MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA
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ANÁLISE DE AMBIENTE COMPETITIVO NA CRIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA
EMPRESARIAL
ANALYSIS COMPETITIVE ENVIRONMENT IN THE CREATION OF A BUSINESS
STRATEGY
Jaqueline Chieiramonte Araújo - e-mail: [email protected]
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Lins, SP, Brasil
Kamila Vita - e-mail: [email protected] Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Lins, SP, Brasil
Marcela Graziela Fachini - e-mail: [email protected]
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Lins, SP, Brasil
Rosieli Luzetti Duarte - e-mail: [email protected] Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Lins, SP, Brasil
Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tofoli - e-mail: [email protected]
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Lins, SP, Brasil
RESUMO
Atualmente as empresas precisam pensar cada vez mais sistemicamente,
devido ao cenário de competitividade em que estão inseridas. A busca da vantagem competitiva tem relação com a gestão das estratégias baseadas no conhecimento e no investimento financeiro. A empresa ao analisar o ambiente competitivo consegue informações para verificar a viabilidade de abrir sua empresa em determinados mercados. Após essa análise ela busca identificar qual o tipo de estratégia deve implantar para ganhar o mercado consumidor. Sabendo disso, o objetivo desse trabalho é de verificar a importância da análise de ambiente competitivo na criação das estratégias empresariais. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma profunda pesquisa bibliográfica através de livros, artigos e artigos científicos de autores da área. Através da pesquisa, percebe-se que as empresas ao analisarem o ambiente competitivo, conseguem informações suficientes, para traçar o mercado futuro e assim auxiliar na escolha da melhor estratégia a ser utilizada para entrar no mercado e para conquistar os consumidores alvos. Palavras-chave: Ambiente competitivo; Estratégias; Estratégia Genérica; Importância.
INTRODUÇÃO
Atualmente as empresas estão em constante mudança, devido a um mercado
cada vez mais competitivo e com clientes cada vez mais exigentes. Os concorrentes
estão mais agressivos e a empresa que não se adequar a necessidade dos clientes e
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nas exigências do mercado em que atua será extinta, nesse sentido as estratégias
empresariais e análises de ambiente podem ajudar as empresas a obter vantagem
competitiva.
Diante desse cenário competitivo, percebe-se que ao fazer análise do ambiente
e definir suas estratégias empresarias a organização possivelmente estará à frente de
seus concorrentes, pois a mesma terá o conhecimento sobre seus pontos fortes,
pontos fracos, oportunidades e ameaças utilizando a ferramenta de análise SWOT,
juntamente com sua missão que permite à organização definir melhor suas
estratégias. (DIAS, 2003).
A competitividade das empresas nos últimos anos vem sendo considerada um
fator primordial para a vitalidade das organizações e a análise de pontos fortes, pontos
fracos, ameaças e oportunidades se tornou uma ferramenta fundamental para que
este processo aconteça. (FERNANDES, et al, 2013).
A análise de ambientes é uma das ferramentas estratégicas mais utilizadas
pelas empresas, a mesma consiste em analisar fatores internos e externos da
empresa. Com a grande competitividade do mercado as organizações devem sempre
buscar métodos para se sobressair no mercado em meio a tanta concorrência e dessa
forma alcançar o tão almejado sucesso empresarial. (FERNANDES, et al, 2013).
As organizações devem buscar sempre métodos e técnicas diante das análises
realizadas para que possa definir a estratégia que melhor se identifica com a missão
da empresa, buscando assim, uma estratégia que permite á empresa alcançar
competitividade diante de seus concorrentes.
Com isso, o objetivo desse trabalho foi de verificar a importância da análise de
ambiente competitivo na criação das estratégias empresariais. Para atingir esse
objetivo foi realizada uma profunda pesquisa bibliográfica através de livros, artigos e
artigos científicos de autores e pesquisadores da área.
A escolha das estratégias utilizadas pelas empresas pode gerar grande
satisfação dos clientes e pode ser usadas como ferramenta na geração das vantagens
competitivas.
