NOVA SCHOOL OF BUSINESS AND ECONOMICS
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame – 2ª época
Ana Balcão Reis 2 de Julho de 2011
Erica Marujo
Guilherme Oliveira
João Almeida Marques
Margarida Rodrigues Duração Total: 2h15m
Nos grupos II a VI justifique todas as respostas. Boa sorte!
I ( 3 val)
Nos exercícios seguintes escolha a alínea correcta.
(0,3 por cada resposta certa, -0,1 por cada resposta errada)
_____certas + _____erradas =____
1. O PIB português, a preços correntes, em 2009 foi aproximadamente,
� a) 16.000 milhões de euros
� b) 80.000 milhões de euros.
� c) 160.000 milhões de euros.
� d) 200.000 milhões de euros.
2. Uma queda do custo da energia, no curto prazo:
� a) aumenta a produção e o nível geral de preços.
� b) diminui a produção e o nível geral de preços.
� c) diminui a produção e aumenta o nível geral de preços.
� d) aumenta a produção e diminui o nível geral de preços.
3. Nos últimos 4 anos a Dívida Publica portuguesa:
� a) tem tido um peso no PIB superior a 100%.
� b) tem tido um peso no PIB entre 60% e 100%.
� c) tem tido um peso no PIB entre 30% e 60%.
� d) tem tido um peso no PIB inferior a 30%.
4. Numa economia fechada.
� a) a poupança total é sempre igual ao investimento líquido total.
� b) a poupança privada é sempre igual ao investimento líquido privado.
� c) a poupança pública é sempre igual ao investimento líquido público.
� d) a poupança total pode ser superior ao investimento líquido total.
Nome: Nº:
5. Para Portugal nos últimos 5 anos a taxa de desemprego,
� a) foi sempre superior a 14%.
� b) situou-se entre 6% e 12%.
� c) situou-se entre 2% e 8%.
� d) situou-se entre 0% e 2%.
6. Desemprego Natural é igual a:
� a) desemprego cíclico.
� b) desemprego estrutural.
� c) desemprego estrutural mais desemprego friccional.
� d) desemprego friccional mais desemprego cíclico.
7. Considere as seguintes funções de impostos: (i) T= -100 e (ii) T = -20 + 0,2Y, onde Y é o
rendimento. Indique em que caso(s) estamos na presença de um estabilizador
automático.
� a) (i) e (ii).
� b) (i)
� c) (ii)
� d) Nem (i) nem (ii).
8. Sendo α o multiplicador keynesiano, um aumento do Investimento autónomo , � �, leva a um deslocamento na horizontal da AD:
� a) igual a α∆ � �, se a taxa de juro for constante.
� b) menor que α∆� �, se a taxa de juro for constante.
� c) maior que α∆ � �, se a taxa de juro for constante.
� d) igual a α∆� �, se a taxa de juro for variável.
9. De acordo com o modelo de Solow sem avanço tecnológico, um aumento da taxa de
poupança:
� a) aumenta a taxa de crescimento da economia no curto e no longo prazo.
� b) aumenta a taxa de crescimento da economia no curto prazo mas não a altera no
longo prazo.
� c) diminui a taxa de crescimento da economia no curto e no longo prazo.
� d) diminui a taxa de crescimento da economia no curto mas não a altera no longo
prazo.
10. Sendo i a taxa de juro nominal e r a taxa de juro real,
� a) O Investimento depende negativamente de r e a procura de Moeda depende
negativamente de i.
� b) O Investimento depende negativamente de i e a procura de Moeda depende
negativamente de r.
� c) O Investimento e a procura de Moeda dependem negativamente de r.
� d) O Investimento e a procura de Moeda dependem negativamente de i.
II (4,25 val)
A República das Ilhas Malakikwi localiza-se no Pacífico Sul. Tem como moeda nacional o “ilhéu”.
Tem como única actividade industrial o sector das pescas e a sua principal fonte de divisas vem das
transferências da vasta comunidade emigrante nas principais cidades australianas. Em 2010, estas
atingiram os 10 milhões de ilhéus.
