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MANUA
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DE TREINAME
ICA OPERATÓR
2009
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UNIVERSIDAD
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DE TREINAME
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2009
E FEDERAL DO RIO GRAN
DO DA CUNHA MEDEIRO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CIRURGIA
TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL
Autores
ALDO DA CUNHA MEDEIROS
Professor Titular de Técnica Operatória, UFRNDoutor em Cirurgia Gastroenterológica
Pesquisador do CNPqCoordenador do Núcleo de Cirurgia Experimental , UFRN
Membro da Academy of Surgical Research, USA Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Presidente da Regional RN da Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisaem Cirurgia
IRAMI ARAÚJO FILHO
Professor Adjunto de Técnica Operatória, UFRNDoutor em Ciências da Saúde
Chefe do Departamento de Cirurgia, UFRN
Acadêmicos do Curso de Medicina-UFRN
HILKÉA CARLA DE SOUZA MEDEIROS LIMALAYRA RIBEIRO DE SOUSA LEÃO
GABRIELA CARMINHOLA GOMES VARELARENATA DE MAGALHÃES VIEIRA
MARCELO JOSÉ CARLOS ALENCAR
ADISON MITRE ALVES DE LIMASARAH DE LIMA ALLOUFA
JOSÉ AUGUSTO TARGINO DE ALMEIDA FILHO VINÍCIUS MATIAS MONTEIRO CAVALCANTE
PRISCILA DE MEDEIROS SOUZATEREZA RAQUEL DE LIMA COSTA
HARUE SANTIAGO KUMAKURA
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APRESENTAÇÃO MANUAL DE TREINAMENTO EM TÉCNICA OPERATÓRIA é uma obra elaborada com
o intuito de servir de guia a estudantes do Curso Médico de Graduação iniciantes em Cirurgia,alunos da Disciplina de Técnica Operatória-UFRN. Há vários anos teve início um programa de
treinamento em habilidades básicas de técnica operatória na referida disciplina, com a utilização
de materiais e modelos confeccionados por monitores e alunos voluntários supervisionados pelos
docentes. O aprendizado mostrou-se muito positivo mas, por sugestão dos próprios alunos, foi
elaborado um roteiro resumido e precário para a condução das atividades práticas.
Recentemente, por inspiração de um grupo de alunos que têm participado
voluntariamente na orientação dos colegas no aprendizado de habilidades básicas e fundamentais
para a prática da cirurgia, surgiu a idéia da produção de um manual bem estruturado e ilustrado
para uniformizar o conteúdo do programa prático da Disciplina.
Com a participação dos alunos voluntários supervisionados pelos autores responsáveis
por este Manual, foi produzido um texto rico em ilustrações, que servirá de roteiro indispensável
para a orientação do aprendizado de manobras básicas de Técnica Operatória. A utilização dos
modelos confeccionados na própria disciplina e que ilustram esta obra, é inédita e temcomprovadamente servido para o aprendizado da maioria das habilidades cirúrgicas básicas dos
estudantes.
O manual reflete o trabalho harmônico de docentes da Disciplina de Técnica Operatória
com os alunos do Curso Médico de Graduação, que, com entusiasmo, têm-se beneficiado do
programa de Iniciação à Docência em Técnica Operatória. Ao mesmo tempo, eles têm
contribuído com a formação dos seus colegas de períodos iniciais.
As fotografias são originais e produzidas integralmente pelos estudantes.
À Pro-Reitoria de Extensão da UFRN e à EDURN agradecemos a iniciativa do programa
de apoio à edição de trabalhos como este, que representa o esforço de docentes e alunos
dedicados ao ensino da Cirurgia.
ALDO DA CUNHA MEDEIROSProfessor Titular da Disciplina de Técnica Operatória
UFRN
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SUMÁRIO
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS .............................................................................................. 5 Instrumental Convencional de Rotina na Diérese ........................................................................... 5
Instrumental Convencional de Rotina na Hemostasia ..................................................................... 7
Instrumental Convencional de Rotina na Síntese ............................................................................ 8
Instrumentos Auxiliares ................................................................................................................. 11
Instrumentos Especiais .................................................................................................................. 14
FIOS DE SUTURA ........................................................................................................................ 21
SUTURAS ...................................................................................................................................... 32
Materiais Utilizados para treinamento de suturas......................................................................... 34
Pontos Separados ......................................................................................................................... 35
Suturas Contínuas ......................................................................................................................... 39
Condições de uma boa sutura ....................................................................................................... 44
ANASTOMOSES .......................................................................................................................... 46
Término-Terminal ........................................................................................................................ 48
Término-Lateral ........................................................................................................................... 49
Billroth I ....................................................................................................................................... 50
Billroth II ...................................................................................................................................... 52
INDUMENTÁRIA CIRÚRGICA ................................................................................................ 54
Degermação de Mãos e Antebraços ............................................................................................. 56
Colocação do Avental .................................................................................................................. 59
Colocação da Luva .......................................................................................... 60
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Bisturi
Existe em vários tamanhos e formas de lâminas com mostra as Figuras 1.1 e 1.2. As
lâminas para bisturi podem ser classificadas quanto ao seu formato e aplicabilidade.
Os cabos mais utilizados são:
Cabo nº 3 - Utiliza lâminas menores, que possibilitam incisões mais críticas, delicadas (nº
10, 11, 12, 15).
Cabo nº 4 - Utiliza lâminas maiores, são mais usados em procedimentos em grandes
incisões (nº 20, 21, 22, 23, 24, 25).
Tesouras
Há uma grande variedade de tesouras usadas em cirurgia. Entretanto, na rotina cirúrgica
as mais usadas são as tesouras de MAYO (Figura 1.3)
para fáscias e corte de fios e as tesouras de
METZENBAUM (Figura 1.3), para a diérese de
tecidos mais delicados. Existem delas de vários
tamanhos, sendo as mais longas utilizadas emcavidades, alcançando estruturas mais profundamente
situadas.
Figura 1.1 – Cabos e lâmina de bisturi Figura 1.2 – Tipos de lâminas
Figura 1.3- Tesouras cirúrgicas
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Figura 1.5- Pinças Hemostáticas Figura 1.6 – Pontas Ativas das Pinças
Bisturi Elétrico e Eletrônico
INSTRUMENTAL CONVENCIONAL UTILIZADO DE ROTINA NA HEMOSTASIA
A hemostasia temporária pode ser executada, no decorrer da cirurgia, com instrumentos
preensores, dotados de cremalheiras, denominados pinças hemostáticas. São diferenciadas,
quase sempre, pelo desenho e ranhuras da parte interna de seus ramos preensores. As pinças
hemostáticas mais freqüentemente utilizadas na rotina cirúrgica são:
Pinça de CrilePossuem ranhuras transversais em toda a extensão da sua parte preensora. Tamanhos
variam entre 14-16 cm, nas versões reta ou curva. (Figuras 1.5 e 1.6)
Pinça de Kelly
Em quase tudo é semelhante à de Crile, com exceção das ranhuras da sua parte preensora,
que ocupam apenas 2/3 da sua extensão. Tamanhos variam de 14 a 16 cm, versões reta ou curva.
