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Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN

    J ULIANO ANDR VERGUTZ

    RICARDO CUSTDIO

    ANLISE COMPARATIVA DE RESULTADOS OBTIDOS EM SOFTWARES DEDIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS EM CONCRETO

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    J ULIANO ANDR VERGUTZ

    RICARDO CUSTDIO

    ANLISE COMPARATIVA DE RESULTADOS OBTIDOS DE SOFTWARES DEDIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

    Trabalho de concluso de curso apresentado disciplina Trabalho Final de Curso como

    i it i l l d G d

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus, pela vida, oportunidades, conhecimento e

    proteo.

    Ao professor Claudio Luiz Curotto, pela ateno e

    orientao, dada ao longo deste trabalho.

    Aos professores Antonio Stramandinoli e J orge

    Luiz Ceccon, pelas dvidas tiradas.

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    RESUMO

    Na elaborao de projetos estruturais de concreto armado, os trsprogramas de clculo estruturais mais utilizados atualmente so o EBERICK,CYPECAD e CAD TQS, o primeiro muito difundido na regio sul do pas, osegundo utilizado em outros pases, pois pode fazer consideraes denormas europeias, o terceiro tem seu uso difundido em todo Brasil. Observar aforma de como lanado uma estrutura hipottica nestes programas, e quais

    tipos de anlises e critrios adotados entre eles, bem como as diferenasresultantes nos esforos finais o que se contempla neste trabalho. Osprogramas entre si apresentam diferenas de anlises, no lanamento daestrutura, e na insero das cargas e distribuio dos esforos, desta formaforam elaboradas planilhas eletrnicas para uso como referncia nosresultados globais da estrutura, tais como carga na fundao e nos pilares.

    Palavras Chaves: Estrutura, anlise estrutural, programa, pilar, viga, laje,cargas e esforos.

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    ABSTRACT

    In the development of structural designs reinforced concrete, the threestructural analysis softwares most used today are the EBERICK, CYPECADand TQS. The first one is well known in the southbound of the country, thesecond one is used in many countries, as long as it can deal with Europeancodes and the last one is widespread used throughout all the country. Observehow a hypothetical structure is modeled using these programs, and what sort of

    tests and criteria they adopt, and the resulting differences in final stresses iswhat can be found in this work. The softwares differ in the kind of analysis, atthe modeling of the structure, at the loading step and distribution stresses. Sowere created spreadsheets to use as a reference to compare the structuresglobal results, such as the total load on the foundation and the columns.

    Key words: structure, structural analysis, software, column, beam, slab, loads

    and stresses.

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    SUMRIO

    1. INTRODUO ...................................................................................................................... 10

    1.1. Justificativa...................................................................................................................... 11

    1.2. Objetivos Gerais .............................................................................................................. 11

    1.4. Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 12

    2. REVISO BIBLIOGRFICA..................................................................................................... 13

    2.1. Histrico do Concreto Armado e do Clculo Estrutural .................................................. 13

    2.2. Lajes................................................................................................................................. 20

    2.3. Vigas ................................................................................................................................ 21

    2.4. Pilares .............................................................................................................................. 21

    2.5. Propriedades dos Materiais ............................................................................................ 23

    2.5.1. Propriedades do Concreto .......................................................................................... 23

    2.5.1.1. Massa Especfica...................................................................................................... 24

    2.5.1.2. Coeficiente de dilatao trmica ............................................................................ 24

    2.5.1.3. Resistncia compresso ....................................................................................... 24

    2.5.1.4. Resistncia trao................................................................................................. 25

    2.5.1.5. Mdulo de elasticidade........................................................................................... 25

    2 5 1 6 Ef it d R h 26

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    2.7. Modelos estruturais ........................................................................................................ 38

    2.7.1. Modelo de vigas contnuas.......................................................................................... 38

    2.7.2. Prticos planos ............................................................................................................ 39

    2.7.3. Prticos espaciais ........................................................................................................ 42

    2.7.4. Modelo de grelhas....................................................................................................... 43

    2.8. Esforos e combinaes .................................................................................................. 46

    3. FERRRAMENTAS COMPUTACIONAIS................................................................................... 51

    3.1. CYPECAD.......................................................................................................................... 51

    3.1.1. Caractersticas tcnicas de anlise.............................................................................. 51

    3.2. EBERICK ........................................................................................................................... 53

    3.2.1. Caractersticas tcnicas da anlise.............................................................................. 54

    3.3. TQS .................................................................................................................................. 56

    3.3.1. Caractersticas de tcnicas de anlise......................................................................... 57

    4. METODOLOGIA.................................................................................................................... 58

    4.1. Projeto arquitetnico...................................................................................................... 58

    4.2. Pr-dimensionamento dos elementos estruturais ......................................................... 58

    4.2.1. Pr-dimensionamento de pilares................................................................................ 58

    4.2.2. Pr-dimensionamento de vigas................................................................................... 64

    4 2 3 Pr-dimensionamento de lajes 65

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    5.4. Estudo do pilar P1 ......................................................................................................... 129

    5.5. Estudo da viga V1 .......................................................................................................... 136

    5.5.1. Estrutura com laje ..................................................................................................... 136

    5.5.3. Comparativo entre estrutura com laje e estrutura sem laje .................................... 149

    5.6. Dados gerais da estrutura ............................................................................................. 151

    6. CONCLUSO ...................................................................................................................... 155

    7. REFERNCIAS..................................................................................................................... 156

    ANEXOS ..................................................................................................................................... 159

    ANEXO A.................................................................................................................................... 160

    ANEXO B .................................................................................................................................... 169

    ANEXO C .................................................................................................................................... 180

    ANEXO D.................................................................................................................................... 189

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    1. INTRODUO

    H tempos a construo de edifcios de mltiplos andares concebidos

    em concreto armado tem sido soluo largamente empregada no Brasil como

    resposta ao desenvolvimento das cidades. Sendo assim os projetos estruturais

    necessitaram de massiva evoluo tcnica, para ganho de tempo, economia e

    preciso para que as estruturas em concreto armado pudessem ser realizadas.

    Nos anos anteriores a dcada de 70, projetos desta natureza era realizada

    integralmente a mo, desde os clculos at os detalhamentos dos elementos

    estruturais, o que demandava muito tempo para a sua concluso.

    Entre os anos 60 e 70 comeavam a surgir s primeiras mquinas

    eletrnicas programveis. Em meio a esta insurgncia tecnolgica existiam

    quatro ou cinco modelos e marcas de mquinas programveis, dentre elas o

    modelo Sharp 14, que era programvel em linguagem Basic e associada ao

    uso de cartes magnticos. Os clculos de vigas contnuas, por exemplo, eram

    realizados em duas etapas (dois cartes magnticos) e posteriormente se

    faziam os diagramas de momentos fletores e esforos cortantes mo. Os

    clculos das cargas verticais em edifcios, levando em conta o efeito do vento,

    tambm eram feitos em duas etapas (dois cartes magnticos): sendo que

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    O fato dos programas de clculo contribuir significativamente para a

    resoluo dos mais variados tipos de problemas encontrados durante a

    elaborao de um projeto estrutural, no significa que o engenheiro possa se

    preocupar menos com as questes a serem consideradas na elaborao do

    projeto, desta forma de fundamental importncia que o profissional tenha um

    bom conhecimento prtico e terico, os quais esto muitas vezes associados

    com a experincia e boa formao acadmica. A entrada de dados e

    interpretao das sadas de dados so etapas fundamentais na definio do

    projeto estrutural.

    1.1. J ustificativa

    Para os profissionais da engenharia que atuam na rea de projeto de

    estruturas de concreto armado, fundamental que eles saibam como as

    estruturas so idealizadas nos programas e as consideraes que eles fazem.

    De modo geral, importante que o engenheiro calculista saiba de onde

    surgem os resultados que os programas fornecem, sendo que para isso

    importante que se tenha o conhecimento terico necessrio, para a soluo de

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    matemtico que efetuado para o processamento dos esforos na estrutura,

    bem como as consideraes e critrios dos trs programas.

    1.3. Objetivos Especficos

    Nos programas de clculo estrutural que sero estudados neste trabalho

    (TQS, CYPECAD e Eberick) ser lanada uma estrutura de 4 pavimentos, de

    maneira que se obtenha em cada programa alguns resultados que eles socapazes de nos fornecer, e posteriormente analisar as possveis diferenas

    entre as sadas de dados, e assim ento definir prs e contras de cada

    programa, bem como cuidados durante as entradas de dados e interpretao

    dos resultados.

    1.4. Estrutura do Trabalho

    O estudo que se segue est divido em 6 captulos, que compem a

    estrutura do trabalho. No captulo 2, sero demonstradas nossas pesquisas

    relacionadas aos assuntos de teorias das estruturas, que so utilizadas nos

    programas de clculo estrutural nessa parte do trabalho tambm sero

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    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1. Histrico do Concreto Armado e do Clculo Estrutural

    No que se refere s teorias relacionadas ao tratamento matemtico para

    obteno dos esforos, temos que ela vem se desenvolvendo desde o sculo

    XVI, de modo que hoje os engenheiros de estruturas podem idealizar seus

    modelos de clculo considerando inmeras variveis presentes em uma

    estrutura de concreto armado.

    Quanto evoluo do concreto armado, pode-se afirmar que sua histria

    no comeou no sculo passado, mas sim em conjunto com a evoluo

    humana ao longo da histria, obviamente para se chegar ao concreto armado

    tal qual como o conhecemos hoje, o homem precisou trilhar um longo caminho,

    que ainda no est concludo e isto tambm se aplica as fundamentaes

    tericas que esto por trs dos projetos de estruturas de concreto armado.

    Quanto evoluo das teorias aplicadas na engenharia de estruturas,

    temos que em 1586, Simon Stevinus, Holanda, publica os fundamentos da

    esttica grfica em seu livro Mathematicorum Hipomnemata de Statica.

    Em 1678 o ingls Robert Hooke, estabelece os fundamentos da

    l ti id d t d i t l E 1757 t ti

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    pedras e os espaos vazios eram preenchidos com uma argamassa a base de

    cal.

