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Nome 1º autor, e-mail, instituição · Web viewThe purpose of this article is to bring academics...

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU PROCESSOS PRODUTIVOS DE UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA ARSEGO, Willian 1 BORTOLOSSI, Diego¹ BRUM, Tiago José¹ BRUSTOLIN, Alex Matheus¹ ZORZI, Ediane Vanessa¹* KRUEL, Izabele Brandão 2 SLAVIERO, Angelice Melania Barancelli² WEIPPERT, Rosangela Marcia² ZEIZER, Erivan² RESUMO: O presente artigo tem como objetivo aproximar os acadêmicos do curso de engenharia de produção com empresas do alto Uruguai. Após a escolha da empresa iniciou-se pesquisas em livros e artigos com assuntos de interação com a gestão de produção para obter-se informações e conceitos do estudo abordado. A empresa estudada atua desde 1965 em um ramo de fundição de peças, com o decorrer do trabalho, fez-se uma visita técnica à empresa, destacando seus processos produtivos para uma melhor observação dos mesmos, o tipo de material produzido, suas matérias primas específicas, seu layout e os principais clientes, que em sua maioria se destacam nos ramos: agrícola, hidráulico, ferroviário e rodoviário. Com base nas informações obtidas procurou-se um processo para a sugestão de uma melhoria. Com o conhecimento adquirido e pesquisas realizadas identificou-se uma máquina para o auxilio no setor de rebarba de peças da empresa. Palavras-chave: Empresa, processo. ABSTRACT: The purpose of this article is to bring academics from the production engineering course to companies from upper Uruguay. After choosing the company, research was started on books and articles with topics of interaction with production management to obtain information and concepts from the study addressed. The company studied works since 1965 in a branch of casting of parts, during the course of the work, a technical visit was made to the company, highlighting its productive processes for a better observation of the same, the type of material produced, its specific raw materials , its layout and the main customers, which mostly stand out 1 Discentes do Curso Engenharia de Produção, Nível 2 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. 2 Docentes do Curso Engenharia de Produção, Nível 2 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. *E-mail para contato: [email protected] ___________________________________________________________________________ _______________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

PROCESSOS PRODUTIVOS DE UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA

ARSEGO, Willian1

BORTOLOSSI, Diego¹BRUM, Tiago José¹

BRUSTOLIN, Alex Matheus¹ZORZI, Ediane Vanessa¹*KRUEL, Izabele Brandão2

SLAVIERO, Angelice Melania Barancelli²WEIPPERT, Rosangela Marcia²

ZEIZER, Erivan²

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo aproximar os acadêmicos do curso de engenharia de produção com empresas do alto Uruguai. Após a escolha da empresa iniciou-se pesquisas em livros e artigos com assuntos de interação com a gestão de produção para obter-se informações e conceitos do estudo abordado. A empresa estudada atua desde 1965 em um ramo de fundição de peças, com o decorrer do trabalho, fez-se uma visita técnica à empresa, destacando seus processos produtivos para uma melhor observação dos mesmos, o tipo de material produzido, suas matérias primas específicas, seu layout e os principais clientes, que em sua maioria se destacam nos ramos: agrícola, hidráulico, ferroviário e rodoviário. Com base nas informações obtidas procurou-se um processo para a sugestão de uma melhoria. Com o conhecimento adquirido e pesquisas realizadas identificou-se uma máquina para o auxilio no setor de rebarba de peças da empresa.

Palavras-chave: Empresa, processo.

ABSTRACT: The purpose of this article is to bring academics from the production engineering course to companies from upper Uruguay. After choosing the company, research was started on books and articles with topics of interaction with production management to obtain information and concepts from the study addressed. The company studied works since 1965 in a branch of casting of parts, during the course of the work, a technical visit was made to the company, highlighting its productive processes for a better observation of the same, the type of material produced, its specific raw materials , its layout and the main customers, which mostly stand out in the agricultural, hydraulic, rail and road branches. Based on the information obtained, a process was suggested for the suggestion of an improvement. With the knowledge acquired and research carried out, a machine was identified for the help in the sector of burr of parts of the company

Keywords: Company, process.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo aproximar os acadêmicos do Nível 2 do curso de

Engenharia de Produção do Instituto de Desenvolvimento e Ensino do Alto Uruguai (IDEAU)

com as indústrias da região, fazendo-os entrarem em contato com alguma indústria de sua

escolha. Com o conhecimento adquirido na mesma deveriam analisar os processos produtivos

e formas de gestão de produção e associá-los com o que foi estudado durante o semestre.

