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TEOLOGIA CONTEMPORÃNEA 2

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    TEOLOGIA CONTEMPORÃNEA - KARL BARTH.

    KARL BARTH SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA ETEOLÓGICA NO RESGATE DA PALAVRA DE DEUS.

    João Ricardo Ferreira de França*

    INTRODUÇÃO 

    Durante a penetração do Racionalismo dentro da Igreja de Cristoque gerou o dilema do Liberalismo Teológico temos noos tempos

    e noas mentes! neste tempo a academia so"ria com as ideias

    modernas# a negação dos milagres# da relação de Deus com o

    unierso criado $ o De%smo $ como algo controlador e norteador da

    perspectia &umana'

    ( e)istencialismo estaa a"lorado na sociedade e &aia

    gan&ado uma popularidade signi"icatia# mas o &omem continuaa

    na incredulidade# pois# &aia descido a lin&a do desespero e não

    sabia como retornar de l'

    +urge no cenrio ,ultmann que tenta responder as

    indagaç-es de sua .poca propondo o m.todo de interpretação que"icou con&ecido como /Desmitologi0ação1# neste m.todo ele

    propun&a interpretar a ,%blia mostrando os seus mitos# mas

    di0endo que os mesmo eram necessrios# pois# comunicaam uma

    realidade maior $ da% os milagres que a ,%blia narra não ocorreram

    erdadeiramente# mas são mitos que precisam ser 

    desmitologi0ados para se c&egar 2 realidade por trs deles'

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    isa recon"ortar a sua pequena Igreja na 3leman&a $ e o seu

    minist.rio 7astoral o lira do Liberalismo Teológico $ e precisa

    posicionar4se contra o tratamento que o partido 5a0ista est

    mani"estando aos que não se alin&am a ele',art& se torna um teólogo que resiste aos interesses pol%ticos

    de

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    5a nossa jornada introdutória 2 teologia de 6arl ,art&

    precisamos con&ecer um pouco da &istória de sua ida' Temos

    ci>ncia de que o conte)to no qual ,art& est inserido . o do

    liberalismo teológico ?F8RR8IR3# @AAB# p# E'6arl ,art& nasceu em ,asel# +u%ça# no dia A de maio de

    BBG' 8ra "il&o de Frit0 ,art um ministro re"ormado e pro"essor de

    5oo Testamento e s

    primeiros s.culos1' +uas principais in"lu>ncias acad>micas "oram

     3dol" on

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    8uropa ocidental passar pela agonia da 7rimeira ;uerra :undial'

    ?L3T(HR8TT# @AAG# p'BBA'

    Foi e)atamente o minist.rio pastoral que o "e0 pensar sobre aposição que abraçara# ou seja# o "e0 re"letir sobre a posição liberal'

    Hm &istoriador nos di0 que /"oi durante esses anos# de pregação

    dominical 2 sua congregação ao som das grandes aramas# que ele

    "oi "orçado a pensar em uma renoação da sua ".1 ?L3T(HR8TT#

    @AAG# p'BBA'

     3 gota dPgua que o "e0 abandonar o liberalismo teológico "oi

    o "ato de muitos pro"essores# a quem ,art& admiraa muito#

    abraçaram o discurso do 5a0ismo# ele mesmo e)pressou isso nos

    seguintes termosQ

    ( erdadeiro "im do s.culo de0enoe# o "im daquilo que

    depois eio a ser c&amado de la belle .poque# coincide de "ato#

    tamb.m para a teologia protestante# com o ano "at%dico de '

