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Palavras-Chave: transporte aéreo, aeroportos, cenários.
Key words: air transportation, airports, scenarios.
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Abstract
This work presents a methodology to evaluate the demand distribution at the São Paulo Metropolitan Region (RMSP),
considering a new entrant airport operator. Six locations at the RMSP were evaluated and their attraction potentials were
estimated considering access times and future levels of service in terms of frequencies and destines. A Gravity Model is
employed for analyses. An origin-destination matrix and a demand forecast for RMSP of 61 million passengers per year in 2020
were used as a basis for the study. The results indicate that airports located at the RMSP are much more able to attract
passengers than airports located at distant regions.
Correia, A. R., Niyama, L. E. and Nogueira, S. A. F. (2011) Estimativa da distribuição da demanda na região metropolitana de São
Paulo com cenários de um novo aeroporto. Journal of Transport Literature, vol. 5, n. 2, pp. 44-62.
Anderson Ribeiro Correia, Lucia Erika Niyama, Sabrina de Araújo Furtado Nogueira
Resumo
Este trabalho apresenta uma metodologia para avaliar a distribuição de demanda na Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP), em função da eventual entrada de um novo operador aeroportuário. Seis localidades da (ou próxima da) RMSP são
avaliadas e seus potenciais de atração da demanda são estimados considerando-se os tempos de acesso e futuros níveis de
serviços em termos de destinos e frequências. Um modelo de interação espacial é utilizado para o desenvolvimento das análises.
Uma matriz origem-destino oficial e uma estimativa de demanda para a RMSP de 61 milhões de passageiros por ano em 2020 são
utilizadas como base para o estudo. Os resultados indicam que aeroportos localizados na RMSP são muito mais eficazes na
atratividade aos passageiros do que aeroportos em regiões mais distantes.
This paper is downloadable at www.transport-literature.org/open-access.
■ JTL|RELIT is a fully electronic, peer-reviewed, open access, international journal focused on emerging transport markets and
published by BPTS - Brazilian Transport Planning Society. Website www.transport-literature.org. ISSN 2238-1031.
* Email: [email protected].
Research Directory
Journal of Transport Literature
Submitted 21 Dec 2010; received in revised form 24 Jan 2011; accepted 31 Jan 2011
Vol. 5, n. 2, pp. 44-62, Apr. 2011
Estimativa da distribuição da demanda na região metropolitana de São
Paulo com cenários de um novo aeroporto[Demand distribution estimation in São Paulo metropolitan region with scenarios of a new airport]
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Brazil, Faculdade de Tecnologia (FATEC), Brazil,
Faculdade de Tecnologia (FATEC), Brazil
B T P SB T P SB T P SB T P S
Brazilian Transportation Planning Society
www.transport-literature.org
JTL|RELITJTL|RELITJTL|RELITJTL|RELIT
ISSN 2238-1031
1. Introdução
As grandes regiões metropolitanas em nível mundial tem buscado alternativas para o
atendimento da demanda por transporte aéreo através da implementação de sistemas de
múltiplos aeroportos. Como exemplo desta prática, podemos citar Londres, Nova Iorque, Los
Angeles, Chicago, Tóquio e Paris. De Neufville e Odoni (2002) identificaram 30 sistemas
relevantes de múltiplos aeroportos; segundo o estudo, as principais razões para a adoção de
mais de um aeroporto em uma região incluem restrições de capacidade ou técnicas, ilustrando
as situações de São Paulo e Rio de Janeiro, cujas restrições de comprimento de pista em seus
aeroportos centrais motivaram a construção de novos aeroportos.
Segundo previsões de demanda recentes (McKinsey & Company, 2010), a Região
metropolitana de São Paulo (RMSP) deve operar cerca de 61 milhões de passageiros por ano
em 2020. Isto representa uma carga operacional relevante, visto que seus principais
aeroportos atualmente não possuem capacidade operacional suficiente para esta demanda. A
situação torna-se ainda mais crítica, visto que os dois principais aeroportos da região possuem
restrições técnicas que impedem seu crescimento, incluindo espaço físico insuficiente,
restrições ambientais de ruído e obstáculos naturais e artificiais no entorno.
Segundo Horonjeff e McKelvey (1993), a escolha de sítio para implementação de novos
aeroportos deve levar em consideração critérios técnicos e de demanda. Entre os critérios
técnicos, podemos citar área disponível, relevo adequado e impactos ambientais. Os critérios
de demanda incluem a proximidade ao centro gerador de demanda. Estes fatores são cruciais
para o adequado planejamento de longo prazo, visto que um empreendimento aeroportuário
geralmente está associado com vultosos investimentos e seus riscos devem ser avaliados em
detalhe, seja o investimento público, privado ou misto.
Um novo aeroporto em uma região metropolitana pode provocar desequilíbrios em uma rede
aeroportuária. Em função da necessidade de concentração de vôos para aumento da eficiência
operacional de empresas aéreas, o excesso de capacidade operacional em uma região pode
provocar o esvaziamento de aeroportos que não possuem muita atratividade aos clientes.
Exemplos desta prática já ocorreram no Brasil e no mundo e podem impactar na lucratividade
de aeroportos e no retorno do investimento aportado. Desta forma, um modelo capaz de
estimar a divisão de tráfego de passageiros entre os aeroportos de uma rede seria útil para o
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planejamento dinâmico de médio e longo prazo. A prática da construção de aeroportos que
não recebem o tráfego esperado é chamada vulgarmente de construção de elefantes brancos.
Dois exemplos no Brasil que receberam esta denominação são os aeroportos do Galeão, no
Rio de Janeiro e Confins, em Belo Horizonte.
