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Manual de TreinaMenTo de rBC - Home | Light for the World · manual de treinamento cobre as...

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MANUAL DE TREINAMENTO DE RBC
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Manual de TreinaMenTo de rBC

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Conteúdo

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introdução 2

Como usar as directrizes da rBC 6

Módulo 1 • Classificação Internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CIF) 12

Módulo 2 • Trabalho em Rede para uma sociedade inclusiva 22

Módulo 5 • Sustentabilidade do programa de rBC 62

Módulo 6 • Monitoria e Avaliação na RBC 70

Módulo 7 • Sensibilização 78

Módulo 8 • Convenção das Nações unidassobre os direitos das Pessoas com deficiência 88

Módulo 9 • A Participação Política das Pessoas com deficiências 102

Módulo 10 • Protecção da Criança para Crianças com deficiênciap 108

Módulo 11 • Trabalhar com APCds 126

Módulo 13 • Educação Inclusiva e RBC 146

Módulo 12 • Meios de subsistência para pessoas com deficiência 138

Módulo 4 • Cultura e RBC 50

Módulo 3 • Inclusão social 36

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Manual de TreinaMenTo de rBC

A LIGHT FOR THE WORLD (LFTW) é uma Confederação Europeia de ONGs de desenvolvimento empenhada em salvar a visão, melhorar a qualidade de vida e defesa dos direitos das pessoas com deficiência nas regiões mais carenciadas do planeta.

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Manual de TreinaMenTo de rBC introdução

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Manual de TreinaMenTo de rBC introdução

introdução

Em Outubro de 2010, OMS/ILO/UNESCO lançaram as suas directrizes de Reabilitação Baseada na Comunidade que já eram esperadas a bastante tempo. As Directrizes reflectem os desenvolvimentos contínuos dentro da RBC durante os anos recentes e os debates estratégicos entre os provedores de ser-viços de RBC de todo o mundo a respeito da ideologia a volta da RBC. O objectivo das novas directrizes da RBC é para ajudar o desenvolvimento da prática da RBC em muitos países do mundo onde ela é praticada.

É neste momento vital começar o treinamento intensivo no terreno para os provedores de serviços de RBC para

actualizarem e desenvolverem habilidades, conhecimentos e atitudes sobre a “nova RBC”.

Para começar este processo importante a LIGHT FOR THE WORLD juntou os provedores de serviços de RBC de Burkina Faso, Etiópia e Moçambique para debater:

•o significado das directrizes da RBC para países parcei-ros;•as expectativas das organizações parceiras sobre os seus trabalhadores da RBC no terreno; •o conhecimento, as habilidades e as atitudes necessárias para desenvolver uma RBC abrangente.

Estas discussões resultaram na elaboração deste manual de treinamento.

A Finalidade deste Manual de treinamento

Construido sobre as habilidades básicas existentes da RBC estabelecidas nas publicações tais como Crianças Deficientes da Povoação (fundação Hespério) e o manual de treinamento na Comunidade para pessoas com deficiências (OMS), este manual de treinamento cobre as habilidades, o conhecimento e as atitudes adicionais organizacionais necessárias para im-plementar a RBC de acordo com as várias componentes das novas directrizes da RBC.

A LIGHT FOR THE WORLD começará a treinar os provedo-res de serviços de RBC com este novo manual de treinamento

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Manual de TreinaMenTo de rBC introdução

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Manual de TreinaMenTo de rBC introdução

em Burkina Faso, Etiópia e Moçambique a partir de 2011.

Agradecimentos

Este manual de treinamento foi elaborado com o apoio da Cooperação Austríaca para o desenvolvimento e da perícia de várias pessoas que praticam a RBC em Burkina Faso, Eti-ópia e Moçambique. Os agradecimentos especiais vão a Anne-marie Gindorfer, Elie Bagbila, Marieke Boersma, René Cyriaque Naré, Tesfanesh Tadesse e Tigabu Gebremedhin, que estão a praticar a RBC em África e contribuíram muito para estes ma-teriais de treinamento.

Como Usar o Manual de Treinamento

Cada módulo de treinamento pode ser usado independente de outros módulos e também é possível usar sessões indi-viduais de um módulo. Ao seguir todos os módulos, há uma determinada sobreposição, por exemplo, entre os módulos que estão interligados, que trabalham com associações de pessoas com deficiência (APCD) e a integração social.

Os instrutores podem seleccionar as sessões que são mais aplicáveis para os seus formandos. Os objectivos de treina-mento estão apresentados no começo de cada folha do treina-mento.

Alguns módulos não cobrem todos os objectivos se o con-hecimento, as habilidades e as atitudes forem cobertos nos outros módulos.

Consequentemente o instrutor tem a flexibilidade de decidir se pode adicionar sessões a um módulo onde for aplicável.

Os objectivos de treinamento estão divididos nas habi-lidades, no conhecimento e nas atitudes necessárias para trabalhar no terreno sobre este tópico específico.

Se determinados módulos são mais apropriados para tra-balhadores (do terreno) da RBC que para os supervisores ou gestores, ou o vice versa, isto está claramente indicado.

O disco compacto que fornece materiais de apoio é incluído neste manual. Os ficheiros de cada módulo contêm ficheiros secundários com o número de sessão. Os materiais para ses-sões singulares estão incluídos, como são os materiais gerais sobre os tópicos do módulo. As apresentações no dispositivo USB estão todas no PowerPoint. Nem todas as sessões são apropriadas para uma apresentação em PowerPoint.

Os formulários alternativos de fazer apresentações devem então ser escolhidos.

Esperamos que os manuais de treinamento lhe ajudem na implementação da RBC no terreno e isso contribuirá para a qualidade, desenvolvimento e criatividade da prática da RBC.

Para fazer perguntas, obter informação ou se você gostaria de usar os materiais neste manual, queira por favor contactar: Light for the World Niederhofstrasse 26 1120 Viena, Áustria Telefone: +43 1 810 13 00 www.light-for-the-world.org

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

Como usar as directrizes da rBC

Participantes e tempo de treinamento:

Supervisores e gestores dos programas da RBC. Tempo de treinamento: 7 horas.

Necessidades de treinamento:•Os supervisores e gestores da RBC precisam de se familiari-zar com a estrutura das directrizes da RBC. •Os supervisores e gestores da RBC devem ser capazes de incorporar as directrizes da RBC nos seus projectos da RBC.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os supervisores e os gestores da RBC compreendem a estrutura do documento das directrizes.

Habilidades: •Os supervisores e os gestores da RBC sabem incor-porar as directrizes da RBC dentro do contexto local dos seus projectos individuais.

Atitudes:•Os supervisores e os gestores da RBC estão abertos para explorar o uso das directrizes como uma ferra-menta para desenvolver e executar os seus projectos da RBC.

Sessão 1

A estrutura das directrizes da RBC.Tempo de treinamento: 3 horas.

•Como facilitador, explique a estrutura das directrizes da RBC aos participantes usando a introdução às directrizes

– Como é que as directrizes foram desenvolvidas– Como é que elas se ligam aos outros desenvolvi-

mentos tais como os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) etc.– A estrutura matriz e o propósito de tal estrutura

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

•Explica o conteúdo dos livrinhos individuais, sua importância individual e especialmente a importância da relação entre os diferentes livrinhos.

•Explica a estrutura dos diferentes componentes – preâmbu-lo/objectivo/papel da RBC/resultados desejáveis/conceitos chaves.

Em grupos, discutam o uso dos “resultados desejáveis” de um dos 5 componentes da matriz da RBC e de um dos 5 elementos desse componente. Usar os resultados das discus-sões do grupo para uma discussão plenária. Assegurar que os grupos trabalhem em componentes e elementos diferentes:

•Como pode usar os “resultados desejáveis” na execução do seu projecto de RBC?•Como podem estes “resultados desejáveis” ser usados na monitoria do seu projecto de RBC)?•Estes “resultados desejáveis” são suficientes para monitorar e avaliar o seu projecto de RBC ou necessitaria também fer-ramentas adicionais? (Se assim for, indica alguns exemplos.)

Sessão 2

Usando as directrizes da RBC.Tempo de treinamento: 2 horas.

Escolha um tema aleatório a partir das directrizes da RBC e trabalhem em grupos sobre a implementação daquele tema

específico. Esta sessão é baseada no tema “HIV/SIDA e defi-ciência” a partir do livrinho suplementar das directrizes.

Em pequenos grupos leiam o capítulo do livrinho sobre HIV/SIDA e deficiência.

Certifica que as perguntas que se seguem foram respondidas:

•Que conhecimentos já tem sobre HIV/SIDA e deficiência (de uma forma geral e dentro da sua área de projecto)?•Aprendeu alguma coisa nova neste capítulo?•O que consideraria ser pontos mais importantes neste capi-tulo?•Acha que pessoas com deficiência na sua área de projec-to são mais vulneráveis a tornar-se seropositivas do que as outras e porque?•Aliste 5 aspectos que são as barreiras principais para a in-clusão das pessoas com deficiência na área de HIV/SIDA. •Faz sugestões sobre o que o seu projecto poderia fazer para incluir a prevenção de HIV/SIDA no seu trabalho.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

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Manual de TreinaMenTo de rBC Como usar as directrizes da rBC

Sessão 3:

Usando estudo de casos. Tempo de treinamento: 2 horas.

Cada grupo deve escolher 3 estudo de casos das directrizes.Tente determinar a mensagem principal do estudo de caso.

Trabalhando em grupos, desenvolva actividades para de-

monstrar a plenária como é que um destes três estudos de casos poderia ser útil num projecto da RBC para o seguinte:

•Sensibilização•Informar Famílias•Influenciar os tomadores de decisões •Treinamento dos funcionários da RBC•Mobilização da comunidade •Meios de subsistência•Ou outros temas

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 1 • Classificação internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 1 • Classificação internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

Módulo 1 • Classificação Internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

Participantes e tempo de treinamento:

Todos os níveis de trabalhadores da RBC. É também possível fazer o treinamento para APCDs e outros grupos interessados. Total Tempo de treinamento: 8 horas e 30 minutos.

Necessidades de treinamento:

•Os trabalhadores da RBC precisam de compreender as definições globais da OMS sobre a deficiência.

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•Os trabalhadores da RBC precisam compreender os ele-mentos diferentes que constituem a deficiência.•Os trabalhadores da RBC precisam ganhar a compreensão de e formar as suas próprias atitudes em relação a deficiên-cia, e as organizações necessitarão de trabalhadores com uma atitude compartilhada à deficiência.•Os trabalhadores da RBC precisam estar conscientes de atitudes locais perante a deficiência.•Os projectos precisam de formar uma posição comum na sua abordagem para lidar com as atitudes locais em relação a deficiência, positivas e negativas.

Objectivos baseados no:

Conhecimento:•Os trabalhadores da RBC têm a compreensão da CIF.•Os trabalhadores de RBC têm a compreensão de mode-los normalmente usados nos estudos da deficiência.

Habilidades:•Os trabalhadores de RBC podem usar a CIF para explicar aos outros que elementos constituem a deficiência. •Os trabalhadores da RBC podem relacionar atitudes locais e os modelos diferentes da deficiência à CIF, e explicar como é que estes são relevantes aos seus projectos da RBC. •Os trabalhadores da RBC formam um plano dentro do seu projecto para fazer estratégia de como mudar as atitudes

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 1 • Classificação internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 1 • Classificação internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

negativas da comunidade em relação a deficiência, e como usar atitudes positivas da comunidade em relação a defi-ciência. •Os trabalhadores da RBC podem desenvolver estratégias que despertem consciência baseada na CIF e nos outros modelos da deficiência.•As habilidades necessárias para a execução do plano estão alistadas e as habilidades não disponíveis no pro-jecto da RBC estão identificadas para o treinamento e ou apoio futuro.

Atitudes:•Os trabalhadores da RBC podem explicar as atitudes po-sitivas e negativas da comunidade local e as suas próprias atitudes em relação as pessoas com deficiência.

Sessão 1

Jogo da deficiência.1 Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

NB: Explicar cada passo deste exercício separadamente para obter o melhor resultado. Não deve explicar todo o exercício antes de começar a sessão.

Dividir o grupo maior em grupos pequenos. Dar a cada grupo um cartaz vazio com um pequeno círculo no meio. Cada grupo deve escrever no meio o sexo e a idade de uma pessoa da comu-nidade local (garantir que haja a distribuição do género e idade.)

Cada grupo deve desenhar um círculo maior a volta do 1 Este jogo foi apresentado pelo Voluntary Service Overseas (VSO).

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primeiro, e nele descreve um dia aleatório dessa pessoa na comunidade local.

Cada grupo deve então desenhar outra vez um círculo maior e nele fornecer uma descrição da mesma pessoa, incluindo os detalhes da sua deficiência específica (cegueira, PC, derrame cerebral, surdez, deficiência intelectual etc.). Como que é o dia aleatório desta pessoa, afectado por eles tendo esta deficiência?

Um círculo final deve ser desenhado com todas as limitações possíveis na vida da pessoa - limitações físicas na/pela família/atitudes da comunidade ou pela maneira que a sociedade é construída.

As limitações na vida diária são formadas por...

Dia aleatório da mesma pessoa,agora com uma deficiência

dia aleatório

idade e sexo

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 1 • Classificação internacional sobre o Funcionamento, deficiência e Saúde (CiF)

Depois de cada parte ser discutida no grupo os cartazes são postos acima para os outros verem. Os participantes podem levantar aspectos para discussão no grupo depois de terem visto os cartazes de todos os grupos.

Sessão 2

As definições e a terminologia usada actualmente nos projectos da RBC. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Pedir a todos os participantes para usarem cartões para escrever os termos e os conceitos que usam para explicar a deficiência nos seus projectos que despertam a consciência a todas as partes interessadas. (10 minutos)

Explicação de alguns termos e conceitos que não são cla-ros ou que ficam fora do grupo. (20 minutos)

Sessão 3

Explicação de CIF Tempo de treinamento: 2 horas.

Usando o documento da CIF faça uma apresentação (Power-Point ou outra) que explica o conceito da CIF e das finalidades para que possa ser usado nos projectos da RBC.

Para os participantes que trabalharam com ICIDH 1 e 2 antes, é bom explicar como CIF evoluiu a partir deles. Se os

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participantes não têm conhecimento da ICIDH 1 e 2 não há nenhum valor adicional em explicá-lo antes da explicação da CIF.

Sessão 4

Como as atitudes locais se encaixam no conceito da CIF? Tempo de treinamento: 1 hora.

Distribuir cartões aos participantes e pedir-lhes que escrevam atitudes locais para pessoas com deficiência. (10/15 dos minu-tos) Pedir os participantes para alistarem os componentes dife-rentes da CIF e olharem onde as atitudes locais vêm no jogo. Po-des comparar a maneira que a comunidade define a deficiência com como a OMS define a deficiência? (15 minutos)

Quando você olha para as limitações funcionais das pessoas na comunidade, que factores lhes determina. (factores físicos ou estruturais/esperados ou actividades desejadas e participação/factores ambientais/factores pessoais)? (30 minutos)

Sessão 5

Comparando os modelos existentes da deficiência com a CIF: Porque assim muitos modelos? Tempo de treinamento: 1 hora.

Compare as atitudes locais identificadas cedo na sessão 4 com a informação gerada na última parte da sessão.

Faça uma discussão com as seguintes perguntas principais:

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1. Há alguma relação entre a CIF e o modelo de deficiência nos cartões?

2. Podem os modelos diferentes da deficiência, tais como o modelo médico, ser explicados através da CIF?

3. A CIF é apenas um conceito adicional que seja difícil e confuso?

4. Se podemos escolher uma maneira de olhar a deficiência ou devemos compreender as diferentes maneiras de olhar a deficiência a fim de despertar a consciência eficaz que se levanta nos nossos projectos da RBC.

5. Podemos usar a CIF para esclarecer a nós próprios e a comunidade o que constitui a deficiência? Desta maneira podemos ajudar as pessoas com deficiência para partici-par mais na vida da comunidade?

Uma estrutura possível para a discussão é pôr uma linha no chão com sim numa extremidade e não na outra. Um partici-pante deve colocar um cartão em baixo na linha e dizer porquê que ele sente que pertence a este lugar. Os outros participan-tes podem levar o cartão e ajustar a sua posição, desde que expliquem porque é que sentem que o cartão deve ser movi-mentado.

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Sessão 6a (Para gestores/supervisores da rBC) Formar um plano sobre como usar a CIF nos projectos da RBC. Tempo de treinamento: 2 horas.

Usando as perguntas 4 e 5 da Sessão 5, perguntar todas as equipas do projecto para formar grupos do seu próprio projecto da RBC e olhar para os seus planos do projecto e discutir onde poderia usar o conceito da CIF para mais efi-cazmente trazer uma comunidade inclusiva.

Pedir aos grupos do projecto para que apresentem os seus planos ao grupo maior para discussão.

Sessão 6b(Para os trabalhadores do terreno e da aPCd [(se não estiverem ligados ao planeamento directo do seu trabalho])

Usando a CIF para a consciencialização.Tempo de treinamento: 2 horas +.