METODOLOGIA Neste item são apresentados os procedimentos metodológicos que foram
utilizados como suporte da pesquisa. Para a constituição desta pesquisa foi realizada
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uma revisão bibliográfica, através de monografia de especialização e graduação,
artigos de revistas, artigos de congresso nacionais e internacionais e vários livros,
pesquisando autores e pesquisadores relacionados à área.
A pesquisa bibliográfica tende a esclarecer um problema a partir de referências
teóricas publicadas, está associado em conhecer e analisar situações culturais ou
científicas do passado sobre diferentes assuntos. O propósito da pesquisa é analisar
os conceitos desenvolvidos por autores, verificando no ambiente empresarial o que
elas podem proporcionar de melhorias para as empresas.
A pesquisa foi desenvolvida através de uma pesquisa bibliográfica, observando
aspectos voltados à análise de ambientes competitivos e estratégia empresarial, a fim
de conhecer seu significado e sua importância no ambiente empresarial e acadêmico.
(TOFOLI, 2011).
A escolha desse assunto como técnica nesse estudo decorreu ao fato da
importância da análise de ambiente competitivo, a fim de melhorar a escolha das
estratégias empresariais.
1 AMBIENTE COMPETITIVO
“A análise do ambiente fornece informação sobre a situação atual da empresa
no que diz respeito ao ambiente de marketing, ao mercado-alvo e aos objetivos e
desempenho atuais da empresa”. (PRIDE; FERRELL, 2001, p. 33).
Ainda de acordo com Pride; Ferrell (2001) existe também as forças externas,
que são: as forças econômicas, concorrentes, políticas, legais e reguladoras,
socioculturais e tecnológicas que influenciam diretamente nas metas gerais da
organização podendo afetar a quantidade e o tipo de recursos que uma empresa pode
obter.
Análise do ambiente é o processo de avaliar e interpretar as informações
coletadas durante o exame do ambiente. Um gerente avalia a informação quanto à
sua precisão, tenta resolver incoerências nos dados e, se estiver seguro, atribui
significado às descobertas. Com a avaliação dessa informação, os gerentes devem
ser capazes de identificar ameaças e oportunidades potenciais ligadas às mudanças
do ambiente. (PRIDE; FERRELL, 2001, p. 42).
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Uma das ferramentas utilizadas para análise de ambientes competitivos é a
SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, threats), ou seja, forças e fraquezas
(ambiente interno), oportunidades e ameaças (ambiente externo).
2 ANÁLISE SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta desenvolvida para análise de ambiente, a
mesma serve para a gestão e planejamento da organização que auxilia a posição
estratégica da empresa dentro do ambiente necessário.
A análise de ambiente é dividida em duas partes: Ambiente Interno (Forças e
Fraquezas) e Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças).
O ambiente interno é de suma importância para que a organização conheça
suas forças (são vantagens internas da organização em relação aos concorrentes) e
suas fraquezas (são as desvantagens internas da organização em relação aos
concorrentes), além disso, demanda uma avaliação crítica das políticas e
procedimentos estabelecidos dentro da empresa. (OLIVEIRA, PEREZ, SILVA, 2005).
Já o ambiente externo permite que a organização possa conhecer e monitorar
suas oportunidades (pontos positivos da organização que auxilia para o crescimento
da vantagem competitiva) e suas ameaças (pontos negativos da organização que
auxilia para a compreensão da vantagem competitiva).
Segundo Ferrell; Hartline (2009, p.130) “um dos maiores benefícios da análise
SWOT é que ela gera informações e perspectiva que podem ser compartilhadas entre
as diversas áreas funcionais da empresa”.
A análise SWOT é importante para qualquer organização com relação a
conhecer o potencial e as ameaças que estão dentro e fora do ambiente da
organização. Esta análise é de suma importância no planejamento da empresa
auxiliando e colaborando com as decisões a serem tomada pelas organizações.
(KOTLER; KELLER, 2007).
2.1 Análise de ambiente externo
Para Bethlem (2009) o ambiente externo exerce muita influência no
desempenho da empresa. Desta forma, a empresa precisa realizar uma análise das
ameaças e oportunidades, que só é possível a partir de um conhecimento prévio do
ambiente em que ela atua ou deseja atuar.