O presente trabalho está assim dividido: na Seção 1, Objetivo, é citado qual o foco do
trabalho. Na Seção 2, a Metodologia traz resumidamente os passos para se chegar à análise. A
Seção 3 é o Referencial Teórico, aonde são mostrados os dados e o método utilizado nos
cálculos. Já secção 4 é aonde ocorre o desenvolvimento em que se mostra os possíveis
clientes e também a análise dos aeroportos já existentes. A seção 5 é aonde é realizada a
análise de resultados e que também são mostrados os resultados dos cálculos após as
interações espaciais. E por fim, as conclusões onde foi colocada a análise por meio de
premissas e hipóteses dos autores.
Este artigo visa estimar a distribuição da demanda por transporte aéreo na RMSP em 2020,
em função de parâmetros de tempo de acesso aos aeroportos e níveis de serviço oferecidos.
2. Metodologia
O presente estudo divide-se em três etapas. A primeira delas é o referencial teórico, onde se
detalha a estratégia de escolha da localização do novo aeroporto e a escolha da ferramenta de
auxílio do mesmo. Finalizando o capítulo, foram feitas as interações espaciais, mantendo se
os níveis de serviço atuais e analisando-se o comportamento dos aeroportos em questão com a
implantação de um novo aeroporto, sendo que este teria o mesmo nível de serviço que
Congonhas.
A segunda etapa envolve o desenvolvimento, abordando-se a origem e identificação dos
clientes e justificativa da escolha dos municípios em análise. Subsequentemente, estabeleceu-
se a variável para indicação do nível de serviço nos aeroportos e definição do parâmetro para
os cálculos.
Por fim, a última etapa é a análise de resultados, onde novas interações espaciais foram
realizadas visando trabalhar dentro dos limites impostos pelo aeroporto de Congonhas e
alterando o nível de serviço de Guarulhos e Viracopos, ou seja, aumentando a frequência e
disponibilidade dos vôos.
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3. Referencial teórico
3.1 Previsão da Demanda para 2020
Segundo um estudo desenvolvido para o Banco Nacional do Desenvolvimento
(McKinsey & Company, 2010), a dema
estudo estima que a demanda total na RMSP (incluindo Viracopos) será de 61 milhões de
passageiros por ano (Gráfico 1).
Gráfico 1:
Esta previsão de demanda claramente indica a necessidade de novos investimentos na região,
pois segundo o mesmo estudo, a capacidade aeroportuária na região é bem inferior ao patamar
esperado para 2020.
3.2 Indicadores de Nível de Serviço de Aeroportos
Segundo Correia (2009), um bom nível de serviço aeroportuário é capaz de influenciar a
decisão de escolha de aeroportos por parte de seus clientes. As principais variáveis utilizadas
para avaliação de nível de serviço são: espaço disponível por passageiros, t
processamento, distâncias de percurso, entre outros fatores subjetivos. Todavia, considerando
situações normais de operação, geralmente os aeroportos são projetados e operados para
operar com níveis de serviço adequados e as autoridades de aviação
3.1 Previsão da Demanda para 2020
Segundo um estudo desenvolvido para o Banco Nacional do Desenvolvimento
, 2010), a demanda de passageiros na RMSP cresceu 8,1% em 2009. O
estudo estima que a demanda total na RMSP (incluindo Viracopos) será de 61 milhões de
passageiros por ano (Gráfico 1).
Gráfico 1: Demanda por Transporte Aéreo na RMSP
Fonte: McKinsey & Company (2010)
Esta previsão de demanda claramente indica a necessidade de novos investimentos na região,
pois segundo o mesmo estudo, a capacidade aeroportuária na região é bem inferior ao patamar
3.2 Indicadores de Nível de Serviço de Aeroportos
undo Correia (2009), um bom nível de serviço aeroportuário é capaz de influenciar a
decisão de escolha de aeroportos por parte de seus clientes. As principais variáveis utilizadas
para avaliação de nível de serviço são: espaço disponível por passageiros, t
processamento, distâncias de percurso, entre outros fatores subjetivos. Todavia, considerando
situações normais de operação, geralmente os aeroportos são projetados e operados para
operar com níveis de serviço adequados e as autoridades de aviação regulam a atividade para
Segundo um estudo desenvolvido para o Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES
nda de passageiros na RMSP cresceu 8,1% em 2009. O
estudo estima que a demanda total na RMSP (incluindo Viracopos) será de 61 milhões de
Demanda por Transporte Aéreo na RMSP
Esta previsão de demanda claramente indica a necessidade de novos investimentos na região,
pois segundo o mesmo estudo, a capacidade aeroportuária na região é bem inferior ao patamar
undo Correia (2009), um bom nível de serviço aeroportuário é capaz de influenciar a
decisão de escolha de aeroportos por parte de seus clientes. As principais variáveis utilizadas
para avaliação de nível de serviço são: espaço disponível por passageiros, tempos de
processamento, distâncias de percurso, entre outros fatores subjetivos. Todavia, considerando
situações normais de operação, geralmente os aeroportos são projetados e operados para
regulam a atividade para
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que não existam distorções desta prática. Por outro lado, indicadores subjetivos são de difícil
medição, especialmente para os fins deste estudo, que objetivam avaliar a competição entre
aeroportos no longo prazo.
