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Revista Universo UPF 4

Date post: 22-Dec-2015
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Universidade de Passo Fundo - RS
28
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Abril / 20142 UniversoUPF

espaço do leitor

Produção de textos: Carla Patrícia Vailatti (MTb/RS 14403); Caroline Simor da Silva (MTb/RS 15861); Cristiane Sossella (MTb/RS 9594); Filippe de Olivei-ra (MTb/RS 16570); Leonardo Rodrigues Andreoli (MTb/RS 14508); Maria Joana Chaise (MTb/RS 11315); Laisa Priscila Fantinel (MTB/RS 15.894) e estagiária Laíssa França Barbieri.Edição: Cristiane Sossella (MTb/RS 9594) e Maria Joana Chaise (MTb/RS 11315).Revisão de textos: Paulo ResendeProjeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofman Jr.Diagramação e capa: Marcus Vinícius Freitas, Nú-cleos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda Fotos de capa: Divulgação / Montagem / Marcus Vinícius Freitas

A revista Universo UPF é uma publicação da Univer-sidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita

Revista Universo UPF - nº 06 Abril / 2014

Universidade de Passo Fundo - BR 285, Bairro São José - Passo Fundo/RS - CEP: 99052-900Telefone: (54) 3316 8100www.upf.br

Reitor: n José Carlos Carles de SouzaVice-Reitora de Graduação: n Neusa Maria Henriques RochaVice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: n Leonardo José Gil BarcellosVice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: n Bernadete Maria DalmolinVice-Reitor Administrativo: n Agenor Dias de Meira JuniorExecutivo de Comunicação:n Cristiano Mielczarski Silva

nesta

Pg 03n Criação do Mestrado em Di-

reito e aprovação dos doutorados em Letras e História marcam novo momento na pós-graduação

Pg 06n Conceito 4 no Índice Geral de

Cursos do MEC reafirma excelên-cia da UPF em ensino

Pg 14n Substâncias químicas nas

águas podem alterar percepção dos peixes

Pg 15n Projeto potencializa ações co-

letivas de prevenção e resolução de conflitos em busca de uma cultura de paz

O espaço do Leitor recebe comentários, sugestões e impressões sobre a revista Universo UPF. Para participar, escreva um e-mail para [email protected]. Nossos telefones de contato são (54) 3316-8142 e 3316-8138. Boa leitura a todos!

Equipe de produção da revista Universo UPF

Acompanhe a Universidade

nas redes sociais:UPFOficial

edição

“Aguardo sempre com curiosidade cada nova edição da Revista Universo UPF. Percebo que ela se consolida como veículo de informação da comunidade acadêmica, divulgando as realizações acadêmico-científicas tanto ao público interno quanto ao externo. Em diagramação com visual contemporâneo, suas matérias apresentam ao mesmo tempo profundidade de conteúdo, leveza no estilo e qualidade de imagens, demonstrando trabalho de equipe que alia profissionais experientes com propostas inovadoras. Minha sugestão de pauta é no sentido de ampliar conteúdos sobre cultura e arte, e a participação dos segmentos de alunos e funcionários da UPF”.

Professora Dra. Rosa Maria Locatelli Kalildocente do curso de Arquitetura e Urbanismo e do

Programa de Pós-Graduação em Engenharia

UPF emNÚMEROS

campi instalados em Passo Fundo e nas cidades da regiãomunicípios abrangidos em sua área de atuaçãoalunos matriculados na graduação, pós-graduação e extensão da UPF, além da UPF Idiomas e do Integrado UPFprofessores de EnsinoSuperior (49,89% Mestres - 26,55% Doutores)funcionárioscursos de graduaçãocursos de especialização em andamentocursos de mestradoinstitucionalcursos de doutorado institucional e oito estágios pós-doutoraisprofissionais formados nestes 45 anosbibliotecasexemplares de livrosdisponíveis, num total de 111.401 títulosanfiteatros e auditóriossalas para ensinoprático-experimentallaboratóriosclínicasconvênios com instituições estrangeiras, possibilitando intercâmbio acadêmico em 16 países

9

101

21.441

934

1.2986047

13

04

66.470

10286.715

23174

291150

56

universidadeupfUniversidadeUPF Universidadede Passo Fundo

Abril / 2014 3UniversoUPF

universidade

A UPF segue uma caminhada de cres-cimento e consolidação da pós-gra-duação stricto sensu. Nos últimos três anos, essa área cresceu 110% na

Instituição, de acordo com dados da Vice-Rei-toria de Pesquisa e Pós-Graduação. Uma das mais recentes conquistas foi a aprovação do Mestrado em Direito, que já realizou seleção

PÓS-GRADUAÇÃOCriação do Mestrado em Direito e aprovação dos doutorados em Letras e História marcam novo momento na Instituição

Mestrado em DireitoCom a primeira turma em andamento,

o Programa de Pós-Graduação em Di-reito tem área de concentração em No-vos Paradigmas do Direito, sustentada por duas linhas de pesquisa: Jurisdição Constitucional e Democracia; e Relações Sociais e Dimensões do Poder.

De acordo com o coordenador, Dr. Ivan Guérios Curi, o mestrado objetiva fomentar ainda mais a pesquisa e o de-bate sobre os novos paradigmas do di-reito e ao mesmo tempo contribuir para manter um ensino de excelência em to-dos os cursos da Faculdade de Direito da UPF. “É de notar que o Mestrado em Direito tem uma abrangência geopolíti-ca muito extensa, tendo em conta que a produção científica que dele resultar, na formação de mestres ou na publicação de artigos em revistas de excelência e livros, refletirá em toda a região Sul do país e não somente em Passo Fundo”, acredita.

Na opinião do coordenador adjun-to, Dr. Giovani Corralo, a aprovação do Mestrado marca um novo momento para a Faculdade de Direito, reconhecida por

para a formação da primeira turma. A aprova-ção, também pela Capes, dos doutorados em Letras e História, valida os investimentos re-alizados.

O vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Dr. Leonardo José Gil Barcellos, avalia que a Instituição tem prestado todo o apoio necessá-rio tanto para a qualificação do corpo docen-

te quanto para a melhoria dos indicadores de produção, além de dar suporte à ampliação da rede de contatos internacionais e interinstitu-cionais para a qualificação científica. “Temos ciência de que esse investimento agrega não só à pós-graduação, mas também à gradua-ção, à pesquisa e à extensão, qualificando o processo de ensino como um todo”, refere.

Tradicional Faculdade de Direito agora oferece o mestrado

Inscrições ao Doutorado em Letras estarão abertas de 26 de maio a 14 de julho

cresce e se consolida

ser pioneira na área na região e pela for-mação de excelência dos seus egressos.

Todas as informações podem ser ob-tidas pelo site http://www.upf.br/ppg-direito/.

Doutorado em História O Programa de Pós-Graduação em

História iniciou atividades em 1998, ten-do sido o primeiro a ser instalado fora do eixo metropolitano gaúcho. Agora, o curso de doutorado também é pionei-ro fora da região metropolitana no Sul do país. Fruto do amadurecimento do PPGH, que já conta com mais de 200 dissertações defendidas, o doutorado em História assegura condições de pro-porcionar uma formação de alto nível a pós-graduandos na área de concentra-ção História Regional.

Conforme a coordenadora, profes-sora Dra. Ana Luiza Setti Reckziegel, a produção científica dos docentes, pu-blicada em periódicos dos altos extra-tos do Qualis/Capes, foi classificada em

segundo lugar dentre os 63 programas existentes na área no Brasil. “A interna-cionalização do Programa também é um fator diferencial, visto os convênios in-ternacionais firmados com universida-des da Argentina, Uruguai, Cuba, Ango-la, Itália e Portugal, que resultaram em publicações conjuntas e missões de tra-balho dos docentes do PPGH”, pontua.

As inscrições ao doutorado estão abertas até 09 de junho próximo. Deta-lhes no site www.upf.br/ppgh.

Doutorado em LetrasO Programa de Pós-Graduação em

Letras (PPGL) surgiu como decorrência da movimentação de décadas na área de Letras na UPF. A graduação foi criada em 1957, e, em 2003, foi implantado o Programa de Pós-Graduação. Destaca-se nessa trajetória a realização das Jorna-das Literárias, uma movimentação cul-tural de caráter permanente e cuja ação, a cada dois anos, culmina num encontro entre leitores, escritores, artistas, inte-lectuais e críticos, além de outros even-tos, que têm oportunizado à comunida-de acadêmica o contato com professores renomados de diferentes instituições.

Na avaliação da coordenadora do PPGL, professora Dra. Fabiane Verardi Burlamaque, a aprovação da propos-ta do curso de doutorado demonstra o amadurecimento e a consolidação do Programa. “Além disso, reflete a articu-lação do corpo docente com a pesqui-sa, o ensino e a extensão e, também, os diferentes convênios e redes estabele-cidos com outras instituições do país e exterior”, afirma.

As inscrições ao doutorado estarão abertas de 26 de maio a 14 de julho próximo. Detalhes no site www.upf.br/ppgl.

Fotos: Fabiana Beltrami

Abril / 20144 UniversoUPF

Palavra do

ReitorJosé Carlos Carles de Souza*

A partir da segunda metade do século XX, marcado pelas experiências em pesqui-sas realizadas pelo nazismo durante a II

guerra mundial com seres humanos, a huma-nidade começa a deparar-se formalmente, em decorrência dos avanços das novas tecnologias, com mais um problema ético: os novos procedi-mentos nas pesquisas que envolvem pessoas e, também, animais (Código de Nuremberg).

Além desse novo problema ético, a humanidade acompanha e usu-frui, especificamente nas últimas décadas, da emergência de novos desafios, oriundos, sobretudo, da razão instrumental e do avanço das ciências da saúde, que produzem uma ruptura e reorganização grada-tiva dos paradigmas tradicionais e, por meio das novas biotecnologias, avançam na oferta de produtos e serviços que necessitam serem testa-dos em animais e humanos.

As ciências aplicadas, principalmente as humanas, da vida e da saú-de, por meio da bioética, têm como função refletir, dialogar e elaborar diretrizes éticas e morais e prescrições jurídicas para salvaguardar o bem-estar e a dignidade de humanos e animais utilizados nas pesqui-sas. Universidades, centros de pesquisas e, sobretudo, organizações das indústrias da beleza e farmacêutica estão sendo convidadas, de forma voluntária ou compulsória, a adequarem seus estudos ao bem-estar ani-mal e à busca do respeito aos sujeitos da pesquisa.

Para assegurar essas garantias às pessoas, existem no Brasil os Co-mitês de Ética em Pesquisa (CEPs). São cerca de 700, sendo a maioria ligados a Universidades. Assim, um CEP é um colegiado multi, inter e transdisciplinar, de natureza consultiva, deliberativa e educativa, com autonomia na emissão de pareceres consubstanciados. Sua finalidade é apreciar protocolos de pesquisas envolvendo seres humanos, procuran-do defender os interesses dos sujeitos de pesquisa em sua dignidade, contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.

Os CEPs fundamentam suas ações na Resolução 466/12 (antiga Res. 196/96), do Conselho Nacional da Saúde, do Ministério da Saúde, em resoluções complementares e em Declarações internacionais (Helsin-que, a Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, de 2003, a Universal de Bioética e a de Direitos Humanos da UNESCO, de 2005, etc.).

Dessa forma, de acordo com a Res. 466/12, "toda pesquisa envolven-do seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa". E, por pesquisa, entende-se todos os procedi-mentos com o ser humano, de forma individual ou coletiva, “em sua totalidade ou partes dele, e que o envolva de forma direta ou indireta, incluindo o manejo de seus dados, informações ou materiais biológi-cos” (II.14).

O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (CEP-UPF) existe desde o ano 2000. Está vinculado administrativa-mente à Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e aprecia cerca de 35 projetos de pesquisa por mês. Sua função é salvaguardar a dignida-de dos sujeitos da pesquisa, contribuindo para que os protocolos, se-jam eles acadêmicos ou clínicos, sigam as normativas éticas. Além do mais, procura valorizar o pesquisador, assegurando que seus projetos sejam eticamente adequados. Mais informações podem ser obtidas no site www.upf.br/cep.

Opinião

Ética em pesquisascom seres humanosNadir Antonio Pichler *

Um novo momento institucional

(*) coordenador do Comitêde Ética em Pesquisa da UPF(*) Reitor da UPF

A Universidade de Passo Fundo vive um novo momento institu-cional, uma era de grandes conquistas, marcada por imensos desafios, percebidos, cotidianamente, como motivadores da

nossa atuação. Fazemos referência aqui ao ensino, à pesquisa e à ex-tensão, com destaque à internacionalização. Referimo-nos, de igual modo, à aprovação dos novos cursos stricto sensu, bem como à avaliação positiva que a UPF vem obtendo junto aos órgãos fiscalizadores da edu-cação nacional.

Sabemos que uma universidade somente se constitui como tal na medida em que promove a articulação entre os pilares ensino, pesquisa e extensão. Nessa perspectiva, registramos a importância de integrar a inovação a esse conjunto de atividades, o que também se revela na nos-sa atuação, sempre em busca de respostas às necessidades, aos desafios e às demandas impostas pelo mundo em crescente transformação.

Contribuindo com tal propósito, a internacionalização revela-se um aspecto digno de nota, pois, graças ao seu fortalecimento em nossa Universidade, não apenas os docentes estão tendo a oportunidade de desenvolver pesquisas em instituições estrangeiras, como também os graduandos, mestrandos e doutorandos vindos de diferentes países da Europa e da América Latina beneficiam-se e beneficiam-nos, ao promo-verem a troca enriquecedora de saberes que somente um intercâmbio é capaz de proporcionar. Com efeito, a UPF tem oportunizado convívio internacional à comunidade acadêmica em instituições de alto nível, o que, conforme atesta a reconhecida qualidade dos trabalhos empreen-didos, vem sendo bem aproveitado por todos os envolvidos. Nessa coo-peração acadêmica internacional, nossos professores têm assumido papéis decisivos e, como contrapartida, além de auxiliarem no desen-volvimento endógeno das regiões, vêm nos ajudando na reestruturação dos nossos cursos, a fim de que possamos ofertar uma formação dife-renciada aos futuros profissionais que confiam à UPF sua preparação para o mercado de trabalho.

Salientamos, igualmente, o fato de que os atuais investimentos nos programas de pós-graduação têm retornado na forma de bons resulta-dos. Recentemente, tivemos aprovados pela Capes três novos cursos stricto sensu, o mestrado em Direito e os doutorados em História e em Letras. Trata-se de uma importante conquista que demonstra a preo-cupação da UPF com a formação superior e continuada de excelência, notadamente exigida pela contemporaneidade.

Também como consequência dos esforços que temos implementado em nível de gestão institucional, ressaltamos a avaliação positiva que obtivemos junto aos órgãos fiscalizadores da educação nacional. No final de 2013, mensurando a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação, o MEC divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC), segundo o qual a UPF obteve conceito 4, em uma escala cuja avaliação máxima é o conceito 5. Nossa instituição ocupou, com isso, a 16ª posição entre as IEs comunitárias e privadas do Brasil, ressaltando-se que, das 2.171 instituições brasileiras avaliadas, apenas 14,5% atingiram o conceito que nossa Universidade alcançou.

Agrega-se ainda, ao rol de conquistas institucionais, os resultados dos balanços contábeis, mormente o de 2012 e 2013, que apresentaram valores positivos, evidenciando a recuperação e a inversão da tendência pessimista dos últimos exercícios.

Assim, a Universidade de Passo Fundo está superando as dificulda-des a partir da elevada capacidade de seus recursos humanos e com-prova por que é a maior instituição de ensino superior do norte gaúcho. Comprometida com a comunidade e embasada em seus valores e prin-cípios, projeta suas ações no futuro e na permanente contribuição para o desenvolvimento regional.

