Δ kg SO2 eq Δ MJ Δ
Agregados graníticos 2,24E-02 -38% 7,18E-06 -24% 1,35E-04 -22% 0,31 21%
Agregados calcários 2,83E-02 -51% 9,28E-06 -41% 1,61E-04 -35% 0,40 37%
Os resultados da ELCD são inferiores aos obtidos neste trabalho, sendo que a maior diferença é
relativa ao GWP na produção de agregados calcários e a menor diferença é relativa ao Pe-NRe dos
agregados graníticos. Comparando os dados obtidos neste trabalho e os da base de dados ELCD e,
dada a semelhança de valores, conclui-se que os resultados obtidos são plausíveis.
Na Tabela 5.6, encontram-se os valores dos principais IA obtidos neste trabalho para a produção de
AGRB e para a produção de betão, bem como a diferença entre estes e os resultados da base de dados
ELCD. Para a modelação destes, foi excluído o transporte dos AGRB até à central de betão de forma a
ser possível uma correcta comparação com os valores recolhidos do trabalho de Marinkovic et al.,
2010. Comparando estas duas fases, conclui-se que os resultados obtidos no desenvolvimento deste
trabalho são plausíveis, mesmo sendo um pouco distintos aos de Marinkovic et al. (2010) e de
Concretope (2005).
Tabela 5.6 - IA de produção de AGRB excluindo o transporte e produção de betão e sua comparação com fontes existentes
GWP POCP AP Pe-NRe
kg CO2 eq Δ kg C2H4 eq Δ kg SO2 eq Δ MJ Δ
AGRB (kg) 2,24E-3 23% 3,69E-7 -66% 1,59E-5 -40% 3,48E-2 -49%
Produção (ton) 4,65 70% 1,36E-3 -73% - - 67,81 52%
Após verificar a plausibilidade dos resultados obtidos para cada fase do ciclo de vida em análise, é
importante comparar o resultado obtido para uma determinada classe de resistência. Na Tabela 5.7,
encontram-se os principais IA médios para as amassaduras sem incorporação de AGRB da classe de
resistência C25/30. Na mesma tabela, estão incluídos os resultados recolhidos de uma DAP alemã
(Institut Bauen und Umwelt e.V., 2013). Nesta comparação, a menor diferença é no POCP de cerca de -
1% e a maior é relativo ao AP de cerca de 72%. Também neste caso, os resultados são de ordem de
grandeza semelhante, podendo considerar-se plausíveis.
74
Tabela 5.7 - IA médios por m3 da classe de resistência C25/30 obtidos neste trabalho e recolhido em DAP
GWP POCP AP Pe-NRe
kg CO2 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq MJ
Obtidos neste estudo 350,79 3,66E-02 1,08 561,65
DAP alemã 211,10 3,61E-02 0,30 909,00
Δ -40% -1% -72% 62%
5.2.2 Análise por classe de resistência
Fazendo a média das amassaduras, por classe de resistência, para betão com agregados naturais e
para betão com 100% de AGRB, obteve-se respectivamente os resultados representados na Figura 5.8
e na Figura 5.10, para o potencial de aquecimento global, e os referidos na Figura 5.9 e na Figura 5.11
para o consumo de energias não renováveis. Os gráficos e as respectivas tabelas das restantes
categorias de impacte são apresentados no anexo XI, para as amassaduras com 0% de AGRB, e no
anexo XII, para as amassaduras com 100% de AGRB.
Por análise da Figura 5.8 (com apoio da Tabela XI.2 do anexo XI), verifica-se que os resultados variam
entre 2,43E+2 (para a classe C12/15) e 3,97E+2 (para a classe C50/60), correspondendo a um aumento
de cerca de 39% do GWP. Verifica-se que o menor valor de GWP corresponde a amassaduras com
menores valores médios de quantidade de cimento: cerca de 238 kg/m3 (Tabela 5.8 - média calculada
a partir dos valores apresentados no anexo I).
Figura 5.8 - GWP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Em relação aos valores obtidos de Pe-NRe (Figura 5.9 e Tabela XI.6 do anexo XI), estes estão
significativamente associados à quantidade de brita utilizada em cada amassadura. Este facto deve-se
ao valor elevado de Pe-NRe da produção de agregado britado (Tabela 5.3).
Relativamente às restantes categorias de IA apresentadas no anexo XI, há alguns casos em que, apesar
de a quantidade de cimento de uma classe ser menor do que outra, o IA associado é maior. Veja-se,
relativamente ao ADP, que a classe C20/25 é constituída por mais 5 kg/m3 de cimento (Tabela 5.8) do
que a classe C8/10 e apresenta um menor valor de ADP. Isto deve-se essencialmente ao tipo e
resistência de cimento utilizado. O mesmo sucede nos gráficos relativos a amassaduras com
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
kg C
O2
eq
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
75
incorporação de 100% de AGRB. Como exemplo, tem-se a Figura XII.1 do anexo XII, em que o ADP da
classe C16/20 é inferior ao da classe C12/15, apesar de apresentar uma maior quantidade média de
cimento (Tabela 5.8). Também este comportamento inesperado é devido ao tipo e resistência de
cimento utilizado. A curva de impacte das diferentes categorias é semelhante em todas as figuras do
anexo XII (com 100% de AGRB).
Figura 5.9 - Pe-NRe médio por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Da mesma forma que para as amassaduras sem incorporação de AGRB, o andamento da curva de GWP
(Figura 5.10) é essencialmente influenciada pela quantidade de cimento utilizada. No caso de Pe-NRe
(Figura 5.11), os valores não são tão dependentes da quantidade de cimento uma vez que as
diferentes matérias-primas apresentam valores da mesma ordem de grandeza, como é perceptível na
Tabela 5.3. Os resultados de Pe-NRe são crescentes com a classe de resistência, sendo que a classe
C35/45 apresenta um valor mais elevado. Este facto ocorre devido à diferença significativa deste IA
entre areia britada (0,392 MJ/kg) e areia rolada (0,135 MJ/kg), uma vez que esta classe de resistência
apresenta 40% areia britada e 0% de areia rolada.
Tabela 5.8 - Quantidade média de cimento (kg/m3) de cada classe de resistência das amassaduras com 0% RCD e para
amassaduras com 100% de AGRB
C8/10 C12/15 C16/20 C20/25 C25/30 C30/37 C35/45 C40/50 C50/60 0% AGRB 319 238 350 324 326 371 340 351 409 100% AGRB 251 304 339 304 330 375 313 360 453
Comparando cada categoria de impacte de betão com agregados naturais e betão com AGRB, a
principal diferença ocorre na classe C12/15, em que os impactes são superiores em cerca de 20% no
segundo grupo de betões, excepto na categoria Pe-NRe. Esta diferença poderá ser justificada pela
diferente quantidade de cimento utilizada. Na maioria das classes de resistência, a incorporação de
AGRB leva a uma diminuição da quantidade de cimento utilizada ou ao uso de uma quantidade
semelhante. Apenas a classe C12/15 apresenta um aumento significativo (cerca de 22%) da
quantidade de cimento, com a incorporação de AGRB.
0100200300400500600700800900
1000
MJ
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
76
Figura 5.10 - GWP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Figura 5.11 - Pe-NRe médio por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Analisando com mais detalhe as classes de resistência com maior representatividade, é possível, nas 3
secções seguintes, analisar a influência da quantidade de cimento, da introdução de SP e da relação
A/C nas diferentes categorias de impacte ambiental.
5.2.3 Influência da variação da quantidade de cimento
Relativamente ao GWP para a classe C20/25 (Figura 5.12), nas amassaduras do primeiro intervalo
(CEM ≤ 300 kg/m3) verifica-se que os valores variam entre 319,25 kg CO2 eq. (0% de AGRB) e 264,87 kg
CO2 eq. (100% de AGRB), segundo a regressão linear calculada. Para quantidades de cimento entre 300
e 350 kg/m3, de acordo com a regressão linear, os valores de IA variam entre 314,84 kg CO2 eq. e
301,41 kg CO2 eq., respectivamente para amassaduras com 0 e 100% de substituição de agregado
natural por AGRB. No caso das amassaduras com quantidades de cimento entre 350 e 400 kg/m3, os
valores variam de 352,64 kg CO2 eq. (0% AGRB) a 306,54 kg CO2 eq. (100% AGRB). O último intervalo
de quantidade de cimento (CEM ≥ 400 kg/m3) não foi considerado uma vez que apenas contém
amassaduras com quantidades de cimento anómalas (CEM > 500 kg/m3), tendo por isso sido excluídas.
Tendo em consideração o coeficiente de correlação das diferentes regressões lineares apenas a que
terá algum significado será do intervalo de cimento inferior a 300 kg/m3. Esta, apesar agrupar um
baixo número de amassaduras, indica que a utilização de AGRB se traduz numa diminuição de GWP
050
100150200250300350400450
kg C
O2
eq
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
0
100
200
300
400
500
600
MJ
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
77
(cerca de 17%). O intervalo de cimento entre 350 e 400 kg/m3 também apresenta um coeficiente de
correlação linear significativo indicando uma redução de 13% do IA, mas apenas considera
amassaduras até 40% de incorporação de AGRB.
De acordo com os mesmos intervalos crescentes de incorporação de cimento nas amassaduras (Figura
5.13), para a classe C25/30 obteve-se os seguintes resultados: 294,14 a 256,12 kg CO2 eq., 325,22 a
312,29 kg CO2 eq., 355,58 a 322,64 kg CO2 eq. e 420,37 a 362,88 kg CO2 eq., respectivamente para
incorporação de 0 ou 100% de AGRB. Devido ao baixo R2, pode-se afirmar com alguma reserva que a
incorporação destes agregados na classe C25/30 não afecta o GWP. No intervalo entre 350 e 400 kg/m3,
a regressão linear demonstra uma pequena redução deste IA com a incorporação de AGRB (9%).
Figura 5.12 - GWP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura 5.13 - GWP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
No caso da classe C30/37 (Figura 5.14), os resultados de GWP para 0 e 100% de incorporação de AGRB
são, de acordo com as regressões lineares e com os intervalos crescentes de incorporação de cimento:
284,47 a 269,6 kg CO2 eq., 327,03 a 317,81 kg CO2 eq., 345,42 a 333,95 kg CO2 eq. e 411,76 a 379,6 kg
CO2 eq. Assim, na classe C30/37, a regressão linear com R2 significativo é a do intervalo com
quantidades de cimento inferiores a 300 kg/m3 que indica que a incorporação de AGRB não afecta
significativamente o valor de IA (cerca de 5%).
y = -0,5438x + 319,25 R² = 0,9295
y = -0,1343x + 314,84 R² = 0,2583
y = -0,4617x + 352,64 R² = 0,9647
2,50E+02
2,70E+02
2,90E+02
3,10E+02
3,30E+02
3,50E+02
3,70E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,3802x + 294,14 R² = 0,4105
y = -0,1293x + 325,22 R² = 0,3285
y = -0,3294x + 355,58 R² = 0,5913
y = -0,5749x + 420,37 R² = 0,5499
2,00E+02
2,50E+02
3,00E+02
3,50E+02
4,00E+02
4,50E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
78
Figura 5.14 - GWP por m3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
No caso do Pe-NRe e na classe C20/25 (Figura 5.15), para qualquer intervalo de quantidade de
cimento, verifica-se uma diminuição de cerca de 65%, 46% e 44% do IA com a incorporação de AGRB,
respectivamente para os intervalos crescentes pré-determinados. Para quantidades inferiores e
superiores, o número de amostras consideradas é reduzido, levando a algumas reservas. Para as
quantidades de cimento entre 350 e 400 kg/m3, os valores variam entre 723,86 e 404,27 MJ, de acordo
com a regressão linear e respectivamente para 0 e 100% de incorporação de AGRB. Para quantidades
de cimento superiores, as amassaduras não foram incluídas por apresentarem quantidades de cimento
anómalas. Por outro lado, variam entre 985,75 e 348,65 MJ no caso de quantidades inferiores a 300
kg/m3, e entre 692,69 e 372,86 MJ para quantidades de cimento entre 300 e 350 kg/m3.
Figura 5.15 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Na classe C25/30 (Figura 5.16), os valores de Pe-NRe variam entre 815,20 e 389,71 MJ (CEM ≤ 300
kg/m3), entre 716,02 e 517,58 MJ (300 < CEM < 350 kg/m3), entre 651,81 e 344,96 MJ (350 ≤ CEM <
400 kg/m3), e entre 751,62 e 418,04 MJ (CEM ≥ 400 kg/m3), respectivamente, e para amassaduras com
0 e 100% de AGRB. Todos os intervalos de quantidades de cimento, excepto entre 300 e 350 kg/m3,
indicam uma redução significativa do Pe-NRe (52%, 47% e 44% para intervalos crescentes de cimento).
y = -0,1487x + 284,47 R² = 0,7968
y = -0,0922x + 327,03 R² = 0,3179
y = -0,1147x + 345,42 R² = 0,122
y = -0,3216x + 411,76 R² = 0,4556
2,65E+02
3,15E+02
3,65E+02
4,15E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -6,371x + 985,75 R² = 0,9997
y = -3,1983x + 692,69 R² = 0,8019
y = -3,1959x + 723,86 R² = 0,9622
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
79
Figura 5.16 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Na classe de resistência mais alta analisada (Figura 5.17), a incorporação de AGRB corresponde a uma
redução do IA para qualquer intervalo de quantidade de cimento incorporado. Para quantidades de
cimento inferiores a 300 kg/m3, os valores de Pe-NRe variam entre 812,21 e 420,89 MJ (redução de
48%). No intervalo de quantidades de cimento entre 300 e 350 kg/m3, os valores variam entre 811,62
e 595,10 MJ (redução de 27%), segundo a regressão linear calculada. Nos restantes dois intervalos, 350
< CEM < 400 e CEM ≥ 400, os valores variam, respectivamente, entre 729,02 (0% AGRB) e 360,96 MJ
(100% AGRB) e entre 719,55 (0% AGRB) e 383,41 MJ (100% AGRB), correspondendo a uma redução de
50% e 47% do IA.
Figura 5.17 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
Relativamente aos restantes IA (anexo XIII), verificou-se o seguinte para cada categoria ambiental:
ADP: na classe C20/25 (Figura XIII.1), apenas o intervalo CEM ≤ 300 apresenta claros resultados
ambientais positivos (cerca de 8%) com a incorporação de AGRB; na classe C25/30 (Figura XIII.2) e
na classe C30/37 (Figura XIII.3), devido ao reduzido valor de R2, não é possível caracterizar a
influência da incorporação de AGRB;
POCP: com a utilização de quantidades de cimento entre 350 e 400 kg/m3, o aumento da
percentagem de utilização de AGRB corresponde, com alguma reserva devido à baixa
representatividade, a uma mais-valia do ponto de vista ambiental (cerca de 25%) para a classe
C20/25 (Figura XIII.4); para a mesma classe mas para quantidades de cimento inferiores a 300
y = -4,2549x + 815,2 R² = 0,6889
y = -1,9844x + 716,02 R² = 0,3798
y = -3,0685x + 651,81 R² = 0,8284
y = -3,3358x + 751,62 R² = 0,8499
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -3,9132x + 812,21 R² = 0,9787
y = -2,1652x + 811,62 R² = 0,6987
y = -3,3614x + 719,55 R² = 0,7579
y = -3,6806x + 729,02 R² = 0,9374
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
80
kg/m3 e para 300 < CEM < 350, a incorporação de AGRB reduz 24% e 19%, respectivamente, o IA;
na classe C25/30 (Figura XIII.5), apenas para o intervalo 300 < CEM < 350 não é possível tirar
conclusões sobre a sua influência devido aos baixos valores de R2, sendo que as restantes a
incorporação de AGRB representa uma diminuição do impacte compreendido entre 21% e 27%; na
classe C30/37 (Figura XIII.6), para qualquer intervalo de quantidade de cimento o aumento da
percentagem de AGRB corresponde a uma diminuição de POCP variando entre 15% e 22%.
AP: na classe C20/25 (Figura XIII.7), apenas para utilizações de cimento entre 300 e 350 kg/m3 se
verifica claramente uma redução do valor de IA (cerca de 12%) com o aumento da incorporação de
AGRB; na classe C25/30 (Figura XIII.8), é possível retirar a mesma conclusão do intervalo 350 <
CEM < 400 (14%) e do intervalo CEM ≥ 400 (17%); na classe C30/37 (Figura XIII.9), para
quantidades inferiores a 300 kg/m3 e superiores a 400 kg/m3 pode-se concluir que a incorporação
de AGRB se traduz numa redução de 13% dos valores do AP;
EP: nas três classes analisadas (C20/25 - Figura XIII.10, C25/30 - Figura XIII.11 e C30/37 - Figura
XIII.12), os factos que se podem concluir são: a redução de cerca de 19% do IA com a incorporação
de AGRB para quantidades de cimento entre 300 e 350 kg/m3 (C20/25); a redução do EP entre 18%
e 26% na classe C25/30 (o intervalo 300 < CEM < 350 não é conclusiva devido à baixa
representatividade); a redução do impacte entre 12% e 21% de todos os intervalos de cimento
determinados (C30/37).
5.2.4 Influência do uso de superplastificantes
Com base na Figura 5.18 (C20/25), e de acordo com as regressões lineares calculadas, é visível que o
GWP das amassaduras sem adjuvantes varia entre 346,20 (0% AGRB) e 273,06 kg CO2 eq. (100%
AGRB). Para as amassaduras até 1% de incorporação de SP, varia entre 313,44 (0% AGRB) e 307,51 kg
CO2 eq. (100% AGRB). Dentro da classe em referência, apenas as amassaduras sem incorporação de SP
reduzem o seu IA em cerca de 21% com a incorporação de AGRB.
Relativamente ao mesmo indicador e para a classe C25/30 (Figura 5.19), os valores de GWP variam entre:
338,88 e 313,28 kg CO2 eq., para amassaduras sem SP; entre 333,44 e 318,35 kg CO2 eq., para amassaduras
até 1% de SP; e entre 306,98 e 325,65 kg CO2 eq., para amassaduras com percentagens de SP superiores a
1% (respectivamente para 0% de AGRB e 100% de AGRB). Nos intervalos de SP definidos, dados os baixos
valores de coeficiente de correlação linear, não é possível concluir nada sobre a sua influência.
Na classe C30/37 (Figura 5.20), os valores de GWP das amassaduras com 0% de AGRB e com 100% de
AGRB variam, respectivamente, entre: 367,45 e 347,93 kg CO2 eq. (0% de SP); 364,33 e 360,52 kg CO2 eq.
(até 1% de SP). Não se pode concluir que incorporação de AGRB afecta a amassadura do ponto de vista
ambiental uma vez que os valores do coeficiente de correlação das regressões lineares são reduzidos.
81
Figura 5.18 - GWP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura 5.19 - GWP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Figura 5.20 - GWP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
Na análise da categoria de impacte Pe-NRe na classe C20/25 (Figura 5.21) e segundo as rectas de
regressão linear de cada intervalo de SP, os resultados de impacte variam entre: 685,06 e 344,47 MJ
(sem adição de SP); 763,48 e 309,89 MJ (SP entre 0 e 1%), respectivamente para 0 e 100% de
incorporação de AGRB. A regressão linear das amassaduras até 1% de SP apresenta declive negativo,
contudo o número de amassaduras é reduzido e não contempla nenhuma com percentagens de
incorporação de AGRB superiores a 30%. No conjunto de amassaduras com SP=0, é notória a redução
de impacte com o aumento de percentagem de AGRB (35%).
y = -0,7314x + 346,2 R² = 0,8123
y = -0,0593x + 313,44 R² = 0,0133
2,50E+02
2,70E+02
2,90E+02
3,10E+02
3,30E+02
3,50E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,256x + 338,88 R² = 0,0936
y = -0,1509x + 333,44 R² = 0,0243
y = 0,1867x + 306,98 R² = 0,0922 2,20E+02
2,70E+02
3,20E+02
3,70E+02
4,20E+02
0 50 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,1952x + 367,45 R² = 0,0322
y = -0,0381x + 364,33 R² = 0,0023
2,50E+02
3,00E+02
3,50E+02
4,00E+02
0 50 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
82
Figura 5.21 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Na classe C25/30 (Figura 5.22), os valores variam, respectivamente para 0% e 100% de incorporação
de AGRB, entre: 663,75 e 346,79 MJ, para amassaduras sem adjuvante; entre 835,73 e 435,53 MJ, nas
amassaduras entre 0 e 1% de utilização de SP; e entre 757,23 e 587,50 MJ, nas amassaduras com
percentagens de SP superiores a 1%. Com base nos resultados obtidos, tanto nas amassaduras sem SP
como nas amassaduras até 1% de incorporação de SP, a redução do IA é de 48% com o aumento de
percentagem de incorporação de AGRB.
Figura 5.22 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
A partir da Figura 5.23, é possível concluir que, para os diferentes intervalos de SP definidos (0%, e
entre 0 e 1%), os valores de Pe-NRe variam entre: 726,43 e 377,44 MJ; 794,44 e 405,30 MJ,
respectivamente para amassaduras com 0% e 100% de AGRB. Analisando as rectas de regressão linear
deste gráfico, é possível concluir que as amassaduras com percentagem de SP superiores levam a uma
redução de cerca de 49% do IA com o aumento da percentagem de AGRB, e com SP=0 apresentam
uma redução de 48%.
Nas categorias de impacte em análise (excluindo o Pe-NRe), para a classe C30/37, há três amassaduras
que se destacam devido aos baixos valores de impacte apresentados, as amassaduras 152, 153 e 154
de Butler et al. (2013).
y = -3,4059x + 685,06 R² = 0,9282
y = -4,5359x + 763,48 R² = 0,9502
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 50 100
MJ
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -3,1696x + 663,75 R² = 0,8573
y = -4,002x + 835,73 R² = 0,7915
y = -1,6973x + 757,23 R² = 0,1636
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
83
Figura 5.23 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
Relativamente aos restantes IA (anexo XIV), verificou-se o seguinte para cada categoria ambiental:
ADP: nas três classes analisadas, C20/25 (Figura XIV.1), C25/30 (Figura XIV.2) e C30/37 (Figura XIV.3),
e contabilizando o coeficiente de regressão linear, apenas é possível concluir que, nas amassaduras do
intervalo 0 < SP ≤ 1 da classe C20/25, embora a incorporação de AGRB represente um acréscimo de
ADP, esta conclusão não será tida em conta devido à sua fraca representatividade e por apresentar
crescimentos contra-natura;
POCP: a partir da Figura XIV.4, da Figura XIV.5 e da Figura XIV.6, é possível concluir que a incorporação
de AGRB reduz o IA, nas amassaduras sem SP da classe C20/25 (redução de 26%) e nas amassaduras da
classe C30/37 com percentagens de SP até 1% (redução de 19%);
AP: os gráficos das classes de resistência C20/25 (Figura XIV.7), C25/30 (Figura XIV.8) e C30/37 (Figura
XIV.9), tal como o indicador POCP, apresentam valores ambientalmente favoráveis com a incorporação
de AGRB. Na classe C20/25 a incorporação de AGRB origina uma redução de 26% do AP;
EP: da mesma forma, a incorporação de AGRB representa uma melhoria ambiental de cerca de 30%
nas amassaduras sem utilização de SP da classe C20/25 (Figura XIV.10).
5.2.5 Influência da variação da relação A/C
Analisando a Figura 5.24 (C20/25) e as respectivas regressões lineares, e apesar do número reduzido
de amassaduras apresentadas, é possível verificar que, para A/C superiores, a incorporação de AGRB
se traduz numa redução de 16% do IA. Para A/C inferior a 0,55, o GWP varia entre 310,93 e 255,38 kg
CO2 eq; para A/C entre 0,55 e 0,6, os valores variam entre 334,81 e 255,38 kg CO2 eq; e, para A/C
superiores, os valores variam entre 315,02 e 265,11 kg CO2 eq.
Analisando a Figura 5.25 (C25/30), no caso de A/C inferior a 0,55, os valores de GWP variam entre
351,37 (0% AGRB) e 327,49 (100% AGRB) kg CO2 eq., para A/C entre 0,55 e 0,6 variam entre 316,96 e
300,62 kg CO2 eq., e para A/C superiores a 0,6, os valores variam entre 301,74 e 270, 44 kg CO2 eq. Na
referida classe, para A/C intermédios, a incorporação de AGRB não afecta significativamente o IA.
y = -3,4899x + 726,43 R² = 0,8297
y = -3,8914x + 794,44 R² = 0,8691 3,50E+02
4,50E+02
5,50E+02
6,50E+02
7,50E+02
8,50E+02
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
84
Figura 5.24 - GWP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura 5.25 - GWP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Na classe de resistência mais elevada (Figura 5.26), apenas são considerados dois intervalos de A/C:
inferiores a 0,55 e entre 0,55 e 0,6. No primeiro intervalo, os valores de GWP variam entre 375,49 e
351,58 kg CO2 eq. No segundo intervalo, a consequência da incorporação de AGRB tem como efeito a
redução de 26% do GWP, variando os valores entre 314,01 e 220,90 kg CO2 eq. Este comportamento
não será considerado devido ao baixo número de amassaduras e de apenas conter até 50% de AGRB.
