+ All Categories
Home > Documents > ROBOCUP 2003 - Gustave Eiffel · para a Educação no Século XXI, Presidente dos Painéis de...

ROBOCUP 2003 - Gustave Eiffel · para a Educação no Século XXI, Presidente dos Painéis de...

Date post: 14-Oct-2020
Category:
Upload: others
View: 0 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
44
N.º 1 • Janeiro 2004 • 2.ª SÉRIE • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ISSN 1645-9113 ENTREVISTA com o ex-Ministro da Educação Roberto Carneiro REVISTA DE EDUCAÇÃO DA COOPTÉCNICA GUSTAVE EIFFEL ROBOCUP 2003 A EDUCAÇÃO / FORMAÇÃO NA AGENDA EUROPEIA ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAVE EIFFEL EM TIMOR-LESTE FORMAÇÃO DE TAXISTAS “TANGO DANCER’S” PREMIADOS A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL
Transcript

N.º 1 • Janeiro 2004 • 2.ª SÉRIE • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ISSN 1645-9113

SEDEAmadora / Venda Nova:Rua Elias Garcia, 292700-312 AMADORATelef.: 214 996 440Fax: 214 996 449E-mail: [email protected]

[email protected]

Amadora (Centro):Rua Luís de Camões, 4 e 62700-535 AMADORATelef: 214 987 950Fax: 214 987 970E-mail: [email protected]

ORGANIZAMOS FORMAÇÃO PARA ACTIVOS: INFORMÁTICA GESTÃO CONSTRUÇÃO CIVIL SEGURANÇA E SAÚDE ELECTRÓNICA

CONTABILIDADE TRANSPORTES (CERTIFICAÇÃO DE MOTORISTAS DE TÁXI)

FORMAÇÃO PARA EMPRESAS:Organizamos soluções de formação à medida das suas necessidades

Queluz:Rua César de Oliveira, 152745-091 QUELUZTelef: 214 362 521 / 24Fax: 214 36 45 77E-mail: [email protected]

Entroncamento:Rua Mouzinho de Albuquerque, 82330-183 ENTRONCAMENTOTelef: 24 971 82 46Fax: 24 971 98 62E-mail: [email protected] ENTREVISTA com o ex-Ministro da Educação Roberto Carneiro

R E V I S T A D E E D U C A Ç Ã O D A C O O P T É C N I C A • G U S T A V E E I F F E L

ROBOCUP 2003

A EDUCAÇÃO / FORMAÇÃO NA AGENDA EUROPEIA

ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAVE EIFFEL EM TIMOR-LESTE

FORMAÇÃO DE TAXISTAS

“TANGO DANCER’S”PREMIADOS A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL

Rua Elias Garcia, 25-A • 2700-312 AMADORA • Tels. 214 957 872 • Fax. 214 952 827

Áreas de acção:

• O Diálogo com os pais e encarregados de educação, criando um espaço

pedagógico, dirigido às dúvidas, esclarecimentos e trocas de experiências;

• O apoio e acompanhamento individual quer a nível pedagógico, quer a nível

psicológico, disponibilizando-se para tal de um gabinete psico-pedagógico;

• As actividades de tempos livres, designámos por ESPAÇOS:

ESPAÇO PALCO • ESPAÇO BRANCO • ESPAÇO DAS ARTES PLÁSTICAS

ESPAÇO DOS PAIS • ESPAÇO DE ESTUDO • ESPAÇO DA INFORMÁTICA

ESPAÇO DO DESPORTO • ESPAÇO DE INGLÊS • ESPAÇO DAS PALAVRAS

FORA DE ESPAÇO • ESPAÇO DO SONHO

CRIARTE é um projecto do Instituto Social Gustave Eiffel,

Cooperativa de Apoio à Criança, CRL, que visa a implementação de

actividades de ocupação de tempos livres na escola, nos períodos não lectivos.

O nosso projecto destina-se a crianças entre os 4 e os 13 anos de idade.

Apresenta actividades atractivas e motivadoras, quer no aspecto

lúdico, quer pedagógico, quer cultural ou até mesmo social.

E d i t o r i a l

Augusto GuedesPresidente da Cooptécnica - Gustave Eiffel

ESTATUTO EDITORIAL:

A EIFFEL é uma Revistaque quer intervir e dar o seu contributo na construção de um melhor processo educativo.

A EIFFEL consideraque uma boa escola gera desenvolvimento, assim como este contribuirá para a criação de uma escola de qualidade.

A EIFFEL apostano desenvolvimentoda sociedade atravésda qualifi cação das pessoas.

A EIFFEL acredita quea partilha de informaçãopode contribuir paraincentivar a divulgaçãodas boas práticas.

A EIFFEL não é dependentedo poder económiconem do poder político.

A EIFFEL advoga uma formação humanista, igualitária, republicanae não dependente de quaisquer poderesinstituídos.

A EIFFEL asseguraa liberdade de opinião possibilitando que cadaum dos seus colaboradoresse expresse com liberdadede pensamento.

A revista de educação “EIFFEL”, cujo 1.º número,

da 2.ª série, agora se inicia, será uma publi-

cação periódica e enquadra-se num projecto

que teve o seu início em 1990, com a edição do pri-

meiro jornal, com o mesmo nome.

A “EIFFEL” tem como principal objectivo ser o veículo

privilegiado na divulgação das actividades da Escola

Profi ssional Gustave Eiffel e também da Cooptécnica

(entidade proprietária da escola). Encontra-se igual-

mente disponível para ser um veículo de divulgação

de projectos de outras escolas, bem como das activi-

dades desenvolvidas na e para a comunidade escolar.

Neste contexto desejamos que possa ser um espaço

de debate, onde têm lugar todos os interessados por

temas ligados à educação, ao ensino e à formação

profi ssional.

Esta é uma revista plural, onde existe um espaço para

que se expressem diferentes pensamentos, de uma

forma livre e sem complexos.

O projecto “Escola Profi ssional Gustave Eiffel”, nos

seus catorze anos de existência, tem sido mais do

que um projecto de formação profi ssional. Ao longo

destes anos tem assumido o desenvolvimento no seio

da sua comunidade, de um projecto de cariz cultural.

No futuro queremos ir mais longe, continuando a pro-

mover um maior número de manifestações culturais e

desportivas, aliando, o ensino com a cultura, a arte e

a prática desportiva, num conceito de desenvolvimento

integral dos seus alunos.

O Projecto visa abarcar todos os níveis de ensino,

do básico ao superior e tem, como ideia base, que o

universo Eiffel seja uma casa de cultura, o que para nós

é muito mais do que um conjunto de estabelecimento

de ensino.

1

FichaTécnicaDirector:Augusto GuedesDirectora Adjunta:Rosa Maria MosaEdição:Helder SalsinhaColaboradoresneste número:Adelino SerrasAntónio LimaEduardo PintoJosé Tomé CostaManuel Jacinto SardinhaMarco Xavier GonçalvesMargarida MarquesPedro Torres BrásPorfírio SilvaRita PaixãoDesign Gráficoe Pré-Impressão:António SalsinhaConselho Redactorial:Adelino SerrasCristina CorreiaHélder PitaIrene GuedesJosé AlbergariaPorfírio SilvaImpressão:LisgráficaPeriodicidade:QuadrimestralTiragem:2000 exemplares Depósito Legal: 205651-04 Propriedade:COOPTÉCNICARua Elias Garcia, 29Venda-Nova2700-312 AMADORATel. 21 499 64 40Fax: 21 499 64 46E-mail: direcçã[email protected]: 1645-9113

Tema de Capa

Participação da Escola Profi ssional Gustave Eiffel

no Robocup 2003, concurso de robótica

no qual alcançou o 1.º prémio, a nível nacional

e o 2.º, a nível mundial.

Página 18

Ent rev i s ta

Roberto Carneiro, professor na Universidade Católica

Portuguesa, ex-Ministro da Educação (1987/91),

responde a questões da actualidade, emite opiniões,

faz balanços e antecipa soluções.

Página 4

Ed i to r ia lA revista EIFFEL pretende ser um veículo de

divulgação das actividades da Cooptécnica e da

Escola Profi ssional Gustave Eiffel, mas também

há-de ser um espaço para promover projectos e

actividades de escolas. Queremos que seja um

espaço de debate onde têm lugar todos os que se

interessam pelos temas da educação,

do ensino e da formação.

Página 1

Doss iê Es co lasViagem por três escolas de excelência:

um Externato, uma Secundária

e uma Profi ssional.

Página 82

Í n d i c eEntrevista

• Eng.º Roberto Carneiro, ex-Ministro da Educação ...........................4

Dossiê Escolas

• Externato Mouzinho de Albuquerque ..............................................8

• Escola Secundária Fonseca Benevides ............................................9

• Escola Técnica de Imagem e Comunicação - ETIC ........................12

Educação / Formação

• Educação/Formação na Agenda Europeia....................................14

Em foco

• A E. P. Gustave Eiffel no ROBOCUP 2003....................................18

Actualidade

• Ministério da Educação divulga Relatório fi nalda 1.ª fase do processo de seriação do sistema de atribuiçãode bolsas de frequência...............................................................20

Opinião

• Ensinar e qualifi car......................................................................26

A nossa Escola / Os nossos Projectos

• Enquadramento dos alunos da EPGE nas empresas.......................27

• E.P.G.E. - O Projecto ..................................................................28

• E.P.G.E. - Um Outro Olhar sobre um diferente Percurso Escolar!....32

• A Intervenção da Escola Profi ssional Gustave Eiffelem Timor-Leste ...........................................................................34

• COOPAM – Cooperativa de Ensino Superior ................................38

• Instituto Social Gustave EiffelCooperativa de Apoio à Criança, CRL ..........................................38

• Formação de taxistas. Uma nova aposta.......................................39

... um livro

• Vida, Pensamento e Obra de João dos Santos ..............................40

A nossa Es co laem T imor-Les te

A E. P. Gustave Eiffel criou em Aileu - Timor

um Centro de Formação na área da informática.

Um sucesso num país novo e em construção.

Página 34

Formação de Tax i s tasA E. P. Gustave Eiffel ministra cursos que

garantem o acesso à profi ssão

de taxista e para profi ssionais no activo que

necessitam do Curso de Aptidão

Profi ssional (CAP).

Página 39ET IC

Há 12 anos a formar milhares de

profi ssionais, assegurando o seu futuro.

Página 123

Roberto Carneiro é casado e pai de 9 fi lhos. Nasceu em Cascais em 1947.Na Universidade Católica Portuguesa é professor associado e regente de cadeiras de Economia de Recursos Humanos, Educação Intercultural, Inovação Educacional, Sociologia da Educação e Gestão do Conhecimento. Na mesma Universidade preside ao Centro de Estudosdos Povos e Culturas de Expressão Portuguesae ao Instituto de Ensino e Formação à Distância. É também professor dos Mestrados nos Instituto Inter-Universitário e Instituto de Estudos Europeus de Macau. Foi Vice-Presidente do Instituto Nacional de Administração entre 1983 e 1992.Desde 1968 realizou extensa actividade nas áreas da Educação e da Formação, tanto em Portugal como no estrangeiro, onde desenvolveu projectos em cerca de 35 países. É perito e consultor de múltiplas organizações internacionais (Banco Mundial, UNESCO, OCDE, Conselho da Europa, União Europeia). Foi membro da Comissão Internacional da UNESCO para a Educação no Século XXI, Presidente dos Painéis de Avaliação dos programas ESPRITe do INFO2000 na Comissão Europeia,Vice-Presidente do Forum Europeu paraa Sociedade da Informação e tambémVice-Presidente do Grupo de Refl exãoEducação-Formação da Comissão Europeia. Foi Secretário de Estado da Educação (1980/81), Secretário de Estado da Administração Regional e Local (1981/83) e Ministro da Educação (1987/91).Roberto Carneiro é Engenheiro Químico pelo Instituto Superior Técnico, concluiu estudos de pós-graduação em Desenvolvimento Curricular (Reino Unido), Economia da Educação (Reino Unido) e Planeamento da Educação (França), sendo ainda Doutor Honorário em Ciênciasda Educação e Presentation Fellow do King’s College (Universidade de Londres).

E n t r e v i s t a

Eng.º Roberto Carneiro“2010 é o horizonte estabelecido na Cimeira de Lisboa para fazer da Europa o continente mais competitivo e inovador do mundo, com pleno emprego e coesão social.”Entrevista coordenada por Rosa Maria Mosa

4

E n t r e v i s t a

estética ... Em certo sentido, a escola da modernidade industrial e de modelo fabril encontra-se em crise de estratégia e direcção.

Por isso, se impõe uma grande refl exão sobre o futuro do ensino e da aprendizagem na era da Internet, da globalização e da multiculturalidade. Quanto maior a vertigem da mudança tecnológica e social mais se requer da escola que ela se saiba centrar no que é essencial e invariante.

P – Quando foi Ministro da Educação, o que o levou a criar o ensino profi ssional enquanto siste-ma alternativo ao ensino técnico profi ssional então existente?R –Quatro razões fundamentais. Primeiro, diversifi car a oferta institucional fomentando o surgimento de uma alternativa muito mais fl exível e próxima dos agentes económicos, sociais e culturais (sociedade civil) do que as modalidades existentes no sistema formal de ensino. Segundo, promover a participação activa da iniciativa privada e social no exercício pleno de uma liberdade de ensinar que deverá sempre merecer o maior respeito – e apoio – por parte do Estado. Em terceiro lugar, ensaiar novas formas de gestão edu-cacional tomando por referência dominante os para-digmas da gestão privada e empresarial. Finalmente, em quarto lugar, estruturar a formação profi ssional inicial de jovens, contrapondo um modelo sustentável à multiplicação de pequenas acções de formação, de carácter efémero e conjunturalmente orientadas para drenar fi nanciamentos do Fundo Social Europeu.

P – Porquê a aposta na sociedade civil, através das Escolas Profi ssionais (EP’s), para o lançamento e ins-talação deste ensino profi ssional em Portugal?R – Sonho com um futuro da educação portuguesa livre de monopólios (estatais, burocráticos, ou privados) e de cariz desmassifi cado. Essa ruptura com o passado exige a estimulação da sociedade civil – e das suas forças vivas – no sentido de exercer a primazia na criação e gestão corrente de centros educativos. O papel do Es-tado deverá propender, cada vez mais, a concentrar-se

P – Portugal tem vivido, nos últimos quarenta anos, um turbilhão gerado por sucessivas reformas do sistema educativo (desde a de Veiga Simão até aos nossos dias). Que balanço faz desse caminho percorrido e que resultados se podem apurar dessas várias iniciativas reformadoras?R – Percorremos um importante caminho e recupe-rámos atrasos de séculos (desde fi ns do século XVIII) relativamente à União Europeia. Hoje, felizmente, uma criança portuguesa tem a mesma probabilidade média de concluir estudos secundários ou superiores que uma sua colega de Inglaterra, Bélgica ou Áustria.

P – Como homem da educação, do ensino e com papel político determinante nos últimos anos, em particular na evolução de alguns subsistemas educativos, que refl exões lhe merecem a situação global do ensino hoje em Portugal?R – A situação global do ensino português encontra-se estabilizada no plano quantitativo; ou melhor, a previsão é a de que se alguma difi culdade existe ela será, nos próximos anos, a de preencher o número de lugares disponíveis, como consequência da manifesta desaceleração demográfi ca no país.

Por outro lado, na vertente qualitativa e na da com-petitividade dos nossos saberes escolares temos um grande desafi o pela frente: o de investir decididamente na melhoria dos factores críticos de qualidade da escola portuguesa por forma a deixarmos de estar sis-tematicamente na cauda dos “rankings” sempre que se nos aplicam testes padronizados internacionais (PISA, TIMMS, IALS, etc.).

P – Considera que a escola tem conseguido desem-penhar positivamente dois grandes objectivos que deve perseguir: “instruir” e “educar”?R – É difícil responder em abstracto. Há escolas me-lhores, outras piores. A verdade é que a “instrução” é hoje indissociável da “educação” na sua acepção mais completa de formação em todas as dimensões huma-nas: mente, espírito, corpo, intelecto, consciência, ética, 5

nas funções normativa, inspectiva, planifi cadora, reguladora e fi nan-ciadora. Penso que a visão de um Estado omnipotente e dotado de um super-aparelho burocrático encarregado da gestão de cada escola e da prestação fi nal do serviço educativo é a de um passado sem retorno possível.