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Qualquer análise das ameaças e oportunidades com que uma empresa depara
deve começar com um entendimento do ambiente externo em que ela atua. O
ambiente externo consiste de tendências amplas, no contexto em que uma empresa
opera, que podem ter impacto nas escolhas estratégicas dessa empresa. [...] “o
ambiente externo consiste em alguns elementos inter-relacionados: mudanças
tecnológicas, naturais, sócio-cultural, clima econômico e político”, conforme afirmam
Barney e Hesterly (2009, p. 28).
O conhecimento desses elementos e fatores constituintes do ambiente externo
possibilita à empresa encarar melhor suas ameaças e aproveitar melhor suas
oportunidades, auxiliando os dirigentes da empresa na elaboração de previsões que
ajudem a tornar esses elementos mais favoráveis à estratégia da empresa ou a reduzir
seus impactos (BARNEY; HESTERLY, 2009; BETHLEM, 2009).
2.1.1 Ambiente sócio-cultural
O ambiente cultural tem influência devido aos valores, as percepções, as
preferências e os comportamentos básicos da sociedade. A sociedade molda as
crenças e os valores básicos das pessoas e sua visão de mundo definirá seu
relacionamento com os outros. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007).
Segundo Kotler (2005) as pessoas absorvem inconscientemente a visão do
mundo que define no seu relacionamento consigo mesmas, com outras pessoas, com
organizações e com a sociedade. A característica cultural que também é de interesse
para as organizações são as persistências dos valores culturais centrais, existência
de subculturas e mudança dos valores culturais secundários ao logo do tempo.
De acordo com Las Casas (2010) o comportamento da sociedade adquire
mudanças de acordo com suas crenças e valores culturais. Os produtos adquiridos
pelos consumidores tem influência em relação aos períodos que ocorrem os desejos,
pois o mesmo varia de acordo com as mudanças de valores.
2.1.2 Ambiente político
“O ambiente político consiste em leis, órgãos governamentais e grupos de
pressão que influenciam ou limitam várias organizações e indivíduos de determinada
sociedade”. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007, p. 70).
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“O regime político de um país tem influência dominante sobre a forma de operar
os fatores econômicos e organizar o trabalho humano e, portanto, na estrutura e
funcionamento dos negócios e empresas do país”. (BETHLEM, 2004, p. 148).
Segundo Montana; Charnov (2010) as leis são uma das principais responsáveis
pelos fatores políticos que afetam uma empresa. A empresa que atua nos Estados
Unidos deverá seguir as leis e regulamentações nos níveis municipal, estadual e
federal.
As variáveis políticas interferem nos negócios a toda hora e a todo o momento.
(LAS CASAS, 2010).
2.1.3 Ambiente econômico
“O ambiente econômico consiste em fatores que afetam o poder de compra e
o padrão de gastos das pessoas. Os países variam muito em relação ao nível e a
distribuição de renda”. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007, p. 66).
De acordo com Kotler (2005) o poder de compra depende diretamente da
renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito,
logo as organizações devem sempre estar atentas à renda e as tendências dos
padrões de consumo.
A administração deve levar em consideração certos aspectos econômicos
como inflação, taxas de juros e desemprego para tomar decisões. O produto nacional
bruto (PNB) é o valor total de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos
pelas organizações no país e é uma medida aceita pela economia em geral.
(MONTANA; CHARNOV, 2010).
Atualmente, existem oscilações econômicas que influenciam diretamente no
desempenho das organizações, pois os hábitos de consumo mudam de acordo com
o rendimento dos consumidores, apresentando assim, reflexos que afetam a
economia das organizações.
2.1.4 Ambiente natural
Nas últimas décadas, o ambiente natural tem se tornado extremamente
importante, pois as organizações passaram a se preocupar com ações de marketing
voltado ao meio ambiente devido a constante preocupação da sociedade com o
aquecimento global, com a poluição e com o consumo abusivo da água do planeta.