(Figuras 1.5 e 1.6)
Figura 1.4 – Bisturi Elétrico
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Pinça de Kocher
De forma semelhante às de CRILE, as
pinças de Kocher têm a face interna da sua parte
preensora totalmente preenchida por ranhuras no
sentido transversal. Diferem por possuírem "dente
de rato" na sua extremidade, o que se por um lado
aumenta muito a sua capacidade de prender-se aos
tecidos, por outro a torna muito mais traumática.
São apresentadas em tamanhos variados, retas ou
curvas.
Pinça de Halsted
Pinça hemostática pequena, de ramos preensores delicados, prestam-se muito bem para
pinçamento de vasos de menor calibre, pela sua precisão. Como a pinça de Crile, é totalmente
ranhurada na parte preensora. Geralmente são utilizadas pinças de 12 cm, como mostra a figura
1.8.
INSTRUMENTAL CONVENCIONAL UTILIZADO DE ROTINA NA SÍNTESE
Manobra utilizada para o fechamento da ferida cirúrgica, a síntese é realizada mais
frequentemente por meio de suturas. Para isso são utilizados agulhas e porta-agulhas.
Agulhas de Sutura
O tipo de agulhas existentes são: as curvas (Figura 1.9), em formato de “S” (Figura 1.10)
e retas (Figura 1.11).
Figura 1.7- Pinça Kocher
Figura 1.8 Pinça de Halsted
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As agulhas curvas cirúrgicas clássicas têm as formas de segmentos ( ¼ , 3/8 , ½ , e 5/8 )
de circunferência. O terço anterior das agulhas geralmente tem seção transversal cilíndrica ou
triangular. No primeiro caso, a agulha é pouco traumática, penetra nos tecidos sem lacerações,
sendo utilizada no estômago, útero e intestinos (órgãos bem irrigados). No segundo, à medida
que progride, corta-o com suas três arestas facilitando a sutura, porém traumatizando-o mais. São
utilizadas na pele e outros tecidos resistentes como fáscias e aponeuroses (agulhas cortantes).
As agulhas com formato "S”, foram projetadas para utilização em necropsias, por isso são
conhecidas como "agulhas post mortem". São mais traumáticas e dispensam o uso do porta-
agulhas, sendo muito empregadas na sutura da pele de bovinos. As agulhas retas são pouco
utilizadas na rotina.
Porta-Agulhas
Os porta-agulhas mais utilizados são os de MAYO-HEGAR e de MATHIEU (Figura
1.12).
Mayo-Hegar
O porta-agulhas de Mayo-Hegar é semelhante às pinças hemostáticas clássicas, é presoaos dedos pelos anéis presentes em suas hastes e possui cremalheira para travamento.
Mathieu
O porta-agulhas de Mathieu difere muito do anterior, na sua forma, por não possuir anéis
nas hastes tem a abertura da parte prensora limitada, pois há uma mola em forma de lâmina
unindo suas hastes, o que faz com que fiquem automaticamente abertos, quando não travados.
Figura 1.9 Agulhas Figura 1.11 Agulha retaFigura 1.10 Agulhas formato de
“S”
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São utilizados presos à palma da mão, o que os fazem abrir, se inadvertidamente for
empregada força excessiva durante a sua manipulação. Sua melhor indicação seria para sutura deestruturas que oferecem pouca resistência à passagem da agulha.
Outros Tipos de Porta-Agulhas
Olsen-Hegar
O porta-agulhas de OLSEN-HEGAR (Figura 1.13) tem como característica reunir, num
só instrumento, as funções do porta-agulhas e da tesoura para corte dos fios.
Figura 1.13
Figura 1.12 Tipos de Porta-Agulhas
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Figura 1.14
Figura 1.15 Afastador de Balfour Figura 1.16 Afastador de Doyen
Gillies
O porta-agulhas de Gillies (Figura 1.14) possui anéis nas hastes, que
são assimétricas: a mais longa para o dedo anular e a mais curta para o
polegar, o que lhe confere maior ergonomia.
INSTRUMENTOS AUXILIARES
São instrumentos que criam condições propícias para a atuação de outros instrumentos.
Afastadores
Têm por função afastar e reter os tecidos ou órgãos para facilitar o acesso cirúrgico. Os
mais utilizados são os de Balfour, Gosset, Finochietto, Farabeuf e Volkmann. Os afastadores de
Balfour e de Gosset são usados para manter aberta a cavidade abdominal, e o Finochietto para a
cavidade torácica. São autoestáticos, com mecanismos que os mantem abertos sem ajuda das
mãos dos auxiliares (Figura 1.15-20)
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Figura 1.22 -Pinça de
Jones Figura 1.23- Pinça deRoeder
Figura 1.17- Afastador de Farabeuf Figura 1.18 – Afastador de Gosset
Figura 1.19- Afastador de Finochieto Figura 1.20- Afastador de Gosset
Figura 1.21 Pinça de Backhus
Pinças de Campo Operatório
Têm por finalidade fixar os panos de campo, fenestrados ou não, para impedir que a sua
posição seja alterada durante o trabalho.
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Figura 1.24- Pinças Anatômicas
Figura 1.26- Pinça de Addison
Figura 1.25- Pontas Ativas das Pinças
Figura 1.27- Tentacânula e Espátula
Pinças de Dissecção
Espátula e Tentacânula
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Espátula Flexível
INSTRUMENTOS ESPECIAIS
A seguir serão relacionados instrumentos que são utilizados em tipos específicos de
cirurgias.
Pinça de FoersterÉ uma pinça de longas hastes, com anéis na extremidade de sua parte preensora,
apropriada para conduzir pequenas compressas de gaze (gaze montada) e para tracionar
determinados órgãos. Possuem 20 cm ou mais, nas versões reta ou curva (Figura 1.29 e 1.30).
Figura 1.28 – Tipo de Espátula
Figura 1.29- Pinça de Foester Figura 1.30 – Ponta ativa
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Pinça de Allis
Uma pinça muito utilizada na preensão de tecidos, com mínima lesão. Sua porção
preensora possui hastes que não se tocam, com exceção das extremidades, curvadas uma em
direção à outra e com dentículos (Figura 1.31 e 1.32).
