+ All Categories
Home > Documents > Revista InteRural - Maio de 2012

Revista InteRural - Maio de 2012

Date post: 20-Mar-2016
Category:
Upload: mario-knichalla-neto
View: 277 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
Description:
Revista InteRural - Maio de 2012
Popular Tags:
136
Transcript
Page 1: Revista InteRural - Maio de 2012

3 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

nº 5

3 | m

aio

de 2

01

2 | a

no

6

Page 2: Revista InteRural - Maio de 2012

4 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 3: Revista InteRural - Maio de 2012

5 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 4: Revista InteRural - Maio de 2012

6 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 5: Revista InteRural - Maio de 2012

7 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 6: Revista InteRural - Maio de 2012

8 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

expediente editorialwww.interural.com

Diretor Comercial Mário Knichalla Neto

[email protected]

Conselho Editorial Gustavo Ribeiro

Paula Arruda

Mário Knichalla Neto

Editor Chefe Gustavo Ribeiro

[email protected]

Redação Gustavo Ribeiro

e Rodrigo Silva

Revisão Aline Defensor

[email protected]

Colaboradores João Paulo RibeiroRomualdo Martins

Paginação Wilson Vilela

www.housedesigngrafico.wordpress.com

Coordenação editorial Paula Arruda

34 9174-1377

[email protected]

Consultoras de vendas Liliane Franklin

[email protected]

Marcella RIbeiro

[email protected]

Muriell Paes Leme

[email protected]

Financeiro Ludmilla Pádua

[email protected]

Jurídico Breno Henrique Afonso de Arruda

Capa Agência ML

Pré-Impressão CTP Xpress Digital

Impressão Gráfica Brasil

Tiragem 10.000 exemplares

Anúncio e assinaturas 34 3210 4050

Endereço

Rua Rafael Marino Neto, 600 - Jardim Karaíba - Ubershoping - Loja [email protected] 3210-4050

Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados.

É autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, desde que citada a fonte.

“Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; esse é a

ordem que recebi do meu Pai.”(João 10,18)

É melhor buscar refúgio no Senhor do que pôr no ser humano a esperança.

Envie sua sugestão de pauta, dúvida ou reclamação para [email protected]

Sua opinião constrói uma revista melhor!

A união faz a força, faz açúcar, forma condomínios, acelera o crescimento do planeta e pode transformar o rumo da economia mundial.

Nestes tempos de crise econômica nos países desenvolvidos e de oportunidades abun-dantes nos emergentes, o que interessa é criar valor agregado para os produtos. Uma boa forma agregar valor no bem produzido é procurar conhecer como é feito o trabalho de pessoas que te-nham o mesmo interesse que o seu, uma simples troca de experiências, mas que agrega valores fundamentais.

Conhecer o interesse, perceber a paixão e o desejo em produzir animais Girolando F1 su-periores, é esse o método de seleção que a Fazenda do Basa utiliza para formar a Rede Gado Bom, uma associação que vai mudar um rumo da pecuária leiteira nacional. Empenhando em melhorar significativamente o rebanho brasileiro, Evandro Guimarães um empresário, pensador e produtor rural, aposta na substituição das vacas leiteiras de baixa qualidade, por animais de genética supe-rior e muita produtividade. Para isso ele vai utilizar as melhores fêmeas Gir Leiteiro disponível no mercado, com grandes touros holandeses provados, fazendo o Girolando dos sonhos.

Outro exemplo de união que promove o crescimento dos seus associados e da sociedade é a trajetória de sucesso da Cooprata (Cooperativa dos Produtores Rurais do Prata). A cooperativa é uma das mais modernas do país, e não mede esforços para melhorar a qualidade de vida dos seus parceiros e da região onde está inserida. Hoje a Cooprata colhe os frutos de ter trabalho sempre pensando em conjunto.

Uma turma de mulheres dedicadas ao agronegócio, também apostaram na união para fazer um grande leilão durante a maior feira de gado leiteiro do Brasil. As Divas do Girolando se uniram por uma raça, e vão mostrar dentro da Megaleite a força e eficiência da mulher dentro do agrone-gócio.

Jataí no Sudoeste Goiano é uma referência nacional devido à sua economia agrícola, que su-pera os recordes obtidos a cada safra. O município é um dos maiores produtores de milho do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na segunda safra deste ano, foram cultivados 160 mil hectares com esta cultura. A produção poderá chegar a mais de 912 mil toneladas do grão.

O cultivo da soja também é relevante no município. Na safra de verão, a oleaginosa ocupou 240 mil hectares das lavouras jataienses e a produção alcançou média de 864 mil toneladas. O Sin-dicato Rural de Jataí, empenhado em melhorar ainda mais o setor, promove no mês de junho a 40ª edição da Exposição Agropecuária de Jataí, que vem repleta de novidades para o homem do campo.

Em um país que caminha a passos largos para o desenvolvimento e já imensamente rico em recursos naturais, é fundamental agregar valor aos produtos desenvolvidos, tornando a agrope-cuária mais forte, para que possa suprir o aquecido mercado interno, e ao mesmo tempo exportar o excedente, mantendo o equilíbrio da economia. Nessa edição, você amigo leitor, vai perceber que unidos nós somos mais fortes.

Convido a todos para uma leitura sem rédeas. Muito obrigadoGustavo Ribeiro

O Brasil cresce de mãos dadas Gustavo Ribeiro

Editor

Page 7: Revista InteRural - Maio de 2012
Page 8: Revista InteRural - Maio de 2012

As fazendas do basa vendem seu grande sonho

triângulo leite cooprata

jataí - as meninas dos olhos de goiás

parte 1 - página 56

parte 2 - página 74

parte 2 - página 122

as Capas da edição índice

InteRural News .............................................................8

Cana de Açúcar .........................................................12

AGronegócio Mineiro .......................................18

Exportação de café solúvel................20

Áreas degradadas ................................................22

Novo Código Florestal ...............................30

Mais vacas abatidas em 2011 ........................34

Artigo Fialdini .............................................................36

Cuidados com vacas e bezerros

ao parto ................................................................................38

Vendas de carne ......................................................42

Actinobacilose em bovinos .....................44

Artigo genoma ...........................................................46

Criador de sucesso ............................................52

Morena fatura Expobahia ........................66

Vida de Jurado ............................................................70

Sumário trilíngue ..................................................78

Divas do Girolando ...........................................82

MEGALEITE 2012 ..................................................................86

Botton de identificação ............................88

Circuito Team Penning 2012......................92

22º Congresso Brasileiro ............................96

Gigante pela Própria Natureza ......98

Exportações de Carne Suína ............. 100

Espaço Gourmet -

Porco à paraguaia ............................................. 102

FEMEC 2012 ............................................................................. 106

38º ExpoAraxá .............................................................. 108

Leilão Excelência dos Araxás ............ 112

4º leilão fiv .......................................................................... 114

Fazenda Java e Valinhos ............................... 116

Estrelas dos Araxás ........................................... 118

12ª intercalu ................................................................... 120

Agronegócio mineiro mantém tendência de crescimento em 2012

Conheça a história de uma empresária que aposta em cotas de genética

Divas do Girolando Unidas por uma raça

Conheça o gigante Dog Alem

Page 9: Revista InteRural - Maio de 2012
Page 10: Revista InteRural - Maio de 2012

12 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural InteRural News

Excelência dos AraxásA noite de gala para os principais animais Girolando do Brasil, movimentou a economia da pecuária nacional. O Excelência dos Araxás, que em 2012 chegou a sua segunda edição, foi mais uma vez sucesso absoluto de vendas, de publico e repercussão. Uma noite inesque-cível, em um dos mais luxuosos hotéis da América Latina, onde foram vendidos animais consagrados da raça Girolando. A InteRural não podia perder uma festa de tamanha grandeza, e nesta edição vocês vão saber tudo que aconteceu na noite de sexta feira 13, no Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá.

Fazendas do BasaUma das melhores entrevista que eu já realizei. Uma verdadeira aula, não só de agronegócio, mas de mer-cado, de filosofia de trabalho, de aposta em um negó-cio, e não posso deixar de falar de empreendedorismo. As Fazendas do Basa possuem um dos trabalhos mais sólidos e bem fundamentados do Brasil na criação e reprodução de Gir Leiteiro e de Girolando de qualidade superior e muita produtividade. Não perca a oportu-nidade de ler a nossa matéria de capa e conhecer um pouco do trabalho de Evandro Guimarães a frente das Fazendas do Basa.

Gustavo Scheibe (E), Gerente-Geral das Fazendas do Basa e Gustavo Ribeiro (D), no Octavio Café, em São Paulo, em entre-vista com Evandro Guimarães, o Basa

Estrelas dos AraxásO leilão Estrelas dos Araxás veio para ficar. Realizado em um moderno tatersal em formato de “bolha” que foi montado ao lado da pista de julgamento da ExpoAraxá, vendeu 250 animais de muita produtividade e movimen-tou a tarde de sábado, (14) do Parque de Exposições Agenor Lemos. Parabéns aos organizadores que já estão pre-parando a próxima edição. Mas antes de pensar no leilão do ano que vem, confira essa grande festa de negócios, no nosso caderno de eventos.

Page 11: Revista InteRural - Maio de 2012

13 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 12: Revista InteRural - Maio de 2012

14 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

FEMEC Mais um evento que entra em definitivo para o calendário de grandes feiras agropecuárias do Brasil. A primeira edi-ção da FEMEC movimentou o agronegócio no Brasil Central, como planejavam os organizadores. Agora os produtores rurais terão anualmente uma oportunidade de adquirir em Uberlândia, máquinas, equipamentos e implementos agrí-colas, com condições especiais e preços diferenciados. Parabéns ao competente Sindicato Rural de Uberlândia por promover uma feira de tamanha envergadura e muito importante para o desenvolvimento de Uberlândia e região.

ExpoAraxáA charmosa e agradável terra de Dona Beja, recebeu criadores de todo o Brasil para quase 20 dias de festa. A Arap (Associação dos Ruralistas do Alto Paranaíba) promoveu a 38º ExpoAraxá. O evento mais uma vez superou a expectativa dos organizadores e do públi-co que prestigiou a festa. Houve quebra de recorde mundial em torneio leiteiro, quebra de recorde no número de animais inscritos e julgados, consagrando a festa como a segunda maior exposição nacional da raça Girolando. A InteRural ficou atenta a toda programação e agora trás para o amigo leitor, os resultados dessa grande festa do agronegócio.

Leilão Virtual Fazenda Java e ValinhosO tradicional Leilão Virtual das Fazendas Java e Valinhos, chegou a sua quarta edição e ficou marcado pela democratização da genética superior Girolando para diversas regiões do país. O evento teve o salão de eventos The Place, em Uberlândia, MG como ponto de apoio. Diversos criadores prestigiaram o leilão no local, e também pela televisão, fazendo do evento um grande sucesso, com 100% de liquidez. Confira aqui, quem foi o grande destaque, o maior comprador e os resultados.

InteRural InteRural News

Page 13: Revista InteRural - Maio de 2012

15 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

250 fêmeas criteriosamente selecionadas. SOMENTE 70 LOTES.

TAXA DE RECOMPRADE MAIS DE 50%.

Fazenda PantanalVALENTINO RIZZIOLI

Paraopeba (MG)ADRIANO PAIVA

(31) 9929-8111

Fazenda do RiachoCLEMENTE DE FARIA

Matozinhos (MG)

LÚCIO MACHADO

(31) 9976-2796

Local: Restaurante Panela de PedraRodovia MG 424 – km 23Pedro Leopoldo (MG)

4º Grande Leilão AnualGIROLANDOSábado, 26 de maio de 2012. A partir das 14h.

Sorteio de 1 trator New Holland entre os compradores.Trator 4x4 – 0 km – Modelo TT3840

Realização: Patrocínio eFinanciamento:

Apoio:Transmissão:

EVENTOS RURAISwww.embral.com.br

[email protected](11) 3864-5533

LEILÕES RURAISwww.embral.com.br

[email protected](11) 3864-5533

AQUI A QUALIDADE É TÃO GRANDE QUANTO A SATISFAÇÃO

DOS COMPRADORES.

- Sky Canal 104 -Parabólica Banda C e LVia Embratel Canal 109

www.leilaopantanaleriacho.com.br

Page 14: Revista InteRural - Maio de 2012

16 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Agricultura

Cana-de-açúcarQual é a melhor época para o plantio?

Marcos Evangelista LopesEngenheiro agrônomo, Equipe ReHAgro

A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância para a pecuária brasileira, amplamente cultivada pelos produtores devido ao fácil manejo, simples condução da lavoura e capacidade de produzir grandes quantidades de volumoso por unidade de área. Se bem mane-jada, esta cultura pode produzir 150 a 200 tone-ladas/ha de massa verde em um único corte. A época de plantio deve ser baseada no objetivo da sua produção.

A baixa produtividade obtida por alguns produtores está diretamente ligada à utilização de práticas inadequadas de manejo como: con-trole de pragas e doenças, combate a plantas daninhas, adubação de cobertura, época de corte, dentre outras.

resistência a pragas e doenças; ausência de joçal; resistente ao tombamento; produtividade alta; ciclo da cultura; época de colheita; fertilidade do solo; área total de plantio; tipo de colheita; época de colheita; ciclo de maturação;

A escolha da variedade a ser implantada vai depender de uma série de fatores como:

Escolha das variedades

Page 15: Revista InteRural - Maio de 2012

17 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Tabela 1: Época de Colheita em Função do Ciclo de Maturação das Variedades

Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro

PRECOCE MÉDIA TARDIAFonte: oliveira (2010)

PLANTIO DAS MUDAS

Com base na finalidade do canavial e de acordo com o plane-jamento anual da fazenda, são de-finidas três épocas distintas para o plantio da cana-de-açúcar: Cana-de-ano, Cana-de-ano-e-meio e Cana-de-inverno.

Antes do plantio da cana, de-

vem ser observados alguns fato-res como: aquisição de mudas sadias; correção do solo; enterrio correto das mudas; adubação de acordo com a

análise de solo; combate eficiente de plantas

daninhas; espaçamento e densidade de

plantio de acordo com a ca-pacidade produtiva do culti-var a ser implantado.

O cumprimento de todas es-sas etapas e o monitoramento da cultura ao longo de todo o ciclo, aliado às condições ambientais fa-voráveis durante o ciclo da cultura, garante ao produtor a chance de explorar todo potencial produtivo da cana-de-açúcar.

ÉPOCAS DE PLANTIO

CANA DE ANOEsse método é muito utiliza-

do por pecuaristas com urgência de alimentos para os animais, pois proporciona rápida produção de alimento. O canavial apresenta baixa produtividade no primeiro ano.

Nesse sistema, o plantio da cana é realizado no início da esta-ção chuvosa (outubro a dezem-bro). A planta tem o seu desen-volvimento paralisado nos meses de março a abril e nos próximos meses inicia-se o processo de ma-turação. Após o primeiro corte, a cana-soca passa a ter um ciclo de 12 meses.

A seguir, segue o custo de formação de um canavial na re-gião central de Minas Gerais.

Page 16: Revista InteRural - Maio de 2012

18 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 201218 | Interural - a revIsta do agronegócIo | marÇo de 2012

InteRural Agricultura

QUADRO 1: CUSTO DE FORMAçãO DE CANAVIAL NA REGIãO CENTRAL DE MINAS GERAIS SAFRA 2011/2012

Serviços e Insumos Unidade Qtde Preço (R$) Custo/ha

Correção e Preparo do Solo

Calcário Ton 2,5 R$ 38,00 R$ 95,00

Transporte do Calcário - 1,0 R$ 100,00 R$ 100,00

Distribuição do Calcário Hm 1,2 R$ 55,00 R$ 66,00

Aração Hm 2,0 R$ 55,00 R$ 110,00

Gradagem Pesada Hm 1,2 R$ 55,00 R$ 66,00

Gradagem Leve Hm 1,0 R$ 55,00 R$ 55,00

Plantio

Aquisição de Mudas Ton 12,0 R$ 11,00 R$ 132,00

Tranporte das mudas - 1,0 R$ 150,00 R$ 150,00

Sulcação Hm 2,5 R$ 55,00 R$ 137,50

Plantio Dh 6,0 R$ 35,00 R$ 210,00

Inseticida de Solo Kg 0,3 R$ 700,00 R$ 210,00

Aplicação de Inseticida de Solo Dh 0,6 R$ 35,00 R$ 21,00

Adubo de Plantio NPK (10-30-10) Ton 0,4 R$1250,00 R$ 500,00

Distribuição do Adubo Dh 0,8 R$ 35,00 R$ 28,00

Tratos Culturais

Herbicida Pré-emergente Kg 3,5 R$ 33,60 R$ 117,60

1ª Aplicação Herbicida Dh 1,2 R$ 35,00 R$ 42,00

Herbicida Pré-emergente Litros 3,5 R$ 15,00 R$ 52,50

Herbicida Pós-emergente Litros 2,5 R$ 16,20 R$ 40,50

2ª Aplicação Herbicida Dh 0,6 R$ 35,00 R$ 21,00

Adubo de Cobertura NPK (30-00-20) Ton 0,5 R$1310,00 R$ 655,00

Distribuição do Adubo Dh 0,8 R$ 35,00 R$ 28,00

TOTAL R$ 2.837,10

No sistema de cana-de-ano, deve ser tomado grande cuidado durante o plantio em solos sujeitos à erosão, já que ficará exposto durante toda a estação chuvosa.

CANA DE ANO E MEIOÉ um método onde a cul-

tura terá de 15 a 18 meses para se desenvolver, obtendo-se assim altas produtividades logo no primeiro ano. É um mé-todo muito usado por usinas e destilarias.

A cana de ano e meio é

plantada nos primeiros meses do ano (janeiro a março) época em que a planta encontra con-dições ideais de temperatura e umidade para seu desenvolvi-mento, permitindo assim bro-tação rápida e completo pega-mento das mudas, reduzindo também o índice de doenças nos toletes. O crescimento da planta é reduzido com a che-gada do inverno (abril a se-tembro) e finalmente tem o seu desenvolvimento parali-sado nos meses de outubro a abril. Nos meses seguintes, a

planta inicia o seu processo de maturação até completar 15 a 18 meses. Após o primeiro cor-te, a cana-soca passa a ter um ciclo de 12 meses.

Uma grande vantagem desse sistema é que o plantio não coincide com a colheita e há um melhor controle de plantas daninhas e também menor incidência de doenças.

Na figura a seguir, é pos-sível perceber o comporta-mento do desenvolvimento de uma cana-de-ano em relação a cana-de-ano-e-meio.

Page 17: Revista InteRural - Maio de 2012

19 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 18: Revista InteRural - Maio de 2012

20 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Pantio canade ano e meio

Pantio canade ano

Desenvolvimento Lento

MáximoDesenvolvimento

Emergência

Pefilhamento

Maturação

Maturação

Colheita

Colheita

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Emergência

Pefilhamento MáximoDesenvolvimento

TemperaturaPluviosidade

FONTE: CASTRO (1999) CITADO POR MAXIMILIANO (2002)

Figura 1: Ciclos de Cana-de-açúcar e variações na temperatura e pluviosidade na Região Centro-sul do Brasil.

CANA DE INVERNO

Esse sistema é adotado em propriedades em que há disponibilidade de irrigação, pois o plantio é realizado na época seca do ano.

O canavial apresenta al-tas produtividades já no pri-meiro ano, pois é possível con-trolar a disponibilidade de água no solo.

Experimento conduzido por Moura et al (2005) no mu-nicípio de Capim-PB, compro-varam que a irrigação contri-bui para uma maior produção de matéria verde do canavial quando comparada com um tratamento sem irrigação.

ADUBAçãO DE COBERTURA

(Kg/ha) Produção de Matéria Verde (t/ha)

Com Irrigação

44 (N) + 41 (K2O) 68,11

86 (N) + 81 (K2O) 89,89

157 (N) + 148 (K2O) 104,23

236 (N) + 222 (K2O) 107,69

Sem Irrigação

44 (N) + 41 (K2O) 64,69

86 (N) + 81 (K2O) 78,16

157 (N) + 148 (K2O) 82,34

236 (N) + 222 (K2O) 83,01

FIGURA 3: Produção de Cana-de-açúcar em relação a Diferentes Adubações de Cobertura em Áreas Com e Sem Irrigação.

Fonte: adaptado Moura et al (2005)

CONSIDERAçõES FINAIS

O melhor sistema é aque-le que atenderá as necessi-dades de cada produtor. Para isso, é necessário avaliar bem cada sistema levando em con-sideração a finalidade de sua produção e os recursos dispo-níveis em sua propriedade.

A cana-de-açúcar é uma cultura que se bem conduzida exigirá reforma ou replantio após 5 a 6 anos de produção. Porém, só será produtivo du-rante todo esse tempo com produtividade alta se forem seguidas todas as recomen-dações de correção do solo, adubação, manejo de pragas

e controle eficiente de plantas daninhas, colheita no período correto conforme recomenda-do pelo técnico responsável.

Referências:Cardoso, M. G. Produção de Aguar-dente de Cana. Lavras-MG, 445 p. 2006Moura, M. V. P. S. et al. Doses de Adubação Nitrogenada e Potás-sica em Cobertura na Cultura da Cana-de-açúcar, Primeira Soca, Com e Sem Irrigação. Ciência Agrotécnica. Lavras, v. 29, n. 4, p 753-760, jul/ago, 2005.Oliveira, R. B. Modelagem da Produtividade da Cana-de-açúcar Para as Principais Regiões Produ-toras de Minas Gerais. Dissertação de Pós-Graduação. 110 p. Viçosa-MG. 2010.Pinto et al. Plantio Irrigado de Cana de Inverno. Projeto Cana Pede Água. Encarte 2, 2011. Dispo-nível em: http://canapedeagua.com.br/index.php?option=com_docman&Itemid=6. Acesso em 28/03/2012.Scarpari, M. S. Modelos Para a Previsão da Produtividade da Cana-de-Açúcar (Sacchrum spp.) Através de Parâmetros Climáti-cos. Dissertação de Mestrado. 94 p. São Paulo-SP. 2002.

InteRural Agricultura

Page 19: Revista InteRural - Maio de 2012

21 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 20: Revista InteRural - Maio de 2012

22 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Agricultura

SEAPA

O PIB do agronegócio mineiro mantém expectati-va favorável de crescimento para este ano. Em janeiro, o aumento registrado foi 0,2%, projetando renda anual para R$ 117,7 bilhões (valores atu-ais). Desse montante, 57,5% vêm do agronegócio da agri-cultura e 42,5% do agronegó-cio da pecuária.

O PIB do agronegócio mineiro representa a soma das riquezas do setor de qua-tro grupos: produção básica (dentro da porteira), insumos, agroindústria e distribuição.

O levantamento foi elaborado pelo Centro de Estudos Avan-çados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, encomendado pela Secretaria de Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e pelo Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Es-tado de Minas Gerais).

A tendência de cresci-mento para 2012 se deve aos preços das commodities, que vêm se mantendo altos em função dos baixos estoques mundiais. A evolução da ren-da agrícola dentro da porteira foi beneficiada, principalmen-te, pelos preços positivos e

aumento da produção. O café, produto que apre-

senta peso significativo den-tro do segmento básico da agricultura, foi um dos que contribuíram para o resulta-do positivo do PIB do agro-negócio em janeiro. Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nasci-mento, essa contribuição se deve ao aumento da produção mineira na safra 2012/2013. “A estimativa é de crescimento de 15,67% em relação à safra anterior, que poderá não ser suficiente para acompanhar o crescimento da demanda glo-

Agronegócio mineiro mantém tendência de crescimento em 2012PIB do setor começa ano em plena expansão

FOTOS DIVULGAçãO

Page 21: Revista InteRural - Maio de 2012

23 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Outras culturas devem cOntribuir para a expansãO dO faturamentO dO agrOnegóciO mineirO, em funçãO dO aumentO de preçO

alta de preçOs

25,4%

123,2%

54,2%70,7%

10,8%

FeijãoCana-de-açúcar Batata-inglesa Tomate Banana

bal e recompor os estoques, o que poderá resultar em bons preços” analisa. Esse quadro pode fazer com que os preços sigam atrativos aos produto-res durante todo o ano, am-pliando o PIB do agronegócio no estado.

O milho vem sendo be-neficiado pela conjuntura econômica no país. “Devido ao crescimento da renda in-terna da população brasileira, influenciado pelo aumento do salário mínimo, vem-se cons-tatando a elevação da deman-da por carnes (bovina, suína, frango e pescado). Isso favo-rece o mercado de grão, um dos principais insumos da pe-cuária”, explica o secretário.

Outras culturas que de-vem contribuir para a expan-são do faturamento do agro-negócio mineiro, em função do aumento de preço são: cana-de-açúcar (25,4%), fei-jão (123,2%), batata-inglesa (54,2%), tomate (70,7%) e ba-nana (10,8%).

As atividades da pecuá-ria foram uma das variáveis que limitaram maior proje-ção do PIB mineiro para este ano. O setor começou o ano com retração de 0,41%. Isso se deve ao comportamento

dos preços, principalmente na bovinocultura, suinocultura e avicultura, sendo positivo apenas para o leite.

De acordo com o pre-sidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, as cadeias produtivas de carnes são mais sensíveis ao cenário econô-mico mundial. “Como o Brasil tem grande importância no comércio mundial desses pro-dutos, a volatilidade de preços e os riscos no mercado inter-nacional têm influenciado o

abate e as cotações no merca-do interno”, analisa.

O segmento de insumos do agronegócio mineiro ini-ciou o ano com crescimento de 0,75% da renda. O desem-penho positivo é resultado do aumento de preços e da elevação em volume de ferti-lizantes e corretivos. Destaca--se que a alta desses insumos, apesar de contribuírem para o crescimento do PIB, pesam sobre os custos e pressionam a renda dos produtores.

Page 22: Revista InteRural - Maio de 2012

24 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Agricultura

FONTE: SEAPA

Minas Gerais é, tradicio-nalmente, um estado expor-tador de café em grãos, mas um novo mercado vem se abrindo. Nos primeiros três meses do ano, as exportações mineiras de café solúvel des-cafeinado registraram cres-cimento de 55,1% em relação ao valor comercializado no mesmo período do ano passa-do, atingindo US$ 3,2 milhões. Os números foram analisa-dos pela Secretaria de Esta-do de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nas informações do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo a assessora da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Sea-pa, Márcia Aparecida de Paiva Silva, o bom desempenho das exportações do segmento foi impulsionado pelo aumento do valor médio do café solúvel exportado. No primeiro tri-mestre de 2012, o valor médio atingiu US$ 5,5 mil a tonelada, registrando crescimento de 19,9% em relação ao valor de 2011.

Os principais destinos do café solúvel mineiro foram Finlândia, Rússia e Malásia. Juntos, esses países respon-deram por 65,4% das exporta-ções mineiras. “Entre os países

Exportação mineira de café solúvel cresce 55,1%

importadores, o destaque foi a Rússia, que apresentou cres-cimento nas importações de 779,6% entre o primeiro tri-mestre de 2011 e 2012, soman-do US$ 637,2 mil. Neste con-texto, o país passou de sétimo para segundo maior importa-dor do café solúvel de Minas Gerais” analisa a assessora técnica da Seapa.

O crescimento do inte-resse internacional pela bebi-da abre nova perspectiva para os cafeicultores mineiros. De acordo com a assessora téc-nica da Seapa, o café solúvel apresenta maior agregação de valor, o que lhe confere maior remuneração. Além disso, a

praticidade no preparo é um facilitador para se introduzir o café em mercados não tradi-cionais, fundamental ao pro-cesso de expansão do consu-mo.

Segundo dados do Depar-tamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o con-sumo mundial de café solúvel na safra 2011 atingiu 14,8 mi-lhões de sacas, que representa 11% do consumo mundial de café total (em grão e solúvel). Rússia, Filipinas, União Euro-peia e Estados Unidos são os principais consumidores mun-diais, que juntos, respondem por 58,9% do consumo mundial da bebida.