Figura 5.26 - GWP por m3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
Relativamente ao indicador Pe-NRe na classe C20/25 (Figura 5.27), para relações A/C inferiores a 0,55, o
valor máximo de impacte é de 765,48 MJ, enquanto o valor mínimo (100% AGRB) é de 336,17 MJ. Para
y = -0,3087x + 341,8 R² = 0,0879
y = -0,7943x + 334,81 R² = 0,4669
y = -0,4991x + 315,02 R² = 0,9281
2,50E+02
2,70E+02
2,90E+02
3,10E+02
3,30E+02
3,50E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,2388x + 351,37 R² = 0,182
y = -0,1634x + 316,96 R² = 0,9306
y = -0,313x + 301,74 R² = 0,1849
2,30E+02
2,80E+02
3,30E+02
3,80E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,2391x + 375,49 R² = 0,0748
y = -0,9311x + 314,01 R² = 0,7692
2,60E+02
3,10E+02
3,60E+02
4,10E+02
0 20 40 60 80 100
kg C
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
85
A/C compreendidos entre 0,55 e 0,6, estes valores variam entre 823,84 MJ e um valor negativo. Para A/C
mais elevadas (superiores a 0,6), a variação é entre 749,47 e 346,65 MJ. Para A/C mais reduzidas e mais
elevadas, o gráfico apresenta um declive negativo, mas considera um reduzido número de amassaduras.
Quanto às amassaduras da classe C25/30 (Figura 5.28), para A/C compreendidos entre 0,55 e 0,6, o
valor do IA, de acordo com a regressão linear, varia entre 839,07 e 421,06 MJ. Para A/C inferiores,
varia entre 745,42 e 435,00 MJ e, para A/C superiores a 0,6, varia entre 714,40 e 368,22 MJ,
respectivamente para 0 e 100% de AGRB utilizados. Nestes últimos dois intervalos, a incorporação de
AGRB revela uma redução de 42% e 48%, respectivamente.
Para a classe de resistência analisada mais elevada (Figura 5.29), a relação A/C inferior a 0,55 varia
entre 735,95 MJ (0% AGRB) e 423,94 MJ (100% AGRB), correspondendo a uma redução de 42% do
valor de Pe-NRe. No caso de A/C entre 0,55 e 0,6, os valores variam, segundo a recta de regressão
linear, entre 780,54 e 424,97 MJ.
Figura 5.27 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura 5.28 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
y = -4,2931x + 765,48 R² = 0,9603
y = -8,8439x + 823,84 R² = 0,5636
y = -4,0282x + 749,47 R² = 0,9954
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -3,1042x + 745,42 R² = 0,5943
y = -4,1801x + 839,07 R² = 0,4942
y = -3,4618x + 714,4 R² = 0,8961
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
1,00E+03
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
86
Figura 5.29 - Pe-NRe por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
Relativamente aos restantes IA (anexo XV), verificou-se o seguinte para cada categoria ambiental:
ADP: com base nas regressões lineares das amassaduras agrupadas em três intervalos distintos de
relação A/C, é possível verificar que, relativamente à classe C20/25 (Figura XV.1) e à classe mais
resistente (Figura XV.3), não é possível obter conclusões sobre a influência do uso de AGRB. Em
relação à classe C25/30 (Figura XV.2), para relações A/C entre 0,55 e 0,6, o uso destes agregados
não altera significativamente os valores deste IA;
POCP: na classe mais baixa (classe C20/25 - Figura XV.4) pode-se concluir, apesar da reduzida
representatividade, que a incorporação de AGRB origina uma redução de 27% do valor do impacte.
Na classe intermédia C25/30 (Figura XV.5), todos os intervalos de relações A/C levam a uma
redução significativa do IA com a incorporação de AGRB (entre 20% e 26%). Na classe (C30/37 -
Figura XV.6), uma menor relação A/C corresponde a uma diminuição de 19% de POCP com o
aumento da percentagem de incorporação de AGRB;
AP: para A/C ≥ 0,6 na classe C20/25 (Figura XV.7) observa-se uma redução de 22% do impacte com a
incorporação de AGRB; no intervalo 0,55 ≤ A/C < 0,6 e na classe C25/30 (Figura XV.8), este aumento de
AGRB conduz a uma redução de 13% de AP. Na classe mais resistente (Figura XV.9), devido ao reduzido
número de amostras e ao reduzido valor de R2, não é possível obter conclusões;
EP: pela mesma razão do impacte anterior, não é possível obter conclusões para a classe de
resistência mais reduzida (Figura XV.10) e para a classe mais elevada (Figura XV.12). Relativamente
à classe de resistência intermédia, C25/30 (Figura XV.11), qualquer intervalo de A/C leva a uma
redução de EP, variando entre 17% e 20%.
5.3 Análise do custo de betão com agregados naturais e reciclados
Na Tabela 5.9, são apresentados os preços unitários de todas as matérias-primas necessárias para a
produção de cada amassadura. Os valores apresentados não incluem IVA nem contabilizam o custo de
transporte até à central de betão. Os custos unitários dos diferentes ligantes foram obtidos junto a um
fabricante nacional (Cimpor; 2015). Esta empresa referenciou os preços praticados a granel à porta de
fábrica. O preço dos agregados presentes nas amassaduras foi recolhido junto das empresas contactadas
y = -3,1201x + 735,95 R² = 0,6797
y = -3,5557x + 780,54 R² = 0,9988
3,00E+02
4,00E+02
5,00E+02
6,00E+02
7,00E+02
8,00E+02
9,00E+02
0 20 40 60 80 100
MJ
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
87
para a recolha de dados para o inventário do ciclo de vida (ICV). O preço do SP, tal como efectuado para
estimar a densidade, corresponde a um preço médio dos vários SP fabricados por uma empresa
Portuguesa. O preço unitário da água foi obtido a partir das informações apresentadas no site da empresa
Águas de Portugal (EPAL, 2015).
Tabela 5.9 - Custo unitário de cada matéria-prima
Matéria-prima Custo unitário
CEM I 32,5 90 €/ton
CEM I 42,5 94 €/ton
CEM I 52,5 98 €/ton
CEM II 32,5 79 €/ton
CEM II 42,5 87,50 €/ton
Areia rolada 4,15 €/ton
Areia britada 4,41 €/ton
AG granítico 9,30 €/ton
AG calcário 4,59 €/ton
AGRB 2 €/ton
Água 1,53 €/m3
SP 2,68 €/kg
Relativamente aos ligantes, o CEM II 32,5 corresponde ao cimento de menor custo. Este tipo de cimento,
como referido no subcapítulo 5.2, também tem associados os menores IA. Por outro lado, o CEM I 52,5
refere-se tanto ao cimento mais dispendioso como ao cimento de maiores IA associados.
No anexo XVI, são apresentados os custos da matéria-prima utilizada, bem como o custo unitário de cada
amassadura. No custo por m3, não estão incluídos os custos associados à produção, tendo sido admitido
que estes serão equivalentes independentemente das características de cada betão. Também não estão
incluídos os custos de transporte das diferentes matérias-primas até à central de betão.
5.3.1 Análise por classe de resistência
É visível na Figura 5.30 que a classe C12/15 é a que apresenta um menor custo de m3 de betão entre as
amassaduras em estudo, tal como verificado para os diferentes IA. Por outro lado, a classe C50/60 é a
que apresenta o maior custo associado. Comparando este gráfico com os IA obtidos para amassaduras
sem AGRB, é perceptível que o andamento do gráfico para as diferentes classes é semelhante,
exceptuando a classe C30/37.
Com base na Figura 5.31, e excluindo a classe C35/45, é visível que, quanto maior a resistência da
amassadura, maiores os seus custos associados. A classe C35/45 apresenta custos inferiores, o que é
justificado pela menor utilização de cimento.
Comparando a Figura 5.30 com a Figura 5.31, é possível afirmar que para todas as classes de
resistência, o custo de betão com agregados naturais é superior ao custo de betão com 100% de AGRB.
A classe de resistência que apresenta a maior diferença de custo é a classe mais baixa, em que o custo
de betão com AGRB é 33% inferior ao betão com agregados naturais da mesma classe. Em ambas as
88
figuras, é possível verificar que o principal custo do betão advém da aquisição de cimento.
Figura 5.30 - Custo médio por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Figura 5.31 - Custo médio por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
5.3.2 Influência da variação da quantidade de cimento
Relativamente à variação de custo de acordo com a quantidade de cimento, para a classe C20/25
(Figura 5.32), este varia entre (respectivamente para amassaduras sem AGRB e com 100% de AGRB):
52,67€ e 32,54€ para CEM ≤ 300 kg/m3; 39,32€ e 42,87€ para 300 < CEM < 350; 37,02€ e 39,06€ para
350 ≤ CEM < 400. Destacam-se as amassaduras 148 (Etxeberria et al., 2007) e 164 (Safiuddin et al.,
2011) por apresentarem custos mais elevados, e as 33 e 36 (Pedro et al., 2014) pela razão inversa.
Nas amassaduras da classe C25/30 (Figura 5.33), a mesma variação de quantidades de cimento,
incluindo quantidades de cimento superiores a 400 Kg/m3, altera o custo da seguinte forma: 42,52€ e
34,10€; 41,33€ e 50,20€; 45,84€ e 38,34€; 46,02€ e 45,37€ (respectivamente para amassaduras sem
AGRB e com 100% de AGRB).
Para quantidades de cimento entre 350 e 400 kg/m3, é possível concluir que o aumento da percentagem
de AGRB utilizado contribui para a diminuição do custo (16%).
€-
€10,00
€20,00
€30,00
€40,00
€50,00
€60,00
Classe de resistência
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
€-
€10,00
€20,00
€30,00
€40,00
€50,00
Classe de resistência
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
89
Dentro da classe C30/37 (Figura 5.34), os custos das amassaduras variam entre: 34,47€ e 31,33€ para CEM
≤ 300 kg/m3; 45,30€ e 49,33€ no intervalo 300 < CEM < 350; 40,00€ e 40,04€ para quantidades de cimento
entre 350 e 400 kg/m3; 46,90€ e 43,59€ para quantidades de cimento iguais ou superiores a 400 kg/m3.
Figura 5.32 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura 5.33 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Na classe mais resistente, não é possível obter conclusões credíveis devido ao reduzido valor de R2. Na
Figura 5.34, destacam-se as amassaduras 153 e 154 (Butler et al., 2013) por apresentarem custos
inferiores, e a amassadura 139 (Etxeberria et al., 2007) por, apesar de não ser das amassaduras com
maior quantidade de cimento, apresentar maiores custos.
Figura 5.34 - Custo por m3 de betão de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
y = -0,2013x + 52,665 R² = 0,9968
y = 0,0355x + 39,323 R² = 0,0823
y = 0,0204x + 37,019 R² = 0,2797
30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,0842x + 42,522 R² = 0,2686
y = 0,0887x + 41,332 R² = 0,0563
y = -0,075x + 45,839 R² = 0,587
y = -0,0065x + 46,016 R² = 0,2064
€30,00
€35,00
€40,00
€45,00
€50,00
€55,00
€60,00
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -0,0314x + 34,468 R² = 0,7091
y = 0,0403x + 45,296 R² = 0,0726
y = 0,0005x + 39,991 R² = 3E-05
y = -0,0331x + 46,904 R² = 0,1852
30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
60,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
90
5.3.3 Influência do uso de superplastificantes
Nas amassaduras da classe C20/25 (Figura 5.35), o uso de plastificante altera o custo final da seguinte
forma: entre 41,09€ e 34,21€ nas amassaduras sem SP; entre 38,49€ e 44,46€ para utilização de SP até 1%;
e entre 52,67€ e 51,48€, para amassaduras com quantidades de SP superiores a 1% do peso volúmico do
cimento (respectivamente nas amassaduras sem AGRB e com 100% de AGRB). Qualquer intervalo de SP
considerado não apresenta um número de amostras considerável ou valores de R2 suficientemente
elevados para se retirar conclusões.
Dentro da classe C25/30 (Figura 5.36), os valores diferem entre 43,33€ e 37,26€ para amassaduras sem
utilização de SP, entre 46,02€ e 41,40€ nas amassaduras no intervalo 0 < SP ≤ 1, e entre 51,35€ e
55,98€ nas amassaduras com incorporação de SP superiores a 1%. Os valores apresentados são os
valores médios, de acordo com a regressão linear de cada intervalo de utilização de SP, sendo que o
primeiro valor é o custo das amassaduras com 0% de AGRB e o segundo valor é o custo das
amassaduras com 100% de AGRB.
Figura 5.35 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura 5.36 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Relativamente à classe de resistência mais elevada analisada ao detalhe (Figura 5.37), os custos variam
(de acordo com as regressões lineares calculadas) entre: 42,07€ e 39,64€ (SP=0); e 46,84€ e 46,79€ (0
< SP ≤ 1). Relativamente a amassaduras com percentagens de SP superiores a 1%, apenas foram
y = -0,0688x + 41,088 R² = 0,5342
y = 0,0597x + 38,492 R² = 0,3189
y = -0,0119x + 52,665 R² = 1
30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0607x + 43,329 R² = 0,319
y = -0,0462x + 46,021 R² = 0,2083
y = 0,0463x + 51,35 R² = 0,0804 30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
60,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
SP=0
0<SP<=1
SP>1
91
consideradas amassaduras com 100% de AGRB, não sendo por isso possível representar uma regressão
linear desse intervalo. Os valores referidos correspondem aos três intervalos de SP considerados
sendo, respectivamente, para amassaduras sem AGRB e com 100% de AGRB.
Figura 5.37 - Custo por m3 de betão de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
5.3.4 Influência da variação da relação A/C
Na classe de resistência C20/25 (Figura 5.38), a relação A/C considera um número reduzido de
amassaduras, não sendo possível concluir nada sobre a influência da incorporação de AGRB no ambiente.
Os valores, respectivamente para 0 e 100% de AGRB, variam entre: 40,05€ e 36,42€ para relações A/C
inferiores a 0,55; 44,68€ e 34,69€ para 0,55 ≤ A/C < 0,6; 38,63€ e 37,28€ para A/C superior ou igual a 0,6.
A amassadura 148 dos autores Etxeberria et al. (2007) e a 164 de Safiuddin et al. (2011) são as que se
destacam pelo seu custo elevado, comparando com as restantes da mesma classe de resistência.
A partir das regressões lineares apresentadas na Figura 5.39, verifica-se que na classe C25/30 os custos
variam entre: 45,38€ e 42,52€ para A/C < 0,55; 47,24€ e 38,41€ para 0,55 ≤ A/C < 0,6; 44,73€ e 38,93€
para A/C ≥ 0,6. Os valores apresentados são calculados com base nas regressões lineares de cada
intervalo de valores A/C, respectivamente para amassaduras com 0 e 100% de AGRB.
Figura 5.38 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Relativamente à classe C30/37 (Figura 5.40), para valores de A/C inferiores a 0,55, o custo varia entre
42,63€ e 43,61€ (0 e 100% AGRB) e, para A/C entre 0,55 e 0,6, varia entre 41,86€ e 23,15€ (0 e 100%
y = -0,0243x + 42,073 R² = 0,0398
y = -0,0005x + 46,838 R² = 0,0002
30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
60,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0363x + 40,047 R² = 0,0325
y = -0,0999x + 44,679 R² = 0,0651
y = -0,0135x + 38,634 R² = 0,0068
30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
92
AGRB). Como nas restantes classes, os valores obtidos não permitem retirar conclusões sobre a
influência dos AGRB no IA.
Figura 5.39 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Figura 5.40 - Custo por m3 de betão de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
Entre as amassaduras com menor custo, destacam-se as 93 (Malesev et al., 2010) e 97 (Reis, 2014).
Quanto às amassaduras de maior custo, destaca-se a 140 de Etxeberria et al. (2007).
5.4 Mapa comparativo dos betões em termos de desempenho, custo e
impactes ambientais
Neste subcapítulo, analisa-se conjuntamente as seguintes dimensões do desempenho: impacte
ambiental (para as categorias GWP e Pe-NRe) e custo.
Na classe C20/25, considerando apenas as amassaduras sem incorporação de AGRB (Figura 5.41), a
amassadura que apresenta os melhores resultados em termos ambientais é a 148 (Etxeberria et al.,
2007) mas também apresenta os maiores custos. Economicamente, a amassadura de Santos et al. (2002)
- 116 é a mais barata, mas não apresenta os menores IA. A amassadura 204 (Corinaldesi, 2011) apresenta
resultados intermédios entre a amassadura mais económica e a com menores IA. Dentro da mesma
classe, mas contabilizando as amassaduras com 100% de AGRB (Figura 5.42), a que apresentou os
melhores resultados em termos de custos é a estudada por Pedro et al. (2014) - 33. Ambientalmente, a
y = -0,0286x + 45,38 R² = 0,0477
y = -0,0883x + 47,242 R² = 0,3225
y = -0,058x + 44,733 R² = 0,0642
30
35
40
45
50
55
60
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = 0,0098x + 42,633 R² = 0,0064
y = -0,1871x + 41,856 R² = 0,7174 30,00 €
35,00 €
40,00 €
45,00 €
50,00 €
55,00 €
60,00 €
0 20 40 60 80 100
€/m
3
% RCD
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
93
amassadura 180 (Marinkovic et al., 2010) é a que apresenta os melhores resultados, apesar de não
apresentar os menores resultados de GWP (aumento de 6%). A pior amassadura em termos
ambientais é a 164 (Safiuddin et al., 2011) com GWP mais elevado e com uma redução de 10% de Pe-
NRe relativamente à com maiores MJ (54, Ridzuan et al., 2005). Em termos económicos, a amassadura
com resultados menos favoráveis foi estudada por Saffiudin et al. (2011) - 164, apresentando um
acréscimo de 38% relativamente ao custo da mais económica.
Figura 5.41 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C20/25 e 0% AGRB incorporados
Relativamente à classe C25/30, para betões sem AGRB (Figura 5.43), a amassadura que apresenta
maiores custos é a 160 (Safiuddin et al., 2011) e a de menor custo a 119 (Thomas et al., 2013). Do
ponto de vista ambiental, as amassaduras 144 e 119 apresentam os valores mais baixos. A amassadura
de Etxeberria et al. (2007) - 144, apresenta uma redução de 40% em termos de Pe-NRe em relação à
de Thomas et al. (2013) - 119. Por outro lado, a amassadura 144 apresenta um acréscimo de 28% do
ponto de vista económico e de 8% do GWP. A amassadura que apresenta os piores resultados globais
é a 63 apresentada por Ridzuan et al. (2005).
Figura 5.42 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C20/25 e 100% AGRB incorporados
Relativamente às amassaduras da mesma classe de resistência, mas com incorporação de 100% de
36,64€ (116)
52,66€ (148)
38,49€ (204)
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05 2,70E+05 2,90E+05 3,10E+05 3,30E+05
Pe-
NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05
2,40E+05 2,60E+05 2,80E+05 3,00E+05 3,20E+05
Pe
-NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
32,09€ (33)
32,17€ (36)
33,34€ (180)
36,27€ (54)
51,48€ (164)
94
AGRB (Figura 5.44), a que apresenta os piores resultados de um ponto de vista global é a 74 (Rao et al.,
2011). A amassadura 58 de Ridzuan et al. (2005) apresenta um Pe-NRe 20% superior, sendo os
restantes valores inferiores. A amassadura que apresenta os melhores resultados do ponto de vista
económico é a 45 (Pedro et al., 2014), mas com valores de IA elevados. As amassaduras 143 e 151,
ambas de Etxeberria et al. (2007), apresentam os resultados mais baixos de IA, sendo que a 143
corresponde a um custo mais reduzido. Comparando os resultados da amassadura 143 com os da 76
(Gonçalves et al., 2004), esta última apresenta uma redução de 22% do ponto de vista económico e de
21% de GWP. De qualquer forma, a amassadura 76 duplica o valor da 143 relativamente ao Pe-NRe.
Figura 5.43 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C25/30 e 0% AGRB incorporados
Figura 5.44 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C25/30 e 100% AGRB incorporados
Com base na Figura 5.45, é possível concluir que a amassadura da classe C30/37, sem incorporação de
AGRB, de maiores IA é a 67 (Ridzuan et al., 2005). As amassaduras que apresentaram resultados mais
favoráveis em termos globais são a 152 (Butler et al., 2013) e a 17 (Muñoz, 2012). A 17 representa um
acréscimo de 31% (€) e 27% (GWP) relativamente aos resultados da 152. Por outro lado, os valores de
Pe-NRe são 32% menores na amassadura 17 do que na 152.
Nas amassaduras com incorporação de 100% de AGRB (Figura 5.46), a mais cara é a 139 (Etxeberria et
al., 2007). As amassaduras de menores custos são as de Butler et al. (2013) - 153 e 154,
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05
2,35E+05 2,85E+05 3,35E+05
Pe-
NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
35,32€ (119) 36,85€ (30)
37,25€ (39) 40,06€ (75)
41,10€ (183) 41,13€ (203)
43,52€ (91) 43,99€ (201)
44,13€ (171) 44,43€ (175)
45,55€ (55) 47,11€ (172)
47,50€ (59) 49,21€ (144)
49,40€ (63) 58,44€ (160)
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05
2,00E+05 2,50E+05 3,00E+05 3,50E+05
Pe-
NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
32,16€ (45) 32,22€ (42) 33,18€ (76) 34,38€ (101) 36,08€ (184) 38,02€ (181) 38,14€ (216) 39,18€ (174) 39,36€ (58) 42,30€ (143) 45,00€ (74) 53,91€ (151)
95
correspondendo também às amassaduras com melhores resultados do ponto de vista ambiental.
Comparando-as com a amassadura 147 (Etxeberria et al., 2007) apresentam, respectivamente, uma
redução de 12% e 9% de GWP e de 38% e 37% economicamente. Apenas analisando o Pe-NRe, as
amassaduras 153 e 154apresentam um aumento de 33% e 21%, respectivamente.
Figura 5.45 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C30/37 e 0% AGRB incorporados
Figura 5.46 - GWP por Pe-NRe considerando o custo, por m3 para a classe C30/37 e 100% AGRB incorporados
5.5 Conclusões do capítulo
Na primeira parte deste capítulo, na descrição da adaptação dos processos ao programa SimaPro,
existiu especial cuidado com as alocações e com as unidades a utilizar em cada processo do ciclo de
vida do betão com agregados naturais e com AGRB.
Não foram estudados em detalhe os gráficos de duas categorias de impacte: ODP e Pe-Re. A exclusão
do estudo detalhado da primeira categoria de impacte prende-se com a existência de regulamentação
rígida a nível internacional que já limita a emissão dos gases principais que contribuem para esta
categoria, tornando-a desprezável em relação às restantes. A segunda categoria apresenta resultados
muito variáveis e pouco dependentes do tipo de processo utilizado, sendo principalmente
condicionados pelas fontes de combustível e matérias-primas utilizadas no processo terem uma
proveniência mais ou menos natural.
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05
2,30E+05 2,80E+05 3,30E+05 3,80E+05
Pe
-NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
33,28€ (152) 36,12€ (115) 37,56€ (94) 37,38€ (98) 43,59€ (213) 43,73€ (17) 43,89€ (102) 43,89€ (202) 45,12€ (83) 45,12€ (87) 46,67€ (71) 46,79€ (200) 53,05€ (67)
0,00E+00
5,00E+04
1,00E+05
1,50E+05
2,00E+05
2,50E+05
2,40E+05 2,90E+05 3,40E+05 3,90E+05
Pe-
NR
e (M
J)
GWP (kg CO2 eq)
30,85€ (153) 31,15€ (154) 34,28€ (93) 34,89€ (97) 35,84€ (155) 38,28€ (20) 40,96€ (103) 40,96€ (104) 40,96€ (105) 41,09€ (62) 41,86€ (86) 41,86€ (90) 42,67€ (182) 42,82€ (66) 45,87€ (78) 46,38€ (70) 46,49€ (106) 46,27€ (107) 49,38€ (147) 54,67€ (139) 57,52€ (140)
96
Tal como referido no início do capítulo 5, as amassaduras que apresentaram dados ou resultados
anómalos foram excluídas da análise. Foram excluídas as amassaduras que apresentaram relações A/C
efectivas inferiores a 0,4 e quantidades de cimento superiores a 450 kg/m3 (exceptuando na classe
C50/60 que necessita de maiores quantidades para atingir a resistência pretendida). Na classe C16/20,
foram excluídas as amassaduras número 12 e 15 de Limbachiya et al. (2012) e 191 de Hao e Ren
(2011). Na classe C20/25, foram excluídas as amassaduras 16, 189 e 192 dos autores Limbachiya et al.
(2012) e Hao e Ren (2011). As amassaduras de Hao e Ren (2011) número 190, 193, 194, 195 e 196, e as
amassaduras de Chen et al. (2010) número 129, 132 e 134 foram excluídas da classe C25/30. Na classe
C30/37 as amassaduras número 127, 128, 130, 131, 133, 135, 136 e 137 também de Chen et al. (2010)
e a amassadura 198 de Corinaldesi (2011) também foram excluídas da análise. Da classe C35/45,
excluiu-se a amassadura 114 de Santos et al. (2002), 141 e 142 de Etxeberria et al. (2007) e 197 de
Corinaldesi (2011). De Gonçalves et al. (2004), excluiu-se a amassadura 80 e de Barbudo et al. (2013)
as amassaduras 27 e 28, todas da classe de resistência C40/50. Da última classe analisada, C50/60, a
amassadura 26 de Barbudo et al. (2013) e as amassaduras 156, 158 e 159 de Butler et al. (2013)
também não foram consideradas.