Pinça de Babcock
Difere da pinça de Allis por ter a parte preensora um pouco mais larga, lisa e menos
traumática (Figura 1.31 e 1.32).
Clamps Intestinais de Doyen
Os clamps intestinais de DOYEN (Figura 1.33 e 1.34) possuem ramos longos, delgados e
pouco traumáticos. A largura e elasticidade das suas lâminas distribui melhor a compressão,
evitando maiores traumas nas alças intestinais. Podem ser retas ou curvas.
Figura 1.31- Babcock e Allis Figura 1.32- Pontas ativas das pinças
Figura 1.33- Clamps de Doyen Figura 1.34- Pontas ativas dos Clamps
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Figura 1.37 – Clamp Curvo
Clamp Intestinal Angulado
Atraumático, muito utilizado na cirurgia do esôfago, estômago e reto (Figuras 1.35 e 36).
Clamp de Potts
Os clamps de Potts e de Satinsky são pinças atraumáticas utilizadas na cirurgia vascular.
A pinça de Duval serve para preensão de órgãos e tem a mesma finalidade das pinças de Allis e
de Babcock. ( Figuras 1.37-39)
Figura 1.35- Clamp angulado Figura 1.36 – Ponta ativa do Clamp
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Figura 1.40- Pinças Rochester Figura 1.41- Pontas ativas da pinças
Outros tipos de Pinças:
As pinças de Rochester (Figuras 1.40 e 41), com algumas variações, são pinças
hemostáticas fortes, longas, usadas quando o cirurgião necessita pinçar estruturas maiores e
resistentes. A pinça de Mixter, com angulação de 90 graus, presta-se para dissecção de pedículos
vasculares e para auxiliar na ligadura desses pedículos. (Figura 1.42)
Figura 1.38- Pinça de SatinskyFigura 1.39- Pinça Duval
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Figura 1.42- Pinça Mixter
Cânulas, Sondas e Drenos utilizados em cirurgia
A cânula de traquestomia metálica é utilizada nas traqueostomias de longa duração ou nas
definitivas. As plásticas dispõem de balão inflável em sua extremidade distal, mais
frequentemente usada quando o paciente necessita de respiração artificial com respiradores
mecânicos. As cânulas traqueais são disponíveis em materiais de plástico e látex, dispõem debalão em sua extremidade e são utilizadas na anestesia geral e em respiração artificial de curta
duração. (Figuras 1.43-45)
Figura 1.43- Cânulas de Traqueostomia
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Figuras 1.44 e 1.45 – Tipos de Cânulas Traqueal
O dreno de Penrose é confeccionado com látex muito fino, é muito maleável, tem luz
ampla e, colocado em cavidades onde provavelmente irá se coletar líquido no pós-operatório,
drena a coleção líquida por capilaridade.
O dreno de Kehr ou dreno em T é utilizado na drenagem da via biliar principal.
Introduzido o ramo menor do T em abertura do colédoco, o dreno serve para o escoamento da
bile e descompressão das vias biliares, bem como para via de acesso à introdução de contraste
radioativo para colangiografia pós-operatória. A sonda nasogástrica é introduzida pela narina até
o estômago, podendo no pré e no pós-operatório servir para descomprimir a cavidade gástrica e
para lavagem gástrica.( Figuras 1.47 e 1.48)
Figura 1.46- Dreno de Penrose
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Telas para Cirurgia das Hérnias
Algumas técnicas de correção de hérnias da parede abdominal utilizam próteses sob a
forma de telas, sendo a tela de polipropileno uma das mais empregadas, como mostra a figura
1.49.
Figura 1.47 – Dreno de Kehr Figura 1.48 - Nelaton
Figura 1.49 – Tipos de Telas de Polipropileno
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Figura 2.1 – Fio de polipropileno.
FIOS
D
ESUT
URA
FIOS DE SUTURA
DEFINIÇÃO
É todo material usado para ligaduras vasculares que garantem uma hemostasiaperfeita e para unir tecidos e/ou mantê-los aproximados em sua posição normal, até que
estes alcancem sua cicatrização. São utilizados isoladamente ou montados em agulhas.
CARACTERÍSTICAS DO FIO IDEAL
• Alta resistência à ruptura;
•
Mantenha força tênsil por tempo suficiente;• Material inerte e estéril;
• Mínima reação tecidual;
• Flexível, para facilitar o manuseio e dar segurança ao nó;
• Qualidade consistente e uniforme;
• Baixo custo;
• Se absorvível, taxas de absorção seguras;
•
Se não-absorvível, deve ser encapsulada sem complicações pós-operatórias.
Figura 2.2 – Fio de Poliglactina 910.
Fi ura 2.3 – Ilustra ão da embala em de um fio de sutura.
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PROPRIEDADES DO FI
• Configuração físi
• Capilaridade
•
Absorção de fluid
• Aderência bacteri
• Diâmetro
• Força tênsil
• Força do nó
• Elasticidade
• Plasticidade
•
Memória• Pliabilidade
• Coeficiente de atri
CLASSIFICAÇÃO:
• Naturais: São obt
• Sintéticas: São o
•
Absorvíveis: Ap
(fagocitose) ou hidrólise. Ori
• Não Absorvíveis:
ser biodegradáveis ou não-bio
• Monofilamentar:
• Multifilamentar:
O CIRÚRGICO
a
s
na
to
idas na natureza (origem animal, vegetal ou
tidas através de processos químicos.
s cumprirem sua função são absorvidas,
em animal ou sintético.
Após cumprirem sua função são encapsulad
degradáveis. Origem animal, vegetal, sintéti
Apenas um filamento.
Vários filamentos torcidos ou trançados.
ineral).
por processo enzimático
as pelo organismo. Podem
o ou metálico.
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Figura. 2.4
Fi ura. 2.5– Fio Cat ut
Figura. 2.6 –
Classificação dos Fios de Sutura
Cromado.
* **
Fio de seda.
() () ()
() 910 ()
()
() (, )
() ()
()(, )
: () () ()
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Figura. 2.7 – Fio de Nylon Monofilamentar.
TIPOS DE FIOS DE SUTURA:
CATGUT SIMPLES
Tipo de material
Natural
AbsorvívelMultifilamento torcido polido
ComposiçãoSerosa de bovinoSubmucosa do intestino delgado de ovinos
Força Tênsil 7 a 10 dias Tempo deAbsorção 70 dias, por ação enzimática proteolítica (fagocitose)
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Amarela Apresentação 6-0 a 1
Usos frequntes
Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo e ligadurasOb-Gin: anastomoses, episiorrafiasGastrointestinal: anastomoses, epiplonUrologia: bexiga, cápsula prostática, ureter, ligações de artérias vesículares,uretraOftalmologia: conjuntivaOtorrinolaringologia: amigdalectomias
Figura 2.9 – Fio PSD II.