Nos primeiros três meses do ano, as

exportações mineiras de café solúvel

descafeinado registraram

crescimento de

55,1% em relação

ao valor comercializado

no mesmo período do

ano passado, atingindo

US$ 3,2 milhões

Page 23: Revista InteRural - Maio de 2012

25 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 24: Revista InteRural - Maio de 2012

26 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

ZILDA CORRêA DE LACERDA*

INTRODUçãO

O crescimento da popu-lação mundial, a maior expec-tativa de vida e o aumento do consumo são causas da ten-dência de utilização indiscri-minada dos recursos naturais. Isto porque muitas técnicas hoje empregadas na explo-ração dos recursos naturais, não estão adequadas à manu-tenção do meio ambiente. O desmatamento, o manejo ina-dequado da agricultura, o su-perpastejo, a superexploração da vegetação para produção

de energia e a atividade indus-trial são as principais causas para a degradação.

Áreas degradadas são aquelas caracterizadas por so-los empobrecidos e erodidos, instabilidade hidrológica, pro-dutividade primária e diversi-dade biológica reduzidas.

Usa-se o solo como base para classificação de área de-gradada. Pois é no solo que as esferas hidrológicas, biológi-cas, atmosféricas e geológicas interagem. O depauperamento da potencialidade de um solo e sua conseqüente degradação pode ser de três naturezas:

Degradação Física: refe-

InteRural Agricultura

Recuperação de áreas degradadasÁreas degradadas são aquelas que perderam sua capacidade de produção, sendo difícil retomar a um uso

econômico. As principais atividades degradadoras são: agricultura, mineração e urbanização. A recuperação da área degradada é o retorno do local a uma forma de utilização, de acordo com um plano pré-estabelecido para

uso do solo, implicando em uma condição estável, que será obtida em conformidade com valores ambien-tais, econômicos e sociais. A metodologia principal de recuperação é aquela em que as espécies estejam em

conformidade com o ambiente e que as práticas e manejos envolvidos priorizem a matéria orgânica do solo e a manutenção da água no ecossistema.

re-se às alterações de caracte-rísticas ligadas ao arrajamento das partículas de solo, tendo como principais parâmetros a permeabilidade, a densidade, a estrutura, a aeração e a coe-são. Alto grau de compactação, baixa aeração, alta friabilidade, alta susceptibilidade à erosão, baixa retenção de água e al-teração topográfica do terreno são exemplos de degradação física do solo.

Degradação Biológica: este tipo de degradação de-monstra haver baixa ou nula atividade da fauna e flora do solo. Isto é conseqüência dos baixos valores de matéria or-gânica presente.

Degradação Química: essa forma de degradação mostra a presença de elemen-tos indesejáveis no solo, ou então a perda de elementos essenciais para o equilíbrio do mesmo. Por exemplo, a de-composição de substâncias tóxicas em um aterro pode de-gradar quimicamente o solo.

Assim entende-se que áreas degradadas são exten-sões de terras que perderam a capacidade de recuperação natural, após sofrerem distúr-bios induzidos pelo homem ou por acidente natural que dimi-nui a atual e futura capacidade produtiva do ecossistema. São áreas que perderam sua capa-

Page 25: Revista InteRural - Maio de 2012

27 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 26: Revista InteRural - Maio de 2012

28 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

cidade de produção, sendo di-fícil retomar a um uso econô-mico. A recuperação pode ser conceituada como o processo de reconversão do recurso perturbado à sua condição an-terior ou a outros usos produ-tivos.

A recuperação significa que o local degradado será re-tomado a uma forma de utili-zação de acordo com o plano pré-estabelecido para o uso do solo. Implica que uma con-dição estável será obtida em conformidade com os valores ambientais, econômicos, esté-ticos e sociais da região.

ATIVIDADES DEGRADADORAS

São várias as atividades degradadoras, entretanto al-gumas se sobressaem, como a seguir:

1- Agricultura: A agri-cultura contribui com elevada percentagem na contamina-ção da água e do solo em ní-vel mundial. Com isso, torna--se uma atividade que possui potencial de causar grande degradação se não maneja-da adequadamente. Existem muitos fatores relacionados com a agricultura que podem causar degradação do solo, da água, do ar, dos organismos e da topografia. Entre estes po-demos enfatizar a inaptidão do ambiente, a compactação, o preparo de solo inadequa-do, o monocultivo, a irrigação inadequada, o superpastejo e a cobertura de solo insuficiente.

O uso do solo fora da sua aptidão natural resulta em dois tipos de problemas, um de or-dem econômica, porque o sis-tema exigirá adições crescen-tes de insumos para manter a

atividade, e outro ambiental, pois a capacidade de depura-ção do ambiente esta acima das expectativas dos inter-ventores da área.

Cobertura inadequada do solo decorrente do monoculti-vo intensivo gera a perda gra-dativa da matéria orgânica. A presença de matéria orgânica no solo aumenta a infiltração, reduzindo a ocorrência de es-coamento superficial e erosão. A baixa capacidade em man-ter água no sistema, devido a pouca quantidade de matéria orgânica no solo determina a fragilidade do ambiente.

Sistema de preparo ina-dequado, para cultivo, pode re-sultar em degradação do solo. O preparo do solo interfere na estrutura e nas condições da superfície, já que, o manejo da cobertura está intimamente ligado às práticas de preparo. A prática constante de revolver o solo pode provocar maiores perdas de matéria orgânica, aumentando a densidade apa-rente do solo nos primeiros 30 cm superficiais, formando o chamado pé de grade. Dimi-nuindo a porosidade e aeração, prejudicando o enraizamento, a fauna edáfica e a infiltração da água.

A irrigação inadequada utilizando grandes volumes de água provoca o desperdício de água e a salinização do solo, desenvolvendo o processo de desertificação dessas áreas, como ocorre em algumas regi-ões semi-áridas do Brasil.

Superpastejo consiste em colocar um número de ani-mais superior ao que aquela área pode suportar. Os animais promovem no seu caminhar um pequeno revolvimento na

camada superficial do solo, causando a desagregação do mesmo. Estas pequenas áreas descobertas mantêm o solo exposto, facilitando a ação do vento (erosão eólica), podendo resultar num processo de de-sertificação.

2- Mineração: Não repre-senta grande área em exten-são, se comparada aos demais agentes degradadores. Sua ocorrência é pontual, limi-tando-se a pequenas áreas, se comparada à agricultura, por exemplo. Entretanto, seus efeitos são drásticos ao meio ambiente. A mineração cau-sa grande impacto, devido à movimentação profunda das camadas do solo, retirada da vegetação e alteração do re-gime de escoamento da água. O grande problema da extra-ção de minerais é que estes se encontram em camadas heterogêneas, em veios ou misturados a minerais sem valor econômico. Isto implica na necessidade de excessiva remoção de terra, gerando um grande volume inconsolidado, susceptível a erosão severa.

3- Urbanização: O cres-cimento demográfico, o au-mento da industrialização e a concentração populacional têm sido preocupações cons-tantes na sustentabilidade dos grandes centros. A construção de uma cidade causa inúmeras conseqüências sobre o equi-líbrio do meio ambiente. Os principais problemas decor-rentes são: desestruturações da topografia e da hidrologia local, produção de sedimentos associada pelos vários tipos de erosão (superficiais, voço-rocas, desmoronamentos e deslizamentos), contaminação

InteRural Agricultura

Page 27: Revista InteRural - Maio de 2012

29 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 28: Revista InteRural - Maio de 2012

30 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

dos mananciais por resíduos e deposição de entulhos. As de-mandas de energia e água e a busca para suprir necessida-des básicas resultam na ex-ploração de centenas de km² ao redor das cidades. Estas explorações indiscriminadas da vegetação e dos recursos hídricos, para abastecimen-to tanto da população como das indústrias, transformam os arredores das cidades em áreas degradadas. A urbani-zação excessiva gera como conseqüência a incapacidade de suportar os níveis de resí-duos produzidos. Geralmente o destino dado a estes resíduos não é o mais adequado, no que se refere a sua decomposição e reaproveitamento.

TÉCNICAS DE RECUPERAçãO DE ÁREAS DEGRADADAS

Dependendo do grau de degradação técnicas simples podem ser utilizadas na recu-peração de áreas degradadas, como a seguir:

1- Regeneração natural: A regeneração natural é ge-ralmente o procedimento mais simples e barato de recupera-ção de áreas degradadas. En-tretanto, o tempo necessário a regeneração natural é longo e está intimamente ligado ao grau de degradação. Os fatores mais importantes que condi-cionam a regeneração natural são aqueles relacionados com a disponibilidade de semen-tes, que afetam a germinação e o crescimento inicial. O pri-meiro passo para a recupera-ção seria implantar espécies que auxiliem na formação de um substrato favorável a im-plantação de outras espécies.

Como metodologia básica de recuperação de áreas degra-dadas, alguns passos devem ser seguidos para o sucesso da recuperação. No primeiro mo-mento devem-se observar as características ecológicas da região e fazer um levantamen-to da vegetação regional e de suas espécies características.

2- Rotação e consórcio de culturas: A rotação de culturas consiste em um planejamento racional das diversas planta-ções, alternando a distribuição no terreno em certa ordem e por certo número de anos. A prática da rotação permite escalonar as diferentes cul-turas, melhorando o controle de plantas daninhas, propicia uma melhor absorção de nu-triente, mantém o solo cober-to, promove a variação radicu-lar e aumenta a produtividade. O consórcio de culturas é um grande aliado na recupera-ção de áreas degradadas, pois cada espécie utilizada possui diferentes características que trazem benefícios distintos ao ecossistema, dentre eles podemos destacar: mobiliza-ção e absorção de elementos nutritivos poucos solúveis em grandes profundidades; conservação de nutrientes no solo, mantendo-o disponível para as próximas culturas; melhoria das condições físicas do solo (estrutura, porosidade, temperatura, umidade etc.) e proteção contra erosão.

3- Adubação verde: Des-taca-se entre as técnicas sus-tentáveis que procuram aper-feiçoar o aproveitamento e os benefícios da matéria orgâ-nica. Contribuindo para uma melhor manutenção da fauna e flora edáfica essa técnica visa

à proteção superficial do solo, bem como a melhoria e manu-tenção de suas características físicas, químicas e biológicas.

4- Uso de leguminosas arbóreas: Em princípio, qual-quer espécie leguminosa pode ser usada na recuperação de áreas degradadas. Mes-mo aquelas que não nodulam, apresentam baixa relação C/N em seus tecidos, o que irá fa-vorecer uma rápida decompo-sição e reciclagem de material orgânico adicionado pela que-da de folhas ou morte da plan-ta, criando condições propícias e ativando a vida microbiana no solo. As espécies legumino-sas arbóreas apresentam uma maior concentração de nitro-gênio associada à maior pro-dução de biomassa. Uma opção eficiente para recuperação de áreas degradadas é a utiliza-ção de espécies leguminosas noduladas e micorrizadas, as-sociadas com fosfato de rocha e composto orgânico. Outro exemplo é o uso de legumino-sas produtoras de grãos, que embora sendo mais exigentes, podem compor um esquema de rotação de culturas, o qual é muitas vezes imprescindível à recuperação de áreas degra-dadas pelo cultivo intensivo que deverá ser incorporado novamente ao sistema produ-tivo. Dependendo das caracte-rísticas e objetivos do processo de recuperação bem como das condições climáticas e edáfi-cas do local, têm-se diversas opções de espécies a utilizar.

5- Sistemas agroflores-tais: Alguns sistemas que as-sociam espécies florestais com agrícolas ou pastoris trazem grandes benefícios na recu-peração de áreas degradadas.

InteRural Agricultura

Page 29: Revista InteRural - Maio de 2012
Page 30: Revista InteRural - Maio de 2012

32 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Estes sistemas são a combi-nação de culturas agrícolas anuais e árvores, pastagem e árvores e culturas anuais, pas-tagens e árvores. O sucesso ou não da implantação de um sis-tema agroflorestal depende-rá das características da área para que este se torne viável, identificando criações e con-sórcios ou combinações agro-florestais, que compatibilizem ao mesmo tempo demandas de ordem social, com gerações de empregos e de renda, e am-biental, como recuperações do solo, do microclima, da fauna e da flora, com necessidade de lucratividade econômica em locais, cuja preocupação principal é a recuperação das áreas degradadas. Os princi-pais aspectos positivos que os sistemas agroflorestais pro-porcionam à recuperação de áreas degradadas são: redução do risco de perda total da es-pécie principal, melhoramento das características químicas, físicas e biológicas do solo, for-necimento de maior biodiver-sidade para o meio ambiente e maior facilidade de adaptação a um manejo agroecológico.

Quando se pensa em re-cuperação de áreas degrada-das normalmente se imagina a recuperação de uma área que foi minerada, ou que sofreu corte ou aterro para a constru-ção de uma grande barragem ou algo similar. Embora tais tipos de impacto sejam de alta intensidade local, visualmente bastante ofensivo e de difícil recuperação, sua abrangência é bastante restritiva.

No entanto as atividades agropecuárias apesar de fre-qüentemente serem respon-sabilizadas pela destruição de

áreas de vegetação natural, raramente são consideradas atividades degradadoras. Afi-nal o produtor esta melhoran-do o solo, através da correção de sua acidez, do aumento da disponibilidade de fósforo e de bases trocáveis e da elevação da sua produtividade. O con-ceito de degradação de uma área embora inclua a idéia de degradação do solo vai, além disso, engloba a deteriora-ção da diversidade biológica e o rompimento dos proces-sos ecológicos. As atividades agropecuárias, em especial os monocultivos extensivos, es-tão atualmente entre as ativi-dades humanas responsáveis pela maior extensão de áreas degradadas. Mesmo restrin-gindo a degradação apenas ao aspecto do solo, verifica-se que esta é a assustadora e preocu-pante. As áreas desertificadas e em desertificação vem cres-cendo acentuadamente desde o século XX. As razões dessa desertificação estão ligadas principalmente ao uso agríco-la intensivo e superpastoreio não sustentáveis. As perdas de solo no mundo, devido às ativi-dades agrícolas, são enormes e muito acima do seu desgaste natural, se o conceito de área degradada for ampliado para o seu real significado, indo além da simples degradação do solo.

CONCLUSõES

Diversas propostas para recuperar áreas degradadas apresentam-se com alta efici-ência e rapidez. Porém, não se justificam, porque são onero-sas ou não fornecem os sub-sídios de sobrevivência para aqueles que dela dependem.

O primeiro passo no planeja-mento de um projeto de recu-peração de áreas degradadas é o levantamento das carac-terísticas naturais e sociais do ambiente anterior à degra-dação. No segundo momento, identificam-se os principais agentes que estão a causar a degradação, sejam eles an-trópicos, sejam eles naturais, químicos, físicos, ou biológicos. Com base nestes estudos po-de-se executar a metodologia que melhor se enquadra nas exigências ecológicas, sociais e econômicas da região.

É importante frisar que na recuperação de áreas degra-dadas, a metodologia principal é aquela em que as espécies utilizadas estejam em confor-midade com o ambiente e as práticas e os manejos envolvi-dos, principalmente, a matéria orgânica do solo e a manuten-ção da água no ecossistema, o que facilita e resulta em baixos valores de entropia no sistema.

Outra observação im-portante é a inter-relação dos ecossistemas. Além do enten-dimento das áreas degradadas é necessário considerar as im-plicações das áreas de entorno sobre aquelas degradadas.

Para o sucesso do plane-jamento e execução de um pro-grama de recuperação de área degradada é importante consi-derar a microbacia hidrográfica como unidade central, para o conjunto de ações que tenham repercussão global no futuro.

Zilda Corrêa de Lacerda*Engenheira Agrônoma – CREA 19903/DM. Sc. em Agronomia/Solos Professora Campus Uberlân-dia - IFTM

InteRural Agricultura

Page 31: Revista InteRural - Maio de 2012

33 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 32: Revista InteRural - Maio de 2012

34 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Política

Câmara aprova novo Código Florestal

O Plenário aprovou, no último dia 25, o parecer do de-putado Paulo Piau (PMDB-MG) para o novo Código Florestal (PL 1876/99). O relator propôs a retirada de diversos pontos do texto que veio do Senado, e os deputados aceitaram a maior parte dessas exclusões. O novo código será enviado para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Por questões regimen-tais, permaneceu no texto a necessidade de recomposição de um mínimo de 15 metros de mata nas áreas de preser-vação permanente (APPs) em torno de rios com até 10 metros. Piau tinha proposto a retirada dessa parte do texto, mas o Regimento Interno não permite isso porque a regra foi aprovada tanto na Câmara quanto no Senado.

O texto do relator, apro-

vado por 274 votos a 184, man-tém as atividades agropecuá-rias iniciadas até 22 de julho de 2008 em APPs, mas as demais regras de replantio da vegeta-ção foram excluídas.

A lista do que é APP con-tinua praticamente igual à já aprovada antes na Câmara. Para quem não desmatou e para as situações futuras, as faixas de proteção variam de 30 a 500 metros em torno dos rios, lagos e nascentes (con-forme seu tamanho) e encos-tas de morros.

A diferença em relação ao atual código é que as faixas serão medidas a partir do lei-to regular e não do nível mais alto das águas no período de cheias. Na prática, isso pode diminuir a área preservada.

ANISTIAAs multas por infrações

ambientais cometidas até 22 de julho de 2008 serão suspen-sas a partir da publicação da nova lei e enquanto o proprie-tário que aderiu ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) estiver cumprindo o ter-mo de compromisso ajustado.

Segundo o relator, as faixas de proteção foram au-mentadas a partir da década de 80, e os agricultores com ocupação mais antiga não po-dem ser punidos pela falta de regulamentação dessas áreas de proteção.

“Se a presidente Dilma ouvir a verdade por parte dos agricultores, ela não vetará o texto”, afirmou.

Para os governistas, en-tretanto, a retirada das regras de replantio de APPs significa uma anistia aos desmatadores.

O líder do governo, de-putado Arlindo Chinaglia (PT-

O texto do relator,

aprovado por

274 votos a 184

Page 33: Revista InteRural - Maio de 2012

35 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

5 º G R A N D E L E I L Ã O D O N E N Ê5 º G R A N D E L E I L Ã O D O N E N ÊG i r o l a n d o e H o l a n d ê sG i r o l a n d o e H o l a n d ê s

1 7 d e J u n h o 2 0 1 2 - D o m i n g o1 4 h o r a s

L o c a l : C e n t r o d e N e g ó c i o s 2 NSede da Fazenda BR - 354 Trevo de Candeias

1 7 d e J u n h o 2 0 1 2 - D o m i n g o1 4 h o r a s

L o c a l : C e n t r o d e N e g ó c i o s 2 NSede da Fazenda BR - 354 Trevo de Candeias

AGROPECUÁRIA 2N LTDACandeias - MG

(35) 9175-3100 (Nenê)

(35) 9828-5198 (Rodrigo)

(35) 9139-1200 (Fazenda)

(35) 9964-9007 (Wellerson)

(35) 9932-1387 (Juliana)www.agropecuária2n.com.br

e-mail: [email protected]

AGROPECUÁRIA 2N LTDACandeias - MG

(35) 9175-3100 (Nenê)

(35) 9828-5198 (Rodrigo)

(35) 9139-1200 (Fazenda)

(35) 9964-9007 (Wellerson)

(35) 9932-1387 (Juliana)www.agropecuária2n.com.br

e-mail: [email protected]

India Fabuloso do Cacá

Produtos da 2N

Orquídea HPJ Labareda 2 HPJ

REALIZAÇÃO

TRANSMISSÃOAPOIO

revista 2012_Layout 1 27/03/2012 15:56 Page 1

Page 34: Revista InteRural - Maio de 2012

36 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Política

-SP), disse que a proposta aprovada pela Câmara nesta noite é “insuficiente” e já nasce precisando de mudanças. “De-pois de tantos anos, estamos talvez produzindo uma peça que não vai parar fácil em pé”, disse Chinaglia.

RESERVA LEGALO novo código determi-

na a suspensão imediata, nas reservas legais, de atividades em áreas desmatadas irregu-larmente após 22 de julho de 2008. Os percentuais de reser-va legal continuam os mesmos da lei atual (80% em florestas da Amazônia, 35% em cerrado da Amazônia e 20% nos demais casos).

PEQUENOS RIOSA regra de manter ao me-

nos 15 metros de APP em tor-no dos rios de até 10 metros foi reintroduzida pelo relator an-tes mesmo da votação devido à decisão favorável do presi-dente da Câmara, Marco Maia, em questão de ordem do depu-

tado Sarney Filho (PV-MA).Segundo Maia, como

Casa iniciadora, a Câmara tem a prerrogativa de manter o

texto inicialmente aprovado de um projeto em detrimento daquele vindo do Senado, mas não pode suprimir partes que tenham sido aprovadas pelas duas Casas, como é o caso des-sa regra.

Devido à conexão com o tema, Piau recomendou e foi aprovado o parágrafo do texto que garante um “gatilho” aos pequenos produtores para li-mitar a área total de APPs. Elas não poderão ultrapassar o li-mite exigido a título de reserva legal.

Outra medida prevista no texto aprovado permite a con-tinuidade de atividades agros-silvipastoris, de ecoturismo e turismo rural que já existiam em APPs até 22 de julho de 2008. Esses locais serão con-siderados áreas consolidadas.

Os percentuais de reserva legal continuam

os mesmos da lei atual (80% em florestas da

Amazônia, 35% em cerrado da Amazônia e 20% nos demais casos).

Page 35: Revista InteRural - Maio de 2012
Page 36: Revista InteRural - Maio de 2012

38 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Negócios

Mais vacas abatidas em 2011

POR HyBERVILLE NETO, MÉDICO VETERINÁRIO E ANALISTA DE MERCADO DA SCOT CONSULTORIA.

A carne bovina é um pro-duto com ciclo de produção de mais de quarenta meses, da gestação à idade de abate.

A manutenção de uma vaca no pasto é um risco, um investimento do pecuaris-ta, que poderia tê-la vendido, considerando que este é um ativo de alta liquidez.

Gado é sinônimo de di-nheiro em caixa (em maior ou menor quantidade, dependen-do do mercado).

Quando o preço da cria não está atraente, entre outras razões, aumenta a participa-ção de fêmeas nos abates.

Este aumento pressiona o mercado do boi gordo e carac-teriza a fase de baixa do ciclo de preços.

cordes de novembro daquele ano.

Quem não as abateu apostou na venda dos bezer-ros. Ainda assim, a tentação dos preços dos animais ter-minados acabou levando mais fêmeas para o gancho naquele mês.

Segundo o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), na comparação de novembro de 2010 com no-vembro de 2009 o abate de vacas sob inspeção aumentou 6,8%, enquanto os abates de bois caíram 4,7%.

Naquele mês, as vacas compuseram 35,0% da soma de bois e vacas, nos abates ins-pecionados.

Desde o mês anterior, ou-tubro de 2010, a participação de vacas nos abates tem au-mentado, em relação ao mes-mo período do ano anterior. Veja a figura 1.

FIGURA 1.Diferença entre a participação* de vacas nos abates inspecionados e no mesmo período do ano anterior (eixo da esquerda, em pontos percentu-ais) e preços do boi gordo deflacionado pelo IGP-DI (eixo da direita, em R$/@, a prazo).

* VACAS / (BOIS+VACAS)FONTE: IBGE / SCOT CONSULTORIA – WWW.SCOTCONSULTORIA.COM.BR

OS BEZERROS DE HOJE

Os bezerros que estão sendo desmamados atual-mente são filhos de vacas que emprenharam no final de 2010. Estas vacas poderiam ter ido para o gancho nos preços re-

Page 37: Revista InteRural - Maio de 2012

39 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A última vez que isto ocorreu foi em meados de 2002 e deu início ao aumen-to na participação de fêmeas nos abates. Isto acabou pres-sionando as cotações. Veja a figura 2.

Em 2011 as vacas compu-seram 38,8% dos abates (bois e vacas), aumento de 3,9 pontos percentuais em relação a 2010. O primeiro aumento desde 2006.

A figura 2 deixa no ar uma questão. Como a participação aumentou mesmo com preços do boi firmes?

PREçOS MAIORES E MAIS FêMEAS NO GANCHO?

O aumento dos custos pode ser uma explicação. Veja a figura 3.

Nos anos em que os cus-tos variam acima dos preços do bezerro, há um desestimulo em função da pressão negati-va sobre o lucro da atividade. O abate de fêmeas aumenta. Figura 3.

Em 2011 o custo subiu mais que o preço do bezerro e pode explicar o descarte de fê-meas que aconteceu.

A boa oferta de bezerros atual, associada ao aumento na participação de fêmeas nos abates deixa mais próxima a

* VACAS / (BOIS+VACAS)FONTE: IBGE / SCOT CONSULTORIA – WWW.SCOTCONSULTORIA.COM.BR

* VACAS / (BOIS+VACAS)FONTE: IBGE / SCOT CONSULTORIA – WWW.SCOTCONSULTORIA.COM.BR

FIGURA 2.Participação* de fêmeas nos abates (eixo da esquerda) e preços do boi gordo deflacionado pelo IGP-DI (eixo da direita, em R$/@, a prazo).

FIGURA 3.Variação ano a ano Índice Scot de Custo da Pecuária e dos preços dos be-zerros (desmama e doze meses) no Mato Grosso do Sul (eixo da esquerda) e participação* das fêmeas nos abates (eixo da esquerda).

possibilidade de estarmos na fase de baixa do ciclo de pre-ços.

Diante de quadro, esta-mos no momento de dimen-

sionar investimentos, com base na possibilidade, dos preços da arroba do boi gordo vindouros não serem tão atra-entes como nos últimos anos.

Page 38: Revista InteRural - Maio de 2012

40 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Negócios

AMBIENTALÁREAS DE ATUAÇÃO

Av. Brig. Faria Lima 1478, 19º andar, cj.1909 a 1916CEP 01451-001 São Paulo/SP - Brasil

Tel.: 55 (11) 3097-9991 | Fax: 55 (11) 3097-9903fialdiniadv.com.br

[email protected]

Contratos - Societário - Investimento InternacionalAdministrativo - Bancário - Proprietário Intelectual

Tributário - Civil - Trabalhista - Imobiliário Consumidor - Securitário - Solução de Controvérsias

Regulatório - Medicamentos

São Paulo � Brasília � Rio de Janeiro � UberlândiaSão Paulo � Brasília � Rio de Janeiro � Uberlândia

Milhares de ações judi-ciais de indenização são pro-postas anualmente por conta de acidentes de trabalho. E a cada dia torna-se mais comum o direcionamento desse tipo de processo não só contra a empresa da qual o acidenta-do é empregado, mas também

contra o tomador dos serviços.Em caso emblemático

julgado em 2010 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo , o fun-cionário de uma empreiteira contratada por uma fabricante de ração, ao fazer reparos no telhado sem o uso de qualquer equipamento de segurança,

sofreu acidente e veio a fale-cer. A família do falecido in-gressou com processo contra a empregadora (empreiteira) e contra a empresa de rações que a contratara.

Referido julgamento, além de abordar diversos as-pectos relevantes sobre o

Tomador de serviços também pode responder por acidente de trabalho sofrido por empregado da contratada

FOTOS DIVULGAçãO

Page 39: Revista InteRural - Maio de 2012

41 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

tema em questão, na verdade confirmou uma tendência que vem se consolidando a cada dia: a responsabilidade por aci-dentes de trabalho em virtude da não utilização de equipa-mentos de segurança é soli-dária em relação ao prestador e ao tomador de serviços. Vale dizer: ambos respondem pelos danos causados.

Obviamente, para que isso ocorra, é necessário que este-jam presentes determinados requisitos, não se podendo afir-mar que a responsabilidade so-lidária se dá de forma automá-tica e em todas as situações. O julgador analisará caso a caso.

Para constatar a presen-ça da responsabilidade solidá-ria, deve ser possível concluir que houve participação do to-mador de serviços para que o acidente ocorresse, sendo que tal participação manifesta-se, na grande maioria dos casos, na forma de omissão quanto ao uso de equipamentos bási-cos de segurança.

No caso julgado pelo Tri-bunal, por exemplo, o traba-lhador escalou um telhado de mais de quinze metros de altu-ra sem qualquer equipamento de segurança, tendo feito isso na frente dos funcionários de ambas as empresas. Assim, conclui-se que ambas – em-pregadora e contratante - fo-ram omissas ao permitir essa prática. E, se houve omissão, houve culpa.

Em última análise, é ne-cessário que se prove a culpa do contratante para que ele seja responsabilizado.