    FIGURA 1 ASSOIAO DE ELEMENTOS DE ROCHA COM BARRAS DE

    AO (TEMPLO FRANCES DO SCULO XVIII)

    FONTE: KAEFER (1998)

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    motivado por problemas com a manuteno de canoas de madeira utilizadas

    para lazer em um pequeno lago existente em sua propriedade em Miraval, no

    sul da Frana, Lambot tem a ideia de construir um barco de concreto.Nada

    mais lgico, pois o concreto durvel, requer pouca manuteno e resistente

    bem em meios aquticos. Lambot empregou para a construo de sua canoa

    uma malha fina de barras finas de ferro (ou arame), entrelaadas, entremeadas

    com barras mais grossas, usando essa malha fina ao mesmo tempo como

    gabarito para se ter o formato adequado do barco , para segurar a argamassa,

    dispensando a confeco de moldes e para evitar problemas com fissuras. J

    em 1855 Lambot expe o seu barco de concreto armado na Exposio Mundial

    de Paris e solicita a patente de seu projeto. No documento representativo do

    seu pedido de patente existe alm da placa que corresponde armao do

    barco. O barco exposto media aproximadamente 4 m de comprimento por

    1,30m de largura com paredes de aproximadamente 4 cm de espessura.

    Apesar de ser considerado por muitos como o pai do concreto armado, os

    experimentos de Lambot no tiveram muita repercusso.

    No mesmo perodo dos desenvolvimentos de Lambot 1854, William B.

    Wilkinson, um fabricante de gesso de paris e cimento romano, obtm a patente

    d i t d l j d d t d i d i i

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    FIGURA 2 DESENHO DO MODERNO SISTEMA DE WILIKINSON

    EXECUTADO ONZE ANOS APS A OBTENO DE SUA PATENTE

    FONTE: KAEFER (1998)

    Wilkinson percebeu que a rgidez da laje pode ser aumentada atravs dainsero de vazios (atravs de moldes) regularmente espaados e separados

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    gua. Entre 1868 e 1873 executou primeiro um reservatrio de 25 m e mais

    tarde outros dois com 180 m e 200 m (suportado por colunas), pode-se

    afirmar que Monier considerado um dos grandes disseminadores da tcnica

    de se construir com concreto armado.

    Em 1877, o ingls Thaddeus Hyatt, publica o An Account of Some

    Experiments with Portland Cement Concrete Combined with Iron as a Building

    Material. Na dcada de 1870, grande parte do conhecimento dos fundamentos

    estruturais do concreto armado parecia recair nos estudos de Hyatt, um

    fabricante de grades para calada, que por causa de problemas polticos acaba

    sendo enviado para a Frana, onde toma contato com as primeiras

    experincias com o concreto armado. Entusiasmado, lana-se posteriormente a

    experimentar o concreto como nova maneira de construir painis para caladas

    em Londres. Seu artigo de 1877, ele rene suas concluses sobre seus

    ensaios. Os testes de Hyatt so considerados um sumrio do "essencial" em

    que o uso do concreto armado baseado hoje em dia.

    Entre as concluses que Hyatt tirou de seus ensaios importante mencionar as

    seguintes:

    1) O ao (ou ferro) no resiste bem ao fogo.

    2) O t d id d t i l d t

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    8) Concreto com ferro do lado tracionado presta-se no somente para

    estruturas de edificaes como tambm para a construo de abrigos.

    Podese considerar que HYATT foi efetivamente o grande precursor do

    concreto armado e possivelmente o primeiro a compreender profundamente a

    necessidade de uma boa aderncia entre os dois materiais e do

    posicionamento correto (nas reas tracionadas) das barras de ferro para que

    este material pudesse colaborar eficientemente na resistncia do conjunto

    concreto-ao. Apesar de toda sua genialidade a falta de patrocinadores para

    seus testes e restries impostas por outras patentes impediram que Hyatt se

    beneficiasse de suas descobertas.

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    apenas a repetio de rotinas de publicaes anteriores, mas muitos se tornam

    livros clssicos, traduzidos para diversas lnguas como os trabalhos de Paul

    Christophe, Emil Mrsch, Buel e Hill.

    Em 1906, publicada a normalizao para o uso do concreto na Frana,

    uma norma com caractersticas liberais, expressando o desejo de encorajar as

    experincias e o avano da tecnologia dos engenheiros franceses. Tenses

    mximas admissveis para ao, ferro e diferentes tipos de concreto so

    estabelecidas em valores conservadores para a poca, o que acabou gerando

    vrias crticas na poca.

    Em 1917, so publicadas as normas norte americanas para a utilizao

    do concreto armado, que foram desenvolvidas nos Estados Unidos por uma

    junta, que inclua representantes do American Society for Testing and Materials

    e organizaes dos engenheiros civis, engenheiros ferrovirios e fabricantes de

    cimento. Tendo achado que os resultados e interpretaes dos testes

    realizados at o momento eram inconclusivos, a junta americana decidiu

    instituir um programa de pesquisa, distribuindo recursos a 11 Universidades.

    Em 1903 comeam sete anos de testes de laboratrio seguidos de cinco anos

    de testes em edifcios reais. Apesar de todo este trabalho quando as normas

    bli d 1917 b f d d ti

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    desenvolvida, mtodos tradicionais de execuo e clculo de concreto esto

    sendo revistos, teorias no lineares e da mecnica do fraturamento esto

    tambm sendo desenvolvidas.

    2.2. Lajes

    Em termos gerais, em um sistema estrutural reticulado, a laje o

    elemento estrutural que apresenta comportamento de placa, com as aes

    incidindo perpendicularmente ao seu plano, e tambm com funo de chapa,

    com aes atuando longitudinalmente ao seu plano, onde geralmente essas

    aes so provenientes do vento. Da teoria das estruturas, e mesmo de

    considerao geomtricas, considera-se a laje como sendo um elemento de

    superfcie, em que uma dimenso, normalmente a espessura, relativamente

    pequena em face s demais, podendo receber as denominaes de placa e

    chapa, conforme descrito anteriormente, e casca, cuja forma no plana. As

    lajes de concreto armado podem ser concebidas de diferentes formas, podendo

    ser macias, nervuradas, pr-moldadas, treliadas, e do tipo lisa e cogumelo

    (apoiadas diretamente sobre pilares e pilares com capitis, respectivamente).

    No que tange as lajes macias temos que o dimensionamento das

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    calculados. SUSSEKIND props um modelo para anlise de estruturas de

    edifcios, onde as lajes so consideradas com rgidez infinita no plano

    horizontal e a repartio das aes horizontais entre os sistemas de

    contraventamento feita em funo da rgidez de cada um deles. Porm,

    nenhuma comparao de resultados entre modelos distintos que representem

    um mesmo sistema estrutural foi ainda realizada.

    2.3. Vigas

    De modo geral as vigas em uma estrutura reticulada de concreto armado

    so responsveis por receber as aes das lajes e distribu-las aos pilares. So

    elementos estruturais que podem ser considerados como barras, e que podem

    estar submetidas a esforos de flexo, compresso, trao, cisalhamento e

    toro, sendo que o dimensionamento das armaduras da viga deve levar em

    conta todos esses esforos. No item 18.3 da NBR 6118/03, esto contidas

    diversas consideraes a serem levadas em conta para o clculo das

    armaduras longitudinais (compresso e trao), transversais (esforos

    cortantes), armaduras para combater a toro, alm de armaduras de pele

    ( b t fi ) d t t

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    A escolha do modelo de clculo para o pilar vai depender do tipo de

    edificao e dos carregamentos, bem como das suas dimenses. Nas estruturas

    esbeltas e naquelas em que a ao do vento considervel, o pilar pode ser

    considerado como um elemento de um prtico tridimensional ou bidimensional.

    Nos edifcios usuais em que a ao do vento as vezes desprezvel, pode-se

    usar um modelo de elemento contnuo vertical apoiado nas vigas do pavimento

    ou de um elemento isolado.

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    A classificao tambm pode ser feita em funo de seu posicionamento na

    planta arquitetnica do edifcio, conforme a seguir

    Pilares internos - localizados no interior do pavimento.

    Pilares de extremidade - localizados nos contornos do pavimento.

    Pilares de canto - localizados no canto do pavimento.

    Em termos mecnicos, os pilares de uma estrutura podem ainda ser

    classificados de acordo com o seu ndice de esbeltez, podendo ser:

    Pilares curtos ( 40).

    Pilares mdios (40 < 80).

    Pilares esbeltos (80 < 140).

    Pilares muito esbeltos (140 < 200).

    As dimenses dos pilares devem respeitar os valores mnimos dados pelaNBR 6118/03, referenciada no anexo A.

    Quanto s cargas que os pilares de cada pavimento recebem, temos que

    elas podem ser calculadas atravs das reaes das vigas (mtodos

    simplificados), e da grelha ou do prtico, dependendo do modelo estrutural

    adotado. Dever ser considerada nos clculos dos pilares uma excentricidadeque pode levar em conta a incerteza da localizao da fora normal e um

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    por um processo de cura, e adquire resistncia para absorver os esforos

    solicitantes.

    2.5.1.1. Massa Especfica

    Segundo a NBR 6118/2003, item 8.2.2, h concretos de massa

    especfica normal, que so aqueles que, depois de secos em estufa, tem

    massa especfica (c) compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3.

    Se a massa especfica real no for conhecida, para efeito de clculo,

    pode-se adotar para o concreto simples o valor 2400 kg/m3 e para concreto

    armado 2500 kg/m3.

    Quando se conhecer a massa especfica do concreto utilizado, pode-se

    considerar para o valor da massa especfica do concreto armado aquela do

    concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3.

    2.5.1.2. Coeficiente de dilatao trmica

    A NBR 6118/03, item 8.2.3 afirma que para o efeito de anlise estrutural,o coeficiente de dilatao trmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/

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    resultados experimentais podem-se adotar, em carter orientativo, os valores

    indicados em 12.3.3.

    2.5.1.4. Resistncia trao

    Conforme a NBR 6118/2003, item 8.2.5, a resistncia trao indireta

    fct,sp e a resistncia trao na flexo fct,f devem ser obtidas em ensaios

    realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142,

    respectivamente.

    A resistncia trao direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou

    0,7 fct,fou, na falta de ensaios para obteno de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o

    seu valor mdio ou caracterstico por meio das equaes seguintes:

    fct,sp=0,3 fck2/3

    fctk,inf=0,7 fct,m (1)

    fctk,sup=1,3 fct,m

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    Onde: Ecie fck so dados em megapascal.

    O mdulo de elasticidade numa idadej 7 d pode tambm ser avaliado

    atravs dessa expresso, substituindo-se fck por fckj.