Figura. 2.8 – Fio de poliéster/algodão.
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CATGUT CROMADO
Tipo de materialNaturalAbsorvívelMultifilamento torcido polido
Composição Colágeno do gado bovino banhado de sais de cromo Força Tênsil 21 dias
Tempo deAbsorção 90 dias, por ação enzimática proteolítica (fagocitose)
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Marron Apresentação 5-0 a 2
Usos freqüentes
Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo, mucosa, submucosa eligadurasGastrointestinal: anastomoses, epiplonOb-Gin: anastomoses, borda vaginal, útero, parede vaginal e episiorrafiaUrologia: bexiga, ureter, ligaduras de artérias vesiculares, uretraOftalmologia: conjuntiva
POLIGLACTINA 910 DE ABSORÇÃO RÁPIDA (VICRYL RAPIDE)
Tipo de materialSintéticoAbsorvívelMultifilamentar trançado
Composição Poliglactina 910 coberta com Poliglactina 370 + estearato de cálcio Força Tênsil 10 a 14 dias (50% em 5 dias, 0% em 10-14 dias)
Tempo deAbsorção 42 dias, por hidrólise
EsterilizaçãoCobalto 60
Cor da sutura Incolor Apresentação 6-0 a 1
Usos freqüentes
Fechamento de pele e mucosaCirurgia PlásticaEpisiorrafias
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POLIGLACTINA 910 (VICRYL)
Tipo de materialSintéticoAbsorvível
Multifilamentar trançado Composição Poliglactina 910 coberta com Poliglactina 370 + estearato de cálcio Força Tênsil 28 dias (75% 2ª semana, 50% 3ª semana, 25% 4ª semana)
Tempo de Absorção 56-70 dias (63 dias em média), por hidrólise
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Violeta e incolor Apresentação 10-0 a 2
Usos freqüentes
Fechamento Geral: peritôneo, aponeurose, serosa, submucosa e peleNeurologia: duramáter, fáscia aponeurótica e músculoOftalmologia: esclera, conjuntivaGastrointestinal: anastomoses, epiplonOb-Gin: ligaduras, cúpula vaginal, útero, bexiga, parede vaginalOrtopedia: membrana sinovial e rótulaUrologia: bexiga, ureter e uretra
POLIGLECAPRONE (CAPROFYL)
Tipo de materialSintéticoAbsorvívelMonofilamentar
Composição Poliglecaprone 25 - Copolímero de glicolida e caprolactona Força Tênsil 21 dias (60-70% 1ª semana, 30-40% 2ª semana, 0% 3ª semana)
Tempo de Absorção 91-119 dias, por hidrólise
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Violeta Apresentação 5-0 até 1
Usos freqüentes
Fechamento Geral: peritôneo, tecido subcutâneoGastrointestinal: anastomoses, epiplonOb-Gin: ligadura, cúpula vaginal, útero, parede vaginalUrologia: bexiga, ureter, ligadura de artérias vesiculares, uretra
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POLIGLECAPRONE 25 (MONOCRYL)
Tipo de materialSintéticoAbsorvívelMonofilamentar
Composição Glicolida - 75% / Caprolactona 25%Força Tênsil
Violeta: 28 dias (100% 1ºdia, 60-70% 1ª semana, 30-40% 2ª semana)Ouro: 21 dias (100% 1º dia, 50-60% 1ª semana, 20-30% 2ª semana)
Tempo de Absorção 91-119 dias, por hidrólise
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Violeta, ouro Apresentação 5-0, 4-0 e 3-0
Usos freqüentesPlástica: pele
POLIDIOXANONA (PDS II)
Tipo de materialSintéticoAbsorvívelMonofilamentar
Composição Polimerização do polímero P – DIOXANONA na presença de catalizador
Força Tênsil 56 dias (100% 1ºdia, 70% 2ª semana, 50% 4ª semana, 25% 6ª semana) Tempo de Absorção 180 dias, por hidrólise
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Violeta, transparente Apresentação 7-0 até 2
Usos freqüentes
Fechamento Geral: peritôneo e aponeuroseTransplantes: rim e fígadoGastrointestinal: serosa, submucosaOb-Gin: ligaduras, cúpula vaginal, útero, bexiga, parede vaginal Ortopedia: membrana sinovial e rótula Cardiopediatria: coartação de aorta
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POLIESTER (MERSILENE)
Tipo de materialSintéticoInabsorvívelTrançado
Composição Poliester Força Tênsil Mantém sua força tênsil inicial indefinidamente
Tempo de Absorção Inabsorvível
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Verde, branco Apresentação 6-0 até 0
Usos freqüentesOftalmologia: estrabismo, transplante de córneaFechamento Geral: ligaduras
NYLON (MONONYLON)
Tipo de materialSintéticoInabsorvívelMonofilamentar
Composição Poliamida pura Força Tênsil 5 anos (100% 1º dia, 80% 1º ano, 65% 2º ano, 0% 5º ano) Tempo de Absorção Inabsorvível
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Preto, incolor Apresentação 11-0/10-0/9-0/8-0/6-0/5-0/4-0/3-0/2-0/0
Usos freqüentes
Fechamento Geral: aponeuroseMicrocirurgia: anastomoses Plástica: pele
Oftalmologia: extração de cataratas, queroplastia penetrante,descolamento de retina, córnea, esclera.
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AÇO (ACIFLEX)
Tipo de materialSintéticoInabsorvível
Monofilamentar Composição Aço Inox 316L (baixo teor de carbono) Força Tênsil Indefinido
Tempo de Absorção Inabsorvível
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Prata metálico Apresentação 2-0 a 6
Usos freqüentes
Cardiovascular: fechamento de esternoBuco-maxilo: fixação de mandíbulaOrtopedia: fixação óssea
POLIESTER REVESTIDO (ETHIBOND)
Tipo de materialSintéticoNão-absorvívelTrançado
Composição Poliéster (recoberto de polibutilato) Força Tênsil Indefinido
Tempo de Absorção Não-absorvível
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Verde e branco Apresentação 5-0 a 5
Usos freqüentes
Gastrointestinal: cirurgia laparoscópica
Ortopedia: membranas sinoviaisCardiovascular: canulação, fechamento do esterno, fixação de próteses,troca de válvulas
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POLIESTER E ALGODÃO (POLYCOT)
Tipo de materialSintéticoNão-absorvível
Torcido
Composição Filamentos de Poliéster (70%) e Fibras de Algodão (30%) Força Tênsil Indefinido
Tempo de Absorção Não absorvível.Parcialmente biodegradável (parte de algodão 30%).