Abril / 2014 5UniversoUPF

universidade26 cursos de graduação são ofertados no

F ormar profissionais capaci-tados para atenderem às de-mandas do mercado de traba-lho é a missão da UPF há mais

de quatro décadas e meia. E para supe-rar este desafio, mais um processo se-letivo terá início em 25 de abril, com as inscrições para o Vestibular de Inverno 2014. No total, estão sendo ofertadas 1650 vagas em 26 cursos em Passo Fun-do e na estrutura multicampi, em Cara-zinho, Casca, Sarandi e Soledade. As provas do Vestibular de Inverno serão aplicadas no dia 7 de junho, a partir das 14 horas.

Facilidades financeirasDiferentes possibilidades de bolsas

de estudo e financiamento estudantil estão sendo oferecidas neste Vestibu-lar.

A Instituição oferece a Bolsa Auxílio 25%, que prevê gratuidade de 25% para os cursos de Enfermagem e Ciência da Computação, e a Bolsa FUPF, que dis-ponibiliza gratuidade de 50% para os cursos de Administração (B) (Matuti-no), Ciências Biológicas (L), Educação Física (L), Pedagogia (L) e Química (B).

Em parceria com o governo federal, a UPF também oferta ingresso em todos os cursos deste Vestibular por meio do Prouni - bolsas de estudo de 50% e 100% -, programa dirigido aos estu-

dantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular que estudaram na condição de bolsistas in-tegrais.

Além disso, a UPF está credenciada a oferecer o Fies, programa de financia-mento do governo federal que concede financiamentos de até 100% da mensa-lidade, e o Promucred, programa mu-nicipal de crédito oferecido por prefei-turas conveniadas com a Universidade.

InscriçõesAs inscrições estão abertas e podem

ser feitas até o dia 2 de junho pelo site http://vestibular.upf.br, na Central de Atendimento ao Aluno ou nas secre-tarias dos campi. Como nos processos seletivos anteriores, os cursos são divi-didos em Grupo 1, onde os candidatos realizam apenas a prova de Redação, ou Grupo 2, onde, além da Redação, os estudantes respondem a questões de conhecimentos específicos em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Lín-gua Estrangeira, História, Geografia, Matemática, Física, Biologia e Quími-ca.

Para cursos do Grupo 1 e treineiros, o valor de inscrição é de R$ 25. Candi-datos ao Grupo 2 pagam R$ 50 para se inscreverem. Detalhes do processo se-letivo estão disponíveis no site citado ou pelo telefone 0800 701 8220.

Administração (B)Administração (B)Agronomia (B)Análise e Desenvolvimento de Sistemas (CST)Arquitetura e Urbanismo (B)Ciência da Computação (B)Ciências Biológicas (L)Ciências Contábeis (B) Design Gráfico (CST)Direito (B)Direito (B)Educação Física (L)Enfermagem (B)Engenharia Ambiental (B)Engenharia Civil (B)Engenharia Civil (B)Engenharia de Produção (B)Engenharia Elétrica (B)Engenharia Mecânica (B)Engenharia Mecânica (B)Estética e Cosmética (CST) Fabricação Mecânica (CST)Jornalismo (B)Medicina (B)Medicina Veterinária (B)Odontologia (B)Pedagogia (L)Psicologia (B)Publicidade e Propaganda (B)Química (B)

Administração (B)

Ciências Contábeis (B)

Administração (B)

Administração (B)

CURSO

Carazinho

Casca

Sarandi

Soledade

Passo Fundo

1121

22111221122222221212221211

1

1

1

1

GRUPO

MatutinoNoturnoIntegral

Noturno

Integral NoturnoNoturnoNoturnoNoturnoMatutinoNoturnoNoturnoIntegral

NoturnoNoturnoIntegral

NoturnoNoturnoMatutinoNoturnoMatutinoNoturnoNoturnoIntegralIntegralIntegral

NoturnoNoturnoNoturnoNoturno

Noturno

Noturno

Noturno

Noturno

TURNO

Confira abaixo a lista completados cursos oferecidos:

Inscrições seguem até 2 de junho e devem ser feitas pelo site vestibular.upf.br

Vestibular de Inverno 2014Foto: Fabiana Beltrami

Abril / 20146 UniversoUPF

universidade

H á mais de quatro décadas, todos os esforços da UPF convergem para a oferta do ensino de qualidade que

proporcione a formação de cidadãos competentes e preparados para atu-ar como agentes transformadores da sociedade. O trabalho sério e compro-metido, desempenhado por toda a co-munidade acadêmica há vários anos, concede à UPF boas avaliações do Mi-nistério da Educação (MEC) e também de órgãos que promovem avaliações

Conceito 4 no Índice Geral de Cursos do MEC reafirma EXCELÊNCIA em ensino

O processo de crescimento econômico e social vivido pelo país atualmente requer pes-soas com formação qualificada e aptidão para liderar os processos tecnológicos, administra-tivos e sociais da comunidade. Ciente de seu papel nessa formação, a UPF tem investido cada vez mais nos cursos de pós-graduação stricto sensu e esse compromisso tem gerado bons resultados.

Em dezembro de 2013, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou os resultados da avaliação trienal dos programas de pós--graduação stricto sensu referente ao período de 2010 a 2012. Dos nove programas avaliados na UPF, cinco conquistaram o conceito 4, em escala que vai até 5.

O desempenho foi positivo em todos os pro-gramas da UPF avaliados: História e Engenha-ria Civil e Ambiental passaram de conceito 3, na avaliação anterior, para o conceito 4; Agro-

Infraestrutura ofertada contribuipara a qualidade do ensino

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental conquista conceito 4 na avaliação da Capes

nomia, Educação e Letras também conquis-taram conceito 4; e os programas de Projeto e Processos de Fabricação, Envelhecimento Humano, Bioexperimentação e Odontologia conquistaram conceito 3.

O vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, comemorou os resultados. “Destacamos o esforço coletivo do corpo docente e discente da Instituição para a qualificação dos programas e a obtenção dos resultados e reiteramos que o trabalho para expansão dos programas de pós-graduação continua, assim como para a consolidação dos que já estão em operação”, pontuou.

O processo de avaliação da Capes é trienal e considera a infraestrutura, a proposta do programa, a análise dos corpos docente e discente e a produção intelectual, além da in-serção social do curso. Os cursos de mestrado e doutorado aprovados em dezembro serão avaliados no próximo triênio.

Avaliação trienal da Capes também referenda qualidade no stricto sensu

não oficiais, como o jornal Folha de São Paulo e a Editora Abril.

Em 2013, quando a Instituição com-pletou 45 anos, o alcance do conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC) divul-gado pelo MEC garantiu que a Univer-sidade encerrasse o ano com mais um motivo para comemorar. O índice tam-bém reafirmou a excelência de ensino dos cursos ofertados.

O IGC é um indicador de qualidade de instituições de educação superior que considera, em sua composição, a quali-

dade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), e, no que se refere à pós-graduação, é uti-lizada a Nota Capes.

O índice é atribuído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-cacionais Anísio Teixeira (Inep), vin-culado ao MEC. Das 2.171 instituições brasileiras que foram avaliadas, ape-nas 14,5% atingiram conceito 4. A UPF ocupa a 16ª colocação entre as IEs co-munitárias e privadas do Brasil e a 69ª posição geral no país.

O IGC sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de gradu-ação, mestrado e doutorado da Institui-ção. Como cada área do conhecimento é avaliada de três em três anos, o índice leva em conta sempre um triênio.

A vice-reitora de Graduação, profes-sora Neusa Maria Henriques Rocha, co-memorou o índice divulgado pelo MEC. “Esse resultado comprova o excelente desempenho dos acadêmicos no Ena-de, demonstra a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação e tor-na a Instituição referência em educação superior no Rio Grande do Sul e no Bra-sil”, afirmou.

Em escala que vai até 5, resultado demonstra o compromisso da Instituição com a qualidade educacional

Fotos: Fabiana Beltrami

Abril / 2014 7UniversoUPF

universidade Esforços e investimentos

RECONHECIDOSMinistério da Educação e órgãos não-oficiais são unânimes em afirmar qualidade dos cursos disponibilizados pela UPF

O fertar ensino de qualidade, seja na graduação ou pós- graduação, é o objetivo nor-teador de todas as ações em-

preendidas pela gestão institucional. Dessa forma, capacitar recursos huma-nos em busca de aprimoramento, dotar os espaços de estruturas necessárias para o bom desempenho das ativida-des práticas e implementar propostas pedagógicas alinhadas às demandas do mercado de trabalho são preocupações constantes na UPF.

Quando todo esse esforço é reconhe-cido, a motivação para seguir o trabalho é muito maior. Os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) do grupo de cursos avaliados em 2012 comprovaram a qualidade de ensino ofertada pela UPF, pois 24 gra-duações atingiram conceito 3 e 4, numa escala de 1 a 5.

Graduações de excelênciaNesta edição do Exame, foram avalia-

dos os bacharelados nas áreas de Ciên-cias Sociais Aplicadas, Ciências Huma-nas e áreas afins, e os cursos superiores de tecnologia em Gestão e Negócios. Obtiveram conceito 4 as graduações em Publicidade e Propaganda, Gestão de

Recursos Humanos e Direito ofertados no campus Passo Fundo. Ainda, os cur-sos de Tecnologia em Gestão Comercial, Ciências Contábeis e Direito ofertados no campus Carazinho; e Direito oferta-do no campus Casca. O processo de ava-liação conduzido pelo MEC orienta que cursos com conceito 3 são aqueles que atendem plenamente aos critérios de qualidade para funcionarem.

O coordenador do curso de Direito, Giovani Corralo, destaca que dos mais de 60 cursos da área avaliados pelo Enade no Estado somente 13 tiveram conceito 4 ou 5 e, desses, três são ofe-recidos pela UPF. “É uma satisfação ter nossos cursos fazendo parte desse sele-to grupo”, refere.

Publicidade e Propaganda da UPF foi o quinto colocado entre as privadas no Rio Grande do Sul e ocupa o sétimo lu-gar entre as privadas da Região Sul. O coordenador Olmiro Schaeffer lembra que o conceito 4 foi conquistado nas três últimas avaliações realizadas pelo MEC.

Olivo Giotto, coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão em Recursos Humanos, credita o bom de-sempenho ao projeto pedagógico, asso-ciado ao papel dos professores na sua

execução.

Santander UniversidadesO projeto Planejamento Estratégico

como Ferramenta de Autoavaliação e de Gestão, do curso de Engenharia de Ali-mentos, também foi destaque nacional no último ano. A iniciativa recebeu o Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano 2013, na categoria Autoavalia-ção Institucional. O Prêmio tem foco na gestão acadêmica, é realizado em parce-ria entre o Santander Universidades e a Editora Abril, e busca valorizar ações e projetos de excelência que apresenta-ram resultados relevantes nos últimos 12 meses. Na avaliação do coordenador do curso Christian Reinehr, a conquista é fruto da união de três aspectos: plane-jamento, comprometimento e trabalho coletivo.

Prêmio Melhores UniversidadesA UPF também ganhou destaque na-

cional com a sexta conquista consecu-tiva do Prêmio Melhores Universidades – Guia do Estudante 2013, da Editora Abril. Por meio da Faculdade de Agro-nomia e Medicina Veterinária (FAMV), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e da Faculdade e Engenharia e Arquite-tura (FEAR),a Instituição foi novamente a melhor do país na categoria Meio Am-biente e Ciências Agrárias - Escolas Pri-vadas. A premiação tem como objetivo identificar, valorizar, disseminar e re-compensar as melhores instituições de ensino superior brasileiras que venham a obter estrelas na avaliação efetuada pelo Guia do Estudante.

Projeto do curso de Engenharia de Alimentos recebeu o Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano 2013, na categoria Autoavaliação Institucional

O bom de-sempenho dos estudantes nas provas do Enade foi comemorado pela Instituição. Conforme o reitor José Carlos Carles de Souza, esse resultado precisa ser dividido com a comunidade acadêmica. “Creditamos esse bom desempenho dos estudantes ao elevado nível do ensino que oferece-mos, tanto teórico quanto prático e à qualificação do nosso corpo docente e da infra-estrutura oferecida para o processo de ensino-aprendiza-gem”, afirma.

A professora Neusa Rocha, vice-reitora de Graduação, acre-dita que o resul-tado demonstra que a Univer-sidade está no caminho certo e que a qualidade educativa vem se consolidando na instituição. “To-das as ações que desenvolvemos buscam garantir a excelência de nossos cursos. Nesse sentido, cabe destacar-mos o trabalho qualificado do corpo docente, o comprometimen-to de diretores e coordena-dores e o bom desempenho dos acadêmicos nas diferentes áreas do conhecimen-to”, avalia.

Resultadocomemorado

Fotos: Arquivo UPF

Enade avalia o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos apreendidos. Dos resultados divulgados em 2013, UPF teve 24 graduações com conceito 3 e 4 – em escala que vai até 5

Abril / 20148 UniversoUPF

especialPesquisa, tecnologia e conhecimento

SEM FRONTEIRASAo ampliar sua participação e relevância no cenário acadêmico internacional, a UPF se firma como instituição

geradora e difusora de conhecimento e tecnologia de ponta

D esde o surgimento das uni-versidades, na Europa me-dieval, ações de caráter internacional fazem parte

do meio acadêmico. Acompanhando as mudanças que sucederam esse pe-ríodo, a ciência, a tecnologia e a edu-cação tornaram-se globais, fazendo da internacionalização não mais algo oca-sional, mas vital para as universidades modernas. Inserida nesse contexto, a UPF atua no sentido de, cada vez mais, concretizar ações de cunho internacio-nal em todas as suas iniciativas, sejam elas relacionadas ao ensino, à pesquisa, à extensão ou à inovação.

A presença internacional da UPF é ilustrada pelos estudos e pesquisas de-senvolvidos por docentes da Universi-dade junto a instituições estrangeiras nas mais diversas áreas. Esses traba-lhos, realizados durante mestrados, doutorados, estágios pós-doutorais ou na forma de pesquisas colaborativas in-ternacionais, são estimulados pela Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (VRPPG). Os 13 programas de pós-gra-duação também vêm ampliando suas

iniciativas no exterior, participando dos processos mundiais de produção e difusão de conhecimentos. Outra forma de ultrapassar fronteiras é a ampliação dos programas de intercâmbio, cada vez mais procurados por acadêmicos e pro-fessores. Além disso, a UPF é a Institui-ção escolhida por um número crescente de estudantes de diferentes países para uma temporada de estudos.

Na avaliação do reitor, José Carlos Carles de Souza, ao desenvolver inicia-tivas internacionais, a UPF se insere nas redes globais do saber e se posiciona no contexto mundial da educação superior. “As parcerias entre as universidades aproximam as comunidades científicas e tornam possíveis os avanços que a so-ciedade espera”, considera. Melhorar a qualidade, a pertinência e a relevância da docência, da pesquisa e da extensão universitária são outras consequências da internacionalização. “No atual cená-rio, a internacionalização é uma neces-sidade para competir em nível de igual-dade com as melhores instituições de ensino superior. Além disso, constitui instrumento indispensável para cum-prir com os objetivos estratégicos que emanam da missão da UPF”, observa.

Articulação e promoção de parce-riasA fim de articular relações interna-

cionais e promover parcerias com ins-tituições estrangeiras a Universidade criou, em 2005, a Assessoria para As-suntos Internacionais e Interinstitucio-nais (AAII). O órgão capta, implementa e acompanha projetos e convênios de cooperação, gerenciando o fluxo de in-tercâmbio de docentes pesquisadores e de estudantes. Atuam como assessores internacionais os professores Eraldo Za-nella, Maria Elisabete Mariano dos San-tos e Gisele Benck de Moraes.

De acordo com Maria Elisabete, a UPF busca sua internacionalização por meio de acordos de cooperação acadê-mica, tecnológica e científica. Hoje a Universidade mantém convênios com 56 instituições de 16 países, no âmbito da graduação e da pós-graduação. “Se relacionar com instituições estrangeiras

possibilita melhorias conjuntas nos pro-cessos de ensino e de pesquisa, buscan-do soluções para problemas locais, com uma visão global”, acredita a assessora internacional.

