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Portugal Post Outubro 2011

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Portugal Post Outubro 2011
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Publicidade Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 Do PVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853 ANO XVIII • Nº 207 • Outubro 2011 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 PORTUGAL POST Ensino PUB Os Sina Nossa lançam o segundo álbum “Alforria“ Ler na página 13 Regresso às aulas de Português na Alemanha com menos professores devido aos cortes orçamentais pág.7 Governo encerra consulado em Frankfurt /M Pág.4
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Page 1: Portugal Post Outubro 2011

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Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 DoPVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853

ANO XVIII • Nº 207 • Outubro 2011 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

PORTUGAL POST

› Ensino

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Os Sina Nossa lançam o segundo álbum

“Alforria“Ler na página 13

Regresso às aulas de Português na Alemanha com menos professores devido aos cortes orçamentais pág.7

Governo encerra consulado em Frankfurt /MPág.4

Page 2: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 20112

Director: Mário dos Santos

Redação e ColaboradoresCristina Krippahl: BonaFrancisco Assunção: BerlimJoaquim Peito: HanôverLuísa Costa Hölzl: Munique

CorrespondentesAntónio Horta: GelsenkirchenCristina Dangerfield-Vogt: BerlimElisabete Araújo: EuskirchenJoão Ferreira: SingenJorge Martins Rita: EstugardaManuel Abrantes: Weilheim-TeckMaria dos Anjos Santos: HamburgoMaria do Céu: MogúnciaMaria do Rosário Loures: Nuremberga

ColunistasAntónio Justo: KasselCarlos Gonçalves: LisboaJosé Eduardo: Frankfurt / MLagoa da Silva: LisboaMarco Bertoloso:  ColóniaPaulo Pisco: LisboaRui Paz: DusseldórfiaTeresa Soares: Nuremberga

Assuntos SociaisJosé Gomes Rodrigues

Consultório Jurídico:Catarina Tavares, AdvogadaMiguel Krag, Advogado

Fotógrafos:Fernando Soares

PublicidadeAlfredo Cardoso

Agências:Lusa. DPA

Impressão:Portugal Post Verlag

Redacção, Assinaturas PublicidadeBurgholzstr. 4344145 DortmundTel.: (0231) 83 90 289Fax: (0231) 83 90 351www.portugalpost.deEMail: [email protected]

Registo Legal: Portugal Post VerlagISSN 0340-3718 • K 25853Propriedade:Portugal Post VerlagRegisto Comercial: HRA 13654

Os textos publicados na rubrica Opinião sãoda exclusiva responsabilidade de quem os as-sina e não veiculam qualquer posição do jor-nal PORTUGAL POST

PORTUGAL POST EditorialMário dos Santos

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Agraciado com a Medalha da Liberdade e Democracia da Assembleia da República

Fundado em 1993

iz o ministro Paulo Portas queadmite encerrar embaixadas econsulados. Em outro contexto,isto poderia ser uma afirmaçãoque passaria ao lado e não se

dava importância alguma. Lembramos o caso do ex-ministro Freitasdo Amaral que ao chegar ao governo (oprimeiro de Sócrates) disse também que iaestudar o fecho de consulados e dava comoexemplo a Alemanha onde, no dizer do mi-nistro, residiam 300.000 portugueses eque havia consulados a mais.

Mas desta vez receámos que as coisasnão ficassem pelas palavras e que aameaça de Paulo Portas se concretizassecom o encerramento de postos consularesna Alemanha

Dito e feito.Para já, o anúncio do encerramento do

vice-consulado em Frankfurt/M é umarealidade muito má para os 25000 portu-

gueses daquela área.E não nos admiremos muito se outras

notícias de encerramentos surgirem.O ministro Paulo Portas deve pensar

duas vezes se quer encerrar postos na Ale-manha. Há precedentes neste país quedizem que a comunidade não fica impá-vida e serena a ver os serviços consularesa extinguir-se. Deve, dizia, pensar duasvezes e perguntar ao seu Secretario de Es-tado das Comunidades, José Cesário, pelasua experiência quando, no governo deDurão Barroso, decidiu encerrar um con-sulado na Alemanha. Ele dir-lhe-á comoforam os protestos da comunidade quenão quiseram ouvir sequer em encerra-mentos de consulados como suposta hipó-tese.

Esta medida do Governo será expli-cada com a situação que Portugal agoravive e que todos, mas todos, têm de contri-buir para a ultrapassar a crise desta e da-

quela maneira.Todos, dizemos nós.Mas, se se trata de poupar, então por-

que não se despromove os Consulados-Ge-rais a vices ou mesmo a escritóriosconsulares baratos e que prestem serviçosconsulares aos seus utentes?

Sim, poupava-se nos elevados honorá-rios do cônsules que dava e sobrava parapagar, por exemplo, o aluguer das instala-ções e sobrava dinheiro.

Os honorários, ajudas de custo e repre-sentação dos cônsules de Estugarda, Dus-seldorf e Hamburgo perfazem por anoAlgumas centenas de milhares de euros.

Ora, parece-nos que o Governo a en-cerrar serviços consulares que não temcônsul está a poupar onde não deveria, oumelhor, poupar seriamente seria nas gor-duras dos honorários com o pessoal e nãonos serviços de que necessitam os portu-gueses.

“Encerrem-se” os cônsules-gerais!

D

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Entrevista 3

Durante o período que tem es-tado à frente do Consulado-Geral em Hamburgo de queforma é que vê a comunidadelusa nesta área?Desde que cheguei a Hamburgo e

assumi a gerência deste ConsuladoGeral, em Setembro de 2009 tenhoprocurado conhecer a realidade localda diáspora portuguesa avaliando asua dimensão numérica, o seu tempode presença e trabalho nesta regiãoNorte da Alemanha e os níveis de in-tegração e realização alcançados. Nu-mericamente expressiva e económicae socialmente muito activa, a comu-nidade portuguesa tem sabido criar edesenvolver estruturas e mecanismosde representação que muito têm con-tribuído para o prestígio e respeito al-cançados e para a projecção do nomee imagem de Portugal localmente.Outros módulos da sua afirmação cul-tural, cívica e empreendedora multi-plicaram-se geograficamente e deramcorpo a projectos que a definem eidentificam no contexto de uma mul-tiplicidade étnica e cultural que fará,talvez, desta área de jurisdição consu-lar (integra também Schleswig-Hol-stein e, no Estado da Baixa Saxónia,Regierungs-Bezirk Stade e Lüne-burg), um exemplo único no universoda diáspora portuguesa para a Ale-manha. Sabemos que o seu vigor e di-namismo têm marca indelével bempatente nos exemplos dados pela exis-tência de um bairro português (o tãoconhecido „Portugiesen Viertel“),atracção turística e cultural tradicionalda Cidade, na toponímia de Ham-burgo (ruas e praças com nomes depersonalidades da história e da culturaportuguesas), pelo reconhecimento danossa plurissecular presença na Ci-dade-Estado e também pelos teste-munhos no respectivo patrimóniohistórico e urbano. Por outras razões,a velha „SAGRES I“, hoje „RickmerRickmers“, ex-libris deste Porto, tes-temunha a ligação de Portugal a Ham-burgo de um modo que a todosorgulha e enobrece. Portugal é tudoisto e, sobretudo, é-o pelos portugue-ses que hoje aqui continuam a trabal-har e a dar testemunho dos nossosmais significativos valores como

Povo e Nação. É com esta Comuni-dade que trabalho, em que me revejodia a dia e que muito aprecio e res-peito.

Que balanço faz das suas neces-sidades e preocupações?Naturalmente que os tempos têm

mudado e a Comunidade também. Nasua estrutura, nas suas prioridades enos seus objectivos. Reconheço, peloconhecimento que fui adquirindo, al-gumas dificuldade de diálogo inter-geracional, os problemas suscitadospela falta de „leadearship“ associa-tivo, algum desemprego, os proble-mas da afirmação e do uso da línguaportuguesa por parte das geraçõesmais novas. Por outro lado, penso queseria desejável, igualmente, que aque-las pudessem alcançar patamares deexcelência nos diversos níveis de es-colaridade local, com ênfase no es-tudo da língua alemã, esta vista comoinstrumento ou ferramenta de trabalhoem sede de futura integração profis-sional (ou académica, mesmo), queraqui na Alemanha quer, em caso deregresso, em Portugal. Por outro lado,ainda, sublinho a necessidade de umuma melhor organização da estruturasrepresentativas comunitárias paraaproveitamento dos regimes locais deacompanhamento e assistência a ido-sos, doentes ou reformados carencia-dos.

E das suas potencialidades?Pela resposta dada à primeira

questão julgo existirem grandes po-tencialidades de criar cenários e mo-delos inovadores de cooperação eintegração. Quer no âmbito do em-preendedorismo e da unidade de es-forços para criar uma imagemempresarial forte de Portugal local-mente, quer, consequentemente, paraformar um conceito de parcerias denegócios e „business“ com homólo-gos em Portugal ou noutras regiões oupara contribuir no sentido do reforçodas estruturas existentes ou de outrasa criar, a pensar no reforço do relacio-namento bilateral com Portugal, comenfoque especial no Norte da Ale-manha. Também vejo imensas virtua-lidades no empenho na participaçãona vida local, cívica, cultural e polí-tica bem como numa melhor e maisrápida resposta às não poucas solici-tações que os alemães nos dirigempara ter „mais e melhor Portugal“neste universo hanseático. Sem pre-tender ser exaustivo, deixo ainda aosnossos jovens um apelo para que sai-bam usufruir das oportunidades deafirmação profissional e inserção qua-lificada no mercado de trabalho local.

Há um número exacto de portu-gueses a viver nesta área consu-lar?Como compreenderão, é sempre

difícil ser „exacto“ quando lidamoscom números ou estatísticas. Mas,aproximadamente, e com pouca mar-gem de erro, posso informar que exis-

tem cerca de 15.800 portugueses resi-dentes nesta área consular.

E em Hamburgo ?De acordo com as estatísticas da

Cidade-Estado (Abril/2011), residemem Hamburgo 8.713 portugueses.Contudo, a tal estatística deverá sersempre acrescentado o número denascimentos aqui ocorridos, comdupla-nacionalidade, que não figuramnas estatísticas alemãs como nacio-nais portugueses.

Sabe-se da capacidade empresa-rial da comunidade lusa nessaárea. Em seu entender, como éque Portugal poderia potenciali-zar para a sua economia os por-tugueses empresários nestaárea?Através dos 48 restaurantes e 30

pastelarias e do pequeno comércio deretalho de produtos típicos portugue-ses, Portugal dispõem, de uma maisvalia local enorme de conhecimento edivulgação da sua gastronomia eoferta no sector da restauração. Osalemães apreciam, aqui, pelo que metem sido oferecido observar, de formagenuína e verdadeira, Portugal e osseus produtos e manjares. Os empre-sários portugueses locais são assimagentes e braços avançados de umaimagem e oferta que convida o locala deslocar-se ao nosso país para mel-hor aproveitar o „mercado“ turístico(e sectores adjacentes) que temos. Poroutro lado, no sector da importação,seria vantajoso pudessem os agentesempresariais portugueses que aquioperam, colocar nas redes de distri-buição produtos „gourmet“ de origemportuguesa bem como apostar maisno vector „vinhos“, onde temos exce-lentes condições para competir emtermos de relação preço/qualidade.Devemos, pois, continuar a apostar nadivulgação da imagem e marca „Por-tugal“, com impacto certo na econo-mia nacional e de valorização desteempresariado.

Para além da gastronomia, emque sectores empresariais é queos portugueses empresáriosainda se dedicam?Sobretudo aos sectores de servi-

ços, comércio e hotelaria.

Como avalia o associativismoportuguês nesta área? Ou me-lhor: quantas associações exis-tem e como prevê o seu futuro?Existem nesta área consular 10

Associações activas, com um númeromuito expressivo no âmbito do asso-ciativismo desportivo. Grupos cul-turais, recreativos e folclóricos sãoainda muito activos e continuam a serum referencial determinante para acompreensão do fenómeno da emi-gração portuguesa para esta região daAlemanha.

Devo dizer que o Conselho Con-sultivo da área de jurisdição do Con-sulado Geral de Hamburgo deverá

apresentar, até ao final do correnteano, um relatório/avaliação sobre otema. Optou-se por um método“cien-tífico“ de recolha de dados junto dasassociações e, com base nas respostaobtidas, foi-se apurando que as prin-cipais causas dos problemas no sectorresidem no abandono dos sóciosm(regresso a Portugal, falta de tempopara dedicar às actividades associati-vas), ausência de juventude, ausênciade inovação de projectos e programasestimulantes bem como dificuldadesde financiamento.

Sabe-se dos problemas que temhavido nessa área consular detrabalhadores da construçãocivil que vivem em estaleiros emde condição indignas ou, piorainda, de trabalhadores queficam privados do seu salário de-vido à falta de escrúpulos dasempresas que os (sub) contra-tam. Que pode o Consulado-Geral fazer para ajudar ostrabalhadores nessa condições?Conhecemos infelizmente a exis-

tência de tal realidade. Quando temosconhecimento directo de casos con-cretos, informamos os interessadosque devem apresentar queixa na polí-cia bem como solicitarem rapida-mente assistência judiciária pararespeitarem os prazos previstos na Leilaboral alemã.

Quantos funcionários tem o con-sulado e se o seu número dápara cobrir as suas necessida-des?O Consulado Geral de Portugal

em Hamburgo dispõem neste mo-mento de cinco funcionários, sendoum, enviado pelo Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros, em regime deComissão de Serviços. Tendo emconta o volume de trabalho e solicita-ções que lhe são dirigidas, quer aonível da Chancelaria, quer ao níveldas múltiplas interacções que asse-gura, devo confessar que os recursoshumanos disponíveis encontram-seno nível mínimo para o seu regularfuncionamento.MS

Esta é a primeira grande entrevistaque o Cônsul-Geral de Portugal emHamburgo, António Alves de Car-valho, concede ao PORTUGALPOST. Com esta entrevista, quere-mos dar a conhecer aos nossos lei-tores o pensamento doCônsul-Geral sobre algumas ques-tões na sua área de jurisdição.Esta entrevista vem também noseguimento de outras que temosfeito a responsáveis pelos postosconsulares na Alemanha.

António Alves de Carvalho, Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo

”Apelo aos Jovens para que saibam usufruir das oportunidades de afirmação profissional e inserção qualificada no mercado de trabalho local ”

António Alves de Carvalho. Foto: PP

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011Nacional & Comunidades4

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FLASH

A nova lei das privatizações queelimina os direitos especiais doEstado, entretanto publicada,exclui a reserva de capital quese destinava à aquisição por pe-quenos subscritores, trabalha-dores e emigrantes e que estavaconsagrada na anterior legisla-ção.

O actual diploma (Lei n.º50/2011) mantém o direito dostrabalhadores à aquisição ousubscrição preferencial de ac-ções, mas deixa de reservar umapercentagem do capital a repri-vatizar que lhes seria destinada.

Os membros das comissõesespeciais que serão criadas paracada processo de privatização

terão direito a ser remunerados,o que não estava contempladoanteriormente.

Segundo o diploma, já pu-blicado em Diário da República,irão receber senhas de presençano valor de 10 por cento do se-gundo nível da tabela remune-ratória da função pública (quecorresponde a 532,08 euros, ouseja 53,208 euros), acrescido deajudas de custo e poderão acu-mular com o salário de origem,se assim for determinado no de-spacho de nomeação.

A lei revoga também váriosartigos do anterior quadro legalquanto aos objectivos da repri-vatização, nomeadamente o re-

forço da capacidade empresa-rial do Estado, a preservaçãodos interesses patrimoniais e aparticipação dos cidadãos por-tugueses na titularidade do ca-pital das empresas, masmantém a redução do Estado edo peso da dívida pública naeconomia.

A partir da entrada emvigor, o Governo deve definir o“regime extraordinário para sal-vaguarda dos activos estratégi-cos em sectores fundamentaispara o interesse nacional” numprazo de 90 dias.

O PS conseguiu fazer apro-var esta cláusula alegando que oEstado devia salvaguardar na

lei o direito de intervir emsectores estratégicos, como porexemplo a energia e as teleco-municações, quando a lei queprevê o fim dos direitos espe-ciais do Estado foi discutida naespecialidade.

Além de servirem paraamortizar a dívida pública e dosector empresarial do Estado,as receitas obtidas com o pro-cesso de privatizações podemser usadas para reforçar o capi-tal de outras empresas.

Entre estas podem estar asempresas de transportes quetêm apresentado capitais pró-prios negativos, em anos suces-sivos.

Privatizações:

Alemanha

Nova lei elimina reserva de capital para trabalhadores eemigrantes

O deputado social-democrata pelaEuropa Carlos Gonçalves defen-deu a necessidade de acompanha-mento dos crescentes fluxosmigratórios de portugueses, numaaltura em que é cada vez mais di-fícil encontrar trabalho no estran-geiro.

„Há fluxos migratórios para oestrangeiro que nos últimos anostêm vindo a crescer de forma bas-tante acentuada (…) e é preciso terem conta que há crianças emidade escolar e famílias que che-gam num momento que não é omais favorável para encontraremprego nesses países. É precisotambém

„Os problemas que o país vivelevam as pessoas a sair e nãolevam só a sair as pessoas que têmformação académica superiorcomo alguns tentam dizer“, sub-linhou.