    7uro acaso9 +eja como "or# justamente naquele ano que 8rnst

    Troeltsc recon&ecido como o sistemati0ador e o cori"eu de toda aescola moderna# abandonou de"initiamente sua ctedra de

    teólogo para passar 2 "aculdade de "iloso"ia''' 7essoalmente# não

    posso esquecer aquele triste dia do inicio de agosto de no

    qual M intelectuais alemães a"irmaram publicamente sua

    concord=ncia com a pol%tica belicista do imperador ;uil&erme II e

    de seus consel&eiros! pro"undamente assombrado# tie de

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    constatar que# entre estes# constaam os nomes de todos os

    pro"essores de teologia que at. então eu respeitara e ouira com

    con"iança' 8# como eles se &aiam enganado em seu et&os de

    "orma tão marcante# uma conclusão se me impun&a! não podiamais segui4los em sua .tica e em sua dogmtica# em sua e)egese

    da ,%blia e em seu modo de ensinar a &istória! resumindo# a partir 

    daquele momento# a teologia do s.culo inte# ao menos para mim#

    não podia mais ter nen&um "uturo' ?3pud# ;I,8LLI5I# +ão 7auloQ

    LoOola# B# p' B'

     3qui nós temos um noo ,art& que rompe de"initiamente

    com o liberalismo teológico que era ienciado na academia'

    II – SUAS OBRAS

    2.1 – comentário à Carta aos Romanos'

    ,art& tornou4se con&ecido quando produ0iu sua signi"icatiaobra que . o comentrio 2 Carta de Romanos' :uitos &istoriadoresindicam que esta obra "oi o golpe de misericórdia na TeologiaContempor=nea $ ou no con&ecido Liberalismo Teológico $ pois

    nesteliro ,art& "ormulou igoroso protesto não apenas contra a teologiacontempor=nea# mas contra toda a tradição que se in&a "ormandodesde +c&leiermac&er e que "undamentaa o cristianismo nae)peri>ncia &umana e consideraa a ". um elemento na idaespiritual do &omem' 3 Carta aos Romanos "oi tamb.m um protestocontra aquelas escolas que tin&am trans"ormado a teologia em

    ci>ncia da religião e tin&am apresentado a anlise &istórico4cr%ticada ,%blia como a nica interpretação poss%el' ,art& publicou a

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    segunda edição da obra poucos anos depois# e esta edição#completamente reisada# pode ser considerada o in%cio da noaescola que posteriormente se tornou con&ecida como a escoladial.tica' Como "e0 er claramente na Carta aos Romanos# ,art&

    pretendia substituir a interpretação meramente "ilológica e &istóricacom uma e)posição /dial.tica1 mais pro"unda do próprio materialb%blico' 8ncontrou e)emplos principalmente nos clssicos datradição cristã# como# por e)emplo# em Lutero e Calino' 3interpretação da ,%blia de ,art entretanto# não . mera cópia daobra dos re"ormadores! a dial.tica que encontrou na ,%blia não .#como acontece com Lutero# o contraste entre a ira e a graça de

    Deus# entre o pecado do &omem e a justiça proidenciada por Deus! . antes o contraste "undamental entre eternidade e tempo#entre Deus como Deus e o &omem como &omem' 3 aplicaçãodeste conceito "undamental# ia de regra# resultou na rejeição do&umano# "a0endo assim lugar para a reelação diina# para o/totalmente outro1# que . reelado pela palara de Deus aos queem esp%rito de &umildade mostram4se receptios 2s aç-es diinas

    e 2 mensagem da igreja' ?

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    teológico' 5en&um camin&o ai do &omem a DeusQ nem a ia dae)peri>ncia religiosa ?+c&leiermac&er# nem a da &istória?Troeltsc&# e tampouco uma ia meta"%sica! o nico camin&opraticel ai de Deus ao &omem e se c&ama Jesus Cristo' 8# se a

     justi"icação . a relação positia entre o &omem e Deus# então esta. justi"icatio "orensis# justi"icação declarada por Deus' 8ntre o&omem e Deus passa uma lin&a de morte ?Todeslinie# quepermanece absolutamente intranspon%el por parte do &omem# oudentro da &istória do &omem# e sim a crise ?6risis incessante detoda &istória' 3 &istória do &omem# que . &istória de pecado e demorte# est sob o ju%0o de Deus# sob o não# mas trata4se de um

    não dial.tico# superado no sim que Deus pronuncia em JesusCristo' 3 ressurreição de Cristo . irrupção do mundo noo no el&omundo da carne# mas só tangencialmente' /5a ressurreição# omundo noo do 8sp%rito +anto . posto em contato com o el&omundo da carne' :as ele o toca como a tangente toca o c%rculo#sem toc4lo# e# precisamente na medida em que não o toca# toca4ocomo a sua limitação# como um mundo noo1' ( eangel&o que

    7aulo quer anunciar no grande mercado espiritual e religioso deRoma não . uma mensagem religiosa# que in"orme sobre adiindade e a dei"icação# e sim a alegre e boa not%cia de Deus# cujaacol&ida . a ".' :as a ". nada tem a er com a lama da e)peri>nciareligiosa! ela . milagre# salto no a0io# cuo ?