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A preocupação com a ecologia passou a ser um dos principais tópicos da vida
moderna neste novo século. “O crescimento da população, o acelerado aumento da
concorrência, além de uma série de outros agravantes, fizeram com que os recursos
naturais se tornassem escassos”. Consequentemente, em defesa da preservação e
do desenvolvimento ambiental, surgiram vários movimentos ambientalistas. (LAS
CASAS, 2010, p. 115).
2.1.5 Ambiente tecnológico
A análise do ambiente tecnológico é importante para as organizações, pois a
mesma possibilita que a empresa trabalhe com diversas ferramentas tecnológicas que
colaboram com o processo de tomada de decisões e atividades empresariais.
(KOTLER, ARMISTRONG, 2007).
A tecnologia está cada vez mais presente nas organizações, pois a mesma está
em constante evolução. É de extrema importância que as empresas estejam atentas
às mudanças tecnológicas para buscarem as melhores ferramentas que se adequam
à suas necessidades perante o mercado.
O ambiente tecnológico talvez constitua a força mais drástica que molda o
destino das pessoas. A tecnologia gerou maravilhas como antibióticos, as cirurgias
feitas por robôs, os produtos eletrônicos miniaturizados, os laptops e a Internet.
Também gerou horrores como os mísseis nucleares, as armas químicas e os rifles
usados em assaltos. Gerou ainda benefícios duvidosos, como o automóvel, a
televisão e o cartão de crédito. (KOTLER; ARMISTRONG, 2007).
“Os avanços tecnológicos modificam a estrutura dos mercados e, às vezes, de
toda a economia”. (BETHLEM, 2004, p. 152).
2.2 Análise de ambiente interno
Simultaneamente à análise do ambiente externo deve ocorrer a análise do
ambiente interno, que tem como objetivo a identificação dos pontos fortes e fracos da
organização (MAXIMIANO, 2008).
Segundo Kotler e Keller (2007, p. 51) “uma coisa é perceber oportunidades
atraentes, outra é ter capacidade de tirar o melhor proveito delas.” Assim, as
organizações devem aproveitar não só as oportunidades para as quais dispõem de
recursos, mas também as oportunidades que exigirão um maior desenvolvimento de
suas forças e uma maior união de sua equipe.
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Para isso, a empresa pode realizar uma análise de suas principais áreas:
marketing, finanças, produção, pessoas, entre outras, e verificar sua estrutura
organizacional e suas políticas internas, considerados aspectos organizacionais
relevantes, além de realizar um estudo de seu desempenho (MAXIMIANO, 2008).
Depois dessas análises das áreas funcionais da empresa, vem a análise dos
aspectos organizacionais. A estrutura organizacional deve estar de acordo com as
exigências do mercado, atender as necessidades da organização e promover a
eficiência, e as políticas internas devem ser compatíveis, pertinentes à organização e
atualizadas (OLIVEIRA; SILVA, 2006).
Ao término das análises dos ambientes externo e interno, terá sido concluída a
Análise SWOT, possibilitando escolher melhor sua estratégia.
3 ESTRATÉGIAS
Atualmente o termo estratégia tem se tornado um assunto muito utilizado pelas
organizações, sendo a mesma realizada de diversas maneiras pelos gestores da
organização que define e implanta as estratégias nas empresas. (FERNANDES et al.,
2013).
“Ao implementar uma estratégia, o acompanhamento de todas as suas fases,
pelos diversos executivos da empresa, é de fundamental importância para os
resultados que se pretende alcançar”. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2005, p. 50).
Ainda de acordo com Oliveira; Perez; Silva (2005) estratégia é uma atividade
que deve estar envolvida no processo decisório das organizações, possibilitando um
amplo conhecimento dos negócios e a verificação das tendências do mercado.
Os objetivos da estratégia empresarial é avaliar as forças e fraquezas, saber
os limites da organização, saber atacar os concorrentes no momento certo, recuar
quando for necessário, buscar condições favoráveis à empresa e realizar parcerias
com demais organizações. (DIAS, 2003).