Emigração:

O deputado Paulo Pisco (PS)pediu informações ao ministro dosNegócios Estrangeiros, Paulo Por-tas, sobre a reestruturação da redediplomática a ser implementadapelo Governo e como isso irá afec-tar a comunidade emigrante.

“O que pretendo do senhor mi-nistro de Estado e dos NegóciosEstrangeiros é que ele expliquequais são os planos que tem paraa anunciada reestruturação consu-lar”, disse Paulo Pisco, deputadoeleito pela Emigração pelo círculoda Europa.

Paulo Portas anunciou a inten-ção de realizar uma reestruturaçãoda rede diplomática quando es-teve na audição da Comissão dosNegócios Estrangeiros e Comuni-dades Portuguesas, no dia 25 deAgosto, referindo que o Governoestava “a trabalhar na reforma das

embaixadas e consulados”.“Tive a oportunidade na altura

de manifestar a minha estranheza,porquanto o anterior Governotinha feito uma reforma de grandealcance a nível dos postos consu-lares”, declarou Pisco.

Segundo o deputado, o ante-rior Governo já tinha anunciado asua intenção de proceder a umareadaptação da rede de embaixa-das, de forma a permitir a Portu-gal ter uma acção mais eficaz noâmbito da diplomacia económica.

“O processo de reestruturaçãoconsular tinha ficado concluído efoi uma reforma que se fez comgrande profundidade. Por isso,não vejo que haja uma grande ne-cessidade de voltar a fazer uma re-adaptação da rede consular, namedida em que a outra foi muitobem estruturada, muito bem pen-

sada e houve uma efectiva moder-nização da nossa estrutura”, sub-linhou o deputado.

De acordo com Paulo Pisco,como qualquer alteração na estru-tura consular mexe com a facili-dade e o direito dos portuguesesem ter serviços públicos, é neces-sário que sejam explicados quaissão os critérios que vão ser usadosna nova reestruturação.

O deputado pretende aindasaber “qual será a extensão destareestruturação, saber se o númerode actos consulares vai ser deter-minante e todo um conjunto decritérios que é necessário apurar,para que se saiba qual é o alcancedesta reforma e de que forma osportugueses poderão vir a serafectados”.

“Não me parece que seja ade-quado, tendo ficado concluída

uma reforma há tão pouco tempo,que se proceda a outra reestrutu-ração consular”, frisou.

O deputado sublinhou quetambém é “difícil compreender deque maneira a anunciada reestru-turação da rede consular podecompatibilizar-se com as promes-sas constantes no manifesto elei-toral do PSD que garantiu que, sefosse Governo, iria dar início aoprocesso de criação dos EspaçosPortugal (para fornecer serviços)enquanto consulados de nova ge-ração”.

Paulo Pisco afirmou que a suagrande preocupação é, nestasáreas abrangidas por consuladosque serão encerrados, como seráafectada a comunidade portu-guesa e se os seus interesses serãoacautelados nesta reforma consu-lar.

PS pede informações ao Governo sobre reforma consular e como estaafetará a comunidade emigrante

O governo cumpriu a ameaça doministro Paulo Portas e mandaencerrar, para já, o consulado emFrankfurt, soube o PORTUGALPOST de uma fonte bem colocada.

O encerramento foi-nos con-firmado pelo actual Vice-Cônsul,Abílio Ferreira, que nos informouter recebido no dia 27 de Setem-bro instruções para rescindir ocontrato de arrendamento até aofinal do ano.

Criado em 1973, o consuladoem Frankfurt cobre uma área geo-gráfica igual a metade do territó-rio português, serve cerca de25.000 utentes e tem oito funcio-nários que “ficaram estupefactoscom a notícia”, disse o Vice-Côn-sul.

O posto em Frankfurt pareciaestar com o destino marcadoquando ainda durante o Governode Sócrates o despromoveu a vice-consulado e já naquele tempo, em2009, se falava do seu encerra-mento. Por isso, quando o minis-tro Paulo Portas admitiurecentemente encerrar consula-dos, os olhares viraram-se para ovice - consulado de Frankfurt .

”O Ministério dos NegóciosEstrangeiros faz um ataque ras-teiro ao consulado e aos seus uten-tes, determinando o seuencerramento sem haver sequerpossibilidade dum diálogo comvista a reduzir os custos.

É inconcebível que se acabecom um consulado com tão

grande área, com funcionários demérito reconhecido pelos clientes,um consulado com tão bom am-biente já com tanta eficácia no tra-balho”, disse-nos António Justo,membro do Conselho Consultivo,que poderá reunir-se no dia 3 deOutubro para combinarem acçõesde protesto.

Ninguém no vice-consuladoesperava por “tão má notícia, atéporque tínhamos aberto concursopara mais um funcionário que ini-ciou as suas funções em Abril úl-timo”, disse-nos o vice-cônsul.

O encerramento do vice-con-sulado em Frankfurt é uma me-dida inserida nos cortes que oGoverr impõe para poupar. Mas,segundo ainda o membro do Con-

selho António Justo, “é poupar nositio errado”.

”Se em tempos de guerra nãose limpam armas, porque se nãoreduzem também os consuladosde Hamburgo, Düsseldorf e Estu-garda a vice-consulados? Mantin-ham-se os serviços sem nenhumprejuízo para a produtividade.Com o dinheiro poupado nestescargos honoríficos improdutivostapar-se-iam buracos sem abriroutros.

Se um vice-cônsul é um trabal-hador um Cônsul é um senhor!Estes justificam-se só a nível ex-cepcional. O único critério da suasustentabilidade deveria ser o queconseguem, em cifras, obter paraPortugal”, diz António Justo.

Governo encerra vice-consulado em Frankfurt/M

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Notícias 5

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Informação Consular

Í

Inscrição Consular

„Houve um corte substancialnos horários (…) e perdemos entre40 a 45 horários em toda a rede, oque é elevado“, disse Carlos Pato,do Sindicato de Professores dePortuguês no Estrangeiro (SPE),afecto à Federação Nacional deProfessores (Fenprof).

O sindicalista acrescentou, noentanto, que o início do anolectivo decorreu „com uma certanormalidade“ na Suíça e na Ale-manha.

No Benelux - Bélgica, Luxem-burgo e Holanda - Carlos Pato

identificou „um inflacionar doshorários incompletos“ de Portu-guês, mas adiantou ter recebidogarantias do Instituto Camões (IC)de que, „dentro da racionalidade“de recursos que a crise impõe, a si-tuação será ultrapassada.

Por seu lado, Maria TeresaSoares, do Sindicato dos Professo-res nas Comunidades Lusíadas, li-gado à Federação Nacional daEducação (FNE), disse que o „anolectivo está a começar muito mal“e que „os maiores problemas estãoa ser causados pelos cortes na redede ensino efectuados pelo IC.

„Para evitar novas colocações,os horários que no fim do anolectivo passado ficaram livres de-vido ao regresso a Portugal ouaposentação dos professores queos detinham foram desmanteladose as horas que os compunham in-tegradas nos horários dos profes-sores restantes, o que na práticasignifica um grande aumento donúmero de alunos por professor,grupos extremamente mistos, comalunos de vários níveis lecciona-dos conjuntamente e com menostempo de aulas“, explicou a sindi-

calista.Contactado pela agência de

notícias Lusa, o IC escusou-se aresponder às questões levantadaspelos sindicalistas bem como afornecer dados relativos ao nú-mero de cursos, de professores ede alunos de português no estran-geiro no ano lectivo de 2011/2012.

Dados do IC relativos ao anoescolar de 2010/2011 e disponí-veis on-line dão conta da exis-tência de cerca de 1.200professores a lecionar 155 mil alu-nos inscritos no estrangeiro.

Os sindicatos denunciamainda cortes nos salários dos pro-fessores que, segundo Carlos Pato,não tinham sido actualizadosdesde 2006.

„Desde 2006 (…) tivemos umprejuízo em termos de massa sala-rial na ordem dos seis por cento.Quando procurámos repor a capa-cidade e o poder de compra dosprofessores, o Governo atribui-nos um aumento de 2,6 por cento,que foi de imediato cortado em 1,5em Junho e em Janeiro com os fa-mosos 10 por cento“, adiantouCarlos Pato.

Para Maria Teresa Soares, „osvencimentos actuais são inade-quados para fazer face ao nível devida nos vários países“.

Os dois sindicalistas destacama situação dos professores portu-gueses na Suíça.

„As tabelas salariais são emeuros, convertidos localmente emfrancos suíços, o que significa queos docentes têm vindo a perderboa parte dos seus salários, encon-trando-se alguns perto do limiarda pobreza, havendo já professo-res a trabalhar na hotelaria, gas-tronomia e limpezas por o saláriorecebido ser insuficiente parafazer face às despesas quotidia-nas“, disse Maria Teresa Soares.

No mesmo sentido, CarlosPato sublinhou que „as diferençascambiais acentuam ainda mais oscortes nos salários“.

As dificuldades no arranqueno ano lectivo, que está também aser marcado pela demissão doscoordenadores de ensino no Bene-lux e Reino Unido, foram já objetode pedido de esclarecimentos departidos da oposição com o PS,Bloco de Esquerda (BE) e Verdes.

Rede de Ensino de Português no Estrangeiro perdeu mais de 40 cursos

Sindicatos denunciam

A rede de Ensino de Por-tuguês no Estrangeirosofreu este ano umcorte de 40 a 45 cursos,estimam os sindicatos,que registam grandeaumento de alunos porsala e da mistura de ci-clos de ensino nomesmo curso.

O passaporte eletrónico português(PEP), que entretanto „comemo-rou“ cinco anos, vai passar a regis-tar as impressões digitais de todosos dedos das duas mãos do titulare não apenas dos indicadores.

O secretário de Estado das Co-munidades, José Cesário, disseque os equipamentos necessáriosao registo das dez impressões di-gitais simultaneamente já estãopreparados, mas só entrarão emfuncionamento a partir de 11 deoutubro, começando pelos postosconsulares portugueses no MédioOriente e Magreb.

A decisão pretende dificultarainda mais a falsificação dos pas-saportes, tanto mais que, segundoo governante já haverá casos - de

que disse não ter confirmaçãonem dados precisos — de PEPcontrafeitos.

„Vai havendo uma evoluçãoconstante“ para aumentar os ní-veis de segurança do documento,salientou.

O modelo eletrónico de passa-porte, cujo primeiro exemplar foientregue ao Presidente da Repú-blica e vigora desde 28 de agostode 2006, tornou desnecessária aanterior obtenção de visto parapaíses que o exigem, que passou aser feito com o preenchimento deum formulário na Internet.

Ao contrário, a sua emissãopassou a ser mais lenta, já que an-teriormente os documentos eramemitidos no próprio dia no serviço

em que eram solicitados e desdehá cinco anos passaram a ser ex-clusivamente criados em Lisboa eo prazo mínimo de entrega passoupara o dia seguinte ao pedido.

O PEP, „na perspetiva do cida-dão, não lhe veio facilitar a vida.Veio sim tornar a viagem mais se-gura e, nalguns casos mais rápida,como os casos das deslocaçõespara os Estados Unidos e ReinoUnido“, ao dispensar o tradicionalvisto, considerou o governante.

Atualmente, a totalidade dos133 postos da rede consular portu-guesa têm equipamento de re-colha de dados para o PEP,posteriormente remetidos para acapital portuguesa, onde são emi-tidos, afirmou José Cesário.

Desde que foi adotado o novosistema foram emitidos 1.780.300PEP, segundo dados do Serviço deEstrageiros e Fronteiras. Destetotal, ao final de março passado,418.658 foram solicitados atravésda rede consular no estrangeiro,segundo o secretário de Estadodas Comunidades.

A adoção do PEP em Portugalteve um custo de dez milhões deeuros.

O custo de emissão no prazonormal é de 65 euros, bastando aorequerente apresentar-se apenascom o bilhete de identidade oupassaporte antigo, já que o restodos dados, incluindo fotografias,será obtido no local pelos equipa-mentos eletrónicos.

Passaporte passa a incluir impressões digitais de todos os dedos das mãos

A inscrição é o acto consular peloqual a identificação do cidadãoportuguês fica registada nos arqui-vos da representação consular emcuja área de jurisdição fixou resi-dência ou se encontra ocasional-mente.

Existem dois tipos de inscriçãoconsular:

• inscrição consular definitiva: éexigida a presença da pessoa a ins-crever, munida do bilhete de iden-tidade válido ou cartão de cidadãoe de uma fotografia, tipo passe, ac-tualizada e a cores.Os menores de 10 anos podem serinscritos a pedido dos seus repre-sentantes legais, presentes, desdeque seja exibida prova bastante(certificado escolar por exemplo)de que os menores se encontramna área de jurisdição consular eum documento de identificação.• inscrição consular provisória:quando o interessado não apre-senta o bilhete de identidade ou ocartão de cidadão válido, pode serfeita uma inscrição consular pro-visória, mediante a apresentaçãodos documentos que possuir, no-meadamente bilhete de identidadecaducado ou passaporte nacional.► Neste caso não poderão seremitidos documentos para osquais seja necessário a apresenta-ção de bilhete de identidade.A inscrição consular é gratuita

Fonte: Vice Consulado em Osnabrück

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Page 6: Portugal Post Outubro 2011

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m tempos de apregoadanecessidade de austeri-dade, poupança, redu-ção de orçamentos,

etc,como atualmente se vivemem Portugal, seria natural quefosse dada prioridade aos ele-mentos básicos, deixando delado tudo o que fosse de cará-ter desnecessário.

Por exemplo, se num orça-mento familiar é preciso maisdinheiro para pagar o super-mercado, é normal reduzirem-se despesas mais ou menossupérfluas, como idas ao ci-nema, passeios ou férias.

Porém, não é isto o que sepassa com o ensino de Línguae Cultura Portuguesa na Ale-manha.

Depois de o Instituto Ca-mões ter anunciado que nãoseriam feitas substituições deprofessores no presente ano le-tivo, devido a falta de verba, oque significa que os alunos de

todos os docentes com licençade parentalidade,prestes aaposentarem-se ou que, porqualquer outra razão, sejamobrigados a deixar o serviço ,ficarão sem aulas parcial-mente ,até ao professor regres-sar ou ficarão sem aulastotalmente, se o professor nãoregressar.

No momento, há pelomenos três professoras em li-cença de maternidade recentena área de Estugarda, o quesignifica que os cerca de 300alunos que lecionavam ficarãosem aulas até Fevereiro, alturaem que as mesmas, em princí-pio, retomarão o serviço.

O mesmo decerto acontecenoutras áreas da Alemanha enoutros países.

Mas, algo contraditoria-mente, foi contratada uma ad-junta para a coordenação doensino em Berlim, para substi-tuir a atual coordenadora, que

também se encontra em li-cença de parentalidade. Mas,quando a coordenadora regres-sar,a adjunta continuará emfunções, tornando-se nessa al-tura a Alemanha o único paísdo Ensino Português noEstrangeiro em que a coorde-nadora usufrui dos serviços deuma adjunta.

Mas então não era supostoo EPE manter-sae com o estri-tamente necessário?

Não foram cortados maisde 30 horários na rede de en-sino para o presente ano le-tivo?

Não foram reduzidas ashoras destinadas aos professo-res de apoio?

Não foram eliminadas assubstituições?

Não poderiam os serviçosde ensino na embaixada fun-cionar até Fevereiro com aprofessora de apoio que já aíexerce funções, e que possuilarga experiência, se possívelcom a ajuda de outro professorde apoio destacado a títulotemporário?

O que é basicamente neces-sário num sistema de ensino?Logicamente, alunos e profes-sores. O que é essencial queaconteça ? Que os alunos ten-ham aulas, os professores ensi-

nem e recebam os vencimentoscorrespondentes ao seu tra-balho.

Então o que seria mais im-portante ? Contratar professo-res substitutos quegarantissem as aulas ou no-mear uma adjunta da coorde-nação cujo vencimento é quaseo dobro do vencimento de umprofessor?

Esta pergunta não necessitade resposta.

A pergunta quenecessita ugentemente de res-posta é a relativa às medidasde austeridade impostas peloInstituto Camões, quais asprioridades que o mesmo esta-belece para o EPE e quais oscritérios que conduzem a su-pressões e colocações como asdescritas acima.

* Professora de Língua e CulturaPortuguesasSecretária- Geral do SPCL

ETempos de austeridade

Não poderiam os servi-ços de ensino na embai-xada funcionar atéFevereiro com a profes-sora de apoio que já aíexerce funções, e quepossui larga experiência,se possível com a ajudade outro professor deapoio destacado a títulotemporário?