Na análise ambiental dos resultados obtidos a partir do programa SimaPro, chegou-se às seguintes
conclusões:
o cimento é principal responsável pelo IA do betão, tal como referem Marinkovic et al. (2009) e
Knoeri et al. (2013), não obstante o IA dos agregados tem um peso relativo importante na
produção de betão;
contrariamente ao esperado, uma maior resistência do betão não origina obrigatoriamente
maiores IA;
de acordo com as médias das amassaduras utilizadas, um betão com 100% de AGRB corresponde
maioritariamente a um menor impacte ambiental. De uma forma geral, em classes de resistências
mais baixas a incorporação de AGRB corresponde a melhorias ambientais. Em classes mais elevadas,
o mesmo apenas não acontece apenas no ADP;
nas três classes de resistência analisadas em maior detalhe (C20/25, C25/30 e C30/37), é evidente
a mesma estratificação de resultados nos intervalos de cimento pré-definidos, sendo os resultados
crescentes com o aumento da quantidade de cimento. Esta característica é notória nas categorias
de IA obtidas a partir do método CML baseline, excluindo o Pe-NRe;
a utilização de SP é benéfica do ponto de vista ambiental para as categorias de IA, POCP e EP,
obtidas a partir do método CML baseline;
as amassaduras de maior IA não apresentam SP na sua constituição (excepto a amassadura 148 de
Etxeberria et al., 2007);
quanto menor a relação A/C, maiores são os IA associados a essa amassadura.
97
Entre as amassaduras com menores valores de impacte estão incluídas as amassaduras 152, 153 e 154,
pertencentes ao estudo de Butler et al. (2013). Estes resultados eram expectáveis, uma vez que se
concluiu no capítulo 3 que os AGRB destes autores apresentam boas características físicas e mecânicas.
A partir da análise económica de todas as amassaduras em estudo, chegou-se às seguintes conclusões:
maiores impactes não estão necessariamente associados a maiores custos e vice-versa;
a utilização de cimento do tipo II em substituição do tipo I origina uma redução de custos de 12 e
7%, respectivamente, para cimento 32,5 e 42,5;
analisando os valores unitários, a utilização de agregado calcário em vez de granítico corresponde
a uma poupança de 50%, enquanto a utilização de AGRB corresponde a uma poupança de 80%;
o custo de cimento corresponde, em média, a 69% ou a 79% do custo total de m3 de betão,
respectivamente para betão sem AGRB e para betão com 100% de AGRB;
quanto maior a quantidade de cimento de uma amassadura, maior o custo associado;
a incorporação de AGRB tende a diminuir os custos, independentemente da classe de resistência;
o uso de maiores percentagens de SP leva a um aumento do custo.
As amassaduras que se destacaram negativamente do ponto de vista económico são as com maiores
teores de SP. Todas as amassaduras com impactes económicos mais elevados foram estudadas por
Etxeberria et al. (2007). Os autores apresentam amassaduras com cimento do tipo CEM I 52,5 (o
cimento mais caro), acompanhadas por grandes percentagens de SP (1,4 e 2%).
Também em termos económicos, as amassaduras que apresentam os menores valores têm menores
teores de cimento ou usam cimentos tipo II. As amassaduras 33 e 36 foram apresentadas por Pedro et al.
(2014), sendo constituídas apenas por 280 kg/m3. As amassaduras 153 e 154 contêm 281 e 293 kg/m3,
tendo sido estudadas por Butler et al. (2013). Por outro lado, as amassaduras 93 e 97, apesar de
apresentarem maiores teores de cimento (350 e 357 kg/m3, respectivamente), traduzem-se num menor
preço por m3 de betão por conterem cimento tipo II.
Adicionando uma recta de regressão linear aos gráficos que incluem o GWP e o Pe-NRe tendo em conta
o custo de cada amassadura, não é possível tirar conclusões sobre a linearidade dos parâmetros devido
ao reduzido valor do coeficiente de regressão linear. Apesar do reduzido valor de R2, os declives das
rectas apresentam-se positivos, variando entre 0,02% e 1,5%, sendo por isso desprezáveis.
Com base nas análises efectuadas no subcapítulo 5.4, conclui-se que as piores amassaduras de um
ponto de vista global são: 116 (C20/25), 63 (C25/30) 67 (C30/37), para amassaduras sem AGRB; 164
(C20/25), 58 e 74 (C25/30) e 106 (C30/37), para amassaduras com 100% de AGRB. Por outro lado, as
que apresentam os melhores resultados são, respectivamente das classes C20/25, C25/30 e C30/37:
148, 119 e 152, para amassaduras sem AGRB; 180, 143, 154 e 20, para amassaduras com incorporação
de 100% de AGRB.
98
99
6. Conclusões e desenvolvimentos futuros
6.1 Conclusões A realização desta dissertação pretendeu contribuir para a procura da melhor solução de betão com
agregados naturais e com agregados grossos reciclados de betão (AGRB) do ponto de vista ambiental e
económico. Este objectivo foi definido devido aos elevados impactes ambientais (IA) gerados por um
sector de grande representatividade na Europa - o sector da construção: extracção de grandes
quantidades de matérias-primas, elevados consumos energéticos e de produção significativa de gases
poluentes, e resíduos.
Para a realização deste trabalho, foi necessário ultrapassar alguns obstáculos o que tornou este estudo
num desafio. A recolha de dados junto das empresas foi dificultada pelos seus métodos de trabalho e
pelo modo como estão organizadas, não tendo sido possível recolher todos os dados necessários para
este tipo de estudo. A selecção da amostra de amassaduras para estudo obrigou a um processo
selectivo em sucessivas fases, de forma a tornar a amostra mais homogénea e a ser possível a
comparação de dados e a execução do estudo em tempo útil. Uma vez que o tema desta dissertação
não se enquadra no programa do mestrado em Engenharia Civil, a capacidade crítica relativamente
aos resultados obtidos teve de ser construída através de pesquisa de trabalhos similares. De forma a
superar esta lacuna, foi importante acompanhar as aulas de Ecologia Industrial do curso de Engenharia
do Ambiente do Instituto Superior técnico. Com este trabalho, foi construído um instrumento de
estudo importante, a modelação no programa SimaPro, que poderá ser utilizada para o
desenvolvimento de outros estudos específicos ou mais abrangentes dentro deste tema.
Neste estudo, apenas foram consideradas as fases de extracção e/ou produção das matérias-primas,
transporte destas até à central de betão e produção do mesmo. Do ponto de vista ambiental, foram
analisadas as seguintes categorias ambientais: potencial de esgotamento de recursos naturais (ADP),
potencial de aquecimento global (GWP), potencial de destruição da camada de ozono (ODP), potencial
de formação fotoquímica de oxidantes (POCP), potencial de acidificação (AP), potencial de
eutrofização (EP), consumo de recursos energéticos não renováveis (Pe-NRe) e consumo de recursos
energéticos renováveis (Pe-Re), sendo que o ODP e a Pe-Re apenas foram calculados, não tendo sido
analisados detalhadamente.
Para este estudo ambiental, foram consideradas ao todo 216 amassaduras de 24 autores de diferentes
países. Ao seleccionar as amassaduras, existiu o cuidado de estas não incluírem AFR nem outro tipo de
adjuvantes diferentes de SP.
Sempre que possível, os dados ambientais utilizados foram recolhidos junto a empresas portuguesas
(dados específicos do local do estudo) de forma a tornar o estudo o mais adaptável à realidade
portuguesa. No caso da produção de AF e dos adjuvantes, os dados utilizados foram recolhidos do
trabalho de Marinkovic et al. (2008) e de uma DAP europeia, respectivamente.
100
Analisando os resultados finais obtidos, foi possível definir para a amostra em estudo as composições
mais e menos vantajosas do ponto de vista ambiental e económico. Destaca-se as seguintes
características:
é preferível a utilização de cimento tipo II em substituição do cimento tipo I;
utilizando AGN, aconselha-se que estes sejam de origem calcária e, relativamente aos AF, que
estes sejam rolados preferencialmente aos britados, uma vez que apresentam menores IA;
sendo o cimento o principal responsável pelos IA, é aconselhável a utilização de SP com o
intuito de diminuir a quantidade de cimento; a quantidade de SP a utilizar deverá ser reduzida
de forma a não aumentar significativamente o custo da composição;
a redução da relação a/c não se traduz numa solução interessante neste estudo, não obstante
as vantagens do ponto de vista comportamental que daí resultam;
o betão com os melhores resultados mecânicos utiliza AGRB com melhores características
(menor absorção de água e porosidade, maior massa volúmica e baridade), o que geralmente
corresponde a menores resultados de IA e menores custos;
a mais-valia da utilização de AGRB é mais significativa em betões de menores resistências, uma
vez que os AGRB não afectam significativamente a resistência de betões de menores classes
de resistência não sendo por isso necessário compensar a mistura por incorporação de AGRB.
Na Tabela 6.1, são apresentadas resumidamente estas conclusões.
Tabela 6.1 - Influência qualitativa, em termos económicos e ambientais, de cada matéria-prima
Matéria-prima € IA €&IA
CEM I - - -
CEM II + + +
Areia rolada + + +
Areia britada - - -
AG granítico - + -
AG calcário + - +
AGRB ++ ++ ++
SP - + + (Nota: + corresponde a uma redução de impactes; ++ corresponde a uma redução de impactes significativa; - corresponde a um aumento de impactes.)
Como seria esperado, conclui-se que a incorporação de AGRB geralmente contribui para uma redução
de IA e de custos.
6.2 Desenvolvimentos futuros
No seguimento da conclusão desta dissertação, seguem-se algumas sugestões para o desenvolvimento
de futuras pesquisas ou futuras acções:
101
recolher um maior número de inquéritos junto das empresas, de forma a tornar os resultados
ambientais menos específicos de um tipo de produção / extracção;
recolher, junto de empresas portuguesas, dados de empresas produtoras de agregados finos
naturais;
analisar a durabilidade das amassaduras designadas neste trabalho como melhores do ponto
de vista ambiental e económico, e comparar com outros resultados; esta análise permitiria
complementar o ciclo de vida do betão, incluindo as fases de serviço;
complementar o ciclo de vida do betão com as fases não incluídas neste estudo: transporte até
à obra, fase construtiva, fase de serviço e demolição;
efectuar um estudo de resistência e durabilidade das amassaduras com melhores resultados
do ponto de vista ambiental e económico, e melhorá-las de acordo com as conclusões deste
trabalho; como exemplo, apresentam-se as possíveis alterações a executar nas composições
de algumas amassaduras com melhores resultados:
amassadura 180: substituir cimento tipo I por tipo II 42,5;
amassadura 148: substituir cimento tipo I por tipo II 52,5; utilizar agregados
grossos calcários (no caso de 0% AGRB);
amassadura 20: substituir cimento tipo I por tipo II; incluir na composição uma
pequena percentagem de SP e analisar a sua influência;
promover junto de empresas produtoras das diferentes matérias-primas a mais-valia de
desenvolver uma DAP;
aposta em centrais de reciclagem de resíduos de construção e na demolição selectiva de forma
a ser possível recuperar resíduos, a partir de RCD, com as características desejadas e que
atinjam os resultados obtidos neste estudo (ARB1);
sensibilizar as entidades para a mais-valia da utilização de AGRB no betão das nossas
construções.
102
103
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111
Anexos
112
I.1
I. Autor, composição e resistência das amassaduras
seleccionadas
I.2
I.3
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
1 Limbachiya et al., 2012 - 275 rolada 625 Granítico 1260 0 - 180,0 - - 0,66 21,0 12,6 C8/10
2 Limbachiya et al., 2012 - 275 rolada 625 Granítico 882 30 378 182,1 - - 0,66 20,0 11,6 C8/10
3 Limbachiya et al., 2012 - 295 rolada 595 Granítico 635 50 635 183,5 - - 0,61 19,0 10,7 C8/10
4 Limbachiya et al., 2012 - 310 rolada 610 - - 100 1240 187,0 - - 0,58 18,0 9,7 -
5 Limbachiya et al., 2012 - 330 rolada 585 Granítico 1245 0 - 180,0 - - 0,55 21,0 12,6 C8/10
6 Limbachiya et al., 2012 - 330 rolada 585 Granítico 872 30 373 182,1 - - 0,55 23,0 14,5 C8/10
7 Limbachiya et al., 2012 - 355 rolada 560 Granítico 623 50 623 183,5 - - 0,51 24,0 15,5 C12/15
8 Limbachiya et al., 2012 - 372 rolada 536 - - 100 1252 187,0 - - 0,48 21,0 12,6 C8/10
9 Limbachiya et al., 2012 - 355 rolada 560 Granítico 1245 0 - 180,0 - - 0,50 31,0 22,3 C16/20
10 Limbachiya et al., 2012 - 355 rolada 560 Granítico 872 30 373 182,1 - - 0,50 25,0 16,5 C12/15
11 Limbachiya et al., 2012 - 385 rolada 550 Granítico 613 50 613 183,5 - - 0,47 29,0 20,3 C16/20
12 Limbachiya et al., 2012 - 409 rolada 525 - - 100 1226 187,0 - - 0,44 30,0 21,3 C16/20
13 Limbachiya et al., 2012 - 375 rolada 544 Granítico 1241 0 - 180,0 - - 0,48 33,0 24,2 C16/20
14 Limbachiya et al., 2012 - 375 rolada 544 Granítico 869 30 372 182,1 - - 0,48 39,0 30,0 C25/30
15 Limbachiya et al., 2012 - 405 rolada 508 Granítico 624 50 624 183,5 - - 0,44 31,0 22,3 C16/20
16 Limbachiya et al., 2012 - 426 rolada 494 - - 100 1241 187,0 - - 0,42 34,0 25,2 C20/25
17 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 738 Calcário 1049,1 0 - 189,0 - - 0,54 49,9 41,9 C30/37
18 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 738 Calcário 839,5 20 184 189,0 - - 0,54 50,7 42,7 C30/37
19 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 738 Calcário 524,6 50 460,2 189,0 - - 0,54 48,2 40,2 C30/37
20 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 738 - - 100 920,2 189,0 - - 0,54 45,4 37,4 C30/37
21 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 768 Calcário 1091,9 0 - 158,0 1 - 0,45 59,8 51,8 C40/50
22 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 768 Calcário 873,6 20 191,6 158,0 1 - 0,45 64,7 56,7 C40/50
23 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 768 Calcário 545,9 50 478,9 158,0 1 - 0,45 55,2 47,2 C35/45
24 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 768 - - 100 957,8 158,0 1 - 0,45 54,1 46,1 C35/45
25 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 789 Calcário 1118,6 0 - 140,0 1 - 0,4 79,0 71,0 C55/67
26 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 789 Calcário 894,8 20 196,2 140,0 1 - 0,4 70,3 62,3 C50/60
27 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 789 Calcário 567,2 50 497,7 140,0 1 - 0,4 64,1 56,1 C40/50
28 Barbudo et al., 2013 I 350 britada 789 - - 100 995,3 140,0 1 - 0,4 63,0 55,0 C40/50
29 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 938 Calcário 958 0 - 180,6 - - 0,86 23,9 15,9 C12/15
30 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 870 Calcário 956 0 - 182,0 - - 0,65 38,7 30,7 C25/30
31 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 863 Calcário 1002 0 - 143,5 1 - 0,41 71,1 63,1 C50/60
I.4
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
32 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 929 Calcário - 100 966 214,2 - - 0,87 19,7 11,7 C8/10
33 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 866 Calcário - 100 940 196,0 - - 0,66 35,7 27,7 C20/25
34 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 858 Calcário - 100 974 161,0 1 - 0,42 66,8 58,8 C40/50
35 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 932 Calcário - 100 970 212,1 - - 0,86 21,8 13,8 C8/10
36 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 870 Calcário - 100 970 193,2 - - 0,65 36,1 28,1 C20/25
37 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 858 Calcário - 100 1029 157,5 1 - 0,42 68,5 60,5 C50/60
38 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 946 Calcário 1019 0 - 170,1 - - 0,81 27,5 19,5 C12/15
39 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 877 Calcário 1011 0 - 176,4 - - 0,63 42,4 34,4 C25/30
40 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 868 Calcário 1057 0 - 140,0 1 - 0,4 72,3 64,3 C50/60
41 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 938 Calcário - 100 953 207,9 - - 0,84 21,0 13,0 C8/10
42 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 877 Calcário - 100 988 187,6 - - 0,63 41,1 33,1 C25/30
43 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 868 Calcário - 100 982 150,5 1 - 0,4 70,2 62,2 C50/60
44 Pedro et al., 2014 I 42,5 210 rolada 943 Calcário - 100 977 205,8 - - 0,82 23,6 15,6 C12/15
45 Pedro et al., 2014 I 42,5 280 rolada 873 Calcário - 100 962 190,4 - - 0,64 39,7 31,7 C25/30
46 Pedro et al., 2014 I 42,5 350 rolada 858 Calcário - 100 1016 157,5 1 - 0,42 66,5 58,5 C40/50
47 Ridzuan et al., 2005 I 295 rolada 1115 Granítico 776 0 - 205,0 - 0,7 - 19,7 11,7 C8/10
48 Ridzuan et al., 2005 I 295 rolada 1115 Granítico 387 50 349 205,0 - 0,7 - 35,7 27,7 C20/25
49 Ridzuan et al., 2005 I 295 rolada 1115 Granítico 194 75 523 205,0 - 0,7 - 66,8 58,8 C40/50
50 Ridzuan et al., 2005 I 295 rolada 1115 - - 100 698 205,0 - 0,7 - 21,8 13,8 C8/10
51 Ridzuan et al., 2005 I 320 rolada 1065 Granítico 805 0 - 205,0 - 0,64 - 36,1 28,1 C20/25
52 Ridzuan et al., 2005 I 320 rolada 1065 Granítico 402 50 363 205,0 - 0,64 - 68,5 60,5 C50/60
53 Ridzuan et al., 2005 I 320 rolada 1065 Granítico 200 75 545 205,0 - 0,64 - 27,5 19,5 C12/15
54 Ridzuan et al., 2005 I 320 rolada 1065 - - 100 726 205,0 - 0,64 - 42,4 34,4 C25/30
55 Ridzuan et al., 2005 I 355 rolada 1010 Granítico 825 0 - 205,0 - 0,58 - 72,3 64,3 C50/60
56 Ridzuan et al., 2005 I 355 rolada 1010 Granítico 412 50 372 205,0 - 0,58 - 21,0 13,0 C8/10
57 Ridzuan et al., 2005 I 355 rolada 1010 Granítico 206 75 558 205,0 - 0,58 - 41,1 33,1 C25/30
58 Ridzuan et al., 2005 I 355 rolada 1010 - - 100 744 205,0 - 0,58 - 70,2 62,2 C50/60
59 Ridzuan et al., 2005 I 375 rolada 960 Granítico 855 0 - 205,0 - 0,55 - 23,6 15,6 C12/15
60 Ridzuan et al., 2005 I 375 rolada 960 Granítico 428 50 386 205,0 - 0,55 - 39,7 31,7 C25/30
61 Ridzuan et al., 2005 I 375 rolada 960 Granítico 215 75 578 205,0 - 0,55 - 66,5 58,5 C40/50
62 Ridzuan et al., 2005 I 375 rolada 960 - - 100 771 205,0 - 0,55 - 19,7 11,7 C8/10
I.5
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
63 Ridzuan et al., 2005 I 395 rolada 915 Granítico 877 0 - 205,0 - 0,52 - 46,0 36,8 C25/30
64 Ridzuan et al., 2005 I 395 rolada 915 Granítico 439 50 394 205,0 - 0,52 - 47,0 37,8 C30/37
65 Ridzuan et al., 2005 I 395 rolada 915 Granítico 219 75 593 205,0 - 0,52 - 47,0 37,8 C30/37
66 Ridzuan et al., 2005 I 395 rolada 915 - - 100 789 205,0 - 0,52 - 47,0 37,8 C30/37
67 Ridzuan et al., 2005 I 435 rolada 860 Granítico 890 0 - 205,0 - 0,48 - 52,0 42,6 C30/37
68 Ridzuan et al., 2005 I 435 rolada 860 Granítico 447 50 402 205,0 - 0,48 - 53,0 43,6 C30/37
69 Ridzuan et al., 2005 I 435 rolada 860 Granítico 223 75 602 205,0 - 0,48 - 50,0 40,7 C30/37
70 Ridzuan et al., 2005 I 435 rolada 860 - - 100 802 205,0 - 0,48 - 50,0 40,7 C30/37
71 Rao et al., 2011 I 401 rolada 574 calcário 1261 0 - 173,0 0,05 - 0,43 49,0 41,0 C30/37
72 Rao et al., 2011 I 401 rolada 574 calcário 911 25 303 173,0 0,05 - 0,43 44,0 36,0 C25/30
73 Rao et al., 2011 I 401 rolada 574 calcário 585 75 585 173,0 0,18 - 0,43 43,0 35,0 C25/30
74 Rao et al., 2011 I 401 rolada 574 - - 100 1119 173,0 0,23 - 0,43 42,0 34,0 C25/30
75 Gonçalves et al., 2004 I 250 rolada 795 calcário 1154 0 - 166,0 1,15 - 0,6 43,5 35,5 C25/30
76 Gonçalves et al., 2004 I 250 rolada 795 - - 100 1021 215,0 0,60 - 0,6 38,2 30,2 C25/30
77 Gonçalves et al., 2004 I 350 rolada 696 calcário 1148 0 - 173,0 1,15 - 0,45 61,7 53,7 C40/50
78 Gonçalves et al., 2004 I 350 rolada 696 - - 100 1016 222,0 0,82 - 0,45 52,8 44,8 C30/37
79 Gonçalves et al., 2004 I 450 rolada 596 calcário 1160 0 - 172,0 1,15 - 0,35 74,4 66,4 C50/60
80 Gonçalves et al., 2004 I 450 rolada 596 - - 100 1027 222,0 0,92 - 0,35 62,8 54,8 C40/50
81 Gonçalves et al., 2004 I 350 rolada 696 calcário 861 25 254 185,0 1,15 - 0,45 60,7 52,7 C40/50
82 Gonçalves et al., 2004 I 350 rolada 696 calcário 574 50 507 197,0 1,15 - 0,45 59,4 51,4 C40/50
83 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 1148 0 - 192,0 - - 0,43 51,6 43,6 C30/37
84 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 919 20 201 192,0 - - 0,43 51,3 43,3 C30/37
85 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 574 50 502 192,0 - - 0,43 50,4 42,4 C30/37
86 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 - - 100 1005 192,0 - - 0,43 49,3 41,3 C30/37
87 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 1148 0 - 192,0 - - 0,43 50,3 42,3 C30/37
88 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 919 20 201 192,0 - - 0,43 49,1 41,1 C30/37
89 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 calcário 574 50 502 192,0 - - 0,43 49,8 41,8 C30/37
90 Fonseca, 2009 II 447 rolada 565 - - 100 1005 192,0 - - 0,43 51,3 43,3 C30/37
91 Malesev et al., 2010 II 350 rolada 612 Granítico 1244 0 - 180,0 - - 0,51 43,4 35,4 C25/30
92 Malesev et al., 2010 II 350 rolada 600 Granítico 608 50 608 199,0 - - 0,51 45,2 37,2 C30/37
93 Malesev et al., 2010 II 350 rolada 586 - - 100 1190 217,0 - - 0,51 45,7 37,7 C30/37
I.6
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
94 Reis, 2014 II 357 rolada 773 calcário 955,0 0 - 188,0 - - 0,54 46,8 38,8 C30/37
95 Reis, 2014 II 357 rolada 773 calcário 764,0 20 171,5 188,0 - - 0,54 44,3 36,3 C25/30
96 Reis, 2014 II 357 rolada 773 calcário 477,5 50 428,6 188,0 - - 0,54 46,6 38,6 C30/37
97 Reis, 2014 II 357 rolada 773 - 0,0 100 857,3 188,0 - - 0,54 45,6 37,6 C30/37
98 Guerra, 2013 II 350 rolada 764,3 calcário 1042,7 0 - 183,6 - 0,52 0,52 48,5 40,5 C30/37
99 Guerra, 2013 II 350 rolada 764,3 calcário 835,4 20 174,0 190,5 - 0,54 0,52 49,3 41,3 C30/37
100 Guerra, 2013 II 350 rolada 764,3 calcário 521,4 50 490,0 197,5 - 0,56 0,52 47,9 39,9 C30/37
101 Guerra, 2013 II 350 rolada 764,3 - 0,0 100 874,3 211,4 - 0,6 0,52 43,4 35,4 C25/30