    Quando for o caso, esse mdulo de elasticidade a ser especificado em

    projeto e controlado em obra.

    O mdulo de elasticidade secante a ser utilizado nas anlises elsticas

    de projeto, especialmente para determinao de esforos solicitantes e

    verificao de estados limites de servio, deve ser calculado pela expresso:

    Eci= 0,85 Eci (3)

    Na avaliao do comportamento de um elemento estrutural ou seo

    transversal pode ser adotado um mdulo de elasticidade nico, trao

    compresso, igual ao mdulo de elasticidade secante (Ecs).

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    tendncia de ficar entre os limites 0,75 e 0,80, sendo considerado igual ao

    primeiro limite. Portanto, para considerao do efeito Rusch, o concreto deve

    ser considerado com um fator de reduo de 0,75. Este valor modificado e

    includo coeficiente .

    2.5.1.7. Coeficiente do Poisson e mdulo de elasticidade transversal

    Para tenses de compresso menores que 0,5 fc, e tenses de trao

    menores que fct, o coeficiente de Poissonpode ser tomado como igual a 0,2

    e o mdulo de elasticidade transversal Gc igual a 0,4 Ecs. (ABNT NBR

    6118/2003, item 8.2.9).

    Segundo MARINO (2006), a equao clssica da Resistncia dos

    Materiais para determinao do mdulo de elasticidade transversal G no

    seguida a risca pela norma brasileira 6118/2003. Para se obter Gc igual a 0,4

    Ecs, seria necessria a imposio de um coeficiente de Poisson igual a 0,25, ou

    seja:

    (4)

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    FIGURA 5 DIAGRAMA TENSO-DEFORMAO

    FONTE: NBR 6118 (2003)

    Trao

    Para o concreto no fissurado, pode ser adotado o diagrama tenso-

    deformao bilinear de trao, indicado na figura: (ABNT NBR 6118, item

    8.2.10.2).

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    2.5.2. Ao

    O ao uma liga metlica formada essencialmente por ferro e carbono,

    que adicionado ao concreto, constitui o concreto armado.

    2.5.2.1. Categorias de ao

    Segundo a NBR 6118/2003, item 8.3.1, nos projetos de estruturas deconcreto armado deve ser utilizado ao classificado pela ABNT NBR 7480 com

    o valor caracterstico da resistncia de escoamento nas categorias CA-25, CA-

    50 e CA-60. Os dimetros e sees transversais nominais devem ser os

    estabelecidos na ABNT NBR 7480.

    2.5.2.2. Massa especfica

    Pode-se adotar para massa especfica do ao de armadura passiva o

    valor de 7850 kg/m. (ABNT NBR 6118, item 8.3.3)

    2.5.2.3. Coeficiente de dilatao trmica

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    (5)

    2.5.2.6. Diagrama tenso- deformao

    Segundo a NBR 6118/2003, item 8.3.6, o diagrama tenso-deformao

    do ao, os valores caractersticos da resistncia ao escoamento fyk, da

    resistncia trao fstk e da deformao na ruptura uk devem ser obtidos de

    ensaios de trao realizados segundo a ABNT NBR ISO 6892. O valor de fyk

    para os aos sem patamar de escoamento o valor da tenso correspondente

    deformao permanente de 0,2%.

    Para clculo nos Estados Limite de Servio pode-ser utilizar o diagrama

    simplificado mostrando na figura, para os aos com ou sem patamar de

    escoamento.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    2.6. Anlises estruturais

    Segundo CARVALHO (1994), a definio de uma estrutura em concreto

    armado consiste inicialmente em uma atividade iterativa, ou seja, uma vez

    arbitradas s posies dos elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) e suas

    dimenses, pode-se calcular os esforos e deslocamentos. Analisando estes

    dados podem-se introduzir elementos, cancelar, mudar dimenses, pr-

    dimensionar a armadura e retomar o processo de clculo. Enfim, sem dvida

    nenhuma, o modelo de clculo empregado de suma importncia na definio

    da estrutura de pavimento e acaba sendo usado pelo projetista na sua prpria

    formao de experincia no lanamento da estrutura.

    2.6.1. Anlise linear

    A anlise linear o primeiro tipo de anlise que apresentado ao

    engenheiro na graduao. Nesse tipo de anlise considera-se que os materiais

    que constituem a estrutura assumem comportamento elstico-linear.

    A elasticidade definida como a propriedade que o um elemento tem de sedeformar ao receber aes externas e assim que cessadas as aes, o

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    Conforme mencionado no inicio deste trabalho, em 1676 o fsico ingls

    Robert Hooke foi o primeiro a estabelecer a relao entre tenso e deformao,

    estabelecendo o que hoje conhecemos como Lei de Hooke onde:

    = E x (6)

    sendo:

    = tenso;

    = deformao;

    E = mdulo de elasticidade.

    O mdulo de elasticidade avaliado por meio do diagrama tenso x

    deformao do concreto ( x ). Devido a no linearidade do diagrama x

    (no linearidade fsica), o valor do mdulo de elasticidade pode ser calculado

    com infinitos valores. Porm, tem destaque o mdulo de elasticidade tangente,

    dado pela tangente do ngulo () formado por uma reta tangente curva do

    diagrama x . Outro mdulo tambm importante o mdulo de elasticidade

    t d d l t t d l ( ) f d l t t

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    A Lei de Hooke vlida para deformaes abaixo do limite elstico do

    material. O comportamento elstico dos materiais segue o regime elstico na

    lei de Hooke at um determinado valor de fora, aps este valor, a relao de

    proporcionalidade deixa de ser definida, sendo necessrio recorrer a outro tipo

    de anlise. Os resultados desta anlise podem ser empregados na verificao

    dos Estados Limites de Servio (ELS).

    2.6.2. Anlise linear com redistribuio

    O concreto de um edifcio na vida real sob determinadas condies e em

    certas regies da estrutura, pode fissurar e o ao atingir o seu patamar

    escoamento, quando isto ocorre rgidez dos elementos se alteram, fazendo

    com que os esforos migrem das regies menos rgidas para as mais rgidas,desta forma temos que o esforo migra de uma regio para outra, ou seja, se

    redistribui, entretanto devemos saber que este esforo nunca desaparece, pois

    isto reflexo das caractersticas do concreto armado, que um material

    heterogneo e com comportamento no linear, ao contrrio do proposto por

    Hooke. A anlise linear com redistribuio consiste em corrigir os valores dergidez a flexo e a toro dos elementos presentes nos modelos

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    redistribudos na estrutura, para combinaes de carregamento do ELU

    Estado Limite ltimo. Todos os esforos internos devem ser recalculados de

    modo a garantir o equilbrio de cada um dos elementos estruturais e da

    estrutura como um todo. Os efeitos de redistribuio devem ser considerados

    em todos os aspectos do projeto estrutural, inclusive as condies de

    ancoragem e corte de armaduras e os esforos a ancorar.

    2.6.3. Anlise plstica

    Conforme o item 14.5.4 da NBR 6118/2003, a anlise estrutural

    denominada plstica quando as no linearidades puderem ser consideradas,

    admitindo-se materiais de comportamento rgido plstico ou elasto plstico

    perfeito.A anlise plstica de estruturas reticuladas no pode ser adotada quando:

    a) Se considerem os efeitos de segunda ordem global;

    b) No houver suficiente ductilidade para que as configuraes

    adotadas sejam atingidas.

    Segundo a lei de Hooke o material plstico aquele que aplicado umacarga o material perde sua capacidade de retornar a sua forma original onde

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    2.6.4. Anlise no linear

    Conforme exposto no tpico 14.5.5 da NBR 6118/03, em uma anlise

    no linear considerado o comportamento no linear dos materiais.

    importante que toda a geometria da estrutura, e suas armaduras, sejam

    conhecidas para que a anlise no linear seja efetuada, visto que as respostas

    obtidas destas anlises dependem de como a estrutura foi armada. A NBR

    6118/03 traz a observao de que as condies de equilbrio, de

    compatibilidade e de dutilidade devem ser satisfeitas, sendo que as anlises

    no lineares podem ser utilizadas para determinao de Estado Limite ltimo e

    Estado Limite de Servio.

    Conforme KIMURA (2007), os sistemas computacionais dispem de

    inmeros tipos de anlises no lineares, tornando fundamental que oengenheiro estrutural tenha noes, ainda que superficiais, da influencia dos

    seus efeitos nos resultados obtidos no processo. De forma simplificada, pode

    se dizer que uma anlise no linear um clculo no qual a resposta da

    estrutura, sejam em deslocamentos, esforos ou tenses, possui um

    comportamento no linear isto , desproporcional medida que umcarregamento aplicado Essa definio mais clara por meio das figuras 10a

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    FIGURA 10A COMPORTAMENTO LINEAR DE UM PRTICO PLANO

    FONTE: KIMURA (2007)

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    Existem dois fatores principais que so responsveis pelo surgimento de

    comportamento no linear de uma estrutura medida que o carregamento

    aplicado:

    Alterao das propriedades dos materiais que compe a

    estrutura, designada no linearidade fsica.

    Alterao da geometria da estrutura, designada no linearidade

    geomtrica.

    Citando KIMURA (2007), a no linearidade fsica est relacionada ao

    comportamento do material empregado na estrutura. O comportamento do

    concreto fica bastante evidente por meio da observao do diagrama tenso x

    deformao realizados em ensaios laboratoriais com corpos de prova de

    concreto. fcil perceber que a relao entre tenso e deformao no

    linear, o que significa que, medida que o carregamento adicionado e as

    tenses aumentam, a resposta do concreto se modifica de forma

    desproporcional. Outra varivel importante em uma anlise no linear a

    fissurao do concreto a esforos de trao, esse efeito o que possui grande

    responsabilidade pelo comportamento no linear das estruturas.

    A no linearidade geomtrica gera uma resposta no linear por parte da

    d i f i d d id l

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    mesmo comportamento e dimenses em escala. Conforme a norma NBR

    6118/2003, para a anlise da estrutura dos modelos devem ser obtidos

    resultados para todos os estados limites ltimos e de servios.

    2.7. Modelos estruturais

    Os modelos estruturais so aqueles que visam simular as caractersticas

    condicionantes da estrutura, tais como condies de contorno, esforos,ligaes entre os elementos estruturais e discretizao dos elementos

    estruturais.