Baseado na Sessão 5, pede os grupos para fazer um plano de consciencialização para a comunidade e as diferentes orga-nizações que trabalham com o projecto.

Ao apresentar os planos de consciencialização os grupos devem explicar como usaram a CIF e outros modelos da defi-ciência nos seus planos de consciencialização. Pede que cada grupo apresente uma sessão de conscienciali-zação exemplar a plenária.

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Sessão 7 (Para os gestores/supervisores da rBC)

Determine as habilidades necessárias para dar os planos.Tempo de treinamento: 30 minutos.

Deve facilitar uma discussão do grupo de 20 minutos para alistar as habilidades necessárias para dar os planos identifica-dos na sessão precedente. Peça aos participantes para escre-verem as suas respostas nos cartões. Use cartões diferentes para as habilidades actualmente disponíveis no projecto do que aquelas que não são actualmente disponíveis.

Leve 10 minutos para olhar nas habilidades identificadas e responder quaisquer perguntas.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Module 2 • Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva

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Módulo 2 • Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva

Participantes e tempo de treinamento:

Gestores, supervisores e trabalhadores do terreno da RBC/APCDs.Tempo total de treinamento: 9 horas e 5 minutos.

Necessidades de treinamento:

•Os trabalhadores da RBC precisam compreender o que uma sociedade inclusiva parece.

•Os trabalhadores da RBC precisam ter o conhecimento, as habilidades e a atitude certa para contribuir para uma sociedade inclusiva ao nível da comunidade abrangida pelo seu projecto de RBC. •Os trabalhadores da RBC precisam ter uma compreensão da importância do trabalho em rede na implementação da RBC. •Os trabalhadores da RBC precisam ter habilidades para promoção e trabalhar em rede com outros.•Os trabalhadores da RBC precisam compreender o nível da rede de trabalho necessário para sustentar o projecto de RBC dentro da comunidade. •Os trabalhadores da RBC precisam ter o conhecimento de habilidades de comunicação e como compartilhar uma men-sagem eficazmente.

Objectivos baseados no:

Conhecimento:•Os trabalhadores da RBC têm o conhecimento sobre o que constitui uma sociedade inclusiva.•Os trabalhadores da RBC devem ter o conhecimento de como podem contribuir para uma comunidade inclusiva na sua região/área local.•Os trabalhadores da RBC compreendem como usar a promoção para trabalhar para uma sociedade inclusiva.•Os trabalhadores da RBC têm o conhecimento de habili-dades de uma comunicação e como usá-las.•Os trabalhadores da RBC compreendem como o trabalho em rede realça a sustentabilidade do seu trabalho.

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Habilidades:•Os trabalhadores da RBC têm habilidades de promoção e de comunicação para permitir-lhes fazer a promoção na sua região/área local.•Os trabalhadores da RBC sabem fazer o mapeamento da sua região/área local e conectá-la às partes interessadas relevantes.•Os trabalhadores da RBC podem preparar e dar uma mensagem para melhorar o conhecimento e mudar as ati-tudes das partes interessadas relevantes na comunidade.

Atitudes:•Os trabalhadores da RBC acreditam que a sua comuni-dade deve ser e pode ser inclusiva de pessoas com defi-ciência. •Os trabalhadores de RBC acreditam que as pessoas com deficiência devem ter o acesso igual à vida na comunidade. •Os trabalhadores da RBC estão prontos para fazer pro-moção para uma sociedade inclusiva e advogar pelos direitos das pessoas com deficiência na comunidade onde trabalham. •Os trabalhadores da RBC estão confiantes em aproximar as diferentes partes interessadas para advogar por uma sociedade inclusiva.

Sessão 1

Um jogo inclusivo da sociedade.Tempo de treinamento: 1 hora.

O que você necessita para fazer o jogo: (ver o Apêndice 1)•Um dado•Um quadro com 100 quadrados –70 passos brancos ou quadrados intercalados com 30 quadrados com uma cor diferente. (veja o Apêndice 1 para uma amostra do quadro). •Para cada grupo 1 peão (poderia ser qualquer objecto que pudesse ser movido no quadro) desde que haja uma clara diferença entre os peões. Cada grupo terá um peão. •Pelo menos 75 cartões diferentes com perguntas/tarefas arrumados. (ver o apêndice 1 para amostra de perguntas)

Como fazer o jogo:•Dividir a plenária em grupos. Certificar que você não tem mais de 6-8 grupos. •Todos os grupos iniciam no começo do quadro. •Cada grupo tem a sua vez para lançar o dado e movimentá–lo para frente no quadro. •Quando um grupo lança o dado e cai num quadrado colorido devem levar o cartão no topo do monte de cartões. Quando a tarefa/pergunta no cartão for terminada, o grupo pode lançar outra vez. Se a tarefa não for terminada correctamente, o gru-po deve voltar ao princípio. •O grupo a ganhar é aquele que chega primeiro ao fim (de 100 quadrados).

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Você pode também repetir o jogo no fim do treinamento quando mais habilidades forem desenvolvidas.

Sessão 2

O que uma sociedade inclusiva parece?Tempo de treinamento: 1 hora.

Pede a cada equipa para fazer um cartaz que represente uma sociedade inclusiva, tente ser o mais abrangente possível sobre o que significa inclusão na sua comunidade.

Incentive os participantes a fazer os cartazes atractivos de modo que possam ser usados para promoção na comunidade local (como uma propagea para uma sociedade inclusiva).

Sessão 3

Apresentação numa comunicação. Tempo de treinamento: 1 hora.

Fazer uma apresentação sobre como as pessoas comunicam-se e factores que você deve ter em consideração quando está a comunicar uma mensagem. Duas apresentações em Power-Point são providenciadas no disco compacto como exemplos de uma apresentação na comunicação.

Sessão 4

Preparação de uma mensagem. Tempo de treinamento: 2 horas.

Dar cada grupo uma tarefa, por exemplo: 1. Preparar uma mensagem que convença a igreja local para aceitar pessoas com deficiência como membros a tempo inteiro da sua igreja e potencialmente como padres e outros clérigos.2. Preparar uma mensagem para a escola local para trabalhar na inclusão de crianças surdas.3. Preparar uma mensagem para o tribunal local que explica os direitos de pessoas com deficiência para ter acesso a jus-tiça da mesma maneira como aquelas sem deficiência.4. Preparar uma mensagem para o conselho ou o departa-mento do desporto local para organizar eventos de desporto para pessoas com deficiência

Convidar cada grupo para primeiro alistar as barreiras para alcançar a inclusão nas suas áreas escolhidas.

Que barreiras podem os seus projectos de RBC superar e que barreiras não podem ser influenciadas pelos projectos?

Pedir que cada grupo decida que argumentos são apropria-dos para a sua audiência.

Pedir que cada grupo decida sobre o meio para disseminar a sua mensagem.

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Pedir que cada grupo apresente a sua mensagem ao grupo principal. Depois de todas as apresentações, todos os partici-pantes e o facilitador fornecem os resultados sobre o que foi convincente e o que não foi, explicando porquê?

Sessão 5

Com quem você pode trabalhar em rede?Tempo de treinamento: 20 minutos.

Faça uma sessão plenária onde você alista todos os par-ceiros potenciais na comunidade que você poderia trabalhar em rede e deve fazer a promoção para criar uma sociedade inclusiva nas comunidades onde você trabalha.

Deixe que o grupo também analise sobre que apoio seria necessário a nível nacional e que apoio é necessário a nível global para alcançar uma sociedade inclusiva a nível da co-munidade local.

Sessão 6

Algumas teorias sobre promoção. Tempo de treinamento: 1 hora.

O facilitador dá uma apresentação sobre a promoção. Um exemplo no PowerPoint sobre a promoção está disponível no disco compacto.

Sessão 7

Praticando habilidades de promoção. Tempo de treinamento: 2 horas.

Mantendo quatro participantes de lado, divide os restantes participantes em 4 grupos e pede que cada um prepare uma sessão de promoção para as diferentes potenciais partes inte-ressadas. Cada grupo apresenta como poderia promover para a sua causa. Os participantes que não estiverem nos grupos representam as partes interessadas que necessitam de ser convencidas.

Forneça a resposta aos grupos no seguinte:1. A sua mensagem estava clara?2. Os argumentos diferentes foram usados para transmitir a mensagem?3. Os métodos diferentes foram usados para transmitir a mensagem?4. A mensagem foi divertida e a audiência estava ocupada?5. Os apresentadores falavam claramente?6. Como é que foram os seus gestos?

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Sessão 8

Preparando um plano.Tempo de treinamento: 45 minutos.

Peça que cada grupo prepare um plano de promoção e do trabalho em rede que explique como isto funcionará para uma comunidade inclusiva. Recolher o plano no fim de 45 minutos.

Sessão 9

Se o tempo permitir, repete o jogo da sessão 1 e compara-o se a rede de trabalho e as habilidades de promoção aumentaram.

Apêndice 1Jogo da Sociedade inclusiva: Quadro de amostra.

Os quadrados neste exemplo são 63, tente fazê-los 100. De vez em quando deve haver um quadrado colorido onde os participantes obtêm uma tarefa. Os exemplos de tarefas estão apresentados abaixo.

Tarefas da amostra nos cartões:

1. Você está a iniciar um programa da RBC, menciona 7 organi-zações que você visitará antes de começar o seu projecto.

2. Na sua área do projecto há um curandeiro local que está a convencer as crianças para deixar de tomar o seu medicamento de epilepsia. A área é Muçulmana e você decide envolver o ima-me (imã) local na sua consciencialização. Dê três argumentos que você usará para convencer o imame para trabalhar consigo.

3. Você tem estado a incentivar as pessoas com deficiência para fazer empréstimos mas eles têm medo que não vão conseguir devolver. O que você vai fazer e com quem?

4. Você tem 15 crianças surdas fora da escola. Explique 7 pas-sos que você poderá fazer para se certificar que estas crianças podem aprender? (você pode fazer suposições que cada passo vai ser bem sucedido.)

5. Você quer registar uma criança com PC na escola local. A criança é esperta e fala bem, mas é muito espástica e não con-segue segurar uma caneta. O que você vai dizer ao professor para -convencê-lo a aceitar a criança e que materiais você vai precisar para a criança?

6. Você vê muitas pessoas com cegueira que se pode tratar mas muitos deles não têm recursos para o tratamento. Você não tem nenhuma linha de orçamento no seu projecto para este caso, mas gostaria mesmo de resolver o problema. Como você iria convencer a comunidade local para contribuir?

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7. Uma criança com ataxia não é permitida na igreja ortodoxa porque não pode tirar os seus sapatos. O que você fará?

8. Você trouxe uma criança a capital para tratamento e enquanto isso o pai deixou a criança num orfanato para a sua adopção. A família não é muito pobre nem rica. O que você fará?

9. Há uma lei no seu país que todos os edifícios públicos têm que ser acessíveis. Você observa que o edifício da municipalida-de não é. Como você vai abordar este assunto e com quem você vai trabalhar?

10. A sua organização teve uma visita de um outro programa da RBC. A sua equipa soube que havia uma pessoa numa carrinha de roda mas se esqueceram de tomar em consideração quan-do estavam a se preparar para a visita. A equipa sugere que o visitante na cadeira de roda fique no carro e pode ser actualizado mais tarde sobre o que aconteceu. O que você vai fazer?

11. Uma escola preparou-se para ser uma escola inclusiva. Você está a prestar uma visita a convite da escola para aconselhá-los se pensaram em tudo. Faça uma lista de 10 coisas que você verificará.

12. Uma APCD está a tentar escrever o seu plano de actividade. Você observa que os seus planos focalizam principalmente nos aspectos de membros do quadro masculino. Como é que você os convencerá para tomar em conta aspectos de mulheres e crianças com deficiência, sem lhes dar o sentimento de que você tem responsabilidade sobre isso?

13. O Tribunal local não está disposto em aceitar um dos seus clientes para testemunhar. Que parte da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos de Pessoas com Deficiências (CNUDPD) você vai usar para convencer ao juiz que este deve ser permitido a testemunhar?

14. A sua organização tem algo para comemorar e você sai para um restaurante extravagante na cidade. Um dos seus colegas é atáxico e o restaurante recusa deixá-lo entrar (pensam que ele vai perturbar os outros clientes). A maior parte dos clientes para o jantar já está dentro e você fez esta reserva há 2 meses. O que você vai fazer?

15. Uma das APCDs que trabalha com você decidiu aceitar so-mente homens com uma deficiência no seu quadro. Sentem que as mulheres são bem representadas por homens. O que você vai fazer?

16. Um oficial da polícia não está interessado em perseguir um caso criminal em nome de uma das crianças no seu programa porque o ofensor é um director da escola e o oficial considera a criança sem muita importância porque tem uma deficiência. O que você vai fazer?

17. Nomeie 20 organizações que trabalham consigo ou pensa que vão trabalhar consigo para fazer inclusiva a sua comunidade local de pessoas com deficiência.

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18. A clínica local do HIV/SIDA está muito ocupada. Alguns dos seus clientes têm tentado dispor-se ao teste de HIV e aconselha-mento mas todos foram enviados ao centro local da reabilitação porque têm uma deficiência. Como é que você apresentaria o seu caso para a sensibilização da clínica do HIV/SIDA

19. Uma creche está abrir na área do seu projecto. Será a pri-meira vez que este tipo de instrução estará disponível e você quer se certificar que será inclusiva. O que você vai fazer?

20. Uma das meninas com deficiência sempre quis tornar-se uma professora de Química. Depois de bons resultados nos seus exames finais começa a universidade, apenas para de-scobrir que praticamente nenhum dos edifícios na universidade éacessível. O que você vai fazer?

21. Nomeie 15 organizações que trabalhariam consigo para fazer a sua comunidade local mais acessível e alistar o que você iria fazer.

22. Mostrar ao grupo como você usaria a CNUDPD para prote-ger o direito à vida de crianças com deficiência.

23. Cante uma canção em sua língua local para promover uma sociedade inclusiva. Se você não conhecer uma você pode fazer uma.

24. Esboçar um plano para promover desporto para pessoas com deficiência em torneios de desporto local.

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Módulo 3 • inclusão social

Participantes e tempo de treinamento:

Todos os trabalhadores da RBC, e também é possível fazer uma sessão para as APCD e outras partes interessadas.

Tempo de treinamento total: 9 horas.

Necessidades de treinamento:

•Os trabalhadores da RBC precisam compreender como

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a exclusão social de pessoas com deficiência afecta não somente o seu progresso do dia - a - dia em relação a in-clusão, mas também o seu conhecimento de como trabalhar para inverter esta exclusão. •Os trabalhadores da RBC precisam compreender o papel da cultura e da tradição na exclusão social (veja o módulo 4: Cultura e RBC).•Os trabalhadores da RBC precisam ter uma compreensão de diferentes grupos de pessoas com deficiência e a sua vulnerabilidade.•Os trabalhadores da RBC precisam compreender e ter habi-lidades para promover a inclusão social.

Objectivos baseados no:

Conhecimento:•Os trabalhadores da RBC compreendem o conceito da inclusão social.•Os trabalhadores da RBC compreendem como a inclusão social ajuda em trabalhar com grupos em desvantagem.•Os trabalhadores de RBC compreendem porque deter-minados grupos de pessoas com deficiência são mais vulneráveis do que outros.

Habilidades: •Os parceiros da RBC podem promover a inclusão social no seu trabalho diário.

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Atitudes:

•Os trabalhadores da RBC sentem que o trabalho de inclusão social pelo projecto e por outros interessados ajuda a incluir a deficiência (veja o módulo 5: Sustentabili-dade dos programas da RBC).

Sessão1

Definir a inclusão social. Tempo de treinamento: 1 hora.

Divide os participantes em dois grupos e tenha uma chuva de ideias baseada nas três perguntas seguintes: •O que é inclusão social? •O que significa a inclusão social na RBC?•O que está sendo feito em cada um dos projectos da RBC representados pelos participantes na área da inclusão social?

Pede que cada grupo apresente os resultados da sua chu-va de ideias, enquanto uma pessoa toma nota num cartaz de modo que o grupo possa desenvolver uma definição da in-clusão social.

Sessão 2

Explicação do domínio social na matriz da RBC.Tempo de treinamento: 1 hora.

Escreva as áreas diferentes do domínio social como títulos nos cartazes individuais. Peça aos participantes para andarem

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a volta e escrevam os aspectos de inclusão social feitos que enfrentam no terreno em cada área.

Depois dos participantes alistarem os seus aspectos, faça uma apresentação em PowerPoint sobre o domínio social.

Quaisquer aspectos levantados que não foram abordados duran-te a apresentação devem ser cobertos e discutidos mais tarde.

Sessão 3

Métodos para identificar problemas, causas e soluções, e os seus usos na inclusão social.Tempo de treinamento: 2 horas.

Esta sessão é desenhada para demonstrar aos participantes os métodos da inclusão social, e ter ideias sobre os problemas que necessitam ser superados e soluções possíveis.

