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ERROS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS SUTILI.pdfâmbito hospitalar para organizar,...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA LOUISE SUTILI ERROS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS SINOP- MT 2016-2
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

LOUISE SUTILI

ERROS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS

SINOP- MT 2016-2

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

LOUISE SUTILI

ERROS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, campus de Sinop para obtenção do título de Bacharelado em Farmácia, sob a orientação da Professora Dr.ª Maria de Almeida Rocha Rissato

SINOP-MT

2016-2

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

Genoir Sutili e Melania Sutili, que

demonstraram muito amor e paciência

em minha longa caminhada, por

acreditarem em mim e me apoiarem

incondicionalmente.

Obrigada!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar forças e coragem em tudo que

faço e para vencer as adversidades do caminho.

A minha orientadora, Profa. Drª. Maria de Almeida Rocha Rissato por

acreditar em mim, pela sua paciência e carinho na realização deste trabalho.

Aos meus pais, Genoir Sutili e Melania Sutili, pelo amor infinito, pelo apoio

incondicional, por serem o maior exemplo de vida que tenho, por sempre terem

apostado em minha educação, é graças a eles que consigo mais esta conquista em

minha vida. Sem vocês nada disso seria possível!

A minha irmã Franciele, ao meu cunhado Alan Cezar e meus lindos sobrinhos

e filhos de coração Pedro Arthur e Luiz Otávio, pelo apoio, por sempre torcerem por

mim e me incentivarem a ser melhor em tudo o que faço.

Aos meus primos Livia, Igo e Leila, por torcerem pelo meu sucesso, pelo

carinho e amor que sempre tiveram comigo.

A todos os meus colegas de graduação, em especial a Rafaelly, Erika,

Maynara, Yara, Leidiany, Clara, Debora e Idaliana, a companhia de vocês que

tornou a caminhada menos dolorosa e as experiências pessoais que enriqueceram a

vida.

Não poderia esquecer os amigos que sempre estiveram comigo, Anny,

Ediane, Jéssica, jayne, Kattia, Larissa, Maira e Suelem, pela preciosa amizade.

A todos os meus familiares, que sempre acreditaram em mim e no meu

potencial.

A vocês todo meu amor e gratidão!

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Desistir... já pensei seriamente nisso,

mas nunca me levei realmente a sério, é

que tem mais chão nos meus olhos do

que o cansaço nas minhas pernas, mais

esperança nos meus passos, do que

tristeza nos meus ombros, mais estrada

no meu coração do que medo na minha

cabeça. (Cora Coralina)

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LISTA DE ABREVIATURAS

EAM - Eventos Adversos a Medicamentos

EM - Erro de Medicação

NCCMERP - National Coordinating Council For Medication Error Reporting And

Prevention

OMS - Organização Mundial da Saúde

OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde

PRM - Problemas Relacionados aos Medicamentos

RAM - Reação Adversa a medicamentos

SBRAFH - Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Quadro com frequência de erros de omissão de dose..........................20

Quadro 2 - Quadro com frequência de erros de dose (sobredose e subdose)........21

Quadro 3 - Quadro com frequência de forma farmacêutica incorreta......................22

Quadro 4 - Quadro com frequência de erro de diluição...........................................23

Quadro 5 - Quadro com frequência de erro de horário............................................24

Quadro 6 - Quadro com frequência de erro de concentração..................................25

Quadro 7 - Quadro com frequência de erro de rotulagem........................................26

Quadro 8 - Quadro com frequência de erro de documentação................................27

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RESUMO

SUTILI, L. Erros na dispensação de medicamentos em hospitais. 32 f. Trabalho de

curso de farmácia – Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop.

Os medicamentos são fundamentais à saúde, contribuindo para melhoria da

qualidade de vida das pessoas, entretanto, os erros envolvendo medicamentos

podem causar danos. A dispensação de medicamentos em hospitais encontra-se no

intermédio do sistema de medicação, podendo interceptar os erros de prescrição e

evitar os erros de administração, mas, também pode ser fonte de erros de

medicação. O presente trabalho teve como objetivo revisar a literatura e avaliar a

ocorrência de erros na dispensação de medicamentos em hospitais, identificando e

classificando os erros ocorridos com medicamento e caracterizando os fatores

envolvidos na ocorrência desses erros. Para isso, foi realizado pesquisa nas bases

de dados Pubmed, Scielo, e Lilacs para seleção de estudos publicados entre janeiro

de 1999 a dezembro de 2016. Foram selecionadas 12 publicações. A análise

revelou que os erros de dispensação no contexto hospitalar envolvem: erro na dose

do medicamento, omissão do medicamento, forma farmacêutica incorreta, falta do

diluente, horário incorreto e erro na concentração. O erro mais prevalente foi o de

omissão de dose estando presente em oito artigos analisados e o erro com menor

prevalência foi o de documentação encontrado em dois estudos. A frequência destes

erros varia muito nos estudos e depende da característica do hospital e do tipo e

metodologia do estudo. Os fatores envolvidos nos erros com medicamentos são:

grafia ilegível (prescrição ilegível, omissão de dados), ausência do farmacêutico para

esclarecimento de dúvidas, rotulagem e armazenamento de medicamentos

incorretos, interrupções, distrações no ambiente de trabalho e sobrecarga de

trabalho. A análise dos tipos de erros e os fatores envolvidos pode fornecer

informações para desenvolver estratégias de prevenção dos erros e assim evitar

riscos e danos aos pacientes.