1 Discentes do Curso Engenharia de Produção, Nível 2 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.2 Docentes do Curso Engenharia de Produção, Nível 2 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.*E-mail para contato: [email protected]__________________________________________________________________________________________

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Inicialmente buscou-se, em livros e artigos, informações teóricas e confiáveis. Nelas

se encaixam a contabilidade e a gestão de custos, que são muito importantes para qualquer

empresa. A contabilidade é aquela que influencia nas tomadas de decisões referentes a

empresa, ela avalia as condições econômicas e financeiras controlando assim os gastos e

ganhos da empresa.

Não deve se existir gastos com o tempo, um layout bem estabelecido é o que deixa

uma empresa mais ágil. Um layout eficiente é quando máquinas e setores estão bem

distribuídos de forma com que haja um fluxo melhor dentro da empresa, onde o tempo entre

um processo e outro seja diminuído, trazendo assim mais lucro para a empresa.

Toda empresa é uma organização e toda organização possui os seus sistemas de

produção. Um sistema de produção é dividido em entradas, transformações e saídas. Entrando

como matéria prima, se transformando no produto e resultando em bens ou serviços trazendo

maior rentabilidade para a empresa.

Após adquirir a base teórica os acadêmicos se encaminharam para as indústrias de sua

preferência. A empresa estudada neste artigo é uma indústria metalúrgica estabelecida na

cidade de Erechim – Rio Grande do Sul desde 1965. Ela desenvolve e executa peças em ferro

fundido, atendendo aos pedidos dos clientes de diversos segmentos, com destaque nos ramos:

agrícola, hidráulico, ferroviário e rodoviário.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico é composto por conjuntos de informações básica a respeito da

Gestão de Produção, e os assuntos nela englobados.

2.1 Gestão Da Produção

A gestão de produção neste artigo busca apresentar algumas noções básicas sobre a

sua origem, evolução, o custo da produção e os sistemas de produção, destacando seu

importante papel.

2.1.1 Origem e evolução

Em 1770, na Inglaterra, a Revolução Industrial substituiu a força humana e da água

pela força mecanizada, marcando o surgimento do sistema fabril, visando uma produção mais

eficiente com a organização de máquinas, pessoas e outros recursos (PUC-RIO s.d).

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Em 1790, Eli Whitney (o criador do conceito de peças intercambiáveis), permitia uma

linha de montagem mais flexível, como a padronização dos produtos, padronização dos

processos de fábrica, treinamento e habilitação da mão de obra direta, criação e

desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão, desenvolvimento de técnicas de

planejamento, controle da produção e financeiro (PASQUALINI, LOPES e SIEDENBERG,

2010).

Após a guerra civil do século XIX houve a mudança estrutural, separando o capitalista

do empregador, tornando os empregados assalariados, todas essas mudanças preparavam o

cenário para a grande explosão da produção no século XX. Um novo ambiente

socioeconômico surgiu, um grupo de pessoas formado por engenheiros, executivos,

consultores, educadores e pesquisadores, perceberam a necessidade de suprir os maciços

mercados, com base na administração cientíca desenvolvida por Frederic Winslow Taylor,

ficaram conhecidos como especialistas em eficiência, engenheiros de eficiência e engenheiro

de produção. No início do século XX, Ford aplicou os princípios da administração científica

na padronização dos desenhos, produção em massa, baixo custo de montagem, linhas de

montagem mecânizadas, especialização da mão de obra e peças intercambiáveis (PUC – Rio,

s.d).

2.1.2 Gestão de Custos e Contabilidade

A gestão de Custos é um conjunto de técnicas e métodos de planejamento, controle,

avaliação e aperfeiçoamento dos produtos e serviços da organização. Sua principal finalidade

é fornecer as informações de que a empresa precisa para proporcionar valor, qualidade e

oportunidade que os clientes desejam. Suas técnicas para análise dos custos servem para

organizar as atividades econômicas de cada negócio. Buscando assim atingir uma gestão de

custos eficiente que acompanhe as frequentes mudanças dos mercados fornecedores e

consumidores, na redução dos custos e melhoria contínua (ANDRADE, 2007).