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    /absolutamente outro1# a /distinção qualitatia in"inita1 entre Deus eo &omem' 3qui a teologia . o estudo não de "iloso"ia &umana oue)peri>ncia religiosa# mas da palara de Deus' 7ara ,art /a ,%bliaUeio a serV não meramente uma colet=nea de documentos antigos

    a serem e)aminados criticamente# mas# sim# uma testemun&a deDeus1' ?,R(N5# B# p' '

    2.2 – A Dogmática Eclesiástica.

    +omos in"ormados que ,art& "oi conidado no ano @@ para ser preletor em uma con"er>ncia sobre a Teologia Re"ormada na

    Hniersidade de ;Wttingen ?F8RR8IR3# @AAB# p' @! ali . ajudoua desenoler a con&ecida Teologia Dial.tica'5aquela Hniersidade ele dedicou4se ao estudo da TeologiaRe"ormada con"orme entendida por Calino! ele era um pro"undoadmirador de Calino a tal ponto de escreer a um amigo aseguinte obseraçãoQ

    Calino . uma catarata# uma "loresta primitia# um poder demon%aco# algo indo diretamente do s# estran&o# mitológico! perco completamente o meio# asentosas# mesmo para assimilar esse "enXmeno# sem "alar paraapresent4lo satis"atoriamente' ( que recebo . apenas umpequeno e t>nue jorro e o que posso dar em retorno# então# .apenas uma porção ainda menor desse pequeno jorro' 8u poderia

    "eli0 e proeitosamente assentar4me e passar o resto de min&a idasomente com Calino ?3pud# ;8(R;8# # p' GM4G''

    Isto notoriamente o condu0iu a escreer uma obra c&amada deDogmtica Cristã# todaia# ele "oi seeramente criticado por basear sua teologia na corrente e)istencialista# "ugindo em certa medidada teologia de Calino! . claro que ele "a0ia a leitura teológica com

    os óculos do 8)istencialismo# mas não na mesma medida que,ultmann! isto "e0 com que ele oltasse o camin&o noamente e

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    sólida'J no se)to cap%tulo ,art& introdu0 o leitor at. a relação entre ocriador e a Criatura' 5a discussão da proid>ncia de Deus e acriação dos 3njos são postulados com grande signi"icado para a

    Teologia'(s ltimos cap%tulos da obra centrali0am4se na 7essoa e na (brade Cristo' Cristo . contemplado como sendo o mediador parareconciliar os pecadores com Deus! ( cristo dentro da obra istocomo o sero . signi"icatiamente considerado na obra a ideia do+ero +o"redor de Isa%as M' 8 termina4se a obra apresentandoCristo como a erdadeira Testemun&a que anuncia e e"etia a obra

    de redenção ao mundo'8le insistia di0endo que /uma dogmtica cristã dee ser cristológicaem sua estrutura "undamental como em todas as suas partes# se .erdade que o seu nico crit.rio . a 7alara de Deus reelada eatestada pela +agrada 8scritura e pregada pela Igreja e se .erdade que esta 7alara de Deus reelada se identi"ica comJesus Cristo'1 ?,3RTncia &umana "rente aosgrandes desa"ios que sobre.m na ida da Igreja'

    III – SUA TEOLOGIA.