Outra questão importan-te relativa ao tema e que tam-bém foi objeto do julgamento diz respeito à existência, no

contrato firmado entre toma-dor e prestador, de cláusula excludente da responsabili-dade de pagamento de inde-nização por parte do tomador. Usando ainda como exemplo a caso analisado pelo Tribunal, havia no contrato uma cláusu-la que estabelecia que, em caso de acidente, o contratante não seria responsável pelo paga-mento de indenização.

A mencionada cláusula foi aceita como válida pelo juiz de primeira instância para ab-solver o tomador de serviços, mas foi afastada pelo Tribunal sob o argumento de que essa disposição só tem efeito entre as partes e não perante um terceiro prejudicado. O Tribu-nal acrescentou, ainda, que se o tomador agiu com a chama-da culpa in eligendo, ou seja, elegeu mal a empresa que lhe prestaria serviços, deve arcar também com o prejuízo.

Mas vale aqui ressaltar que a mencionada cláusula é de fato importante e deve constar nos contratos do gênero. Isso porque sua existência confere ao tomador de serviços o cha-

mado direito de regresso, isto é, se o tomador for condenado e tiver que indenizar terceiros, poderá, posteriormente, bus-car o ressarcimento da quantia despendida junto ao prestador de serviço.

Por fim, quanto aos danos passíveis de ressarcimento, é comum a presença de pedido de danos materiais e os morais.

Os danos materiais con-sistem no prejuízo que a vítima ou sua família sofreram. No exemplo em comento, foram eles fixados em dois terços do salário do acidentado, devi-dos até a data em que seu filho atingisse a maioridade.

Já os danos morais visam amenizar a dor da família e também coibir a repetição da prática que acarretou o aci-dente. O valor será apurado conforme as peculiaridades de cada caso. A título de curiosi-dade, no julgamento em ques-tão foram arbitrados em du-zentos salários mínimos.

________(Para maiores informa-

ções, contate Fialdini Advoga-dos – www.fialdiniadv.com.br)

Page 40: Revista InteRural - Maio de 2012

42 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Pecuária

Cuidados com vacas e bezerros ao parto

Sandra Gesteira CoelhoJuliana Aparecida Mello LimaBruna Figueiredo SilperJuliana Mergh LeãoDepartamento de Zootecnia

Escola de Veterinária da UFMG

A criação de bezerros deve ser considerada como uma das principais atividades em um sistema de produção de leite, pois a cria de bezer-ros representa a possibilidade do aumento do rebanho e do melhoramento genético. Uma vez que a melhoria genética depende do descarte anual de vacas com baixa produção de leite ou com problemas repro-dutivos e de casco, e sua subs-tituição por animais jovens e de potencial produtivo mais elevado é interessante. Apesar de sua importância, a criação de bezerros é uma etapa mui-

tas vezes negligenciada pelos produtores, devido aos custos elevados relativos ao aleita-mento e mão de obra e às altas taxas de morbidade e mortali-dade, sendo assim, uma ativi-dade de alto risco financeiro.

Os bezerros têm diversas particularidades, que quando conhecidas e manejadas cor-retamente por técnicos e pro-prietários resultam em bons índices zootécnicos e animais saudáveis. Dentre essas a cura do umbigo e a transferência da imunidade passiva, represen-tada pela boa colostragem dos animais recém nascidos, me-recem destaque.

Em uma fazenda de lei-te, os animais mais jovens são os mais susceptíveis a doen-ças. Os prejuízos econômicos resultantes das doenças são

grandes e representados pelas altas taxas de mortalidade da categoria, gastos com medi-camentos, e com mão de obra especializada ou não, além de atraso nos objetivos dos programas de melhoramento genético. Ainda, os bezerros que se recuperam invariavel-mente apresentam desem-penho produtivo abaixo do desejável,quando comparados com bezerros saudáveis.

CUIDADOS DURANTE ACASALAMENTO E GESTAçãO

O primeiro passo na cria-ção de bezerras, para que se obtenham bons animais para reposição do rebanho, é a es-colha do touro a ser utilizado no acasalamento e peso ideal da novilha e da vaca ao parto. Quando estes fatores não são controlados adequadamente aumentam as chances de difi-culdades no parto, resultando em abortos, bezerros fracos e perdas econômicas.

Durante a gestação é ne-cessária atenção a nutrição e manejo adequados para bom desenvolvimento fetal, forma-ção do colostro e boa condição corporal ao parto. No último mês da gestação as exigências nutricionais da vaca seca cor-respondem à produção de 3 a 6 litros de leite. Se as novilhas e vacas são mantidas apenas

Page 41: Revista InteRural - Maio de 2012

43 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

auxílio seja feito por pessoas treinadas e que cuidados com a higiene sejam sempre ado-tados. Logo após o nascimento deve-se observar o bezerro e, se necessário, fazer a remoção das membranas fetais, muco do nariz e boca. Nos casos de partos auxiliados, esses cui-dados são ainda mais impor-tantes, sendo necessário além da remoção das membranas fetais, secar e levar o bezerro para um local aquecido.

A cura do umbigo e a co-lostragem, são fundamentais após nascimento, e devem ser feitas o mais rápido possível. Toda essa atenção deve ser dada aos bezerros para aumen-tar as taxas de sobrevivência, minimizar a incidência de do-enças e otimizar seu desen-volvimento, proporcionando um bom ambiente e condições adequadas no nascimento.

CURA DO UMBIGO

Dos problemas sanitários que afetam os bovinos jovens, as infecções de umbigo ocu-pam lugar de destaque. As in-fecções umbilicais e suas con-sequências são responsáveis por altas taxas de mortalidade em bezerros e os animais que não vão a óbito, tem perdas de aproximadamente 25% no desempenho produtivo em

relação a outros animais da mesma idade.

O umbigo representa a ligação da mãe com o feto du-rante a gestação, e é por meio deste que o feto recebe to-dos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. O cordão umbilical liga a pla-centa a estruturas internas do feto por meio de três vasos, sendo duas artérias, uma veia e o úraco. As artérias estão conectadas a circulação san-guínea geral do bezerro, a veia ao fígado e o úraco à bexiga. No momento do parto, devido à distensão, o cordão umbilical se rompe, os vasos sanguíneos e o úraco retraem e ficam po-sicionados próximo a parede abdominal, a pele que envolvia estas estruturas não retrai e forma o coto umbilical. O coto umbilical desta forma repre-senta a porta de entrada mais importante de microorganis-mos causadores de doenças no recém nascido.

O local do nascimento e de criação dos bezerros nos primeiros dias de vida é mui-to importante para o controle das infecções umbilicais. Este local deve ser limpo e seco para que o umbigo não esteja exposto às contaminações do ambiente. Além disso, a pre-sença de matéria orgânica no umbigo diminui a ação do iodo,

Figura 1. Bom piquete maternidade

em pastagens, e se estas não suportam esta produção de leite, o animal irá mobilizar sua reserva corporal antes do par-to para manter o crescimento fetal e para a formação do co-lostro. Neste caso o animal vai parir fraco e a produção de lei-te será comprometida.

Aproximadamente um mês antes da data prevista para o parto, a vaca gestante deve ser levada para um pi-quete maternidade, localizado próximo às instalações, per-mitindo assim, monitoramento dos partos. Este piquete deve ter boas condições de higiene, ou seja, seco, com boa dre-nagem e com boa cobertura vegetal. Deve oferecer, ainda, conforto aos animais, com área de sombra de 4 m²/vaca, baixa taxa de lotação (56m2/animal) e espaço de cocho suficiente (70cm/animal). A manutenção de condições adequadas do piquete maternidade é impor-tante não só para a vaca, mas também para o bezerro. É de extrema importância que este nasça em um ambiente limpo e seco, para reduzir a ocorrência de infecções umbilicais e im-pedir que os bezerros mamem o colostro em tetos sujos de fe-zes, urina e barro. As bactérias, vírus e protozoários que cau-sam diarréia estão presentes nas fezes e quando os bezerros mamam o colostro em tetos sujos eles se contaminam po-dendo apresentar diarréia al-guns dias após o nascimento.

CUIDADOS COM OS BEZERROS APóS O NASCIMENTO

O parto deve ser obser-vado e auxiliado quando ne-cessário. É importante que o

Page 42: Revista InteRural - Maio de 2012

44 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

reduzindo a eficiência da cura de umbigo aumentando o ris-co de infecções.

A cura de umbigo é im-portante para proteger contra a entrada de microorganis-mos e por desidratar o coto umbilical, fechando gradual-mente esta porta de entrada. Este procedimento deve ser realizado nas primeiras horas após o nascimento com tintu-ra de iodo (5 a 7%) e deve ser repetido no mínimo uma vez por dia, durante três a cinco dias consecutivos, ou até que o cordão umbilical caia. O iodo deve ser aplicado sob a for-ma de imersão para permitir a entrada da solução no coto umbilical. Outras soluções não são recomendadas para cura do umbigo, por não conseguir efetivamente desidratar o coto umbilical fechando esta passagem.

A cura de umbigo mal fei-ta, ou a não realização desta, leva frequentemente a infec-ções de umbigo. Estas podem se restringir a infecções locais ou causarem infecções graves em diversos órgãos do bezer-ro, como mostrado na figura abaixo, ou levarem até mes-mo à morte por septicemia

FIGURA 2. Estrutura anatômica do umbigo

FIGURA 3. Cura do umbigo com solução de iodo

Pneumonia Artrite

Septicemia

DiarréiaAbcessos no fígado

Spticemia

Infecções em rins e bexiga

Artérias

Veia

Úraco

Infecção de umbigo

FIGURA 4. Complicações das infecções de umbigo

InteRural Pecuária

(distribuição de patógenos na corrente sanguínea). Os bezerros com inflamação do umbigo ingerem menos ali-mento e ganham menos peso, comprometendo seu desem-penho, e também são mais susceptíveis a ocorrência de outras doenças que podem agravar o caso.Além da cura do umbigo, é preciso incluir na rotina diária o monitoramen-to da ocorrência de infecções no umbigo, o que pode ser feito por exame de palpação. O umbigo saudável é macio e flexível, e o bezerro não deve sentir incômodo no exame. Quando há infecção, o um-

bigo pode estar com volume aumentado e firme, podendo manifestar dor ao exame, se-creção no umbigo e febre. Nos casos de infecção deve ser fei-to tratamento orientado por um médico veterinário.

Um bom manejo do bezer-ro recém nascido pode reduzir a ocorrência de infecções no um-bigo, assim como a ocorrência de outras doenças e sequelas que possam comprometer a vida produtiva do animal. Be-zerras bem criadas e com um desenvolvimento saudável tem grandes chances de se tor-narem vacas mais produtivas e eficientes no rebanho.

Page 43: Revista InteRural - Maio de 2012

45 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 44: Revista InteRural - Maio de 2012

46 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Pecuária

SCOTCONSULTORIA ADAPTADO PELA INTERURAL

A exportação de carne bovina do Brasil no primeiro trimestre de 2012 somou 258,5 mil toneladas, queda de 2,2% comparado ao mesmo perío-do de 2011, refletindo em parte o forte recuo nas vendas para o Irã, informou nesta a Abiec, entidade que representa os exportadores.

A receita com a expor-tação de carne bovina do país nos três primeiros meses do ano atingiu 1,22 bilhão de dóla-res, queda de 0,5% ante o mes-mo período de 2011.

Já o preço médio da carne

bovina exportada pelo Brasil no trimestre foi de 4.733 dóla-res por tonelada, alta de 1,7% ante o mesmo período de 2011.

Os dados da Associação Brasileira das Indústrias Ex-portadoras de Carne (Abiec) mostram que o setor sentiu o efeito da queda nas exporta-ções para o Irã, terceiro maior importador em 2011, com uma participação de 12%.

Neste ano, o país não figu-ra nem entre os dez principais importadores, devido às san-ções econômicas impostas por Estados Unidos e UE por conta do programa nuclear iraniano.

As vendas para o Irã des-pencaram 92,2% em volume,

para 3,14 mil toneladas, contra 40,6 mil toneladas nos primei-ros três meses de 2011.

Principais mercadosA Rússia permaneceu

como o principal destino da carne bovina brasileira, ape-sar de ainda manter o embar-go parcial de frigoríficos de três estados brasileiros - Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Pa-raná.

O mercado russo recebeu 60,1 mil toneladas no trimes-tre com uma receita de 265,6 milhões de dólares, quedas de 13% e 12,7%, respectivamente.

O segundo mercado con-sumidor no período foi Hong Kong, com aumento de 23,6%

Vendas de carne do Brasil caem 2,2% no primeiro trimestreQueda nas exportações para o Irã é um dos principais responsáveis pelo recuo

A

Rússia permaneceu

como o principal destino da carne bovina brasileira

FOTOS DIVULGAçãO

Page 45: Revista InteRural - Maio de 2012

47 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

no volume, de 54,9 mil tonela-das, e crescimento de 41,3% da receita obtida, que somou 211,4 milhões de dólares.

O salto na receita se ex-plica pelo embarque de ou-tros tipos de cortes. «Desde o anúncio da abertura da China, Hong Kong passou a configu-rar um cardápio diferente de cortes, cortes que no passado não eram adquiridos», disse o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, a jornalistas em entrevista coletiva.

OTIMISMO

Camardelli disse ainda que a entidade mantém suas previsões de encerrar o ano com receita de exportação

acima de 6 bilhões de dólares, o que aconteceria pela primeira vez.

A expectativa da Abiec é que o setor reverta a queda de 10,8% nas vendas totais do ano passado, quando foram embarcadas 1,09 milhão de to-neladas, para um aumento de 10% em 2012.

Segundo dados da Abiec, o Brasil vem ampliado seu mercado consumidor, com vendas para a Líbia, EUA e Angola, que passaram a fi-gurar este ano na lista dos principais compradores, ain-da que representem baixos volumes do produto. “Essa inserção de novos países me leva a ser otimista”, disse Ca-mardelli.

Seleção das Arábias“Produzir genética responsável, através de animais melhoradores construindo

assim um relacionamento de confiança e satisfação com nossos parceiros”

Agradecemos à todos os partici-

pantes do 2º Leilão Virtual Seleção

das Arábias. Nesta 2ª edição além

de novos cliente tivemos a grata

surpresa de vender para clientes

participantes da 1ª edição, isto

muito nos honrou, pois demostrou

a confiança em nosso trabalho.

Desejamos a todos compradores

sucesso com os produtos adquiridos

e que os mesmos possam trazer mui-

tas realizações, pois nossa missão

é: “ Produzir genética responsável,

através de animais melhoradores

construindo assim um relaciona-

mento de confiança e satisfação

com nossos parceiros”Comprador: Alexandre Honorato- Fazenda Sonata - Araxá MGAnimal: Nação FIV das Arábias - 1/4 (Palafita das Arábias x Vaidoso da Silvânia), 7 meses.

Valor: R$ 13.680,00

Page 46: Revista InteRural - Maio de 2012

48 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A Actinobacilose é uma doença infecciosa não conta-giosa, crônica do tipo granu-lomatosa que afeta os tecidos moles como a língua e linfono-dos sublinguais, mandibulares e retrofaríngeos, dai advém seu nome popular, língua de pau. Provoca uma lesão do tipo piogranulomatosa, na qual se vê pequenos nódulos com dis-creta produção de pus. O agen-te etiológico é o Actinobacillus lignieresii, um microorganis-mo encontrado na cavidade oral de bovinos, em condi-ções normais. Todavia quando ocorre um ferimento acidental na língua abre-se uma porta de entrada para este microor-ganismo se multiplicar e ime-diatamente desenvolve se a enfermidade, que tem caráter crônico.

Trata se de uma enfer-midade de ampla distribuição mundial que se apresenta de forma esporádica e acome-te especialmente bovinos; alimentos grosseiros são in-

criminados como fatores predisponentes provocando ferimento na cavidade oral e permitindo a invasão do Acti-nobacillus lignieresii .

Os sinais clínicos se ba-seiam na incapacidade do ani-mal em movimentar a língua, consequentemente impedindo a apreensão de alimentos, em especial as gramíneas que são cortadas com a própria língua. Os animais emagrecem, apre-sentam sialorréia (salivação excessiva) e se isolam da ma-nada. Não há tratamento, não se pode fazer correção cirúrgi-ca, pois os bovinos dependem da língua de forma decisiva no ato de pastar. Assim os ani-mais que apresentam essa en-fermidade são condenados ao sacrifício, caso contrário, mor-rem por inanição. O diagnosti-co é tardio por se tratar de uma enfermidade crônica que não apresenta sinais clínicos clás-sicos e por tanto o prognóstico é sempre desfavorável.

Considerações finais

InteRural Pecuária

Actinobacilose em bovinos (Língua de Pau)Trata-se de uma enfer-

midade crônica esporádica que pode ser evitada, cuidan-do melhor da alimentação dos bovinos. Sabe se que estes não possuem um paladar muito apurado e conseguem comer objetos estranhos como: pre-gos, arames e outros materiais metálicos, talos e farpas de madeira. Assim sendo há como impedir que estes corpos es-tranhos cheguem ao cocho dos animais e favoreçam o apare-cimento desta indesejável en-fermidade que não tem cura.

Referências Bibliográficas AQUINO,N.H.B.; Prevalência de actinobacilose em ruminantes em Campina Grande- PB 2005-2010BEER, J.; Doenças infecciosas em animais domésticos, editora Roca, São Paulo,1999COELHO, H.E.; Patologia Veterinária, Editora Manole, Barueri-SP, 2002 COELHO,H.E.; SILVA,L.C.;SILVA JUNIOR,D.P.; PAIVA,W.A.; CARVALHO,T.F.; BARBOSA,C.H.G.;ALBERTO, H.; Actinobacilose em um bovino pro-vocando a chamada língua de pau IX Congresso Brasileiro de Buiatria, Gôiania-GO, 2011McGRAVIN, M. D, ZACHARY, J.F; Ba-ses da Patologia em Veterinária 4ª ed Editora Elsevier Rio de Janeiro, 2009QUEIROZ,R.P; SZABO,M.P.J.; Alte-rações inflamatórias e doenças crônicas granulomatosas, Uberlân-dia,2006RADOSTITS, D.M.; GAY C.C.; BLOOD D.C.; HINCHELIFF,K.W. Clínica Vete-rinária: Um tratamento de doenças de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos 9ª ed Editora Guanabara- Koogan, Rio de Janeiro, 2000REBHUM, W.C.; Doenças do Gado Lei-teiro, editora Roca, São Paulo,2000RIET-CORREA, F.; SHELD, A.L.; LE-MOS, R.A.A.; BORGES J.R.J.; Doenças de ruminantes e equídeos 3ªed Edi-tora Pallotti Santa Maria, 2007SMITH,B.P.; Medicina Interna de Grandes Animais 3ªed Editora Mano-le, Barueri-SP, 2006

DIVULGAçãO

Bovino apresentando Actinobacilose ( língua de pau), observar a exposição da língua para fora da boca e a expressão de sofrimento.

POR HUMBERTO EUSTÁQUIO COELHO

Page 47: Revista InteRural - Maio de 2012

49 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 48: Revista InteRural - Maio de 2012

50 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Pecuária

Tem se falado muito de Genoma durante o ano passa-do e este ano. Tem tido muita informação para se ler e coom-preender, portanto aqui temos um breve resumo de tudo que possa ajudar a entender o que é o Genoma e como funciona a técnica e a utilização na esco-lha de touros genômicos. Este artigo mostra também uma nova comparação genética de touros genômicos e que agora foram provados por teste de progênie, ou seja tenham filhas com lactações encerradas.E veremos também uma rápida passagem do que vai ser o fu-turo do genoma .

VOLTANDO AO COMEçO.

Cada célula bovina con-tém 30 cromossomos. Os cro-mossomos contém cadeias de DNA. O DNA consiste em pa-res diferentes de nucleotíde-os, que são as pequenas letras da sequencia do DNA. A se-quencia de DNA tem 3 bilhões de nucleotídeos , que contem toda a informação do bovino. As diferentes sequencias de nucleotídeos entre animais em teste, são aquelas que fazem um animal ser melhor do que o outro, em provas de caracte-rísticas e produção.

A seleção genomica é um processo que combina infor-mação de um grande grupo de marcadores genéticos ( que é o genoma completo) com va-lores genético tradicionais, para selecionar os melhores animais. O que são os marca-dores genéticos? São os SNP ( Polimorfismos de nucleotídeo único) . São as variações em uma sequência de DNA que ocorre , alterando um único nucleotídeo. Como se coleta informação dos marcadores genéticos? Se coleta primei-ramente amostras de sangue, pelo ou sêmen. Após a coleta o material é levado ao labora-tório onde extraem o DNA das amostras enviadas. O DNA é colocado em um “CHIP”, que examina mais de 50.000 SNP,s distribuídos uniformemente, através dos 30 cromossomos bovinos.

O departamento de agri-cultura dos EUA, o USDA em suas pesquisas afirma que mais ou menos 38.000 SNPs dos 50.000 de um DNA bovino, são informações para calcu-lar as avaliações genomicas. O USDA chegou a esse numero, analisando milhares de touros, com sêmen coletados durante os últimos 40 anos.As asso-ciações observadas, entre os

SNPs e as habilidades genéti-cas conhecidas desses touros de alto nível de confiabilidade e provados por suas progê-nies (filhas), tornou a possível identificar os SNPs, que são os genes para características de produção e conformação, que o mercado leiteiro precisa.

O genoma tem tido um grande impacto na industria e no mercado da genética lei-teira, pois os geneticistas já podem analizar o DNA de um bezerrinho ou bezerrinha e de-terminar a melhor habilidade genética desses animais, ou seja já podem ser selecionados ao nascer não precisam mais ter filhos para serem provados, eles são avaliados simples-mente pelos seus marcadores moleculares, que mostram suas caracterisicas desejáveis, que estão no seus DNAs.

O Dr. Kent Weigel da uni-versidade de Wisconsin – Ma-dison explica que o melhora-mento genético hoje, é muito mais confiável, e consequen-temente, as provas genomi-casvão ter um aumento de confiança. “ O desvendamento do genoma, mostra que po-demos juntar a média do pai e da mãe de um tourinho jovem ou novilha holandesa com a informaçãogenomica e obter

GenomaPassado e futuro

HENRIQUE VIEIRA DA ROCHA

Page 49: Revista InteRural - Maio de 2012

51 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 50: Revista InteRural - Maio de 2012

52 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

um PTA genomico desse ani-mal com uma confiança de 60 a 70%. Issso é muito melhor que ter só a confiabilidade das médias de seus pais, que são normalmente de 30 a 40% de confiabilidade.

SãO CONFIÁVEIS OS RANKINGS GENOMICOS?

Sem dùvidas o “chip” de 50.000 SNPs bases, em média, pode dizer com certeza o mé-rito genético dos touros. No primeiro ano de publicação das características genomicas de um touro, são provadas mais uma vez quando, suas as filhas encerram uma lactação, nos mostrando que estas previ-sões genomicas estavam cor-retas. E melhor ainda, os tou-ros estão em plena produção de sêmen, o que não acontece com as provas de progênie, onde os touros vão ser prova-dos quando já não produzem tanto sêmen mais ou mesmo já

morreram. Acarretando numa grande perda econômica e ge-nética.

Existem hoje mais de 6.200 touros testados por pro-vas genomicas. Se encontram atualmente no mercado mais de 350 touros ativos e prova-dos genomicamente, e comer-cializados por em presas de in-seminação artificial (I.A).

GANHO GENÉTICO

Touros Genômicos for-necem várias vantagens, uma destas vantagens, é que os animais podem ser genotipa-dos e avaliados em uma idade menor. Testes e valores ge-néticos podem ser determi-nados com alta precisão. Por exemplo,

Centrais de inseminação Artificial recebem as avalia-ções genéticas dos tourinhos, com menos de 3 meses de ida-de e usam essas informações para tomar decisões para seu

QUADRO 3 - PROMEDIOS DE PTAS PARA TOUROS ATIVOS DE I.A EM USA POR RAçA

Progenie Holstein

Houlstein Genómico

Preogenie Jersey

Genómicos Jersey

Número de Touros 607 626 137 134

Leche +634 +925 +404 +764

Grasa +29 +49 +32 +42

Proteína +20 +32 +18 +28

SCS 2.88 2.79 3.00 2.97

Vida Prod. +1.5 +3.5 +2.2 +3.2

DPR -0.1 +0.1 0.0 +0.2

MNV$ +263 +487 +243 +358

Fonte: USDA-AIPL, 04/11

QUADRO 2

Rasgo Holstein Hersey Pardo Suizo

Merito Neto de por Vida $ 23 9 3

Leche 23 11 0

Grasa 33 15 5

Proteína 22 4 1

Grasa % 43 41 10

Proteína % 34 29 5

programa de melhoramento genético. Este permite que as centrais de I.A ,escolha, separe e oferece aos produtores ape-nas touros de alto valor gené-tico e aumentarão a produção do criador. Outra vantagem é o aumento da precisão ou confiabilidade touros. A maior confiabilidade significa que os produtores podem escolher animais com maior certeza que vai ter resultados na sua fazenda, em seus valores ge-néticos verdadeiros. Usando os animais que tenham sido testados genomicamente em programas de inseminação ar-tificial, o prodututor vai ter um aumento do potencial de lucro de rebanhos leiteiros, porque eles cortaram o intervalo de geração,ou seja não precisam esperar tanto tempo para se ter certeza que o touro vai ser provado. Os touros agora

podem ser usados como pais de touros para o futuro, com isso estão prontos para produzir sêmen. Fêmeas de alta classificação também pode ser usado como mães, quando atingem a puberdade e estão prontos para serem coletadas ou aspiradas(FIV ou TE), para transferência de embriões. Produtores de lei-te que querem melhoramen-to genético o uso de touros com valores mais elevados de criação,levam certamente a resultados de ganho em pro-dutividade e em melhoramen-to genético do seu rebanho. Muitos dos traços, taxas e re-sultados de touros genomicos são baseadas em evidências avaliações e não dados de teste de progênie. No entanto, note que a seleção do rebanho ge-nético padrão deve ser maior

Page 51: Revista InteRural - Maio de 2012

53 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A Forrageira Autopropelida 7350 da J&D Silagens faz isso.

Juliano Resende Bernardes(34) 9664-7000 / (34) 9219-7000 / (34) 9935-6000

[email protected]

(34) 3210-1500 | [email protected]

Délcio Vieira Tannús Filho(34) 9971-1829

[email protected]

Page 52: Revista InteRural - Maio de 2012

54 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Touros Progênie Touros Genômicos

Abril/09 Abril/11 Cambio Abril/09* Abril/11 Cambio

Número 812 812 -- 139 139 --

#Hijsd 2,020 4,323 +2,303 0 117 +117

MNV Promedio 175 173 -2 388 305 -83

Promedio TPI 1,589 1,562 -27 1,939 1,765 -174

* Ajustado para câmbio de base 2010

para os touros, que foram tes-tados genomicamente.Pois terão um maior numero de touros testados.com isso terá a possibilidade de testar um numero gigantesco de touri-nhos antes mesmo de chegar a fase adulta, o que resultava em grandes despesas econômi-cas e e menor nuero de touros testados.Além do que quando o touro era aprovado já tinha pouco tempo para produção de sêmen, ou mesmo já esta-vam mortos. Com os touros genomicos não teremos mais estes problemas, aos 3 meses de idade eles são testado e já sabemos toda as informações produtivas dele, que estão contidas no seu DNA, que que pode resultar em retorno ge-nético rapidamente.

ExATIDãO NAS AVALIAçõES GENôMICAS:

A pergunta lógica que se segue é: será que toda a ciência que está por trás do genoma são reais práticas?

Este conceito tem sido exaustivamente analisados. No ano passado, a Genex ava-liou a correlação de PTAs. PTAs dados pela prova genômica de touros, e PTAs destes mesmos touros nas suas provas do tes-te de progênie, quando acres-centaram seus descendentes (lactação das filhas) para suas

avaliações genética. Esta análise foi baseada

em 1.221 touros nascidos entre 2002 -2003. A análise mostra as correlações entre PTAs ge-nômico e PTAs dos testes de progênie, com uma confiabili-dade de 78-92 - Indicando um alto nível de confiança em pre-visões genômicas. A verdadei-ra razão para utilizar touros com PTAs genômicos, é para aumentar o nível genético no rebanho do produtor e alcan-çar o progresso genético da maneira mais rápida possível. Simplificando, touros genômi-cos, têm genética mais recen-tes modernas, oferecendo de forma consistente níveis mais elevados de genética.