Palavras-chave: erro de medicação, farmácia hospitalar, dispensação.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11

2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 13

2.1 A farmácia no contexto hospitalar ............................................................... 13

2.2 Dispensação de medicamentos .................................................................... 14

2.3 Os erros com medicamentos ........................................................................ 16

3.OBJETIVOS ........................................................................................................... 19

3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 19

3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 19

4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 20

4.1 Tipo de estudo ................................................................................................ 20

4.2 Período de estudo .......................................................................................... 20

4.3 Fontes de dados ............................................................................................. 20

4.4 Estratégias de busca e identificação dos artigos ....................................... 20

4.5 Critérios de inclusão e exclusão .................................................................. 21

4.6 Variáveis estudadas ....................................................................................... 21

4.7 Aspectos Éticos ............................................................................................. 21

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 22

5.1Tipos de erros observados no processo de dispensação de

medicamentos ...................................................................................................... 22

5.1.1 Erro de omissão ....................................................................................... 22

5.1.2 Erro de dose ............................................................................................. 23

5.1.3 Forma farmacêutica incorreta................................................................. 24

5.1.4 Erro de diluição ........................................................................................ 25

5.1.5 Erro de horário ......................................................................................... 26

5.1.6 Erro de concentração .............................................................................. 27

5.1.7 Erro de rotulagem .................................................................................... 28

5.1.8 Erro de documentação ............................................................................ 29

5.2 Fatores envolvidos com erros de medicação ............................................. 29

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 31

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

Os medicamentos são de extrema importância dentro dos sistemas de saúde,

pois eles auxiliam tanto na prevenção de enfermidades quanto na cura de doenças

(GOMES; REIS, 2001). Nos ambientes hospitalares o serviço de farmácia é

corresponsável por garantir que esses medicamentos sejam utilizados de forma

correta, com segurança e efetividade (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA;

1997). Segundo Storpirtis et al., 2008 a farmácia hospitalar está integrada com as

demais unidades de assistência ao paciente e ligada a direção do hospital e tem

como missão selecionar, controlar e dispensar medicamentos e correlatos,

garantindo sempre a qualidade prestada ao paciente, contribuindo para diminuir os

eventos adversos a medicamentos (EAM) e outros problemas relacionados aos

medicamentos (PRMs), tendo como um resultado final uma melhor farmacoterapia

para o paciente.

De acordo com Torres e Magarinos (2006), para que a farmacoterapia do

paciente seja eficaz é necessário desenvolver as atividades de manipulação,

dispensação e administração que deve ser realizada de maneira racional, eficiente,

econômica, segura e estar de acordo com o esquema terapêutico prescrito.

Para que o sistema de dispensação ocorra de modo efetivo, cumprindo seus

objetivos, faz-se necessário uma boa gestão, pois esta pode contribuir para a

redução dos erros cometidos nas unidades hospitalares, tendo início na dispensação

de medicamentos e insumos médico-hospitalares, até na identificação das

interações medicamentosas e alimentares, na orientação dos horários adequados

para administração do fármaco e ainda sobre a substituição destes medicamentos.

Além da atuação diária do farmacêutico, revisando as prescrições, orientando os

profissionais envolvidos no processo de terapia medicamentosa e abrangendo as

diversas fases pelas quais passam os medicamentos, tendendo a colaborar de

forma decisiva com a equipe multidisciplinar e principalmente com os pacientes,

apresentando um atendimento seguro e eficaz (MAHMUD et al., 2006).

Os objetivos do sistema de dispensação de medicamentos, segundo a

Organização Pan-Americana da Saúde (1987), são reduzir os erros de medicação,

racionalizar a distribuição, aumentar o controle, reduzir os custos dos medicamentos

e aumentar a segurança e eficácia para os pacientes.

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Os erros de medicação representam uma realidade que pode trazer

complicadas consequências principalmente para os pacientes, mas também para os

profissionais e para a instituição hospitalar (MIASSO, 2006).

A segurança é uma necessidade humana básica que deve ser satisfeita. O

cuidado de saúde, e do bem-estar do paciente contribui para a redução de atos não

seguros e erros no sistema de assistência à saúde. Segundo a organização norte-

americana National Coordinating Council For Medication Error Reportingand

Prevention – NCCMERP, 1998 erro de medicação é qualquer evento evitável, que

possa causar danos ou levar a uma utilização inapropriada dos medicamentos. Na

prática profissional, os procedimentos realizados ou sistemas de atenção à saúde,

podem estar relacionados a estes eventos; incluindo falhas durante a prescrição,

nomenclatura, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação,

seguimento e utilização (ROSA; PERINI, 2003).

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A farmácia no contexto hospitalar

No começo do século XX o farmacêutico era considerado um profissional de

referência, atuando e exercendo sobre todas as etapas do ciclo do medicamento.

Com a expansão da indústria farmacêutica, houve abandono da prática de

formulação e mudanças no campo de trabalho deste profissional. A partir da década

de 1950, as farmácias hospitalares foram representadas pelas Santas Casas de

Misericórdia e Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que se

caracterizou por uma fase de desenvolvimento e modernização. A farmácia

hospitalar então evoluiu e nesta nova fase, a atuação do farmacêutico não se

restringiu aos aspectos técnico-científicos, mas responsabilizou-se pelo

gerenciamento das atividades e garantia do uso adequado de medicamentos

(GOMES; REIS, 2006).