Als erstes Portugiesisch-Lehrwerk für europäi-sches Portugiesisch berücksichtigt das einbändigeLehrbuch „Está bem“ die Rechtschreibung von2010.„Está bem“ kann an VHS und Hochschulsemina-ren, jedoch auch im Selbststudium eingesetztwerden.In 24 Lektionen, die in zügiger Progression bis zurSprachbeherrschung auf Stufe B2 führen, wird dasjeweils neu einzuführende Vokabular anhand vonDialogen und authentischen Texten vorgestellt,grammatische Phänomene werden systematisiertdargestellt und durch ein breitgefächertes, ab-wechslungsreiches Übungsangebot aufbereitet.Dabei vermittelt das Lehrbuch ein aktuelles, si-

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So urteilt die Presse:«... für die sprachliche Grundausbildung an Universitäten ist es wohl uneingeschränktgeeignet. Ihm sind weitere Neuauflagen ... sowie zahlreiche Benutzer zu wünschen.»Daniel Reimann in «Zeitschrift für romanische Sprachen und ihre Didaktik», 10/08

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Page 7: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Entrevista 7

As aulas do ensino de Portuguêspara luso-descendentes na Alema-nha começaram com 54 professo-res, menos nove do que no anolectivo anterior, devido às restri-ções orçamentais impostas porLisboa, segundo o gabinete decoordenação pedagógica, em Ber-lim.

Para este ano lectivo, estavaminscritos 5.490 alunos, divididospor 329 cursos, em 10 dos 16 Es-tados da federação alemã - Bad-den-Wurttemberg, Baviera,Berlim, Bremen, Hamburgo, Hes-sen, Baixa-Saxónia, Renânia doNorte-Vestefália, Schleswig-Hol-stein e Turíngia.

Os referidos Estados formam achamada rede portuguesa, en-quanto nos restantes seis o ensinode Português é tutelado pelas au-toridades regionais germânicas,que contrataram directamente ou-tros professores para o efeito.

“A redução de professoresobrigará a juntar alguns níveis,mas tentámos salvaguardar a qua-lidade do ensino e manter as tur-mas com o menor númeropossível de alunos”, disse a coor-denadora pedagógica adjunta,Alexandra Schmidt.

“Compreendemos os protestos

de alguns encarregados de educa-ção, mas não podemos fazer nada,e, apesar de tudo, não deverá ha-verá problemas como em anos an-teriores”, acrescentou a mesmaresponsável.

A agência Lusa teve acesso auma carta da comissão de Rennin-gen (Baden-Wuerttemberg) emque criticam a redução de horáriosde Português para os luso-descen-dentes locais de dois para um dia

por semana, afirmando que os 45alunos em questão “irão ser muitoprejudicados”.

O Sindicato dos Professoresnas Comunidades Lusíadas(SPCL) criticou também, em co-municado, o desmantelamento dehorários por não serem substituí-dos os professores que regressa-ram a Portugal, se reformaram ouestão de licença de maternidade,por exemplo.

Regresso às aulas de Português na Alemanha com menosprofessores devido aos cortes orçamentais

“Haverá muitos alunos semaulas, e mesmo que os professoresdepois regressem, entretanto ha-verá muitas desistências”, disse adirigente sindical Teresa Soares.

O SPCL considerou ainda oscortes na rede de ensino promovi-dos pelo Instituto Camões “de ca-rácter economicista e totalmenteanti-pedagógicos”, sustentadoque, sob a nova tutela, “a rede deensino de Português está a desmo-ronar-se”, e defendendo o re-gresso da tutela ao Ministério daEducação.

O sindicato Criticou ainda anomeação de uma coordenadoraadjunta para a Alemanha, devidoà licença de maternidade da coor-denadora principal.

“A outra funcionária da coor-denação pedagógica em Berlimpoderia perfeitamente substituir acoordenadora na sua ausência,tem experiência suficiente paraisso”, afirma-se no comunicadosindical.

A visada, Alexandra Schmidt,disse à lusa que as críticas à suanomeação por parte do SPCL “sãoum disparate”, precisando aindaque não foi contratada a título per-manente, mas sim com contratolimitado a um ano. FA.

As aulas do ensino de Portugueˆs paraluso-descendentes na Alemanha come-c¸aram com 54 professores, menos novedo que no ano lectivo anterior

A segurança social alemãpromove em colaboraçãocom o Centro Nacional dePensões, na Service im Zen-trum der Deutschen Renten-v e r s i c h e r u n g ,Rotebühlstr.133 – Estugarda,três dias de informação/con-sulta sobre a situação da suareforma

A realizar entre os dias 18a 20 deste mês, as jornadasluso-alemãs vão prestartodos os esclarecimentos atodos os trabalhadores quedescontaram para a segu-rança social obrigatória daAlemanha.

Estas consultas são gra-tuitas e serão prestadas emportuguês e, se houver neces-sidade, também em alemão.Os interessados devem fazer-se acompanhar do BI/Cartãode Cidadão ou passaporte.

Assim, nos dias 18 a 20 deOutubro os serviços da Segu-rança Social Alemã em cola-boração com o CentroNacional de pensões estarãoà disposição de todos os inte-ressados para responder atodas as perguntas sobre se-gurança social portuguesa oualemã, como por exemplo re-lativamente aos direitos ad-quiridos ou sobre o valor dapensão a ser paga.

Se cumpriu o Serviço Mi-litar obrigatório em Portugale tiver caderneta militar ouuma certidão comprovativa,recomenda-se que a traga.

Caso queira fazer marca-ção prévia para uma entre-vista terá de o fazer portelefone: 0711614660

Recordamos que na Ale-manha são mais de 42.000 oscompatriotas que se encon-tram inscritos no regime desegurança social alemã e po-derão aproveitar esta oportu-nidade para esclarecereventuais dúvidas de carácterjurídico, bem como obter ou-tras informações sobre re-gimes aplicáveis.

Vive em Estugarda ounos arredores?

Informações sobrea sua reforma

Um trabalhador português subiu auma grua com cerca de 30 metrostendo ali estado algumas horaspara protestar contra a falta de pa-gamento do salário pela entidadepatronal.

O protesto aconteceu num es-taleiro em Norderstedt, uma loca-lidade nos arredores deHamburgo.

O trabalhador manteve-se emcima da grua até à chegada da po-lícia e dos bombeiros que o retira-ram numa acção espectacularacompanhada pela imprensa.

Ao empreender esta acção, otrabalhador, Hélio D., 35 anos,pensou que esta seria uma formaeficaz de protesto contra o subem-preiteiro que o tinha contratado eestá em falta com o pagamentodos salários.

Helio D., que, segundo a polí-cia, não fala alemão, chamou aatenção não apenas de toda a im-prensa que relatou a sua condição,como ainda das autoridades poli-ciais que, segundo a imprensalocal, estão averiguar a os motivosque levaram o subempreiteiro anão pagar ao trabalhador.

Aliás, a situação deste trabal-hador não é caso único. Em Ham-burgo tem sido “o pão nosso decada dia” com portugueses a tra-balharem nas obras sem recebe-

rem e a viverem em condições mi-seráveis em contentores colocadosnos estaleiros.

Um advogado luso-descen-dente que tem acompanhado de-zenas de compatriotas emsituações aflitivas aconselha ostrabalhadores a exigir à entidadeempregadora um contrato escritoe verificar se está registado na Se-

gurança Social cujos descontossão mencionados na folha de ven-cimentos.

Aconselha ainda a escrever ashoras que durante o dia trabalhae, se possível, dizer ao mestre deobras, ou mesmo a um cologa, quetestemunhe por escrito as horasque trabalhou.

Sobre o perfil de empresas que

não cumprem as suas obrigaçõescom os trabalhadores, uma fonteque tem acompanhado estas situa-ções disse-nos que estas empresassão geralmente subempreiteirosportugueses que recorrem a méto-dos sem escrúpulos para exploraros trabalhadores seus compatrio-tas e a artimanhas para enganar alei.

“Eu só quero o meu salário!”Trabalhador português sobe a uma grua como forma de luta

AP

Page 8: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011Comunidade8Fala o Leitor

No ultimo numero do Portugal Postfoi publicado um artigo com a opi-nião de vários leitores sobre a suavisão da crise em Portugal duranteas suas férias. Fiquei admirado dealguns terem afirmado não teremvisto grandes factores de crise, ar-gumentando com o facto das praias,cafés e restaurantes estarem cheios{…} .

É evidente que a maior partedos portugueses continua fazendoas férias na praia, lá vão fazendo assuas jantaradas, e indo aos cafés ,mas também estes tiveram que fazerfortes reduções nos seus gastosmensais. Muitos destes compatrio-tas que agora vimos nos restauran-tes e praias do Algarve sãodaqueles que por norma costuma-vam ir de férias ao estrangeiro masa crise os obrigou a passar férias nopaís .

Um facto de grande importânciaé que a grande maioria destes turis-tas nacionais são da chamada classemédia que geralmente usufruem dedois ordenados o que facilita mantertambém em crise o seu nível de vidaassim como o orçamento de férias.

A verdadeira crise começa nosreformados com baixas reformas enas famílias que têm que sobreviveros 30 dias do mês com somente umordenado por vezes relativamentebaixo. Estes não os vemos no Al-garve nem em restaurantes e fazemum esforço enorme para chegar aofinal do mês com algum dinheiro, oque não conseguem.

{…} São aqueles que compramno século 21 as sardinhas consoanteas bocas que têm em casa. São da-queles que vão à mercearia e pedemde novo para escrever no livro doscalotes. São os que têm o computa-dor Magalhães em casa mas nãotêm dinheiro para comprar os livrosescolares para os filhos .

Também nós emigrantes pude-mos durante as férias avaliar o altocusto de vida em Portugal, muitosprodutos estão exactamente aomesmo preço que na Alemanha , separa nós já é caro, calcule-se entãoo que será para muitos milhares decompatriotas. Nos últimos anos odesemprego aumentou fortementefazendo assim aumentar o numerode familias endividadas que che-gam ao ponto de perderem as suascasas, em Portugal a diferença entrepobre e rico é cada vez maior, e ospobres cada vez são em maior nú-mero.

Um ponto muito importante eque por muitas vezes esquecemos,nós vamos de férias levamos din-heiro suficiente e tempo com farturagozamos férias e passeamos visi-tando o nosso lindo Portugal, masmuitas das vezes evitamos ver ospontos mais fracos e os menos bo-nitos olhando discretamente prólado deixando assim de ver os ver-dadeiros problemas dos Portu-gueses residentes.

Sim a crise existe e não é pouco

Luís Rodrigues

Não se nota a crise ?

O grupo folclórico Santo AntónioDortmund vai organizar uma ori-ginal noite de fados com a parti-cipação de fadistas conhecidos dogrande público.

Marcado para o dia 15 destemês, a noite de fados terá a pre-sença da conhecida fadista AnitaGuerreiro,.

Anita Guerreiro ainda é hojeuma autêntica preferida do pú-blico amante do fado

Recorde-se que Anita Guer-reiro começou, com apenas seteanos, por ser uma das „miúdas“,fadistas infantis que ficavam iden-tificados com o bairro de onde vin-ham - sendo „a miúda doIntendente“, bairro onde nasceraem 1936. Com apenas quinze anosde idade, em 1952, Anita Guer-reiro (nome artístico, pois o seuverdadeiro nome é Bebiana Cardi-nalli) concorria a um passatempodo popular programa radiofónicoComboio das Seis e Meia.

Espantado com o que ouvia, oprodutor do programa, MarquesVidal, convidou-a imediatamentepara se juntar ao elenco e, poucassemanas depois, estreava-se comofadista no Café Luso. E antes decompletar os vinte anos, era já ve-deta de revista, género em que se

estreou em 1955.A Anita Guerreiro se deve a

criação de um fado-canção queficou na boca do povo: Cheira aLisboa, que criou em 1969 na re-vista Peço a Palavra.

O segundo elenco da noite defados é o grupo “Antologia doFado” composto por Ciro da Silvae Nicole Gravide.

A noite de fados realizar-se-ána Dietrich-Keuning-Haus, naLeopoldstr 50-58, em Dortmund etem início às 17h00. Os bilhetes deentradas custam, no dia doespectáculo, € 15 e pré-comprados€12. Estes podem ser adquiridosem www.Dortmund-Ticket.de

Recorde-se que o Rancho Fol-clórico Santo António de Dort-mund foi fundado em 1971 erepresenta os cantares e dançaresda região do Minho.

Actualmente o grupo é en-saiado e dirigido por Manuel Tei-xeira, que nos informou que onúmero dos elementos do ranchoanda à volta dos trinta e cinco,entre músicos e dançarinos.

Do programa da noite de fadosfaz também parte a actuação dorancho folclórico. Será, portanto,uma ocasião para assistir a umagrande noite portuguesa.

Anita Guerreiro vai animar noite deFados em Dortmund

Foi no passado dia 16 de Setem-bro que se realizou mais uma noitede fados em Gelsenkirchen. De-pois de uma experiência de umanoite de fados numa igreja, destavez foi a de uma noite a bordo doSanta Monica, um barco que nor-malmente faz passeios turísticosnas águas do Canal Emscher.

Com lotação esgotada, o barcosaiu do cais levando a bordo du-zentos passageiros, sendo que 10%dos “viajantes” seriam portugue-ses. A bordo ia a fadista Sara Ra-quel que se fazia acompanhar deJosé Pinto (vindo de Portugal), naguitarra portuguesa, e, á viola, deJoaquim Caniço, residente no Lu-xemburgo.

A bordo havia também umatasquinha portuguesa com grandevariedade de pratos frios, o quemuito agradou aos presentes.

Este evento teve o apoio da Câ-mara Municipal de Gelsenkirchen,ajuda preciosa e sem a qual muitasdas vezes seria praticamente im-possível realizar algo do género.

O Centro Português Unidos aGelsenkirchen continua, emboracom dificuldades, como tantasoutras Associações na Alemanha,mantendo a tradição das noites defado. Esta foi a segunda realizadaeste ano. Destaque-se o empenhode toda a Direcção com o presi-dente, Oscar Pires, e o tesoureiro,Paulo de Sá , ao leme do Centroluso de Gelsenkirchen.

Segundo Paulo de Sá, estãoprevistos para este ano ainda maisalguns eventos, um deles será afesta de S. Martinho, uma tradiçãocom 38 anos, em que se oferece

castanhas e vinho aos sócios e vi-sitantes. Uma outra festa impor-tante é a dedicada ao Natal dasCrianças, em que nunca faltaramas prendas para as crianças, istopara além de um vasto programapara os mais jovens.

Paulo de Sá lamenta, no en-tanto, a falta de aderência dos por-tugueses á associação, fazendoassim com que passe por momen-tos financeiros díficeis. Comotodas as outras, também esta temas despesas mensais fixas e que deuma maneira ou outra têm que serpagas, o que se torna difícil nãohavendo clientela fixa que façacom que entre receitas.

Paulo de Sá está no entantoconfiante e diz que mesmo com al-guma dificuldade o Centro Portu-guês Unidos a Gelsenkirchen vaicontinuar com as portas abertasnem que seja pelo menos até aoquadragésimo aniversário.

Esperamos que sim, porqueesta foi umas das poucas associa-ções que manteve sempre as por-tas bem abertas, dialogando comtudo e com todos e dando semprea conhecer algo da cultura portu-guesa.

O CPUG tem como actividadeo grupo de dança moderna “OndaAzul” ensaido pela Jessica Neth eo Filipe Silva, quegrupo participanas festas da colectividade assimcomo em eventos da cidade. Apróxima actuação deste gruposerá no mercado de Natal deÜckendorf no segundo Domingode Novembro. Antonio HortaCorrespondente em Gelsenkirchen

Centro P. Unidos a Gelsenkirchen mantém a tradição

A Coordenadora do Ensino Portu-guês na Alemanha, junto da Em-baixada de Portugal em Berlim,Sílvia Melo-Pfeifer, vai ausentar-se até finais de Fevereiro do pró-ximo ano.

Tanto quanto pudemos apurar, os motivos da ausência tem a vercom o facto da Coordenadoraestar a gozar licença de materni-dade.

Para substituir a Coordena-dora, o Instituto Camões já colo-cou uma adjunta nos serviços de

Coordenação que preencherá olugar de Sílvia Melo enquanto severificar a sua ausência.

De Nome Alexandra Schmidt,a nova adjunta já terá sido infor-mada de todo o funcionamento daCoordenação e dos assuntos pen-dentes.

Em Fevereiro, quando Sílviade Melo-Pfeifer voltar ao serviço,Alexandra Schmidt continuará aexercer as funções de adjunta nosserviços de Coordenação do En-sino junto da Embaixada.

Coordenadora do Ensino ausente até Fevereiro 2012

Boas novas dá-nos conta a comu-nidade lusa de Braunschweig, nabaixa saxónia.

Com as suas actividades cul-turais e recreativas, o Centro Por-tuguês informa o publicointeressado que é já no dia 1 deOutubro a „Strassenfest”, uma ini-ciativa com tradição organizadapelo Centro Português daquela ci-dade.

A Festa de Rua começa pelas15 horas e acontece no jardim doCentro Português, na Karl-Hintze-Weg 70.

Espera-se a presença de cen-tenas de pessoas para saborearema uma sardinha assada regadacom o vinho verde.

Mais para a frente, a 12 de No-vembro, o Centro não vai esquecera festa de S. Martinho com as ha-

bituais castanhas, isto às 17h00também nas instalações do Cen-tro.

Depois a 19 de Novembro vai-se cantar o fado, isto no StudioSaal da Brunswiga, em Braun-schweig Karlstr . O grupo „ANTO-LOGIA DO FADO“ acutuará comos seus fadistas para, a partir das20 horas, encantar os presentes.Nesta noite não faltarão as espe-cialidades gastronómicas lusas.Entrada a partir da 19 horas.