•Actividade para um pequeno Grupo

Divide os participantes em pequenos grupos e pede-lhes para considerarem as seguintes perguntas:

“As pessoas são seres sociais. Estando activamente inclusos na vida da família e da comunidade é essencial para o desenvol-vimento e identidade da pessoa. A oportunidade de participar em actividades sociais, cultural e religiosas tem um impacto forte na qualidade da vida de uma pessoa, na auto-estima e na posição social.

Entretanto, com muitas barreiras ambientais e de atitude, as crianças e os adultos com deficiência frequentemente têm

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poucas oportunidades de participar de forma significativa na vida da família e da comunidade” (das directrizes da OMS)

Reflexão

Peça que cada grupo reflicta no seguinte: Porque as questões das pessoas com deficiência não são integradas/inclusas na agenda nacional e local, e quais são as causas e possíveis soluções deste problema?

Peça aos grupos para apresentarem as suas reflexões através de uma campanha exemplar sobre a inclusão social, com cada grupo a escolher um grupo-alvo diferente.

Sessão 5

Mais grupos vulneráveis de pessoas com deficiência.Tempo de treinamento: 30 minutos.

Fazer uma chuva de ideias numa sessão plenária sobre os grupos de pessoas com deficiência que são mais vulneráveis. (10 minutos)

Os exemplos de grupos que poderiam ser mencionados são:

•Mulheres com deficiência •Crianças com deficiência•Pessoas com deficiência vivendo com o HIV•Pessoas que vivem com lepra•Albinos

Divide os participantes em grupos e pede-lhes que escol-ham um grupo e escrevam um caso de estudo explicando a vulnerabilidade desse grupo. Garantir que cada grupo escolha um grupo vulnerável diferente (ponha um caso de estudo a parte para uma sessão mais tarde. (20 minutos)

Sessão 6

A posição de mulheres com deficiência na sociedade. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Faça o jogo explicado no apêndice 1.

Sessão 7

Mulheres com deficiência. Tempo de treinamento: 1 hora.

Para compreender a exclusão social de mulheres com de-ficiência divide os participantes em pequenos grupos e res-ponda às seguintes perguntas: Qual é a posição de mulheres em geral e mulheres com deficiência, em particular, na sociedade?•Porque que as mulheres com deficiência são mais vulneráveis? •O que os trabalhadores do terreno devem fazer para sensibi-lizar mulheres com deficiência?•Como é que os trabalhadores do terreno podem melhorar a situação de mulheres com deficiência?

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Sessão 8

Grupos vulneráveis na RBC. Tempo de treinamento: 1 hora.

Trocam o caso de estudo da sessão 5 entre os grupos. Peça que cada grupo discuta as actividades que poderiam ser de-senhadas dentro do programa da RBC para diminuir a vulne-rabilidade do grupo na sociedade. Peça que cada grupo apre-sente as actividades que desenharam anteriormente nos seus grupos maiores.

Sessão 9 Implementar uma inclusão social na comunidade. Tempo de treinamento: 2 horas.

Divide os participantes em grupos pequenos para fazer uma chuva de ideias e depois criar uma árvore do problema sobre o aspecto da inclusão social:

•O problema principal forma o tronco.•As causas do problema principal formam as raízes.•As consequências do problema principal formam os ramos.

Incentivar os participantes para comentar sobre todas as ár-vores. Depois peça aos grupos para transformarem a árvore do problema numa árvore objectiva reformulando todos os problemas (negativos) em pontos de acção (positivos). Um objectivo é uma descrição de uma situação positiva a ser alcançada no futuro.

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Depois pedir que cada grupo projecte uma estratégia para alcançar os objectivos. Finalmente, peça que cada grupo apre-sente as suas árvores e a estratégia objectiva ao grupo maior para comentários.

Apêndice/Anexo 1:

ACTIVIDADE: JOGO DA VIDA (30 Minutos) Esta actividade é desenhada para começar a olhar sobre

porque incluir pessoas com deficiência é assunto importante para a redução da pobreza. Deve ajudar para mostrar porque as pessoas com deficiência são especialmente vulneráveis à pobreza crónica. A História usada nesta actividade pode ser adaptada para fazê-la apropriada às circunstâncias locais.

ProcessoPasso 1 -Peça 4 voluntários (pré-seleccionados) para alin-

harem-se no meio da sala. O resto do grupo deve sentar-se a volta junto as paredes da sala, donde pode ver os voluntários.

Passo 2 - Dizer um voluntário para pensar nele próprio, para este exercício, como um homem sem deficiência, o segundo ser um homem com deficiência; o terceiro ser como uma mul-her sem deficiência; o quarto, ser como uma mulher com de-ficiência. (é uma ideia boa ter pessoas a assumir identidades diferentes delas próprias.)

Passo 3 - Explique que este exercício é para ajudar o grupo a examinar como as nossas experiências da vida podem dife-renciar, dependendo de quem nós somos e de como a nossa

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comunidade nos vê. Atravesse as principais etapas de uma his-tória típica da vida, uma por uma, e tenha cada um dos voluntári-os para responder a cada etapa, de acordo como eles pensam que afectaria o seu carácter atribuído (ou a sua família):

Os participantes devem movimentar-se:•Dois passos a frente para uma experiência muito positiva ou muito bem sucedida•Um passo a frente para uma experiência positiva ou bem suce-dida•Um passo a retaguarda para um experiencia não muito positiva e não bem sucedida•Dois passos a retaguarda para uma experiência negativa ou mal sucedida

Enfatizar que cada um deles está a representar um grupo de pessoas, assim que devem responder de acordo com isso – em vez de basear as suas respostas nas suas próprias expe-riências, ou a experiência de um indivíduo, que não pode ser aplicável para a maioria.

Enfatizar que as suas respostas devem ser baseadas no que pensam que está a ocorrer actualmente para a sua cultura e situação, não o que pensam que deveria ser.

Depois de cada passo da vida, e da resposta pelos voluntários, dê tempo para o resto do grupo reagir e comentar sobre o jogo feito pelos voluntários. Se houver um desentendimento, o resto do grupo pode se decidir pelo consenso e o voluntário pode mu-dar o jogo que ele/ela fez, dependendo da dinâmica do grupo.

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É importante que você avalie cuidadosamente quando intervir e comentar, quando estiver a esclarecer as razões para de-cisões, e discutir quaisquer pontos prejudiciais.

Conhecimentos básicos adicionais:Você pode usar este exercício com os seus programas do

país, assim o contexto relacionar-se-á ao programa que você está a visitar. Neste cenário nós queremos que você focalize sobre a Tanzânia como país e você precisa de imaginar que o ambiente local é na sua maior parte rural com uma pequena cidade próxima.

Os níveis da pobreza da renda são geralmente muito ele-vados embora a maioria de famílias tenha a terra e acesso à água potável. As oportunidades de empresariado existem na cidade onde há também facilidades de saúde e educa-cionais. Esta é uma situação típica para muitas pessoas em Tanzânia.

Voluntários – as suas deficiências específicas não são rele-vante para esta actividade assim que não tente focalizar nelas demasiadamente. Não alterará a essência da actividade.

Passo 4 - Comece com o primeiro evento de vida, como se você estivesse conteo uma história...

•‘Num belo dia, depois de uma longa espera de nove me-ses, o seu personagem nasce. Como é que a sua família sente quando vê quem você é? Faça as suas jogadas.’

Comentários/sugestões pelo resto do grupo?

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O que poderá acontecer: A família é muito feliz (o filho sem deficiência é nascido): 2 passos para frente.Bastante feliz (filho com deficiência/filha sem deficiência): 1 passo para frente.Não feliz (filho com deficiência): 1 passo atrás.Muito infeliz (filha com deficiência): 2 passos atrás.

•‘Agora você é um pouco mais velho, e é hora de começar a pensar na escola. Qual a probabilidade de você poder começar a frequentar a escola? Faça as suas jogadas.’

o A sua família deixará/incentivará você a frequentar?o O edifício de escola é acessível para você?o A sala de aulas é acessível para você – isto é;

carteiras para a escola – você é capaz de usar a carteira?o O professor é capaz de lhe ensinar?

Comentários/sugestões pelo resto do grupo?

•‘Agora você tem 20 anos de idade. A primavera está no ar, e você gostaria de se casar ou formar um relaciona-mento. Pensa que isto será possível para você? Faça as suas jogadas.’

•‘Você gostaria de estar ocupado e quer fazer algum dinheiro para a sua família. Você tenta conseguir um emprego. Qual a facilidade de você conseguir ter algum?

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Comentários/sugestões pelo resto do grupo?

•‘Poucos anos passaram e toda gente no seu grupo de ida-de está tendo filhos. Como isto será possível para você?’

Comentários/sugestões pelo resto do grupo?

Verifique se a mulher com deficiência dá 2 passos para trás ou é instruída para fazer assim pelo grupo. Porque é que isto aconteceu? Podem dizer que porque a maioria de mulheres com deficiência são fisicamente incapazes de ter filhos – um mito comum. 2 Passos atrás podem ser uma resposta exacta para uma razão diferente: as mulheres com deficiência fre-quentemente não têm filhos porque a sociedade pensa que elas não podem ou não devem tê-los.

•‘Agora você está nos seus 40s e você tem muita experiên-cia da vida. Você quer ajudar a sua comunidade a tornar -se envolvida na política local. Como pode você provavelmente conseguir este objectivo?

Comentários/sugestões pelo resto do grupo?

Este jogo é uma ferramenta útil para lembrar-nos que a deficiên-cia e a exclusão social afectam seriamente a habilidade da pessoa para evitar a pobreza?

Esta pode ser uma boa ferramenta para usar-se com grupos que não tenham sido confrontados por estes aspectos antes – pode ser completamente poderosa e pode mesmo ofender as pessoas, especialmente se o grupo inclui pessoas com deficiência.

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Notas do facilitador:

Este exercício precisa de uma introdução e facilitação cuidadosas. Para muitos participantes revela dramaticamente coisas que nunca antes pensaram de forma consciente. Pode ser divertido, o humor a levar as extremidades fora dos factos duros expostos pelo jogo: mas alguns participantes acharam-no afligidor, porque põe claro algumas verdades pessoais e muito dolorosas.

Quando for introduzido num momento próprio e de forma apropriada, pode ajudar a identificar e falar sobre tabús e aspectos difíceis, assim todos podem reconhecer onde o núcleo da discriminação se encontra, e de lá trabalham para as estratégias da mudança.

Este exercício mostra quão arbitrário o jogo da vida é real-mente, dependente dos factos de oportunidades de nasci-mento de cada um. Pode ser uma maneira eficaz de revelar as pessoas sem deficiência o quanto as pessoas com defi-ciência são discriminadas (directamente e indirectamente) na sua comunidade.

Ajuda também as pessoas sem deficiência e com deficiên-cia igualmente reconhecer que as mulheres com deficiência geralmente enfrentam uma discriminação pior do que homens com deficiência. (este é um facto negado frequentemente por homens com deficiência e por APCDs, e usado como uma justi-ficação para não incluir mulheres, ou não trabalhar em assuntos relacionados com as mulheres com deficiência).

Nos grupos com uma mistura de participantes com deficiên-cia e sem deficiência, é essencial que os participantes tenham trabalhado suficientemente juntos, e se conhecem suficiente-mente, para se sentirem confortável um com o outro.

Facilite o fim do exercício: forneça a resposta sobre onde todos terminaram. Anotar onde toda gente está. É uma reapre-sentação justa de que as pessoas viram nas comunidades?

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Módulo 4 • Cultura e RBC

Participantes e tempo de treinamento:

Apropriado para todos os trabalhadores da RBC, e também é possível usar este módulo para APCDs e outras partes inter-essadas. Total Tempo de treinamento: 10 horas e 20 minutos.

Necessidades de treinamento:•O pessoal do programa da RBC precisa estar consciente da cultura das comunidades locais de modo a trabalhar em har-monia com essa comunidade.

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•Os programas da RBC necessitam ser ajustados na cultura local para ser mais eficientes e eficazes.•Os programas da RBC que querem fazer parte do desenvol-vimento da comunidade necessitam usar o conhecimento da cultura local na implementação do seu projecto. •Liberalizando a comunidade local e especialmente as pes-soas com deficiência que vivem nelas requer que os pro-jectos da RBC sejam baseados na cultura e nas estruturas locais.

Objectivos baseados na:

Conhecimento:•Os trabalhadores da RBC estão conscientes de e podem expressar a sua cultura local e sua influência em pessoas com deficiência nas suas comunidades.

Habilidades: •Os trabalhadores da RBC podem usar a sua cultura local para influenciar positivamente as suas comunidades locais para incluir pessoas com deficiência. •Os projectos da RBC podem formar um plano ao relacio-nar o seu desenvolvimento do projecto à cultura local e o seu desenvolvimento. •As habilidades necessárias para a execução do plano estão alistadas e as habilidades indisponíveis dentro do projecto da RBC são anotadas para futuros treinamento e/ou suporte.

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Atitudes: •Os trabalhadores da RBC estão conscientes das suas próprias atitudes em relação a sua cultura local e como que isto os relaciona com pessoas com deficiência.

Sessão 1

Qual é a sua cultura?Tempo de treinamento: 30 minutos.

Peça que cada um dos participantes escreva o que acreditam que a sua cultura seja. (5 minutos)

Peça que os participantes apresentem as suas ideias da `sua cultura’ aos outros. (15 minutos)

Facilite uma discussão sobre a incorporação de uma outra cultura. Algum dos participantes já fez isso? O que é que no-tou? (10 minutos)

Sessão 2

Uma explicação breve da cultura. Tempo de treinamento: 20 minutos.

Dê uma breve apresentação seguida por uma discussão so-bre o significado da cultura. (veja o disco compacto para uma apresentação de amostra em PowerPoint)

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Sessão 3

Qual é a sua cultura? Parte II. Tempo de treinamento: 1 hora.

Este exercício deve conduzir a uma compreensão da cultura local e como poderia ser usada para a execução do projecto de RBC.

Submeta uma série de declarações sobre a cultura para gerar a discussão. Todas declarações devem ser discutidas no con-texto de estruturas culturais e interacções da comunidade local.

Exemplo de declações:

•Na comunidade local se você quiser passar uma mensagem é melhor falar primeiro com os líderes comunitários.•Na comunidade local quando as pessoas ficam doentes pri-meiro recorrem à cura religiosa.•Na comunidade local quando as pessoas ficam doentes pri-meiro usam os remédios naturais.•Na comunidade local os homens é que tomam decisões e não as mulheres. •Na comunidade local os jovens aprendem sobre a sexualida-de a partir dos seus pais.•Porque as mulheres nunca terão voz quando os homens es-tiverem a volta delas, é melhor aproximá-las separadamente quando quiser obter a opinião delas. •Na comunidade local a partilha do alimento é um ritual diário importante.

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•Na comunidade local qualquer um que participa na contribu-ição das actividades do dia-à dia da casa é aceite como um pleno membro da família. •Na comunidade local as pessoas mais poderosas são o pad-re e o curandeiro.

Sessão 4

Como é que a cultura influencia as vidas das pessoas com deficiência?Tempo de treinamento: 1 hora.

Antes do início desta sessão comece a explicar alguma opi-nião cultural sobre a deficiência conhecida na região onde os programas trabalham. Incentivar os participantes para adicionar exemplos. (Por exemplo, algumas crianças de países Africanos Ocidentais com várias deficiências são consideradas ser crian-ças de serpentes e são deixadas no mato para que as serpen-tes levem-nas de volta)

Divide os participantes em pequenos grupos e discutem como a cultura influencia os seguintes aspectos para pessoas com deficiência:

1. Para ser parte da vida de família?2. Para ir à escola?3. Para tornar -se um parente/marido/esposa?4. Para fazer parte da comunidade e das actividades religiosas?5. Para fazer parte do desporto/outras actividades de lazer?6. Ter um trabalho e ser economicamente independente?

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Peça que os grupos escrevam os seus pontos num cartaz. Afixe os cartazes na parede e depois reorganize aos grupos, mantendo uma pessoa do grupo original em cada um dos grupos. Instrua os novos grupos para passar por sua vez por todos os cartazes, e peça o membro original do grupo para apresentar o seu cartaz.

Assegurar-se de que todos os pontos impressionantes sejam escolhidos e discutidos.

Sessão 5

Trabalhar com os curandeiros. Tempo de treinamento: 3 horas.

Esta sessão é projectada para discutir o conhecimento indí-gena que está disponível nas comunidades dos participantes e como é que é visto e valorizado pela comunidade.

Divide os participantes em grupos e peça-os para discutirem as seguintes perguntas:

1. Qual é o papel dos curandeiros indígenas na comunidade e como é que são vistos culturalmente?

2. Como é que você se sente sobre curandeiros culturais? O que eles curam bem e que práticas são prejudiciais? Para que tipo de problemas você iria ter com curandeiro indígena?

Depois de mapear o conhecimento indígena disponível peça que os participantes olhem na colaboração com curandeiros indígenas:

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1. Quais são os objectivos de curandeiros indígenas e de pro-gramas da RBC? Existem intenções comuns ou objectivos?