Em 2010, a captura de peixe gerou receitas no valor de 10 milhões de ilhéus. Deste montante 60%
foi utilizado na indústria conserveira que gerou 40 milhões de ilhéus em receitas. Os restantes 40%
foram comercializados como peixe fresco gerando 30 milhões de ilhéus. No total, o sector vendeu à
Austrália e a Nova Zelândia cerca de 25 milhões de ilhéus em conservas.
No seu conjunto, o sector das pescas exigiu a aquisição de equipamento em 15 milhões de ilhéus,
sendo todo importado. Também houve um aumento líquido das existências no valor de 2 milhões
de euros.
O peixe tem grande importância na dieta dos Malakikwenses: em 2010 o Consumo das famílias foi
de 50 milhões de ilhéus em peixe fresco e em conservas e mais 10 milhões em produtos importados
dos países vizinhos. O Consumo Público ascendeu a 15 milhões de ilhéus, sendo 5 milhões
importados.
a) De acordo com os dados disponíveis calcule, justificando:
i. o Produto Interno do Malakikwi em 2010, na óptica da produção.
ii. o Produto Interno do Malakikwi em 2010, na óptica da despesa.
iii. Que interpretação faz da diferença entre os valores obtidos em i) e em ii)?
CONTINUA
Nome: Nº:
Para a mesma economia, são ainda conhecidos os seguintes dados:
PIBpm de 2009 a preços correntes 70 milhões de ilhéus
PIBpm de 2008 a preços correntes 65 milhões de ilhéus
Taxa de Inflação em 2010 com base no deflator do PIB 4%
Taxa de Inflação em 2009 com base no deflator do PIB 6%
Taxa de Inflação em 2010 com base no IPC 10%
Taxa de Inflação em 2009 com base no IPC 11%
b) Calcule a taxa de crescimento real da economia entre 2009 e 2010. Apresente com
detalhe, e justificando, a expressão que lhe permite calcular o valor exacto mas não o
calcule. (Se não chegou a um valor em a) considere que a resposta a i) e ii) é 84 milhões de euros).
c) Construa uma série real do PIB entre 2008 e 2010. Apresente com detalhe as expressões
que lhe permitem obter os elementos da série mas não calcule os valores exactos.
III (1,5 val) No máximo de 10 linhas, defina Saldo Orçamental Primário Estrutural e explique porque é este um indicador
apropriado da política orçamental seguida no respectivo ano, comparando com indicadores alternativos.
.
IV ( 2,5 val) Considere as seguintes equações do modelo de Solow:
5050 .. LAKY = , knsyk )( +−=∆ δ ,
onde A é constante e Y e K representam o nível de produto e capital e y e k
representam o nível de produto e capital por trabalhador, respectivamente.
a) Encontre a expressão do produto por trabalhador no steady-state em função dos parâmetros do
modelo.
b) Considere que a economia se encontra no steady-state e que se verifica um aumento (único) do nível
de tecnologia.
i. Explique, com o auxílio do diagrama de Solow, o impacto desta alteração no curto e no
longo prazo na economia.
ii. Como variam o capital por trabalhador, o produto por trabalhador, o consumo por
trabalhador e a taxa de crescimento da economia no steady-state? Justifique.
Nome: Nº:
V ( 3,75 val) Assuma que numa economia o rácio circulação/depósitos é igual a 0,4 e o rácio reservas/depósitos
é igual a 0,1. Sabe-se ainda que a massa monetária desta economia é de 280 milhões de euros.
a) Calcule o valor dos depósitos, reservas, circulação e a base monetária.
b) Dado o clima de incerteza o rácio reservas/depósitos aumentou para 0,3. Calcule o
efeito desta alteração sobre os depósitos e sobre a massa monetária, assumindo que a
base monetária se mantém. Explique a intuição do resultado.
c) Suponha que a economia estava em Pleno Emprego. Qual o efeito de curto prazo sobre
a taxa de juro, o Produto e o Nível Geral de Preços do choque descrito em b). Faça uma
análise gráfica justificando cuidadosamente.
Nome: Nº:
VI (5 val)
Considere que a economia da Tesourolândia é descrita pelas seguintes equações:
� � �� � ��� � 400 � 0.75�� � � � � � �� � 500 � 10� � � �� � 300 � � �� � �� � 200 � 0.2� � � �� � � ���
�
� � � 150 � 30 ����� � �� � ������ � � � 100 � 0.1�
Considere ainda que:
• O nível geral de Preços, p, é fixo e igual a 1.