    2.7.1. Modelo de vigas contnuas

    Conforme CARVALHO (1994), em seus estudos acerca de teorias das

    estruturas, a determinao dos esforos, deslocamentos e armadura de um

    pavimento de edifcio, que possua vigas, pode ser realizada classicamente

    atravs da anlise individual dos elementos que se supe constitu-lo. Desta

    forma, quando o sistema constitudo de lajes e vigas, analisam-seisoladamente as placas (lajes) apoiadas nos seus contornos em vigas. Estas

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    reao direta para o pilar, ou seja, as cargas para chegarem aos pilares

    devem passar pelas vigas;

    5. Para o clculo das placas, consideram-se as vigas no seu

    contorno, indeslocveis na direo vertical;

    6. Considera-se que os pilares so elementos mais rgidos

    deformao vertical do que as vigas, funcionando assim como apoios

    indeslocveis na direo vertical;

    7. Considera-se que os pilares so elementos mais rgidos

    deformao vertical do que as vigas, funcionando dessa forma como

    apoios indeslocveis na direo vertical;

    Na primeira hiptese, ao se considerar o material linear, e que a

    estrutura s tem deslocamentos pequenos, esto sendo consideradas a

    linearidades fsicas e geomtricas da estrutura.

    Citando CARVALHO, o uso de tcnicas conservadoras baseadas na

    subdiviso dos sistemas estruturais, com bastantes simplificaes, pode

    conduzir, para alguns tipos de estruturas e solicitaes, a valores

    superestimados de esforos, o que evita uma maior economia de material. A

    situao mais grave quando, pelo uso das mesmas tcnicas, chega-se a

    lt d i f i d t t t i

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    FIGURA 11 MODELO DE PRTICO PLANO

    FONTE: KIMURA (2007)

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    No prtico plano, cada n de uma barra possui trs graus de liberdade:

    duas translaes (direo x e y) e uma toro (em torno do eixo z). Como

    podemos ver na Figura 14. Com os graus de liberdade podemos obter os

    esforos solicitantes (fora normal, fora cortante e momento fletor). No prtico

    plano como as cargas atuam no mesmo plano no podemos calcular os

    momentos torsores. Os ns, pontos de interseo dos elementos, pode,

    possuir ligaes rgidas, semirrgidas ou flexveis.

    FIGURA 14 GRAUS DE LIBERDADE DE UM N DE PRTICO PLANO

    FONTE: KIMURA (2007)

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    Como podemos ver na figura 15, as cargas da laje so distribuda nas

    vigas por reas de influncia (ou telhados), conforme o item 14.7.6.1 da NBR

    6118/2003.

    FIGURA 15 DISTRIBUIO DE CARGAS PARA O PRTICO PLANO

    FONTE: TQS INFORMTICA (2010)

    2.7.3. Prticos espaciais

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    No prtico espacial, cada n de uma barra possui seis graus de

    liberdade: trs translaes (nas direes x, y e z) e trs rotaes (em torno dos

    eixos x, y e z). Como podemos ver na Figura 17, com os graus de liberdade

    podemos obter os esforos solicitantes (fora normal, fora cortante, momentos

    fletor e momento torsor). Diferente do prtico plano onde as cargas atuam no

    mesmo plano, no prtico espacial como as cargas atuam em qualquer direo,

    sendo que podemos calcular at os momentos torsores.

    FIGURA 17 - GRAUS DE LIBERDADE DE UM N DE PRTICO ESPACIAL

    FONTE: KIMURA (2007)

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    tambm nos prticos espaciais), pode-se reduzir a rgidez toro das vigas

    por fissurao utilizando-se 15% da rgidez elstica.

    Segundo CARVALHO (1994), o modelo de grelha um procedimento

    simples que pode ser usado para o clculo de esforos e deslocamentos de

    pavimentos de edifcios, desde que no sejam consideradas as

    desproporcionalidades presentes na estrutura (no linearidades).

    Citando CARVALHO (1994), o procedimento consiste em substituir a

    placa (laje) por uma malha equivalente de vigas (grelha equivalente). O

    conceito pode ser estendido para o caso de placas que se apoiam diretamente

    em pilares. No caso de estruturas reticuladas h tambm a possibilidade do

    uso de grelhas, conforme ilustrado na figura a seguir.

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    FIGURA 19 GRAUS DE LIBERDADE EXISTENTES NO N

    FONTE: KIMURA (2007)

    Existe a possibilidade do clculo das grelhas sem a considerao das

    lajes, denominada de grelha somente de vigas, onde a anlise feita porprocessos aproximados.

    Conforme KIMURA (2007), cada barra do modelo possui uma seo

    (reas, inrcias) e um material (mdulos de elasticidade longitudinal e

    transversal), que so definidos de acordo com a geometria (seo transversal)

    e o material (concreto) da viga, respectivamente. Por meio desse modelo no possvel analisar os efeitos causados por aes horizontais no edifcio (ex:

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    FIGURA 20 DISCRETIZAO DO PRTICO POR MEIO DE GRELHAS

    FONTE: KIMURA (2007)

    Citando KIMURA (2007), a interao entre todas as lajes e vigas dopavimento pode ser considerada de forma bastante precisa, a transferncia de

    cargas das lajes para as vigas feita em funo da rgidez de cada barra. Na

    pratica atual, o modelo de grelha de vigas e lajes muito utilizado na anlise

    de pavimentos de concreto armado. Ele abrange praticamente todos os tipos

    de lajes usados nas edificaes.

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    Materiais Peso KN/m

    Cermica

    Tacos

    Cobertura de telhas francesas (com vigamento)

    Cobertura de telhas coloniais (com vigamento)

    Cobertura de fibrocimento (com vigamento)

    Cobertura de alumnio (com vigamento)

    0,70

    0,65

    0,90

    1,20

    0,30

    0,16

    QUADRO 1 VALORES ADICIONAIS DE CARREGAMENTOS

    PERMANENTES

    FONTE: MARINO (2006)

    Em edifcios residenciais as cargas acidentais mnimas a seremadotadas variam entre 1,5 KN/m e 2 KN/m. Entretanto estes valores mnimos

    no devem ser atribudos a esmo, devendo o engenheiro de estruturas defini-

    los com cuidado, tanto os carregamentos acidentais quanto os permanentes.

    Para a definio do peso das paredes, necessrio que seja conhecido

    o tipo de tijolo (macio ou furado) e da espessura do reboco. Este peso normalmente apresentado por metro quadrado de parede (parede de 1 m de

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    Material Peso (KN/m)

    Tijolo furado

    Tijolo macio

    Reboco

    12

    16

    20

    QUADRO 2 PESOS ESPECFICOS DE TIJOLOS

    FONTE: MARINO (2006)

    O quadro seguinte apresenta alguns valores de peso de parede, sendo que

    para composio desta tabela foi considerado a espessura do reboco igual a

    2,5 cm por face

    Parede sem reboco

    Tijolo (cm) Tijolo furado (KN/m) Tijolo macio (KN/m)

    10 1,20 1,60

    12 1,44 1,92

    15 1,80 2,4020 2,40 3,20

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    Os carregamentos atuantes numa estrutura so compostos por vrias

    aes que podem atuar simultaneamente, sendo necessrio que sejam

    combinadas para situaes mais desfavorveis da atuao no edifcio.

    Conforme KIMURA (2007), um edifcio dificilmente estar sujeito a

    aplicao de apenas uma ao isolada, mas sim submetido a vrias aes ao

    mesmo tempo, sendo ento que um projeto de estruturas deve ser projetado

    contemplando vrias combinaes de aes ponderadas. Apesar dos

    softwares estarem preparados para analisar e visualizar os resultados de aes

    de forma isolada, o que vale de fato so as combinaes, pois todos os

    elementos que compe a estrutura devem ser dimensionados e verificados

    para aes atuando de forma conjunta.

    A norma NBR 8681/03 Aes e segurana nas estruturas e a NBR

    6118/03, apresentam quatro tipos de combinaes para anlise em ELU sendo

    elas: normal, especial, excepcional e de construo. Em termos gerais as

    combinaes normais so aquelas utilizadas usualmente nos projetos de

    estruturas, nas suas mais variadas formas e para considerao de ELU e ELS,

    sendo que a composio dos esforos de calculo para este tipo de combinao

    se d pela seguinte expresso:

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    Para anlise no ELS as combinaes contempladas na norma NBR

    6118/03 so definidas como: quase permanente, frequente e rara, sendo as

    duas primeiras mais usuais em edifcios de concreto armado, nas combinaes

    quase permanente so verificadas as deformaes excessivas (ELS-DEF) e a

    segunda empregada na verificao dos estados limites de formao de

    fissuras (ELS-F), abertura de fissuras (ELS-W) e vibraes excessivas (ELS-

    VIB). As expresses que caracterizam as combinaes quase permanentes e

    frequentes esto apresentadas a seguir.

    ==

    +=n

    j

    qjkj

    n

    j

    gjk FFserFd1

    2

    1

    ,

    (9)

    ==

    +=n

    j

    qjkjkq

    n

    j

    gjk FFFserFd2

    211

    1

    ,

    (10)

    As aes que compe os carregamentos lanados na estrutura so

    majoradas por coeficientes de ponderaes (f), que levam em conta as

    incertezas existentes na anlise estrutural, e nos comportamentos dos

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    3. FERRRAMENTAS COMPUTACIONAIS

    O TQS, Eberick e CYPECAD foram escolhidos para fazer as anlises deresultados em uma estrutura de edifcio, porque so os programas mais

    utilizados no Brasil, eles so os recursos computacionais que esto presentes

    nos grandes escritrios de engenharia existente no Brasil.

    3.1. CYPECAD

    Segundo a empresa MULTIPLUS SOFTWARES TCNICOS, o

    programa CYPECAD de simples utilizao, e alta produtividade. Uma

    caracterstica muito apreciada pelos usurios so seus recursos grficos.

    possvel trabalhar em seu ambiente CAD prprio, sem a necessidade de outrossoftwares CAD, porm permite uma completa integrao com outros softwares

    CAD (geradores de arquivos DWG ou DXF), para importar projetos

    arquitetnicos ou exportar pranchas com formas e armaduras para softwares

    com edio de desenhos. O CYPECAD possui um recurso exclusivo para

    lanamento automtico da estrutura a partir da planta da arquitetura feita emum ambiente CAD de outro programa qualquer. Atravs de camadas (layers),

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    da laje, com isto cada piso poder rotacionar e deslocar-se no seu conjunto (3

    graus de liberdade).