De acordo com uma pesquisa com usuários de transporte aéreo (
o motivo pelo qual os passageiros optaram pela escolha de determinado aeroporto, constatou
se que grande parcela dos usuários do transporte aéreo considera como o mais importante a
localização que os aeroportos se encontram de suas ori
passageiro percorrerá partindo do ponto de origem (residência, trabalho, aeroporto) até o
ponto de destino (residência, trabalho, aeroporto). Conforme se observa no Gráfico 2,
constata-se que a maioria dos entrevistados apre
do aeroporto. No estudo da
detalhes podem ser encontrados no documento em questão
Gráfico 2: Pesquisa sobre a demanda: Motivo da escolha por determinad
Fonte:
Pela análise das informações no Gráfico 2, observa
de acesso ao aeroporto são importantes indicadores para a escolha de aeroportos. Estes
indicadores serão futuramente utilizados neste trabalho e descritos com mais detalhamento
que não existam distorções desta prática. Por outro lado, indicadores subjetivos são de difícil
medição, especialmente para os fins deste estudo, que objetivam avaliar a competição entre
a pesquisa com usuários de transporte aéreo (McKinsey
o motivo pelo qual os passageiros optaram pela escolha de determinado aeroporto, constatou
se que grande parcela dos usuários do transporte aéreo considera como o mais importante a
localização que os aeroportos se encontram de suas origens, ou seja, o percurso que o
passageiro percorrerá partindo do ponto de origem (residência, trabalho, aeroporto) até o
ponto de destino (residência, trabalho, aeroporto). Conforme se observa no Gráfico 2,
se que a maioria dos entrevistados apresentou grande preferência pela proximidade
do aeroporto. No estudo da McKinsey utiliza-se uma matriz destino verdadeira; maiores
detalhes podem ser encontrados no documento em questão.
Pesquisa sobre a demanda: Motivo da escolha por determinad
Fonte: Pesquisa O/D (McKinsey & Company, 2010)
Pela análise das informações no Gráfico 2, observa-se que frequências/destinos e os tempos
de acesso ao aeroporto são importantes indicadores para a escolha de aeroportos. Estes
futuramente utilizados neste trabalho e descritos com mais detalhamento
que não existam distorções desta prática. Por outro lado, indicadores subjetivos são de difícil
medição, especialmente para os fins deste estudo, que objetivam avaliar a competição entre
McKinsey, 2010), que avaliou
o motivo pelo qual os passageiros optaram pela escolha de determinado aeroporto, constatou-
se que grande parcela dos usuários do transporte aéreo considera como o mais importante a
gens, ou seja, o percurso que o
passageiro percorrerá partindo do ponto de origem (residência, trabalho, aeroporto) até o
ponto de destino (residência, trabalho, aeroporto). Conforme se observa no Gráfico 2,
sentou grande preferência pela proximidade
se uma matriz destino verdadeira; maiores
Pesquisa sobre a demanda: Motivo da escolha por determinado aeroporto.
, 2010)
se que frequências/destinos e os tempos
de acesso ao aeroporto são importantes indicadores para a escolha de aeroportos. Estes
futuramente utilizados neste trabalho e descritos com mais detalhamento.
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3.3 Métodos de Distribuição de Demanda
Existem vários métodos disponíveis para avaliar a distribuição de demanda entre diversas
alternativas. Uma maneira muito empregada na literatur
Abacoumkin (2002) na avaliação da distribuição da demanda por modais de transporte no
acesso ao novo aeroporto de Atenas, são os modelos
serviço como tempo e custo, por exemplo, s
acessos por automóvel, táxi ou trem para o transporte até o aeroporto. Esta abordagem
geralmente exige calibração através de entrevistas de preferência revelada (para alternativas
existentes) ou declarada (em
alternativa adotada, tal como utilizada por
transporte aéreo entre pares de cidades, são os modelos gravitacionais. Estes modelos
assumem que a demanda de transporte aéreo é derivada de outras atividades econômicas e
geralmente é definida em termos de variáveis geográficas e sócio
trabalho, as principais variáveis de atração utilizadas são os tamanhos das populações das
cidades e as variáveis de controle das empresas aéreas, como preços, destinos e frequências.
Este trabalho adotará esta segunda abordagem, com a diferença que ao contrário da atração
entre pares de cidades, haveria atração entre determinados aeroportos e de
da RMSP.
Este trabalho utiliza o modelo de
na lei de gravidade de Newton, onde a lei de atração é determinada pela menor distância entre
dois pontos, na proporção direta do número
quadrado da distância (Ballou
em que: Ci = demanda dos clientes do centro populacional
= demanda esperada do centro populacional
aeroporto j
3.3 Métodos de Distribuição de Demanda
Existem vários métodos disponíveis para avaliar a distribuição de demanda entre diversas
alternativas. Uma maneira muito empregada na literatura, tal como a adotada por
(2002) na avaliação da distribuição da demanda por modais de transporte no
acesso ao novo aeroporto de Atenas, são os modelos logit. Neste caso, diversas variáveis de
serviço como tempo e custo, por exemplo, são utilizadas para definir a distribuição entre
acessos por automóvel, táxi ou trem para o transporte até o aeroporto. Esta abordagem
geralmente exige calibração através de entrevistas de preferência revelada (para alternativas
existentes) ou declarada (em caso de empreendimentos futuros) com clientes potenciais. Outra
alternativa adotada, tal como utilizada por Grosche et. al (2007), na avaliação de demanda por
transporte aéreo entre pares de cidades, são os modelos gravitacionais. Estes modelos
e a demanda de transporte aéreo é derivada de outras atividades econômicas e
geralmente é definida em termos de variáveis geográficas e sócio-econômicas. Segundo o
trabalho, as principais variáveis de atração utilizadas são os tamanhos das populações das
idades e as variáveis de controle das empresas aéreas, como preços, destinos e frequências.
Este trabalho adotará esta segunda abordagem, com a diferença que ao contrário da atração
entre pares de cidades, haveria atração entre determinados aeroportos e de
Este trabalho utiliza o modelo de Huff (Equação 1), que é um modelo determinístico baseado
na lei de gravidade de Newton, onde a lei de atração é determinada pela menor distância entre
dois pontos, na proporção direta do número da população, mas na proporção inversa do
Ballou, 2003).