Depois suceder-se-ão as festi-vidades natalícias para a peque-nada também nas instalações doCentro

Mais informações sobre estase as restantes actividades do Cen-tro através dos seguintes telefones0531 - 375613 ou 0531 - 508416

Notícias da comunidade em Braunschweig

Page 9: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Comunidade 9

GENTE

Informação Consular

Í

Cristina Dangerfield-Vogt: autora do livro “Um ano Telavive” (ver entrevista na edição de Setembro2011) passará de ora em diante a ser os olhos e os ouvidos do PORTUGAL POST em Berlim.A autora será a nossa correspondente na capital alemã, informando sobre os acontecimentos que maisinteressam aos leitores do nosso jornal.Cristina Vogt-da Silva acompanhou já as últimas eleições em Berlim com reportagens publicadas naedição online do PORTUGAL POST.Também em Nuremberga, o PORTUGAL POST tem nova correspondente. Trata-se da Poetisa e autorade vários livros Maria do Rosário Loures, que passará a pôr as notícias em dia e informar os nossosleitores sobre os acontecimentos daquela região que mais nos interessam.Bem-vindas!

Cristina Dangerfield-Vogt: Maria do Rosário Loures

No passado dia 11 de Setembrotomou posse o Pe. Marivaldo deMelo, o novo pároco da MissãoCatólica Portuguesa em Osna-brück.

Há mais de uma década queOsnabrück estava sem pároco esó graças à Diocese de Münsteré que a Comunidade Portuguesade Osnabrück contava quinzen-almente com uma Missa emLíngua Portuguesa.

A Comunidade Portuguesade Osnabrück, representadapelos Membros da Missão Cató-lica Portuguesa de Osnabrück epela sua coordenadora Pastoral,D. Fernanda Castro, não deixa-ram de reivindicar junto dos re-sponsáveis da Diocese de

Osnabrück a necessidade que osmais de 2500 Portugueses resi-dentes na cidade de Osnabrücke arredores sentiam.

Visivelmente feliz por rece-ber o seu pastor, a ComunidadePortuguesa assistiu à primeiraMissa celebrada pelo Pe. Mari-valdo de Melo, que foi auxiliadopelo Pe. Vitor Medeiros deMünster, o Pe. Lienesch e o Có-nego da Diocese de Osnabrück,Pe. Lüttel, tendo o Vice-Cônsulde Portugal em Osnabrück as-sistido a esta celebração comoconvidado de honra.

A seguir à missa teve lugarum almoço de convívio nas ins-talações da “Ursulaschule”, quefoi abrilhantado pelo Rancho

Folclórico “Arco-Íris” e por umgrupo de dança moderna.

Contactado por esta redação,o Sr. Vice-Cônsul Manuel Cor-reia da Silva disse-nos ter ex-pressado o seu contentamentoao Cônego da Diocese de Osna-brück. “Foi um dia feliz para aComunidade Portuguesa, daqual eu faço parte e que me acol-heu quando cheguei a Osna-brück. Fiquei contente por vermuitas famílias felizes por final-mente contarem com um pá-roco, e por ver que o excelentetrabalho prestado pelos respon-sáveis da Missão Católica Portu-guesa em Osnabrück foidevidamente reconhecido pelaDiocese de Osnabrück.”

Comunidade Portuguesa de Osnabrück tem novo Pároco

Vice-Cônsul de Portugal participou na tomada de posse

A Associação Portuguesa de Gü-tersloh (APG) comemorou nopassado 24 de Setembro os seusorgulhosos 40 anos com uma ce-rimónia em que participaram aVice Presidente da Câmara Mu-nicipal de Gütersloh, MonikaPaskarbies, e o Vice-Cônsul dePortugal em Osnabrück, ManuelSilva, ambos recebidos pelo Pre-sidente da APG, Luis Campos.

No seu discurso, o Vice-Côn-sul recordou não só os sócios fun-dadores presentes, bem comotodos aqueles que já regressarama Portugal, e ainda todos os só-cios que durante os últimos 40anos contribuíram para o bomnome da Associação Portuguesade Gütersloh.

Mais referiu que todo o movi-mento associativo é um projetode gerações, o que prova que,passados 40 anos, a sua exis-tência continua a fazer todo osentido, desde que acompanhe aevolução dos tempos.

Sensivelmente feliz pelo ca-rinho e amizade com que sempre

contou por parte da ComunidadePortuguesa residente em Güters-loh, o Vice-Cônsul lembrou quetambém ele é filho de pais ex-emigrantes, os quais emigraramem 1965 para a Alemanha à pro-cura de uma vida mais estável.

O Vice-Cônsul realçou aindaa importância da Língua e Cul-tura Portuguesas, incentivandotodos os presentes a falarem alíngua de Camões com os seus fil-hos, pois esses conhecimentosseriam aperfeiçoados nos cursosde Língua e Cultura Portuguesa.

Depois dos discursos, a APGcondecorou os sócios que faziam40 anos de associativismo, os quetinha mais de 25 e os que tinhammais de 10. Todos receberamuma medalha e um diploma alu-sivos à data

Seguiu-se de um ameno eagradável convite entre todos ospresentes.

O PORTUGAL POST nãoquer deixar de dar os merecidosparabéns à APG por estes qua-renta anos de vida.

Associação Portuguesa de Güterslohfestejou com a Comunidade o 40º aniversário

Foi há dias anunciado que o Passaporte ElectrónicoPortuguês (PEP) passará, a partir de 11 de Outubropróximo, a incluir as impressões digitais de todos osdedos das mãos e já não apenas as dos dedos indi-cadores.Esta nova funcionalidade aumentará a segurançados documentos, dificultando assim a sua contrafac-ção. Os 133 Postos Consulares portugueses irãosendo progressivamente dotados do equipamentonecessário à recolha das dez impressões digitais.Cumpridos 5 anos desde a sua implementação, a 28de Agosto de 2006, foram já emitidos 1.780.300PEP segundo informações do Serviço de Estrangei-ros e Fronteiras.

Alterações ao Passaporte Electrónico Português

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 201110 Reportagem

A República Portuguesa celebra o seu101º aniversário no dia 5 de Outubrode 2011. Neste mesmo ano, o edifíciooriginal da Assembleia da República[AR] completa 413 anos. A AR é ocentro das decisões que afectam onosso futuro e funciona num edifícioque se metamorfoseou ao longo dosséculos. Começou por ser um mos-teiro durante a monarquia absoluta,albergou as Cortes no período da mo-narquia constitucional, assistiu à pro-clamação da República, viuarrastar-se a ditadura do Estado Novopor 48 anos, até, por fim, nascer paraa democracia com a Revolução dosCravos. Para assinalar tão significa-tivo aniversário, decidi aproveitar umamável convite e visitar esta casa quesobreviveu a inúmeras mudanças deregimes ao longo dos seus quatro sé-culos de existência.

São 58 os degraus que separam obairro popular de São Bento do antigoconvento de São Bento dos Benediti-nos que, após várias remodelações, éhoje a sede da nossa Assembleia daRepública. Contei-os, um por um, en-quanto subia e passava pelos leõesque a flanqueiam com um meio sor-riso, encandeada pelo sol que se re-flectia na alva escadaria monumental,e me aproximava dos dois guardasque empunhando armas antigas e pro-tegidos do sol por capacetes militaresde eras passadas, resistiam estoica-mente aos 30 graus centígrados da-quele dia de verão. Sorriram,simpáticos, agradados por ter distrac-ção. A escadaria imponente que nosleva até ao centro dos poderes execu-tivo e legislativo do nosso país, estavadeserta, pois os nossos deputados etodos os que trabalham na AR prefe-rem apear-se dos seus automóveis eentrar sem esforços atléticos pela en-trada lateral do edifício. A sua fachadaneoclássica seria esmagadora não fos-sem as janelas bem rasgadas e o va-randim que aligeiram a suaausteridade e fazem com que passequase despercebido o edifício originalque foi construído em 1598, ou seja,o mosteiro de São Bento da Saúde.Muito danificado durante o terramotode 1755, sofreu novas alterações de-pois de ter sido expropriado comoconsequência directa da extinção dasordens religiosas em 1834. Após a im-plantação do regime liberal monár-quico, acolheu as assembleias dasCortes Gerais da Nação, sendo conhe-cido à época por Palácio das Cortes.Alguns anos mais tarde, passou a de-signar-se Palácio do Congresso e,posteriormente, até 1974, Palácio daAssembleia da República. Durante oEstado Novo, foi descoberta umacripta datada do séc. XVII e perten-cente aos marqueses de Castelo Ro-drigo, cujo 1º marquês foi - D. FilipeI de Portugal (II de Espanha). Após aRestauração de 1640, o país quis apa-gar da sua história esta família de tão

má memória e todos os seus bensforam confiscados.

Enquanto reflectia sobre este eoutros pormenores, alcancei o átrioonde me encontrei com o meu anfi-trião, sem fôlego, mas pronta parauma visita guiada pela cena e bastido-res do poder da política portuguesa!Tal como nos aeroportos, passa-se porum posto de controlo e deixa-se umdocumento identificador na recepção,que não pode ser o BI pois este docu-mento é pessoal e intransmissível.Deixei o cartão bancário confiante.Afinal estávamos na AR e não a viverno mundo das notícias sensacionalis-tas dos tablóides que nos impõem Lis-boa como a capital europeia do crime.Não é fácil orientarmo-nos neste edi-fício labiríntico. Começámos por vi-sitar o Átrio Principal onde seencontram os bustos de diversos esta-distas portugueses como Hintze Ri-beiro, não esquecendo também o donosso poeta Luís de Camões. Nos cor-redores de acesso à Escadaria Nobre,sucedem-se os bustos de deputadosilustres como o de Sá Carneiro, fale-cido num trágico acidente aéreo, em1980.

Aproximámo-nos da EscadariaNobre, projectada por Ventura Terra,que substitui a antiga escadaria doconvento. Levantando a cabeça vê-seum candeeiro de diâmetro grandiosoaccionado por um mecanismo quepermite baixá-lo para ser limpo. Tam-bém há coisas prosaicas como estasna AR. No topo da Escadaria Nobrefica a Sala dos Passos Perdidos, pontode encontros e, algumas vezes, de de-sencontros entre deputados, membrosdo governo e jornalistas. Passámospor vários corredores, pisando passa-deiras vermelhas que nos suavizaramos passos, trocando olhares e quaseroçando ombros com as personalida-des mediáticas de debates e entrevis-tas. Os seus rostos, porém, não

revelavam nem a urgência, nem aspreocupações vividas nos últimostempos, fruto da crise portuguesa edas medidas impostas pela troika. Éque ali, no centro das tomadas de de-cisão do país, sentia-se a protecçãoque permeia este monumento nacio-nal e que tantas e tão graves crises ul-trapassou ao longo da nossa História.

Sucedem-se portas fechadas, atrásdas quais se encerram os que trabal-ham para o nosso bem.

Demos uma olhadela à antigaSala do Senado, onde, decididamente,o ar condicionado não funcionava.Utilizada para as reuniões dos gruposparlamentares, conferências e seminá-rios nela predominam bonitas madei-ras com embutidos e os pesadosveludos vermelhos, um pouco asfixi-antes. Continuámos pela Galeria dosPresidentes admirando os retratos detodos os presidentes da AR que, retra-tados por pintores conhecidos comoPedro Girão e outros mais recentescomo Maluda, nos olham do seu pas-sado. Chegámos finalmente ao SalãoNobre, datado da década de 1940 edecorado segundo a estética peculiardo Estado Novo. Os murais que re-vestem as paredes constituem um do-cumento histórico e exaltam a épocacolonial e as antigas províncias ultra-marinas de um país que se dizia orgul-hosamente só. Os comunistasquiseram cobri-los de pinceladas apreto e branco para apagar a negrahistória recente, mas, felizmente, opedido foi vetado pela maioria dos de-putados. Um tradicional tapete de Ar-raiolos com vários metros decomprimento em tons de verde seco ecreme cobre o parquet. Foi da únicavaranda desta sala que AnselmoBraancamp Freire anunciou a procla-mação da República em 5 de Outubrode 1910. Mais uns passos perdidospelos corredores e deparámos com osantigos dormitórios dos frades, con-

vertidos numa Biblioteca que se es-tende por várias salas comunicantes.As suas estantes de madeira distribuí-das por dois pisos e dotadas de gale-rias de acesso albergam um espóliosuperior a 100.000 volumes sobre as-suntos relacionados com as activida-des da casa. Guarda ainda algunsexemplares dos séculos XVI e XVII.Situam-se também no Palácio as salasde reunião das comissões, e.g. agri-cultura e outras, cujas sessões sãosempre gravadas e filmadas.

Seguindo por um corredor inte-rior, chegámos ao edifício novo daAR, projectado pelo arquitecto Fer-nando Távora, e inaugurado em 1999.Uma arquitectura sóbria e minimalistaque encaixa bem nos tempos de crise.Situam-se aqui os gabinetes de tra-balho dos deputados. Surpreendeu-meo facto de, em cada gabinete, trabal-harem dois deputados, partilhandoassim um espaço bastante exíguo. Asecretária conjunta ocupava pratica-mente toda a divisão. A título de cu-riosidade, referirei que osfuncionários públicos do Rentenver-sicherungsanstalt de Berlim trabal-ham em gabinetes maiores que nãopartilham com os colegas. Fazia umcalor terrível, porque o ar condicio-nado e, presumivelmente, no tempofrio, o aquecimento, se encontravadesligado. No nosso país, a austeri-dade começa na AR. Será que os gre-gos se lembraram disto oucontinuamos a ser os melhores alunosda União? Neste edifício, foi tambémintegrada a residência oficial do Pre-sidente da Assembleia da República,cargo actualmente ocupado por MariaAssunção Andrade Esteves, a pri-meira mulher na história da AR a as-sumir esta função.

Voltámos ao edifício histórico edescemos às caves para visitar a Salados Arcos, parte da qual remonta à

época do antigo convento. É uma salade leitura, onde os utilizadores podemconsultar os arquivos referentes aquase 200 anos de história constitu-cional portuguesa.

Por fim, visitámos o hemiciclo,onde se sentam os representantes dospartidos eleitos. A sala recebe luz na-tural por uma clarabóia de dimensõesarrojadas. Imperam as madeiras e, no-vamente, as cadeiras forradas de ver-melho e um computador portátil pordeputado. Várias estátuas sobredi-mensionadas conferem um ar soleneà sala restaurada em 2009. Quando seestá de costas para a tribuna, à es-querda, e obedecendo à tradição quenos ficou da revolução francesa, estãosentados os deputados dos partidos deesquerda, sentando-se os outros à di-reita desta ala por ordem decrescentede esquerdismo.

Sentámo-nos na galeria e obser-vámos o debate que, apesar dos tem-pos difíceis, ia morno de tantocivismo. Alguns deputados pareciamaborrecidos e vi mesmo um cair natentação de espreitar a página do fa-cebook. Mas nas redes sociais tam-bém se pode fazer política e lobbyinge se todos recorrem a estes meios por-que não os nossos deputados? Osmédia estavam presentes, sendo aliás,os únicos que podem filmar e fotogra-far as sessões da AR. Várias pessoasocupavam os bancos de madeira cor-ridos e desconfortáveis tendo deci-dido ir passar uma tarde mais frescaao ritmo dos debates e ver de perto eao vivo os nossos mediáticos políti-cos. Nesta sala o ar condicionado pa-recia funcionar.

No último andar, haveria aindaum restaurante de boa qualidade gas-tronómica, que, infelizmente, já nãohouve tempo para visitar. Teria sidointeressante descobrir gostos e pala-dares especificamente partidários.Tão-pouco sobraram horas paraespreitar o Salão de D. Maria II, oClaustro, e para avistar dos Jardins opalacete que acolhe a residência ofi-cial do primeiro-ministro. No entanto,o que vi nesta visita deixou-me umaexcelente ideia da azáfama e dostresse que marcam o quotidiano dosnossos representantes. Desci nova-mente a escadaria monumental, passeipelos guardas que cruzaram armas edo bairro popular de São Bento erguium derradeiro olhar para a nossa ARque se perfilava majestosamente con-tra um céu azul profundo. A bandeirarepublicana com os sete castelos e ascinco quinas continuava orgulhosa-mente hasteada e dançava despreocu-pada ao sabor do vento.

Nota: Agradeço ao Dr. FernandoNegrão, do PSD, a interessante e sim-pática visita guiada pela Assembleiada República que me proporcionou esem a qual não me teria sido possívelescrever esta reportagem.

De Convento a Assembleia da República Palácio de São Bento:

Cristina Dangerfield-Vogt:

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 11Cultura

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A diretora do Panteão Nacional, Isa-bel Melo, disse hoje que o monu-mento já recebeu cerca de 60 milvisitantes, desde o início do ano, e onúmero tem vindo a aumentar, princi-palmente entre os jovens.

“Neste momento vamos comaproximadamente 60 mil visitantes eum dos nossos objectivos é tornar omonumento mais visitado e conhe-cido. O número tem vindo a aumen-tar, nomeadamente entre o públicojovem, o que é muito bom”, realçouIsabel Melo.

Os dados foram avançados du-rante uma visita guiada ao zimbóriodo Panteão Nacional, inserida no iní-cio das Jornadas Europeias do Patri-mónio, que decorrem até domingo, eàs quais o Instituto de Gestão do Pa-trimónio Arquitectónico e Arqueoló-gico (IGESPAR), se associou.