102 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 1073,0 0 - 206,0 - - 0,5 52,0 44,0 C30/37
103 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 - 0,0 100 987,0 218,0 - 0,53 0,5 50,0 42,0 C30/37
104 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 - 0,0 100 987,0 218,0 - 0,53 0,5 51,0 43,0 C30/37
105 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 - 0,0 100 987,0 218,0 - 0,53 0,5 51,0 43,0 C30/37
106 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 - 0,0 100 987,0 218,0 0,5 0,53 0,5 49,0 41,0 C30/37
107 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 - 0,0 100 987,0 218,0 0,48 0,53 0,5 48,0 40,0 C30/37
108 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 537,0 50 494,0 212,0 - 0,51 0,5 51,0 43,0 C30/37
109 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 537,0 50 494,0 212,0 0,5 0,51 0,5 51,0 43,0 C30/37
110 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 537,0 50 494,0 212,0 0,45 0,51 0,5 51,0 43,0 C30/37
111 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 805,0 25 245,0 209,0 - 0,51 0,5 52,0 44,0 C30/37
112 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 805,0 25 245,0 209,0 0,5 0,51 0,5 50,0 42,0 C30/37
113 Matias et al., 2013 II 42,5 413 rolada 606 calcário 805,0 25 245,0 209,0 0,42 0,51 0,5 49,0 41,0 C30/37
114 Santos et al., 2002 II 32,5 410 rolada 545 - 1266,0 0 - 164,0 - - 0,4 56,0 48,0 C35/45
115 Santos et al., 2002 II 32,5 350 rolada 743 - 1117,0 0 - 171,5 - - 0,49 45,0 37,0 C30/37
116 Santos et al., 2002 II 32,5 361 rolada 697 calcário 1072,2 0 202,2 - - 0,56 37,0 29,0 C20/25
117 Santos et al., 2002 II 32,5 361 rolada 697 - 0,0 100 981,0 234,7 - 0,65 0,6 32,0 24,0 C16/20
118 Santos et al., 2002 II 32,5 361 rolada 697 - 0,0 100 970,3 234,7 - 0,65 0,6 31,0 23,0 C16/20
119 Thomas et al., 2013 I 52,5 275 - 843 calcário 978,0 0 - 179,0 - - 0,6 37,0 29,0 C25/30
120 Thomas et al., 2013 I 52,5 275 - 878 calcário 735,0 20 184,0 179,0 - - 0,59 41,0 33,0 C30/37
121 Thomas et al., 2013 I 52,5 275 - 849 calcário 455,0 50 455,0 179,0 - - 0,57 42,0 34,0 C30/37
122 Thomas et al., 2013 I 52,5 275 - 868 - 0,0 100 830,0 179,0 - - 0,54 45,0 37,0 C35/45
123 Thomas et al., 2013 I 52,5 380 - 714 calcário 1004,0 0 - 190,0 - - 0,46 52,0 44,0 C40/50
124 Thomas et al., 2013 I 52,5 380 - 744 calcário 757,0 20 189,0 190,0 - - 0,45 50,0 42,0 C40/50
I.7
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
125 Thomas et al., 2013 I 52,5 380 - 710 calcário 471,0 50 471,0 190,0 - - 0,44 45,0 37,0 C35/45
126 Thomas et al., 2013 I 52,5 380 - 715 - - 100 874,0 190,0 - - 0,42 55,0 47,0 C40/50
127 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 1129,0 0 - 215,0 - 0,41 - 45,3 37,3 C30/37
128 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 1016,0 10 113,0 215,0 - 0,41 - 46,5 38,5 C30/37
129 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 903,0 20 226,0 215,0 - 0,41 - 44,7 36,7 C25/30
130 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 790,0 30 339,0 215,0 - 0,41 - 47,2 39,2 C30/37
131 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 677,0 40 452,0 215,0 - 0,41 - 46,8 38,8 C30/37
132 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 564,0 50 565,0 215,0 - 0,41 - 43,4 35,4 C25/30
133 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 452,0 60 667,0 215,0 - 0,41 - 49,2 41,2 C30/37
134 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 339,0 70 790,0 215,0 - 0,41 - 44,6 36,6 C25/30
135 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 226,0 80 903,0 215,0 - 0,41 - 48,4 40,4 C30/37
136 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - 113,0 90 1016,0 215,0 - 0,41 - 47,4 39,4 C30/37
137 Chen et al., 2010 I 32,5 524 rolada 532 - - 100 1129,0 215,0 - 0,41 - 48,4 40,4 C30/37
138 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 325 britada 711 - 1206,9 0 - 178,7 1,28 - 0,5 60,0 52,0 C40/50
139 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 325 britada 661 - - 100 1106,8 178,7 2 - 0,5 46,0 38,0 C30/37
140 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 345 britada 614 - - 100 1109,4 189,7 2 - 0,43 51,0 43,0 C30/37
141 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 365 britada 587 - - 100 1126,8 186,5 2 - 0,4 56,0 48,0 C35/45
142 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 365 britada 587 - - 100 1126,8 186,6 2 - 0,4 56,0 48,0 C35/45
143 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 325 britada 661 - - 100 1106,8 178,7 0,58 - 0,52 40,0 32,0 C25/30
144 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 300 britada 765,1 - 1207,0 0 - 165,0 0,97 - 0,55 44,0 36,0 C25/30
145 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 300 britada 765,1 - 905,2 25 265,7 165,0 0,79 - 0,55 43,0 35,0 C25/30
146 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 318 britada 739 - 608,9 50 536,4 165,0 0,84 - 0,52 46,0 38,0 C30/37
147 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 325 britada 683,2 - - 100 1123,4 162,0 1,38 - 0,5 46,0 38,0 C30/37
148 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 300 britada 765,1 - 1207,0 0 - 165,0 1,4 - 0,55 35,5 27,5 C20/25
149 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 300 britada 765,1 - 905,2 25 265,7 165,0 1,66 - 0,55 38,8 30,8 C25/30
150 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 318 britada 739 - 608,9 50 536,4 165,0 1,9 - 0,52 39,4 31,4 C25/30
151 Etxeberria et al., 2007 I 52,5 325 britada 683,2 - - 100 1123,4 162,0 1,9 - 0,5 38,3 30,3 C25/30
152 Butler et al., 2013 - 271 - 861 calcário 1099,0 0 - 160,0 - 0,59 - 38,9 30,9 C30/37
153 Butler et al., 2013 - 281 - 802 - - 100 970,0 180,0 - 0,64 - 38,6 30,6 C30/37
154 Butler et al., 2013 - 293 - 648 - - 100 919,0 170,0 - 0,58 - 38,1 30,1 C30/37
155 Butler et al., 2013 - 337 - 841 - - 100 879,0 165,0 - 0,49 - 39,3 31,3 C30/37
I.8
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
156 Butler et al., 2013 - 487 - 625 calcário 1099,0 0 - 180,0 - 0,37 - 61,9 53,9 C50/60
157 Butler et al., 2013 - 463 - 621 - - 100 970,0 190,0 - 0,41 - 60,1 52,1 C50/60
158 Butler et al., 2013 - 500 - 621 - - 100 919,0 190,0 0,30 0,38 - 60,2 52,2 C50/60
159 Butler et al., 2013 - 600 - 567 - - 100 879,0 180,0 0,36 0,3 - 62,8 54,8 C50/60
160 Safiuddin et al., 2011 I 342 rolada 905 Granítico 910,1 0 - 214,9 1,5 - 0,6 41,0 32,0 C25/30
161 Safiuddin et al., 2011 I 342 rolada 865 Granítico 609,1 30 260,9 215,3 1,5 - 0,6 39,0 30,0 C25/30
162 Safiuddin et al., 2011 I 342 rolada 861 Granítico 433,1 50 433,0 216,0 1,5 - 0,6 42,0 32,9 C25/30
163 Safiuddin et al., 2011 I 342 rolada 858 Granítico 258,8 70 603,5 216,6 1,5 - 0,6 40,0 31,0 C25/30
164 Safiuddin et al., 2011 I 342 rolada 852 - - 100 856,6 217,4 1,5 - 0,6 35,0 26,1 C20/25
165 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 calcário 1211,4 0 - 189,6 - - 0,54 30,0 21,3 C16/20
166 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 calcário 969,2 20 192,8 190,4 - - 0,54 36,0 27,1 C20/25
167 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 calcário 726,9 40 385,7 191,3 - - 0,54 35,0 26,1 C20/25
168 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 calcário 484,6 60 578,5 192,1 - - 0,54 26,0 17,4 C12/15
169 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 calcário 242,3 80 771,4 193,0 - - 0,54 27,0 18,4 C12/15
170 Mefteh et al., 2013 II 42,5 350 rolada 586 - - 100 964,2 193,9 - - 0,54 27,0 18,4 C12/15
171 Tosic et al., 2014 I 42,5 354 rolada 600 - 1164,0 0 - 185,0 - - 0,52 43,7 35,7 C25/30
172 Tosic et al., 2014 I 42,5 384 britada 592 britado 1165,0 0 - 201,0 - - 0,52 41,5 33,5 C25/30
173 Tosic et al., 2014 I 42,5 354 rolada 598 britado 555,0 50 555,0 205,0 - - 0,52 44,2 36,2 C25/30
174 Tosic et al., 2014 I 42,5 365 rolada 576 - - 100 1071,0 218,0 - - 0,51 42,5 34,5 C25/30
175 Kwan et al., 2012 I 328 rolada 857,7 Granítico 1048,3 0 - 190,0 - - 0,58 40,0 31,0 C25/30
176 Kwan et al., 2012 I 328 rolada 857,7 Granítico 891,1 15 157,2 190,3 - - 0,58 38,0 29,1 C20/25
177 Kwan et al., 2012 I 328 rolada 857,7 Granítico 733,8 30 314,5 190,6 - - 0,58 36,0 27,1 C20/25
178 Kwan et al., 2012 I 328 rolada 857,7 Granítico 419,3 60 629,0 191,2 - - 0,58 28,0 19,4 C12/15
179 Kwan et al., 2012 I 328 rolada 857,7 Granítico 209,7 80 838,6 191,7 - - 0,58 26,0 17,4 C12/15
180 Marinkovic et al., 2010 I 42,5 300 rolada 611 - - 100 1134,0 219,0 - - 0,6 33,6 25,6 C20/25
181 Marinkovic et al., 2010 I 42,5 351 rolada 596 - - 100 1107,0 222,0 - - 0,52 41,1 33,1 C25/30
182 Marinkovic et al., 2010 I 42,5 402 rolada 579 - - 100 1074,0 218,0 - - 0,47 48,1 40,1 C30/37
183 Marinkovic et al., 2010 I 42,5 315 rolada 658 - 1221,0 0 - 180,0 - - 0,57 39,2 31,2 C25/30
184 Marinkovic et al., 2010 I 42,5 330 rolada 601 - - 100 1115,0 220,0 - - 0,55 38,6 30,6 C25/30
185 Hao e Ren, 2011 I 42,5 353 rolada 715 - 1217,0 0 - 215,0 - 0,61 - 22,0 13,6 C8/10
186 Hao e Ren, 2011 I 42,5 353 rolada 715 - 851,9 30 365,1 215,0 - 0,61 - 27,0 18,4 C12/15
I.9
Nº Autor Cimento Areia Brita RCD Água-
(kg/m3) SP (%) a/c
a/c efect.
𝑓𝑐𝑘 (MPa)
𝑓𝑐𝑚 (MPa)
Classe de Resistência Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) Tipo (kg/m3) % (kg/m3)
187 Hao e Ren, 2011 I 42,5 353 rolada 715 - 635,5 50 635,5 215,0 - 0,61 - 25,0 16,5 C12/15
188 Hao e Ren, 2011 I 42,5 353 rolada 715 - - 100 1217,0 215,0 - 0,61 - 27,0 18,4 C12/15
189 Hao e Ren, 2011 I 42,5 457 rolada 658 - 1170,0 0 - 215,0 - 0,47 - 34,0 25,2 C20/25
190 Hao e Ren, 2011 I 42,5 457 rolada 658 - 819,0 30 351,0 215,0 - 0,47 - 39,0 30,0 C25/30
191 Hao e Ren, 2011 I 42,5 457 rolada 658 - 585,0 50 585,0 215,0 - 0,47 - 31,0 22,3 C16/20
192 Hao e Ren, 2011 I 42,5 457 rolada 658 - - 100 1170,0 215,0 - 0,47 - 34,0 25,2 C20/25
193 Hao e Ren, 2011 I 42,5 537 rolada 594 - 1154,0 0 - 215,0 - 0,4 - 39,0 30,0 C25/30
194 Hao e Ren, 2011 I 42,5 537 rolada 594 - 807,8 30 346,2 215,0 - 0,4 - 43,0 33,9 C25/30
195 Hao e Ren, 2011 I 42,5 537 rolada 594 - 577,0 50 577,0 215,0 - 0,4 - 41,0 32,0 C25/30
196 Hao e Ren, 2011 I 42,5 537 rolada 594 - - 100 1154,0 215,0 - 0,4 - 40,0 31,0 C25/30
197 Corinaldesi, 2011 II 42,5 350 - 732 - 1109,0 0 - 140,0 1,2 - 0,4 58,6 49,0 C35/45
198 Corinaldesi, 2011 II 32,5 350 - 732 - 1109,0 0 - 140,0 1,2 - 0,4 52,2 42,8 C30/37
199 Corinaldesi, 2011 II 42,5 340 - 723 - 1096,0 0 - 153,0 1 - 0,45 56,1 46,6 C35/45
200 Corinaldesi, 2011 II 42,5 330 - 715 - 1084,0 0 - 165,0 0,8 - 0,5 51,2 41,8 C30/37
201 Corinaldesi, 2011 II 32,5 330 - 715 - 1084,0 0 - 165,0 0,8 - 0,5 43,3 34,2 C25/30
202 Corinaldesi, 2011 II 42,5 320 - 708 - 1072,0 0 - 176,0 0,6 - 0,55 47,1 37,9 C30/37
203 Corinaldesi, 2011 II 42,5 310 - 702 - 1064,0 0 - 186,0 0,4 - 0,6 43,9 34,8 C25/30
204 Corinaldesi, 2011 II 32,5 310 - 702 - 1064,0 0 - 186,0 0,4 - 0,6 36,1 27,2 C20/25
205 Corinaldesi, 2011 II 42,5 350 - 732 - 553,0 30 523,0 142,7 1,2 - 0,4 46,1 36,9 C25/30
206 Corinaldesi, 2011 II 32,5 350 - 732 - 553,0 30 523,0 142,7 1,2 - 0,4 41,8 32,7 C25/30
207 Corinaldesi, 2011 II 42,5 340 - 723 - 547,0 30 517,0 155,9 1 - 0,45 45,8 36,6 C25/30
208 Corinaldesi, 2011 II 42,5 330 - 715 - 541,0 30 511,0 168,1 0,8 - 0,5 39,9 30,9 C25/30
209 Corinaldesi, 2011 II 32,5 330 - 715 - 541,0 30 511,0 168,1 0,8 - 0,5 36,3 27,4 C20/25
210 Corinaldesi, 2011 II 42,5 320 - 708 - 535,0 30 506,0 179,3 0,6 - 0,55 35,1 26,2 C20/25
211 Corinaldesi, 2011 II 42,5 310 - 702 - 531,0 30 501,0 189,5 0,4 - 0,6 34,7 25,9 C20/25
212 Corinaldesi, 2011 II 32,5 310 - 702 - 531,0 30 501,0 189,5 0,4 - 0,6 29,2 20,5 C16/20
213 Ceia, 2013 I 42,5 350 rolada 764,3 - 1042,7 0 - 183,6 - 0,52 0,52 48,5 40,5 C30/37
214 Ceia, 2013 I 42,5 350 rolada 764,3 - 739,6 20 174,0 188,5 - 0,54 0,52 49,3 41,3 C30/37
215 Ceia, 2013 I 42,5 350 rolada 764,3 - 521,4 50 437,2 197,5 - 0,56 0,52 47,9 39,9 C30/37
216 Ceia, 2013 I 42,5 350 rolada 764,3 - - 100 874,3 211,4 - 0,6 0,52 43,4 35,4 C25/30
I.10
II.1
II. Recolha de dados da empresa 1 relativos à produção de
agregados grossos britados calcários
1 Desmonte, carga e movimentação
2 Britagem e classificação
3 Expedição
Notas sobre o preenchimento do formulário:
a. Unidade funcional do estudo e de cada processo elementar é 1 tonelada de produto acabado; unidades a utilizar: massa - kg; volume - m3; potência - kW; energia – kWh ou MJ
b. Indicar se cada dado foi recolhido de um lote aleatório, se é a média diária, mensal ou anual ou se foi estimado, bem como se existe algum grau de incerteza no mesmo
c. Identificar os dados que correspondem à totalidade dos produtos da fábrica e justificar a percentagem de alocação a este produto (e.g. energia associada à iluminação ou climatização da zona de produção da fábrica ou a maquinaria acessória, como pontes-rolantes; manutenção de máquinas com periodicidade inferior a 3 anos)
d. Podem ser efectuadas alterações na estrutura do formulário, desde que sejam devidamente assinaladas
e. Devem ser indicados os desperdícios não-reutilizados de cada material ou matéria-prima utilizados no campo "Saídas (produtos e resíduos sólidos)" (no caso de produtos químicos, devem ser indicadas eventuais emissões gasosas associadas ao uso)
f. Todas as "Saídas" de processos elementares devem ser caracterizadas em termos de quantidade e tipologia de contaminantes que possam conter
g. Devem ser identificadas e caracterizadas todas as operações de transporte realizadas dentro da fábrica e todas as operações auxiliares ao processo de produção
1. Desmonte, carga e movimentação
1.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
desmonte carga e movimentação, por unidade funcional (1 ton de agregado).
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Perfuração do maciço rochoso para colocação do material explosivo
Perfuradora hidráulica
Gasóleo 0,722 MJ
Estaqueamento dos elementos rochosos de maior dimensão
Giratórias Gasóleo 0,073 MJ
Transporte dos elementos rochosos para o dumper Pás-carregadoras Gasóleo 3,868 MJ
Transporte dos elementos rochosos da frente de exploração até à zona de britagem
Dumper Gasóleo 3,814 MJ
II.2
1.1 Balanços de massa
Quantidade de matéria explosiva utilizada no processo de desmonte, por unidade funcional.
Matéria-prima Quantidade
Explosivo 0,076 kg
1.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado ao transporte do material explosivo.
Destino Tipo de transporte Peso Capacidade de carga Retorno
2x65 km (dados disponibilizados por empresa fornecedora)
2. Britagem e classificação
2.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
britagem e classificação, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Britagem e classificação Central de britagem Eléctrica 0,953 kWh
2.2 Consumo de água
Quantidade de água consumida no processo de britagem e classificação, por unidade funcional.
Aplicação Quantidade Origem
Lavagem e rega de pavimentos 0,00027 l Furo
3. Expedição
3.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados durante a
expedição, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Movimentação da matéria-prima Dumper Gasóleo 0,423 MJ
Movimentação da matéria-prima Pá-carregadora Gasóleo 2,140 MJ
3.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado ao transporte da matéria-prima, por unidade funcional.
Destino Tipo de transporte Peso Capacidade de carga Retorno
2x35 km Camiões 16-32 ton 28 ton Vazio
III.1
III. Recolha de dados da empresa 2 relativos à produção de
agregados grossos britados calcários
1 Desmonte, carga e movimentação
2 Britagem e classificação
3 Parqueamento e expedição
Notas sobre o preenchimento do formulário:
a. Unidade funcional do estudo e de cada processo elementar é 1 tonelada de produto acabado; unidades a utilizar: massa - kg; volume - m3; potência - kW; energia - kWh ou MJ
b. Indicar se cada dado foi recolhido de um lote aleatório, se é a média diária, mensal ou anual ou se foi estimado, bem como se existe algum grau de incerteza no mesmo
c. Identificar os dados que correspondem à totalidade dos produtos da fábrica e justificar a percentagem de alocação a este produto (e.g. energia associada à iluminação ou climatização da zona de produção da fábrica ou a maquinaria acessória, como pontes-rolantes; manutenção de máquinas com periodicidade inferior a 3 anos)
d. Podem ser efectuadas alterações na estrutura do formulário, desde que sejam devidamente assinaladas
e. Devem ser indicados os desperdícios não-reutilizados de cada material ou matéria-prima utilizados no campo "Saídas (produtos e resíduos sólidos)" (no caso de produtos químicos, devem ser indicadas eventuais emissões gasosas associadas ao uso)
f. Todas as "Saídas" de processos elementares devem ser caracterizadas em termos de quantidade e tipologia de contaminantes que possam conter
g. Devem ser identificadas e caracterizadas todas as operações de transporte realizadas dentro da fábrica e todas as operações auxiliares ao processo de produção
1. Desmonte, carga e movimentação
1.1 Balanços de massa
Quantidade de matéria explosiva utilizada no processo, por unidade funcional.
Matéria-prima Quantidade
Explosivo 130 g/ton
1.2 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
desmonte, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Perfuração Perfuradora F6 Gasóleo 0,02 l/ton
Estaqueamento dos elementos rochosos de maior dimensão
Escavadora equipada com martelo hidráulico
Gasóleo 0,04 l/ton
Carga Escavadora Gasóleo 0,10 l/ton
Transporte Dumper Gasóleo 0,14 l/ton
Dumper: peso bruto= 45 ton, capacidade de carga= 30 ton
III.2
2. Britagem e classificação
2.1 Consumo de água
Quantidade de água consumida no processo de tratamento e beneficiação, por unidade funcional.
Aplicação Quantidade Origem
Lavagem 0,22 l /ton Lagoa com água da chuva
2.2 Saídas
2.2.1 Resíduos líquidos
Quantidade de resíduos líquidos produzidos durante o tratamento e beneficiação das matérias-primas,
por unidade funcional.
Tipo de resíduo Quantidade Destino
Lamas 0,12 ton/ton Corta de exploração em recuperação
2.3 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
britagem e classificação, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Transporte da matéria-prima no interior da central de britagem
Tapetes transportadores
Electricidade 3,58 KWh/ton Britagem Britadeiras
Crivagem Crivos
Lavagem e crivagem Central de lavagem
3. Parqueamento e expedição
3.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
parqueamento e expedição, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Parqueamento e expedição Pá carregadora Gasóleo 0,15 l/ton
Parqueamento e expedição Dumper Gasóleo 0,02 l/ton
3.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado ao transporte da matéria-prima para os diferentes clientes, por
unidade funcional.
Destino (distância média de transporte)
Tipo de transporte
Peso Bruto Capacidade de
carga Retorno
80 km Camião 22 ton vazio
IV.1
IV. Recolha de dados da empresa 1 relativos à produção de
agregados grossos britados graníticos
1 Desmonte, carga e movimentação
2 Britagem e classificação
3 Expedição
Notas sobre o preenchimento do formulário:
a. Unidade funcional do estudo e de cada processo elementar é 1 tonelada de produto acabado; unidades a utilizar: massa - kg; volume - m3; potência - kW; energia - kWh ou MJ
b. Indicar se cada dado foi recolhido de um lote aleatório, se é a média diária, mensal ou anual ou se foi estimado, bem como se existe algum grau de incerteza no mesmo
c. Identificar os dados que correspondem à totalidade dos produtos da fábrica e justificar a percentagem de alocação a este produto (e.g. energia associada à iluminação ou climatização da zona de produção da fábrica ou a maquinaria acessória, como pontes-rolantes; manutenção de máquinas com periodicidade inferior a 3 anos)
d. Podem ser efectuadas alterações na estrutura do formulário, desde que sejam devidamente assinaladas
e. Devem ser indicados os desperdícios não-reutilizados de cada material ou matéria-prima utilizados no campo "Saídas (produtos e resíduos sólidos)" (no caso de produtos químicos, devem ser indicadas eventuais emissões gasosas associadas ao uso)
f. Todas as "Saídas" de processos elementares devem ser caracterizadas em termos de quantidade e tipologia de contaminantes que possam conter
g. Devem ser identificadas e caracterizadas todas as operações de transporte realizadas dentro da fábrica e todas as operações auxiliares ao processo de produção
1. Desmonte, carga e movimentação
1.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
desmonte carga e movimentação, por unidade funcional (1 ton de agregado).
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Perfuração do maciço rochoso para colocação do material explosivo
Perfuradora hidráulica
Gasóleo 1, 407 MJ
Estaqueamento dos elementos rochosos de maior dimensão e transporte para o dumper
Giratórias Gasóleo 6,493 MJ
Transporte dos elementos rochosos da frente de exploração até à zona de britagem
Dumper Gasóleo 6,006 MJ
1.2 Balanços de massa
Quantidade de matéria explosiva utilizada no processo de desmonte, por unidade funcional.
Matéria-prima Quantidade
Explosivo 0,101 kg
IV.2
2. Britagem e classificação
2.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
britagem e classificação, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Britagem e classificação Central de britagem Eléctrica 2,284 kWh
2.2 Consumo de água
Quantidade de água consumida no processo de britagem e classificação, por unidade funcional.
Aplicação Quantidade Origem
Lavagem e rega de pavimentos 0,012 l Furo
3. Expedição
3.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados durante a
expedição, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Movimentação da matéria-prima Pá-carregadora Gasóleo 8,310 MJ
3.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado ao transporte da matéria-prima, por unidade funcional.