A formação de preço dos produtos e serviços varia de acordo com a condição do

mercado e a aceitação dos produtos e serviços. Os custos afetam os preços dos produtos e

serviços conforme aceitação do mercado, levando em conta a concorrência do mercado em

que se encontra o produto e serviços. Os preços podem ser obtidos com base nos custos e com

base no mercado, para a sua formação de preço os processos de custeamento buscam sua

adequação com base no menor custo para o produto e serviços (FILHO, 2008).

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O conceito de custo-meta ou custo-alvo são os custos de um produto novo ou

modificação, obtido através do preço máximo que o mercado está disposto a pagar por esse

produto e a margem de lucro que se necessita obter para que se garanta a remuneração do

capital aplicado. E usada como parâmetro para identificar-se a empresa terá condições de

produzir ao preço que o mercado está disposto a pagar. Os sistemas de custeio passaram

fornecer as informações necessárias à avaliação do custo-meta e ao processo de tomada de

decisões (BEBER et al., 2004).

Pode ser definido custeio como a forma de alocar o custo de produção de um

determinado produto ou serviço. Podendo ser fixos, não sendo diretamente alterados pelo

acréscimo ou decréscimo da produção, como também variáveis, sendo despesas diretamente

proporcionais à oferta dos bens ou serviços (BEBER et al., 2004).

2.1.3 As múltiplas formas de competir no mercado

Em operações, é necessário ser preciso quando definidos objetivos a perseguir. Isso é

porque há situações em que o gestor deve optar por renunciar a níveis de desempenho

superiores em alguns critérios para favorecer outros (CORRÊA, 2016).

Para que a decisão de renuncia seja mais acertada, é importante saber precisamente

quais as prioridades impostas pelo cliente da operação quanto aos diferentes aspectos para que

seja possível localizar nos aspectos adequados. Claro que nem todos esses critérios não são

igualmente importantes para todos os tipos de negócios ou para todos os tipos de cliente

(CORRÊA, 2016).

2.1.4 Arranjo físico (Layout)

Conforme asseverou CARREIRA (s.d.), a maioria das empresas, atualmente tem

refletido a respeito do organograma no planejamento de layout, pois uma estrutura

departamentalizada por atividade requer esse tipo de organização. Para conhecer bem esses

departamentos é preciso entender também os processos da empresa. Com isso, percebemos

que é necessário conhecer bem os fluxos e processos para, posteriormente, determinar

mudanças físicas na organização da empresa.

O planejamento tem como objetivo racionalizar e melhor aproveitar os espaços

disponíveis, facilitando o desenvolvimento do trabalho de cada profissional e inter-

relacionando o espaço físico com sua função. O planejamento do layout administrativo da

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empresa, segundo CARREIRA (s.d.), deve ser coordenado pelo administrador, com ajuda de

profissionais especializados, como engenheiros, arquitetos, psicólogos, entre outros que

agregam conhecimentos científicos aos projetos.

O Layout de uma indústria é muito importante e se não é bem planejado, na maioria

das vezes, pode prejudicar a produção deixando a mesma menos eficiente e diminuindo as

oportunidades da empresa ter maior lucratividade (CHIAVENATO apud FERNANDES,

STRAPAZZON e CARVALHO, 2013).

Um layout que se posicionam máquinas e setores, de acordo com que o trânsito entre

os mesmos comecem a fluir melhor e o tempo gasto nos processos das tarefas seja diminuído

é considerado um layout eficiente. Para Canen e Williamon (1998) “a melhor movimentação é

não movimentar”, pois o mais almejado em uma produção é a diminuição de tempo na

movimentação dos equipamentos (CANEN e WILLIAMON apud FERNANDES,

STRAPAZZON e CARVALHO, 2013).

2.1.5 Estratégia de produção e Operações

O objetivo da estratégia de operações é garantir que os processos de produção e

entrega de valor ao cliente sejam alinhadas com a intenção estratégica da empresa quanto aos

resultados financeiros esperados e aos mercados a que pretende servir e adeptos ao ambiente

que insere (CORRÊA, 2016).

Para isso é necessário incluir no tratamento de processos decisórios em operações

elementos externos a organização, como o cliente, a concorrência, os parceiros fornecedores,

o acionista e outros grupos de interesse (CORRÊA, 2016).

2.1.6 OSM – Organização, sistemas e métodos

Todo conjunto é uma organização, o sistema tem como função principal atender às

necessidades da sociedade, para fazer o uso constante, dá-se a ideia de que a mesma está em

uma crescente de desenvolvimento e dando cada vez maior base para um ideológico. De

forma organizada é construído um grupo de pessoas, para conseguir chegar a um objetivo

maior tendo em mente que tudo que tem ao redor é ofertado serviços e bens, que junto forma

uma organização (LACOMBE & HEILBORN apud PRÉVE, 2012).