A Farmácia hospitalar é então definida como uma unidade clínico-assistencial,

técnica e administrativa, no qual se processam as atividades relacionadas à

assistência farmacêutica, dirigida pelo farmacêutico, compondo a estrutura

organizacional do hospital estando integrada com as demais unidades

administrativas e de assistência ao paciente, de acordo com a portaria 4.283 de

2010 do Ministério da Saúde. Esta portaria aprova estratégias em farmácias no

âmbito hospitalar para organizar, fortalecer e aprimorar ações e serviços (BRASIL,

2010).

Para que a farmácia hospitalar funcione com eficiência deve-se lembrar das

suas funções. Segundo a SBRAFH as funções fundamentais da Farmácia Hospitalar

saõ: a seleção dos medicamentos, dos materiais médico-hospitalares, dos

germicidas e correlatos, que deverão fazer parte da padronização do hospital;

cumprir normas e disposições gerais relativas ao planejamento, aquisição, a

conservação, e controle de estoque dos medicamentos; o armazenamento

adequado dentro das normas técnicas para preservação da qualidade; o

estabelecimento de sistema racional de distribuição dos produtos utilizados na

instituição; e a implantação de um sistema de informação sobre medicamentos para

obtenção de dados com o objetivo, de possibilitar à equipe de saúde o

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aperfeiçoamento e a prescrição médica bem como a administração dos

medicamentos, desenvolvimento de pesquisas e trabalhos em colaboração com

outros serviços (SBRAFH, 2007).

Desta forma, o modelo ideal de farmácia hospitalar atual consiste em ações

importantes que assegurem o desenvolvimento assistencial farmacêutico integral

voltado ao perfil hospitalar e às necessidades individuais de cada doente. Neste

sentido, são exercidas atividades logísticas, assistenciais e técnico-científicas para

garantir a qualidade de vida dos indivíduos, diminuir o tempo de internação,

minimizar o custo da assistência e racionalizar o processo de utilização da

terapêutica no ambiente hospitalar (CRF-GO; 2006).

As atividades desenvolvidas pela farmácia hospitalar podem ser observadas

sob o ponto de vista da organização sistêmica da assistência farmacêutica. A

assistência de qualidade disponibilizada ao paciente é considerada de fundamental

importância, deste modo tem se organizado e evoluído, passando a ter o

medicamento como instrumento para o pleno exercício dessa função. Assim, o foco

de atenção da farmácia hospitalar passa a ser o paciente e suas necessidades

(ANACLETO; 2006), sendo que as funções básicas da farmácia constituem o

suporte indispensável para o bom funcionamento do hospital.

2.2 Dispensação de medicamentos

Os objetivos do sistema de dispensação de medicamentos segundo a

Organização Pan-Americana de Saúde são: a - reduzir erros de medicação, sendo

os principais: incorreta transcrição da prescrição, erros de via de administração,

erros de formas farmacêuticas, falhas no planejamento terapêutico; b -racionalização

da distribuição, facilitando a administração dos fármacos por uma dispensação

ordenada, segundo horários e pacientes, em condições adequadas para a pronta

administração dos medicamentos pela enfermagem; aumentar o controle sobre os

medicamentos; c - reduzir os custos com medicamentos. Dessa forma, ocorrerá

naturalmente a diminuição do custo de estoque, a diminuição dos gastos excedentes

e a melhora do controle de estoque e faturamento; também aumentará a segurança

com os pacientes, sendo obtida pela adequação da terapêutica, racionalização da

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distribuição e aumento de controle de medicamentos e materiais (GRENFELL;

2005).

O sistema de dispensação em uma farmácia influencia na prevenção e

redução de erros, necessitando a implantação de sistemas eficientes. Existem

diversos sistemas de dispensação de medicamentos, alguns deles são: sistema de

dose coletiva, dose unitária e individualizada (GOMES; REIS,2003).

Sistema de dispensação de medicamentos por dose coletiva: Os

medicamentos são distribuídos por unidade de internação, vindo de uma solicitação

da enfermagem contendo pedido de medicamentos e materiais para os pacientes

internados em mesma unidade. A farmácia não tem acesso à prescrição. Neste

sistema a farmácia hospitalar não realiza sua verdadeira função, fazendo apenas o

repasse dos produtos, o que pode gerar formação de estoque nas unidades.

Considera-se que este sistema gera mais desvantagens do que vantagens, pois a

farmácia participa pouco de todo o processo (CAVALLINI; BISSON, 2002).

Sistema de dispensação de medicamentos por dose individualizada:

Caracteriza-se pelo medicamento ser dispensado por paciente. O médico faz a

prescrição, a farmácia recebe esta prescrição onde pode ser de forma direta:

baseada na cópia da prescrição, ou indireta: baseada na transcrição da prescrição.

Separa-se então os medicamentos por paciente e a enfermagem recebe-os. Neste

sistema os medicamentos muitas vezes são dispensados na apresentação

farmacêutica que a indústria oferece, não ocorre o ajuste da dose de acordo com as

características do paciente, a enfermagem é quem se responsabiliza por essa

manipulação (GOMES; REIS, 2003).