2. Que estratégias podem ser usadas para trabalhar junto e respeitar as competências de um ao outro? (Por exemplo, seria possível incluir curandeiros indígenas como trabalhadores de terreno para os programas e ou num posto de encaminhamento? Poderiam os curandeiros indígenas e os trabalhadores do terre-no juntos fazer visitas?)

Se possível, seria bom organizar-se para que um curandeiro indígena fale com os participantes e explore as áreas comuns de trabalho.

Sessão 6

Construindo o desenvolvimento da comunidade na cultura local.Tempo de treinamento: 1 hora.

Use os casos de estudo (pode ser baseado na sessão 4) para gerar a discussão em torno da situação de pessoas com deficiência. Ligado com o exercício anterior sobre estruturas na comunidade local, apresente estratégias que usam a cultura local e ajuste-às para incluir pessoas com deficiência na comu-nidade local.

Os casos de estudo podem descrever situações tais como as seguintes:•Crianças com deficiência que são rejeitadas na vida familiar.

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•Pessoas com deficiênciaque são consideradas amaldiçoa-das ou inúteis.•Pessoas com deficiênciaque não estão a fazer parte da ge-ração da renda.•Pessoas com deficiência que não são consideradas apropri-adas para o casamento ou para a vida familiar.•Pessoas com deficiência que são negadas o cuidado aprop-riado e a reabilitação.

Sessão 7

Influências do género e cultura/comunidade local. Tempo de treinamento: 1 hora.

As seguintes perguntas devem ser respondidas nesta sessão:

•Onde é que as mulheres trabalham e que funções desempen-ham na comunidade local?•Onde é que os homens trabalham e que funções desempen-ham na comunidade local?•Quando é que uma mulher é bem sucedida na comunidade local?•Quando é que um homem é bem sucedido na comunidade local?•Quando é que uma mulher com deficiência é bem sucedida na comunidade local?

Peça que cada grupo divida uma folha do cartaz em dois e num lado escrever as tarefas da vida diária de uma mulher e no outro, aquelas de um homem.

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Então peça que cada grupo escreva o que faz um homem e uma mulher bem sucedidos de acordo com a comunidade local.

Finalmente, peça-lhes que escrevam de que maneira quer que um homem ou uma mulher recebam ainda o respeito da comunidade se não tiverem filhos?

Peça que cada grupo prepare uma apresentação sobre assuntos que devem ser considerados ao tentar assegurar a participação e o respeito para homens e mulheres com defi-ciênciana comunidade local. (Cada grupo deve explicar o que seriam assuntos específicos para homens com deficiência e o que seriam tópicos específicos para mulheres com deficiência)

Sessão 8a(Para gestores e supervisores.)

Olhando para as actividades em cada projecto da RBC, como é que elas podem se tornar mais “ajustadas” na cultura da comunidade local? Tempo de treinamento: 2 horas.

Pergunte aos participantes o que o C em RBC significa no seu projecto? Como é que o C da RBC pode tornar –se uma parte mais grande do seu projecto?

Os participantes podem trabalhar em grupos ou individual-mente para desenvolver os seus próprios planos do projecto.

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Peça aos participantes para que olhem nos seus próprios planos e actividades do projecto. Em que actividades a cultura joga um papel na execução do projecto de RBC? Como po-dem usar a cultura local para trabalhar na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade?

Peça aos participantes que apresentem os seus planos do projecto ao grupo principal reserveo o tempo para comentários de outros grupos.

Sessão 8b(Para trabalhadores do terreno, e também para aPCds se o treinamento não for ligado directamente ao plano do seu trabalho.)Tempo de treinamento: 2 horas ou mais.

Como podemos assegurar que a sensibilização na RBC está baseada na cultura local?

Baseado na sessão 7, peça que todos os grupos desenhem um plano de sensibilização para a comunidade e as diferentes organizações com as quais o projecto trabalha. Ao apresentar os planos de sensibilização peça aos grupos para explicarem como fizeram para levar a cultura local em consideração.

Peça que cada grupo apresente uma sessão de sensibili-zação.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 4 • Cultura e RBC

Sessão 9(Para os gestores e supervisores da rBC.)

Determine as habilidades necessárias para realizar um plano. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Faça sentar os grupos por 20 minutos para discutir que habi-lidades são necessárias para realizar os planos projectados na sessão 8. Peça que os participantes alistem as habilidades nos cartões. Alistar separadamente as habilidades que estão actu-almente disponíveis no projecto e aquelas que actualmente não estão disponíveis.

Leve 10 minutos a olhar nas habilidades alistadas e dê perg-untas ou forneça esclarecimentos quando necessário.

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Módulo 5 • Sustentabilidade do programa de rBC

Participantes e tempo de treinamento:

Os gestores da RBC, os trabalhadores do terreno, os tra-balhadores da rede, os parceiros locais da RBC, os parceiros financeiros, os líderes comunitários (os chefes das aldeias, imames, padres, os lideres/funcionários do governo, os pais de pessoas com deficiência, os actores da educação) e os memb-ros de associações de pessoas com deficiência (APCDs).

Total Tempo de treinamento: 6 horas.

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Necessidades de treinamento:

•Os trabalhadores de RBC de todos os níveis precisam ter uma compreensão compartilhada da necessidade e de manei-ras de fazer o seu programa sustentável.•Os trabalhadores da RBC de todos os níveis precisam ter uma compreensão de como poderiam contribuir para uma so-ciedade inclusiva (“Mainstreaming” da deficiência) dentro da sua própria área do projecto. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma Sociedade inclusiva.)•Os trabalhadores de RBC de todos os níveis precisam saber como lidar –se com outras organizações a fim de fazer o seu pro-jecto mais sustentável. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)•Trabalhadores da RBC de todos os níveis precisam saber como dar o treinamento e a sensibilização a todas as partes interessadas relevantes sobre a sociedade inclusiva, e seu papel na inclusão de pessoas com deficiência no desenvolvi-mento. •Trabalhadores de RBC de todos níveis precisam ter uma com-preensão da RBC como uma ferramenta para alcançar uma sociedade inclusiva. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)

Objectivos baseados no:

Conhecimento:•Os trabalhadores da RBC compreendem o que faz o seu programa de RBC mais sustentável ou menos sustentável.•Os trabalhadores da RBC compreendem o que uma

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sociedade inclusiva significa e como podem jogar um papel para alcançar uma sociedade inclusiva na sua área do projecto de RBC. (Veja o módulo 2 : Trabalho em rede para uma sociedade). •Os trabalhadores de RBC conhecem os parceiros relevan-tes para trabalhar com eles a fim de fazer o seu trabalho sustentável. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)•Os trabalhadores de RBC sabem preparar o treinamento das sessões de sensibilização para os parceiros da RBC. (Veja o Módulo 7: Sensibilização.)

Habilidades:•Os trabalhadores da RBC têm as habilidades para fazer o treinamento e dar sessões de consciencialização para os parceiros relevantes da RBC. (Veja o Módulo 7: Treina-mento sobre a sensibilização.)•Os trabalhadores da RBC têm as habilidades para selec-cionar e aproximar os parceiros relevantes. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)•Os trabalhadores da RBC têm as ferramentas diferentes que podem usar para construir uma sociedade inclusiva. (Veja módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade.)

Atitudes:•Os trabalhadores da RBC estão comprometidos a tra-balhar na inclusão, em vez de trabalhar somente para a existência contínua da sua organização.•Os trabalhadores da RBC estão comprometidos a trabal-har com outras organizações a fim de juntos alcançar uma

sociedade inclusiva.•Os trabalhadores da RBC estão comprometidos em retirar-se gradualmente das áreas onde a comunidade, as APCDs, as famílias de pessoas com deficiência ou o governo está pronto para assumir o seu trabalho. •Os trabalhadores da RBC acreditam que a sua comu-nidade deve ser e pode ser inclusiva de pessoas com deficiência. (Veja o Módulo 2:Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)•Os trabalhadores da RBC acreditam que as pessoas com deficiência devem ter o acesso igual à vida comunitária. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.) •Os trabalhadores da RBC estão prontos para fazer pro-moção para uma sociedade inclusiva e para advogar os direitos de pessoas com deficiênciana comunidade onde trabalham. (Veja o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)•Os trabalhadores da RBC são confiantes em aproximar as diferentes partes interessadas para advogar para uma sociedade inclusiva. (Ver o Módulo 2: Trabalho em rede para uma sociedade inclusiva.)

Sessão 1

O que cria uma sustentabilidade na RBC? Tempo de treinamento: 1 hora.

Peça que os participantes escrevam nos cartões o que cria a sustentabilidade e o que cria a dependência no trabalho da

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RBC dentro da/do:

•família •comunidade•APCDs •Economicamente•cuidado da saúde/reabilitação •educação•estruturas do governo•doadores do projecto

Afixar os cartões nos cartazes debaixo de duas colunas: uma coluna para a sustentabilidade num lado e uma coluna para a dependência no outro.

Usar os cartazes para conduzir uma discussão do grupo.

Sessão 2

Fazer o projecto sustentável dentro da família.Tempo de treinamento: 1 hora.

Usando a ideia de uma bacia de peixes, conduza uma discus-são sobre a sustentabilidade dentro da família.

Peça que um grupo de cinco pessoas que se sente no meio da sala e o resto do grupo que se sente num círculo grande a volta deles:

1. Uma pessoa é um trabalhador de RBC que esteja a tentar explicar à família que é o objectivo do projecto da RBC é evitar a dependência da família no projecto.

2. Uma pessoa é a mãe de uma criança com deficiência que esteja receosa porque já não podem pagar nenhuns custos médicos nem para reabilitação da criança. Gastaram muito nos curandeiros mas em nada ajudou.

3. Uma pessoa tem deficiência e nunca aprendeu que ele/ela é capaz de tomar cuidado dele/dela mesma.

4. Uma pessoa é um tio que está preocupado com o fardo económico contínuo do seu membro da família com deficiência que sentem que nunca vai ajudar economicamente à família.

5. Uma pessoa é um vizinho que criou o vínculo entre o progra-ma da RBC e a família porque compreende que dão a ajuda às pessoas com deficiência.

Peça que o grupo realize uma peça como se esta fosse a primeira visita do trabalhador da RBC. O trabalhador da RBC está tentar nivelar as expectativas das pessoas para uma ab-ordagem menos dependente do projecto. Os membros do grupo que sentem que podem apresentar novas ideias podem a qualquer momento tomar lugar do trabalhador da RBC na peça. Os outros participantes alistam as palavras-chaves que representam a sustentabilidade da RBC dentro da família. Depois da peça coloque as palavras-chaves na parede/cartaz para que todos os participantes vejam.

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Sessão 3

Dar pessoas peixe ou ensinar-lhes a pescar.Tempo de treinamento: 1 hora.

Dê uma apresentação em PowerPoint que explica a sustenta-bilidade da RBC dos diferentes ângulos:

a comunidade, participação do governo, APCDs e outras organizações no terreno.

Sessão 4

Desenhe um programa sustentável da RBC.Tempo de treinamento: 3 horas.

Divide os participantes em três grupos para projectar um pro-grama sustentável da RBC.

Assegurar-se que cada grupo tome uma área diferente da RBC (1 ou 2 da lista abaixo) e pede-lhes que desenhem os indicadores que mostrarão se esse projecto está desenvolvido numa maneira sustentável. Os indicadores têm que ser men-suráveis e localmente aplicáveis no projecto de RBC.

Áreas da RBC:

1. Grupos envolvidos na RBC: a. A família b. Participação do governo c. Participação da APCD d. Envolvimento de outra ONG

2. Temas: a. Educação b. Saúde c. Meios de subsistência d. Empoderamento

3. Envolvimento do doador na RBC

Peça que cada grupo escolha um grupo de 1 e um tema de 2. Todos os grupos devem olhar para 3: Envolvimento do doador.

Peça que cada grupo apresente o seu trabalho ao grupo inteiro e depois facilite uma discussão.

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Módulo 6 • Monitoria e Avaliação na RBC

Participantes:

Os gestores e supervisores de projectos da RBC. Tempo de treinamento total: 16 horas.

Necessidades de treinamento:

•Os gestores e supervisores da RBC precisam de compreen-der os benefícios da monitoria e da avaliação do seu progra-ma da RBC. •Os gestores e supervisores da RBC precisam de ganhar

habilidades de usar ferramentas da gestão e da avaliação.•Os gestores e supervisores da RBC precisam de ter habili-dades de monitoria e avaliação quantitativa e qualitativa do programa da RBC. •Os gestores e supervisores da RBC precisam de conheci-mentos de ferramentas específicas da avaliação da RBC. •Os gestores e supervisores da RBC precisam de com-preender as diferentes maneiras de como os resultados da monitoria e avaliação podem ser usados para fortalecer o seu programa da RBC.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os gestores e os supervisores da RBC sabem que há diferentes maneiras de monitorar e avaliar um programa da RBC.•Os gestores e os supervisores da RBC sabem sobre as ferramentas específicas da avaliação para programas da RBC.

Habilidades:•Os gestores e os supervisores da RBC sabem usar as caixas de ferramentas em vários métodos da avaliação. •Os gestores e os supervisores da RBC sabem produzir indicadores quantitativos e qualitativos do trabalho feito.•Os gestores e os supervisores da RBC podem ajustar o seu plano do projecto baseado nos resultados de monito-ria e avaliação.

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Atitudes:•Os gestores e os supervisores da RBC podem explicar os benefícios de monitorar e de avaliar o programa.•Os gestores da RBC acham relevante monitorar regular-mente o seu programa da RBC.

Sessão 1

Experiências na monitoria e avaliação.Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

Divida os participantes em grupos correspondentes aos seus projectos. Peça lhes que desenhem um cartaz que explica as ferramentas da monitoria e avaliação que usam nos seus pro-jectos e como estas ferramentas foram usadas para beneficiar o desenvolvimento do projecto.

Discuta as experiências dos diferentes projectos. Conduza uma discussão plenária sobre os benefícios da mo-

nitoria e da avaliação, assegurando-se que todos os benefícios abordados são documentados num cartaz.

Sessão 2

Apresentação sobre a monitoria e avaliação.Tempo de treinamento: 1 hora.

Numa apresentação em PowerPoint (ou outra ferramenta se o PowerPoint não estiver disponível) explique a necessidade para monitoria e avaliação.

A apresentação deve mostrar o seguinte:•Porque é importante realizar a monitoria e avaliação?•Quais são os indicadores para a monitoria e avaliação na RBC?•Que usos tem a monitoria e avaliação num programa da RBC? •Quando é que a monitoria deve ser feita e quando é que um programa deve ser avaliado?

Uma amostra de apresentação em PowerPoint (disponível no disco compacto) será providenciada que pode ser usada como uma base para desenvolver a sua própria apresentação.

Sessão 3

Usando ferramentas novas/diferentes da monitoria e avaliação. Tempo de treinamento: 3 horas.

Divida o grupo em pequenos grupos. Forneça cada grupo com uma caixa de ferramentas para uma monitoria e avaliação. Peça que o grupo use uma caixa de ferramenta para criar um plano da avaliação para um dos projectos da RBC representa-do no grupo (como um caso de estudo).

No fim peça que cada grupo apresente o seu caso de estudo para o grupo maior, incluindo os benefícios e os constrangi-mentos da sua ferramenta.

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Sessão 4

Reflexão nas sessões 1 e 2. Tempo de treinamento: 45 minutos.

Facilite uma discussão do grupo baseada nas seguintes per-guntas:

1. Porque é importante poder usar ferramentas diferentes de avaliação, em vez de confiar numa ferramenta só?

2. Que complexidades são encontradas ao avaliar um projecto da RBC?

3. Os participantes sentem confortáveis ao examinar uma ferra-menta da avaliação e aplicar para a sua própria organização?

4. Como podem ser usados os resultados da monitoria e avali-ação para melhorar os projectos da RBC.

5. Para quem estamos a monitorar ou avaliar?

(O doador da ONG quer uma avaliação ou o ministério do governo quer saber dos resultados, ou nós queremos saber os impactos na comunidade e nas pessoas com deficiências?).

Sessão 5

A explicação de uma ferramenta de avaliação desenhada para a RBC.Tempo de treinamento: 45 minutos.

Dê uma apresentação que esboça a ferramenta de avaliação criada por Cornielje e por Velema. A ferramenta está disponível no disco compacto.

Sessão 6

Preparar uma avaliação de acordo com a ferramenta criada por Cornielje e por Velema. Tempo de treinamento: 4 horas.

Peça que cada grupo prepare uma parte da ferramenta de avaliação criada por Cornielje e por Velema usando um dos projectos representados no grupo como um exemplo. (use um projecto diferente do que aquele usado na sessão 2). (1 hora)

Peça que cada grupo por sua vez faça uma peça avaliando um projecto, enquanto os restantes grupos fazem parte do projecto que está sendo avaliado. Isto permitirá que os passos da avaliação sejam praticados. (2 horas)

Discuta o processo, identificeo os aspectos positivos e ne-gativos, e esclareça todos os assuntos.

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Sessão 7

Como sabemos se mudamos de atitudes?Tempo de treinamento: 4 horas.