Professor Rafael Frandoloso

trouxe à UPF pesquisa

internacional para o

desenvolvimento de vacinas para

suínos

Foto: Cristiane Sossella

Quando se pensa em internacionaliza-ção, o intercâmbio acadêmico é umas das primeiras ações a serem lembradas. Desde o início das atividades da AAII, em 2005, aproximadamente 350 acadêmicos da UPF embarcaram para intercâmbio, e a Universi-dade recebeu quase 200 alunos estrangeiros. Essas possibilidades vêm sendo ampliadas e, atualmente, os estudantes de graduação dispõem de cinco programas de mobilidade acadêmica:

Programa de Intercâmbio Acadêmico (Piac/UPF): prevê um semestre de estudos em dezenas de instituições da América e da Europa;

Programa Ciência Sem Fronteiras: ini-ciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Educação que tem a UPF como parceira e que oferece bol-sas de estudos integrais, com duração de 12 a 15 meses, nas melhores universidades de diferentes continentes;

Programa de Mobilidade Acadêmica Re-gional em Cursos Acreditados (Marca): pro-grama do Governo Federal, em parceira com universidades do Mercosul, que disponibiliza um semestre de estudos em instituições da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile;

Programa de Bolsas Ibero-Americanas Santander Universidades: promove o inter-câmbio anual de estudantes de graduação entre universidades de 10 países da região da Ibero-América: Brasil, Argentina, Espanha, Chile, Colômbia, México, Peru, Portugal, Porto Rico e Uruguai, com bolsas de estudo;

Programa de Licenciaturas Interna-cionais (PLI): iniciativa do governo federal, realizada anualmente em parceria com uni-versidades conveniadas de Portugal, que se-leciona projetos entre cursos de licenciatura brasileiros e de universidades portuguesas, visando à realização de graduação sanduí-che com duração de dois anos, ou seja, com dupla diplomação.

Oportunidades de estudos e experiências no exterior

Abril / 2014 9UniversoUPF

UPF inserida nas redes globais do saberA UPF busca, em sua essência, fazer

da pesquisa um instrumento para con-templar necessidades da comunidade onde está inserida. As respostas, porém, são buscadas e compartilhadas nos mais diversos locais do planeta. A Doença de Glässer (DG) causa graves problemas respiratórios e sistémicos em suínos, produzindo importantes prejuízos na produção desses animais. Uma coope-ração internacional entre pesquisado-res da UPF, Universidade de Calgary, no Canadá, e Universidade de León, na Espanha, vem trabalhando no desenvol-vimento de uma vacina moderna contra o Haemophilus parasuis, bactéria cau-sadora da DG. Dentre os pesquisadores está o professor Rafael Frandoloso, da Faculdade de Agronomia e Medicina Ve-terinária (FAMV). A pesquisa que se ini-ciou há alguns anos, ainda no período doutoramento do professor Frandoloso na Universidade de León, está bastante avançada.

A UPF inaugurou, no último mês de janeiro, uma Unidade Experimental para Teste de Vacinas e Infecções Ex-perimentais em Suínos, onde diferente vacinas desenvolvidas pelo grupo foram testadas. Os resultados obtidos recen-temente , datando de 10 de abril, colo-

cam de manifesto o potencial protetor de duas vacinas recombinantes, sendo os níveis de proteção superiores ao con-ferido pela principal vacina comercial contra a DG. Esses resultados possibili-tarão às três Universidades patentear o antígeno desenvolvido junto à Agência de Patentes Americana. Além de mu-dar o cenário internacional da Doença de Glässer, o estudo explica um fenô-meno biológico de grande importância científica, o qual será publicado após o registro da patente. “Esse é o primei-ro experimento de muitos que já estão delineados pelas três instituições e, não somente projetará internacionalmente a UPF, mas também a consolidará na área

Doutorado 2010 a 2014Rafael Machado Soares – FD - Universidade do Minho - PortugalRosana Coronetti Farenzena – Faed - Universidade do Minho - Portugal

Pós-doutorado 2010 a 2014Adelar Heinsfeld – IFCH - Universidad do Chile - ChileAdriana Gelpi – Fear - Universitat. Politècnica de Catalunya - EspanhaAdriano Pasqualotti - ICEG - Escola Superior de Educação Castelo Branco - PortugalAltair Alberto Fávero – IFCH – Universidade Nacional Autónoma de México - MéxicoAlvaro Della Bona - FO - University of Michigan – Estados UnidosAna Paula Farina – FO - University of Illinois – Estados UnidosAntonio Thomé - Fear - University of Illinois – Estados UnidosClaudia Petry – FAMV – Université de Poitiers - França

de vacinas”, conclui Frandoloso.Outra pesquisa que destaca o tra-

balho UPF no exterior é desenvolvida pela professora Magali Ferrari Grando, que realizou, de setembro de 2013 a fe-vereiro de 2014, estágio pós-doutoral na Universidade da Flórida e no United State Department of Agronomy (USDA - Departamento de Agricultura dos Esta-dos Unidos). A pesquisadora da FAMV desenvolveu o projeto “Uso de técnicas inovadoras para silenciamento de genes como estratégia para resistência a inse-tos em milho”, com o objetivo de viabi-lizar a produção de milho resistente a insetos. O projeto foi selecionado pela Secretaria Estadual da Ciência, Inova-ção e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT), recebendo recursos financeiros pelo Polo de Inovação Tecnológica e conta com a parceria da UFRGS e de ou-tros pesquisadores da UPF, como o en-tomologista Dr. José Roberto Salvadori.

De acordo com a professora Magali, o milho é um dos cereais mais cultivados mundialmente e as infestações por inse-tos são um dos fatores limitantes da sua produtividade. Os recursos atuais para combater essas pragas estão se invia-bilizando, tendo em vista a seleção das lagartas mais resistentes. A pesquisa da professora Magali busca o desenvol-vimento de plantas geneticamente mo-

Pesquisa da professora Magali envolve instituições brasileiras e norte-americanas na busca de uma variedade de milho resistente a insetos

Foto: Caroline Simor

Na University of East London, Rodrigo Serraglio Machado qualifica sua formação

Foto: Arquivo pessoal

As Licenças Pós-Graduação são uma importante forma de apoio à internacionalização institucional. Desde agosto de 2010, 25 professores usu-fruíram do benefício para cursar doutorado ou pós--doutorado no exterior. Confira:

Doglas Cecchin - FO - University of Illinois – Estados UnidosEdson C. Bortoluzzi – FAMV – Université de Poitiers – FrançaEldon Henrique Muhl – Faed - Universidade Nacional Autónoma de MéxicoFlávia Eloísa Caimi – Faed - Facultad Latinoamericana de Ciências Sociales – ArgentinaGizele Zanotto - IFCH – Universidad de Buenos Aires - ArgentinaJanaina Rigo Santin – IFCH – Universidade de Lisboa - PortugalJoão Carlos Tedesco – IFCH - ItáliaLuciana Londero Brandli – Fear - Universitad Hamburg - AlemanhaLuiz Carlos Golin – IFCH – Universidade de Lisboa - PortugalLuiz Carlos Kreutz – FAMV - Wageningen University - HolandaMagali Ferari Grando – FAMV- Univiversity of Florida – Estados UnidosMarcio Walber – FEAR - Universidad Politécnica de Madrid - EspanhaTania M. K. Rösing – IFCH - Universidad de Extremadura - EspanhaTelisa Furlanetto Graeff – IFCH - I’EHESS/Paris - FrançaTelma Elita Bertolin - ICB – Universidade de Lisboa - Portugal

Abril / 201410 UniversoUPF

dificadas resistentes a insetos por meio da introdução de genes específicos. “Quando o inseto se alimenta do tecido vegetal dessas plantas, os genes inseri-dos causam sua morte”, relata Magali. Confirmada a eficiência destes genes, eles serão transferidos para o milho no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da UPF. De acordo com a professora, essa tecnologia está sendo desenvolvida não somente em benefício da agricultura, mas também da medicina, uma vez que pode ser utilizada no tratamento de vá-rias doenças humanas.

Ciclo virtuoso da pesquisaAs pesquisas de natureza interna-

cional são, cada vez mais, uma reali-dade na UPF, e se consolidam como uma realidade para professores e estu-dantes. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, a expansão da internacio-nalização, da pós-graduação e das parcerias com instituições e empresas alimenta o ciclo virtuoso da pesquisa. “Nosso objetivo é continuar dando apoio e condições para que as pes-quisas desenvolvidas por docentes da Instituição sejam, cada vez mais, refe-rências nacionais e internacionais, o que qualifica o ensino, a pesquisa e a inovação”, comenta.

A Licença Pós-Graduação é uma des-sas formas de apoio. Desde agosto de 2010, 25 professores usufruíram do be-nefício para cursar doutorado ou pós-doutorado no exterior.

UPF: ponto departida e de chegadaAlém de encaminhar acadêmicos para

o exterior, a UPF se empenha em desen-volver ações para ser um destino cada vez mais procurado pelos estudantes estrangeiros. Dentre essas ações está o apoio linguístico que os intercambis-tas recebem por meio da disciplina de Português para Estrangeiros, oferecida pela Instituição. Outra ação importante é desenvolvida por meio do Programa Parceiro UPF, na qual estudantes de outros países contam com o auxílio de um aluno da UPF para se integrarem à Universidade e à comunidade.

A UPF aderiu, recentemente, ao Pro-grama de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G). Proposto pelos Mi-nistérios das Relações Exteriores e da Educação, o programa oferece oportu-nidades de formação superior no Brasil, em instituições públicas e privadas, a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais.

A professora Maria Elisabete acompa-nha o crescimento do número de acadê-micos que participam de intercâmbios e observa que o aluno, ao retornar, apre-senta-se mais crítico, reflexivo e maduro. “Participar de um intercâmbio permite experimentar a liberdade recheada de responsabilidade. Durante esse período, o estudante gerencia seus estudos de forma mais autônoma, além de vivenciar diferentes culturas e hábitos e de domi-nar uma língua estrangeira. Tal vivência também pode despertar o interesse para a pesquisa, pois, dependendo do esforço

demonstrado, os alunos podem ser con-vidados para uma pós-graduação ou co-laboração internacional”, descreve.

O estudante de Engenharia Civil Ro-drigo Serraglio Machado embarcou em setembro de 2013 para Londres, no Reino Unido, em uma temporada de estudos pelo Programa Ciência sem Fronteiras na University of East London, onde permanece até agosto deste ano. Machado relata que o nível de exigência é elevado, porém a estrutura da Insti-tuição permite desenvolver trabalhos de qualidade. O estudante, que logo iniciará estágio ou projeto de pesquisa, acredita que a viagem deixará um saldo que ultrapassa o meio acadêmico. “Afo-ra os conhecimentos que adquiro, como novas tecnologias e diferentes métodos, aprendo muito no dia a dia nessa incrí-vel cidade que é Londres. Aqui, dá para perceber que tudo funciona: transporte público, saúde e educação”, observa.

Distante quase nove mil quilôme-tros de Londres, o acadêmico de Letras Leonardo Alves passa por experiência semelhante na Universidade de Aguas-calientes, no México. “A oportunidade de estudar e viver aqui me trouxe mais conhecimentos, mas também uma cons-ciência maior do papel que exercemos como futuros educadores, da realida-de em que nos encontramos enquanto América Latina e dos desafios que te-mos”, avalia o participante do programa Santander Universidades.

Já Rodrigo Harmat Gainza chegou da Espanha na metade de 2013 para um intercâmbio na UPF, e o que encon-trou foi diferente das suas expectativas.

As Pirámides de Teotihuacán, ao fundo, indicam o destino do intercambista Leonardo Alves: o México

Foto: Arquivo pessoal

Na Universidade de Lisboa, comitiva da UPF encontrou-se com renomados pesquisadores

Em visita ao Laboratória Syva,

representantes da UPF iniciaram

tratativas para a produção, na UPF,

de uma vacina para suínos e

bovinos

Foto: Arquivo UPF Foto: Arquivo UPF

Acordo foi assinado pelo reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, e pelo reitor da Universidade de Salamanca, Daniel Hernandez

Foto: Arquivo UPF

Abril / 2014 11UniversoUPF

Nova parceria com a Universidade de León estabelece programa de mobilidade de estudantes do Mestrado em Bioexperimentação da UPF e do programa de Doutorado em Ciências Veterinárias e dos Alimentos da ULE.

“Passo Fundo não é a típica cidade que um estrangeiro acha que vai encontrar aqui. Não tem praias, mas tem pessoas muito interessadas em entender cultu-ras novas, além de uma Universidade disposta a ajudar os estrangeiros, com professores que, além de ministrarem classes interessantes, têm uma relação mais próxima com os alunos”, afirmou o estudante da Universidad Autônoma de Barcelona.

Novos convênios e parcerias com instituições europeiasA fim de ampliar a inserção interna-

cional da UPF, o reitor José Carlos Carles de Souza e o coordenador da Divisão de Pesquisa Rafael Frandoloso estiveram em diversas instituições europeias no final de 2013. A iniciativa possibilitou a assinatura de acordos com universi-dades de Portugal e da Espanha. Além disso, as visitas aproximaram a UPF de várias instituições de graduação, pós-graduação e pesquisa, o que deve resul-tar em futuros convênios.

Convênio Marco com aUniversidade de LisboaO primeiro compromisso do reitor

na Europa foi a assinatura de um novo Convênio Marco de Intercâmbio e a defi-nição de estratégias de cooperação com a Universidade de Lisboa (UL), a maior de Portugal. O grupo da UPF, composto pelo reitor, pelo coordenador da Divisão de Pesquisa e pelos professores Telma Bertolin, à época em estágio pós-douto-ral, e Adriano Pasqualotti, que realiza-va intercâmbio docente pelo Programa Ciência sem Fronteiras naquela univer-sidade, foi recebido pelo vice-reitor de Graduação da UL Antônio Feijó.

Busca por cooperação com o Insti-tuto de Medicina MolecularAinda em Lisboa, a comitiva da UPF

participou de uma reunião com a dire-tora do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Medicina de Lisboa (IMM), Dra. Maria Carmo-Fonseca, e a

cientista Dra. Sandra Tenreiro, pesqui-sadora da Unidade de Neurociência Ce-lular e Molecular (UNCM). O Instituto, que se destaca pela produção científica, mostrou-se aberto a cooperações.

Aproximação também com aUniversidade de CoimbraEm Portugal, os representantes da

UPF reuniram-se também com a vice-rei-tora da Universidade de Coimbra (UC), Madalena Alarcão. Madalena pontuou a presença dos alunos de Passo Fundo na UC e informou que a UPF está entre suas universidades parceiras receptoras de alunos de intercâmbio.

Encontro na Universidadede AlgarveO reitor José Carlos e o professor Fran-

doloso estiveram, ainda, com dirigentes da Universidade do Algarve, em Por-tugal. O reitor João Guerreiro Pinto e a vice-reitora Anabela Romano receberam os representantes da UPF. A Universida-de do Algarve é parceira internacional da UPF e destino frequente de acadêmi-cos em intercâmbio.

Acordo com a Universidadede SalamancaOutro resultado da viagem foi a as-

sinatura de um acordo de cooperação acadêmica internacional com a Univer-sidade de Salamanca, na Espanha, que possibilita a mobilidade científica de professores e alunos. Na oportunidade, o reitor da UPF foi recebido pelo reitor Daniel Hernandez, da Universidade de Salamanca, fundada em 1218, a mais an-tiga da Espanha e uma das pioneiras da Europa.

Visita à UniversidadeTrás-os-MontesO grupo da UPF esteve reunido, igual-

mente, com o vice-reitor para a Ciência, Tecnologia e Inovação, professor Antó-nio Silva, da Universidade Trás-os-Mon-tes, em Portugal. Também participou da reunião o pesquisador Bruno Cola-ço, que desenvolve trabalhos na área de células-tronco. Na oportunidade, foi encaminhado um Convênio Marco de Cooperação em nível de pós-graduação.