Segundo Etzioni apud Préve (2012), todo conjunto é uma organização e isso está

ligado diretamente com o ciclo de vida, que é nascer, crescer e morrer.

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Ainda pode-se concluir conforme Bernardes e Marcondes (2005, p.11.):

...quem não veio ao mundo em um hospital, logo vai estudar em uma

escola, para depois, já adulto, trabalhar em fábricas, escritórios, comprar

em lojas e supermercados, frequentar clubes, igrejas, assistir

espetáculos...

O sistema não poderia ser diferente, estão ligadas diretamente às organizações, é uma

parte mais teórica na área administrativa. Ainda são itens que podem ser juntados e que se

cruzam de certa forma. Sendo assim, se ambas não têm alguma ligação, elas não podem ser

consideradas um sistema, como por exemplo, são ingredientes para fazer uma composição

base, mas que ainda precisaria de algo para ter efeito total (ZIMMER apud PRÉVE, 2012).

A palavra método vem do grego meta (objetivo) e hodos (caminho). Para obter-se um

resultado, sendo ele um processo ou apenas capacidade técnica, é preciso percorrer uma

trajetória. Desta forma o processo é composto por normas, técnica, métodos e até mesmo um

manual ou procedimento descrito, nada mais é, que um ciclo de atividades que são

diretamente ligadas e em sequência, que terá que atender a organização externa e interna

(PEREIRA apud PRÉVE, 2012).

2.1.7 Sistemas de produção

A Engenharia de produção possui o foco das atenções na gestão dos sistemas de

produção, que são definidos como todo conjunto de recursos organizados que os levam a

obter produtos e serviços de forma sistemática (CUNHA, 2002).

Os sistemas de produção são compostos por insumos (entradas), subsistemas de

transformação e saídas (outputs).

Insumos são os elementos necessários para a produção, como equipamentos e

conhecimento. Subsistemas de transformação são os processos que transformam os insumos

em resultados, tais como planejamento do produto. A saída é a ultima parte do sistema, onde

nela se dá o produto tangível (bens) ou intangível (serviços), relatando então os lucros ou

prejuízos (BOIKO, TSUJIGUCH e VAROLO, 2009).

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2.1.8 Logística integrada

Segundo Oliveira (2014), integração de todo processo logístico do início até as mãos

do cliente, é um sistema capaz de controlar e coordenar o fluxo logístico de todas as

atividades. Essa logística é dividida em:

Administração de materiais: compreende o processo de matérias primas da fábrica;

Movimentação de materiais: garante o abastecimento eficiente da linha de produção;

Distribuição física: sequência final dos processos responsável pela distribuição.

Uma empresa que tem a sua gestão de produção em ordem, tendo um

acompanhamento pelo seu gestor, procurando se conservar sempre no seu melhor,

valorizando as essências é mais bem vista pelos clientes.

3 METODOLOGIA

O presente artigo foi dividido em duas partes. A primeira, construída sob

embasamento teórico, buscou informações sobre a gestão de produção dentro da indústria,

abordando com isso gestão de custos, layout, sistemas de produção, entre outros assuntos.

Na segunda etapa foi realizada uma visita técnica a uma indústria metalúrgica a qual

está localizada na cidade de Erechim – Rio Grande do Sul, tendo como objetivo conhecer as

etapas do processo desde o seu início até a expedição.

4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Após visitar a empresa, tomou-se como resultado que o processo de rebarbação é

geralmente a última etapa do processo de fabricação de uma peça e como esse é feito de

forma manual há grande possibilidade de falha, como a precisão geométrica. O trabalho de

rebarba exige mão de obra de forma acentuada e é de baixa produtividade, envolve custo alto

e um risco para o operador de grande escala. Análises e pesquisas mostram que na etapa

de rebarbação manual, o período do procedimento aumenta gradualmente com relação à

espessura que está sendo rebarbada e a dificuldade de acesso a elas. 

A etapa de rebarbação consiste em remover as imperfeições de sobra de material além

das medidas de uma peça padrão. A formação de rebarbas numa peça causa perda de

durabilidade e diminui a funcionalidade dela como produto, pois rebarbas em cantos e arestas

podem fazer com que apareçam trincas e consecutivamente ruptura na peça. 