Uma peça sobre mudanças de atitudes é necessária:

Peça que 5 pessoas sentem-se no meio da sala. Uma pes-soa, representeo um trabalhador da RBC, deve conduzir à dis-cussão. Outros 4 participantes representam um representante da APCD, um professor de escola especializado em necessi-dades especiais, um pai de uma criança com deficiência e um funcionário de governo que trabalha no controle da lepra. O trabalhador da RBC deve conduzir à discussão sobre assuntos vividos por pessoas com deficiência na comunidade. Ao longo da discussão, o trabalhador da RBC deve tentar identificar as áreas onde a sensibilização é necessária.

Peça que os restantes participantes fora do círculo escrevam nos cartões os aspectos apresentados.

Recolha todos os cartões, e discuta e anote os aspectos onde as mudanças de atitude são requeridas na RBC.

Divida os participantes em grupos de modo que cada um cu-bra um dos aspectos identificados, onde a sensibilização é ne-cessária. Peça que cada grupo desenvolva os indicadores que determinariam uma mudança de atitude para o seu assunto.

Peça que cada grupo desenvolva um plano de monitoria e avaliação. No fim peça que cada grupo apresente o seu trabal-ho em cartazes de modo que outros participantes possam ler os cartazes e comentar.

Sessão 8

Planificar monitoria e avaliação. Tempo de treinamento: 1 hora.

Peça que cada equipa do projecto desenvolva um plano para monitorar e avaliar o seu projecto. Peça que a equipa compar-tilhe e discuta os seus planos com uma outra equipa do projec-to, e assine um acordo para incentivar-se a seguir o plano.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

Módulo 7 • Sensibilização

Participantes e tempo de treinamento:

Trabalhadores do terreno, supervisores, gestores da RBC, rede da RBC ou membros do comité1. Tempo total de treinamento: 10 horas e 30 minutos.

Necessidades de treinamento:

Trabalhadores da RBC precisam de conhecimentos básicos e habilidades de sensibilização aos diferentes grupos na comu-nidade.1 O treinamento é direccionado a todos grupos a não ser que haja declaração contrária.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Participantes entendem a sensibilização.•Participantes têm noção dos diferentes métodos de sensi-bilização.•Participantes conhecem os assuntos sobre os quais a sensibilização é necessária.•Participantes sabem como aplicar os conhecimentos adquiridos na sensibilização.•Participantes conhecem as possibilidades de colaborar com os outros na sensibilização (supervisores e gestores).•Participantes sabem monitorar os instrumentos dos exercícios de sensibilização (gestores).•Participantes sabem como treinar pessoas em matéria de sensibilização (redes/comités da RBC).

Habilidades:•Participantes são capazes de informar usando diferentes métodos.•Participantes são capazes de identificar os temas impor-tantes para a sensibilização. •Participantes têm habilidades de comunicação e apresen-tação (Módulo 2: Trabalho em rede com vista a uma So-ciedade Inclusiva).•Participantes são capazes de apoiar e supervisionar os trabalhadores da RBC em como conduzir exercícios de sensibilização na comunidade (supervisores e gestores).•Participantes são capazes de monitorar os exercícios de sensibilização de diferentes comunidades (gestores).

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

Atitudes:•Participantes exploraram suas próprias atitudes em re-lação as pessoas com deficiência e inclusão.•Participantes sabem como reagir aos problemas nas suas comunidades que impedem a inclusão.•Participantes sentem que a sensibilização é um instrumen-to importante para uma sociedade inclusiva.•Participantes são capazes de seleccionar os temas impor-tantes para a sensibilização.

Sessão 1

O que é sensibilização? Tempo de treinamento: 1 hora.

Faça uma apresentação para a plenária sobre o porquê a sensibilização é importante e para quê esta seria útil na RBC. Prossiga a apresentação através de uma discussão em grupos para explorar a importância da sensibilização.

Um exemplar de apresentação em PowerPoint está disponível no disco compacto.

Sessão 2

Que temas são importantes na sensibilização em RBC? Tempo de treinamento: 2 horas.

Esta sessão deve abarcar temas dos quais é importante capacitar, por exemplo: prevenção de deficiência; nutrição,

higiene na comunidade, mudança de atitudes negativas pe-rante pessoas com deficiência; e a inclusão de pessoas com deficiência em todos aspectos de vida na comunidade.

Em pequenos grupos, use um esquema de interligação para agrupar os temas que exigem sensibilização.

Este esquema de interligação poderá basear-se em torno das seguintes perguntas:

•Que problemas têm enfrentado na comunidade a respeito da deficiência e inclusão de pessoas com deficiência em todos aspectos de vida da comunidade?•Em quais desses assuntos necessita de sensibilização?•Consciência de quem precisa de ser sensibilizada (vizinhos, professores, pais, governo local, etc.)?

O sucesso de sensibilização depende da identificação de temas apropriados para a audiência alvo. Sendo assim, os participantes precisam saber porquê, com quem e sobre que tema eles querem sensibilizar.

Os temas usados para a sensibilização dependem da comu-nidade e do projecto dos trabalhadores da RBC. Temas irão variar em termos de importância entre as comunidades.

Como facilitador tem que estar familiarizado com as comu-nidades e projectos nos quais o pessoal da RBC trabalha de modo que os temas identificados para a sensibilização sejam relevantes para os participantes e sua situação de trabalho.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

Sessão 3

Diferentes métodos de sensibilização. Tempo de treinamento: 3 horas.

Peça aos participantes para compartilhar suas experiências de sensibilização: que métodos eles conhecem ou já usaram anteriormente?

Através desta pergunta organiza uma discussão sobre mét-odos efectivos e não efectivos.

Esta sessão permite que métodos diferentes sejam praticados.

Divide os participantes em grupos e peça a cada grupo para preparar uma sessão usando um dos métodos que se seguem:

•Pessoascomdeficiênciacomomodelo•contarhistórias•drama•actividadesculturais•usandocriatividade

Cada grupo tem que escolher um método diferente a partir da lista. Se disponível, pode também providenciar livros com metodologias de treinamento para os participantes usarem.

Esta sessão tem que também abordar como uma mensagem precisa ser comunicada e como é recebida (veja também ha-bilidades de comunicação no Módulo 2: treinamento em rede com vista a uma sociedade inclusiva).

Sessão 4

Discutindo atitudes. Tempo de treinamento: 4 horas (pode variar dependendo dos níveis de habilidades dos participantes).

Desenvolver um número de declarações fortes antecipadas para o decorrer desta sessão com a qual os participantes de-vem concordar ou discordar, explicando as suas respostas.

Uma afirmação forte, por exemplo seria “pessoas com defi-ciência não deveriam ter filhos”. Este tipo de afirmação muito forte vai permitir-lhe confrontar e explorar as atitudes dos participantes.

Faça com que uma parte da sala seja o “lado dos que con-cordam” e a outra “lado dos que discordam”. Peça aos partici-pantes para se levantar e dirigir-se fisicamente a parte certa das alas, dependendo se eles concordam ou discordam com a afir-mação. Peça aos participantes para explicarem porquê eles con-cordam ou discordam com a afirmação, particularmente aqueles que tomaram a sua decisão rapidamente ou os que pareciam duvidosos (levaram mais tempo para decidir) sobre onde ir.

Peça aos participantes para usarem estudo de caso para discutirem os seus pontos de vista sobre a inclusão. Peça aos grupos para apresentarem a sua discussão usando um método à sua escolha. O método tem que ser diferente dos métodos já usados anteriormente. Peça aos outros grupos para darem o feedback do conteúdo e sua utilidade, apresentação e quão apropriado o método é.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

Sessão 5(rara Supervisores e possiveis gestores)

Sensibilização colaborativa.Tempo de treinamento: 1 hora.

Peça a cada grupo para elaborar um programa de sensibi-lização em colaboração com um grupo de “stakeholders” do programa RBC. Os grupos devem descrever o seguinte:

•Quem é o grupo alvo para a sua sensibilização?•Qual é a mensagem?•Com que grupo estão colaboreo (baseados no interesse comum do tema)?•Como é que a colaboração usada será realizada?

Peça a cada grupo para apresentar seu plano em cartazes. Em seguida dê tempo a cada grupo para ler e acrescentar comentários nos cartazes em forma de anotações. Dê também tempo para que todo e qualquer um possa circular e observar os comentários acrescidos nos cartazes. Discutam quaisquer comentários não claros.

Sessão 6(Para os gestores da rBC)

Monitoria.Tempo de treinamento: 4 horas.

Esta sessão é designada para aumentar os conhecimentos

dos participantes a respeito da monitoria. Começe a sessão explorando a experiência de cada participante a respeito da monitoria das actividades da RBC: por exemplo, actualmente usam quaisquer ferramentas de monitoria? Em seguida, usan-do a secção sobre monitoria das directrizes de RBC da OMS, explica o conceito de monitoria e possíveis instrumentos de monitoria que estão disponíveis para os participantes.

A seguir, explore a experiência dos participantes em monitoria de sensibilização e discutam porquê monitoria de sensibili-zação é importante. Use esta sessão para observar como é que o feedback da comunidade a respeito dos exercícios da sensi-bilização é usado e como é que os exercícios da sensibilização podem ser melhorados com base no seu sucesso na comuni-dade.

Nesta sessão é importante que fale do efeito da sensibili-zação: o projecto está transmitindo a mensagem para a co-munidade? Se sim, existe alguma notável mudança de atitude, actividades ou inclusão na comunidade? Se não existe mudan-ça, os participantes poderão discutir as razões por detrás disto: a mensagem é clara, os métodos usados são apropriados, os trabalhadores da RBC têm habilidades certas para a sensibili-zação, etc.? Use também esta sessão para responder a perg-unta, quais as áreas que precisam de mais sensibilização?

Usa uma parte desta sessão como aula e a outra para discus-são. Usando perguntas, ponha os participantes a explorarem as suas próprias experiências e apresentar a situação nos seus projectos de RBC.

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 7 • Sensibilização

(Para mais informação veja Módulo 6: Monitoria e Avaliação, e os materiais fornecidos no dispositivo USB sobre Monitoria e avaliação.)

Sessão 7(Gestores da rBC)

Acompanhamento.Tempo de treinamento: 30 minutos.

Discutacom o grupo como gostariam de fazer o acompanha-mento e compartilhar as experiências de cada um em progra-mas de sensibilização. Se um boletim informativo estiver dis-ponível encoraje a cada gestor para submeter um artigo sobre o sucesso da sensibilização.

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Módulo 8 • Convenção das Nações unidas sobre os direitos das Pessoas com deficiência (CnudPd) Participantes e tempo de treinamento:

Todos níveis de funcionários da RBC. Este treinamento pode também ser usado pelos projectos da RBC para formar os inte-ressados (“stakeholders”) na área.

Total Tempo de treinamento: 14 horas e 45 minutos.

Necessidades de treinamento:

•Funcionários da RBC precisam ter um entendimento da CNUDPD.•Funcionários da RBC precisam entender como a CNUDPD se relaciona com outras convenções das NU.•Funcionários da RBC precisam entender o que a CNUDPD significa na prática para as pessoas com deficiência com as quais eles trabalham. •Funcionários da RBC precisam saber em que áreas os direitos humanos de pessoas com deficiência ainda não são reconhecidos pelo Estado. •Funcionários da RBC precisam ser capazes de desenhar actividades que ajudem na implementação da CNUDPD a nível da comunidade.

Objectivos baseados em:

Conhecimento•Funcionários da RBC conhecem a CNUDPD e entendem o seu conteúdo.•Funcionários da RBC sabem como a CNUDPD se rela-ciona com outras convenções da NU e como pode ser transformado em Lei nacional. •Funcionários da RBC têm entendimento do que significa a CNUDPD na prática para as pessoas com deficiência nas comunidades onde eles trabalham.

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Habilidades•Funcionários da RBC podem explicar aos outros sobre a CNUDPD, seus principais princípios e o seu significado na vida do dia-a-dia das pessoas com deficiência.•Funcionários da RBC podem elaborar actividades que criam a compreensão do CNUDPD na comunidade.•Funcionários da RBC podem elaborar actividades ao nível da comunidade que apoiam a implementação do CNUDPD.

Atitudes•Funcionários da RBC compartilham o conceito „que as pessoas com deficiência têm o gozo completo e igual de todos direitas humanos e liberdades fundamentais, e pro-movem respeito pela sua dignidade inerente.” (CNUDPD) •Funcionários da RBC compreendem a necessidade para uma CNUDPD e sua ratificação nos seus respectivos países. •Funcionários da RBC promovem a implementação da CNUDPD ao nível da sua própria comunidade. •Funcionários da RBC vêem RBC como uma ferramenta para implementar a CNUDPD.

NB: Este treinamento é projectado como uma apresen-tação de PowerPoint que é interrompido diversas vezes para os exercícios diferentes que realçam a compreensão e as habilidades na CNUDPD.

Sessão 1

Explicando a CNUDPD.Tempo de treinamento: 1 hora.

Apresente primeiramente algumas das apresentações de Po-werPoint que explicam a CNUDPD, sua aparição e porque era necessário ter um tratado separado dos direitos humanos para pessoas com deficiências.

Exercício: A árvore dos direitos Peça que todos os participantes desenhem uma árvore gran-

de com 10 ramos, 10 folhas e 10 frutos. Nos ramos peça-lhes para escreverem 10 direitos da Decla-

ração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Nas folhas peça-lhes para escreverem como cada direito se

aplica às pessoas com deficiência.

Nos frutos peça-lhes para escrever uma acção que devia ser feita pelos governos para assegurar esse direito.

(Por favor disponibilize os textos da CNUDPD e da Decla-ração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) para os partici-pantes usarem.)

Peça a cada participante para indicar e apresentar sua árvore, permitindo a discussão se necessário.

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Sessão 2

Igualdade e não discriminação.Tempo de treinamento: 45 minutos.

Mostre as apresentações em PowerPoint e explique o direito à igualdade e a não discriminação.

Exercício: O que significa gozar da igualdade e não discrimi-nação?

Em grupos, cria um estudo de caso de uma pessoa com uma deficiência que goza da igualdade formal.

•Que barreiras foram removidas para esta pessoa? •Como a igualdade de facto é diferente para esta pessoa?•O que seria necessário para garantir a igualdade prática?

Sessão 3

Acessibilidade.Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explica o direito à acessibilidade (física, informativa, institucional, de atitude).

Exercício: Divida os participantes em grupos e peça-lhes para alistarem as possíveis barreiras contra as diferentes

formas de acessibilidade nos seguintes casos. (cada grupo deve escolher um caso):

•Acesso a saúde materna e ao planeamento familiar de uma pessoa surda ou acesso ao aconselhamento e testagem de HIV/Sida para uma pessoa surda. •Uso de facilidades de recreação para uma pessoa numa cadeira de rodas.•Acesso à escola para uma criança com paralisia cerebral.•Participação numa eleição para uma pessoa cega.•Herança de uma propriedade a favor de uma pessoa com uma deficiência intelectual.

Os grupos devem apresentar e discutir as situações.

Sessão 4

2 Apresentações. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o direito à participação política e o direito à liberdade de ex-pressão. Adicione à apresentação ou organize uma discussão sobre situações actuais de eleições, por exemplo, o acesso às eleições regionais, as campanhas eleitorais para as eleições presidenciais etc.

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Sessão 5

Direito à vida.Tempo de treinamento: 1 hora.

Exiba as apresentações em PowerPoint que mostram o direi-to à vida e à protecção em situações de risco.

Exercício: Em grupos decidam sobre um desastre natural que poderia acontecer na vossa comunidade e descrevam os riscos e as barreiras que as pessoas com deficiência podem enfrentar na protecção contra esse desastre. Deve haver uma variedade dos desastres, de deficiências, de idade, de género, de riqueza etc., entre os grupos.

Perguntas orientadoras para o exercício:

•As autoridades têm sistemas de advertência e planos de emergência? •Como é que estes planos consideram pessoas com defi-ciência? (são inclusivos em relação às necessidades das pessoas com deficiência?) •Como as pessoas com deficiência são advertidas em casos de conflito? Quem se importa com a sua protecção?

Os grupos devem apresentar seus casos no grupo principal.

Sessão 6

Liberdade da tortura e da violência.Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o direito à liberdade da tortura e da violência.

Exercício 1: Em grupos, peça aos participantes para descre-verem:

Exercício 2: Reveja os artigos 15 e 16 da CNUDPD e reescreva-os na linguagem corrente que todos compreenderão:

•Como podem ser usados estes artigos para criar uma agen-da nacional dos direitos da deficiência?•Como podem ser usados estes artigos ao nível social da comunidade?•Como podem ser usados estes artigos para ajudar a introdu-zir programas da prevenção da violência?

Cada um dos cenários deve ser apresentado através de uma dramatização.

Grupo de pessoas com deficiência

Tipo de violência Desafios para abordar esta violência

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Sessão 7

Privacidade, integridade, lar e família.Tempo de treinamento: 1 hora.

Exiba as apresentações em PowerPoint que explicam os arti-gos 22 e 23 do CNUDPD.