Destino Tipo de transporte Peso Capacidade de carga Retorno
2x24 km Camiões 16-32 ton 35 ton Vazio
V.1
V. Recolha de dados relativos à produção de agregados grossos
reciclados de betão
1 Recepção de matérias-primas e armazenamento
2 Triagem e britagem
3 Expedição
Notas sobre o preenchimento do formulário:
a. Unidade funcional do estudo e de cada processo elementar é 1 ton de produto acabado; unidades a utilizar: massa - kg; volume - m3; potência - kW; energia - kWh ou MJ
b. Indicar se cada dado foi recolhido de um lote aleatório, se é a média diária, mensal ou anual ou se foi estimado, bem como se existe algum grau de incerteza no mesmo
c. Identificar os dados que correspondem à totalidade dos produtos da fábrica e justificar a percentagem de alocação a este produto (e.g. energia associada à iluminação ou climatização da zona de produção da fábrica ou a maquinaria acessória, como pontes-rolantes; manutenção de máquinas com periodicidade inferior a 3 anos)
d. Podem ser efectuadas alterações na estrutura do formulário, desde que sejam devidamente assinaladas
e. Devem ser indicados os desperdícios não-reutilizados de cada material ou matéria-prima utilizado no campo "Saídas (produtos e resíduos sólidos)" (no caso de produtos químicos, devem ser indicadas eventuais emissões gasosas associadas ao uso)
f. Todas as "Saídas" de processos elementares devem ser caracterizadas em termos de quantidade e tipologia de contaminantes que possam conter
g. Devem ser registados, sempre que possível, todos os outputs não-materiais resultantes dos processos em estudo, nomeadamente a geração de energia ou calor residuais, de radiação, de ruído ou vibração, de odor ou de utilização de áreas de terreno para diferentes fins
h. Devem ser identificadas e caracterizadas todas as operações de transporte realizadas dentro da fábrica e todas as operações auxiliares ao processo de fabrico
1. Recepção de matérias-primas e armazenamento
1.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
recepção e armazenamento, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Movimentação de resíduos e agregados Pá-carregadora Gasóleo 0,51 MJ/ton
1.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado à entrega das matérias-primas, por unidade funcional. Poderá indicar
o valor médio, ou uma lista com diversas entregas de material.
Destino (distância
média) Transporte de: Tipo de transporte Peso bruto
Capacidade de carga
Retorno (c/s carga)
25 RCD Camião de 2 eixos 20 Vazio
Não fazemos transportes. Todos os transportes são do cliente.
V.2
2. Triagem e britagem
2.1 Consumos de água
Quantidade de água consumida ao longo de todo o processo de triagem e britagem incluindo a origem (de furo
ou de rede), por unidade funcional:
Aplicação Origem Quantidade
Despoeiramento Rede pública Nos aspersores da britadeira e em aspersores de rega
móveis, para eliminar as poeiras da britagem 0,012 m3/uf
2.2 Saídas
2.2.1 Resíduos sólidos
Quantidade e destino de todos os resíduos sólidos produzidos durante a triagem e britagem, por unidade
funcional.
Resíduo Quantidade Destino
Agregados (RCD britados) 10 000 ton/ano Construção Civil
Resíduos metálicos 0,14 ton/uf Operador de gestão de resíduos
2.3 Balanços de massa
Quantificação da quantidade (poderá ser em valores percentuais) de agregados produzidos tendo em conta a sua
granulometria, por unidade funcional.
Granulometria Quantidade
Agregado grosso 100%
Agregado fino 0%
2.4 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
triagem e britagem, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Movimentação de resíduos e agregados Pá-carregadora Gasóleo 7,29 MJ/ton
Britagem Britadeira móvel Gasóleo 13,61 MJ/ton
Crivagem Crivo Gasóleo 0,342 MJ/ton
2.5 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado à expedição de todo o tipo de resíduos gerados no processo de
triagem e britagem, por unidade funcional. Poderá indicar o valor médio, ou uma lista com diversas entregas dos
diferentes materiais.
Destino (distância
média) Transporte de:
Tipo de transporte
Peso bruto Capacidade
de carga Retorno
(c/s carga)
Não fazemos transportes
V.3
3. Expedição
3.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados na operação de
expedição, por unidade funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Carga de agregados Pá carregadora Gasóleo 5,47 MJ/ton
3.2 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado à entrega da matéria-prima ao cliente final. Poderá indicar o valor
médio, ou uma lista com diversas entregas da matéria-prima.
Destino (distância
média) Transporte de:
Tipo de transporte
Peso Bruto Capacidade
de carga Retorno
(c/s carga)
25 km Não fazemos transportes
V.4
VI.1
VI. DAP de superplastificante
VI.2
VII.1
VII. Recolha de dados relativos à produção de betão pronto
1 Recepção de matérias-primas e armazenamento
2 Mistura mecânica
3 Expedição
Notas sobre o preenchimento do formulário:
a. Unidade funcional do estudo e de cada processo elementar é 1 m3 de produto acabado; unidades a utilizar: massa - kg; volume - m3; potência - kW; energia - kWh ou MJ
b. Indicar se cada dado foi recolhido de um lote aleatório, se é a média diária, mensal ou anual ou se foi estimado, bem como se existe algum grau de incerteza no mesmo
c. Identificar os dados que correspondem à totalidade dos produtos da fábrica e justificar a percentagem de alocação a este produto (e.g. energia associada à iluminação ou climatização da zona de produção da fábrica ou a maquinaria acessória, como pontes-rolantes; manutenção de máquinas com periodicidade inferior a 3 anos)
d. Podem ser efectuadas alterações na estrutura do formulário, desde que sejam devidamente assinaladas
e. Devem ser indicados os desperdícios não-reutilizados de cada material ou matéria-prima utilizado no campo "Saídas (produtos e resíduos sólidos)" (no caso de produtos químicos, devem ser indicadas eventuais emissões gasosas associadas ao uso)
f. Todas as "Saídas" de processos elementares devem ser caracterizadas em termos de quantidade e tipologia de contaminantes que possam conter
g. Devem ser registados, sempre que possível, todos os outputs não-materiais resultantes dos processos em estudo, nomeadamente a geração de energia ou calor residuais, de radiação, de ruído ou vibração, de odor ou de utilização de áreas de terreno para diferentes fins
h. Devem ser identificadas e caracterizadas todas as operações de transporte realizadas dentro da fábrica e todas as operações auxiliares ao processo de fabrico
2. Produção de betão
2.1 Balanços de energia
Quantidade de energia consumida (electricidade, gasóleo,…) por todos os aparelhos utilizados, por unidade
funcional.
Tarefa Aparelho Energia Quantidade de energia
Todas as operações Energia eléctrica 8,34 kWh
2.2 Consumos de água
Quantidade de água consumida durante o processo de mistura mecânica, por unidade funcional.
Tarefa Origem Quantidade
Inclui produção, lavagens e rega furo 7800 l em 2013 (12988 m3 de betão produzido)
VII.2
2.3 Transporte
Descrição do tipo de transporte associado à entrega das matérias-primas à central de betão pronto, por
unidade funcional.
Destino Transporte de: Tipo de
transporte Capacidade de
carga Retorno
(informação recolhida junto às empresas fornecedoras)
Não somos responsáveis pelo transporte.
VIII.1
VIII. Esquema do programa SimaPro
Betão
CEMI 32,5
CEMI 42,5
CEMI 52,5
CEMII 32,5
CEMII 42,5
Marinkovic et al.,2008
areia_britada
agregado_g
agregado_c
agregado_rcd
agua_furo
SP
Electricity
areia_rolada
areia_rolada
camiao
agregado_g
areia_britada
agregado_c
agua_furo
agregado_g
agregado_g_alocado
agregado_1
agregado_c
agregado_2
giratoria
agregado_g_alocado
camiao_explosivo
pavimentacao_g
dumper Electricity
Blasting
giratoria
agregado_2
camiao
dumperElectricity
Blasting {RER} agua_furo
agua_furo
agregado_1
agregado_c_alocado
giratoria
agregado_c_alocado
camiao_explosivo
pavimentacao_c
dumper Electricity
Blasting
agregado_residuos
agregado_rcd
tap water
giratoria
agregado_residuos
processos_rcd
aco
camiao_r
camiao
camiao
camiao_r
SP_EFCA
SP
camiao
VIII.2
IX.1
IX. Processos e montagens utilizadas no SimaPro
Processo IX.1 – agua_furo
Processo IX.2 - agregado_g_alocado e pavimentação_g
Montagem IX.1 - agregado_g
IX.2
Montagem IX.2 - agregado_c
Montagem IX.3 - agregado_1
Processo IX.3 - agregado_c_alocado e pavimentação_c
IX.3
Montagem IX.4 - agregado_2
Montagem IX.5 - areia_britada
Processo IX.4 - areia_rolada
IX.4
Processo IX.5 - agregado_residuos e aco
Montagem IX.6 - agregado_rcd
Montagem IX.7 - SP
IX.5
Montagem IX.8 - betão
IX.6
X.1
X. Impactes ambientais das amassaduras em estudo
X.2
X.3
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
1 Limbachiya et al., 2012 C8/10 0 275 - - 1,02 3,76E+02 3,74E-05 3,26E-02 0,90 1,39E-01 6,48E+02 1,45E+03
2 Limbachiya et al., 2012 C8/10 30 275 - - 1,02 3,83E+02 3,93E-05 3,04E-02 0,87 1,31E-01 5,59E+02 1,45E+03
3 Limbachiya et al., 2012 C8/10 50 295 - - 1,10 3,54E+02 3,26E-05 3,04E-02 0,89 1,31E-01 5,03E+02 1,56E+03
4 Limbachiya et al., 2012 - 100 310 - - 1,16 3,49E+02 3,25E-05 2,78E-02 0,86 1,22E-01 3,55E+02 1,63E+03
5 Limbachiya et al., 2012 C8/10 0 330 - - 1,23 3,42E+02 3,25E-05 3,63E-02 1,03 1,56E-01 6,50E+02 1,74E+03
6 Limbachiya et al., 2012 C8/10 30 330 - - 1,23 3,31E+02 3,25E-05 3,42E-02 0,99 1,48E-01 5,62E+02 1,74E+03
7 Limbachiya et al., 2012 C12/15 50 355 - - 1,32 3,58E+02 3,29E-05 3,45E-02 1,03 1,50E-01 5,06E+02 1,87E+03
8 Limbachiya et al., 2012 C8/10 100 372 - - 1,39 3,54E+02 3,29E-05 3,21E-02 1,00 1,42E-01 3,61E+02 1,96E+03
9 Limbachiya et al., 2012 C16/20 0 355 - - 1,32 3,47E+02 3,28E-05 3,80E-02 1,09 1,64E-01 6,53E+02 1,87E+03
10 Limbachiya et al., 2012 C12/15 30 355 - - 1,32 3,35E+02 3,28E-05 3,59E-02 1,05 1,56E-01 5,65E+02 1,87E+03
11 Limbachiya et al., 2012 C16/20 50 385 - - 1,43 3,60E+02 3,29E-05 3,65E-02 1,10 1,60E-01 5,07E+02 2,03E+03
12 Limbachiya et al., 2012 C16/20 100 409 - - 1,52 3,55E+02 3,29E-05 3,46E-02 1,09 1,53E-01 3,65E+02 2,16E+03
13 Limbachiya et al., 2012 C16/20 0 375 - - 1,40 3,48E+02 3,29E-05 3,94E-02 1,14 1,71E-01 6,54E+02 1,98E+03
14 Limbachiya et al., 2012 C25/30 30 375 - - 1,40 3,36E+02 3,28E-05 3,72E-02 1,10 1,62E-01 5,66E+02 1,98E+03
15 Limbachiya et al., 2012 C16/20 50 405 - - 1,51 2,20E+02 1,96E-05 3,79E-02 1,15 1,66E-01 5,11E+02 2,13E+03
16 Limbachiya et al., 2012 C20/25 100 426 - - 1,59 2,79E+02 2,60E-05 3,58E-02 1,13 1,59E-01 3,66E+02 2,25E+03
17 Barbudo et al., 2013 C30/37 0 350 - - 1,30 3,43E+02 3,27E-05 4,25E-02 1,16 1,80E-01 8,49E+02 1,85E+03
18 Barbudo et al., 2013 C30/37 20 350 - - 1,30 3,76E+02 3,74E-05 4,10E-02 1,13 1,75E-01 7,87E+02 1,85E+03
19 Barbudo et al., 2013 C30/37 50 350 - - 1,30 3,83E+02 3,93E-05 3,88E-02 1,09 1,66E-01 6,93E+02 1,85E+03
20 Barbudo et al., 2013 C30/37 100 350 - - 1,30 3,54E+02 3,26E-05 3,50E-02 1,03 1,52E-01 5,37E+02 1,84E+03
21 Barbudo et al., 2013 C40/50 0 350 1 - 1,30 3,49E+02 3,25E-05 4,34E-02 1,19 1,86E-01 9,41E+02 1,85E+03
22 Barbudo et al., 2013 C40/50 20 350 1 - 1,30 3,42E+02 3,25E-05 4,18E-02 1,16 1,81E-01 8,76E+02 1,85E+03
23 Barbudo et al., 2013 C35/45 50 350 1 - 1,30 3,31E+02 3,25E-05 3,95E-02 1,12 1,72E-01 7,78E+02 1,85E+03
24 Barbudo et al., 2013 C35/45 100 350 1 - 1,30 3,58E+02 3,29E-05 3,55E-02 1,05 1,57E-01 6,16E+02 1,84E+03
25 Barbudo et al., 2013 C55/67 0 350 1 - 1,30 3,54E+02 3,29E-05 4,38E-02 1,19 1,88E-01 9,59E+02 1,85E+03
26 Barbudo et al., 2013 C50/60 20 350 1 - 1,30 3,47E+02 3,28E-05 4,22E-02 1,17 1,82E-01 8,93E+02 1,85E+03
27 Barbudo et al., 2013 C40/50 50 350 1 - 1,30 3,35E+02 3,28E-05 3,99E-02 1,13 1,73E-01 7,97E+02 1,85E+03
28 Barbudo et al., 2013 C40/50 100 350 1 - 1,30 3,60E+02 3,29E-05 3,58E-02 1,06 1,58E-01 6,28E+02 1,84E+03
29 Pedro et al., 2014 C12/15 0 210 - - 0,80 3,55E+02 3,29E-05 2,77E-02 0,73 1,15E-01 6,18E+02 1,11E+03
30 Pedro et al., 2014 C25/30 0 280 - - 1,07 3,48E+02 3,29E-05 3,24E-02 0,90 1,37E-01 6,24E+02 1,48E+03
31 Pedro et al., 2014 C50/60 0 350 1 - 1,34 3,36E+02 3,28E-05 3,80E-02 1,09 1,65E-01 7,20E+02 1,85E+03
X.4
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
32 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 0,80 2,00E+02 1,95E-05 2,10E-02 0,62 8,99E-02 3,46E+02 1,11E+03
33 Pedro et al., 2014 C20/25 100 280 - - 1,07 2,59E+02 2,59E-05 2,58E-02 0,78 1,12E-01 3,50E+02 1,48E+03
34 Pedro et al., 2014 C40/50 100 350 1 - 1,34 3,22E+02 3,26E-05 3,10E-02 0,97 1,39E-01 4,32E+02 1,84E+03
35 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 0,80 2,01E+02 1,95E-05 2,10E-02 0,62 9,00E-02 3,47E+02 1,11E+03
36 Pedro et al., 2014 C20/25 100 280 - - 1,07 2,60E+02 2,59E-05 2,58E-02 0,79 1,12E-01 3,54E+02 1,48E+03
37 Pedro et al., 2014 C50/60 100 350 1 - 1,34 3,23E+02 3,26E-05 3,11E-02 0,97 1,39E-01 4,38E+02 1,84E+03
38 Pedro et al., 2014 C12/15 0 210 - - 0,80 2,22E+02 1,96E-05 2,82E-02 0,74 1,17E-01 6,43E+02 1,11E+03
39 Pedro et al., 2014 C25/30 0 280 - - 1,07 2,81E+02 2,60E-05 3,30E-02 0,91 1,39E-01 6,47E+02 1,48E+03
40 Pedro et al., 2014 C50/60 0 350 1 - 1,34 3,44E+02 3,27E-05 3,85E-02 1,10 1,67E-01 7,42E+02 1,85E+03
41 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 0,80 2,00E+02 1,95E-05 2,10E-02 0,62 8,99E-02 3,45E+02 1,11E+03
42 Pedro et al., 2014 C25/30 100 280 - - 1,07 2,60E+02 2,59E-05 2,59E-02 0,79 1,13E-01 3,57E+02 1,48E+03
43 Pedro et al., 2014 C50/60 100 350 1 - 1,34 3,22E+02 3,26E-05 3,11E-02 0,97 1,39E-01 4,34E+02 1,84E+03
44 Pedro et al., 2014 C12/15 100 210 - - 0,80 2,01E+02 1,96E-05 2,11E-02 0,62 9,01E-02 3,49E+02 1,11E+03
45 Pedro et al., 2014 C25/30 100 280 - - 1,07 2,60E+02 2,59E-05 2,58E-02 0,79 1,12E-01 3,54E+02 1,48E+03
46 Pedro et al., 2014 C40/50 100 350 1 - 1,34 3,22E+02 3,26E-05 3,11E-02 0,97 1,39E-01 4,36E+02 1,84E+03
47 Ridzuan et al., 2005 C8/10 0 295 - 0,7 1,10 2,87E+02 2,73E-05 3,16E-02 0,91 1,36E-01 5,52E+02 1,56E+03
48 Ridzuan et al., 2005 C20/25 50 295 - 0,7 1,10 2,80E+02 2,73E-05 2,93E-02 0,86 1,26E-01 4,56E+02 1,56E+03
49 Ridzuan et al., 2005 C40/50 75 295 - 0,7 1,10 2,76E+02 2,73E-05 2,82E-02 0,84 1,22E-01 4,09E+02 1,55E+03
50 Ridzuan et al., 2005 C8/10 100 295 - 0,7 1,10 2,73E+02 2,73E-05 2,70E-02 0,82 1,17E-01 3,61E+02 1,55E+03
51 Ridzuan et al., 2005 C20/25 0 320 - 0,64 1,19 3,08E+02 2,96E-05 3,35E-02 0,97 1,44E-01 5,61E+02 1,69E+03
52 Ridzuan et al., 2005 C50/60 50 320 - 0,64 1,19 3,01E+02 2,96E-05 3,11E-02 0,92 1,35E-01 4,62E+02 1,69E+03
53 Ridzuan et al., 2005 C12/15 75 320 - 0,64 1,19 2,98E+02 2,96E-05 2,99E-02 0,90 1,30E-01 4,12E+02 1,69E+03
54 Ridzuan et al., 2005 C25/30 100 320 - 0,64 1,19 2,94E+02 2,96E-05 2,87E-02 0,88 1,25E-01 3,63E+02 1,69E+03
55 Ridzuan et al., 2005 C50/60 0 355 - 0,58 1,32 3,38E+02 3,28E-05 3,60E-02 1,05 1,56E-01 5,69E+02 1,87E+03
56 Ridzuan et al., 2005 C8/10 50 355 - 0,58 1,32 3,31E+02 3,28E-05 3,35E-02 1,01 1,46E-01 4,67E+02 1,87E+03
57 Ridzuan et al., 2005 C25/30 75 355 - 0,58 1,32 3,27E+02 3,28E-05 3,23E-02 0,99 1,41E-01 4,16E+02 1,87E+03
58 Ridzuan et al., 2005 C50/60 100 355 - 0,58 1,32 3,23E+02 3,27E-05 3,11E-02 0,96 1,36E-01 3,66E+02 1,87E+03
59 Ridzuan et al., 2005 C12/15 0 375 - 0,55 1,40 3,55E+02 3,47E-05 3,75E-02 1,10 1,63E-01 5,77E+02 1,98E+03
60 Ridzuan et al., 2005 C25/30 50 375 - 0,55 1,40 3,48E+02 3,46E-05 3,50E-02 1,06 1,53E-01 4,72E+02 1,98E+03
61 Ridzuan et al., 2005 C40/50 75 375 - 0,55 1,40 3,44E+02 3,46E-05 3,37E-02 1,03 1,48E-01 4,19E+02 1,98E+03
62 Ridzuan et al., 2005 C8/10 100 375 - 0,55 1,40 3,40E+02 3,46E-05 3,25E-02 1,01 1,43E-01 3,66E+02 1,98E+03
X.5
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
63 Ridzuan et al., 2005 C25/30 0 395 - 0,52 1,47 3,73E+02 3,65E-05 3,90E-02 1,15 1,70E-01 5,83E+02 2,08E+03
64 Ridzuan et al., 2005 C30/37 50 395 - 0,52 1,47 3,65E+02 3,65E-05 3,64E-02 1,10 1,59E-01 4,75E+02 2,08E+03
65 Ridzuan et al., 2005 C30/37 75 395 - 0,52 1,47 3,61E+02 3,64E-05 3,51E-02 1,08 1,54E-01 4,21E+02 2,08E+03
66 Ridzuan et al., 2005 C30/37 100 395 - 0,52 1,47 3,57E+02 3,64E-05 3,38E-02 1,06 1,49E-01 3,67E+02 2,08E+03
67 Ridzuan et al., 2005 C30/37 0 435 - 0,48 1,62 4,07E+02 4,01E-05 4,18E-02 1,25 1,83E-01 5,89E+02 2,29E+03
68 Ridzuan et al., 2005 C30/37 50 435 - 0,48 1,62 3,99E+02 4,01E-05 3,92E-02 1,20 1,72E-01 4,80E+02 2,29E+03
69 Ridzuan et al., 2005 C30/37 75 435 - 0,48 1,62 3,95E+02 4,01E-05 3,78E-02 1,17 1,67E-01 4,25E+02 2,29E+03
70 Ridzuan et al., 2005 C30/37 100 435 - 0,48 1,62 3,91E+02 4,01E-05 3,65E-02 1,15 1,62E-01 3,70E+02 2,29E+03
71 Rao et al., 2011 C30/37 0 401 0,05 - 1,49 3,93E+02 3,71E-05 4,46E-02 1,25 1,89E-01 7,96E+02 2,11E+03
72 Rao et al., 2011 C25/30 25 401 0,05 - 1,49 3,84E+02 3,71E-05 4,16E-02 1,20 1,79E-01 6,74E+02 2,11E+03
73 Rao et al., 2011 C25/30 75 401 0,18 - 1,49 3,76E+02 3,71E-05 3,89E-02 1,15 1,69E-01 5,70E+02 2,11E+03
74 Rao et al., 2011 C25/30 100 401 0,23 - 1,49 3,62E+02 3,71E-05 3,40E-02 1,07 1,51E-01 3,74E+02 2,11E+03
75 Gonçalves et al., 2004 C25/30 0 250 1,15 - 0,93 2,65E+02 2,35E-05 3,35E-02 0,89 1,41E-01 7,92E+02 1,32E+03
76 Gonçalves et al., 2004 C25/30 100 250 0,60 - 0,93 2,35E+02 2,33E-05 2,37E-02 0,72 1,04E-01 3,70E+02 1,32E+03
77 Gonçalves et al., 2004 C40/50 0 350 1,15 - 1,30 3,50E+02 3,28E-05 4,03E-02 1,12 1,73E-01 8,20E+02 1,85E+03
78 Gonçalves et al., 2004 C30/37 100 350 0,82 - 1,30 3,20E+02 3,26E-05 3,06E-02 0,96 1,37E-01 4,03E+02 1,84E+03
79 Gonçalves et al., 2004 C50/60 0 450 1,15 - 1,68 4,35E+02 4,20E-05 4,74E-02 1,37 2,07E-01 8,55E+02 2,37E+03
80 Gonçalves et al., 2004 C40/50 100 450 0,92 - 1,68 4,06E+02 4,18E-05 3,76E-02 1,20 1,70E-01 4,37E+02 2,37E+03