= demanda dos clientes do centro populacional i
= demanda esperada do centro populacional i que será atraída para o local do
i
aij
jj
aij
j
iijij C
T
S
T
S
EPE
∑
==
Existem vários métodos disponíveis para avaliar a distribuição de demanda entre diversas
a, tal como a adotada por Psaraki e
(2002) na avaliação da distribuição da demanda por modais de transporte no
. Neste caso, diversas variáveis de
ão utilizadas para definir a distribuição entre
acessos por automóvel, táxi ou trem para o transporte até o aeroporto. Esta abordagem
geralmente exige calibração através de entrevistas de preferência revelada (para alternativas
caso de empreendimentos futuros) com clientes potenciais. Outra
(2007), na avaliação de demanda por
transporte aéreo entre pares de cidades, são os modelos gravitacionais. Estes modelos
e a demanda de transporte aéreo é derivada de outras atividades econômicas e
econômicas. Segundo o
trabalho, as principais variáveis de atração utilizadas são os tamanhos das populações das
idades e as variáveis de controle das empresas aéreas, como preços, destinos e frequências.
Este trabalho adotará esta segunda abordagem, com a diferença que ao contrário da atração
entre pares de cidades, haveria atração entre determinados aeroportos e determinadas regiões
que é um modelo determinístico baseado
na lei de gravidade de Newton, onde a lei de atração é determinada pela menor distância entre
da população, mas na proporção inversa do
que será atraída para o local do
(1)
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= probabilidade de deslocamentos de clientes do centro populacional
local do aeroporto j
= variável atrativo do aeroporto
= tempo de viagem entre o centro
a = parâmetro estimado empiricamente
Na ausência de uma validação empírica, utilizaremos o parâmetro
em Ballou (2003), em um exemplo de escolha de diversos
metropolitana por parte de seus clientes.
mas o estudo envolve pares de cidades distantes centenas de quilômetros, o que não teria
muitas semelhanças com a RMSP, cujas distâncias são da ordem de no máximo
demanda Ci de clientes será estimada a partir da matriz origem
RMSP. A proporção de clientes a partir das diversas zonas será extrapolada
proporcionalmente para 2020, tornando
3.4 Interação Espacial
Para cada um dos municípios foi produzida uma tabela utilizando o modelo de
comparando as atratividades dos três aeroportos com o novo aeroporto proposto, como segue
o modelo abaixo. Os números finais nos mostram a projeção ou a pa
se dirigir a cada um dos aeroportos, ou seja, aonde seria mais viável (atrativo) fazer a
implantação do novo aeroporto.
= probabilidade de deslocamentos de clientes do centro populacional
= variável atrativo do aeroporto j
= tempo de viagem entre o centro populacional i e o local do aeroporto
= parâmetro estimado empiricamente
Na ausência de uma validação empírica, utilizaremos o parâmetro a = 2, tal como empregado
(2003), em um exemplo de escolha de diversos shoppings centers
tropolitana por parte de seus clientes. Grosche et. al (2007) utilizam parâmetros diferentes,
mas o estudo envolve pares de cidades distantes centenas de quilômetros, o que não teria
muitas semelhanças com a RMSP, cujas distâncias são da ordem de no máximo
de clientes será estimada a partir da matriz origem-destino por transporte aéreo da
RMSP. A proporção de clientes a partir das diversas zonas será extrapolada
proporcionalmente para 2020, tornando-se assim uma premissa do método.
Para cada um dos municípios foi produzida uma tabela utilizando o modelo de
comparando as atratividades dos três aeroportos com o novo aeroporto proposto, como segue
o modelo abaixo. Os números finais nos mostram a projeção ou a parcela de usuários que irá
se dirigir a cada um dos aeroportos, ou seja, aonde seria mais viável (atrativo) fazer a
implantação do novo aeroporto.
= probabilidade de deslocamentos de clientes do centro populacional i para o
e o local do aeroporto j
= 2, tal como empregado
shoppings centers em uma região
(2007) utilizam parâmetros diferentes,
mas o estudo envolve pares de cidades distantes centenas de quilômetros, o que não teria
muitas semelhanças com a RMSP, cujas distâncias são da ordem de no máximo 100km. A
destino por transporte aéreo da
RMSP. A proporção de clientes a partir das diversas zonas será extrapolada
se assim uma premissa do método.
Para cada um dos municípios foi produzida uma tabela utilizando o modelo de Huff,
comparando as atratividades dos três aeroportos com o novo aeroporto proposto, como segue
rcela de usuários que irá
se dirigir a cada um dos aeroportos, ou seja, aonde seria mais viável (atrativo) fazer a
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Clie
nte
i
Tempo do
cliente i para
o aeroporto j
Orig
em
Gua
rulh
os
Con
gonh
as
Vira
copo
s
Cid
ade
Gua
rulh
os
Con
gonh
as
Para efeito dos cálculos, foi obtido o tempo médio (T) de percurso de cada uma das origens
até os destinos citados. Em seguida, estabeleceu
calculou-se a probabilidade dos clientes dirigirem a determinado local (
a demanda esperada que será atraída para o mesmo (
4. Desenvolvimento
4.1 Identificação dos Clientes
Para comparação das alternativas e cenários propostos, é preciso obter o tempo em trânsito.
Primeiramente é imprescindível definir os clientes em potencial. Nesta etapa foi necessário
identificar os clientes, separá
Os clientes situados fora da capital de São Paulo foram assim separados: Cidades do interior,
(onde foram selecionados a partir das cidades com a maior estimativa populacional, segundo
dados do IBGE), Campinas e ABC Paulista. Os clientes que f
outros estados que somados correspondem 1,7%, segundo a matriz origem
neste estudo, foram retirados da amostra, pois o seu tempo em trânsito é muito alto e variável.