Exercício: Discutam as seguintes situações e assuntos que podem ser levantados em termos de privacidade e gozo de direito para uma participação completa na família:•Visita a um médico •Telefonema ou carta para um amigo •Ir ao banco para efectuar transacções financeiras •Manter um relacionamento/casar-se •Reunir-se com o professor do seu filho para discutir a sua escolaridade

Sessão 8

O direito à saúde.Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o direito à saúde.

Exercício: Discutam as seguintes questões de saúde e de-screvam quais são as responsabilidades dos vários actores. Escrevam em cartões individuais e coloquem no quadro.

•HIV/SIDA •Imunização•Saúde materna e infantil •Água potável e saneamento

Sessão 9 O direito ao trabalho. Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o direito ao trabalho.

Exercício: Peça a cada participante para escrever a sua de-finição de direito ao trabalho decente. Usando estas definições, respondam às seguintes perguntas:•Que tipo do trabalho é feito por pessoas com deficiência conhe-cidas pelos trabalhadores da RBC?•As pessoas gozam do direito de trabalhar de acordo com a defi-nição?•O que pode ser feito no programa da RBC de modo que as pes-soas com deficiência possam gozar o direito de trabalhar?

Organize uma discussão numa sessão plenária.

Responsa-bilidades do Governo

Responsabili-dades indivi-duais

Responsabilidades dos profissionais e instituições de saúde

Responsabilidades da comunidade/escolas

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Sessão 10

Viver independentemente com dignidade na comunidade.Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam os artigos 12, 19 e 28.

Exercício: Coloque 5 pessoas num círculo. Estas pessoas representam, cada uma, o seguinte:

1. A mãe de uma criança com deficiência cujo marido a abandonou.2. Um professor cego na escola da comunidade.3. Uma criança surda de 15 anos que desistiu de estudar devido à falta de facilidades de educação para os surdos.4. Um Sacerdote local ou uma outra pessoa da comunida-de que é influente. 5. Uma mulher solteira com uma deficiência física que vive com a sua família.

Peça estas 5 pessoas para discutirem o significado de vida independente para eles, como eles vivem dentro da comunida-de, e como gostariam de viver dentro da sua comunidade?

Peça o resto do grupo para tomar notas da discussão que poderão ser debatidas mais tarde: •A discussão representa as realidades no terreno?•O que podem contribuir os projectos de RBC de modo que as pessoas com deficiência possam viver independentemen-te com dignidade nas suas comunidades?

Sessão 11

Acesso à justiça.Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o artigo 13.

Exercício: Mostre o filme “A voz de 650 milhões vezes 1” de VSO. Discutam o que viram no filme. Discutam o que os pro-jectos da RBC podem fazer para aumentar o acesso à justiça?

Sessão 12

Direito à educação.Tempo de treinamento: 1 hora.

Mostre as apresentações em PowerPoint que explicam o artigo 24.

Exercício: Divida os participantes em 2 grupos. Peça a um grupo para desenhar um cartaz de uma sala de aulas que é inacessível às crianças com deficiência. Ponha-lhes a tentar pensar em mais do que acessibilidade física.

Peça o segundo grupo para fazer um desenho duma sala de aula em que todas as crianças aprendem juntas, com deficiên-cia e sem deficiência, ricas e pobres, raparigas e rapazes. Qual é o visual da sala de aula? Que tipos de materiais estão dis-poníveis? Quais são as habilidades do professor?

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Sessão 13Para aqueles que estão nas redes de rBC ou na representação nacional da rBC.

Monitoria da CNUDPD.Tempo de treinamento: 3 horas.

Vejam o Manual dos Direitos Humanos para Pessoas com Deficiência (Heicap Internacional) (disponível no disco com-pacto).

Os artigos finais da CNUDPD são sobre monitoria e avali-ação da convenção nos países dos participantes.

Esta sessão trata da função que a rede pode ter ou a função que a RBC pode ter no seu país para assegurar uma boa implementação da CNUDPD. Leiam os artigos finais na con-venção e desenhem um projecto em conjunto.

•Descubram o que já foi feito no seu país.•Conhecem APCDs/associações de pessoas com deficiência trabalhando nesta área? Sabe como contactá-las?•O Governo tem algum documento descrevendo a implemen-tação dos diferentes artigos da CNUDPD? Conhecem quem no governo é responsável por cada parte da implementação da convenção?•Pode uma representação de trabalhadores da RBC partici-par na monitoria da CNUDPD?

Apresente um plano dentro do seminário (se necessário e

possível, telefone para as pessoas chaves que você conhece para informação durante o seminário).

Decida junto com os participantes como vão fazer o acom-panhamento da implementação no seu país e como vão disse-minar a informação no seio de outras iniciativas de RBC.

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Módulo 9 • A Participação Política das Pessoas com deficiências

Participantes e tempo de treinamento:

Supervisores e gestores de programas de RBC. Este trei-namento deve ser uma preparação para aqueles programas de RBC que darão treinamento às APCDs nas suas áreas de projecto.Tempo de treinamento total: 6 horas.

Necessidades de treinamento:

•Para ser credível, os supervisores e os gestores de programas

de RBC devem trabalhar em colaboração com APCDs para uma sociedade inclusiva na sua região/área local. •Os supervisores e os gestores de RBC podem ajudar a mobilizar e apoiar o movimento das pessoas com deficiência nas suas áreas locais para tornaem-se politicamente activos e conscientes dos seus direitos.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os supervisores e os gestores do programa de RBC têm o conhecimento da CNUDPD e do seu estado de im-plementação no seu país (incluído no Módulo 8: A Con-venção das Nações Unidas para os Direitos das Pessoas com Deficiência).•Os supervisores e os gestores do programa de RBC têm o conhecimento de processos políticos e legislativos rele-vantes no seu país (estado e área local).•Os supervisores e os gestores do programa de RBC sabem como os processos da eleição são organizados no seu país, que agentes são envolvidos (incluindo obser-vadores internacionais) e as barreiras que existem para a população em termos do acesso ao processo da eleição como eleitores e candidatos.

Habilidades: •Os supervisores e os gestores do programa de RBC têm as habilidades para advogar e trabalhar com as estruturas governamentais locais para promover uma sociedade in-clusiva (incluída no Módulo 2: Trabalho em Rede, Módulo

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3: Inclusão social e Módulo 7: Sensibilização) •Os supervisores e os gestores do programa de RBC po-dem treinar APCDs na participação política e direitos. •Os supervisores e os gestores do programa de RBC têm as habilidades para planear eventos junto com as APCDs na participação política.

Atitudes:•Os supervisores e os gestores do programa de RBC são motivados para e interessados em trabalhar com APCDs •Os supervisores e os gestores do programa de RBC reconhecem a necessidade de trabalhar em colaboração com APCD s (como representantes legais das pessoas com deficiência) de modo a conseguir alcançar os objec-tivos de RBC. •Os supervisores e os gestores do programa de RBC vêem a si mesmos como agentes da mudança para criar uma sociedade inclusiva, ambos ao nível político e ao nível da comunidade.

NB: Módulo 2: Trabalho em Rede, Módulo 3: Inclusão social e Módulo 8: CNUDPD devem ser terminados antes de começar este módulo.

Sessão 1

Compreendendo estruturas políticas.Tempo de treinamento: 2 horas.

Convida um representante do governo local para apresentar

como o governo local trabalha, cobrindo o seguinte:•Como a legislação é criada e quem é envolvido no processo. •Como os planos estratégicos são organizados. •Como os planos são executadas.•Quem é responsável de quê.•Como as linhas de orçamento são determinadas. •O papel de organizações não governamentais (ONGs).

Encorajar os participantes a fazer perguntas a fim compreen-der como operam as áreas que são relevantes para eles.

(Pode também convidar representantes de diferentes minis-térios do governo, dos departamentos locais ou da comissão nacional de eleições etc.)

Sessão 2

O direito para votar a favor de pessoas com deficiências.Tempo de treinamento: 2 horas.

Introduz e discute um estudo de caso incluindo pessoas com deficiência nas eleições nacionais e locais. Pede a cada grupo para:

•Discutir como a votação funciona no seu país/estado/re-gião/zona. •Alistar barreiras para votação para pessoas com deficiência.

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•Elaborar um plano de como o programa de RBC pode ajudar as APCDs locais para garantir que as próximas eleições incluirão pessoas com deficiências.

Sessão 3

Preparação de um seminário com APCDs.Tempo de treinamento: 2 horas.

Divide os participantes em grupos e planifica um seminário com APCDs sobre o envolvimento da RBC na participação política. A planificação do seminário deve incluir o seguinte

•Que habilidades/conhecimento e atitudes devem as APCDs ter de modo a se tornarem politicamente activas?

•Como as APCDs podem ser apoiadas a preparar uma boa estratégia de promoção para uma sociedade inclusiva?

•Como o trabalho a nível local pode ser ligado com esforços a nível internacional?

•Que organizações e instituições podem ser úteis a nível local ou nacional para tornar possível a inclusão política?

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 10 • Protecção da Criança para Crianças com deficiência

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Manual de TreinaMenTo de rBC Módulo 10 • Protecção da Criança para Crianças com deficiência

Módulo 10 • Protecção da Criança para Crianças com deficiência

Participantes e tempo de treinamento: Trabalhadores de RBC em todos os níveis.

Total Tempo de treinamento: 20 horas e 30 minutos.

Necessidades de treinamento:

•Trabalhadores da RBC precisam compreender a vulnerabili-dade das crianças com deficiência.

•Trabalhadores da RBC precisam compreender os direitos da criança e que a protecção da criança faz parte da RBC.•Trabalhadores da RBC precisam compreender suas próp-rias atitudes para as diferentes formas de maus tratos das crianças (com deficiência) e determinar o que é considerado como aceitável e inaceitável.•Trabalhadores da RBC precisam desenvolver estruturas para relatar e lidar com as crianças que já enfrentaram ou estão enfrentando diferentes formas de maus tratos.•Trabalhadores da RBC precisam desenvolver habilidades para trabalhar com uma criança traumatizada (baseado em cada realidade cultural).•Trabalhadores da RBC precisam desenvolver habilidades de trabalho em rede para encontrar aliados e quadros oficiais que trabalham na área da protecção da criança.•Trabalhadores da RBC precisam desenvolver instrumentos de sensibilização para os profissionais na área da protecção da criança.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os trabalhadores de RBC compreendem a Convenção das NU dos Direitos da Criança (CNUDC). •Os trabalhadores de RBC compreendem a necessidade de políticas da protecção da criança em RBC.•Os trabalhadores de RBC compreendem porquê as crian-ças com deficiência são vulneráveis aos maus tratos.

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•Os trabalhadores de RBC compreendem como um pro-grama pode desenvolver estruturas na protecção da criança. •Os trabalhadores de RBC compreendem os diferentes serviços que ajudariam a uma criança que já enfrentou maus tratos em sua vida.

Habilidades:•Os trabalhadores de RBC sabem como ajudar uma crian-ça traumatizada para viver com o seu trauma. •Os trabalhadores de RBC desenvolvem habilidades de trabalho em rede de modo que as crianças em perigo de, ou que já enfrentaram maus tratos, possam receber os serviços que necessitam.•Os trabalhadores de RBC desenvolvem habilidades e aprendem métodos de sensibilização para protecção das crianças com deficiência dos maus tratos.

Atitudes: •Os trabalhadores de RBC desenvolvem a consciência de seus próprios valores e atitudes a respeito dos maus tratos à criança. •Os trabalhadores de RBC tornam-se sensíveis à neces-sidade de proteger crianças com deficiência dos maus tratos.

Sessão 1

Determinar atitudes sobre o que constitui maus tratos e maus tratos severos de uma criança com uma deficiência? Tempo de treinamento: 30–45 minutos.(Discussão: 15 à 30 minutos. Apresentação: 15 minutos (dependendo do tamanho do grupo).

Fornecer a todos os participantes com curtas afirmações sobre maus tratos de crianças. A forma de maus tratos, a deficiência e o género da criança devem ser mencionados em cada afirmação.

Em seguida peça aos participantes para terem uma discus-são em pequenos grupos sobre o que eles pensam que é maus tratos mais severos e porquê.

Peça a cada grupo para explicar ao grupo mais grande sobre a discussão realizada e explicar os consensos conseguidos que ocorreram no seu grupo durante o processo de dar se-quência as afirmações.

Afirma que:•Nós todos temos atitudes e opiniões sobre o que constitui violência e o que é uma medida de instrução/ensino.

•Nós todos temos valores sobre quem é mais vulnerável ou considerado mais prejudicado pelos maus tratos (tipos de deficiência, género, idade etc.).

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Sessão 2

Compreensão das definições internacionais e convenções de protecção e violência da criança. Tempo de treinamento: 2 horas.

Peça a cada grupo para discutir um dos seguintes documen-tos: (45 minutos)

•Convenção das NU sobre os Direitos da Criança (CNUDC).•Convenção das NU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CNUDPD).•Relatório sobre a violência contra as crianças/Relatório sob-re a violência contra as crianças com deficiência.

Instrui a cada grupo para fazer uma apresentação de panfleto ou cartaz que poderia ser usada para a sensibilização sobre o que constitui violência contra uma criança. (45 minutos)

Apresenta os panfletos ou cartazes na parede e dá tempo para discussão em torno das seguintes perguntas:•Alguns participantes têm uma ideia diferente daquilo que os documentos reviram sobre o que constitui violência?

•Alguns participantes já aprenderam algo novo sobre o que constitui violência contra a criança?

•Alguns participantes tiveram algumas discordâncias em seus grupos sobre o que constitui violência contra uma criança?

Sessão 3 Analisando histórias de maus tratos. Tempo de treinamento: 2 horas (1 hora + discussão/apresentações 1 hora).

Dar a cada grupo um estudo de caso de uma criança com uma deficiência que foi maltratada. Pedir que o grupo analise a história. (Três exemplos são fornecidos no Apêndice 1.)

1. Acham eles que esta história poderia acontecer nos pro-jectos da RBC onde trabalham?2. Há razão para que a violência aconteça?3. Havia alguma forma de evitar a violência?4. O que pode/precisa ser feito dentro da família?5. Que ajuda podia ser recebida dos trabalhadores do projecto da RBC?6. Que outras organizações/serviços/instituições podiam ser usados para ajudar esta criança?

Sessão 4

Apresentação sobre vulnerabilidade das crianças com deficiência. Tempo de treinamento: 1 hora(Apresentação: 45 minutos. Discussão: 15 minutos)

Dar uma apresentação que explica os factores que fazem com que uma criança com uma deficiência esteja mais vulnerá-vel aos maus tratos. Esta apresentação deve mostrar algumas

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tendências gerais mas deve também discutir os assuntos cultu-rais que aumentam a vulnerabilidade de uma criança com uma deficiência à violência.

Sessão 5

Que é o papel dos projectos da RBC na protecção de crianças com deficiência contra a violência? Tempo de treinamento: 2 horas.

Peça a cada participante (ou nos grupos de um projecto) mapear a comunidade em que trabalham:

1. Que instituições existem lá? 2. Que situações ou atitudes fazem com as crianças com deficiência sejam vulneráveis à violência?3. Que pessoas e instituições trabalham na protecção da criança na comunidade?4. Que campanhas são conhecidas da linha principal de protecção da criança?5. Quem são as pessoas e instituições chaves que pode-riam ser contactadas para a sensibilização/ligação?

Peça que todos os “mapas” sejam apresentados e discutidos em grupo maior.

Sessão 6

Analisando políticas de protecção da criança. Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

Distribuir exemplos de políticas da protecção da criança entre

os grupos, pedindo aos grupos para analisarem as políticas e discutam o seguinte:

1. Que parte da política de protecção da criança seria útil adaptar para o trabalho da RBC?2. Que parte da política de protecção da criança deve ser mudada/removida/adicionada para tornar útil para a prática da RBC?

Colhe ideias diferentes e desenha (você como facilitador) uma proposta para a uma política de protecção da criança.

Sessão 7

Como discutir o assunto de maus tratos das crianças com deficiência.Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

Peça que os participantes preparem e apresentem diálogos em pequenos grupos. Os diálogos devem ser de diferentes situações onde maus tratos de uma criança tem que ser ab-ordados. Esta poderia ser uma criança num lar onde é negli-genciada, uma escola onde uma criança não pode ser integ-rada ou é abusada ou intimidada, ou uma situação onde uma criança tenha sido estuprada ou sequestrada e necessita visitar a esquadra local ou hospital.

As intervenções devem ser articuladas e discutidas. Focalizar atenção particular em como o trabalhador de se aproxima a pessoa que necessita ser encaminhada ou tratada.

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Sessão 8

Escutar e encontrar a história de alguém.Tempo de treinamento: 1 hora e 30 minutos.

É importante com assuntos difíceis como maus tratos com-preender a história ou a opinião de alguém. Portanto, pratica mantendo uma entrevista aberta com uma pessoa. Começa com temas aleatórios e daí passa para os estudos de caso onde uma pessoa recebe uma história de maus tratos e é dita quanta informação pode dar.

Sessão 9

Trabalhando com crianças traumatizadas.Tempo de treinamento: 2 horas.