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No processo de fundição, operações de limpeza e pré-usinagem são as principais

atividades e representam um alto custo para as empresas. Deste modo a utilização de robôs

automáticos para substituir a operação manual na etapa de rebarbação tem se tornado cada vez

mais importante e sendo a forma mais viável para diminuir o custo em certas peças fundidas.

Pois de modo geral a rebarbação nada mais é, do que retirar da peça, as bordas que ficaram na

peça, no processo de molde, onde essa remoção faz com que a peça final, fique dentro das

medidas desejadas e geométricas. 

Deste modo, uma ferramenta de corte precisa chanfrar as bordas enquanto se desloca

ao longo da peça. Portanto, ao conduzir a ferramenta de corte para executar a rebarbação, os

robôs devem executar dois movimentos principais: aplicar a força adequada para chanfrar a

borda da peça de modo a remover as rebarbas, e o outro é para executar um movimento de

contorno seguinte para garantir que a ferramenta de corte mantenha contato com todas as

rebarbas que se formaram ao longo do chanfro. No processo de rebarba via robôs o maior

ganho é quando a peça se tem forma complexa e dificulta o processo quando feito

manualmente, pois não se tem dúvida que o robô tem maior qualidade e em menor tempo se

comparado ao processo feito de forma manual. 

Mesmo o investimento sendo de forma muito grande, o ganho em questão de volume é

altamente compensável quando é considerada a produção de grande escala, pois geralmente o

gargalo de uma fundição está no processo de rebarbação, ocasionando atrasos na entrega do

produto final. Mas para isso deve ser feita uma análise de trade-off, onde a empresa estudada

avalia em qual ramo quer ser destaque.

4.1 Empresa

A empresa que foi estudada atua na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul /

Brasil. Possui área total: 22.500 m2 e área construída: 14.460 m2. Capacidade de produção:

14.400 toneladas/ano. Possui atualmente 180 colaboradores. Atua no seguimento Agrícola:

(tratores, colheitadeiras e implementos), implementos rodoviários, ferroviários e hidráulicos.

Suas atividades tiveram início com o seguimento retífica de motores, no ano de 1965, onde no

ano de 1972 iniciou o segmento de fundição de ferro, com peças do segmento agrícola, já em

1974, iniciou a produção de tambores de freio, expandindo cada vez mais o segmento no ramo

agrícola e rodoviário.

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4.1.1 Principais produtos

Cubos de Roda, Polias, Discos de Freio, Suportes de Freio, Caixas de Transmissão,

Braços para Trator, Mancais, Alavanca de Cambio, Carcaças e Berço.

4.1.2 Sistemas de produção

Um sistema de produção é aquele que possui entradas, planejamento e saídas, sendo as

entradas a matéria prima, o planejamento a produção e a saída os bens ou serviços.

4.1.2.1 Processo produtivo da fundição

Segundo a IFSC (s.d.), fundição é um processo de fabricação onde um metal ou liga

metálica, no seu estado sólido é transformado em estado líquido e é vazado em um molde

(feito de areia e resina) com formatos e medidas similares aos das peças a serem produzidas.

Dois tipos de equipamentos básicos estão presentes em uma fundição, são eles:

Fornos de fusão: para a produção de ligas metálicas

Máquinas de moldagem: para a produção de moldes

Salienta-se que por permitir a produção de peças com grande variedade de formas e

tamanhos, peças de extrema responsabilidade como as que são usadas nas indústrias

mecânicas e automobilísticas, onde a empresa estudada atua, esta etapa não é obtida com um

único processo e sim escolhendo-se dentre os processos disponíveis o que melhor se adapta às

exigências do cliente e produz o lote encomendado com o mínimo custo dentro do prazo

estipulado.

O processo de fabricação dessas peças por meio de fundição pode ser resumido nas

seguintes operações:

Confecção do modelo - Essa etapa consiste em construir um modelo com o formato

aproximado da peça a ser fundida. Esse modelo vai servir para a construção do molde

e suas dimensões devem prever a contração do metal quando ele se solidificar

Confecção do molde- O molde é o dispositivo no qual o metal fundido é colocado para

que se obtenha a peça desejada. Ele é feito de material refratário composto de areia e

aglomerante.

Confecção dos machos - Macho é um dispositivo, feito também de areia, que tem a

finalidade de formar os vazios, furos e reentrâncias da peça, onde não pode ser

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usinado. Eles são colocados nos moldes antes que eles sejam fechados para receber o

metal líquido.

