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Processos Da Dinâmica Superficial

Date post: 03-Nov-2015
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Em linguística, a noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido como manifestação linguística.
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Processos da dinâmica superficial Adaptado de Infantil Jn, N. Fornassari Fo., N. in Oliveira e Brito (2!"
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  • Processos da dinmica superficialAdaptado de Infantil Jn, N. & Fornassari Fo., N. in Oliveira e Brito (2009)

  • Processos da dinmica superficialSo processos que modificam a superfcie da Terra e que agem na interface entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera.So movidos principalmente pela energia solar e gravitacional.So responsveis pela modelagem da superfcie da Terra.

  • Classificao dos processosAgentes envolvidos: rios, ondas, ventos e, geleiras. Os processos causados por eles so agrupados como eroso.A variao termo-higromtrica diria, o congelamento da gua em fraturas e a dissoluo de calcrios em cavernas so agrupados como intemperismo. Os vrios processos mveis ou imveis que destroem as rochas corraso ou abraso o desgaste mecnico realizado pelas partculas transportadas pelos rios e ventos.Corroso o desgaste qumico

  • EROSO o processo de desagregao e remoo de partculas de solo ou fragmentos e partculas de rocha, pela ao combinada da gravidade com a gua, vento, gelo e organismos.Eroso natural ou geolgica se desenvolve em condies de equilbrio com a formao do solo. Eroso acelerada ou antrpica, a intensidade superior da formao do solo, no permitindo a sua recuperao natural.

  • Cobertura vegetal o fator mais importante de proteo do solo contra a eroso.

    Fonte: Leinz e Amaral, (1998).

  • Eroso pela guaComea pelo impacto das gotas de chuva que causa a desagregao das partculas, remoo e transporte pelo escoamento superficial e posterior deposio dos sedimentos produzidos, causando o assoreamento.Eroso Laminar ou em lenol causado pelo escoamento difuso das guas das chuvas resultando na remoo progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do solo.Eroso linear causada pela concentrao das linhas de fluxo das guas de escoamento superficial, resultando em pequenas incises na superfcie do terreno, em forma de sulcos, que pode evoluir por aprofundamento para ravinas e da para voorocas ou boorocas, quando h a contribuio do lenol fretico causando a eroso interna ou entubamento (piping) .

  • Efeito de um pingo de chuva em solo desprotegido.FONTE: LEINZ & AMARAL, 1998.

  • Eroso laminarEroso linearEntupimento do sistema de drenagem urbana

  • FATORES CONDICIONANTES DA EROSOFatores antrpicos como desmatamento e formas de uso e ocupao do solo (agricultura, urbanizao, obras civis, minerao etc).Fatores Naturais como a chuva, cobertura vegetal, relevo, tipos de solo e substrato rochoso.

  • CHUVAChuvas torrenciais de grande intensidade precedidas por perodo chuvoso anterior que provoca a saturao dos solos, determinam eventos erosivos de grande velocidade de propagao, nos locais onde o regime de escoamento das guas concentrado, com altos valores de vazo.

  • RelevoA influncia do relevo na intensidade erosiva verifica-se principalmente pela declividade e comprimento da rampa, da encosta ou da vertente, que interferem diretamente na velocidade de escoamento superficial das guas pluviais.

  • SolosPropriedades dos solos que conferem maior erodibilidade: textura, estrutura, espessura e permeabilidade.A textura, ou seja, o tamanho das partculas, influi na capacidade de infiltrao e absoro da gua da chuva. Solos com textura arenosa dificultam o escoamento superficial, apesar de serem facilmente erodveis devido a baixa presena de argila.A estrutura, ou seja, o modo como se arranjam as partculas do solo, influi na capacidade de absoro e de arraste das partculas.A espessura: solos rasos permitem a rpida saturao dos horizontes superficiais, permitindo maior escoamento superficial e consequente eroso.

  • Substrato RochosoAs principais reas de ocorrncia das voorocas no Pas, esto relacionadas s reas de ocorrncia das rochas sedimentares, cujas coberturas pedolgicas correspondem a materiais arenosos (solos podzlicos, latossolos ou depsitos colvio-aluvionares).Em reas de rochas pr-cambrianas, modeladas em relevo de colinas, as voorocas e ravinas esto geralmente relacionadas natureza e constituio dos solos de alterao de rochas xistosas e granticas que, quando apresentam textura siltosa e miccea, so altamente porosas, permeveis e friveis.

  • EROSO ELICAEm rochas, o impacto das partculas slidas carregadas pelo vento que provoca o desgaste. Em solos, cujas partculas so desagregadas por diversos agentes, o vento como veculo de transporte, age no sentido de coloc-las em suspenso.A eroso elica no age nas partculas agregadas pelas guas. Neste sentido, o calor solar atua como elemento regulador do processo, ao interferir no grau de umidade.

  • Eroso elica em cinzas vulcnicas em clima semi-rido.