    Para o clculo da estrutura a primeira fase do programa ser a gerao

    das estruturas geomtricas de todos os elementos, formando a matriz de

    rgidez da estrutura. Se o programa detectar dados incorretos emitir

    mensagens de erro e deter o processo. A segunda fase a soluo do

    sistema. Para a terceira fase obtido os deslocamentos de todas as hipteses

    definidas, para deslocamentos excessivos emitido uma mensagem de erro,

    quer seja por um incorreto desenho estrutural, quer pela rgidez a toro

    definidas em algum elemento. A quarta etapa consiste na obteno das

    envoltrias de todas as combinaes de clculo, para cada elemento da

    estrutura: lajes, vigas, pilares, etc. A quinta e ultima fase consiste no

    dimensionamento da armadura atravs da obteno das envoltrias.

    O programa realiza verificaes da resistncia ao fogo e dimensiona

    revestimento de proteo dos elementos estruturais de concreto e ao, esta

    verificao realizada atravs da norma Eurocode.

    Para o calculo dos pilares o usurio pode indicar os coeficientes de

    flambagem, considerando a geomtrica da seo ou o comprimento

    i l t t it i t t id d il

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    com uma distribuio excessiva produz flechas e fissuraes incompatveis

    com as paredes. possvel introduzir um coeficiente de engastamento entre a

    viga e a laje, liberando ou no a toro nas vigas de bordo. Um item

    importantssimo a edio de vigas, editando sua armadura de acordo com a

    preferncia do engenheiro e recalcular para ver se esta passou, sem a

    necessidade de recalcular todo o edifcio.

    Como considerado nas vigas pode atribuir um coeficiente de

    engastamento entre viga e laje, este coeficiente importante por quando

    considerado totalmente engastando em lajes de bordo surge nas lajes

    momentos negativos que devem ser considerados no detalhamento da

    armadura. As armadura para as lajes macias so calculadas em malhas. Pode

    ser considerada uma armadura base, indicada previamente, sendo que esta

    armadura de base ser descontada para a armadura calculada, ou adicionada

    quando no for suficiente esta armadura base, possvel a visualizao dos

    esforos de cada ponto da malha de elementos finitos, pode-se tambm

    analisar a estrutura de maneira global atravs das curvas de isovalores.

    3.2. EBERICK

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    3.2.1. Caractersticas tcnicas da anlise

    Os processos de clculo no qual o programa se baseia a de discretizara estrutura atravs de um prtico espacial composto por vigas e pilares. Neste

    processo, os elementos so representados por barras ligadas umas s outras

    atravs de ns. Cada pilar e cada trecho de viga so simulados por barras do

    prtico, por meio dos quais so obtidos os esforos solicitantes para o

    dimensionamento. Quanto aos painis lajes, temos que eles so calculadosforma independente do prtico.

    O clculo da estrutura processado da seguinte forma: Os painis de

    lajes so montados e calculados, por meio de grelhas; As reaes das lajes

    so transmitidas s vigas onde estas se apoiam; O prtico espacial da

    estrutura montado, recebendo os carregamentos derivado das lajes; Oprtico processado e os esforos solicitantes so utilizados para o

    detalhamento dos elementos estruturais.

    A anlise estrutural feita pelo mtodo matricial da rgidez direta, cujo

    objetivo determinar os efeitos das aes na estrutura para que possam ser

    feitas as verificaes dos estados limites ltimos e de utilizao. Os resultadosda anlise basicamente so os deslocamentos nodais os esforos internos e

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    O sistema no leva em conta a variao da estrutura devida s aes na

    determinao dos resultados dos deslocamentos e dos esforos. Os

    deslocamentos obtidos, em um primeiro clculo, a partir das aes modificam a

    geometria inicial da estrutura. O efeito das aes, que permanecem atuando

    nesta estrutura deformada, iria alterar novamente todos os esforos internos,

    inclusive os deslocamentos. Este efeito conhecido como efeito de 2 ordem,

    em que se acontecerem variaes superiores a 10% nos valores dos esforos

    internos este efeito passa a ser importante e no deve ser desprezado. Nestes

    casos, a interao entre as cargas normais e os momentos fletores pode ser

    importante.

    Para o modelo de estrutura deformada, o equilbrio dever ser verificado

    por um processo de estabilidade global que avalie os efeitos de segunda

    ordem, que podem surgir na estrutura devido a deslocamentos horizontais que

    alterem de maneira significativa os esforos internos. O processo de verificao

    utilizado pelo Eberick simplificado, baseado na norma NBR 6118/2003. Caso

    o coeficiente Gama-Z seja superior ao valor limite, estrutura pode ser

    considerada como de ns deslocveis.

    Quanto s modificaes de critrios em pilares que podem ser feitas

    il t f d d d

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    possvel definir um multiplicador para a rgidez axial dos pilares (reduzindo a

    sua deslocabilidade) a fim de reproduzir o efeito construtivo.

    Quanto discretizao das lajes pela analogia de grelha, os manuais do

    programa Eberick descrevem que para lajes do tipo macias o espaamento

    das faixas considerado como sendo 50 cm, j para lajes no macias, as

    barras da grelha so discretizadas de modo que coincidam com a posio das

    nervuras definida no croqui. O dimensionamento realizado pelos esforos

    mximos, sem a definio de regies de armadura e sem a considerao de

    momentos volventes.

    3.3. TQS

    Na dcada de 80 a empresa TQS informtica LTDA lanou no Brasil aprimeira verso de seu programa para auxilio na elaborao de projeto

    estrutural, denominado CAD/ Vigas, cuja funo era dimensionamento e

    detalhamento de vigas. Posteriormente a TQS lana a verso do CAD/lajes,

    para auxiliar no detalhamento de armaduras de lajes. Na dcada de 90

    lanado pela TQS o CAD/Pilar, para clculo, dimensionamento e detalhamentode sees genricas de pilares.

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    As etapas presentes para a elaborao do projeto estrutural no sistema

    CAD/TQS so: Concepo estrutural; Anlise estrutural; Dimensionamento e

    detalhamento; Emisso das plantas finais; A seguir apresentado um

    fluxograma geral das etapas envolvidas no desenvolvimento do projeto de

    estruturas.

    3.3.1. Caractersticas de tcnicas de anlise

    A anlise estrutural realizada pelo programa pode ser baseada em um

    modelo integrado (grelhas + prticos espaciais) que considera as ligaes viga-

    pilar flexibilizadas, ou seja, com engastamentos no considerados em sua

    totalidade. O programa pode tambm considerar a no linearidade fsica

    (fissurao do concreto) e no linearidade geomtrica (z ou P-Delta), modelosespeciais podem ser gerados para vigas de transio, bem como plastificaes

    automticas nos apoios.

    Existe a possibilidade de serem escolhidos quatro tipos de modelos de

    anlises diferentes no programa, modelo I, II, III e IV. De forma geral os

    fabricantes do TQS recomendam o uso do modelo IV, que leva em

    id li d ti i h i t i i id l l

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    4. METODOLOGIA

    Para as anlises dos resultados gerados pelos programas, o quefizemos foi modelar uma estrutura idntica aos trs programas. Inicialmente

    fizemos um pr-dimensionamento dos elementos estruturais, e posteriormente

    com as dimenses pr-estimadas, lanamos a geometria nos programas.

    Posteriormente em arquivos separados, geramos a mesma estrutura, porm

    sem a introduo de lajes, sendo que desta forma o que fizemos foi introduziras cargas lineares sobre as vigas diretamente. Essas cargas foram

    determinadas por meio do clculo das reaes das lajes sobre as vigas atravs

    do processo simplificado da diviso das lajes em reas de influncia. Em

    associao com os processos do programa, fizemos tambm clculos manuais

    para um pilar, viga e laje, de modo a possibilitar a compreenso das possveisconsideraes que os programas fazem.

    4.1. Projeto arquitetnico

    Os projetos arquitetnicos esto contidos no anexo B

    4 2 P di i t d l t t t i

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    fora do padro, levando a uma taxa de armadura elevada e dificultando sua

    montagem. Os pilares muito prximos podem interferir nos elementos de

    fundao, e nos edifcios com garagens pode diminuir o nmero vagas, bem

    como dificultar as manobras dos veculos.

    O processo para o pr-dimensionamento dos pilares comea pela

    estimativa de sua carga (PK) atravs do processo de reas de influncias (Ai),

    este mtodo consiste em dividir as distncias entre os eixos dos pilares que

    variam de 0,45L a 0,55L nas direes X e Y, conforme a figura 22, a fim de se

    obter a carga aproximada para o pilar.

    Conforme STRAMANDINOLI (2010), a carga mdia do piso de um

    edifcio em concreto armado residencial ou de escritrios aproximadamente

    10 KN/m e na cobertura essa carga passa a 7,5 KN/m.

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    em cada lado na parede, deixando os pilares com a menor dimenso com 12

    cm, conforme a tabela a seguir.

    TABELA 1 ESPESSURA DAS VIGAS (B)

    Esp. Parede

    (cm)

    b (cm)

    15 12

    20 12 a 15 (14)

    25 12 a 20 (19)

    FONTE: O AUTOR (2010)

    A expresso apresentada a seguir possibilita o clculo da rea da seo

    transversal Ac:

    Ac= ( x n x PK)/ ik (12)

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    ik= 0,4x fck (14)

    Para o edifcio do anexo B, o fckadotado foi de 25 MPa, pelo fato de ser

    o fck mnimo a ser usado na regio de Curitiba, tendo em vista sua classe de

    agressividade que de grau II. Deste forma temos:

    ik=0,4 x 2,5

    ik=1,0

    No item 13.2.3 da NBR 6118/2003, reproduzida no anexo A, item A.6, h

    a afirmao de que permitida a considerao de dimenses entre 19 cm e 12

    cm, desde que se multipliquem as aes a serem consideradas no

    dimensionamento por um coeficiente adicional n.

    O valor de estabelecido em funo do posicionamento do pilar na

    arquitetura, conforme a seguir:

    1 il i t d f d t

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    FIGURA 24 PILAR DE EXTREMIDADEFONTE: FUSCO (1981)

    =1,4 para pilar de canto, onde o esforo preponderante a

    flexo composta oblqua.

