Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza e Lucas Ribeiro
[email protected] - [email protected]
Universidade do Estado de Mato Grosso
Engenharia Civil
Estradas II
Especificações
Polímeros
2Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Macromoléculas: moléculas gigantescas que resultam do encadeamento
de dez mil ou mais átomos de carbono, unidos por ligações
covalentes, podendo ser naturais (madeira, borracha, lã, asfalto, etc.)
ou sintéticas (plásticos, borrachas, adesivos, etc.).
Polímeros (do grego “muitas partes”) são macromoléculas sintéticas,
estruturalmente simples, constituídas de unidades estruturais
repetidas em sua longa cadeia, denominadas monômeros.
Tipos de Polímeros
3Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Termorrígidos: são aqueles que não se fundem, degradam numa
temperatura limite e endurecem irreversivelmente quando aquecidos
a uma temperatura que depende de sua estrutura química. Apresentam
cadeias moleculares que formam rede tridimensional que resiste a
qualquer mobilidade térmica.
Termoplásticos: são aqueles que se fundem e se tornam maleáveis
reversivelmente quando aquecidos. Normalmente consistem de
cadeias lineares, mas podem ser também ramificadas. São
incorporados aos asfaltos à alta temperatura.
Por exemplo: resina epóxi, poliester, poliuretano.
Por exemplo: polietileno, polipropileno, PVC.
Tipos de Polímeros
4Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Elastômeros: são aqueles que, quando aquecidos, se decompõem antes
de amolecer, com propriedades elásticas.
Por exemplo: SBR (estireno butadieno).
Elastômeros termoplásticos: são aqueles que, a baixa
temperatura, apresentam comportamento elástico, mas quando
aumenta a temperatura passam a apresentar comportamento
termoplástico.
Por exemplo: SBS (estireno butadieno estireno) e EVA
(acetato de vanil etila).
Utilização
5Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Razões para Substituição de Asfaltos
Convencionais por Modificados
•Rodovias com alto volume de tráfego (ex.:corredores de ônibus).
•ƒMelhoria da resistência à formação de trilhas de roda.
•ƒAumento da coesividade e adesividade.
•ƒ Criação de membranas de proteção das camadas superficiais de
reflexão de trincas.
•ƒ Revestimento de pontes para diminuir susceptibilidade térmica e
aumentar resistência à flexão.
Utilização
6Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Razões para Substituição de Asfaltos
Convencionais por Modificados
•Redução de custos de manutenção de pavimentos.
•ƒAumento da resistência ao envelhecimento e oxidação.
•ƒAumento da resistência à abrasão de misturas.
•ƒUso de filmes finos de ligante nos agregados.
•ƒ Aplicações em misturas não convencionais:
SMA, ultradelgados, módulo elevado, camadas drenantes e
microrrevestimentos
Escolha
7Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Qual polímero escolher?
•Preço do polímero.
•ƒFacilidade de incorporação do polímero no asfalto.
•ƒEquipamentos disponíveis para mistura do polímero com
•asfalto.
•ƒ Composição química do cimento asfáltico a ser modificado por
polímero.
•ƒResistência ao envelhecimento.
•ƒCurva de Viscosidade para estimativa da temperatura de usinagem e
compactação.
•ƒEstabilidade à estocagem.
Asfaltos de Borracha
8Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Modificação de CAP por
acréscimo de borracha
moída de pneu.
Asfaltos de Borracha
9Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Asfaltos Modificados por
Borracha Moída de Pneu
(BMP)
CONAMA
10Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
- a partir de 01/01/2002: para cada quatro pneus
novos fabricados no País ou pneus importados,
inclusive aqueles que acompanham os veículos
importados, as empresas fabricantes e as
importadoras deverão dar destinação final a um pneu
inservível;
-a partir de 01/01/2003: para cada dois pneus novos
fabricados no País ou pneus importados, ..., as
empresas fabricantes e as importadoras deverão dar
destinação final a um pneu inservível.
CONAMA
11Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
- a partir de 01/01/2004:
a) para cada um pneu novo fabricado no País ou pneu novo
importado, ..., as empresas fabricantes e as importadoras deverão
dar destinação final a um pneu inservível;
b) para cada quatro pneus reformados importados, de qualquer tipo,
as empresas importadoras deverão dar destinação final a cincopneus inservíveis;
- a partir de 01/01/2005:
a) para cada quatro pneus novos fabricados no País ou pneus
novos importados, ..., as empresas fabricantes e as importadoras
deverão dar destinação final a cinco pneus inservíveis;
b) para cada três pneus reformados importados, de qualquer
tipo, as empresas importadoras deverão dar destinação final a
quatro pneus inservíveis.