Nos três dias estão agendadas, anível nacional, centenas de iniciativasculturais com a participação de deze-nas de instituições e a oferta de pro-gramas especiais que pretendem “dara conhecer o património no seu mel-hor”, referiu Isabel Melo.

No caso do Panteão Nacional épossível visitar o zimbório, local, pornorma, vedado ao público durante o

resto do ano.“Neste momento já temos as

vagas [240] todas preenchidas para sesubir ao zimbório durante o fim-de-semana, mas a visita ao resto do mo-numento é livre, grátis e não é precisomarcação prévia”, esclarece Isabel

Melo.Após a visita de hoje, a satisfação

era a nota dominante.“Gostei da vista lá de cima que é

lindíssima, pois vê-se a cidade e oTejo. Além disso, o monumento em sié colossal e magnífico e não se pode

esquecer a homenagem que aqui éfeita aos nossos ilustres”, referiu Vi-tória Padrão, que viajou da Trofa paravisitar o Panteão Nacional pela pri-meira vez.

Tiago Inácio é de Alcobaça já vi-sitou o monumento por três vezes mas

nunca tinha subido ao zimbório.“É uma situação inédita e um

facto raro já que normalmente oacesso está vedado aos visitantes.Tem uma vista fenomenal sobre a ci-dade”, afirmou, visivelmente satis-feito. O jovem de 21 anos vaiaproveitar o fim-de-semana das Jor-nadas Europeias do Património paravisitar outros locais como o “aque-duto das águas livres e as galerias ro-manas”, que habitualmente estãovedados ao público em geral.

O Panteão Nacional tem origemnuma igreja de finais do século XVI,prosseguindo depois num projecto doséculo XVII, de João Antunes.

O zimbório, ou cúpula, ficou con-cluída em 1966, no mesmo ano emque a Ponte 25 de Abril foi inaugu-rada. Chegou a ser uma fábrica de cal-çado e um depósito de armamento.

No monumento de estilo Barrocoestão os túmulos com os corpos dedez figuras que marcaram a históriado país, nomeadamente presidentesda República, escritores e uma únicamulher, Amália Rodrigues, assimcomo seis cenotáfios - memoriais fú-nebres de homenagem a figuras ilus-tres - entre eles o de Luís Vaz deCamões.

Panteão Nacional já recebeu cerca de 60 mil visitantes este ano

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011PUB12

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Música 13

Em tempos idos, com a carta dealforria o proprietário concedia a li-berdade ao seu escravo. Ao optarempor dar este título ao novo CD, osSina Nossa pretendem marcar a suaposição de total liberdade artística.Pois se a base do seu trabalho é a mú-sica popular portuguesa nas suas múl-tiplas expressões, os sete músicosabrem portas e janelas a influênciasacústicas de todo o mundo, e especi-almente o lusófono. A guitarra a lem-brar ritmos cabo-verdianos no trecho“O que seria da canção” é disso ape-nas um exemplo. Quem ouvir comatenção – e vale a pena, porque estenão é um disco que serve apenas para“música de fundo” - encontrará ele-mentos de jazz, pop, e muito mais emAlforria, sobretudo onde menos os es-pera. Inevitavelmente, também a mú-sica alemã, nomeadamente a clássica,influencia as composições, diz o pia-nista, Armindo Ribeiro: “O que se re-conhece especialmente naestruturação”.

Esta abertura ao mundo estende-

se aos textos, alguns dos quais são daautoria de letristas brasileiros. A in-clusão de um poema de FernandoPessoa, “Cansa sentir quando sepensa”, pode parecer já obrigatóriapara a nova geração dos criadores demúsica portuguesa. Mas nem aqui amúsica, seja a melodia ou a orquestra-ção, alguma vez destoa do que, volvi-dos sete anos de um trabalhoconjunto, começa a ser identificávelcomo o estilo Sina Nossa. Que Ar-mindo descreve assim: “Penso quetemos o nosso “sound” que deriva damistura de instrumentos e de estilosmusicais”.

É um estilo que não dispensa sur-presas acústicas, como o coro mascu-lino, por exemplo, em “Há um sorrisona lua”, que nos remete, simultanea-mente, ás baladas românticas do Bra-sil dos anos 50 do século passado e àtradição de coros masculinos no Alen-tejo. Há também momentos diverti-dos, como a ladainha de nomesmasculinos entoada por uma moça ca-sadoira, mas muito indecisa, na can-ção “A quem dar o coração”.

De resto, todos os trabalhos deste

álbum são originais. Foram compos-tos e escritos por membros indivi-duais da banda, mas também emconjunto, havendo inclusive, diz Ar-mindo Ribeiro, uma canção na qualtodos colaboraram. Um processo quenão se advinha fácil, quando se ima-gina sete músicos a tentarem fazervaler a sua perspectiva individualnum trecho. Mas depois de tantosanos a funcionar sem problemas, su-perando dificuldades e persistindo naconcretização de um sonho que jálevou outros ao desespero, os SinaNossa tornaram-se uma espécie deempresa familiar. E são apoiados tam-bém pela família, conta Anabela Ri-beiro. Com dois filhos pequenos, emuitos espectáculos pelo país fora du-rante todo o ano: “... por sorte os meuspais vivem mesmo ao lado, de modoque tomam conta das crianças quando

é preciso”, diz. Porque também o ma-rido de Anabela, Jorge Rodrigues, évocalista e percussionista no con-junto, ao qual pertencem ainda o violaalemão, André Krengel, Ivo Guedes àguitarra portuguesa, o acordeonistaAdélio Lopes e o brasileiro André deCayres no contrabaixo.

Uma novidade do álbum “Alfor-ria” é que os Sina Nossa têm agorauma editora, a Peregrina Music, que,nas palavras de Armindo Ribeiro, “...nos deu a possibilidade de fazer umagravação num estúdio de qualidade, evai certamente ajudar-nos a ter maisvisibilidade”. Será mais um passo emdirecção à profissionalização, poisnem todos os músicos da banda seatreveram ainda a deixar as suas pro-fissões para se dedicarem exclusiva-mente às artes. O que, por outro lado,tem a vantagem de não sentirem qual-

quer pressão que os leve a comprome-ter a sua liberdade artística para pagara renda da casa, um dilema que já re-presentou o fim prematuro de muitascarreiras promissoras. E sem a liber-dade para fazer um processo lento deaprendizagem, diz Anabela Ribeiro,não há desenvolvimento: “Para inter-pretar esta música é preciso amadure-cer, ter alguma experiência de vida”.

Foi talvez a experiência num paíscomo a Alemanha, onde só o quepode ser devidamente etiquetado e en-gavetado existe ou é reconhecido, quelevou os Sina Nossa a promovercomo “fado” um trabalho que sómuito remotamente lembra este ramoespecífico da música popular portu-guesa. Seja. Chamem-lhe fado ououtra qualquer coisa qualquer, desdeque nos continuem a brindar pormuito tempo com boa música.

Os Sina Nossa lançam o segundo álbum, “Alforria“

Cristina Krippahl

A banda luso-alemã, Sina Nossa, dispensa a apresentação. Masjá não são músicos de referência apenas para a comunidade por-tuguesa na Alemanha. O número crescente de fãs alemães denorte a sul da República Federal e a multiplicação dos seus con-certos em todo o país é disso testemunha. Em Setembro, os SinaNossa lançaram o álbum “Alforria”.

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 20111414

Joaquim Peito

Histórias da História

Filho segundo da rainha D. Maria I ede seu marido e tio D. Pedro III, nas-ceu em Lisboa a 13 de Maio de 1767,onde também veio a faleceu a 10 deMarço de 1826. Casou a 8 de Maio de1785 com a princesa espanhola D.Carlota Joaquina de Bourbon de 10anos de idade. Esta princesa semgrande educação intelectual, era filhade Carlos IV e da rainha D. MariaLuísa Teresa de Parma. Deste casa-mento podemos bem dizer que “DaEspanha nem bom casamento, nembom casamento“ o que se veio maistarde, completamente, a comprovar.Mas a história, para mais tarde.

D. João VI, o vigésimo sétimo reide Portugal da quarta e última dinastia(Bragança), não fora educado paragovernar e não gostava de governar.Ele estava mais habituado a entregar-se à caça e a percorrer os conventos,muito despreocupado dos negóciospúblicos, que se lhe tornavam indife-rentes, e bem longe de pensar queseria cedo, em 1788, nomeado re-gente do reino, por ter falecido o seuirmão primogénito, o príncipe D.José, e mais tarde em 1816 aclamadocom o título de rei do Reino Unido dePortugal, Brasil e Algarve.

A partir de 1792, assegurou a di-reção dos negócios públicos, devido àdoença mental da mãe, quando os mé-dicos da corte declararam que a suamãe, D. Maria, tinha elouquecido. Oseu reinado decorreu numa épocamuito conturbada da história de Por-tugal, onde o país se encontrava numasituação deplorável e de profundasmutações à escala mundial e à escalanacional: Pintava-se a miséria dopovo e a ruína do tesouro, a Revolu-ção Francesa e a consequente guerraeuropeia, Bloqueio Continental, cam-panha do Rossilhão, guerra com aEspanha e a perda de Olivença, inva-sões francesas, pilhagem dos ingleses,fuga da corte para o Brasil em 1808,para se proteger das invasões france-sas, levando consigo riquezas incal-culáveis, onde permaneceu durante 12anos, revolução liberal em 1820 como objetivo inicial de expulsar os ofi-ciais ingleses que comandavam oexército português, e proclamar umaconstituição em harmonia com osideais correntes na Europa e a inde-pendência do Brasil. Foi a derrocadade um mundo e o nascimento deoutro, mudança que D. João VI nãoquis ou não soube compreender.

Fugindo para o Brasil perante ainvasão de Junot, e evitando assim

uma abdicação forçada por Napoleão,o monarca terá querido manter a co-lónia brasileira em poder de Portugal.Isto significou, no entanto, a depen-dência em relação à Inglaterra, com aimposição da abertura dos portos bra-sileiros ao comércio internacional ecom o tratado anglo-luso de 1810,desastroso para a economia metropo-litana. Para além da instabilidade queprovocou a ausência da Corte, verifi-

cou-se ainda a saída para o Brasil demuitas riquezas. Além disto, grandesproprietários nobres e figuras do altoclero que acompanharam a famíliareal, passaram a ter os seus rendimen-tos enviados para o Brasil, empobre-cendo ainda mais Portugal e o seupovo. Além disso, a presença da corteno Brasil impulsionou a independên-cia deste país, o que se veio a verificarmais tarde, em 1822. Devido ao tri-unfo da revolução liberal de 1820, orei é forçado a regressar a Portugal.Deixou no Brasil como seu lugar-te-nente o seu filho primogénito, o prín-cipe D. Pedro, dispondo-se a governarcomo rei constitucional e embarcoucom o resto da família real para aEuropa, onde chegou a Lisboa a 3 deJulho de 1821.

Aos portugueses residentes na-quela colónia e já com foros de reino,bem como aos próprios naturais, nãoagradou a retirada da Corte, que alipermanecera durante doze anos. Des-

contentes por isso, proclamaram, emSetembro de 1822, a independênciado Brasil, de acordo com o próprio re-gente D. Pedro, que depois se fezaclamar seu imperador. Desde então,deixou aquela colónia de pertencer aPortugal, o que só foi reconhecido,com grande mágoa, em 15 de Novem-bro de 1825, por D. João VI.

Em 1822, jura a constituição, quevigoraria apenas durante alguns

meses porque ele próprio veio aanulá-la. Esta forma de governo (reiconstitucional) prevaleceu até ao anode 1823, em que se formou uma in-surreição, tendo à frente o infante D.Miguel, filho predileto da rainha. Estacontra-revolução ficou conhecidapelo nome Vila-Francada em 1823 ea Abrilada em 1824, movimentos ab-solutistas encabeçados por D. Miguelque tinham como objetivo travar aexpansão da ideologia liberal, e lutarpor uma política com ideais absolutis-tas.

Este ato de revolta de D. Miguel,filho segundo de D. João VI, auxi-liado por sua mãe, a rainha D. CarlotaJoaquina e o problema da independê-nia do Brasil, afetaram muito a saúdee o bem-estar do rei.

Mas mais tarde, vencido, D. Mi-guel acabou por ser obrigado ao exí-lio, onde partiu em 1834 com destinoa Viena. D. João VI consagra os últi-mos anos do seu reinado a tentar re-

solver o problema brasileiro e, por al-tura da sua morte, em 1826, sonhavaainda com a reunião dos dois paísesna pessoa de um só soberano, sem seaperceber que o Brasil teria de seguiro seu destino americano e Portugal oseu destino europeu.

VÍTIMA DE ADÚLTERO

Mas o maior drama da sua vidaterá sido o casamento com a espan-hola D. Carlota Joaquina, que se re-velou adúltera tal como a mãe, MariaLuísa de Parma, que traía o marido, oRei Carlos IV de Espanha, com o pri-meiro-ministro, Manuel Godoy. Assuas qualidades morais não merecemigual apreço. Era dotada de grandeambição e violenta, foi um joguete naagitada política da época, tendoapoiado (e tido) aventuras e conspira-ções. Pretendeu logo de início domi-nar a vontade de seu marido, edirigi-los nos negócios internos e nosdo Estado. Para além do seu procedi-mento escandaloso, não se cansava delevantar obstáculos de todo o géneroem Portugal. Incentivou várias con-spirações para substituir o marido equando a corte portuguesa esteve exi-lada no Brasil, procurou formar umreino para si com uma parte das coló-nias espanholas. A rainha D. Carlotacomeçou a olhá-lo com desprezo edesdém, convertendo o lar domésticoem continua luta, cujos menores inci-dentes eram discutidos e comentadosnas praças públicas. Do seu matrimó-nio, nasceram nove filhos.

Mas D. João VI não foi apenas ví-tima de adúltero. Terá tido umaamante e …um amante. D. Eugéniade Meneses terá engravidado do Reie, para dissimular o escândalo, fugiucom o médico do paço. A amante e afilha do Rei foram acolhidos numconvento em Espanha. E quanto aoamante, de seu nome Francisco Lo-bato era o guarda-roupa e tesoureirodo bolsinho de D. João VI, que o tra-tava como “meu Francisco” e “meuamor”. Diz-se que um frade viu-o amasturbar o monarca.

Raul Brandão conta no livro El—Rei Junot, citado por Sara MarquesPereira na biografia D. Carlota Joa-quina – Rainha de Portugal, uma his-tória que demonstra a que ponto ocasal real se incompatibilizou: “Opríncipe regente (D. João VI) bota acabeça de fora e, ao avistar a carrua-gem de Carlota Joaquina, berra numdesespero: – Parem! Parem! Voltempara trás que aí vem a p...!”

Também Jorge Pedreira e Fer-nando Dores Costa, autores de D.João VI, reproduzem o parágrafo as-sassino de Raul Brandão sobre as dú-vidas em relação à paternidade de

cinco ou seis dos nove filhos atribuí-dos ao Monarca: “Parece que D.Pedro, D. Isabel Maria eram indubi-tavelmente seus. D. Ana é talvez oprimeiro fruto de João dos Santos(jardineiro da Quinta do Ramalhão).D. Maria Francisca é filha de Luiz daMotta Feo; D. Miguel do Marquês deMarialva; D. Maria da Assunção deJoão dos Santos; e dos outros nem se-quer se conhece o pai.” Outros auto-res, como o antimiguelista BarretoFeio, escreveram mesmo que o futuroRei D. Miguel é que era filho do jar-dineiro.

Descrita como uma mulher horrí-vel, coxa, baixa, de nariz vermelho,cheia de cáries e borbulhas, a rainhaé assim ridicularizada por Alberto Pi-mentel no livro “A Última Corte doAbsolutismo em Portugal”, citado porSara Marques Pereira: sendo ela “feiae muito antipática, teria enfastiadomortalmente um amante único, masvariando incessantemente, não davatempo a ninguém para se arrepender...nem a ela mesma”.

Nem politicamente a rainha foifiel ao marido. A partir de 1805, en-volveu-se em todas as conspiraçõesque pôde para o afastar, ambicio-nando ser nomeada regente. D. JoãoVI. Deixou de confiar na mulher epassaram a viver em palácios separa-dos.

Antes de falecer , nomeou umajunta de regência, a qual seria presi-dida por sua filha, a infanta D. IsabelMaria “enquanto o legítimo herdeiroe successor desta Coroa não der assuas providências a este respeito”. D.João VI animou as letras, as artes, ocomércio e a agricultura. Fundou al-guns estabelecimentos, em que seconsta o “Instituto dos surdos-mudose cegos”. Faleceu em Março de 1826após adoecer por alguns dias, e cujacausa mortis suspeitava-se ter sidopor envenenamento. Recentementeuma equipa de pesquisadores exumouo pote de cerâmica chinesa que con-tinha as suas vísceras e que encon-trava-se enterrado sob as lages dacapela dos Meninos da Palhavã nomosteiro de São Vicente de Fora, pe-daços do seu coração foram reidrata-dos e submetidos a análises, o queveio a comprovar a suspeita de enve-nenamento por arsénico. Contam aslendas que o rei fora envenenado comlaranjas colhidas no palácio deBelém, a mando da rainha CarlotaJoaquina, o que não se pode provar,mas sabe-se que de facto o rei comeuas laranjas, pois isso consta dos rela-tórios médicos da época, e só depoisdas tais laranjas é que D. João adoe-ceu.