• ���� representa a taxa de câmbio real, onde a taxa de câmbio nominal é e=1/2, e !" � 4.
• A autoridade monetária segue uma política de taxa de juro fixa e igual a 10% (i = 10).
a) Obtenha a forma reduzida do modelo e calcule o rendimento de equilíbrio e o valor da Balança
Comercial nesse equilíbrio.
b) Se os parceiros comerciais da Tesourolândia estivessem num gap inflaccionário e o seu nível de
preços passasse para o dobro, qual seria o impacto na Balança Comercial da Tesourolândia?
Explique a intuição do resultado e represente graficamente.
Considere agora que os preços são flexíveis tendo a Oferta Agregada de Curto Prazo o comportamento
representado na figura abaixo. A autoridade monetária continua a fixar a taxa de juro.
ASCPp
Y
c) Represente neste caso o efeito de curto prazo
da variação dos preços externos, supondo que a
economia estava inicialmente em Pleno Emprego.
Compare o resultado com o obtido na alínea b).
d) Não havendo intervenção das autoridades
económicas, explique o processo de ajustamento
após o efeito inicial do aumento dos preços
externos até ao equilíbrio de longo prazo e
represente-o graficamente.
e) Se, na situação da alínea anterior, a autoridade
orçamental quiser evitar a variação de preços, que
medida pode adoptar? Proponha uma medida
possível e represente graficamente o seu efeito.
Nome: Nº:
Continuação da resposta do Grupo VI. SÓ DO GRUPO VI.
Nome: Nº:
Folha de Rascunho Não vai ser corrigida
Nome: Nº:
NOVA SCHOOL OF BUSINESS AND ECONOMICS
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA TÓPICOS DE CORRECÇÃO do Exame de 2ª época
Ana Balcão Reis 2 de Julho de 2011
Erica Marujo
Guilherme Oliveira
João Almeida Marques
Margarida Rodrigues Duração Total: 2h15m
I ( 3 val)
Nos exercícios seguintes escolha a alínea correcta.
(0,3 por cada resposta certa, -0,1 por cada resposta errada)
_____certas + _____erradas =____
1. O PIB português, a preços correntes, em 2009 foi aproximadamente,
� a) 16.000 milhões de euros
� b) 80.000 milhões de euros.
X c) 160.000 milhões de euros.
� d) 200.000 milhões de euros.
2. Uma queda do custo da energia, no curto prazo:
� a) aumenta a produção e o nível geral de preços.
� b) diminui a produção e o nível geral de preços.
� c) diminui a produção e aumenta o nível geral de preços.
X d) aumenta a produção e diminui o nível geral de preços.
3. Nos últimos 4 anos a Dívida Publica portuguesa:
� a) tem tido um peso no PIB superior a 100%.
X b) tem tido um peso no PIB entre 60% e 100%.
� c) tem tido um peso no PIB entre 30% e 60%.
� d) tem tido um peso no PIB inferior a 30%.
4. Numa economia fechada.
X a) a poupança total é sempre igual ao investimento líquido total.
� b) a poupança privada é sempre igual ao investimento líquido privado.
� c) a poupança pública é sempre igual ao investimento líquido público.
� d) a poupança total pode ser superior ao investimento líquido total.
Nome: Nº:
5. Para Portugal nos últimos 5 anos a taxa de desemprego,
� a) foi sempre superior a 14%.
X b) situou-se entre 6% e 12%.
� c) situou-se entre 2% e 8%.
� d) situou-se entre 0% e 2%.
6. Desemprego Natural é igual a:
� a) desemprego cíclico.
� b) desemprego estrutural.
X c) desemprego estrutural mais desemprego friccional.
� d) desemprego friccional mais desemprego cíclico.
7. Considere as seguintes funções de impostos: (i) T= -100 e (ii) T = -20 + 0,2Y, onde Y é o
rendimento. Indique em que caso(s) estamos na presença de um estabilizador
automático.
� a) (i) e (ii).
� b) (i)
X c) (ii)
� d) Nem (i) nem (ii).