Acordo para intercâmbio dealunos com Universidade de Leon O reitor da UPF também assinou um

convênio específi-co de intercâmbio para pós-gradua-ção e cooperação para o desenvolvi-mento de pesqui-sas entre a UPF e a Universidade de León (ULE), re-presentada pelo

reitor José Ángel Hermida. UPF e ULE mantêm convênio desde agosto de 2003 e, de lá pra cá, suas ações têm estimu-lado pesquisas conjuntas, promovido o intercâmbio de alunos e professores e fortalecido relações em âmbito de pós--graduação. Esta nova parceria esta-belece um programa de mobilidade de estudantes do Mestrado em Bioexpe-rimentação da UPF e do programa de Doutorado em Ciências Veterinárias e dos Alimentos da ULE.

Visita institucionalao InbiotecOs representantes da UPF também

estiveram com o diretor do Instituto de Biotecnologia de León (Inbiotec), Elías Fernando Rodríguez Ferri. O Inbiotec é um centro para o desenvolvimento biotecnológico relacionado à transfor-mação de matérias-primas de origem vegetal em produtos de alto valor para as indústrias farmacêutica, agroalimen-tícia, química e energética. Os dirigentes do Centro se dispuseram a trocar expe-riências e treinar pessoal em questões relacionadas a patentes e a sigilo cien-tífico.

Laboratório Syva também foi visitadoA comitiva da UPF visitou a planta

de produção de vacinas do Laboratório Syva. Acompanhados pelo Dr. Elías Fer-nando Rodríguez Ferri, o reitor José Car-los e o professor Frandoloso conheceram o maior laboratório de imunobiológicos veterinários da Espanha. O professor José Carlos manifestou o interesse da UPF em realizar, em Passo Fundo, ações científicas em parceria com o laborató-rio. Rafael Frandoloso, que possui es-tudos na área, trabalha em um projeto para o desenvolvimento de vacina para bovinos e suínos, de interesse do Syva, para que seja produzida na UPF.

Aproximação com aUniversidade do Porto

O roteiro em Portugal passou, ainda, pela Univer-sidade do Porto (UP), onde o reitor José Carlos e o professor Fran-doloso estiveram com o vice-reitor António Marques e com a diretora do Serviço de Cooperação com Países Lusófonos e Latino-Ameri-canos Elisabeth Ribeiro. Marques expressou seu entusiasmo em estabelecer ativi-dades em nível de pós-graduação, considerando que a parceria para intercâmbio aca-dêmico já existe há longa data.

Reitor José Carlos e professor Rafael Frandoloso foram recebidos pela vice-reitora da UC, Madalena Alarcão

Fotos: Arquivo UPF

UPF já mantém parceria com a Universidade de León desde 2003

Abril / 201412 UniversoUPF

entrevistaVamos VIVER MAIS, mas épreciso estarmos PREPARADOS n Dados do IBGE apontam para um aumento da expectativa de vida da população brasileira. O processo de envelhecer precisa ser pensado pelas pessoas e pelos governos a fim de atender às necessidades do crescente número de idosos

Marilene Portela

O envelhecimento da popula-ção é um tema que estimula pesquisadores, preocupa a sociedade e depende de

ações próprias e de governo para ga-rantir que seja bem sucedido. O último dado divulgado pelo IBGE relativo à expectativa de vida dos brasileiros de-monstrou um aumento de 74,1 anos, em 2011, para 74,6, em 2013. Em um século, foram mais de 30 anos de aumento.

A coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Envelhecimento Hu-mano (PPGEH) da UPF, Dra. Marilene Portela, pesquisa o tema e explica, na entrevista abaixo, as implicações do en-velhecimento para as pessoas e para os diversos setores da sociedade.

Universo UPF - O que esse aumen-to da expectativa de vida representa para um país em desenvolvimento?

Marilene Portella - Representa uma grande conquista e também um imenso desafio. Diferentemente dos países de-senvolvidos que ficaram ricos antes que se tornassem velhos, o Brasil, um país considerado em desenvolvimento, está ficando velho antes de se tornar rico. Até bem pouco tempo, estávamos convenci-dos de que éramos um país de jovens. Assim, pouco pensamos e quase nada fizemos em termos de preparo para con-viver com esta realidade. O Brasil é um país de muitos contrastes. Em alguns aspectos, pode ser considerado desen-volvido, mas, em outros, dadas as con-dições de vida que uma grande maioria da população tem que enfrentar para nascer e sobreviver nos primeiros anos de vida, e sobretudo para chegar a uma idade mais avançada, ainda enfrenta os grandes desafios de uma sociedade sub-desenvolvida.

A que se deve esse aumento da ex-pectativa de vida? Os avanços na área da saúde são o principal motivo?

Em grande parte, são eles os princi-pais responsáveis. Podemos ilustrar a questão lembrando a descoberta e uso

de antibióticos, como exemplo, a pe-nicilina. Atribui-se, inicialmente, a ela a graça de hoje podermos celebrar um aumento na expectativa de vida de mais de 30 anos no último século. Cabe citar, também, a melhora dos serviços de sa-neamento básico e de nutrição e o meio ambiente mais seguro e saudável, fato-res que revolucionaram a condição hu-mana na face da terra.

Como essa estimativa repercute nas diferentes gerações que convi-vem atualmente?

Depende muito do contexto. A diver-sidade faz parte do mundo nos dias de hoje. Ao mesmo tempo em que cresce a pressão dos jovens por uma posição ou oportunidade no mercado de tra-balho, para ocuparem seus lugares na sociedade, cresce também o número de pessoas idosas que se sentem desvalori-zadas não só pelo mundo do trabalho, mas pela própria sociedade. Algumas, inclusive pela própria família. A insegu-rança sentida pelos jovens em relação ao seu futuro não difere da inseguran-ça das pessoas que ultrapassam a ida-de produtiva e chegam à velhice. Por outro lado, é importante lembrar que colhemos aquilo que plantamos. Isso nos remete ao questionamento: como estamos nos comportando em relação aos mais velhos? Como cuidamos das crianças, dos pobres e desvalidos? As gerações assumem comportamentos ba-seados naquilo que experienciam. Uma sociedade que valoriza o ser humano em qualquer idade, em qualquer condição, sempre obterá o respeito como resposta. Todavia, isso nem sempre é exercitado. Para que vigore a coerência, antes de qualquer coisa, a própria pessoa deve ter consciência de que jovem e velho não são termos antagônicos, mas simplesmente fases diferentes da vida, com necessida-des peculiares em cada momento.

Como é possível envelhecer bem e com saúde? Quando devemos come-çar a nos preocupar com isso?

Para envelhecer bem e com saúde é necessário adotar uma perspectiva de curso de vida, isto é, começar com as crianças de hoje e os jovens que estão chegando à idade adulta. Não se pode pensar em envelhecer bem depois que o tempo passou. Em parte, cada um é responsável pelo seu estado de saúde. Porém, não devemos nos esquecer de que há muitos outros fatores e agentes que influenciam no processo de viver e envelhecer. Dentre eles, destacamos o papel do Estado, pela grande responsa-bilidade que tem no encaminhamento do envelhecimento bem sucedido, por meio da proposição e implementação de políticas públicas, tanto quanto o da própria pessoa. De qualquer forma, cada uma das fases da vida representa um forçoso, e por vezes penoso, processo de aprendizado. A cada dia que passa, es-tamos construindo o nosso envelhecer.

Quando se fala em aumento da ex-pectativa de vida, uma das primeiras lembranças diz respeito à aposenta-doria. Mas no que mais esse aumento pode influenciar as políticas públi-cas?

O envelhecimento populacional im-põe desafios ao crescimento econômico com repercussões variadas. O sistema previdenciário também precisa se mol-dar e contornar os efeitos adversos que suas regras causam sobre o mercado de trabalho. Por um tempo, o baixo limite de idade e a existência de um sistema de aposentadoria por período de contribui-ção sem elegibilidade de idade mínima resultou numa população que se apo-sentou cedo. Como consequência, um sistema que deveria sustentar a renda de indivíduos incapazes de trabalhar

Coordenadora do Programa

de Pós-Graduação em

Envelhecimento Humano, a

professora e pesquisadora

Marilene Portela retrata o caráter multidisciplinar

das questões que envolvem o

envelhecer

Foto: Leonardo Andreoli

Abril / 2014 13UniversoUPF

acaba fazendo isso por um período de tempo maior do que arrecadou como contribuição. Em nosso país, pela conjuntura social e econômica, existe certo incentivo à informalidade, especial-mente entre os trabalhadores menos qualifica-dos. Isso é prejudicial, pois corremos o risco de uma grande parte da população não contribuir com o sistema de seguridade social durante a idade ativa, embora necessite usufruir dos be-nefícios dele quando idosa.

Diversos autores destacam que, embora a expectativa de vida aumente, o estresse ao qual atualmente as pessoas são submetidas diminui a qualidade ou o aproveitamento que se faz desse tempo. Como é possível re-lacionar mais expectativa de vida com mais qualidade de vida?

Para qualificar o viver é preciso fazer escolhas. Não é possível viver bem e com qualidade quando se vive sob pressão. A competição e as exigências a que nos submetemos no dia-a-dia, qualquer que seja a razão, vai determinar a condição do nosso envelhecer. O estresse é o responsável pelo adoecimento de grande parte da população, em qualquer idade. Às vezes, é necessário questionar o que é mais importante: o “ter” ou o “ser”? Sabemos a resposta, mas nem sempre sabemos trilhar o caminho da harmonia.

Dados da ONU revelam que a população mundial terá uma geração idosa maior que a população de menores de 15 anos até a meta-de do século. Como esse envelhecimento da população influenciará o desenvolvimento da sociedade?

O impacto da redução do segmento jovem da razão de dependência ainda não foi supera-do pelo aumento do contingente idoso. Dentre os novos desafios que se apresentam, a aten-ção à saúde dos idosos é o mais preocupante. A urgência está na organização e adaptação do sistema de saúde aos perfis demográficos e epidemiológicos, pois a parcela da popula-ção em idade mais avançada vai ser cada vez maior no Brasil. O comportamento econômico também muda com o envelhecimento, devido aos maiores gastos em saúde e previdência.

Como o aumento do número de pessoas idosas influencia a formação e atuação dos profissionais das diversas áreas?

O envelhecimento é um fenômeno normal, natural e inerente a todos, porém é complexo. A atenção à pessoa idosa exige a compreensão das dimensões social, cultural, psicológica, biológica, espiritual, econômica e política. Desse modo, a formação de recursos humanos fica atrelada a essa pertinência.

Quais são as possibilidades que surgem para atender às demandas da crescente po-pulação de pessoas idosas?

As demandas são de toda ordem: econômica, educacional, social, de saúde, previdenciária, dentre outras. A realidade do envelhecimento populacional é “nova”; estamos engatinhan-do. Passo a passo, vamos construindo nossas

alternativas nos diversos cenários. No Brasil, não faltam disposições legais para garantir as condições de um envelhecimento saudável. Além do que determinam a Constituição e seus desdobramentos, merece destaque, também, o que foi estabelecido no Estatuto do Idoso. Uma das alternativas mais importantes é a criação de ações educativas. Precisamos aprender a envelhecer, a planejar o curso da vida e, prin-cipalmente, conviver em uma sociedade enve-lhecida.

A manutenção do atual sistema de saúde brasileiro será capaz de atender às neces-sidades dessa população de idosos? O que precisa ser mudado?

Envelhecer não significa adoecer, mas, com certeza, quanto mais velhos ficamos, maior é a probabilidade de a saúde ficar comprome-tida. A idade avançada pode trazer consigo a dependência e a necessidade de cuidados pro-longados. O Sistema Único de Saúde (SUS) co-bre recursos na atenção básica, garante medi-camentos de uso contínuo, dentre outros, mas os recursos econômico-financeiros significam, sobretudo, acesso aos mais sofisticados expe-dientes para prever, prevenir e, eventualmente, conter um grande número de doenças.

E qual é a situação da atenção em saúde especializada para os idosos?

Falando sobre a questão da atenção especia-lizada, a geriatria não vai apenas conquistando maior espaço no campo da medicina, como tam-bém tem se encontrado estreitamente vincula-da ao poder aquisitivo das pessoas. Consulta o geriatra quem tem condições, pois, na rede de atenção básica, não contamos com esse pro-fissional, salvo raras exceções. Procedimentos terapêuticos mais sofisticados e medicamentos próprios para os mais velhos são sempre os mais onerosos, como são também onerosos os custos que decorrem do auxílio de profissionais para acompanhar quem está incapacitado.

Enquanto uns dispõem de todos os recursos necessários, outros vivem sob uma carência to-tal. A saída seria reverter o modelo de atenção à saúde, centrado ainda nos sujeitos profissio-nais, realizando um maior investimento em ser-viços de cunho preventivo, de modo que toda a população fosse contemplada. Também é per-tinente um maior aproveitamento e otimização dos serviços que dispomos, focando a atenção no idoso e na promoção da sua saúde, buscando minimizar a dependência e potencializar a au-tonomia, de modo a favorecer uma velhice com melhor qualidade de vida e saúde possíveis.

Quais as alternativas para essa população que se aposenta cada vez mais cedo e tem condições de ter uma vida ativa?

Refazer seu projeto de vida, planejar sua aposentadoria, poupar desde muito cedo para poder usufruir mais tarde. De nada nos vale de-sejar ter uma velhice bem sucedida se não nos empenharmos desde muito cedo. Investir em um novo projeto de vida é fundamental para uma aposentadoria saudável. Muitos se aposen-tam e continuam trabalhando, seja pela necessi-dade financeira, para complementar sua renda, ou porque desejam manter-se mental e emocio-nalmente ativos.

Por que o envelhecimento da população é um tema que preocupa pesquisadores de to-das as áreas?

Trata-se de uma questão instigante e mobili-zadora para o campo da pesquisa. Isso porque incorpora fatores que ultrapassam a mera quan-tificação de dados relativos à população, ao nú-mero de instituições ou de leitos hospitalares, às doenças ou à renda. O envelhecimento popula-cional é multifatorial. Olhar para esse fenômeno requer a compressão da sua multidimensiona-lidade. Essa diversidade suscita pesquisas de toda ordem. Um exemplo a ser citado é o pro-grama de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da UPF. Por ser uma proposta interdis-ciplinar, se preocupa com pesquisas que produ-zam o conhecimento sob a perspectiva de múlti-plos olhares. Todos os centros de pesquisas que se ocupam da temática do envelhecimento hu-mano elegem suas prioridades de investigação. Muitas questões ainda carecem de explicações e esta é a função da ciência: a cada dia, trazer res-postas aos problemas do cotidiano, produzindo novas tecnologias tão necessárias aos velhos problemas.

“Dentre os novos desafios que se apresentam, a aten-ção à saúde dos idosos é o

mais preocupante. A urgên-cia está na organização e adaptação do sistema de

saúde aos perfis demográfi-cos e epidemiológicos, pois a parcela da população em

idade mais avançada vai ser cada vez maior no Brasil”.

“A insegurança sentida pelos jovens em relação ao seu futuro não difere da in-segurança das pessoas que

ultrapassam a idade pro-dutiva e chegam à velhice. Por outro lado, é importan-te lembrar que colhemos

aquilo que plantamos”.

Abril / 201414 UniversoUPF

ciênciaeinovação

U m estudo inovador desen-volvido pela UPF abre ca-minho para descobertas im-portantes nos processos de

produção animal e no comportamento humano. Com o uso do zebrafish, ou peixe-zebra, pesquisadores estão desen-volvendo um trabalho que mostra que, quando expostos a uma certa quantida-de de substâncias psicoativas, os peixes não percebem o perigo representado pela presença de um predador, tampou-co conseguem comunicar essa situação de risco aos demais peixes. Há alguns anos, a UPF, por meio do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação, vem estudando os efeitos dos resíduos de agroquímicos nas águas e seu impac-to sobre os peixes. As pesquisas foram realizadas primeiramente com jundiás e mais recentemente com o zebrafish, muito utilizado em vários países por ter homologia genética, ou seja, grande semelhança genética com os humanos, possibilitando trabalhos científicos em diversas áreas.