Foi sepultado no Panteão dosBraganças, onde viria também repou-sar a sua polémica esposa a seu lado

D. João VI, o Clemente ou o Traído?

D. João VI e Carlota Joaquina

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Page 15: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 15Geschichten aus der Geschichte

Joaquim Peito

Als zweiter Sohn der Königin DonaMaria I. und ihres Gemahls und On-kels D. Pedro III. wurde Dom Joãoam 13. Mai 1767 in Lissabon gebo-ren, dort starb er auch am 10. März1826. Am 8. Mai 1785 heiratete er diespanische Prinzessin D. Carlota Joa-quina de Bourbon, die erst 10 Jahrealt war. Sie war Tochter König KarlsIV. und der Königin D. Maria LuísaTeresa de Parma und hatte keinehochgeistige Erziehung genossen.Von dieser Heirat kann man wohlsagen, dass „Aus Spanien weder guterWind noch gute Heirat“ komme, wassich später in vollem Umfang be-wahrheitete. Aber lassen wir dieseGeschichte für später.

D. João VI., der siebenundzwan-zigste König von Portugal aus dervierten und letzten Dynastie (Bra-gança), war nicht zum Regieren erzo-gen worden und er regierte nicht gern.Er war eher daran gewöhnt, auf dieJagd zu gehen und Klöster zu durch-stöbern, ganz unbelastet von Staats-geschäften, die ihm allmählichgleichgültig wurden. Er dachte nichtim Leisesten daran, dass er bereitsfrüh, da sein Bruder, Kronprinz D.José, verstorben war, 1788 zum Re-genten des Reiches ernannt, und spä-ter, 1816, zum König ausgerufenwerden sollte, mit dem Titel eines Kö-nigs des Vereinigten Königreichesvon Portugal, Brasilien und der Al-garve.

Da seine Mutter geisteskrankwurde, hielt er, als die Ärzte erklärten,seine Mutter, D. Maria, sei wahnsin-nig geworden, von 1792 an die Zügelder Staatsgeschäfte in der Hand.Seine Herrschaft spielte sich in einersehr aufgewühlten Zeit der Ge-schichte Portugals ab, denn das Landbefand sich durch die tiefgreifendenVeränderungen in der Welt und im ei-genen Lande in einer beklagenswer-ten Lage. Das Elend des Volkes undeine bankrotte Staatskasse zeichnetensich ab, die Französische Revolutionund der nachfolgende Krieg inEuropa, die Kontinentalsperre, derFeldzug von Roussillon, Krieg mitSpanien und der Verlust von Oli-vença, Einfälle der Franzosen, Plün-derung durch die Engländer, 1808 fohder Hofstaat nach Brasilien für 12lange Jahre, um sich vor den Überfäl-len der Franzosen zu schützen, die un-schätzbare Reichtümer mitgehenließen; inzwischen fand in Portugal1820 die Liberale Revolution statt,zunächst mit dem Ziel, die englischenOffiziere zu vertreiben, die das portu-giesische Heer befehligten, dann je-doch eine Verfassung nach dengängigen Idealen in Europa ausriefund schließlich kam noch die Unab-hängigkeit Brasiliens. Es war der Zu-sammenbruch einer Welt und dieGeburt einer neuen, Veränderungen,die D. João VI. nicht verstehen wollteoder konnte.

Als er vor der Invasion Junotsnach Brasilien floh, um damit einererzwungenen Abdankung durch Na-

poleon zu entgehen, wollteder Monarch wohl die bra-silianische Kolonie fürPortugal erhalten. Das je-doch bedeutete die Abhän-gigkeit von England mitder Auflage, die brasiliani-schen Häfen für den inter-nationalen Handel zuöffnen und die Unterschriftunter den englisch-portu-giesischen Staatsvertragvon 1810, der für die Wirt-schaft des Mutterlandesverheerend war. Einmal ab-gesehen von der Verunsi-cherung, die dieAbwesenheit des Hofes mitsich brachte, flossen auchgroße Reichtümer nachBrasilien ab. Zudem wur-den die Renditen der adli-gen Großgrundbesitzer unddes hohen Klerus, die diekönigliche Familie beglei-tet hatten, nach Brasilienübersandt, wodurch Portu-gal und sein Volk nochmehr verarmten. Außerdem gab dieAnwesenheit des Hofes in Brasiliender Unabhängigkeit dieses Landesneuen Auftrieb, die wenig später 1822auch verwirklicht wurde. Als 1820 inPortugal die Liberale Revolution tri-umphierte, war der König gezwungendorthin zurückzukehren. Er hinterließin Brasilien Kronprinz D. Pedro alsseinen Statthalter, erklärte sich bereit,als König einer konstitutionellen Mo-narchie zu regieren und schiffte sichmit der übrigen königlichen Familienach Europa ein, wo er am 3. Juli1821 in Lissabon landete.

Den nunmehr in Brasilien ansäs-sigen Portugiesen, die dort bereits kö-nigliche Privilegien genossen, aberauch den Einwohnern selbst, behagteder Rückzug des Hofes nach zwölfJahren gar nicht. Sie waren unzufrie-den und proklamierten im September1822 die Unabhängigkeit Brasiliensim Einvernehmen mit dem RegentenD. Pedro selbst, der sich anschließendzum Kaiser ausrufen ließ. Seit diesemZeitpunkt gehörte jene Kolonie nichtmehr zu Portugal, was D. João VI. ingroßer Bitterkeit erst am 15. Novem-ber 1825 anerkannte.

1822 schwor der König auf dieVerfassung, die jedoch nur einige Mo-nate in Kraft bleiben sollte, da er sieselbst annullierte. Diese Regierungs-form (die konstitutionelle Monarchie)galt bis zum Jahr 1823, als sich einAufstand formierte, der vom InfantenD. Miguel, dem Lieblingssohn derKönigin, befehligt wurde. Die Gegen-revolution ist unter dem Namen„Vila-Francada“ (Aufstand von VilaFranca) von 1823 und „Abrilada“(Aprilaufstand) von 1824 bekannt,beides von D. Miguel angeführte ab-solutistische Bewegungen, deren Zieles war, die Ausbreitung liberaler Ideo-logie zu bremsen und für eine Politikabsolutistischer Ideale zu kämpfen.

Die Revolte, die D. Miguel, derzweite Sohn D. Joãos VI. unter Mit-hilfe seiner Mutter, der Königin D.

Carlota Joaquina, anzettelte, und dasProblem der Unabhängigkeit Brasi-liens belasteten die Gesundheit unddas Wohlbefinden des Königs sehr.

Später, als D. Miguel besiegt war,wurde er ins Exil geschickt und brach1834 nach Wien auf. D. João VI. wid-mete die letzten Jahre seiner Herr-schaft der Lösung des ProblemsBrasilien und träumte noch kurz vorseinem Tode 1826 von einer Wieder-vereinigung der beiden Länder in derPersohn eines Herrschers; er verstandnicht, dass Brasilien seiner Bestim-mung in Amerika folgen musste undPortugal der seinen in Europa.

OPFER VON EHEBRUCH

Indessen war wohl das größteDrama seines Lebens die Heirat mitder Spanierin D. Carlota Joaquina, diesich als Ehebrecherin erwies, wie ihreMutter Maria Luísa de Parma, die denGatten, König Karl IV. von Spanien,mit dem Premierminister ManuelGodoy betrog. Ihre moralischen Ei-genschaften verdienen keinerlei Wür-digung. Sie war sehr ehrgeizig undheftig, ein Spielball der aufgeregtenPolitik ihrer Zeit, unterstützte (undhatte) Abenteuer und Verschwörun-gen. Von Anfang an wollte sie denWillen ihres Gatten beherrschen undihn bei internen und öffentlichen An-gelegenheiten dirigieren. Abgesehenvon ihrem skandalösen Verhaltenwurde sie nicht müde, in Portugal allemöglichen Hindernisse aufzubauen.Sie zettelte verschiedene Verschwö-rungen an, um ihren Gemahl zu erset-zen und als der portugiesische Hof inBrasilien im Exil lebte, versuchte sie,mit einem Teil der spanischen Kolo-nien ein Königreich für sich selbst zubilden. Königin D. Carlota begann,geringschätzig und verächtlich aufihren Gemahl zu blicken und verwan-delte ihr Heim in einen ständigenKampf, bei dem geringste Vorfälle aufoffener Straße diskutiert und kom-

mentiert wurden. Ausdieser Ehe wurdenneun Kinder geboren.

Aber D. João VI.war nicht nur dasOpfer von Ehebruch.Er hatte wohl eine Ge-liebte und ... einen Ge-liebten. D. Eugénia deMeneses soll vomKönig schwanger ge-worden sein und, umden Skandal zu vertu-schen, floh sie mitdem Hofarzt. Die Ge-liebte und die Tochterdes Königs wurden ineinem Kloster in Spa-nien aufgenommen.Was den Geliebten mitNamen Francisco Lo-bato angeht, war erGarderobier undSchatzmeister der Pri-vatschatulle von D.João VI., der ihn„mein Francisco“ und„mein Liebling“

nannte. Ein Ordensbruder, sagt man,habe ihn den König befriedigensehen.

Raul Brandão erzählt im Buch„El-Rei Junot“, das von Sara MarquesPereira in der Biographie “D. CarlotaJoaquina – Königin von Portugal“ zi-tiert wird, eine Geschichte, die zeigt,bis zu welchem Punkt das königlichePaar sich entzweit hatte: “Der Prinz-regent (D. João VI.) streckt den Kopfheraus und als er die Kutsche vonCarlota Joaquina sieht, schreit er ent-setzt: - Anhalten! Anhalten! Zurück,dort kommt die H…!“

Auch Jorge Pedreira und Fer-nando Dores Costa, Chronisten D.Joãos VI., geben den verheerendenAbsatz von Raul Brandão über dieZweifel an der Vaterschaft von fünfoder sechs der neun Kinder, die demMonarchen zugeschrieben werden,wider: “Es scheint, dass D. Pedro undD. Isabel Maria unzweifelhaft seineKinder waren. D. Ana ist vielleichtdie erste Frucht von João dos Santos(dem Gärtner auf Gut Ramalhão). D.Maria Francisca ist Tochter von Luizda Motta Feo; D. Miguel Sohn desMarquês de Marialva; D. Maria daAssunção Tochter von João dos San-tos; und von den anderen ist der Vaternicht einmal bekannt.” Andere Ge-schichtsschreiber, wie der Antimigue-list Barreto Feio, schrieben sogar, derkünftige König D. Miguel sei derSohn des Gärtners.

D. Carlota wird als schrecklicheFrau beschrieben, hinkend, klein, mitroter Nase, voller Karies und Pusteln,so wird die Königin von Alberto Pi-mentel in seinem Buch “A ÚltimaCorte do Absolutismo em Portugal“(Der letzte Hof des Absolutismus inPortugal) lächerlich gemacht, wieSara Marques Pereira zitiert: sie war“hässlich und sehr unsympatisch, siehätte einen einzigen Lover tödlich ge-langweilt, aber, da sie ständig wech-selte, hatte keiner Zeit, etwas zubereuen …, nicht einmal sie selbst“.

Noch nicht einmal politisch wardie Königin ihrem Gemahl treu. Von1805 an beteiligte sie sich an allenmöglichen Verschwörungen, um ihnzu entfernen, denn sie war ehrgeizigund wollte selbst zur Regentin er-nannt werden. D. João VI. vertrauteseiner Frau nicht mehr und sie lebtenfortan in verschiedenen Palästen.

Bevor er starb, ernannte er für dieRegentschaft eine Junta, deren Vorsitzseine Tochter, die Infantin D. IsabelMaria führen sollte „solange der legi-time Erbe und Nachfolger dieserKrone dazu nicht seine eigenen An-ordnungen trifft“. D. João VI. fördertedie Literatur, die schönen Künste, denHandel und die Landwirtschaft. Ergründete einige Einrichtungen, darun-ter das „Institut für Taubstumme undBlinde“. Nachdem er einige Tagezuvor krank geworden war, starb erim März 1826 mit Verdacht auf Gift-mord als Todesursache. Vor kurzemhat ein Forscherteam einen chinesi-schen Keramiktopf exhumiert, derseine Eingeweide enthielt und unterden Fliesen der Kapelle der „Meninosda Palhavã“ (Kinder von Palhavã) imKloster São Vicente de Fora vergra-ben war; Teile seines Herzens wurdenrehydriert und die Analysen bestätig-ten den Verdacht auf Arsenvergiftung.Legenden erzählen, der König sei mitOrangen aus dem Palast von Belémvergiftet worden, die auf Geheiß derKönigin Carlota Joaquina gepflücktworden waren, was man nicht bewei-sen kann; aber man weiß in der Tat,dass der König Orangen gegessen hat,denn das geht aus den ärztlichen Be-richten jener Zeit hervor und erst nachdem Genuss dieser Orangen erkrankteD. João.

Er liegt im Pantheon derer vonBragança begraben, wo schließlichauch seine streitsüchtige Frau an sei-ner Seite begraben wurde.

(Übersetzung aus dem Portugiesis-chen von Barbara Böer Alves)

Dom João VI., der Gütige oder der Hintergangene?

Page 16: Portugal Post Outubro 2011

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Page 17: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 17

3José Gomes Rodrigues

Exmos senhoresO ano passado a minha esposa tinhatido em casa, um problema de saúdee eu, sem mais, chamei a ambulânciapara, sendo o caso, a transportarpara o hospital. Afinal tinha sidosimplesmente uma desagradável emá disposição no estômago. Alguns minutos depois melhorouconsideravelmente. Entretanto a am-bulância chegou e a minha esposanegou-se a ser transportada para ohospital, pois já não haveria razõespara isso. Passados alguns meses,recebemos da câmara municipal dacidade onde vivemos, uma faturapara pagar a ambulância. Ficamosestupefatos. Tentamos, em vão, falarcom a funcionária responsável peloassunto. O remédio foi pagar. Teriasido justo?, Afinal as ambulânciasnão estão sempre disponíveis para otransporte de doentes? O serviço quefazem não é gratuito?Desculpe este pedido de informação.Agradecia que a incluíssem nonosso Portugal Post.leitor devidamente identificado

Caro leitor, esperamos que esta indis-posição não tenha deixado marcas nasaúde da sua estimada esposa. É comprazer que procuramos elucida-losobre o assunto. Não necessita, deforma alguma, pedir desculpa. Nós éque agradecemos a confiança que de-posita nos nossos serviços de infor-mação social.Qualquer pessoa nas suas circuns-

tancias faria o mesmo que o compa-triota fez. Mas o transporte dumdoente através dos serviços de ambu-lâncias não é gratuito. Poderão sê-lopara o utente, desde que preencha al-gumas condições exigidas para oefeito, ou seja, que esteja seguradonuma caixa de doenças e que o trans-porte tenha sido justificado pelo hos-pital, através do médico que recebeo doente. Tudo leva a crer, pela descrição

feita, que, no seu caso concreto, ne-nhuma destas condições forampreenchidas. Deste modo, não have-ria razoes plausíveis para o trans-porte da doente, que nem sequer seefetuou. Claro que o transporte não étotalmente gratuito, pois quem as-sume esta despesa, estando preenchi-das as aludidas condições, é a caixade doenças, por isso é necessáriosempre dar o nome da caixa a que sepertence. Como o pagamento não foiassumido pela caixa pela razão jáaludida, esta enviou a fatura para acâmara da sua residência, com o in-tuito de resolverem eles o problema,já que a transportadora teria ficadosem o dinheiro que lhe competia.Fica como exemplo e elucidaçãopara os nossos amigos leitores eaceite da nossa parte uma saudaçãoamiga e os desejos de saúde para si esua esposa. Um abraço.

RONDA PELOS TRIBUNAISDE TRABALHO

DESCRIMINAÇÃO POR IDADEPELA IDADE DA REFORMA?