P – Na época, esta aposta levantou dúvidas a alguns protago-nistas políticos e sindicais. Terá sido esta uma aposta reformista do Governo ou o resultado do empenho pessoal do “Ministro” Roberto Carneiro? R – Confesso que joguei muito da minha convicção pessoal na aven-tura do ensino profi ssional, ainda que os principais diplomas tenham sido aprovados ao nível do Conselho de Ministros.

As dúvidas existentes – e múltiplas resistências provindas dos sectores corporativos mais conservadores – explicarão que, após a minha saída do Governo e durante toda a década de 90, as escolas pro-fi ssionais tenham sido espartilhadas na sua expansão natural e que a política pública não lhes tenha facultado os incentivos que seriam necessários para o seu natural desenvolvimento.

Na minha perspectiva, até ao fi m dos anos 90, o ensino profi ssional deveria ter tido condições de crescer para preencher pelo menos 2/3 da matrícula do ensino de natureza profi ssional e profi ssionalizante após o 9.º ano de escolaridade, Ao invés o ensino profi ssional co-nheceu uma espécie de “numerus clausus” político que lhe impôs um tecto ao nível dos 30 mil alunos, o que fez que, a nível nacional, já tenhamos atingido mais do que dois candidatos por vaga preenchida nesta modalidade de ensino.Recordo-me, aliás, que a generalidade dos observadores qualifi ca-dos internacionais (CE, OCDE, Banco Mundial, Governos Europeus) não se poupava a elogiar o nosso ensino profi ssional como algo de profundamente inovador na esfera comparada dos sistemas educa-tivos modernos.

É pena que uma aposta certa tenha conhecido tanto travão político ...

P – As formações e competências promovidas pelas EP’s têm procurado responder às necessidades do mercado de trabalho com a oferta de “diplomados”. Que avaliação faz deste desen-volvimento e dos seus resultados práticos?

E n t r e v i s t a Eng.º Roberto Carneiro

R – Os valores de empregabilidade dos diplomados pelas EPs, um ano após a conclusão de estudos, são próximos dos 80 %, números muito superiores aos homólogos dos cursos tecnológicos ou dos cursos gerais.

Vale a pena citar o que diz a OCDE no seu Exame Temático “Tran-sição da Formação Inicial para a Vida Activa” (Nota sobre Portugal, 1999):

“Com uma média de 120 alunos, as escolas profi ssionais são muito menores (e talvez por isso mais empreendedoras e personalizadas) do que as escolas regulares de ensino secundário, contando, cada uma destas, com uma média superior a 500 alunos. A dimensão das escolas profi ssionais confere-lhes vantagens sobretudo porque os seus programas se centram em áreas industriais específi cas, não oferecendo o currículo alargado normalmente oferecido pelas escolas regulares de ensino secundário. Signifi cativa é também a elevada motivação verifi cada entre os alunos que frequentam as escolas profi ssionais, bem como os seus objectivos precisos na área profi ssional.”

P – Na sua opinião, deverão as Escolas Profi ssionais centrar o grosso da sua actividade na formação inicial ou deverão ter um papel relevante na formação ao longo da vida activa?R – Não existe projecto duradouro de formação inicial que, no futuro próximo, se possa dissociar ou separar da formação ao longo da vida. Considero importante para as Escolas Profi ssionais que elas se abram cada vez mais aos novos públicos e clientes que a aprendi-zagem fl exível e sem fronteiras (de idade ou condição) pode trazer para o seu seio.

P – O projecto original das Escolas Profi ssionais apresentava a possibilidade da criação de EP’s públicas. O Estado (exceptuando as EP’s Agrícolas e algumas de Artes e Ofícios) arredou-se deste subsistema educativo. Como encara o facto de haver tão poucas EP’s públicas?R – Não teria sido “politicamente correcto” que o projecto original discriminasse o sector público, impedindo a emergência de EPs pú-blicas. O que se veio a verifi car foi que entidades do sector público como autarquias locais – que têm uma representação signifi cativa no universo de promotores – preferiram criar EPs de natureza privada atendendo às óbvias vantagens de gestão e de fl exibilidade que este estatuto lhes outorgava.

6

P – Na sua opinião, que papel devem ter os CET/Cursos de Espe-cialização Tecnológica na formação dos nossos jovens?R- Indubitavelmente, uma grande prioridade. A formação de nível 4 tem também de se diversifi car pelo que só vejo vantagem em que EPs, por um lado, I. Politécnicos e mesmo Universidades, por outro, se associem com outras entidades públicas ou privadas, para mul-tiplicar uma oferta capilar (regional e local) de CETs por todo o país.Os CETs poderão ter o mesmo papel inovador no ensino pós-secun-dário que tiveram os cursos profi ssionais no ensino secundário.

P – Concorda com o objectivo defi nido pelo actual Ministério da Educação em fi xar a escolaridade obrigatória no 12.º ano, saben-do que o abandono escolar ocorre antes de os alunos terminarem o 2.º Ciclo?R – O anúncio de uma escolaridade obrigatória de 12 anos cumpre objectivos de natureza estritamente política.

Não creio que a medida seja relevante para a resolução dos problemas concretos que afl igem o sistema educativo português. Seria muito mais efi caz, a meu ver, que o Ministério da Educação estabelecesse contratos de sucesso educativo com estabelecimentos de ensino situados em zonas de risco e afectados por problemas estruturais de reprovação ou de abandono escolar.

P – Considera que o actual modelo, que visa afectar “gestores profi ssionais” às escolas, concorre para esse sucesso? R – Concordo com a necessidade de “profi ssionalizar” a gestão esco-lar. Deveremos evoluir para padrões exigentes de gestão das escolas e das universidades na exacta medida em que elas consomem par-celas importantes dos recursos públicos disponibilizados pela comuni-dade de contribuintes. Dito isso, haverá que estabelecer a diferença entre uma “gestão profi ssionalizada” – que, nalguns casos poderá ser assegurada por docentes devidamente habilitados em competências de gestão – e a imposição de “gestores profi ssionais” exclusivamente recrutados em ambiente exterior às comunidades escolares. Tenho alguma relutância em aceitar um modelo tão radical como o que me parece implícito nesta última ideia.

P – O Ministro da Educação francês, Luc Ferry, revelou a sua pre-ocupação pela existência em França de “uma crise de vocações científi cas”, estendendo esta asserção à maior parte dos países europeus.

Em Portugal, neste ano lectivo fi caram por preencher vagas nos estabelecimentos de Ensino Superior, em particular nos Cursos com forte componente técnico-científi ca. Que efeitos provocará esta crise de vocações no futuro de Portugal? R – Tenho os mais fundados receios nessa matéria. Estudos inter-nacionais demonstram, claramente, que existe uma forte correlação entre a percentagem de alunos em vias técnico-científi cas e as taxas de desenvolvimento tecnológico e empresarial, nomeadamente em áreas de elevado índice de inovação (economia do conhecimento). Creio que se impõem medidas urgentes e inadiáveis para “corrigir” a distorção com prioridade de actuação no âmbito do ensino básico.

O ensino das ciências experimentais com forte componente labo-ratorial, a alteração profunda da didáctica das matemáticas e a introdução precoce do convívio com as tecnologias, são algumas das reorientações curriculares que tardam e que merecem, por isso, premente ponderação.

P – Tendo em linha de conta os factores dinâmicos que hoje intervêm nos vários subsistemas de ensino, como o perspectiva em Portugal para 2010?R – 2010 é o horizonte estabelecido na Cimeira de Lisboa (Março de 2000) para fazer da Europa o continente mais competitivo e inovador do mundo, com pleno emprego e coesão social. Portugal participa plenamente desse “sonho” cuja concretização assenta em políticas educativas e formativas tributárias da realização da Sociedade Edu-cativa e do Conhecimento. Para que isso aconteça as escolas terão de ser mais inclusivas e diversifi cadas, abrindo-se a uma pluralidade de ofertas e de modelos. O paradigma de um sistema educativo “aberto” signifi ca que os estabelecimentos de ensino acolhem natu-ralmente um sistema de avaliação ditado por padrões de referência internacionais (benchmarks europeus, no mínimo) assumindo inteira-mente o “risco” inerente a uma pertença plena a espaços educativos amplos.

A formação ao longo da vida terá de ser a fonte inspiradora de uma revolução nas mentalidades capaz de renovar instituições demasia-damente “acomodadas” no conforto de uma oferta tradicional e distante das necessidades reais da procura de educação e formação na sociedade portuguesa.

E n t r e v i s t a

7

D o s s i ê E s c o l a s

Situada no Entroncamento, esta instituição de ensi-no privado foi fundada em Setembro de 1945.Possuindo instalações próprias, construídas de

raiz e cumprindo as normas exigidas, iniciou a sua actividade leccionando o Curso Liceal e, também, os Cursos Comercial e Industrial nas áreas de Serralheiro Mecânico, Electricista e de Costura e Bordados.Pelos bons resultados obtidos mereceu, da crítica da época, um elogio que o classifi cou como um dos me-lhores colégios da Região.Por razões desconhecidas, mas que julgamos relacio-nadas com o incremento do ensino publico, deixou de exercer a sua actividade e os seus proprietários, de então, mantiveram o edifício sem qualquer outra ocu-pação o que contribuiu para a sua degradação total.Em 1993, após profundas obras de remodelação, voltou a ser uma nova Escola, reiniciando a sua ac-tividade com a leccionação dos Cursos Geral e Com-plementar Liceais, em regime nocturno, prosseguindo os objectivos preconizados pela sua nova proprietária, a Sociedade de Ensino Studium, Lda., detentora, tam-bém dos Externatos Alexandre Herculano e “O Novo Alexandre Herculano”, situados na Amadora e Venda Nova – Amadora, bem como o colégio Gustave Eiffel no Lobito – Angola.As razões que penderam para tal resolução, prende-ram-se não só pelo facto de dar nova alma à instituição

mas, e principalmente, proporcio-nar aos alunos que, por qualquer razão não tiveram oportunidade de prosseguir os seus estudos e, essencialmente dar a hipótese, aos trabalhadores estudantes, de continuarem e completarem os seus cursos a nível secundário.

Algum tempo depois, estes cursos foram extintos pelo Ministério da Educação. De imediato, o Externato, se-guindo a mesma linha de rumo das suas congéneres da Amadora, implementou uma nova modalidade de en-sino capaz de cumprir os mesmos objectivos. Para isso pôs em funcionamento o Ensino Recorrente proporcio-nando, aos seus alunos, uma segunda oportunidade,

abrangendo todos os que não conseguiram terminar o 3.º Ciclo ou o Ensino Secundário em idade própria ou abandonaram, precocemente, o ensino regular.Presentemente, a sua actividade pauta-se pela leccio-nação dos seguintes cursos: 3.º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Técnicos de Informática e Constru-ção Civil, cursos estes reconhecidos pelo Ministério da Educação que lhes conferiu o respectivo paralelismo pedagógico.Passados que são alguns anos sobre esta experiência pedagógica, verifi camos, com orgulho, que ela tem sido positiva e mostra, bem, quanto os padrões utili-zados, aliados aos métodos e processos seguidos, são os mais adequados e fomentam as motivações e dinâ-micas imprescindíveis a um ensino - aprendizagem de qualidade, tendo em atenção o progresso escolar dos seus alunos e a sua formação integral, que só uma Escola, possuidora dum corpo docente qualifi cado com a devida experiência pedagógico - didáctica, é capaz de dar.Estes são, em nosso entender, os requisitos funda-mentais que criam as condições indispensáveis para que possamos atestar o excelente índice de sucesso alcançado durante os anos de actividade e realçam, bem, o magnífi co ambiente escolar proporcionado pelo empenho, carinho e profi ssionalismo de todos os elementos que exercem funções neste Externato.

António Lima

Externato Mouzinho de Albuquerque - Entroncamento

Segunda opor tun idade de f o rmação numa e s co lacom um ens ino -aprend i zagem de qua l idade

8

D o s s i ê E s c o l a s

A Escola Fonseca Benevides desde sempre fez

opções claras. É hoje uma Escola Secun-

dária a leccionar apenas o Agrupamento

Científi co-Natural (1.º Agrupamento) não só nas áreas

tradicionais da Escola, Química1 e Electrónica como,

mais recentemente, com um Curso Tecnológico de In-

formática. A aposta forte da Escola tem sido nos Cursos

Secundários Predominantemente Orientados para a

Vida Activa (CSPOVA) e, dado o seu estatuto de Escola

Especialista, possui, desde 1993, três cursos CSPOVA

de oferta própria da escola na área da Electrónica: um

diurno Tecnológico de Electrónica e dois, por unidades

capitalizáveis – em regime pós-laboral, o Tecnológico

de Electrónica e Telecomunicações e o Tecnológico de

Sistemas Digitais e Microprocessadores. Há também

um Curso Secundário Predominantemente Orientado

para o Prosseguimento de Estudos (CSPOPE), com a

opção em Electrónica Digital de oferta pópria.

O e n s i n o d a E l e c t r ó n i c a

A fundação da Escola, em Santos-o-Velho, data de

1914, então como Escola Professor Benevides.

Em 1956, já com a designação de Escola Industrial de

Fonseca Benevides é criado o Curso de Formação de

Montador Radiotécnico. Este Curso, apesar de ser um

dos mais longos Cursos Industriais, sempre teve uma

grande procura incluindo a frequência de alunos de

fora da área geográfi ca da escola.

A Escola Secundária de Fonseca Benevidese o Ensino Técnico da Electrónica

1 Paralelamente ao Ensino Técnico da Electrónica (da Radiotecnia ao Tecnológico de Electrónica passando pelos Técnico-Profissionais e Via Profissionalizante) a Fonseca Benevides também esteve desde sempre dedicada ao ensino da Química, a cujos Cursos só não nos referiremos por estar fora do âmbito deste artigo.

No início da década de 70 e já em Alcântara, no

edifício novecentista classifi cado pelo EPAR, que pre-

sentemente ocupa, é criado em 1978 o Curso Com-

plementar de Radiotecnia. Em 1978 e só no regime

diurno, é substituído pelo Curso de Electrónica (Área

Vocacional – 10.º e 11.º anos). É nessa altura que a

Escola adquire a designação actual – Escola Secundá-

ria de Fonseca Benevides.

O ensino no domínio específi co da Electrónica traz

para a Escola, a partir do ano lectivo 1980/1981, o

12.º ano Via Profi ssionalizante, em regime pós-laboral

– Técnico de Electrónica Digital – e três anos depois,

1983, arranca em regime diurno o Curso Técnico-

Profi ssional de Electrónica, a par da Via de Ensino,

tendo continuado também todos os Cursos existentes

em regime pós-laboral.

Todos estes cursos, bem como a sucessiva moderniza-

ção das instalações, trouxeram para a Escola Fonseca

Benevides novos Laboratórios e Ofi cinas que foram

sempre sendo equipados predominantemente para o

ensino da Electrónica. Foi sempre preocupação de to-

dos os professores, mormente dos responsáveis pelos

laboratórios e ofi cinas, a aquisição de equipamento

moderno e sofi sticado e o constante renovar de stocks

dos componentes mais usados em todas os trabalhos

laboratoriais e ofi cinais, com preponderância para o

ensino das “correntes fracas”. Convém referir que a

9

Reprografi a da Escola Fonseca Benevides editava os

poucos manuais que eram publicados em língua por-

tuguesa para o ensino da Electrónica (para algumas

disciplinas eram mesmo os únicos existentes), que

sempre disponibilizou para as Escolas, professores e

alunos que solicitavam.

A procura por parte das empresas, de jovens com esta

formação, foi sempre muito grande nunca conseguindo

a Escola satisfazer todas as solicitações sempre cres-

centes das várias empresas.

Com a reforma do Eng.º Roberto Carneiro nasce, a par

de todos os Cursos Tecnológicos, o Curso Tecnológico

de Electrotecnia/Electrónica (ao contrário do que se

passava anteriormente em que o Técnico-Profi ssional

de Electrotecnia e o Técnico-Profi ssional de Electrónica

eram independentes). Como curso de banda larga que

é, pretendendo dar uma formação abrangente tanto a

Electrotecnia como na Electrónica mas com uma carga

horária reduzida, retirou a hipótese de continuar a for-

mar os técnicos de Electrónica muito procurados e tra-

dicionalmente formados na Escola Fonseca Benevides.