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Azul e incolor Apresentação 4-0 a 0
Usos freqüentesFechamento Geral: ligaduras e peleGastrointestinal: mucosa, submucosa
LINHO
Tipo de materialNaturalNão-absorvívelTorcido
Composição Fibras de Linum Usitatissimum Força Tênsil Indeterminado (perde a maior parte da força tênsil em menos de um ano)
Tempo de Absorção Tendem a ser absorvidos em um tempo variável
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Natural Apresentação 3-0 a 1
Usos freqüentesGeral: ligadurasGastrointestinal: mucosa, submucosa
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SEDA
Tipo de materialNaturalNão-absorvívelTrançado
Composição Casulo do bicho-da-seda (70% Proteínas + 30% Goma) – Fibroína(Proteina orgânica)
Força Tênsil Perda gradual ao decorrer do tempoTempo de Absorção Não-absorvível, biodegradável (degradação total em 2 anos)
Esterilização Cobalto 60
Cor da sutura Branco, preto e azul Apresentação 8-0 a 1
Usos freqüentes
Fechamento Geral: ligadurasGastrointestinal: mucosa, submucosaNeurologia: duramáter, fáscia aponeurótica, músculoOftalmologia: extração de catarátas, queroplastia permanente, estrabismo(esclera), descolamento de retinaPlástica: pele
POLIPROPILENO (PROLENE)
Tipo de materialSintéticoNão-absorvívelMonofilamentar
Composição Polipropileno Força Tênsil Indefinido
Tempo de Absorção Não absorvível
Esterilização Óxido de Etileno (ETO)
Cor da sutura Azul
Apresentação 10-0 a 2
Usos freqüentes
Fechamento Geral: aponeuroseGastrointestinal: anastomosesPlástica: peleCardiovascular: enxerto de derivação da artéria coronária, anastomosesproximal e distal, aortomia, aneurisma aorto-abdominalOftalmologia: fixação escleral
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Sendo a mais largamente
executado pelo cirurgião ou pro
síntese inicial de uma ferida, cirú
A síntese consiste no con
restituindo-lhes, assim, sua conti
permanente é alcançada a partir
desse processo cicatricial, é nec
tecido afetado e tal objetivo é c
(Figura 3.1), as quais tendem a a
a reconstituição anátomo-funcio
Figur
As suturas descontínuas
tempo para a sua execução, apres
• São menos isquem
• Os pontos são inde
• Deixam menor qua
Quanto a suapermanência nostecidos
Permanentes
Removíveis
SUTURAS
empregada, a sutura com fios corresponde a
fissional médico qualificado com o intuito
rgica ou não.
unto de manobras efetuadas para unir tecid
nuidade anatômica e funcional. De maneira
do processo biológico de cicatrização. Na
ssário que haja uma justaposição perfeita
nseguido, de modo mais corriqueiro, por
enizar os efeitos da mobilidade relativa tec
al.
. 3.1 – Classificação das suturas
ou em pontos separados, apesar de dem
entam importantes vantagens:
iantes;
pendentes uns dos outros;
ntidade de fio no interior da incisão.
Classificação dasSuturas
uanto aos planosque englobam
uturas por planos
Sutura em massa
Quantconti
Contínuas
Descontín
(Pontos S
procedimento
de promover a
s seccionados,
geral, a síntese
s fases iniciais
as margens do
eio de suturas
idual e acelerar
ndarem maior
S
UTU
RAS
o a suauidade
(Chuleios)
as
parados)
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Antes de iniciarmos a descrição dos pontos, algumas questões importantes devem ser
consideradas:
• Como segurar um porta-agulha (Figura. 3.2)
•
Como montar a agulha no porta-agulhas (Figura. 3.3 e 3.4)
• Utilizando a agulha já montada (Figura. 3.5)
Figura. 3.5 – Agulha montada
Figura 3.2 – Segurando um porta-agulha
Figura 3.3 – Montando a agulha Figura. 3.4 – Montando ofio na agulha
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Materiais Utilizados para Treinamento de Suturas
Em práticas de habilidades na Técnica Operatória muitos materiais e artifícios têm sido
utilizados, como pele de porco, língua de bovinos, peças de cadáveres humanos e de animais,
materiais inertes, simulação virtual, entre outros. Neste manual serão descritas técnicas de suturase anastomoses gastrointestinais com a utilização de poliuretano, material de baixo custo e de fácil
aquisição. Deve ser escolhida a densidade adequada do material para cada tipo de modelo a ser
usado para o treinamento de sutura. Nas práticas de habilidades operatórias da disciplina de
Técnica Operatória da UFRN tem sido utilizada a espuma de poliuretano com densidade 33 a 45,
que simula a consistência da pele, de alças gastrointestinais e de fígado.
Em suturas de pele o emprega-se poliuretano densidade 33, em segmentos de 12x15
centímetros, com espessura 2 cm. O material fixado com ligas de látex em retângulo de madeira
com auxílio de 6 pregos estrategicamente posicionados, como pode ser observado na Figura 3.6.
Porta-agulha de Hegar, tesoura de Mayo, pinça de dissecção, agulha curva número 11 e fio de
algodão são utilizados. Emprega-se o fio de algodão número 10, que pode ser adquirido em lojas
do tipo armarinho.
Figura 3.6. Observa-se segmento de poliuretano preso por 2 ligas de borracha e duas
incisões prontas para uso em treinamento.
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Pontos Separados
Ponto Simples
Usado em quase todos os tecidos, como pele, fáscias, músculos e paredes de órgãos. Trata-
se do ponto terminal mais utilizado e mais útil, uma vez que promove a união das bordas de quasetodas as feridas praticadas na cirurgia (Figura 3.7)
Figura 3.7- Sequência de confecção
de pontos simples.
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Ponto Donati
Também conhecido como ponto em “U” vertical, é usado basicamente no fechamento da
pele, promovendo uma justaposição dos lábios da incisão e reduzindo a eventual tensão que exista
na região.(Figura 3.8)
Corresponde a uma sutura útil quando realizada em feridas com bordas irregulares, pois
facilita o afrontamento evitando inversão e eversão de bordas promovendo boa hemostasia.
Figura 3.8- Sequência de confecção de pontos Donati.