Sistema de dispensação de medicamentos por dose unitária: A solicitação

dos medicamentos é feita a partir da cópia da prescrição, por paciente e para 24

horas. A medicação é preparada por doses em particular para cada paciente como

consta na prescrição, a medicação é dispensada pronta para o uso. Este é

considerado o sistema que oferece melhores condições para uma boa terapia

medicamentosa, entretanto poucos hospitais no Brasil têm implantado esse sistema

de dispensação (AGUILAR; D’ALESSIO, 1997).

Deste modo, as farmácias exercem atividades interligando diferentes setores

e equipes multiprofissionais, aos quais estas atividades podem causar impactos na

assistência hospitalar.

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2.3 Os erros com medicamentos

Os primeiros estudos envolvendo erros com medicamentos e os sistemas de

dispensação de medicamentos em hospitais são do início dos anos 1960. No

contexto hospitalar, os erros de medicação podem ocorrer em uma ou mais etapas

da cadeia terapêutica: prescrição, dispensação e administração de fármacos

(TORRES; 2006).

São várias as estratégias a serem implantadas no sistema de dispensação de

medicamentos, com o intuito de leva-los até o paciente de maneira segura e eficaz.

A identificação dos eventos adversos, dos tipos de erros mais frequentes e dos

fatores causais podem contribuir para que os mesmos sejam revertidos, trazendo

melhorias e qualidade, acarretando diminuição de custos para o sistema de saúde

(MIASSO; 2004).

Estes eventos adversos relacionados a medicamentos abrangem a reação

adversa a medicamentos (RAM) e o erro de medicação (EM). Os erros diferem das

reações adversas, através da prevenção, pois a reação adversa é considerada como

um evento inevitável, ainda que se conheça a sua possibilidade de ocorrência; uma

resposta nociva ou indesejada ao medicamento, que ocorre na dose normalmente

usada para profilaxia, diagnóstico ou tratamento. E os erros de medicação são, por

definição, previsíveis, ou seja, são ocorrências comuns que podem assumir

dimensões significativas, resultando ou não em danos aos pacientes (ANACLETO et

al., 2010).

O erro de medicação é definido como “qualquer erro que ocorra durante o

processo de prescrição e utilização do medicamento. ” Podem causar danos e

consequência ao paciente e, portanto, ser atribuídos à prática profissional, aos

procedimentos e ao sistema, incluindo a prescrição, a rotulagem de produtos, a

dispensação, a administração, entre outros fatores (NCCMERP, 2005). Portanto, os

erros podem colocar a saúde do paciente em risco, bem como a qualidade dos

serviços prestados pela instituição, e causar consequências também para os

profissionais de saúde envolvidos (SANTOS et al., 2007).

A OMS classifica e define alguns tipos de erros sendo: erro de prescrição,

administração e dispensação (OMS, 2005).

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A prescrição é, essencialmente, um instrumento de comunicação entre

médico, farmacêutico, enfermeiro, cuidador e paciente (NERI et al., 2011). Para ser

considerada adequada, a prescrição deve ser completa, legível e clara, contendo o

nome do paciente, número de registro e leito, data, nome do medicamento,

dosagem, via de administração, frequência e horário de administração, duração do

tratamento, assinatura legível do médico e número de registro no Conselho Regional

de Medicina (CRM). No que diz respeito a pacientes ambulatoriais, também se faz

necessário informar o endereço residencial do paciente e do consultório ou

residência do prescritor (LOPES et al., 2014).

O erro de prescrição é considerado como não intencional, de decisão ou de

redação e que pode reduzir a efetividade do tratamento e aumentar o risco de lesão.

O uso de abreviaturas, a omissão da forma farmacêutica, via de administração, as

ilegibilidades entre outros fatores fazem parte dos erros de prescrição (ARONSON,

2009; VELO; MINUZ, 2009).

Segundo Chen e Col (2005), grande parte dos erros estão associados a

informações incompletas. São, portanto, considerados os mais sérios que

acontecem na utilização de medicamentos. (BARBER, RAWLINS E DEAN, 2003).

Sendo de suma importância sua investigação, para adoção de medidas preventivas

e adequadas (ROSA; REIS, 2010).

Os erros de administração estão relacionados aos problemas que ocorrem

durante todo o processo do preparo até administração dos medicamentos nos

pacientes, mediante prescrição médica. Segundo a American Societyof Health-

System Pharmacists (ASHP, 1993) o erro de administração inclui procedimentos

técnicos inadequados de preparo, que contrariem os procedimentos técnicos do

hospital, protocolos e procedimentos operacionais padrão do fabricante do produto.

Os erros de dispensação são cometidos por funcionários da farmácia,

farmacêuticos e técnicos no ato da dispensação, e englobam os erros de conteúdo,

rotulagem e documentação (ANACLETO, 2010). São considerados como sendo a

divergência entre a prescrição médica e o seu atendimento, e, portanto, um

indicador de qualidade da farmácia hospitalar.

Os erros de conteúdo são os referentes aos medicamentos prescritos e

dispensados, incluindo: medicamento errado; medicamento dispensado com a

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concentração errada; medicamento dispensado com a forma farmacêutica errada;

dose excessiva e omissão de dose (ANACLETO et al., 2010).

Erros de rotulagem: são os erros de grafia em rótulos, que podem gerar

dúvidas e problemas no momento da dispensação e administração dos

medicamentos.

Erros de documentação: são aqueles relacionados à ausência ou registro

incorreto na documentação do processo de dispensação, incluindo falta de data na

prescrição, falta de assinatura, dentre outros (ANACLETO et al., 2010).