Além disso, a pesquisa não apresenta a d
o que inviabilizaria o cálculo dos tempos. Os clientes da capital de São Paulo foram
Tabela 1: Modelo de interação espacial
Projeção dos aeroportos
C
ongo
nhas
Vira
copo
s
Cid
ade
Gua
rulh
os
Con
gonh
as
Vira
copo
s
Cid
ade
Gua
rulh
os
Con
gonh
as
Vira
copo
s
Cid
ade
Fonte: Autores.
Para efeito dos cálculos, foi obtido o tempo médio (T) de percurso de cada uma das origens
até os destinos citados. Em seguida, estabeleceu-se o parâmetro (
se a probabilidade dos clientes dirigirem a determinado local (
a demanda esperada que será atraída para o mesmo (.
4.1 Identificação dos Clientes
Para comparação das alternativas e cenários propostos, é preciso obter o tempo em trânsito.
Primeiramente é imprescindível definir os clientes em potencial. Nesta etapa foi necessário
identificar os clientes, separá-los por zonas e calcular o tempo médio em trânsito.
Os clientes situados fora da capital de São Paulo foram assim separados: Cidades do interior,
(onde foram selecionados a partir das cidades com a maior estimativa populacional, segundo
dados do IBGE), Campinas e ABC Paulista. Os clientes que fazem parte do grupo referente a
outros estados que somados correspondem 1,7%, segundo a matriz origem
neste estudo, foram retirados da amostra, pois o seu tempo em trânsito é muito alto e variável.
Além disso, a pesquisa não apresenta a divisão dos passageiros de outros estados por cidades,
o que inviabilizaria o cálculo dos tempos. Os clientes da capital de São Paulo foram
Cid
ade
Gua
rulh
os
Con
gonh
as
Vira
copo
s
Cid
ade
Para efeito dos cálculos, foi obtido o tempo médio (T) de percurso de cada uma das origens
metro ( Posteriormente
e por fim obtido
Para comparação das alternativas e cenários propostos, é preciso obter o tempo em trânsito.
Primeiramente é imprescindível definir os clientes em potencial. Nesta etapa foi necessário
m trânsito.
Os clientes situados fora da capital de São Paulo foram assim separados: Cidades do interior,
(onde foram selecionados a partir das cidades com a maior estimativa populacional, segundo
azem parte do grupo referente a
outros estados que somados correspondem 1,7%, segundo a matriz origem-destino utilizada
neste estudo, foram retirados da amostra, pois o seu tempo em trânsito é muito alto e variável.
ivisão dos passageiros de outros estados por cidades,
o que inviabilizaria o cálculo dos tempos. Os clientes da capital de São Paulo foram
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subdivididos em cinco zonas (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro). A Figura 1 apresenta o mapa
onde é possível visualizar as referências que foram utilizadas para estimar o tempo médio em
trânsito, a partir das distâncias rodoviárias e velocidades médias correntes.
Figura 1: Identificação dos clientes utilizados para a aplicação do método.
Fonte:
4.2 Mapeamento dos Aeroportos Existentes e Localizações para Possíveis Aeroportos
Para a aplicação do método, é imprescindível a utilização dos aeroportos em atividade, além
dos cenários com um novo aeroporto. Três aeroportos comerciais (GRU,
incluídos neste estudo, por sua influência sobre a demanda na RMSP. Na sequência deste
estudo, foi necessário encontrar as prováveis localizações para a implantação de um novo
aeroporto. Este artigo viabilizou seis possíveis municípios (Ca
das Cruzes, Parelheiros, Santos e São José dos Campos). A escolha destes seis municípios
levou em consideração a área disponível para implementação de aeroporto com uma pista de
pouso de pelo menos 3.000 m para desenvolvimento
cidades com no máximo 50 km de distância do marco zero de São Paulo e inexistência de
áreas relevantes de preservação ambiental ou forte presença urbana no entorno. São José dos
subdivididos em cinco zonas (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro). A Figura 1 apresenta o mapa
ar as referências que foram utilizadas para estimar o tempo médio em
trânsito, a partir das distâncias rodoviárias e velocidades médias correntes.
Identificação dos clientes utilizados para a aplicação do método.
Fonte: Autores / Adaptado de IBGE (2010)
4.2 Mapeamento dos Aeroportos Existentes e Localizações para Possíveis Aeroportos
Para a aplicação do método, é imprescindível a utilização dos aeroportos em atividade, além
dos cenários com um novo aeroporto. Três aeroportos comerciais (GRU,
incluídos neste estudo, por sua influência sobre a demanda na RMSP. Na sequência deste
estudo, foi necessário encontrar as prováveis localizações para a implantação de um novo
aeroporto. Este artigo viabilizou seis possíveis municípios (Caieiras, Franco da Rocha, Mogi
das Cruzes, Parelheiros, Santos e São José dos Campos). A escolha destes seis municípios
levou em consideração a área disponível para implementação de aeroporto com uma pista de
pouso de pelo menos 3.000 m para desenvolvimento de vôos comerciais de longo curso,
cidades com no máximo 50 km de distância do marco zero de São Paulo e inexistência de
áreas relevantes de preservação ambiental ou forte presença urbana no entorno. São José dos
subdivididos em cinco zonas (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro). A Figura 1 apresenta o mapa
ar as referências que foram utilizadas para estimar o tempo médio em
trânsito, a partir das distâncias rodoviárias e velocidades médias correntes.
Identificação dos clientes utilizados para a aplicação do método.