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    rea da seo transversal Ac:

    Ac= ( x n x PK)/ ik (16)

    =1,4 pilar de canto

    n=1,95 0,05xb para 12cm

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    4.2.2. Pr-dimensionamento de vigas

    Conforme mencionado anteriormente, as vigas devem ligar os pilares formandoprticos, levando em conta que outras vigas podem ser necessrias para dividir

    painis de lajes de grandes dimenses. A largura da viga (b) por questo esttica

    deve ser preferencialmente igual largura da parede, a altura da viga pode ficar

    limitada quanto a aberturas como portas e janelas. Como as vigas delimitam painis

    de lajes, por questes econmicas seu vo deve ficar limitado entre 3,5 m a 6,0 m.As vigas baldrames tem por funo ligar os pilares, de forma que a estrutura

    seja travada horizontalmente, suas funes tambm so dar suporte as paredes, por

    isso torna-se obrigatrio o seu uso em baixo de todas as paredes. Ainda no anexo A,

    A.7, temos a condio apresentada pela NBR 6118/03 quanto as dimenses

    mnimas das vigas.No item 14.6.2.4 da NBR 6118/2003 o vo efetivo das vigas pode ser calculado por:

    ef = 0 +a1+a2 (17)

    Com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    Tendo em vista a arquitetura do edifcio deste trabalho, anexo B,

    deveremos ter uma parede de 15 cm acabada, contando com chapisco,

    emboo e reboco, desta forma iremos descontar 1,5 cm em cada lado na

    parede.

    Para a altura da viga (h) no devemos utilizar muitas alturas diferentes,

    pois durante a execuo isso dificulta a montagem das formas, no entanto

    pode-se adotar at trs tipos de alturas, conforme as expresses empricas a

    seguir:

    Viga simplesmente apoiada: l/12 < h < l/10

    Viga contnua: l/15 < h < l /12

    adotado l/12

    Viga em balano: l/6 < h < l/5

    adotado l/15

    adotado l/6

    Todos os clculos das dimenses esto no anexo C

    4.2.3. Pr-dimensionamento de lajes

    Conforme o item 14.7.2.2 da NBR 6118/2003, para vos efetivos de lajes

    ou placas, quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rgidosquanto translao vertical o vo efetivo deve ser calculado pela seguinte

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    FIGURA 27 VO EFETIVO CONSIDERADO PARA LAJ ES

    FONTE: NBR 6118 (2003)

    Conhecido os vos tericos considera-se Lx o menor vo, e Ly o maior

    vo, e da relao =Ly/ Lx, utilizada a seguinte classificao:

    2 laje armada em duas direes;

    > 2 laje armada em uma direo.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    = correo levando em conta a resistncia do concreto,

    conforme a seguinte expresso:

    =4,066/(fck+3,5)1/6 (20)

    Para a considerao do engastamento das lajes podemos considerar as

    seguintes figuras:

    FIGURA 29 DETALHE EM LAJ ES CONTNUAS DE DIFERENTES

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    Clculo para verificao dos bordos engastados da laje L13, do

    edifcio analisado:

    FIGURA 30 LAJ E SITUADA SOBE O CORREDOR DE ACESSO AOS

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    QUADRO 4 - VALORES DE EM FUNO DO FCK

    FONTE: STRAMANDINOLI (2010)

    Sendo o concreto do edifcio com fck igual 25 MPa, temos ento que corresponde a 2,33.

    Para a espessura da laje (h) pode ser usada a seguinte expresso:

    =

    +

    2+ c (21)

    fck (MPa)

    20 2,4

    25 2,33

    30 2,26

    35 2,21

    40 2,17

    45 2,13

    50 2,09

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    O cobrimento nominal da armadura (c) o cobrimento mnimo (cmin)

    acrescido de uma tolerncia de execuo (c), conforme apresentado no

    anexo no item A.8, para a face superior de lajes e vigas que sero revestidas

    com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e

    madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de

    elevado desempenho, pisos cermicos, pisos asflticos e outros tantos, as

    exigncias desta tabela podem ser substitudas, respeitado um cobrimento

    nominal 15 mm.

    C = cmin +c (22)

    C = 1,5 cm

    2 = 0,5 cm = + ,As dimenses esto caracterizadas no anexo C

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    4.3. Estimativa das cargas permanentes e acidentais

    4.3.1. Cargas atuantes nas lajes

    Quanto aos carregamentos inseridos na estrutura, temos que foram

    calculados os seguintes parmetros.

    Carga permanente Pavimento tipo:

    TABELA 2 - CLCULO DA CARGA PERMANENTE NAS LAJ ES DO

    PAVIMENTO TIPO.

    Carga Permanente Pavimento Tipo Quartos,

    salas e Hall de entrada

    Carga

    (tf/m)

    e (cm) Gk

    (tf/m)

    Revestimento (Argamassa de cal, cimento e areia) 1,9 2,0 0,038Contra piso (cimento e areia) 2,1 2,0 0,042

    Taco (cedro) 0,5 2,0 0,010

    CARGA TOTAL 0,09

    FONTE: O AUTOR (2010)Sendo ento a carga permanente adotada igual a 0,09 tf/m

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    Carga permanente atuante na cobertura:

    TABELA 4 - CLCULO DA CARGA PERMANENTE NA LAJ E DA

    COBERTURA

    Carga Permanente da cobertura Carga (tf/m) e (cm) Gk

    (tf/m)

    Revestimento (Argamassa de cal, cimento e

    areia)

    1,9 0,02 0,038

    Contra piso (cimento e areia) 2,1 0,02 0,042

    Impermeabilizao com revestimento asfltico 1,3 0,005 0,0065

    Cobertura de fibrocimento com vigamento x x 0,03

    CARGA TOTAL 0,1166

    FONTE: MARINO (2006)

    Sendo ento a carga permanente na adotada igual a 0,12 tf/m.

    Cargas acidentais:

    A carga acidental atuante no edifcio foi arbitrada conforme os dados que se

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    4.3.2. Cargas devido parede

    Atravs quadro 5, podemos observar o peso especfico, para o clculoda carga distribuda sobre as vigas.

    Parede sem reboco Parede com reboco

    Tijolo (cm) Tijolo furado(KN/m)

    Tijolomacio(KN/m)

    Parede(cm)

    Tijolo furado(KN/m)

    Tijolomacio(KN/m)

    10 1,2 1,6 15 2,2 2,612 1,44 1,92 17 2,44 2,9215 1,8 2,4 20 2,8 3,420 2,4 3,2 25 3,4 4,2

    QUADRO 5 PESOS ESPECFICOS DE PAREDE DISTRIBUDA

    FONTE: MARINO (2006)

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    Gpar 12x40 = 0,528 tf /m

    Para vigas com seo de 12x30 cm, onde as paredes possue 2,50 m de

    altura, carga ser:

    Gpar 12x40 = 0,22 x 2,50 m

    Gpar 12x40 = 0,550 tf /m

    Para paredes situadas nas lajes, sendo que possuem 2,7 m:

    Gpar 12x40 = 0,22 x 2,70 m

    Gpar 12x40 = 0,594 tf /m

    Para o uso das tabelas de distribuio dos esforos para vigas atravs

    das reas de influncia das lajes, deve ser considerada a carga de parede

    sobre as lajes L1, L6, L13, L20 e L25.

    Paredes atuantes na laje L1, L6, L20 e L25 (anexo B):

    C id d Alt h 2 70

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    4.3.3. Reduo das cargas acidentais

    Conforme o item 2.2.1.8,da NBR 6120/1980, temos que ela prescrevevalores redutores das cargas acidentais conforme o nmero de pisos que

    atuam no edifcio, como podemos ver n quadro 6, esta reduo vale para o

    calculo de pilares e cargas na fundao, para edifcios para escritrios,

    residncias e casas comerciais no destinadas a depsito

    Nmero de pisos que atuam sobre oelemento

    Reduo percentual das cargas acidentais(%)

    1, 2 e 3 0

    4 20

    5 406 ou mais 60

    QUADRO 6 REDUO DAS CARGAS ACIDENTAIS

    FONTE: NBR6118 (2003)

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    Interpretando a norma podemos constatar que a probabilidade da carga

    acidental com seu valor caracterstico, atuar em todos os pisos da edificao

    simultaneamente, muito baixa e por isso os coeficientes redutores para os

    clculo de pilares e das fundaes, onde a fora normal pode ser reduzida,

    mas os momentos solicitantes de cada piso no, pois cada piso independente

    do outro, onde as vigas e lajes so dimensionadas com a combinao ELU

    (Estado Limite ltimo), sem a reduo das sobrecargas, com isso no se reduz

    os momentos fletores para os pilares, com isto podemos ter uma condio

    desfavorvel e aumentar a taxa armadura.

    Para os programas utilizados neste trabalho, temos que nenhum

    considera essa reduo de forma automtica, e fica a critrio do engenheiro

    atribuir esta reduo. No programa Eberick o sistema analisa apenas uma

    hiptese de carga, ficando, portanto restrito aos casos em que a alternncia decargas variveis pode ser considerada desprezvel, no programa TQS pode ser

    considera a reduo da carga acidental, o sistema permite a colocao manual

    dos redutores ou insero automtica dos valores, j o programa CypeCAD

    possvel gerar combinaes de calculo contemplando as redues das cargas

    acidentais.

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    FIGURA 34 REPRESENTAO ESQUEMTICA DA ESCADA EM PLANTA.

    FONTE: O AUTOR (2010)

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    Clculo do peso prprio distribudo do lance da escada:

    mhPP = 5,2

    Sendo hm a altura mdia do lance da escada, que correponde a 0,1465

    m. O patamar possui 5 cm de altura. Desta forma temos que:

    37,01465,05,2 ==PP tf/m

    Clculo do PP do patamar da escada:

    125,005,05,2 ==PP tf/m

    No clculo das reaes de apoio sobre as vigas, a laje pode ser

    discretizada por meio de uma viga simplesmente apoiada, conforme a seguir.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    FIGURA 36 DISCRETIZAO DA ESCADA POR MEIO DE UMA VIGA

    SIMPLEMENTE APOIADA, CALCULADA POR MEIO DO FTOOL.

    FONTE: O AUTOR (2010)

    Temos ento que a reao dos lances de escada sobre as vigas que

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    pilar possvel saber o peso global da estrutura e fazer uma anlise quando

    aos resultados obtidos pelos programas.