Nesse momento a Escola, com a aprovação do

seu Conselho Pedagógico, consegue que o então

GETAP lhe conceda o estatuto de Escola Especia-

lista. Assim, a Escola Secundária de Fonseca Bene-

vides propõe e vê aprovados três Cursos Tecnoló-

gicos de Oferta Própria (um em regime diurno e os

outros dois em regime pós-laboral – por unidades

capitalizáveis), além do CSPOPE com a opção de

Electrónica Digital.

O C u r s o T e c n o l ó g i c od e E l e c t r ó n i c a

( D i u r n o – O f e r t a P r ó p r i a )

O Curso Tecnológico de Electrónica (diurno) de Oferta

Própria da Escola Secundária de Fonseca Benevides

começou a funcionar no ano lectivo 1993/1994, com

todos os programas da Componente de Formação

Técnica elaborados na Escola.

No quadro seguinte apresentamos as disciplinas e a

carga horária semanal, da Componente de Formação

Técnica do Plano de Estudos do Curso Tecnológico

diurno da Escola Fonseca Benevides:

D o s s i ê E s c o l a s

COMPONENTE

DE FORMAÇÃO

TÉCNICA

DISCIPLINASCARGAS HORÁRIAS SEMANAIS

10.º 11.º 12.º

Electrónica 7 Horas 5 Horas 4 Horas

Sistemas Digitais • 2 Horas 5 Horas

Aplicações Tecnológicas 4 Horas 4 Horas 4 Horas

Projectos de Electrónica • • 4 Horas10

D o s s i ê E s c o l a s

Quanto às duas outras componentes de Formação (Ge-

ral e Específi ca) respeitou-se o plano de formação dos

Cursos Tecnológicos de Electrotecnia/Electrónica2.

Às várias disciplinas de oferta própria, da Componen-

te de Formação Técnica, foi intencionalmente dado

um cariz acentuadamente prático – Ofi cinal / Labora-

torial – com vista a formar profi ssionais com certifi ca-

ção de nível III no domínio da Electrónica.

A disciplina de Aplicações Tecnológicas é toda ela

ministrada em ambiente ofi cinal. É aí que os alunos

aprendem a dominar os instrumentos e ferramentas,

as técnicas de soldadura, implementação e feitura de

circuitos impressos (artesanal, por método fotográfi co

e por CAD-CAM – usando máquinas de CNC), manu-

tenção bem como detecção e reparação de avarias em

equipamentos electrónicos.

Na disciplina de Electrónica (teórico/laboratorial) as

aulas são normalmente dadas no laboratório. É aí que

os alunos aprendem desde os conceitos básicos até ao

domínio dos vários tipos de circuitos electrónicos. Apren-

dem a analisar e projectar circuitos electrónicos que são

normalmente implementados em “bread-board”.

A disciplina de Sistemas Digitais (que é Sistemas

Digitais/Microprocessadores) tem todas as suas aulas

(laboratoriais/práticas) orientadas para a implemen-

tação e o ensaio de circuitos digitais de comando

e controlo, culminando na aplicação de circuitos

usando microprocessadores. É, naturalmente, uma

disciplina onde os alunos são orientados para o

projecto.

É na disciplina de Projectos de Electrónica que se faz

a síntese dos vários saberes, levando o aluno a inovar

e a criar, trabalhando individualmente ou em grupo,

usando todos os conhecimentos adquiridos nas várias

disciplinas técnicas.

O u t r o s C u r s o s d e E l e c t r ó n i c a

Neste momento na Fonseca Benevides funciona

também um curso (CEF) de Electrónica de nível II

em Instalação e Reparação de Computadores, para

alunos com frequência do 9.º ano. Começou tam-

bém no ano lectivo 2002/2003 um CET, Curso de

Especialização Tecnológica em Telecomunicações e

Redes (nível IV) para alunos com o 12.º ano com-

pleto em Electrónica (ou com uma ou duas disciplinas

em atraso). A Escola tem conseguido elaborar os

horários de forma a que os alunos do CET possam

frequentar as disciplinas de Física e Matemática do

12º ano. Isto vem permitir que os alunos com estas

disciplinas em atraso possam matricular-se no CET e

na(s) disciplina(s) que têm atrasada(s).

Manuel Jacinto Sardinha

2 Cargas Horárias Semanais:

• Componente de Formação Geral (29Horas): 10.º (12 Horas) e 11.º (12 Horas) – 3 Horas por semana nas 4 disciplinas (Português, Filosofi a, Língua Estrangeira e Educação Física);

12.º (5 Horas) – 3 Horas para Português e 2 Horas para Educação Física.

• Componente de Formação Específica(26Horas): 10.º (8 Horas) e 11.º (8 Horas) – 4 Horas por semananas 2 disciplinas (Matemática e Ciências Físico-Químicas);

12.º (10 Horas) – 5 Horas para Matemática e 5 Horas para Física). 11

U m a e s c o l a i n o v a d o r a , p i o n e i r ae m n o v o s m o d e l o s d e f o r m a ç ã o .A etic escola técnica de imagem e comunicação – é hoje reconhe-cida pela diversidade de oferta de propostas de formação técnica e criativa, sobretudo, nas áreas de imagem e comunicação.Criada em 1991, em parceria com a Escola Superior de Comu-nicação, Imagem e Som, sediada em Madrid, veio dar resposta a uma necessidade de formação, colmatando assim uma carência de formação existente em Portugal.Ao longo dos seus 12 anos de existência, a etic formou muitos dos profi ssionais que hoje se encontram nas várias empresas dos audio-visual, som, design, multimédia, fotografi a e publicidade.

• orientada para as necessidades dos profi ssionais e das empresas.

• adequada às inovações tecnológicas das áreas da comunicação.

• onde os formadores são profi ssionais das áreas que ensinam.

• onde as tecnologias da informação estão presentes em todosos processos de ensino.

• que forma técnicos, competentes nas suas áreas de actuaçãoe criativos na procura de novas soluções.

Uma escola que estimula a iniciativa e a criatividade: os alunos participam regularmente em festivais, concursos, mostrando os seus trabalhos à comunidade e à crítica.

F o r m a ç ã o D i v e r s i f i c a d aetic f o r m a ç ã o p r o f i s s i o n a l

• Cursos profi ssionais, com equivalência ao 12.º ano.

• Confere grau de nível 3.

• Cursos de especialização tecnológica (CET).

• Confere grau 4 e acesso especial a algumas universidades.

CURSOS:

• Video e Áudio; Fotografi a

• Multimédia; Design Gráfi co

• Design Equipamento, Desenho Animado, Instrumento, Teatro

• Técnicas de Áudio, Música e Novas Tecnologias

etic f o r m a ç ã o t é c n i c a

Cursos abertos à formação de profi ssionais, orientados para as necessidades das empresas, designadamente nas áreas das tecnolo-gias da comunicação e da imagem.

CURSOS:

• Áudiovisual

• Fotografi a

• Multimédia

• Design

• Desenho Animado

Escola Técnicade Imagem e ComunicaçãoHÁ 12 ANOS A PÔR EM CURSO O FUTURO DE MILHARES DE PROFISSIONAIS

D o s s i ê E s c o l a s

A etic é uma escola certifi cada pelo Inofor e pelo Ministério da Educação12

etic f o r m a ç ã o a v a n ç a d a

Uma nova plataforma de formação para profi ssionais

de novas linguagens baseadas na criatividade e no

domínio das novas tecnologias.

CURSOS:

• Animação

• Publicidade e Comunicação

• Produção

• Escrita

• Serviços Móveis

etic f o r m a ç ã o à m e d i d a

A etic oferece às empresas FORMAÇÃO À MEDIDA,

planifi cada e orientada para as necessidades específi -

cas de cada empresa.

A formação à medida pode ser desenvolvida nas insta-

lações da etic ou em ambiente de trabalho, no seio da

própria empresa.

Esta é a melhor solução quando se procura formar um

grupo ou uma equipa de profi ssionais com objectivos

comuns e em simultâneo.

Uma sociedade com melhores níveis de produtividade

não pode dispensar o investimento na formação dos

seus profi ssionais.

etic f o r m a ç ã o a r t í s t i c a

No próximo ano lectivo, a etic inicia uma nova área de

formação, dirigida a todos os que procuram desenvol-

ver os seus talentos e as suas aptidões artísticas. Seja

com objectivos profi ssionais seja para satisfação de

uma necessidade estética, pessoal.

Cursos de teatro, dança, música para alunos do ensino

profi ssional, para formação de artistas profi ssionais

com equivalência ao 12.º ano e de grau 3.

Cursos Livres, em programas mais curtos para aper-feiçoamento de capacidades de profi ssionais ou de amadores.Com a área de formação artística, a etic abre as portas a uma componente cada vez mais exigente: a formação de profi ssionais da cultura.

D o s s i ê E s c o l a s

A r t i c u l a ç ã o c o m o m e r c a d o d e t r a b a l h oA etic desenvolve protocolos com empresas e outros agentes económicos e

culturais de modo a oferecer aos seus alunos oportunidades reais de estágios,

intercâmbios e empregabilidade.

Centro de Artes de Lisboa (CAL)

Câmara Municipalde Vila Franca de Xira

Fundaçãodas Comunicação

Laboratoire d’Imagerie Numerique du CNBDId’ Angoulème

Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações

Instituto Politécnicode Lisboa

Instituto Politécnicode Leiria

Projecto Colina

Companhia de Bailadoe Orfeão de Leiria

RTP

TVI

SIC

Disney Channel - Madrid

TV Cabo Interactiva

Animatógrafo

Auditiv

Audio post

WDI

Digital K

Circus Produções

Valentim de Carvalho

Duvideo

Emprim

Sonotech

Panoramica 35

Krypton

Show off

Soundville

MGN Filmes

Costa do Castelo Filmes

Pele Filmes

FADO Filmes

TAP Air Portugal

BES

Media Digital

Mister Media

Modus Design

Geracao Móvel

Webware

Giganetstore

Creatix

P r i n c i p a i s P a r c e r i a s e P r o t o c o l o s

13

A educação/formação profi ssional são domínios

que foram ganhando importância na Agenda

europeia, ao longo do tempo. As portas

abertas pelos sucessivas versões dos Tratados, têm

sido “exploradas” valorizando-as progressivamente.

Como sabemos não existem políticas comuns de

educação/formação, tal como existe uma política

de concorrência ou uma política agrícola comum.

A acção na União Europeia nestes campos insere-se

no incentivo à cooperação entre Estados Membros,

respeitando a responsabilidade destes pelo conteúdo e

pela organização dos respectivos sistemas educativos,

valorizando a sua diversidade cultural e linguística.

Assim, a acção da Comunidade tem como objecti-

vo, entre outros: desenvolver a dimensão europeia;

incentivar a mobilidade das pessoas em formação,

incluindo os professores; promover a cooperação entre

estabelecimentos de ensino; desenvolver o intercâmbio

…”a acção da Comunidade tem como object ivo, entre outros:desenvolver a dimensão europeia; incentivar a mobil idade das pessoas em formação,

incluindo os professores; promover a cooperação entre estabelecimentos de ensino; desenvolver o intercâmbio de informações e experiências sobre problemáticas

comuns aos s istemas educativos; est imular a cooperação entre estabelecimentosde ensino ou formação profiss ional e empresas.”

A E d u c a ç ã o / F o r m a ç ã o n a A g e n d a E u r o p e i a

de informações e experiências sobre problemáticas

comuns aos sistemas educativos; estimular a coope-

ração entre estabelecimentos de ensino ou formação

profi ssional e empresas.O aparecimento de programas e iniciativas comuni-tárias como o dos programas Sócrates (que inclui o programa ERASMUS) e Leonardo da Vinci, tem per-mitido o desenvolvimento de formas de cooperação, de mobilidade e de partilha de experiências. Têm permitido igualmente dar a conhecer e contribuir para o reconhecimentos dos sistemas de educação e forma-ção: das suas potencialidades (em todos os Estados Membros…) e das suas fragilidades e problemas (em todos os Estados Membros…).O Conselho Europeu de Lisboa, durante a Presidência portuguesa da União Europeia, permitiu dar um passo em frente. A cimeira defi niu uma estratégia, a chamada estratégia de Lisboa. A educação/formação/inves-tigação jogam um papel central no desenvolvimento daquela estratégia. Os Estados Membros da União Europeia comprometem-se a fi xar objectivos comuns para o desenvolvimento da educação/formação e apresentar um relatório regular sobre o estado da arte, sobre os progressos registados, no espaço europeu. Para atingir estes objectivos comuns, cada Estado Membro defi nirá as suas próprias políticas no respeito da sua autonomia e da diversidade de contextos e cul-turas que cada país representa.

E d u c a ç ã o / F o r m a ç ã o

Margarida Marques

14

O projecto de “Tratado que institui uma Constituição

para a Europa”, preparado pela Convenção sobre o

Futuro da Europa, apresentado ao Conselho Europeu

de Salónica, na Grécia, que se encontra em discussão

na Conferência Intergovernamental (CIG), mantém es-

tes objectivos, enquanto objectivos gerais orientadores

da acção comunitária neste campo. Para além disso, a

inclusão eventual da Carta dos Direitos fundamentais,

prevista no actual projecto, valoriza o direito à edu-

cação explicitando-o e defi nindo-o. Propõe assim, o

referido projecto de Tratado:

“1. Todas as pessoas têm direito à educação, bem

como ao acesso à formação profi ssional e contínua;

2. Este direito inclui a possibilidade de frequentar gra-

tuitamente o ensino obrigatório; 3. São respeitados, se-

gundo as legislações nacionais que regem o respectivo

exercício, a liberdade de criação de estabelecimentos

de ensino, no respeito pelos princípios democráticos, e

o direito dos pais de assegurarem a educação dos fi -

lhos de acordo com as convicções religiosas, fi losófi cas

e pedagógicas” (in Parte II, Artigo II – 14.º do projecto

de Tratado).

O s o b j e c t i v o s e u r o p e u sO Conselho dos Ministros da Educação, reunido no

inicio de Maio deste ano, adoptou os chamados crité-

rios de referência europeus, um passo importante no

sentido de realizar a estratégia de Lisboa, no domínio

da Educação e da Formação. Adoptou conclusões

sobre os chamados “níveis de referência da perfor-

mance média europeia” ou critérios de referência

europeus. Trata-se de uma contribuição importante

para o desenvolvimento dos objectivos comuns para

os sistemas de educação no seio da união, já referi-

dos, que incluem o intercâmbio de boas práticas e a

defi nição de critérios para melhorar os esforços dos

Estados membros.

O Conselho fi xou cinco critérios de referência concretos

para promover a melhoria dos sistemas de educação e

formação na Europa, até 2010. São eles:

• Até 2010, baixar a um máximo de 10 % a taxa

média de jovens que abandonam prematuramente

a escola, no espaço da União Europeia;

• Até 2010, aumentar em pelo menos 15 %, o número

total de diplomados em matemática, ciências e

tecnologia na União Europeia, reduzindo o desequi-

líbrio homens/mulheres nestes domínios;

E d u c a ç ã o / F o r m a ç ã o

• Até 2010, assegurar que pelo menos 85 % dos

jovens de 22 anos na União Europeia tenham termi-

nado estudos secundários;

• Até 2010, reduzir em pelo menos 20 % a percen-

tagem de alunos de 15 anos com insufi cientes

competências de leitura na UE;

• Até 2010, a taxa média de participação na

educação/formação ao longo da vida deverá atingir

os 12,5 % da população adulta em idade de traba-

lhar (25 a 64 anos).

A Europa tem necessidade de objectivos ambiciosos nos

domínios da educação/formação para reforçar os seus

esforços comuns: estimulam o confronto de boas práti-

cas e sugerem o desenvolvimento de novas abordagens

políticas. A cada Estado membro a competência para

defi nir as suas políticas, fi xar os seus orçamentos para

alcançar estes objectivos nos prazos defi nidos e a que

eles próprios se comprometeram. 15

A o p i n i ã o d o s e u r o p e u se a a p r e n d i z a g e m a o l o n g o d a v i d aA Comissão Europeia adoptou em Novembro de 2001,

uma Comunicação, visando “Tornar o espaço europeu

de aprendizagem ao longo da vida uma realidade”.