Segundo Oliveira; Perez; Silva (2005, p. 32) “objetivo estratégico representa
tudo o que é vital para uma organização ou unidades de negócio para manter sua
capacidade competitiva e incrementar suas vantagens em relação aos concorrentes
atuais e futuros”.
Com a alta competitividade e clientes mais exigentes, as empresas passam
analisar melhor os ambientes competitivos na escolha de suas estratégias, a fim de
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se manter no mercado e consequentemente obter melhor resultados frente a
concorrência. Uma das estratégias utilizadas pelas empresas é a estratégia genérica
de Porter. (GUETTA, et al, 2013).
4 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER
Segundo Porter (2004) as estratégias genéricas são métodos que possibilita
que as organizações superem seus concorrentes em uma indústria, com a
possibilidade de obter altos retornos aceitáveis em sentido absoluto.
Ainda de acordo com Porter (2004) existem dois riscos para seguir as
estratégias genéricas: o risco de falhar em alcançar ou sustentar a estratégia e o risco
de que o valor da vantagem estratégica proporcionada pela estratégia seja
desgastado com a evolução da indústria.
Dentre diversas estratégias competitivas, as estratégias genéricas são de
fundamental importância para as organizações que a utiliza, pois esta colabora para
que a empresa esteja à frente do mercado.
As estratégias genéricas permite que a empresa trabalhe com diversas
inovações, custos acessíveis direcionados para um mercado-alvo, onde a
organização busca conquistar e satisfazer seus clientes. (PORTER, 2004).
É necessário planejar e escolher uma das estratégias genéricas e aplicá-las na
organização conforme sua necessidade a ser atingida, analisando a capacidade que
a empresa necessita para poder proporcionar aos clientes o melhor que possam
esperar da organização.
Em geral pode-se contar com três estratégias genéricas para estar à frente dos
possíveis concorrentes, dentre as quais são estratégia de Liderança no custo total,
diferenciação e enfoque.
4.1 Liderança em custo
A estratégia de Liderança no Custo total persegue uma rigorosa redução de
custos buscando em relação aos concorrentes baixo custo, não se esquecendo da
qualidade e assistência que estão vinculados aos produtos. A estratégia relacionada
ao baixo custo proporciona uma posição favorável frente ao mercado, porém colocar
em prática esta estratégia exige investimento em equipamento, preço fixo e alta
parcela de mercado. (PORTER, 2004).
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Segundo Porter (2004, p. 37) “custo baixo em relação aos concorrentes torna-
se o tema central de toda a estratégia, embora a qualidade, a assistência e outras
áreas não possam ser ignoradas”.
Ainda de acordo com Porter (2004, p. 38): “colocar em prática a estratégia de
baixo custo pode exigir investimento pesado de capital em equipamento atualizado,
fixação de preço agressiva e prejuízos iniciais para consolidar a parcela de mercado”.
Segundo Wright; Kroll; Parnell (2000) as empresas que utilizam as estratégias
de custos baixos para produzir bens ou serviços atendem todo um setor de clientes
movidos a sensíveis preços.
As organizações quando buscam trabalhar com estratégias de custos baixos
não se preocupam em diferenciar seus produtos ou enfatizá-los a consumidores
específicos, essas empresas apenas buscam a produção de modo que conquiste os
consumidores em relação ao preço do produto ou serviço oferecido, satisfazendo os
desejos dos compradores.
4.2 Diferenciação
A estratégia de diferenciação busca diferenciar os produtos tornando-os únicos
no mercado e, para existir a diferença pode-se utilizar diversos métodos como:
imagem da marca, tecnologia, rede de fornecedores, dentre outros. Essa estratégia
não permite ignorar os custos, mesmo não sendo o alvo principal.
A diferenciação alavanca uma margem superior em relação aos produtos, o
que ocasiona a exclusão de uma posição de baixo custo. (PORTER, 2004).
Analisando as estratégias pode-se perceber que a empresa atinge a
diferenciação a partir do momento em que passa a satisfazer as necessidades de um
segmento particular.
A diferenciação é uma estratégia viável que permite obter retornos acima da
média, pois ela possibilita enfrentar as cinco forças competitivas, embora de um modo
diferente do que na liderança de custo. (PORTER, 2004).