  • Cinzas Vulcnicas

  • EROSO DE LEITOS ROCHOSOSA eroso de macios em cachoeiras, corredeiras e falsias se d pela dissipao de energia das quedas de gua.Esse processo pode ser acelerado pelo vertedor de uma barragem, onde a descarga de enchentes capaz de erodir rochas muito resistentes.No Brasil, o caso mais conhecido o da Usina de Jaguara da CEMIG, no Rio Grande, cuja eroso formada na bacia de dissipao, em quartzitos muito fraturados, aprofundou 31 metros em seis anos.

  • MOVIMENTOS DE MASSARastejos: movimentos lentos e contnuos da massa de solo de um talude. No apresenta desenvolvimento de uma superfcie definida de ruptura. So identificados por inclinao de rvores, muros, pequenos abatimentos ou degraus na encosta.Os rastejos podem causar danos em taludes e encostas adjacentes a obras civis como comprometimento das fundaes de pilares de pontes e viadutos. Podem evolui para escorregamentos, servindo como indicador de movimentos mais rpidos.

  • Fenda aberta no solo, em geral no topo do talude, onde a gua da chuva infiltra, desencadeando a desestabilizao do talude, Morro do Iriri, na Rua Raul Seixas.

  • MOVIMENTOS DE MASSAEscorregamentos: So movimentos rpidos de solo ou rocha, geralmente bem definidos quanto ao volume, cujo centro de gravidade se desloca para baixo e para fora do talude (natural, de corte ou de aterro).Envolve superfcie at o contato com a rocha subjacente, alterada ou no.So condicionados por estruturas planares desfavorveis estabilidade, relacionadas a feies geolgicas diversas (foliao, xistosidade, fraturas e falhas).

  • Condicionante geolgico estrutural, verificado por plano de falha onde se deu o rompimento do talude. : BR 101/SC Corte Km 33 + 300

  • MOVIMENTOS DE BLOCOS ROCHOSOSQueda de blocos: blocos de rochas que desplacam de taludes ou encostas ngremes.Tombamento de blocos: rotao de blocos rochosos condicionados por estruturas geolgicas com grande mergulho.Rolamento de blocos: movimentos de blocos imersos numa matriz terrosa, que por perda de apoio destacam-se dos taludes e encostas.Desplacamentos: desprendimento de lascas que se desprendem de estruturas como xistosidade e acamamento devido s variaes trmicas ou alvio de tenso.

  • CORRIDAS DE MASSASo corridas de grandes volume de massa na forma de escoamento rpido.Est associado a dinmica de evoluo das vertentes de relevos montanhosos e, portanto, natural que mostre certa recorrncia ao longo do tempo. A ocupao de encostas sem os devidos critrios tcnicos, pode ampliar ou antecipar o processo.

  • Corridas de massa na Regio Serrana do RJ em janeiro de 2011

  • ASSOREAMENTO a acumulao de sedimentos em meio aquoso ou areo, quando a fora do agente transportador (rio, vento, geleira) sobrepujada pela fora da gravidade ou quando a supersaturao das guas permite a deposio de partculas slidas.A intensificao do processo por atividades antrpicas decorre, em geral, diretamente do aumento da eroso pluvial, por prticas agrcolas inadequadas e infra-estrutura precria de urbanizao , bem como a modificao da velocidade dos cursos de gua por barramentos, desvios etc

  • Escorregamentos associados s inundaes causaram o rompimento de pontes na SC 301 em Fev. 95 em Jlle.O material erodido das partes elevadas da bacia hidrogrficaSe deposita nas partes baixas, onde as travessias de obras de arte Das estradas no previa tamanho volume de sedimentos. Rio da Prata, Joinville - 1995.

  • Infra-estrutura de drenagem precria

  • INUNDAOEst normalmente associada enchente ou cheia (acrscimo da descarga por certo perodo de tempo), assoreamento de canal, barramentos ou remansos.O tipo de cobertura existente na bacia de captao pode reduzir a significncia da inundao ou potencializar inundaes expressivas. Por exemplo, a cobertura vegetal facilita a infiltrao das guas pluviais e serve de barreira ao seu escoamento, o que reduz a quantidade de gua que poderia chegar bruscamente as calhas dos rios.

  • SUBSIDNCIAS E COLAPSOSA subsidncia consiste no afundamento lento do terreno, enquanto colapso um afundamento rpido.A subsidncia pode ocorrer por causas naturais, como dissoluo de rochas (carstificao) como calcrios, dolomitos, evaporitos (gipsita, halita) ou acomodao de rochas pelo seu prprio peso ou por pequena movimentao segundo planos de falhas.Subsidncia acelerada pela ao antrpica ocorre em decorrncia de bombeamento de guas subterrneas, por acrscimo de peso devido a obras civis. Ou por acidificao das guas por poluentes que aumenta o seu poder de dissoluo em terrenos de rochas carbonticas.