Precursor dos estudos, o pesquisador Leonardo José Gil Barcellos, que atu-almente ocupa o cargo de vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação na Ins-tituição, ressalta que os projetos do Laboratório de Fisiologia de Peixes se concentram em três linhas básicas de in-vestigação. “A primeira diz respeito à fi-

Substâncias químicas nas águas podem alterar percepção dos

Estudo inovador desenvolvido na UPF analisa o impacto dos resíduos químicos na água e pode abrir caminhos para avaliar as consequências nos humanos

siologia e endocrinologia do estresse, inicialmente com enfoque nos prejuí-zos causados à produção de peixes e, atualmente, nos impactos de tóxicos e resíduos de substân-cias psicoativas sobre o estresse. A segunda linha de pesquisa aborda a to-xicologia em peixes, e a terceira linha estuda os sistemas de produção de peixes nativos com ênfa-se em policultivos e sis-temas de recirculação de água”, explica.

No contexto dos estu-dos de Barcellos, outros pesquisadores foram sendo agregados. É o caso da professora Ana Cristina Giacomini, que aborda em seu trabalho de doutorado a influência de psicofármacos em contato com a água. Segundo ela, hoje se sabe que em vários países existem grandes quantida-des de fármacos na água; dentre eles, antidepressivos, ansiolíticos, anticon-cepcionais e antibióticos que são descar-tados pela forma ativa, ou seja, jogados no ambiente, ou eliminados pela urina. Esse processo traz um impacto significa-tivo na população aquática, alterando a capacidade de reprodução, causando resistência a bactérias e comprometen-do o ecossistema aquático.

Ana Cristina atua com um protocolo de pesquisa que avalia como o peixe se comporta diante do predador, pois, de acordo com ela, é preciso buscar o equi-líbrio entre as espécies. “Agora, estamos pesquisando os fármacos fluoxetina e diazepam. Primeiramente, testamos como o zebrafish responde ao estresse. Observamos se, diante de uma situação de estresse, ele consegue encarar e bus-car sobrevivência, com e sem o uso do fármaco, e em diferentes concentrações (ambiental – intermediária e terapêuti-ca). Agora, estamos na etapa de colocar o peixe em contato com o predador”, explica.

Pesquisa de base e reconhecimento científicoO zebrafish é utilizado em pesquisas

como modelo para estudos sobre Al-

zheimer, autismo, depressão, ansiedade e distúrbios de comportamento no Bra-sil e em outras partes do mundo. O inte-resse da pesquisa desenvolvida na UPF é estudar mecanismos para formar um conceito sobre o que está acontecendo no eixo hipotálamo-hipófise e adrenal, que regula o hormônio do estresse, e qual a interferência desses medicamen-tos aos quais os animais podem estar submetidos, para futuramente apresen-tar elementos para a pesquisa aplicada em seres humanos.

Desde 2001, Barcellos conseguiu disseminar seus estudos em cerca de 60 artigos em revistas internacionais como Plos One, Physiology & Beha-vior, Hormones & Behavior, Behavioral Processes, General and Comparative Endocrinology, Stress, Brain Research, Neuroscience Letters, Progress in Neu-ro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, Aquaculture, Fish Physio-logy and Biochemistry, Chemosphere, Journal of Fish Biology, Comparative Biochemistry and Physiology e Environ-mental Toxicology and Pharmacology, dentre outras. Esses artigos, conjunta-mente, possuem mais de 650 citações, conferindo índice H = 16 ao pesquisador.

A UPF conta com o apoio de pesquisa-dores da Unochapecó, UFSM e da Unesp de Botucatu neste projeto. Acadêmicos do Programa de Pós-Graduação em Bio-experimentação da UPF e de Farmaco-logia da Universidade Federal de Santa Maria também integram os estudos.

Precursor das pesquisas com peixes na UPF, Barcellos destaca a disseminação do conhecimento gerado por meio de artigos publicados em revistas científicas

PEIXES

Abril / 2014 15UniversoUPF

Protagonistas de ações deprevenção às violências nas escolas

comunidade

O Brasil possui quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Ca-

ribe. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as estatísticas apontam um cenário desolador em relação à violên-cia contra essa parcela da população. A cada dia, mais de 120 casos de vio-lência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência são reportados ao Disque Denúncia 100. O Sistema de Informações do Ministério da Saúde

Observatório da Juventude e de Violências nas Escolas potencializa ações coletivas de prevenção e resolução de conflitos em busca de uma cultura de paz

Oficinas têm a intenção de sensibilizar e construir alternativas para enfrentar a violência

aponta que a violência letal por causas externas atinge principalmente crian-ças e adolescentes do sexo masculino. Os agressores podem ser até mesmo os próprios pais ou parentes, amigos e conhecidos. Portanto, soluções locais e regionais são urgentes e necessárias, uma vez que o quadro é nacional e pode ser ainda mais grave, já que mui-tos crimes não são denunciados.

Assumindo o compromisso de ar-ticular ações que visam ao enfrenta-mento das violências e à promoção de uma cultura de paz, a Vice-Reitoria de

As ações do projeto são voltadas à formação e capacitação tanto de integrantes do grupo quanto de educadores, alunos, pais e demais interessados. Um dos exemplos dessa atuação é o Curso de Educação para uma Cultura de Paz e do Bem-viver, que forma facilitadores. “As oficinas trabalham a questão das emoções, o acolhimento do outro, não importa quem ele seja”, reitera Bedin. Mais de 150 pessoas já participaram dessa atividade, que tem continuação neste ano.

Desde março, também está em andamento o curso Educando para a Paz, Educando para a Vida – fundamentos e perspectivas, destinado à equipe do Observatório e que conta com a assessoria de Carlos Rodrigues Brandão. São momentos de estudo e de fundamentação teórico-metodológica que servem de sustentação para as atividades. A psicóloga Lisiane Lígia Mella conheceu o Observatório ainda no tempo em que fazia o estágio em Psicologia Escolar no curso de graduação da UPF. “Temos um grupo comprometido e desenvolvendo ações fun-damentais nesse contexto de violência. É um olhar de cuidado com a escola e com cada um de nós no sentido da educação para a paz” assegura a voluntária.

Para os acadêmicos do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor), extensivo à comunidade, está ocorrendo o curso A Canção das Sete Cores: educando para a paz, educando para a vida – diálogos com Carlos Rodrigues Brandão. Iniciativas ligadas ao projeto também estão sendo desenvolvidas em municípios da região, como Lagoa Verme-lha, Soledade e Tapejara, formando alunos e professores.

O projeto funciona junto à Faed, no Campus I da UPF. Informações: (54) 3316-8290.

Ações regionais por uma cultura de paz

Extensão e Assuntos Comunitários, por meio do Centro Regional de Edu-cação, desenvolve o projeto interdisci-plinar Observatório da Juventude e de Violências nas Escolas, criado em 2010 a partir de um convênio celebrado com a Cátedra da Unesco de Juventude, Educação e Sociedade. O atual coorde-nador, professor Silvio Bedin, explica que a intenção é consolidar um centro de referência no desenvolvimento de intervenções e na produção de conhe-cimentos voltados à construção de alternativas, to-mando a educação como ferramenta para a produção de valores que funda-mentam a convi-vência saudável.

Para isso, várias iniciativas estão em andamento, dentre elas, um projeto piloto implantado na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Eulina Braga, de Passo Fundo, onde estu-dam mais de 400 alunos. A incenti-vadora foi a orien-tadora educacional Idete Alba. Conforme a educadora, no ano passado, foram realizadas diver-sas oficinas com professores e repre-sentantes de todas as turmas a partir do 5º ano. Neste ano, o trabalho inclui pais e funcionários, e o resultado co-meça ser percebido. “Há uma mudan-ça de postura, comportamento e atitu-de nos diferentes espaços e em sala de aula. Os estudantes, além de estarem mais próximos uns dos outros, estão nos ajudando a resolver situações de conflito. Nós, professores, também nos sentimos mais preparados”, afir-ma. Projetos semelhantes estão sendo implementados na Escola Estadual Al-berto Pasqualini e na Escola Municipal Padre José de Anchieta, ambas de Pas-so Fundo.

Fotos: Divulgação/UPF

Abril / 201416 UniversoUPF

ciênciaeinovação

D esenvolver um ambiente que possibilite o aumento da competitividade das em-presas incubadas, startups e

maduras, tendo como base uma matriz acadêmica e científica que promova a inovação, o desenvolvimento tecnoló-gico e a inclusão social. Aliado a isso, buscar a interdisciplinaridade, unindo graduação e pós-graduação. Esses são os focos do Parque Científico e Tecnoló-gico UPF Planalto Médio, o UPF Parque, para os próximos anos.

Para alcançar os objetivos, um amplo diálogo com empresas locais, regionais, nacionais e de âmbito internacional está sendo realizado, buscando construir re-lações. Além disso, uma aproximação com a realidade acadêmica faz parte das ações da equipe. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, com os investimen-tos e os trabalhos realizados é possível buscar a integração entre todos os en-volvidos no Parque: empresas, alunos e comunidade. “Queremos consolidar e reforçar o caráter acadêmico e científico do UPF Parque, promovendo a interação entre graduação e pós-graduação e a di-fusão da característica empreendedora do espaço”, destaca.

Central MultiusoEsse olhar para além do contexto ins-

titucional tem grande importância, uma vez que o UPF Parque busca potencia-lizar o que a UPF oferece no ambiente acadêmico e de pós-graduação, além de consolidar interesses de mercado e de

Essa relação entre o Parque e os cursos oferecidos pela UPF já está funcionando. Na Faculdade de Engenharia e Arquite-tura, alunos do Mestrado Profissional em Projeto e Processos de Fabricação – área de Engenharia Mecânica utilizam três equipamentos adquiridos com recursos do Parque. A máquina de fadiga, por exemplo, está auxiliando três dissertações de mes-trado, ensaiando componentes aplicados na indústria regional. De acordo com o co-ordenador do Mestrado, Charles Leonardo Israel, a ligação entre academia e empresas é fundamental para o fortalecimento da Instituição e a formação dos alunos.

Outro equipamento também já está à disposição: o Microscópio Elétrico de Varredura (MEV), utilizado para vários projetos. O MEV possui capacidade de ampliação de imagem de até 300 mil vezes e pode realizar análise de superfície visual ou qualitativa, tanto de material orgânico quanto de metal.

Ligação entre mercadoe academia na prática

formação. Para que essa consolidação aconteça, o segundo módulo do Parque, já em finalização, contará com a Central Multiuso, um laboratório amplo e com equipamentos que vão possibilitar a in-terdisciplinaridade. No primeiro módu-lo, já em funcionamento, estão instala-das a gestão administrativa, a empresa âncora MV Sistemas e o PoloSul, asso-ciação do setor de Tecnologia da Infor-mação que conta com quatro empresas incubadas.

Para o gestor de Relações com o Mer-cado, Marcos Citolin, a relação com a sociedade e com as empresas é conso-lidada à medida que se constrói a apro-ximação entre o ambiente acadêmico e o de pesquisa. “Não somos apenas um espaço para abrigar empresas, mas que-remos que estas estejam dispostas a in-teragir com o ambiente da Universidade e, interagindo, deixar uma melhor pos-sibilidade de desenvolvimento do nosso principal foco, que é o aluno”, destaca.

Aproximação local e regionalEnquanto o Parque se constitui num

empreendimento imobiliário capaz de oferecer condições para atrair e hospe-dar empresas de base tecnológica, os polos contemplam um aglomerado de empresas, atuando como um importan-te instrumento de inovação e desenvol-vimento regional sustentável.

De acordo com o coordenador dos Po-los Tecnológicos Regionais, Laudir Auo-zoani, funcionam quatro Polos na área de atuação da UPF, criados pelos Con-selhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e oficializados pela Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, cujas áreas de atu-ação são: Alimentos; Metal-Mecânica; Pedras, Gemas e Jóias, Moveleira; Turis-mo; Têxtil; e Confecções.

Para Laudir Auozoani, a UPF tem im-portância fundamental ao contribuir com o desenvolvimento regional atra-vés da inovação e da transferência de tecnologias. “O UPF Parque coloca a Universidade num novo patamar de de-senvolvimento científico e tecnológico. Assim, os polos vão atuar na interação com empresas, governo e comunidade, criando condições para promover o de-senvolvimento através da inovação e a popularização da ciência junto à comu-nidade como um todo”, ressalta.

UPF Parque: um espaço acadêmico e empreendedor

Já em funcionamento, o Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio busca integração entre graduação e pós-graduação, visando a contemplar a formação e o empreendedorismo

O Microscópio Elétrico de Varredura

(MEV) é um dos

equipamentos que auxilia

projetos nas mais diversas

áreas

Reitoria realizou visita oficial ao

UPF Parque, verificando in

loco obras finais do segundo

módulo, e estabelecendo

um diálogo próximo

com equipe e empresários que

estão atuando no primeiro módulo

Fotos Caroline Simor

Abril / 2014 17UniversoUPF

comunidadeNova escola depende de formação continuada e de

Reflexões teóricas desenvolvidas na UPF viram práticas junto a professores e gestores escolares e auxiliam na ressignificação de ações pedagógicas

O s dados divulgados recente-mente pela Organização para a Cooperação e o Desenvol-vimento Econômico (OCDE)

deixam claro que o Brasil está com um modelo educacional ineficiente. Confor-me a avaliação internacional Pisa, o país ficou em 38º lugar, em um ranking de 44 avaliados. A realidade preocupa pesqui-sadores e gestores públicos com relação à formulação de uma nova escola. Para isso, a formação de professores e mu-danças na tradicional gestão escolar se fazem necessárias.

Neste sentido, as discussões desenvol-vidas na Faculdade de Educação (Faed) deram origem a uma série de atividades para mudar a realidade das escolas da região Norte do Rio Grande do Sul. Boas práticas se tornaram exemplos e já têm resultados, como o Centro Regional de Educação (CRE), que desenvolve proje-tos e ações no campo da formação con-tinuada de docentes e da gestão na edu-cação desde 1972.

Formação permanenteAs transformações da sociedade e

das tecnologias tornam a formação dos educadores um processo contínuo e de-safiam a escola a se questionar constan-temente acerca do compromisso social. Para a diretora da Faed, Eliara Levinski, a docência precisa ser entendida como profissão, uma vez que é construída através de um processo formativo que envolve um percurso pessoal e profis-

NOVAS PRÁTICAS DE GESTÃO

sional. “É nesse processo que o profes-sor constrói seus saberes pedagógicos, científicos e empíricos, os quais dão su-porte à prática pedagógica. A formação só será completa quando os professores se autoproduzirem”, avalia.

Em Soledade, diversas atividades de formação foram realizadas em parceria com o CRE. Conforme o secretário muni-cipal de Educação, Cultura e Desporto, Juliano Tonezer, a formação permanen-te é um dos eixos primordiais na busca pela qualidade na educação, visto que propicia uma condição essencial para que os educandos possam efetivar a apropriação e (re)criação dos conheci-mentos escolares. “A presença de um profissional docente qualificado e com-promissado ética e politicamente com um projeto de mudanças sociais é essen-cial”, destaca.

Gestão da escola e da educaçãoEm observância às políticas de exten-

são, o CRE ainda prospecta, planeja, im-plementa e avalia projetos de extensão em educação. Um dos programas, Polí-ticas e Gestão da Educação, tem como objetivos constituir um processo peda-gógico que colabore na compreensão e descortinamento de questões acerca da temática; articular e fomentar o ensino, a pesquisa e a extensão; estabelecer diá-logos permanentes com profissionais da educação; e subsidiar a criação e o redi-mensionamento de políticas públicas e projetos desta área do conhecimento.