Esta sessão aborda como trabalhar com uma criança trauma-tizada.

Tente usar um profissional (psicólogo, psiquiatra, trabalhador social etc.) do seu país para esta sessão.

Dar uma apresentação sobre o que acontece às crianças que estão traumatizadas e o que pode ser feito para ajudar estas crianças a superar ou viver com o seu trauma.

Sessão 10

O que pode ser feito para uma criança traumatizada na comunidade?Tempo de treinamento: 1 hora.

Após a aula da sessão 9, peça aos trabalhadores de RBC para sentarem em grupos para identificar quais dos aspectos de trabalho com crianças traumatizadas que aprenderam hoje podem realizar usando os recursos da sua comunidade. Peça-lhes para elaborar uma lista de assuntos que necessitariam uma explanação profissional.

Sessão 11

Mapeando quem pode trabalhar consigo. Tempo de treinamento: 45 minutos

Usando a informação das sessões precedentes peça aos participantes para mapear as instituições que estão disponíveis em seu próprio ambiente de RBC com quem pode-se trabalhar de modo a proteger crianças com deficiência contra os maus tratos ou apoiar as crianças que têm sofrido de maus tratos.

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Sessão 12

Preparação de estratégias de sensibilização para as diferentes instituições que podem ajudar na protecção e apoio após maus tratos. Tempo de treinamento: 2 horas.

Divide os participantes em grupos e peça-lhes para preparem um programa de sensibilização direccionado às organizações (ambas governamentais e não governamentais ou à pessoas chaves) que poderiam ajudar na área da protecção contra ou apoio após maus tratos:

• Cuidadosdesaúde• Políciaejustiça• Instituiçõesreligiosas• Gruposcomunitários• Serviçossociais• Clubes,programasouiniciativasdecrianças• Famíliasdecriançascomdeficiência• Outrosgrupos/organizaçõesquesurgemduranteo treinamento

Sessão 13

Planificando uma estratégia de protecção da criança.Tempo de treinamento: 2 horas.

Distribua cópias da política de protecção da criança de-senvolvida na sessão 6 a serem usadas como base para esta sessão.

Peça a cada grupo do projecto para desenvolver um plano que poderia ser usado para proteger crianças com deficiência e para lhes dar o auxílio depois de enfrentaram a violência.

Cada grupo do projecto deve apresentar o seu plano ao grupo principal para uma discussão. Após o retorno aos seus próprios locais de projecto, os planos devem ser ajustadas com o envolvimento de todo o pessoal do projecto, e ser envia-dos para o instrutor para comentários dentro de dois meses do treinamento.

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Referências

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Boersma, M. (2008) Violence Against Children with Disabilities in Ethiopia: The Stories of Children [Violência Contra Crianças com Deficiência na Etiópia: As históri-as de Crianças]. Amsterdão (http://www.dcdd.nl/default.asp?action=article&id=3935).

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Apêndice 1:

Estudo de caso 1:Netsanet1 é uma menina de 14 anos de idade do Norte

da Etiópia. Ficou cega quando era uma menina nova. Não se lembra exactamente como e quando isso aconteceu. Crescer cega dentro de uma família, ela se sente inútil. Não pode ajudar na casa e na machamba, e chamam-lhe fre-quentemente nomes como “awer” - palavra usada para refe-rir uma pessoa que não vê, mas também significa estúpida e não entende. Quando os vizinhos ou a família vêm visitar ela frequentemente sai para a parte traseira da casa de modo a não envergonhar a família e ela nunca participa em qualquer festividade na aldeia. Um dia uma tia visita-lhe e diz que numa aldeia não distante há uma escola para crianças ce-gas. No início seus pais não respondem mas Netsanet fica ansiosa. ”Se outras crianças que não vêem podem apren-der”, ela pensa, ”talvez eu possa também fazer o mesmo”. Ela implora aos seus pais para a deixarem ir à escola imedia-tamente antes do ano lectivo terminar. Sua mãe decide levá-la para a aldeia onde há educação para os cegos. Ambas voltam à casa entusiasmadas. Por cima há remuneração vinda do governo para apoiar as crianças em sua vida diária. Netsanet adora estar na escola. Ela não aprende somente a ler e escrever, mas de seus amigos cegos aprende também a cozinhar e a passear pela aldeia sozinha. Ela aluga uma casa junto com algumas outras meninas cegas e cuidam de si e estudam. Numa noite um homem da aldeia aproximou-se de Netsanet. Ele perguntou-lhe se podia dormir com ela e em compensação lhe ajudaria com as despesas da

sua educação. Ela disse-lhe que não estava pronta para se casar e gostaria de se concentrar na sua educação. Alguns dias mais tarde suas amigas estavam fora de casa e ela estava sozinha preparando uma refeição para todas. Aquele homem voltou e disse-lhe que estando junto com ele facili-taria a vida dela e ninguém poderia saber. Quando recusou outra vez ele violou-a. Ela gemeu e gritou mas ninguém veio para ajudar-lhe. No dia seguinte na escola os professores aperceberam-se da sua história e levaram-na à Polícia. Ao invés de ajudá-la, a Polícia começou a interrogar-lhe sob-re o que tinha feito. Muitas meninas cegas são violadas na aldeia, o que para os aldeões, é a prova de que as meninas cegas têm um desejo sexual muito elevado. O oficial da Polícia era relutante para fazer qualquer coisa. No mesmo dia a mãe do perpetrador veio e gritou para ela. “O que você pensa que está fazendo? Primeiramente você seduz o meu filho e fez-lhe que fizesse coisas pecaminosas e agora você está tenteo desonrar o nome dele.“ Quando a notícia veio aos seus pais foi dita para que não fizesse nenhuma coisa. Por ser cega, seus pais acharam que ela tem poucas oportunidades de encontrar um marido. Temeram também o facto de ela residir no seio de estranhos, não teriam nenhum laço social para protegê-la. Netsanet, entretanto, estava determinada para continuar com a sua educação e decidiu que ser violada era parte da luta necessária para tornar-se a professora que ela sonha ser um dia.

1 Netsanet não é o nome real da menina na história. Esta história representa as experiências de crianças diferentes. Nenhum dos nomes neste estudo de caso é nome verdadeiro das crianças que foram entrevistadas.

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Estudo de caso 2:Mariam é uma menina de 9 anos de idade. Sua mãe teve

um parto prolongado que culminou com a paralisação das suas pernas. Ela usa uma cadeira de rodas. Ela vive com a sua mãe e uma das suas irmãs. Depois do seu nascimento seu pai ficou muito indignado por ter tido uma criança com deficiência. Ele não mostrou nenhum interesse em Mariam e ele também dizia abertamente a qualquer um que apa-recesse ali que não tinha certeza se a criança era mesmo dele, porque frequentemente deixava a sua família para ir trabalhar. A mãe de Mariam fez tudo que podia para ajudar a criança a começar com tratamento médico e no seu de-senvolvimento mas quando seu pai estivesse em casa ela frequentemente tinha que escutar seus comentários sobre seu ser inútil. Ele comprava roupa para os seus irmãos mas nunca para ela. Ele culpava a sua esposa de muitas coisas e às vezes quando se esquecia da sua dúvida sobre Mariam ser ou não sua filha ou culpava a sua esposa de ter tomado medicamentos que causam deficiência ou porque Allah a puniu pelos seus pecados através desta criança. A confian-ça de Mariam teria sido gravemente afectada pelo seu pai, se sua mãe não a apoiasse tão bem. Seus pais estão divor-ciados agora. Seu pai ainda telefona muitas vezes para seus irmãos, mas nunca pergunta por ela.

Estudo de caso 3:Fernando sofreu de meningite quando era uma criança de

2 anos de idade. Recuperou da doença mas perdeu sua au-dição. Levou tempo para que a sua família descobrisse que ele tinha perdido a sua audição e pensavam que ele era um menino malero e indisciplinado. Ele era frequentemente bati-do pela família por ser uma criança desobediente. Na família há 6 meninas e Fernando é único menino. Tinham grandes expectativas com ele mas para eles, ele passou a ser uma criança inútil. Na idade de 9 anos Fernando estava cansa-do de ser batido e deixou sua família. Ele encontrou outras crianças que não gostavam de viver com suas famílias por várias razões e juntou-se a eles para viver na capital. Ele é um menino esperto e foi rapidamente acolhido por uma qua-drilha para quem rouba e pede esmola às pessoas na rua. Vive com um grupo das crianças pertencentes a quadrilha. Fernando nunca aprendeu nenhuma língua pois se tornou surdo na idade tenra. Ele comunica-se com seus amigos usando gestos mas não sabe como dizer as pessoas como ele se sente e não consegue mostrar a sua frustração. As outras crianças preparam comida e compartilham quando voltam mas Fernando tem que lavar a roupa dos líderes do grupo. Porque as pessoas acreditam que as crianças surdas são fisicamente mais fortes do que outras, ninguém pen-sa que esta é uma situação estranha. Muitas das crianças conseguiram abeonar a quadrilha porque já estão crescidos. Fernando ainda está lá sem ideia de outro futuro que pode-ria ter.

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Módulo 11 • Trabalhar com APCds

Participantes e tempo de treinamento:

Trabalhadores de RBC de todos os níveis.Tempo de treinamento total: 9 horas e 30 minutos. Facilitação:

Este módulo deve ser facilitado em colaboração com os re-presentantes de APCDs nacionais.

NB: Este treinamento deve ser modificado de acordo com as ideias e contribuições de representantes de APCDs

Nacionalis. O Treinamento será dado aos trabalhadores de RBC que usaráo o treinamento para estabelecer e fortale-cer suas APCDs Locais. Ter APCDs Nacionais Presentes é importante abos para fortalecer redes entre RBC e APCDs e entre APCDs locais e nacionais.

Necessidades de treinamento:•Os trabalhadores de RBC precisam compreender a neces-sidade de desenvolver e fortalecer a colaboração com as APCDs nas suas áreas.•Os projectos de RBC devem sensibilizar às APCDs ao po-tencial da colaboração com iniciativas de RBC para o seu próprio desenvolvimento. •Os trabalhadores de RBC a nível de gestão e, se disponíveis, trabalhadores da rede de RBC, necessitam ferramentas e ha-bilidades para ligar com as APCDs nacionais e locais. Com estas ligações as APCDs locais podem ser fortalecidas e as APCDs nacionais podem aprender e ajustar-se aos assuntos nos meios rurais ou mais pobres.•Os trabalhadores de RBC devem ter as habilidades para ajudar as APCDs em seu desenvolvimento. •Os trabalhadores de RBC precisam desenvolver o seu pa-pel como facilitadores no empoderamento das pessoas com deficiência. •Os trabalhadores de RBC precisam compreender e ter a ca-pacidade de desenvolver o seu projecto, tendo em conta que seu trabalho só será bem sucedido se conseguirem capacitar o movimento das pessoas com deficiência à sua volta.

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•Porque RBC é chamada ”a forma de implementar a Con-venção das NU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiên-cia”, os trabalhadores de RBC devem ter o conhecimento da CNUDPD e ter os instrumentos para implementar o desen-volvimento inclusivo num nível local em colaboração com as APCDs nas suas comunidades.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os trabalhadores de RBC têm o conhecimento do mo-vimento da APCD e as pessoas e organizações chaves envolvidas.•Os trabalhadores de RBC compreendem que seu projec-to é fortalecido quando as APCDs locais se tornam mais forte e mais envolvidas em seu trabalho.•Os trabalhadores de RBC têm o conhecimento do CNUDPD (abordado no Módulo 8: CNUDPD).•Os trabalhadores de RBC podem implementar uma ab-ordagem abrangente para a RBC e pessoas com defi-ciência que inclui colaborar com os vários agentes na área.

Habilidades:•Os trabalhadores de RBC podem organizar reuniões com as APCDs (no treinamento do módulo 2: Treinamento em Trabalho de rede viseo uma sociedade inclusiva).•Os trabalhadores de RBC podem ajudar às APCDs a organizarem-se como organizações independentes. •Os trabalhadores de RBC podem avaliar o empoderamento

de um movimento das pessoas com deficiência (veja o Módulo 6: Monitoria e Avaliação).

Atitudes:•Os trabalhadores de RBC compreendem que RBC só pode ser a “implementação da CNUDPD” quando os pro-jectos colaborarem com, e fortalecerem as APCDs. •Os trabalhadores de RBC compreendem que através das APCDs podem assegurar uma melhor participação do seu grupo alvo no projecto e, com isso, alto envolvimento do projecto. •Os trabalhadores de RBC compreendem (e têm habili-dades para passar a mensagem) que através dos projec-tos de RBC as APCDs podem alcançar um grupo alvo mais pobre, mais novo e mais equilibrado em género do que eles possam através dos seus membros activos. •Os trabalhadores de RBC desenvolvem uma visão inclu-siva do desenvolvimento e implementação de um projecto de RBC

Sessão 1

O que está acontecendo no país em termos de desenvolvimento de APCD?Tempo de treinamento: 2 horas.

Convida um representante de um APCD para uma apresen-tação sobre o seu trabalho no país.

Peça em seguida a cada projecto de RBC para fazer uma apresentação curta sobre o seu trabalho com as APCDs.

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Sessão 2

Apresentação sobre o relacionamento entre as APCDs e RBC numa abordagem abrangente de RBC. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Dá uma apresentação em PowerPoint (ou outro instrumento se PowerPoint não estiver disponível) explicando o conceito de RBC como uma ferramenta para implementar a CNUDPD. A apresentação deve mostrar o seguinte: •Como as diferentes partes da CNUDPD estão representa-das na abordagem de RBC. •O grupo de pessoas com deficiência que está representado nos projectos de RBC e em APCDs.•Como uma conexão entre projectos de RBC e APCDs po-deria fortalecer e complementar o trabalho de ambos. •Reconhecer as dificuldades que existiram historicamente na colaboração entre APCDs e projectos de RBC.

Uma amostra de apresentação em PowerPoint que pode ser usada como base para desenvolver sua própria apresentação pode ser encontrada no disco compacto fornecido.

Sessão 3

Discussão sobre necessidades no país e as expectativas de um para com outro Tempo de treinamento: 1 hora.

•Peça aos participantes para anotarem em cartões as suas

ideias nas exigências para capacitar APCDs e fortalecer a colaboração entre RBC e APCDs. Os cartões devem ser afixados e apresentados por cada membro. •Após afixar reservar algum tempo para a discussão condu-zida pelo representante da APCD enquanto vai agrupeo os cartões em tópicos/áreas. •Discutir as áreas/tópicos e alcançar um consenso do grupo sobre necessidades para desenvolvimento.

Sessão 4

Até que ponto uma APCD deve estar envolvida na RBC?Tempo de treinamento: 2 horas.

Apresenta 4 estudos de caso (veja apêndice 1), que têm níveis diferentes de envolvimento das APCDs num projecto de RBC. Divide os participantes em 4 grupos e peça a cada gru-po para discutir um dos estudos de caso, alistando as dúvidas e os benefícios do seu cenário, que será discutido mais tarde na plenária.

Sessão 5

O que significa ‘envolvimento das pessoas com deficiência’? Tempo de treinamento: 1 hora.

Usando uma série de afirmações (veja Apêndice 2 para afirmações modelos) sobre o envolvimento das pessoas com

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deficiência na implementação de RBC, discutir um nível de-sejável de envolvimento: •Traça uma linha no chão. Coloca a palavra “concordo” e numa extremidade da linha e “discordo” na outra. •Dá uma afirmação a uma pessoa e peça-lhe para colocá-la nalgum lugar na linha entre concordo e discordo. Peça a pessoa para explicar porquê ele/ela colocou o cartão nesta posição. •Explica em seguida que qualquer pessoa pode levantar-se e mover a posição do cartão, dizendo outra vez porque fizeram assim. •Dá 5 –10 minutos para que cada afirmação seja discutida.

Sessão 6

Qual pode ser o papel de um projecto de RBC na área de empoderamentoTempo de treinamento: 2 horas.

Divide os participantes em 5 grupos e peça que cada grupo escreva uma história sobre um grupo de pessoas com deficiên-cia que são empoderados, descrevendo os factores que contri-buíram para o seu empoderamento.

Põe os grupos a ler em voz alta as suas histórias e em segui-da discutir as histórias e o termo ‘empoderamento’:•Podemosnósempoderaraalguém?•Podemosnósajudarnoempoderamentodeumapessoa?•Queénecessárioparaqueesseprocessosejabemsucedido?

(1hora)

Distribuir diferentes ferramentas de capacitação (desenvol-vidas por organizações diferentes) entre os grupos. Pedir que cada grupo estude a ferramenta e resuma suas utilidades para capacitação das APCDs locais. (1 hora)

NB: Disponibilize todas ferramentas para todos os participan-tes para que levem cópias de volta para os seus projectos.

Sessão 7

Compromisso.Tempo de treinamento: 1 hora.

Repartindo os participantes pelos seus próprios projectos de RBC, peça-lhes para elaborarem seus planos/ideias sobre como colaborar com e fortalecer o movimento de pessoas com deficiência. Peça aos grupos que apresentem suas ideias duma maneira criativa e atractiva em cartazes, e afixá-los na parede para os outros verem.