81 Gonçalves et al., 2004 C40/50 25 350 1,15 - 1,30 3,43E+02 3,27E-05 3,79E-02 1,08 1,65E-01 7,21E+02 1,85E+03
82 Gonçalves et al., 2004 C40/50 50 350 1,15 - 1,30 3,35E+02 3,27E-05 3,55E-02 1,04 1,56E-01 6,22E+02 1,84E+03
83 Fonseca, 2009 C30/37 0 447 - - 1,48 4,28E+02 4,13E-05 4,67E-02 1,33 2,00E-01 7,52E+02 2,36E+03
84 Fonseca, 2009 C30/37 20 447 - - 1,48 4,23E+02 4,12E-05 4,47E-02 1,30 1,93E-01 6,73E+02 2,36E+03
85 Fonseca, 2009 C30/37 50 447 - - 1,48 4,14E+02 4,12E-05 4,18E-02 1,25 1,82E-01 5,53E+02 2,36E+03
86 Fonseca, 2009 C30/37 100 447 - - 1,48 4,00E+02 4,12E-05 3,70E-02 1,17 1,64E-01 3,55E+02 2,36E+03
87 Fonseca, 2009 C30/37 0 447 - - 1,48 4,28E+02 4,13E-05 4,67E-02 1,33 2,00E-01 7,52E+02 2,36E+03
88 Fonseca, 2009 C30/37 20 447 - - 1,48 4,23E+02 4,12E-05 4,47E-02 1,30 1,93E-01 6,73E+02 2,36E+03
89 Fonseca, 2009 C30/37 50 447 - - 1,48 4,14E+02 4,12E-05 4,18E-02 1,25 1,82E-01 5,53E+02 2,36E+03
90 Fonseca, 2009 C30/37 100 447 - - 1,48 4,00E+02 4,12E-05 3,70E-02 1,17 1,64E-01 3,55E+02 2,36E+03
91 Malesev et al., 2010 C25/30 0 350 - - 1,16 3,40E+02 3,25E-05 3,78E-02 1,08 1,63E-01 6,58E+02 1,85E+03
92 Malesev et al., 2010 C30/37 50 350 - - 1,16 3,29E+02 3,24E-05 3,41E-02 1,01 1,48E-01 5,04E+02 1,84E+03
93 Malesev et al., 2010 C30/37 100 350 - - 1,16 3,18E+02 3,24E-05 3,05E-02 0,95 1,34E-01 3,56E+02 1,84E+03
X.6
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
94 Reis, 2014 C30/37 0 357 - - 1,18 3,47E+02 3,30E-05 3,88E-02 1,09 1,65E-01 6,74E+02 1,88E+03
95 Reis, 2014 C25/30 20 357 - - 1,18 3,42E+02 3,30E-05 3,72E-02 1,07 1,59E-01 6,09E+02 1,88E+03
96 Reis, 2014 C30/37 50 357 - - 1,18 3,35E+02 3,29E-05 3,48E-02 1,03 1,50E-01 5,10E+02 1,88E+03
97 Reis, 2014 C30/37 100 357 - - 1,18 3,23E+02 3,29E-05 3,08E-02 0,96 1,35E-01 3,46E+02 1,88E+03
98 Guerra, 2013 C30/37 0 350 - 0,52 1,16 3,44E+02 3,24E-05 3,92E-02 1,09 1,66E-01 7,10E+02 1,85E+03
99 Guerra, 2013 C30/37 20 350 - 0,54 1,16 3,39E+02 3,24E-05 3,74E-02 1,06 1,59E-01 6,38E+02 1,85E+03
100 Guerra, 2013 C30/37 50 350 - 0,56 1,16 3,31E+02 3,24E-05 3,49E-02 1,02 1,50E-01 5,34E+02 1,84E+03
101 Guerra, 2013 C25/30 100 350 - 0,6 1,16 3,18E+02 3,23E-05 3,03E-02 0,95 1,33E-01 3,45E+02 1,84E+03
102 Matias et al., 2013 C30/37 0 413 - - 1,47 3,97E+02 3,81E-05 4,36E-02 1,24 1,86E-01 7,17E+02 2,18E+03
103 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 1,47 3,71E+02 3,81E-05 3,46E-02 1,09 1,53E-01 3,51E+02 2,18E+03
104 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 1,47 3,71E+02 3,81E-05 3,46E-02 1,09 1,53E-01 3,51E+02 2,18E+03
105 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 1,47 3,71E+02 3,81E-05 3,46E-02 1,09 1,53E-01 3,51E+02 2,18E+03
106 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 0,5 0,53 1,47 3,72E+02 3,83E-05 3,47E-02 1,10 1,56E-01 3,88E+02 2,18E+03
107 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 0,48 0,53 1,47 3,72E+02 3,83E-05 3,47E-02 1,10 1,56E-01 3,86E+02 2,18E+03
108 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 - 0,51 1,47 3,84E+02 3,81E-05 3,91E-02 1,17 1,70E-01 5,34E+02 2,18E+03
109 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 0,5 0,51 1,47 3,86E+02 3,83E-05 3,92E-02 1,18 1,72E-01 5,71E+02 2,18E+03
110 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 0,45 0,51 1,47 3,85E+02 3,83E-05 3,92E-02 1,18 1,72E-01 5,67E+02 2,18E+03
111 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 - 0,51 1,47 3,91E+02 3,81E-05 4,13E-02 1,20 1,78E-01 6,25E+02 2,18E+03
112 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 0,5 0,51 1,47 3,92E+02 3,83E-05 4,15E-02 1,21 1,80E-01 6,62E+02 2,18E+03
113 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 0,42 0,51 1,47 3,92E+02 3,83E-05 4,14E-02 1,21 1,80E-01 6,56E+02 2,18E+03
114 Santos et al., 2002 C35/45 0 410 - - 1,27 4,00E+02 3,79E-05 4,52E-02 1,27 1,92E-01 7,93E+02 2,16E+03
115 Santos et al., 2002 C30/37 0 350 - - 1,08 3,46E+02 3,24E-05 3,99E-02 1,10 1,69E-01 7,40E+02 1,85E+03
116 Santos et al., 2002 C20/25 0 361 - - 1,12 3,54E+02 3,34E-05 4,01E-02 1,12 1,70E-01 7,17E+02 1,90E+03
117 Santos et al., 2002 C16/20 100 361 - 0,65 1,12 3,27E+02 3,33E-05 3,12E-02 0,97 1,37E-01 3,50E+02 1,90E+03
118 Santos et al., 2002 C16/20 100 361 - 0,65 1,12 3,27E+02 3,33E-05 3,11E-02 0,97 1,37E-01 3,49E+02 1,90E+03
119 Thomas et al., 2013 C25/30 0 275 - - 1,10 2,86E+02 2,56E-05 3,61E-02 0,95 1,50E-01 7,84E+02 1,45E+03
120 Thomas et al., 2013 C30/37 20 275 - - 1,10 2,81E+02 2,56E-05 3,42E-02 0,92 1,43E-01 7,06E+02 1,45E+03
121 Thomas et al., 2013 C30/37 50 275 - - 1,10 2,73E+02 2,56E-05 3,17E-02 0,88 1,34E-01 6,04E+02 1,45E+03
122 Thomas et al., 2013 C35/45 100 275 - - 1,10 2,62E+02 2,55E-05 2,79E-02 0,82 1,20E-01 4,49E+02 1,45E+03
123 Thomas et al., 2013 C40/50 0 380 - - 1,52 3,74E+02 3,52E-05 4,30E-02 1,20 1,83E-01 7,85E+02 2,00E+03
124 Thomas et al., 2013 C40/50 20 380 - - 1,52 3,69E+02 3,52E-05 4,11E-02 1,16 1,75E-01 7,05E+02 2,00E+03
X.7
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
125 Thomas et al., 2013 C35/45 50 380 - - 1,52 3,61E+02 3,52E-05 3,85E-02 1,12 1,66E-01 6,00E+02 2,00E+03
126 Thomas et al., 2013 C40/50 100 380 - - 1,52 3,49E+02 3,51E-05 3,46E-02 1,06 1,51E-01 4,38E+02 2,00E+03
127 Chen et al., 2010 C30/37 0 524 - 0,41 1,76 4,89E+02 4,83E-05 5,05E-02 1,50 2,20E-01 7,02E+02 2,76E+03
128 Chen et al., 2010 C30/37 10 524 - 0,41 1,76 4,87E+02 4,83E-05 4,97E-02 1,48 2,17E-01 6,70E+02 2,76E+03
129 Chen et al., 2010 C25/30 20 524 - 0,41 1,76 4,85E+02 4,83E-05 4,89E-02 1,47 2,14E-01 6,38E+02 2,76E+03
130 Chen et al., 2010 C30/37 30 524 - 0,41 1,76 4,82E+02 4,83E-05 4,81E-02 1,46 2,11E-01 6,06E+02 2,76E+03
131 Chen et al., 2010 C30/37 40 524 - 0,41 1,76 4,80E+02 4,83E-05 4,73E-02 1,44 2,08E-01 5,74E+02 2,76E+03
132 Chen et al., 2010 C25/30 50 524 - 0,41 1,76 4,78E+02 4,83E-05 4,66E-02 1,43 2,05E-01 5,42E+02 2,76E+03
133 Chen et al., 2010 C30/37 60 524 - 0,41 1,76 4,75E+02 4,83E-05 4,58E-02 1,42 2,02E-01 5,09E+02 2,76E+03
134 Chen et al., 2010 C25/30 70 524 - 0,41 1,76 4,73E+02 4,83E-05 4,50E-02 1,40 1,99E-01 4,78E+02 2,76E+03
135 Chen et al., 2010 C30/37 80 524 - 0,41 1,76 4,71E+02 4,82E-05 4,42E-02 1,39 1,96E-01 4,46E+02 2,76E+03
136 Chen et al., 2010 C30/37 90 524 - 0,41 1,76 4,68E+02 4,82E-05 4,34E-02 1,38 1,93E-01 4,13E+02 2,76E+03
137 Chen et al., 2010 C30/37 100 524 - 0,41 1,76 4,66E+02 4,82E-05 4,26E-02 1,36 1,90E-01 3,81E+02 2,76E+03
138 Etxeberria et al., 2007 C40/50 0 325 1,28 - 1,30 3,39E+02 3,07E-05 4,22E-02 1,14 1,81E-01 9,69E+02 1,71E+03
139 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 325 2 - 1,30 3,14E+02 3,08E-05 3,33E-02 0,99 1,49E-01 6,38E+02 1,71E+03
140 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 345 2 - 1,38 3,30E+02 3,26E-05 3,43E-02 1,03 1,55E-01 6,32E+02 1,82E+03
141 Etxeberria et al., 2007 C35/45 100 365 2 - 1,46 3,47E+02 3,45E-05 3,55E-02 1,08 1,61E-01 6,35E+02 1,92E+03
142 Etxeberria et al., 2007 C35/45 100 365 2 - 1,46 3,47E+02 3,45E-05 3,55E-02 1,08 1,61E-01 6,35E+02 1,92E+03
143 Etxeberria et al., 2007 C25/30 100 325 0,58 - 1,30 3,10E+02 3,04E-05 3,30E-02 0,97 1,44E-01 5,55E+02 1,71E+03
144 Etxeberria et al., 2007 C25/30 0 300 0,97 - 1,20 3,18E+02 2,83E-05 4,08E-02 1,08 1,73E-01 9,63E+02 1,58E+03
145 Etxeberria et al., 2007 C25/30 25 300 0,79 - 1,20 3,11E+02 2,82E-05 3,86E-02 1,04 1,65E-01 8,63E+02 1,58E+03
146 Etxeberria et al., 2007 C30/37 50 318 0,84 - 1,27 3,20E+02 2,99E-05 3,76E-02 1,05 1,62E-01 7,76E+02 1,68E+03
147 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 325 1,38 - 1,30 3,13E+02 3,06E-05 3,34E-02 0,99 1,48E-01 6,13E+02 1,71E+03
148 Etxeberria et al., 2007 C20/25 0 300 1,4 - 1,20 3,19E+02 2,84E-05 4,09E-02 1,09 1,75E-01 9,86E+02 1,58E+03
149 Etxeberria et al., 2007 C25/30 25 300 1,66 - 1,20 3,13E+02 2,85E-05 3,88E-02 1,05 1,67E-01 9,10E+02 1,58E+03
150 Etxeberria et al., 2007 C25/30 50 318 1,9 - 1,27 3,23E+02 3,02E-05 3,78E-02 1,06 1,65E-01 8,36E+02 1,68E+03
151 Etxeberria et al., 2007 C25/30 100 325 1,9 - 1,30 3,15E+02 3,08E-05 3,35E-02 1,00 1,50E-01 6,43E+02 1,71E+03
152 Butler et al., 2013 C30/37 0 271 - 0,59 0,97 2,87E+02 2,53E-05 3,71E-02 0,97 1,54E-01 8,41E+02 1,43E+03
153 Butler et al., 2013 C30/37 100 281 - 0,64 1,00 2,67E+02 2,61E-05 2,82E-02 0,83 1,22E-01 4,48E+02 1,48E+03
154 Butler et al., 2013 C30/37 100 293 - 0,58 1,04 2,74E+02 2,72E-05 2,81E-02 0,84 1,22E-01 4,05E+02 1,54E+03
155 Butler et al., 2013 C30/37 100 337 - 0,49 1,20 3,15E+02 3,12E-05 3,23E-02 0,97 1,40E-01 4,62E+02 1,78E+03
X.8
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
156 Butler et al., 2013 C50/60 0 487 - 0,37 1,74 4,67E+02 4,50E-05 5,11E-02 1,46 2,19E-01 8,28E+02 2,57E+03
157 Butler et al., 2013 C50/60 100 463 - 0,41 1,65 4,19E+02 4,27E-05 4,01E-02 1,25 1,78E-01 4,42E+02 2,44E+03
158 Butler et al., 2013 C50/60 100 500 0,30 0,38 1,78 4,52E+02 4,62E-05 4,28E-02 1,34 1,91E-01 4,70E+02 2,64E+03
159 Butler et al., 2013 C50/60 100 600 0,36 0,3 2,14 5,36E+02 5,54E-05 4,95E-02 1,58 2,23E-01 4,88E+02 3,16E+03
160 Safiuddin et al., 2011 C25/30 0 342 1,5 - 1,27 3,32E+02 3,21E-05 3,57E-02 1,05 1,58E-01 6,73E+02 1,80E+03
161 Safiuddin et al., 2011 C25/30 30 342 1,5 - 1,27 3,26E+02 3,21E-05 3,38E-02 1,02 1,51E-01 5,93E+02 1,80E+03
162 Safiuddin et al., 2011 C25/30 50 342 1,5 - 1,27 3,23E+02 3,21E-05 3,28E-02 1,00 1,47E-01 5,50E+02 1,80E+03
163 Safiuddin et al., 2011 C25/30 70 342 1,5 - 1,27 3,20E+02 3,21E-05 3,18E-02 0,98 1,43E-01 5,08E+02 1,80E+03
164 Safiuddin et al., 2011 C20/25 100 342 1,5 - 1,27 3,16E+02 3,20E-05 3,03E-02 0,95 1,37E-01 4,46E+02 1,80E+03
165 Mefteh et al., 2013 C16/20 0 350 - - 1,24 3,48E+02 3,24E-05 4,04E-02 1,11 1,71E-01 7,60E+02 1,85E+03
166 Mefteh et al., 2013 C20/25 20 350 - - 1,24 3,41E+02 3,24E-05 3,84E-02 1,08 1,63E-01 6,75E+02 1,85E+03
167 Mefteh et al., 2013 C20/25 40 350 - - 1,24 3,35E+02 3,24E-05 3,63E-02 1,04 1,55E-01 5,89E+02 1,85E+03
168 Mefteh et al., 2013 C12/15 60 350 - - 1,24 3,29E+02 3,24E-05 3,42E-02 1,01 1,48E-01 5,03E+02 1,84E+03
169 Mefteh et al., 2013 C12/15 80 350 - - 1,24 3,23E+02 3,23E-05 3,21E-02 0,98 1,40E-01 4,17E+02 1,84E+03
170 Mefteh et al., 2013 C12/15 100 350 - - 1,24 3,17E+02 3,23E-05 3,00E-02 0,94 1,32E-01 3,31E+02 1,84E+03
171 Tosic et al., 2014 C25/30 0 354 - - 1,36 3,46E+02 3,28E-05 3,88E-02 1,10 1,66E-01 6,86E+02 1,87E+03
172 Tosic et al., 2014 C25/30 0 384 - - 1,47 3,82E+02 3,57E-05 4,47E-02 1,24 1,90E-01 8,45E+02 2,02E+03
173 Tosic et al., 2014 C25/30 50 354 - - 1,36 3,33E+02 3,27E-05 3,45E-02 1,02 1,50E-01 5,07E+02 1,87E+03
174 Tosic et al., 2014 C25/30 100 365 - - 1,40 3,30E+02 3,37E-05 3,13E-02 0,98 1,38E-01 3,45E+02 1,92E+03
175 Kwan et al., 2012 C25/30 0 328 - - 1,22 3,19E+02 3,04E-05 3,54E-02 1,01 1,52E-01 6,19E+02 1,73E+03
176 Kwan et al., 2012 C20/25 15 328 - - 1,22 3,16E+02 3,04E-05 3,45E-02 1,00 1,49E-01 5,82E+02 1,73E+03
177 Kwan et al., 2012 C20/25 30 328 - - 1,22 3,14E+02 3,04E-05 3,36E-02 0,98 1,45E-01 5,45E+02 1,73E+03
178 Kwan et al., 2012 C12/15 60 328 - - 1,22 3,08E+02 3,04E-05 3,18E-02 0,95 1,38E-01 4,71E+02 1,73E+03
179 Kwan et al., 2012 C12/15 80 328 - - 1,22 3,05E+02 3,03E-05 3,06E-02 0,93 1,33E-01 4,21E+02 1,73E+03
180 Marinkovic et al., 2010 C20/25 100 300 - - 1,15 2,75E+02 2,78E-05 2,69E-02 0,83 1,18E-01 3,42E+02 1,58E+03
181 Marinkovic et al., 2010 C25/30 100 351 - - 1,34 3,19E+02 3,24E-05 3,04E-02 0,95 1,34E-01 3,48E+02 1,85E+03
182 Marinkovic et al., 2010 C30/37 100 402 - - 1,54 3,62E+02 3,71E-05 3,40E-02 1,07 1,50E-01 3,54E+02 2,12E+03
183 Marinkovic et al., 2010 C25/30 0 315 - - 1,21 3,14E+02 2,92E-05 3,67E-02 1,02 1,56E-01 7,07E+02 1,66E+03
184 Marinkovic et al., 2010 C25/30 100 330 - - 1,26 3,01E+02 3,05E-05 2,90E-02 0,90 1,27E-01 3,45E+02 1,74E+03
185 Hao e Ren, 2011 C8/10 0 353 - 0,61 1,35 3,47E+02 3,27E-05 3,96E-02 1,11 1,69E-01 7,22E+02 1,86E+03
186 Hao e Ren, 2011 C12/15 30 353 - 0,61 1,35 3,40E+02 3,27E-05 3,71E-02 1,07 1,59E-01 6,19E+02 1,86E+03
X.9
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
ADP GWP ODP POCP AP EP Pe-NRe Pe-Re
kg/m3 kg Sb eq kg CO2 eq kg CFC-11 eq kg C2H4 eq kg SO2 eq kg PO4-3 eq MJ MJ
187 Hao e Ren, 2011 C12/15 50 353 - 0,61 1,35 3,36E+02 3,27E-05 3,57E-02 1,04 1,54E-01 5,63E+02 1,86E+03
188 Hao e Ren, 2011 C12/15 100 353 - 0,61 1,35 3,22E+02 3,26E-05 3,12E-02 0,96 1,37E-01 3,77E+02 1,86E+03
189 Hao e Ren, 2011 C20/25 0 457 - 0,47 1,75 4,34E+02 4,22E-05 4,64E-02 1,35 2,01E-01 7,20E+02 2,41E+03
190 Hao e Ren, 2011 C25/30 30 457 - 0,47 1,75 4,27E+02 4,22E-05 4,40E-02 1,31 1,92E-01 6,20E+02 2,41E+03
191 Hao e Ren, 2011 C16/20 50 457 - 0,47 1,75 4,22E+02 4,22E-05 4,24E-02 1,28 1,85E-01 5,54E+02 2,41E+03
192 Hao e Ren, 2011 C20/25 100 457 - 0,47 1,75 4,10E+02 4,21E-05 3,83E-02 1,21 1,70E-01 3,88E+02 2,41E+03
193 Hao e Ren, 2011 C25/30 0 537 - 0,4 2,06 5,02E+02 4,95E-05 5,18E-02 1,54 2,26E-01 7,23E+02 2,83E+03
194 Hao e Ren, 2011 C25/30 30 537 - 0,4 2,06 4,94E+02 4,95E-05 4,94E-02 1,49 2,17E-01 6,25E+02 2,83E+03
195 Hao e Ren, 2011 C25/30 50 537 - 0,4 2,06 4,90E+02 4,95E-05 4,78E-02 1,47 2,11E-01 5,59E+02 2,83E+03
196 Hao e Ren, 2011 C25/30 100 537 - 0,4 2,06 4,78E+02 4,94E-05 4,38E-02 1,40 1,96E-01 3,95E+02 2,83E+03
197 Corinaldesi, 2011 C35/45 0 350 1,2 - 1,24 3,52E+02 3,29E-05 4,10E-02 1,14 1,78E-01 8,51E+02 1,85E+03
198 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 350 1,2 - 1,08 3,52E+02 3,29E-05 4,10E-02 1,14 1,78E-01 8,51E+02 1,85E+03
199 Corinaldesi, 2011 C35/45 0 340 1 - 1,21 3,42E+02 3,19E-05 4,00E-02 1,11 1,73E-01 8,27E+02 1,79E+03
200 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 330 0,8 - 1,17 3,32E+02 3,09E-05 3,91E-02 1,08 1,68E-01 8,04E+02 1,74E+03
201 Corinaldesi, 2011 C25/30 0 330 0,8 - 1,02 3,32E+02 3,09E-05 3,91E-02 1,08 1,68E-01 8,04E+02 1,74E+03
202 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 320 0,6 - 1,14 3,23E+02 2,99E-05 3,82E-02 1,05 1,63E-01 7,83E+02 1,69E+03
203 Corinaldesi, 2011 C25/30 0 310 0,4 - 1,10 3,13E+02 2,89E-05 3,74E-02 1,03 1,59E-01 7,63E+02 1,63E+03
204 Corinaldesi, 2011 C20/25 0 310 0,4 - 0,96 3,13E+02 2,89E-05 3,74E-02 1,03 1,59E-01 7,63E+02 1,63E+03
205 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 350 1,2 - 1,24 3,40E+02 3,28E-05 3,70E-02 1,08 1,63E-01 6,90E+02 1,85E+03
206 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 350 1,2 - 1,08 3,40E+02 3,28E-05 3,70E-02 1,08 1,63E-01 6,90E+02 1,85E+03
207 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 340 1 - 1,21 3,31E+02 3,18E-05 3,62E-02 1,05 1,58E-01 6,68E+02 1,79E+03
208 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 330 0,8 - 1,17 3,21E+02 3,09E-05 3,53E-02 1,02 1,54E-01 6,47E+02 1,74E+03
209 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 330 0,8 - 1,02 3,21E+02 3,09E-05 3,53E-02 1,02 1,54E-01 6,47E+02 1,74E+03
210 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 320 0,6 - 1,14 3,12E+02 2,99E-05 3,44E-02 0,99 1,49E-01 6,27E+02 1,69E+03
211 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 310 0,4 - 1,10 3,02E+02 2,89E-05 3,36E-02 0,96 1,45E-01 6,09E+02 1,63E+03
212 Corinaldesi, 2011 C16/20 30 310 0,4 - 0,96 3,02E+02 2,89E-05 3,36E-02 0,96 1,45E-01 6,09E+02 1,63E+03
213 Ceia, 2013 C30/37 0 350 - 0,52 1,34 3,40E+02 3,24E-05 3,79E-02 1,08 1,62E-01 6,60E+02 1,85E+03
214 Ceia, 2013 C30/37 20 350 - 0,54 1,34 3,33E+02 3,24E-05 3,55E-02 1,03 1,53E-01 5,60E+02 1,84E+03
215 Ceia, 2013 C30/37 50 350 - 0,56 1,34 3,29E+02 3,24E-05 3,41E-02 1,01 1,48E-01 5,03E+02 1,84E+03
216 Ceia, 2013 C25/30 100 350 - 0,6 1,34 3,18E+02 3,23E-05 3,03E-02 0,95 1,33E-01 3,45E+02 1,84E+03
X.10
XI.1
XI. Valores médios de impactes ambientais de amassaduras sem
AGRB em estudo por classe de resistência e por categoria de
impacte
Figura XI.1 - ADP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Tabela XI.1 - ADP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 1,20 2,16E-07 1,41E-06 3,01E-09 0 5,50E-07 1,20
C12/15 0,90 3,37E-07 1,10E-06 2,91E-09 0 5,50E-07 0,90
C16/20 1,29 2,32E-07 1,32E-06 2,96E-09 0 5,50E-07 1,29
C20/25 1,09 5,79E-07 1,44E-06 2,89E-09 7,04E-11 5,50E-07 1,09
C25/30 1,21 4,07E-07 1,27E-06 2,93E-09 3,59E-11 5,50E-07 1,21
C30/37 1,30 3,70E-07 1,43E-06 2,88E-09 1,42E-11 5,50E-07 1,30
C35/45 1,21 5,70E-07 1,36E-06 2,40E-09 1,32E-10 5,50E-07 1,21
C40/50 1,36 6,58E-07 1,46E-06 2,75E-09 1,13E-10 5,50E-07 1,36
C50/60 1,52 3,19E-07 1,42E-06 2,49E-09 1,18E-10 5,50E-07 1,52
Tabela XI.2 - GWP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 2,73E+02 6,33 31,69 2,55E-02 0 4,65 3,16E+02
C12/15 2,04E+02 9,87 24,70 2,46E-02 0 4,65 2,43E+02
C16/20 2,99E+02 6,80 29,58 2,51E-02 0 4,65 3,40E+02
C20/25 2,77E+02 13,83 32,34 2,45E-02 1,40 4,65 3,29E+02
C25/30 2,79E+02 10,62 28,44 2,48E-02 0,71 4,65 3,23E+02
C30/37 3,17E+02 9,62 32,15 2,44E-02 0,28 4,65 3,64E+02
C35/45 2,90E+02 13,65 30,58 2,03E-02 2,62 4,65 3,42E+02
C40/50 3,00E+02 15,40 32,93 2,33E-02 2,25 4,65 3,55E+02
C50/60 3,50E+02 8,69 32,09 2,11E-02 2,35 4,65 3,97E+02
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60kg
Sb
eq
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
XI.2
Figura XI.2 - POCP média por m
3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Tabela XI.3 - POCP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 2,28E-02 1,80E-03 1,02E-02 7,42E-06 0 1,36E-03 3,62E-02
C12/15 1,70E-02 2,80E-03 8,00E-03 7,17E-06 0 1,36E-03 2,92E-02
C16/20 2,50E-02 1,93E-03 9,56E-03 7,30E-06 0 1,36E-03 3,78E-02
C20/25 2,31E-02 4,35E-03 1,05E-02 7,14E-06 1,03E-04 1,36E-03 3,94E-02
C25/30 2,33E-02 3,19E-03 9,22E-03 7,22E-06 5,25E-05 1,36E-03 3,71E-02
C30/37 2,64E-02 2,89E-03 1,05E-02 7,10E-06 2,08E-05 1,36E-03 4,12E-02
C35/45 2,42E-02 4,29E-03 9,94E-03 5,92E-06 1,93E-04 1,36E-03 4,00E-02