O campo da gestão constitui um indi-cador de qualidade da educação. Apesar

dos estudos, há muitos desafios a serem enfrentados tanto de nível teórico quan-to de natureza prática. Várias pesqui-sas foram e estão sendo realizadas pela Faed para a explicitação de questões inerentes à gestão. Simultaneamente, práticas extensionistas são realizadas na região de abrangência da UPF.

40 gestores capacitadosDentre as atividades desenvolvidas

está o curso de extensão Gestão Escolar Democrática: o feito, o necessário e o possível. No total, 40 gestores de escolas estaduais da região de abrangência da 7ª Coordenadoria Regional de Educação participaram da iniciativa, que também foi premiada durante a Aula Magna da Rede Escola de Governo, da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul (FDRH), realizada no mês de março.

O professor da escola Adelino Pereira Simões, de Passo Fundo, Luciano Pi-mentel da Silva, foi um dos participan-tes. Para ele, o curso contribuiu signi-ficativamente para o entendimento do funcionamento da escola e de que forma ela pode interagir com a sociedade. A chefe da Divisão de Formação Continua-da da FDRH, Ana Cristina Ghisleni, acre-dita no compromisso demonstrado pela UPF com o desenvolvimento regional e com as políticas públicas. “O curso de extensão em Gestão da Educação e da Escola efetivou uma parceria que já es-tava postulada e consagrou um trabalho sistematizado, reflexivo e propositivo”, enfatiza.

Atividades de formação são

realizadas pelo Centro Regional de

Educação em diversos municípios

da região

Para este ano, novas atividades de formação de professores e ges-tores já estão pro-gramadas. Dentre as novidades, um curso de es-pecialização em Políticas e Gestão da Educação, que será gratuito aos professores da rede pública esta-dual e realizado pela Vice-Reitoria de Extensão e As-suntos Comunitá-rios, em parceria com a FDRH/RS e a Rede Escola de Governo.

Para 2014

Curso Gestão Escolar Democrática formou 40 gestores de escolas estaduais

Fotos: Arquivo UPF

Abril / 201418 UniversoUPF

universidade

Partindo do princípio de que as limita-ções físicas ou as dificuldades de apren-dizagem não são um empecilho para a produção do conhecimento, a UPF está atenta às questões que envolvem o aprendizado dos seus acadêmicos. Para isso, a Instituição oferece o Setor de Atenção ao Estudante (SAEs), que é um espaço de atendimento pedagógico dis-ponibilizado aos alunos dos diversos cursos de gradua-ção que tenham algum tipo de dificuldade em relação à aprendizagem e à acessibili-dade à UPF.

O SAEs é constituído por uma equipe composta de psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras e professores que atuam em vários pro-jetos e programas. Dentre eles, destaca-se o Projeto de Apoio à Aprendizagem, que oferece aulas de apoio aos acadêmicos com alguma dificuldade nas diferentes áreas de conhecimento. A maioria das aulas é ministrada por professores da Instituição, em horários alternativos – gratuitamente – a partir da disponibili-dade dos acadêmicos. Outra iniciativa interessante diz respeito ao trabalho desenvolvido por estudantes, os chama-dos alunos apoiadores, que, por possuí-rem domínio nos conteúdos estudados, se dispõem a trabalhar com os colegas, esclarecendo dúvidas e acompanhando as aulas. De acordo com o coordenador do projeto, Luiz Marcelo Darroz, as ati-vidades realizadas possibilitam resulta-dos surpreendentes para o aprendizado dos acadêmicos. “Cerca de 74% dos es-tudantes conseguem ser aprovados nas disciplinas, após o trabalho desenvolvi-do no SAEs”, relata. Para a vice-reitora de Graduação, professora Neusa Rocha, as ações do Projeto contribuem para a promoção da autonomia dos estudan-tes, para que eles reconheçam suas potencialidades e, com isso, obtenham êxito na vida acadêmica.

No local, há também o Programa Acessibilidade com Qualidade na Edu-cação Superior, que viabiliza o aprimo-ramento dos conhecimentos dos alunos portadores de necessidades especiais. São desenvolvidas ações como interpre-

tação e tradução de Libras/Português, adaptação de textos, ampliação e trans-crição para o sistema Braile, utilização de ferramentas e recursos adaptados às pessoas cegas, com baixa visão ou com-prometimento na área motora, gravação em áudio de obras para acadêmicos ce-gos e com baixa visão, orientação e mo-bilidade aos alunos com restrição moto-

ra ou comprometimento na área visual, dentre outras.

Transformação de obstá-culos em oportunidades

O trabalho que o SAEs desenvolve para as pessoas com algum tipo de necessi-dade especial é feito de for-ma conjunta, envolvendo as Unidades Acadêmicas e a fa-mília do estudante. As ações têm início ainda no Vestibu-lar, quando são informadas as necessidades do vestibu-lando para a realização da prova. Após o ingresso na

UPF, é feito o recebimento dos calouros, bem como reuniões com os professores, coordenadores de curso e com os res-ponsáveis pelo estudante.

Segundo a coordenadora do Setor, Te-resinha Bastos Scorsato, há uma política de acolhimento, cuidado e atenção ao aluno, feita por meio de uma proposta que busca e incentiva a autonomia e não

Setor de Atenção ao Estudante da UPF desenvolve atividades com comunidade acadêmica e com alunos portadores de necessidades especiais

SEM LIMITESa dependência do futuro profissional. “O diferencial do SAEs é olhar o acadêmico como um sujeito capaz de transformar o que seria um obstáculo em possibilida-de na vida, para que, assim, ele possa realizar os seus sonhos”, comenta.

O atendimento realizado no Setor per-mite que os estudantes usufruam dos espaços que a UPF dispõe e tenham um convívio melhor com colegas e profes-sores. De acordo com a assistente pe-dagógica Guerti Kist, as ações tornam--se fundamentais para o crescimento pessoal e profissional dos portadores de necessidades especiais. “As limitações não impedem o aluno de estar em uma universidade e de ser um bom profis-sional da área que almeja. Os recursos são importantes para estudantes se in-cluírem no cotidiano acadêmico e terem bom desempenho nas atividades desen-volvidas”, acredita.

Resultados aprovadosUm usuário dos serviços ofertados

pelo SAEs é o acadêmico do terceiro se-mestre do curso de Ciências Econômicas, Guilherme Luthi. O aluno, que possui comprometimento global de funções, acredita que o reforço das disciplinas, executado desde o primeiro semestre da graduação, tem contribuído para o seu aprendizado e dado condições de seguir seu desejo profissional, que é a constru-ção de uma fábrica de brinquedos.

Aprendizado

Luthi participa

do trabalho desenvolvido

pelo SAEs e considera

fundamentais as ações que o auxiliam a

acompanhar o curso

escolhido, Ciências

Econômicas

Foto: Leonardo Andreoli

InformaçõesInteressados

em solicitar o atendimento do SAEs devem se dirigir à Biblio-teca Central, no Campus I. O contato com os profissionais também pode ser feito pelo telefo-ne (54) 3316-8256 ou pelo email [email protected].

Abril / 2014 19UniversoUPF

universidade

P recursora na pós-graduação stricto sensu da UPF, a Facul-dade de Agronomia e Medici-na Veterinária (FAMV) conta

com uma nova estrutura. São 958m² que somam-se aos 1.400m² já existentes, onde são desenvolvidos estudos e pes-quisas dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro), em Bioexpe-rimentação (PPGBioexperimentação) e em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA). A inauguração foi realizada em 27 de março, na presença da Reito-ria, dos diretores das Unidades Aca-dêmicas, dos coordenadores de curso, dos professores, dos funcionários e de representantes de entidades, bem como de docentes precursores da pesquisa na FAMV. O espaço, localizado no Campus I, será utilizado tanto por mestrandos e doutorandos quanto por acadêmicos de graduação.

O reitor, José Carlos Carles de Souza, considera a inauguração uma celebra-ção à capacidade, ao envolvimento e à dedicação de professores e alunos dos programas de pós-graduação da FAMV. “Os trabalhos de pesquisa que aqui são realizados geram resultados expressi-vos, referência em estudos nacionais e internacionais. Esse trabalho foi deter-minante para a conquista desse novo prédio”, afirmou. A construção contou

Programas de Pós-Graduação em Agronomia, em Bioexperimentação e em Ciência e Tecnologia de Alimentos recebem novos laboratórios, salas de aula, câmaras climáticas e secretarias. Espaços também serão utilizados pela graduação

No ano em que inicia seu terceiro Programa de Pós-Graduação, a FAMV inaugura novo espaço

com recurso obtido via edital do Minis-tério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de R$ 959.763,43.

Quando o recurso foi aprovado, em 2010, a FAMV contava apenas com o PPGAgro, iniciado ainda em 1996. Em 2012, ingressava a primeira turma do PPGBioexperimentação, e, nesse mês de março, o PPGCTA recebeu seus primeiros mestrandos. Ao lembrar esses fatos, o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, salientou que a ampliação do prédio foi acompanhada do crescimento, tanto em quantidade quanto em qualidade, da pós-graduação stricto sensu na UPF. “A perspectiva é de que, em breve, novos programas sejam oferecidos. Ao se fortalecer o stricto sensu, transfere-se para a graduação essa excelência, qualificando os cursos e a Instituição como um todo”, argumentou o vice-reitor.

Durante a inauguração, o esforço dos precursores da graduação e pós-gradua-ção da FAMV foi lembrado pelo diretor da Unidade, Hélio Rocha. “Somos sabe-dores das dificuldades para chegarmos até aqui, por isso essa conquista é tão marcante. Nesses 958m², serão desen-volvidos muitos trabalhos, pesquisas e estudos, que só serão possíveis com a

infraestrutura atualmente disponível”, considerou. Para o diretor, o momento é propício para traçar novos planos.

O vínculo dos programas de pós-gra-duação da FAMV com a região Norte do estado foi destacado pela coordenadora do PPGAgro, Simone Basso, que falou

Dirigentes da Instituição

descerraram a placa inaugural

em 28 de março

O novo prédio proporciona um

espaço amplo e adequado aos

laboratórios de Biotecnologia,

Entomologia, Nematologia,

Sementes e Imunotoxico-

logia e Biologia Molecular, além de câmaras bio-climáticas, salas de aula, salas de

professores e secretarias.

Novas instalações

Ampliação do prédio possui mais de 900m² e foi construída com recursos da Finep

Fotos: Carla Vailatti

Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo Bar-cellos destacou a importância de fortalecer a pós-graduação stricto sensu

em nome dos demais programas da Uni-dade. “Nossa região tem sua economia baseada na atividade primária. Por isso, temos a natural missão e a responsa-bilidade de formar recursos humanos qualificados, bem como produzir conhe-cimentos e tecnologias que possam apri-morar as diferentes cadeias produtivas”, salientou. A professora lembrou, ainda, que investir em mestrados e doutorados resulta também na excelência dos cur-sos de graduação pela qualificação do corpo docente e pela oportunidade de os graduandos se inserirem em projetos de pesquisa.

Também prestigiaram a inauguração o presidente da Fundação UPF, Alexan-dre Nienow; o vice-reitor Administrati-vo, Agenor Dias de Meira Junior; o co-ordenador do PPGBioexperimentação, Luiz Carlos Kreutz; o coordenador do PPGCTA, Luiz Carlos Gutkoski; diretores de Unidades Acadêmicas; coordenado-res de curso; e representantes da Asso-ciação dos Engenheiros Agrônomos de Passo Fundo e da Embrapa Trigo, bem como professores e ex-professores da FAMV.

Abril / 201420 UniversoUPF

ciênciaeinovação

Foto: Laíssa França Barbieri

A escassez de água é um pro-blema grave que afeta vá-rias regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, a seca

de 2012 foi considerada a mais inten-sa dos últimos 50 anos, o que fez com que mais de 80 municípios da região Norte do estado decretassem situação de emergência devido à falta de água. Pensando nessa questão, o professor e pesquisador Vandré Barbosa Brião, vinculado ao curso de Engenharia de Alimentos da UPF, desenvolveu a pesquisa “Dessalinização por osmose inversa das águas do Aquífero Guara-ni para uso como água potável em pe-ríodos de estiagem”, com o intuito de encontrar alternativas para a escassez da água em épocas de estiagem.

O Aquífero Guarani é um agrupa-mento de unidades hidroestratigráfi-cas, isto é, reúne uma grande reserva de água subterrânea. Localizado na região Centro-leste da América do Sul, ocupa uma área de 1.194.000 km², dis-tribuídos entre territórios de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, a região Sul é a que possui a maior área.

Atividades e resultadosO trabalho, desenvolvido entre

2011 e 2013, também contou com a participação dos professores Marcelo Hemkemeier e Adalberto Pandolfo e de acadêmicos do Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil e Am-biental (PPGEng) e das graduações em Engenharia de Alimentos e Enge-nharia Ambiental. Para ter acesso ao Aquífero Guarani, a equipe encontrou

Estudo busca alternativas para a escassez de

ÁGUA na região Norte do estadoProjeto desenvolvido pelas áreas de Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental analisa composição das águas do Aquífero Guarani

Equipamento utilizado no processo de osmose inversa da água

um poço com 960 metros de profundi-dade na cidade de Tapejara (RS).

Dentre as atividades, foi coletada uma quantidade de água para análise técnica. Constatou-se que a amostra era salina, ou seja, imprópria para o consumo, em virtude de possuir sóli-dos totais dissolvidos, sulfatos e fluo-retos em excesso em sua composição. Essas substâncias são consideradas prejudiciais à saúde e fazem a água ter um gosto indesejado. Após a ve-rificação, o grupo realizou a remoção desses elementos por meio de um pro-cesso chamado osmose inversa, que permite a retenção dos sais da água. O resultado do processo mostrou que, depois do procedimento, foi possível recuperar 93% da água bombeada, tornando-a purificada.

Além do estudo técnico, os pesqui-sadores se interessaram em desen-volver uma análise econômica para verificar a viabilidade da captação da água no Aquífero. Com o intuito de realizar uma estimativa de inves-timentos e custos, a equipe projetou uma estação de tratamento de água por osmose inversa para abastecer uma população de 10 mil habitantes. A estação operaria somente em casos de emergência, semelhante às usinas termoelétricas. A atividade mostrou que as instalações da estação proje-tada necessitariam de uma área física de 200 m², com investimentos de R$ 2,23 milhões e custo da água tratada de R$ 0,67/m³. Segundo Brião, o va-lor da água produzida é considerado razoável, semelhante aos custos de tratamentos já feitos em outros países,

O projeto desenvolvido por pesquisadores da área de Engenha-ria de Alimentos da UPF já está obtendo reconhecimento. Em 2013, a iniciativa proporcionou a publicação de trabalhos em congressos, como a XXIII Mostra de Iniciação Científica (MIC), o 25º Congresso Regional de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia e o VIII Simpósio de Alimentos para a Região Sul. Na MIC, o trabalho recebeu o prêmio Inovação Pesquisa Aplicada. Igualmente, foi pro-duzido um artigo e aceito para publicação na revista Desalination, especializada em conteúdos sobre dessalinização.

Ação reconhecida

embora mais caro que o tratamento de águas superficiais.

Os resultados obtidos demonstra-ram que a dessalinização da água do Aquífero por osmose inversa seria uma boa alternativa para o abaste-cimento de água para a população, uma vez que as secas têm sido mais frequentes na região.

Para Brião, o fato de não existir muitos estudos sobre o Aquífero Guarani, nesta área de dessalinização, enfatiza o compromisso da UPF com a pesquisa. “O projeto expõe ainda mais a importância da Universidade em relação à preocupação em encontrar possíveis soluções para os problemas da região”, comenta.