    Hm dos aspectos mais catiantes nas obras de ,art& e a suapai)ão pela Teologia# algo tão ausente em sua .poca # essa pai)ãoestaa inculada 2 7alara reelada de Deus' 3o de"inir a palara/Teologia1 ele di0Q

     3 palara ]Teologia1 inclui o conceito do Logos' Teologia . umalogia# lógica# ou linguagem lançada a Deus# a qual . poss%el

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    realia0er e determinar tamb.m' ( inescapel o signi"icado delógos . ]palaraP U'''V 3 palara não . necessariamente umadeterminação do lugar nico da Teologia# mas . indubitaelmente oprimeiro' Teologia em si mesma . uma palara# uma resposta

    &umana' ?,3RTncia teológica&oje UTeologisc&e 8)isten0 &euteV $ na noite de @ para @ de

     jun&o# quando ,odelsc&^ing& se demite' ( centro da discussão domani"esto de ,art& . a questão da 7alara de Deus e suaimport=ncia no carter e na ida do cristão' 3 teologia de ,art& .

    cristológica e c&ama a atenção dos cristãos para o papel da igrejaenquanto proclamadora da 7alara de Deus no mundo' 8stemani"esto teológico con"iguraa4se como reação pol%tica#contrariando a proposição dos Cristãos 3lemães de apoio eincorporação aos princ%pios do Reic&' ?F8RRIR3# @AAB# p' @B'

    8sta teologia "orjada no calor da batal&a pol%tica e ideológica o "e0

    di0er algo realmente signi"icatio sobre a realidade da Igreja deCristoQ

     3 Igreja Cristã não est no C.u# mas na terra e no tempo! aindaque seja um dom de Deus inserido nas realidades &umanas e oque se passa dentro da Igreja corresponde a essas realidades U'''V#pois a Igreja# sem dida nen&uma# dee ser um lugar onde ressoa

    uma palara que se dirige ao mundo' ?,3RT

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    ( problema real era que esta Igreja na .poca j não tin&a umapalara para dirigir4se ao mundo! e ,art& questionaa as duasbases "undamentais nas quais a Igreja estaa apoiando o 5a0ismo'

     3 primeira base questionada por ,art& era /a questão da re"ormaeclesistica# a da nomeação de um bispo do Reic& e a e)ist>nciado moimento dos Cristãos 3lemães1' 7ara ,art& não era poss%elque se isuali0asse num eento da &istória uma /noa ordem paraa igreja1# isso só era poss%el por meio da reelação de Deus# a7alara' Com relação a "igura do bispo# um F&rer dentro da igreja?Reic&sbisc&o"# mostra a clara associação do cargo com o F&rer 

    nacional socialista e para o modelo de onde "oi tirado# oepiscopado católico romano'Hm biogr"o de ,art& nos lembra algo que . muito importantesobre estas duas perspectias claras na concepção ,art&ianaQ

    Duas concepç-es da Igreja "oram postas 2 proa no curso doper%odo &itlerista' 8 "oi do seio da Igreja Re"ormada# malgrado seus

    de"eitos e "raque0as# bem como suas tentaç-es para seguir tamb.m no sentido da grande corrente que arrastou a 3leman&a#que nasceu uma Igreja de oposição' 8 não apenas um moimento#mas uma erdadeira Igreja' 3 "orça pro".tica de alguns# e de ,art&em particular# "e0 compreender 2s comunidades con"essionais que#al.m das estruturas e das instituiç-es# encontraam4se erdadeseang.licas que era proibido calar ou apenas coc&ic&ar' (s

    re"ormados estaam mais bem preparados para ouirem estamensagem que os luteranos# presos aos seus bispos e a umaconcepção de Igreja a"astada das preocupaç-es sociais'5aturalmente r%gida# e ainda mais emperrada e imobili0ada pelaatitude de 7io II# a Igreja Católica "oi incapa0 de oui4la e# muitomenos# de pro"eri4la' ?C(R5H# 6arl ,art teólogo da liberdade# p'@A'

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    8ntão# temos uma teologia sendo alicerçada dentro da resist>nciaao sistema 5a0ista# mas não apenas isso nós temos o nascimentode uma Igreja que deseja con"essar apenas Cristo como o centroda &istória dos &omens'