Numa perspectiva de acompanhamento dos desenvol-

vimentos neste campo, a Comissão Europeia, realizou

um inquérito Eurobarómetro1 sobre a aprendizagem ao

longo da vida.

Para os europeus, a aprendizagem ao longo da vida

constitui um instrumento importante de desenvolvi-

mento pessoal e profi ssional. No entanto, embora

considerem que existe um hiato entre os seus conhe-

cimentos e as competências de que necessitam para

poderem progredir na Europa do conhecimento, mais

de um terço (em média) dos cidadãos europeus não

participa actualmente em nenhuma forma de ensino ou

formação e um em dez cidadãos não tem vontade de

o fazer. A falta de tempo e problemas fi nanceiros são

frequentemente invocados como obstáculos à aprendi-

zagem ao longo da vida.

Os principais resultados do inquérito, divulgados pela

Comissão, são os seguintes:

• A aprendizagem ao longo da vida é importante por

motivos económicos e sociais.

• Nove em dez cidadãos europeus consideram que

a aprendizagem ao longo da vida é importante,

embora o grau de consenso varie entre os diferentes

países.

• Para a grande maioria dos cidadãos (oito em dez),

a aprendizagem ao longo da vida visa objectivos

não só económicos mas também sociais. Ajuda as

1 O inquérito, levado a cabo entre 15 de Janeiro e 28 de Fevereiro de 2003 nos 15 Estados Membros, além da Noruega e Islândia, implicou a realização de mais de18 000 entrevistas pessoais.

E d u c a ç ã o / F o r m a ç ã o

pessoas a adaptarem-se à mudança e às exigências

do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo,

permite-lhes responsabilizarem-se pela sua própria

vida e realizarem-se plenamente.

• A maioria dos europeus considera também que a aprendizagem ao longo da vida deve ser acessível a pessoas de todas as idades. Não deve limitar-se aos jovens, ou aos idosos, mas sim constituir um processo contínuo ao longo de toda a vida.

F a l t a d e c o m p e t ê n c i a s e m T I C e l í n g u a s e s t r a n g e i r a s Quase todos os inquiridos estão de acordo quanto ao facto de que a leitura, a escrita e o cálculo constituem as aptidões mais úteis em todos os domínios da vida. Ao mesmo tempo, têm consciência da necessidade de dispor de uma gama mais ampla de competências (TIC, línguas estrangeiras, aptidões sociais e de co-municação, por exemplo) para poderem progredir na Europa do conhecimento. No entanto, embora quase todos os europeus conside-rem dispor de aptidões adequadas em matéria de leitu-ra, escrita e cálculo, mostram-se menos seguros no que respeita a novas competências fundamentais. Apenas 58 % dos entrevistados responderam que sabem utilizar um computador, 50 % afi rmaram não saber utilizar a Internet e 60 % indicaram que não se sabem exprimir em línguas estrangeiras.A falta de competências em TIC é particularmente acentuada na Grécia e em Portugal, onde dois terços dos inquiridos afi rmaram não saber utilizar o compu-tador. Cerca de 70 % dos entrevistados espanhóis, irlandeses e britânicos indicaram que não sabem línguas estrangeiras.

A m a i o r i a d o s c i d a d ã o s c o n s i d e r a q u e o s c o n t e x t o s i n f o r m a i s s ã o m a i s p r o p í c i o s à a p r e n d i z a g e m Os cidadãos europeus consideram que as suas

experiências de aprendizagem são mais proveitosas 16

em contextos não formais, por exemplo durante acti-

vidades realizadas em casa ou nos períodos de lazer,

ou também no local de trabalho, em centros locais de

aprendizagem e bibliotecas. Os quadro mais formais

(escolas, universidades) foram mencionados como

contexto de aprendizagem recente e pertinente apenas

por 17 % dos inquiridos. Importa também referir que os

sistemas de aprendizagem à distância e as experiências

de aprendizagem no estrangeiro (no quadro de progra-

mas de intercâmbio) se encontram entre os contextos

de aprendizagem menos procurados.

Para as pessoas mais jovens e mais qualifi cadas, a

aprendizagem realiza-se em contextos muito variados.

A diversidade dos contextos de aprendizagem dos in-

quiridos é também muito maior na Finlândia, Suécia e

Islândia do que na Grécia ou em Portugal. Os estudan-

tes são o grupo em que a diversidade desses contextos

é maior: na escola, em casa, durante actividades de

lazer, em viagens.

As pessoas que exercem uma actividade remunerada,

principalmente as de sexo masculino, mencionam

frequentemente o local de trabalho como contexto de

aprendizagem. As mulheres, no entanto, referem tam-

bém o domicílio e centros de aprendizagem locais ou

bibliotecas como espaços de aprendizagem.

Se, por um lado, as pessoas consideram que apren-

dem melhor em contextos não formais, por outro lado

tendem a referir contextos formais quando inquiridas

sobre as possibilidades de melhorarem ou actualizarem

as suas competências profi ssionais. Este resultado tem

E d u c a ç ã o / F o r m a ç ã o

a ver com a ideia tradicional de que a aprendizagem se

deve realizar em escolas, centros de formação, univer-

sidades, etc. No entanto, na sua vida diária, as pessoas

reconhecem que aprendem em situações muito mais

variadas. Isto vem corroborar a ênfase dada a nível

europeu ao reconhecimento da aprendizagem não

formal e informal.

P r i n c i p a i s o b s t á c u l o sà a p r e n d i z a g e m a o l o n g od a v i d a : f a l t a d e t e m p o e d e d i n h e i r o Nos países nórdicos, a percentagem de inquiridos

que não participam no ensino ou formação é inferior

a 50 %, ao passo que na Grécia e em Portugal apenas

dois em dez cidadãos indicaram ter participado em

actividades de aprendizagem durante o ano anterior.

A percentagem de pessoas que afi rmam não estar

interessadas na aprendizagem é especialmente elevada

em Espanha (47 %) e em Portugal (50 %).

O inquérito confi rma também que as pessoas com

níveis de educação e profi ssionais mais elevados parti-

cipam mais frequentemente na educação e formação.

Embora reconheçam as vantagens pessoais e sociais

da aprendizagem, os inquiridos mencionam como

obstáculo importante a falta de tempo resultante dos

compromissos familiares e profi ssionais. No entanto,

os sistemas de aprendizagem personalizados e fl exíveis

mostraram constituir incentivos efi cazes neste domínio.

De um modo geral, o aspecto fi nanceiro constitui um

obstáculo importante: 50 % dos inquiridos afi rmaram

que não contribuiriam fi nanceiramente em quaisquer

circunstâncias. Apesar disso, é interessante notar que

as pessoas estão dispostas a fazer uma contribuição

fi nanceira se considerarem que os benefícios serão

exclusivamente pessoais. A aprendizagem relacionada

com o trabalho não é vista como uma responsabilidade

unicamente individual. 17

A ideia da participação da Escola Profi ssional Gustave Eiffel num concurso de robótica nasceu de um sonho que co-meçou a tomar forma com os alunos do nosso curso de

Electrónica Industrial e Automação, durante a realização das suas Provas de Aptidão Profi ssional. Em contactos feitos com o Instituto de Sistemas e Robóticas, fomos convidados para participar no Robocup 2004, sendo o fi nanciamento assegurado por um projecto Ciência Viva. Estando o fi nanciamento parcialmente assegurado foi possível participarmos logo no 3.º festival nacional de robótica “Robótica 2003” que decorreu na FIL “Pavilhão de Congressos” de 9 a 11 de Maio. Este tipo de concursos em Portugal tem tido ao longo dos seus 12 anos (3.º ano de festival) uma adesão cada vez mais signifi cativa, tendo este ano participado nas diversas provas mais de 90 equipas totalizando mais de 400 participantes (cerca do triplo do ano anterior !).A nossa escola decidiu participar em duas classes. A primeira de-nominada ESP (Escolas Secundárias e Profi ssionais) consiste em um

robot autónomo seguir uma pista branca sobre um fundo preto com cerca de 13 metros (...e muitas curvas). Nesta prova participaram 32 equipas, tendo a nossa equipa “Zetta Team” conseguido um honroso 2.º lugar. A segunda prova em que participámos denomi-nava-se de DJ (Dança Júnior) sendo a primeira vez que era incluída no programa do festival em Portugal. Esta prova costuma chamar muito público noutros países, e em Portugal não foi excepção como se veio a confi rmar na manhã de domingo. Nesta prova participaram

E m F o c o

ROBOCUP 2003Com a participação de “Tango Dancer̀ s”,a Escola Profissional Gustave Eiffelganhou o 1.º prémio nacional e o 2.º a nível mundial.

18

17 equipas vindas de todo o país tendo a equipa da Escola Profi ssional Gustave Eiffel “Tango Dancer’s” da Amadora ganho o primeiro lugar. Os resultados obtidos neste festival foram importantes, mas mais importante foram as soluções inovadoras apresentadas pelas nossas equipas e o empenho de-monstrado nas duas provas em que participámos. Este facto, foi reconhecido por muitos dos meus colegas professores de outras escolas que nos colocaram imen-sas perguntas sobre as soluções adoptadas. Este trabalho teve ainda como resultado o convite para participarmos na sétima edição do campe-onato do mundo de robótica ROBOCUP 2003.

E m F o c o

sofreu então uma série de inovações desde a nível de circuitos electrónicos, vestimenta e na própria coreo-grafi a onde foram acrescentados efeitos pirotécnicos. A prova de dança é considerada por muitos como a mais importante do ROBOCUP JÚNIOR, pelo impacte que tem no público e no número de pessoas que costumam assistir além da motivação para os jovens que consti-tuem as equipas. Perante uma audiência signifi cativa (...não maior, porque já não havia mais lugares) a nossa equipa fez uma exibição perfeita fi cando em segundo lugar logo atrás da equipa japonesa “Anti-que” com a sua banda de Jazz. Esta classifi cação foi extremamente importante pois atrás da nossa equipa fi caram equipas de países como os Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha, com um grande histo-rial neste tipo de provas. Reconhecido por muitos dos presentes, foram também a série de características ino-vadoras que a nossa equipa introduziu nesta classe pela primeira vez, tais como: locomoção por p e r n a s , efeitos pirotécnicos e a co-municação via rádio entre os robots o que permite uma sincronização per-feita de movimentos entre os robots. Muito mais importante do que o segundo lugar a nível mundial (primeiro a nível europeu, como alguém já disse...), foi o facto de podermos participar e estar lado a lado com as melhores equipas de robótica a nível mundial. Os resultados obtidos, trazem no entanto uma responsabilidade acrescida uma vez que o pró-ximo campeonato do mundo se irá realizar em Lisboa, e como foi dito no fi nal da nossa prova em Itália “Se quiserem ver mais como isto, não se esqueçam de ir a Lisboa em Julho do próximo ano...”

Eduardo Pinto

O ROBOCUP é a prova de robótica mais importante a nível mundial, tendo decorrido este ano em Pádua, Itália. O ROBOCUP nasceu de uma ideia de um grupo de investigadores que pretendiam tornar o ensino de In-teligência Artifi cial aplicado à robótica o mais atractivo possível. O primeiro ROBOCUP decorreu em Nagoya, Japão, em 1997 onde foi lançada a ideia por trás de todos os ROBOCUPs consequentes: “Criar uma equipa de robots capaz de ganhar ao campeão do mundo de futebol em 2050”.Este ano o ROBOCUP decorreu entre 2 e 11 de Julho, reunindo cerca de 283 equipas de 33 países no total de cerca de 1100 participantes. No ROBOCUP JÚNIOR o número de participantes excedeu também todas as previsões com mais de 80 equipas perfazendo cerca de 300 participantes.Depois de ganharmos o festival nacional “ROBOTICA 2003” a nossa participação no ROBOCUP assumia uma especial importância, pois pela primeira vez uma equipa portuguesa iria participar na classe ROBOCUP JUNIOR. A nossa equipa de robots “Tango Dancer’s”

Mais importante que os prémios alcançados foi o facto de se ter oportunidade de estar ao lado das melhores equipas de robótica a nível mundial.

19

1 . E n q u a d r a m e n t oA Bolsa de Frequência constitui o Novo Modelo de

Financiamento ao ensino profi ssional de nível 3 das

Escolas Profi ssionais de Lisboa e Vale do Tejo, adiante

designada LVT, instituído pelo Ministério da Educação,

a título experimental.

Esta Bolsa é concedida ao aluno, proporcionando-lhe

condições de liberdade de opção na escolha da escola

e do percurso formativo a frequentar.

Este novo modelo permite formas alternativas de au-

tofi nanciamento, nomeadamente através da prestação

de serviços à Comunidade e de parcerias com as

organizações (empresas) que os diferentes percursos

profi ssionais clara e directamente benefi ciam, incenti-

vando à angariação da Bolsa por parte das instituições

locais e regionais.

O Ministério da Educação defi ne:

• Anualmente o n.º de bolsas por área de formação,

procedendo a ajustes decorrentes da análise da

procura resultante do processo de seriação;

• A valor de cada bolsa por curso de formação, moni-

torizando, através dos serviços centrais e regionais,

a evolução escolar do aluno.

As bolsas de frequência cujo valor é diferente do valor

da propina e da atribuição distinta da acção social

escolar, serão pagas directamente à escola escolhida

pelo aluno, em três parcelas trimestrais, fi cando a

cargo do aluno o eventual excedente da propina

estabelecida pela escola.

A c t u a l i d a d e

O processo de candidaturas à Bolsa de Frequência ini-

ciou-se a 11 de Julho e decorreu através de um Sistema

de Gestão de Candidaturas de submissão electrónica.

Neste processo, os candidatos puderam inscrever-se a

partir de um terminal ligado à Internet, submetendo

assim a sua candidatura electronicamente, ao Sistema

de Gestão de Candidaturas disponibilizado pela Direc-

ção Geral de Formação Vocacional, organismo central

do Ministério da Educação.

1.1. Faseamento do Processo

O processo de candidaturas à Bolsa de Frequência tem

dois momentos de seriação, baseados em critérios de

mérito, e como referido, entrando em conta com as

opções dos candidatos.

O 1.º momento de seriação encontra-se fi nalizado,

e os seus resultados, constituídos pelos candidatos

com bolsa atribuída e colocados no curso/escola que

escolheram frequentar, estão publicados no sítio http/

/bolsas.dgfv.min-edu.pt, podendo igualmente ser con-

sultados nas Página 4 de 19 instalações da Direcção

Geral de Formação Vocacional (DGFV), no Centro de

Informação e Relações Públicas (CIREP) do Ministério

da Educação, bem como nas Escolas Profi ssionais da

Região de LVT.

Após a afi xação dos resultados desta seriação, tem lu-

gar um período de confi rmação, por parte das escolas,

das matrículas dos alunos, nos cursos em que foram

colocados.

A E . P . G u s t a v e E i f f e l a p a r e c e e m s e g u n d o l u g a r n a o r d e m d e p r e f e r ê n c i a d o s a l u n o sd a R e g i ã o d e L i s b o a e V a l e d o T e j oMin i s t é r i o da Educa ção d i vu lga r e l a t ó r i o f i na l da 1 . ª f a se do p ro ce s sod e s e r i a ç ã o d o s i s t e m a d e a t r i b u i ç ã o d e b o l s a s d e f r e q u ê n c i a *

Cursos do Ensino Profissional de Nível 3

20

A c t u a l i d a d e

Gráfico 1. Métodos utilizados para as candidaturas.

Para tal, o Sistema Electrónico de Candidaturas, permi-

te às escolas a consulta dos colocados nos seus cursos,

bem como a possibilidade de indicar, ao Sistema,

que o aluno confi rmou, e consequentemente ocupou

defi nitivamente, a bolsa que lhe foi atribuída nesta

primeira fase.

Ao 2.º momento de seriação não corresponde a sub-

missão de novas candidaturas. Nesta 2.ª seriação, o

objectivo é atribuir as bolsas resultantes de desistências

de candidatos que não efectivaram a sua matrícula,

quer por motivos pessoais, quer por motivos não impu-

táveis ao candidato.

Este momento decorrerá durante o mês de Setembro.

As situações de colocação condicional, aplicáveis ao

1.º momento de seriação, decorrem do facto de haver

candidatos que não provaram documentalmente, na

íntegra, os dados constantes da sua candidatura. A

efectivação da atribuição da Bolsa de Frequência

far-se-á no momento da efectivação da matrícula no

curso/escola para o qual foi elegível a bolsa.