4.2 Mapeamento dos Aeroportos Existentes e Localizações para Possíveis Aeroportos
Para a aplicação do método, é imprescindível a utilização dos aeroportos em atividade, além
dos cenários com um novo aeroporto. Três aeroportos comerciais (GRU, CGH e VCP) foram
incluídos neste estudo, por sua influência sobre a demanda na RMSP. Na sequência deste
estudo, foi necessário encontrar as prováveis localizações para a implantação de um novo
ieiras, Franco da Rocha, Mogi
das Cruzes, Parelheiros, Santos e São José dos Campos). A escolha destes seis municípios
levou em consideração a área disponível para implementação de aeroporto com uma pista de
de vôos comerciais de longo curso,
cidades com no máximo 50 km de distância do marco zero de São Paulo e inexistência de
áreas relevantes de preservação ambiental ou forte presença urbana no entorno. São José dos
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Campos e Santos foram incluídos pela exist
que facilitaria o desenvolvimento do novo aeroporto. No caso de Santos, foram detectadas
restrições técnicas em termos de comprimento de pista e operações aéreas, além de
necessidade de implementação de aerop
alguns especialistas do setor aeroportuário para dar suporte à escolha destas seis localidades.
O trabalho de análise das seis localidades não é conclusivo, pois exigiria estudos que
transcendem os objetivos deste trabalho. Um estudo de sítio envolvendo análise de
engenharia, terraplanagem, custos de desapropriação, impactos ambientais e de tráfego aéreo,
entre outros seriam necessários para selecionar sítios mais adequados.
Figura 2:
Campos e Santos foram incluídos pela existência de aeroportos militares/compartilhados, o
que facilitaria o desenvolvimento do novo aeroporto. No caso de Santos, foram detectadas
restrições técnicas em termos de comprimento de pista e operações aéreas, além de
necessidade de implementação de aeroporto compartilhado civil/militar. Foram consultados
alguns especialistas do setor aeroportuário para dar suporte à escolha destas seis localidades.
O trabalho de análise das seis localidades não é conclusivo, pois exigiria estudos que
vos deste trabalho. Um estudo de sítio envolvendo análise de
engenharia, terraplanagem, custos de desapropriação, impactos ambientais e de tráfego aéreo,
entre outros seriam necessários para selecionar sítios mais adequados.
Figura 2: Localizações de Aeroportos: Novos e Existentes.
Fonte: Autores
ência de aeroportos militares/compartilhados, o
que facilitaria o desenvolvimento do novo aeroporto. No caso de Santos, foram detectadas
restrições técnicas em termos de comprimento de pista e operações aéreas, além de
orto compartilhado civil/militar. Foram consultados
alguns especialistas do setor aeroportuário para dar suporte à escolha destas seis localidades.
O trabalho de análise das seis localidades não é conclusivo, pois exigiria estudos que
vos deste trabalho. Um estudo de sítio envolvendo análise de
engenharia, terraplanagem, custos de desapropriação, impactos ambientais e de tráfego aéreo,
roportos: Novos e Existentes.
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4.3 Estabelecendo a Variável (Sj)
Este trabalho adota critérios de controle de empresas aéreas como um indicador da
atratividade de um aeroporto (Grosche et. al, 2007; McKinsey, 2010), principalmente
frequências e destinos de vôos, definidos a seguir.
• Disponibilidade: Trata-se da somatória semanal de vôos que cada aeroporto concede.
Podendo ser que determinado vôo possa ser ofertado diversas vezes durante a semana.
• Frequência: Refere-se à quantidade de vezes que determinado vôo é oferecido dentro
do prazo de uma semana. A fim de se encontrar entre diversos valores, um em comum,
foi introduzida uma avaliação, segundo Gardiner (2006), no qual o nível de serviço
pode ser medido, dando valores percentuais para cada divisória, de forma a consolidar
todos estes valores no final. A Figura 3 representa este método.
DIÁRIA
5X OU 6X
POR
SEMANA
3X OU 4X
POR
SEMANA
1 OU 2X
POR
SEMANA
100% 0%
Figura 3: Ilustrativo Referente à Utilização de Avaliações de um Nível de Serviço.
Fonte: Adaptado de Gardiner (2006)
Os dados de frequência de vôos foram obtidos por consulta à Agência Nacional de Aviação
Civil – ANAC. Após encontrar as variáveis de cada aeroporto, para uma melhor adaptação do
método com a realidade, inicialmente foi adotada a mesma variável de Congonhas ao novo
aeroporto, visando que este comportaria em um cenário futuro o mesmo nível de serviço atual
do aeroporto de Congonhas. Em seguida, foram introduzidos determinados pesos aos níveis
de serviço essenciais nos aeroportos em questão. Para uma melhor adaptação com os dados
atuais, acrescentamos 30% ao valor do nível de serviço para o aeroporto de Guarulhos; esta
variável foi influenciada pelo fato de Guarulhos ser o principal aeroporto que opera tanto com
vôos domésticos, quanto com vôos internacionais em grande escala, tornando muitas vezes a
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única opção para os passageiros; além disso, o aeroporto ainda dispõe de horários disponíveis
fora de pico para adoção de novas frequências e destinos. Adicionalmente, novos
investimentos em pátios e terminais, assim como em tecnologias de tráfego aéreo poderiam
aumentar relativamente a capacidade do aeroporto em cerca de 30%. Em função de toda a
infraestrutura existente para processamento de passageiros, cargas e aeronaves, assim como
terminais e áreas comerciais, dificilmente o aeroporto terá sua função desmerecida. Além
disso, encontrar uma área na RMSP para um aeroporto do porte de Guarulhos e com a sua
localização privilegiada seria uma tarefa muito difícil. Posteriormente, foram estipulados
determinados pesos para os níveis de serviço dos demais aeroportos, com a motivação de
conseguir prever o posicionamento da demanda caso um novo aeroporto realmente venha a
existir. Sendo assim, a previsão adotada é que os aeroportos implantados próximos a
Congonhas na aplicação do método resultariam que Congonhas teria seu nível de serviço
mínimo com vôos diminuído em 30%. Este número foi adotado, espelhando a redução de
30% do volume de passageiros em 2007, quando da limitação do raio de atuação para vôos
diretos em 1.500km, estipulado pela Agência Nacional de Aviação Civil, por determinação do
Conselho Nacional de Aviação Civil, alguns dias após o acidente ocorrido em 17 de Julho de
2007. Neste caso, este projeto não propõe redução de volume de passageiros em Congonhas,
mas redução de destinos, para que o aeroporto opere mais vôos regionais, ponte aérea e vôos
executivos; esta premissa é ainda mais realista e importante quando considera-se a
possibilidade de que o Campo de Marte seja desativado para construção de uma estação
ferroviária. Para receber esta demanda de Congonhas, estaria em funcionamento o novo
aeroporto, além do Aeroporto de Viracopos. Na análise dos cenários referentes aos novos
aeroportos que estariam mais distantes de Congonhas, a variável no aeroporto de Congonhas
continuaria a mesma, no entanto Viracopos teria a estimativa de crescimento em 30%, este
último também estimulado pela implantação do trem-bala, entre outros atrativos. A Tabela 2
resume como ficaria o quadro dos três principais aeroportos da RMSP sob os seis cenários
propostos.