As atividades que são realizadas no ambiente hospitalar, podem se tornar

desastrosas, portanto, os erros estão interligados a uma consequência, que pode

ser perceptível ou não, e desta forma podem acarretar malefícios ou danos aos

pacientes e a própria instituição, incluindo consequências ao profissional que

cometeu o erro (HARADA et al., 2007). Muito provável que estas consequências

serão detectadas somente quando ocorrerem manifestações clínicas no paciente,

com sinais, sintomas e reações adversas, após a administração do medicamento.

Segundo Pelliciotti e Kimura (2010) a identificação destas falhas contribuirá,

para a diminuição de acidentes buscando a qualidade do trabalho. Considera-se

esta qualidade adequada quando o paciente dispõe de uma boa assistência e

atenção, ou seja, quando possui acesso aos serviços de saúde e recebe os devidos

cuidados (HARADA et al., 2006).

A segurança é um componente essencial da qualidade, sendo necessária sua

presença permanente. A segurança pode ser definida como: o processo pelo qual se

previne/evita, e melhoram-se as lesões causadas por erros no atendimento médico-

hospitalar, começando pelos pequenos erros até os acidentes mais graves

(HARADA et al., 2006).

A U.S. National Patine Safety Foundation (Fundação Nacional de Segurança

do Paciente dos Estados Unidos) considera que a segurança reside nas pessoas e

nos sistemas, por isso, deve-se evitar os danos procurando-se reduzir os erros e

mantendo grande confiabilidade no atendimento com qualidade (VINCENT, 2009).

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3.OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar a ocorrência de erros na dispensação de medicamentos em hospitais

brasileiros.

3.2 Objetivos Específicos

Classificar os erros ocorridos na dispensação de medicamentos em hospitais.

Caracterizar os fatores envolvidos na ocorrência dos erros.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Tipo de estudo

Realizou-se um estudo de revisão da literatura. A revisão de literatura

consiste em fazer um levantamento na base de periódicos nacionais e

internacionais, com a finalidade de se obter dados e informação em busca de

resposta a uma pergunta específica. Essas revisões são consideradas estudos

observacionais retrospectivos de recuperação e análise crítica da literatura. Utiliza

métodos sistemáticos e explícitos para recuperar, selecionar e avaliar os resultados

de estudos relevantes (MENDES et al., 2008).

4.2 Período de estudo

Buscou-se estudos publicados no período de janeiro de 1999 a dezembro de

2016.

4.3 Fontes de dados

Artigos nacionais e internacionais obtidos via internet em periódicos

indexados em bases de dados eletrônicas tais como: Scielo (ScientificElectronic

Library Online), Pubmed (Literatura Médica Internacional), Lilacs (Literatura Latino

Americano e do Caribe em Ciência da Saúde).

4.4 Estratégias de busca e identificação dos artigos

Combinaram-se os seguintes termos na busca livre de todas as bases:

“eventos adversos a medicamento”, “problemas relacionados a medicamento”, “erros

de medicação”, “adverse drug events”, “Medication errors”.

Além dessa estratégia, alguns artigos foram encontrados nas referências

bibliográficas de artigos localizados nas bases de dados referidas. Os artigos foram

pré-selecionados a partir da leitura do resumo disponível.

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4.5 Critérios de inclusão e exclusão

Foram incluídas publicações em português, inglês ou espanhol, artigos com

dados primários ou de revisão de literatura publicados com dados nacionais.

Foram excluídos da análise estudos que não puderam fornecer uma

perspectiva ampla sobre o tema, sobre os erros com medicamentos e também

artigos que não apresentavam dados numéricos de frequência.

4.6 Variáveis estudadas

As variáveis pesquisadas nesta revisão de literatura foram: ano e local de

publicação dos estudos selecionados frequência dos erros de dispensação, fatores

relacionados aos erros de dispensação.

4.7 Aspectos Éticos

O estudo não foi submetido à comissão de ética de acordo com resolução

510/2016 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta pesquisa envolvendo

seres humanos, pois se tratou de uma revisão bibliográfica, não envolvendo

pesquisa com seres humanos.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa de revisão da literatura resultou em 12 artigos distintos

distribuídos em mais de uma base de dados, reunindo estudos de revisão ou

apresentação de dados primários referente a erros de dispensação.

5.1Tipos de erros observados no processo de dispensação de medicamentos

O erro de dispensação é tudo aquilo que é dispensado em desacordo com a

prescrição médica e/ou rotina padronizada na farmácia (BRASIL, 2012). Um erro

pode ocorrer em diversos estágios no sistema de dispensação, como por exemplo:

erro de omissão do medicamento prescrito, erro de dose do medicamento, forma

farmacêutica incorreta, falta do diluente, horário incorreto, erro na concentração da

apresentação farmacêutica, na rotulagem e documentação. Os quadros abaixo

apresentam as frequências observadas nos estudos.

5.1.1 Erro de omissão

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de omissão*

40 erros em 262 (15,27%) Costa et al., 2008

14 erros em 61 (23,0%) Rissato, 2012

198 erros em 551 (35,93%) Albuquerque, 2012

41 erros em 137 (30%) 2009

20 erros em 48 (41,66%) 2012 Galvão et al.,2012

1.581 erros em 3.177 (49,8%) Rosa et al., 2008

117 erros em 230 (50,9%) Silva et al., 2011a

412 erros em 719 (57,3%) Anacleto et al., 2007

1.299 erros em 1.717 (75,7%) Melo e Pedreira, 2005 Quadro 1. Quadro com frequência de erros de omissão. Fonte: Própria. *Falta do medicamento na dispensação: medicamento prescrito, mas não dispensado.