8. Sendo α o multiplicador keynesiano, um aumento do Investimento autónomo , � �, leva a um deslocamento na horizontal da AD:
X a) igual a α∆ � �, se a taxa de juro for constante.
� b) menor que α∆� �, se a taxa de juro for constante.
� c) maior que α∆ � �, se a taxa de juro for constante.
� d) igual a α∆� �, se a taxa de juro for variável.
9. De acordo com o modelo de Solow sem avanço tecnológico, um aumento da taxa de
poupança:
� a) aumenta a taxa de crescimento da economia no curto e no longo prazo.
X b) aumenta a taxa de crescimento da economia no curto prazo mas não a altera no
longo prazo.
� c) diminui a taxa de crescimento da economia no curto e no longo prazo.
� d) diminui a taxa de crescimento da economia no curto mas não a altera no longo
prazo.
10. Sendo i a taxa de juro nominal e r a taxa de juro real,
X a) O Investimento depende negativamente de r e a procura de Moeda depende
negativamente de i.
� b) O Investimento depende negativamente de i e a procura de Moeda depende
negativamente de r.
� c) O Investimento e a procura de Moeda dependem negativamente de r.
� d) O Investimento e a procura de Moeda dependem negativamente de i.
II (4,25 val) a) i. Pela óptica da produção o Produto Interno é dado pelo Somatório dos Valores
Acrescentados Brutos de cada sector ou empresa.
Neste caso, temos 3 actividades de produção a considerar:
A captura de peixe com receitas no valor de 10 milhões, no caso desta actividade as receitas
são iguais ao VAB.
As conservas de peixe tem receitas de 40 milhões. Mas usou parte da produção da actividade
de captura, o VAB é só a diferença: VAB = 40 – 0,6x10 =34
Na comercialização de peixe fresco as receitas são de 30 milhões. O VAB = 30 – 0,4 x10 = 26
Assim, por esta óptica obtemos o PIB pbase = 10 + 34 + 26 = 70 milhões de ilhéus
ii. Pela óptica da Despesa calcula-se o PIBpm=DI=C+I+G+X-IM
Onde C = Consumo = 50+10=60, I= Investimento=FBCF+var. Existências = 15 + 2 = 17
G = Gastos Públicos = 15, X = Exportações = 25 e Im = Importações = 15 + 10 + 5 =30
Assim, PIBpm= 60 + 17 + 15 + 25 -30 = 87 milhões de ilhéus.
iii. Pela óptica da produção obtém-se o PIB avaliado a preços de base, pela óptica da
despesa obtém-se o PIB avaliado a preços de mercado. Logo a diferença entre os dois valores é
a diferença entre preços de mercado e preços de base, que é igual a Impostos Indirectos menos
Subsídios às empresas. Assim pm – pbase = Ti-Ze= 87 – 70 = 17
b) A taxa de crescimento real entre 2010 e 2009 pode ser obtida como:
1 � � � ����� ����
����� ���
onde o PIB é usualmente avaliado a preços de mercado.
������������ é o PIB de 2009 a preços correntes que é igual a 70
Para calcular o PIB de 2010 a preços de 2009, preciso de usar o deflator do produto de
2010 com base em 2009, que de acordo com a tabela é 104. Assim:
1 � � � ������������
������������
�� 1 � � � ������������ /������� ����
����
������������ � 1 � � � 87/1,04
70 � � � 87/701,04 & 1
Alternativa:
������������
������������ � ��������
����
������������ ' ��������
����
������������ � 87
70 � 1,04 ' (1 � �) � �+��,� �- � .�- � �.
c) Uma série real é uma série a preços constantes ou em que, de alguma forma, a
variação de preços foi eliminada. Neste caso pode-se construir a série do PIB a preços
de 2010, 2009 ou 2008. Para fazer a preços de 2009 só falta obter o PIB de 2008 a
preços de 2009:
�����������0 � �������0
���0 ' ������� 1234���0���� � 65 ' 1,06
Assim a série será:
���720092010 � 87/1,04 ���72009
2009 � 70 ���720092008 � 65 ' 1,06
Saldo Orçamental Primário Estrutural
receitas do Estado e todas as despesas do Estado, avaliadas ao nível que teriam se o PIB fosse o
de Pleno Emprego e excluindo (não considerando) os juros da Dívi
Este é um indicador apropriado da política orçamental seguida no respectivo ano, porque ao não
incluir os JDP, não depende das medidas passadas que determinaram o valor da Dívida e por isso
afectam o valor dos juros. Daí a vantagem de con
Total. Por outro lado, a consideração de um Saldo Estrutural, ou seja avaliado ao nível do
Potencial, permite eliminar a dependência do
económico em que a economia se encontra.
aumentam, o que aumenta o Saldo. Considerar o Produto Potencial elimina este efeito.
a) Em primeiro lugar devemos encontrar a função produção y.