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Tabela 2: Cenários de Variação de Frequência e Destinos nos Aeroportos em Estudo.
Municípios Aeroporto de
Guarulhos
Aeroporto de
Congonhas
Aeroporto de
Viracopos
Caieiras Aumento de 30% Redução de 30% Estabilidade
Franco da Rocha Aumento de 30% Redução de 30% Estabilidade
Mogi das Cruzes Aumento de 30% Redução de 30% Estabilidade
Parelheiros Aumento de 30% Redução de 30% Estabilidade
Santos Aumento de 30% Estabilidade Aumento de 30%
São José dos
Campos Aumento de 30% Estabilidade Aumento de 30%
Fonte: Autores / Consulta a Especialistas.
Em resumo, pela Tabela 2, o aeroporto de Guarulhos em 2020 estaria operando 30% a mais
de suas frequências e destinos, independentemente do cenário de um novo aeroporto na
RMSP. Congonhas teria redução de 30% de seus destinos e frequências nos primeiros quatro
cenários, mas não com os cenários de novos aeroportos em Santos e São José dos Campos.
Viracopos não teria incremento de serviços se houvesse um aeroporto mais próximo da
RMSP com a capacidade de Congonhas. Por outro lado, seus serviços seriam ampliados em
30% caso o novo aeroporto fosse posicionado em Santos ou São José dos Campos. Os valores
da Tabela 2 foram adotados arbitrariamente, com análise da equipe de autores e consultas a
especialistas, mas futuras pesquisas poderiam estabelecer os valores com métodos mais
adequados de previsão, tais como metodologia Delphi.
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5. Análise dos resultados
5.1 Resultados obtidos após a aplicação do Método de Interação Espacial
Com base na compilação dos resultados observados no Gráfico 3, confere
localização que apresentou a maior oportunidade para a instalação de um novo aeroporto,
tomando como importância a distribuição da demanda para a transferência de passageiros dos
aeroportos saturados, foi o município de Caieiras, seguido do município de Franco da Rocha.
Essas localizações estariam estrategicamente melhor posicionadas para receber a divisão da
previsão da demanda de 2020.
Gráfico 3:
Ainda sobre os resultados obtidos, visualiza
Congonhas. Isso caracteriza o quanto está bem posicionado para a grande maioria da
demanda, o que significa que se houvesse a possibilidade de ampliação de sua cap
estaria com uma maior quantidade de passageiros.
5. Análise dos resultados
Resultados obtidos após a aplicação do Método de Interação Espacial
Com base na compilação dos resultados observados no Gráfico 3, confere
localização que apresentou a maior oportunidade para a instalação de um novo aeroporto,
ncia a distribuição da demanda para a transferência de passageiros dos
aeroportos saturados, foi o município de Caieiras, seguido do município de Franco da Rocha.
Essas localizações estariam estrategicamente melhor posicionadas para receber a divisão da
evisão da demanda de 2020.
Gráfico 3: Resultados com a Aplicação do Método.
Fonte: Autores.
Ainda sobre os resultados obtidos, visualiza-se uma grande parcela utilizando o aeroporto de
Congonhas. Isso caracteriza o quanto está bem posicionado para a grande maioria da
demanda, o que significa que se houvesse a possibilidade de ampliação de sua cap
estaria com uma maior quantidade de passageiros.
Resultados obtidos após a aplicação do Método de Interação Espacial
Com base na compilação dos resultados observados no Gráfico 3, confere-se que a
localização que apresentou a maior oportunidade para a instalação de um novo aeroporto,
ncia a distribuição da demanda para a transferência de passageiros dos
aeroportos saturados, foi o município de Caieiras, seguido do município de Franco da Rocha.
Essas localizações estariam estrategicamente melhor posicionadas para receber a divisão da
Resultados com a Aplicação do Método.
se uma grande parcela utilizando o aeroporto de
Congonhas. Isso caracteriza o quanto está bem posicionado para a grande maioria da
demanda, o que significa que se houvesse a possibilidade de ampliação de sua capacidade,
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Tabela 3: Resultados encontrados após a aplicação do método
Caieiras Franco da Rocha
Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de Passageiros
Guarulhos 16.400.082 Guarulhos 16.896.611 Congonhas 27.303.543 Congonhas 28.246.561 Viracopos 4.253.031 Viracopos 4.258.226 Caieiras 12.006.571 Franco da Rocha 10.561.830 Total 59.963.227 Total 59.963.227
Mogi das Cruzes Parelheiros
Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de Passageiros Guarulhos 18.756.153 Guarulhos 17.988.971 Congonhas 31.208.199 Congonhas 28.318.226 Viracopos 4.764.334 Viracopos 4.691.657 Mogi das Cruzes 5.234.541 Parelheiros 8.964.373 Total 59.963.227 Total 59.963.227
Santos São José dos Campos
Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de
Passageiros Guarulhos 16.002.590 Guarulhos 15.981.778 Congonhas 35.242.244 Congonhas 35.591.532 Viracopos 5.257.186 Viracopos 5.175.339
Santos 3.461.208 São José dos Campos
3.214.578
Total 59.963.227 Total 59.963.227 Fonte: Autores.