De acordo com Dias (2003) o produto consegue alcançar a liderança de
mercado e a vantagem competitiva, quando o gestor adota uma estratégia de
diferenciação que permite desenvolver diferenças significativas para que os clientes
possam distinguir seus produtos da concorrência.
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Segundo Pride; Ferrell (2001, p. 214) “A diferenciação do produto é o processo
de criar e projetar produtos de tal modo que os consumidores os percebam como
diferentes dos produtos concorrentes”.
Conforme Wright; Kroll; Parnell (2000) as empresas que utilizam a estratégia
de diferenciação consegue atender um grande mercado que apresenta uma demanda
relativamente constante. Os clientes são dispostos a pagar um preço relativamente
alto pela diferenciação.
4.3 Enfoque
A terceira estratégia descrita por Porter é a do enfoque, que consiste em
identificar um grupo de compradores, um mercado ou um seguimento de linha de
produto e dedicar-se a esse melhor do que as empresas concorrentes. Nesse caso, a
empresa opta em competir pelo menor custo ou diferenciação apenas no segmento
escolhido (TOFOLI, SILVA, 2009).
Com relação a estratégia genérica de enfoque, a empresa busca enfocar em
um segmento de mercado, linhas de produtos ou grupo comprador. Essa estratégia
visa atender o alvo determinado e para isto as políticas e metas desenvolvidas serão
específicas.
O enfoque consiste em centralizar num determinado grupo comprador, ou num
segmento de linha de produtos, ou em mercado geográfico. Esta estratégia possui a
premissa de atender um alvo estreito mais efetivo ou eficientemente do que os
concorrentes que estão competindo de forma mais ampla. Consequentemente a
empresa atinge a diferenciação por satisfazer melhor as necessidades de seu alvo
particular, ou custos mais baixos na obtenção deste alvo, ou ambos (SILVA, 2003).
5 A ANÁLISE DOS AMBIENTES COMO PARTE DAS ESTRATÉGIAS
A competição existe desde o surgimento dos primeiros organismos vivos. Duas
espécies que necessitam de um mesmo recurso competem entre si e na ausência de
uma vantagem competitiva apenas uma sobrevive. Por isso, as espécies têm que
encontrar no ambiente a combinação de variáveis que melhor atenda suas
necessidades. (PORTER, 2004).
Essa adaptação ao ambiente é tida como a seleção natural de Darwin que, se
transferida à realidade dos negócios, segundo Morgan (2009), se encaixa
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perfeitamente nas organizações. Neste enfoque, as organizações são vistas como
sistemas abertos que funcionam com trocas mútuas com o ambiente.
Nos sistemas abertos a burocracia é descartada e o que prevalece é um modelo
contingencial em que a maneira adequada de administrar a empresa depende das
variáveis do ambiente em que ela está inserida. Aqui entra a equifinalidade, uma das
principais características de sistemas abertos, que consiste em buscar resultados
desejados a partir de diversas formas e pontos de partida, ou seja, não existe um
único caminho para se chegar a um resultado (MORGAN, 2009).
Os resultados de uma organização dependem muito da estratégia utilizada por
ela. Ao contrário da natureza, as organizações podem utilizar a imaginação e a
capacidade de raciocínio lógico de seus estrategistas para se diferenciarem das
demais. A estratégia é a responsável pela geração de vantagens competitivas, e deve
ser estruturada a partir de uma análise completa dos seus ambientes externo e interno
(BARNEY; HESTERLY, 2009).
A análise externa e interna deve ocorrer de forma simultânea. O objetivo dessas
análises é identificar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo à
empresa e quais as forças e fraquezas da empresa, para com isso estabelecer quais
pontos poderão ser transformados pela organização em vantagem competitiva e quais
pontos precisam ser melhorados para diminuir suas fraquezas (BARNEY;
HESTERLY, 2009).