O QUE NOS TRARÁ NO FUTURO?

Provas genômicas co-nhecidas como “Chip” de 50.000 SNP , já passaram a ser usados atualmente os chips HD de 770.000 revolucionando ainda mais a seleção de touros para a inseminação artificial, e tiveram um impacto sig-nificativo, entre os criadores e produtores de gado,para a produção e comercialização de genética, leite e carne.

Pode-se pensar que o ge-noma é um passo a mais adian-te quando se pensa em melho-ramento animal e genético. Já

está em estudo um mini “chip” que abrirá mais ainda o leque de opções para serem selecio-nadas e com maior confiabi-lidade. E selecionar somente para a característica de produ-ção, conformação e saúde .

TOROS PROGêNIE

Já tem estudos também em relação de rastrear geneti-camente pelo genoma animas diferentes dentro do próprio re-banho. Assim o produtor pode-rá agrupar suas vacas em lotes diferentes de acordo com as ne-cessidades nutricionais de cada uma, isso vai está nas informa-ções do seu DNA, baseado no seu genótipo, que foi mapeado.

O teste genômico revolu-cionou a genética a indústria pecuária. A seleção de touros para inseminação artificial mudou significativamente. O uso de touros genomicamen-te testados, pode ser uma de-cisão sábia para aqueles que querem estar na vanguarda, em relação a progresso ge-nético. Era genômica trouxe mudanças positivas e ainda tem um grande potencial para aumentar estas mudanças .Touros genomicos já são uma realidade basta agora aqueles que não usam e não confiam, começar a confiar e usar. Está provado que é a saida para o futuro da genética bovina .

Page 53: Revista InteRural - Maio de 2012

55 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Para que tanto esforço em ter solução em Gráfi ca???Basta ler abaixo…

Uberlândia 34 3239.5800Franca 16 3722.0418Brasília 61 3343.0521São Paulo 11 3641.8995comercial@grafi cabrasil.com.br

Orce, negocie e imprima com a gente.

www.grafi cabrasil.com.brnovo site, acesse

www.grafi cabrasil.com.brnovo site, acesse

Page 54: Revista InteRural - Maio de 2012

56 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

POR GUSTAVO RIBEIRO

O Criador de Sucesso des-ta edição da InteRural conver-sou com uma mulher determi-nada, inteligente e, acima de tudo, empreendedora. Rossa-na Debis é Psicóloga nata, dona de uma retórica incontestável, mostra-se esclarecida e, como toda boa empresária, conta com uma fundamental visão de futuro.

Especializada em Planeja-mento Estratégico, encontrou no agronegócio uma maneira de expandir seus negócios e contribuir para o crescimento da pecuária do Triângulo Mi-neiro e de todo o Brasil por meio de projetos sustentáveis e mui-to bem direcionados. Conheça um pouco mais da história de sucesso dessa força feminina da agropecuária brasileira.

Como foi o início de sua

Criador deSucessoA aposta na uniãoConheça a história de uma empresária que aposta em cotas de genética

trajetória na pecuária e, cla-ro, depois especificamente no Brahman? Além desse traba-lho, você atua em algum outro setor?

Sou Psicóloga Organiza-cional, atuante em empresas de diversos segmentos, espe-cialista em Planejamento Es-tratégico.

Quando jovem herdei uma propriedade rural no município de Araguari-MG e

somente em 2009 decidi ser pecuarista. Esta decisão me custou uma série de mudan-ças na minha vida profissional e pessoal, mas eu estava dis-posta a mudar e encarar uma nova realidade.

Vários fatores me in-fluenciaram a planejar a con-dução dos negócios. O fato de a atividade pecuária brasilei-ra ser a que mais cresceu nos últimos 10 anos, de o agrone-

Page 55: Revista InteRural - Maio de 2012

57 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

gócio ser o motor propulsor da economia e, principalmen-te, de a projeção da produção agropecuária crescer cerca de 40% até 2019, colocando o Bra-sil na liderança mundial de ali-mentos, classificando-o como celeiro do mundo. Outro fator é a localização privilegiada da fazenda numa rota estratégica ao turismo (BR MG 413, divisa dos estados de Minas e Goiás), que dá acesso ao 3° maior polo em visitação turística no Bra-sil. Assim, desenvolvi a estra-tégia do negócio criando uma aliança entre Genética e Eco-turismo.

O pequeno produtor lida com sérias dificuldades ad-vindas da tributação, do pouco capital de investimento e bai-xa lucratividade da pecuária tradicional. Analisando este cenário, usando a experiência e criatividade, propus um projeto que minimiza estes impactos através da composição de gru-pos de pessoas que investem no agronegócio como parceiros de desenvolvimento, de renta-bilidade e de qualidade de vida.

A primeira iniciativa foi convidar um grupo de gesto-res da área e reformular a Ross Agropecuária, iniciando a cria-ção de gado de Elite e fundando o Criatório Brahman Pontal.

Recordo da época de mi-nha infância de um bezerro Zebu importado da Índia pelo meu pai, de nome Lord, que é uma raça que me marcou pela extrema docilidade. Atual-mente, esta raça demonstra ter muito a contribuir geneti-camente para o agronegócio brasileiro, incrementando e tornando o mercado da car-ne mais quantitativo e de alta qualidade.

Como é a rotina na sua pro-priedade? Quantos funcioná-rios fazem parte da sua equipe e quais atividades são desen-volvidas na fazenda? Minha rotina atual compreen-de a gestão direta da fazenda, envolvendo treinamento de equipes de produção, de re-cepção e de comercialização. O perfil dinâmico e comunica-tivo me impulsiona a participar de eventos e feiras da área, a relacionar-me com pessoas que já possuem vivências e experiências de sucesso e que queiram compartilhar.Cuido também do desenvol-vimento estratégico da marca do meu negócio – Chumbinho. Este está presente em acessó-rios de luxo, cachaça de bolso e em produtos aromáticos. Os produtos selados com a marca Chumbinho são 100% nacio-nais e os parceiros recebem o selo de certificação Ecopontal – certificação de sustentabili-dade para empresas de atitu-des ecologicamente corretas.Estou diretamente envolvi-da também com o processo sucessório do meu negócio.

Formei um filho economista e advogado, que trata da parte financeira e jurídica, orientan-do os investimentos, e outro filho veterinário, que está em-barcando para Austrália a fim de se especializar na área de genética. Assim, a continuida-de e o crescimento do negócio estão garantidos.

O que é o Brahman Pontal? Como esse condomínio é for-mado? De onde surgiu a ideia de fundá-lo? O Brahman Pontal é uma das áreas de atuação da Ross Agropecuária. É um siste-ma moderno de trabalho em equipe, no segmento do agro-negócio, ofertando cotas de Genética, denominadas de CONDOMÍNIOS. O Condomínio é formado por pessoas que buscam alternati-vas de rentabilidade com risco dinâmico, que se identificam com a natureza, que valorizam a qualidade de vida e bons re-lacionamentos e que acredi-tam que Condomínios trazem lucratividade com investi-mento reduzido. Assim, sem

FOTOS ARqUIVO PESSOAL

Page 56: Revista InteRural - Maio de 2012

58 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

possuir uma propriedade rural e sem ter intimidade com as atividades do campo, a pessoa pode usufruir o turismo ecoló-gico, praticar sustentabilidade, ter bem-estar e retorno finan-ceiro de médio e longo prazo.Esta ideia inovadora e ousa-da surgiu da necessidade de se urbanizar o meio rural, ou seja, oferecer atividades que promovam a reflexão e a inte-gração entre homem e natu-reza, em inter-relação viven-cial com o ecossistema, com os costumes e com a história centenária da fazenda.

Quais as metas Brahman Pon-tal em 2012?Ainda no 1° semestre de 2012, vamos finalizar a comerciali-zação das cotas de genética, que já estão segmentadas em: Condomínio Doctor, Condomí-nio Teen, Condomínio Exact e Pink Chumbinho. As cotas Ecológicas, Poupança Verde e Responsabilidade Socioam-biental já têm programação para sediar o Encontro In-ternacional de Escoteiros e o Evento Internacional de Cine-ma Rural.Firmamos parcerias para a plantação da floresta medici-nal, recuperação de 5 nascen-tes, plantação de 6 mil mudas de seringueiras e a criação da horta orgânica.A Ross Agropecuária possui uma sólida atuação na criação e no desenvolvimento de sim-pósios de formação da consci-ência pessoal e comportamen-tal dentro de empresas e para grupos informais.

Como você conheceu a raça Brahman? O que busca nesses animais?

O maior motivo foi a tradição familiar em pecuária. A maior necessidade e desafio foi en-tender que a genética é possi-bilidade e garantia de bons ne-gócios. Então visitamos vários criatórios de diferentes raças e optamos pelo Brahman, pri-meiro pela indicação de um grande amigo e depois por entendermos que o Brahman é o gado dócil, de fácil manejo,

que tem ganho rápido de peso, conversão e adaptabilidade excelentes.Defendemos a ideia da opor-tunidade e acreditamos que, estendendo a pecuária a ou-tras pessoas, disponibilizan-do genética e criando uma consciência coletiva, as ações estratégicas se tornam mais eficazes. O nosso plantel é formado por animais comprovados, ga-rantidos geneticamente de diferentes criatórios, por en-tendermos que a diversidade

vai nos colocar na situação de ofertar ao mercado produtos excelentes e diferenciados.O resultado da genética é de longo prazo, mas percebemos que na raça Brahman este ca-minho é agilizado, pois temos matrizes e touros de excelente qualidade.

O Brahman Pontal foi escolhi-do pelo Conselho Nacional da Indústria como um trabalho modelo em inovação no agro-negócio. Como vocês recebe-ram essa notícia? O planejamento estratégico foi determinante para a concreti-zação dos projetos em ações e resultados. Sermos reconhe-cidos por uma entidade refe-rência como o CNI foi para nós o termômetro e o divisor de águas.

Como você avalia a atual situ-ação da pecuária brasileira?Não podemos negar a signifi-cativa evolução da pecuária, da indústria e das exportações brasileiras, colocando o Brasil em posição de destaque no ce-nário mundial. Contudo, ainda existem muitos mitos e verda-des sobre a pecuária brasileira. Acredito que precisamos, ur-gentemente, ter uma cadeia produtiva organizada e sus-tentável, que envolva: gestão, melhoria da qualidade do re-banho e consequente melhoria no valor de mercado, ou seja, melhoria das práticas de apro-veitamento do rebanho. Os pecuaristas não investem em Planejamento Estratégico.

Você gosta de participar de exposições e pistas de julga-mento? Já conquistou títulos? Caso tenha conquistado, al-

Vários fatores me influenciaram a

planejar a condução dos negócios. O fato de

a atividade pecuária brasileira ser a que

mais cresceu nos últimos 10 anos, de o

agronegócio ser o motor propulsor da economia e, principalmente, de a projeção da produção agropecuária crescer cerca de 40% até 2019, colocando o Brasil na liderança mundial de

alimentos

Criador deSucesso

Page 57: Revista InteRural - Maio de 2012

59 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

gum desses pode se dizer es-pecial?O criatório Brahman Pontal participa de pistas de julga-mento e de exposições através da aquisição de cotas de ani-mais de outros criatórios.O reconhecimento através de títulos é importante, pois premia o esforço de toda uma equipe e potencializa os inves-timentos.

O que pode melhorar na pecu-ária de corte brasileira?O resultado do nosso trabalho é medido na venda dos ani-mais. No caso da engorda, fica-mos a mercê de variáveis que não temos acesso ou interfe-rência.Como a pecuária tem um ciclo, deveríamos ser uma classe mais organizada na venda dos nossos produtos.

Além do Brahman, existe ou-tra raça que chama a sua aten-ção?Sim. Trabalho no desenvolvi-mento de plataforma de ven-das diferenciadas para que no futuro próximo possa comer-cializar outras raças.

O que mais a faz sentir realiza-da no seu trabalho?Receber pessoas na proprieda-de, mostrar as possibilidades de negócios e elas se tornarem parceiras. Fazer com que elas enxerguem que o agronegócio é acessível a qualquer pessoa sem ter que ter fazenda.

Seu filho, apesar de jovem, já está ingressado no agrone-gócio. Para a senhora, qual é a importância da família nos negócios?Em primeiro lugar, família é a instituição mais importante da sociedade. Como psicólo-ga, analiso a desestrutura das pessoas por faltar uma base

sólida de limites e valores que adquirimos pela família.Nos negócios, creio ser um de-sejo dos pais de continuidade, pois isso leva em conta tradi-ção e experiência. O que não quer dizer que o inverso possa ser considerado fracasso.Acho importante aceitar as escolhas dos nossos filhos. Coincidentemente, da geração do meu avô até os meus filhos, acreditamos na continuidade do negócio.Sou uma mãe e profissional re-alizada, aceito os limites e de-safios que a vida me propõe e conto sempre com aquele que verdadeiramente pode nos guiar e ajudar: Deus.

Page 58: Revista InteRural - Maio de 2012

60 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Selecionando genética e produtividade com o Gir Leiteiro para fazer o Girolando F1 que vai mudar o rumo da pecuária nacional

Fazendas doBasa

InteRural Capa

Page 59: Revista InteRural - Maio de 2012

61 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

CONHEçA A HISTóRIA DE UM DOS MAIORES PROJETOS

DE LEITE DO BRASIL

FOTO

S ZZ

N PE

RES.

COM

Page 60: Revista InteRural - Maio de 2012

62 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

POR GUSTAVO RIBEIRO

Natural de Leopoldina--MG, Evandro do Carmo Gui-marães carrega no sangue a paixão pela terra. Sua família é de produtores rurais: o avô, João do Carmo, foi um pioneiro plantador de café na região da Zona da Mata mineira e viveu boa parte dos seus 94 anos de-dicados à agropecuária.

As Fazendas do Basa ini-ciaram os trabalhos na déca-da de 1970, em Muriaé, MG. A atividade desenvolvida era exclusivamente a produção de leite com vacas Girolando. Naquela época, com um plantel ainda de baixa produtividade, Evandro procurava melhorá--lo através de processos de inseminação e com touros de repasse em um rebanho relati-vamente extenso.

Preocupado com a mon-ta natural, chegou a importar, junto com Pedro Conde, em-briões de animais excepcio-nais, como G Starbuck, filho direto do consagrado Starbuck - animal que agregou muito ao rebanho da Fazenda.

No final dos anos 1990, Evandro adquirira outra pro-priedade no município de Le-

opoldina-MG (sua terra natal), e implantou um sistema de or-denha mecânica, aumentando a capacidade de produção de leite. Além disso, o criador foi o pioneiro na realização do mé-todo FIV (Fertilização In Vitro) na região, abrindo caminho para essa nova tecnologia. No ano 2000, já era um dos maio-res produtores de leite da re-gião, com 2.000 fêmeas Giro-lando em seu plantel. Evandro, cuja grande paixão é o aprimo-ramento genético do rebanho leiteiro, é um exemplo para os criadores da região, que mui-tas vezes se espelham no seu trabalho.

Durante 20 anos fez re-produção do Girolando com o melhor sêmen Holandês e utilizando boas fêmeas Gir pa-drão, de alta qualidade, oriun-das da Epamig. Essa foi a base do plantel das Fazendas do Basa até 2008.

São mais de 30 anos de tradição, com uma filosofia de trabalho bem definida: sele-cionar os melhores touros e as vacas de maior lactação para gerar animais com alta capa-cidade produtiva e valor gené-tico.

O GIR LEITEIRO DAS FAZENDAS DO BASA

Pela necessidade de in-formações a respeito da evo-lução dos touros da raça, Evandro sempre acompanha o desenvolvimento do Gir Leiteiro, por isso, inseminou centenas e centenas de doses de sêmen de Caju, Benfeitor, Meteoro, Impressor... - os prin-cipais touros da raça foram utilizados para formar seu re-banho Girolando.

Sempre atento ao merca-do, verificou, através de revis-tas especializadas e dos testes de progênie, que o rebanho Gir Leiteiro estava aumentando. É de conhecimento geral que o Gir padrão produz pouco leite, mas, através do melhoramen-to genético, a produção é au-mentada e ainda diminui-se o grau de variabilidade que exis-te quando se utiliza o Gir Pa-drão como matriz do Girolando.

“Eu percebi que já existia uma boa quantidade de do-adoras Gir Leiteiro acima de 8.000kg de leite. Então decidi liquidar todo o nosso plantel de Gir Padrão e fazer um inves-timento que me desse muito orgulho. Fixei a produção de

InteRural Capa

GIROLANDO F1 QUE SERÁ OFERTADO NO LEILÃO

Page 61: Revista InteRural - Maio de 2012

63 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

leite como principal caracte-rística das minhas aquisições. De 2008 a 2010, eu investi em dezenas de animais, precisa-mente 132 doadoras, sempre exigindo alta lactação da mãe e da avó. Comprei pouquíssimos animais com lactação abaixo de um valor extremamente confortável”, destaca Evandro.

O plantel do Basa é for-mado por animais adquiridos dos mais respeitados criató-rios do Brasil: da Fazenda Bra-sília, filhas de Setiba, Proteína, Surpresa, Luzíada, Rotina, Ofe-

renda, Ameixa, União, Tática, Soja, Ordenha, Deusa, dentre outras; da Calciolândia, filhas de Lenda, Polina, Prateada, Nagy, Planta, Paineira, Quica, Heresia, Profana, Quimbanda, Norina, e muito mais; da Mu-tum, filhas de Deliciosa, Edra, Eda, Lactose e Urgência 3R; da Estância Silvania, filhas da Brancura, da Elite, Unidade, e da Fábula. Do pioneiro Kinkão, ele destaca filhas da Siberinha, Ventosa, Sacada. Tem ainda filhas de outras vacas consa-gradas como Coraça, Bonita,

Taça, Biriba, Fiara, Damini, Dá-diva e Domada. São mais de 70 filhas de vacas com produção oficial superior a 10.000 kg de leite.

De acordo com Evandro, o Gir Leiteiro é uma das prin-cipais descobertas do povo brasileiro. “O trabalho tenaz, dedicado e iluminado desses pioneiros do Gir Leiteiro, as fazendas que ao longo de 50 anos perseguiram caracte-rísticas leiteiras na raça Gir e constituíram essa raça única, extremamente rústica, bonita,

FOTOS ZZN PERES.COM

Page 62: Revista InteRural - Maio de 2012

64 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

produtiva, longeva - fizeram do Gir Leiteiro uma benção, que está apenas começando a ser disseminada no mercado brasileiro. Nós temos um re-banho leiteiro de aproximada-mente 30 milhões de vacas. O número de animais Gir Leiteiro ainda é muito pequeno dentro desse universo e poderá ser extremamente ampliado para alguns milhões”, avalia.

Além de ser importante como raça, o Gir Leiteiro é fun-damental para produzir a raça brasileira maravilhosa que é o Girolando. Especialmente o Gi-rolando superior, concebido a partir de fêmeas Gir Leiteiro de alta produção. Ainda assim, o Brasil precisa melhorar subs-tancialmente cerca de 80% do seu rebanho leiteiro. O Gir Lei-teiro é fundamental para esta-belecer a troca de pelo menos 10 ou 15 milhões de animais Girolando que estão no Brasil.

Nas Fazendas do Basa só é feito Girolando, se mães e avós das matrizes tiverem lactações controladas oficial-mente acima de 5.000 kg.

CURRAIS VERMELHOS

Nas Fazendas do Basa existem dois currais com

exemplares Gir Leiteiro. Num deles são ordenhados até 45 animais com lactação média acima de 20 kg/dia. No outro são ordenhados cerca de 70 animais, sendo que alguns es-tão oferecendo leite com altís-sima média em apenas duas ordenhas.

Evandro acredita que, em breve, currais constituídos só com animais Gir Leiteiro vão existir em maior número no Brasil, mesmo afirmando que, nesse atual momento, a pro-dução de leite com animais Gi-rolando é, sem dúvida, a mais acessível. Destaca ainda que não conhecemos toda a poten-cialidade do Girolando nem do Gir Leiteiro.

A revolução de qualida-de no Girolando recém come-çou. Agora, mais do que em qualquer outro momento da história, fazendas importan-tes, focadas na produção de

“Já temos na fazenda mais de 260 bezerras

filhas de vacas com mais de 10.000 kg de leite. Eu tenho muita alegria em verificar que estamos

produzindo uma grande melhoria, com foco no

leite, em um rebanho que é composto, hoje, por

cerca de 850 animais”.

InteRural Capa

Page 63: Revista InteRural - Maio de 2012

65 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

genética, estão produzindo os animais Girolando supe-riores que vão revolucionar a pecuária nacional e aumentar nossa produção para muito mais do que os 30 bilhões de litros já produzidos anual-mente, e com menor número de reses.

Desta forma, o Brasil vai praticar a chamada revolução ambiental, com menor núme-ro de animais iremos precisar de menos áreas de pastagens, podendo aproveitar a terra de outra maneira sustentável e

adequando-se a política ABC (Agricultura de Baixo Carbo-no). Essa é a direção que o Bra-sil vai seguir.

“Com o auxílio de políti-cas publicas, acho que o Brasil poderá produzir 80 bilhões de litros de leite, derrotando de uma vez por todas a miséria no

campo, com excedente para exportar para nações famin-tas por proteína, como as da África. O Brasil ainda poderá desenvolver uma poderosa in-dústria láctea, que já tem mui-tas qualidades, mas que pode-

rá ser ampliada e melhorada com o aumento da qualidade do leite que advirá com o me-lhoramento genético do reba-nho”, avalia Evandro.

É de conhecimento dos produtores que, infelizmente, os governantes ficam a dever uma política de preços mí-

nimos para o leite, o que, em última instância, traz insegu-rança ao produtor e, em al-guns momentos e através da importação de leite, acarreta a deterioração dos preços do lei-te produzido aqui.

“Com o auxílio de políticas publicas, acho que o Brasil poderá produzir 80 bilhões de litros de leite, derrotando de uma vez por todas a miséria no

campo, com excedente para exportar para nações famintas por proteína, como as da África. O Brasil ainda poderá desenvolver uma poderosa

indústria láctea, que já tem muitas qualidades, mas que poderá ser ampliada e melhorada com o aumento da qualidade do leite que advirá com o

melhoramento genético do rebanho”

Page 64: Revista InteRural - Maio de 2012

66 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

PROFISSIONALISMO

O manejo do Gir Leiteiro nas Fazendas do Basa é feito de uma maneira que Evandro considera muito apropriada, separando os animais sempre em piquetes, com diferença de no máximo dois meses de ida-de e considerando também o peso dos animais.

A estratégia é oferecer piquetes aonde as receptoras vão amamentar as crias - e nunca o contrário, pois é foco de problemas. Os piquetes sempre são feitos em declive, devido à fazenda situar-se em uma região montanhosa. “Temos o prazer de dizer que produzimos o Gir Leiteiro que ‘sobe morro’. Desde os primei-ros dias eles sobem áreas em declive e, a nosso ver, isso faz com que os animais desenvol-

vam fenótipos bem adequados à sua idade”, pondera Evandro.

Depois da desmama, os animais são separados em pi-quetes de acordo com as re-feridas idades: grupos de 10 a 12 meses, de 12 a 14, até o mo-mento em que estarão pron-tas para serem fertilizadas. O

rebanho desmamado das Fa-zendas do Basa é tratado ba-sicamente a pasto, mas sem-pre com um pequeno atrativo dentro dos piquetes para que os animais desçam das pas-tagens e possam desenvolver temperamento dócil a partir do contato com os peões.

Fel do Basa – touro em teste de progênie

Fábrica FIV de Brasília – doadora com títulos nas pistas e em torneios leiteiros

InteRural Capa

Page 65: Revista InteRural - Maio de 2012

67 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

O GIROLANDO DOS SONHOS

O foco das Fazendas do Basa para os próximos três anos é ter o melhor Gir Leiteiro para produzir um Girolando F1 de excelência. O compromis-so com esse cruzamento é tal que o criadouro não formará animais em outros graus de sangue.

Dedicada ao aperfeiçoa-mento do Girolando, seu ob-jetivo é produzir animais ope-rários, produtivos, rústicos e sadios, o que será uma grande contribuição para a melhoria do plantel brasileiro. Para isso, o manejo é feito de acordo com as mais modernas tecnologias, além do assessoramento devi-do, como, por exemplo, na pro-dução de bezerras ½ sangue no sistema de aleitamento em receptoras e também na cria-ção em casinhas.

Atualmente, o quem tem proporcionado maior prazer a Evandro é perceber a me-lhora, mensalmente e trimes-tralmente, da qualidade dos animais produzidos. Ele e toda sua equipe estão fazendo um trabalho diferenciado, profis-sional, de encher os olhos. “Já temos na fazenda mais de 260 bezerras filhas de vacas com mais de 10.000 kg de leite. Eu tenho muita alegria em veri-ficar que estamos produzindo uma grande melhoria, com foco no leite, em um rebanho que é composto, hoje, por cerca de 850 animais”.

REDE GADO BOM

A Rede Gado Bom é um empreendimento e uma ini-ciativa das Fazendas do Basa que se destina a reunir fazen-

das e produtores rurais da re-gião da Zona da Mata mineira, na divisa com os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, para uma espécie de comuni-dade, sob iniciativa, orientação e administração do Basa. Tal trabalho visa a produzir o Giro-lando de alta qualidade a partir de fêmeas Gir Leiteiro com os melhores touros Holandeses.

A Rede Gado Bom pode ser chamada de clube, condo-mínio, associação. No fundo é uma paixão de produtores que têm interesse em produ-zir animais de qualidade. Neste primeiro momento, a rede é fo-cada na produção de Girolando F1 de valor genético superior.

“Nosso objetivo é permitir a democratização de animais de qualidade para os produto-res de leite. As fazendas que se associarem terão apoio técni-co, genético e também apoio comercial no momento em que queiram vender parte dos seus animais”, destaca Evandro.

De acordo com o Basa, a Rede Gado Bom está come-

“Eu percebi que já existia uma boa quantidade

de doadoras acima de 8.000kg de leite. Então

decidi liquidar todo o nosso plantel de Gir Padrão e fazer um investimento

que me desse muito orgulho. Fixei a produção

de leite como principal característica das minhas

aquisições. De 2008 a 2010, eu investi em dezenas de

animais, precisamente 132 doadoras, sempre

exigindo alta lactação da mãe e da avó. Comprei pouquíssimos animais com lactação abaixo de

um valor extremamente confortável”.

Page 66: Revista InteRural - Maio de 2012

68 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

çando sem pressa, cuidado-samente, selecionando seus parceiros, com o objetivo de definir exaustivamente as ro-tinas de troca de ideias entre os participantes, para que seja extremamente produtiva e lucrativa para os associados. O lançamento oficial da rede será feito dia 19 de maio, du-rante o tradicional leilão GIRO-LANDO das Fazendas do Basa, no Parque de Exposições de Muriaé, MG, a partir das 14:00 hs, com transmissão ao vivo do Canal Rural.

TOURO HOLANDêS EM FêMEAS GIR LEITEIRO DE ALTA LACTAçãO

Essa é a estratégia para produzir o Girolando dos so-nhos das Fazendas do Basa. Evandro aposta que, com esse cruzamento, é mais viável produzir Girolando F1 superior no Brasil. “Acreditamos que seja a forma mais econômica e funcional. Veja bem: As fêmeas Gir Leiteiro produzem mais oóci-tos que as holandesas. Além disso, existem relativamente poucos touros Gir Leiteiro pro-vados, mas uma quantidade

cer também a curiosa história do apelido de Evandro, contada por ele mesmo. Basa é um ape-lido que meu filho Evandro me deu quando tinha em torno de 8 ou 9 anos. Deriva do nome de um jogador de futebol, lateral esquerdo do Corinthians, cha-mado Ari Bazão. Por ter vindo das categorias de base do time paulista, ficou conhecido como Ari Bazão.

Ari Bazão era um lateral esquerdo extremamente ro-busto e por quem a bola nem o adversário passavam.

Eu frequentava o estádio do Pacaembu com meu filho, e a gente adorava quando o Ari Bazão “engatava a segunda” e voltava para defender a zaga do Corinthians.