     3 Igreja Con"essante nasce neste con"lito' 8sta igreja . apoiada por Dietric& ,on&oe""er#

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    G' 3 dogmtica relaciona todas as partes UlociV da dogmtica paraseu centro cristológico'E' 3 dogmtica recon&ece seus limites e presera o mist.rio deDeus'

    B' 3 dogmtica insiste na liberdade do 8angel&o de uma relaçãode a priori com a e)ist>ncia &umana'' ( pensamento dogmtico não separa a .tica da dogmtica'A' 3 dogmtica se recusa a admitir qualquer tipo de dualismo eassim se recusa a considerar o mal tão seriamente quanto a graça'' 3 dogmtica se moe da ação para a e)ist>ncia# da realidadepara possibilidade# do 8angel&o para Lei# do /sim1 de Deus para o

    /não1 de Deus'@' ( pensamento dogmtico sabe que uma dogmtica pode ser arquiteturalmente bonita e teologicamente e)ata' ?,(LICncia na qual aIgreja# segundo o estado atual do seu con&ecimento# e)p-e o

    contedo da sua mensagem# criticamente# isto .# aaliando4o por meio das +agradas 8scrituras e guiando4se por seus escritoscon"essionais1 ?,3RT

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    era' Como ,art& usa o termo# re"ere4se em lugar disso# aopuramente transcendental# que nada tem em comum com o tempoe que# portanto# pode estar igualmente presente em todas as.pocas' 3 relação Deus4&omem . concebida com paralelo direto do

    contraste entre tempo e eternidade'

    5a teologia de ,art& a 7alara de Deus . o conceito central' 37alara de Deus em at. nós em uma "orma triplaQ a 7alarapregada# a 7alara escrita e a 7alara reelada'Correspondentemente# a 7alara .# por nature0a# "ala# ato emist.rio $ uma triplicidade que est presente em cada "orma da

    palara de Deus' 8sta triplicidade na unicidade e esta unicidade natriplicidade o"erecem a nica analogia 2 doutrina da +antaTrindade' ?F8RR8IR3# @AAB# p' MG

    ( que est inserido neste conceito ,art&iano a respeito da8scritura9 8st inserido a ideia de que

     3 palara de Deus nos con"ronta na 8scritura +agrada# mas a8scritura não .# no sentido erdadeiro# palara de Deus! . apenastestemun&o dela e aponta para a eterna 7alara de Deus' Damesma "orma# o Cristo da &istória não . nem Fil&o de Deus nemFil&o do

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    que apenas d testemun&o da salação eterna# cuja realidade seencontra no decreto de Deus# e a proclama' Como resultado disso#o conceito de salação de ,art& en"ati0a o con&ecimentoQ a mortee a ressurreição de Cristo deram a con&ecer ao &omem que a

    salação eterna consiste nisto# que o 7ai primeiro rejeitou e entãoeleou o Fil&o' (s que recon&ecem este "ato "oram reconciliadoscom Deus' 3 &istória da salação como registrada na ,%blia .apenas um re"le)o da eterna /&istória da salação1?

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     3 ida e obra de ,art& tem sido inspiradora na ida de muitosteólogos# pois# a sua luta para que o 5a0ismo não se promoessecom o apoio das Igrejas Cristãs de sua .poca# nos reela que ele

    "oi um pro"eta leantado por Deus em seu tempo'5unca deemos esquecer que graças ao trabal&o intelectual epastoral de ,art& a Igreja não se tornou obsoleta# sem nada acomunicar a um mundo que j não acreditaa na ,%blia# namensagem dos pastores# então ele consegue ser ouido em umamultidão'Deemos estar sempre atentos para que não "açamos injustiças

    contra 6arl ,art pois# ele tem sido mal compreendido por muitosteólogos' +ua concepção da 7alara de Deus e da Igreja nos temreelado algu.m que de "ato ama a Igreja! Deus# a encarnação ecentro cristológico abordado em toda a sua obra sugere para nós ocristocentrismo ,art&iano':as deemos nos "icar alertados para alguns equ%ocos daTeologia de ,art& como coloca muito bem 3'D'R'7olmanQ