    Cada etapa de clculo foi realizada verificaes quando aos resultados

    obtidos. A primeira foi comparar se as reas de influncias de cada trecho

    seriam iguais rea total das lajes, resultando num erro de 0,0%. A segunda

    verificao se a carga total de todas as lajes e paredes seriam iguais a

    somatria das cargas atuantes sobre as vigas, resultando num erro de -0,05 %

    para a cobertura e -0,13 % para o pavimento tipo, isso significa que a cargaglobal da lajes e paredes sobre cada trecho de viga esta faltando, mas

    entendemos que devido a complexidade da planilha como comprimentos de

    trechos, reas e simtricas estes erros podem ser consideramos como

    insignificantes. A terceira e ultima verificao foi comparar se a somatria das

    cargas atuantes sobre as vigas devido ao carregamento das lajes, mais o seupeso prprio, seria igual carga de todos os pilares, esta verificao resultou

    num erro de 0,0 %. Com estas verificaes podemos comprovar que os valores

    calculados esto certos, e que podem ser comparados com os valores obtidos

    nos clculos dos programas.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    4.5. Modelagem computacional da estrutura analisada

    A estrutura analisa nos programas foram idnticas, de forma que aseguir so demonstradas as etapas de lanamento da estrutura.

    4.5.1. Eberick

    De maneira geral as etapas inerentes para realizao do projeto da

    estrutura no programa Eberick so as seguintes:

    1 - Definio do nmero de pisos, bem como suas caractersticas, tais como,

    cotas, p-direito e nomenclaturas.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    2 - Definio do posicionamento dos elementos estruturais, e insero de

    cargas (cargas acidentais, e de paredes) no ambiente de Croqui do programa,

    neste ambiente possvel o uso de uma mscara DXF, para o lanamento de

    pilares, vigas e lajes, em funo da geometria da planta arquitetnica. Este

    procedimento foi feito para cada piso da estrutura.

    FIGURA 38 ETAPA DE LANAMENTO DA ESTRUTURA NO AMBIENTE

    CROQUI DO SOFTWARE.FONTE AUTOR (2010)

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    FIGURA 40 VISUALIZAO DO PRTICO ESPACIAL DA ESTRUTURA

    FONTE: AUTOR (2010)

    4 - Pr-configurao das propriedades dos materiais, tais como fck, bitolas

    mximas e mnimas de ao, cobrimentos, classe de agressividade. Tudo

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    5- Processamento de esforos da estrutura, sendo que nesta etapa pode-se

    definir o tipo de modelo utilizado na anlise estrutural. Neste caso o modelo

    usado foi o de prtico espacial.

    FIGURA 42 DEFINIO DO TIPO DE ANLISE ESTRUTURAL A SER

    REALIZADA.

    FONTE: AUTOR (2010)

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    6 - Verificao dos resultados globais da estrutura, tais como, deslocamentos,

    fator z e esforos para cada elemento estrutural.

    FIGURA 44 RELATRIO EMITIDO PELO PROGRAMA APS CONCLUSO

    DO PROCESSAMENTO.

    FONTE: AUTOR (2010)

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    FIGURA 45 J ANELA PARA CRIAO DOS PAVIMENTOS.

    FONTE: AUTOR (2010)

    Neste arranjo definido o esquema vertical dos andares da estrutura como

    subsolo, trreo, sobrelojas, andares-tipo, cobertura, andar para equipamento e

    laje para cobertura, com suas respectivas alturas, onde pode ser ativado ou

    desativado conforme o edifcio. Tambm neste arranjo deve ser definido ascargas permanentes e acidentais para cada pavimento

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    O usurio seleciona os arquivos DWG ou DXF para cada andar de modo

    que o desenho seja utilizado como uma mscara, na modelada a estrutura.Uma das vantagens do software CypeCAD a associao das camadas

    (layers) importada do arquivo DWG/DXF as vigas e pilares, onde o software

    lana automaticamente conforme a geomtrica do projeto arquitetnico, mesmo

    o pilar mudando sua seo ao longo da prumada do edifcio.

    FIGURA 47 LANAMENTO AUTOMTICO DOS PILARESFONTE: AUTOR (2010)

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    No menu Dados gerais pode ser escolhida as normas brasileiras NB1-

    78 ou NBR-6118:2003, onde possvel calcular a estrutura com cada umadessa normas. Nesta janela so definidos as propriedades do concreto e ao,

    tais como, resistncia, mdulo de elasticidade e peso prprio. possvel

    considerar o vento existente na edificao de acordo com a NBR 6123/88,

    onde a velocidade do vento pode ser consultada diretamente das curvas

    isopleta, onde so geradas automaticamente todas as combinaes com oscoeficientes de majorao e minorao, podendo ser criadas a hiptese de

    carregamento se for necessrio. Outro item importante a modificao na

    tabela de armadura, visto que possvel modificar os cobrimentos.

    4 - Lanamento das Vigas

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    com sees diferentes e conta com recursos importantes como editar uma viga

    depois de lanada, apagar ou mesmo deslocar. Possui um importante recurso

    para ajustar as vigas em funo do desenho importado do CAD, inclusivefornecendo deslocamentos provenientes dos revestimentos.

    Um novo recurso de captura de vigas foi desenvolvido, aumentando

    muito a produtividade do lanamento estrutural. Esse recurso consiste em

    inserir a viga conforme o desenho de arquitetura, ou seja, ao clicar sobre a

    linha da parede a viga foi lanada automaticamente.

    5- Lanamento das Lajes

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    FIGURA 51 VISUALIZAO DO PRTICO ESPACIAL DA ESTRUTURAFONTE: AUTOR (2010)

    5- Clculo da estrutura

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    Depois de todos os parmetros estabelecidos pelo engenheiro, como

    dimenses da estrutura, carregamento, resistncia do concreto entre outros, a

    estrutura pode ser calculada.

    7- Relatrio de erros

    FIGURA 53 RELATRIO EMITIDO PELO PROGRAMA APS CONCLUSO

    DO PROCESSAMENTO.

    FONTE: AUTOR (2010)

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    4.5.3. TQS

    De maneira geral as etapas inerentes para realizao do projeto daestrutura no programa Eberick so as seguintes:

    1- Definio do nmero de pisos, tipo do modelo estrutural, caractersticas dos

    materiais.

    FIGURA 54 J ANELA DE INTRODUO DAS PROPRIEDADES GERAIS DO

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    FIGURA 55 J ANELA DO MODELADOR ESTRUTURAL

    FONTE: AUTOR (2010)

    3- Os erros de consistncia so visualizados na janelas do modelador

    estrutural, sendo que nesta etapa o programa fornece avisos a respeitos de

    erros de linearidade geomtrica ou condies previstas na norma NBR

    6118/03. Este procedimento deve ser foi realizado para cada piso do edifcio.

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    FIGURA 57 VISUALIZAO PRTICO ESPACIALFONTE: AUTOR (2010)

    4- Processamento global da estrutura, sendo que nesta etapa pode-se optar

    pelos dados que o programas deve processar, isso para cada tipo de elemento

    estrutural (pilar, viga e laje)

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    5- Emisso dos relatrios com os dados gerais da estrutura, tais como, fator

    z, parmetro de estabilidade , deslocamentos horizontais, etc.

    FIGURA 59 J ANELA DE EMISSO DOS DADOS GLOBAIS APS O

    PROCESSAMENTO DA ESTRUTURA

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    5. RESULTADOS

    5.1. Considerao da estrutura com laje

    O primeiro clculo realizado ser considerando a laje macia em todos

    os pavimentos, e as dimenses dos pilares conforme visto no item de pr-

    dimensionamento, para que possa ser comparada a distribuio dos esforos

    das lajes para as vigas.

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    5.1.1. Clculo com pilares pr-dimensionados

    A seguir so apresentadas as cargas na fundao retirada dos

    programas, TQS, Eberick e CypeCAD, sendo que foi considerada a

    combinao de clculo:

    PP + G1 + QSendo:

    PP = Peso Prprio da Estrutura;G1 = Carga Permanente de revestimento;Q = Carga acidental;

    TABELA 5 CARGAS TOTAIS NA FUNDAO

    PilarSeo

    (cm)

    Cargas por Programa (tf)

    ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

    P1 12 x 30 13,9 17,2 20,15 17,75

    P2 12 x 30 22,5 32,6 29,82 29,68

    P3 12 x 42 11,4 16,8 22,34 20,45

    P4 12 x 42 11,4 16,6 22,34 20,55

    P5 12 x 30 22,5 32,5 29,82 29,5

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    PilarSeo

    (cm)

    Cargas por Programa (tf)

    ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

    P22 15 x 35 42,3 52,1 47,1 43,3

    P23 15 x 35 42,3 50 47,1 43,31

    P24 12 x 30 20,6 19 24,11 20,15

    P25 15 x 35 34,6 32,3 30,34 32,62

    P26 12 x 35 17,9 24 26,31 22,49

    P27 12 x 35 17,9 23,3 26,31 22,47

    P28 15 x 35 34,6 31,7 30,34 32,6

    P29 12 x 35 24,6 29,7 29,12 28,88

    P30 16 x 42 45,0 45,9 42,96 49,5

    P31 16 x 42 45,0 46,3 42,96 49,61

    P32 12 x 35 24,6 29,7 29,12 28,34

    P33 12 x 30 19,0 22,3 22,23 23,57

    P34 12 x 30 19,0 22,8 22,23 23,59

    P35 12 x 37 28,6 31,4 29,52 30,27P36 12 x 30 7 8 10 8 13 5 11 71

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    99

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    FORAS

    NO

    RMAIS

    (tf)

    PILARES

    FIGURA 61 --CARGAS NA FUNDAO

    CAD/TQS

    EBERICK

    CYPECAD

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    FIGURA 62 CARGA TOTAL DO EDIFCIO

    Como podemos observar na figura 62, a carga total do edifcio calculado

    pelas planilhas e para os trs programas utilizados neste trabalho, os valores

    apresenta so muito parecidos para a carga total na fundao, significando que

    a estrutura esta correta e os valores dentro da realidade de um projetoestrutural

    Manual TQS Eberick CypeCAD

    Carga 1231,15 1214,2 1229,5 1221,7

    1205

    1210

    1215

    1220

    1225

    1230

    1235

    Carganafundao(tf)

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    TABELA 6- SITUAO DOS PILARES