Nas tradicionais “pela-das” que a gente organizava na fazenda, eu me assemelhava ao Ari Bazão e derrubava vá-rios adversários, muitas ve-zes até companheiros de time. Então meu filho gritava “Vai, Ari Bazão, vai, Ari Bazão, vai, Basa!”, e esse Basa “caiu como uma luva”, e quando precisá-vamos de quatro letras para registrar os animais Girolando na associação, minha mulher não hesitou em escolher tal apelido.

Bezerras 1/2 sangue de Gir

Leiteiro de alta lactação

InteRural Capa

imensa de touros holandeses que já o foram. Então é a forma mais eficaz”, destaca.

O BASA POR EVANDRO GUIMARãES

Foi no requintado Octá-vio Café, na Avenida Brigadei-ro Faria Lima em São Paulo, que eu tive a oportunidade de conhecer um pouco mais da história de um dos executivos mais influentes do Brasil, por seu trabalho nas Organiza-ções Globo. E foi também nessa mesma ocasião que percebi o quanto Evandro é empreende-dor, otimista, sempre com um olhar voltado para as questões macroeconômicas. Preocupa-do não só com o destino das suas propriedades, mas com o futuro do Brasil.

Tive a chance de conhe-

Page 67: Revista InteRural - Maio de 2012

69 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

OPORTUNIDADE DE COMPRAR GENÉTICA BASA

Durante a Expozebu, em Uberaba-MG, as Fazendas do Basa irão participar de dois grandes leilões de elite de Gir Leiteiro. No dia 02 de maio promovem, em parceria com a Calciolândia, Fazenda En-genho e Gir Veredas, o leilão Excelência da Raça, no Tater-sal RKC, dentro do Parque de Exposições Fernando Costa. O evento será transmitido pelo canal Terra Viva. As Fazendas do Basa irão ofertar sete lotes da cabeceira do seu plantel.

“Nós vamos vender a Florina, filha de Soja x Sansão, doadora de 9,798 kg de leite, que no momento está pari-da e produzindo mais de 36 kg leite/dia, sendo o segundo maior valor genético do Basa. Os outros animais são filhas de Fábrica, (animal mais premia-do do plantel), filha de Lustra Kubera, de Época, Estrada e da consagrada União de Brasília. Venderemos animais que gos-taríamos de comprar, com ex-

celentes lactações e muita be-leza racial”, destaca Evandro.

No dia 03, Evandro Gui-marães se junta a Luiz Ronaldo de Paula, Luiz Evandro Aguiar, José Mário Miranda Abdo e Paulo Ricardo Maximiano para realizarem no Tatersal da Lei-lopec, com transmissão ao vivo do Terra Viva, o 2º leilão Seleção de Ouro do Gir Leitei-ro. Serão ofertados cinco lotes de cada promotor com mais 5 lotes de convidados, contabili-zando 30 animais.

O BASA VENDE O SEU SONHO

No dia 19 de maio, a par-tir das 14:00 hs, no Parque de Exposições de Muriaé-MG, as Fazendas do Basa vão vender as “Netas das Mães”, bezerras Girolando F1 de Mães e avós consagradas e de alta pro-dutividade, com os melhores touros holandeses. Bezerras F1 que são um sonho. O leilão terá transmissão do Canal Rural, a leiloeira responsável pelos remates é a Programa Leilões.

REDE GADO BOM Democratização

e propagação de genética leiteira de alta qualidade (rusticidade e produtividade)

Renovação dos rebanhos com animais superiores de alta qualidade genética e produtividade.

Aumento significativo na produção leiteira.

Difusão de tecnologias de gestão na pecuária de leite (reprodução, seleção, manejo, administração e comercialização)

Melhora de resultado de pequenos e médios produtores

Qualificação do emprego rural

Maximização de recursos produtivos (terra, instalações, rebanho, plantações para nutrição)

Preservação do Meio Ambiente (Através da política ABC)

Troca contínua de experiências e informações

Oferta especial das Fazendas do Basa no Leilão Seleção de Ouro do Gir Leiteiro, dia

3 de maio, na Expozebu

FIRMADA FIV DO BASAC.A. Sansão x Florida FIV de Brasília

Page 68: Revista InteRural - Maio de 2012

70 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Gir Leiteiro

associação Brasileira dos criadores de gir leiteiroAv. Edilson Lamartine Mendes, 215 Parque das Américas - Uberaba/MG (34)3331-8400 | [email protected] www.girleiteiro.org.br

PATROCíNIO

Morena fatura Expobahia no torneio leiteiro e na pistaAugusto Andrade, dono da Morena Agro, no município baiano de Catu, faturou o torneio leiteiro e conquistou o grande campeonato de fêmeas de Gir Leiteiro, em Salvador (BA)

PORTAL GIR BRASIL

Augusto Andrade, da Mo-rena Agro, de Catu (BA) foi o grande vencedor da exposição de Gir Leiteiro da Expobahia, realizada entre os dias 9 e 15 de abril. A grande campeã do Torneio leiteiro foi Graúna Fiv BCC, com média de 31,507 qui-los de leite e a reservada foi JAY Dalila (CA Sansão X Planta Cal), com média de 30,667, am-bas de propriedade de Augusto Andrade. A campeã Fêmea Jo-vem foi o animal JAY Diadema, com média de 21,180 quilos de leite, do criador Edvaldo Brito Filho.

A grande campeã de pis-ta foi a vaca T.A. Belina (Nata

T.A. Belina (Nata Lajeado X CA Sansão)

AUGUSTO ANDRADE

Criador de Gir leiteiro em Catu (BA)

RESULTADO DO TORNEIO LEITEIRO DA ExPOBAHIA 2012

Fêmea Jovem

Nome Registro Média Expositor

Jay Diadema JGCF 20 21.180 Edvaldo Brito Filho 1P MU

Vaca Jovem

Jay Dalila JGCF10 30.667 Morena Agropecuária RC

T.A.Belina ECAR50 26,733 Morena Agropecuária 2P MU

Balsa Belina SQP792 17,293 Augusto Alberto da Silva Andrade 3P

Vaca Adulta

Graúna FIV BCC MAMJ MAMJ282 31,507 Morena Agropecuária GC MU

Aurora do Sumaré SUM9 29,527 Augusto Alberto da Silva Andrade 2P

Lajeado X CA Sansão) e a re-servada grande campeã foi Aurora do Sumaré, ambas do criador Augusto Andrade. O grande campeão de pista foi o touro Fahir Rosarinho (Astro Morada dos Ventos X Tainha de Brasília), do criador Rubem

Sérgio Santos de Oliveira, da fazenda Morada dos Ventos, em Alagoinha (BA).

Augusto foi o melhor criador e melhor expositor da Expobahia. O julgamento foi realizado pelo jurado oficial da ABCZ, Rubenildo Rodrigues.

Page 69: Revista InteRural - Maio de 2012

71 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

PONTOS POR ExPOSITORMorena Agropecuária 998Augusto Alberto da Silva Andrade 455Rubem Sérgio Santos de Oliveira 313Edvaldo Brito Filho 258Perivaldo Machado de Vasconcelos 247

PONTOS POR CRIADORMorena Agropecuária 691Jaymilton Gusmão Cunha Filho 294Erik Carbonari 220Rubem Sérgio Santos de Oliveira 213Elza Silva Pereira 164

GRANDE CAMPEONATO - FêMEASGrande Campeã T.A.BelinaExpositor Morena AgropecuáriaCriador Erik CarbonariReservada Grande Campeã Aurora Do SumareExpositor Augusto Alberto da Silva AndradeCriador Wellington M. De Azevedo

GRANDE CAMPEONATO - MACHOSGrande Campeão Moag Fahir RosarinhoExpositor Rubem Sérgio Santos de OliveiraCriador Beira Rio AgropecuáriaRes. Grande Campeão Aliado FIV MorenaExpositor Morena AgropecuáriaCriador Morena Agropecuária

Veja abaixo o resultado geral da Expobahia

Page 70: Revista InteRural - Maio de 2012

72 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 71: Revista InteRural - Maio de 2012

73 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 72: Revista InteRural - Maio de 2012

74 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Vida deJurado

POR GUSTAVO RIBEIRO

O “Vida de Jurado” desta edição da InteRural traz para o amigo leitor a história da primeira mulher a se desta-car como Jurada nas pistas de julgamento do Brasil. Tatiane Almeida Drummond Tetzner quebrou um tabu de mais de 15 anos em que uma mulher não atuava na EXPOZEBU e, em 2007, atuou na famosa pista de julgamento do Parque Fernando Costa em Uberaba, posicionando de vez a mulher no agronegócio. Pouco tempo depois, Tatiane novamente foi Jurada da EXPOZEBU nas edições de 2009 e 2011.

Tatiane é mineira, nas-cida em Ituiutaba-MG, apai-xonada por suas raízes rurais. Estudou Medicina Veterinária em Uberlândia-MG e poste-riormente cursou Pós-gradu-ação em Jaboticabal-SP. Atu-almente, reside em Ribeirão Preto-SP, mas possui uma rotina intensa de viagens.

Conheça um pouco mais da experiência da veterinária que atua há 6 anos como Jura-da e que acumula mais de 8.000 animais julgados, contando as raças zebuínas e a raça sinté-tica Girolando. Tatiane é uma verdadeira apaixonada pelo que faz, tanto empenho e pro-

fissionalismo coloca o nome da Jurada em evidência na pecuá-ria nacional.

Quais raças você julga e há quanto tempo é jurada efetiva?Sou jurada efetiva da ABCZ desde 2006 e, dessa forma, apta a julgar todas as raças zebuínas. No entanto, julgo com maior frequência o Gir Leiteiro e o Nelore. Credencia-da na ABCGIL e ACNB, cursei as atualizações em Gir Leitei-ro promovidas pela associa-ção e o Curso de formação de Jurados de carcaças promo-vido pela ACNB. Também já julguei Guzerá e Indubrasil em outros países da América Latina. Sou ainda jurada efe-tiva da Raça Girolando desde 2005, com atuações durante a Nacional da Raça Girolando, durante a Megaleite e tam-bém julgamentos no exterior.

Como despontou sua vocação para a profissão e depois para atuar como juíza?O amor pelos animais come-çou na verdade muito cedo, criei meus “bichinhos de es-timação” em casa, na casa de meus avós e na chácara em Ituiutaba, onde passei os me-lhores anos da minha vida em convívio diário com coelhos, cães, pássaros, pôneis, cava-

los e bovinos.A convivência intensa com os animais na minha infância, sem sombra de dúvida, me le-vou à escolha pela Medicina Veterinária. Algumas pessoas também foram fundamentais nesse processo, toda minha família, mas, principalmente, meus pais, o Vô Rui, a Vó Vera e meu tio Arlindo, os quais me incentivaram e me apoiaram

sempre. Tenho origem rural tanto na família de meu pai, como de minha mãe, em que todos vivem da terra, agricul-tura ou pecuária.

Qual a sua formação?Graduada em Medicina Ve-terinária na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 2004; Especialista em Jul-gamento das Raças Zebuínas pela FAZU em 2006; Mestre (2007) e Doutora (2011) em Medicina Veterinária, área de

Tatiane Tetzner

“O amor pelos animais começou na verdade

muito cedo, criei meus “bichinhos de

estimação” em casa, na casa de meus avós e na chácara em Ituiutaba”

Page 73: Revista InteRural - Maio de 2012

75 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

concentração em Reprodução Animal pela Universidade Es-tadual Paulista (UNESP).

Além de ser jurada, quais ou-tras atividades você desen-volve?Sou Gerente de Produto Leite Zebu da CRV LAGOA desde ju-nho de 2010. Desenvolvo ain-da trabalhos de consultorias e assessorias em pecuária de leite, seleção de doadoras e acasalamentos dirigidos. Pela formação acadêmica e pós-graduação, participo de grupos de pesquisa com arti-gos científicos publicados nas áreas de Biotecnologias da Reprodução Animal e Melho-ramento Genético.

Como foram as experiências no exterior e quais os países em que você já atuou como Jurada?O aprendizado é constante na profissão e as experiências de trabalho nos outros países onde atuei foram fantásticas, tanto pelo lado profissional como também pelo aprendi-zado sociocultural, hábitos e costumes, conhecimentos

gerais e amizades eternas.Quando estive pela primeira vez atuando em julgamento na Guatemala não falava es-panhol. Assim que retornei ao Brasil, me dediquei ao estudo da língua espanhola e, em seis meses, já estava me comuni-cando bem.

Tive a oportunidade de atuar por diversas vezes na Colôm-bia (estive em nove locali-dades diferentes, regiões ao norte, centro e sul do país), no Equador (Santo Domingo de Los Colorados, Quito e Guaya-quil) e também na Guatemala, México e mais recentemente

Tatiane e Tio Arlindo

Page 74: Revista InteRural - Maio de 2012

76 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Vida deJuradona República Dominicana.

Qual exposição mais lhe mar-cou?Cada exposição, cada julga-mento é um momento único. Cada atuação é marcante pela evolução de cada raça, e com as biotecnologias da reprodu-ção, como IA, IATF, TE e FIV, o progresso no melhoramento genético é muito acelerado. A cada geração temos animais mais produtivos e funcionais, e é assim que deve ser, uma evolução constante.A última exposição em Santo Domingo, na República Do-minicana, foi especial. Com a pista de julgamento a poucos metros do mar do Caribe, belís-simo lugar, um verdadeiro car-tão postal, nos intervalos do julgamento eu dividia os olha-res entre animais que adentra-vam para a próxima categoria e o mar tão azul, um contraste digno de ser contemplado.

Qual o segredo para se man-ter como Jurado ano após ano?

Acredito que o segredo do su-cesso é iniciar o trabalho de julgamento como se aquele fosse o primeiro, com direito a “frio na barriga” e tudo mais, pois assim é possível dar o

máximo de si no julgamen-to, nos comentários zootéc-nicos e na atenção para com os criadores, selecionadores, apresentadores e público presente. Todo bom jurado deve ter consigo alguns pon-tos fundamentais: honestida-de, conhecimentos técnicos atualizados, sensatez e boa memória.Claro que a parte técnica é essencial, além da constante atualização. É obrigação do

“A cada geração temos animais mais produtivos

e funcionais, e é assim que deve ser, uma

evolução constante”

Tatiane e irmã Talita

Page 75: Revista InteRural - Maio de 2012

77 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Tatiane na infância

Jurado conhecer os padrões de cada raça, os modelos a se-rem seguidos, e acredito que o diferencial de um profissional de sucesso esteja na forma de lidar com o ser humano, olhar no olho, ser transparente e seguir uma linha de raciocínio do início ao fim do julgamen-to, para que a avaliação feno-típica seja coerente e a busca pelo animal ideal seja sinteti-zada nos Grandes Campeões da Raça em questão.

O que te deixa mais realizada no seu trabalho?Adoro atuar como Jurada nas pistas de julgamento do Brasil e do exterior. Cada julgamen-to é único. O contato com os animais, a interação com os apresentadores, é uma siner-gia interessantíssima desde a entrada de cada categoria e campeonato, passando pela avaliação fenotípica com-parativa e concluindo com o comentário zootécnico aos criadores e selecionadores, técnicos e público geral.Sou extremamente feliz por ter aberto um espaço de tra-balho em que antes era 100% masculino. Hoje, poder contar

com as colegas atuando nas pistas é extremamente gra-tificante. Quando eu iniciei, em 2006, não era comum a presença de uma mulher atu-ando nessa área, era foco de curiosidade até, com inclusão em notícias e comentários na mídia. Atualmente, são várias as exposições com presença feminina em pista. Fico muito contente por participar desse processo e ter iniciado a que-bra de paradigmas.

Sou muito feliz e reali-zada com a minha profissão, se pudesse voltar no tempo, escolheria seguir os mesmos passos para chegar até aqui!

É recente, a entrada em definitivo das mulheres no agronegócio, um setor que por tradição, teve sempre a frente homens. O que o “olhar feminino” acrescenta para a pecuária nacional?

Acredito que não só o “olhar”, mas a presença femi-nina traz para a pecuária mais atenção aos detalhes. Como a mulher é mais detalhista, e também perfeccionista, creio que agrega na atividade um certo “toque” de delicadeza, sensibilidade e criatividade e ao mesmo tempo, nuances da força própria feminina, que consegue realizar inúmeras atividades, conciliando com agilidade e perspicácia im-portantes etapas de trabalho no agronegócio, principal-mente nos temas de gestão de pessoas e inovações.

A conquista de um espa-ço em um ambiente predomi-nantemente masculino exige da mulher alguns pontos que considero essenciais: discri-ção, competência, humildade,

sensatez, aprendizado e atua-lização constantes.

Para finalizar, quais são seus planos para 2012?

Meus planos para 2012 são tantos... Depois de mui-tos anos de estudos, pós--graduação intensa, nesse momento estou em um perí-odo de “break”, na verdade só um intervalo mesmo, pois já iniciarei um MBA em Gestão no segundo semestre, pois a atualização profissional deve ser constante para se obter sucesso. No trabalho, preten-do seguir na linha de atuação atual, pois sou realizada e fe-liz na profissão! São muitos também os planos profissio-nais e pessoais. Acredito que o “sonho” é o primeiro passo para que o mesmo se torne realidade. Dessa forma, sem-pre inicio meus planejamen-tos a partir de sonhos, altos... pois o céu é o limite quando se tem força de vontade e dispo-sição!

“Como a mulher é mais detalhista, e

também perfeccionista, creio que agrega na atividade um certo

“toque” de delicadeza, sensibilidade e

criatividade e ao mesmo tempo, nuances da força

própria feminina”

Page 76: Revista InteRural - Maio de 2012

78 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

CRONOLOGIA1965

Fundação da Cooprata

1970Compra da Usina de Beneficiamento de Leite “Pádua & Cia.”

1972Criação do Armazém; Aquisição da marca Rádio

1974Aquisição de máquina de beneficiamento de arroz; Serviço de Assistência Essencial ao Associado; Contratação de um Economista

1975Compra de 2 cavalos mecânicos e 1 tanque de 23 mil litros para transporte do leite; Compra de máquina colhedora de forragem, Aquisição da Casemg

1976Aquisição de um secador de grãos e balança; Inauguração do prédio do escritório

1977Compra de equipamento moderno vindo da Holanda. Inauguração da Usina de Beneficiamento do Leite: Fábrica de Manteiga, Fábrica de Queijo e Pasteurização de Leite

1978Primeira produção de leite em pó

1981Inauguração do Supermercado

InteRural Capa

Triângulo Leite

A cidade de Prata se prepara para receber o maior evento do agronegócio da região

POR GUSTAVO RIBEIRO

A Cooperativa dos Produ-tores Rurais do Prata Ltda. foi fundada em 21 de fevereiro de 1965 no Prata, centro do Triân-gulo Mineiro, por um grupo pe-queno de 22 Produtores Rurais que acreditaram na força da união para um trabalho forte e seguro e formaram com recur-sos individuais um capital co-letivo para garantir o sucesso da cadeia produtiva da pecuá-ria leiteira da região.

Com a colaboração mú-tua entre os associados, a Co-oprata cresceu. Em apenas

cinco anos o quadro de asso-ciados, o capital e a capacidade de recepção de leite pela Co-oprata dobraram e a empre-sa adquiriu as instalações da usina de beneficiamento de leite Pádua & Cia. em 1970. Em agosto do mesmo ano as ins-talações da Cooperativa foram transferidas da Rua Coronel Emídio Marques para a Rua Segismundo Novais, onde es-tão até hoje.

A Cooprata diferencia-se dos demais tipos de socieda-des por preservar os interes-ses de seus associados e ser, ao mesmo tempo, uma associa-

Page 77: Revista InteRural - Maio de 2012

79 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

ção de pessoas e também um negócio. Para conseguir bons resultados, busca o equilíbrio entre o aspecto social e o eco-nômico, visando à inovação e o aperfeiçoamento continuo de suas atividades e filosofia de negócio.

Hoje a cooperativa conta com 1345 associados e cap-ta diariamente 243.000 litros de leite. É a maior geradora de empregos e de arrecadação de impostos do município, além de oferecer conforto e como-didade à comunidade de Prata

e região através do Laticínio Cooprata, da fábrica de rações e suplementos minerais Co-oprata, pelo Supermercado e pela Loja Agropecuária Coo-prata.

A Cooprata é fabricante dos produtos lácteos da mar-ca Rádio, e de rações e suple-mentos minerais Cooprata que são o grande destaque de sua atividade na atualidade, sen-do uma das mais modernas fábricas do Brasil, com equipe altamente qualificada, exce-lência no processo de seleção

dos ingredientes e sanidade 100% controlada. A empre-sa têm mudado o conceito do mercado em nutrição animal e produtividade leiteira.

Compromisso com o Meio Ambiente

O compromisso da Co-oprata não é apenas com os bons resultados dos seus coo-perados. A cooperativa inves-te e zela pelo Meio Ambiente, promovendo ações e progra-mas de educação contínuos junto aos seus associados e colaboradores para a preser-

1982Nova plataforma da indústria de laticínios

1983Criação do Depósito Fechado

1985Aquisição de uma balança com capacidade para 60 toneladas

1988Inauguração do posto de resfriamento de Jardinésia

1989Novo prédio administrativo

1992Inauguração do prédio do Departamento Agropecuário – Filiação à CEMIL

1993Instalação da fábrica de ração

1997Aquisição da Chácara Cooprata, com 87,12 ha, para recebimento de débito de associado

1999Construção de um barracão para depósito de ração e aquisição de novo misturador automático de sal mineralizado, triplicando a capacidade de produção

Page 78: Revista InteRural - Maio de 2012

80 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

vação e recuperação da natu-reza. A Estação de Tratamento de Efluentes (resíduos indus-triais sólidos e líquidos), pro-grama de reciclagem de lixo Rural Legal e são algumas de suas ações. Outra importan-te política socioambiental da Cooprata é o programa inter-nacional de Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas na Fazenda (BPF) são premissas na gestão socioambiental da Cooprata, além da utilização de nutrientes redutores da emis-são de gás metano pelos ani-mais em sua linha de rações, o que reforça os conceitos da pecuária sustentável, ou a chamanda ABC (Agricultura de Baixo Carbono).

Compromisso SocialPara o sucesso da coope-

rativa e fortalecimento do co-operativismo é importante que haja intercâmbio de informa-ções, produtos e serviços en-tre associados e cooperativa. Para concretizar este trabalho, através de 12 comunidades rurais a Cooprata promove o desenvolvimento do coopera-tivo.

O Comitê Educativo é composto por um Coordena-dor e um Secretário de cada comunidade, onde vinte e qua-tro associados, representam as doze comunidades. O Comi-tê Educativo, órgão auxiliar da administração, se reúne men-salmente na Cooprata para discutir os anseios dos asso-ciados, o que permite ao con-selho de administração alinhar as diretrizes operacionais na

busca de soluções e esclareci-mentos.

Triângulo Leite CooprataO Triângulo Leite Coopra-

ta, em 2012, chega à sua 6ª edi-ção, sendo um dos principais eventos de agronegócio de Mi-nas Gerais. Em 2011, em quatro dias de feira, foram comercia-lizados mais de 35 milhões de reais em insumos Cooprata e produtos das mais de 60 em-presas participantes, que leva-ram o que há de mais moderno em tecnologia, implementos agrícolas e manejo. Além de laboratórios veterinários vol-tados à produção de leite e sa-nidade animal.

A feira conta ainda com julgamento e shopping per-manente de venda de animais, dia de campo, shows e diversas

InteRural Capa

Page 79: Revista InteRural - Maio de 2012

81 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

atividades que agitam a cidade de Prata e região.

A expectativa dos orga-nizadores é fazer um evento ainda maior que o do ano pas-sado, oferecendo aos parti-cipantes condições especiais para adquirir produtos da co-operativa. Serão disponibiliza-das linhas de crédito especiais e diversas oportunidades para trocar experiências, conhecer novas tecnologias e as novas ferramentas do mercado.

De acordo com o Admi-nistrador Geral da Cooprata, Celivio Freitas, as perspectivas são as melhores. “Nosso obje-tivo é chegar a 50 milhões de reais em negociações diretas, um crescimento de 15% em re-lação ao volume do ano passa-do”, destaca.

É uma oportunidade úni-ca para os criadores se anteci-parem ao mercado, garantindo preços melhores para todo o ano. “No Triângulo Leite a Co-

oprata se posiciona estrate-gicamente no mercado com a formação de volume e preço fixo para fornecimento de ra-ções e insumos de maio a de-zembro Cooprata. Dessa for-ma, viabiliza ao produtor uma opção de garantir a manuten-ção dos custos de produção na fazenda sem correr riscos no mercado do segundo semes-

tre, haja vista que no segun-do semestre normalmente as commodities sobem e o preço do leite cai”, conclui Celivio.

Outro ponto importante é que no Triângulo Leite Coopra-ta é o único momento no ano em que o produtor vai comprar no varejo com preço de ataca-do e com a garantia de qualida-de e entrega Cooprata.

Page 80: Revista InteRural - Maio de 2012

82 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Girolando

associação Brasileira dos criadores de girolandoRua Orlando Vieira do Nascimento, 74 Vila São Cristovão - Uberaba-MG Fone: (34) 3331-6000 - [email protected]

PATROCíNIO

Raça Girolando mira mercado internacional e lança Sumário trilíngueAnuário vai facilitar o acesso dos criadores a todas as informações dos animais

AI GIROLANDO

Responsável por 80% do leite produzido no Brasil, a raça Girolando tem chamado a atenção de países de clima tropical por manter uma alta produção, mesmo em regime de pastagem, com custo mais baixo de produção. Para aten-der essa demanda do mercado internacional pela genética da raça, a Associação Brasilei-ra dos Criadores de Girolando lançará este ano o Sumário de

Touros 2012 em três línguas: inglês, espanhol e português. Com isso, criadores de outros países poderão ter acesso às informações sobre as avalia-ções genéticas dos reproduto-res da raça, cujos dados são es-senciais na seleção de animais altamente produtivos. A nova versão do Sumário de Touros será divulgada no dia 3 de ju-lho, durante a Megaleite 2012.

Outras novidades para aprimorar o Programa de Melhoramento Genético da

Raça Girolando (PMGG) fo-ram definidas na terça-feira (03/04/12), durante reunião na Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG). Durante o en-contro, a equipe coordenadora do PMGG e os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite fi-nalizaram o planejamento de atividades do programa para 2012. Um dos assuntos abor-dados foi em relação às coletas de amostras de leite para aná-lise da composição, que será prioridade em 2012.

Page 81: Revista InteRural - Maio de 2012

83 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 82: Revista InteRural - Maio de 2012

84 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Participaram da reunião os pesquisadores da Embra-pa Gado de Leite, Marcos Vi-nícius Barbosa da Silva (Co-ordenador Geral do PMGG), Ary Ferreira de Freitas, Marta Martins, Elisângela Guedes e Bruno Campos. Da Girolando, participaram o superinten-dente Técnico, Leandro Paiva, o coordenador operacional do PMGG, Marcello Cembranelli, e o responsável técnico pelo escritório do PMGG em Juiz de Fora, Wewerton Rodrigues.

Com o crescimento do Serviço de Controle Leiteiro, a Girolando lançará pela pri-meira vez um anuário com todas as lactações encerradas em 2011, juntamente com os recordes de produção e índi-ces zootécnicos da raça. “Este anuário passará a ser divulga-do todos os anos, onde todas as informações sobre o controle leiteiro, o desempenho de pro-dução e os índices zootécnicos estarão disponíveis”, informa Paiva.

PARCERIA COM HOLANDêS

Como a raça Girolando tem em sua formação a gené-tica do Holandês, além do Gir Leiteiro, a Associação Brasilei-ra dos Criadores de Girolando

está desenvolvendo uma série de parcerias com associações da raça europeia para aprimo-rar os serviços prestados aos associados em todo o Brasil. Durante a visita à Juiz de Fora, o superintendente do SRGRG da Girolando, Leandro de Car-valho Paiva, reuniu-se com o superintendente Técnico da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Ge-rais, Cleocy Júnior, para tratar dessa interação entre as raças, visando dinamizar e aprimo-rar cada vez mais os trabalhos que as duas entidades reali-zam. Outro assunto debatido durante a reunião foi a parti-cipação do gado Holandês na Megaleite 2012, que este ano

volta a participar da feira, com julgamento, torneio leiteiro e leilão. Considerada a maior fei-ra de pecuária leiteira, a Mega-leite será de 1 a 8 de julho, em Uberaba (MG).