Fusão- Etapa em que acontece a fusão do metal.

Vazamento - O vazamento é o enchimento do molde com metal líquido.

Desmoldagem - Após determinado período de tempo em que a peça se solidifica

dentro do molde, ela é retirada do molde manualmente ou por processos mecânicos.

Rebarbação - A rebarbação é a retirada dos canais de alimentação, massalote e

rebarbas que se formam durante a fundição. Ela é realizada quando a peça atinge

temperaturas próximas às do ambiente

Limpeza - A limpeza é necessária porque a peça apresenta uma série de incrustações

da areia usada na confecção do molde. Geralmente ela é feita por meio de jatos

abrasivos.

A fundição também tem características e defeitos próprios de seu processo, segue

alguns no quadro 1.

Quadro 1: Defeitos e características da fundição.Características do processo de fundição Defeitos do processo de fundição

A peça produzida por fundição pode ter as formas e

dimensões definitivas ou não.

Inclusão da areia do molde nas paredes internas ou

externas da peça.

Furos pequenos e detalhes complexos não são feitos

na peça, embora apareçam no desenho.

Defeitos de composição da liga metálica que causam o

aparecimento de partículas duras indesejáveis no

material.

Arredondamento de cantos e engrossamento das

paredes.

Porosidade, ou seja, existência de pequenos buracos

dentro da peça.

As propriedades mecânicas de peças fundidas

geralmente são inferiores às propriedades de peças

conformadas mecanicamente.

Fonte: IFSC, s. d.

4.1.2.2 Macharia Cold-box

Processo de obtenção de machos e moldes a frio, utilizando uma mistura de areia base

e resinas, que cura pela passagem de um catalisador gasoso.__________________________________________________________________________________________

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Areia misturada a duas resinas

Soprada dentro da caixa de machos

Gás (trietilamina)

Processo de cura em temperatura ambiente

Obtenção do macho

Peso macho: de 0,50 a 30,0 Kg

Caixas de 500 x 500 x 140+140

4.1.2.3 Macharia Shell

Sobra uma mistura de areia e resina em uma caixa aquecida, deste modo areia é curada

com a temperatura, criando uma espessura da casca, no caso do macho é determinada via

máquina, onde a sobra de areia não curada, retorna para o processo, para ser usada

novamente, isso faz com que o processo seja de baixa perda de MP, sendo que o processo

preza o acabamento superficial e uma elevada estabilidade no estoque.

Recebe areia pronta, resina + catalisador

Caixa aquecida, ~ 200º C

Areia soprada para a caixa

Aquecimento cura do macho

Peso macho: de 0,05 a 1,50 Kg

Caixas de 220 x 300 x 75+75

4.1.2.4 Moldagem MHA (Vick GCM 120)

Dimensões caixas: 500 x 700 x 210+210

Produção: 40 a 50 moldes/hora

Compressão hidráulica

4.1.2.5 Moldagem MHC (Vick)

Dimensões caixas: 850 x 850 x 250+250

Produção: 17 a 25 moldes/hora

Compressão hidráulica

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4.1.2.6 Moldagem FBO (FBO III)

Dimensões caixas: 500 x 660 x 250+250

Produção: 80 a 120 moldes/hora

Sopro + compressão (prensa)

4.1.2.7 Etapas dos processos da matéria prima

Preparação de carga - (separação da MP principal do processo, corte do aço, analise do

tipo de aço, separação por classificação de liga, pesagem, avaliação de liga pós-

prensagem, forno)

Fusão - (fusão em 60 a 75 minutos, 1.500º C)

Vazamento - (cadinho p/ panela vazamento + nodularizante e inoculantes)

Expedição - Após liberadas pelo processo de Fundição e de Usinagem, peças são

encaminhadas para o setor de expedição. Conferência embalagem, armazenagem,

expedição.

4.1.2.8 Equipamentos para Fusão

Forno a indução de 3.000 Kg / 1.500 KW e inversor dual track (Servtherm).

Forno a indução de 4.000 Kg / 2.000 KW e inversor dual track (Servtherm).

