SISTEMAS DISPERSOS
• São aqueles constituídos por uma substância qualquer dispersa (fase dispersa) sob a forma de pequenas partículas no interior de outra (fase dispersante).
• Características e classificação dependem do tamanho da partícula.
CLASSIFICAÇÃOSistema disperso
Tamanho da partícula
Estados de agregação das
fases do sistema
Exemplos
Solução Inferior a 1 nm Gás-gás, gás-líquido, líquido-líquido, sólido-líquido, sólido-
sólido
Soluções iônicas e moleculares
Colóides 1 nm a 0,5 µm Líquido-gás, sólido-gás,
sólido-líquido
Névoa, fumaça e gelatina
Suspensões > 0,5 µm Sólido-gás, sólido líquido
Leite de magnésia
Emulsões > 0,5 µm Líquido-líquido Leite, emulsões de uso
farmacêutico
COLÓIDES - SISTEMAS COLOIDAIS
Características principais:– As partículas da fase dispersa são visíveis
somente em microscópio eletrônico;– Não se sedimentam (a não ser quando
submetidos a ultra centrífugas);– Podem ser filtrados somente por
membranas semipermeáveis.
CLASSIFICAÇÃO DOS COLÓIDES
Classificação I – Baseada no tamanho da partícula dispersa:
– Colóides propriamente ditos– Colóides por associação
COLÓIDES PROPRIAMENTE DITOS
• Sistemas formados por macromoléculas individuais
• Ex.: Polímeros e proteínas
COLÓIDES POR ASSOCIAÇÃO
• Macromoléculas formadas pela associação de moléculas menores.
• Ex.: Tensoativos
COLÓIDES POR ASSOCIAÇÃO
• A B: Abaixamento da tensão superficial
• C: Condição de saturação
• Base da solubilização por tensoativos.
CLASSIFICAÇÃO DOS COLÓIDES
Classificação II – Baseada na forma e na estrutura de macromoléculas e partículas coloidais
– Partículas coloidais esféricas, globulares, lineares, ramificadas , reticulares, etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS COLÓIDES
Classificação III – Mais importante: Baseada na afinidade das moléculas da fase dispersa com a fase dispersante
– Colóides liofílicos– Colóides liofóbicos
COLÓIDES LIOFÍLICOS
• As partículas coloidais interagem com a fase dispersante. (lyos = líquido, phylos = afinidade). São obtidos pela dispersão simples da fase dispersa na dispersante.
• São subdivididos conforme a concentração e características próprias de cada macromolécula em gel e sol.
GEL OU ESTADO DE GEL• Gel é um sistema coloidal de um disperso sólido em
um dispersante líquido, de forma definida, predominando o estado sólido.
• É um tipo incomum de colóide no qual o líquido contém um sólido disposto em um fino retículo que se estende através do sistema.
• Exemplos: gelatina e sílica gel.
SOL OU ESTADO DE SOL• É o sistema coloidal onde o disperso é sólido (e
suas partículas permanecem no estado individual de dispersão, sem formar retículos) e o dispersante é líquido, sem forma definida, predominando o estado líquido. Evaporando-se o dispersante, pode-se converter sol em gel.
• Exemplos: Tintas e gomas
SOL OU ESTADO DE SOL
Nomenclatura atribuída segundo o meio de dispersão utilizado
Água Hidrossol
Solvente orgânico Organossol
Ar Aerossol
COLÓIDES LIOFÓBICOS
• Não há interação entre as fases dispersa e dispersante.
• Para sua obtenção, são necessários processos de intervenção, como ultrassom, precipitação química ou eletrodispersão.
• Ex.: Enxofre coloidal em água.
Colóide Liofílico Colóide Liofóbico
Viscosidade do sistema superior ao da fase externa
Não modifica a viscosidade
Tensão superficial do sistema menor que a da fase externa
Não modificam a tensão superficial da fase externa
Pequena sensibilidade ao eletrólitos(Até 0,1 M)
Alta sensibilidade a eletrólitos(Precipitados pelos eletrólitos)
Estável sob diálise prolongadaNão se separa da fase externa
Instável sob diálise prolongada(Devido a eliminação de eletrólitos)
Efeito Tyndall pouco notável Efeito Tyndall notável
Coagulação produz um gel Coagulação forma grânulos de forma definida
Termodinamicamente estável Termodinamicamente instável(Estabilidade coloidal)
APLICAÇÕES NA ÁREA FARMACÊUTICA
• Materiais coloidais bioderivados – Ácido hialurônico
• Ocorre naturalmente no organismo • Grupos hidroxila (-OH) formam ligações de
H com a água• Colóide por associação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• NETZ, Paulo A.; ORTEGA, George González. Fundamentos de físico-química: Uma abordagem conceitual para as ciências farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2002. 299 p.
• ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 1026 p.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/70926/000878467.pdf?sequence=1
• http://pt.slideshare.net/emodelo/coloides-30187749• http://www.quimica.ufpr.br/mvidotti/cq110-aula07.pdf• http://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=0CDQQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.ufpe.br%2Fcap%2Fimages%2Fquimica%2Fkatiaaquino%2F2anos%2Faulas%2Fdispersoes.pdf&ei=8XCkU-H2FrDnsATgiILYCw&usg=AFQjCNEfCHQKuFDvoZ_age3tYJ68Phfk7w&bvm=bv.69411363,d.cWc
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.iq.ufrgs.br%2Fqui01009%2Fbaixar_arq.php%3Fpasta%3D_arquivos%26file%3DColoides.pdf&ei=0XGkU5DAEMLjsATjuQE&usg=AFQjCNGHecxReYbNSh2sDCRj1BTpcpAQng&bvm=bv.69411363,d.cWc
• http://www2.iq.usp.br/docente/hvlinner/coloides.pdf• http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfAW0AC/
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