A interação também será feita com a Associação Pa-ranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) e com a Associa-ção Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holande-sa (ABCBRH). Entre os dias 29 e 31 de março, uma comitiva da Girolando esteve no Para-ná para definir detalhes des-sa parceria. Na sede das duas entidades, em Curitiba, foram

conhecidos os sistemas de gestão de fazendas e de con-trole informatizado. Durante a visita, o presidente da Giro-lando José Donato Dias Filho apresentou o desempenho da raça no Brasil e no mundo, que está demandando uma grande reestruturação da entidade, tanto em Recursos Humanos quanto na informatização dos serviços. Ficou definido que será feita uma sólida inte-gração das associações, com imediata interação entre os departamentos técnico e de tecnologia da informação, para que os dados e os sistemas de ambas as associações possam ser melhor utilizadas pelos seus associados.

Participaram da visita o presidente José Donato Dias Filho, os vice-presidentes Maurício Silveira e Jônadan Ma, o diretor Milton Magalhães Filho, o superintendente Téc-nico Leandro Paiva, o gestor de Informática, Luís Fernando de Melo e o associado Adriano Ca-margo. A comitiva da Girolan-do foi recebida pelo presidente da APCBRH e da ABCBRH, Hans Jan Groenwold, pelos diretores Ronald Rabbers e Lucas Rab-bers, pelos técnicos Altair An-tônio Valloto e Pedro G. Ribas Neto, pelo assessor especial da ABCBRH Altamir Marques e pelo conselheiro da APCBRH Newton Pohl Ribas.

O grupo da Girolando ain-da esteve na cidade de Castro para conhecer fazendas de pe-queno porte, com produção de leite até 600 litros/dia, e outras de grandes produções, com mais de 15.000 litros/dia. Na Cooperativa de Castrolanda, o grupo conheceu o Sistema WEB + Leite.

A nova versão do Sumário de Touros

será divulgada no dia 3 de julho, durante a

Megaleite 2012

FOTOS DIVULGAçãO

Reunião com a Embrapa

Page 83: Revista InteRural - Maio de 2012

85 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 84: Revista InteRural - Maio de 2012

86 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Girolando

Divas do GirolandoUnidas por uma raça, um grupo de mulheres poderosas vão surpreender durante a Megaleite

Um grupo de mulheres com um amor em comum ao agronegócio, aproximadas pelo trabalho, pelo amor à ter-ra e pela pecuária leiteira, deci-diu se unir, mas não para falar de grifes de roupas ou sapatos, muito menos sobre shoppings centers e novelas. Donas de consagrados plantéis de Giro-lando, elas ocupam uma posi-ção chave para o desenvolvi-mento da raça.

O “Divas do Girolando”, como foi denominado o con-domínio, é formado pelos tra-

dicionais criatórios: Fazenda Baixadinha, Fazenda Recreio, Fazenda São Domingos, Fa-zenda Valinhos, Java Pecuária e Tropical Genética.

Essa turma de mulheres unidas pretende dar um novo olhar, uma perspectiva femi-nina acerca do agronegócio, além de revolucionar os tradi-cionais leilões. Juntas, elas dis-cutem e trocam experiências sobre mercado, gestão de pro-priedades, infraestrutura de produção, demandas de mer-cado, nutrição animal, manejo,

compra e venda de animais e qualquer assunto acordado entre elas.

Engana-se quem pensa que essas mulheres não pos-suem punho forte para lidar com a árdua vida de produtor rural. Muitas delas herdaram suas propriedades de seus pais e avós, então carregam no sangue a tradição na pecuária. Tamanha experiência credita a essas supermulheres a possi-bilidade de realizarem um leilão especial dentro da maior feira de gado leiteiro do planeta.

Page 85: Revista InteRural - Maio de 2012

87 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 86: Revista InteRural - Maio de 2012

88 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A MEGALEITE NUNCA MAIS SERÁ A MESMA

O tradicional Parque Fer-nando Costa, em Uberaba-MG, do dia 1º ao dia 08 de julho, re-cebe a exposição brasileira do agronegócio do leite. A Mega-leite promete mais uma vez fazer história. Julgamentos, Concurso Leiteiro, as Novida-des do Setor, Leilões e Fóruns de Debates são algumas das atrações da feira.

No que tange aos leilões, criadores, preparem-se. As Divas do Girolando vieram para fazer história. Apesar de Daniella, Magnólia, Mila, Maria Helena, Ilza e as Mulheres da Tropical não terem adiantado muito o que elas estão pre-parando, foi possível perce-ber pelo empenho do grupo o quanto esse leilão vai ser dife-rente.

De acordo com o gru-po, elas vão disponibilizar os maiores valores genéticos de cada plantel e não vão medir esforços para fazer do leilão uma festa inovadora, descon-traída, mas acima de tudo com o melhor do Girolando.

“A Megaleite é uma vi-trine na pecuária nacional. O mercado de leite está aqueci-

do, o crescimento do Girolan-do é muito expressivo. Vamos disponibilizar os melhores ani-mais do nosso plantel. Nosso objetivo é colocar o Divas do Girolando na programação da Megaleite e no calendário de todos os criadores do Brasil”, declara Mila.

“As mulheres estão de fato dentro do agronegócio, cada promotora é uma prova disso. Então, por que só os ho-mens promovem leilões? Haja vista que estamos presentes

em todas as exposições, feiras, nos próprios leilões, a gente compra, vende, cobra, então, por que não fazer um leilão? Foi assim que nós resolvemos nos unir para fazer algo dife-rente. É um desafio para nós e temos certeza que vamos nos superar”, conclui Maria Helena.

“Tamanha experiência credita a essas

supermulheres a possibilidade de realizar

um leilão especial dentro da maior feira de gado leiteiro do planeta”

InteRural Girolando

Page 87: Revista InteRural - Maio de 2012

89 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 88: Revista InteRural - Maio de 2012

90 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

LEANDRO PAIVASUPERINTENDENTE TÉCNICO DO SRGRG

Com o crescimento do Serviço de Controle Leiteiro, a Girolando irá divul-gar pela primeira vez um anuário com todas as lactações encerradas em 2011, juntamente com os recordes de pro-dução e índices zootécnicos da raça. Devido a isto, o relatório do Serviço de Controle Leiteiro não foi divulgado nas duas primeiras edições da revista “O Gi-rolando” de 2012, sendo estas lactações incluídas no documento, com previsão de publicação para o mês de maio. Este anuário passará a ser divulgado todos os anos, onde todas as informações so-bre o controle leiteiro, desempenho de produção e índices zootécnicos estarão disponíveis.

Os preparativos para a MEGALEITE 2012 já começa-ram. Na manhã do dia 15 de abril a diretoria da Girolando reuniu-se com os dez Parcei-ros Master da entidade para definir várias ações para a principal feira da pecuária lei-teira do Brasil. A MEGALEITE 2012 será de 1º a 8 de julho, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), e vai reunir as principais raças leiteiras do país para disputas de julga-mentos e torneiros leiteiros.

Durante a reunião, fo-ram tratados alguns temas, entre eles: premiação do tor-

neio leiteiro, espaço para os Parceiros Master divulgarem seus trabalhos e a participa-ção de todos na MEGALEITE. A reunião foi conduzida pelo vice-presidente da Girolando Jônadan Ma. Também partici-param do encontro o vice-pre-sidente da entidade Fernando Brasileiro, o superintendente Técnico Leandro Paiva, a as-sessora de Comunicação e Ma-rketing Consuelo Mansur e os representantes das empresas Nutron, Embrio Sêmen, Elan-co, Pfizer, Semex, MSD Saúde Animal, CRV Lagoa, RealH, ABS Pecplan e Alta Genetics.

InteRural Girolando

Girolando e Parceiros Master definem novidades para a MEGALEITE 2012

Girolando lançará Anuário do Controle Leiteiro

FOTO

S CL

ÉCIO

DUA

RTE

Page 89: Revista InteRural - Maio de 2012

91 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

PROCURE –NOS PARA REALIZAR O SEU LEILÃO

Leilões vir tuais e presenciais em todo o Brasil

Organizando leilões rurais primando pela satisfação de nossos clientes.

PARTICIPE DOS NOSSOS REMATES | 34 3210-5505W W W . C A S S I O P A I V A L E I L O E S . C O M . B R

Rua Joaquim Saraiva, 40 | FundinhoUberlândia-MG

Presença confirmadaMega Leite 2012, ExpoCamaru 2012, Feileite 2012

Presença confirmadaMega Leite 2012

ExpoCamaru 2012 Feileite 2012

Page 90: Revista InteRural - Maio de 2012

92 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

O que é o Botton de identificação particular?O Botton é a identificação particu-lar do animal no novo sistema de identificação da raça Girolando. O Sistema de Identificação Unifica-do – SIU foi implantado em 2012, após aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento - MAPA.

Qual o conteúdo do Botton?A série única do criador (três ou quatro letras) e a numeração particular do rebanho (antigo CGN ou RGN) são os dados impressos na frente do Botton. No verso está es-tampada a logomarca da Girolando.Para que serve o Botton?Ele é uma identificação auxiliar do SIU. É oficial e obrigatório para os animais nascidos a partir da implan-tação do sistema nas propriedades inscritas no Programa Girolando. Serve para identificar com mais precisão o animal no banco de dados e nas atividades campo. Exemplo: ABC 0135. Significa que este animal é proveniente do criador com a Série Única “ABC” cadastrada na Girolan-do e com a sequência numérica do rebanho nº “0135”.

Uma mesma Série Única pode ser utilizada por mais de um criador?Não. Cada criador deve possuir sua série única, específica, cadastrada na Girolando. Se ele possuir mais de uma fazenda cadastrada com numerações distintas (antigo CGN ou RGN), cada propriedade deverá ter uma série única diferente, composta somente por letras.

Se um animal estiver identificado apenas com o Botton significa que ele está registrado?Não. O Botton é uma identificação feita na fazenda e não garante o controle ou registro do animal. Ele apenas é um auxiliar do Serviço de Registro Genealógico da Raça Giro-lando (SRGRG). O animal estará re-gistrado somente após a inspeção, marcação a fogo do G “baldinho” na face direita do animal e aplicação do brinco com a numeração unifi-cada, na orelha direita, todas feitas pelo técnico.

Quais os animais devem ser iden-tificados com o Botton?Apenas os animais que tiveram os nascimentos devidamente co-municados à Girolando, através do preenchimento e envio da Comu-nicação de Nascimento (CDN), via formulário ou portal Web Asso-ciado. O número do Botton deve ser informado na CDN, juntamente com as informações do animal. A identificação deve respeitar a ordem crescente da numeração dos Bottons e a ordem cronológica de nascimento dos animais.Quando identificar um animal com o Botton?Ao receber a primeira remessa de Bottons, o criador deverá identificar os animais no prazo máximo de 30 dias após o nascimento, respeitan-do a sequência numérica fornecida. Os animais já nascidos, comunica-dos e ainda não inspecionados que não receberem os Bottons serão identificados conforme o sistema antigo, sem a aplicação do Botton.

Em que parte do animal é aplicado o Botton de identificação?O criador deverá aplicar o Botton na orelha esquerda do animal, no centro do pavilhão auditivo, com os dados da série única e numeração voltada para frente. Recomenda--se fazer uso de produto cicatri-zante no ato na aplicação. Para aplicar o Botton o criador deverá utilizar um aplicador específico para esta finalidade, que poderá ser adquirido em lojas agropecuárias.

Como fazer novas solicitações de Bottons?Cada criador receberá uma quanti-dade determinada, que será dispo-nibilizada pela Girolando gratuita-mente. Assim que o estoque estiver abaixo de 10% o criador poderá efetuar uma nova solicitação de Bottons à Girolando, através de e--mail ou via Portal Web Associado.

Em caso de perda, como realizar a reposição do Botton?Como o Botton é uma identificação auxiliar, sua reposição poderá ser feita pelo próprio criador, antes ou depois da inspeção do animal. Para solicitar a reposição, basta entrar em contato com a Girolando e fazer o pedido, devendo informar a série única e o número do Botton.

Informações adicionais:Para mais informações, consulte a nova versão do regulamento do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, disponível no site www.girolando.com.br, ou entre em contato com a Girolando.

Girolando divulga orientações sobre botton de identificação particular do animalO novo sistema de identificação da Girolando já está em vigor. O superintentendente Técnico do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, Leandro Paiva, explica como utilizar o Botton de identificação e em que situações ele é necessário.

InteRural Girolando

Page 91: Revista InteRural - Maio de 2012

93 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 92: Revista InteRural - Maio de 2012

94 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Palativa MarkowiczPinhalzinho Araras M437 Pascoal x Flávia MarkowiczDoadora de exceção, símbolo de perfeição com toda beleza morfológica: produção e tipo. Lac-tação: 19,617 Kg. Campeã em Vaca Adulta, Melhor Úbere adulto e campeã Nacional em 2007. Em 2009, foi a grande campeã do Torneio Leiteiro em Brasília, com média de 73,460 kgs de leite, e em São José do Rio Preto com média de 71,900 Kgs. Nesta mesma lactação chegou à marca de 19,617 Kgs em 365 colocando-a no top 5 da raça Girolando 1/2 sangue. Considerada a mais premiada do Brasil nas Pistas e nos torneios leiteiros.

Lola FIV de BrasíliaC.A Sansão x União TE de BrasíliaPai do líder absoluto dos Rankings EMBRAPA/ABCGIL e ABCZ/UNESP. O melhor touro da atualidade combinado à família de maior valor génetico da Fazenda Brasília. Lactação da mãe: 15.011 Kg de Leite. Neta da Luzi-ada De Brasília! E Sua mãe é irmã das premiadas: Surpresa, Deusa, Ovação, Estrela, Estampa, Coral e Finta.

Engenho da Rainha BetâniaCastelo TE de Kubera x Engenho da Rainha Desdemona1ª lactação: 15.148 kgRecorde nacional na categoria Vaca Jovem

Jasmim de BrasíliaSupra Sumo de Brasília x Esfera TE de BrasíliaBezerra de pedigree invejável. Sua mãe, é uma das principais descendentes da Profana de Brasília, que sagrou-se Grande Campeã Torneio Leiteiro e Pista de Julgamento da Expozebu 2010.

Dengosa FIV FundãoFardo FIV Mutum x Virna FIV FundãoA mãe foi a Res. Grande Campeã na Megaleite 2011.

Profana FIV Ouro BahiaNobre TE Cal x Profana de Brasília

Grande campeã nacional 2001/2005Lactação: 17.182 kg

Recordista de valorização no Leilão Girmânia 2011

Castanhola Herdeiro MAMJHerdeiro de Brasília x Bandeja Bela VistaRecordista Nacional de Valorização 1/4 Girolando1ª lact.: 9.614 kg | 2ª lact.: 12.400 kg

Figo Balissa FIVRadar dos Poções x Abelha TE da Ubre

Lactação da mãe: 8.572 kg em 365 dias (ajustada)

Jaci FIV de BrasíliaModelo de Brasília x Estreia FIV de BrasíliaEm 2001, seu pai foi o grande campeão nacional. Sua mãe foi campeã Fêmea Jovem, Melhor Úbere Jovem, Campeã Torneio Leiteiro e Melhor Úbere Fêmea Jovem Torneio Leiteiro Feileite 2008. Regis-trada com 16,385 Kgs de leite ajustada. E sua avó, Luzíada de Brasília, com 15,685 Kgs de leite oficial.

Amêndoa Sambo Vila RicaLong Haven Sambo ET x Alga CrepúsculoLactação: 10.756 kgCampeã do torneio leiteiro da Megaleite 2009 com média de 70,8 kgCampeão do torneio leiteiro de Rifaina/SP com médi ade 74,300 kg

Page 93: Revista InteRural - Maio de 2012

95 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Palativa MarkowiczPinhalzinho Araras M437 Pascoal x Flávia MarkowiczDoadora de exceção, símbolo de perfeição com toda beleza morfológica: produção e tipo. Lac-tação: 19,617 Kg. Campeã em Vaca Adulta, Melhor Úbere adulto e campeã Nacional em 2007. Em 2009, foi a grande campeã do Torneio Leiteiro em Brasília, com média de 73,460 kgs de leite, e em São José do Rio Preto com média de 71,900 Kgs. Nesta mesma lactação chegou à marca de 19,617 Kgs em 365 colocando-a no top 5 da raça Girolando 1/2 sangue. Considerada a mais premiada do Brasil nas Pistas e nos torneios leiteiros.

Lola FIV de BrasíliaC.A Sansão x União TE de BrasíliaPai do líder absoluto dos Rankings EMBRAPA/ABCGIL e ABCZ/UNESP. O melhor touro da atualidade combinado à família de maior valor génetico da Fazenda Brasília. Lactação da mãe: 15.011 Kg de Leite. Neta da Luzi-ada De Brasília! E Sua mãe é irmã das premiadas: Surpresa, Deusa, Ovação, Estrela, Estampa, Coral e Finta.

Engenho da Rainha BetâniaCastelo TE de Kubera x Engenho da Rainha Desdemona1ª lactação: 15.148 kgRecorde nacional na categoria Vaca Jovem

Jasmim de BrasíliaSupra Sumo de Brasília x Esfera TE de BrasíliaBezerra de pedigree invejável. Sua mãe, é uma das principais descendentes da Profana de Brasília, que sagrou-se Grande Campeã Torneio Leiteiro e Pista de Julgamento da Expozebu 2010.

Dengosa FIV FundãoFardo FIV Mutum x Virna FIV FundãoA mãe foi a Res. Grande Campeã na Megaleite 2011.

Profana FIV Ouro BahiaNobre TE Cal x Profana de Brasília

Grande campeã nacional 2001/2005Lactação: 17.182 kg

Recordista de valorização no Leilão Girmânia 2011

Castanhola Herdeiro MAMJHerdeiro de Brasília x Bandeja Bela VistaRecordista Nacional de Valorização 1/4 Girolando1ª lact.: 9.614 kg | 2ª lact.: 12.400 kg

Figo Balissa FIVRadar dos Poções x Abelha TE da Ubre

Lactação da mãe: 8.572 kg em 365 dias (ajustada)

Jaci FIV de BrasíliaModelo de Brasília x Estreia FIV de BrasíliaEm 2001, seu pai foi o grande campeão nacional. Sua mãe foi campeã Fêmea Jovem, Melhor Úbere Jovem, Campeã Torneio Leiteiro e Melhor Úbere Fêmea Jovem Torneio Leiteiro Feileite 2008. Regis-trada com 16,385 Kgs de leite ajustada. E sua avó, Luzíada de Brasília, com 15,685 Kgs de leite oficial.

Amêndoa Sambo Vila RicaLong Haven Sambo ET x Alga CrepúsculoLactação: 10.756 kgCampeã do torneio leiteiro da Megaleite 2009 com média de 70,8 kgCampeão do torneio leiteiro de Rifaina/SP com médi ade 74,300 kg

Page 94: Revista InteRural - Maio de 2012

96 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A Associação dos Criadores de Cavalo do Ca-maru (ACC) realizou no dia 14 de abril, no Parque de Exposições do Camaru, a 2ª etapa do 5º Circuito de Team Penning.

O evento mais uma vez foi um grande sucesso. Com a casa cheia, competidores de diversas regi-ões mostraram suas habilidades e garantiram pon-tos importantes no campeonato.

O trio que lidera o campeonato é formado por Rodrigo Belizario, Rafael Belizario e Pitchula, do Haras Curicaca. É importante destacar, que no circuito de Team Penning do ano passado, esses mesmos competidores, participavam da categoria iniciante e neste ano, eles são os lideres da catego-ria livre, com 100% de pontuação nas duas etapas. Uma conquista que rendeu aplausos.

A 3ª etapa do circuito está marcada para o dia 26 de maio, às 13 horas, no Parque de Exposições de Ara-guari. Agende-se.

Circuito Team Penning 2012 – ACCTrio de Uberlândia permanece na liderança

FOTOS LARISSA SANTOS

Entrosamento e união é o segredo dos bons resultados. Lucas Abdala, Jaú e Natalia. 13 seg.

2ª Etapa do campeonato de Tean Penning, esta muito disputada

InteRural Equinos

associação dos criadores de cavalos do caMarusdfasdfasdf

PATROCíNIO

Page 95: Revista InteRural - Maio de 2012

97 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 96: Revista InteRural - Maio de 2012

98 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

CONFIRA A CLASSIFICAçãO DA 2ª ETAPATeam Penning - ACC - Associação dos Cavaleiro do Camaru

5º Circuito - Classifição Geral Iniciante - até 2ª Etapa

Competitor A Competidor B Competidor C Saldo Etapa Total

1 Gustavo Henrique Sidiney Pedro Paulo 8 9 17

2 Tigrin Gustavo Henrique Pedro Paulo 10 10

3 Luiz Martins Fernando Martins Diego Martins 10 10

4 Fernando Martins Amanda Luis Martins 9 9

5 Kiara Marcio Junior Igor Gama 5 4 9

6 Lucas Lanza Carlos Ferreira Mateus Rodrigues 8 8

7 Marcio Junior Igor Gama Paula Oliveira 7 7

8 Luiz Martins Mabio Fernando Martins 7 7

9 Guilherme Helem Gleissom 6 6

10 Mateus Rodrigues Gustavo Henrique Pedro Paulo 4 2 6

11 Lucas Lanza Gleissom Guilherme 6 6

12 Lucas Lanza Bruno Helem 5 5

13 Neirian Renata Fabinho 3 3

14 Sabrina Silveira Sidiney Pedro Paulo 3 3

15 Brendo Rafaela Mauqui 2 2

16 Gustavo Henrique Tigrin Celin 1 1

17 Netim Wesley Alexandre 1 1

Team Penning - ACC - Associação dos Cavaleiro do Camaru

5º Circuito - Classifição Geral Livre - até 2ª Etapa

Competitor A Competidor B Competidor C Saldo Etapa Total

1 Rodrigo Belizario Rafael Belizario Pitiula 6 10 16

2 Juliano Zezim Preto 10 10

3 Lucas Abdala Jau Natalia 9 9

4 Patricia Marcilio Vitor Machado 9 9

5 Elaine Cristina Pedro Antonio Eduardo Faria 8 8

6 Frederico Lima Mauri Gustavo Borges 8 8

7 Leo Vitor Machado Marcilio 7 7

8 Barbara Lelis Cleitom Rodrigo PGM 7 7

9 Cleitom Jau Natalia 6 6

10 Maria Marcia Junara Lucas Abdala 5 5

11 Vitor Machado Gustavo Henrique Leo 5 5

12 Frederico Lima Gustavo Borges Pablo 4 4

13 Rodrigo Belizario Rafael Belizario Curicaca 4 4

14 Pamela Gomes Paola Gomes Eduardo Faria 3 3

15 Gaucho Adelmo Mario Augusto 3 3

16 Netim Leandro Careca 2 2

17 Pamela Gomes Paola Gomes Lie Gomes 2 2

18 Rodrigo PGM Gaucho Ligero 1 1

19 Frederico Lima Gaucho Carlos Eduardo 1 1

InteRural Equinos

Page 97: Revista InteRural - Maio de 2012

99 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 98: Revista InteRural - Maio de 2012

100 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Equinos

O 22º Congresso Brasi-leiro da raça Quarto de Milha 2012, prova Oficial AQHA, foi realizado de 16 a 22 de abril, em Avaré (SP). O evento foi um grande sucesso, com quebra de recorde de inscrições e ne-gócios. O Departamento de Es-portes da Associação compu-tou 4.648 inscrições (4.222 na ABQM e 426 na AQHA). Em 2011 foram apurados 3.935 inscritos (3585/ABQM e 350/AQHA), representando um crescimen-to superior a 18%.

Foram 1.926 baias só para os cavalos que participaram das competições, o que repre-senta a participação de 1.200 competidores aproximada-mente, vindos de quase todo o Brasil. O parque contou tam-bém com uma média de 250 animais, que foram ofertados em cinco leilões da raça, todos apoiados pela ABQM. Só os lei-lões movimentaram mais de 9 milhões de reais, mais um re-corde batido na feira.

Além da parte esporti-va, os participantes tiveram a oportunidade de visitar apro-ximadamente 50 estandes de empresas do mais variados segmentos, entre elas: Mit-subishi, Vetnil, Guabi, Mineral Fanton, Organnact, e ainda do segmento vestuário, como a Bonnet - representante da Gri-fe ABQM, Rodeo Way, Martins Country, Show Horse, entre outros expositores. O evento tem como patrocinadores ofi-ciais As empresas John Deere e SUPRA.

22º Congresso BrasileiroEvento superou as expectativas dos organizadores e quebrou recordes

Competidores do Triangulo Mineiro marcam presença no 22 Congresso da ABQM 2012 - Dedé Gonzaga - E os irmão Lincon e Eduardo do Haras Costa Ferreira de Uberaba MG

Bom publico prestigia provas no congresso ABQM - 2012

Ranch Sorting uma modalidade em alta nas provas da ABQM - Dupla do Triângulo Mineira leva o Reservado Campeão

Eduardo e Lincon do Haras Costa Ferreira de Uberaba- Reservados Campeões no Ranch Sorting

Nova pista coberta da ABQM - Mais uma realização da administração do presidente Paula Farah . Parabéns!

Page 99: Revista InteRural - Maio de 2012
Page 100: Revista InteRural - Maio de 2012

102 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012102 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural PET

Gigante pela própria natureza

O Dog Alemão mostra-se grande não apenas no tamanho, mas também, no amor e afeto ao seu dono

DA REDAçãO

A nossa relação com os cães é fundamentada na paixão e no res-peito por esses grandes amigos. Faz parte da nossa vida o convívio diário, desde criança, com o amor incondicional, a cumplicidade, a

amizade e a dignidade desses seres maravilhosos que nos ensinam, a todo momento, o quanto o homem vem se afastando dos valores mais importantes que deveriam perme-ar as relações sociais: a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

O Dog alemão está entre nós

há séculos. Há divergências sobre sua origem. Alguns afirmam que ele veio da Dinamarca, o que explica o nome que a raça recebe em certos países: dinamarquês ou grande di-namarquês. Outros, afirmam que é uma raça alemã da região de Würt-temberg. A Federação Cinológica

Page 101: Revista InteRural - Maio de 2012

103 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Internacional (FCI) opta pela segunda hipótese. O Dog Ale-mão, embora a princípio fosse utilizado para a caça, era tam-bém criado para a proteção de propriedades (cão de guarda).

Com quase um metro de altura, estruturado em mus-culosas patas, o Dogue Alemão era utilizado para a caça de ja-valis e como cão boiadeiro.

Referências Bibliográficas www.dogalemao.com.br petmag.uol.com.br www.cbkc.org

APARêNCIA GERAL E CARÁTER

O Dog Alemão tem aspecto imponente, majestoso e elegante, o que dá à sua aparência um aspecto

nobre. É um dos maiores da raça canina. Seu

temperamento é amigável. É um cão que esbanja

amor e afeto com seus donos, especialmente

com crianças, mostrando-se, contudo, reservado

e desconfiado com estranhos. Se ele é

submetido a condições de perigo, mostra-se corajoso

e não teme ataques.É um cão que, fisicamente,

cresce rápido. Aos doze meses já tem o seu tamanho definitivo.

Porém, sua maturidade só é alcançada por volta

dos vinte e quatro ou trinta meses. Por este

motivo, não se deve esperar do Dog Alemão um

comportamento adulto antes deste tempo.

Nome da RaçaDogue Alemão ou Dinamarquês ou

Grand Danois

OrigemAlemanha

UtilizaçãoGuarda e proteção

PorteMolosso

PelagemPelo curto e denso

CoresDourado, tigrado, arlequim, preto e

azul aço

TemperamentoAmigável, leal, companheiro e

brincalhão

CABEçAImponente e expressiva, com um stop (talhe naso--frontal) fortemente marcado. O focinho é preto (exceto o Dog arlequim), os lábios são volumosos e as mordeduras são em tesoura. O focinho, da ponta do nariz ao stop, deve ser, na medida do possível, da mesma extensão que a parte posterior da cabeça (topo).

OLHOSDe tamanho médio, redondos, escuros, expressivos e com grandes cílios.

ORELHASApresentam inserção alta e bom tamanho. Obs: No Brasil, o corte é op-cional.

NARIZÉ largo e preto (exceto o Dog arlequim), mantendo a linha reta da cana nasal.