Pontes com sensores de carga (preparação e vazamento)

Panelas de transferência de 250 e 500 Kg

Capacidade de geração de metal de ~ 100 ton/dia

4.1.2.9 Desmoldagem

Solidificação + resfriamento controlado

Desmoldagem

Peças (árvores) limpeza e rebarbação

Areia recuperação/recondicionamento (separação magnética, separação torões,

resfriamento e exaustão de finos)

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4.1.2.10 Acabamento

Remoção dos canais de alimentação

Jateamento para remoção da areia

Canais separados e identificados

Retorno ao processo (refusão)

4.1.2.11 Proteção Superficial

A proteção superficial será realizada de acordo com a indicação dos clientes

Oleamento

Pintura Primer

Pintura Acabamento

Sistema de pintura eletrostática a pó, composto de banhos para tratamento de

superfície, cabine de pintura e estufa (pintura de acabamento)

4.1.3 Comercial

O Departamento Comercial é responsável por coordenar as atividades de venda dos

produtos ou serviços da empresa. É a partir dele que as empresas obtêm lucro e recursos

financeiros para que possa crescer e sobreviver economicamente. Dentre esses abaixo estão

descritas algumas das principais atividades do setor comercial da empresa estudada.

Receptor da necessidade do cliente

Análise inicial de volume

Análise inicial de matéria prima utilizada

Análise comercial de cliente

Gestão de custo

Avaliação de resultado com o negócio

Orçamental e negociação com o cliente após análise de todo o processo

Acompanhamento da demanda mensal do pedido

4.1.4 Engenharia

A engenharia tem por objetivo projetar, realizar e gerenciar sistemas integrados de

materiais, equipamentos e informações com vista a um desempenho econômico eficaz, e que

seja ambientalmente e socialmente sustentável e responsável. Para isso os profissionais de __________________________________________________________________________________________

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engenharia além de possuir conhecimentos tecnológicos e conhecimentos de engenharia como

materiais, mecânica, eletrotécnica, automação industrial, complementam sua formação com

disciplinas ligadas ao gerenciamento de negócios, tais como administração de orçamentos

junto ao setor de comercial, qualidade, contabilidade, finanças.

Avaliação de viabilidade e orçamentos para clientes

Desenvolvimento de novos produtos e processos

Projeto de ferramentais de fundição

Execução e acompanhamento de amostras

Planos de produção e controle de processos

Software de desenvolvimento: Solid Works 2011 Premium

4.1.5 Gestão da Qualidade

A qualidade é o conjunto de Programas, Ferramentas e Métodos, aplicados ao

planejamento, controle do processo e melhoria contínua, para obter bens e serviços de melhor

qualidade e custos reduzidos, objetivando atender as exigências e a satisfação dos clientes e a

eficácia da organização (PEREIRA, SIMÕES, ALBUQUERQUE et al., 2010). Na empresa

estudada a qualidade é encontrada no:

Suporte a produção e ao cliente

Monitoramento do processo e produto

Retroalimentação do sistema objetivando a melhoria continua

4.1.6 Principais clientes

Atualmente a carteira de agricula é basicamente o que está movendo a produção e

estabilizando as finanças da empresa, pois com o avanço tecnológico na agricultura e mão de

obra mais qualificada na mesma, faz com que as montadoras se qualifiquem cada vez mais,

junto com um acréscimo de máquinas.

No gráfico abaixo, representamos a carteira de comprometimento fabril em relação aos

principais clientes: JOHN DEERE, AGCO, PARKER, JAN S/A, SAFETY PARTS (marca

própria que atua no campo de reposição de peças, para o ramo rodoviário).

Gráfico 1: Carteira de clientes

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45%

20%

10%

10%

10%5%

Volume de produção em relação aos clientes

John DeereSafety PartsAGCOParker HannifinJan S/AOutros

Fonte: Contabilidade/Comercial da empresa estudada.

4.1.7 Layout

A empresa estudada é estruturada como ilustrado na Figua 1:

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Figura 1: Layout da planta baixa da área fabril

Fonte: Acadêmicos do curso de Engenharia de Produção do nível 2 da Faculdade IDEAU

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4.1.8 Produto e Mercado

Segundo a Associação Brasileira de Fundição, o ramo de fornecimento de peças

fundidas para as indústrias, seja ela para montadoras ou uso final, representa em torno de

1.340 unidades fabris, na grande maioria (95%) são de pequeno/médio porte, onde as mesmas

estão espalhadas por quase todo o território nacional. No ano de 2008, o Brasil assumiu o

sétimo lugar no ranking mundial como de países com a produção de 3,3 milhões de tol, onde

o mercado na época ficou à China (1º) Estados Unidos, Rússia, Índia, Japão e Alemanha (6º).