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Apêndice 1:

Estudo de caso 1 Um projecto de RBC foi iniciado recentemente por uma or-

ganização local que também gere um centro da reabilitação. A organização está comprometida a ter pessoas com deficiência participeo no projecto. Assim, três vezes num ano as APCDs locais estabelecidas são convidadas e recebem treinamento organizado pelo projecto de RBC. Os temas do treinamento são elaborados após terem sido ouvidos os trabalhadores de RBC que têm o contacto no terreno com as APCDs. O pro-jecto de RBC está feliz pois que com o treinamento eles po-dem levantar assuntos que tem sido ignorados0 pelas APCDs (tal como a educação de crianças com deficiência, mulheres com deficiência, ameaça do HIV/Sida contra pessoas com deficiência, os esforços de pessoas pobres com deficiência, etc.). O projecto de RBC também tenta capacitar às APCD e forne-

cendo-as com materiais modelos para os seus escritórios.

Estudo de caso 2Um projecto novo de RBC é estabelecido e desde o co-

meço do programa quiseram tentar trabalhar em colabo-ração com APCDs. Não existem APCDs estabelecidas na zona por isso realizam-se seminários para todas as pessoas com deficiência, incluindo membros das famílias das pes-soas com deficiência. No seminário dão a informação sobre o conceito de RBC e discutem quais seriam as suas priori-dades em começar um projecto de RBC na zona. O resul-tado do seminário é o de que as pessoas com deficiência

e suas famílias são muito pobres e esperam que o projecto lhes ajude a sair da sua pobreza. A equipe de funcionári-os de RBC, entretanto, gostaria de trabalhar na educação de pessoas com deficiência, sua reabilitação e saúde, e esperaria que as pessoas com deficiência formassem uma aliança para fazer advocacia. Eles decidem chegar a um consenso e o projecto vai tentar ajudar as pessoas com de-ficiência para formarem grupos e ter acesso a projectos de subsistência. Por outro lado, as pessoas com deficiência e suas famílias ajudarão ao projecto na educação, saúde, em assuntos sociais e empoderamento. Ao longo do tempo, as APCDs que são estabelecidas podem-se envolver mais no projecto.

Estudo de caso 3Um projecto novo de RBC é desenvolvido numa zona onde

já existem APCDs estabelecidas. A organização realiza um seminário para todas APCDs explicando os planos da sua organização. As APCDs são solicitadas para nomear membros para um comité consultivo para a organização. As agendas das diferentes organizações por um lado e do projecto de RBC por outro não são sempre alinhadas e o processo de implementação do projecto tem definitivamente os seus altos e baixos. Depois de alguns anos, há um bom progresso em todas as áreas da implementação de RBC e os grupos estão comprometidos a continuar o processo em conjunto.

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Estudo de caso 4Um grupo das pessoas com deficiência inteirou-se do

conceito de RBC. Eles sentem que o conceito poderia ser útil para implementar o CNUDPD, assim querem trabalhar dentro do modelo social de deficiência (em lugar do modelo médico) e lutar pelos direitos das pessoas com deficiên-cia guiadas pela CNUDPD. O grupo decide advogar com diferentes organizações - ambas do governo e não gover-namentais – para incluir pessoas com deficiência nos seus serviços. O grupo não aceita nenhum membro sem defi-ciência para assegurar que é um movimento que trabalha somente no empoderamento de pessoas com deficiência. O progresso do grupo é lento porque não fornece qualquer tipo de serviço directo, senão promover uma sociedade in-clusiva. Contudo, eles acreditam que a sua abordagem lenta e firme vai criar boa sustentabilidade do seu trabalho.

Apêndice 2:afirmações modelos:

Um projecto de RBC que não tenha pessoas com deficiên-cia ou representantes de APCDs numa posição de liderança, nunca pode ser bem sucedido.

Não existe melhor professor para pessoas surdas, do que uma pessoa surda.

APCDs estão lutando frequentemente dentro de suas própri-as organizações e por conseguinte não são parceiros de confi-ança para a RBC.

Um projecto ideal de RBC é gerido por pessoas com defi-ciência para pessoas com deficiência.

APCDs estão frequentemente servindo a elite de pessoas com deficiência e por conseguinte os projectos de RBC de-vem consciencializá-las da existência de membros menos referidos tais como mulheres, crianças, analfabetos ou minoria étnica ou grupos religiosos.

É uma tarefa principal de um projecto de RBC assegurar-se de que APCDs se tornem eficazes na sua zona de implemen-tação.

Mesmo quando a prioridade de uma APCD é meios de sub-sistência, um projecto de RBC deve convencê-los a se tor-narem politicamente activos.

Não há melhor lugar para pessoas com deficiência do que uma APCD para elevar a sua auto-confiança através das reu-niões com outras pessoas com deficiência.

Ser uma pessoa com uma deficiência é a maior ajuda em advogar para os direitos das pessoas com deficiência.

Quando as pessoas com deficiência estão completamente empoderadas, a tarefa de RBC está terminada.

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Módulo 12 • Meios de subsistência para pessoas com deficiência

Participantes e tempo de treinamento:Gestores e supervisores de rBC.

Total Tempo de treinamento: 11 horas e 30 minutos.

Facilitação:

A maioria de gestores e profissionais de RBC não são peri-tos na geração de rendimento. É útil fazer este treinamento em colaboração com organizações ou indivíduos que sabem sobre a geração de rendimento. Isto aumentará a perícia da equipe

de funcionários de RBC no tema e servirá também para sensi-bilizar sobre pessoas com deficiência dentro de programas de geração de rendimentos gerais.

Necessidades de treinamento:

•Os gestores e os supervisores de RBC precisam compreen-der a ligação entre a pobreza e a deficiência. •Os gestores e os supervisores de RBC precisam compreen-der as possibilidades dos meios de subsistência para tirar da pobreza as pessoas com deficiência. •Os gestores de RBC devem conhecer quais são os factores que contribuem para uma maior inclusão no mercado do tra-balho e do negócio, e quais são as barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam para alcançar esse mercado. •Os gestores e os supervisores de RBC compreendem o que se entende por protecção social nas directrizes de RBC e como outras partes da matriz de RBC se relaciona com a protecção social e geração de rendimento.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Os gestores e os supervisores de RBC compreendem o relacionamento entre a deficiência e a pobreza e as barrei-ras que as pessoas com deficiência encaram para alcan-çar o mercado de trabalho e de negócio. •Os gestores e os supervisores de RBC conhecem quais são as habilidades necessárias para começar um negócio de sucesso.

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•Os gestores e os supervisores de RBC compreendem o significado da protecção social em RBC e como outros aspectos de RBC contribuem para a subsistência. •Os gestores e os supervisores de RBC compreendem que os meios de subsistência estão ligados às estratégias da redução da pobreza no país. •Os gestores e os supervisores de RBC compreendem a ligação entre a CNUDPD e os meios de subsistência. •Os gestores e os supervisores de RBC compreendem como o projecto de RBC pode trabalhar na inclusão da deficiência na redução da pobreza e em outras activi-dades de subsistência (“mainstreaming” o tema deficiên-cia).

Habilidades:•Os gestores e os supervisores de RBC podem ligar seu trabalho às organizações que podem apoiar a actividade de subsistência na RBC.

Atitudes:•Os gestores e os supervisores de RBC acreditam que as pessoas com deficiência têm direito a trabalho decente. •Os gestores e os supervisores de RBC são comprometi-dos em promover/advogar e trabalhar para a redução da pobreza das pessoas com deficiência.

Sessão 1

Compreendendo os meios de subsistência. Tempo de treinamento: 1 hora.

Dá uma apresentação sobre a deficiência, pobreza e meios de subsistência. (Veja a apresentação modelo em PowerPoint no disco compacto)

Sessão 2

Barreiras para a redução da pobreza.Tempo de treinamento: 2 horas.

Divida os participantes em grupos e peça-lhes para esboçar as barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam para sair da pobreza.

Peça a cada grupo para buscar 3 temas diferentes do esbo-ço e escrever um estudo de caso que poderia possivelmente acontecer no seu programa.

Os estudos de caso devem ser escritos em cartazes e apre-sentados ao grupo principal.

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Sessão 3

Quebrando as barreiras. Tempo de treinamento: 2 horas.

Passe cada cartaz e estudo de caso para um grupo diferente. Peça a cada grupo para elaborar propostas ao grupo principal sobre como as barreiras identificadas nos seus novos estudos de caso poderiam ser superadas.

Afixe as propostas na parede. Crie grupos novos incluindo uma pessoa de cada um dos grupos precedentes. Dê a cada grupo novo um dos cartazes e pergunte ao membro do grupo que estava envolvido em desenvolver esse cartaz para o apre-sentar ao seu novo grupo. Todos os grupos devem visitar cada cartaz, cada um por sua vez e receber uma apresentação de um dos membros do grupo.

Sessão 4

Tornando os meios gerais de subsistência inclusivos (“Mainstreaming” da deficiência).Tempo de treinamento: 2 horas.

Divida os participantes em grupos e dê a cada grupo uma cópia da estratégia nacional da redução da pobreza.

Peça a cada grupo para levar uma secção da estratégia e apresentar os argumentos que eles usariam para convencer o órgão apropriado para incluir a deficiência no documento

estratégico. Os outros participantes devem fornecer as respos-tas ao grupo sobre se seus argumentos foram convincentes.

Sessão 5

Possibilidades para meios de subsistência. Tempo de treinamento: 30 minutos.

Numa sessão plenária discutir os prós e os contras das dife-rentes formas da geração de rendimento incluindo:

• Microcréditoindividual• Grupodeempréstimosdeauto-ajudadegrupos• Emprego• Trabalhoprotegidoespecificamenteparapessoas com deficiência• Empregonogoverno/negóciograndeoupequeno• Investimentosetc.

Sessão 6 Pedindo esmola. Tempo de treinamento: 1 hora.

Distribua cópias do artigo “Esmola: Uma profissão escolhida” por Harvinder Kaur e Wim van Brakel. O artigo está disponível no disco compacto.

Convide aos participantes para cada um criar uma afirmação a partir do artigo. O grupo pode em seguida discutir dizendo se o grupo concorda com as afirmações e sobre a posição de pes-soas com deficiência pedindo esmola.

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Sessão 7

Planificando para meios de subsistência.Tempo de treinamento: 3 horas.

Peça as pessoas para trabalharem individualmente ou em grupos (se forem da mesma organização) num plano para o seu trabalho em meios de subsistência. Os planos devem ser apre-sentados como panfletos ao grupo. Usar o capítulo em meios de subsistência das directrizes de RBC da OMS para este exercício.

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Módulo 13 • educação inclusiva e rBC

Participantes e tempo de treinamento:

Este treinamento é elaborado para ajudar trabalhadores de RBC ao nível de supervisor e gestor para trabalhar com as escolas na criação de educação inclusiva em escolas locais.Total Tempo de treinamento: 4 dias.

Necessidades de treinamento:

•Supervisores e gestores de RBC precisam compreender a importância da educação para todos.•Supervisores e gestores de RBC precisam compreender a

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edução inclusiva.•Supervisores e gestores de RBC precisam compreender o que cria sucesso na educação inclusiva.•Supervisores e gestores de RBC precisam ter habilidades e instrumentos para apoiar escolas a se tornarem inclusivas.•Supervisores e gestores de RBC precisam ter habilidades e instrumentos para incluir famílias e comunidades no desen-volvimento da educação inclusiva.•Supervisores e gestores de RBC precisam ter habilidades e instrumentos para colectar, criar e desenvolver os materi-ais que ajudam todas as crianças a aprender num ambiente inclusivo. •Supervisores e gestores de RBC precisam saber ajudar às escolas a incluir na aprendizagem, crianças com deficiência nos seus estabelecimentos de ensino.

Objectivos baseados em:

Conhecimento:•Supervisores e gestores de RBC sabem que materiais estão disponíveis e onde os encontrar. •Supervisores e gestores de RBC sabem o que significam meios de educação inclusiva e sabem como isso poderia ser implementado nas suas escolas locais.•Supervisores e gestores de RBC conhecem os meios de ajuda específicos necessários para tornar a aprendizagem possível para crianças com várias deficiências.•Supervisores e gestores de RBC conhecem os diferen-tes aspectos que são necessários para tornar uma escola inclusiva.

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Habilidades: •Supervisores e gestores de RBC têm habilidades para usar as ferramentas disponíveis para tornar uma escola inclusiva.•Supervisores e gestores de RBC têm habilidades para dirigir seminários com as escolas locais para ajudá-las a se tornarem inclusivas.•Supervisores e gestores de RBC têm habilidades para ensinar aos seus trabalhadores de RBC a preparar crian-ças com deficiência para a educação.•Supervisores e gestores de RBC têm as habilidades para desenvolver redes entre escolas, famílias e comunidades para estabelecer a educação inclusiva. •Supervisores e gestores de RBC têm habilidades para supervisionar seus trabalhadores de RBC nos seus trabal-hos em estreita ligação com as escolas onde as crianças estão incluídas.

Atitudes:•Supervisores e gestores de RBC acreditam que todas as crianças têm o direito de aprender. •Supervisores e gestores de RBC estão convencidos que todas as crianças têm o direito de aprender em seu próprio ambiente.•Supervisores e gestores de RBC são criativos em encon-trar maneiras para tornar possível a educação para crian-ças com deficiência nos ambientes com poucos recursos.•Supervisores e gestores de RBC estão convencidos que todas as comunidades estão prontas para incluir suas crianças com deficiência em escolas locais.

•Supervisores e gestores de RBC são criativos em encon-trar os recursos disponíveis dentro do seu país para incluir crianças com deficiência em escolas locais.•Supervisores e gestores de RBC advogam pela inclusão das crianças com deficiência na escola junto com o governo local na área do seu programa.

Sessão 1 Índice para a educação inclusiva.Tempo de treinamento: 1dia.

Estude o índice para a educação inclusiva (disponível no disco compacto) e faça o acompanhamento com o grupo das etapas principais que devem ser seguidas no desenvolvimento de uma escola inclusiva.

As etapas sugeridas para seguir são:

•DaParte2;fases1,2e3.•DaParte3,formandoosindicadores•Daparte4,avaliandoalgumasfolhasequestionáriosúteis.

Sessão 2 Escola para todos: conselhos e instrumentos.Tempo de treinamento: Metade de um dia.

Distribua os conselhos e instrumento da página 58 adiante do documento School for All [Escola para todos].

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Peça que todos os participantes preparem apresentações para uma escola local e adicionarem materiais/políticas/redes que podem ser usados a partir de seu próprio ambiente.

Peça a cada participante para apresentar os seus resultados ao grupo como se eles fossem uma escola local que está se preparando para se tornar inclusiva.

Sessão 3

Cuidados da infância tenra.Tempo de treinamento: 1 dia.

Usa o manual Children with Disabilities in Early Childhood Care [Crianças com Deficiência nos Cuidados da Infância Tenra] (Save theChildrem Sri Lanka). Deixa os participantes usarem o manual para prepararem um esboço do treinamento para seus trabalhadores de campo. O treinamento deve ajudar aos trabalhadores de campo a prepararem as crianças para a escola.

Sessão 4

Desenvolvimento de materiais de ensino e outros meios auxiliares necessários para uma escola inclusiva. Tempo de treinamento: 1dia.

Esta sessão é elaborada para construir conhecimentos e habilidades para produzir materiais que podem ser usados como meios auxiliares de ensino. Os materiais a serem usa-dos incluem:

•‘Module 3: Assistive devices in the inclusive classroom “ [Módulo 3: Materiais auxiliares numa sala de aula inclusiva] do projecto de educação inclusiva de Kwazulu Natal.

•Inclusive education where there are few resources “ [Edu-cação inclusiva onde há poucos recursos] por Sue Tubbs

•“Making It in the Community “ [Fazendo –a na comunidade] por Annemarie Neeteson (Se disponível)

•“Disabled Village Children “ [Crianças com deficiência da Vila] por David Werner (Se disponível)

•Papel, cola, madeira, pregos, lápis de cores...

Divide os participantes em grupos e peça-lhes para produzir materiais de ensino usando materiais locais e apresentar ao grupo principal como poderiam ser usados na sala de aula para ajudar as crianças com deficiência a aprenderem.

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Sessão 5

Experiências dos outros e como colectar dados sobre suas experiências.Tempo de treinamento: Metade de um dia.

Usar os manuais do disco compacto:

•Making Schools Inclusive: How Change Can Happen [Tornando Escolas Inclusivas: Como Mudança Pode Aconte-cer] (Save the Children Reino Unido)•Researching Our Experience, [Pesquisando Nossa Experiên-cia], um documento de EENET da Zâmbia •“Young Voices: Young People’s Views on Inclusive education “ [Vozes Jovens: Opiniões de Pessoas Jovens sobre Educação Inclusiva]. Documento da Uganda.

Em grupos, peça aos participantes para analisarem os dife-rentes documentos e criarem um instrumento para documentar suas experiências no desenvolvimento de educação inclusiva nas suas escolas locais.

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