C40/50 2,51E-02 4,89E-03 1,08E-02 6,77E-06 1,66E-04 1,36E-03 4,22E-02
C50/60 2,92E-02 2,56E-03 1,05E-02 6,15E-06 1,73E-04 1,36E-03 4,38E-02
Figura XI.3 - AP média por m
3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Tabela XI.4 - AP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 0,77 2,94E-02 0,18 1,86E-04 0 3,40E-02 1,02
C12/15 0,57 4,58E-02 0,14 1,80E-04 0 3,40E-02 0,79
C16/20 0,84 3,15E-02 0,17 1,83E-04 0 3,40E-02 1,08
C20/25 0,78 7,51E-02 0,18 1,79E-04 7,72E-03 3,40E-02 1,08
C25/30 0,78 5,39E-02 0,16 1,81E-04 3,94E-03 3,40E-02 1,04
C30/37 0,89 4,89E-02 0,18 1,78E-04 1,56E-03 3,40E-02 1,16
C35/45 0,82 7,40E-02 0,17 1,48E-04 1,45E-02 3,40E-02 1,11
C40/50 0,84 8,50E-02 0,19 1,70E-04 1,24E-02 3,40E-02 1,16
C50/60 0,98 4,26E-02 0,18 1,54E-04 1,30E-02 3,40E-02 1,25
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
kg C
2H
4 e
q
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
kg S
O2 e
q
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
XI.3
Figura XI.4 - EP média por m
3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Tabela XI.5 - EP média por m3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 0,11 6,93E-03 4,09E-02 9,56E-06 0 1,75E-03 0,15
C12/15 0,08 1,08E-02 3,16E-02 9,24E-06 0 1,75E-03 0,12
C16/20 0,12 7,44E-03 3,80E-02 9,41E-06 0 1,75E-03 0,16
C20/25 0,11 1,69E-02 4,07E-02 9,20E-06 1,90E-03 1,75E-03 0,17
C25/30 0,11 1,24E-02 3,63E-02 9,31E-06 9,71E-04 1,75E-03 0,16
C30/37 0,12 1,12E-02 4,03E-02 9,15E-06 3,85E-04 1,75E-03 0,18
C35/45 0,11 1,67E-02 3,88E-02 7,63E-06 3,57E-03 1,75E-03 0,17
C40/50 0,12 1,91E-02 4,13E-02 8,73E-06 3,07E-03 1,75E-03 0,18
C50/60 0,13 9,89E-03 4,02E-02 7,93E-06 3,20E-03 1,75E-03 0,19
Tabela XI.6 - Pe-NRe média por m
3 das amassaduras sem AGRB por classe de resistência
Cimento Areia Brita Água SP Produção Total
C8/10 72,70 8,64E+01 4,46E+02 3,71E-01 0 9,64E+01 1,45E+05
C12/15 54,26 1,35E+02 3,48E+02 3,59E-01 0 9,64E+01 1,71E+05
C16/20 79,69 9,27E+01 4,17E+02 3,65E-01 0 9,64E+01 1,57E+05
C20/25 73,69 1,93E+02 4,54E+02 3,72E-01 2,45E+01 9,64E+01 1,28E+05
C25/30 74,32 1,47E+02 4,00E+02 3,61E-01 1,09E+01 9,64E+01 1,46E+05
C30/37 84,42 1,33E+02 4,52E+02 3,54E-01 1,08E+01 9,64E+01 1,47E+05
C35/45 77,41 1,90E+02 4,30E+02 2,95E-01 4,56E+01 9,64E+01 1,29E+05
C40/50 79,97 2,15E+02 4,63E+02 3,39E-01 5,26E+01 9,64E+01 1,07E+05
C50/60 93,18 1,19E+02 4,51E+02 3,08E-01 5,48E+01 9,64E+01 1,67E+05
0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,180,20
kg P
O4 e
q
Produção
SP
Água
Brita
Areia
Cimento
XI.4
XII.1
XII. Valores médios de impactes ambientais de amassaduras com
100% de AGRB em estudo por classe de resistência e por
categoria de impacte
Figura XII.1 - ADP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Tabela XII.1 - ADP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 0,95 2,81E-07 2,19E-07 3,22E-09 0 5,50E-07 0,95
C12/15 1,13 2,52E-07 2,23E-07 3,22E-09 0 5,50E-07 1,13
C16/20 1,11 2,82E-07 1,87E-07 3,53E-09 0 5,50E-07 1,11
C20/25 1,15 2,87E-07 1,96E-07 3,24E-09 3,98E-11 5,50E-07 1,15
C25/30 1,25 3,48E-07 2,14E-07 3,13E-09 3,38E-11 5,50E-07 1,25
C30/37 1,36 3,98E-07 2,07E-07 3,12E-09 4,58E-11 5,50E-07 1,36
C35/45 1,20 8,18E-07 1,90E-07 2,65E-09 6,79E-11 5,50E-07 1,20
C40/50 1,40 3,81E-07 2,02E-07 2,66E-09 9,05E-11 5,50E-07 1,40
C50/60 1,65 4,02E-07 2,03E-07 2,73E-09 8,20E-11 5,50E-07 1,65
Tabela XII.2 - GWP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 2,14E+02 8,23 7,70 2,73E-02 0 4,65 2,35E+02
C12/15 2,60E+02 7,38 7,83 2,73E-02 0 4,65 2,80E+02
C16/20 2,90E+02 8,25 6,57 2,99E-02 0 4,65 3,09E+02
C20/25 2,60E+02 8,42 6,88 2,74E-02 0,79 4,65 2,81E+02
C25/30 2,82E+02 9,24 7,51 2,65E-02 0,67 4,65 3,04E+02
C30/37 3,21E+02 10,12 7,25 2,64E-02 0,91 4,65 3,44E+02
C35/45 2,67E+02 18,91 6,65 2,24E-02 1,35 4,65 2,99E+02
C40/50 3,08E+02 10,15 7,10 2,25E-02 1,80 4,65 3,31E+02
C50/60 3,87E+02 10,24 7,11 2,31E-02 1,63 4,65 4,10E+02
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80kg
Sb
eq
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
XII.2
Figura XII.2 - POCP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Tabela XII.3 - POCP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 1,79E-02 2,33E-03 2,22E-03 7,95E-06 0 1,36E-03 2,38E-02
C12/15 2,17E-02 2,09E-03 2,25E-03 7,93E-06 0 1,36E-03 2,74E-02
C16/20 2,42E-02 2,34E-03 1,89E-03 8,70E-06 0 1,36E-03 2,98E-02
C20/25 2,17E-02 2,39E-03 1,98E-03 7,98E-06 5,83E-05 1,36E-03 2,75E-02
C25/30 2,35E-02 2,75E-03 2,16E-03 7,72E-06 4,95E-05 1,36E-03 2,99E-02
C30/37 2,68E-02 3,08E-03 2,09E-03 7,68E-06 6,71E-05 1,36E-03 3,34E-02
C35/45 2,23E-02 6,05E-03 1,91E-03 6,52E-06 9,94E-05 1,36E-03 3,17E-02
C40/50 2,57E-02 3,01E-03 2,04E-03 6,56E-06 1,33E-04 1,36E-03 3,22E-02
C50/60 3,23E-02 3,11E-03 2,05E-03 6,72E-06 1,20E-04 1,36E-03 3,89E-02
Figura XII.3 - AP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Tabela XII.4 - AP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 0,60 3,82E-02 4,19E-02 1,99E-04 0 3,40E-02 0,72
C12/15 0,73 3,43E-02 4,26E-02 1,99E-04 0 3,40E-02 0,84
C16/20 0,81 3,83E-02 3,58E-02 2,18E-04 0 3,40E-02 0,92
C20/25 0,73 3,91E-02 3,75E-02 2,00E-04 4,37E-03 3,40E-02 0,85
C25/30 0,79 4,62E-02 4,09E-02 1,94E-04 3,71E-03 3,40E-02 0,92
C30/37 0,90 5,24E-02 3,95E-02 1,93E-04 5,03E-03 3,40E-02 1,03
C35/45 0,75 1,05E-01 3,62E-02 1,63E-04 7,46E-03 3,40E-02 0,93
C40/50 0,86 5,06E-02 3,87E-02 1,64E-04 9,94E-03 3,40E-02 1,00
C50/60 1,09 5,29E-02 3,87E-02 1,68E-04 9,00E-03 3,40E-02 1,22
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
0,04
0,045
kg C
2H
4 e
q
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
kg S
O2 e
q
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
XII.3
Figura XII.4 - EP média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Tabela XII.5 - EP média por m3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 0,08 9,00E-03 9,61E-03 1,02E-05 0 1,75E-03 0,10
C12/15 0,10 8,08E-03 9,77E-03 1,02E-05 0 1,75E-03 0,12
C16/20 0,11 9,03E-03 8,20E-03 1,12E-05 0 1,75E-03 0,13
C20/25 0,10 9,21E-03 8,59E-03 1,03E-05 1,08E-03 1,75E-03 0,12
C25/30 0,11 1,07E-02 9,36E-03 9,96E-06 9,15E-04 1,75E-03 0,13
C30/37 0,12 1,20E-02 9,05E-03 9,90E-06 1,24E-03 1,75E-03 0,15
C35/45 0,10 2,36E-02 8,30E-03 8,41E-06 1,84E-03 1,75E-03 0,14
C40/50 0,12 1,17E-02 8,86E-03 8,46E-06 2,45E-03 1,75E-03 0,14
C50/60 0,15 1,21E-02 8,87E-03 8,66E-06 2,22E-03 1,75E-03 0,17
Tabela XII.6 - Pe-NRe média por m
3 das amassaduras com 100% de AGRB por classe de resistência
Cimento Areia AGRB Água SP Produção Total
C8/10 57,03 1,12E+02 1,12E+02 0,40 0 67,81 3,50E+02
C12/15 69,29 1,01E+02 1,14E+02 0,40 0 67,81 3,52E+02
C16/20 77,18 1,13E+02 9,56E+01 0,44 0 67,81 3,54E+02
C20/25 69,30 1,15E+02 1,00E+02 0,40 18,47 67,81 3,71E+02
C25/30 75,17 1,27E+02 1,09E+02 0,39 15,69 67,81 3,96E+02
C30/37 85,42 1,40E+02 1,06E+02 0,38 21,26 67,81 4,21E+02
C35/45 71,15 2,65E+02 9,68E+01 0,33 31,50 67,81 5,33E+02
C40/50 81,96 1,40E+02 1,03E+02 0,33 42,00 67,81 4,35E+02
C50/60 103,05 1,42E+02 1,04E+02 0,34 38,03 67,81 4,55E+02
0,00E+002,00E-024,00E-026,00E-028,00E-021,00E-011,20E-011,40E-011,60E-011,80E-012,00E-01
kg P
O4 e
q
Produção
SP
Água
RCD
Areia
Cimento
XII.4
XIII.1
XIII. Resultados obtidos para a análise da influência da quantidade
de cimento no impacte ambiental
Figura XIII.1 - ADP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura XIII.2 - ADP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Figura XIII.3 - ADP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
y = -0,001x + 1,197 R² = 0,653
y = 0,0018x + 1,0703 R² = 0,379
y = 0,0032x + 1,1367 R² = 0,75 0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
1,30
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,0006x + 1,1061 R² = 0,0879
y = 0,0013x + 1,1744 R² = 0,3842
y = -0,0003x + 1,3547 R² = 0,0197
y = -0,0018x + 1,6615 R² = 0,2569
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
1,60
1,70
1,80
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = 3E-05x + 1,0396 R² = 0,0006
y = 0,0013x + 1,1633 R² = 0,5782
y = 0,001x + 1,2292 R² = 0,1015
y = 5E-05x + 1,4966 R² = 0,0014
0,95
1,05
1,15
1,25
1,35
1,45
1,55
1,65
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
XIII.2
Figura XIII.4 - POCP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura XIII.5 - POCP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Figura XIII.6 - POCP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
y = -0,0001x + 0,0409 R² = 0,9951
y = -7E-05x + 0,0363 R² = 0,8738
y = -1E-04x + 0,0402 R² = 0,9974 2,50E-02
3,00E-02
3,50E-02
4,00E-02
4,50E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,0001x + 0,0366 R² = 0,6647
y = -5E-05x + 0,0369 R² = 0,5668
y = -8E-05x + 0,0389 R² = 0,8044
y = -0,0001x + 0,046 R² = 0,8806
2,00E-02
2,50E-02
3,00E-02
3,50E-02
4,00E-02
4,50E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -8E-05x + 0,0364 R² = 0,9805
y = -6E-05x + 0,039 R² = 0,9007
y = -7E-05x + 0,0395 R² = 0,724
y = -9E-05x + 0,0448 R² = 0,88
2,70E-02
3,20E-02
3,70E-02
4,20E-02
4,70E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
XIII.3
Figura XIII.7 - AP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura XIII.8 - AP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Figura XIII.9 - AP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
y = -0,0029x + 1,0868 R² = 0,98
y = -0,0012x + 1,0158 R² = 0,6781
y = -0,0019x + 1,1197 R² = 0,9971 7,50E-01
8,00E-01
8,50E-01
9,00E-01
9,50E-01
1,00E+00
1,05E+00
1,10E+00
1,15E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,002x + 0,9801 R² = 0,5388
y = -0,0008x + 1,0447 R² = 0,5032
y = -0,0016x + 1,1193 R² = 0,7454
y = -0,0023x + 1,3147 R² = 0,73
7,00E-01
8,00E-01
9,00E-01
1,00E+00
1,10E+00
1,20E+00
1,30E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -0,0012x + 0,9528 R² = 0,9619
y = -0,0008x + 1,0722 R² = 0,7136
y = -0,001x + 1,1026 R² = 0,5157
y = -0,0017x + 1,2846 R² = 0,7342
8,00E-01
9,00E-01
1,00E+00
1,10E+00
1,20E+00
1,30E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
XIII.4
Figura XIII.10 - EP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C20/25
Figura XIII.11 - EP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C25/30
Figura XIII.12 - EP por m
3 de acordo com a quantidade de CEM para a classe C30/37
y = -0,0006x + 0,1747 R² = 0,9928
y = -0,0003x + 0,1553 R² = 0,7764
y = -0,0004x + 0,17 R² = 0,9994
1,10E-01
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
y = -0,0004x + 0,1546 R² = 0,603
y = -0,0002x + 0,1596 R² = 0,4876
y = -0,0003x + 0,1677 R² = 0,7987
y = -0,0004x + 0,1972 R² = 0,8375
1,00E-01
1,10E-01
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
1,90E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
y = -0,0003x + 0,151 R² = 0,9774
y = -0,0002x + 0,1668 R² = 0,767
y = -0,0003x + 0,1678 R² = 0,6694
y = -0,0004x + 0,1923 R² = 0,8586
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
1,90E-01
2,00E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
CEM<=300
300<CEM<350
350<=CEM<400
CEM>=400
XIV.1
XIV. Resultados obtidos para a análise da influência do uso de SP no
impacte ambiental
Figura XIV.1 - ADP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura XIV.2 - ADP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Figura XIV.3 - ADP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
y = -0,0008x + 1,2215 R² = 0,2595
y = 0,0042x + 0,9579 R² = 0,6318
0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -8E-05x + 1,2983 R² = 0,0005
y = 0,0013x + 1,1777 R² = 0,084
y = 0,002x + 1,143 R² = 0,3157
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
1,60
1,70
1,80
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = 0,0005x + 1,3191 R² = 0,0132
y = 0,0011x + 1,3299 R² = 0,1056
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
1,60
0 50 100
kg S
b e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
XIV.2
Figura XIV.4 - POCP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura XIV.5 - POCP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Figura XIV.6 - POCP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
y = -0,0001x + 0,0389 R² = 0,8874
y = -1E-04x + 0,0374 R² = 0,8163
2,50E-02
2,70E-02
2,90E-02
3,10E-02
3,30E-02
3,50E-02
3,70E-02
3,90E-02
4,10E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -8E-05x + 0,0379 R² = 0,5658
y = -8E-05x + 0,0399 R² = 0,4849
y = -2E-05x + 0,0356 R² = 0,105
2,00E-02
2,50E-02
3,00E-02
3,50E-02
4,00E-02
4,50E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -8E-05x + 0,0414 R² = 0,4999
y = -8E-05x + 0,0418 R² = 0,6652
2,70E-02
3,20E-02
3,70E-02
4,20E-02
4,70E-02
0 50 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
XIV.3
Figura XIV.7 - AP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura XIV.8 - AP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Figura XIV.9 - AP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
y = -0,0028x + 1,0969 R² = 0,8674
y = -0,0012x + 1,0257 R² = 0,3739
7,50E-01
8,00E-01
8,50E-01
9,00E-01
9,50E-01
1,00E+00
1,05E+00
1,10E+00
1,15E+00
0 50 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0014x + 1,0748 R² = 0,2842
y = -0,0013x + 1,0944 R² = 0,1924
y = 0,0002x + 0,9981 R² = 0,0085
7,00E-01
8,00E-01
9,00E-01
1,00E+00
1,10E+00
1,20E+00
1,30E+00
0 50 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0013x + 1,1638 R² = 0,1654
y = -0,001x + 1,1683 R² = 0,1922
8,00E-01
9,00E-01
1,00E+00
1,10E+00
1,20E+00
1,30E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
XIV.4
Figura XIV.10 - EP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C20/25
Figura XIV.11 - EP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C25/30
Figura XIV.12 - EP por m
3 de acordo com a percentagem de SP para a classe C30/37
y = -0,0005x + 0,1658 R² = 0,8939
y = -0,0003x + 0,159 R² = 0,6523
1,10E-01
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0003x + 0,1622 R² = 0,4844
y = -0,0003x + 0,1706 R² = 0,4196
y = -4E-05x + 0,1545 R² = 0,0212 1,00E-01
1,10E-01
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
1,90E-01
0 50 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
y = -0,0003x + 0,1761 R² = 0,3813
y = -0,0003x + 0,179 R² = 0,5527
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
1,90E-01
2,00E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
SP=0
0<SP<=1
SP>1
XV.1
XV. Resultados obtidos para a análise da influência da relação A/C
no impacte ambiental
Figura XV.1 - ADP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura XV.2 - ADP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Figura XV.3 - ADP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
y = -1E-08x + 1,1682 R² = 1E-12
y = 0,0008x + 1,1672 R² = 0,0528
y = 0,001x + 1,0042 R² = 0,4648 0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = 0,0009x + 1,2653 R² = 0,0705
y = 0,0006x + 1,2001 R² = 0,6584
y = -0,0003x + 1,1304 R² = 0,008
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = 0,0005x + 1,3376 R² = 0,0204
y = -0,0007x + 1,1268 R² = 0,6447
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
1,30
1,35
1,40
1,45
1,50
1,55
0 20 40 60 80 100
kg S
b e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
XV.2
Figura XV.4 - POCP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura XV.5 - POCP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Figura XV.6 - POCP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
y = -0,0001x + 0,0398 R² = 0,4404
y = -0,0002x + 0,0399 R² = 0,8608
y = -0,0001x + 0,0372 R² = 0,9919 2,50E-02
2,70E-02
2,90E-02
3,10E-02
3,30E-02
3,50E-02
3,70E-02
3,90E-02
4,10E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -8E-05x + 0,04 R² = 0,6606
y = -9E-05x + 0,0387 R² = 0,655
y = -9E-05x + 0,0351 R² = 0,7998
2,30E-02
2,80E-02
3,30E-02
3,80E-02
4,30E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -8E-05x + 0,0421 R² = 0,5942
y = -0,0001x + 0,0376 R² = 0,9368
3,00E-02
3,20E-02
3,40E-02
3,60E-02
3,80E-02
4,00E-02
4,20E-02
4,40E-02
0 20 40 60 80 100
kg C
2H
4 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
XV.3
Figura XV.7 - AP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura XV.8 - AP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Figura XV.9 - AP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
y = -0,0017x + 1,0992 R² = 0,3211
y = -0,004x + 1,0942 R² = 0,8515
y = -0,0023x + 1,0271 R² = 0,9737 7,50E-01
8,00E-01
8,50E-01
9,00E-01
9,50E-01
1,00E+00
1,05E+00
1,10E+00
1,15E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,0014x + 1,1261 R² = 0,4629
y = -0,0014x + 1,0514 R² = 0,7082
y = -0,0016x + 0,9775 R² = 0,4468 7,00E-01
7,50E-01
8,00E-01
8,50E-01
9,00E-01
9,50E-01
1,00E+00
1,05E+00
1,10E+00
1,15E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,0013x + 1,1873 R² = 0,26
y = -0,0033x + 1,0293 R² = 0,8394
8,00E-01
9,00E-01
1,00E+00
1,10E+00
1,20E+00
1,30E+00
0 20 40 60 80 100
kg S
O2 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
XV.4
Figura XV.10 - EP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C20/25
Figura XV.11 - EP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C25/30
Figura XV.12 - EP por m
3 de acordo com a relação A/C para a classe C30/37
y = -0,0004x + 0,1687 R² = 0,5939
y = -0,0008x + 0,1701 R² = 0,8461
y = -0,0004x + 0,1587 R² = 0,989 1,10E-01
1,20E-01
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,0003x + 0,1718 R² = 0,6071
y = -0,0003x + 0,1651 R² = 0,6185
y = -0,0003x + 0,1505 R² = 0,6585 9,50E-02
1,15E-01
1,35E-01
1,55E-01
1,75E-01
1,95E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
A/C>=0,6
y = -0,0003x + 0,1796 R² = 0,478
y = -0,0006x + 0,16 R² = 0,8924
1,30E-01
1,40E-01
1,50E-01
1,60E-01
1,70E-01
1,80E-01
1,90E-01
2,00E-01
0 20 40 60 80 100
kg P
O4
-3 e
q
% AGRB