5.05.0
5.05.05.05.0
LL
LAK
L
LAK
L
Y==
No steady-state:
( ) kknsAkk SS⇔+=⇔=∆ δ5.00
b)i. Quando se verifica o aumento do nível de tecnologia a função de produção (por
trabalhador) passa de f(k) para g(k) no gráfico. Como a tecnologia melhora para o mesmo nível
de k, a produção por trabalhador, y, aumenta, o que leva a que com a mesma taxa de
o nível de investimento aumenta e torna
(δ+n)k. Assim o capital por trabalhador aumenta até convergir para o novo equilíbrio de steady
state, onde a variação de k volta a ser nula, com k mais alt
III (1,5 val) Saldo Orçamental Primário Estrutural é o Saldo Orçamental, ou seja, a diferença entre todas as
receitas do Estado e todas as despesas do Estado, avaliadas ao nível que teriam se o PIB fosse o
de Pleno Emprego e excluindo (não considerando) os juros da Dívida Pública (JDP)
Este é um indicador apropriado da política orçamental seguida no respectivo ano, porque ao não
não depende das medidas passadas que determinaram o valor da Dívida e por isso
afectam o valor dos juros. Daí a vantagem de considerar um Saldo Primário em vez do Saldo
Total. Por outro lado, a consideração de um Saldo Estrutural, ou seja avaliado ao nível do
permite eliminar a dependência do Saldo verificado em cada ano da fase do
se encontra. Por exemplo, se o PIB aumenta, os impostos
aumentam, o que aumenta o Saldo. Considerar o Produto Potencial elimina este efeito.
IV ( 2,5 val)
Em primeiro lugar devemos encontrar a função produção y.
5.0Aky =⇔
yn
sAAy
n
sASS =⇔
+
=⇒
+
=δδ
5,022
Quando se verifica o aumento do nível de tecnologia a função de produção (por
trabalhador) passa de f(k) para g(k) no gráfico. Como a tecnologia melhora para o mesmo nível
de k, a produção por trabalhador, y, aumenta, o que leva a que com a mesma taxa de
o nível de investimento aumenta e torna-se maior que o necessário para reposição do stock
+n)k. Assim o capital por trabalhador aumenta até convergir para o novo equilíbrio de steady
state, onde a variação de k volta a ser nula, com k mais alto.
a diferença entre todas as
receitas do Estado e todas as despesas do Estado, avaliadas ao nível que teriam se o PIB fosse o
(JDP).
Este é um indicador apropriado da política orçamental seguida no respectivo ano, porque ao não
não depende das medidas passadas que determinaram o valor da Dívida e por isso
siderar um Saldo Primário em vez do Saldo
Total. Por outro lado, a consideração de um Saldo Estrutural, ou seja avaliado ao nível do PIB
Saldo verificado em cada ano da fase do ciclo
Por exemplo, se o PIB aumenta, os impostos
aumentam, o que aumenta o Saldo. Considerar o Produto Potencial elimina este efeito.
n
sA
+=
δ2
Quando se verifica o aumento do nível de tecnologia a função de produção (por
trabalhador) passa de f(k) para g(k) no gráfico. Como a tecnologia melhora para o mesmo nível
de k, a produção por trabalhador, y, aumenta, o que leva a que com a mesma taxa de poupança
se maior que o necessário para reposição do stock –
+n)k. Assim o capital por trabalhador aumenta até convergir para o novo equilíbrio de steady-
b)ii. No novo steady-state o capital por trabalhador é ma
uma vez que 5.0Aky = . O consumo por trabalhador é dado por
poupança que não se alterou. Logo o aumento de
maior. A taxa de crescimento do produto por trabalhador volta a ser zero como no steady
a) CI = bD= 0.4*D e R = xD = 0.1D M=280
obtém-se o valor das reservas e da circulação:
CI =0.4*D =0,4x200=80 e R = 0.1D = 0,1x200=20
A base monetária H é igual a CI+R, qu
b) multiplicador da base monetária=M/H
Inicialmente o multiplicador era:
Com o aumento da taxa de reservas o multiplicador cai para:
O multiplicador da base monetária cai para 2.