2. ANÁLISE DAS CANDIDATURAS

2.1 Objectivos

Apoiar o aluno no percurso formativo e escola de

sua opção, atribuindo a Bolsa de Frequência, foi

um dos objectivos propostos com este modelo de

fi nanciamento.

O quadro que se apresenta sistematiza estes objecti-

vos e os resultados alcançados após o 1.º momento

de seriação.

Objectivos Resultados alcançados

• Receber candidaturas sufi cientes para a atribuição de 3014 bolsas

5846 candidaturas recebidas em 8 dias100 % bolsas atribuídas

• Dar preferência a alunos mais jovens, e como 9.º ano de escolaridade concluído em 2003

51,23 % de alunos entre os 15 e 16 anos98,9 % dos candidatos com 15 anos colocados

• Privilegiar as áreas onde o mercado está mais receptivo a novos profi ssionais

27 % de bolsas atribuídas na área de Ciências Informáticas

• Ir ao encontro das preferências dos alunos 89 % dos candidatos entraram na sua1.ª escolha

Resumo dos objectivos e resultados obtidos.

2.2 O Sistema de Gestão de Candidaturas

Uma das primeiras conclusões, que podemos retirar do

processo de candidaturas de submissão electrónica, é

a enorme adesão que este sistema obteve.

Na realidade, 90 % das inscrições registadas, 5846,

foram submissões electrónicas, via Internet, realizadas

pelos candidatos.

Recorreram aos terminais instalados nas Escolas Profi s-

sionais da Região de LVT, 10 % do total de candidatos

inscritos.

Outra conclusão que importa salientar, é a distribuição

da afl uência ao sistema pelos 8 dias em que este esteve

disponível para o registo de candidaturas. Vejamos o

gráfi co seguinte:

525190 %

59510 %

InternetInt / Esc

21

Gráfico 3. Procura e oferta com base na distribuição inicial de bolsas por cursos.

A procura é mais acentuada no início do funcionamen-

to do Sistema, 75,42 % das candidaturas nos primeiros

3 dias, contrariando a afl uência típica dos últimos dias

quando este tipo de processos são disponibilizados em

modo convencional.

2.3 Preferências dos Candidatos pelos Cursos

Como referido em 2, as opções dos candidatos,

introduzidas no Sistema de Candidaturas permitiram

concluir que não seria possível atribuir o total de 3014

bolsas mediante a distribuição inicial de bolsas por

cursos, defi nidas pelo Ministério da Educação, pelo

que se adaptou a oferta destas bolsas, à procura por

parte dos candidatos.

1650 1612

1147

797

511

7 6116

0200400600800

10001200140016001800

2003

-07

-14

2003

-07

-15

2003

-07

-16

2003

-07

-17

2003

-07

-18

2003

-07

-19

2003

-07

-20

2003

-07

-21

Gráfico 2. Afluência ao sistema.

0 200 400 600

0 50 100 150

Técnico de Gestão (especificações) (345126)Animador Sociocultural (762017)

Técnico de Gestão de Sistemas Informáticos (481058)Animador Sociocultural / Assistente de Geriatria (762018)

Técnico de Informática / Fundamental (481061)Técnico de Informática / Gestão (481062)

Técnico de Informática / Manutenção de Equipamento (481063)Artes do Espectáculo / Realização Plástica / Realização Técnica (212001)

Técnico de Comunicação / Marketing, Rel. Públicas e Publicidade (321030)Técnico de Multimédia (213079)

Animador Sociocultural / Técnico Psicossocial (762023)Instrumento (212024)

Música e Nov. Tecnologias / Instrumento / Canto / Composição / Téc. Aux. de Infância (761017)Técnico de Serviços Jurídicos (346052)

Química Tecnológica / Técnico de Laboratório-Análises Clínicas (524027)Teatro / Cenografia (212050)

Teatro / Interpretação (212051)Técnico de Hotelaria / Restauração - Organização e Controlo (811059)

Técnico de Contabilidade (344046)Técnico de Administração Naval (345125)

Técnico de Artes Gráficas (213065)Técnico de Banca / Seguros (343030)

Técnico de Cartografia - Desenhador (581019)Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente (862019)

Técnico de Comunicação / Técnicas Jornalísticas (321031)Animador Social / Técnico de Desenvolvimento (762013)

Técnico de Comércio (341067)Técnico de Construção Civil (especificações) (582074)

Técnico de Cozinha (811057)Técnico de Electrónica Industrial e Automação (523098)

Técnico de Electrónica / Comando (523093)Técnico de Estilismo Industrial (214046)

Técnico de Manutenção Electromecânica (522091)Técnico de Marketing (342063)

Técnico de Design Industrial (214044)Técnico de Serviços Comerciais (341071)Técnico de Electricidade Naval (522084)

Técnico de Áudio e Vídeo (213068)Animador Sociocultural / Assistente Familiar (762019)

Animador Sociocultural / Desporto (762020)Técnico de Electrónica / Telecomunicações (523095)

Animador Sociocultural / Organização e Planeamento (762021)Técnico de Fotografia Publicitária / Fotojornalismo (213076)

Artes e Animação Circenses (212002)

Técnico de Gestão Agrícola (621108)Assistente de Gestão (345009)

Desenhador Projectista (214018)Técnico de Gestão e Recuperação de Espaços Verdes (621109)

Técnico de Gestão / Gestão de Pessoal (345127)Ofícios do Espectáculo (212040)

Química Tecnológica / Analista de Laboratório (524026)Técnico Projectista de Mobiliário (214051)

Técnico de Indústrias Gráficas / Pré-Impressão / Impressão (213078)Técnico de Comunicação / Técnicas de Audiovisuais (213071)

Técnico de Controlo de Qualidade (347034)Técnico de Desenho Animado (213072)

Técnico de Desenho Gráfico (213074)Técnico de Design de Equipamento (Interiores e Exteriores) (214028)

Técnico de Instalações Eléctricas (522090)Técnico de Electrotecnia (522085)

Técnico de Gestão do Ambiente (850032)Técnico de Mecatrónica (523100)

Técnico de Mecânica Naval (525064)Técnico de Hotelaria / Recepção e Atendimento (811058)

Técnico de Informação - BAD / Biblioteca e Serviço de Documentação (322005)Técnico de Informática Aplicada (481064)

Técnico de Mecânica / Manutenção Industrial (521134)Técnico de Mecânica / Produção e Controlo de Qualidade (521135)

Técnico de Planeamento e Gestão da Produção (345135)Técnico de Reparação e Manutenção de Embarcações de Recreio (525065)

Técnico de Seguros (343031)Técnico de Produção Animal / Transformação (621113)

Técnico de Recuperação do Património Edificado (582076)Técnico de Sistemas de Informação (481067)

Técnico de Telecomunicações (523103)Técnico de Transportes (345136)

Técnico de Transportes Marítimos (345137)Técnico de Turismo Ambiental e Rural (812028)

Técnico de Turismo / Profissionais de Informação Turística (812027)Técnico de Vitrinismo e Apresentação Visual (214047)

Técnico de Vídeo e Áudio / Produção / Pós-Produção (213083)Técnico de Áudio (213067)

Técnico de Óptica Ocular (722042)Técnico de Coordenação e Produção de Moda (214040)

ColocadosBolsasInscritos

A c t u a l i d a d e

22

Gráfico 5. Procura por escola para a totalidade dos cursos

2.4. Preferências dos Candidatos pelas Escolas

O Gráfi co 5, representa as Escolas Profi ssionais da

Região de LVT por ordem de preferência dos candida-

tos para totalidade da oferta formativa considerada no

Sistema de Candidatura.

A c t u a l i d a d e

Gráfico 4. Cursos com mais procura.

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

.

Técnico Informática / GestãoTécnico Informática / Man. Equipamento

Técnico Gestão Sistemas InformáticosTécnico Multimédia

Técnico Gestão (especificações)Técnico Informática Fundamental

Animador SocioculturalTécnico Hotelaria / Res. Técnico - Organização Controlo

Técnico Comunicação / Marketing Relações Públicas / PublicidadeTécnico Contabilidade

Técnico Construção CivilAnimação Sociocultural / Técnico Psicosocial

Técnico Serviços JurídicosTécnico Auxiliar de InfânciaTécnico Serviços Comerciais

Técnico Manutenção ElectromecânicaTécnico Comércio

Técnico Electrónica / ComandoTécnico Electrónica Indústria e Automação

Técnico MecatrónicaTécnico Vídeo e Áudio / Produção / Pós-Produção

Animação Sociocultural / As. FamiliarTécnico Higiene Segurança no Trabalho e Ambiente

Animação Social / Técnico DesenvolvimentoAnimação Sociocultural / Desporto

Técnico Áudio e VídeoTécnico Desenho Gráfico

Técnico Electrónica / Telecomunicações

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Escola Profissional de SetúbalEscola Profissional Gustave Eiffel - Amadora

Escola Profissional de ImagemEscola de Serviços e Comércio do Oeste

Escola Profissional Gustave Eiffel - QueluzInstituto de Educação Técnica

Escola de Comércio de LisboaEscola Profissional Técnica Empresarial do Oeste

Escola Profissional MagestilEscola Técnica e Profissional do Ribatejo

Escola Profissional Bento de Jesus Caraça - LisboaEscola Profissional de Tecnologia Digital

Escola Profissional de Educação para o DesenvolvimentoEscola Profissional de Almada

Escola Profissional Almirante Domingos Tasso de FigueiredoEscola Profissional de Agentes de Serviço e Apoio Social

Escola Profissional de Torres NovasEscola Profissional do Montijo

Escola Profissional Gustave Eiffel - EntroncamentoEscola Profissional de Ourém

Escola Profissional de Comunicação e ImagemEscola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa

Escola Técnica Psicossocial de LisboaEscola Profissional de Rio Maior

Escola Profissional Val do Rio - OeirasInstituto de Educação Técnica de Seguros

Escola Profissional de Salvaterra de MagosInstituto de Tecnologias Náuticas

Escola Profissional de Ourém - FátimaEscola Profissional Bento de Jesus Caraça-BarreiroEscola Profissional Bento de Jesus Caraça - Seixal

Escola Profissional Vale do TejoEscola Profissional Agostinho Roseta

Instituto para o Desenvolvimento SocialEscola Profissional Bento de Jesus Caraça-Setúbal

Escola Profissional Gustave Eiffel - Venda NovaEscola Profissional de Tomar

Escola Profissional de Artes e Ofícios do EspectáculoEscola Profissional de Teatro de Cascais

Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal - TorresEscola Profissional de Recuperação do Património

Escola Profissional Val do Rio - CascaisEscola Profissional de Coruche

Escola Profissional de Electrónica e TelecomunicaçõesInstituto de Formação ProfissionalEscola Profissional Almirante Reis

Instituto Profissional de TransportesEscola Profissional Profitecla - Lisboa

23

Gráfico 8. Candidatos por sexo

2.5. Opções dos Candidatos

O Gráfi co 6 representa o n.º de pares curso/escolas

escolhidos pelos candidatos. Pode verifi car-se que a

larga maioria dos candidatos seleccionou apenas um

curso de uma escola (47,48 %). Praticamente todos os

restantes escolheram 2 ou 3 opções.

Esta situação implica que o candidato ao escolher ape-

nas um par curso/escola e a partir do momento em que

essa mesma opção fi ca sem vagas no curso/escola,

mesmo ocupando uma boa posição na graduação

geral de médias, fi ca na situação de não colocado.

Gráfico 6. Total de diferentes escolhas de curso/escola indicadas pelos alunos

No entanto e como se pode verifi car no Gráfi co 7 a

larga maioria dos candidatos foi colocada na escolha

da sua primeira preferência, 89 % da totalidade dos

candidatos.

Apesar dos constrangimentos resultantes das poucas

opções demonstradas pelos candidatos foi possível

ao sistema colocar todas as 3014 bolsas respeitando

quase na íntegra as preferências dos candidatos.

3 . C a r a c t e r i z a ç ã od o s c a n d i d a t o s

3.1. Candidatos inscritos por sexo

O Gráfi co 8 apresenta a distribuição do total de can-

didatos por sexo.

Como se pode verifi car, o Ensino Profi ssional é de

escolha predominantemente masculina.

Gráfico 7. Escolha de preferência em que os candidatos foram colocados.

A c t u a l i d a d e

2053

1224

914

87 28 11 4 2 10

1 2 3 4 5 6 7 8 9

500

1000

1500

2000

2500

266489 %

2779 %

692 %

1.ª escolha2.ª escolha3.ª escolha4.ª escolha5.ª escolha

Masculino60 %

Feminino40 %

24

Esta predominância, no entanto, está concentrada,

85,14 %, em ofertas formativas na área das Ciências

Informáticas. Esta área de formação corresponde a

37,5 % das preferências destes can didatos.

Por outro lado, a preferência das candidatas recai na

área do Trabalho Social e Orientação, totalizando

22,99 % destas preferências.

O Gráfi co 9, representa a distribuição destes candida-

tos pelas áreas e por sexo.

3.2. Candidatos inscritos, por idade

O gráfi co 10 apresenta as candidaturas recebidas por

idade dos candidatos, verifi cando-se que 51,23 % têm

idade compreendida entre os 15 e os 16 anos.

3.3. Candidatos colocados, por idade

A análise do Gráfi co 11 permite inferir que 78,07 %

das bolsas foram atribuídas a candidatos com idade

compreendida entre os 15 e os 17.

A c t u a l i d a d e

Gráfico 9. Distribuição de candidatos pelas áreas por sexo

0

500

1000

1500

2000

2500

3000FemininoMasculinoTotal

Ciên

cias I

nform

ática

sAu

diovis

uais

e Pro

duçã

o do

s Med

iaTr

abalh

o So

cial e

Orie

ntaçã

oGe

stão

e Adm

inistr

ação

Electr

ónica

e Au

tomaç

ãoHo

telar

ia e R

estau

raçã

oDe

sign

Electr

icida

de e

Ener

giaCo

mérci

oCo

nstru

ção

Civil

Artes

do

Espe

ctácu

loJo

rnali

smo

Conta

bilida

de e

Fisca

lidad

eSe

cretar

iado

e Tra

balho

Adm

inistr

ativo

Servi

ços d

e Apo

io a

Crian

ças e

Jove

nsMe

talur

gia e

Metal

omec

ânica

Finan

ças,

Banc

a e S

egur

osSe

gura

nça

e Higi

ene n

o Tr

abalh

oTu

rismo

e La

zer

Prod

ução

Agr

ícola

e Anim

alEn

genh

aria

Quím

icaMa

rketin

g e P

ublic

idade

Enqu

adra

mento

na O

rgan

izaçã

o / E

mpre

saCo

nstru

ção

e Rep

araç

ão d

e Veíc

ulos a

Moto

rBib

liotec

onom

ia, A

rquiv

o e D

ocum

entaç

ão (B

AD)

Prote

cção

do

Ambie

nteSe

rviço

s de S

aúde

Arqu

itectu

ra e

Urba

nismo

Gráfico 10. Candidatos por idade

Gráfico 11. Alunos colocados por idade

10

771

1107 1108

618

334

16895 55 32 19 7

0

200

400

600

800

1000

1200

Até14

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Até14

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

5

763

882

708

308

16281 55 23 16 9 2

0100200300400500600700800900

* Excerto do relatório final da 1.ª fasedo processo de seriação do sistemade atribuição de bolsas de frequência.Cursos do ensino porofissional de nível 3do Ministério da Educação / Direcção Geral de Formação Vocacional.(Agosto de 2003)

25

1. Começo com uma nota pessoal. A necessidade

e a circunstância fi zeram com que comprasse no

estrangeiro um aparelho de uma conhecida marca

internacional, que garante assistência técnica em

muitos países à volta do mundo. Regressado,

contactei o representante da marca para adquirir

um serviço básico para o uso do aparelho: a ins-

talação. Esclareci que até nem tinha pressa, podia

esperar por uma data que lhes fosse conveniente,

mas que não podia fi car dias atrás de dias em casa

à espera da equipa de instalação. Disseram que

sim e marcaram para uma quinta-feira, sem hora

prevista. Não vieram e, quando telefonei (ao fi m do

dia, insistindo que podia esperar para uma altura

em que não tivessem difi culdades em fazer uma

marcação fi rme), pediram desculpa e marcaram

para o dia imediato, sexta-feira. Voltaram a não

aparecer. Repetiu-se a cena. Marcaram para a

segunda-feira seguinte – lá aparecem. Os que apa-

receram eram óptimos: competentes e simpáticos,

mas... ao terceiro dia. Estamos claramente perante

um caso de um mau serviço prestado ao cliente. De

quem foi a culpa: dos técnicos que vieram a minha

casa e fi zeram um excelente trabalho? Não. A culpa

foi do chefe, a quem coube a distribuição do ser-

viço. Todos nós já experimentámos casos similares.