  • SUBSIDNCIAS E COLAPSOSEm agosto de 1986, os bairros de Lavrinhas e Vila Branca da cidade de Cajamar (SP) sofreram um colapso, originando uma cavidade de 10 m de dimetro e 10 m de profundidade, que progrediu rapidamente chegando a 32 m de dimetro e 13 m de profundidade, destruindo casas e ruas. O fenmeno foi causado pela carstificao do calcrio.Tambm ocorre subsidncia associada a minerao subterrnea e a explorao de petrleo. Em Criciuma ocorrem rachaduras nas casas e secagem de poos rasos em decorrncia da minerao do carvo.Ainda ocorre colapsos de terreno resultantes da combusto da turfa (estgio inicial da formao do carvo).

  • Processos CosteirosA costa ou zona costeira abriga 2/3 da populao mundial.O estudo dos processos costeiros exige a observao da presso baromtrica, temperatura, umidade, direo e intensidade dos ventos, direo e velocidade das correntes marinhas, geometria das ondas, natureza e distribuio dos sedimentos durante um longo perodo de tempo (no mnimo 2 anos caso disponha de dados histricos de alguns parmetros).

  • Processos CosteirosAs ondas ocenicas resultam da ao dos ventos sobre a superfcie do oceano. Elas podem ser representadas pela amplitude, comprimento de onda e perodo. As ondas se modificam a medida que se aproximam da linha de costa, onde o efeito do fundo se faz sentir. Quando a profundidade atinge do comprimento de onda, tem incio a arrebentao. A massa de gua transportada para a praia retorna por canaisdiscretos, para alm da arrebentao, formando clulas de circulao costeira.As ondas de tempestade resultam de perturbaes atmosfricas internas que geram ventos violentos, as vezes conjugados com mars elevadas.

  • Processos CosteirosA direo, velocidade e volume de transporte de sedimentos paralelamente praia (deriva litornea) dependem da obliquidade de incidncia das ondas. Dependendo da intensidade da deriva litornea, execuo de obras costeiras, especialmente espiges, afeta o balano de sedimentos, provocando a deposio a montante do obstculo e eroso a jusante.

  • Eroso nas casas construdas em restinga de Barra Velha /SC nov. de 2010

  • Morfologia CosteiraPraias: So constitudas por sedimentos soltos, geralmente de origem terrestre, de granulometria variada (areia fina a seixo), compostos principalmente de quartzo, mas podendo conter feldspatos, fragmentos de rocha, etc. Possuem mobilidade perpendicular costa, pela ao das ondas, como paralelamente pela ao da deriva litornea.As causas da eroso das praias podem ser: reduo do aporte de sedimentos fluviais, seja pela extrao de areia no leito dos rios ou pela construo de barragens, obras porturias e espiges (molhes) para proteo de trechos litorneos.

  • Morfologia CosteiraDunas: So formaes arenosas produzidas pela ao dos ventos, s vezes estabilizadas ou fixadas por vegetao. Normalmente so constitudas por areias finas e possuem estratificao cruzada em decorrncia da variao da intensidade e direo dos ventos.

  • Estratificao se formando em duna.

  • Morfologia CosteiraNas dunas costeiras o transporte das areias da praia para o continente pelo vento um processo importante no desenvolvimento da morfologia costeira. Nas reas onde o suprimento no grande, as dunas costeiras so limitadas a cordes de dunas praias ou simplesmente dunas frontais ou ante-dunas. Estas dunas constituem a principal defesa da praia durante as ressacas por comportarem-se como trocadores de energia com as ondas, sua eroso absorve o impacto das ondas. Nas pocas secas, os ventos encarregam-se de reconstituir a duna frontalQuando o transporte elico bastante intenso, h problemas relativo ao assoreamento de canais costeiros, soterramento de casas e de rodovias.

  • Morfologia CosteiraManguezal se desenvolve nas regies baixas do litoral abrigadas e de declividade muito suave, com deposio de sedimentos finos, alm de um equilbrio dinmico entre as variaes dos nveis de mar, o aporte de gua doce e as taxas de deposio/eroso.

  • RestingasSo cordes arenosos, que protegem costas baixas ou fecham pequenas enseadas, originados por recuo do mar, onde se encontram associaes vegetais caractersticas, comumente conhecidas como vegetao de restinga. Apresentam alinhamento paralelo , pequena elevao e ausncia de estratificao.A restinga brasileira mais conhecida a da Marambaia entre Parati e Pedra de Guaratiba (RJ).

  • Lagunas So corpos de gua, alongados paralelamente ao traado do litoral, pouco profundos, isolados do mar por uma barra mvel de areia ou seixo. A comunicao com o mar realizada por aberturas atravs da barra. Lagunas fechadas tambm existem, temporria ou permanentemente.Algumas lagunas recebem cursos de gua, outras no.

  • FalsiasEsta se forma quando o mar ataca uma encosta continental criada por eroso, por erupo vulcnica ou por movimentos tectnicos.No Brasil a mais conhecia a de Torres (RS) constituda s pelo encontro entre os basaltos da escarpa da Serra Geral e alinha de costa, com alturas entre 25 e 30 m.


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