5.2 Análise de Adequações no Aeroporto de Congonhas
Pelos dados apresentados anteriormente, nota-se que se houvesse capacidade disponível em
Congonhas, este teria a demanda de passageiros muito superior ao que opera hoje, tendo em
vista sua localização privilegiada e excelente nível de serviços em termos de frequências e
destinos. Todavia, espera-se que, com a implantação de um novo aeroporto em São Paulo e
conseqüente ampliação de Guarulhos (como exemplo, novo terminal de passageiros), o
aeroporto de Congonhas seria readequado para receber mais vôos da aviação geral e regional,
com conseqüente redução de vôos de longo curso. A diferenciação de aeroportos centrais em
regiões de múltiplos aeroportos é uma prática relativamente comum internacionalmente, com
exemplos em Londres, Nova York e Washington, D.C., entre outros (De Neufville e Odoni,
2002). Desta forma, supõe-se que poderia haver uma drástica redução de frequências e
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destinos para atendimento específico à aviação executiva e regional. Este trabalho propôs uma
adequação do aeroporto, de tal forma que sua capacidade operacional fique limitada em até
15.000.000 de passageiros por ano. Os resultados da divisão de tráfego levando-se em
consideração as restrições em Congonhas são apresentados na Tabela 4.
Tabela 4: Resultados Encontrados com Limitações em Congonhas
Caieiras Franco da Rocha Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de Passageiros Guarulhos 23.381.367 Guarulhos 24.974.551 Congonhas 15.000.000 Congonhas 15.000.000 Viracopos 4.798.165 Viracopos 4.857.738 Caieiras 16.783.695 Franco da Rocha 15.130.937 Total 59.963.227 Total 59.963.227
Mogi das Cruzes Parelheiros
Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de Passageiros Guarulhos 31.386.546 Guarulhos 25.941.401 Congonhas 15.000.000 Congonhas 15.000.000 Viracopos 5.668.933 Viracopos 5.343.024 Mogi das Cruzes 7.907.749 Parelheiros 13.678.802 Total 59.963.227 Total 59.963.227
Santos São José dos Campos
Aeroportos N° de Passageiros Aeroportos N° de Passageiros
Guarulhos 31.957.329 Guarulhos 33.139.578 Congonhas 15.000.000 Congonhas 15.000.000 Viracopos 6.766.690 Viracopos 6.716.026
Santos 6.239.208 São José dos Campos
5.107.623
Total 59.963.227 Total 59.963.227 Fonte: Autores.
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Gráfico 4: MarketMarket-shares de Aeroportos Com Adequação em Congonhas.
Fonte: Autores.
de Aeroportos Com Adequação em Congonhas.
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Conclusões
Em função dos resultados deste estudo, amparado por premissas e hipóteses estabelecidas pela
equipe de autores e por consulta a especialistas, nota-se que as regiões de Caieiras, Franco da
Rocha e Parelheiros possuem características geográficas que lhe permitiriam oferecer um bom
nível de serviço aos passageiros em termos de tempo de acesso, em comparação com as outras
opções disponíveis. Os níveis estimados de tráfego para 2020 refletem estas condições. Por
outro lado, as cidades de Santos, São José dos Campos e Campinas, em função de suas
distâncias excessivas em relação à RMSP, dificilmente teriam atratividade para se
posicionarem como uma alternativa relevante até 2020, ainda mais levando-se em
consideração a existência de Guarulhos, com possibilidades de expansão de seu complexo
aeroportuário, principalmente a conclusão do Terminal 3 de passageiros.
Neste estudo, não foi estudada a viabilidade de adaptação dos aeroportos candidatos em
termos de tráfego aéreo, capacidade operacional, impactos ambientais e localizações
específicas, os quais fogem ao escopo deste trabalho. Além disso, a modificação das
premissas e hipóteses (tempos de acesso, níveis de serviços e seus pesos e parâmetros)
poderiam variar significativamente os resultados apresentados. Finalmente, uma importante
consideração a ser feita, é que a proliferação de múltiplos aeroportos em uma região
geralmente reduz a eficiência de seus aeroportos individuais (De Neufville e Odoni, 2002).
Portanto, a decisão da implementação de um novo aeroporto deveria ser avaliada como um
trade-off entre eficiência operacional e atendimento aos clientes.
Uma pesquisa futura poderia ser desenvolvida para detalhar melhor os cenários futuros de
novos aeroportos, com métodos mais específicos de previsão dos cenários, assim como
calibrar os pesos e parâmetros de escolha, de acordo com a opinião de clientes potenciais.
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Referências
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Ed., 2009.
De Neufville, R. e Odoni, A. Airport Systems: Planning, Design, and Management. 1st Ed., McGraw-
Hill, New York, 2002.
Gardiner, J. An International Study of the Airport Choice Factors for Non-integrated Cargo Airlines.
Doctoral Thesis, University of Loughborough, 2006.
Grosche, T., Rothlauf, F. e Heinzl, A. Gravity Models for Airline Passenger Volume Estimation.
Journal of Air Transport management. Vol. 13, 175-183, 2007.
Horonjeff, R. e McKelvey, F. Planning and Design of Airports. 4. Ed., McGraw-Hill, New York,
1993.
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<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2009/POP2009_DOU.pdf>
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International Airport. Journal of Air Transport Management, Vol. 8, Issue 2, 89-98, 2002.
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