Ora, competitividade também é menos disto.

2. Quando se ouve o ex-Reitor da Universidade do

Porto, Prof. Alberto Amaral, lembrar (há pouco

tempo, na TV) que em Portugal a qualifi cação

média dos empresários é inferior à qualifi cação

média dos trabalhadores, pensamos: afi nal ainda

há quem perceba onde estão os problemas. Apesar

disso, continua a haver no nosso país quem pense

que o problema da competitividade tem um culpa-

do único e bem identifi cado: os trabalhadores por

conta de outrem. Esse foi, aliás, o pensamento geral

En s i na r e qua l i f i c a rque inspirou a recente reforma da legislação do tra-

balho em Portugal. Com um pouco mais de lucidez

talvez se pudesse compreender que se os que “obe-

decem” produzem pouco, talvez os que “mandam”

possam ter alguma responsabilidade no caso.

Infelizmente, parece que agora a ideia é continuar

na mesma senda e aplicar à administração pública

a mesma ideia: se os serviços funcionam mal, a

culpa é dos funcionários e portanto as medidas a

tomar devem penalizá-los. Duvido que orientações

tão simplistas possam dar respostas adequadas a

problemas complexos, como é o do contributo da

qualifi cação de todos os agentes sociais no aumen-

to da competitividade do país.

3. Em minha opinião, isto sugere uma afi rmação e

uma pergunta, ambas sobre o Ensino Profi ssional

em Portugal. Primeiro, a afi rmação: um aspecto que

caracteriza as melhores Escolas Profi ssionais é que

não se limitam a ensinar as técnicas e também dão

a aprender as atitudes que diferenciam os melhores

(responsabilidade, iniciativa, sentido das situações).

Ora, as atitudes certas é que fazem desabrochar os

melhores profi ssionais, os que fazem a diferença,

aqueles que podem qualifi car o país. E a atitude

certa implica sempre dar atenção aos detalhes,

saber que todos os pormenores são importantes,

saber que as coisas que parecem pequenas são as

que marcam a fronteira entre o “habilidoso” e o

grande profi ssional. Depois, a pergunta, sugerindo

uma refl exão: estarão os alunos das Escolas Profi s-

sionais a ser preparados para poderem vir a ser, no

futuro, a “inteligência” de uma empresa? Estarão a

ser preparados para poderem ser, além de técni-

cos, aqueles que se tornam fermento de mudanças,

aqueles que despertam a consciência da qualidade

que falta e se pode construir?

Porfírio Silva

“…dar atenção aos detalhes, saber que

todos os pormenores são importantes,

saber que as coisas que parecem

pequenas são asque marcam

a fronteira entreo “habilidoso”

e o grande profi ssional.”

O p i n i ã o

26

Enquadramento dos alunos da EPGE nas empresas

As escolas profi ssionais estão cada vez mais concorridas pelos nossos estudantes adolescentes que, após a conclusão do 9º ano de escolaridade, pretendem continuar os seus estudos

seguindo uma vertente mais técnica e que melhor os prepare para a sua integração no mundo do trabalho. Deste modo, e com alguns anos de experiência a este nível, quer por ser sócio gerente de uma empresa que presta serviços na área da contabilidade e ad-ministração, auditoria e consultadoria, quer por conceder estágios a alunos vindos de uma destas escolas, nomeadamente a Escola Profi ssional Gustave Eiffel, venho falar de formação profi ssional ou melhor do ensino profi ssional, que vejo como uma grande alternativa tendo em consideração o actual contexto do mercado de trabalho, uma vez que existe uma grande falta deste tipo de quadros verifi cando-se esse facto quando se pretende recrutar um administrativo de gestão ou contabilidade.

Do contacto que tenho tido com os alunos da Escola Profi ssional Gus-tave Eiffel tenho notado que estes alunos têm consciência do mundo do trabalho e realizam as actividades com alguma facilidade. Do meu ponto de vista, este facto prende-se directamente com vários aspectos, no-mea damente a duração do curso que, em três anos, prepara os alunos com uma componente teórica ade-quada, mas sobretudo com uma componente prática em que os desafi os propostos têm como base a realidade exterior ao meio escolar. Todo este trabalho culmina com um estágio integrado numa empresa em plena actividade, o que não só completa a formação do aluno, como também cumpre o grande objectivo da formação profi ssional que é o saber fazer. De bom grado presto à Escola Gustave Eiffel alguns estágios na minha empresa pois os resultados têm sido bons. É com essa convicção que incentivo empresários como eu a depositarem a sua confi ança em alunos provindos desta escola, pois encontrarão profi ssionais capazes e motivados.

José Tomé CostaEmpresa ARELO & PEREIRAContabilidade e Gestão, Lda.

A Global Change Consultores Internacionais Associados, Lda.

recebeu pela primeira vez activos formados pela Escola Pro-

fi ssional Gustave Eiffel no Curso Técnico de Gestão, há cerca

de três meses atrás e, desde já, podemos afi rmar que o saldo tem sido

bastante positivo. Apesar do referido colaborador ainda se encontrar

em fase de estágio, e como tal restrito às circunstâncias normais do

ciclo de integração e incorporação laboral, sentimos, com toda a

convicção, que se trata de uma pessoa com os necessários “skills”

para a função que a recrutamos. Requeríamos um colaborador com

elevado nível de fl exibilidade e responsabilidade, com conhecimentos

sólidos de contabilidade e fi scalidade, organizado, empenhado e que

o motivasse a trabalhar numa empresa jovem e dinâmica onde as

regras são estabelecidas diariamente. Pedíamos também facilida-

de de integração em equipa e na adaptação a novas situações.O nosso colaborador tem respondido a estes requisitos com sucesso. Apresenta elevado grau de concentração e empenho conjuntamente com uma grande vontade de aprender.Acrescenta também a compreensão e adaptação às situações concretas que enfrenta todos os dias, muitas das quais são completamente novas. Caracteriza-se ainda por um bom nível de organização e de trabalho em equipa.Por tudo o que foi dito, consideramos um óptimo investimento re-crutar pessoas formadas na Escola Gustave Eiffel do Curso Técnico de Gestão pois apresentam os conhecimentos, valores, atitudes e postura necessária a um desempenho com sucesso.

Marco Xavier Gonçalves(Responsável Administrativo e Financeiro e Consultor)

A n o s s a E s c o l a

“ C o n s i d e r a m o s u m ó p t i m o i n v e s t i m e n t or e c r u t a r p e s s o a s f o r m a d a s n a E s c o l a G u s t a v e E i f f e l ”

“De bom grado presto à escola Gustave Eiffel algunsestágios na minha empresa pois os resultados têm sido bons”

A CooptécnicaEscola Profissional Gustave Eiffel

Agradece a todasas empresas que proporcionam

estágios aos seus alunos. 27

O P r o j e c t o

A actividade educativa que desenvolve visa a

formação do jovem que termina o 3.º ciclo

de estudos do Ensino Básico (9.º ano de

escolaridade), preparando a sua inserção no mercado

de trabalho, dotando-o de conhecimentos e compe-

tências necessárias para o seu desempenho não só

a nível profi ssional mas também pessoal. Para além

desta vertente a EPGE tem vindo a alargar o seu leque

de oferta formativa abarcando outras áreas, não de

menor importância, como sejam a formação contínua,

de aperfeiçoamento e especialização. Uma das nossas

últimas preocupações, e que se insere na actual política

de inserção sócioprofi ssional e educacional do sistema

institucional, situa-se ao nível da certifi cação profi ssio-

nal. Assim sendo uma das nossas últimas apostas cen-

tra-se nos cursos de certifi cação de taxistas (Tipo I, Tipo

II) e Formação Pedagógica Inicial de Formadores.

A EPGE centra a sua actividade na prossecução dos

seguintes objectivos:

• desenvolver formação profi ssional de qualidade que

permita aos seus formandos, uma vez colocados na

vida activa, progressão técnica e adaptação

• permanente à evolução tecnológica e às complexas

mutações do mercado de trabalho;

• promover uma sólida formação de base que permita

a valorização do indivíduo, apostando num proces-

so educativo integral, nomeadamente nos domínios

profi ssional, cívico, moral e social;

A n o s s a E s c o l a

• estimular o gosto e necessidade de aprender reconhecendo e respeitando ritmos diferenciados, auto-responsabilizando o aluno pela gestão do seu próprio recurso;

• desenvolver a integração de saberes, a partir de processos de ensino/aprendizagem que motivem o aluno para o trabalho de pesquisa, individual e em grupo;

• assegurar o direito à diferença dos membros da comunidade escolar, independentemente da sua origem sócio-económica ou cultural, desenvolvendo atitudes de tolerância e solidariedade;

• dinamizar intercâmbios e parcerias com empresas, organizações e associações bem como outras instituições de ensino locais, regionais, nacionais e internacionais.

O nosso principal objectivo é contribuir para o alarga-mento de novos horizontes no ensino profi ssional em Portugal. Esse alargamento assenta na busca contínua da excelência, caracterizada por novas abordagens pedagógicas, novos métodos e práticas, e, sobretudo, por um novo olhar sobre os desafi os do ensino.Procurámos, desde a primeira hora, integrar nos currículos dos nossos cursos o que de melhor se faz em cada uma das áreas em que estes se baseiam. Neste sentido procuramos adequá-los às vicissitudes do mundo profi ssional conferindo aos nossos jovens competências reais para fazer face aos desafi os que

A Escola Profi ssional Gustave Eiffel

(EPGE) iniciou a sua actividade no ano

lectivo de 89/90 e foi criada com o objectivo de colmatar algumas

lacunas existentes na formação técnico profi ssional de base

do sistema de ensino português.

Adelino Serras

28

A n o s s a E s c o l a

lhes serão colocados no desempenho das suas futuras profi ssões, antecipando, deste modo, a chegada dos alunos a esse mundo numa posição de inigualável vantagem.Incentivámos a inovação, apoiámos a investigação, estimulámos a edição e não esquecemos a importância do contacto com a comunidade local.São nossas apostas permanentes a via de um ensino de qualidade, assente em premissas claras e orientado para a vida activa. A nossa oferta escolar actual é disso exemplo. Temos actualmente a decorrer cursos de Informática, nas áreas do Software e Hardware, seja na sua concepção, manutenção ou gestão, Construção Civil, Electró-nica, Gestão e Contabilidade. Esta oferta vai do segundo ao quarto nível de qualifi cação da União Europeia.

Actualmente a EPGE possui 4 pólos, dois no concelho da Amadora, onde se encontra a sua sede, um no concelho de Sintra e outro no concelho do Entroncamento. Este é concerteza um sinal claro da nossa ambição, mas representa igualmente uma prova absoluta da dedicação que colocámos ao serviço da causa da multiplicação de um ensino de qualidade assente num novo paradigma educativo e de olhos postos no futuro.

O F u t u r oPassados catorze anos de intenso trabalho, o balanço que podemos hoje fazer, ao perspectivar o futuro, é de sucesso. Sucesso pelo que somos e obtivemos, mas acima de tudo pelo êxito partilhado nas carreiras de todos os que escolheram esta escola para iniciar os seus caminhos de acesso à vida profi ssional e que em nós encontraram as bases essenciais para poderem dar a sua partida.

Perante os desafi os das sociedades modernas em permanente evo-lução tentamos, enquanto entidade socialmente responsável, prestar o nosso contributo no domínio do presente e futuro do ensino pro-fi ssional em Portugal. Esse contributo na nossa perspectiva deverá ter sempre presente quatro domínios fundamentais: a excelência, o pragmatismo, a complementaridade de saberes, a comunidade:Excelência – Enquanto matriz fundadora de todas as nossas acções e critério único de avaliação em si mesmo, enquanto valor e princí-pio absoluto, deverá estruturar todo o segmento do ensino profi ssio-nal. A aprendizagem da excelência e a sua conquista pela qualidade total são o único valor seguro que temos e a primeira premissa em que devemos fazer assentar todos os conceitos de suporte ao ensino profi ssional que queremos no futuro.Pragmatismo – Seja na sua vertente científi ca, por via da ade-quação permanente dos currículos às realidades sócio-profi ssionais que serve, seja na sua vertente de interpenetração permanente com mundo empresarial. A escola do futuro deve incorporar desde logo uma dimensão de ligação ao mundo empresarial que possibilite um acompanhamento mútuo e estabeleça a escola como uma referên-cia e valia essencial para as empresas dos sectores de actividade em que a escola se explana. O ensino profi ssional não pode continuar alheio a esse mundo, deve, necessariamente, procurar complemen-tá-lo, garantindo um capital de recursos, que pelas suas competên-cias e qualifi cações, são, por si só, uma garantia de competitividade acrescida para qualquer empresa. Reconhecer as escolas profi ssio-nais como parceiros estratégicos do desenvolvimento empresarial, será, no futuro, da mais elementar justiça, mas é, ainda hoje, uma mera aspiração.

29

Complementaridade de Saberes – É cada vez mais notório que as barreiras, quase seculares, entre os diversos graus de ensino se tende a esbater. Nos nossos dias assistimos cada vez mais à emergência de novas dimensões do saber, muito mais exigentes e complexas, mas sobretudo carentes de integração entre os diversos níveis de ensino em que se dividem. O ensino profi ssio-nal que prosseguimos tem, cada vez mais, de ser um interlocutor válido para as universidades. O caminho, seja na defi nição de currículos, seja na determinação de metodologias de ensino, deverá ser complementar. A cultura do secretismo e a lógica das costas voltadas fazem parte do passado. Ao futuro caberá a comple-mentaridade e a interligação. Para que os licenciados de amanhã comecem de facto o seu caminho no ensi-no profi ssional que queremos para o futuro.A Comunidade – A escola é cada vez mais um elemento chave da comunidade em que se insere, seja pelo contributo que dá para o seu desenvol-vimento harmonioso, seja pelo valor em si mesmo que representa enquanto instituição de referência. A participação e envolvimento da comunidade, nas suas mais variadas dimensões, – assimilando a escola como um valor seu – na determinação da estratégia de desenvolvimento da escola é por isso da maior re-levância, porquanto desse modo se assume um destino comum, que combina sinergias e fortalece o papel de ambos, e se atribui à escola um papel de depositário da identidade – nas suas diversas variantes – de uma comunidade e, consequentemente, de garante da sua herança para o futuro.Somos, hoje, uma referência nos Concelhos onde es-tamos implantados. Participámos na criação da Escola

A n o s s a E s c o l a

Intercultural do Desporto e das Profi ssões da Amadora, criámos uma responsabilidade num Concelho em que a taxa de desemprego é de longa duração, e em que, as baixas habilitações da população, grande parte dela sem a escolaridade obrigatória nem qualquer qualifi ca-ção profi ssional, a remetem para uma posição privile-giada no contexto da exclusão sócio-profi ssional. Esta responsabilidade que assumimos, na área da formação orientada para o emprego, impede-nos de ignorar a nossa envolvente. Temos a obrigação social de colaborar com todas as instituições para a criação de soluções que levem à organização de projectos de vida. Como tal, somos parceiros num projecto EQUAL – Plataforma Integrada de Desenvolvimento da Amado-ra – , programa que visa essencialmente a “inclusão” social de populações desfavorecidas e excluídas social e profi ssionalmente. A nossa experiência em parcerias é vasta e tem acompanhado o nosso projecto desde o início. Somos também parceiros no projecto da Rede Social da Amadora – CLAS do Concelho da Ama-dora –, fazendo parte integrante do Comissão Social da Freguesia da Venda Nova. Para além destas duas parcerias fomentamos sempre, no âmbito de todos os nossos novos projectos, novas parcerias, exemplo vivo disso são as recentes parcerias desenvolvidos no âmbi-to do projecto de Certifi cação de Taxistas.