O trabalho recebeu financiamento da Fapergs e apoio dos Comitês de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas do Rio Passo Fundo e do Alto Jacuí, e do Conselho de Desenvolvimento da Região da Produção.

Abril / 2014 21UniversoUPF

profissões

S er capaz de entender o mundo moderno fazendo uso de novas tecnologias, além de refletir te-oricamente sobre a linguagem.

Pesquisar e ensinar o português e a literatura brasileira, os idiomas estran-geiros e as literaturas de outros povos. Essas são algumas das competências necessárias aos profissionais da área de Letras, que, além de desenvolverem múltiplas habilidades, precisam estar em processo de formação contínuo.

Pioneiro e com mais de 50 anos de tra-dição, o curso de Letras da UPF é uma referência em ensino. Vinculado ao Ins-tituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), conta com privilegiada infraes-trutura e os alunos podem compartilhar experiências com um corpo docente formado por mestres e doutores. A gra-duação disponibiliza duas opções de licenciatura: Português – Inglês e Res-pectivas Literaturas ou Português – Es-panhol e Respectivas Literaturas.

O gosto pela leitura e pela escrita são princípios básicos para o profissional desta área. E foi a paixão pelos livros que levou Lauro Gomes, 25 anos, a bus-

Português, literatura, idiomas.CURSO DE LETRAS em destaque!

car o curso de Letras da UPF. Tendo par-ticipado do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid/Capes) enquanto acadêmico, hoje cur-sando o mestrado oferecido pela Insti-tuição na mesma área, Gomes destaca a importância da inserção em atividades dessa natureza durante a graduação. “O professor em sala de aula precisa ter conhecimento para possuir domínio de turma e despertar o encantamento nos alunos. O conhecimento que obti-ve através do estágio que fiz pelo Pibid fez a diferença dentro de sala de aula”, avalia o mestrando, que, mesmo antes de encerrar a graduação, já atuava como professor.

Atividades extraclasse também fa-zem a diferença na formação dos aca-dêmicos. Uma delas – o Bando de Le-tras – busca disseminar a arte em suas diferentes manifestações, como poesia, música, contação de histórias e drama-tizações. O grupo cultural é formado pelos acadêmicos do curso de Letras e atua há mais de 18 anos promovendo apresentações dentro da Universidade, e também fora dela, para a comunidade.

Na avaliação da coordenadora do cur-so, professora Patrícia Valério, há uma grande demanda por profissionais da área de Letras, inclusive porque podem atuar não só em sala de aula, mas em cursos de idiomas, empresas e, em espe-cial, em cursos preparatórios, área que vem solicitando cada vez mais profissio-nais tanto para preparação de vestibu-landos quanto para concursos públicos.

No cenário nacional: Jornada de Literatura Um grande diferencial dos acadêmi-

cos que cursam Letras na UPF é se en-volverem com todo o processo de mo-bilização cultural proporcionado pelas Jornadas Literárias. A Jornada Literária nasceu em 1981 objetivando a formação de um leitor que priorizasse o texto lite-rário, mas que também pudesse consti-tuir-se em um intérprete das linguagens veiculadas em diferentes suportes e das características peculiares das várias manifestações culturais. Em suas 15 edi-ções, o evento recebeu milhares de leito-res, autores e artistas, proporcionando a interação destes com um público quali-ficado, em programações diversificadas.

Em função da Jornada de Literatura, que ocorre bianualmente e é conside-rada uma das maiores movimentações culturais da América Latina, em 2006, a cidade de Passo Fundo foi intitulada Capital Nacional da Literatura. Em bus-ca de fortalecer esse título, foi criado o projeto Livro do Mês, que recebe men-salmente autores para que os acadêmi-cos e a comunidade em geral tenham a oportunidade de debater as narrativas, as construções textuais e até mesmo as escolhas dos autores. A coordenadora Patrícia destaca a grandiosidade deste projeto: “Dentre os diferenciais do curso de Letras, o Projeto Livro do Mês opor-tuniza aos alunos um encontro mensal com um autor de uma obra literária. Nesse encontro, alunos e professores dialogam sobre uma das obras literárias do autor, a qual é previamente lida. Já estiveram conosco escritores como Jorge Furtado, Cristóvão Buarque, Ignácio de Loyola Brandão, Alcione Araújo, Ângela Lago, Walcyr Carrasco, dentre outros re-nomados escritores do cenário nacional e gaúcho”, lembra.

Programa dePós-Graduação

O estudante Lauro Gomes desenvolveu paixão pela leitura ainda quando criança

Outro aspecto de destaque na formação em Le-tras ofertada pela UPF é a relação entre a graduação e o Programa de Pós-Graduação em Letras. O curso de mestrado já é oferecido há mais de 10 anos e o doutorado foi recentemente aprovado pela Capes. O potencial de investigação desenvolvido na pós-graduação fomenta a gradu-ação e poten-cializa o ensino oferecido, além de possibilitar a continuidade de qualificação aos interessados.

Foto: Laíssa França Barbieri

Abril / 201422 UniversoUPF

reconhecimento

A cadêmica de uma das pri-meiras turmas iniciadas após a criação da UPF, a atual desembargadora

do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Leila Vani Pandolfo Macha-do, tem uma história de carinho pela Universidade. Foi na UPF que Leila graduou-se em três cursos: Estudos Sociais, Ciências Jurídicas e Sociais e Geografia, e também seguiu a car-reira docente em 1975.

A conclusão do bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, na Fa-

Desembargadora Leila Vani Pandolfo Machado foi a primeira mulher formada pela UPF a ingressar na magistratura estadual

Da docência à

Em 2011, o reitor da UPF, José

Carlos Carles de Souza, prestigiou

a posse da desembargadora Leila no Tribunal de Justiça do Rio

Grande do Sul

culdade de Direito, em dezembro de 1976, foi o primeiro passo para o in-gresso na magistratura estadual. No ano seguinte prestou concurso para juiz de direito e assumiu o cargo em 05 de abril de 1978. “A Universidade de Passo Fundo faz parte da minha história, das minhas conquistas, pro-piciou-me a formação cultural e pro-fissional para corresponder aos meus anseios. A UPF também faz parte da história da minha família. Meu espo-so e meus filhos fizeram seus cursos superiores na UPF”, conta.

Sobre o período no qual estudou em Passo Fundo, Leila lembra do início do funcionamento do Campus I e da proximidade com os colegas, com muitos dos quais a amizade perdura até hoje em encontros anu-ais. “No ano de 1974, passamos a ter aulas no campus, onde as constru-ções e o acesso ainda eram muito precários. Noites chuvosas, acesso com muito barro e vento frio entran-do nas salas pelos vãos do telhado, ainda sem forro”, relata.

Tribunal de JustiçaLeila foi a primeira mulher egressa

da UPF a ingressar na magistratura estadual. Foi aprovada no concurso para juíza de direito, recém-forma-da, sem qualquer curso preparató-rio específico. “Lembro, com ca-rinho, dos grandes mestres, tanto nos cursos de licenciatura como no curso de Direito, que, cheios de en-tusiasmo, embasados na seriedade, na pesquisa e na valiosa bagagem intelectual, incentivavam a refle-xão, o estudo e o amor pela aprendi-zagem. Foram os grandes responsá-veis por minha aprovação”, lembra. Há 17 anos, Leila mora em Porto Ale-gre e guarda o nome da Instituição com carinho. “Tenho orgulho em dizer que estudei na UPF. A esta ins-tituição, como representante de to-dos os bons mestres, minha eterna admiração”, afirma, lembrando que hoje ela é a magistrada mais antiga ainda na ativa.

Natural do município de Gau-rama, Rio Grande do Sul, jurisdi-cionou nas Comarcas de Tapejara, Frederico Westphalen, Erechim e Passo Fundo, onde também exerceu a jurisdição eleitoral por nove anos consecutivos. Em Porto Alegre, atuou como juíza na 2ª e na 10ª Va-ras Cíveis e como juíza-corregedora assessora da Presidência em duas gestões. Posteriormente, foi titular da 3ª Relatoria da 2ª Turma Recur-sal Cível. Esteve convocada no Tri-bunal de Justiça de julho de 2003 a dezembro de 2008 e, novamente, de outubro de 2010 até sua promoção ao cargo de desembargadora.

Mesmo afastada de Passo Fundo há 17 anos,

em razão de minha promoção a Porto

Alegre, a UPF continuará sendo sempre a minha

Universidade

MAGISTRATURAFotos: Arquivo pessoal

Desembargadora Leila Vani

formou-se em Ciências

Jurídicas e Sociais em

dezembro de 1976

Abril / 2014 23UniversoUPF

H á mais de 500 anos, a his-tória é elemento de ligação entre Brasil e Portugal. Se um dia os “descobridores”

vieram até o Brasil e relataram as mara-vilhas do novo país recém-colonizado, atualmente, os brasileiros é que viajam cada vez mais ao país lusitano em busca de descobertas.

Portugal, marcado na história pelos feitos de seus navegadores, sente hoje os efeitos da crise econômica que aba-

intercambiandoO sonho de “descobrir”

PORTUGAL agora é dos brasileirosO país, de gente hospitaleira, séria e organizada, tem lindas paisagens, boa comida e é seguro para viver

lou toda a Europa nos últimos anos. Entretanto, colhe frutos por ser um país com uma diversidade de belas paisa-gens, distintas atividades de lazer e um patrimônio cultural que conjuga tradi-ção e contemporaneidade. Na gastronomia, um festival de cores e sabores anima os tu-ristas, que ainda encontram um clima ameno, montanhas e praias, tudo a poucas horas de qualquer capital europeia.

Ao Norte, na região onde são cultivadas as uvas para a produção do famoso vinho do Porto, além de outras espécies viníferas, fica uma das princi-pais cidades do país, Vila Real. O local tem também uma ins-tituição de ensino conceituada, a Uni-versidade Trás-Os-Montes e Alto Douro (Utad), que recebeu o coordenador do curso de Educação Física - Bacharelado da UPF, Nelson João Tagliari, para a rea-lização de seu doutorado em Ciências do Desporto, em fase de conclusão. Tagliari pontua que o curso de Educação Física da Utad é respeitado na Europa. “A Utad conta com alojamentos para quem vai realizar cursos de mestrado e doutora-do, disponibilizando toda a infraestru-tura. Os alojamentos ficam próximos ao parque da cidade, que, além de muito grande, possui estrutura para a prática de esportes e é cortado por um rio bem cuidado e limpo, sendo permitido nadar e pescar”, afirma.

Tagliari destaca que também pôde visitar cidades com aspectos históricos importantes, tais como Chaves, Porto, Gaia, Matosinhos e Lisboa, que, se-gundo ele, é uma atração à parte. Em Lisboa está situado o Parque da Pena,

com "brinquedos" radicais. Dentre eles, destaca-se uma tirolesa de 1.500 metros de extensão e 150 metros de al-tura. “A comida é muito boa e há variedade de pratos típi-cos. Quem aprecia deve co-mer uma bacalhoada regada com um bom vinho e também provar o pastel de Belém, que é à base de massa folhada e nata”, assegura.

Um povo formal, mashospitaleiroOutro aspecto destacado pelo profes-

sor da UPF é sobre o povo português. Conforme Tagliari, os portugueses são organizados e sérios, mas recep-tivos. A opinião é compartilhada pela acadêmica do curso de Odontologia, Eduarda Cristina Baggio, que morou em Lisboa por 10 meses, tempo que fez intercâmbio pelo programa Ciên-cia sem Fronteiras. “O povo é bastante hospitaleiro, apesar de não existir essa ‘simpatia brasileira’. As pessoas são mais reservadas, se tratam com for-malidade, mas é um país incrível, com belas paisagens, ótima gastronomia e clima parecido com o do Rio Grande do Sul. É bastante seguro e, apesar da cri-se econômica, um lugar perfeito para viver”, acredita Eduarda.

Ela fez intercâmbio junto à Faculda-de de Medicina Dentária da Universi-dade de Lisboa e salienta que a adap-tação foi muito tranquila pelo idioma ser o mesmo e pela facilidade de locali-zação, já que os mapas são bem expli-cativos nos ônibus e metrôs. Conforme a acadêmica, um passeio imperdível é caminhar pela "cidade velha", parte preservada de Lisboa. Além da capital, Eduarda se encantou por Belém, cida-de com vários museus e que abriga a famosa Torre de Belém e o Monumento aos Descobridores, uma homenagem aos navegantes portugueses.

A Serra da Estela foi um dos locais mais apreciados por Luísa

O acaso levou a acadêmica de Psicologia da UPF, Luísa Arroque Gheller, a Portugal. Luísa sem-pre sonhou em fazer intercâmbio no Continente Europeu, mas não se imaginava em Portugal até ser selecionada pelo Programa de Intercâmbio Acadêmico da UPF para realizar um período de estudos na Universidade do Porto, em Porto. Ela classifica o país como apaixonante, especial-mente pelos lugares que conheceu: a Serra da Estrela, uma cadeia montanhosa onde estão as maiores altitudes de Portugal; Coimbra, uma cidade universitária; os aspectos medievais de Gui-marães; Batalha, uma vila portuguesa onde está situado um mosteiro do século XIV; o Santuário de Fátima; e, claro, a cidade do Porto, onde se localizam a Ponte de D. Luís, construída por Gustave Eiffel, e a Ribeira, patrimônio da Unesco. “Embora alguns não sejam destinos muito comuns, são lugares lindíssimos a quem quer conhecer as belezas naturais, a cultura e a gastronomia”, pontua.

Fotos: Divulgação

Lugares incomuns, indispensáveis no roteiro

Professor Nelson Tagliari junto ao parque na cidade de Vila Real. O local se destaca pela estrutura para a prática de esportes

Eduarda junto ao Miradouro de São Pedro, com vista para a parte velha de Lisboa

Abril / 201424 UniversoUPF

universidade

Aprovado em 2013, o documento vai intensificar e potencializar, até 2016, as ações já desenvolvidas na UPF

Política de RESPONSABILIDADE SOCIAL: ações que qualificam a relação com a comunidade

A Política de Responsabilida-de Social da UPF executará, até 2016, ações para quali-ficar ainda mais a relação

entre a UPF e comunidade. Para con-templar os objetivos propostos, uma comissão formada por professores da Instituição colocará em prática um con-junto de valores, princípios, diretrizes e metas a serem assumidos coletivamen-te.

A prioridade, segundo a Comissão, será a busca do desenvolvimento da sociedade por meio da formação de re-cursos humanos e do desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, configurando--se como um centro de excelência que visa ao aprimoramento da sociedade. As orientações integram o Plano de De-senvolvimento Institucional (PDI) da UPF, com regulações do Ministério da Educação (MEC).

As ações da Política incluem as áreas de inclusão social, meio ambiente, cul-tura, memória e patrimônio, envolven-do professores, funcionários, alunos e toda a comunidade acadêmica. Apro-vado em 2013, o documento vai intensi-ficar e potencializar, até 2016, as ações já desenvolvidas na UPF.

Segundo a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, ações de responsabi-lidade social vêm sendo desenvolvidas na Instituição, mas a aprovação de uma

política significa que a UPF quer que todo o fazer universitário seja media-do pelo paradigma de sustentabilida-de econômica, ambiental e social. “A Responsabilidade Social Universitária deve impregnar todos e cada um dos espaços universitários. Se nossa missão é formar cidadãos competentes, com postura crítica, ética e humanística, preparados para atuarem como agentes de transformação, todo e qualquer ato deve ser pedagógico e exemplar”, frisa.

Investimento nocompromisso socialEm muitos países da Europa, o in-

vestimento na Responsabilidade Social atua como eixo estruturante das insti-tuições universitárias, buscando alcan-çar indicadores que, de forma conjun-ta, garantam uma formação integral dos acadêmicos e, com isso, provo-quem um impacto direto no desenvolvi-mento humano e social do seu entorno. “Essa realidade pressupõe uma grande reflexão de toda a instituição acadêmi-ca sobre si mesmo e em relação ao seu entorno social, avaliando e monitoran-do os impactos das nossas atividades no desenvolvimento global dos nossos alunos e da comunidade, mas também dos nossos professores e colaborado-res”, observa a professora Bernadete.