Os erros de omissão de medicamentos foram os mais prevalentes nos

estudos analisados. Oito estudos apresentaram uma frequência deste tipo de erro.

No estudo de Melo e Pedreira (2005), houve maior ocorrência, com 1.299 erros de

omissão em 1.717 erros analisados. Este estudo foi realizado com dados coletados

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de prontuários de crianças internadas em três unidades pediátricas, cirurgia

pediátrica, infectologia pediátrica e cuidados intensivos pediátricos, de um hospital

universitário do município de São Paulo, já de acordo com Costa et al. (2008) os

erros de omissão tiveram menor ocorrência, que correspondeu a 40 erros em 262.

Segundo Anacleto e colaboradores (2007) o tipo de erro de dispensação mais

frequente, a omissão, possivelmente se associa às interrupções e distrações,

agravadas por falhas de comunicação. Ainda de acordo com esta autora, estudos

realizados nos EUA também registraram esse erro como o erro mais frequente.

Os erros de omissão podem ocasionar atrasos ou a não administração do

medicamento ocasionando ruptura no tratamento medicamentoso com a piora do

quadro clínico do paciente, além de aumentar o volume de pedidos à farmácia

(ANACLETO et al., 2007).

5.1.2 Erro de dose

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro dose* (sobredosagem e subdosagem)

77 erros de 1.707 (4,5%) Silva et al., 2011b

97 erros de 1.243 (7,8%) Gomes et al.,2015

6 erros em 61 (9,8%) Rissato, 2012

38 erros em 230 (16,5%) Silva et al., 2011a

90 erros em 551 (16,33%) Sobredose

155 erros em 551 (28,13%) Subdose Albuquerque, 2012

75 erros em 262 (28,62%) Sobredose

130 erros em 262 (49,62%) Subdose Costa et al.,2008

Quadro 2. Quadro com frequência de erros de dose (sobredose e subdose). Fonte:

Própria.

*Dispensação de uma dose que contenha a quantidade (em mg ou mL) do medicamento

correto, sem ajuste apropriado das recomendações posológicas.

O erro de dose apresentou ocorrência em seis estudos analisados. No estudo

de Costa et al. (2008) os erros de dose tiveram maior frequência, com 75 erros de

sobredose em 262, e 130 erros de subdose em 262, este estudo foi realizado no

setor de dispensação do serviço de farmácia de um hospital público pediátrico no

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Espírito Santo.

Já de acordo com Silva et al. (2011b) os erros de dose obtiveram menor

ocorrência, com 77 erros em 1.707.

Este tipo de erro pode levar a ineficiência do medicamento por subdose ou

problemas com intoxicação por doses a mais.

5.1.3 Forma farmacêutica incorreta

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Forma farmacêutica incorreta *

4 erros em 719 (0,56%) Anacleto et al., 2007

3 erros em 262 (1,15%) Costa et al., 2008

1 erro em 61 (1,6%) Rissato, 2012

13 erros em 551 (2,35%) Albuquerque, 2012

4 erros em 137 (2,9%) em 2009 0 erros em 48 em 2012

Galvão et al., 2008

615 erros em 1.707 (35,9%) Silva et al., 2011b

Quadro 3. Quadro com frequência de forma farmacêutica incorreta. Fonte: Própria.

*Dispensação de um medicamento correto, porém em forma farmacêutica diferente da prescrita.

O erro de forma farmacêutica foi observado em seis estudos. De acordo com

Silva et al. (2011b) os erros de forma farmacêutica tiveram maior frequência, com

615 erros em 1.707 erros encontrados. Este estudo foi realizado em uma farmácia

de um hospital universitário de Minas Gerais. E, de acordo com Anacleto et al.,

2007, a ocorrência foi de quatro erros em 719. Sendo o estudo realizado no hospital

público de Belo Horizonte, Minas Gerais, com 276 leitos e especializado em

urgências e emergências.

Segundo Opitz (2006), alguns fatores que podem contribuir para erros de

forma farmacêutica são: desatenção, inexperiência, desgaste físico, estresse,

distração, pressa e leitura incompleta ou errônea da prescrição.

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5.1.4 Erro de diluição

Quadro 4. Quadro com frequência de erro de diluição. Fonte: Própria. *Medicamento dispensado sem diluente correspondente;

O erro de diluição foi apresentado em apenas dois estudos. No estudo

realizado por Silva et al. (2011b) a porcentagem de erros foi consideravelmente

pequena sendo de apenas três erros de diluição em 1.707 erros ocorridos no total,

análise realizada no hospital da Saúde da Criança e do Adolescente, Belo Horizonte,

Minas Gerais, Brasil.

Já Galvão e seus colaboradores realizaram dois estudos, um no ano de 2009

e outro no ano de 2012, nota-se que houve uma diminuição no número de erros

ocorridos neste período. Este estudo foi realizado no hospital Santa Izabel, um

hospital de grande porte com 474 leitos, com cinco unidades de tratamento intensivo

(UTI’s), uma UTI pediátrica, três centros cirúrgicos, uma unidade de emergência,

unidade de emergência especializada e unidade de nutrição parenteral, unidade de

oncologia adulta e pediátrica, serviço de fisioterapia, laboratório clínico e serviço de

medicina nuclear.