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Ponto em “X”
É usado no fechamento de paredes, em suturas musculares e quando se necessita realizar
hemostasia de área cruentas.(Figura 3.9)
Figura 3.9- Sequência de confecção de pontos em “X”.
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Ponto em “U” Horizontal
É empregado na sutura de músculos e órgãos parenquimatosos como fígado, baço e rim,
bem como em anastomoses do esôfago. É particularmente útil em biópsias de órgãos
parenquimatosos e quando há necessidade de promover hemostasia de áreas cruentas.
Figura 3.10- Sequência de confecção de ponto em “U” Horizontal.
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Remoção de pontos (Figura 3.11 e 3.12)
Figura 3.11- Sequência para remoção de ponto simples.
Figura 3.12- Remoção de um ponto Donati
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Suturas Contínuas
As suturas contínuas, por sua vez, são realizadas com um mesmo fio de modo ininterrupto
para os diferentes pontos, mantendo tração uniforme ao longo dos tecidos a suturar. Desse fato
provém uma de suas principais desvantagens:
• Se um único ponto afrouxar, ou se ocorrer a ruptura do fio, todo o restante da
sutura ficará comprometida.
• Maior quantidade de fio na ferida, consistindo, portanto, em um maior risco de
reação ao corpo estranho.
Apesar disso, os chuleios conferem vantagens frente às suturas descontínuas, pois são
executadas mais rapidamente e possibilitam uma melhor continência, características de
importância quando se consideram as anastomoses entéricas ou vasculares.
As principais variantes da sutura contínua são:
Sutura contínua simples ou chuleio simples
É usada em quase todos os tecidos, com destaque para o seu emprego em aponeurose,
pleura, anastomoses gastrointestinais e vasculares. Após dado o nó inicial, a agulha entra sempre
pelo mesmo lábio da ferida e sai sempre no lado oposto (ver sequência fotográfica 3.13 ).
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Sutura contínua com pontos ancorados ou chuleio ancorado .
É aplicada principalmente em cirurgia abdominal. Útil do fechamento de parede
abdominal, pleura, em hemostasia de bordas de órgãos bem vascularizados. No que concerne aos
aspectos técnicos, é semelhante ao chuleio simples, exceto pelo fato de que, antes de se apertar
cada ponto, a agulha deve passar por dentro da laçada para cruzar o fio. Quanto à qualidade, trata-
se de uma sutura superior em termos de segurança e hemostasia, haja vista que as tensões são
melhor distribuídas ao longo da linha de sutura. (Figura 3.14)
Figura 3.13- Sequência de confecção um chuleio simples.
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Figura 3.14- Sequência de confecção um chuleio ancorado.
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Sutura Intradérmica
Como o nome sugere, corresponde a uma sutura empregada na pele. Ela pode ser colocada
na derme próxima da superfície cutânea, podendo ser realizada com fio de sutura absorvível einabsorvível. Quando praticada com fio inabsorvível, o fio terá que ser removido no pós-
operatório. (Figura 3.15)
Figura 3.15- Sequência de confecção de uma sutura intradérmica.
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Remoção da Sutura Intradérmica (Figura 3.16 e 3.17)
Traciona-se uma das extremidades do fio que está exteriorizado, cortando-o
rente à pele. Em seguida, o fio é tracionado pela outra extremidade, onde está o
outro nó do fio inabsorvível.
CONDIÇÕES DE UMA BOA SUTURA
1- Assepsia - Na ausência da assepsia pode-se até obter um afrontamento e sutura perfeita,
mas ela desaparecerá logo que sobrevenha a infecção.
2- Bordas nítidas – Feridas com bordas anfractuosas ou irregulares, como ocorre em alguns
traumatismos, resultam em afrontamento incorreto e cicatrizes defeituosas.
3- Hemostasia – Com hemostasia perfeita se evitará perda de sangue e formação de
hematoma, terminando no comprometimento da sutura.
4- Material delicado – O fio de sutura deve ser o menos traumático e fino possível, sem
comprometer a segurança, e a agulha atraumática.
5- Técnica delicada – A passagem da agulha deve ser suave, abrangendo em cada uma
delas a menos quantidade possível de tecido.
6- Tração moderada – Os lábios da ferida devem ser afrontados por meio de uma tração
moderada, não comprometendo assim a irrigação sanguínea, que pode resultar em
isquemia, esfacelo e necrose de tecidos.
Figuras 3.16 e 3.17 - Sequência de remoção de uma sutura intradérmica.
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7- Afrontamento anatômico – A sutura deverá ser feita plano por plano, sem interposição
de corpos estranhos, nem tampouco de espaços mortos, que dariam lugar a afrontamento
defeituoso e aparecimento de infecção. O afrontamento das bordas das feridas deve ser
perfeito, portanto sem inversão, eversão nem cavalgamento de uma borda sobre a outra.
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ANASTOMOSES INTESTINAIS
A reconstrução do trânsito entre os cotos intestinais seccionados é realizada por meio
de anastomose. Os fios de sutura mais indicados nesse procedimento são osmonofilamentares absorvíveis sintéticos (poliglactina) e os monofilamentares inabsorvíveis
sintéticos (polipropileno), os quais têm mostrado superioridade sobre os demais, em trabalhos
clínicos e em estudos experimentais com animais.
Condições para uma boa anastomose:
1. Impermeável – Não deve permitir a passagem do conteúdo gastrointestinal para a
cavidade peritoneal. O extravasamento de líquidos sépticos provoca peritonite.
2. Hemostática
3. Boa irrigação das bordas a serem anastomosadas.
4. As bordas devem ser bem regulares e coaptadas, para se obter uma síntese
perfeita.
5.
A anastomose deve ser realizada sem tensão na linha de sutura.
6. Asséptica – Não deve permitir contaminação da cavidade peritoneal em nenhum
momento, durante e após o ato operatório.
7. Não deve estreitar a luz do intestino. Caso contrário, pode produzir obstrução da
anastomose.
8. Deve deixar a zona de sutura da anastomose completamente peritonizada.
A sutura pode ser do tipo pontos simples separados, com distância entre eles o
suficiente para manter a anastomose hermética. Pontos em chuleio simples têm sido
empregados, com grande ganho no tempo de cirurgia.
AN
ASTO
MOSE
S
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TIPOS DE ANASTOMOSES
As anastomoses digestivas são assim classificadas:
Quanto à disposição das bocas anastomóticas:
• Témino-terminal
• Término-lateral
• Látero-lateral.
Quanto aos planos de sutura:
• Em plano único
o Extra-mucosa
o Incluindo a mucosa
• Em dois planos
A anastomose término-terminal é a mais utilizada, a mais simples, e de mais fácil e rápida
execução, sendo que os eixos longitudinais das estruturas anastomosadas dispõem-se alinhados.