    5ão negamos os grandes m.ritos desse teólogo su%ço' +uaincansel luta contra o neo4protestantismo# em todas as suasdiersas "ormas# e contra o catolicismo romano não . est.ril' +ua"ranca con"issão acerca da Trindade +anta# da Deidade de JesusCristo# da absoluta corrupção do &omem e da justi"icação somentepela ". tem "ortalecido o coração de mil&ares de crentes no mundo

    inteiro' +eu poderoso apelo para que se passe radicalmente dosujeito para o objeto# da colocação do &omem piedoso no centropara a "ocali0ação de Deus somente# sua passagem dee)peri>ncias piedosas para a autori0ada 7alara de Deus# tem sidouma b>nção indi0%el para todas as igrejas' 8m muitos pa%ses umnoo est%mulo# para o estudo da ,%blia dee4se4l&e atribuir# eatra.s de sua obra quest-es e)eg.ticas e dogmticas passaram a

    ser alo de muito maior interesse' :uitas igrejas aprenderam denoo com ele o que signi"ica ser igreja de Jesus Cristo# igreja que

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    pode e dee ouir e)clusiamente a 7alara do seu Rei e +en&or'?''' 3legremente recon&ecemos tudo isso com gratidão' :asapesar disso não se pode negar que esse punjante pensador submete constantemente a reelação de Deus na +anta 8scritura

    2s suas próprias teorias Ue'g'# sua discussão sobre a 8scritura#suas doutrinas da predestinação e da criaçãoV' ?''' 8m todo o seupensamento "alta4l&e aquela submissão 2 reelação da 8scrituraque encontramos de modo e)cepcional no teólogo não menor doque ele# Calino' Isso . "atal no terreno santo dos mist.rios deDeus' Tudo quanto se desia da reelação diina e)arada na ,%bliaou a diminui não tem alor no reino indouro de Cristo# e dee ser 

    rejeitado com implacel "irme0a pela igreja de Cristo' +ó umateologia obediente 2 ,%blia pode atraessar s.culos' 3 teologiab%blica de Calino# pois# ainda ier na igreja de Cristo muitodepois que o poderoso sistema de ,art& tier passado 2 &istória'?3pud# F8RR8IR3# @AAB# p' '

    e)atamente esta "alta de submissão constante 2s 8scrituras em

    temas tão signi"icatios para a ida da Igreja que nos "a0 recuar com a abordagem teológica de ,art sua noção de inspiraçãotamb.m . altamente danosa e perigosa para a Igreja# pois# "icamoscom uma ,%blia que em algum sentido . 7alara de Deus# mas emoutro não .',art& o"ereceu ao longo de alguns anos tr>s interpretaç-es doCredo 3postólico# mas não os atacou abertamente# todaia# omitiu

    ideias "undamentais que sempre "oram de"endidas pelos cristãosantigos' 8ste tipo de atitude . mais perigoso que qualquer ataque"rontal' +ua teologia . importante para a igreja naquilo que semant.m "iel 2 reelação b%blica'

    8mbora 6arl ,art& não possa ser aceito como pro"essor e mestre"idedigno pelo estudante que procura permanecer leal ao modo

    &istórico cristão de entender a inspiração e a autoridade da8scritura# não pode &aer dida que . imensa a sua contribuição

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    2 teologia eang.lica' 8m primeiro lugar# "e0 uma cr%tica radical doliberalismo e do seu otimismo super"icial! depois passou aigorosamente declarar de noo e re"ormular muitos ensinoscristãos "undamentais' ,art& estimulou uma produção tremenda da

    erudição eang.lica' ( próprio carter impressionante da obra de,art combinado com o "ato de que em muitos aspectos apóia aposição ortodo)a# ao passo que# noutros aspectos reela "raque0asperigosas# e at. mesmo "atais# tem dado motiação a rios dospensadores cristãos ortodo)os mais produtios' 5ão somente ocriticaram e demonstraram sua dierg>ncia do cristianismo&istórico e b%blico! mas tamb.m procuraram "a0er# numa base mais

    completamente b%blica# aquilo que ,art& "e0 a partir do seu próprioconceito da 7alara de Deus ?,R(N5#

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