Desde 18 de Agosto de 2006 existeuma lei que proíbe qualquer discri-minação, seja pela proveniência, poridade, pelo trabalho, religião, entreoutras. É a lei anti-discriminatória.Houve um trabalhador que não es-tando de acordo em ir para a reforma,quando alcançou a idade legal má-xima para tal, apelou aos tribunaisaludindo que tal atitude da legislaçãosocial, era contrária à igualdade detratamento por idade e, em conse-quência discriminatória. dos traba-lhadores por causa da idade. Otribunal europeu decidiu, numa reso-lução sobre o assunto, que a finaliza-ção automática da vida laboral, coma entrada na idade da reforma não éde forma alguma discriminatória.Ao contrário, este regulamento legalé de acordo com as normas, já quepersegue um legitimo interesse na-cional no que se refere ao desenvol-vimento do mercado de trabalho,desenvolvimento financeiro, demo-gráfico e à política sócio-laboral.Para alcançar esses objetivos supe-riores, o governo pode tomar medi-das apropriadas de forma a cumpriros objetivos traçados pelo governono poder. É o interesse nacional queesta em causa, e não pode, de formaalguma, subjugar-se aos interessesindividuais.Decisão do EuGH de 12.10.2010 Nr. do Processo: C-45/09 - DB 2010,2339

MANIPULAÇÃO DO HORÁRIOREGULAR DE TRABALHO

Quem procura, a seu favor, aumentaro seu horário de trabalho, manipu-lando o relógio ou deixando quealgum colega o faça por si, poderáser despedido sem prazo. É o cha-mado despedimento compulsivo.Este ato é considerado uma quebragrave da confiança para com a em-presa da parte do trabalhador. Seriaum despedimento por justa causa.Esta situação poderá também acorrera um colega que tenha incitado outroà manipulação ou que o tenha feito apedido de outro.Se este comportamento tiver causadosimplesmente o adiantamento de al-

guns escassos minutos e, em conse-quência, não pode ser consideradocomo uma fraude continuada, entãonão se justifica este tipo de castigo.Seria demasiado dura esta decisão dopatrão. Neste caso justifica-se, sim-plesmente, uma carta de admoesta-ção ou de aviso prévio. Não é válido,e é alheio ao direito de trabalho umdespedimento compulsivo, somentecom o intuito de intimidar os cole-gas, como lição para os demais.Decisão do LAG Schleswig-Holsteinde 29.03.2011Nr. do Processo: 2 Sa 533/10 BB2011, 1588

RESCISÃO DO CONTRATO DETRABALHO RECEBIDO PELOOUTRO CÔNJUGE

Segundo uma decisão do TribunalFederal de Trabalho, o despedimentocompulsivo, ou seja imediato, é vá-lido mesmo que seja o cônjuge dodespedido em questão a receber acarta de despedimento, mesmo queeste não se encontre em casa.Neste caso trata-se duma trabalha-dora que, após um conflito interno naempresa, se retirou do lugar de traba-lho, sem a devida autorização. A em-presa rescindiu pela forma escrita ede imediato o contrato de trabalhoatravés do despedimento, entregandoa carta ao seu marido, com o intuitode este, por sua vez, o fazer chegaràs mãos da esposa e quanto antes.Esse mesmo tribunal considerou quea entrega da carta deste modo temtoda a validade, já que se partiu doprincipio que o marido se encontrariacom a esposa nesse mesmo dia comoera sempre habitual.Decisão do BAG de 09.06.2011Nr. do Processo: 6 AZR 687/09,PERSONAL 2011, Nr 7/8, 68

DESPEDIMENTO POR ENCERRAMENTO DA FIRMA

Uma funcionária trabalhava já há al-guns anos num hotel. Este funcio-nava num complexo alugado para oefeito. Em Novembro de 2009 a em-presa de hotelaria decide fechar ohotel a 31 de Dezembro de 2011 erescindindo, em consequência, ocontrato de arrendamento do com-plexo para 31.12.2011. Por esta razãodespede, sem mais, o pessoal paraesse mesmo dia ou seja para31.12.2011 A funcionária em ques-tão interpõe uma ação no competentetribunal de trabalho contra esta ati-tude da empresa hoteleira, reque-rendo a anulação deste ato.O tribunal de trabalho comunal deu

razão à requerente invalidando con-sequentemente esta decisão. A acu-sada, não satisfeita com a decisão,recorreu para o tribunal superior.Mas também esta instância deu razãoà decisão anterior.

O PORQUE DESTA DECISÃO?

Como se pode compreender esta de-cisão? O despedimento emanado éum despedimento que na linguagemjurídica se chama por interesses daempresa pelo seu encerramento.Contudo nestes casos, para que umtrabalhador, ou trabalhadores sejadespedido, tem de haver quase a se-gurança absoluta de que o hotel nãopossa ser trespassado para o mesmoramo, ao ser adquirido por um outroinvestidor e que os préstimos dosfuncionários não possam continuarcom o novo patrão.Um despedimento nos termos apon-tados não pode ser justificado, se nãohouver da parte da direção atual dohotel, nessa altura um esforço de sal-vaguardar os lugares de trabalho sal-vaguardando a atividade e, se nãohouver também um empenho paraque esse hotel, ou parte dele, conti-nue a funcionar normalmente.Neste caso, tudo levava a entenderque este e empenho necessário e con-sequente não teria sido realizado de-vidamente.Pode muito bem acontecer que, apósterminar o contrato com o senhoriodo prédio onde se localiza o com-plexo hoteleiro, haja alguém quequeira continuar com este tipo de ati-vidades, podendo os funcionárioscontinuarem a dar os seus préstimospara a nova empresa mesmo após o31.12 2011.Decisão do LAG de Schleswig-Hols-tein de 30.11.2010 Nr. do Processo: 5 Sa 251/10 LAG

SUBSIDIO DE NATAL E DESPEDIMENTO

Dois contraentes, o trabalhador des-pedido e o patrão, tiveram de apre-sentar-se no tribunal de trabalho paraque se decidisse sobre a atribuição dosubsidio de Natal a uma trabalhadoraque estava na situação de despedida,na altura do pagamento desta gratifi-cação. No contrato de trabalho com a em-presa existe uma clausula que reza oseguinte: “Os funcionários receberãocom o mês de Novembro uma grati-ficação de Natal, correspondente a1.900 €. Este subsidio não será pago,se na altura de pagamento o funcio-

nário se encontrar na situação de des-pedido.” Obedecendo a esta cláusula, foi ne-gada esta gratificação ao empregadoem questão. O pagamento deveria serrealizado em Dezembro 2009 para omês anterior de Novembro. Já que odespedimento foi datado a 23 de No-vembro, na altura do pagamento já seencontrava na situação de despedido.A operária em questão não esteve deacordo com a decisão da empresa eera da opinião que essa clausula nãoteria efeito no seu caso concreto eque o patrão não deveria fundamen-tar a sua decisão usando os termosdessa clausula interna. Por esta razãointerpôs a ação junto do tribunal exi-gindo esse pagamento.

EM QUE TERMOS BASEOU-SEO TRIBUNAL?

O tribunal de Bochum, competentepara a residência da operária emquestão, aceitou o requerimento oseu requerimento, dando razão à re-querente operária, obrigando, destemodo o patrão ao pagamento da gra-tificação. Contudo, a empresa, por sua vez, nãoaceitou a decisão dos juízes e inter-pôs também ela uma ação com o ob-jetivo de invalidar esta decisão nainstancia superior em Hamm. Estetribunal deu, por sua vez, e igual-mente razão à operária, obrigando,mais uma vez, a empresa ao paga-mento da gratificação. Alegou, comorazão, que, neste caso, o empregado,com o despedimento estaria numa si-tuação mais frágil e considerandoentão igualmente a clausula semefeito.Além disso, dever-se-ia ter tambémem consideração, se o despedimentoterá sido provocado pelo trabalhadorou ter sido executado com o inte-resse da empresa. Fazer este paga-mento somente a quem se encontrarnuma relação de trabalho firme sópoderia ser considerada válida se aaludida clausula diferenciasse, entreum despedimento para salvaguardaros interesses da empresa ou tenhasido formulado por responsabilidadedo trabalhador em questão.O patrão, ainda não satisfeito com adecisão destas duas instâncias, reque-reu a revisão na instancia máxima, otribunal nacional, o que significa queainda não se encontrou uma decisãodefinitiva. A trabalhadora, apesar deter vencido a questão nas duas pri-meiras instâncias ainda está sem oseu dinheiro sendo obrigada a espe-rar mais alguma tempo por umaoutra decisão. Esperamos e fazemosvotos para que a revisão alicerceainda mais as primeiras duas deci-sões.Decisão do LAG Hamm, de16.09.2010Nr. do Processo: 15 Sa 812/10

› Quem assume o transporte de doentes?› Ronda pelos tribunais de trabalho

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Page 18: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 201118Agenda

Tome NotaAs informações sobre os eventos a divulgar deverão

dar entrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289

Fax :0231-8390351 Email: [email protected]

IMPORTANTEÀs associações, clubes, bandas , etc..

Citações do mês"Arrependo-me muitas vezes de ter falado, nunca de me ter calado."Siro , Públio

"O sucesso torna as pessoas modestas, amigáveis e tolerantes; é o fracasso que as faz ásperase ruins."Maugham , William

Embaixada de PortugalZimmerstr.56 10117 Berlin

Tel: 030 - 590063500Telefone de emergência (fora do horário normal

de expediente): 0171 - 9952844

Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo

Buschstr 7 20354 - Hamburgo

Tel: 040/3553484

Vice-Consulado de Portugal em Osnabruck

Schloßwall 2 49080 Osnabruck

Tel:0541/40 80 80

Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf

Friedrichstr, 20 40217 -Dusseldorf

Tel: 0211/13878-12;13

Vice-Consuladode Portugal em Frankfurt

Zeppelinalle 15 60325- Frankfurt

Tel: 069/979880-44;45

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Tel. 0711/2273974

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Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47

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Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 [email protected]

José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049

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Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]

Fernando GenroTelefone: 0151- 15775156

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AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim

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22.10.2010 – KARLSRUHE– Concerto do grupo de fadosSina Nossa. Local: Karlsruhe,Kulturzentrum Tempel. Início:20h00

29.10.2011 - HAMBURGO -Missão Católica Portuguesa deHamburgoFesta das Vindimas comBANDA LUSITANA a partirdas 20h00 Local: Danziger Str. 62, 20099HamburgoPara mais informações:www.bandalusitana.de

DÜSSELDORFO Consulado-Geral de Portu-gal em Düsseldorf informaque, para questões relaciona-das com o ensino de Portu-guês, poderá ser contactada adocente de apoio pedagógico,professora Joana Andrade.Horário de atendimento ao pú-blico:4ª-feira das 10H00 às 12H30 edas 14H00 às 15H30.Para marcações prévias, porfavor contactar o Consulado(Ana Maria Schmitt – 0211-138783

Page 19: Portugal Post Outubro 2011

Lídia Jorge O vale da paixãoPreço: € 10,00liegt auch in deutscher Übersetzung von Karin von Schweder-Schrei-ner vor ("Die Decke des Soldaten")Senão tivesse sido eu, Maria Ema estaria ao lado de Walter, os filhosde Custódio Dias seriam duma outra mulher e os meus irmãos se-riam filhos de Maria Ema Baptista e de Walter Glória Dias. Talvezsó eles existissem, não eu. Eu era a filha de acaso, de um ímpeto,dum desencontro de viagem, duma bruteza da juventude, da exu-berância do corpo. Não, eu não existiria, só existiriam os meus três

irmãos, filhos deles, do juízo deles e do amor deles

Almeida FariaA PaixãoPreço: € 10,00“O seu segundo romance, A Pai-xão, possui as mesmas qualida-des literalmente espantosas deRumor Branco, sendo aomesmo tempo mais despojadoe mais apaixonado; desta vez aseveridade é implacável, e acomposição aposta numa disci-plina exemplar.”Books Abroad, EUA

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CONTA-ME COMO FOI. A fic-ção acompanha o quoti-diano de uma famíliaportuguesa de classemédia, os Lopes, que habi-tam um andar de um bairrosocial na Lisboa do finaldos anos 60. Vivem comoa maioria da sociedadeportuguesa com limitaçõesfinanceiras, que aindaassim permitem a aventura

de comprar uma televisão. Um ”novo elemento dafamília” que vai ocupar lugar de destaque na casados Lopes. É a voz adulta de Carlos, o filho maisnovo, com 8 anos em 1968, que narra a história.

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abandonados nas ruas de São Salvador da Bahia, conhecidos por Capitães daAreia.

Barry Hatton vive em Portugal háquase 25 anos. Correspondente da As-sociated Press em Portugal, o jorna-lista britânico revela no livro OsPortugueses aquilo que somos en-quanto país e enquanto povo. Pelomenos aos olhos dos estrangeiros.No livro "Os Portugueses", Hatton re-lembra os principais momentos histó-ricos que marcaram a nação, desde operíodo áureo dos Descobrimentosaos anos governados por Oliveira Sa-lazar, sem esquecer a pela peculiar re-lação com Espanha, e termina comuma análise sobre a modernidade.«A minha intenção é lançar algumas

luzes sobre este enigmático canto da Europa, descrever as idiossincrasias que tor-nam único este adorável e, por vezes, exasperante país e procurar explicações,fazendo o levantamento do caminho histórico que levou os portugueses até ondeestão hoje.», avança o autor na nota prévia da obra.Paralelamente, a construção da identidade de Portugal enquanto povo e os váriosestereótipos que (ainda) reinam além fronteiras são abordados e apresentadosatravés de episódios vividos pelo autor ou por pessoas que lhe são próximas. Deleitura obrigatória para todos quantos desconhecem a verdadeira alma lusa, por-tugueses ou não, "Os Portugueses" é uma obra obrigatória, escrita de formaapaixonada por um dos correspondentes mais antigos da imprensa internacionalno nosso país.

Os PortuguesesAutor: Barry Hatton Preço: € 29,00

Miguel TorgaBichosPreço: € 11.50«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minhapequena Arca de Noé. Tens sido de uma con-stância tão espontânea e tão pura a visitá-la,que é preciso que me liberte do medo de pa-recer ufano da obra, e venha delicadamentecumprimentar-me uma vez ao menos. Não sepagam gentilezas com descortesias, e eu sou

instintivamente grato e correcto (…)»

Page 20: Portugal Post Outubro 2011

PORTUGAL POSTNº 207 • Outubro 2011Passar o Tempo2020

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Orações para Todos os MalesFormato: 14x21cmPáginas: 90Preço: 22,00 €Por razões de saúde, familiares, afectivas, materiais ouespirituais, todos mpassamos em algum momento por si-tuações difíceis. Nesta obra encontrará uma centena deorações adequadas a cada caso. Orações para encontrarmcompanheiro/a, para conseguir casar-se com o seu na-morado, pela paz da família, contra doenças, etc.

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Aprenda a Viver Sem StressFormato: 15,5 X 23 cm.Páginas: 100Preço: 18,99Quanto mais tempo da sua vida é que está disposto a desperdi-çar? Quanto mais tempo da sua vida está disposto a continuar asofrer? Quanto da sua vida está disposto a finalmente reivindicarhoje? Quanto mais tempo vai deixar que os outros mandem nassuas escolhas? E, se reivindicar a sua vida, acha que fica a deveralguma coisa aos outros?Quando você cede ao stress, você não está ser você mesmo.Quando você cede ao stress, você passa ao lado da vida, da sua

vida. Você vive em permanente sobrevivência. E quem sobrevive, sofre. E quem sofre, vive emstress.. "Aprenda a Viver Sem Stress" é um livro que o ajuda a reencontrar-se.

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CARNEIROAmor: O seu poder de atracção vaiabalar muitos corações. Predisposi-ção para namoriscar ou reavivar umamor, através do qual irá exprimir osseus sentimentos de uma formamuito sincera.Saúde: Prováveis dores de dentes.Poderá passar por uns dias de grandenervosismo sem que consiga definirmuito bem a sua origem.Dinheiro: Será um bom períodopara fazer algumas alterações pro-fundas na sua vida, no seu compor-tamento e nos seus objectivosprofissionais. Não gaste o que tem e o que nãotem.

TOUROAmor: Encontra-se num período di-fícil, mas não desespere que é passa-geiro. No entanto, pode trazermuitos benefícios através das suasrelações sociais e de amizade desdeque tenha em conta tudo o que o ro-deia.Saúde: Poderá ser tempo de come-çar uma nova vida. Corte com tudoaquilo que achar supérfluo ou inútil.Dinheiro: Boa altura para gastar einvestir no que mais gosta, mas comcuidado. É um mês um pouco tensoa nível profissional, em que vai que-rer lutar pelos seus objectivos.

GÉMEOSAmor: Viva fogosamente todos osmomentos com o seu amor. Este pe-ríodo é caracterizado por muita ale-gria, contentamento, optimismo eforça interior.Saúde: Previna-se contra os exces-sos. Dinheiro: Este campo da sua vidanão lhe trará problemas. Pode apro-veitar aquilo que tem vindo a apren-der com os outros para fazer umacoisa diferente na sua vida, como porexemplo iniciar uma actividade porconta própria.

CARANGUEJOAmor: Será um período muito bomde entreajuda e em que pode receberou oferecer boas oportunidades anovas relações de amizade. Saúde: Nesta fase estará muito dinâ-mico e equilibrado, terá muita ener-gia. Possíveis dores musculares.Dinheiro: Não imponha as suasideias de uma forma agressiva etenha em consideração a opinião dosoutros.

LEÃOAmor: Este período é um teste àforma como lida com as outras pes-soas, em especial as que lhe estãomais próximas.

Saúde: Procure não cometer exces-sos na alimentação. Durante este pe-ríodo lutará para alcançar os seusobjectivos a nível de forma física eajudará quem lhe está próximo afazer o mesmo. Boa fase para iniciaruma dieta.Dinheiro: Situação financeira favo-rável. É uma boa ocasião para co-nhecer outras terras e outras gentese aproveitar o que lhe ensinarempara aumentar as suas capacidades.

VIRGEMAmor: Tenha mais confiança em sie cuide da sua aparência. Este pe-ríodo pode trazer-lhe alguns proble-mas nas relações com os vizinhos oupessoas próximas.Saúde: Uma fase de tensão, insegu-rança e impaciência, com dificul-dade em planificar a sua vidaparticular. Procure aliviar o stressque traz acumulado.Dinheiro: O seu dinamismo, a suacoragem e espírito de liderança vãoser postos à prova. Será um mês re-cheado de afazeres e acontecimen-tos. Não se esqueça das suasobrigações, e se tiver dívidas, pague-as antes de fazer novos investimen-tos.