Ao estabelecer uma comparação entre as anastomoses em plano único e em dois planos se sutura,
verifica-se que a anastomose em plano único tem algumas vantagens: é de mais rápida e fácil
execução, não forma esporão para a luz da anastomose, usa-se menos material de sutura, o trânsitointestinal é em geral mais favorável no pós-operatório e a epitelização na zona de anastomose é
mais rápida.
Justifica-se a prática de habilidades cirúrgicas em anastomoses digestivas com os alunos do
curso médico de graduação por vários motivos: em primeiro lugar, trata-se de uma prática em que
um grande número de pontos e tipos de pontos podem ser treinados; segundo, a estrutura é
delicada e os alunos têm oportunidade de lidar com todos os parâmetros descritos para as
qualidades de uma boa anastomose digestiva; por último, é um ato operatório relativamente
simples. A atividade prática tem sido realizada na disciplina de Técnica Operatória-UFRN com o
emprego de modelos confeccionados com poliuretano densidade 45 em lâminas de 6 mm de
espessura. As peças são elaboradas pelos monitores e docentes com auxílio de materiais de baixo
custo como espuma de poliuretano e cola de resinas sintéticas.
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Anastomose Intestinal Término-Terminal (T-T)
Compreende a aproximação das bordas seccionadas e anastomose das mesmas com
suturas, realizadas sistematicamente após as enterectomias. Uma vez aproximados os cotos
intestinais a serem anastomosados, colocam dois pontos nas bordas, para reparo. Realiza-se sutura
em plano único extramucoso, com pontos interrompidos (simples), com intervalos de 0,5 cm, nas
paredes posterior e anterior, reconstituindo-se assim o trânsito intestinal. Os modelos de
poliuretano não fixados em prancha de madeira com auxílio de elásticos, facilitando o trabalho
prático, como mostra a sequência fotográfica 4.1.
Figuras 4.1 - Sequência de confecção de uma anastomose T-T.
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Testando a Anastomose Término-terminal. (Figuras 4.2 e 4.3)
Anastomose Término-Lateral (T-L)
A alça jejunal seccionada é mobilizada até a víscera com qual vai ser anastomosada.
Realiza-se a enterotomia na borda anti-mesentérica, com a dimensão apropriada e as suturas entre
as duas estruturas realizadas, com pontos separados, obedecendo-se a mesma sistematização
técnica empregada nas anastomoses T-T, como mostra a sequência da figura 4.4. É feita com
freqüência após hemicolectomia direita, quando se anastomosa a porção terminal do íleo com a
face lateral do cólon transverso. Da mesma forma que a T-T a anastomose T-L necessita ser
revisada após sua confecção.
Figuras 4.2 e 4.3 – Revisão da anastomose T-T.
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Anastomose Gastroduodenal - Billroth I
A gastroduodenostomia é realizada na reconstrução do trânsito digestivo após
gastrectomia parcial, cirurgia muito comum no tratamento de câncer na região pilórica do
estômago. Como o calibre do duodeno é menor do que o do estômago, após a ressecção gástrica
faz-se inicialmente o fechamento parcial da boca terminal do estômago, do lado da pequenacurvatura, de modo a tornar a boca gástrica compatível com a do duodeno (Figura4.5).
Em modelo de poliuretano, aproxima-se a boca proximal do duodeno à boca terminal do
estômago. Dois pontos simples separados são posicionados nas duas extremidades da boca
anastomótica, servindo como pontos de reparo. Em seguida, é feita a sutura unindo a borda
posterior do estômago à borda posterior do jejuno, concluindo com a sutura da borda anterior
desses órgãos. (Figura4.5).
Figuras 4.4 - Sequência de confecção de uma anastomose T-L.
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Figuras 4.5 - Sequência de confecção de uma anastomose Billroth I.
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Terminadas as suturas, deve-se fazer uma revisão da anastomose para verificar pontos de
estenose e falhas no fechamento, evitando a possibilidade de extravasamento do conteúdo
gastrintestinal para a cavidade abdominal. A manobra final é a verificação da permeabilidade da
luz intestinal na zona anastomótica, atravessando o dedo de um lado da anastomose para o outro,
tentando sentir o dedo do outro lado, como mostra a figura 4.6.
Anastomose Gastrojejunal - Billroth II
A técnica de anastomose gastrojejunal à Billroth II é utilizada em casos de gastrectomias
parciais realizadas para o tratamento de câncer.
Essa técnica consiste basicamente na anastomose término-lateral da primeira alça jejunal
após o ligamento de Treitz, com a boca terminal do estômago. Inicialmente procede-se o
fechamento do coto duodenal e da borda seccionada do estômago ao nível de curvatura menor,
para reduzir o calibre da boca gástrica, quando se opta pela anastomose de boca parcial ( oralis
parcialis).
Inicialmente faz-se a abertura lateral da alça jejunal em sua borda anti-mesentérica eprocede-se a anastomose término-lateral em pontos simples separados em plano único. A
anastomose inicia sempre com a colocação de dois pontos de reparo nas extremidades da boca
anastomótica, seguindo-se a sutura da borda posterior do jejuno com a borda posterior da boca
anastomótica do estômago. Conclui-se com a sutura das bordas anteriores desses órgãos, fechando
a boca da anastomose gastrojejunal. (Figura4.7)
Figura 4.6 – Revisão da anastomose Billroth I.
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O teste da permeabilidade da boca anastomótica deve ser feito digitalmente como já
explicado anteriormente.
Figuras 4.7- Sequência de confecção de uma anastomose Billroth II.
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INDUMENTÁRIA CIRÚRGICA
As roupas rotineiras devem ser trocadas no vestiário, antes de se adentrar ao centro
cirúrgico. Isto se torna mais importante ainda, quando o cirurgião ou seus auxiliarestrabalham em enfermarias ou laboratórios com elevado grau de contaminação. Colocam-se a
calça e blusa previamente lavadas e disponibilizadas no vestiário do centro cirúrgico, após a
retirada de toda a roupa anteriormente usada.
Gorros e toucas
Devem cobrir todo o cabelo, impedindo que este seja
fonte de contaminação. Devem ser de tecido compacto e de
tamanho suficiente para cobrir totalmente a área pilosa da
cabeça.(Figura 5.1)
Máscaras
O seu uso se deve ao problema da projeção de
gotículas de saliva ou muco, expelidos durante a respiraçãoforçada, fala, espirros ou tosse durante o ato cirúrgico. A
máscara deve abranger boca e nariz, como mostra a figura
5.2. Pequena alça metálica maleável na parte média de sua
borda superior impede embaçamento dos óculos, quando do
seu uso.