A nossa responsabilidade é cada vez maior, não pode-mos travar as esperanças de todos aqueles que diaria-mente se nos dirigem, confi ando que somos capazes de os tornar competitivos, quer para ingressar no mundo do trabalho, quer para lhes conferir novas capacidades para a sua reintegração profi ssional.30

Ensino Profi ssional (cursos de nível III, equivalentes ao 12.º ano):

• Técnico de Construção Civil

• Técnico de Multimédia

• Técnico de Design Industrial

• Técnico de Electrónica Industrial e Automação

• Técnico de Informática Fundamental

• Técnico de Informática / Manutenção de Equipamento

• Técnico de Gestão de Sistemas Informáticos

• Técnico de GestãoSistema Aprendizagem (cursos de nível III, equivalentesao 12.º ano):

• Técnico de Construção Civil

• Técnico de Contabilidade e Gestão

• Técnico de Informática

CET (cursos de especialização tecnológica, nível IV,formação pós- secundária):

• Técnico de Condução de Obra

• Técnico de Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

• Técnico de Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos

• Técnico de Desenvolvimento de Produtos Multimédia

• Técnico de Aplicações Informáticas de Gestão

A n o s s a E s c o l a

10.º ano profi ssionalizante (cursos de nível II):• Curso de Assistente de Controlo de Obra• Curso de Operador de Manutenção e Reparação

de Aparelhos Eléctricos e Electrónicos• Curso de Instalação e Recuperação de ComputadoresCursos de Formação para Activos (regime pós-laboral):• Concepção e Desenvolvimento de produtos multimédia• Aperfeiçoamento de programadores-programação p/ Internet/Intranet• Registo e classifi cação de documentos na contabilidade• Fiscalidade• Contabilidade avançada• Consolidação de contas• Instalação e montagem de computadores e redes• Ensino de electrónica assistido por computador• Instalações eléctricas de baixa tensão• Ferramentas p/ CAD electrónico• Microcontroladores PIC• Segurança em estaleiros• Organização da segurança em estaleiros• Certifi cação de taxistas – Aperfeiçoamento e ActualizaçãoCursos de Certifi cação Profi ssional:• Certifi cação de Taxistas (Homologado pela DGTT)• Formação Pedagógica Inicial de Formadores (Homologado pelo IEFP)

O f e r t a F o r m a t i v a

P a r c e r i a s e P r o t o c o l o s d e C o o p e r a ç ã o

• IED – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento

• UAL – Universidade Autónoma de Lisboa

• SATAE – Sindicato dos Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia

• AATAE – Associação dos Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia

• Associação para o Desenvolvimento da Ciência na Amadora

• Ministério da Ciência e da Tecnologia, C.M.Amadora;

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, I.S.E.L., E.P.G.E.

• Instituto Politécnico de Lisboa

• FPT – Federação Portuguesa de Táxis

• Escola de Condução D. Afonso V

• APVGN – Associação Portuguesa de Veículos a Gás Natural

• IPA – Instituto Politécnico Autónomo

• AERLIS – Associação Empresarial da Região de Lisboa

• Câmara Municipal da Amadora

• Junta de Freguesia da Venda Nova

• Junta de Freguesia da Buraca

• Junta de Freguesia da Venteira

• DGTT– Direcção Geral dos Transportes Terrestres

• COOPAM – Cooperativa de Ensino, Educação e Formação, CRL

• Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.

• APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Cortumes

Para além destas entidades colaboramos com mais de 200 empresas,

as quais, anualmente, proporcionam estágios curriculares aos nossos

formandos, fazendo, desta forma, parte integrante do nosso processo

de formação.

31

A n o s s a E s c o l a

A o longo do percurso escolar dos jovens, as Escolas começaram a deparar-se com uma grande desmotivação por parte destes.

Os currículos escolares estavam muito direccionados para quem queria seguir o ensino superior, contudo para os jovens que terminavam a escolaridade obrigatória ou mesmo o ensino secundário e que não queriam prosseguir os estudos, existia um grande handicap ao nível das saídas profi ssionais. Obtinham uma formação académica, no entanto não tinham conhecimentos técnicos para iniciaremuma profi ssão. As Escolas Profi ssionais vieram colmatar esta falha ao nível do ensino, isto é, para além de conferirem uma formação académica permitem aos jovens adquirir uma formação profi ssional reconheci-da ao nível da União Europeia, possibilitando a sua inserção no mercado de trabalho que cada vez é mais competitivo.

U m O u t r o O l h a r s o b r e u m d i f e r e n t e P e r c u r s o E s c o l a r !

A forma de transmissão dos conteúdos programáticos passa pelo Saber/Saber e Saber/Fazer conferindo ao estudante não só os conhecimentos teóricos neces-sários para uma boa inserção social, como também os conhecimentos práticos indispensáveis a um bom técnico/profi ssional.É com este objectivo que as Escolas Profi ssionais funcionam, permitindo também aos seus diplomados a progressão nos estudos ao nível do ensino superior. Assim sendo, este tipo de ensino vai oferecer aos jovens um maior leque de escolhas e saídas após a conclusão do curso, dentro das áreas onde existe maior falha a nível do mercado de trabalho, bem como no Concelho onde a escola está inserida. Temos como exemplo os cursos na área de Informática, Construção Civil, Ges-tão, Design e Electrónica.Verifi cou-se também ao nível nacional uma grande lacuna de técnicos intermédios, situação que poderá

Legendas para os Gráfi cos:

TE IF: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Informática Fundamental (Amadora)

TE IF 2: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Informática Fundamental (Queluz)

TE ME: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Informática / Manutenção de Equipamento

TE CC 2: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Construção Civil (Amadora)

TE CC: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Construção Civil (Queluz)

TE DI: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Design Industrial

TE EIA: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Electrónica Industrial e Automação

TE ASC: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnicode Animação Sociocultural

TE G: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnico de Gestão TE GSI: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnico de Gestão

de Sistemas Informáticos (Amadora) TE GSI: Taxa de Empregabilidade do Curso de Técnico de Gestão

de Sistemas Informáticos (Queluz)

T a x a d e E m p r e g a b i l i d a d e T o t a l

As escolas Profi ssionais conferem formação

académica e permitem que os jovens adquiram

formação profi ssional reconhecida pela União

Europeia, possibilitando a inserção no mercado de

trabalho

E s c o l a P r o f i s s i o n a l G u s t a v e E i f f e l

1989 / 1990 1991 / 1992 1993 / 1994 1995 / 1996 1997 / 1998 1999 / 2000 2001 / 2002 2003 / 2004

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

32

A n o s s a E s c o l a

ser ultrapassada com a entrada no mercado de trabalho dos diplomados pelas Escolas Profi ssionais. Esta inserção é facilitada através da realização dos estágios curriculares exis-tentes no último ano de formação, os quais são desenvolvidos em empresas cuja área de actividade corresponde à área de formação.Tal facto poderá ser comprovado através do sucesso da taxa de empregabilidade con-seguida no fi nal de cada percurso escolar, com a duração de três anos, conferindo aos jovens uma qualifi cação profi ssional de nível II, III ou IV e uma habilitação escolar ao nível do 10.º e 12.º anos.Através da observação dos gráfi cos ante-riores podemos verifi car que nos primeiros anos houve uma elevada taxa de emprega-bilidade, de praticamente 100 % em todos os cursos existentes na Escola Profi ssional Gustave Eiffel.Esta situação é consequência do interesse dos diplomados, que tinham como objectivo a sua colocação em postos de trabalho e não o prosseguimento dos estudos, logo as conclu-sões eram direccionadas para o emprego.Tem-se verifi cado um decréscimo da taxa de empregabilidade em alguns cursos, consequência de uma maior percentagem de diplomados a frequentar o ensino su-perior, contudo a taxa de empregabilidade mantém-se elevada nos cursos onde os diplomados pretendem seguir a vertente profi ssional.Apesar de existir actualmente uma maior procura do ensino superior por parte dos diplomados da Escola Profi ssional Gustave Eiffel, o objectivo inicial da Instituição mantém-se na medida em que a colocação dos diplomados em posto de trabalho é elevada, sendo esse o objectivo primordial dos candidatos.

T a x a d e E m p r e g a b i l i d a d e d e 1 9 9 1 a 1 9 9 4

T a x a d e E m p r e g a b i l i d a d e d e 1 9 9 8 a 2 0 0 2

T a x a d e E m p r e g a b i l i d a d e d e 1 9 9 4 a 1 9 9 8

1991 / 1992 1992 / 1993 1993 / 1994

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

1994 / 1995 1995 / 1996 1997 / 1998

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%1996 / 1997

2002 / 2003 2003 / 2004 2005 / 2006

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%2004 / 2005

33

O s n o s s o s P r o j e c t o s

1 . O M o t i v oResultado do processo que conduziu ao referendo de Agosto de 1999, e dos acontecimentos sangrentos que não deixaram ninguém indiferente, as FALINTIL (Forças Armadas para a Libertação Nacional de Timor-Leste), acantonadas em Aileu pela missão das Nações Unidas para Timor-Leste (UNAMET), encontravam-se numa situação delicada. Não podendo reagir aos acontecimentos negros desse tempo, mantiveram-se disciplinadamente em Aileu, su-portando uma situação desesperada em que o povo foi massacrado, não dando ao regime Indonésio o motivo que tanto ansiara para manter o domínio do território.

A I n t e r v e n ç ã o d a E s c o l a P r o f i s s i o n a l G u s t a v e E i f f e le m T i m o r - L e s t e

O Centro de Aileu para as FALINTIL

Em Maio de 2000, uma delegação da Escola Profi ssional Gustave Eiffel deslocou-se a Timor-Leste para avaliar a situação e planear as futuras interven-ções que aqui brevemente descrevemos.No decorrer desse trabalho de avaliação, fomos confrontados pela representante do Governo de Por-tugal para os assuntos da educação, Dra. Maria José Carrilho, com uma situação na qual o Chefe do Estado Maior das FALINTIL, Comandante Taur Matan Ruak (ao centro na foto), pedia que fossem feitas acções de formação para os militares acantonados no Quartel--General de Aileu, no sentido de os qualifi car para um futuro que, na maioria dos casos, se afi gurava difícil, como de resto se veio a verifi car mais tarde.

O Prof. José Leal (à data Director Pedagógico da EPGE), Comandante Sabika (FALINTIL), Comandante Taur Matan Ruak (Comandante em chefe das FALINTIL), Dra. Maria José Carrilho (Adida para a Educação da Missão de Portugal em Timor-Leste) e Engº Domingos Carrilho (Colaborador da EPGE nos projectos em Timor-Leste), na rua centralem Aileu, no dia do arranque da formação.

34

O s n o s s o s P r o j e c t o s

2 . O P r o j e c t oÉ neste contexto que a Escola Profi ssional Gustave Eiffel decide avan-

çar para a criação de um centro de formação para a área de Infor-

mática, implementado no Quartel General das FALINTIL em Aileu,

envolvendo infra-estruturas e equipamentos e pessoal destacado,

orçado em cerca de 30 mil contos. Foi realizado um trabalho de

levantamento de fundos, com a colaboração da Câmara Municipal

da Amadora, na qual participaram diversas empresas locais, tendo

contribuído com cerca de 80 % dos montantes necessários.

De realçar que o Centro de Formação que criámos fi cou proprieda-

de das FALINTIL, revertendo para essa instituição todos os equipa-

mentos que lá colocámos.

Passado o tempo da angariação de fundos, passámos à fase da

implementação.

Assim, iniciou-se o projecto com um contacto com uma empresa

timorense para a reabilitação das infra-estruturas, e com uma

empresa australiana para o fornecimento dos equipamentos. A

empresa Timorense, a Rosário PTY recuperou as infra-estruturas

em 3 semanas, e os equipamentos foram despachados no mês de

Setembro. O processo de instalação do centro foi mais simples do

que prevíramos, tendo o desenho logístico funcionado quase na

perfeição. Único senão: os equipamentos chegaram com 10 dias

de atraso.

O processo de instalação foi realizado por mim e pelo Dr. Paulo Go-

dinho, entre 18 e 30 de Setembro, tendo sido ultimados em Darwin

os pormenores relativos aos equipamentos para o centro, materiais con-

sumíveis que iríamos utilizar e também na expedição do contentor com

todos esses equipamentos e materiais.

3 . A a c ç ã o d e f o r m a ç ã oAssim, após uma sessão de apresentação do curso, dos intervenientes (formadores e formandos) envolvendo as chefi as das FALINTIL e da Embaixada de Portugal em Timor-Leste, realizada no dia 4 de Outubro, a acção de formação iniciou-se no dia 5 de Outubro de 2000, com a primeira sessão, leccionada por mim e pelo Prof. José Leal, na altura Di-rector Pedagógico da Escola, que fazia equipa comigo para as primeiras sessões subordinadas ao tema: Introdução aos Computadores, Sistema Operativo Windows e Processamento de Texto WORD.Para ser sincero, esperava mais difi culdades na utilização dos computa-dores, mas os formandos revelaram um cuidado extremo na utilização dos computadores, não se tendo danifi cado nenhum equipamento du-rante as mais de 500 horas de formação. No papel seriam 10 semanas x 6 dias por semana x 8 horas por dia. Na prática foram muitas mais, uma vez que os formandos chegavam antes das 08:00 h e saíam muito depois das 18:00 h (dias houve em que às 23:00 h tivemos que lhes pedir por favor para nos deixarem dormir)...Tínhamos como formandos 40 pessoas, cada uma delas com uma his-tória de resistência e de heroísmo. Um dos formandos quase não tinha dedos. Outro quase não via o ecrã. Tivemos lá uma senhora que falava pouco. Chegámos à conclusão que os 20 anos que passou no mato de espingarda em punho terão deixado as suas marcas. Os FALINTIL também eram mulheres. E nós estávamos no meio deles...

Metade dos formandos (Turno da manhã = 20 alunos). Ao fundo as bandeiras da Amadora e da EPGE (as quais ainda se mantêm presentemente no edifício). 35

O decurso da acção de formação não teve história, sendo de destacar a enorme assiduidade dos partici-pantes e a enorme vontade de participar de todos os formadores, designadamente:

Foram abordados os assuntos relativos às matérias pla-neadas, Introdução à informática, Sistema Operativo Windows, Processamento de Texto – Word, Folhas de Cálculo – EXCEL, Apresentações – Power Point e Manu-tenção de equipamentos – Hardware, e instalação de redes (este assunto foi abordado muito “pela rama”).E agora... uma missão de sabotagem!...Estavam no local o David e o João Beleza. Quando eles entendessem que os formandos estavam em con-dições de montar sozinhos os computadores, depois das várias fases que essa matéria atravessou, fi cou combinada entre nós uma acção subversiva...

E num belo dia, de manhã, os formandos encontraram os computadores desmontados, peça por peça. Tudo desmontado... E a matéria desse dia era: “virem-se!... Um destes dias é necessário vocês montarem um com-putador e nós não estamos cá”. A verdade é que quase todos os participantes foram capazes de realizar essa tarefa sozinhos (alguns em metade do tempo que tínha-mos previsto). A sessão foi um sucesso e eles fi caram com a consciência de que “ERAM CAPAZES”...

4. A cerimónia de encerramentoMas como tudo o que é belo tem um fi m, no dia 09 de Dezembro de 2000 foi realizada no Centro de For-mação de Aileu a cerimónia de encerramento com a presença do Comandante em chefe das FALINTIL, Taur Matan Ruak, a Dra. Maria José Carrilho, adida para a educação na Missão de Portugal em Timor-Leste, várias personalidades dessa Missão, designadamente o adido militar, o adido de segurança, durante a qual os militares das FALINTIL receberam das mãos do seu co-mandante, e muito respeitado herói, Taur Matan Ruak o diploma num momento de grande emoção.

O s n o s s o s P r o j e c t o s

No fi nal dessa cerimónia, entreguei a chave do centro, uma acção simbólica mas com grande signifi cado para nós que concebemos este projecto desde a ideia (peregrina para alguns...) até este momento que nos libertava por um lado, e que deixava uma enorme responsabilidade nas mãos dos militares das FALINTIL com vista à continuação destas acções. Para

A formanda (Bendita Barbosa) recebe o diploma de conclusão do curso das mãos do seu comandante (Taur Matan Ruak), perante o aplauso do Adido Militar da Missão de Portugal em Timor-Leste (Coronel Carlos Aguiar), do Adido de Segurança da Missão de Portugal em Timor-Leste, o 2.ª comandante das FALINTIL (Comandante Lehre) e da Médica da Missão de Portugal em Timor-Leste (Dra. Fernanda).