DENTESSão fortes e claros, com mor-dedura em tesoura.

PESCOçOForte, de inserção alta, sem pele solta (papada ou barbela).

CORPOApresenta-se quadrado em relação à altura; tórax à altura do cotovelo; ventre esgalgado. Tem boa garupa, sendo leve-mente afundada, formando uma linha contínua com a raiz da cauda.

MEMBROSDevem ser fortes, com boa musculatura, sendo que os anteriores devem ser retos até os pés. Os pés devem ser arre-dondados, com dedos curtos e fechados.

CAUDAÉ de tamanho médio, com inserção larga e alta, afinando na ponta.

Características do Dog Alemão

PADRãO DA RAçA DOG ALEMãO

O padrão é, naturalmente, o fator que define uma

raça. Originário da Alemanha, o Dog Alemão é essencialmente um cão

molosso.

FOTO

S DI

VULG

AçãO

Page 102: Revista InteRural - Maio de 2012

104 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Negócios

Carne suínaExportações mineiras batem recorde no trimestreReceita cresceu 218,3% em relação à registrada em 2011

SEAPA

A receita das exporta-ções mineiras de carne suína alcançou US$ 24,7 milhões no primeiro trimestre de 2012, aumento de 218,3% em relação à cifra de 2011. Os dados são do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e foram anali-sados pela Secretaria de Agri-cultura, Pecuária e Abasteci-mento (Seapa).

O valor médio da carne exportada foi recorde: US$ 2,7 mil a tonelada, aumento de 11,1% ante o registrado há um ano, informa a assessora técnica Márcia Aparecida de

Paiva Silva, da Superinten-dência de Política e Economia Agrícola (Spea). Já o volume embarcado (9 mil toneladas) apresentou crescimento de 186,4% na comparação com o acumulado de janeiro a março de 2011,

Ela diz que o comporta-mento das exportações mi-neiras de carne suína foi supe-rior ao registrado pelo Brasil. “Entre o primeiro trimestre de 2011 e o de 2012, as expor-tações brasileiras de carne suína ficaram praticamente inalteradas, com incremento de 1,3%. Dessa forma, entre os dois períodos, a participação de Minas nas exportações

brasileiras de carne suína passou de 2,5% para 8,0%”.

Recuperação

O bom desempenho das exportações mineiras de car-ne suína em 2012 mostra a re-cuperação do segmento dian-te dos resultados negativos do ano anterior. Segundo Márcia Silva, em 2011, embora as ex-portações agregadas do agro-negócio tenham registrado recorde, as vendas externas de carne suína não obtiveram resultados animadores.

No primeiro trimestre de 2012, o aumento das ex-portações foi beneficiado por

CARNE SUíNA/MG: VENDAS

AQUECIDAS

Exportações janeiro-março

US$ 24,7 milhõesAumento de

218,3%

Preço médio

US$ 2,7 mil a t (+11,1%)

Embarques

9 mil t (+186,4%)Principal destino, Rússia

US$ 11,3 milhões

Page 103: Revista InteRural - Maio de 2012

105 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

fatores como a ampliação do valor médio e o aquecimento das compras dos mercados de destino. “Houve também o crescimento do número de im-portadores. Entre os primeiros três meses de 2011 e 2012, o número de países de destino da carne originária dos frigo-ríficos mineiros passou de 18 para 21”, informa a assessora.

Além do maior número de países compradores hou-ve significativa expansão do montante dos principais im-portadores. A Rússia, que foi o principal país de destino em 2012, expandiu suas importa-ções da carne suína mineira em 2.928,9%, que atingiram US$ 11,3 milhões.

O Estado de Minas Gerais não foi afetado pelo embargo da Rússia, deflagrado em junho de 2011, que afetou as plantas

frigoríficas do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.

Os países que seguiram a Rússia no ranking dos prin-cipais destinos – Hong Kong, Ucrânia e Albânia – também registraram individualmente um incremento nas compras. Os quatro principais merca-dos citados, juntos, somaram 90,0% da receita de vendas externas de Minas Gerais.

No grupo dos produtos que compõem o segmento de carne suína, a carne con-gelada respondeu por maior participação, referente a 93,0%, e a receita de vendas chegou a US$ 23,0 milhões. A cifra é 235,4% superior à obtida no primeiro trimes-tre de 2011.

Entre os primeiros três meses de 2011 e 2012, a parti-cipação de Minas no ranking

dos principais Estados expor-tadores da carne suína con-gelada passou de 2,8% para 9,3%. Com essa evolução, o Estado deixou o sétimo lugar para ocupar o quarto entre os maiores exportadores.

Os problemas decorren-tes dos embargos comerciais como da Rússia e, recente-mente, da Argentina não afe-taram as vendas externas dos frigoríficos mineiros, acres-centa Márcia Silva. “Esse fato é positivo para o mercado estadual, uma vez que o em-bargo à carne resulta em au-mento da disponibilidade de produto no mercado interno, que pressiona as cotações para baixo. Assim, os produ-tores sofrem prejuízos pela perda de mercado e pela me-nor remuneração de seus pro-dutos”, finaliza.

Page 104: Revista InteRural - Maio de 2012

106 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

EspaçoGourmet

Porco àParaguaia

Uma delícia que caiu nas graças da culinária brasileira

POR GUSTAVO RIBEIRO

O Espaço Gourmet desta edição da InteRural traz para o leitor a receita do tradicional Porco à Paraguaia, uma ver-dadeira especiaria da culinária que vocês terão a oportunida-de de conhecer sua história e os segredos de como elaborá--la.

A história da iguaria vem

do tempo em que as tropas de Solano Lopez invadiram o Brasil, dando início à Guerra do Paraguai, em 1864. Os com-batentes da Coluna Prestes, movimento guerrilheiro dos anos de 1920, disseminaram o Porco à Paraguaia depois de tê-lo conhecido na Região Oeste do Paraná. Paraguaios ensinaram-lhes como pre-parar a iguaria. A receita foi

adaptada ao gosto dos sulis-tas de origem alemã e italiana que colonizaram a região com o uso de temperos fortes, além de sal e limão, os dois únicos ingredientes ainda hoje adota-dos pelos assadores mais con-servadores.

O porco à moda “pa-raguaia” passou por varias adaptações no sul do país. Aos poucos, a receita foi levada por

Page 105: Revista InteRural - Maio de 2012

107 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

gaúchos, catarinenses e para-naenses para outros estados.

UM OFERECIMENTO JUSSARA

Desde 18 de junho de 1954, quando foi fundada pelo médi-co Amélio Rosa Barbosa, a Usi-na de Laticínios Jussara sem-pre teve como compromisso proporcionar boa nutrição para uma vida mais saudável.

A Jussara, além de pro-porcionar melhor qualidade de vida por meio do seu leite longa vida e dos produtos lác-teos, ofereceu também a todos os participantes da Exposição Agropecuária de Araxá o fa-moso “Porco à Paraguaia”. A empresa montou um amplo estande dentro da ExpoAra-xá para divulgação dos seus produtos e na sexta-feira, 13 de abril, data em que foi en-cerrado o julgamento da raça Girolando, presenteou a turma com a iguaria.

O diretor da Jussara, Odo-rico Alexandre Barbosa, rece-beu o Secretário de Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nas-cimento, acompanhando do Deputado Estadual Bosco e do ex-prefeito de Araxá, Antônio Leonardo Lemos, que presti-giaram o evento e ressaltaram a importância da Jussara para o município de Araxá e para a economia do país. Todos expe-rimentaram e não pouparam elogios à especiaria.

Foram mais de 12 horas de trabalho para que os 118 kg de porco fossem preparados e assados completamente. A Jussara trouxe de Franca, in-terior de São Paulo, o Chef de Cozinha que preparou o prato. Adriano Silva Morandi é um

jovem muito simpático e com extrema habilidade no preparo do Porco à Paraguaia. Segun-do ele é o prato que tem maior prazer em preparar. Sorte nos-sa!

A RECEITA

O preparo do prato come-çou às 5h da manhã, quando Adriano e seu ajudante, Gilmar José Martins, de São Tomás de Aquino-MG, utilizando 180 blocos de cimento, montaram uma churrasqueira que assa a carne no estilo “bafo”. Essa maneira de assar a carne evi-ta que o carvão tenha contato direto com o ar, assim o porco é assado de forma lenta, dei-xando a carne muito macia e suculenta.

O porco assa por 10 horas consecutivas de um lado só, depois ele é virado e assado por mais uma hora. Passado esse período, o chefe minun-ciosamente coloca o tempero

Page 106: Revista InteRural - Maio de 2012

108 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

na carne, perfurando-a para que absorva bem o tempero. Depois de temperada, assa--se por mais uma hora e está pronta para ser fatiada e ser-vida.

Amigo leitor, com toda sinceridade, esse Porco à Pa-raguaia é um espetáculo. A acidez do vinagre de limão combinada com a leveza do vinho branco e das ervas finas utilizadas no tempero tiram o gosto forte que geralmente encontramos quando se assa um leitão inteiro. O sabor é im-pressionante, leve, a carne fica muito macia, suculenta e vai bem em todas as ocasiões.

INGREDIENTES:

As medidas abaixo são referentes ao preparo de um porco de 60kg de peso bruto. 9 cabeças de alho 6 cabeças de cebola 3 pacotes de Ajinomoto 1 pacote de Sal Amil – Alho e Sal 3 litros de Vinho Branco de Mesa Seco – Mioranza 1 litro de Vinagre de Limão 50 kg de carvão Manjericão Alecrim Cebolinha Pimenta Cumari – a gosto

A dica do Chef é não exceder no vinagre, pois um pouco a mais do produto pode fazer com que o gosto forte e ácido do vinagre sobressaia no tempero.

EspaçoGourmet

Page 107: Revista InteRural - Maio de 2012

109 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 108: Revista InteRural - Maio de 2012

110 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Eventos

A primeira edição da FEMEC (Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas do Camaru) aconte-ceu do dia 27 ao dia 30 de mar-ço e agitou o agronegócio do Brasil Central.

A FEMEC foi realizada no Parque de Exposições do Camaru, em Uberlândia, MG e contou com a participação de diversas empresas e das principais marcas do mercado como: New Holland, Stara, John Deere, Massey Fergunson, Montana, Jacto, Baldan, Kuhn, Jumil, Mepel, Uniparts, Landini,

Planti Center, Budny, Intera-gro, Towner. Além deles, mais de 80 expositores mostraram seus produtos e fizeram do evento uma grande feira de negócios.

A feira contou ainda, com a importante participação de instituições políticas e de fo-mento ao agronegócio, tais como: SEBRAE-MG, IMA, FIE-MG, EMATER-MG, Prefeitura de Uberlândia, SENAR, FAE-MG e Universidade Federal de Uberlândia, que não mediram esforços para levar conheci-mento e novas experiências

aos participantes, através de palestras, cursos, e conversa direta com profissionais, que esclareceram as dúvidas dos participantes durante todo o evento.

Mais de 15 mil pessoas, passaram pelo Camaru duran-te os quatro dias de feira e mais de 500 milhões de reais, foram comercializados.

De acordo com André Machado, Presidente do CAT (Clube Amigos da Terra) que é um dos parceiros da FEMEC, o evento é uma iniciativa impor-tante que promove conheci-

FEMEC 2012Feira entra definitivamente para o calendário de grandes eventos do agronegócio nacional

Page 109: Revista InteRural - Maio de 2012

111 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

mento e troca de experiência entre os participantes. “Para-benizo o Sindicato e os parcei-ros pela feira, Uberlândia com todo seu potencial produtivo, precisava de um evento anual dessa magnitude. Os produ-tores encontram aqui, taxas especiais de financiamento, facilidades de credito e mui-tas opções de negócios. Um evento muito importante para quem vive da terra”.

O Gerente de Vendas da Maqnelson, Pedro Paulo afir-ma ressalta a importância de participar de eventos como a FEMEC. “É uma oportunidade de estar em contato direto com o produtor rural. É uma feira de fundamental importância para o nosso crescimento e para o produtor conhecer as novas tecnologias e os novos produtos que o mercado ofe-rece. Realizada em uma data estratégica, em um local com amplo espaço e total infraes-trutura, tem tudo para ser uma das maiores do país”, conclui Pedro.

Page 110: Revista InteRural - Maio de 2012

112 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

POR GUSTAVO RIBEIRO

Depois de quase um mês de competições, eventos e muito trabalho, a Associação dos Ruralistas do Alto Parana-íba (Arap) terminou, na noite do dia 22 de abril, a 38ª edição da Exposição Agropecuária de Araxá.

A feira foi realizada de 09 a 22 de abril e foi uma festa marcada por surpresas e ino-vações propostas pela nova diretoria da Arap, além de re-cordes superados.

Os julgamentos de animais na ExpoAraxá, foi uma atração a parte. Na pesada pista de jul-gamento do Girolando, foram julgados 527 animais dentre os

600 inscritos, um crescimento de cerca de 25% comparado a edição de 2011, configurando a exposição, como a segunda maior da raça Girolando, atrás apenas da Megaleite, em Ube-raba, MG. Os melhores animais do país, passaram pela pista de julgamento, destaque para a doadora ¾ Baronesa Jurist Santa Luzia, de propriedade de Alexandre Saraiva da Fazenda Apipucos, conquistou o título de Grande Campeã Nacional da raça. Em 2011 ela já havia fatu-rado o título de Grande Cam-peã na Megaleite e na Feileite. Pela primeira vez na história, uma vaca conquista a “tríplice coroa”, nas principais feiras do país.

A 38º ExpoAraxá tam-bém foi marcada pela homo-logação oficial da 1ª exposição de Gir Leiteiro de Araxá, que agora entra em definitivo para o calendário da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro. Foram inscritos 105 animais, sendo que 84 foram inscritos, superando as expec-tativas dos organizadores.

TORNEIRO LEITEIROO primeiro torneio leiteiro

de gado Gir da 38ª Expoara-xá, teve recorde mundial, um marco na história da pecuá-ria. A vencedora da categoria Fêmea Jovem foi Mimosa FIV Vila Rica, que na soma atingiu a média de 42,072 quilos de

InteRural Eventos

38º ExpoAraxáUma festa para ficar para história

Page 111: Revista InteRural - Maio de 2012

113 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

MB

Cadastros anteCipados: 34 3210-5505 | 34 3261-1145

amilton antônio domingues

Carlos otávio Fratari

Fazenda valinhos

Java agropeCuária

José e Jair alves Camargo

lázaro domingues de moura

roberto martins villela

sérgio marques

Winston drumond

ConvidadosespeCiais

WWW.Cassiopaivaleilões.Com.br | WWW.mesadoboi.Com.br

Domingo, 27 de Maio às 13 horas, Na sede da Fazenda Mamona | Ituiutaba-MG

Realização PROMOÇÃO

SÉRGIO FONSECA

FAZENDA MAMONA

apoio

Patrocínio

Juntos, além da saúde animal

Luciano Gouveia e Sérgio Fonseca convidam para o...

100% Girolando Registrado30 Bezerras / 80 Novilhas Prenhas / 30 Vacas de Alta Produção

Page 112: Revista InteRural - Maio de 2012

114 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

leite. Satisfação para o dono do animal, o pecuarista Dilson Cordeiro, de Goiás, que tam-bém é proprietário da recor-dista mundial Vaca Adulta, Iaia TE Vila Rica, com a estrondosa média de 59,16 kg de leite.

O torneio leiteiro do Gi-rolando teve como grande campeã a vaca Fantasia, per-tencente ao produtor Francis-co Rangel Gontijo de Queiroz, da cidade de Paraopeba (MG). Foram 221,728 quilos de leite no total de todas as ordenhas. Na média diária, a vaca pro-duziu 73,909 quilos de leite. O concurso aconteceu do dia 2 a 5 de abril. A vaca foi campeã suprema e da categoria 5/8. O prêmio foi um carro zero km.

LEILõESOs leilões realizados du-

rante a ExpoAraxá, foram uma atração a parte e movi-mentou a economia da cidade. “Em 2012 nós realizamos oito leilões, dentro do Parque de Exposições, onde foram co-mercializados 4,5 mil cabeças de gado, movimentado cerca de 5,5 milhões de reais, mais um recorde que foi batido. Já planejamos para que no ano que vem a gente possa fazer nove, dez ou até doze leilões, que é nosso carro-chefe de ar-recadações e promoções aos nossos expositores e vende-dores”, ressalta o Vice-Presi-dente da Arap, Emílio Carlos Pereira Vale.

A ARENANa arena e palco, um

grandioso espetáculo foi pre-parado pela Arap, apresen-tações de se encher os olhos. “Não tivemos acidente com nenhum peão e demos uma

premiação de R$ 20 mil. Tive-mos a felicidade de ter na final do rodeio o locutor Gleydson Rodrigues, os melhores touros do país e profissionais expe-rientes. A média de público foi muito boa e ficamos satisfeitos com a repercussão da festa”, ressalta Emílio.

Além dos rodeios a are-na e as arquibancadas ficaram completamente lotadas para os show da ExpoAraxá. De acordo com o vice-presidente, mais de 100 mil pessoas pas-saram pelo Parque durante a feira.

AGRADECIMENTO ESPECIALA 38º ExpoAraxá, fez his-

tória. A diretoria da Arap por intermédio do seu Vice-Pre-sidente Emílio, agradece em especial a toda diretoria e fun-cionários da Arap, a população Araxaense, a CBMM (Compa-nhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e a Prefeitura Mu-nicipal de Araxá.

Emilio ficou muito satis-feito com o que viu na 38º Ex-poAraxá. “A festa foi um su-cesso absoluto, superou todas as expectativas, tanto para di-retoria quanto para população, ficamos muito satisfeitos com o grande número de público que passaram pela festa, sem nenhum acidente. Um evento para ficar para a história”, con-clui.

Page 113: Revista InteRural - Maio de 2012

115 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 114: Revista InteRural - Maio de 2012

116 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Eventos

DA REDAçãO

Noite de sexta feira 13, considerado popularmen-te como o dia de azar em que nada da certo, o numero da má sorte. Um dia de ficar em casa e não fazer nada, certo? Errado!

Sexta feira 13 foi um dia de gala e de sucesso para quem promoveu e participou do 2º leilão Excelência dos Araxás. O evento aconteceu no luxuo-so salão Minas Gerais, do Tauá Grande Hotel e Termas do Ara-xá.

No leilão os melhores exemplares da raça Girolando do País, garantiam um even-to de alto nível, animais que faturaram títulos e a grande campeã do torneio leiteiro da pesada pista de julgamento da ExpoAraxá eram peças de ouro no Excelência dos Ara-xás.

O evento foi transmitido ao vivo pelo canal Terra Viva e teve a assessoria de Boi e BMB. Sob o martelo dos leiloeiros Paulo Marcus Brasil e de Cás-sio Paiva foram comercializa-dos 35 lotes do mais alto valor genético do Brasil.

O faturamento total do leilão foi de R$ 816.816,00, com média de R$ 23.337,60 por ani-mal. O grande destaque do lei-lão foi o lote 22, Escopeta Fiv

Leilão Excelência dos Araxás vive

noite de galaNem a sexta feira 13 conseguiu atrapalhar o sucesso do leilão

Page 115: Revista InteRural - Maio de 2012

117 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Sansão GAM, uma fêmea ¼ de cinco meses, que traz em sua linha alta o grande Raçador C.A Sansão e na linha baixa a atu-al recordista de produção em torneio leiteiro, com mais de 80 kg de leite/dia, Barbara Teatro Pedra. O vendedor foi Geraldo Marques e a compradora foi a Fazenda São José, que investiu R$ 72.000,00 por essa bezerra de futuro promissor na raça Girolando.

A maior compradora do Excelência dos Araxás foi a Fazenda São José, que desem-bolsou R$198.480,00. O maior vendedor foi Leandro Aguiar da Fazenda Engenho, que ven-deu R$ 120.240,00.

Investimentos dignos de um grande evento que ofe-receu o que há de melhor no mercado e tudo aprontado com o mais fino trato, desde luzes especiais a altura do som, tudo para oferecer conforto a quem buscava bons negócios.

Empolgado com os re-sultados um dos diretores da Tropical Genética, Milton de Almeida Magalhães Neto, dis-se: “Nos conseguimos reunir os melhores animais do Brasil em um hotel que dispensa co-mentários. É um evento com perfil diferente dos leilões tra-dicionais, a venda de animais foi muito positiva, com bom faturamento e liquidez”.

Em uma noite de sexta feira 13 o Leilão Excelência dos Araxás se consagra e entra para a lista dos melhores lei-lões do Brasil.

Page 116: Revista InteRural - Maio de 2012

118 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

POR GUSTAVO RIBEIRO

A Tropical Genética se di-ferencia em sua atuação por fortalecer a genética de alto nível das raças Girolando e Gir Leiteiro por meio de um banco genético de excelentes doado-ras. Na raça Gir Leiteiro, o tra-balho de seleção já ultrapassa 20 anos e na raça Girolando, disponível em todos os seus graus de sangue, já colhe exce-lentes resultados.

Os animais da Tropical são reconhecidos internacional-mente por títulos conquistados nas mais importantes pistas de julgamento, em torneios leitei-ros e também com a quebra de recordes de valorização.

A empresa também pos-sui uma Central de receptoras com mais de 2 mil animais rigo-rosamente selecionados. Essa

estrutura está preparada para oferecer todo suporte interno necessário nas técnicas de Fer-tilização in vitro (FIV) e Trans-ferência de Embriões (TE)

Com a missão de vender a melhor genética e serviços de reprodução bovina, com alta tecnologia e sustentabilidade a Tropical Genética chega a 4º edição do Leilão FIV, realizado dentro da Megaleite.

É importante destacar que a Tropical foi pioneira na realização de um leilão dentro da Megaleite ofertando apenas animais produzidos através do trabalho de FIV (Fecundação In Vitro).

O 4º Leilão FIV Tropical acontece no dia 07 de Julho as 13:00 horas, no Tatersal RKC, no parque de exposições Fernan-do Costa em Uberaba, durante a MegaLeite 2012.

Serão ofertadas 120 ani-mais de Fertilização In Vitro (FIV) do melhor aproveitamen-to genético das raças Gir Leitei-ro e Girolando.

O batida do martelo fica por conta da Cassio Paiva Lei-lões, com transmissão ao vivo pelo AgroCanal e assessoria de Boi e BMB. O leilão ainda con-tará com ofertas especiais de prenhezes Gir Leiteiro e Giro-lando que estarão disponíveis das 10:00 às 13:00 horas do dia 07.

O leilão é um dos mais aguardados por criadores de todo o Brasil, uma aposta sóli-da no alto valor genético pro-duzido pela Tropical Genética. 4º Leilão FIV Tropical Genética, É avaliando os nossos resulta-dos no pasto que continuamos a produzir a melhor genética Tropical.

InteRural Eventos

4º Leilão FIV Evento gera expectativas para o mês de Julho

Diretoria Tropical Genética. (Da esquerda para direita) Milton de Almeida Magalhães Júnior, Vicente Nogueira, Milton Neto, Joaquim Lima

Tropical Genética

realiza mais um leilão de Fertilização

In Vitro

Page 117: Revista InteRural - Maio de 2012

119 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 118: Revista InteRural - Maio de 2012

120 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

InteRural Eventos

DA REDAçãO

Em time que esta ganhan-do não se mexe! Essa máxima elenca o sucesso dos leilões promovidos pelas fazendas Java e Valinhos. O evento pro-movido por Paulo Melo e Da-niella Martins (Fazenda Java), Daniel da Silva e Magnólia Silva (Fazenda Valinhos), no domin-go 22 de Abril foi um sucesso.

Em sua 4º edição o leilão virtual foi transmitido ao vivo pelo Agro Canal com a Nova Sat Leilões responsável pelo martelo, a assessoria ficou por conta de Boi e BMB.

O Leilão recebeu seus convidados no salão de Even-tos The Place, em Uberlândia, onde os lances eram acompa-nhados e ofertados pessoal-mente. Com disputa acirrada entre compradores virtuais e de quem marcava presença no ponto de apoio do evento, aos poucos os lotes foram sendo comercializados.

O Leilão teve resultado positivo, com mais de 20 com-pradores, média geral de R$: 6.027,00 por animal, o destaque ficou para Orivaldo Pereira Mar-tins da cidade de Edeia - GO como o maior comprador do evento.

Os organizadores ficaram satisfeitos com os resultados do Leilão, que mais uma vez movi-mentou o mercado da pecuária leiteira nacional e já se prepa-ram para a 5º edição do evento.

Fazenda Java e Valinhos promovem 4º Leilão VirtualLeilão virtual Java e Valinhos movimentam mercado pecuário leiteiro

Page 119: Revista InteRural - Maio de 2012

121 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 120: Revista InteRural - Maio de 2012

122 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Estrelas dos Araxás um leilão que veio para ficarEm terras dos antigos índios Araxás, Leilão se torna referência no Girolando

DA REDAçãO

Expectativa foi o que não faltou para o primeiro grande leilão Estrelas do Araxás. Uma equipe de peso se reuniu para a consagração de um grande evento, os promotores foram: Fazenda Engenho, Fazenda Balde Branco e Carlos Henrique Aguiar e Irmãos.

O leilão aconteceu na tar-de de sábado dia 14 de abril em um tatersal montado ao lado da pista de julgamento da Expo-Araxá, um espaço convidativo que resultou em um evento de grandes negócios, com casa lo-tada e transmissão ao vivo pelo Agro Canal o leilão obteve prati-camente 100% de liquidez.

A leiloeira responsável pelos arremates foi a Nova Sat Leilões, com a assessoria de Boi e BMB. O leiloeiro Cássio Paiva foi o responsável pela batida do mar-telo. Foram negociados os princi-pais animais dos planteis de cada criador participante, ao todo 250 animais Girolando registrados e de alta produtividade.

Para a primeira edição de um leilão de estrelas o evento foi um sucesso, tendo grande vi-sibilidade, por ter sido realizado

dentro do Parque de Exposição Agenor Lemos na 38º ExpoA-raxá, e transmitido ao vivo pelo Agro Canal.

O Leilão Estrelas dos Ara-xás bateu o martelo e fechou o evento com chave de ouro, fo-ram negociados 72 lotes com arrecadação de mais de um mi-lhão de reais, uma média de R$: 4.880,00 por animal, o maior in-vestidor foi Horácio Moreira Dias.

Gustavo Aguiar proprietá-rio da Fazenda Congonhas e um dos promotores do leilão fala que o evento foi positivo, “Foi uma grande festa de negócios, casa cheia, vendemos muito bem, superou nossas expectativas. Os criadores podem esperar que no ano que vem as Estrelas dos Araxás vão brilhar mais uma vez”. Agora é só colocar na agen-da, O Estrelas dos Araxás veio pra ficar!

.Fazenda Congonhas, Fa-zenda Engenho, Fazenda Balde Branco e Carlos Henrique Aguiar e Irmãos, reuniram os animais destaques dos seus planteis e disponibilizaram para pequenos, médios e grandes criadores de várias regiões do país, 250 animais Girolando, registrados e de muita produtividade.

InteRural Eventos

Page 121: Revista InteRural - Maio de 2012

123 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 122: Revista InteRural - Maio de 2012

124 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Os preparativos para o In-tercalu 2012 – Exposição Agro-pecuária da Cooperativa Agro-pecuária Ltda. de Uberlândia – Calu - estão na reta final e as expectativas são as melhores, afinal marcará as comemora-ções dos 50 anos da Cooperati-va. O evento acontece do dia 04 ao dia 09 de maio, no Parque de Exposições Camaru, em Uber-lândia, no Triângulo Mineiro, e vai movimentar o agronegócio da região.

São esperados mais de 3.000 visitantes que terão a oportunidade de comercializar animais, por meio do shopping e do repasse de tourinhos das raças Gir aptidão leiteira, Gi-rolando e Holandês, além do tradicional Leilão de Elite, que

será realizado no dia 09, a par-tir das 19 horas.

Palestras técnicas, gra-tuitas, também vão marcar o evento. Ministradas por pro-fissionais de renome, as expla-nações contarão com temas de grande interesse para os pro-dutores de leite, com espaço para discussões e atualizações técnicas. Esse ano, o assunto abordado refere-se a casos de sucesso da interação homem--animal, no controle de células somáticas.