Segundo uma das coordenadoras da Política, professora Clenir Moretto, o texto tem função norteadora para as concepções e práticas realizadas na Instituição, regulamentando e pautan-do o processo de transversalização da responsabilidade social nas ações de gestão, ensino, pesquisa e extensão.

“A política consiste em promover uma vigilância constante acerca da questão: como podemos aperfeiçoar eticamente nossas ações? Significa dizer que temos um documento que propõe princípios, diretrizes, metas e estratégias que po-derão materializar a preocupação da Universidade para com o impacto de suas ações. Trata-se de uma forma de dar coerência às ações de responsabili-dade social com as demais políticas ins-titucionais também indicadas no PDI”, ressalta.

Considerando a UPF como uma Ins-tituição de ensino com amplo histórico de ações e iniciativas de responsabi-lidade social, o desafio, segundo os organizadores, é buscar sensibilizar todos os envolvidos, incluindo as co-munidades interna e externa, para a amplitude do conceito de respon-sabilidade social universitária. Esse processo, de acordo com Clenir, tem como eixo central a produção de me-canismos que comuniquem o que a UPF compreende como responsabili-dade social. “Estaremos trabalhando com diferentes setores no sentido de publicizar, fazer conhecer a Política. A ideia central é possibilitar que alunos, funcionários, professores e comunida-de externa protagonizem a implemen-tação da Política, ampliando-a, dotan-do-lhe de sentido”, reflete, ressaltando que o foco da Política são as pessoas, que, com seus desejos e iniciativas, poderão transformá-la em algo vivo, dinâmico e coerente com a missão de uma universidade comunitária.

Política busca a soma de esforços para o desenvolvimento social da Instituição

Envolver professores, alunos e a comunidade nas ações de responsabilidade social é o desafio da UPF

Fotos: Divulgação UPF

Abril / 2014 25UniversoUPF

universidade

A criação da Faculdade de En-genharia e Arquitetura (Fear) da UPF marcou o início de uma nova etapa de desen-

volvimento para a região Norte do Rio Grande Sul. À medida que os estudantes se formavam nos bancos da Universida-de, o mercado de trabalho passou a con-tar com profissionais qualificados, que pouco a pouco foram ajudando a cons-truir as bases do crescimento vivenciado atualmente pela comunidade regional.

Nesses 40 anos, a Faculdade cresceu e se consolidou como uma importante fonte de geração de conhecimento. Mais de 2,4 mil profissionais concluíram a graduação e 415 a pós-graduação pela Faculdade, passando a contribuir sig-nificativamente para o progresso das áreas relacionadas à construção civil, às indústrias metal mecânica, química e alimentícia, ao desenvolvimento sus-

QUATRODÉCADASde transformaçãona comunidade

Faculdade de Engenharia e Arquitetura comemora 40 anos de atuação em prol do desenvolvimento regional

tentável e aos processos de produção.Dentre os profissionais formados pela

Fear está Rodrigo Siqueira Penz, egresso da primeira turma de Engenharia Elétri-ca da UPF e do mestrado em Engenharia, hoje docente da Faculdade, que acompa-nhou o crescimento da Unidade Acadê-mica e destaca a contribuição dela para sua carreira. “Minha posição profissional atual tem muito do meu esforço pesso-al, mas tem toda uma estrutura que foi proporcionada pela Fear, para fortalecer e criar a base de conhecimento que me acompanha”, observa Penz.

Para o diretor da Unidade Acadêmica, Vagner Alves Guimarães, o bom desem-penho dos cursos nas avaliações, como o Enade, são indicadores da qualidade da formação oferecida pela Fear. “Além do conhecimento proporcionado em sala de aula, a Unidade conta com dezenas de laboratórios, Centro Tecnológico, Centro de Pesquisa em Alimentação e empresas júnior que permitem a realização de ativi-dades de consultoria e o desenvolvimen-to de projetos de pesquisa, essenciais para a formação de excelência desses acadêmicos”, explica.

Atualmente, a Fear conta com 121 professores, em sua maioria mestres e doutores, e 59 funcionários, atendendo a quase 4 mil alunos que constroem sua formação em 11 cursos de graduação, sendo dois cursos superiores de tecno-logia, diversos cursos de especialização lato sensu e dois programas de pós-gra-duação stricto sensu.

Dentre os atuais acadêmicos está Ru-bens Astolfi, engenheiro ambiental e alu-no do curso de Engenharia Civil da UPF, que explica porque optou por continuar seus estudos na Fear. “Decidi cursar ou-tra graduação para complementar minha formação e ampliar minha atuação. Esco-lhi a Fear por conhecer a qualidade dos professores e pela da garantia de estar estudando em um dos cursos mais bem avaliados do país”, ressalta.

O acadêmico destaca, ainda, a atuação dos profissionais formados pela Fear. “Encontramos engenheiros e arquitetos formados da UPF em importantes espa-ços da sociedade, desenvolvendo suas ações em diversos setores públicos e pri-vados”, explica. A ideia é compartilhada por Penz. “O conhecimento gerado aqui não se mantém apenas nessa região. Temos profissionais em todo Brasil que solicitam estagiários da UPF para suas empresas, pois acreditam que os alunos da Fear são muito bem preparados para as demandas do mercado de trabalho”, enfatiza.

ComemoraçõesPara celebrar suas quatro décadas de

atuação, a Unidade Acadêmica progra-mou diversas atividades. Em março, as comemorações iniciaram no dia 08 com a caminhada “Fear visita a comunida-de”. No dia 14, o jantar comemorativo reuniu dirigentes da UPF, Fear, profes-sores, funcionários e comunidade no Gran Palazzo e, no dia 19, a Faculdade recebeu a homenagem da Câmara de Ve-readores de Passo Fundo em Sessão So-lene. Já no dia 23, alunos professores e membros da comunidade participaram de um almoço de confraternização e, no dia 28, os ex-dirigentes da Unidade fo-ram homenageados com a inauguração da Galeria dos Diretores.

Em abril, a Conferência “Fear + 40 anos”, realizada nos dias 10 e 11, de-bateu sobre as perspectivas e projetos para o futuro da Unidade e, no dia 15, foi inaugurada a pedra fundamental das novas instalações da Faculdade. No de-correr do ano, a realização do 1º Concur-so de Fotografias Fotografe a Fear – 40 anos de história, também comemora o aniversário.

Mais informações podem ser obtidas no site www.upf.br/fear40anos ou na secretaria da Unidade, pelo telefone (54) 3316-8201.

Jantar comemorativo

reuniu dirigentes,

autoridades e comunidade

acadêmica

40 anos da Faculdade foram homenageados pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo

Ao relembrar os 40 anos da Fear em comemoração, reitor José Carlos Carles de Souza destacou que os egressos da Unidade ajudaram a construir a identidade arquitetônica de Passo Fundo

Fotos: Arquivo

Abril / 201426 UniversoUPF

fiquepordentro

A assinatura do Termo de Coope-ração Técnica entre a UPF e o Tribunal de Contas do Estado

(TCE-RS) oficializou a criação do Nú-cleo de Gestão Pública da UPF, ligado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. O projeto tem o intuito de trabalhar em conjunto com os muni-cípios da região, no sentido de treinar e qualificar os servidores e gestores públi-cos, tanto do Executivo quanto do Legis-lativo, em questões pertinentes às áreas administrativa e jurídica, e também nas questões de implantação de controle. Para isso, as atividades a serem desen-volvidas englobam palestras, cursos de pequena e média duração e seminários com representantes das áreas técni-ca, administrativa e de gestão, como prefeitos, presidentes de Câmaras de Vereadores, e servidores de nível de secretariado.

Treinamento e qualificação para servidores e gestores públicos municipais

A apresentação do Núcleo ocorreu no último dia 03 de abril, durante o Semi-nário Técnico de Gestão Pública Munici-pal, promovido em parceria entre UPF e TCE-RS. Na oportunidade, o reitor José Carlos Carles de Souza mencionou a im-portância da ação. “A UPF é uma Univer-sidade comunitária, estando cada vez mais próxima das comunidades e dos espaços em que é recebida. Desta forma, se propõe a oferecer a qualificação do espaço público, para profissionalizar as pessoas que fazem ou assessoram a ges-tão”, argumentou.

O presidente do TCE-RS, César Mio-la, reiterou a importância da profissio-nalização da gestão, e o presidente da Associação dos Municípios do Planalto (Ampla), Alceu Castelli, comemorou a criação do Núcleo para auxiliar no tra-balho da gestão municipal.

O NúcleoUma das coordenadoras do Núcleo é

Sandra Toledo dos Santos, da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrati-vas e Contábeis (Feac). Para a professora, a iniciativa proporciona a convergência entre os cursos e as Unidades Acadêmi-cas da Universidade que desenvolvem trabalhos com o setor público. “As ações

Núcleo de Gestão Pública, uma parceria entre UPF e Tribunal de Contas do Estado, vai propiciar palestras, cursos de pequena e média duração e seminários com representantes das áreas técnica, administrativa e de gestão

devem possibilitar a consolidação das necessidades sentidas pelos gestores das cidades da região”, relata.

Com a criação do Núcleo, os professo-res da Instituição que possuem estudos e vivência prática nas diversas áreas de gestão pública vão poder estar congrega-dos com o objetivo de apresentar capa-citações para os gestores municipais, de forma a realizar a prestação de serviços. De acordo com o também coordenador do Núcleo e do curso de Direito da UPF, Giovani Corralo, o projeto surgiu a partir de uma demanda dos gestores dos muni-cípios. “As ações a serem desenvolvidas serão aquelas demandadas pelos pró-prios gestores, e isso definirá os cursos e serviços oferecidos”, comenta.

Núcleo de Gestão

Pública irá atender

demandas dos

municípios em uma

parceria da UPF com o

TCE-RS

Foto: Leonardo Andreoli

III Seminário Nacio-nal de Inclusão Digital – de 28 a 30 de abril. Informações no site http://senid.upf.br

5° Seminário Nacional de Língua e Literatura: Teoria e Ensino – de 22 a 23 de maio. Informações no site www.ppgl.upf.br

V Jornada Nacional de Educa-ção Matemática e XVIII Jornada Regional de Educação Matemáti-ca – de 05 a 07 de maio. Informa-ções no site www.upf.br/jem

V Seminário Internacional so-bre Filosofia e Educação e I Con-gresso da Sociedade Brasileira da Filosofia da Educação – de 10 a 12 de setembro. Informações no site www.upf.br/seminariofil.

Livr

os

Apresentação de trabalhos científicos: normas e orientações práticas - 5ª EdiçãoCoordenadores: Altair Alberto Fávero; Ediovani Antônio Gaboardi

Física do solo - 3ª EdiçãoAutor: Vilson Antonio Klein

Indicações técnicas para a cultura da aveiaOrganizadores: Nadia Canali Lângaro; Igor Quirrenbach de Carvalho

Educação Matemática: a sala de aula como espaço de pesquisa - 2ª Edição - Revisada e ampliadaAutoras: Neiva Ignês Grando; Sandra Mara Marasini

A ordem econômica e social e o serviço da dívida pública: gasto social, juro e tributaçãoAutor: Julio Cesar Giacomini

Sobre filosofia e educação: racionalidade, reconhecimento e experiência formativaOrganizadores: Angelo Vitório Cenci, Cláudio Almir Dalbosco, Eldon Henrique Mühl

E-b

ook

s

Lançamentos da UPF Editora Agenda de eventos:

Os e-books estão disponíveis para download gratuito no site http://www.upf.br/editora

Abril / 2014 27UniversoUPF

fiquepordentro

Considerando as necessida-des locais e regionais e em consonância com as políti-

cas e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação de recursos humanos nas áreas prio-ritárias de atendimento à popula-

Os professores e alunos da UPF, os funcionários da Fundação UPF e os representantes da comuni-dade que integram órgãos colegiados superiores da Universidade elegem, no próximo dia 21 de maio, a Reitoria – gestão 2014-2018. A eleição tem início às 9h e término às 21h30min.

A chapa, com a indicação do nome do candidato a reitor, vice-reitor de gradua-ção, vice-reitor de pesquisa e pós-graduação, vice-reitor de extensão e assuntos comunitários e vice-reitor administrativo, com as respectivas declarações de aceitação e acompanhada da subscrição de, no míni-mo, vinte professores em exercício na Universidade, deverá ser apresentada à Comissão Eleitoral até o dia 6 de maio, na Reitoria, das 8h às 17h, para os devidos registros. São elegíveis os integrantes da carreira do magistério da Universidade que tenham, pelo menos, cinco anos de exercício e es-tejam, quando da inscrição, no efetivo desempenho de suas funções.

São eleitores, nos termos do Art. 8º do Regimento Eleitoral, alterado confor-me Resolução Consun nº 02/2011, os professores iniciantes e da carreira do magistério da Universidade, ainda que em licença para tratamento de saúde; os professores iniciantes e da carreira do magistério da Universidade que estejam frequentando cursos no país ou no exterior; os fun-cionários da FUPF que exer-çam funções vinculadas à Universidade; os alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e de pós-graduação da Universidade; os repre-sentantes da comunidade que integrem os órgãos colegiados superiores da Universidade.

Comunidade acadêmica elege Reitoria no dia 21/05

ARQUIVO HISTÓRICO REGIONALpreserva a memória da região há 30 anos

O Arquivo Histórico Regio-nal (AHR) da UPF guarda, no seu acervo, incontáveis

documentos que retratam a histó-ria do município e da região. É sin-gular o valor histórico das páginas que, ao longo de 30 anos, foram recolhidas, doadas, guardadas, recuperadas e colocadas à dispo-sição de toda a população. Para marcar as três décadas de criação do AHR, uma programação espe-cial foi organizada no mesmo ano em que se comemora o 60º aniver-sário do Instituto Histórico de Pas-so Fundo (IHPF), um parceiro de longa data na recuperação de do-cumentos e acervos importantes.

A programação de aniversário iniciou no mês de março, com o descerramento de uma placa co-memorativa e uma palestra com o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Arno Wheling. Na oportunidade, também foi lançado o Concurso de Quadrinhos do AHR e realiza-da uma homenagem ao Dr. Pedro

Residências multiprofissionais:formação em serviço na área da saúde

Aula inaugural marcou início das atividades das residências multiprofissionais

Foto: Carla Vailatti

Ari Veríssimo da Fonseca, colabo-rador de longa data do Arquivo. O regulamento, com detalhes do Concurso de Quadrinhos, pode ser consultado no site www.upf.br/ahr.

Foto: Leonardo Andreoli

ção, a UPF implantou programas de Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde. Desenvolvidas em parceria com hospitais e a Secretaria de Saúde de Passo Fundo, as residências es-tão em funcionamento e são mais

uma oportunidade de aperfeiçoa-mento aos graduados em diferen-tes cursos da área da saúde.

As residências em Atenção ao Câncer, em Cardiologia e em Ci-rurgia e Traumatologia Bucoma-xilofaciais, oferecidas por meio de parceria entre UPF, Hospital da Ci-dade (HC) e Secretaria de Saúde de Passo Fundo, estrearam neste ano. Já as residências multiprofissio-nais integradas em Saúde do Idoso e em Atenção ao Câncer, ofertadas pela UPF em parceria com o Hos-pital São Vicente de Paulo (HSVP) e a Secretaria de Saúde, já haviam recebido turmas em 2013. A Resi-dência Integradora em Medicina Veterinária, oferecida pela UPF e pelo Hospital Veterinário, é con-solidada e reconhecida nacional-mente.

O acervo do AHR, aberto à con-sulta dos interessados, localiza-se na Rua Paissandu, 1756 – Centro. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h30min.

Placa comemorativa aos 30 anos foi descerrada pela coordenadora do AHR, Gizele Zanotto, e pela diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Rosani Sgari


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