Os erros de diluição se não detectados a tempo, podem ocasionar severos

problemas ao paciente, inclusive ineficácia terapêutica, dependendo da

farmacocinética e farmacodinâmica do fármaco, além de elevar os custos para o

hospital, por perda de medicamentos. Segundo Ferreira (1999), o erro de diluição,

na maioria dos casos, pode ser detectado se ocorrer algumas alterações

perceptíveis como incompatibilidades entre o diluente e o medicamento que se

tornam visíveis: reações de turvação, precipitação, mudança de coloração.

Assim, a interação entre a equipe médica, de enfermagem e farmacêuticos

deve ocorrer para que o resultado terapêutico esperado seja garantido, pois os três

profissionais trabalhando em conjunto decidirão qual o volume a ser administrado

para um melhor resultado, em qual ocorrerá a administração (acesso venoso

periférico e/ou central), quanto tempo a medicação pode permanecer preparada

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de diluição *

3 erros em 1.707 (0,2%) Silva et al.,2011b

29 erros em 137 (21,16%) em 2009

05 erros em 48 (10,41%) em 2012

Galvão et al.,2012

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antes de ser administrada, e em que condições ambientais deve ser preparada e

acondicionada (luz, calor, higiene).

5.1.5 Erro de horário

Quadro 5. Quadro com frequência de erro de horário. Fonte: Própria. *Horário incorreto para dispensação – medicamento dispensado em horário diferente do prescrito.

O erro de horário apresentou cinco ocorrências sendo que no estudo

realizado por Silva et al. (2011b) a porcentagem da taxa de erros foi

consideravelmente pequena sendo de apenas 21 erros de horário em um total de

1.707 erros encontrados. Sendo este estudo descritivo realizado no departamento

de farmácia de um hospital universitário, em uma unidade pediátrica que fornece

cuidados de saúde de vários tipos de intervenções médicas e cirúrgicas.

Já de acordo com Silva et al. (2011a) encontrou-se 31 erros de horário em um

total de 230 erros. Sendo este estudo realizado em um hospital que é campo de

estágio para vários centros formadores de profissionais de saúde, possuindo cerca

de trezentos leitos, destinados exclusivamente aos pacientes do Sistema Único de

Saúde, nas diversas especialidades clínicas e cirúrgicas.

Opitz (2006) salienta que o numeroso volume de doses a ser dispensadas em

determinados horários pode levar a atrasos no horário, e este atraso de horário pode

levar a erros, acarretando prejuízos terapêuticos ao paciente. O fato das medicações

serem administradas antes ou depois do horário previsto, demonstra falhas que

podem estar relacionadas a falta de funcionários ou ao sistema de dispensação

utilizado na farmácia. A não utilização dos medicamentos, no horário correto, pode

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de horário *

21 erros em 1.707 (1,2%) Silva et al., 2011b

40 erros em 1.717 (2,4%) Melo e Pedreira, 2005

6 erros em 61 (9,8%) Rissato, 2012

18 erros em 137 (13,1%) em 2009

0 erros em 48 em 2012

Galvão, 2008

31 erros em 230 (13,5%) Silva et al., 2011a

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ocasionar o aparecimento de outras doenças devido ao agravamento da primeira,

sendo assim, o medicamento ser dispensado em horário correto pelo serviço de

farmácia é essencial para que a ação do medicamento seja mantida.

5.1.6 Erro de concentração

Quadro 6. Quadro com frequência de erro de concentração. Fonte: Própria. * Podendo o medicamento ser dispensado numa concentração maior ou menor do que seria a concentração prescrita;

O erro de concentração foi apresentado em seis estudos. No estudo realizado

por Silva et al. (2011b) a porcentagem de erros foi consideravelmente pequena

sendo de cinco erros em 1.707 erros ocorridos no total. O estudo e análise dos

dados foi desenvolvido em um hospital especializado na Saúde da Criança e do

Adolescente, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Já para Galvão et al. (2012) ocorreram 28 erros em 134 no ano de 2009, e no

ano de 2012 e 11 erros no total de 48 analisados. Sendo que neste hospital a

farmácia atende cinco enfermarias, o que corresponde a um total de 130 leitos,

dispensando diariamente 100 prescrições.

Segundo Gimenes (2010), os erros de concentração são problemas

frequentes relacionados à administração de medicamentos, interferindo na qualidade

da assistência prestada aos pacientes hospitalizados. Quando não especificada a

dosagem requerida em miligramas, optando pela utilização das abreviaturas ou

siglas, corre-se o risco de ser dispensada dosagem de medicamento diferente da

prescrição uma vez que muitos medicamentos apresentam várias apresentações

disponíveis no mercado.

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de concentração* (prescrição sem concentração especificada)

12 erros em 1.707 (0,7%) Silva et al., 2011b

140 erros em 3.177 (4,4%) Rosa et al., 2008

6 erros em 61 (9,8%) Rissato, 2012

91 erros em 719 (12,6%) Anacleto, 2007

28 erros em 134 (20,44%) em 2009

11 erros em 48 (22,91%) em 2012 Galvão et al., 2012

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5.1.7 Erro de rotulagem

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de rotulagem *

1 erro em 137 (0,7%) em 2009

2 erros em 48 (4,18%) em 2012 Galvão et al., 2012

3 erros em 61 (4,9%); Rissato, 2012

33 erros em 300 casos (11,0%) Costa, et al.,2008

23 erros em 719 (3,2%) Anacleto et al., 2007

305 erros em 1.707 (17,8%) Silva et al., 2011b

Quadro 7. Quadro com frequência de erro de rotulagem. Fonte: Própria. * Erro de separação e etiquetagem dos medicamentos por parte da farmácia, faltando informações que seriam essenciais.