BALANÇAAmor: Poderão surgir mudanças noseu comportamento no que diz res-peito às relações afectivas. Seja maisousado neste campo da sua vida.Saúde: Este período é muito favorá-vel, mas necessita de ter muita refle-xão para evitar os excessos. Aansiedade não é benéfica para a suasaúde.Dinheiro: Seja mais equilibrado nosseus gastos. Não será um períodofácil porque terá dificuldade em ana-lisar as situações com clareza.

ESCORPIÃOAmor: Será uma fase importantepara rever o que não está bem na suarelação, compreendendo o que lhefalta e o que pode ser melhorado. Saúde: Poderá sofrer de dores de ca-beça. Deixe que se operem calma-mente as mudanças que vierem aocorrer na sua vida.Dinheiro: Possibilidade de ganharalgum dinheiro extra. Em relação àsua situação profissional, logo noinício do mês poderão existir algunsconflitos entre a sua vida familiar ea profissional.

SAGITÁRIOAmor: Durante este tempo devecontrolar muito bem as suas reac-ções para com todas as outras pes-soas, em geral e, muitoparticularmente, com as que lhe

estão mais próximas. Procure sersincero nas suas promessas se querque a pessoa que tem a seu lado con-fie em si.Saúde: Liberte-se mais, e a suasaúde irá melhorar. É uma oportuni-dade para concluir as ideias que temem curso. Este mês será um encontroconsigo mesmo.Dinheiro: Desde que não gaste di-nheiro em excesso, pode pôr os seusassuntos financeiros um pouco departe, ocupando-se com outras áreasda sua vida.

CAPRICÓRNIOAmor: Procure ser mais extrover-tido, só tem a ganhar com isso. Éuma boa fase para investir maistempo na sua relação amorosa. Istopode surpreender o seu par, mas cer-tamente será uma excelente mu-dança.Saúde: Possíveis dores nas articula-ções. A rotina da sua saúde e a formafísica são uma prioridade. Terátempo para regularizar o seu horário.Dinheiro: Esta é uma óptima alturapara tentar reduzir os seus gastos.Existirá muita acção na sua vida.Você pode decidir que a única formade resolver um problema é assu-mindo outra responsabilidade; seassim for, poderá resolvê-lo fazendosimplesmente o seu trabalho.

AQUÁRIOAmor: A sua relação tem vindo a ar-refecer e você precisa de tomar umaatitude. Não exija tanto dos outros,dê mais de si próprio. Saúde: Não faça dietas demasiadorigorosas. Tenha a serenidade sufi-ciente para deixar as coisas corre-rem, não se exalte nem protestemuito, pouco ou nada poderá fazer.Dinheiro: Invista neste momento emalgo que planeia há muito. A sorte é-lhe favorável. Sentirá necessidade dese isolar para concluir o seu trabalho,mas poderão ocorrer mudanças.

PEIXESAmor: Se não disser aquilo quesente verdadeiramente, ninguém opoderá adivinhar. Este mês vai fazeruma triagem às suas relações. Saúde: Cuidado com o excesso deaçúcar no seu sangue, pois poderá tertendência para diabetes. Este é umperíodo algo tenso, como algo que oincomoda mas de uma forma quenão sente de imediato.Dinheiro: Poderá sentir-se subju-gado pela sobrecarga de trabalho.Para ultrapassar esta situação, esta-beleça prioridades e reconheça osseus limites, respeitando-os. Este éum período em que pode fazer umapequena extravagância financeira.

Page 21: Portugal Post Outubro 2011

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cular e original na gastronomia por-tuguesa. Neste livro, fique a conheceras origens da pesca deste peixe, assuas principais características, a mel-hor forma de o arranjar e outrosaspectos importantes, como a melhorforma de o escolher, conservar e am-anhar. Deleite-se com as nossas re-ceitas e experimente-as todas. Fique,ainda, a conhecer as tradições destepeixe noutros países do Mundo.

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Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.A redacção reserva o direito decondensar e de trabalhar os tex-tos que nos enviam.Obrigado.

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OláGostava muito de vos contar

o que se passou comigo. Não,não é um caso de traições, de in-fedilidades ou de coisas assimcomo se canta nos fados sobrepobrezinhos, o pai que fugiucom a “outra” e deixou os filhin-hos entregues à mulher quetambém ficou sem pão para sesustentar a si e aos seus filhos.

Nem tão pouco arranjei na-moro que, depois, teria umoutro mais belo e elegante eassim por aí fora.

O que eu vou contar temmais a ver com o trajecto quefaço todos os dias da minha casapara o trabalho. Quer dizer, nãopropriamente com o trajectomas sim o que se passou du-rante o tempo que o percorro

É o cabo dos trabalhosquando saio de casa de manhãcedo. Meto-me no carro, calma-mente, acelero devagar porqueainda estou meio ensonado e lávou eu.

Conduzo aí uns três a cincominutos e encontro-me numalonga fila de carros a que nós,portugueses, chamamos de en-garrafamento. À minha frentetive quase todos os santos dias esempre à mesma hora encontrocom o mesmo condutor que noperíodo em que faço o trajecto jámudou três vezes de carro. Pri-meiro tinha um VW Golf, o se-gundo foi um Passat eultimamente, talvez porque avida melhorou, tinha um Merce-des.

Esse dito condutor era umigual a tantos outros. Sempremuito bem vestido e com seu ca-belo louro muito bem penteado.

Podem não acreditar, masencontrou-se sempre mas sem-pre à minha frente quando voupara o trabalho.

De tanto nos encontrarmo-nos, começamos a esboçar umsorriso muito tímido comoquem diz Lá vamos nós aoganha pão!...

Há 12 anos que faço este tra-jecto e durante esse tempo en-contrámo-nos quase sempre.

Como ele é louro, semprepensei que seria alemão. Nuncame passou pela cabeça de queele pudesse ser oriundo de outropaís.

Um dia o trânsito não eraaquele pára-avança habitualmas sim um pára sem avançaque demorou mais de uma hora.Disse de mim para mim queseria um acidente a origemdeste longo pára.

Como alguns dos ocupantes

e condutores de veículos saíame comentavam o incidente nasua rotina e outros para esticaras pernas e fumar uma cigar-rada, o meu “vizinho” da frentetambém saiu para comentarcom outros aquele pára que iriafazer chegar atrasado ao tra-balho.

Eu, que não são mais do queos outros, também saí e pus-meà conversa com uma senhoraque vinha atrás de mim que co-meçou a culpar aquele trans-torno como a origem de todos osseus males, dizendo que tinhaum “Termine” no médico e quenão podia chegar atrasada, sa-bendo nós que sempre que háum imprevisto na vida dos ale-mães eles não têm a arte dacalma nem do improviso paradarem a volta por cima.

Neste entrementes, o meuocasional acompanhante docarro da frente de todos os diasaflito que devia estar para verteráguas foi ali à berma da estrada,subiu um morro que deveria darpara um campo de semeadurade hortaliças e desapareceu dooutro lado do morro.

Foi urinar, pensei eu.Acontece muitas vezes que

nos assalta a vontade incontro-lável de verter águas e se nãotemos um urinol por pertovamos ter um grande problema.Mas muitos não se importandocom a má figura encontram umcanto, uma árvore, em suma,um sitio abrigado para alivia-rem a bexiga.

Estava eu a matutar nestassituações enquanto o trânsitonão desimpedia nem o condutor

da frente chegava, o que melevou a pensar que estaria afazer um outro serviço que nãourinar. Acontece a qualquer um,não é?

Mas o facto é que o homemdemorava. Dez minutos chegamuito bem para arrear o serviçonestas condições. Pensava eu.

Passaram dez, quinze, vintee tais minutos e...nada! Ohomem não vinha. Não acheimuito normal, mas também nãome preocupei muito.

Lembro-me que estava umamanhã muito bonita e era Abril.Por isso também me passoupela cabeça a ideia maluca dohomem andar pelo outro ladodo morro a apreciar a naturezae as hortaliças deixando ali ocarro sem ninguém.

Passaram muitos, mas mui-tos mais minutos do que trinta etais e o homem não aparecia.Nisto, o que tinha que aconteceraconteceu, isto é, lá á frente otrânsito começou uma marchalenta dando a ideia que aestrada estava já desimpedida.

Foi assim que outro engarra-famento aconteceu, desta vezera o carro do meu “vizinho” dafrente que se mantinha ali impe-dindo que o trânsito fluísse. Ocondutor do carro não chegavae eu tentava explicar o aconte-cido aos condutores que me an-tecediam, sendo que alguns meolhavam com uma expressãoalgo incrédula.

Decidimos, eu mais doiscondutores, subir ao morro parachamar o condutor e cantar-lhedas boas.

Subimos e o que vimos foi

uma linda paisagem sem pintade gente. Eu, mais preocupadodo que os outros, gritei Ei lá,ouve-me!, pensado que ele esta-ria agachado no meio das cou-ves.

Bem gritei eu , em vão, aaltos berros e...nada. O homemtinha simplesmente desapare-cido enquanto os condutores láatrás, na fila que se tinha for-mado atrás do meu carro, buzi-navam zangados semperceberem o que faziam aque-les fulanos em cima do morro aolhar a paisagem em vez de seporem dentro dos carros e par-tirem...

Nós, no morro, mais apaler-mados pela situação do que zan-gados pelo buzinão, estávamoscomo que presos àquele inau-dito acontecimento.

Para que os outros conduto-res não me chateassem o juízo,retirei o meu carro da estrada eencostei-o ao passeio e subi denovo ao morro no mesmo sítiopor onde tinha subido o desapa-recido.

Não alterei a situação do en-garrafamento, pois, como estãolembrados, ali permanecia oMercedes preto do condutor quetinha ido não sei onde.

Alarmados por alguém, che-gou a policia para ver o que sepassava. Descemos do morro eeu fui o único que elaborei umrelatório aos policias que me ol-havam assim algo desconfiadoquando lhe contava o que vi, e oque vi foi o homem depois de tersaído do carro e falado com al-gumas pessoas subiu ao morro enão o tornei mais a ver.

A policia, que entretantotinha chamado um reboquepara retirar o carro do meio daestrada, pediu-me a minha “per-sonalia”, BI, carta de condução,morada, etc..

“Com que então o seu BI jáperdeu a validade”, revelou-meum dos policias e foi aí que dissepara mim mesmo Mer...., tenhode ir ao Consulado...

Desculpei-me e subi o morrocom os policias. Entretanto otrânsito já fluía. Nisto vierammais policias porque isto na Ale-manha é assim mesmo e todos,inclusive a minha pessoa, fomospara o meio das couves à pro-cura do homem ou do seu rasto.

Entretanto chegaram outrospolicias com cães pela trela e,como eu não pertencia ao Ver-ein, disseram-me para seguir omeu caminho.

Despedi-me e lá fui em di-recção ao meu trabalho pen-sando numa desculpa parajustificar o meu atraso porquese eu contasse aquilo ao patrãoele pensaria que estaria a reinarcom ele e a gozar sua autori-dade.

A partir desse dia nuncamais vi o condutor que encon-trava sempre à minha frentequando ia de manhã para o tra-balho Leitor devidamente identificado

O morro

Page 22: Portugal Post Outubro 2011

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SENHOR53 anos de idade, divorciado há 14 anos,condição estável e sem filhos, deseja con-hecer senhora dos 40 aos 55 anos parafins de Amizade e, mais tarde, poder tor-nar-se em algo mais.Resposta a este Jornal. Refª 0110

SENHORA Procura amizades sinceras entre os 37 eos 50 anos que moram em Portugal ou naAlemanha.Resposta só com foto a este jornal Refª0210

SENHORA62 anos de idade, divorciada, educada, carin-hosa, não fumadora, deseja conhecer cavalhei-ros nas mesmas condições e idade para vida adois.Contacto: 0163 5891168

Formato: 14x21cmPáginas: 340Preço: 25.99É uma extensa antologia com centenas de orações a saantos,anjos, arcanjos e toda a corte celestial. Nestas páginas encon-tra uma mensagem de esperança, um motivo para acreditarque a fé existe e que nos rodeia em todos os momentos danossa vida. É o companheiro ideal, pois as suas orações têm opoder de transmitir ao espírito a energia que restaura a alegria de viver e aconfiança no amor, na paz e na esperanaa para o futuro.Cupão de encomenda na página 19

Grande Livro de Orações

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PORTUGAL POST Nº 207 • Outubro 2011 Economia 23

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As exportações portuguesas decalçado aumentaram 19,5 porcento no primeiro semestre de2011 face ao período homó-logo, passando para 717 mi-lhões de euros, o melhordesempenho dos últimos 17anos, anunciou a Associaçãodos Industriais de Calçado.

Em comunicado, a Asso-ciação dos Industriais de Cal-çado (APICCAPS), de Janeiroa Junho, Portugal exportou cal-çado para 130 países, noscinco continentes, no valor de717 milhões de euros, o que re-presentou mais de 95 por centoda sua produção.

Com crescimento “em pra-ticamente todos os mercados”,a APICCAPS destacou o bomdesempenho na Holanda, ondea venda de calçado nacional

aumentou 22 por cento para101 milhões de euros, e a Ale-manha, onde cresceu 19,6 porcento para 136 milhões deeuros.

Segundo a associação em-presarial, o bom desempenhodo sector estendeu-se além doespaço europeu, que é o prin-cipal destino das exportaçõesportuguesas de calçado, com aRússia e a o Canadá a lidera-rem as subidas.

As exportações para aRússia aumentaram 88 porcento, passando a valer 6,7milhões de euros, para o Ca-nadá 85 por cento, para cincomilhões de euros, e para oJapão 28 por cento, para 4,8milhões de euros.

Em comunicado, a asso-ciação liderada pelo empresá-

rio Fortunato Frederico real-çou o facto de as exportaçõesestarem a crescer praticamenteo triplo das importações: “naprimeira metade do ano, as im-portações aumentaram apenas7,6 por cento para 213 milhõesde euros”.

“De Janeiro a Junho, o cal-çado voltou a reforçar o seuestatuto de produto que maispositivamente contribuiu paraa balança comercial por-tuguesa, esperando-se umsaldo positivo no final do anosuperior a 900 milhões deeuros”, sublinhou.

Para a APICCAPS, “obom desempenho do sectorestá directamente relacionadocom a mais forte campanha depromoção externa de sempredo sector”.

Exportações de sapatos para a Alemanhacrescem 19,6%

Um em cada três ale-mães defende que aGrécia deve sair da zonaeuro, e 80 por cento re-cusam dar um contri-buto financeiro ao país,de acordo com umasondagem divulgadapela televisão RTL epelo semanário Stern.

Os participantes nomesmo inquérito de opiniãolevado a cabo pelo InstitutoForsa mostraram-se tam-bém muito cépticos quandoa ajudas do Estado germâ-nico a Atenas, solução sóapoiada por 20 por centodos participantes.

Além disso, 37 por centodos inquiridos afirmaramque são a favor da saída daGrécia da zona euro, e sen-sivelmente a mesma per-centagem exigiu que adívida helénica seja reestru-turada, o que equivale, naprática, a uma declaraçãode falência da Grécia.

O executivo liderado porAngela Merkel reiterou nosúltimos dias o seu apoio àpermanência da Grécia noclube da moeda única, afa-

stando cenários de uma in-solvência deste país.

A chanceler alertoumesmo para as “graves con-sequências” do abandonodo euro por parte da Grécia,voltando a exigir, simulta-neamente, que Atenasponha em prática o pro-grama de ajustamento eco-nómico negociado com aUnião Europeia e com oFMI, em Maio de 2010 parareceber um primeiro em-préstimo de 110 mil milhõesde euros.

Os outros dois partidosque integram o governo ale-mão, liberais e democratascristãos da Baviera (CSU),já falam em „insolvênciacontrolada“ da Grécia, econsideram-na um malmenor, ignorando os apelosà contenção verbal feitospela chanceler.

Entretanto, o governogrego solicitou novo em-préstimo de 109 mil mil-hões de euros às mesmasentidades, aprovado na ci-meira de líderes da zonaeuro de 21 de Julho, emBruxelas.

Porém, Atenas só rece-berá, estemês, a tranche deoito mil milhões de eurosainda do primeiro emprés-timo, que o executivo helé-nico já considerou essencialpara fazer face aos seuscompromissos perante oscredores, com novo parecerfavorável da ‘troika’, queestá a examinar a execuçãodas medidas de austeridadenegociadas.

Em entrevista à RTP, naterça-feira, o primeiro-mi-nistro, Pedro Passos Co-elho, afirmou que umaeventual falência da Gréciapoderia obrigar Portugal apedir nova ajuda externa,depois de já ter obtido umempréstimo de 78 mil mil-hões de euros, em Junho,apesar de Lisboa estar acumprir o memorando assi-nado com a UE e com oFMI.

Estas declarações dePassos Coelho foram repro-duzidas por vários órgãosde comunicação social ale-mães, no âmbito da crisegrega.FA

SondagemUm em cada três alemães defende saída da Grécia

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