O comandante Taur Matan Ruak, recebe a chave do Centro de Aileu das mãos de Pedro Brás (à data Director Geral da EPGE) num acto simbólico.

Paulo Godinho 16 Setembro a 03 de Outubro

Pedro Brás 16 Setembro a 19 de Outubro

José Leal 26 Setembro a 22 de Outubro

Eduardo Pinto 14 de Outubro a 05 de Novembro

Henrique Frazão 19 de Outubro a 12 de Novembro

Hélder Pita 02 de Novembro a 26 de Novembro

David Almeida 08 de Novembro a 12 de Dezembro

João Beleza 23 de Novembro a 12 de Dezembro

36

além disso foram igualmente entregues camisolas do Futebol Clube do Porto (esta autografada por todo o plantel principal) e Sporting Clube de Portugal, doadas a nosso pedido por esses clubes...Sem entrar em grandes pormenores, deixem-me dizer que a despedida não foi fácil. Se por um lado nos in-vadia um sentimento de alegria pelo dever cumprido, que foi sentido por todos nós que, entre Setembro e Dezembro, participámos no projecto, perpassava por

nós uma indescritível nostalgia no momento em que olhamos nos olhos daquelas pessoas, quase sempre marejados com lágrimas de alegria, reconhecimento e agradecimento, e nos perguntamos se nos voltare-mos a ver...No centro de formação fi caram: para além de equi-pamentos diversos para o alojamento dos formadores como sejam camas, mesa, frigorífi co, fogão, estantes, e uma biblioteca que, para além de 40 exemplares dos livros utilizados na formação, de edição portuguesa, incluía igualmente uma conjunto de cerca de 50 livros de autores portugueses...

O s n o s s o s P r o j e c t o s

O Prof. David Almeida despede-se da turma. Na imagem os formandos Lourenço Matos, Moisés Guimarães e Florindo dos Santos.

O Centro de Formação de Aileu, 6 meses depois da acção, ainda em funcionamento

5 . S e i s m e s e s d e p o i s . . . .Em Maio de 2001, na sequência de uma missão para o lançamento do projecto de Criação do Ensino Profi ssional em Timor-Leste, tivemos a oportunidade de revisitar o “nosso centro”. E estava tudo a funcionar, com as bandeiras no local onde as deixámos, com o apoio permanente dos militares portugueses que ali fi caram a dar formação militar aos soldados das

FALINTIL, visando a sua integração nas futuras FDTL (Forças de Defesa de Timor-Leste). Todos os equipa-mentos estavam lá, a funcionar, sendo utilizados pelos militares das FALINTIL, conforme a imagem ao lado, pelos militares portugueses que daquele edifício faziam “caserna” (se calhar porque tinha RTPi e ar condicio-nado...), e também pela professora de Português que utilizava os equipamentos para produzir materiais para as suas aulas.Foi para nós extremamente gratifi cante saber que a se-mente que lançámos um ano antes estava a frutifi car, o que signifi cava que o nosso trabalho teve continuação. Afi nal, e não obstante todas as difi culdades que atra-vessámos, todos nós tivemos a certeza a determinada altura, quando atravessávamos este projecto e este lo-cal... que esta história estava condenada a ter mesmo um fi nal feliz...

Pedro Torres BrásCoordenador do Projecto 37

AA COOPAM é uma Cooperativa de Ensino Superior S

que prossegue, como objectivo da uasu ac-

idade,tivid a constituição de estabelecimentos de nsinoen

perior privado, designadamente:supe

ESET Escola Superior de Engenharia e Tecnologia

ES IE Escola Superior de Inovação Empresarial

CESET

Centro de Estudos Superiores e Especialização

Tecnoló , onde decorrerão actividades

ó ós-secundária),

e de Pó

São objectivos gerais da COOPAM:

•Formar os quadros técnicos superiores necessários

ao desenvolvimento de Portugal, tanto no que se

refere ao sector pú

• o cultural, científico e

ó

• Desenvolver investigação aplicada nas áreas de

actividade do Instituto;

• a sua actividade em projectos de investi-

çã

• projectos de investigação em ligação

com o mundo empresarial, designadamente

para a concepção e apoio à produção de novos

produtos;

• e parcerias com escolas

e centros de i ção nacionais e interna-

cionais.

NNN asceu o Instituto Socialal veGustave Eiffel. nós, mem tom analítico,

nasceu de um parto normamal, de rmo,term oifo e de-

sejado. Dizemos nós, em tomom ativo,tainterpretat guseguguindo a metááfora e a

nossa experiência, estão reunidas todas ass condições parapa um cccrescimento oeguroseg

í l e fecundl e fecundndo.vel e

O Instituto Social Gustave Eiffel, ded à aaa é va,cooperativa

que tem como i e de ortesupo

ao saudável das riancria ças. A educacação, e o onoensino em

são o fio condutor e mauma herança a que não podemos renegar. É imacimmaim de

t çã os no somos todos óóss.

edifi ção de um Jardim de Infância neste da

aumentando a numa região de forte

crescimento populacional.

Novos projectos se seguirão, na área da educação, en-

sino, saúde ou de âmbito social, a pensar nas crianças,

nas suas famí

Conscientes de que temos um objectivo forte a cum-

prir,p vamos apostar na inovação e na qualidade dos

erviserv ços que prestamos. Citando as palavras de Teresa

:

“As“ crianç sã ó de valores de uma nação,

famí ável.”

Nós, não vamos deixar que ninguém fique de fora!

I t iI n s t i t u t o lo c i aS o G u s t a v e E i f f e lC o o p e r a v aC o o p e r ar a t i v aC o o d e p o i oA p à C r i a n ç a , C R L

Alguns já estão OO projecto

CRIARTE promove a ocupação dos empos-livrestem

nas escolas, com o desenvolvimento dede actividades

lúdicas e educativas. Um outro ctoproject vai permitir a

O s n o s s o s P r o j e c t o s

COOPAM - Cooperativa de Ensino,En Educação e Formação, CRL

O s n o s s o s P r o j e c t o s

A Cooptécnica enquanto entidade de reconhecida experiência na área da formação profi ssional tem procurado sempre que a sua formação

seja uma resposta às necessidades existentes no mer-cado, dando seguimento quer às expectativas que esse mesmo mercado origina, quer às indicações inscritas nos documentos orientadores das políticas nacionais neste campo. Por outro lado, tem sido prática corrente desta instituição, promover protocolos de colaboração com outras entidades, por forma a garantir um capital de competência que, pela sua especifi cidade, possibilite um acréscimo de valorização importantíssimo para os nossos cursos de formação e consequentemente, para a qualifi cação de quem os frequenta. Assim, os Cursos de Formação de Motoristas de Táxi enquadram-se no projecto da Cooptécnica com o objectivo de expandir os seus serviços de formação

profi ssional ao sector dos transportes. Deste modo é possível servir as

necessidades formativas destes profi ssionais que fazem

parte de um importante sector de actividade económica.Com a necessidade de

F o r m a ç ã o d e t a x i s t a sU m a n o v a a p o s t a

melhorar os níveis de serviços prestados ao público, quer em qualidade quer em conforto e segurança, bem como adequar os conhecimentos destes profi s-sionais às novas tecnologias e aos novos métodos de trabalho, o Estado Português está a adoptar, desde há vários anos, as directivas europeias no domínio dos transportes públicos. Os Cursos de Aptidão Profi ssional da Cooptécnica são certifi cados pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT), dando acesso à certifi cação de Ap-tidão Profi ssional de motorista de táxi, de acordo com a legislação em vigor. A DGTT para além de defi nir as regras e os conteúdos dos cursos, inspecciona o seu funcionamento por forma a garantir um exigente nível de qualidade.Os cursos disponíveis são os seguintes:Formação inicial – Tipo I – Destinam-se a quem queira aceder à profi ssão de taxista.Formação inicial – Tipo II – Destinam-se igualmen-te a quem queira aceder à profi ssão mas que já tenha experiência como motorista.Aperfeiçoamento e Actualização – Destinam-se aos profi ssionais taxistas que necessitam do Curso de Aptidão Profi ssional (CAP) ou aos que precisam de o renovar. 39

João dos Santos e mais ainda…a forma como ele, a transmitia: “A arte de viver consiste em saborear o mel da vida, mesmo quando a adversidade nos atinge e o importante é trazer no coração a vida que nos sopram aqueles que tinham sabedoria”.João dos Santos, homem da ciência e da acção, leu e aprendeu

com grandes Mestres, mas quem sabe diz e acredita que o seu Grande Mestre foi o seu Mestre Interior, o seu Eu. Quanto a nós, estamos certos que deixou e terá sempre mui-tos seguidores, não só de uma ou duas doutrinas ou teorias, mas de uma arte de viver e ajudar a viver.Maria Eugénia Carvalho e Branco consegue com esta obra editada pelos “Livros Horizonte”, dar a conhecer ou a relembrar João dos Santos, aos leitores de uma forma integrada e objectiva, é pois de grande utilidade para todos os que cuidam ou se interessam pelas crianças e pelo seu crescimento: pais, professores, educadores e técnicos de saú-de mental.

É para ler, reler, recomendar e guardar para si. Pode ser um livro de consulta diária ou não, mas é certamente um livro “indispensável” em qualquer estante ou biblioteca.

Rita Paixão Lopes

João dos Santos nasceu em Lisboa em 1913, licenciado em Edu-cação Física e em Medicina. Psicanalista, mas antes de mais, um Mestre nas áreas da Pedagogia e saúde Mental. Fundador e

Presidente de várias Associações e Sociedades, que marcam a nossa sociedade; tais como, a Sociedade Portuguesa de Psicanálise, a Liga Portuguesa dos Defi cientes Motores, o Centro Hellen Kel-ler, a Associação Portuguesa de Surdos e o Centro de Saúde Mental Infantil de Lisboa. Em Dezembro de 1985, foi-lhe atribuído o titulo de Doutor Honoris Causa. Faleceu no ano de 1987. Tem um percurso profi s-sional e pessoal que não se dissociam, pois há de facto coisas inseparáveis, segundo o próprio, “arte de ensinar, de curar e de amar são uma e a mesma coisa”. A autora desta antologia, seguiu a “dica” e fez desta obra uma unidade, dividida em duas partes. A primeira é uma reconstrução da auto-biografi a traçada por João dos Santos e a segunda uma colectânea de vários textos do mesmo, organizados por temas precisos, que abordam de uma forma teórica as questões práticas com que se defrontam todos os educadores. A simplicidade e a naturalidade desta obra, refl ecte a harmonia e a sapiência de

. . . u m l i v r o

V I D A , P E N S A M E N T O E O B R AD E J O Ã O D O S S A N T O S ,

U m a a n t o l o g i a o r g a n i z a d a p o r M a r i a E u g é n i a C a r v a l h o e B r a n c o ,e d i t a d a p o r L i v r o s H o r i z o n t e , e m 2 0 0 0 .

40

Rua Elias Garcia, 25-A • 2700-312 AMADORA • Tels. 214 957 872 • Fax. 214 952 827

Áreas de acção:

• O Diálogo com os pais e encarregados de educação, criando um espaço

pedagógico, dirigido às dúvidas, esclarecimentos e trocas de experiências;

• O apoio e acompanhamento individual quer a nível pedagógico, quer a nível

psicológico, disponibilizando-se para tal de um gabinete psico-pedagógico;

• As actividades de tempos livres, designámos por ESPAÇOS:

ESPAÇO PALCO • ESPAÇO BRANCO • ESPAÇO DAS ARTES PLÁSTICAS

ESPAÇO DOS PAIS • ESPAÇO DE ESTUDO • ESPAÇO DA INFORMÁTICA

ESPAÇO DO DESPORTO • ESPAÇO DE INGLÊS • ESPAÇO DAS PALAVRAS

FORA DE ESPAÇO • ESPAÇO DO SONHO

CRIARTE é um projecto do Instituto Social Gustave Eiffel,

Cooperativa de Apoio à Criança, CRL, que visa a implementação de

actividades de ocupação de tempos livres na escola, nos períodos não lectivos.

O nosso projecto destina-se a crianças entre os 4 e os 13 anos de idade.

Apresenta actividades atractivas e motivadoras, quer no aspecto

lúdico, quer pedagógico, quer cultural ou até mesmo social.

N.º 1 • Janeiro 2004 • 2.ª SÉRIE • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ISSN 1645-9113

SEDEAmadora / Venda Nova:Rua Elias Garcia, 292700-312 AMADORATelef.: 214 996 440Fax: 214 996 449E-mail: [email protected]

[email protected]

Amadora (Centro):Rua Luís de Camões, 4 e 62700-535 AMADORATelef: 214 987 950Fax: 214 987 970E-mail: [email protected]

ORGANIZAMOS FORMAÇÃO PARA ACTIVOS: INFORMÁTICA GESTÃO CONSTRUÇÃO CIVIL SEGURANÇA E SAÚDE ELECTRÓNICA

CONTABILIDADE TRANSPORTES (CERTIFICAÇÃO DE MOTORISTAS DE TÁXI)

FORMAÇÃO PARA EMPRESAS:Organizamos soluções de formação à medida das suas necessidades

Queluz:Rua César de Oliveira, 152745-091 QUELUZTelef: 214 362 521 / 24Fax: 214 36 45 77E-mail: [email protected]

Entroncamento:Rua Mouzinho de Albuquerque, 82330-183 ENTRONCAMENTOTelef: 24 971 82 46Fax: 24 971 98 62E-mail: [email protected]

TÉCNICOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL:• DESENHADOR• CONDUTOR DE OBRA• INFRA-ESTRUTURAS PÚBLICAS• MEDIDOR ORÇAMENTISTA

CURSOS DE NÍVEL IVCET’s Cursos de Especialização Tecnológica

CONDUÇÃO DE OBRA APLICAÇÕES INFORMÁTICAS DE GESTÃO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS MULTIMÉDIA TECNOLOGIAS E PROGRAMAÇÃODE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE REDESE SISTEMAS INFORMÁTICOS

CAP - FORMADOR FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE FORMADORES(Homolgado pelo IEFP)

CAP - MOTORISTA DE TÁXI TIPO I e TIPO II ACTUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO(Homologado pelo DGTT)

ENTREVISTA com o ex-Ministro da Educação Roberto Carneiro

www.cooptecnica.pt

CURSOS DE NÍVEL II10.º Ano Profi ssionalizante

CURSO DE INSTALAÇÃO E RECUPERAÇÃODE COMPUTADORES CURSO DE OPERADOR DE REDES INFORMÁTICAS CURSO DE OPERADOR DE MANUTENÇÃOE REPARAÇÃO DE APARELHOS ELÉCTRICOSE ELECTRÓNICOS

CURSO DE ASSISTENTE DE CONTROLO DE OBRA

CURSOS DE NÍVEL IIIEnsino Profi ssional

TÉCNICO DE INFORMÁTICA // MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO

TÉCNICO DE INFORMÁTICA FUNDAMENTAL TÉCNICO DE GESTÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS TÉCNICO DE MULTIMÉDIA TÉCNICO DE ELECTRÓNICA INDUSTRIALE AUTOMAÇÃO TÉCNICO DE DESIGN INDUSTRIAL TÉCNICO DE GESTÃO

R E V I S T A D E E D U C A Ç Ã O D A C O O P T É C N I C A • G U S T A V E E I F F E L

ROBOCUP 2003

A EDUCAÇÃO / FORMAÇÃO NA AGENDA EUROPEIA

ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAVE EIFFEL EM TIMOR-LESTE

FORMAÇÃO DE TAXISTAS

Formamos para o EmpregoF O R M A Ç Ã O À M E D I D A

F O R M A Ç Ã O C O N T Í N U A

“TANGO DANCER’S”PREMIADOS A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL

COOPTÉCNICAGUSTAVE EIFFEL

REPÚBLICAPORTUGUESA

PROGRAMADE DESENVOLVIMENTO

EDUCATIVO PARA PORTUGAL

PROGRAMA OPERACIONAL REGIÃO LISBOAE VALE DO TEJO

UNIÃO EUROPEIAFUNDO SOCIAL

EUROPEU


Recommended