monetária cai para 200 e os depósitos para (200/1,4).
e o capital por trabalhador é mais alto, logo o produto por trabalhador também
. O consumo por trabalhador é dado por , onde
poupança que não se alterou. Logo o aumento de y leva ao aumento de c. No novo steady
maior. A taxa de crescimento do produto por trabalhador volta a ser zero como no steady
V ( 3,75 val) = 0.1D M=280 H=CI+R=(b+x)D e M=CI+D=(b+1)D
Dado o valor dos depósitos de 200 milhões de euros
se o valor das reservas e da circulação:
CI =0.4*D =0,4x200=80 e R = 0.1D = 0,1x200=20
A base monetária H é igual a CI+R, qu é 100 milhões de euros.
M/H
Com o aumento da taxa de reservas o multiplicador cai para:
ultiplicador da base monetária cai para 2. Como a base monetária se mantém em 100, a massa
e os depósitos para (200/1,4).
is alto, logo o produto por trabalhador também
, onde s é a taxa de
. No novo steady-state c é
maior. A taxa de crescimento do produto por trabalhador volta a ser zero como no steady-state inicial.
H=CI+R=(b+x)D e M=CI+D=(b+1)D
Dado o valor dos depósitos de 200 milhões de euros
Como a base monetária se mantém em 100, a massa
O que se passa é que o aumento da taxa de reservas obriga os Bancos Comerciais a manterem como
reserva uma maior percentagem do valor dos depósitos, e portanto o volume de empréstimos que
podem fazer diminui, o que reduz a capacidade de criação de moeda por parte dos Bancos Comerciais.
Assim para a mesma base monetária, o valor final dos depósitos e da massa monetária é menor.
c) O que vimos em b) foi que o aumento da taxa de reservas levou a uma queda da massa monetária. Logo
verifica-se uma queda da oferta de moeda na economia implicando um excesso de procura de moeda no
mercado monetário que vai levar a uma subida da taxa de juro.
O excesso de procura de moeda, leva os agentes económicos a desfazerem-se de títulos para
obterem liquidez, o que diminui o preço dos títulos, aumentando a taxa de juro.
O aumento da taxa de juro nominal repercute-se também na taxa real fazendo cair o Consumo Privado e o
Investimento. Logo, a Despesa Planeada, provocando excesso de oferta no Mercado de Bans e Serviços. A
acumulação de stocks leva as empresas a reduzir a produção. Assim, o rendimento que equilibra o
mercado de bens e serviços diminui.
Logo, a curva AD desloca-se para a esquerda.
ASCPp
Y
Se a economia está em Pleno
Emprego, deve-se considerar uma
Oferta Agregada positivamente
inclinada. Ao nível de preços inicial, a
contracção da AD leva a um excesso
de oferta que leva a uma queda de
preços.
Assim, o efeito de curto prazo do
aumento da taxa de reservas foi um
aumento da taxa de juro, uma queda
do nível geral de preços e uma queda
do produto.
(M/P)s i
M/P
(M/P)d
Y
VI (5 val)
Considerando uma economia onde
: � :� � ;<. � 400 � 0.75<. � � � � & => � 500 & 10> ? � ?� � 300 A � AB � �< � 200 � 0.2< C � CB � D E4�F
� G � 150 � 30 E4�F
� G �H � �HBBBB � -< � 100 � 0.1<
• p=1, taxa de juro fixa (i = 10) e=1/2 e �I � 4 J 4�F
� =2
a) Em equilíbrio Y = Despesa Planeada (AE)
mYIMp
epxXGbiIcYCIMXGICAE
Fd −−
+++−++=−+++=
Substituindo na condição de equilíbrio:
( )[ ] ⇔−
+−+++−=+−−⇔
⇔−−
+++−+−−+=
bip
epxIMXGITcCYmtc
mYIMp
epxXGbiItYTYcCY
F
F
)11
)(
−
+−+++−
+−−=⇔ bi
p
epxIMXGITcC
mtcY
F
)1(1
1*
Substituindo com os valores para esta economia vem:
( )
( )
21201060210605,0
1*
100601001503005001504001,06,01
1*
101023010015030050020075,04001,08,075,01
1*
=×=×=⇔
⇔−+−+++−+−
=⇔
⇔×−×+−+++×−+×−
=⇔
Y
Y
Y
O rendimento de equilíbrio é 2120.