    Pilares Dimenso TQS EBERICK CYPECAD

    Nova

    DimensoP1 12 x 30 Ok X X 15 x 30

    P2 12 x 30 X X X 15 x 30

    P3 12 x 42 Ok OK OK 15 x 42

    P4 12 x 42 Ok OK OK 15 x 42

    P5 12 x 30 X X X 15 x 30

    P6 12 x 30 OK X X 15 x 30

    P7 12 x 37 X X X 15 x 37

    P8 12 x 30 X X X 15 x 30

    P9 12 x 30 X X X 15 x 30

    P10 12 x 37 X X X 15 x 37

    P11 12 x 30 X X X 15 x 30

    P12 12 x 30 X X X 15 x 30

    P13 12 x 30 X X X 15 x 35

    P14 16 x 42 OK OK OK 16 x 42

    P15 16 x 42 OK OK OK 16 x 42

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    TABELA 6- SITUAO DOS PILARES

    Pilares Dimenso TQS EBERICK CYPECAD

    Nova

    Dimenso

    P32 12 x 30 X X X 15 x 35

    P33 12 x 30 X X X 15 x 30

    P34 12 x 30 X X X 15 x 30

    P35 12 x 37 X X X 15 x 37

    P36 12 x 30 OK OK OK 15 x 30

    P37 12 x 30 OK OK OK 15 x 30

    P38 12 x 37 X X X 15 x 37

    P39 12 x 30 OK X X 15 x 30

    P40 12 x 30 X X X 15 x 30

    P41 12 x 42 OK OK OK 15 x 42

    P42 12 x 42 OK OK OK 15 x 42

    P43 12 x 30 X X X 15 x 30

    P44 12 x 30 OK X X 15 x 30

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    de clculo (Nsd) so diferentes por isso estes pilares no apresentaram o

    mesmo comportamento onde podemos analisar na tabela 7.

    REPROCESSAMENTO COM OS PILARES CORRIGIDOS

    O segundo clculo foi realizado fazendo a correo dos pilares

    passando de 12 cm para 15 cm conforme visto na tabela 8.

    A seguir so apresentadas as cargas na fundao retirada dos

    programas, TQS, Eberick e CypeCAD, sendo que foi considerada acombinao Normal:

    PP + G1 + Q

    Sendo:

    PP = Peso Prprio da Estrutura;

    G1 = Carga Permanente de revestimento;Q = Carga acidental;

    TABELA 8 CARGAS TOTAIS NA FUNDAO (PILARES CORRIGIDOS)

    PilarSeo

    (cm)

    Cargas por Programa (tf)

    ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

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    TABELA 8 CARGAS TOTAIS NA FUNDAO (PILARES CORRIGIDOS)

    PilarSeo

    (cm)

    Cargas por Programa (tf)

    ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

    P16 15 x 35 24,6 29,8 29,7 28,8

    P17 15 x 35 34,6 30,7 30,1 31,0

    P18 15 x 35 25,4 27,7 27,1 28,2

    P19 15 x 35 25,4 27,3 27,1 28,3

    P20 15 x 35 34,6 30,6 30,1 31,0

    P21 15 x 30 20,6 19,2 24,6 20,8

    P22 15 x 35 42,3 52,0 47,0 43,2

    P23 15 x 35 42,3 50,2 47,0 43,2

    P24 15 x 30 20,6 19,6 24,6 20,8

    P25 15 x 35 34,6 32,4 30,2 32,2

    P26 15 x 35 17,9 24,4 24,6 23,2

    P27 15 x 35 17,9 23,5 24,6 23,2

    P28 15 x 35 34,6 32,0 30,2 32,1P29 15 x 35 24 6 30 0 29 7 29 7

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    TABELA 8 CARGAS TOTAIS NA FUNDAO (PILARES CORRIGIDOS)

    PilarSeo

    (cm)

    Cargas por Programa (tf)

    ESTIMADA TQS Eberick CypeCAD

    P43 15 x 30 22,5 32,9 30,7 30,5

    P44 15 x 30 13,9 17,8 20,7 18,4

    TOTAL

    (tf) 1058,2 1225,1 1226,0 1230,8

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    107/261

    106

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    FORAS

    NORMAIS

    (tf)

    PILARES

    FIGURA 63- CARGAS NA FUNDAO - PILARES NOVOS

    CAD/TQS

    EBERICK

    CYPECAD

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    TABELA 9- SITUAO DOS PILARES

    Pilares Dimenso TQS EBERICK CYPECAD

    P1 15 x 30 OK OK OKP2 15 x 30 OK OK X

    P3 15 x 42 Ok OK OK

    P4 15 x 42 Ok OK OK

    P5 15 x 30 OK OK X

    P6 15 x 30 OK OK OKP7 15 x 37 OK OK OK

    P8 15 x 30 OK OK OK

    P9 15 x 30 OK OK OK

    P10 15 x 37 OK OK OK

    P11 15 x 30 OK OK OK

    P12 15 x 30 OK OK OK

    P13 15 x 35 OK OK X

    P14 16 x 42 OK OK OK

    P15 16 x 42 OK OK OK

    P16 15 x 35 OK OK X

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    TABELA 9 - SITUAO DOS PILARES

    Pilares Dimenso TQS EBERICK CYPECAD

    P32 15 x 35 OK OK XP33 15 x 30 OK OK OK

    P34 15 x 30 OK OK OK

    P35 15 x 37 OK OK OK

    P36 15 x 30 OK OK OK

    P37 15 x 30 OK OK OKP38 15 x 37 OK OK OK

    P39 15 x 30 OK OK OK

    P40 15 x 30 OK OK X

    P41 15 x 42 OK OK OK

    P42 15 x 42 OK OK OK

    P43 15 x 30 OK OK X

    P44 15 x 30 OK OK OK

    TABELA 10 ESFORO NORMAL DE CLCULO P2 e P13

    Pilar TQS EBERICK CYPECAD

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

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    Para o segundo clculo com os pilares corrigidos conforme a tabela

    XXX, todos os pilares passaram nos programas TQS e Eberick, para o

    programa CypeCAD os pilares P2, P5, P13, P16, P29, P32, P40 e P43 tiveramerro em seu dimensionamento. Iremos analisar os pilares P2 e P13, pois os

    restantes so simtricos e apresentam o mesmo comportamento e problema,

    possvel observar que os momentos na direo x do pilares P2 e P13 para o

    programa CypeCAD so maiores que os programas TQS e Eberick, para estes

    momentos que foi realizado o clculo dos pilares, a soluo seria aumentar adimenso destes pilares ou diminuir este momento na direo x, como

    queremos manter os trs modelos de forma iguais com geometria e

    carregamento, a soluo diminuir o momento na direo x, para isto, existe

    duas maneiras, que a introduo de rtulas ou diminuio do engastamento

    entre viga-pilar. Aplicando as rtulas os pilares P2, P5, P13, P16, P29, P32,P40 e P43, todos na sua direo x. Recalculando a estrutura, observamos que

    todos os pilares passaram para o programa CypeCAD

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    111/261

    5.2. Considerao da estrutura sem laje

    O segundo clculo realizado ser a retirada das lajes, e considerada

    uma carga linear sobre as vigas, provocadas pelas lajes e paredes conforme

    visto nas tabelas de clculo para cargas encontrada no anexo D. Neste

    processo, ser comparado com a estrutura com laje para cada programa

    separadamente.

    Sendo que a combinao normal foi de:

    PP + G1 + Q

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    111

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    FORASNORMAIS(tf)

    PILARES

    FIGURA 65 - PILARES CAD/TQS

    Considerando a Laje

    Sem Laje

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    113/261

    112

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    FORAS

    NORMAIS

    (tf)

    PILARES

    FIGURA 66 - PILARES - EBERICK

    Considerando a Laje

    Sem a Laje

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    114/261

    113

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    FORASNORMAIS(tf)

    PILARES

    FIGURA 67 - PILARES CypeCAD

    Considerando a Laje

    Sem a Laje

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    115/261

    Analisando os grficos com as cargas na fundao para os programas

    TQS, EBERICK e CypeCAD, podemos concluir que existem pequenas

    diferenas para as cargas na fundao. Analisando os pilares P22 e P23, osquais so simtricos, atravs dos grficos de cargas na fundao com a

    estrutura com e sem laje, podemos perceber que em todos os programas, os

    pilares P22 e P23 possuem cargas maiores na estrutura sem considerar a laje.

    Isso pode ser analisado olhando a figura 68, onde para a viga V11 os

    diagramas de momentos fletores so maiores para a estrutura sem laje econseqentemente transmite ao pilar P22 maior carga. Devemos tomar

    cuidado quanto distribuio dos esforos nas lajes sobre as vigas, pois o

    mtodo de rea de influncia, grelha e elementos finitos apresentam

    comportamento diferentes.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    116/261

    5.3. Estudo da laje L1

    Inicialmente a laje L1, foi calcula manualmente por meio do processosimplificado de CZERNY, conforme as etapas a seguir:

    Figura 69 Posicionamento da laje L1, do pavimento tipo.

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    117/261

    Pd= g x gk + q x qq

    Onde:

    qq = 2,0 KN/m ( capitulo cargas atuantes no edifcio)

    gk = 5,02 KN/m ( capitulo cargas atuantes no edifcio)

    Logo:

    Pd = 1,4 x 5,02 + 1,4 x 2,0 = 9,828 KN/m

    Clculo de esforos da laje L1:

    lx1 = 3,55 m

    ly1 = 3,85 m

    ly1lx1

    = 3,853,55

    = 1,08450

    Por meio das tabelas de CZERNY, temos:

    x1 = 30,7197

    y1 =33838

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    118/261

    FIGURA 70 MOMENTOS FLETORES NA LAJ E L1

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    119/261

    Utilizando as tabelas de CZERNY, obtemos:

    x7 = 12,245

    7 = = 6,862,5512,245 = 3,643 /Determinao do momento negativo na direo y para L2

    Pd= g x gk + q x qq

    Onde:

    qq = 2,0 KN/m ( capitulo cargas atuantes no edifcio)

    gk = 2,9 KN/m ( capitulo cargas atuantes no edifcio)

    Pd = 1,4 x 2,9 + 1,4 x 2,0 = 6,86 KN/m

    lx2 = 2,55 m

    ly2 = 2,65 m

    ly2

    lx2=

    2,65

    2,55= 1,039

    y2 = 15,57

    2 = = 6,862,5515 57 = 2,865 /

  • 8/22/2019 Tfc 2010 Juliano Ricardo

    120/261

    Nesta etapa do c


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