O erro de rotulagem apresentou prevalência em cinco estudos analisados. No

estudo de Silva et al. (2011b) houve maior ocorrência de erros, com 305 erros em

um total de 1.707 erros encontrados. Este estudo foi desenvolvido na unidade de

clínica médica de um hospital geral de Goiás. Já de acordo com Galvão et al. (2012)

os erros de rotulagem tiveram menor ocorrência, correspondendo a 1 erro de um

total de 137 no ano de 2009 e 2 erros em um total de 48 erros no ano de 2012. Este

estudo foi realizado em uma farmácia satélite de um hospital filantrópico que faz

parte da Rede de Hospitais Sentinela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de

Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia, Salvador, Bahia.

No estudo de Lopes et al. (2014), a semelhança na rotulagem foi discutida em

profundidade e apontou como um grande fator de confusão durante a dispensação e

administração de medicamentos. Foram detectados muitos medicamentos com

rotulagem semelhante, ou seja, representam maiores riscos para eventos adversos.

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5.1.8 Erro de documentação

Tipo de erro

Frequência

Estudo

Erro de documentação*

634 erros em 1.707 (37,1%) Silva et al., 2011b

02 erros em 5 (40%) Costa et al., 2008

Erro de documentação: outros erros

03 erros em 5 (60%) Costa et al., 2008

Quadro 8. Quadro com frequência de erro de documentação. Fonte: Própria. *Prescrição ilegível – informações incorretas ou ausências de informações, estando muitas vezes prescritas de maneira ilegível.

O erro de documentação foi o que apresentou menor prevalência nos estudos

analisados. Apenas dois estudos apresentaram a frequência deste tipo de erro. No

estudo de Silva et al. (2011b) houve maior ocorrência, com 634 erros em um total de

1.707 erros analisados. Já os estudos de Costa et al. (2008), dividiram os erros de

documentação em dois tipos: informações incorretas ou ausências de informações:

com 2 erros em 5 analisados e todos os outros tipos de erros: com 3 erros em 5

analisados.

5.2 Fatores envolvidos com erros de medicação

Dentre os fatores facilitadores da ocorrência de erros de medicação

apresentados nos estudos foram: grafia ilegível (prescrição ilegível, omissão de

dados), ausência do farmacêutico para esclarecimento de dúvidas, rotulagem e

armazenamento de medicamentos incorretos, interrupções, distrações no ambiente

de trabalho e sobrecarga de trabalho.

Um fator importante na prevenção dos erros de dispensação é o sistema de

dispensação de medicamentos, há estudos apontando que o sistema de dose

unitária é o mais seguro, pois permite uma maior participação do farmacêutico e o

medicamento permanece menos tempo nas unidades de tratamento (Galvão, 2012;

Costa, 2008; Miasso, 2006; Teixeira, 2007; Santos, 2010).

No Sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária, ocorre

dispensação ordenada dos medicamentos, a partir de uma embalagem unitarizada

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com formas e dosagens prontas, por solicitação médica e com a intervenção do

farmacêutico na avaliação das prescrições, distribuídas por um período de 24 horas

ou turnos para serem administradas diretamente ao paciente. Este sistema

possibilita o acompanhamento farmacoterapêutico do usuário e propicia uma

distribuição ordenada de medicamentos com segurança, desde a identificação até o

momento da administração. Os medicamentos são distribuídos na forma pronta para

uso, de acordo com a prescrição e sem necessidade de manipulação (JARA, 2012).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prevenção de erros de dispensação visa a segurança do paciente que é

questão de extrema relevância dentro do âmbito hospitalar, envolvendo a interação

de diferentes áreas, setores, equipes e multiprofissionais para que possíveis erros

sejam evitados.

Dessa forma, verificou-se que os erros de medicação são indicadores de

qualidade, eles podem colocar em risco a saúde e a segurança dos pacientes, bem

como elevar os custos hospitalares, além de causar impactos emocionais nos

profissionais envolvidos. Assim, o presente estudo permitiu analisar que a omissão

de medicamento, erro de dose, erro de forma farmacêutica, erro de diluição,

rotulagem e documentação, foram os principais erros identificados que ocorrem nos

hospitais brasileiros, sendo que o de omissão se mostrou como o mais prevalente

nos estudos analisados. E o erro de documentação como o menos prevalente.

Denota-se que os fatores que contribuíram para a ocorrência dos erros constituem-

se em falhas e pontos vulneráveis ao sistema. Fatores como: grafia ilegível,

ausência do farmacêutico para esclarecimento de dúvidas, rotulagem e

armazenamento de medicamentos incorretos, interrupções, distrações no ambiente

de trabalho, cansaço e sobrecarga de trabalho favorecem a ocorrência destes erros.

A farmácia torna-se desta forma um elo importante no complexo processo de

utilização do medicamento dentro do hospital, pois interliga várias ações

desenvolvidas em diferentes setores, visando a segurança dos pacientes, que é

fundamental na prevenção e redução dos erros de medicação, e na qualidade da

assistência prestada.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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