A comunidade também será agraciada durante o In-tercalu. As crianças da rede pública de ensino participarão de uma ação social que con-templa apresentações teatrais que resgatarão a história da

Calu, abordando a importância do leite na alimentação e como funciona toda a cadeia produ-tiva.

Pela primeira vez, o Inter-calu realizará a exposição ran-queada da raça Girolando. Es-peram-se mais de 400 animais expostos no Camaru, frutos do Programa de Melhoramento Genético da Cooperativa e do plantel de vários convidados.

No dia 06, será realizada uma grande festa em come-moração ao aniversário da Co-operativa, com homenagens aos parceiros e colaboradores, presença de representantes de cooperativas, autoridades e os convidados especiais da Calu, que são os seus associados e colaboradores.

InteRural Eventos

12º Intercalu terá exposição ranqueada da raça Girolando

Page 123: Revista InteRural - Maio de 2012

125 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

FEIRA DE NEGóCIOS

Uma megaestrutura será montada no Camaru para atender bem os visitantes. Para a 4ª edição da Feira de Negócios, são esperadas mais de 60 empresas parceiras, que montarão estandes oferecen-do produtos com condições especiais e negociação direta com os produtores.

De acordo com o diretor geral da Calu, Cássio Vinícius Vieira, as expectativas para o evento são as melhores. “Nos-sa perspectiva é crescer tanto na comercialização de insu-mos, quanto na de genética, consolidando a Cooperativa como referência na região”, ressalta.

Cássio deixa uma su-gestão aos produtores que pretendem comprar duran-te a feira. “Tragam anotados os dados do svocê gastou, no ano passado, com insumos agrícolas, ração, suplementos

minerais, Calumax, produtos veterinários, sêmen, entre outros, para facilitar a deci-são na hora da compra. Atu-alize seus gastos anteriores com o rebanho atual, garan-tindo uma aquisição segura dos produtos que irão utili-zar durante este ano. É uma forma de maximizar seus lu-cros”, diz o diretor.

OPORTUNIDADE EM DOBRO

Além dos preços e con-dições especiais que os par-ticipantes da InterCalu en-contrarão durante a feira, a Cooperativa preparou algo es-pecial que vai tornar o evento ainda mais atrativo. Trata-se do sorteio de um carro Fiat Uno Mille Way 0 km. Para cada R$ 1.000,00 em compras no re-cinto do Parque de Exposições Camaru, o cliente terá direito a 01 cupom para participar do sorteio que será realizado no dia 12 de maio.

PROGRAMAçãO COMPLETA

03/05 - Quinta Entrada dos animais

04/05 - Sexta Registro dos animais

05/05 - Sábado Preparação de animais

(manhã)Julgamento Fêmeas

Jovens 1/4 , 3/8 e 7/8 e machos (à tarde)

06/05 - Domingo Abertura Oficial INTER-

CALUComemorações 50 Anos

Calu / Abertura da 4º Fei-ra Negócios e Shopping de

Animais

07/05 - Segunda Julgamento Fêmeas Adul-tas 7/8, 3/4 e 1/2 sangue

(manhã) eJulgamento Fêmeas

Adultas 5/8 , 3/8 e 1/4 sangue (tarde)

Recepção Escolas com teatro

08/05 - Terça Julgamento Fêmeas

Jovens 1/2 sangue e 5/8 (manhã)

14:00h Ciclo de Palestras Técnicas

16 h Fechamento Shop-ping de Animais / Repas-

se Tourinhos

09/05 Quarta – Julgamento Fê-meas Jovens 3/4 sangue

(manhã)Julgamento da Raça Gir e

Progênie Girolando19:00h Leilão de Elite 12º

Intercalu

10/05 - Quinta Saída dos animais

Font

e: a

sses

sori

a de

iMpr

ensa

da

inte

rcal

u

Page 124: Revista InteRural - Maio de 2012

126 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Localizado no Sudoeste Goiano, Jataí tem destaque nacional devido à sua economia agrícola, que supera os re-cordes obtidos a cada safra. O município é um dos maiores produtores de milho do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na segunda safra deste ano, foram cultivados 160 mil hectares com esta cul-tura. A produção poderá chegar a mais de 912 mil toneladas do grão. O cultivo da soja também é relevante no município. Na safra de verão, a oleaginosa ocupou 240 mil hectares das lavouras jataienses e a produção alcançou média de 864 mil toneladas.

A agricultura forte na região facilita a manutenção da atividade pecuária no município, já que o grão é a matéria--prima básica utilizada na produção da ração animal. Devido a esta facilidade logística, os produtores jataienses têm in-vestido cada vez mais no rebanho de corte e, principalmen-te, de leite. Prova disso é a divulgação do IBGE de que Jataí é o município que mais produz leite em Goiás. Na Pesquisa Pecuária Municipal, divulgada pelo Instituto, Jataí ocupa o primeiro lugar no Ranking de Produção de Leite do Estado. A média de produção no município tem ficado acima de 326 mil litros por dia, o que corresponde a 119, 256 milhões de litros por ano.

MENINA DOS OLHOS DE GOIÁS

Jataí é um dos municípios que mais crescem na produção agropecuária

por Tássia Fernandes

Foto

: Thi

ago

Oliv

eira

Page 125: Revista InteRural - Maio de 2012

127 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Localizado no Sudoeste Goiano, Jataí tem destaque nacional devido à sua economia agrícola, que supera os re-cordes obtidos a cada safra. O município é um dos maiores produtores de milho do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na segunda safra deste ano, foram cultivados 160 mil hectares com esta cul-tura. A produção poderá chegar a mais de 912 mil toneladas do grão. O cultivo da soja também é relevante no município. Na safra de verão, a oleaginosa ocupou 240 mil hectares das lavouras jataienses e a produção alcançou média de 864 mil toneladas.

A agricultura forte na região facilita a manutenção da atividade pecuária no município, já que o grão é a matéria--prima básica utilizada na produção da ração animal. Devido a esta facilidade logística, os produtores jataienses têm in-vestido cada vez mais no rebanho de corte e, principalmen-te, de leite. Prova disso é a divulgação do IBGE de que Jataí é o município que mais produz leite em Goiás. Na Pesquisa Pecuária Municipal, divulgada pelo Instituto, Jataí ocupa o primeiro lugar no Ranking de Produção de Leite do Estado. A média de produção no município tem ficado acima de 326 mil litros por dia, o que corresponde a 119, 256 milhões de litros por ano.

MENINA DOS OLHOS DE GOIÁS

Jataí é um dos municípios que mais crescem na produção agropecuária

por Tássia Fernandes

Foto

: Thi

ago

Oliv

eira

Page 126: Revista InteRural - Maio de 2012

128 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Sindicato Rural de Jataí organiza 40ª EXPAJA, uma das maiores exposições

agropecuárias do Centro-Oeste.

presidente da Associação dos Cria-dores de Girolando, José Donato. Neste ano, a feira vai receber o vice--presidente, Fernando Brasileiro, e diversos diretores da associação, que estará com estande disponível para atender os criadores, tirar dú-vidas dos interessados e divulgar a raça no município.

Em 2011, a Expaja recebeu as principais campeãs nacionais da raça Girolando, animais que parti-ciparam da Mega Leite, em Ubera-ba (MG), e também vieram para as pistas de Jataí. Depois de realizar o maior ranking da história de Goiás e fi car entre as cinco maiores expo-sições do Brasil, agora, a expectati-va dos organizadores é de que, em 2012, o ranqueamento de Girolando receba em torno de 300 animais.

A exposição ranqueada da raça contará pontos para o Ranking

Goiano e, também, para o Ranking Nacional, que é concluído em julho, durante a Mega Leite. “Em 2011, a Expaja teve uma expressão muito grande perante os ranqueamentos e foi uma exposição de peso para os criadores”, afi rma Rogério Corrêa (2RJataí), um dos organizares.

A grande novidade da Expa-ja Leite, em 2012, é a exposição ofi -cial da raça Gir Leiteiro, que será ho-mologada pela Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABC-GIL) e já tem participação confi rma-da dos principais rebanhos da raça, provenientes de todas as regiões do país. O Gir ocupa o segundo lu-gar entre os animais registrados no Brasil e apresenta bons resultados em cruzamentos, principalmente na produção de leite. Durante a exposi-ção, os produtores poderão conferir os melhores animais da raça.

O presidente da ABCGIL, Sílvio Queiroz, declarou total apoio na realização da primeira exposição ofi cial de Gir Leiteiro em Jataí. A As-sociação de Criadores de Gir no Es-tado de Goiás, a GirGoiás, na pessoa do presidente Luiz Alberto de Paula e Souza, também está empenhada na realização da exposição. Toda a equipe da Associação está mobili-zada para auxiliar na divulgação do evento.

O ranqueamento de ovinos também foi sucesso em 2011 e foi equiparado à qualidade da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco). Para este ano, são espera-dos mais de 20 expositores e mais de 300 animais. O evento vai con-tar pontos para o Ranking Goiano, Ranking Nacional e para a Feinco.

Valorizando o trabalho do agropecuarista, o Sindicato Rural de Jataí (SRJ) investe,

cada vez mais, na Exposição Agro-pecuária do município. Em 2012, não poderia ser diferente, já que a feira está completando 40 anos de existência. Para comemorar a jorna-da de trabalho, que é desempenha-da sempre ao lado do produtor rural, a Exposição Agropecuária de Jataí vem repleta de novidades para o ho-

Na Expaja, os negócios tam-bém giram em torno da aquisição de animais. Com a finalidade de fomen-tar a atividade leiteira no município, foi criada a Expaja Leite, que, a partir deste ano, integra o evento. Com-põem a Expaja Leite, as exposições de gado leiteiro de diversas raças, os

mem do campo.Neste ano, a Expaja aconte-

cerá de 12 a 17 de junho e a expecta-tiva do Sindicato Rural de Jataí é de superar a Exposição do ano passa-do, quando cerca de 60 mil pessoas estiveram presentes no evento.

Considerada uma grande oportunidade para fechar bons ne-gócios, em 2011, a Expaja recebeu mais de 70 expositores, que comer-cializaram máquinas agrícolas, veí-

ranqueamentos do gado Gir Leiteiro e Girolando, o Torneio Leiteiro e o Leilão Goiás Leite.

O primeiro ranqueamento do gado Girolando no município acon-teceu em 2011, com a presença de 206 animais em pista, todos de alta qualidade e com livro fechado. Par-

culos, motos, entre outros produtos, e contribuíram com o aquecimento da economia da região, movimen-tando cerca de R$ 3,5 milhões.

A exposição de máquinas e implementos de 2012 já está confir-mada e, de acordo com o Sindicato Rural, o número de expositores já supera o do ano passado. Agora, a pretensão é de que a quantidade de negócios gerados durante a feira também seja superada.

ticiparam do evento 28 expositores, de diversos estados, entre eles Goi-ás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.

Durante os dois dias de julgamentos realizados no ano pas-sado, esteve presente, na Expaja, o

• Exposição de Animais

Foto Aérea Parque de Exposições de Jataí/GO em 2011 / Fotógrafo: Dayner Costa

InteRural Capa

Page 127: Revista InteRural - Maio de 2012

129 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Sindicato Rural de Jataí organiza 40ª EXPAJA, uma das maiores exposições

agropecuárias do Centro-Oeste.

presidente da Associação dos Cria-dores de Girolando, José Donato. Neste ano, a feira vai receber o vice--presidente, Fernando Brasileiro, e diversos diretores da associação, que estará com estande disponível para atender os criadores, tirar dú-vidas dos interessados e divulgar a raça no município.

Em 2011, a Expaja recebeu as principais campeãs nacionais da raça Girolando, animais que parti-ciparam da Mega Leite, em Ubera-ba (MG), e também vieram para as pistas de Jataí. Depois de realizar o maior ranking da história de Goiás e fi car entre as cinco maiores expo-sições do Brasil, agora, a expectati-va dos organizadores é de que, em 2012, o ranqueamento de Girolando receba em torno de 300 animais.

A exposição ranqueada da raça contará pontos para o Ranking

Goiano e, também, para o Ranking Nacional, que é concluído em julho, durante a Mega Leite. “Em 2011, a Expaja teve uma expressão muito grande perante os ranqueamentos e foi uma exposição de peso para os criadores”, afi rma Rogério Corrêa (2RJataí), um dos organizares.

A grande novidade da Expa-ja Leite, em 2012, é a exposição ofi -cial da raça Gir Leiteiro, que será ho-mologada pela Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABC-GIL) e já tem participação confi rma-da dos principais rebanhos da raça, provenientes de todas as regiões do país. O Gir ocupa o segundo lu-gar entre os animais registrados no Brasil e apresenta bons resultados em cruzamentos, principalmente na produção de leite. Durante a exposi-ção, os produtores poderão conferir os melhores animais da raça.

O presidente da ABCGIL, Sílvio Queiroz, declarou total apoio na realização da primeira exposição ofi cial de Gir Leiteiro em Jataí. A As-sociação de Criadores de Gir no Es-tado de Goiás, a GirGoiás, na pessoa do presidente Luiz Alberto de Paula e Souza, também está empenhada na realização da exposição. Toda a equipe da Associação está mobili-zada para auxiliar na divulgação do evento.

O ranqueamento de ovinos também foi sucesso em 2011 e foi equiparado à qualidade da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco). Para este ano, são espera-dos mais de 20 expositores e mais de 300 animais. O evento vai con-tar pontos para o Ranking Goiano, Ranking Nacional e para a Feinco.

Page 128: Revista InteRural - Maio de 2012

130 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

A atividade agropecuária evoluiu e, junto com ela, o compor-tamento do produtor rural também mudou. Atualmente, o profi ssional está sempre em busca de mais co-nhecimentos e, pensando nisso, o Sindicato Rural organizou uma série de palestras para serem ministradas durante a 40ª Exposição Agropecuá-ria de Jataí.

O circuito de palestras vai abrir a Expaja e, pela primeira vez, a abertura ofi cial do evento será du-rante o dia, na quarta-feira (13/06). Entre os palestrantes já confi rmados estão Vicente Nogueira, da Tropical Genética, que vai falar a respeito do futuro do leite no país e na região, e Luiz Carlos Silva de Moraes, mem-bro da Advocacia Geral da União, que vai falar sobre a atual situação do Código Florestal Brasileiro.

A Expaja Leite também esta-rá realizando o primeiro Torneio Lei-teiro Indoor de Jataí, das raças Gir Leiteiro e Girolando, que acontecerá dentro do pavilhão. Os competido-res vão disputar uma das premia-ções mais altas do Brasil, no valor de mais de R$ 63.000 reais, distribuídas entre as categorias avaliadas.

Tratando-se do Girolando, serão premiadas a melhor vaca e a melhor novilha, em cada grau de sangue (3/4, 5/8, 1/2 e 1/4). Cada criador poderá participar da compe-tição com três animais, dos quais ele terá que escolher dois (uma novilha e uma vaca) para formarem um con-junto. Também serão premiados os três primeiros conjuntos que obtive-rem a maior somatória de produção de leite.

No caso do Gir Leiteiro, se-rão premiados os três melhores ani-mais em cada categoria, os quais se subdividem em fêmea jovem (até 36 meses), vaca jovem (de 36 a 48 me-ses) e vacas adultas (acima de 48 meses). Também haverá premiação para os ordenhadores, com a fi nali-dade de valorizar e estimular o tra-balho dos profi ssionais.

Segundo Rogério Corrêa, da Estância 2RJataí e um dos organiza-

dores do evento, “o torneio leiteiro já é tradicional no município, mas este será o primeiro torneio Gir e o pri-meiro torneio Girolando ofi cial”. Um dos propósitos da inserção do gado Gir Leiteiro no torneio é comprovar a qualidade da raça no que diz respei-to à produção de leite.

O local onde será realizado o torneio contará com estrutura de conforto para os trabalhadores que estarão cuidando dos rebanhos e, também, com estrutura adequada para os próprios animais. A segu-rança também foi pensada pelos or-ganizadores, assim o local terá uma

rede de câmeras de monitoramento e a presença de profi ssionais espe-cializados em garantir a segurança dos animais e dos expositores.

Na mesma área, fi caram as pistas de julgamento e os Stan-ds dos expositores. “O objetivo de montar este espaço é proporcionar que haja uma interação maior entre produtores, expositores e visitan-tes”, afi rma Rogério Corrêa. Além da Expaja, a única feira que realiza o torneio leiteiro em estrutura coberta é a Feileite, realizada em São Paulo, no Centro dos Imigrantes.

• Torneio Leiteiro

• Informação e Conhecimento

Ranking Nacional do Nelore

Ranking Nacional de Ovinos

InteRural Capa

Page 129: Revista InteRural - Maio de 2012

131 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Diversão e entretenimen-to também não poderiam faltar na maior festa do Sudoeste Goiano. A animação já começa, no dia 30 de maio, com show de Victor & Leo. A dupla é a grande atração do Baile do Cowboy, evento ofi cial que dá início à temporada da 40ª Expaja.

Durante os dias da exposi-ção, a primeira apresentação é do cantor Luiz Cláudio. O show será no dia 13 de junho, com entrada franca. A festa segue com os shows de Cristiano Araújo (14/06) e Jorge Henrique e Rodrigo (16/06). No dia 17 de junho, a animação será em do-bro, com as duplas Denilson e Tiago e Orfeu e Menestrel.

O Sindicato Rural também já confi rmou a presença de uma das duplas mais tradicionais do sertane-jo, Chitãozinho e Xororó. As grandes estrelas da música brasileira tam-bém estão completando 40 anos de carreira e, no dia 15 de junho, estarão em Jataí para prestigiarem e agita-rem a 40ª Expaja.

O rodeio profi ssional em tou-ros, que foi sucesso em 2011, tam-bém promete surpreender o público. Grandes competidores de todo o Brasil vão disputar uma das maiores premiações de Goiás. A festa será comandada pelo renomado locutor Almir Cambra. A arena também já está preparada para receber os com-

• Shows e Rodeio

José Donato (Presidente da Girolando),Lírio Brignoni(Vice-presidente SRJ) e Ricardo Peres (Presidente SRJ)

petidores das provas funcionais de laço e tambor.

Na 40ª Exposição Agropecu-ária de Jataí, os agropecuaristas e empresários encontrarão oportuni-dades para concretizarem bons ne-

gócios em 2012. O evento também vem com a fi nalidade de oferecer co-nhecimento para estes profi ssionais, que estão cada vez mais antenados com o que acontece no mundo.

Page 130: Revista InteRural - Maio de 2012

132 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

LEILÃO GOIÁS LEITEpromete agitar o Sudoeste Goiano

Depois do sucesso obtido em 2011, o Leilão Goiás Leite está a caminho da sua segunda edição. Novamente, o evento será realizado durante a 40ª Exposição Agrope-cuária de Jataí (GO), no recinto de leilões do parque de exposições do município, integrando a Expaja Lei-te. Durante o evento, serão leiloados 50 lotes de gado Gir Leiteiro e Giro-lando da melhor qualidade, com alto padrão racial e genético. O leilão é promovido pelo Grupo Goiás Leite e realizado pelo Programa Leilões, em parceria com a Cássio Paiva Leilões. A assessoria fi ca por conta da Boi Assessoria e da Beef Milk Brasil. O evento acontecerá no dia 15 de ju-nho, a partir das 20 horas, e também será transmitido ao vivo, pelo Agro Canal, para todo o Brasil.

O 2º Leilão Goiás Leite con-tará com uma grande oferta de gado para produção de leite. Serão mais de 150 animais, entre eles, animais jovens, como vacas com no máxi-mo duas crias, novilhas prenhas e bezerras. O Leilão também contará com a oferta de animais destaque, que possuem genética para serem utilizados como doadores, animais de pistas e torneios leiteiros. Entre os destaques, serão ofertadas pre-nhezes provenientes do acasala-

mento de importantes vacas da raça Gir Leiteiro e Girolando com os me-lhores touros Holandeses e Girolan-do do mundo. Entre estas vacas, es-tão famílias de recordistas, campeãs nacionais e outras.

Um dos organizadores do evento, Milton Neto (Tropical Gené-tica), destaca que todos os animais, inclusive aqueles destinados para produção, são geneticamente me-lhorados, altamente selecionados e grande parte possui livro fechado, ou seja, já tem toda a genealogia reconhecida. “Os animais também estão em perfeitas condições de sanidade, com total garantia averi-

guada por médicos veterinários. O gado que estará presente no Leilão é proveniente de criatórios renoma-dos e passou pela aprovação da As-sessoria de Davi (Boi) e Celso Mene-zes (BMB), no quesito qualidade de produção e genética”.

O Leilão Goiás Leite foi cria-do a partir da união de seis impor-tantes criatórios de animais leiteiros, com o objetivo de fomentar a ativi-dade pecuária no Estado de Goiás. O Grupo Goiás Leite é formado pela “2R Jataí - Gir Leiteiro e Girolan-do”, propriedade de Roberto Peres e Rogério Corrêa, localizada em Jataí (GO), pela “Girolando Rio Verde”, propriedade de Ildo Ferreira e Cris-tina Ferreira, localizada em Rio Ver-de (GO), pela “Tropical Genética”, propriedade de Vicente Nogueira, Joaquim Lima, Milton Magalhães e Milton Neto, localizada em Uberlân-dia (MG), pela “Fazenda São Domin-gos”, propriedade de João Domin-gos, de Luziânia (GO), pela “Fazenda Serrinha I”, propriedade de Itamir Faria e Itamir Antônio, de Itarumã (GO) e pela “Fazenda Ariranha”, pro-priedade de Mauro Bafutto e Neia Vilela, localizada em Jataí (GO).

O 2º Leilão Goiás Leite vai contar com a participação de impor-tantes criadores e convidados, que acreditam na proposta do grupo, que é ofertar, ao mercado, animais

Grupo Goiás Leite

Leilão Goiás Leite na 39ª Expaja

Page 131: Revista InteRural - Maio de 2012

133 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

LEILÃO GOIÁS LEITEpromete agitar o Sudoeste Goiano

Depois do sucesso obtido em 2011, o Leilão Goiás Leite está a caminho da sua segunda edição. Novamente, o evento será realizado durante a 40ª Exposição Agrope-cuária de Jataí (GO), no recinto de leilões do parque de exposições do município, integrando a Expaja Lei-te. Durante o evento, serão leiloados 50 lotes de gado Gir Leiteiro e Giro-lando da melhor qualidade, com alto padrão racial e genético. O leilão é promovido pelo Grupo Goiás Leite e realizado pelo Programa Leilões, em parceria com a Cássio Paiva Leilões. A assessoria fi ca por conta da Boi Assessoria e da Beef Milk Brasil. O evento acontecerá no dia 15 de ju-nho, a partir das 20 horas, e também será transmitido ao vivo, pelo Agro Canal, para todo o Brasil.

O 2º Leilão Goiás Leite con-tará com uma grande oferta de gado para produção de leite. Serão mais de 150 animais, entre eles, animais jovens, como vacas com no máxi-mo duas crias, novilhas prenhas e bezerras. O Leilão também contará com a oferta de animais destaque, que possuem genética para serem utilizados como doadores, animais de pistas e torneios leiteiros. Entre os destaques, serão ofertadas pre-nhezes provenientes do acasala-

mento de importantes vacas da raça Gir Leiteiro e Girolando com os me-lhores touros Holandeses e Girolan-do do mundo. Entre estas vacas, es-tão famílias de recordistas, campeãs nacionais e outras.

Um dos organizadores do evento, Milton Neto (Tropical Gené-tica), destaca que todos os animais, inclusive aqueles destinados para produção, são geneticamente me-lhorados, altamente selecionados e grande parte possui livro fechado, ou seja, já tem toda a genealogia reconhecida. “Os animais também estão em perfeitas condições de sanidade, com total garantia averi-

guada por médicos veterinários. O gado que estará presente no Leilão é proveniente de criatórios renoma-dos e passou pela aprovação da As-sessoria de Davi (Boi) e Celso Mene-zes (BMB), no quesito qualidade de produção e genética”.

O Leilão Goiás Leite foi cria-do a partir da união de seis impor-tantes criatórios de animais leiteiros, com o objetivo de fomentar a ativi-dade pecuária no Estado de Goiás. O Grupo Goiás Leite é formado pela “2R Jataí - Gir Leiteiro e Girolan-do”, propriedade de Roberto Peres e Rogério Corrêa, localizada em Jataí (GO), pela “Girolando Rio Verde”, propriedade de Ildo Ferreira e Cris-tina Ferreira, localizada em Rio Ver-de (GO), pela “Tropical Genética”, propriedade de Vicente Nogueira, Joaquim Lima, Milton Magalhães e Milton Neto, localizada em Uberlân-dia (MG), pela “Fazenda São Domin-gos”, propriedade de João Domin-gos, de Luziânia (GO), pela “Fazenda Serrinha I”, propriedade de Itamir Faria e Itamir Antônio, de Itarumã (GO) e pela “Fazenda Ariranha”, pro-priedade de Mauro Bafutto e Neia Vilela, localizada em Jataí (GO).

O 2º Leilão Goiás Leite vai contar com a participação de impor-tantes criadores e convidados, que acreditam na proposta do grupo, que é ofertar, ao mercado, animais

Grupo Goiás Leite

Leilão Goiás Leite na 39ª Expaja

Page 132: Revista InteRural - Maio de 2012

134 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

com muita qualidade, produtividade, rusticidade e, acima de tudo, com a garantia de sanidade e reprodução. “O lema do grupo sempre foi e será trabalhar com sincerida-de, honestidade, transparência e respeito ao cliente e parceiro Goiás Leite”, afi rma Rogério Cor-rêa (2RJataí).

Em 2011, o 1° Leilão Goiás Leite, realizado durante a 39° Ex-paja, contou com a participação de produtores de diversas regiões do Estado de Goiás e do Brasil, incluin-do vendedores e compradores. Mais de 600 convidados prestigiaram o evento, que também foi transmitido ao vivo para todo o país.

O recinto onde foi realizado o leilão recebeu o toque especial das esposas dos promotores, que, com dedicação, preparam o local para recepcionarem os convidados da melhor forma possível. A beleza do recinto foi um dos comentários dos participantes, que elogiaram a cria-tividade das organizadoras ao deco-rarem o espaço.

Palco de um grande sucesso que movimentou toda a cadeia pro-dutiva do setor leiteiro, o Leilão Goi-ás Leite, realizado em 2011, obteve um faturamento em torno de meio milhão de reais. O recorde de valo-rização de animal foi de uma vaca Gir Leiteiro, vendida no valor de R$ 72.000,00, já o recorde de prenhez atingiu R$ 21.000,00. Para 2012, a meta é atingir um faturamento ainda maior, próximo a um milhão de reais em comercialização de animais lei-teiros.

Os promotores do leilão já estão a todo vapor para garantirem que neste ano o evento também seja um sucesso; os produtores de leite são as peças fundamentais para que isto aconteça. O Leilão Goiás Leite é voltado para todos os envolvidos na atividade leiteira e ofertará lotes de animais acessíveis aos pequenos produtores de leite e também aos grandes selecionadores de genética.

Pensando na facilidade do produtor adquirir animais geneticamente melhorados e poder pagá-los com a própria

produção de leite, os promoto-res decidiram trabalhar com a forma de pagamento em 24 par-celas, sendo 2+2+20 parcelas mensais.

“O Leilão Goiás Leite será uma excelente oportunidade para que os produtores tenham acesso a animais de boa qualidade e alta

genética. Também será um momen-to agradável para que façam novas amizades e revejam os amigos de profi ssão. Teremos a maior honra em receber todos os produtores no evento, que, sem dúvidas, será um marco na exposição jataiense”, con-vida o grupo Goiás Leite.

Compradores do lote recorde de valorização

Gatilla FIV F.Mutum (Recorde de Valorização no Leilão Goiás Leite - R$ 72.000,00)

João Domingos (Fazenda São Domingos), Ricardo Peres (Presidente SRJ), Leonardo Vilela (Dep. Federal), Vicente

Nogueira (Tropical Genética), José Donato (Presidente da Girolando), Rogério Corrêa (2RJataí)

InteRural Capa

Page 133: Revista InteRural - Maio de 2012

135 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 134: Revista InteRural - Maio de 2012

136 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 135: Revista InteRural - Maio de 2012

137 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012

Page 136: Revista InteRural - Maio de 2012

138 | Interural - a revIsta do agronegócIo | maIo de 2012


Recommended