Alguns preceitos merecem ser obedecidos para tornar realmente eficaz o uso de
máscara:
• Deve ser repetidamente trocada durante as operações duradouras, uma vez que sua
eficiência decresce após ser usada por alguns minutos.
• Colocar a máscara junto à face, de modo a filtrar o ar eliminado.
• Evitar a expiração forçada - tosse, espirro- assim como a fala desnecessária para
aumentar a sua segurança.
IN
DUME
NTÁR
IA
Figura 5.1- Gorro
Figura 5.2- Gorro e Máscara
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Devido à relativa ineficácia das máscaras, pessoas com infecções das vias respiratórias
superiores não devem entrar em sala operatória. Nunca sair da sala de operação com a máscara,
aguardando nova cirurgia ou para entrar na unidade de tratamento intensivo. Ela deve ser
descartada depois de usada.
Óculos de Proteção e Protetor Facial
Protegem os olhos e a conjuntiva do profissional contra o respingo de sangue e outros
líquidos corporais.
Sapatilhas tipo Propés:
Justifica-se o seu uso para a proteção da equipe
cirúrgica durante o ato operatório, bem como para os
componentes da equipe operatória não trazer germes nos
sapatos para o interior do centro cirúrgico. Devem ser
removidos imediatamente após a cirurgia, tomando-se o
cuidado de se lavar as mãos após calçar e descalçar os propés.
Para tanto, o propé ideal é o que vai até o tornozelo,
confeccionado em tecido impermeável.(Figura 5.3)
Figura 5.4- Vestimenta utilizada antes de iniciar a escovação
das mãos e antebraços.
Figura 5.3- Propés
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Degermação Cirúrgica da
O objetivo desta prática
prevenção contra um cresciment
Técnica de Escovação
Antes do início da escov
Além disso, anéis, pulseiras e rel
Seqüência da escovação (Figur
• Abre-se a torneira, o q
fotoelétricas.
• Molhada a área a ser esc
ou degermante anti-sépt
degermante 4%).
Figura 5.5- S
Mãos e Antebraço
é a remoção da flora transitória da superfí
bacteriano durante o ato operatório.
ação deve-se verificar se as unhas estão li
gios devem ser retirados e a fixação da más
s 5.5- 5.8)
e pode ser feito por meio de alavancas,
vada, ensaboa-se cada braço com a mão op
ico (pode-se utilizar PVP-I degermante a
quência I -Ensaboando as mãos e antebraço
ie da pele, além da
pas e bem cortadas.
ara realizada.
pelos pés ou célula
sta, utilizando-se sabão
10 % ou cloroxedina
.
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• Em seguida, utiliza-se água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos para sua
remoção. Mãos e antebraço devem ficar sempre em posição superior à do cotovelo, a fim
de garantir que a solução contaminada não venha a escorrer para as mãos já escovadas,
como mostra a figura 5.6.
• Pega-se então a escova esterilizada, coloca-se o degermante (o qual, geralmente,
costuma estar em recipientes de plástico, fixados à parede e acionados pelos pés em
contato com um pedal de borracha) e começa-se a escovação das mãos e punhos.
• Escova-se primeiro a face anterior de uma das mãos, a posterior, as áreas
interdigitais e as unhas. Troca-se a escova de mão e repete-se o processo no ladooposto.
Figura 5.6- Sequência II da técnica de escovação
Figura 5.7 Sequência III- Escovação das mãos
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• Escovadas as mãos, inicia-se a escovação do antebraço. A partir de agora a
movimentação será só de ida, no sentido mãos-cotovelos. Deve-se tomar o cuidado
também de não voltar com a escova às mãos e punhos já escovados.
• Enxáguam-se mãos e antebraços para a retirada do sabão ou degermante, com a
água corrente no sentido já descrito.
A torneira deverá ser fechada com o cotovelo ou com o artifício de célula fotoelétrica, a
fim de evitar o contato das mãos com objetos não esterilizados. Caso a escovação tenha sido
realizada com sabão, completa-se o processo mergulhando-se as mãos e em seguida os antebraços
em álcool a 70% ou solução alcoólica iodada.
A secagem das mãos é feita com compressa estéril e cada face dela é destinada à secagem
de uma das mãos. Com a compressa aberta, inicia-se pelas extremidades até o cotovelo; dobra-se a
compressa isolando a face já utilizada e com a outra face enxuga-se o outro membro da mesma
forma, como mostra a sequência 5.9.
Figura 5.8- Sequência IV- Escovação do antebraço
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Colocação do Avental Cirúrgico
• Retire o avental do pacote estéril, abra-o e segure-o com as duas mãos por dentro dele na
região dos ombros. Erga as mãos e introduza o quanto puder seus braços no avental, em
seguida peça à circulante de sala que o ajude a terminar de vestir o avental.(Figura 5.10)
• Segure as cordas afastadas do avental por seu meio, enquanto a circulante amarra seu
avental. Entregue as pontas à circulante e espere que ela amarre.
Figura 5.9- Sequência mostrando a secagem das mãos
Figura 5.10- Vestindo o avental.
Figura 5.11- Vestindo o avental.
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O próximo passo será calçar as luvas:
• Calce a luva esquerda em primeiro lugar se for destro e direita se for canhoto.
• Nunca encoste a luva calcada em sua pele. Isso causaria a contaminação e seria
preciso recomeçar o processo. Depois calce a outra luva.
• Passe a luva por sobre o punho do avental para vedar completamente o contato de
sua pele com o paciente, com os instrumentos esterilizados e com o campo
operatório.
Figura 5.12- Sequência de como calçar as luvas
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
EDLO.INDUSTRIA BRASILEIRA. Catálogo de Instrumentos Cirúrgicos. Disponível em
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ETHICON, INC. Wound Closure Manual. Disponível em
GOFFI, F S. Técnica cirúrgica: bases anatómicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4ª ed, ,
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LOPES, M.H.B. de M.; MOROMIZATO, S.S.; VEIGA, J.F.F. da S. Adesão às medidas de
precaução-padrão: relato de experiência. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n.
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MARQUES RC. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,
2005.
MEDEIROS, AC. Fios de sutura. In: Margarido NF. Aspectos técnicos em cirurgia. Rio de
Janeiro: Editora Atheneu, 1999, pp. 113-121.
PARRA, Osório M.; SAAD; William A. Síntese. In: ______. Noções Básicas das Técnicas
Operatórias. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. Cap. 17, p. 425-478.