Balança Comercial = X- IM = 150 + 30 x 2 – 100 – 0,1 x 2120 = 210 – 100 – 212 = -102
b) Se os parceiros comerciais da Tesourolândia estivessem num gap inflaccionário e o seu nível de
preços passasse para o dobro, �I � 8, o que aumentaria a taxa de câmbio real para 4�F
� =4.
Isto aumentaria as exportações que, para igual nível de p, passariam de 210 para X= 150 + 30 x 4 = 270.
A Balança Comercial altera-se devido ao aumento das exportações mas também devido ao efeito
indirecto que este aumento tem nas importações, via alteração do rendimento de equilíbrio.
∆�: � ∆C & ∆�H � ∆C & -∆<
Na alínea a) obtivémos que:
−
+−+++−
+−−= bi
p
epxIMXGITcC
mtcY
F
)1(1
1*
onde
mtc +−− )1(1
1 é o multiplicador keynesiano que é igual a 2. ∆< � -L��>7�>;�.� ' ∆M�
Onde M� � bip
epxIMXGITcC
F
−
+−+++− é a despesa autónoma.
O aumento das exportações é um aumento da despesa autónoma que implica um aumento da despesa
planeada dos agentes. A despesa autónoma aumentou em 60.
Substituindo obtém-se que: ∆< � -L��>7�>;�.� ' ∆M� � 2 ' 60 � 120
∆�: � ∆C & -∆< � 60 & 0,1 ' 120 � 60 & 12 � 48
Assim, o aumento das exportações aumenta em despesa planeada em bens produzidos no país, ao nível
inicial de Y há excesso de procura, que provoca esgotamento de stocks e leva a que as empresas aumentem
a produção, aumentando o rendimento que equilibra o mercado de bens. O aumento do rendimento leva a
um aumento de importações que reduz o efeito do aumento das exportações no saldo da Balança
Comercial.
c) Se os preços são flexíveis é preciso conjugar as curvas AD e AS e fazer a análise no espaço (Y,p). O
aumento das exportações, provocado pelo aumento de �I, aumenta, para o mesmo nível de p, o
rendimento que equilibra o mercado de bens.
Logo a AD desloca-se para a direita. O deslocamento na horizontal da AD é igual à variação de Y
obtida em b), igual a 120. Mas agora os preços são flexíveis, por isso o equilíbrio de curto prazo
verifica-se com uma menor variação de Y e com subida de p.
Y final é menor porque o aumento de p leva a uma queda da taxa de câmbio real que faz diminuir
as exportações, compensando em parte o aumento inicial.
ASCPp
Y
Y=AE
AE
Y Y
IM
X, IM
X
2240 2240 2120
2120
YP
AD
Y1
d) Após o aumento inicial das Exportações, no equilíbrio de curto-prazo Y está acima do pleno-
emprego, logo há desemprego acima do natural, o que vai provocar uma pressão para os
salários subirem.
Quando os salários forem renegociados serão aumentados, isso faz subir os custos de produção
e contrai a oferta, deslocando a AScp para cima. Isto vai acontecendo até que a economia volte
ao output de Pleno Emprego.
ASCPp
Y
e) Para evitar a subida de preços o governo pode reduzir os gastos públicos no mesmo
montante do aumento das exportações de modo a que a curva AD volte à posição inicial. Isto
pode levar a economia de volta ao Pleno Emprego anulando a pressão para os salários subirem
e portanto evitando o deslocamento da AS e a subida de preços.
ASCPp
Y
YP
AD
Y1
YP
AD
Y1