A/C<0,55
0,55<=A/C<0,6
XVI.1
XVI. Custos das amassaduras em estudo
XV.2
XVI.3
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
1 Limbachiya et al., 2012 C8/10 0 275 - - 25,85 2,59 11,72 - 0,28 - 40,44
2 Limbachiya et al., 2012 C8/10 30 275 - - 25,85 2,59 8,20 0,76 0,28 - 37,68
3 Limbachiya et al., 2012 C8/10 50 295 - - 27,73 2,47 5,91 1,27 0,28 - 37,66
4 Limbachiya et al., 2012 - 100 310 - - 29,14 2,53 - 2,48 0,29 - 34,44
5 Limbachiya et al., 2012 C8/10 0 330 - - 31,02 2,43 11,58 - 0,28 - 45,30
6 Limbachiya et al., 2012 C8/10 30 330 - - 31,02 2,43 8,11 0,75 0,28 - 42,58
7 Limbachiya et al., 2012 C12/15 50 355 - - 33,37 2,32 5,79 1,25 0,28 - 43,01
8 Limbachiya et al., 2012 C8/10 100 372 - - 34,97 2,22 - 2,50 0,29 - 39,98
9 Limbachiya et al., 2012 C16/20 0 355 - - 33,37 2,32 11,58 - 0,28 - 47,55
10 Limbachiya et al., 2012 C12/15 30 355 - - 33,37 2,32 8,11 0,75 0,28 - 44,83
11 Limbachiya et al., 2012 C16/20 50 385 - - 36,19 2,28 5,70 1,23 0,28 - 45,68
12 Limbachiya et al., 2012 C16/20 100 409 - - 38,45 2,18 - 2,45 0,29 - 43,36
13 Limbachiya et al., 2012 C16/20 0 375 - - 35,25 2,26 11,54 - 0,28 - 49,32
14 Limbachiya et al., 2012 C25/30 30 375 - - 35,25 2,26 8,08 0,74 0,28 - 46,61
15 Limbachiya et al., 2012 C16/20 50 405 - - 38,07 2,11 5,80 1,25 0,28 - 47,51
16 Limbachiya et al., 2012 C20/25 100 426 - - 40,04 2,05 - 2,48 0,29 - 44,86
17 Barbudo et al., 2013 C30/37 0 350 - - 32,90 3,25 7,29 - 0,29 - 43,73
18 Barbudo et al., 2013 C30/37 20 350 - - 32,90 3,25 5,83 0,37 0,29 - 42,64
19 Barbudo et al., 2013 C30/37 50 350 - - 32,90 3,25 3,64 0,92 0,29 - 41,01
20 Barbudo et al., 2013 C30/37 100 350 - - 32,90 3,25 - 1,84 0,29 - 38,28
21 Barbudo et al., 2013 C40/50 0 350 1 - 32,90 3,39 7,58 - 0,24 9,38 53,49
22 Barbudo et al., 2013 C40/50 20 350 1 - 32,90 3,39 6,07 0,38 0,24 9,38 52,36
23 Barbudo et al., 2013 C35/45 50 350 1 - 32,90 3,39 3,79 0,96 0,24 9,38 50,66
24 Barbudo et al., 2013 C35/45 100 350 1 - 32,90 3,39 - 1,92 0,24 9,38 47,82
25 Barbudo et al., 2013 C55/67 0 350 1 - 32,90 3,48 7,77 - 0,21 9,38 53,74
26 Barbudo et al., 2013 C50/60 20 350 1 - 32,90 3,48 6,21 0,39 0,21 9,38 52,58
27 Barbudo et al., 2013 C40/50 50 350 1 - 32,90 3,48 3,94 1,00 0,21 9,38 50,91
28 Barbudo et al., 2013 C40/50 100 350 1 - 32,90 3,48 - 1,99 0,21 9,38 47,96
29 Pedro et al., 2014 C12/15 0 210 - - 19,74 3,89 6,65 - 0,28 - 30,56
30 Pedro et al., 2014 C25/30 0 280 - - 26,32 3,61 6,64 - 0,28 - 36,85
31 Pedro et al., 2014 C50/60 0 350 1 - 32,90 3,58 6,96 - 0,22 9,38 53,04
XVI.4
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
32 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 19,74 3,86 - 1,93 0,33 - 25,86
33 Pedro et al., 2014 C20/25 100 280 - - 26,32 3,59 - 1,88 0,30 - 32,09
34 Pedro et al., 2014 C40/50 100 350 1 - 32,90 3,56 - 1,95 0,25 9,38 48,04
35 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 19,74 3,87 - 1,94 0,32 - 25,87
36 Pedro et al., 2014 C20/25 100 280 - - 26,32 3,61 - 1,94 0,30 - 32,17
37 Pedro et al., 2014 C50/60 100 350 1 - 32,90 3,56 - 2,06 0,24 9,38 48,14
38 Pedro et al., 2014 C12/15 0 210 - - 19,74 3,93 7,08 - 0,26 - 31,00
39 Pedro et al., 2014 C25/30 0 280 - - 26,32 3,64 7,02 - 0,27 - 37,25
40 Pedro et al., 2014 C50/60 0 350 1 - 32,90 3,60 7,34 - 0,21 9,38 53,44
41 Pedro et al., 2014 C8/10 100 210 - - 19,74 3,89 - 1,91 0,32 - 25,86
42 Pedro et al., 2014 C25/30 100 280 - - 26,32 3,64 - 1,98 0,29 - 32,22
43 Pedro et al., 2014 C50/60 100 350 1 - 32,90 3,60 - 1,96 0,23 9,38 48,08
44 Pedro et al., 2014 C12/15 100 210 - - 19,74 3,91 - 1,95 0,31 - 25,92
45 Pedro et al., 2014 C25/30 100 280 - - 26,32 3,62 - 1,92 0,29 - 32,16
46 Pedro et al., 2014 C40/50 100 350 1 - 32,90 3,56 - 2,03 0,24 9,38 48,11
47 Ridzuan et al., 2005 C8/10 0 295 - 0,7 27,73 4,63 7,22 - 0,31 - 39,89
48 Ridzuan et al., 2005 C20/25 50 295 - 0,7 27,73 4,63 3,60 0,70 0,31 - 36,97
49 Ridzuan et al., 2005 C40/50 75 295 - 0,7 27,73 4,63 1,80 1,05 0,31 - 35,52
50 Ridzuan et al., 2005 C8/10 100 295 - 0,7 27,73 4,63 - 1,40 0,31 - 34,07
51 Ridzuan et al., 2005 C20/25 0 320 - 0,64 30,08 4,42 7,49 - 0,31 - 42,30
52 Ridzuan et al., 2005 C50/60 50 320 - 0,64 30,08 4,42 3,74 0,73 0,31 - 39,28
53 Ridzuan et al., 2005 C12/15 75 320 - 0,64 30,08 4,42 1,86 1,09 0,31 - 37,76
54 Ridzuan et al., 2005 C25/30 100 320 - 0,64 30,08 4,42 - 1,45 0,31 - 36,27
55 Ridzuan et al., 2005 C50/60 0 355 - 0,58 33,37 4,19 7,67 - 0,31 - 45,55
56 Ridzuan et al., 2005 C8/10 50 355 - 0,58 33,37 4,19 3,83 0,74 0,31 - 42,45
57 Ridzuan et al., 2005 C25/30 75 355 - 0,58 33,37 4,19 1,92 1,12 0,31 - 40,91
58 Ridzuan et al., 2005 C50/60 100 355 - 0,58 33,37 4,19 - 1,49 0,31 - 39,36
59 Ridzuan et al., 2005 C12/15 0 375 - 0,55 35,25 3,98 7,95 - 0,31 - 47,50
60 Ridzuan et al., 2005 C25/30 50 375 - 0,55 35,25 3,98 3,98 0,77 0,31 - 44,30
61 Ridzuan et al., 2005 C40/50 75 375 - 0,55 35,25 3,98 2,00 1,16 0,31 - 42,70
62 Ridzuan et al., 2005 C8/10 100 375 - 0,55 35,25 3,98 - 1,54 0,31 - 41,09
XVI.5
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
63 Ridzuan et al., 2005 C25/30 0 395 - 0,52 37,13 3,80 8,16 - 0,31 - 49,40
64 Ridzuan et al., 2005 C30/37 50 395 - 0,52 37,13 3,80 4,08 0,79 0,31 - 46,11
65 Ridzuan et al., 2005 C30/37 75 395 - 0,52 37,13 3,80 2,04 1,19 0,31 - 44,46
66 Ridzuan et al., 2005 C30/37 100 395 - 0,52 37,13 3,80 - 1,58 0,31 - 42,82
67 Ridzuan et al., 2005 C30/37 0 435 - 0,48 40,89 3,57 8,28 - 0,31 - 53,05
68 Ridzuan et al., 2005 C30/37 50 435 - 0,48 40,89 3,57 4,16 0,80 0,31 - 49,73
69 Ridzuan et al., 2005 C30/37 75 435 - 0,48 40,89 3,57 2,07 1,20 0,31 - 48,05
70 Ridzuan et al., 2005 C30/37 100 435 - 0,48 40,89 3,57 - 1,60 0,31 - 46,38
71 Rao et al., 2011 C30/37 0 401 0,05 - 37,69 2,38 5,79 - 0,26 0,54 46,67
72 Rao et al., 2011 C25/30 25 401 0,05 - 37,69 2,38 4,18 0,61 0,26 0,54 45,67
73 Rao et al., 2011 C25/30 75 401 0,18 - 37,69 2,38 2,69 1,17 0,26 1,88 46,08
74 Rao et al., 2011 C25/30 100 401 0,23 - 37,69 2,38 - 2,24 0,26 2,42 45,00
75 Gonçalves et al., 2004 C25/30 0 250 1,15 - 23,50 3,30 5,30 - 0,25 7,71 40,06
76 Gonçalves et al., 2004 C25/30 100 250 0,60 - 23,50 3,30 - 2,04 0,33 4,01 33,18
77 Gonçalves et al., 2004 C40/50 0 350 1,15 - 32,90 2,89 5,27 - 0,26 10,79 52,11
78 Gonçalves et al., 2004 C30/37 100 350 0,82 - 32,90 2,89 - 2,03 0,34 7,71 45,87
79 Gonçalves et al., 2004 C50/60 0 450 1,15 - 42,30 2,47 5,32 - 0,26 13,87 64,23
80 Gonçalves et al., 2004 C40/50 100 450 0,92 - 42,30 2,47 - 2,05 0,34 11,10 58,26
81 Gonçalves et al., 2004 C40/50 25 350 1,15 - 32,90 2,89 3,95 0,51 0,28 10,79 51,32
82 Gonçalves et al., 2004 C40/50 50 350 1,15 - 32,90 2,89 2,63 1,01 0,30 10,79 50,53
83 Fonseca, 2009 C30/37 0 447 - - 37,21 2,34 5,27 - 0,29 - 45,12
84 Fonseca, 2009 C30/37 20 447 - - 37,21 2,34 4,22 0,40 0,29 - 44,47
85 Fonseca, 2009 C30/37 50 447 - - 37,21 2,34 2,64 1,00 0,29 - 43,49
86 Fonseca, 2009 C30/37 100 447 - - 37,21 2,34 - 2,01 0,29 - 41,86
87 Fonseca, 2009 C30/37 0 447 - - 37,21 2,34 5,27 - 0,29 - 45,12
88 Fonseca, 2009 C30/37 20 447 - - 37,21 2,34 4,22 0,40 0,29 - 44,47
89 Fonseca, 2009 C30/37 50 447 - - 37,21 2,34 2,64 1,00 0,29 - 43,49
90 Fonseca, 2009 C30/37 100 447 - - 37,21 2,34 - 2,01 0,29 - 41,86
91 Malesev et al., 2010 C25/30 0 350 - - 29,14 2,54 11,57 - 0,28 - 43,52
92 Malesev et al., 2010 C30/37 50 350 - - 29,14 2,49 5,65 1,22 0,30 - 38,80
93 Malesev et al., 2010 C30/37 100 350 - - 29,14 2,43 - 2,38 0,33 - 34,28
XVI.6
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
94 Reis, 2014 C30/37 0 357 - - 29,68 3,21 4,38 - 0,29 - 37,56
95 Reis, 2014 C25/30 20 357 - - 29,68 3,21 3,51 0,34 0,29 - 37,02
96 Reis, 2014 C30/37 50 357 - - 29,68 3,21 2,19 0,86 0,29 - 36,22
97 Reis, 2014 C30/37 100 357 - - 29,68 3,21 - 1,71 0,29 - 34,89
98 Guerra, 2013 C30/37 0 350 - 0,52 29,14 3,17 4,79 - 0,28 - 37,38
99 Guerra, 2013 C30/37 20 350 - 0,54 29,14 3,17 3,83 0,35 0,29 - 36,78
100 Guerra, 2013 C30/37 50 350 - 0,56 29,14 3,17 2,39 0,98 0,30 - 35,98
101 Guerra, 2013 C25/30 100 350 - 0,6 29,14 3,17 - 1,75 0,32 - 34,38
102 Matias et al., 2013 C30/37 0 413 - - 36,14 2,51 4,93 - 0,32 - 43,89
103 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 36,14 2,51 - 1,97 0,33 - 40,96
104 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 36,14 2,51 - 1,97 0,33 - 40,96
105 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 - 0,53 36,14 2,51 - 1,97 0,33 - 40,96
106 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 0,5 0,53 36,14 2,51 - 1,97 0,33 5,53 46,49
107 Matias et al., 2013 C30/37 100 413 0,48 0,53 36,14 2,51 - 1,97 0,33 5,31 46,27
108 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 - 0,51 36,14 2,51 2,46 0,99 0,32 - 42,43
109 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 0,5 0,51 36,14 2,51 2,46 0,99 0,32 5,53 47,96
110 Matias et al., 2013 C30/37 50 413 0,45 0,51 36,14 2,51 2,46 0,99 0,32 4,98 47,41
111 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 - 0,51 36,14 2,51 3,69 0,49 0,32 - 43,16
112 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 0,5 0,51 36,14 2,51 3,69 0,49 0,32 5,53 48,69
113 Matias et al., 2013 C30/37 25 413 0,42 0,51 36,14 2,51 3,69 0,49 0,32 4,65 47,81
114 Santos et al., 2002 C35/45 0 410 - - 32,39 2,26 5,81 - 0,25 - 40,71
115 Santos et al., 2002 C30/37 0 350 - - 27,65 3,08 5,13 - 0,26 - 36,12
116 Santos et al., 2002 C20/25 0 361 - - 28,52 2,89 4,92 - 0,31 - 36,64
117 Santos et al., 2002 C16/20 100 361 - 0,65 28,52 2,89 - 1,96 0,36 - 33,73
118 Santos et al., 2002 C16/20 100 361 - 0,65 28,52 2,89 - 1,94 0,36 - 33,71
119 Thomas et al., 2013 C25/30 0 275 - - 26,95 3,61 4,49 - 0,27 - 35,32
120 Thomas et al., 2013 C30/37 20 275 - - 26,95 3,76 3,37 0,37 0,27 - 34,72
121 Thomas et al., 2013 C30/37 50 275 - - 26,95 3,63 2,09 0,91 0,27 - 33,86
122 Thomas et al., 2013 C35/45 100 275 - - 26,95 3,72 - 1,66 0,27 - 32,60
123 Thomas et al., 2013 C40/50 0 380 - - 37,24 3,06 4,61 - 0,29 - 45,19
124 Thomas et al., 2013 C40/50 20 380 - - 37,24 3,18 3,47 0,38 0,29 - 44,57
XVI.7
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
125 Thomas et al., 2013 C35/45 50 380 - - 37,24 3,04 2,16 0,94 0,29 - 43,67
126 Thomas et al., 2013 C40/50 100 380 - - 37,24 3,06 - 1,75 0,29 - 42,34
127 Chen et al., 2010 C30/37 0 524 - 0,41 47,16 2,21 7,84 - 0,33 - 57,54
128 Chen et al., 2010 C30/37 10 524 - 0,41 47,16 2,21 7,06 0,23 0,33 - 56,98
129 Chen et al., 2010 C25/30 20 524 - 0,41 47,16 2,21 6,27 0,45 0,33 - 56,42
130 Chen et al., 2010 C30/37 30 524 - 0,41 47,16 2,21 5,49 0,68 0,33 - 55,86
131 Chen et al., 2010 C30/37 40 524 - 0,41 47,16 2,21 4,70 0,90 0,33 - 55,30
132 Chen et al., 2010 C25/30 50 524 - 0,41 47,16 2,21 3,92 1,13 0,33 - 54,74
133 Chen et al., 2010 C30/37 60 524 - 0,41 47,16 2,21 3,14 1,33 0,33 - 54,17
134 Chen et al., 2010 C25/30 70 524 - 0,41 47,16 2,21 2,35 1,58 0,33 - 53,63
135 Chen et al., 2010 C30/37 80 524 - 0,41 47,16 2,21 1,57 1,81 0,33 - 53,07
136 Chen et al., 2010 C30/37 90 524 - 0,41 47,16 2,21 0,78 2,03 0,33 - 52,51
137 Chen et al., 2010 C30/37 100 524 - 0,41 47,16 2,21 - 2,26 0,33 - 51,95
138 Etxeberria et al., 2007 C40/50 0 325 1,28 - 31,85 3,13 8,38 - 0,27 11,15 54,79
139 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 325 2 - 31,85 2,91 - 2,21 0,27 17,42 54,67
140 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 345 2 - 33,81 2,71 - 2,22 0,29 18,49 57,52
141 Etxeberria et al., 2007 C35/45 100 365 2 - 35,77 2,59 - 2,25 0,29 19,56 60,46
142 Etxeberria et al., 2007 C35/45 100 365 2 - 35,77 2,59 - 2,25 0,29 19,56 60,46
143 Etxeberria et al., 2007 C25/30 100 325 0,58 - 31,85 2,91 - 2,21 0,27 5,05 42,30
144 Etxeberria et al., 2007 C25/30 0 300 0,97 - 29,40 3,37 8,38 - 0,25 7,80 49,21
145 Etxeberria et al., 2007 C25/30 25 300 0,79 - 29,40 3,37 6,29 0,53 0,25 6,35 46,20
146 Etxeberria et al., 2007 C30/37 50 318 0,84 - 31,16 3,26 4,23 1,07 0,25 7,16 47,14
147 Etxeberria et al., 2007 C30/37 100 325 1,38 - 31,85 3,01 - 2,25 0,25 12,02 49,38
148 Etxeberria et al., 2007 C20/25 0 300 1,4 - 29,40 3,37 8,38 - 0,25 11,26 52,66
149 Etxeberria et al., 2007 C25/30 25 300 1,66 - 29,40 3,37 6,29 0,53 0,25 13,35 53,19
150 Etxeberria et al., 2007 C25/30 50 318 1,9 - 31,16 3,26 4,23 1,07 0,25 16,19 56,17
151 Etxeberria et al., 2007 C25/30 100 325 1,9 - 31,85 3,01 - 2,25 0,25 16,55 53,91
152 Butler et al., 2013 C30/37 0 271 - 0,59 24,31 3,69 5,04 - 0,24 - 33,28
153 Butler et al., 2013 C30/37 100 281 - 0,64 25,21 3,43 - 1,94 0,28 - 30,85
154 Butler et al., 2013 C30/37 100 293 - 0,58 26,28 2,77 - 1,84 0,26 - 31,15
155 Butler et al., 2013 C30/37 100 337 - 0,49 30,23 3,60 - 1,76 0,25 - 35,84
XVI.8
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
156 Butler et al., 2013 C50/60 0 487 - 0,37 43,68 2,68 5,04 - 0,28 - 51,68
157 Butler et al., 2013 C50/60 100 463 - 0,41 41,53 2,66 - 1,94 0,29 - 46,42
158 Butler et al., 2013 C50/60 100 500 0,30 0,38 44,85 2,66 - 1,84 0,29 3,74 53,38
159 Butler et al., 2013 C50/60 100 600 0,36 0,3 53,82 2,43 - 1,76 0,28 5,82 64,10
160 Safiuddin et al., 2011 C25/30 0 342 1,5 - 32,15 3,76 8,46 - 0,33 13,75 58,44
161 Safiuddin et al., 2011 C25/30 30 342 1,5 - 32,15 3,59 5,66 0,52 0,33 13,75 56,00
162 Safiuddin et al., 2011 C25/30 50 342 1,5 - 32,15 3,57 4,03 0,87 0,33 13,75 54,70
163 Safiuddin et al., 2011 C25/30 70 342 1,5 - 32,15 3,56 2,41 1,21 0,33 13,75 53,40
164 Safiuddin et al., 2011 C20/25 100 342 1,5 - 32,15 3,54 - 1,71 0,33 13,75 51,48
165 Mefteh et al., 2013 C16/20 0 350 - - 30,63 2,43 5,56 - 0,29 - 38,91
166 Mefteh et al., 2013 C20/25 20 350 - - 30,63 2,43 4,45 0,39 0,29 - 38,18
167 Mefteh et al., 2013 C20/25 40 350 - - 30,63 2,43 3,34 0,77 0,29 - 37,46
168 Mefteh et al., 2013 C12/15 60 350 - - 30,63 2,43 2,22 1,16 0,29 - 36,73
169 Mefteh et al., 2013 C12/15 80 350 - - 30,63 2,43 1,11 1,54 0,30 - 36,01
170 Mefteh et al., 2013 C12/15 100 350 - - 30,63 2,43 - 1,93 0,30 - 35,28
171 Tosic et al., 2014 C25/30 0 354 - - 33,28 2,49 8,08 - 0,28 - 44,13
172 Tosic et al., 2014 C25/30 0 384 - - 36,10 2,61 8,09 - 0,31 - 47,11
173 Tosic et al., 2014 C25/30 50 354 - - 33,28 2,48 3,85 1,11 0,31 - 41,04
174 Tosic et al., 2014 C25/30 100 365 - - 34,31 2,39 - 2,14 0,33 - 39,18
175 Kwan et al., 2012 C25/30 0 328 - - 30,83 3,56 9,75 - 0,29 - 44,43
176 Kwan et al., 2012 C20/25 15 328 - - 30,83 3,56 8,29 0,31 0,29 - 43,28
177 Kwan et al., 2012 C20/25 30 328 - - 30,83 3,56 6,82 0,63 0,29 - 42,14
178 Kwan et al., 2012 C12/15 60 328 - - 30,83 3,56 3,90 1,26 0,29 - 39,84
179 Kwan et al., 2012 C12/15 80 328 - - 30,83 3,56 1,95 1,68 0,29 - 38,31
180 Marinkovic et al., 2010 C20/25 100 300 - - 28,20 2,54 - 2,27 0,34 - 33,34
181 Marinkovic et al., 2010 C25/30 100 351 - - 32,99 2,47 - 2,21 0,34 - 38,02
182 Marinkovic et al., 2010 C30/37 100 402 - - 37,79 2,40 - 2,15 0,33 - 42,67
183 Marinkovic et al., 2010 C25/30 0 315 - - 29,61 2,73 8,48 - 0,28 - 41,10
184 Marinkovic et al., 2010 C25/30 100 330 - - 31,02 2,49 - 2,23 0,34 - 36,08
185 Hao e Ren, 2011 C8/10 0 353 - 0,61 33,18 2,97 8,45 - 0,33 - 44,93
186 Hao e Ren, 2011 C12/15 30 353 - 0,61 33,18 2,97 5,92 0,73 0,33 - 43,12
XVI.9
Nº Autor Classe
resist.
%
RCD
CEM % SP
A/C
efect.
Cimento Areia Brita RCD Água SP Total
kg/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3 €/m3
187 Hao e Ren, 2011 C12/15 50 353 - 0,61 33,18 2,97 4,41 1,27 0,33 - 42,16
188 Hao e Ren, 2011 C12/15 100 353 - 0,61 33,18 2,97 - 2,43 0,33 - 38,91
189 Hao e Ren, 2011 C20/25 0 457 - 0,47 42,96 2,73 8,13 - 0,33 - 54,14
190 Hao e Ren, 2011 C25/30 30 457 - 0,47 42,96 2,73 5,69 0,70 0,33 - 52,41
191 Hao e Ren, 2011 C16/20 50 457 - 0,47 42,96 2,73 4,06 1,17 0,33 - 51,25
192 Hao e Ren, 2011 C20/25 100 457 - 0,47 42,96 2,73 - 2,34 0,33 - 48,36
193 Hao e Ren, 2011 C25/30 0 537 - 0,4 50,48 2,47 8,01 - 0,33 - 61,29
194 Hao e Ren, 2011 C25/30 30 537 - 0,4 50,48 2,47 5,61 0,69 0,33 - 59,57
195 Hao e Ren, 2011 C25/30 50 537 - 0,4 50,48 2,47 4,01 1,15 0,33 - 58,43
196 Hao e Ren, 2011 C25/30 100 537 - 0,4 50,48 2,47 - 2,31 0,33 - 55,58
197 Corinaldesi, 2011 C35/45 0 350 1,2 - 30,63 3,13 7,70 - 0,21 11,26 52,93
198 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 350 1,2 - 27,65 3,13 7,70 - 0,21 11,26 49,96
199 Corinaldesi, 2011 C35/45 0 340 1 - 29,75 3,09 7,61 - 0,23 9,11 49,80
200 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 330 0,8 - 28,88 3,06 7,53 - 0,25 7,08 46,79
201 Corinaldesi, 2011 C25/30 0 330 0,8 - 26,07 3,06 7,53 - 0,25 7,08 43,99
202 Corinaldesi, 2011 C30/37 0 320 0,6 - 28,00 3,03 7,45 - 0,27 5,15 43,89
203 Corinaldesi, 2011 C25/30 0 310 0,4 - 27,13 3,00 7,39 - 0,28 3,32 41,13
204 Corinaldesi, 2011 C20/25 0 310 0,4 - 24,49 3,00 7,39 - 0,28 3,32 38,49
205 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 350 1,2 - 30,63 3,13 3,84 1,05 0,22 11,26 50,12
206 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 350 1,2 - 27,65 3,13 3,84 1,05 0,22 11,26 47,14
207 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 340 1 - 29,75 3,09 3,80 1,03 0,24 9,11 47,03
208 Corinaldesi, 2011 C25/30 30 330 0,8 - 28,88 3,06 3,76 1,02 0,26 7,08 44,05
209 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 330 0,8 - 26,07 3,06 3,76 1,02 0,26 7,08 41,24
210 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 320 0,6 - 28,00 3,03 3,72 1,01 0,27 5,15 41,18
211 Corinaldesi, 2011 C20/25 30 310 0,4 - 27,13 3,00 3,69 1,00 0,29 3,32 38,43
212 Corinaldesi, 2011 C16/20 30 310 0,4 - 24,49 3,00 3,69 1,00 0,29 3,32 35,80
213 Ceia, 2013 C30/37 0 350 - 0,52 32,90 3,17 7,24 - 0,28 - 43,59
214 Ceia, 2013 C30/37 20 350 - 0,54 32,90 3,17 5,14 0,35 0,29 - 41,84
215 Ceia, 2013 C30/37 50 350 - 0,56 32,90 3,17 3,62 0,87 0,30 - 40,87
216 Ceia, 2013 C25/30 100 350 - 0,6 32,90 3,17 - 1,75 0,32 - 38,14