(ABIFA, 2009).

O setor de produção de peças fundidas tem por propriedade o processo de materiais

metálicos, de produção primária ou de reciclagem como sucata, para a fabricação de peças

moldadas em ligas ferrosas, tais como: ferro cinzento, branco, maleável, nodular, aço ao

carbono, manganês e ligados; As peças são moldadas em areia, resinas ou coquilha metálicas

em diversos tamanhos e seguem para acabamentos superficiais antes de sua entrega para uso

final ou para formação de componentes e sistemas a incorporar ao bem final da indústria

consumidora.

4.1.9 Imposto, DRE e cálculo de venda

Impostos incidentes são considerados sobre as vendas, pois são aqueles proporcionais

ao preço de venda, ou seja, que integra a base de cálculo do tributo.

Tributos esses, que são chamados de ICMS, o ISS, a COFINS e o PIS, estes precisam

ser mostrados em contas próprias de resultado, cujos resultados, na Demonstração do

Resultado do Exercício (DRE), são expostos como parcela redutora da receita bruta para a

receita liquida.

A contabilização dos tributos deve ser feita simultaneamente ao registro do

faturamento, tendo como contrapartida contas próprias de impostos a recolher, no Passivo

Circulante, os impostos e contribuições sobre a receita de faturamento precisam ser

contabilizados pelo regime de competência.

Cada ramo, para o qual a empresa vende seus produtos, tem uma porcentagem de

imposto sobre o faturamento, no Gráfico 2 é representada a porcentagem de imposto em cada

segmento de venda da empresa.

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Gráfico 2: Imposto por segmento de venda

Fonte: Setor de Contabilidade da empresa estudada.

Deste modo, depois de contabilizado todos as impostos e custa, pode ser feita a análise

para se avaliar o quanto será cobrado por um determinado item, conforme Figura 2:

Figura 2: Demonstrativo de calculo de preço de venda

Fonte: Setor de Contabilidade da empresa estudada.

4.1.10 Papel do Engenheiro de Produção na indústria

O Engenheiro de Produção lida com setores que envolvem pessoas, materiais e

informações. Cabe a ele lidar com a produção de cada produto, desde o projeto até a operação, __________________________________________________________________________________________

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com o cuidado de manter a qualidade em cada processo. Além deste trabalho todo ele ainda é

encarregado da avaliação de devido produto para o meio ambiente e a sociedade de acordo

com seus conhecimentos (CUNHA, 2002).

5 CONCLUSÃO

Através dos estudos realizados em sala de aula e na empresa, o grupo conclui que a

gestão de custo é formada por técnicas e métodos de planejamento que tem a finalidade de

fornecer um produto com excelente qualidade e com um custo menor, que a formação de

preço por cada produto e serviços varia conforme o mercado, o preço está ligado de acordo

com o mercado e a aceitação do produto. Deste modo, o layout é de suma importância para

minimizar o tempo de produção, pois o tempo está ligado diretamente ao lucro.

O setor de fundiçao tem por prioridade o processo de materias metálicos, de produção

primária ou usando material reciclado com sucata de baixo e médio manganês para a

fabricação de peças. Esse processo pode produzir vários modelos de peças que podem ser

usadas em transportes ferroviários, rodoviários, hidráulicos e para o setor agrícola.

Os acadêmicos apontam que o investimento de robôs para o processo

de rebarbação seria o maior ganho na questão qualidade e tempo de produção, porém com um

valor final mais alto para justificar o investimento do equipamento. 

O Engenheiro de Produção lida com setores que envolvem pessoas e materiais, dentro

da empresa estudada ele pode atuar em diversos setores tais como: administrativo, engenharia,

qualidade, produção, entre outros. Tendo a função de manter em ordem todas as atividades

(CUNHA, 2002).

6 REFERÊNCIAS

ABIFA, 2009. Disponível em: http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256652/P35_RT61_Perfil_da_Fundixo.pdf/182e4c30-328b-4e8c-8df8-e7ed75ffc16d

ANDRADE, S. R. Gestão custos- Ferramenta otimizadora de resultados. UFPA, cursado no 2° Semestre de 2007.

BEBER, N. J. S. SILVA, Z. E. DIÓGENES, C. M. NETO, K. K. F. Princípios de custeio: uma nova abordagem. Enegep Florianopolis, SC. 5 novembro 2004.

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