6 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO AMBIENTE PARA A CRIAÇÃO DAS
ESTRATÉGIAS
A análise de ambientes é uma ferramenta de gestão bastante difundida no meio
empresarial para o estudo do ambiente interno e externo da empresa através da
identificação e análise dos pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades
e ameaças às quais ela está exposta. Apesar de parecer simples, esse método se
mostra bastante eficaz na identificação dos fatores que influenciam no funcionamento
da organização fornecendo informações bastante úteis no processo de criação das
estratégias empresariais.
O ambiente externo é composto por fatores que existem fora dos limites da
organização, mas que de alguma forma exercem influência sobre ela. Este é um
ambiente sobre o qual não há controle, mas que deve ser monitorado continuamente,
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pois constitui base fundamental para a criação do planejamento estratégico.
(BARNEY; HESTERLY, 2009).
Desta forma, através deste acompanhamento será possível identificar em
tempo hábil as oportunidades e as ameaças que se apresentam, pois considerando
que os fatores externos influenciam de forma homogênea todas as empresas que
atuam em um mesmo mercado alvo, só aquelas que conseguirem identificar as
mudanças e tiverem agilidade para se adaptar é que conseguirão tirar melhor proveito
das oportunidades e que menos danos sofrerão com as ameaças. (BARNEY;
HESTERLY, 2009).
Após realizar a escolha estratégica da entrada no mercado, a empresa tem
condições de escolher qual estratégia utilizar para conquistar no mercado consumidor,
através das informações e análise do ambiente interno.
Nesse ambiente é possível identificar os pontos fortes, correspondentes aos
recursos e capacidades que juntos se transformam em uma vantagem competitiva
para a empresa em relação aos seus concorrentes, e os pontos fracos que são as
deficiências que a empresa apresenta em comparação com os mesmos pontos dos
seus concorrentes atuais ou em potencial. Com essas informações possibilita a
empresa trabalhar em cima desses pontos a fim de melhorar sua posição. (PORTER,
2004).
Com a análise eficaz dos ambientes, a empresa consegue trazer excelentes
resultados para empresa. A chave do sucesso da empresa é a habilidade de alta
administração em identificar as principais necessidades de cada um desses fatores
ambientais, estabelecer algum equilíbrio entre eles e atuar com um conjunto de
estratégias que permitam usufruir desses fatores.
CONCLUSÃO
Atualmente as empresas estão inseridas em um cenário altamente competitivo
em relação ao mundo dos negócios, onde sua influência está relacionada a diversos
fenômenos como: econômicos, tecnológicos, sócio-cultural, político, natural e
concorrencial. Todos influenciam diretamente nos negócios, sendo de fundamental
importância para a elaboração da gestão estratégica.
Analisando os diversos aspectos ambientais, pode-se observar que as
mudanças ocorrem rapidamente e, sendo assim, as organizações para definir as
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estratégias empresarias que serão aplicadas à organização, deve perceber as
tendências e visualizar as mudanças que influencia diretamente no processo decisório
da empresa, pois a análise do ambiente é essencial para que a empresa possa buscar
excelência em seus resultados, bem como sua sobrevivência perante o mercado.
A análise de ambiente é o processo de avaliação sobre as informações que a
organização necessita para que haja o conhecimento sobre seus clientes e
principalmente sobre seus concorrentes. Analisando a concorrência, a empresa pode
competir nas habilidades e intensificar forças para que a organização possa
determinar as estratégias e os objetivos que compete para tais concorrentes.
As empresas ao analisarem o ambiente externo, conseguem informações
suficientes, para traçar o mercado futuro e assim auxilia na escolha da melhor
estratégia a ser utilizada para entrar no mercado e para conquistar os consumidores
alvos. Sendo assim, pode-se afirmar que o objetivo desse trabalho foi atingido, pois,
percebe-se a importância da análise de ambiente competitivo na criação das
estratégias empresariais na busca de maior competitividade organizacional.
Considerando este contexto, é fundamental que as empresas sejam capazes
de elaborar estratégias ampla e sustentável que, quando bem executado, resultará na
criação de vantagens competitivas para organização, para que permaneçam no
mercado gerando valor agregado e satisfação aos seus clientes.
REFERÊNCIAS
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