Utilização
12Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Processo úmido: incorporação ao
CAP como um polímero modificador
das características.
ƒ
Processo seco: incorporação à mistura
asfáltica como substituição de parte do
agregado.
Utilização
14Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
COMPOSIÇÃO TÍPICA
(ASTM D 297 – Termogravimetria)
•ƒ Cinzas – 8 % máx
•ƒ Negro de fumo – 28 a 38%
•ƒ SBR – 42 a 65%
•ƒ Borracha natural – 22 a 39%
•ƒ Solúveis em acetona – 6 a 16%
Estocagem
17Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
ESTOCÁVEL
ƒ Alta temperatura;
ƒ Agitação em alto cisalhamento;
ƒ Despolimerização;
ƒ Desvulcanização;
ƒ Reação da borracha desvulcanizada e
despolimerizada com moléculas do CAP;
ƒ Menor viscosidade;
ƒ Borracha com menor tamanho de
partícula.
NÃO ESTOCÁVEL
ƒ Inchamento superficial da borracha nos
maltenos do CAP;
ƒ Borracha com maior tamanho
de partícula;
ƒ Rápida incorporação para
evitar redução de viscosidade;
ƒ Não ocorre despolimerização
nem desvulcanização;
ƒ Agitação em baixo
cisalhamento.
Onde utilizar?
20Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
•Concreto asfáltico denso;
•ƒ Membranas absorvedoras de tensão (SAM);
•ƒ Camada intermediária anti-reflexão de trincas (SAMI);
•ƒ Concreto asfáltico descontínuo (Gap Graded);
•ƒ Camada porosa de atrito (Aberto);
•ƒ Camada Selante (Cape Seal);
•ƒ Tratamento superficial duplo ou triplo.
Comparação entre o AMB e Outros
Ligantes Modificados por Polímero
21Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Os ligantes modificados por borracha e SBS possuem boas
propriedades elásticas baseadas em resiliência, G* sen δ e boa
recuperação elástica, todos relacionados a resistência à fadiga.
O AMB possui propriedades melhores a baixa temperatura, expressa
pela temperatura de módulo de rigidez de 300 MPa.
O asfalto modificado por borracha apresenta propriedades melhores
a alta temperatura, expressa em termos de grau de desempenho
(PG),que está relacionada a resistência ao afundamento.
Quando se modifica um asfalto com polímeros ou borracha de
pneu, o ponto de amolecimento aumenta, indicando um aumento
na resistência à deformação permanente. No caso do AMP o
incremento é maior.
Desvantagens
22Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
São fluidos pseudoplásticos acima de 100ºC. ƒ A estimativa de
viscosidade a diferentes temperaturas por extrapolação não é válida.
ƒ A viscosidade não pode ser determinada através de viscosímetros
capilares ou Saybolt Furol. ƒDeve ser determinada em viscosímetros
dinâmicos com registro da taxa de cisalhamento e geometria. ƒ
SUPERPAVE está estudando medidas mais adequadas para medir a
viscosidade a alta temperatura para asfaltos polímeros e asfalto
borracha.ƒDificuldade de estabelecer temperaturas de misturação
e compactação.
Observações Finais
23Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Asfalto modificado por polímero precisa de conhecimento, tanto por
parte do fabricante, quanto do usuário.
ƒOs ensaios de desempenho mais adequados para medir a contribuição
do polímero ainda estão em discussão.
ƒInteresse comercial dos fabricantes influencia o estabelecimento de
ensaios de especificação que favorecem mais um determinado
polímero em detrimento de outro.
ƒExiste variação dos parâmetros de resistência mecânica com asfaltos
modificados por polímero.
ƒ Porém, sob alguns aspectos, os CAP convencionais podem gerar
misturas tão adequadas quanto os poliméricos, principalmente para o
clima brasileiro, favorável em termos de temperatura.
Observações Finais
24Aula 12: Asfaltos Modificados
Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
O pavimento é uma estrutura complexa, que
requer dimensionamento adequado, controle
da usinagem e da aplicação do revestimento
betuminoso, e ainda controle de cargas
durante o serviço, sendo o asfalto
modificado por polímero apenas um dos
materiais que podem ser empregados no
revestimento superficial, que não é o único
responsável pelo desempenho.